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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CAMPUS IX PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS PESQUISA SOBRE AS CORRELAÇÕES ENTRE A MACROECONOMIA (POLÍTICA FISCAL DO GOVERNO), O DIREITO TRIBUTÁRIO, A CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E ADEMAIS SOBRE A RELAÇÃO DESSAS MATÉRIAS COM AS CIÊNCIAS JURÍDICAS

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEBDEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CAMPUS IXPROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

PESQUISA SOBRE AS CORRELAÇÕES ENTRE A MACROECONOMIA (POLÍTICA FISCAL DO GOVERNO), O DIREITO TRIBUTÁRIO, A CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E ADEMAIS SOBRE A RELAÇÃO DESSAS MATÉRIAS COM AS CIÊNCIAS JURÍDICAS

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BARREIRAS-BAAGOSTO / 2012

PESQUISA SOBRE AS CORRELAÇÕES ENTRE A MACROECONOMIA (POLÍTICA FISCAL DO GOVERNO), O DIREITO TRIBUTÁRIO, A CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E ADEMAIS SOBRE A RELAÇÃO DESSAS MATÉRIAS COM AS CIÊNCIAS JURÍDICAS

Trabalho apresentado ao Professor Daniel Mello da disciplina Direito Público e Privado para fins de avaliação no 3o semestre do curso de Graduação em Ciências Contábeis, vespertino, da Universidade

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Estadual da Bahia.

BARREIRAS-BAAGOSTO / 2012RESUMO

Trata-se de: “Pesquisa sobre as correlações entre a Macroeconomia (Política Fiscal do Governo), o Direito Tributário, a Contabilidade Tributária e ademais sobre a relação dessas matérias com as Ciências Jurídicas”. Na área Macroeconômica fala-se das Políticas de Controle do Governo (em especial da Política Fiscal do Governo), no Direito Tributário sobre o Princípio da Igualdade Tributária e na Contabilidade Tributária das Renúncias Fiscais do Governo. No final da pesquisa faz-se uma análise do todo, chegando a conclusões de como essas correlações entre a Macroeconomia, o Direito Tributário e a Contabilidade Tributária tem relação entre si quando tratamos das questões tributárias, podendo essas matérias serem usadas pelo Governo de forma simultânea ou interdependente, verifica-se ainda no final dessa análise, que todas essas matérias dependem das ciências jurídicas para determinar as suas normas e formas de aplicação.

Palavra-Chave: Políticas de Controle Governo; Igualdade Tributária; Renúncias Fiscais.

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No Brasil a Macroeconomia (Política Fiscal do Governo), o Direito Tributário e a Contabilidade Tributária são matérias que compreendem a área tributária, e que vem sendo freqüentemente aplicadas pelo Governo Federal, elas funcionam como ferramentas das Políticas Fiscais do Governo, ajudando o Governo a manter o controle sobre o equilíbrio da economia do país, dentre outras funções.Na Macroeconomia o Governo utiliza como ferramentas para o controle econômico do país a Política Fiscal, a Política Monetária, a Política de Câmbio, a Política Comercial e a Política de Controle de Preços. Todas essas ferramentas são utilizadas pelo Governo para diferentes necessidades, mas geralmente com a função de controle da inflação ( Política Fiscal que é dividida em Política de Gastos do Governo e Política Tributária), o controle do nível de moeda, crédito e a taxa de juros (Política Monetária), o controle da taxa de câmbio (Política Cambial), o controle da balança comercial, importação versos exportação (Política Comercial) e o controle dos preços (Política de controle de preços).Na Política Comercialo Governo, através de estímulos ou desestímulos à importação e exportação, pode ajudar a indústria brasileira evitando a entrada de produtos estrangeiros mais baratos, levando a indústria brasileira a tornar-se mais competitivas com as indústrias estrangeiras, isso quando o Governo aumenta as alíquotas do imposto de importação, ou o Governo pode atuar de outra forma, diminuindo as alíquotas dos impostos de importação, o que fará com que os produtos que vêm de fora do país entrem no mercado brasileiro com seus preços mais baixos, isso acarretará uma pressão sobre os oligopólios nacionais e sobre os seus preços abusivos. De acordo a Láudio Camargo Fabretti:

Assim, para coibir a prática de preços abusivos, por oligopólios, o Estado pode reduzir as alíquotas do Imposto de Importação, permitindo a entrada, no mercado nacional, de produtos estrangeiros mais baratos que o similar nacional, provocando, pela concorrência, a redução de preços no mercado. (FABRETTI, 1997, p. 131)

