31
CONTROLE DE EXECUÇÃO DE ESTACAS 1) OBJETIVOS ETAPAS DA FUNDAÇÃO PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA DEFINIÇÃO DO TIPO DE FUNDAÇÃO PROJETO EXECUTIVO EXECUÇÃO E CONTROLE MONITORAMENTO Verificar antes, durante e após a execução do estaqueamento, se as hipóteses de projeto estão sendo respeitadas. Verificar a integridade do elemento estrutural. Verificar a capacidade de carga da fundação, tanto do ponto de vista do solo quanto do elemento estrutural. Verificar o recalque da fundação para as condições de trabalho.

Controle de Execução de Estacas - Transparências - 13-02-2002 (1)

Embed Size (px)

DESCRIPTION

controle de execução de estacas transparencias aula.

Citation preview

  • CONTROLE DE EXECUO DE ESTACAS 1) OBJETIVOS

    ETAPASDA

    FUNDAO

    PROSPECO GEOTCNICA

    DEFINIO DO TIPO DE FUNDAO

    PROJETO EXECUTIVO

    EXECUO E CONTROLE

    MONITORAMENTO

    Verificar antes, durante e aps a execuo do estaqueamento, se as hipteses de projeto esto sendo respeitadas.

    Verificar a integridade do elemento estrutural.

    Verificar a capacidade de carga da fundao, tanto do ponto de vista do solo quanto do elemento estrutural.

    Verificar o recalque da fundao para as condies de trabalho.

  • 2) TIPOS DE CONTROLE

    TIPOS DE CONTROLE TIPO DE

    ESTACA ANTES DA

    EXECUO DURANTE A EXECUO

    APS A EXECUO

    Pr-moldada (concreto e metlica)

    Controle de fabricao (concreto, ao). Inspeo da estaca (defeitos, fissuras, etc). Verificao do equipa-mento de cravao (pilo, capacete, coxim, cepo).

    Diagrama de cravao. Medio de nega e repi-que elstico. Controle das emendas (tipo, tempo, etc). Prova de carga dinmica (PDA).

    Nega e repique elstico de recuperao (set-up). Prova de carga esttica. Prova de carga dinmica (PDA). Ensaio de integridade do fuste (PIT).

    Franki

    Controle dos materiais (cimento, areia, brita, ao). Verificao da armadura da estaca. Verificao do equipa-mento de execuo (torre, tubo, pilo, caamba, etc).

    Controle do concreto (trao, slump). Diagrama de cravao do tubo. Medio de nega do tubo. Controle do volume e energia da base. Volume do fuste e en-curtamento da armadura.

    Controle do concreto (resistncia). Prova de carga esttica. Ensaio de integridade do fuste (PIT).

  • TIPO DE CONTROLE TIPO DE

    ESTACA ANTES DA

    EXECUO DURANTE A EXECUO

    APS A EXECUO

    Escavada com Lama

    Controle dos materiais (cimento, areia, brita, ben-tonita, ao). Verificao do equipa-mento de execuo.

    Controle da lama ben-tontica (pH, densidade). Controle do concreto (trao, slump). Presso de injeo. Volume do fuste.

    Prova de carga esttica. Ensaio de integridade do fuste (PIT).

    Hlice Contnua

    Monitorada

    Controle dos materiais (cimento, areia, brita, ao). Verificao do equipa-mento de execuo (trado, sensores, etc).

    Controle do concreto (trao, slump). Monitorao eletrnica (verticalidade, velocidade de avano e retirada do trado, torque, presso e volume do concreto).

    Prova de carga esttica. Ensaio de integridade do fuste (PIT).

  • 3) ESTACAS PR-MOLDADAS (CONCRETO E AO)

    3.1. Equipamento de Cravao

    PILO OU MARTELO (AO)

    CEPO (MADEIRA)

    CAPACETE (AO)

    COXIM (MADEIRA)

    ESTACA

  • 3.2. Diagrama de Cravao

    Consiste em se anotar o nmero de golpes necessrios cravao de 50 ou 100 cm da estaca no terreno.

    0,5 a 1 m

    PILO

    H NSPT

    Prof.

    ECRAV

    Prof.

