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Existem Políticas - A Juventude decide o futuro desta geração Contributos da Juventude Popular para o Livro Branco da Juventude
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Comissão Política Nacional da Juventude Popular
Existem Políticas
A Juventude decide o futuro desta Geração
Contributos para o Livro Branco da Secretaria de Estado da Juventude e Desporto.
4 EXISTEM POLÍTICAS
Diz e muito bem o Sr. Secretário de
Estado do Desporto e Juventude que
desde há “alguns anos a esta parte, os
Jovens Portugueses têm vindo a ser
objecto de uma profusa catalogação”.
Continua dando alguns exemplos como
“geração rasca”, “geração à rasca”,
“geração do desenrasca”, “geração
Sandwich” ou “geração casinha dos
pais”. Não poderiamos estar mais de
acordo na questão da catalagoção, no
entanto esta mesma segmentação entre
Jovens e Não-Jovens e consequente
catalagoção de gerações em queos
primeiros necessitam de “políticas de
juventude adequadas e concretas” é um
paradigma criado pela classe política e
associativa do pós 25 de Abril. No
sentido de haver uma expedita
resolução desta cada vez mais crescente
e preocupante catalogação é necessário
combatermos este paradigma.
Inicialmente, a Juventude Popular
(doravante designada por “JP”) após a
apresentação desta iniciativa referente à
criação de um Livro Branco da
Juventude tinha pensado em dar o seu
contributo de uma forma muito simples:
apelar a que deixassem o livro em
branco. No entanto, após reflexão e
ponderação esta instituição com 38
anos de História, pioneira da
democracia portuguesa, que lutou
contra os maiores extremismos que
tentaram impedir a sua fundação,
decidiu que não seria bom para a
sociedade Portuguesa alhear-se desta
discussão. À imagem do que já fez no
passado com o pedido de extinção
do Salário Mínimo Nacional
(instrumento de distorção do
mercado de trabalho e promotor de
desemprego), posição essa que
reafirma convictamente, a JP
pretende dar um contributo não
alinhado com o politicamente
correcto, que pretende ser uma
“pedrada no charco”. Por isso, iremos
de seguida dar o nosso contributo
analisando a situação actual, tentando
perceber as causas da mesma e
finalmente apontando um caminho: o
da solidariedade inter-geracional, o
da democracia e o da liberdade.
Como tal, entende a Juventude Popular
ser essencial que de uma vez por todas
CONTRIBUTOS DA JUVENTUDE POPULAR PARA O LIVRO BRANCO DA JUVENTUDE 5
se governe bem, honrando o passado e
ao mesmo tempo sem lesar
injustamente as gerações futuras. O
Estado não deve hipotecar as gerações
futuras para resolver problemas no
curto-prazo, injectar dinheiro em
empresas do regime e fazer obras
meramente eleitoralistas. É necessária
uma profunda mudança de paradigma
no que toca aos partidos políticos:
chega de eleitoralismo barato,
chega de fazer promessas que não
se podem cumprir, chega de
políticos mal preparados. De nada
servirá esta iniciativa se não se chegar à
simples conclusão que quem irá pagar a
herança de erros de governação serão
as gerações de amanhã, o futuro do
país.
As nossas atitudes de hoje têm sempre
consequências no futuro. E é por isso
que o futuro é condicionado pelo esforço
de todos os dias. Vivemos numa época
profundamente difícil, e ainda por cima
onde os principais responsáveis
“sacodem a água do capote”, pois
ouvimos o Partido Socialista a queixar-
se que o país vai mal, que o caminho
não é este e que o governo não tem
condições, ao mesmo tempo que faz um
gesto de lava-mãos à maneira de
Pilatos, dizendo: vai mal, mas “isso não
é nada comigo”, em nada nos
responsabilizamos. Esquecendo-se
assim a forma como condenaram o País
e os Portugueses, na falta de
consequências das políticas exercidas,
pois basta ver que em média o
crescimento na governação socialista
traduz-se em 0,5% ano. Acrescendo
ainda, presentemente, da vontade de
não cumprimento do pagamento das
nossas dívidas.