A Política Fiscal (Política Tributária e Política de Gastos do Governo) e a Política Comercial estão diretamente relacionadas com a questão tributária, ou seja, nessas políticas o governo aumenta ou diminui o imposto (tributos) para atingir seus objetivos, quer dizer, elas não têm como objetivo último para o Governo a arrecadação de dinheiro, mas sim, servem para o Governo como ferramenta que ele utiliza para poder manter o equilíbrio econômico do país, podendo atuar em diferentes setores de acordo com a sua necessidade.Existem, porém, tributos criados a partir de leis que têm a função única e objetiva de servircomo fonte de receita do Estado, para que esse tenha meios para ser capaz de oferecer à sociedade: saúde, educação,

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segurança, dentre outros deveres do Estado. Essas receitas também são usadas pelo Estado para arcar com suas despesas.No Brasil há uma insatisfação da população em relação à quantidade de tributos pagos, o tamanho da carga tributária suportada pela sociedade sem dúvida incomoda, e o incomodo é maior ainda por sabermos que apesar do Estado bater todos os anos recordes de arrecadação, isso não se reflete no retorno desses tributos a sociedade através de um bom sistema de saúde, uma boa educação pública, segurança para podermos ir e vir por onde quisermos sem sofrer nenhum tipo de violência, ter a possibilidade de utilizar um transporte público barato e eficiente etc... Toda essa insatisfação com a grande quantidade de tributos pagos pelos cidadãos está fazendo com que muitos passem a trabalhar na informalidade.Na área Contábil das empresas surgem cada vez mais mecanismos e sistemas para camuflar os resultados financeiros das empresas, alterando as demonstrações contábeis para se caso haja uma fiscalização na empresa, os fiscais não encontrem alterações visíveis que possam acarretar em uma multa. Todos esses mecanismos e sistemas são usados para que a empresa consiga um maior lucro. Segundo Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos:

O conhecimento da incidência de um imposto (isto é, sobre quem efetivamente recai o ônus do imposto, se sobre consumidores ou vendedores) é importante para determinar os aspectos econômicos e sociais da tributação. (VASCONCELLOS, 2008, p. 87)O Governo, verificando um enorme aumento da informalidade, lança campanhas publicitárias para incentivar a regularização das empresas, principalmente os microempresários e pequenos, procurando incentivar a legalização através da cobrança de um tributo único, que dá a estas direitos frente ao Estado (Governo), como: poder emitir nota fiscal, ele (empresário) e seus funcionários vão ser segurados da previdência social etc...O que se torna difícil hoje é classificar entre os micros e pequenos empresários os que trabalham legalmente e os que trabalham na informalidade. Se fosse feito uma pesquisa para ver como estão distribuídos na formalidade e na informalidade as micro e pequenas empresas verificar-se-ia que mais de 90% dessas empresas sequer tem um controle contábil, geralmente são empresas em que o próprio dono faz de tudo: vende, recebe, compra mercadorias, controla o estoque.Nas empresas maiores o que acontece muitas vezes é o caixa dois dentro da empresa, uma forma de sonegar impostos. Nesses casos geralmente as empresas tem dois sistemas informatizados, sendo um sistema com software tendo aplicativos para fazer o controle do caixa e a contabilidade fiscal da empresa de maneira correta, caso chegue alguma fiscalização, está tudo correto; e outro software tendo aplicativos para fazer a contabilidade e o controle do caixa separado, este apenas os funcionários têm acesso, é o controle do caixa dois.Para se ter uma melhor compreensão dos tributos vamos buscar dentro do Direito Tributário o conceito de Tributo, que é definido como sendo toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela sepossa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, previsto no art. 3º do Código Tributário Nacional.O Tributo não constitui uma multa, ele é instituído através de uma lei e cobrado através de lançamentos, sendo proibido que contribuintes em níveis equivalentes de condição sejam tratados de forma desigual. Claro que a situações em que a lei prevê um tratamento diferenciado, por exemplo, no caso das grandes desigualdades econômicas, onde são cobrados tributos progressivos para facilitar a igualação das disparidades. De acordo Alexandre Moraes:

Os tributos federais, estaduais e municipais deverão ser uniformes em toda a circunscrição de sua incidência, apresentando idêntica base de cálculo, vedando-se que contribuintes na mesma situação recebam tratamento diferenciado por parte do Estado, sendo, inclusive, vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. (MORAES, 2008, p. 860)

Importante salientar que o Estado só subsiste devido aos tributos, ou seja, ele necessita destes para poder manter os seus gastos com despesas administrativas e para realizar as funções que são inerentes a ele,

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diante da sociedade, como a prestação de uma educação de boa qualidade, saúde, segurança, etc...O que se nota em relação aos Tributos é que a cada ano que passa o Governo através dos avanços tecnológicos na área da informática vem conseguindo atingir um número cada vez maior de contribuintes, comesses avanços a aplicação do princípio da igualdade tributária (cobrar tributos iguais dos contribuintes em condições iguais) torna-se cada vez mais eficaz, ou seja, ocorre uma melhor visualização e aplicação das normas relativas ao princípio da igualdade, além disso, esses avanços provocam índices de sonegação fiscais cada vez menores; o que faz com que o Governo bata recorde de arrecadação, ano após ano, isso principalmente devido ao fato do crescimento econômico, mas, com certeza também pelo fato da maior eficiência dos sistemas tecnológicos empregados pelo Governo na hora de fiscalizar a cobrança de tributos.O Governo vendo está insatisfação da população e dos empresários (micro, pequenos, médios e grandes) com relação à carga tributária suportada, traz algumas medidas de incentivo fiscal, onde o Governo deixa de arrecadar impostos, é o caso das renúncias fiscais. Como já foi dito o Governo utiliza-se de algumas ferramentas políticas para alcançar objetivos de interesse da coletividade, ou seja, ele pode usar das renúncias fiscais como uma dessas ferramentas para atingir esses objetivos, no entanto, esse tipo de mecanismo por vezes pode gerar uma guerra fiscal entre os estados da federação, pois eles podem usar das renúncias fiscais para se tornar mais atraentes para investidores e a vinda de empresas para seu Estado, podemos citar algumas renúncias fiscais, como: os incentivos fiscais, a isenção, a imunidade tributária e a anistia dentre outros. De acordo com Láudio Camargo Fabretti:“A lei de cada ente da federação, titular da competência do imposto, poderá conceder redução do imposto a pagar a título deincentivo fiscal.” (FABRETTI, 1997, p. 131)Quando tratamos de incentivos fiscais ele pode vir de várias formas, como por exemplo, na forma de Vale-Transporte ou do Programa de Alimentação dos Trabalhadores, ou até mesmo de empresas que mantém Entidades Filantrópicas e todos aqueles serviços sociais de responsabilidade do Estado e que elas (iniciativa privada) tomam a frente. Todos os recursos despendidos nesses serviços e programas podem ser deduzidos nas declarações contábeis dessas empresas, além das deduções normais com despesas operacionais, quer dizer, aquele dinheiro que ele aplica para o bem da coletividade. Detalhando ainda mais, aquele dinheiro da iniciativa privada aplicado de maneira sócio-ambientalmente correta, pode ser deduzido além das deduções normais possíveis.A isenção fiscal é usada pelo Governo para dar incentivos fiscais a alguns setores da economia, a retirada de parte de um imposto sobre um determinado setor, como por exemplo, quando o governo diminui o IPI sobre a linha branca de eletrodomésticos, ou quando ele reduz os impostos sobre carros. O intuito do governo com essas medidas é manter a economia aquecida e evitar que toda a cadeia de produção de automóveis e eletrodomésticos perca vigor, mantendo a sua fulgência evitando demissões nos setores.O que realmente acontece com a redução dos impostos, é um incentivo para a população consumir mais bens de consumo. A redução de impostos sobre estes produtos leva a uma redução dos preços para os consumidores finais, as lojas que vendem esses produtos aproveitam essa renúncia fiscal do governo e investe em campanhas publicitárias paraatrair ainda mais o cliente através de preços baixos e vantagens oferecidas.

