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CONVENÇÃO DE MONSTROS ELÉCTRICOS E ELECTRÓNICOS ERP ECO SUSTAINABILITY AWARD CONTEST 2013 Evento para recolha de REEE Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

CONVENÇÃO DE MONSTROS ELÉCTRICOS E … ERP SUSTAINABILITY AWARD CONTEST 2013 Convenção de Monstros Eléctricos e Electrónicos ... Aparelhos de medição, pesagem ou regulação

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CONVENÇÃO DE MONSTROSELÉCTRICOS E ELECTRÓNICOS

ERP ECO SUSTAINABILITY AWARD CONTEST 2013

Evento para recolha de REEE

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

ERP SUSTAINABILITY AWARD CONTEST 2013Convenção de Monstros Eléctricos e Electrónicos

Evento para recolha de REEE

Universidade Técnica de Lisboa Faculdade de Arquitectura

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues

Sofia Malato

Índice Geral Índice de Figuras

0. Introdução1. Problemática O que são os EEE? O que lhes acontece? Área de intervenção Local de Intervenção2 . Contexto Contexto Socio-cultural Contexto Político Contexto Económico Contexto Tecnológico Contexto Ambiental Contexto Legal Benchmarking Público-Alvo3. Proposta Drivers / Enablers (Motores / Facilitadores) Mapeamento do Evento Objectivos Desenho do evento Comunicação - plataformas Continuação do projecto Impacto a nível sócio-cultural, económico e ambiental 4. Potencial de Implementação Teste- piloto: inquéritos Análise dos inquéritos Sumário Conclusões 5. Bibliografia 6. Anexos Inquérito Gráficos dos resultados

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Índice de Figuras

Figura 1. Mapa de área de intervençãoFigura 2. Fotografia LisboaFigura 3. Análise Público-AlvoFigura 4. Mapeamento do Evento part 1Figura 5. Mapeamento do Evento part 2Figura 6. Imagem satélite do localFigura 7. Mapa do EventoFigura 8. Diagrama de Experiência do Visitante Fase Pré-EventoFigura 9. Diagrama de Experiência do Visitante Fase do EventoFigura 10. Diagrama de Experiência do Visitante Fase Pós-EventoFigura 11. Avaliação de ImpactesFigura 12. GéneroFigura 13. IdadeFigura 14. Participação no EventoFigura 15. Pequeno ElectrodomésticosFigura 16. Grandes ElectrodomésticosFigura 17. Equipamentos de ConsumoFigura 18. Aparelhos InformáticosFigura 19. Aparelhos de TelecomunicaçõesFigura 20. Brinquedos e Aparelhos de EntretenimentoFigura 21. Música ao VIvo Figura 22. Vales de DescontoFigura 23. Troca e Venda de Aparelhos em 2ª mãoFigura 24. Comes e BebesFigura 25. Disponibilidade para VoluntariadoFigura 26. Ferramentas Eléctricas e ElectrónicasFigura 27. Aparelhos MédicosFigura 28. Instrumentos de Monotorização e ControloFigura 29. AnimaçãoFigura 30. Estafetas da ReciclagemFigura 31. Arte com LixoFigura 32. Conferências e Discussões AbertasFigura 33. Actividades e Jogos

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Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

0. Introdução

Este projecto destina-se ao concurso ERP ECO SUSTAINABILITY AWARD CONTEST 2013. É um projecto desenvolvido por alunas de Design de Produto na Faculdade de Arquitectura de Lisboa. Optou-se por desenvolver o projecto de acordo com as alíneas k) e o) do regulamento do concurso:

“k) Campanhas de marketing educativo para a população, com ênfase na importância da REEE e RP&A;

o) Ações que promovam a eficiência da recolha de REEE e RP&A, assim como a diminuição da sua produção e assim, colaborem para que as próximas gerações vivam num mundo mais sustentável.”

O nosso projecto consiste então numa acção que fomente a consciência cívica e ambiental, remetendo para a importância da reutilização e reciclagem dos REEE, informando e educando as pessoas a viverem de forma mais sustentável.

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1. Problemática

O que são os EEE?

De acordo com a definição da ERP, os EEE são todos os componentes, subconjuntos e materiais consumíveis que fazem parte integrante do equipamento no momento em que este é descartado. Podemos dividi-los em:

Grandes electrodomésticos

Arrefecimento (Frigoríficos; Congeladores; Outros aparelhos de refrigeração, conservação e armazenamento de alimentos); máquinas de lavar roupa; secadores de roupa; máquinas de lavar loiça; fogões; Ffrnos eléctricos; placas de fogão eléctricas; microondas; aparelhos de aquecimento eléctricos (radiadores eléctricos; ventoinhas eléctricas; aparelhos de ar condicionado; equipamentos de ventilação, exaustão e condicionamento).

Pequenos electrodomésticos

Aspiradores; aparelhos limpeza; aparelhos utilizados na costura e na transformação dos têxteis; ferro de engomar e outros aparelhos para tratar o vestuário; torradeiras; fritadeiras; moinhos e máquinas de café; aparelhos para abrir ou fechar recipientes ou embalagens; facas eléctricas; aparelhos para cortar o cabelo, secadores de cabelo, escovas de dentes eléctricas, máquinas de barbear, aparelhos de massagem; aparelhos para o cuidado do corpo; relógios de sala, relógios de pulso e aparelhos para medir, indicar ou registar o tempo; balanças.

Equipamentos informáticos

Macrocomputadores; minicomputadores; unidades de impressão; computadores pessoais (CPU, rato, ecrã e teclado incluídos); computadores portáteis; impressoras; copiadoras; máquinas de escrever eléctricas e electrónicas; calculadoras de bolso e de secretária; equipamentos de telecomunicações; sistemas e terminais de utilizador; telecopiadoras; fax; telefones; postos telefónicos públicos; telefones sem fios; telemóveis; respondedores

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automáticos; outros produtos ou equipamentos para transmitir som, imagens ou outras informações por telecomunicação.

Equipamentos de Consumo

Aparelhos de rádio; Aparelhos de televisão; Câmaras de vídeo; Gravadores de vídeo; gravadores de alta-fidelidade; Amplificadores áudio; Instrumentos musicais; outros produtos ou equipamentos para gravar ou reproduzir o som ou a imagem, incluindo sinais ou outras tecnologias de distribuição do som e da imagem por outra via que não a de tele-comunicações.

Ferramentas eléctricas e electrónicas

Berbequins; serras; máquinas de costura; equipamento para tornear, fresar, lixar, triturar, serrar, cortar, tosar, brocar, fazer furos, puncionar, dobrar, encurvar, ou para processos similares de tratamento de madeira, metal e outros materiais; ferramentas para rebitar, pregar ou aparafusar ou remover rebites, pregos ou parafusos, ou para usos semelhantes; ferramentas para soldar ou usos semelhantes; equipamento para pulverizar, espalhar, dispersar ou para tratamento de substâncias líquidas ou gasosas por outros meios; ferramentas para cortar relva ou para outras actividades de jardinagem.

Brinquedos e equipamento de desporto e lazer

Brinquedos eléctricos e electrónicos (a pilhas ou bateria); consolas de jogos de vídeo portáteis; jogos de vídeo; computadores para ciclismo, mergulho, corrida,remo, etc; equipamento desportivo com componentes eléctricos ou electrónicos; caça-níqueis (slot machines).

