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CONTROLE DE QUALIDADE FISICO-QUIMICO [Escolha a data] FARMACOPEIA..............................2 MONOGRAFIA.............................2 CONTROLE DE QUALIDADE....................2 Matérias-primas e demais insumos........................... 2 CQ das matérias-primas produtos acabados e em processo 2 CQ da farmacotécnica ou controle de processo.......2 GARANTIA DA QUALIDADE....................3 VALIDAÇÃO................................3 Validação prospectiva.................................................. 3 Validação retrospectiva............................................... 3 Validação concorrente................................................. 3 Validação do processo de limpeza............................. 3 ESTABILIDADE.............................4 Estabilidade.................................................................. 4 Estabilidade de longa duração................................... 4 Teste de estabilidade................................................... 4 Fotoestabilidade........................................................... 4 PADRÕES..................................4 Substância padrão primária....................................... 4 Substância padrão secundária................................... 4 Titulação....................................................................... 4 SUBSTÂNCIA QUIMICA DE REFERENCIA (SQR). . .4 RDC 17...................................5 VALIDAÇÃO..............................5 Capitulo 1...................................................................... 5 Capítulo 2...................................................................... 5 ÁGUA.....................................5 ÁGUA PARA USO FARMACEUTICO.............5 Capítulo 1...................................................................... 5 Exigências para sistemas de água........5 Capítulo 2...................................................................... 5 Especificações de qualidade de água.....5

Controle de Qualidade Fisico

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Page 1: Controle de Qualidade Fisico

CONTROLE DE QUALIDADE FISICO-QUIMICO [Escolha a data]

FARMACOPEIA.....................................................................2

MONOGRAFIA......................................................................2

CONTROLE DE QUALIDADE...................................................2

Matérias-primas e demais insumos.................................2CQ das matérias-primas produtos acabados e em processo 2CQ da farmacotécnica ou controle de processo...............2

GARANTIA DA QUALIDADE...................................................3

VALIDAÇÃO..........................................................................3

Validação prospectiva......................................................3Validação retrospectiva...................................................3Validação concorrente.....................................................3Validação do processo de limpeza...................................3

ESTABILIDADE......................................................................4

Estabilidade......................................................................4Estabilidade de longa duração.........................................4Teste de estabilidade.......................................................4Fotoestabilidade..............................................................4

PADRÕES.............................................................................4

Substância padrão primária.............................................4Substância padrão secundária.........................................4Titulação..........................................................................4

SUBSTÂNCIA QUIMICA DE REFERENCIA (SQR).......................4

RDC 17.................................................................................5

VALIDAÇÃO...........................................................................5Capitulo 1.........................................................................5Capítulo 2.........................................................................5

ÁGUA...................................................................................5

ÁGUA PARA USO FARMACEUTICO........................................5Capítulo 1.........................................................................5

Exigências para sistemas de água..........................................5Capítulo 2.........................................................................5

Especificações de qualidade de água....................................5

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FARMACOPEIA Vêm do grego Pharmakon=fármaco e peia=faço. É uma lista de fármacos e de fórmulas para preparar medicamentos. É um livro oficial, criado por uma comissão, que estabelece normas farmacêuticas destinadas a assegurar numa entidade político-geográfico determinando a uniformidade da natureza, da qualidade, da composição e da concentração dos medicamentos aprovados ou tolerados, sendo estas normas obrigatórias e estabelecidas pelas entidades competentes e a elas devendo seguir os farmacêuticos.

MONOGRAFIA É uma dissertação sobre um ponto particular de uma ciência, de uma arte, sobre um assunto ou sobre assuntos relacionados. Trabalhos acadêmicos que apresenta o resultado de

investigação pouco complexa e sobre tema único e bem delimitado. Raramente a monografia é elaborada com base em pesquisas originais ou apresentam resultados de estudos experimentados; normalmente é um estudo de base bibliográfica. Em geral, possui cerca de 60 páginas, variando pouco esse número. É o trabalho final do curso de graduação, elaborado depois de cursado os respectivos créditos e feita à pesquisa correspondente. É desenvolvida, em alguns casos, sob assistência de um orientador acadêmico.