Segundo Luís Martins de Oliveira, Renato Chieregato, José Hernandez Perez Júnior, Marliete Bezerra Gomes:

Entende-se na linguagem jurídica como isenção a dispensa, a imunidade, a concessão atribuída a alguma coisa ou alguma pessoa, para que se possa livrar, esquivar ou desobrigar de algum encargo que a todos pesa, ou para que se livre de qualquer obrigação. (OLIVEIRA, CHIEREGATO, JÚNIOR, GOMES, 2002, p. 29)

Além dessas medidas de redução das taxas de tributos o Governo pode, também, diminuir as taxas de juros levando a uma maior oferta monetária no mercado, mais dinheiro disponível para a população através dos créditos adquiridos nos bancos que trabalham com taxas de juros baixas, tornando a compra de bens de consumo mais fácil para a coletividade. Quando o Governo oferece este tipo de incentivo, os

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bancos liberam crédito de maneira mais fácil para as pessoas, isso porque, com as taxas de juros baixas, o índice de inadimplência também é baixo. Essa seria sem dúvida, uma visão da isenção tributária do ponto de vista do aspecto temporal, mas com relação à isenção tributária temos ainda o aspecto espacial, pessoal e material.A imunidade tributária, das renúncias fiscais talvez seja a que mais delimita os entes que vão se beneficiar, quer dizer, da impossibilidade da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de cobrar tributos. Os primeiros a usufruir da imunidade tributária são a própria União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios que são proibidos de cobrar tributos uns dos outros, aUnião não pode cobrar tributos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e vice-versa em relação a todos eles entre si.É proibida a cobrança de tributos em qualquer templo de qualquer culto, pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, não existindo nem mesmo a possibilidade de ser instituídos tributos a estes. De acordo com Luís Martins de Oliveira, Renato Chieregato, José Hernandez Perez Júnior, Marliete Bezerra Gomes:

As imunidades podem ser classificadas como privilégios dados a alguém para que se livre ou se isente de certas imposições legais em virtude de que não é obrigado a fazer ou cumprir certo encargo de obrigação de caráter legal. (OLIVEIRA, CHIEREGATO, JÚNIOR, GOMES, 2002, p. 29)

A imunidade tributária também é dada ao patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, sindicatos de trabalhadores, instituições de assistência social, não haveria sentido tributar esses entes, tratam-se de instituições com a única finalidade de cumprir o papel a que são incumbidas na sociedade, além disso, não tem fins lucrativos.Outro a se beneficiar da imunidade tributária são os livros, jornais, periódicos e todo e qualquer papel destinado a impressão para ser produzido qualquer um dos produtos citados acima. Fica clara a proteção da Lei com relação a estes entes citados acima, ela quis beneficiar certos setores que na verdade cumprem a sua função social à sociedade, não tendo eles como objetivo principal o lucro.A anistia é outra renúncia fiscal, se pegarmos a palavra isoladamente, ela própria parece já ter sentido, quem lê a palavra logopensará em perdão como sinônimo, no entanto, para questões tributárias a complexidade é maior, não se trata apenas de perdão; é sim um perdão, mas um perdão que se limita a ausência do direito de se cobrar o que é devido por não ter cumprido o que estava determinado. Por exemplo, a pessoa jurídica ou a pessoa física tinha de pagar determinado tributo em uma determinada data e não pagou esse ato de não pagar o tributo faz surgir um direito de se cobrar uma multa sobre ele caso não seja pago até a data de vencimento.Geralmente este tipo de renúncia fiscal à anistia pode trazer certa confusão àquelas pessoas menos interadas do assunto, pois é necessário certo conhecimento no assunto para que se tenha uma interpretação correta de onde ou quem pode se beneficiar desta renúncia fiscal. Segundo Láudio Camargo Fabretti:

A anistia significa a dispensa de penalidade sobre a ausência de recolhimento do tributo. Com a concessão de anistia, o tributo continua sendo devido pelo contribuinte e, portanto, deve ser pago, porém será excluída a aplicação das penalidades aplicáveis à ausência total ou parcial do recolhimento. ( FABRETTI, 1997, p. 131)

A anistia é uma renúncia fiscal diferente das demais, porque enquanto na maioria das outras os tributos não são mais devidos, na anistia o tributo continua sendo devido, o que é perdoado são as multas decorrentes de atrasos de pagamento dos tributos.A complexidade para se ter acesso a anistia é ainda maior porque não basta simplesmente ir no órgão responsável e requerer a anistia, deve-se passar por todo um processo complexo e que leva um determinado tempoonde a pessoa ou empresa tem de provar que está dentro das exigências legais e que não prestou informações falsas para requerer o benefício da anistia. Diante de todas essas exigências ainda temos que considerar que a anistia é aplicada na sua grande maioria em situações de penalidade

