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Controle do Aedes aegypti e ações intersetoriais II Seminário DENGUE: desafios para políticas integradas de ambiente, atenção e promoção da saúde José Bento Pereira Lima Instituto Oswaldo Cruz FIOCRUZ Laboratório Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores

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Controle do Aedes aegypti e ações intersetoriais

II Seminário DENGUE: desafios para políticas integradas de ambiente, atenção e promoção da saúde

José Bento Pereira Lima

Instituto Oswaldo CruzFIOCRUZ

Laboratório Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores

Fonte:Genilton J. Vieira

Vetor do dengue no Brasil: Aedes aegypti -Ciclo

Aedes: forte associação com o homem

� Mosquito doméstico

� Vive sobretudo na casa e no peridomicílio

� Convive e coloca seus ovos � Convive e coloca seus ovos no mesmo ambiente onde o homem habita

Quais são os fatores determinantes para a proliferação do mosquito da dengue no país? do mosquito da dengue no país?

Crescimento populacional e urbanização descontrolada

Aumento da violência atrapalha o controle de vetores

Violência

Água e Saneamento

Grande aumento de veículos

Aumento de pneumáticos

Grande produção de descartáveis

Adaptação a outros criadouros

� Com a eliminação de criadouros, o mosquito procura novos sítios para postura, mesmo que não sejam os locais preferenciais

Calhas

Fosso de elevador

Bandeja de ar condicionado

Ralo externo Ralo externo

Distribuição da Dengue

Aquecimento global

Controle Físico Controle QuímicoControle Biológico

LarvicidasToxorhynchites Copépodos

Medidas de controle

Betta AdulticidasGambusia affinis

Consiste em encontrar

e eliminar os

criadouros dos

mosquitos

Consiste no uso de

organismos que afetam as

populações de mosquitos

Realizado com o

uso de inseticidas

� Organoclorados (OC)

� Organofosforados (OP)

� Carbamatos (CA)

� Piretróides (PI)

Aedes: controle QUÍMICO

� Piretróides (PI)

Larvicidas: 4-6 vezes por ano

Adulticidas (aplicações ULV): situações de emergência

Atuam no Sistema Nervoso Central (SNC) dos insetos

casos de dengue, Brasil

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Hospitalizações

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Fonte: Ministério da Saúde

organofosforados (larvas e adultos)

2009 = 489.8 mil2010 = mais de 936.000 até outubro

Problema!

RESISTÊNCIA

Persistência 90 dias Hoje no máximo 30

Controle químico: como uma população se torna resistente a inseticidas?

SS

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RApós aAplicação de

Após aAplicação de

inseticida

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inseticida

Após aAplicação de

inseticida

S = Indivíduo Susceptível= Indivíduo Resistente ao Produto utilizado

R

Larvas

OP (do tipo Temephos)

Estratégia de manejo de resistência

Larvas

OP (do tipo Temephos)

OC

Estratégia de manejo de resistência

CA

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BTI ou algum larvicida alternativo

Larvas Adultos

PIOP (do tipo Temephos)

OC

Estratégia de manejo de resistência

CA

PI

OC

BTI ou algum larvicida alternativo

Larvas Adultos

PI

OC

OP (do tipo Temephos)

OC

Estratégia de manejo de resistência

OC

CA

OP (do tipo Malathion)

CA

PI

OC

BTI ou algum larvicida alternativo

.... o que é preciso considerar?

Eficácia das formulações disponíveis?

Ação sobre organismos não-alvo?

Para escolha de um produto alternativo ...

Ação sobre organismos não-alvo?

Relação custo-benefício?

Aprovação para uso em água potável?

� Rodízio de compostos com diferentes mecanismos de aç ão

Inseticidas químicos

Solução para o controle químico?

químicos

Bti IGRs

Solução para o controle do vetor?

� Controle integrado de vetores

Controle Físico Controle QuímicoControle BiológicoControle Físico Controle QuímicoControle Biológico

Aedes: controle FÍSICO

� Remoção mecânica dos criadouros (eliminação de depósitos de água limpa e parada)

� Limpeza semanal, quando não possível eliminar

� Estratégia FUNDAMENTAL no controle do vetor

Diretrizes Nacionais para prevenção e controle da dengue

� Assistência à saúde

� Vigilância epidemiológica

� Controle Vetorial

� Comunicação e MobilizaçãoFerramenta primordial na disseminação de informações relacionadas à dengue, a ComunicaçãoFerramenta primordial na disseminação de informações relacionadas à dengue, a Comunicação

compreende as estratégias de ocupação dos espaços na mídia comercial, estatal e alternativa, como as

rádios comunitárias. Também produz material baseado no conhecimento, na linguagem e na realidade

regionais.

� Gestão e Financiamento

Para assessores de comunicação da Fiocruz-Rio Para jornalistas externos

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semana!

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21 2580-6598

Diretrizes Nacionais para prevenção e controle da dengue

• Assistência à saúdeUnidades de saúde devem classificar pacientes pela gravidadeA prioridade nos serviços de atendimento é atender aos pacientes oportunamente, de forma a evitar o óbito pelas complicações de dengue. Para isso, as unidades de atenção à saúde precisam estar organizadas para receber e atender, em tempo hábil, a todos os casos.

• Vigilância epidemiológicaNotificações em tempo real de infecção pelo Aedes aegyptiNovo sistema será implantado no País e permitirá o acompanhamento de notificações de casos novos de dengue, postados online, exceto nos municípios sem serviço de Internet. A notificação oportuna possibilita a investigação rápida de casos e óbitos suspeitos e o desencadeamento de ações locais de controle e prevenção. Também está previsto o monitoramento da situação epidemiológica por meio das unidades da rede do CIEVS das Secretarias de Saúde dos Estados e das capitais ou por meio de epidemiológica por meio das unidades da rede do CIEVS das Secretarias de Saúde dos Estados e das capitais ou por meio de unidades de monitoramento local nos demais municípios.

• Controle VetorialControle legal ajuda na eliminação de criadourosOs proprietários de imóveis que não assegurem a limpeza e manutenção das áreas sob sua responsabilidade ou que impeçam a entrada dos ACE passarão pelo controle de códigos de conduta legais de apoio às ações de controle da dengue. O Ministério da Saúde também preparou um documento destinado a orientar e amparar o trabalho de campo dos agentes de saúde.

• Comunicação e MobilizaçãoFerramenta primordial na disseminação de informações relacionadas à dengue, a Comunicação compreende as estratégias de ocupação dos espaços na mídia comercial, estatal e alternativa, como as rádios comunitárias. Também produz material baseado no conhecimento, na linguagem e na realidade regionais.

• Gestão e FinanciamentoPara que estados e municípios construam seus planos, o capítulo Gestão dos planos de prevenção e controle de epidemias de dengue, nas Diretrizes, recomenda a constituição formal de grupos de trabalho nas secretarias estaduais e municipais de saúde, não só para elaborar documentos com especificidades próprias e regionais, como para atuar na coordenação e gestão do processo de controle da dengue. Mas o sucesso dos planos passa pelo fortalecimento da atenção primária em saúde, sendo essencial a organização dessa rede de serviços, visando subsidiar a tomada de decisões pelo gestor local.

http://189.28.128.179:8080/svs_informa/edicao-especial-dengue