Figura 1: estrutura geral das monografias. (a) nome da monografia; (b) denominação comum internacional (DCI); (c) formula molecular e massa molecular (g/mol); (d) denominação comum brasileira (DCB) e número de DCB; (e) nome químico; (f) registro CAS; (g) reagentes; (h) substância química de referencia (SQR); (i) número do método.

CONTROLE DE QUALIDADE É um conjunto de operações que permitem verificar se o produto está em conformidade com as especificações estabelecidas para o mesmo. O processo para garantir a qualidade, com as quais é feita, a verificação regular e sistemática coordenadas em âmbito nacional pela ANVISA. A farmácia deve ter uma área destinada às atividades de controle da qualidade, cujas instalações estejam dimensionadas conforme a demanda e atendam a critérios adequados quanto à organização do espaço físico e equipamentos. As principais análises realizadas relacionam-se às diferentes fases de obtenção do produto magistral, a partir da aquisição dos insumos. Assim, nessas áreas são analisados matérias-primas, produtos em processamento e produtos acabados. Os materiais de acondicionamento e embalagem também devem ser avaliados quanto às suas especificações.

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Matérias-primas e demais insumos Na aquisição de matérias-primas e outros insumos é desejável que os fornecedores sejam qualificados por meio dos critérios estabelecidos pela legislação vigente, que incluem: a comprovação da regularidade do distribuidor perante aos órgãos de vigilância sanitária, a realização de uma auditoria in loco para verificar o cumprimento das BPF´s ou de fracionamento, a correspondência dos resultados analíticos obtidos na farmácia com aqueles fornecidos pelo distribuidor e o histórico de fornecimento de matérias-primas e outros insumos aprovados conforme especificações. As especificações de cada material ou insumo deve ser fundamentado nas monografias oficiais, como a monografia brasileira e, nas demais farmacopeias reconhecidas pelos órgãos de vigilância sanitária. Não havendo especificações oficiais, essas devem ser elaboradas em conformidade com o fabricante.

CQ das matérias-primas produtos acabados e em processo

Enquanto as matérias-primas estiverem sob avaliação devem receber rótulos específicos, como: em quarentena, para indicar que elas não estão liberadas para o consumo, necessitando aguardar os resultados para tomada de decisão. Quanto à aprovação do material é recomendado, que as matérias-primas em análise ou avaliação sejam armazenadas em local próprio e sob condições controladas e adequadas.

CQ da farmacotécnica ou controle de processo

Todas as operações de preparo de medicamentos, cosméticos, suplementos nutricionais, entre outros, devem estar descritos em POP´s, acompanhada por ordem de produção. Cada formulação deve corresponder documentação na qual as pesagens estejam registradas e conferidas.

GARANTIA DA QUALIDADE É o esforço organizado, e monitorado, e documentado para assegurar a qualidade do produto e unidades interlotes com mesmas características, e de acordo com especificações previamente estabelecidas. Os objetivos da garantia da qualidade são: Assegurar a elaboração de especificações,

POP, manual de BPM, ordens de manipulação, metodologia analítica e especificações para matérias-primas, produtos e material de embalagem, controle das condições ambientais e programa de limpeza dos produtos e insumos, armazenamento e dispensação dos produtos e insumo, treinamentos de pessoal, ou auditorias e inspeções calibração, manutenção e verificação de equipamentos, e de instrumentos, entre outros procedimentos documentados;

Garantir o cumprimento das especificações, procedimentos, controle, treinamentos, auditorias, e prover seus registros;

Zelar pelo gerenciamento dos registros e da documentação envolvida e de seu arquivamento

Providenciar, adequado dimensionamento físico e organização de espaço para a realização das varias tarefas e para o armazenamento seguro de substâncias químicas, solventes, material de contra prova, reagente, documentos, entre outros, bem como de alocação de equipamentos e pessoal;

Prever e fornecer todos os subsídios necessários para garantir a segurança e eficácia dos produtos obtidos na farmácia e para o atendimento das normas técnicas, físicas e sanitárias urgentes.