São portanto essenciais mudanças
de rumo ao nível de: controlo e
execução orçamental, fiscalidade,
educação, saúde, segurança social,
justiça e combate à corrupção.
Só assim poderemos trilhar um novo
caminho, de responsabilidade e de
crescimento para Portugal. A estratégia
de implantação de políticas
consequentes apenas é possível se
pensarmos numa perspectiva efectiva a
longo prazo. E a este prepósito,
lembramos uma história relacionada
com o trabalho do campo. Sempre
ouvimos dizer, e é verdade, que um
pinhal, ao ser semeado, precisa de pelo
menos cem anos para que a sua
madeira esteja pronta para ser utilizada.
Um neto acompanha o seu avó a uma
das suas terras, a onde o vê
6 EXISTEM POLÍTICAS
pacientemente a plantar os pinheiros.
Tendo conhecimento da longa data para
estarem prontos, não deixou de lhe
perguntar, o porque de semear aquilo
que não poderá colher para seu
sustento. Acabando o avó por lhe
responder o seguinte: “também eu
recebi dos meus que atrás de mim
semearam, por isso sou responsável em
deixar algo para os outros colherem”.
Este Governo está a preparar
exactamente este futuro que nunca foi
pensado e que muito menos fez parte
de qualquer estratégia governativa.
Conscientes do sentido reformista, do
“raspanço” com o conformismo e o
derrubar da mentalidade de gerações
instaladas, estará certamente
empenhado em executar o que devia ter
sido executado há muitos anos. São as
reformas necessárias, as exigidas pelos
portugueses que acreditam nesta
liderança, no seu trabalho e na
capacidade de inverter o rumo do país.
Pois, lembrando um provérbio, “o
mundo não é uma herança dos nossos
pais, mas um empréstimo dos nossos
filhos”. Daí que, para a Juventude
Popular, o tema das políticas de
juventude não existe enquanto
estratégia nacional, mas existe sim,
políticas nas quais a Juventude é
chamada em todas as matérias.
Olharmos o futuro só é possível com
uma solução, os Jovens, pois não temos
qualquer responsabilidade sobre esta
crise, mas temos a maior
responsabilidade em solucioná-la, pois o
nosso futuro depende desta atitude.
A JP entende, portanto, aproveitar este
Livro Branco para apontar soluções em
4 áreas: Controlo e execução
orçamental, fiscalidade, ensino e
Constituição.
CONTRIBUTOS DA JUVENTUDE POPULAR PARA O LIVRO BRANCO DA JUVENTUDE 7
Hoje, Portugal não é um país
completamente soberano. Anos e anos
de despesismo descontrolado levaram,
mesmo após duas intervenções
externas por parte do FMI, ao estado
actual da nossa terra. Estivemos a
poucos dias de declararmos bancarrota,
o nosso país fez as delícias da imprensa
financeira especializada fazendo capas
do Financial Times semanalmente,
fomos alvo de chacota por parte de
alguns colegas europeus e vivemos com
os holofotes da Europa e do resto do
mundo virados para Portugal. As
perspectivas de crescimento são
extraordinariamente limitadas nos
próximos tempos e as directrizes do
acordo celebrado com as instituições
externas ditam que o ajustamento
deverá ser célere, eficiente e eficaz
deixando nenhuma margem de manobra
para devaneios socialistas.
A JP acredita em Portugal e, como
tal, acreditamos no ajustamento. É
fulcral que os erros do passado não
se voltem a repetir.
A imposição de um limite
constitucional ao endividamento em
60% do PIB, a criação de orçamentos
de base zero tanto no poder central
como local, a total privatização do
Sector Empresarial do Estado, a
criação de um fundo de poupança
público, a resolução da questão da
dívida das empresas públicas, uma
total auditoria a todas as PPP’s e a
redução da dívida pública directa
através da recompra de dívida em
mercado secundário de obrigações a
desconto são medidas fundamentais
para a promoção futura da solidez do
sistema financeiro português.