Aparelhos médicos

Equipamentos de radioterapia; equipamentos de cardiologia; equipamentos de diálise; ventiladores pulmonares; equipamentos de medicina nuclear;

Equipamentos de laboratório para diagnóstico in vitro; analisadores; congeladores; testes de fertilização; outros aparelhos para detectar, evitar, controlar, tratar, aliviar doenças, lesões ou deficiências.

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Instrumentos de monitorização e controlo

Detectores de fumo; Reguladores de aquecimento; Termóstatos; Aparelhos de medição, pesagem ou regulação para uso doméstico ou como equipamento labora-torial;

O que lhes acontece?

Em todas as cidades europeias estão instalados sistema de recolha de resíduos, em Portugal, estes centros funcionam em parceria com as grandes empresas de reciclagem e todos contribuem para facilitar a recolha dos equipamentos.

Circuitos de Recolha Selectiva

Ecocentros

São infraestruturas destinadas à deposição de resíduos que pelas suas dimensões ou características não podem ser colocados em ecopontos. Podem ser depositados: papel e cartão, plásticos, vidro, madeiras, monstros não metálicos, resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE), resíduos verdes (restos de jardinagem, flores e plantas), pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes e óleos de motor (resíduos domésticos especiais), onde depois serão encaminhados para a reciclagem. A gestão dos ecocentros é da responsabilidade dos Municípios.

Recolha Selectiva Porta-a-Porta

É da responsabilidade dos Municípios, é estabelecido um calendário com os dias e a hora em que se efectua a recolha de cada tipo de resíduo.

Distribuidores

De acordo com legislação em vigor desde 2006, os Distribuidores (Grossistas ou Retalhistas) são responsáveis por assegurar gratuitamente a recolha de REEE, sem encargos para o detentor. No acto da compra de um EEE novo e que desempenhe as mesmas funções que o REEE que detém, pode-se entregar este último

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gratuitamente. Em caso de impossibilidade de transporte devido às dimensões do equipamento, pode-se solicitar à entidade vendedora do novo equipamento que proceda à recolha, no seu domicílio, do REEE gratuitamente.

Depositrão e Ponto Electrão

O Depositrão e o Ponto Electrão são estruturas que se encontram instaladas em estabelecimentos de ensino e em espaços exteriores ou parques de estacionamento de grandes superfícies comerciais. Destinam-se à recolha de REEE e de RP&A (Resíduos de Pilhas e Acumuladores)

Condições de alojamento

Uma vez devidamente entregues, os REEE vão para um centro de consolidação para triagem onde:

1. As organizações não governamentais podem reaproveitá-los para os distribuir aos mais carenciados;

2. Ou, são transportados para valorização e/ou reciclagem. Os materiais reciclados são, por sua vez, separados e usados como novas matérias-primas.

Segundo os dados da Comissão Europeia, dos REEE produzidos, mais de 90% são depositados em aterros ou incineram-se, o que tem custos elevados para o ambiente, visto que estes equipamentos contêm substâncias perigosas que, além de contaminarem o solo, o ar e as águas subterrâneas, apresentam riscos para a saúde humana.

Em alternativa, os REEE devem ser encaminhados para os centros de recepção, que os armazenam até serem recolhidos pela entidade gestora que os encaminha para reciclagem. Alguns desses centros coincidem com os ecocentros municipais ou intermunicipais. Outros funcionam em empresas e distribuidores, como é o caso de alguns hipermercados.

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Figura 1

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Local de intervenção

Optou-se por escolher como local de intervenção a cidade de Lisboa. As razões que levaram a esta escolha foram as seguintes:

- proximidade aos centros de recolha nacionais;

- por ser um projecto que tem como motor a Faculdade de Arquitectura da UTL;

- por ser uma das principais cidades portuguesas, onde o consumo e a criação de resíduos tóxicos é elevada, cerca de 600 kg por habitante;

- por ser um centro de fácil acesso.

Lisboa

Capital de Portugal

Actualmente com 547 631 habitantes, Lisboa é uma das cidades alfa da Europa. A sua área metropolitana concentra 27% da população do país.

A região de Lisboa abrange do estuário do Tejo ao norte da Península de Setúbal e apresenta um PIB per capita superior à média da União Europeia, o que faz desta a região a mais rica de Portugal, com a peculiaridade da sua economia se concentrar, sobretudo, em serviços.

O concelho de Lisboa divide-se em 53 freguesias (dados de 2011) e tem 83,84 km² de área, apresentando uma densidade demográfica de 6 531,9 hab./km².

Fonte de Dados: I N E – A P A /MAMAOT - E s t a t í s t i c a s dos Resíduos MunicipaisINE - Estimativas Anuais da P o p u l a ç ã o Residente

Figura 2

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2 . Contexto

Contexto Socio-cultural

Intervenientes: População, Operadores/ Empresas/Associações, Autarquias, Distribuidores.

Actualmente as populações são cada vez mais sensíveis às questões ambientais. Existe uma preocupação generalizada acerca do impacte negativo que a nossa existência/intervenção provoca no ambiente e no planeta interferindo com a nossa própria qualidade de vida.

Nesse sentido, procura-se adoptar comportamentos de prevenção e de redução da nossa pegada ecológica acontecendo esta intervenção tanto a nível doméstico (nas nossas casas), como a nível empresarial e institucional.

A separação do lixo para reciclagem e a tentativa de procurar produtos com menos impacte ambiental são alguns exemplos de comportamentos adoptados a nível doméstico.

No entanto, a intervenção na àrea da gestão dos resíduos é desconhecida pela maioria das populações nomeadamente no que respeita os Resíduos Eléctricos e Electrónicos, que constituem uma àrea especialmente problemática uma vez que derivam de produtos de consumo médio rápido, sujeitos a uma expressiva obsolescência,(colocar dados numéricos sobre consumo destes produtos e vida média).

Do ponto de vista social a gestão dos residuos contribui significativamente para a criação de postos de emprego, e para a riqueza nacional e o desenvolvimento do País sendo igualmente promotora da Inclusão social tanto pelas iniciativas (ex: banco de doações) que gera como pelo emprego.

Contexto Político

Planos/Programas/Políticas: PNGR (Plano Nacional de Gestão de Recursos), PERSU (Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos

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Urbanos), APA (Agência Portuguesa do Ambiente)

Numa tentativa de minimizar o impacto ambiental gerado pela produção de resíduos foram constituídos diversos organismos e estabelecidos protocolos a nível mundial, entre países e nações.

O Programa das Nações Unidas para o Ambiente define a Economia verde como uma economia que resulta na melhoria do bem-estar da humanidade e equidade social, enquanto reduz significativamente os riscos ambientais e escassez ecológica. Em suma uma economia verde é baixa em emissão de carbono, faz um uso eficiente dos recursos e é socialmente inclusiva.