VALIDAÇÃO Durante o processamento de desenvolvimento do fármaco, a validação de método analítico é realizada para garantir que o mesmo seja exato, especifico e reprodutível dentro da variação especificada na qual a substância em exame será analisada. Os laboratórios de análise devem realizar a validação de métodos para atender ao governo ou outros órgãos regulamentadores sendo que os dados obtidos devem fazer parte do conjunto de informações que será apresentado a agências como o FDA (Food and Drug administration). A validação é a evidência documentada de que um sistema se encontra em grau de fazer aquilo que se propõem de forma consistente e dentro das especificações e atributos de qualidade pré-estabelecidos. As vantagens da implantação de um programa de validação são: Menor incidência de desvio; Maior racionalização das atividades

desenvolvidas; Redução dos níveis dos estoques de segurança; Criação de bases sólidas para o

desenvolvimento de programas de treinamentos. Podemos conduzir a validação de acordo com

três diferentes abordagens.

Validação prospectiva É conduzida antes do inicio da inserção de um produto na linha de produção e comercialização, seja ele novo ou produto já em linha que tenha sofrido modificações significativas no seu processo de fabricação tais como: modificações de equipamentos, processo de fabricação, matérias-primas ou dimensões de lote. Pode ser considerado como abordagem usada antes do sistema entrar em funcionamento.

Validação retrospectiva Abordagem que toma como base dados, o histórico de produção de lote pregresso. Somente produtos fabricados por muito tempo na empresa podem ser validados por esta metodologia. deve-se basear no

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mínimo, nas informações de 20 a 40 lotes consecutivos.

Validação concorrente Conduzida contemporaneamente ao processo produtivo e distribuição do produto. Aplica-se a produto já a venda no mercado, mas que não possuam dados suficientes para suportar uma abordagem da validação retrospectiva.

Validação do processo de limpeza Contempla a validação de todos os processos de limpeza dentro da planta produtiva não só para as áreas de produção, como também para todos os equipamentos e utensílios usados. serão sujeitas a validação os processos de limpeza usado, não só para os equipamentos de produção, como para as linhas de produção, containers de matérias-primas e equipamentos de laboratório. O FDA requer, que todos os dados referentes a validação dos processos de limpeza usadas sejam capazes de demonstrar que houve a remoção total de todos os resíduos ou impurezas presentes até um nível aceitável. Este procedimento deve ser conduzido de forma que se considere equipamento em questão, o tipo de produto nele processado e as possíveis interações deste com os agentes de limpeza.

ESTABILIDADEÉ o tempo no qual um produto mantém, dentro dos limites especificados e em todo o seu período de uso, as mesmas características que possuía no momento que foi obtido. a estabilidade é dependente de fatores relacionadas ao próprio produto, chamado de fatores intrínsecos, como a composição da forma farmacêutica, as propriedades físico-químicas dos principais ativos e excipientes, o pH, as impurezas presentes, o tipo e as propriedades do material de embalagem e do processo usado na sua obtenção.

Estabilidade A estabilidade de produtos farmacêuticos depende de fatores ambientais como temperatura, umidade e luz, e de outros relacionados ao próprio produto

como propriedade física e química de substâncias ativas e excipientes farmacêuticos.

Estabilidade aceleradaEstudo projetado para acelerar a degradação química ou mudanças físicas de um produto farmacêutico pelo uso de condições de estocagem forçadas.

Estabilidade de longa duraçãoEstudo projetado para verificação das características físicas, químicas, biológicas e microbiológicas de um produto farmacêutico, durante e depois do prazo de validade esperados.

Teste de estabilidadeConjunto de teste projetado para obter, informações sobre a estabilidade de produtos farmacêuticos visando definir sua vida-média e período de uso em embalagem e condições de estocagem aplicadas.

FotoestabilidadeTem objetivo de demonstrar que a exposição à luz não resulta em alterações significantes nos produtos.

PADRÕES Substâncias padrões de trabalho são as que apresentam um grau de pureza próximo de 100% com erro entre 0,05 são conhecidos pela sigla P.A que significa para análise.

Substância padrão primária São consideradas somente aquelas que satisfazem os seguintes requisitos:

As substâncias devem ser de fácil obtenção, purificação, dessecação e conservação;

As impurezas devem ser de fácil identificação em ensaios qualitativos conhecidos;

O teor de impureza não deve ser de fácil identificação em ensaios qualitativos conhecidos;

O teor de impureza não deve ser superior a 0,01-0,02%;

A substância não deve ser higroscópica ou eflorescente;

A substância deve possuir elevado peso molecular; A substância deve ser sólida.

Substância padrão secundáriaSão aquelas cujo conteúdo de substância ativa foi estabelecido por comparação com uma substância padrão primária. Podem ser usadas para padronização.

