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Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
METROLOGIA NO SETOR ALIMENTAR
Filipe Pinto Machado Técnico Superior, DMET
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
INDICE
• Definição de Pré-embalado e processo de embalamento
• Documentação legal e de referência - Responsabilidades do
embalador
• Rotulagem dos pré-embalados
• Requisitos para a importação e a exportação
• Critérios para a aprovação dos lotes nos ensaios de CM
• Tipos de linhas de embalamento e registos produzidos
• Aprovação/reprovação de lotes de pré-embalados
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Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
Um pré-embalado é...... (Directiva 76/211/CE)
um produto cujo acondicionamento foi efetuado antes das sua exposição para venda ao consumidor numa quantidade previamente escolhida e cuja quantidade não pode ser alterada sem que a
embalagem seja aberta ou sofra alteração percetível
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DEFINIÇÃO DE PRÉ-EMBALADO
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 4
o processo de pré-embalamento pode ser esquematizado da seguinte forma,
Produto transformado
Processo de Embalamento
1 L
1 L
Embalagem Pré-definida Qn Ex: 1 kg, 1 L;
Controlo estatístico do processo
PROCESSO DE EMBALAMENTO
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 5
Quantidades nominais PROCESSO DE EMBALAMENTO
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 6
Quantidades efetivas
PROCESSO DE EMBALAMENTO
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 7
As quantidades ou capacidades nominais dos Pré-embalados são
comercializados no intervalo
de:
5 – 10 000 ml
5 – 10 000 g
PROCESSO DE EMBALAMENTO
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 8
• Diretiva nº 2007/45/CE (revoga as Diretivas 75/106/CEE e 80/232/CEE
e altera a Diretiva 76/211/CEE)
• Decreto-Lei 199/2008 de 8 de Outubro
• Retificação nº 71/2008 ao DL 199/2008
• Portaria 1198/91 de 18 de Dezembro
• OIML R87: 2004 (E) e Guia Welmec 6.8
Documentação Legal / Referência DOCUMENTAÇÃO LEGAL E DE REFERÊNCIA
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 9
Retificação ao DL 199/2008 Declaração de Rectificação n.º 71/2008
<< 4 — Pode ainda ser colocada na embalagem de qualquer pré-embalado fabricado de acordo com a
presente regulamentação a marca de conformidade ‘e’, a qual deve obedecer ao grafismo indicado no anexo II ……..»
DOCUMENTAÇÃO LEGAL E DE REFERÊNCIA
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 10
Portaria nº 1198/91
Regulamento do Controlo Metrológico das Quantidades dos
Produtos Pré-Embalados
(Tabelas dos EMA) (Execução dos ensaios para as Entidades Qualificadas para executar o CM PE)
DOCUMENTAÇÃO LEGAL E DE REFERÊNCIA
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
RESPONSABILIDADES DO ACONDICIONADOR OU EMBALADOR
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Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 12
RESPONSABILIDADES DO ACONDICIONADOR OU EMBALADOR Requisitos Evidencias Equipamento adequado à medição das quantidades, sujeitos a controlo metrológico legal /calibração - Balanças automáticas (IPA) - Balanças não automática (IPNA) - Densímetro calibrado pelo IPQ
Certificados de Verificação Metrológica
DL 291/90 (IPFNA) Port. 57/2007(IPFA)
Controlar estatisticamente os processos e manter registos
Registos DL 199/2008
Amostra do lote : Xm > Qn - K S e Nº unidades defeituosas ≤ EMA Os lotes devem garantir: -X (Lote) ≥ Qn -Nº unidades defeituosas ≤ 2.5 % do nº efetivos do lote -Nenhum PE deve ter um erro, por defeito > 2 × EMA
Ensaios Port. 1198/91
Registos
DL 199/2008
Notificar ,no mínimo anualmente, uma entidade competente para a verificação dos conteúdos efetivos dos pré-embalados.
Certificados de Verificação Metrológica
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 13
O Sistema de controlo implementado deve: Permitir demonstrar o estado do processo durante a
fase produtiva do processo Conseguir detectar desvios aos parâmetros que
pretendemos controlar (média, não conformes, etc.) Fácil e rápido de analisar
De modo a efetuar as correcções e ajustamentos que se revelaram necessários ainda durante a fase do processo
( Ex: nas enchedoras de nível constante, ajuste da doseadora/altura dos bicos de enchimento, no início e durante a
monitorização das variações de massa volúmica )
RESPONSABILIDADES DO ACONDICIONADOR OU EMBALADOR
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 14
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
DISPERSÃO DOS RESULTADOS
(g
0,0%5,0%10,0%15,0%20,0%25,0%30,0%35,0%40,0%
0
5
10
15
20
25
30
35
1002.4 1007.1 1011.8 1016.5 1021.2 1025.9 1030.6 1035.3 Mais
Freq
uênc
ia
Qn = 1000 g
HISTOGRAMA
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
DISPERSÃO DOS RESULTADOS
nº Amostras
(g)
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
DISPERSÃO DOS RESULTADOS
nº Amostras
(g)
-10,0-5,00,05,0
10,015,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
DISPERSÃO DOS RESULTADOS
nº Amostras
(g)
0%
5%
10%
15%
20%
25%
02468
101214161820
241.4 243.7 246 248.3 250.6 252.9 255.2 257.5 Mais
Freq
uênc
ia
Qn = 250 g
HISTOGRAMA
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
LIMITES DE ESPECIFICAÇÃO E LIMITES DE CONTROLO , Cp
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Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
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ROTULAGEM Inscrição Genérica
Requisitos legais DL 199/2008
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 17
Na rotulagem do pré-embalado é obrigatório a indicação da massa ou volume que o compõe (Podem existir ambas as indicações ) Se o produto pré-embalado for certificado como conforme, pode opcionalmente ter a marcação « e » no rótulo.