O protocolo a nível mundial que mais relevância tem tido na luta contra as alterações climáticas é o Protocolo de Quioto. Resultou da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as alterações climáticas, e integra os compromissos assumidos pelos países industrializados de reduzirem as suas emissões de determinados gases com efeito de estufa responsáveis pelo aquecimento global. As emissões totais dos países desenvolvidos devem ser reduzidas em, pelo menos, 5 % em relação aos níveis de 1990, durante o período 2008-2012. A União Europeia incumbiu-se de reduzir as suas emissões em 8% (Europa, 2011). Portugal tinha uma meta de 27% de emissões, que excedeu em 5%. (Naturlink, 2010)

O Protocolo foi prolongado até 2020, e Portugal terá de reduzir as suas emissões em 20% (RTP Notícias, 2012)

Outro mecanismo de regulamento é a Agenda 21, que resultou da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, ou Cimeira da Terra, ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a reflectir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os sectores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socio ambientais. Constitui num poderoso instrumento de reconversão da sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade, não apenas a quantidade do crescimento (Agenda 21 Local – Portugal, 2009).

A União Europeia tem um programa de acção respeitante ao

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ambiente que integra a linha estratégica para o desenvolvimento sustentável.

Esse programa solicita a adopção de várias medidas destinadas a reduzir os impactes ambientais da utilização dos diversos recursos. Como iniciativas de prevenção através de metas propostas e estratégias de reciclagem de resíduos.

Cabe aos organismos politicos, no âmbito da gestão dos resíduos definir a melhor combinação das várias abordagens, sempre com vista a minimizar os impactes ambientais, nas diversas fases do ciclo de vida dos resíduos, desde a sua extracção, tratamento inicial, transformação, fabrico, consumo, utilização e por último, o fim de vida (gestão dos resíduos) (Comissão Europeia 2003).

A nível nacional existe um Plano Nacional de Gestão de Recursos (PNGR) e um Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU), que têm como principais medidas a redução da quantidade dos resíduos produzidos, redução da perigosidade dos resíduos, e a adopção de instrumentos e respectivas acções e medidas para a prevenção.

A gestão nacional de resíduos divide-se em 30 sistemas.

O sistema de gestão de resíduos urbanos na zona de Lisboa e o Valor Sul, que actua numa área com 3378 km2, onde vivem 1 550 413 habitantes, correspondendo à área mais habitada.

O Valor sul em 2011 recolheu cerca de 878.600 toneladas de resíduos, o correspondente a 16,9% do total do país.

Deste valor cerca de 30,74 % dos resíduos são eleminados em aterro, 56,45% são valorizados energeticamente, 2,9 são valorizados organicamente e 9,91% valorizados materialmente (Relatório acerca dos Resíduos Urbanos, Agência Portuguesa do Ambiente, 2011).

Contexto Económico

Até há pouco tempo atrás o crescimento económico estava relacionado com a utilização de recursos, e com a consequente produção de resíduos. O Conselho Europeu de Gotemburgo (Junho de 2001) concluiu que um desempenho económico sólido tinha de ser acompanhado de uma utilização sustentável dos recursos naturais e de níveis sustentáveis de produção de resíduos. Desde então têm sido feitos esforços no sentido de melhorar a eficiência da utilização

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dos recursos e de melhorar a gestão de recursos e resíduos.

Uma das medidas para evitar a produção de resíduos e promover a sua reintegração no ciclo económico (encerramento do ciclo dos materiais) foi proceder à sua valorização, tornando-os por isso uma componente importante de uma abordagem global da gestão de recursos. (Comissão Europeia 2003)

É importante notar que os processos de extracção, tratamento, gestão e reciclagem dos resíduos têm custos.

Contexto Tecnológico

Os últimos anos têm sido de grande crescimento na aposta em novas tecnologias. Grandes empresas como a General Electric, têm investido em novas formas de gerar energia de uma maneira sustentável, dando a cada um dos seus consumidores a oportunidade de ajudarem o ambiente.

Os novos eletrodomésticos sustentáveis prometem minimizar os riscos para o ambiente, causando menos poluição e reduzindo o consumo de água e energia.

Os produtos sustentáveis são a nova tendência no mercado. Por exemplo, a máquina de lavar roupa King Capacity, da marca GE, é um produto eco-friendly, pois tem a capacidade de lavar até 15 quilos de roupa gastando aproximadamente 15 kwh a menos do que uma máquina comum de capacidade de 12 quilos.

Outros electrodomésticos desta marca, e de outras, têm também cumprido com as metas da sustentabilidades, sendo fabricados com gases que não agridem a camada de ozono, além de que gastam muito menos energia quando utilizados.

Os comportamentos mais sustentáveis são uma prática cada dia mais popular, e os consumidores mais atentos já procuram estes produtos.

As próprias empresas, para satisfazer os desejos de seus clientes, e também para cumprir com sua responsabilidade, têm investido em tecnologias limpas que procuram agredir o mínimo possível o meio ambiente.

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Uma nova tendência pretende aliar a diminuição do consumo de energia dos produtos com uma inteligência extra – como os sensores. A Panasonic apresentou numa feira internacional, o seu novo projecto para um ar condicionado controlado por sensores. Estes sensores controlam a temperatura de acordo com a quantidade de pessoas presentes na sala e o seu respectivo posicionamento no ambiente que está a ser controlado. Outro projecto apresentado pela empresa foi o de uma célula de combustível que produz energia a partir do ar que a rodeia. Segundo os expositores da Panasonic, a máquina usa os próprios gases presentes no ambiente e gera uma energia equivalente a cerca de 1 kW por hora.

Contexto Ambiental

A UE detém alguns programas e soluções preparadas para ajudar empresas e individuais a respeitar o planeta nas suas acções diárias. Um exemplo é o programa LIFE+, que dá apoio específico a projectos ambientais e de conservação da natureza. Com um orçamento de 2 100 milhões de euros para o período de 2007 a 2013, o programa cofinancia projetos ambientais em três domínios: natureza e biodiversidade, política e governação ambiental, informação e comunicação.

Um segundo exemplo, bastante importante e valorizado internacionalmente, é o Rótulo Ecológico. As empresas da UE que respeitam determinados critérios ecológicos e de desempenho estritos podem ostentar o rótulo ecológico nos seus produtos. Os consumidores podem assim identificar mais facilmente os produtos mais ecológicos. A proposta de regulamento revisto sobre o rótulo ecológico foi adotada em 25 de Novembro de 2009. O novo regulamento dá especial ênfase ao acesso das PME ao sistema do rótulo ecológico através de uma redução das taxas e da racionalização dos procedimentos administrativos.

No site oficial da União Europeia estão também disponibilizadas ferramentas de avaliação, serviços e dados que ajudam as empresas a minimizar o impacte ambiental de um produto durante todo o seu ciclo de vida.

De acordo com a directiva 2003/108/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa aos resíduos de equipamentos eléctricos

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e electrónicos, os Estados-membros devem garantir que o financiamento dos custos de recolha, tratamento, valorização e eliminação em boas condições ambientais dos REEE provenientes de utilizadores particulares seja assegurado pelos produtores.

Os Estados-Membros incentivarão a concepção e produção de equipamentos eléctricos e electrónicos que tenham em conta e facilitem o desmantelamento e valorização, em especial a reutilização e reciclagem de REEE, seus componentes e materiais.