Titulação É uma técnica comum de laboratório em análise químicas quantitativas, usadas para determinar a concentração de um reagente conhecido. O método consiste em reagir completamente um volume conhecido de uma amostra com volume

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determinado de um reagente de natureza e concentração conhecida (solução padrão). A substância de interesse em qualquer determinação recebe o nome de analito. A espécie química com maior concentração definida recebe o nome de titulante, que é, em geral, uma solução obtida a partir de um padrão primário, podendo ser um sal ou uma substância gerada na solução que se deseja medir. A solução a ter sua concentração determinada recebe o nome de titulado.

SUBSTÂNCIA QUIMICA DE REFERENCIA (SQR)São materiais de referencia usados na avaliação das conformidades dos insumos farmacêuticos e dos medicamentos, requerida em diferentes farmacopeias e códigos farmacêuticos, reconhecidas pela ANVISA, como referencia de controle de qualidade nacional. O estabelecimento de SQR produzidas no Brasil confere maior agilidade na disponibilidade destes produtos, diminuído custos e facilitando o acesso na aquisição dessas substâncias, gerando menos dependência de outros países. Cabe ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) a distribuição oficial das SQR´s certificadas. Até pouco tempo atrás, a única opção era comprar SQR´s fora do país ou em representantes locais a custo alto, sem considerar a demora do processo de importação, o que dificultava sua aquisição.

RDC 17VALIDAÇÃO Capitulo 1

Art. 461: a validação é uma parte essencial de BPF, sendo o elemento da GQ ligado a um produto ou processo.§ 1º: os princípios da GQ é a produção de produtos adequados ao uso pretendido. Estes princípios são: A qualidade, a segurança e a eficácia devem ser

projetadas e definidas para o produto; Cada etapa critica do processo de fabricação

deve ser validada; Os produtos sejam consistentemente produzidos

e que atendem a todas as especificações definidas e requisitos da qualidade.

§ 2º: a validação de processo e sistemas é fundamental para se atingir os objetivos. É por meio de projeto e validação que um fabricante pode estabelecer com confiança que os produtos fabricados irão consistentemente atender as suas especificações.§ 3º: a documentação associada à validação deve incluir:

POP´s; Especificações; PMV; Protocolos e relatórios de qualificação; Protocolos e relatórios de validação.

Capítulo 2Relação entre a validação e qualificaçãoArt. 462: a validação e a qualificação são componentes de mesmo conceito.§ 1º: o termo qualificação é usado para equipamentos utilidades e sistemas, enquanto validação é aplicada ao processo;§ 2º: a qualificação constitui uma parte da validação.

ÁGUAMuitos artigos da farmacopeia são hidratados ou contem água na forma absorvida. Como resultado, a determinação da água é importante para demonstrar a concordância com os padrões farmacopeia. Quando o artigo contém água de hidratação, usados métodos volumétricos, métodos azeotrópicos ou métodos gravimétricos, conforme indicado na monografia.

Água para uso farmacêuticoCapítulo 1

Exigências para sistemas de águaArt. 527: os sistemas de produção, armazenamento e distribuição de água para uso farmacêutico devem ser planejados, instalados, validado e mantidos de forma a garantir a produção de água de qualidade apropriada.§ 2º: a água deve ser produzida, armazenada, e distribuída de forma a evitar a contaminação microbiológica, química ou física.

Art. 528: qualquer manutenção ou modificação não planejada deve ser aprovada pela GQ.Art. 529: as fontes de água tratada devem ser monitoradas regularmente quanto à qualidade química e microbiológica. § 2º: os registros dos resultados do

monitoramento e das ações tomadas devem ser mantidos por um período definido de tempo.

Art. 530: o grau de tratamento da água deve ser considerar a natureza e o uso pretendido do intermediário ou produto terminado, bem como a etapa no processo de produção no qual a água é usada.

Capítulo 2Especificações de qualidade de água

Água potávelArt. 532: devem ser realizados testes periodicamente para confirmar que a água atende aos padrões exigidos para água potável.

Água purificadaArt. 535: os sistemas de purificação de água devem ser projetados de forma a evitar a contaminação e proliferação microbiológica.