Sendo a JP uma das principais
organizações portuguesas empenhada
em desmascarar e denunciar a
excessiva intromissão do Estado na
sociedade e na vida dos individuos, não
poderiamos exigir e defender outras
propostas que não fossem estas.
Necessitamos de menos Estado para
termos melhor Estado.
8 EXISTEM POLÍTICAS
A herança fiscal socialista que cresceu
ao longo dos anos no sentido de
colmatar os seus tiques despesistas é
neste momento infelizmente necessária.
No entanto, a JP diz alto e a bom som
que o futuro terá obrigatoriamente
de se fazer com menos impostos e
menos Estado. Não acreditamos
naqueles que pregam a história de
incetivos à economia e investimento
público megalómano pois isso apenas
significa mais despesa, mais dívida e
mais impostos. A única via possível para
o crescimento económico e para um
futuro sustentável das nossas empresas
e de Portugal é termos um sistema
fiscal mais simples, mais leve e
significativamente menos honeroso.
À custa da actual política fiscal Portugal
não é um País atractivo para o
empreendedorismo, para o investimento
estrangeiro e para uma saudável vida
em sociedade. Necessitamos pois após
este período de ajustamento de uma
profunda e violenta descida de
impostos.
Queremos um Estado fiscalmente
neutro, a introdução de taxas planas
e a profunda difusão do princípio do
utilizador-pagador.
A Juventude Popular defende um
sistema fiscal moderno que cumpra a
tarefa fundamental de arrecadar receita
mas que promova:
1. a eficiência económica;
2. a justiça;
3. a transparência;
4. a estabilidade.
É fundamental o equilíbrio dos impostos
sobre o consumo e trabalho numa
óptica em que se tribute menos o
rendimento e mais o consumo no
sentido de premiar o esforço e incetivar
à poupança. É essencial a simplificação
e a transparência do sistema e como tal
defendemos a absoluta necessidade de
se avançar para um sistema de “flat-
taxes”.
No que às empresas diz respeito,
propomos a eliminação do IRC.
Consideramos este imposto injusto,
intelectualmente desonesto e um
entrave colocado pelo Estado ao
investimento e à iniciativa privada. É
também essencial que o pagamento
CONTRIBUTOS DA JUVENTUDE POPULAR PARA O LIVRO BRANCO DA JUVENTUDE 9
do IVA se processe eficientemente e
a tempo. Mais uma vez, neste ponto, a
simplicidade e a transparência devem
imperar, devendo o Estado apenas
receber/pagar a diferença liquída do que
tem a pagar/receber, aumentando
consideravelmente a eficiência da
tesouraria das empresas e melhorando
os seus índices de cash-flow.
10 EXISTEM POLÍTICAS
A Juventude Popular afirma-se como a
unica organização política de juventude
defensora do mérito, do rigor, de mais
autonomia, melhores resultados e
mais liberdade no que ao ensino diz
respeito.
A Educação é um processo social, é
desenvolvimento. Não é uma
preparação para a vida, é a própria
vida, a base de qualquer sociedade e vai
continuar a sê-lo no futuro, pelo que
pedimos uma total disrupção com o
passado no sentido de
descomprometermos
ideologicamente o ensino em
Portugal e darmos mais liberdade às
pessoas na escolha da instituição e do
projecto educativo que pretendem.
Entende a Juventude Popular que deve
ser dada liberdade às populações de
se organizarem em projectos próprios,
caminhando para mais liberdade nos
conteúdos programáticos e respeitando
padrões de qualidade definidos pelos
Ministério.
Por outro lado, deve ser dada maior
liberdade também às pessoas na
escolha da escola ou da
universidade que pretendem através
da criação do cheque-ensino.
Propomos ainda a publicitação de um
ranking de empregabilidade por
parte das universidades e ao mesmo
tempo um aumento de autonomia na
sua actuação e capacidade de gerar
receitas próprias.