A União Europeia planeia que, em 2020, 20% da sua energia seja proveniente de recursos renováveis, como a energia eólica, solar, hidro-eléctrica e também energia geotérmica. Utilizando mais energias renováveis ajudará a UE a cortar nas emissões de gases e a tornar-se menos dependente de energias importadas.

Recorrer a energias limpas compreende um impulso enorme no desenvolvimento de novas tecnologias que consequentemente empregará mais pessoas.

Pesquisas recentes mostram que hoje é descartado aproximadamente de 20 a 50 milhões de toneladas de REEE no mundo por ano, sem passar por nenhum processo de reciclagem ou reutilização. Esses produtos contêm uma grande quantidade de materiais (chumbo, ferro, alumínio, entre outros) e substâncias tóxicas (mercúrio, cádio, plúmbeo, entre outros) que causam danos irreversíveis ao meio ambiente e a saúde humana.

Segundo dados da União Europeia, estes aparelhos são a fonte de resíduos com taxa de crescimento mais significativa a nível europeu. Em 2005, foram geradas entre 8,3 a 9,1 milhões de toneladas de REEE; até 2020 estima-se que o valor suba para 12,3 milhões de toneladas. Foi com base nestas previsões que a União Europeia lançou, em Junho de 2011, uma nova Diretiva (a Diretiva 2011/65/UE), que deverá ser transposta para legislação nacional até 2013.

Conforme a nova Diretiva, é necessário reduzir o consumo de recursos naturais e prevenir a poluição: mercúrio, cádmio, chumbo, crómio hexavalente, policlorobifenilos (PCB) e as substâncias que destroem o ozono continuarão presentes nos REEE por muitos anos. Estas substâncias constituem um problema durante a fase de

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gestão dos resíduos. Mas não são as únicas. Na reciclagem, pode ocorrer exposição aos nanomateriais profundamente integrados, por exemplo, nos circuitos eletrónicos A Comissão Europeia propõe que se analise a necessidade de um tratamento específico dos componentes contendo nanomateriais.

A situação agrava-se quando muitos dos aparelhos não são reciclados. Embora, em toda a Europa, 65% dos equipamentos elétricos e eletrónicos no mercado sejam recolhidos seletivamente, menos de metade é devidamente tratada. Suspeita-se que muitos sejam ilegalmente exportados e outros desmantelados sem preceito, com vista à recuperação das partes metálicas valiosas. Em Portugal, calcula-se que metade dos metais desviados dos sistemas de recolha seja recebida por sucateiros legais (o furto de metais já representa 6% do total da criminalidade, sendo Lisboa a cidade mais afetada). É necessário aumentar a taxa de recuperação de matérias-primas valiosas.

Contexto Legal

Desde a 1ª Conferência das Nações Unidas, em Estocolmo 1972, sobre o Ambiente, que o meio ambiente se tornou numa preocupação com maior relevância para os países e seus governantes, sob pena de se esgotarem os recursos naturais do planeta.

Foi neste encontro que se consagrou o conceito ‘sustentável’, que define o desenvolvimento sustentável como sendo aquele que atende as necessidades do presente, sem comprometer as necessidades do futuro. O nome dado ao relatório final foi o Nosso Futuro Comum.

Uma das formas encontradas para a gestão dos recursos, foi a aplicação das Normas ISO 14000, que estabelecem um sistema de regras ambientais para qualquer tipo de empreendimento.

A norma ISO 14000 é uma ferramenta criada para auxiliar empresas a identificar, priorizar e gerir os riscos ambientais como parte das suas práticas usuais.

Esta norma exige que as empresas se comprometam com a prevenção da poluição e com melhorias contínuas, como parte do ciclo normal de gestão empresarial. Esta norma é composta por 19 documentos principais, cada um dirigido a diferentes situações.

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Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

Benchmarking

Antes de iniciarmos o planeamento do evento fizemos uma pesquisa de projectos semelhantes para termos uma ideia do que já existe e como foi feito. Enumerámos alguns que nos podessem servir de inspiração para o desenvolvimento do trabalho. A nível de eventos encontrámos o festival “bgreen ecological film festival”, O dia Verde no Museu da Electricidade e o Festival do Electrão. Outro projecto que achámos relevante para o nosso evento foi o concurso de reciclagem “WEEE can do it”. Por último inspiramo-nos na ideia de uma escultura gigante de lixo electrónico para desenvolver uma actividade de esculturas no nosso evento.

O “bgreen ecological film festival”, é um festival de vídeo promovido pela Escola Profissional do Instituto Nun’Alvres, teve inicio em 2011 e tem sido realizado anualmente desde então. O objectivo é sobretudo sensibilizar os jovens para as questões ambientais através de um concurso de vídeo de cariz ecológico. A competição é dirigida a estudantes do ensino secundário ou equivalente, com idades compreendidas entre os 14 e os 21 anos (inclusive) e que residam na Europa. O projecto social é composto por alunos, voluntários da escola organizadora do festival junto de populações desfavorecidas da região. Em 2012 os vencedores do concurso foram premiados comum a viagem aos Açores, à ilha de S. Miguel.

Escolhemos este projecto devido sobretudo à boa comunicação nos social media, têm um bom website com uma área para notícias ,assim como estão nas redes sociais, facebook, youtube, vimeo, entre outros. Têm também uma newsletter que pode ser enviada por email. É um exemplo de um festival que promove a consciência ambiental, bem organizado e bem comunicado.

O Dia Verde no Museu da Electricidade é um evento organizado pelo Verde Movimento (fundação edp), nos jardins do Museu da Electricidade. Tem como objectivo mobilizar os cidadãos para a prática de eco-hábitos para o homem e planeta.

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

21

“O Dia Verde é um evento com uma vertente pedagógica, que pode ser vivido em família, a dois ou com amigos, e que convida as pessoas a alterarem o seu estilo de vida de forma simples e fácil e a adoptarem um comportamento no dia-a-dia mais saudável, ecológico e sustentável, em prol de um futuro melhor para o planeta e para cada um em particular”, explicou a mentora e organizadora do Verde Movimento, Ana Rita Ramos.

Escolhemos este projecto devido ao programa de actividades. No dia verde é possível fazer actividades e workshops para pais e filhos, tais como: pintura com chocolate, visitas ao museu, origamis, entre outros. Podemos também comprar produtos biológicos, fazer troca de objectos em segunda mão, produzir energia sinética ao pedalar, ver malabarismos e até fazer esculturas com os desperdícios. O cartaz é variado e instrutivo.

O Festival do Electrão é sobretudo um festival de música mas também um festival de que ocorre em várias localidades no país. É organizado pela Amb3E e tem como principal objectivo promover a recolha de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE). As pessoas que entregarem os seus electrodomésticos velhos terão em troca um conjunto de fichas que darão acesso a uma série de jogos. A comunicação é feita nas redes sociais, mas também através da rádio e da televisão.

Escolhemos este projecto pois é interessante a troca de equipamentos eléctricos e electrónicos por fichas que podem ser usadas no evento em si. É uma forma de atrair pessoas a reciclar através da música e jogos.

O “WEEE Can Do It” é um concurso anual de reciclagem que acontece durante uma semana em Bolton. É realizado pelo conselho Angus e visa reduzir o desperdício e incentivar a população local a reciclar os seus REEE.