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Água para injetáveisArt. 536: a água para injetáveis deve cumprir com as especificações aceitas pela ANVISA.Art. 537: a água para injetáveis deve ser usada no enxague final após a limpeza de equipamentos e componentes que entram em contato com produtos estéreis.

CAPÍTULO 4Qualificação e validação

Art. 15: a empresa deve identificar quais os trabalhos de qualificação e validação são precisos para comprovar que todos os aspectos críticos de operação estejam sob controle.Art. 16: os elementos chaves de um programa de qualificação e validação de uma empresa devem ser claramente definidos e documentados num plano mestre de validação.Art. 17: a qualificação e a validação devem estabelecer e fornecer evidências documentadas de que: As instalações, utilidades, sistemas,

equipamentos e processos foram projetados em cosonâncias com as exigências de BPF;

As instalações. Sistemas e equipamentos foram construídos e instalados de acordo com as suas especificações de projeto;

As instalações, usos, sistemas e equipamentos operam de acordo com suas especificações planejadas;

Processo especifico irá produzir um produto que atenda suas especificações e atributos de qualidade.

Art. 23: relatórios de qualificação e validação contendo resultados e conclusões deem ser preparadas e arquivadas.

RDC 87 Regulamento técnico sobre as boas práticas de manipulação em farmácia.

Condições gerais Prescrição de medicamentos manipulados.

Os profissionais legalmente habilitados são os responsáveis pela prescrição dos medicamentos de que trata este regulamento técnico. A prescrição do medicamento a ser manipulado deverá ser realizado em receituário próprio a ser proposto em regulamentação especifica, contemplando a composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar. No caso de haver necessidade de continuidade do tratamento, com manipulação do medicamento constante de uma prescrição por mais de uma vez, o prescritor deve indicar na receita a duração do tratamento.

ANEXO 1Boas praticas de manipulação em farmáciasMatéria primas e materiais de embalagem

Devem ser realizadas, nas materias-primas de origem vegetal, os testes para determinação dos caracteres organolépticos, determinação de materiais estranhos, pesquisas de contaminação microbiológica, umidade, e determinação de cinzas totais. Para as matérias-primas líquidas de origem vegetal, além dos testes mencionados, devem ser realizados a determinação da densidade.

Manipulação Os excipientes usados na manipulação de medicamentos devem ser padronizados pela farmácia de acordo com embasamento técnico cientifico.

Controle Devem ser realizados, no mínimo, os seguintes ensaios, a farmacopeia brasileira ou outro compendio oficial reconhecido pela ANVISA, em todas as preparações magistrais.

Preparação EnsaiosSólidas Descrição, aspecto,

caracteres organolépticos, peso médio.

Semi-sólidas Descrição, aspecto, caracteres organolépticas, pH, peso

Liquidas não-estéreis. Peso ou volume antes do envase

A farmácia deve realizar a análise de no mínimo uma formula a cada três meses.As analises tanto do diluído quanto da fórmula, devem ser realizados em laboratório analítico próprio ou tercerizado.

CQ do estoque mínimoNo caso das bases galênicas, a avaliação da pureza microbiológica poderá ser realizada, por meio de monitoramento. Este monitoramento consiste na realização, por meio de monitoramento. Este monitoramento consiste na realização de análise mensal de pele menos uma base, devendo ser realizado adotado sistema de rodízio considerando o tipo de base e manipulados, adotados sendo que todos os tipos de base devem ser analisados anualmente.

ANEXO 3BPM de hormônios, antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a controle especial. O monitoramento deve ser realizado no estabelecimento, de forma a serem analisados no mínimo uma amostra a cada três meses.

MATÉRIA-PRIMA Na aquisição de matérias-primas é preciso que os fornecedores sejam qualificados por critérios

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estabelecidos por legislações, que incluem: a comprovação da regularidade do distribuidor perante aos órgãos de vigilância sanitária, a realização de uma auditória in-loco para verificar o cumprimento das BPF ou de fracionamento, a correspondência dos resultados analíticos obtidos na farmácia com aqueles fornecidos pelo distribuidor e o histórico de fornecimento de matérias-primas e outros insumos aprovados conforme as especificações; As especificações de cada material, elaborada pela farmácia devem ser fundamentadas nas monografias oficiais. Os farmacêuticos devem consultar a literatura cientifica relacionado e avaliar a mais adequada para o uso, considerando a forma farmacêutica, composição da fórmula, tipo de veiculo ou excipiente, estabilidade e pH, dentre outro parâmetros.