De seguida passamos a listar as nossas
propostas que julgamos serem
fundamentais no curto prazo:
Reforço dos exames no final de
todos os ciclos, não só nas
disciplinas de Português e
Matemática, mas também nas
restantes, como forma de exigência
e real avaliação dos conhecimentos
dos alunos em matérias essenciais
para o seu futuro, com uma cotação
de 25% da nota final;
Introdução do cheque-ensino em
Portugal, na medida em que
devolve autonomia às escolas no
seu financiamento, aumenta a
competitividade entre elas o que só
poderá ser benéfico para os alunos,
CONTRIBUTOS DA JUVENTUDE POPULAR PARA O LIVRO BRANCO DA JUVENTUDE 11
e devolve também autonomia aos
pais na escolha da escola que
querem para os seus filhos;
Redução do número de alunos por
turma, seguindo as tendências dos
melhores países, melhorando a
aproximação do professor aos
alunos, e criando menos barreiras à
aprendizagem. É essencial que se
perceba que as melhores turmas
têm, regra geral, menores
alunos e um grau maior de
aquisição de conhecimento.
Assim sendo, consideramos que 15
aluno para o 1º Ciclo será o
máximo, 22 alunos no 2º Ciclo, 25
alunos no 3º Ciclo e Secundário;
Alteração da remuneração dos
actuais directores de escolas, uma
vez que consideramos exorbitante
que recebam por vezes mais 50%
acima do salário habitual como
professor, tendo em conta a
delegação de tarefas que operam e
devido ao facto de não terem carga
lectiva na maioria dos casos.
Pensamos que um limite de mais
um salário mínimo acima do salário
habitual já será razoável;
Consideramos ainda que, na actual
estruturação do ensino, é
necessária a existência de um
administrador de recursos, por
mega-agrupamento ou por um
máximo de 3 escolas, um director
pedagógico por escola pertencente
ao mesmo. No fundo, a separação
entre administração pedagógica
e financeira deve ser alvo de
profunda reflexão, de modo a que
as escolas sejam mais sustentáveis
e tenham uma melhor afectação de
recursos;
A autoridade deve ser reposta
nos professores, figura máxima
dentro da sala de aula;
A retenção deve continuar a existir
como modo de salvaguardar que os
alunos realmente aprendem e
cumprem os objectivos do seu ano,
sem nunca deixar de haver um
plano para que se possa identificar
a falha do aluno e para o motivar;
Os pais devem ser
responsabilizados pelos actos dos
alunos menores, a escola dá a
Instrução, mas grande parte da
Educação deve ser dada pelos pais;
12 EXISTEM POLÍTICAS
Obrigatoriedade de concluir o
Ensino Secundário com nota
superior a 9,5 valores no exame
de Português;
Ensino obrigatório apenas até ao 9º
ano de escolaridade;
Terminar com o acesso ao ensino
superior por meios menos justos de
equivalência com aqueles que
fazem o percurso via ensino
secundário. Se o quiserem fazer
terão que prestar provas a todos os
níveis. (ex: ensino recorrente e
ensino profissional);
Racionalização e especialização da
Rede de Ensino Superior;
Implantação do Contrato de
Transparência para o Ensino
Superior;
Primar pela qualidade nos cursos
superiores e fechar aqueles que se
apresentarem em piores condições
para serem leccionados;
Terminar com os 2º Ciclos no
ensino politécnico e assim começar
uma reforma séria em matéria
pedagógica do que é Ensino de
Investigação (Ensino Universitário)
e ensino técnico (Ensino
Politécnico);
Reestruturação do modo de
financiamento das IES, e incentivar
à sua própria autonomia financeira,
criando através da produção de
conhecimentos receitas.
Maior aposta na
internacionalização das IES, com
programas como o ERASMUS;
Maiores aproximações das
empresas junto do
conhecimento, não só como polo
dinamizador do ramo empresarial,
bem como do estabelecimento entre
o mercado de trabalho e as
instituições que formam os quadros
superiores e inferiores das
empresas;
Incentivar aos grupos de
empreendedorismo nas IES, e
procurar implantação e
financiamento nas regiões em que
estão inseridas.
