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CÓPIA DIGITAL CONFERIDA COM O DOCUMENTO FÍSICO

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.,.' •

TRIBUN!\L DECONTAS DOESTADO DO PARANA

BIBLIOTECAN°

REVISTA DO '-----.JJ.JL~~-'--..Iol. 29 _ N" 92

TRIBUNAL DE CONTAS Jan.lAbr.1987

DO ESTADO DO PARANÁ Quadrimestral

Coordenador: Manoel Heitor Andrade Cunha

Supervisão e Redação: Nocli Hclendcr de Quadros

Revisão e Divulgação: Janine Selernc

Publicação Oficial do tribunal de Contas do Estado do ParanáCentro Cívico80.000 - Curitiba - PRTiragem: 1000 exemplaresDistribuição GratuitaImpressão: Padrão Originais Gráficos Ltda.

ISSN 0101-7160

R.Tribun. Contas Est. Paraná Curitiba v.29 11.92 p. 1- 67 1987

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1975,26-361976,37-381977,49-591978,60-631979,64-67

Revista do Tribunal de Contas do Estado do Paraná ­Curitiba: TC, janeiro/abril 1987(VaI. 29, n" 92) 22cm

QuadrimestralISSN 0101-7160

1970, 1-41971, 5-81972, 9-121973,13-171974, 18-25

I. Tribunal de Contas - Paraná - Peri6dicos

2. Paraná. Tribunal de Contas -T'eriódicos.

CDU 336.126.55 (816.2) (05)

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ

CORPO DELIBERATIVO

CONSELHEIROS

JOÃO OLlVIR GABARDO - PRESIDENTEARMANDO QUEIROZ DE MORAES - ViCE-PRESIDENTE

RAFAEL IATAURO - CORREGEDOR-GERALANTÔNIO FERREIRA RÜPPEL

JOÃOFÉDERCÃNDIDO MARTINS DE OLIVEIRA

JOÃO CÃNDIDO FERREIRA DA CUNHA PEREIRA

CORPO ESPECIAL

RUY BAPTISTA MARCONDESOSCAR FELlPPE LOUREIRO DO AMARAL

IVO THOMAZONIMARINS ALVES DE CAMARGO NETO

PROCURADORIA DO ESTADO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS

HORÁCIO RACCANELLO FILHO - PROCURADOR-GERALALlDE ZENEDIN

ANTÔNIO NELSON VIEIRA CALABRESI

BELMIRO VALVERDE JOBIM CASTORRAUL VIANA JÚNIOR

AMAURY DE OLIVEIRA E SILVA

LUIZ CARLOS DOS SANTOS MELLO

CORPO INSTRUTIVO

DIRETOR GERAL: HAROLDO LOPES JÚNIORDIRETORIA DE GABINETE DA PRESIDÊNCIA: ELlZABETH DOROTY FlORI GRADlA

DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS: JOSÉ CARLOS ALPENDREDIRETORIA DE TOMADA DE CONTAS: LUIZ ERALDO XAVIER

DIRETORIA REVISORA DE CONTAS: AKICHIDE WALTER OGASAWARADIRETORIA DE CONTAS MUNICIPAIS: DUILlO LUIZ BENTO

DIRETORIA DE EXPEDIENTE, ARQUIVO E PROTOCOLO: NAMUR P. PARANÁ JÚNIORDIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO DO MATERIAL E PATRIMÔNIO: ZANARTO LEVORATO LINS

DIRETORIA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS: MARCIANO PARABOCZYDIRETORIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS: MÁRIO NAKATANI