O Conselho uniu forças com a Repic, estabelecida como uma das principais produtoras de equipamentos eléctricos e electrónicos, tais como Panasonic, Bosch e Indesit, para lidar com produtos elétricos descartados. Muitas escolas participam no concuro e os vencedores são premiados com dinheiro para investir num projecto ambientalmente sustentável à sua escolha.

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Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

Escolhemos este projecto pois achamos importante fazer as grandes produtoras e vendedoras de equipamento eléctrico e electrónico se responsabilizarem pelo descarte dos produtos.

O “WEEE Man” (Homem EEE) é uma escultura de 3.3 toneladas e cerca de 7 metros de altura que representa a quantidade de lixo eléctrico e electrónico gasto em média numa casa em Inglaterra durante um período de vida.

A RSA e Canon Europa encomendaram a escultura a fim de aumentar a consciencialização sobre a quantidade de resíduos elétricos usados no Reino Unido.

O artista contemporâneo Paul Bonomini projectou o Homem EEE como se este se estivesse a arrastar para fora do aterro, voltando dos mortos. Ele está lá para nos lembrar do monstro que criamos, quando não reciclamos. Desde que a escultura foi instalada no Éden, em 2005, o Governo britânico introduziu uma legislação que responsabiliza os produtores pelos aparelhos no final das suas vidas, encorajando-os a projetar produtos que durem mais tempo.

Escolhemos este projecto pois não só é um bom aproveitamento de lixo como apela a uma maior consciência ambiental.

ANÁLISE PÚBLICO-ALVO

Utilizadores

Crianças

Jovens/adolescentes

Adultos

Idosos

PMR

Várias actividades lúdicas,

várias zonas de mesa e

piquenique, fácil acesso a

casas de banho e postos de

socorro.

Actividades diversas desde

jogos a música e cultura.

Várias zonas de mesa e

piquenique para convívio, e

comes e bebes.

Fácil acesso a casas de banho

e postos de socorro.

Actividades mais calmas,

Várias zonas de lojas e zonas

de mesa e piquenique para

convívio, comes e bebes.

Acesso a casas de banho e

postos de socorro.

Actividades mais calmas,

Várias zonas de lojas e zonas

de mesa e piquenique para

convívio, comes e bebes.

Acesso a casas de banho e

postos de socorro.

Adequar o espaço com

rampas, e acessos fáceis.

Acesso a casas de banho para

PMR e pontos de socorro.

Necessidade de repousar com frequência

assim como comer e ir à casa de banho.

Necessidade de estarem sempre ocupadas e

entretidas. Têm um comportamento incons-

tante, correm muito, magoam-se com

facilidade, necessidade de supervisiaona-

mento. As crianças preocupam-se bastante

com o ambiente e muitas vezes são elas a

incentivarem os adultos para os principios

ambientais.

São quem mais adere a eventos e festivais

devido à energia e disponibilidade, têm de ser

entretidos e ocupados, são quem mais

comunica através dos social media, e eventual-

mente exprimir-se-ão acerca evento. O

comportamento já é menos imprevisível,

gostam de socializar, festas, concertos, música,

diversas actividades e jogos para ganharem

prémios. Gostam de fazer parte do mundo são

cada vez mais conscientes ambientalmente.

Têm menos disponibilidade, pois trabalham e

têm família para gerir (nem todos), apreciam

ambientes mais calmos, convivio, trazem

crianças para o evento. São mais adeptos a

concertos, exposições, comes e bebes do que

actividades e jogos. São menos ambiental-

mente conscientes do que os jovens.

Têm mais disponibilidade mas por vezes pouca

vontade de se deslocarem e sairem de casa.

Têm mais dificuldade de mobilidade e como as

crianças necessitam de repousar com frequên-

cia assim como comer e ir à casa de banho.

Interessam-se pelo convívio mas de uma forma

mais calma, seriam mais adeptos aos comes e

bebes, e concertos (se tiverem onde sentar),

exposições e aos stands de compra. Têm

conhecimento reduzido sobre o ambiente e

muitas vezes não reciclam por não se preocu-

parem muito.

Dificuldades de acesso, o que leva a não poder

concretizar várias actividades de lazer. Neces-

sitão de acessos específicos e adaptados.

Necessidades e comportamentos Soluções

Figura 3

24

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

3. Proposta

A nossa proposta consiste na realização de um evento chamado “Convenção de Monstros Eléctricos e Electrónicos”. Com o evento pretendemos sensibilizar todos os visitantes para os problemas ambientais, em especial, aos problemas que derivam da produção, consumo e descarte dos EEE.

O evento tem um cariz educacional, pelo que se pretende informar a ensinar as pessoas acerca das questões relacionadas com a reciclagem de REEE e a adoptar comportamentos e hábitos mais sustentáveis.

Com este evento também pretendemos recolher o máximo de REEE, e ambiciosamente entrar para os records do guiness com a maior recolha de REEE do mundo. Espalhando a uregência da nossa mensagem além fronteiras, e monstrando que Portugal é um país que se preocupa com iniciativas desde género e que está sensibilizado para estas questões.

A entrada no recinto do evento seria livre a todos os que levassem um ou mais REEE’s. Os visitantes que queiram participar no evento e não tenham nenhum contributo para dar, pagarão uma entrada simbólica. Uma vez dentro do recinto os REEE seriam registados, contados, separados e encaminhados adequadamente.

Dentro do recinto, a contagem da recolha efectuada é ilustrada num ecrã gigante através de um monte de resíduos em constante crescimento, onde todos os participantes podem acompanhar a contagem e sentir que deram o seu contributo para uma causa maior.

Como há REEE que não são muito práticos de transportar, na semana em que se realizar o evento, serão fornecidos convites a todos os que entregarem REEE nos respectivos pontos de recolha, para poderem entrar no evento.

Para além da recolha e do caractér educacional, o evento têm também o objectivo de promover o convívio e a socialização. Estarão disponíveis diversas actividades nas quais os visitantes podem participar, desde exposições de projectos no âmbito da sustentabilidade e inovação, workshops, jogos, e concertos de música.

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

25

Drivers / Enablers (Motores / Facilitadores)

Os motores do projecto são a ERP e a equipa da Faculdade de Arquitectura. Os facilitadores do projecto são todos os nossos parceiros.

Os nossos parceiros são as autarquias, os distribuidores de Equipamentos Eléctricos e Eléctronicos, entidades ligadas à sustentabilidade e entidades ligadas à energia e recursos naturais e instituições de ensino da área das ciências e tecnologias.

Dentro das autarquias temos a Câmara de Lisboa, com a qual se estabeleceria um protocolo no sentido da cedência do espaço para a realização do evento e eventual apoio logístico e financeiro.

Em relação aos distribuidores de EEE esperamos contar com o apoio da Radio Popular e da Worten, para a distribuição dos convites para o evento a todos os que entreguem REEE nas suas instalações na semana em que se realizar o evento. E ainda que possam dar descontos nas suas lojas mediante certas condições aos participantes do evento em jogos e passatempos.

