Controle Dos Estoques e Logística

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  • 7/25/2019 Controle Dos Estoques e Logstica

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    Controle dos Estoques e Logstica: Receita deSucesso

    por Henrique Montserrat Fernandez

    Os estoques representam capital investido, lanado no ativo da empresa e com liquidezdependente do volume produzido e vendido (ou apenas revendido, no caso do comrcio).

    Apesar de, quanto mais se vender, teoricamente o ganho obtido ser maior1, torna-seestratgico para qualquer empresa o controle adequado de seus estoques, de orma a reduziros custos gerados pela e!ist"ncia deles.

    O ideal para as empresas seria eetuar as aquisi#es de estoques somente para atender ospedidos de seus clientes e, assim, obter a redu$o dos custos envolvidos.

    %nelizmente, a assim chamada entrega &ust in time (a tempo)' muito dicil de obter, poisdepende quase e!clusivamente do ornecedor, e haver situa#es em que este n$o cumprircom o prazo estabelecido, aetando qualquer plane&amento prvio que tenha sido eito por suaempresa.

    *ortanto, caso n$o este&a bem dimensionado seu volume de estoques, a empresa pode acabarpor icar sem produtos para atender seus processos abris e+ou seus clientes ou mesmo, poroutro lado, perder dinheiro com o encalhe desses estoques mal plane&ados.

    um srio risco, apesar de e!istirem tcnicas que a&udam muito num dimensionamentoadequado.

    amoso o caso das primeiras empresas de vendas pela %nternet, que subdimensionaram seusestoques de uncionamento, certas que estavam da garantia de entrega de seus ornecedorese que, aps venderem grandes quantidades, n$o conseguiram entregar os produtos a tempopara os clientes.

    *ercebe-se o dilema dessas empresas, pois como a armazenagem sempre gera custos edespesas (e!emplos/ aluguis das reas de armazenagem, impostos, deprecia$o do imvel,manuten$o, seguros, m$o-de-obra para controle dos estoques, custo de aquisi$o dosmateriais estocados, risco de obsolesc"ncia e perdas), se osse possvel minimiz-las atravsdo &ust in time, o lucro seria maior, atravs da remessa direta do ornecedor ao cliente inal.0ssas empresas da %nternet seriam apenas intermedirias no processo de venda e seesquematizariam desde o incio para isso.

    0ntretanto, devido aos problemas de ornecimento citados, elas perderam competitividade, aoterem de reormular seu negcio com o acrscimo de estoques a im de viabilizar suae!ist"ncia como empresa. %sso ez com que muitas n$o agentassem os custos adicionais.2rias echaram.

    3ito mais um caso, para se ter uma idia do qu$o problemtica a quest$o do controle deestoque/ o de uma empresa do ramo mdico na qual atuei, cu&os produtos t"m lote e data devalidade, que recebe suas importa#es da matriz de orma aleatria, ou se&a, pode receberprodutos que ir$o vencer antes, aps o recebimento de lotes mais novos. O controle doestoque tem de ser eito num esquema do tipo *0*4 (primeiro que entra o primeiro que sai),mas tendo como base a data de validade, ou se&a, o primeiro que vence o primeiro que devesair. Apesar disso, s$o comuns as perdas por e!pira$o da data de validade. 0 os produtos s$ocaros...

    O valor dos estoques, entretanto, n$o igualmente proporcional em todos seus itens5.

    0ssa a base de conhecimento que permite gerar a chamada 3urva A63, que classiica osprodutos em tr"s categorias, das quais o valor de A representa a maior parte do valor dos bens

    http://www.transanet.fm/pt-BR/_contents/colunas/negocios/aa/1.phphttp://www.transanet.fm/pt-BR/_contents/colunas/negocios/aa/1.php
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    estocados (789), apesar de ser a menor parte em quantidade (1: a '89). 6 por sua vezrepresenta de : a 589 dos bens, porm valendo em torno de 1:9 do total estocado,enquanto 3 representa a grande maioria dos materiais (58 a :89), porm valendo apenas de :a 189 do total do estoque (percentuais mencionados no citado artigo5).