ROTULAGEM DOS PRÉ-EMBALADOS
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 18
Deve ser legível e visível a quantidade nominal e respectiva unidade de medida, no rótulo do PE
Deve existe marca de identificação do responsável pelo pré-embalado, quer seja o embalador ou importador.
ROTULAGEM DOS PRÉ-EMBALADOS
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
IMPORTAÇÃO / EXPORTAÇÃO DE PRÉ-EMBALADOS
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Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
Em caso de importações provenientes de países terceiros, o importador pode, em substituição da medição ou controlo, fornecer a prova de que está na posse de todas as garantias necessárias que lhe permitem assumir a sua responsabilidade. ………… OU SOLICITAR OS ENSAIOS DE CONTROLO METROLÓGICO DOS PRODUTOS A COMERCIAIZAR A UMA ENTIDADE QUALIFICADA PELO IPQ
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IMPORTAÇÃO / EXPORTAÇÃO
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 21
Em caso de exportação para países terceiros, deve ser acordado entre as partes os requisitos para o pré-embalado, quanto às tolerâncias para a Qn, EMA (Tu1, Tu2), nº de Tu1 e Tu2 e ainda outras especificações relevantes. Entre países da UE, para o caso de não ter ser sido transposta a Diretiva
IMPORTAÇÃO / EXPORTAÇÃO
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 22
ENSAIO DE CONTROLO METROLÓGICO
DE PRÉ-EMBALADOS
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 23
FASES DE EXECUÇÃO DO ENSAIO CM PE Fase do procedimento Documentos legais e Normativos aplicados Amostragem Portaria nº 1198/91
- Controlo Duplo não Destrutivo, Quadro nº2 - Controlo Simples não Destrutivo (*) , Quadro nº 5 - - Controlo destrutivo, Quadro nº 3 (*) – Também consta OIML R 87
Ensaio de Pesagem OIML R 87:2004 (E) e Guia Welmec 6.8 - Selecção da tara para ensaio (*) - Ensaios de pesagem em amostras sólidas com peso líquido (*). - Ensaios de pesagem em amostras sólidas com peso
escorrido (**) (*) – Também consta Portaria nº 1198/91 (**) Regulamento nº 1169/2011
Avaliação dos resultados relativamente aos requisitos legais segundo a Portaria nº 1198/91
Portaria nº 1198/91 - Erros máximos admissíveis Quadro nº1 - Verificação da média do conteúdo efectivo e numero máximo
de unidades defeituosas. > Quadro nº 2 e nº4 - Controlo duplo não destrutivo. > Quadro nº 5 - Controlo simples não destrutivo. > Quadro nº 3 e nº 6 – Controlo destrutivo.
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 24
FLUXOGRAMA DO ENSAIO Características do Processo de Embalamento.Tipo de produto; Nº de linhas de enchimento;
Produção Horário; Qn
Amostragem
- Controlo Simples Não Destrutivo
- Controlo Duplo Não Destrutivo
- Controlo Destrutivo
Linha de enchimento em funcionamento?
Não
Recolha da amostra em armazém
Tara variavável
Controlo Simples Não Destrutivo
Cumpre Requisitos
Legais?
Sim
Controlo Destrutivo
Ensaio de Tara Tara média
Recolha da amostra em linha
Ensaio de pesagem
Avaliação de ResultadosControlo Duplo Não Destrutivo
Emissão de relatório .Controlo não Conforme
Emissão de relatório .Prova de conformidade
Não
Sim
Ensaio de pesagem
Avaliação de Resultados
Cumpre Requisitos
Legais?
Sim
Não
Emissão de relatório .Prova de conformidade
Ensaio de pesagem
Avaliação de Resultados
Cumpre Requisitos
Legais?
Emissão de relatório .Prova de conformidade
Emissão de relatório .Controlo não Conforme
Não
Sim
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
REGULAMENTO Nº 1169/2011 Implicações do Regulamento na rotulagem: 1º Sempre que um alimento sólido for apresentado dentro de um líquido, o peso líquido escorrido deve ser indicado no rótulo para além do peso /quantidade líquida. Assim, a água congelado é considerado como um meio líquido . - Obrigatoriedade de incluir no rótulo informações sobre o peso líquido, bem como sobre o peso liquido escorrido. 2º Para defesa do consumidor, o Regulamento especifica que, quando um alimento ultracongelado tiver sido vidrado, o peso líquido não deve incluir o próprio vidrado. Como consequência, o peso líquido declarado dos alimentos com vidrado é igual ao seu peso líquido. São possíveis as seguintes indicações: Indicação dupla - Peso líquido: X g; - Peso liquido escorrido: X g; Indicação comparativa - Peso líquido = peso liquido escorrido = X g; Indicação única - Peso liquido escorrido X g.