Determinação de resistência mecânica em comprimidos

Os testes de resistência mecânica, tais como friabilidade e dureza, são oficiais e constituem elementos úteis na avaliação de qualidade integral dos comprimidos com ou sem revestimentos. Estes testes visam demonstrar a resistência dos comprimidos à ruptura provocada por golpes ou fricção durante os processos de revestimentos, embalagem, transporte, armazenagem etc.

Dureza É a resistência do comprimido ao esmagamento ou à ruptura sob pressão radial. A dureza de um comprimido é proporcional ao logaritmo da força de compressão e inversamente proporcional à sua porosidade.

Aparelhagem: podem ser usados dois tipos de aparelhos, os quais diferem quanto ao mecanismo usado para exercer a pressão. A força pode ser exercida por mola espiral ou por bomba de ar operada manualmente;

Friabilidade: é a falta de resistência dos de acordo com comprimidos à abrasão, quando submetidos à ação mecânica de aparelhagem especifica. O teste consiste em pesar com exatidão um mínimo de vinte comprimidos introduzi-los no aparelho e submetemos à ação do aparelho e retirá-los após efetuadas 100 rotações num período de tempo de 5 minutos. Após remover qualquer resíduo de poeiras dos comprimidos, eles são novamente pesados. A diferença entre o peso inicial e o final dos comprimidos representa a friabilidade em função da porcentagem de pó perdida.

Alterações pós-registros de medicamentos Tem o objetivo de orientar o setor regulador e agente regulador, quanto às provas que poderão ser realizadas em função dos seguintes alterações que possam ocorrer num pós-registro de medicamentos:

Alterações ou inclusões de local de fabrico; Alterações de excipientes; Alterações no processo de fabricação; Alterações de equipamentos.

ENSAIOS LIMITES Consistem em ensaios quantitativos ou semi-quantitativos destinados para identificação de impurezas presentes em fármacos, visto que estas impurezas encontram-se em pequenas quantidades, sua detecção, via de regra é feita através de reação visível, bem como sua determinação quantitativa exigem certos cuidados, principalmente nos fatores que podem influir nos resultados, a saber: especificidade do ensaio, sensibilidade do mesmo e controle dos erros passíveis de serem cometidos pelo operador. Certos ensaios visam a determinar, com precisão. A quantidade de impureza presentes no fármaco. São os seguintes: Limites de substâncias solúveis; Limites de substâncias insolúveis; Limites de umidade, substância volátil e

solventes residuais; Limites de substância não volátil; Limites do resíduo pela incineração; Limites da perda por dessecação; Limites de cinza. Ensaios limites de cloreto, sulfato, ferro, metais pesados e arsênio destinam-se a comprovar o conteúdo de tais impurezas que não exceda o limite.

DETERMINAÇÃO DE VOLUMES Esse teste é pedido para produto líquido em recipiente para doses múltiplas e produtos líquidos em recipientes para dose única. o teste se aplica tanto para preparações líquidas quanto a preparações líquidas obtidas aparti de pós para reconstituição.

Procedimento A diferença entre as duas pesagens representa o peso do conteúdo. Determinar os valores individuais correspondentes (V), em ml usando a expressão:

V=m/p

Em quem= peso do conteúdo, em g;p= densidade de massa do produto, em g/ml. A partir dos valores obtidos, calcular o volume médio das unidades testadas. O volume médio não é inferior ao volume declarado e o volume individual de nenhuma das unidades testadas é inferior a 95% do volume declarado. A partir dos valores obtidos, calcular o volume médio das unidades testadas. O volume médio não é inferior ao volume declarado e o volume individual de nenhuma das unidades testadas é inferior a 95% ou superior a 110% do volume declarada.

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FARMACIA MAGISTRAL Fármacos de manipulação é cerca de 10% do mercado nacional de medicamento. Os requisitos mínimos para manipulação de medicamentos são estabelecidos por RDC, 67 e 87, nas quais são abrangidas questões relacionadas às instalações, equipamentos, RH, aquisição, armazenamento, avaliação farmacêutica da prescrição, manipulação, fracionamento, conservação, transporte, CQ, dispensação das formulações e atenção farmacêutica aos usuários.O maior obstáculo para o setor magistral é a falta de credibilidade do produto manipulado pela suposta ausência de um controle de qualidade rígido das matérias primas a produtos acabados, ausência de controle do processo de produção e sua reprodutibilidade.

ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ATOMICA É o método que permite determinar a concentração de um elemento numa amostra pela medida da intensidade de uma das linhas de emissão do elemento. a determinação é feita no comprimento de onda correspondente a essa linha de emissão. As fontes de emissão em espectrometria de emissão atômica devem possuir energia para gerar átomos neutros e para excitar os elementos de interesse.

Espectrofotometria no ultravioleta e infravermelho

As técnicas espectrofotômetros estão fundamentadas na absorção da energia eletromagnética por moléculas que dependente tanto da concentração quanto da estrutura das mesmas. De acordo com o intervalo de frequência da energia eletromagnética aplicada, a espectrometria de absorção pode ser dividida em ultravioleta (visível) e infravermelha, podem ser usada como técnica de identificação e quantificação de substâncias.

Radiação eletromagnéticaé uma forma de energia que se propaga como ondas e, pode ser subdividida em regiões de comprimentos de onda característica. Assim,

podem ser considerados, como um fluxo de partículas chamadas fótons, cada fóton contem determinada energia cuja magnitude é proporcional à frequência e inversamente proporcional ao comprimento de onda. O comprimento de onda é especificado em nanômetro (nm), e em alguns casos micrometros (µm).

UV e VS Varias monografias incluem aspectos de absorção no ultravioleta como prova de identificação. Neste caso, haverá especificação de extensão da varredura, solvente, concentração da solução e espessura da cubeta. Para a caracterização usando a espectrofotometria UV/VS, o fármaco é dissolvido usando solvente apropriado. Muitos solventes usam água, alcoóis, éteres e soluções ácidas e alcalinas diluídas. Utilização quantitativa da espectrofotometria: a analise espectrofotometria quantitativa por absorção tem como principio a relação direta existente entre a quantidade de luz absorvida e a concentração da substancia, (Lei de Beer).

TEOR DE FÁRMACOSPara produtos acabados: Limites mínimos: está relacionado à dose

mínima do fármaco para promover o efeito terapêutico;

Limite máximo: está relacionado à dose limite que não desencadear efeitos tóxicos;

Teor declarado (TD): é o valor teórico para fármaco, é o teor do fármaco declarado pelo fabricante;

Valor real (VR): é o valor encontrado através do doseamento do fármaco, usando método analítico validado.

Critérios de escolha dos métodos de doseamento: Descrição farmacopeia; Massa ou volume de amostra disponível; Concentração do analito na amostra; Natureza da amostra; Parâmetro de validação aplicáveis; Custo da análise; Tempo de execução da análise e liberação de

resultados.

AlcalimetriaDoseamento de ácidos benzoicos (antimicrobiano)Titulação com NaOH 0,1m SV como solução titulante e vermelho do fenol SI como indicador;Fator titulometrico: cada ml de NaOH 0,1m SV equivale à 12,2mg de C7H6O2;

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Contém, no mínimo 99,5% no máximo 100,5% do C5H6O2, em relação à substâncias anidra.

AcidimetriaDoseamento de bromazepam (ansiolítico)Titulação com ácido perclórico 0,1m SV como solução titulante e determinar o ponto final potenciometricamente;Fator titulometria: cada ml de ácido perclórico 0,1m SV equivale à 31,61mg de C14H10BrN3O;contém no mínimo, 99,0% e, no máximo 101,0% de C14H10BrN3O em relação à substância anidra.

Volumetria em meio não-aquosoDoseamento de cimetidina (anti-histaminico H2)Titulação em meio de anidrido acético com ácido perclórico 0,1m SV como solução titulante e determinar o ponto final potenciometricamente;Fator titulometrico: cada ml de ácido perclórico 0,1m SV equivale a 25,234 mg de C10H16N6S;Contém, no mínimo, 98,5%, e no máximo 101,5% de C10H16N6S em relação à substância dessecada;

IodimetriaDoseamento de acetilcisteina (mucolitico)Titulação em meio ácido com iodo 0,05% SV como solução titulante e amido SI como indicador;Fator titulometrico: cada ml de iodo 0,05m SV equivale a 16,319mg de C5H9NO3S;Contém no mínimo 98% e, no máximo, 102% de C5H9NO3S, em relação à substância dessecada.