    %sso signiica, que os esoros no controle de estoque em sua empresa devem ser

    centralizados nos itens que comp#em a classe A, os mais valiosos mas em menor quantidade(claro que as classes 6 e 3 n$o devem ser negligenciadas).

    O uso dos computadores e programas de gest$o au!iliam em muito o processo de controle dosestoques.

    ;esponsvel pelo sucesso das empreitadas militares desde os tempos antigos, a logstica:vem, modernamente, sendo uma valiosa aliada das empresas.

    0la tornou-se parte primordial das rela#es comerciais globalizadas. 4ua import

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    0ntretanto, um aumento desse ndice n$o representa, necessariamente, aumento no lucro.

    '. ust in Cime, tambm conhecido como 4istema de *rodu$o CoPota ou 4istema Qanban, ,segundo o Ricionrio de 0conomia e Administra$o de *aulo 4androni, Kum sistema decontrole de estoques no qual as partes e componentes s$o produzidas e entregues nasdierentes se#es, um pouco antes de serem utilizadas.N

    . Os custos mais comuns, associados aos estoques, s$o, segundo o *ro. 4egura em seuartigo =est$o de 0stoques e Armazns, publicado na 0nciclopdia de Rire$o, *rodu$o,Finanas e JarSeting da Eova 3ultural/K3usto de posse do estoqueN, compostos principalmente pelos custos Kinanceiros Tdecorrentesdo estoqueU, os de armazenamento e os de obsolesc"nciaNGK3usto do pedidoN, que inclui Kos custos variveis relacionados com o lanamento de um pedidoou o encaminhamento de um lote de produ$oN. 0etuar compras ou produ$o nos chamadoslotes econVmicos indispensvel para reduzir este custoGK3usto de rupturaN, relacionado Kcom o ato de n$o poder atender W demanda quando esta seapresentaN. Rei!ar de vender um custo que, apesar de sub&etivo, importa muito W empresaGK3usto de aquisi$oN, que corresponde Kao montante pago pelos materiais compradosN.O K3usto total do estoqueN ser obtido atravs da somatria dos custos descritos.

    5. K um ato conhecido que uma alta porcentagem do investimento em estoques se encontraconcentrada num pequeno nXmero de artigos.N Y aime ;ibera 4egura, na poca *roessor no%040 (%nstituto de 0studios 4uperiores de la 0mpresa -- 0spaZa) Y =est$o de 0stoques eArmazns -- 1[7? -- artigo publicado na 0nciclopdia de Rire$o, *rodu$o, Finanas eJarSeting da Eova 3ultural.

    :.KO tra&eto desde a obten$o da matria-prima at a recep$o e aceita$o do produto peloconsumidor inal a rede logstica.N KT\o&e consideradaU um dos conceitos gerenciais maismodernos Te seu propsitoU vai desde a ger"ncia das matrias-primas at a entrega do produtoinalN. -- *ro. Almir =. 4antos, '88'.KA logstica pode ser entendida como a coordena$o da estocagem, do transporte, dosinventrios, dos armazns, das comunica#es e do movimento de produtos acabados desde a

    empresa at o cliente... a rea de logstica requer investimentos (armazns, meios detransporte, equipamento de movimento de materiais, meios para tratar da inorma$o etc.) etambm pessoal... as tareas de logstica podem ser consideradas de duas maneiras/ simplesmeio para colocar os produtos no mercadoG ou um setor da empresa que, pro&etado eadministrado corretamente, traz vantagens competitivas.N -- A Bogstica -- Jarcelo *aladino, napoca *roessor de Rire$o da *rodu$o no %nstituto de Altos 0studos 0mpresariais de 6uenosAires na Argentina -- 1[7? -- artigo publicado na 0nciclopdia de Rire$o, *rodu$o, Finanase JarSeting da Eova 3ultural.

    ?. KO desaio do abastecimentoN matria de 3elia Remarchi na ;evista 0!ame 4*, edi$o 1[ denovembro+'88', 0ditora Abril.

    Fonte deste artigoFernandez, \enrique Jontserrat. 0vitando a Fal"ncia, i0ditora, '88.