Quanto às entidades ligadas à energia e recursos naturais a APA (Associação Portuguesa do Ambiente), a Sociedade Ponto Verde, a QUERCUS, e ASPEA (Associação Portuguesa de Educação Ambiental) e a AMB3 foram as entidades selecionadas pelo trabalho que desenvolvem e pelo seu envolvimento na área da sustentabilidade.

Para as instituições de ensino elegemos as Faculdades ligadas às diferentes áreas das tecnologias e ambiente; o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), a Faculdade de Engenharia da Universidade Católica de Lisboa, o Instituto Técnico de Lisboa, entre outras faculdades que disponham de cursos na área da engenharia do ambiente. Da parceria com estas instituições pretendemos convidar os alunos e professores a ajudar na divulgação de informação e a exibir projectos académicos relevantes na redução, reutilização e reciclagem dos EEE.

Os meios de comunicação são também facilitadores do nosso projecto. Será divulgado o evento através dos telejornais diários e de programas como o Minuto Verde da RTP2, poderemos divulgar e informar mais detalhadamente os conteúdos do evento. As rádios e os jornais impressos também terão o seu papel na divulgação com

26

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

anúncios previamente fornecidos.

Todos os parceiros ao participarem neste projecto ganharam notariedade e visibilidade, e por sua vez, para além das especificidades de cada entidade, todos contribuirão com visibilidade e credibilidade ao evento.

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Figura 5

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

29

Objectivos

Primeiramente, o objectivo geral deste evento é, de uma forma clara, incentivar a população a reciclar os seus EEE, e informar de como devem e podem faze-lo.

No decorrer do evento pretende-se recolher o maior número possível de electrodomésticos, contabilizando cada um e felicitando as pessoas por participarem no ‘maior monte de lixo eléctrico e electrónico de Portugal’. Com esta contabilização, pretende-se alcançar um sentido de satisfação que consciencialize as pessoas que reciclar faz a diferença quando todos participamos, ajudando o planeta.

Como objectivos mais específicos, desejamos mobilizar toda a população da grande Lisboa, através de actividades diversificadas e descontos promocionais. Este tipo de manipulação é também importante, na medida em que, mesmo as pessoas que não tenham uma consciência ambiental activa, podem fazer o correcto. É de maior importância a adopção de melhores comportamentos e hábitos, com vista a reduzir a pegada ecológica.

No entanto, para que todo este projecto faça a diferença, é crucial que as pessoas se divirtam a aprender, que esta seja uma boa experiência e que nelas fique presente a mensagem.

Mais do que um festival com música, é pretendido criar consciência ambiental, promover a educação e a cultura, e proporcionar ao público um bom momento de socialização.

Mapa do recinto

O local escolhido para a realização do evento foi a zona descamapada junto à Estrada Nova de Beirolas, junto ao rio. Este local pareceu-nos indicado por várias razões:

- boa zona de estacionamento;

- localização junto ao rio;

- fácil acesso;

- fácil movimentação dos camiões para o

transporte dos resíduos.

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Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

31

Fase pré-evento Fase do evento Fase pós-evento

DIAGRAMA DE EXPERIÊNCIA DO VISITANTE

Plataformas de divulgação

- website, facebook;

- cartazes pontuais (estratégicos);

- vídeo (teaser) / minuto verde RTP2 / telejornais

Públicidade/relações públicas (como o fornecedor comunica o evento)

Local, dia, hora, condições de adesão, em que consiste, quem vai

(bandas, artistas...), parceiros.

Social Media (informação disponível antes do lançamento)

Passa-palavra nas escolas, empresas, redes sociais (twitter,

youtube, facebook, etc).

As pessoas dirão: “participa no maior evento de reciclagem do

país!Entra no guiness (maior monte de lixo electrónico) por uma

boa causa”.

Passa-palavra (o que dizem as pessoas sobre o evento)

Festival Electrão

Dia Verde

Experiências anteriores (com eventos semelhantes)

Expectativa (potenciais expectativas em relação ao evento)

Ter muita adesão, entrar para o Guiness. Sensibilizar e informar,

criar consciência cívica e ambiental. Proporcionar um bom

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32

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

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RESULTADO

Figura 9

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

33

Fase pré-evento Fase do evento Fase pós-evento

DIAGRAMA DE EXPERIÊNCIA DO VISITANTE

Gestão da relação com o visitante (como essa relação é fomentada)

Através de resposta a e públicações feitas pelos organizadores do evento, os visitantes

mostrarão satisfação em relação ao evento e recomendarão aos amigos e família que

participem na próxima edição. Nos meios de comunicação (televisão, rádio e jornais)

apresentaram o rescaldo do evento com ênfase no seu sucesso, nos melhores momentos e

principais actividades.

Social Media (o que os visitantes exprimem acerca do evento através dos social media)

Dizem que foi: “instrutivo”, “Brutal!”, “Quando será o próximo evento?”, “Vai haver mais?”,

“Não fazia ideia do impacto ambiental que os EEE causam!”, “Vou reciclar mais!”, “Vou

ter mais cuidado com os meus EEE”...

Passa-palavra (o que dizem as pessoas sobre o evento)

Satisfação/insatisfação (avaliação dos clientes em relação ao evento)

Experiência positiva e instrutiva. A sensibilização provocada pelo evento proporciona uma

mudança de hábitos perante a reciclagem.

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Figura 10

34

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

Comunicação - plataformas

A promoção do evento será feita sobretudo através das plataformas de internet e através dos meios de comunicação.

Será criada uma página no facebook, e um site próprio. O site será constituído por dois espaços diferentes para dois tipos de utilizadores diferentes. Vai haver um separador direccionado para o público infantil e um separador direccionado para o público adulto. Serão disponibilizados conteúdos relacionados com a sustentabilidade, reciclagem e ecologia.

Todos os nossos parceiros terão alguma informação disponível nas suas próprias páginas, onde mostram o seu contributo e publicitam o evento.

Será feito um vídeo (teaser) que circulará pelo youtube e pelas redes sociais. Para a realização do vídeo conta-se com a parceria de uma companhia de produção independente portuguesa.

Quanto aos meios de comunicação, espera-se que os noticiários publicitem o evento e que os jornais e os estações de rádio também anunciem o evento.

Haverá cartazes colocados em pontos estratégicos, como os espaços e sedes dos nossos parceiros.

Continuação do projecto

Pretendemos dar continuidade à Convenção de Monstros, mantendo as plataformas virtuais da Internet activas. Estas plataformas serão um guia de apoio, que oriente as pessoas a terem atitudes mais sustentáveis e que continue a promover os ideais da Convenção de Monstros.

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

35

Impacto a nível sócio-cultural, económico e ambiental

A nível sociocultural, pretende-se que o evento incuta consciência ambiental nos visitantes, e que eventualmente potencie alterações de hábitos e comportamentos a esse nível. O evento é também um convívio e diversão entre todos os visitantes, com várias actividades, música, e momentos pedagógico/educacionais. Os visitantes poderão ver e perceber o que se faz ao nível das faculdades e da Academia relacionado com a sustentabilidade, em diversas áreas, desde as energias renováveis, ao design e arquitectura sustentáveis. Haverá lugar a eventos como conferências, workshops e palestras com temáticas relacionadas.

