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© Eurico Marcos Diniz de Santi
Corrupção sistêmica - política e economia e sua
relação com direito tributário
Defendendo a Legalidade e a Força institucionalRumo ao Interesse Público...Eurico Marcos Diniz de [email protected]
© Eurico Marcos Diniz de Santi
Direito e Desenvolvimento
Pilares:• Interesse público• Pesquisa Empírica• Transparência• Desenvolvimento• para melhorar o Brasil
© Eurico Marcos Diniz de Santi
Pesquisas do NEF:
• 2009 – Planejamento Tributário e Contencioso Administrativo no CARF
• 2010 – Reforma Tributária Viável• 2011 – Obrigações acessórias, SPED e CND • 2011 – Tributação Internacional: gargálos• 2011 – Índice de Transparência e Cidadania
Fiscal (divulgando boas práticas e promovendo a educação fiscal dos Fiscos nacionais)
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Causas da Corrupção Sistêmica1. Crise Fiscal, falta de controle e transparência das despesas
públicas e decorrente evolução da carga tributária, 2. Omissão do Sistema Político e política fiscal
exclusivamente arrecadatória: imunidades, isenções e incentivos fiscais capturadas por pressões do Sistema Político, mas sem preocupação com desenvolvimento econômico ou justiça social!
3. Complexidade da Legislação, desrespeito sistemático à LC 95/97 (conceitos vagos e ambíguos: “faturamento”, “insumo”, “valor agregado”, “controladas no exterior”, “despesa necessária”, “serviços de comunicação” etc)...
4. Distorção da legalidade no ato de aplicação do direito: omissão na informação de critérios legais, falta de valorização da jurisprudência e a maldição do lançamento por homologação multiplicando fontes de interpretação!!!
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Ilusão da moldura da legalidade
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Bases do modelo de Tributação nas últimas duas décadas
1. Uso intensivo de tecnologia
2. Constituição do crédito tributário pelo contribuinte
3. Simplificação e tributação sobre receita
4. Tributos indiretos, regressivos e não-transparentes: alíquota por dentro, repasse silencioso ao consumidor e aumento de arrecadação “by” auto de infração;
5. Desvio de finalidade do contencioso tributário
6. Desvinculação da relação tributação/gasto público
7. Desvio de finalidade do prazo decadencial
7
EVOLUÇÃO DA ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL(in millions)
1995 1996 1997 19981999
20002001
20022003
2004
20052006
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400.000
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700.000
800.000
900.000
4,3 5,68,3
9,4
15,118,3
22,3
28,4
33,6 33
40,5
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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) PER CAPITA(taxa de crescimento anual)
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Evolução da Carga Tributária
Itamar FHC1 FHC2 LULA1 LULA2...
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Julgamentos do CTN no STF
© Eurico Marcos Diniz de Santi
Julgamentos do CTN no STJJulgamentos Gerais CTN
1 43145
364235 327
465 467601
442575 617 561 511
874 825
1751
2510
2139
1684
1111
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ano 1988
ano 1989
ano 1990
ano 1991
ano 1992
ano 1993
ano 1994
ano 1995
ano 1996
ano 1997
ano 1998
ano 1999
ano 2000
ano 2001
ano 2002
ano 2003
ano 2004
ano 2005
ano 2006
ano 2007
ano 2008
Ano
Julg
amen
tos
© Eurico Marcos Diniz de Santi
Julgamentos Gerais CTN
1 43145
364235 327
465 467601
442575 617 561 511
874 825
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STF: CTN x ''Tributário''
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Carga Tributária1988 - 2008
STF – Tributário/CTN1988 - 2008
STJ – Tributário/CTN1988 - 2008
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Guerra fiscal contra o Direito
© Eurico Marcos Diniz de Santi
Paradigma do Crime versus Paradigma do Serviço: por que os contribuintes cumprem normas tributárias?
Respeitados economistas como James Alm (Tax Compliance and Morality” (janeiro 2011), em pesquisas empíricas feitas na Austrália e Inglaterra, demandadas pela própria Administração Tributária desses países, demonstram a falência do chamado
“Paradigma do Crime” (Economics of Crime Model). Esse paradigma tem como pressuposto que indivíduos cumprem
normas tributárias em razão – e somente em razão – das consequências econômicas da detecção e da punição.
Defendem que a pergunta “por que os contribuintes NÃO cumprem normas tributárias?”, que orienta e instiga esse
modelo, é distorcida e equívoca, pois parte do pressuposto que as pessoas só pagam tributos sob coerção. Propõem, assim,
substituir essa visão por outra questão: “por que contribuintes cumprem normas tributárias?”
© Eurico Marcos Diniz de Santi
Sobre a prática da “anistia fiscal”
Sobre a prática da “anistia fiscal”, a pesquisa aponta que:1.Direito penal tributário penal não funciona: núcleo do tipo penal é o conceito de “tributo” e as multas de até 150% decorrem do
subjetivo conceito de intenção: difícil de provar! 2.reduz o cumprimento voluntário por parte de contribuintes, pois
os que eram anteriormente cumpridores percebem a anistia como injusta;
3.corrompem o sistema, deixando os contribuintes menos motivados a pagar tributos;
4.oferecem a percepção e trazem à consciência pública o fato da existência de altos índices de não cumprimento;
5.enfim, sugerem que outra anistia será concedida no futuro.
© Eurico Marcos Diniz de Santi
O engodo da dualidade: contribuinte “de fato” X “de direito”
© Eurico Marcos Diniz de Santi
Contribuinte “de Direito” x “de Fato”
Contribuinte de Direito
Contribuinte de FATO
Paga juridicamente!
Não-Paga economicamente
Paga economicamente
Não-Paga juridicamente!