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Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
TIPOLOGIAS DAS LINHAS DE EMBALAMENTO
As linhas de embalamento, podem ter : 1º Enchimento em massa, realizado por um instrumento de pesagem de funcionamento automático (doseadora gravimétrica) 2º Enchimento em volume (doseadora volumétrica) 3º Enchimento manual com auxilio de IPFNA com VM. A jusante de qualquer sistema de enchimento, isto é, para controlo estatístico do processo, o pré-embalado deve ser controlado por amostragem por um IPFNA calibrado, com a frequência que deverá ser a adequada ao processo de embalamento ou à robustez do processo.
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Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
LINHA DE EMBALAMENTO : DOSEADORA GRAVIMÉTRICA
Linha utilizada habitualmente no embalamento de multi elementos, que podem ser constituídas por uma ou mais cabeças que doseiam o produto, cada uma com uma célula de carga, sendo a quantidade doseada resultante do débito de várias cabeças. - Bolachas - Batatas fritas - Pão - Pastelaria - Chocolates
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Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
LINHAS DE ENCHIMENTO A NÍVEL CONSTANTE
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As enchedoras utilizadas na indústria vinícola são, quase exclusivamente, enchedoras de nível constante, ou seja, asseguram um nível constante de vinho no gargalo da garrafa, que pode ser regulado no início da operação de enchimento, em função das folhas de fabrico do lote das garrafas recipiente de medida utilizadas (Portª 15/91) e monitorizado durante o enchimento
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
Com a doseadora gravimétrica: • São pesadas 100 % das unidades , sendo o controlo estatístico interno
do lote de cada linha (média estatística do lote, desvio padrão, limites mínimos (Tu1 e Tu2), numero de não conformes), controlado pela doseadora gravimétrica.
• Os registos do controlo estatístico interno são obtidos automaticamente e conservados conforme previsto no DL 199/08.
• Cada doseadora gravimétrica é sujeita à verificação metrológica anual. Noutro(s) cenários, o procedimento deverá ser o seguinte: • De cada linha de embalamento e para cada lote embalado é retirado
uma amostra representativa e efetuado o controlo estatístico interno utilizando o IPFNA.
• Os registos do controlo interno de cada lote, obtidos a partir do IPFNA devem ser conservados conforme previsto no DL 199/08.
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REGISTOS
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 30
PLANO DE AMOSTRAGEM
• Nº total de linhas de embalamento
• Quantidades nominais embaladas por linha de
embalamento
• Características do produto embalado
• Produção horária máxima de unidades embaladas
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 31
Tabela I - Controlo Simples não Destrutivo Lote Amostra < 100 Todos os efectivos
100 a 500 50 500 a 3200 80
> 3200 125 Tabela II - Controlo Duplo não Destrutivo
Lote Amostra 100 a 500 30 / 30
501 a 3200 50 / 50 > 3200 80 /80
Tabela III - Controlo Destrutivo Lote Amostra > 100 20
PLANO DE AMOSTRAGEM
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 32
Tabela IV - Erros Máximos admissíveis EMA
Quantidades Nominais
Percentagem Em massa ou Volume (%) (g ou ml)
< 50 9 - De 50 a 100 - 4,5 De 100 a 200 4,5 - De 200 a 300 - 9 De 300 a 500 3 - De 500 a 1000 - 15 De 1000 a 10 000 1,5 - De 10 000 a 15 000 - 150 > 15 000 1 -
ERROS MÁXIMOS ADMISSÍVEIS
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30 33
RESULTADOS DA VERIFICAÇÃO METROLÓGICA
Parâmetros
Produto XPTO, Lote ABC Peso líquido 345 ml
Peso líquido escorrido 165 ml
Desvio-padrão 7,3 5.0 Qn -ks 345,2 144.8 Média da Amostra (Xm)
340,8 162.3
Valor máximo (Xmax)
350,2 174.6
Valor mínimo (Xmin)
328,0 154.0
Unidades abaixo de Qn - EAD
8 0
Critérios legais Peso liquido Peso escorrido Conteúdo Lote rejeitado Lote aprovado Média Lote rejeitado Lote aprovado Resultado do ensaio
Peso Liquido Peso liquido escorrido
Aceite /Rejeitado Rejeitado Aprovado
Consequências: 1º O embalador não poderá comercializar o Lote ABC do produto XPTO (rejeitado nas médias e conteúdos efetivos) 2º Deverá registar uma não conformidade 3º Poderá ter de averiguar a causa e corrigi-la de imediato, com novo ensaio ou 4º Após correção, notificar de novo o OVM para comprovação da correção .
Filipe Machado| DMET| 2014-10-30
FIM
Muito Obrigado pela vossa atenção!
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