A nível económico, o evento pode movimentar muitas pessoas dentro da cidade, impulsionando o comércio e os transportes públicos de Lisboa. Pode ser uma oportunidade para os nossos parceiros e convidados ganharem visibilidade e, consequentemente mercado. Esperamos impulsionar o mercado dos resíduos eléctricos e electrónicos, através da sensibilização para a sua reciclagem, e mais directamente e no curto prazo através da recolha (maior e mais concentrada) efectuada durante o evento.

A nível ambiental pretende-se que o evento tenha o menor impacte possível. Todas as infra-estruturas serão o mais ecologicamente adequadas, fazendo uso de materiais reciclados e recicláveis, e que possam ser reutilizáveis. Pretende-se utilizar fontes de energia renováveis para abastecer o evento. A longo prazo espera-se que o evento seja potenciador de melhores hábitos por parte da generalidade da população, que minimizem os recursos naturais necessários à nossa existência. Espera-se o reforço desta redução através da continuidade da Convenção de Monstros pelas plataformas criadas, e por iniciativas futuras com teor semelhante.

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Figura 11

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

37

4. Potencial de Implementação

Teste- piloto

Análise dos inquéritos

População de Lisboa em 2011: 547.733 habitantes:

0-14 anos : 70.494 (12,8%)

15-64 anos : 346.279 (63,2%)

+ 65 anos : 130.960 (23,9%)

Foi efectuada uma análise por inquérito de modo a averiguar a possível adesão do público ao evento. Pretendeu-se avaliar o tipo de aparelhos que mais provavelmente seriam entregues, as actividades que consideram mais interessantes e ainda se estariam interessados em fazer voluntariado durante o evento. Pretendia-se uma amostra representativa da população, visto o nosso evento ter como público-alvo toda a população lisboeta de um modo geral.

Os questionários foram respondidos através de email, redes sociais e alguma abordagem complementar no terreno ( Avenida da República).

Foram realizados 168 questionários, 69 dos inquiridos (41%) eram do sexo masculino e 99 (59%) dos inquiridos do sexo feminino.

Relactivamente às idades, 79 dos inquiridos (47%) tinham até 25 anos. 68 dos inquiridos (40%) tinham entre os 26 e os 55 anos. E 21 dos inquiridos (13%) tinham mais de 56 anos.

Do geral, 138 dos inquiridos (82%) responderam que estavam dispostos a participar no evento, enquanto que apenas 30 (18%) responderam negativamente.

Pode-se concluir que um evento desta natureza ia ter uma adesão bastante positiva.

Relativamente ás categorias de equipamentos, as categorias mais respondidas foram Pequenos Electrodomésticos, 1 ou 2 equipamentos e Grandes Electrodomésticos e Aparelhos de Consumo, com 1 equipamento.

38

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

No caso dos Aparelhos Informáticos, de Comunicações e Brinquedos a diferença entre as respostas 1 equipamento ou 2 equipamentos foi pouco significativa.

De um modo geral a maioria dos inquiridos respondeu que levava mais que 1 ou 2 equipamentos.

Segundo estes dados é expectável que se consiga uma recolha muito significativa.

A juntar a estes números podemos acrescentar que muitos dos inquiridos, de idades superiores a 56 anos de idade, optaria por contribuir na semana anterior ao evento, pois a sua mobilidade é já reduzida.

Relativamente ás actividades, a actividade considerada mais relevante pela generalidade foi Música ao Vivo, com 57 dos inquiridos a considerá-la muito interessante. De seguida foram os Vales de Desconto em Superfícies Comerciais (em equipamentos semelhantes aos dados para recolha), com 56 dos inquiridos a considerá-los muito interessantes. A Troca e Venda de Equipamentos em Segunda Mão foi considerada muito interessante por 48 dos inqueridos, e os Comes e Bebes foi considerada muito interessante por 44 dos inquiridos.

Por fim, 20 dos inquiridos (13%) disponibilizaram-se para fazer voluntariado no evento.

Sumário

Género

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Figura 12

Figura 13

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

39

Participação no evento

Pequenos Electrodomésticos

Grandes Electrodomésticos

Que tipo de objectos levaria segundo as seguintes categorias? Quantos?(1 2 3 4 5 +de5)

Estaria disposto(a) a participar neste evento?

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nº. de respostas

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Figura 14

Figura 15

Figura 16

40

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

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nº. de respostas

nº. de respostas

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Figura 17

Figura 18

Figura 19

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

41

Brinquedos e aparelhos de entretenimento

Música ao Vivo

Vales de Desconto

Das seguintes propostas de actividades, quais considera mais relevantes/interessantes? (1 corresponde a pouco interessante sendo 5 muito interessante)

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nº. de respostas

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Figura 20

Figura 21

Figura 22

42

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

Troca e venda em segunda mão

Comes e bebes

Disponibilidade para voluntariado

Estaria interessado em fazer voluntariado no evento?

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nº. de respostas

nº. de respostas

Figura 23

Figura 24

Figura 25

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

43

Conclusões

Foi possível concluir que o panorama da gestão de resíduos eléctricos e electrónicos em Portugal está no bom caminho, têm sido feitos esforços para tornar o sistema de gestão de resíduos eficaz. Existem imensos pontos de recolha e de um modo geral a população sabe da sua existência e recicla os seus equipamentos. No entanto é necessário sensibilizar as pessoas para primeiramente reduzir o consumo, prolongando ao máximo o tempo de vida útil dos seus aparelhos. Em caso de avaria, procurar repará-los, em vez de os substituir, por exemplo. E aqui as empresas produtoras desempenham um papel essencial. Muitas vezes criam os seus aparelhos de forma a não serem reparados, mas substituídos, gerando mais consumo, e mais resíduos.

Foram analisados todos os factores e condicionantes envolvidos no projecto, necessários à sua compreensão e que constituem o que consideramos ser uma proposta sólida, que era o que se pretendia com este trabalho.

De acordo com o estudo prévio realizado (inquérito), este evento teria toda a pertinência acontecer.

82% dos inquiridos mostraram-se dispostos a participar no evento, e a maioria dos inquiridos que não se mostraram dispostos a participar têm mais de 56 anos. Também foi possível perceber pelos questionários realizados pessoalmente, que a população mais idosa não releva grande interesse pelo evento, pois a sua mobilidade é já reduzida. Por esta razão, dever-se-iam criar parcerias com algumas Juntas de Freguesia que tenham programas com actividades para a terceira idade, para levarem os seus idosos ao evento, proporcionando-lhes transporte e o auxílio que fosse necessário. O evento poderia ter uma equipa direccionada para acompanhar os grupos de terceira idade nas actividades do evento. Achamos importante não descurar o público mais idoso, uma vez que também foi perceptível pelos questionários pessoais, que se interessam pelo meio ambiente e que fazem questão de reciclar sempre que podem.

É também essa a razão pela qual o site da “Convenção de Monstros”, terá três páginas ou espaços (layouts especializados), um para o público mais infantil, outro para o público mais jovem/adulto

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Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

e outro para um público mais idoso para se poder dirigir o conteúdo adequadamente a cada um dos públicos-alvo. Faz todo o sentido criar um espaço direccionado para o público mais idoso, uma vez que começam cada vez mais a interessar-se por saber trabalhar com as tecnologias, até porque têm bastante disponibilidade. Não nos podemos esquecer que a população que hoje é adulta, daqui a 20 ou 30 anos já é idosa, e essa nova geração de idosos está bastante familiarizada com as novas tecnologias.