1. Considerando a identificação de cloridrato de ranitidina em comprimentos TD: 150mg de cloridrato de ranitidina/compr responda: Calcule o peso médio dos comprimidos a partir dos seguintes resultados, obtidos após a pesagem individual de 20 comprimidos:212mg, 200mg, 217mg, 212mg, 195mg, 220mg, 197mg, 221mg, 198mg, 202mg, 196mg, 225mg, 207mg, 201mg, 219mg, 219mg, 214mg, 199mg, 211mg, 215mg.Resposta: 209mgOs comprimidos foram triturados em gral de massa até a obtenção de um pó homogêneo. Para a identificação através de cromatografia em camada delgada, calcule a TE (quantidade de pó dos comprimidos) para o teste contendo o equivalente a 200mg de cloridrato de ranitidina. Calcule: 209.......150 X ....... 200150X=41,8X=41,8/150=279mg

2. Considerando o doseamento de cloridrato de ranitidica em comprimidos de peso médio (MP): 410mg e teor declarado (TD): 200mg de cloridrato de ranitidina/comp, responda: Os comprimidos foram triturados em graal de massa até a obtenção de um pó homogêneo. para a quantificação através de espectrofotometria no UV/VS, equivale a 300mg de cloridrato de ranitidina.

410mg........200mgX .........300mg615mg

3. Supondo a TE (tomada de ensaio) obtida no item (a), adicioná-la a um balão volumétrico de 100ml e completar o volume com solvente apropriado. determine a concentração final do fármaco cloridrato de ranitidina, em mg/ml:3mg/ml

4. Partindo da solução anterior, preparar uma nova diluição, adicionando 5ml da diluição anterior num novo balão de 500ml e completando o volume final com solvente apropriado. Determine a concentração do fármaco nessa nova diluição em µg/ml:15mg/500ml=0,03mg x 1000 = 3µg30µg/ml O fármaco hidroclorotiazida, veiculado num lote de drágeas de peso médio (PM) e teor declarado (TD) de 50mg de hidroclorotiazida/drágea, foi submetido à etapas prévias de preparação, trituração e diluição. Assim, responda:

a) as drágeas (20 no total) foram pulverizadas até a obtenção de pó fino. Para a quantificação do fármaco, calcule a TE (massa de pó das drágeas) para o teste, contendo o equivalente a 200mg de hidroclorotiazida.185mg......50mgx.......200mg140mg

Supondo a TE obtida no item (a), adicioná-la a um balão volumétrico de 125ml e completar o volume com solvente apropriado. Determine a concentração final do fármaco, em mg/ml.200mg/125mg = 1,6mg/ml

a. Partindo-se da solução anterior, preparar uma nova diluição, adicionando 10ml da solução anterior num novo balão de 250ml e completando o volume final com solvente apropriado. Determine a concentração do fármaco nessa nova diluição, em µg/ml:

1,6mg......1mlX .......10ml16mg/250ml = 64 µg/ml

5. O teor do fármaco W de teor declarado de 300mg;comprimido, foi determinado através de um método volumétrico de neutralização direta. o titulante usado foi o NaOH, 1N, cujo f.c=1,099, tendo sido consumidos 13,5ml desta solução para atingir o fim da titulação. Sabendo-se que o peso médio dos comprimidos era de 440mg, que a tomada de ensaio continha teoricamente 120mg do fármaco W, e que cada mL de titulante corresponda a 8,806mg do fármaco analisado, responda as questões abaixo:

Calcule a tomada de ensaio (TE)440mg......300mgx .......120mgx = 176mg

Page 10: Controle de Qualidade Fisico

1ml...........8.806mg13,5ml…..x119 x 1099 = 130

a. Calcule a massa de fármaco W encontrada na tomada de ensaio através da titulação realizada.

130,65.......176x ..............440= 327mg/compri

b. Calcule o teor de fármaco W encontrado na análise, em mg/compri

c. Calcule o teor encontrado do fármaco W para os comprimidos, em %, com relação ao teor declarado (TD);300.......100327........X=109%

d. Supondo que as especificações farmacopeias de teor para este medicamentos sejam no mínimo 90% e no máximo de 110% com relação ao valor rotulado, o lote de comprimidos analisados acima estaria: SIM.