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pecuniárias (multas), não abrangendo outros tributos.Analisando como um todo os assuntos tratados nesta pesquisa, ou seja, a Macroeconomia (Políticas Fiscais do Governo), o Direito Tributário (Princípio da Igualdade Tributária) e a Contabilidade Tributária (Renúncias Fiscais), sobre a ótica das questões tributárias, verifica-se que antes de todas essas questões existirem e serem abordadas é importante enfatizar que somente através da lei é que se pode instituir tributo, extinguir tributo, majorar tributo, reduzir tributo, definir o fato gerador, fixar a alíquota do tributo e sua base de cálculo, dentre outros. Antes que o Governo venha a usar de todas essas ferramentas tributárias existentes dentro dessas matérias (Macroeconomia, Direito Tributário e a Contabilidade Tributária), é necessário determinar as normas do sistema tributário e os princípios de sua aplicação, é nesse ponto que entra as Ciências Jurídicas.Sendo a Ciência Jurídica o campo de estudo cujo objetivo é as normas jurídicas positivas, podemos verificar a existência de uma relação de dependência dessas matérias em relação às ciências jurídicas, quer dizer, essas matérias contêm algumas leis (ferramentas) utilizadas pelo Governo nas mais diversas situações, mas essas leis (normas) que constituem essas matérias são determinadas a priori para poderem ser aplicadas,e é através do Processo Legislativo que se dá o processo para a criação das leis (normas, ferramentas), sendo as Ciências Jurídicas usadas durante esse Processo Legislativo para determinar tais leis, ou seja, o Poder Legislativo para instituir as normas do sistema tributário e os princípios de aplicação utiliza dos instrumentos das Ciências Jurídicas, pois, como já foi dito anteriormente somente através das leis é que se pode instituir tributo, extinguir tributo, majorar tributo, reduzir tributo etc...Então, antes da aplicação das ferramentas tributárias pelo Governo existe a necessidade de determinar as normas (leis) que serão adotadas para cada uma dessas matérias e como essas normas serão aplicadas, já que, tanto a determinação como a aplicação dessas normas envolvem as ciências jurídicas com seus instrumentos jurídicos. Por exemplo, se o Governo resolve utilizar da Política Fiscal (ferramenta utilizada pelo Governo e que faz parte da matéria Macroeconomia) para ajudar uma determinada empresa brasileira a se tornar mais competitiva no mercado brasileiro diante das empresas estrangeiras que possuem produtos a preços mais baixos, ele poderá fazer isso através do aumento das alíquotas de importação, porém, isso só é possível porque já existe uma lei previamente criada que permite que o Governo tome essa atitude, e essa lei (norma, ferramenta) específica para essa questão em particular foi criada por meio do Processo Legislativo utilizando dentre outros, os instrumentos das ciências jurídicas.Ciente de todas as considerações apresentadas anteriormente fica claro a complexidade e a forte relação deinformações que se interligam e se relacionam na Análise da Macroeconômica, do Direito Tributário e da Contabilidade Tributária, com relação à questão tributária, e o quanto essas matérias são importantes para o Governo, visto que, este utilizada às ferramentas (leis) existentes dentro de cada uma dessas matérias para manter o equilíbrio econômico do País, dentre outras funções. Quanto à relação das Ciências Jurídicas com a Macroeconomia, o Direito Tributário e a Contabilidade Tributária verificam-se que essas matérias são constituídos de leis (normas e ferramentas) que vão ser determinadas e aplicadas com o auxilio das ciências jurídicas, ou seja, o estudo Jurídico-Legislativos para a criação das leis do sistema tributário e os princípios de aplicação abrangerá todos os estudos vinculados às Ciências Jurídicas e ao Processo Legislativo, necessários ao desenvolvimento dos trabalhos no âmbito deste Poder, por isso dá relação de dependência dessas matérias com as Ciências Jurídicas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de. Economia: Micro e Macro: Teoria e Exercício, Glossário com os 300 Principais Conceitos Econômicos. 4 ed. – 5 reimp. São Paulo: Atlas, 2008.

FABRETTI, Laúdio Camargo, Contabilidade Tributária. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1997.

OLIVEIRA, Luís Martins, “ et al.” Manual de Contabilidade Tributária. São Paulo: Atlas, 2002.

FABRETTI, Laúdio Camargo, Direito tributário para os cursos de administração e ciências contábeis. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2004.

MORAIS, Alexandre. Direito Constitucional. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2008.