O próximo passo seria então, estabelecer os protocolos com os parceiros, e criar uma identidade gráfica coerente para o projecto, composta por um logótipo e uma mascote (a imagem apresentada na capa é meramente ilustrativa, e portanto passível de ser alterada), a partir das quais se iriam desenvolver os cartazes, o site, a página no facebook e os convites/ bilhetes de entrada no recinto.

A equipa da FA está muito empenhada neste projecto e desempenharia um papel fulcral na sua implementação, não só a nível de planeamento e gestão, mas também em algumas áreas mais específicas do projecto, devido à nossa formação em Design de Produto.

O facto do projecto ser desenvolvido pela mesma equipa desde a sua origem, à implementação é um dos trunfos desde projecto, uma vez que vai conferir uma profundidade e riqueza ao projecto que não seria possível de outra forma. Conseguir-se-á uma complementariedade entre o próprio conceito por trás da “Convenção de Monstros”, e a materialização física do evento a nível de organização espacial e aspecto físico do recinto, projecto de sinalética, e ao respectivo design de serviços associados.

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

45

5. Bibliografia

Agência Portuguesa do Ambiente, 2011, Resíduos Urbanos em 2010

http://netresiduos.com/resources/docs/estudos_pareceres/relatorioru_2010.pdf

Amb3, 2013

http://www.amb3e.pt/

Angus Council, 2012, Recycling - WEEE Can Do It!

http://www.angus.gov.uk/new/Releases-Archive/2012/2012-06-18b.html

Bgreen ecological film festival, 2013

http://www.bgreenfestival.com/o-que-e-o-bgreen-ecological-film-festival-video-

ecologico/

Comissão Europeia - Representação em Portugal, 2012, Gestão de resíduos na União Europeia

http://ec.europa.eu/portugal/comissao/destaques/20120123_gestao_residuos_

ue_pt.htm

Europa, 2011, Protocolo de Quioto relativo às alterações climáticas

http://europa.eu/legislation_summaries/environment/tackling_climate_change/

l28060_pt.htm

European Recycling Platform Portugal

http://www.erp-recycling.pt/

GREEN MONSTER E-CYCLING, 2013

46

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

http://www.greenmonsterecycling.com/

Greensavers, 2012, Museu da Electricidade recebe Dia Verde a 23 de Setembro

http://greensavers.sapo.pt/2012/09/17/museu-da-electricidade-recebe-segundo-

dia-verde-a-23-de-setembro/

Instituto Português da Qualidade, 2013

http://www1.ipq.pt/

Naturlink, 2010, Protocolo de Quioto: Quercus avalia prestação portuguesa no no primeiro ano do período 2008-12

http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=18483&bl=1

PNGR, 2011, Plano Nacional de Gestão de Resíduos 2011-2020

http://www.apambiente.pt/_zdata/Politicas/Residuos/Planeamento/

Projeto_PNGR_2011_2020.pdf

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Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

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6. Anexos

Inquérito

Esta é uma proposta no âmbito de um projecto de investigação, por alunas da Faculdade de Arquitectura de Lisboa, para a criação de um evento com o nome "Convenção de Monstros" que pretende fomentar consciência cívica e ambiental e promover a cultura e convívio, com enfoque nos resíduos dos equipamentos eléctricos e electrónicos.

Esta proposta irá a concurso pelo que estes questionários irão servir para analisar a adesão do possível público-alvo bem como averiguar as diversas actividades que poderão decorrer durante o evento.

Para entrar no recinto basta levar resíduos de equipamentos eléctrico ou electrónico para reciclagem, ou mostrar um comprovativo de contributo ecológico entregue nos pontos de recolha durante a semana em que decorrer o evento. Quem não tiver possibilidade dar este contributo e quiser entrar no recinto terá de pagar um bilhete de entrada de valor simbólico. Uma vez dentro do recinto o bilhete de entrada poderá ser trocado por comes e bebes. Será feita uma contagem da quantidade de lixo recolhido durante o evento, que têm a pretensão de entrar para os recordes do Guiness como a maior recolha de lixo eléctrico do mundo. Haverá actividades, jogos, musica e muita diversão.

Sexo

- F

- M

Idade

- >10

- 11>17

- 18>25

48

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Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

- 26>35

- 36>45

- 46>55

- 56>

Estaria disposto(a) a participar neste evento?

- Sim

- Não

Que tipo de objectos levaria segundo as seguintes categorias?

Quantos?

(1 2 3 4 5 +de5)

1. Pequenos Electrodomésticos (aspiradores, ferros de engomar, torradeiras, etc)

2. Grandes electrodoméstico (frigoríficos, microondas,

3. Aparelhos informáticos

4. Aparelhos de telecomunicações

5. Consume (rádios, televisores, câmaras, instrumentos musicais, etc)

6. Ferramentas eléctricas e electrónicas (cerra eléctrica, berbequim, etc)

7. Brinquedos e aparelhos de entretenimento

8. Aparelhos médicos

9. Instrumentos de monitorização e controlo (detectores de fumo, termostatos, aparelhos de medição e pesagem, etc)

Das seguintes propostas de actividades, quais considera mais relevantes/interessantes? (1 corresponde a pouco interessante sendo 5 muito interessante)

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- Comes e bebes

- Música ao vivo

- Animadores

- Troca e venda de aparelhos em 2a mão

- Vales de desconto em superfícies comerciais (em equipamentos semelhantes) em troca dos resíduos entregues para reciclagem

- Estafetas da reciclagem (jogos para crianças)

- Arte com lixo electrónico

- Conferências e discussões abertas

- Actividade e jogos (com brindes promocionais)

Outras actividades

Quais? __________________________

Estaria interessado em fazer voluntariado no evento?

- Sim

- Não

- Outro:__________________________

Se sim, deixe o seu contacto de email ou telefone:

____________

50

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Ferramentas eléctricas e electrónicas

Aparelhos Médicos

Instrumentos de Monotorização e Controle

66%

23%

4%

5%

2%

0%

81%

10%

2%

4%

0%

2%

75%

18%

6%

2%

0%

0%

Que tipo de objectos levaria segundo as seguintes categorias? Quantos?

nº. de respostas

nº. de respostas

nº. de respostas

Figura 26

Figura 27

Figura 28

Mariana Filipe Patrícia Rodrigues Sofia Malato

Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

51

Animadores

Estafetas da reciclagem

Arte com Lixo

8%

18%

38%

20%

16%

5%

15%

26%

31%

23%

Das seguintes propostas de actividades, quais considera mais relevantes/interessantes? (1 corresponde a pouco interessante sendo 5 muito interessante)

4%

17%

24%

31%

24%

nº. de respostas

nº. de respostas

nº. de respostas

Figura 29

Figura 30

Figura 31

52

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Convenção de Monstros: Evento para recolha de EEE

Conferências e discussões abertas

Actividades e jogos

55

14%

32%

27%

23%

5%

15%

32%

29%

19%

nº. de respostas

nº. de respostas

Figura 32

Figura 33

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53

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