CONTRIBUTOS DA JUVENTUDE POPULAR PARA O LIVRO BRANCO DA JUVENTUDE 13
A actual Constituição da República
Portuguesa não serve os interesses
do País. Deve ser revogada e feita uma
nova onde todos os portugueses se
revejam e que não aponte caminhos
ideológicos.
COM OS MESMOS RECURSOS, FAZER
MAIS E MELHOR
O mapa administrativo que temos reflecte
uma reforma desenvolvida por Mouzinho
da Silveira e já leva mais de 150 anos de
existência. O contexto demográfico, social,
económico e político sofreram alterações
profundas. O Portugal de ontem em nada
se compara ao de hoje e muito menos
responde aos desafios do futuro. A
mudança, muito mais do que reformista, é
necessária. A JP acredita que ninguém
pode ser escravo da sua identidade:
quando surge uma possibilidade de
mudança é preciso mudar.
O porquê desta mudança de paradigma?
Esta questão tem uma enorme relevância
para a generalidade dos portugueses. A
realidade da administração local é
demasiado pesada se verificarmos o
número de freguesias e de concelhos
que constituem o quadro territorial
português. Sabemos bem a importância
do poder autárquico enquanto poder de
proximidade para com as populações,
principalmente junto das mais débeis do
ponto de vista de qualquer circunstância
de fragilidade. Mas também sabemos
perfeitamente que mais freguesias ou
mais concelhos não significa melhor
serviço prestado às populações. Bem pelo
contrário, a realidade que se quer
implantar significa adequar a parte
administrativa à realidade, capa-
citando-as assim de mais meios e
condições em corresponder às suas
populações.
14 EXISTEM POLÍTICAS
De que nos capacita esta reforma? Nunca
se colocou em causa terminar com a
identidade das nossas populações, ou seja,
terminar geograficamente com a sua
freguesia. Sabendo de antemão o peso
cultural e afectivo da “nossa freguesia”, o
que se propôs, foi uma reforma idêntica à
que foi elaborada nas paróquias por parte
da Igreja, em que na ausência de párocos
constituiu comunidades pastorais, mas
sem nunca deixar por em causa a
identidade paroquial individual de cada
comunidade. Objectivamente, o que se
pretendeu com a reforma
administrativa foi manter a identidade
de cada freguês, unificando apenas o
poder administrativo. O diploma é bem
específico nesta matéria obrigando à
preservação da identidade histórica,
cultural e social das comunidades locais,
incluindo a manutenção da anterior
denominação das freguesias agregadas.
Significando assim que ficamos
capacitados de que com os mesmos
recursos nos seja permitido fazer mais e
melhor em prol das populações. A
racionalização do número de
autarquias não visa uma redução da
despesa pública, mas antes o intuito
de aumentar a eficiência e eficácia na
utilização dos recursos públicos.
A reforma administrativa é fundamental
até mesmo no contexto de gestão
municipal. Existem muitos concelhos, de
Norte a Sul do país, independentemente
da cor partidária, que são um bom
exemplo de como não se soube
racionalizar e distribuir os recursos e meios
de uma forma inteligente e rentável. Basta
fazer um pequeno exercício para constatar
que existem freguesias com equipamentos
desportivos que nem sequer têm
população suficiente para a sua prática.
Ou, por outro lado, freguesias vizinhas em
que os equipamentos se vão repetindo em
meia dúzia de quilómetros. Foi a política
das obras eleitoralistas, das obras
megalómanas e com consequências
irreversíveis para a economia. Estas são
realidades muito fáceis de constatar por
todo o país, não deixando ainda de fora as
empresas públicas municipais que
afundam anualmente os municípios e por
consequência o país e os portugueses.
Com a realidade económica e
financeira de hoje compreendemos
mais facilmente que este tipo de
gestão nunca devia ter existido e que
a aposta no futuro passa por novos
agentes e novas políticas.
CONTRIBUTOS DA JUVENTUDE POPULAR PARA O LIVRO BRANCO DA JUVENTUDE 15