    ESTACA

    HWnE hCRAV =

    Onde: n = No. de golpes necessrios cravao da estaca Wh = Peso do pilo H = Altura de queda do pilo

  • Objetivos Principais:

    Verificar a representatividade das sondagens realizadas a priori. Ex: estacas metlicas de perfil laminado CS-250x84

    com 20 m de comprimento.

    -20.00

    -16.00

    -12.00

    -8.00

    -4.00

    0.00

    CO

    TA (m

    )

    20.00 60.000.00 40.00N-SPT

    0.00 20.00 40.00N50

    SONDAGEM

    SP-02

    ESTACA

    P2-E11

    P2-E10

    ESTACA METLICA - PERFIL LAMINADO

  • Pode indicar a ocorrncia de quebra de estacas. Ex: estaca pr-moldada de concreto de seo quadrada

    e 300 mm de lado com 20 m de comprimento.

    0.00

    4.00

    8.00

    12.00

    16.00

    20.00

    PRO

    FUN

    DID

    ADE

    (m)

    0.00 20.00 40.00N-SPT

    0.00

    4.00

    8.00

    12.00

    16.00

    20.00

    0.00 100.00 200.00N-50

    PASSARELA 2 - MEMORIAL ARCOVERDE

  • 3.3. Controle atravs da Nega

    Movimento da Estaca:

    Aps o choque do pilo com a estaca, parte da energia disponvel transferida estaca (EMX), fazendo com que haja um deslocamento descendente mximo (DMX). Segue-se um movimento ascendente da estaca,

    denominado de repique elstico (K), at a completa estabilizao do seu movimento. A penetrao permanente da estaca denominada de

    nega (S).

    DMXA

    B

    S

    K

    t = 0 - t = 0 + t >> 0

    A

    A

    A

    BB

    PILO

  • A resistncia mobilizada pela estaca inversamente proporcional nega, e diretamente proporcional ao repique elstico.

    H

    K

    SK

    S

    RMXRMX

    H

    CAMADAFRACA

    CAMADARESISTENTE

    Caractersticas da Nega:

    Normalmente medida para 10 golpes do pilo com 1 m de altura de queda. Seu valor depende da energia de cravao. Pode variar ao longo do tempo, especialmente em

    terrenos argilosos (efeito set-up).

  • Modelo de Clculo da Nega:

    Validade da teoria do choque de corpos rgidos de Newton, aplicada cravao de uma estaca. A energia de cravao do pilo nem sempre

    suficiente para despertar a mxima resistncia disponvel que o terreno pode oferecer. H mais de 100 frmulas para o clculo de nega.

    PILO

    H

    S

    Wh

    Wp

    R = Rl + Rp

    PerdassRHWEE hfo +==

    ( )PerdasHWs

    R h = 1

  • Frmulas Dinmicas:

    Frmula dos Holandeses:

    ( )phhestadm WWHW

    VS +

    =2

    101

    Onde: Vest = Carga admissvel de projeto da estaca Wh = Peso do pilo Wp = Peso da estaca

    Frmula de Brix:

    ( )22

    51

    ph

    ph

    estadm WW

    HWWV

    S +=

    Critrio de Controle:

    Se Smed Sadm a cravao deve ser paralisada. Se Smed > Sadm a cravao deve continuar.

  • 3.4. Controle atravs do Repique Elstico

    Medio do Repique:

    K

    S

    PAPEL

    LPIS

  • Sinal Tpico:

    Posio Inicial

    Posio Final

    Repique Elstico(K = C2 + C3)

    Nega(S)

    Exemplo:

  • Parcelas do Repique Elstico

    H

    K = C2 + C3

    S

    TOPO DAESTACA

    C3

    S

    PONTA DAESTACA

    S

    C2+C3

    Desl. Desl.

    tempo tempo

    S

    C3

    TOPO DA ESTACA PONTA DA ESTACA

    Onde: C2 = compresso elstica da estaca C3 = compresso elstica do solo sob a ponta

  • Compresso Elstica da Estaca (C2)

    o repique elstico do elemento estrutural. diretamente proporcional resistncia mobilizada

    pela estaca. Apresenta um crescimento com o aumento da energia

    de cravao, at o limite da resistncia do sistema solo-estaca. Pode ser calculado a partir do repique medido e do

    quake estimado.