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Maldição do lançamento por Homologação: mais complexidade e mais contencioso!!!
© Eurico Marcos Diniz de Santi
Lei complexa
ESTADO
É Obrigado a: •Informar FG•Pagar tributo Depois Fiscaliza e pune o
contribuinte por aplicar a lei ERRADAMENTE (FRAUDE!!! = 150%)
+ interpretações
+ insegurança
+ desigualdade
+ fiscalização+ contencioso
+ “obrigações acessórias”...
Lançamento por homologaçãoInsegurançajurídica
Complexidade
•Interpretar e aplicar a lei!!!
© Eurico Marcos Diniz de Santi
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Modus operandi do Sistema Político eDesídia e Desrespeito à LC 95
Há direta relação de causalidade entre os problemas que envolvem o bilionário contencioso tributário e o desrespeito às regras da LC 95 que exige precisão e clareza das leis, justamente para coibir discrionariedade, insegurança jurídica e o aumento exponencial do contencioso fomentado pela dúvida:Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, observadas, para esse propósito, as seguintes normas:I - para a obtenção de clareza:a) usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma versar sobre assunto técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria da área em que se esteja legislando; (...)II - para a obtenção de precisão:a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do objetivo da lei e a permitir que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance que o legislador pretende dar à norma;
© Eurico Marcos Diniz de Santi
Denunciar que os problemas formais adotados decorrem do uso distorcivo e extorsivo da “interpretação”, no plano da aplicação da legislação tributária, como forma de implemento de política arrecadatória: o aumento de carga tributária deve ser feito mediante a edição de leis claras e específicas, aumentando-se alíquotas ou bases de cálculo, ou criando novos tributos;
Assumir que a legalidade se realiza no eixo do tempo, devendo ser levado em consideração o contexto jurídico e histórico em que foi tomada a decisão do contribuinte, evitando o legalismo autista de inventar novas e criativas interpretações baseadas unicamente no texto legal;
Evitar e denunciar o uso do planejamento tributário ao contrário, em que o Fisco reinterpreta a lei com o objetivo de arrecadar mais...
Desídia e Desrespeito à LC 95
© Eurico Marcos Diniz de Santi
Modus operandi do Sistema PolíticoExemplo: pressão do Governo sobre o Fisco para obter mais recursos, impossibilidade de aprovação do aumento de alíquotas via Poder Legislativo, pressão sobre os contribuintes de direito: pessoas jurídicas!Visão Sistêmica do problema: três episódios de uma Trilogia, pontos de contato entre (i) compensação de prejuízos fiscais (manipulação da expressão “benefício fiscal”), (ii) preços de transferência e a IN243 (manipulação do conceito de “bem” e “valor agregado”) e (iii) tributação dos lucros auferidos no exterior (manipulação do conceito de “controladas no exterior”)O LH induz planejamento tributário e o Sistema Político, planos de parcelamento: PAES, Refis, Refis da Crise etc...
© Eurico Marcos Diniz de Santi
CONCLUSÕES INSTITUCIONAIS• A presente análise decorre de problemas de conflito das
esferas comunicacionais que envolvem a democracia, a separação dos poderes e uma crise entre o modelo de Civel Law e Common law;
• Cuida de nos alertar para invisíveis armadilhas da “legalidade” que iludem nossos sentidos e desviam nosso senso jurídico para o utópico e ilusório debate sobre verdadeiro de sentido de palavras (“renda”, “insumo”, “faturamento”, “valor agregado”, “controlada”, “atividade”) que não passam de caixas vazias sem a expertise e a elucidação de órgãos julgadores especializados.
• Denúncia a maleabilidade da legalidade modulada pelo lançamento por homologação e pelo desvio de finalidade do prazo de 5 anos para “homologar”: induz interpretações contingentes, mudança de critérios, insegurança jurídica e autuações milionárias sempre no limite do prazo!!!
© Eurico Marcos Diniz de Santi
CONCLUSÕES INSTITUCIONAIS• Revela a difícil relação entre omissão do Poder Legislativo
e a política arrecadatória imposta pelos Poderes Executivos aos Fiscos;
• Mostra o conflito entre a expertise da função atípica de Tribunais Administrativos como o CARF e redundância da atividade do Poder Judiciário, especialmente dos Tribunais Superiores, na busca cega e insana por “justiça” em um sistema de Cível Law em crise...
• Não nos deixemos enganar, pessoas jurídicas não existem no mundo real, são apenas centros de imputação normativa. São as pessoas físicas que votam e pagam efetivamente os tributos: uns mais, outros menos. Especialmente, em mercados concentrados como é o caso do Brasil, aumento de tributo significa repasse dos custos e riscos tributários nos preços, aumento da carga tributária nacional;
© Eurico Marcos Diniz de Santi
Enfim... Uma Saída: reconstruir a autonomia do direito pelo sistema do saber/confiança
© Eurico Marcos Diniz de Santi
O CARF pelos Conselheiros do CARF: Tradição, Excelência e Fortalecimento
Institucional pela Transparência e Força dos Precedentes do CARF
• Jurisprudência pelos Conselheiros do CARF;• Pesquisa sobre temas institucionais do CARF;• Guia para AFR, advogados e Conselheiros, • Repertório para seleção de novos Conselheiros;• Formação de Núcleo de pensamento do CARF.
© Eurico Marcos Diniz de Santi
INDICE DE TRANSPARÊNCIA E
CIDADANIA FISCAL
• Lei da Transparência (LC131) e Internet:• Acesso e qualidade da legislação na internet;• Transparência e celeridade do contencioso• Administração Tributária• Transparência sobre as despesas públicas
© Eurico Marcos Diniz de Santi
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