    32 CKC med =

    Quake (C3)

    o repique elstico do solo sob a ponta da estaca. de difcil medio. Tabela de Valores Tpicos (Souza Filho e Abreu,

    1990):

    QUAKE C2 (mm) TIPO DE

    SOLO FAIXA DE VALORES

    VALOR SUGERIDO

    Areia 0 2,5 1,25 Areia Siltosa 2,5 5,0 3,75 Silte Arenoso 2,5 5,0 3,75 Argila Siltosa 5,0 7,5 6,25 Silte Argiloso 5,0 7,5 6,25

    Argila 7,5 10,0 8,75

  • Modelo de Clculo

    Lei de Hooke Estaca de ponta (Rl 0)

    PILO

    H

    C2

    Wh

    Le

    R = Rp

    +

    ESFORO NORMAL

    R

    R

    R

    MOLAELSTICA

    ESTACADE PONTA

    ELeC

    ARE

    == 2

    Logo:

    LeAECR = 2

    e LeAEC

    FSRVadm

    ==22

    Onde: E = mdulo dinmico de elasticidade A = rea da seo transversal da estaca Vadm = carga admissvel de projeto da estaca

  • Obs.: Estaca Flutuante (Rp 0):

    LeAECR =

    5,02

    e LeAEC

    FSRVadm

    == 2

    Frmula de Chellis-Velloso (1987)

    Lei de Hooke. Estaca com resistncia de ponta e por atrito lateral.

    LeAECR =

    7,02

    e LeAEC

    FSRVadm

    ==4,1

    2

    Ou:

    AELeVC adm= 4,12

    Logo:

    34,132 CAELeVCCK admadm +

    =+=

    Critrio de Controle:

    Se Kmed Kadm a cravao deve ser paralisada. Se Kmed < Kadm a cravao deve continuar.

  • Obs.: Mdulo Dinmico de Elasticidade:

    TIPO DE ESTACA

    MDULO DE ELASTICIDADE (MPa)

    Pr-moldada de Concreto Vibrado

    25.000

    Pr-moldada de Concreto Centrifugado

    28.000

    Metlica 210.000

    Influncia da Energia de Cravao

    Energia de cravao crescente (por exemplo, aumento da altura de queda do pilo):

    H1H2

    Hn

    K1

    S1

    Kn

    SnK2

    S2

    RMX2RMX1 RMXn

    ...

    ...

  • O repique elstico cresce medida que a estaca vai mobilizando resistncia. Quando a mxima resistncia mobilizada (capacidade de carga da estaca), o repique se mantm praticamente constante. A nega cresce de modo mais ou menos proporcional

    at um certo nvel de energia. No trecho prximo ruptura da estaca, o seu crescimento passa a ser assinttico. A ruptura da estaca normalmente atingida para

    valores de (DMX / D) superiores a 5 %.

    DESLOCAMENTODA ESTACA

    ENERGIA DECRAVAO

    NEGA

    REPIQUEELSTICO

    RUPTURA DAESTACA

  • Exemplo:

    Estaca pr-moldada de concreto vibrado de seo quadrada e lado 250 mm, com 7,5 m de comprimento.

    0.00

    2.00

    4.00

    6.00

    8.00

    10.00

    K /

    D,

    S /

    D,

    DM

    X /

    D (%

    )

    0.00 200.00 400.00 600.00 800.00RESISTNCIA MOBILIZADA (kN)

    DESLOCAMENTO

    REPIQUE

    NEGA

    DMX

    EDF. RESIDENCIAL - BOM PASTOR - RECIFE/ PE

  • 3.5. Prova de Carga Esttica

    Consiste na aplicao de carregamento crescente estaca, com simultnea medio dos recalques, obtendo-se a curva carga-recalque da estaca.

    V V1

    V2

    Vn

    S1 S2Sn

    S

    D

    Vrup

    ...

  • o ensaio que mais se aproxima da real situao de trabalho da obra. um ensaio caro e demorado, sendo executado

    normalmente em obras de mdio a grande porte. O sistema de reao pode ser executado atravs de

    cargueiras ou tirantes.

    V

    S1 S2Sn

    S

    Vrup

    SISTEMA DEREAO

    (TIRANTES)

    VIGA METLICA

    DE REAO

    MACACO COMMANMETRO

    TRECHOEXTRAPOLADO

  • Exemplo: estaca hlice contnua de 600 mm de dimetro e 15 m de comprimento.

    0.00

    10.00

    20.00

    30.00

    REC

    ALQ

    UE

    (mm

    )

    0.00 1000.00 2000.00 3000.00 4000.00CARGA (kN)

    PROVA DE CARGA

    VAN DER VEEN

    Vrup = 3267 kNa = 0.2125 mm-1b = 0.0835

    ESTACA HLICE CONTNUA - 600 mm DIMETRO

  • 3.6. Prova de Carga Dinmica (PDA)

    Equipamento:

    So implantados dois pares de acelermetros e transdutores de deformao, que so monitorados continuamente durante todo o golpe do pilo. A partir destes dados, so feitas anlises atravs

    modelos numricos baseados na equao da onda (CASE, CAPWAP). O ensaio deve ser feito com energia de cravao

    crescente.

  • Informaes Obtidas:

    Estimativa da resistncia mobilizada pela estaca. Eficincia do sistema de cravao. Tenses mximas de cravao (compresso e trao). Integridade da estaca. Deslocamentos mximos da estaca (DMX, K). Tenses residuais. Ex: estaca pr-moldada de concreto centrifugado de

    330 mm de dimetro e 12 m de comprimento (Gonalves et al., 2000):

  • 4) ESTACAS TIPO FRANKI

    4.1. Equipamento de Execuo

    4.2. Diagrama de Cravao

    Objetivos Principais:

    Verificar a representatividade das sondagens realizadas a priori. Definir a paralisao da cravao do tubo Franki:

    DIMETRO DO TUBO (mm)

    ENERGIA MNIMA* (MN.m)

    300 1,80 350 2,30 400 3,00 520 4,50 600 5,00

    Em no mnimo dois trechos de 50 cm.

  • Exemplo: estacas e 520 mm de dimetro e 9 m de comprimento.

    0.000

    2.000

    4.000

    6.000

    8.000

    10.000

    PRO

    FUN

    DID

    ADE

    (m)

    ESTACA E83

    ESTACA E82

    ESTACA E71

    0.00 4.00 8.00 12.00ENERGIA DE CRAVAO PARA 50 cm (MN.m)

    E = 4,5 MN.m

  • 4.3. Controle atravs da Nega do Tubo

    Resistncia do Tubo:

    ( )22

    51

    Th

    Th

    medT WW

    HWWS

    R +

    =

    Onde: RT = resistncia do tubo Smed = nega medida Wh = peso do pilo WT = peso do tubo (ao = 78 kN/m3) H = altura de queda do pilo

    Resistncia da Estaca:

    +=

    T

    bTadm A

    ARV 6,03,075,0

    Onde: Vadm = carga admissvel da estaca Ab = rea da base alargada AT = rea da seo transversal do tubo

    Obs.: rea da seo transversal do tubo

    ( )2int24 DDA extT =

    Onde: Dext = dimetro externo do tubo Dint = dimetro interno do tubo

  • Obs.: rea da base alargada

    BASEALARGADA

    REAL

    BASEALARGADA"ESFRICA"

    Db

    Vb

    36

    bb

    VD = e 4

    2DbAb =

    Obs.: Volume de base (valores normais):

    DIMETRO DO TUBO (mm)

    VOLUME DA BASE (m3)

    DIMETRO DA BASE (mm)

    300 0,090 556 350 0,180 700 400 0,270 802 520 0,450 950 600 0,600 1046

  • 4.4. Controle da Energia de Base

    Conceito:

    PROFUNDIDADEESPECIFICADA BASE

    ALARGADA

    HWnE hbase =

    Valores Mnimos Admissveis:

    DIMETRO DO TUBO

    (mm)

    LTIMO VOLUME DA

    BASE (m3)

    ENERGIA DE BASE (MN.m)*

    300 0,090 1,50 350 0,090 1,50 400 0,090 1,50 520 0,150 5,00 600 0,150 5,00

    * Para valores diferentes, adotar valores proporcionais.

  • 4.5. Encurtamento da Armadura

    Conceito:

    ARMADURADA ESTACA

    ENCURTAMENTODA ARMADURA

    %1

    LeL

    Onde: L= encurtamento da armadura Le = Comprimento da estaca

    Obs.: Caso o encurtamento seja superior, a concretagem do fuste dever ser interrompida, a bucha de cravao deve ser refeita, e o tubo recravado, iniciando-se todos os controles executivos como se fosse uma nova estaca.