DIRETORIA DÉ ASSUNTOS TÉCNICOS E JUR[DICOS: EMMANUEL SILVEIRA MOURAINSPETORIA GERAL DE CONTROLE: EMERSON DUARTE GUIMARÃES

l' INSPETORIA DE CONTROLE EXTERNO: MIRIAN DE LOURDES M. ZÉTOLA2' INSPETORIA DE CONTROLE EXTERNO: MÁRIO JOSÉ orro

3' INSPETORIA DE CONTROLE EXTERNO: EUR[PEDES DE SIQUEIRA

4' INSPETORIA DE CONTROLE EXTERNO: JUAREZ BELOTO DE CAMARGO5' INSPETORIA DE CONTROLE EXTERNO: ERNANI AMARAL

6' INSPETORIA DE CONTROLE EXTERNO: NEWTON P. GUSSO

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SUMÁRIO

NOTICIÁRIO pãg.- Posse no Tribunal de Conta'i • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •. 01- Tribunal de Contas com novo Procurador-Geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 11

Inauguração prédio anexo ao TC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 11Seminário sobre Prestação de Conta'! Municipais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 13Apuntes de Historia sobre los Tribunales de Cucntas . . . . . . . . . . . . . . . . .. ]5

"'::;:., DECISÕES DO TRIBUNAL PLENO

- Repasse de recursos ao Município provenientes de convênio. . . . . . . . . . . . .. 23- Utilidade pública de bens. para fins de desapropriação. . . . . . . . . . . • . . . .. 26- Reajuste de aluguéis. . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • . . • • • .. 27- Contratos de locação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . • . . . . . . . .. 29

Ajuda moradia . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . •. 31Acúmulo de cargos. . . . . . . . . . . . • . . . . . • • . . . . . . . . . . . • . • • . . . .. 33

- Prestação de Contas - Obrigatoriedade. . . . . . . . • . . . . . . . . . . • . . . . . .. 36Despesas com pessoal da escrutinação de votos. • . . . . . • . . . . • • . . . . . . .. 38Aumento de vencimentos aos servidores municipais - Legalidade. constituciona-lidade . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . • • . . . . . . . . . • •. 40

- Diferença de remuneração. . . . . • . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . •. 44Questão orçamentária e de pessoal da Câmara Municipal .........•... -. .. 45Assuntos de ordem administrativa do Municfpio . . • . . . . . . . . . . . . . . • • •. 46Contabilização de Empréstimo Compulsório. . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . • .. 52Aplicação da Lei de Meios. . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . .. 54

LEGISLAÇÃO

FEDERAL- Lei ne 7.596/87. . • • . . . • . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 59

ESTADUALEmenda nv 25 à Constituição do Estado. . . . . . • . • . . • . . . . . . . . . . . . . .. 62Emenda n~ 26 à Constituição do Estado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 62Decreto n" 183/87. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . • . . . . . . . .. 63Lei Complementar n~ 36/87. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 64

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POSSE NO TRIBUNAL DE CONTAS

o Conselheiro Olivir Gabardo na ocasião em que assinava o termo de posse na Presidência doTe.

Ao reassumir a Presidência do Tribunalde Contas do Estado do Paraná, para maisum mandato, o Conselheiro João Olivir Ga­bardo anunciou uma proposta: "a criação deuma auditoria geral para o controle de todosos segmentos da gestão pública, pois emboraexista um bom trabalho nesse sentido, o Es­tado ainda não conta com um corpo de pro­fissionais capazes de supervisionar todas asáreas da administração pública estadual, di­reta ou indireta."

Esta, como outras sugestões, disse naocasião, o Presidente - já foram encaminha­das ao Governador eleito, Álvaro Dias, todascom o objetivo de modernizar a máquinaadministrativa, buscando-se uma maior eco­nomicidade e agilização dos serviços públi­cos.

Realizada no dia 06 de janeiro, a soleni­dade marcou também a posse do novo Vice-

R. Tribunal Conto EsL Paraná 29 (92) janlabr 1987

Presidente desta Corte de Contas, Conse­lheiro Armando Queiroz de Moraes e doCorregedor-Geral, Conselheiro Rafael Ia­tauro, também reeleito e todos com mandatopara o exercício de 1987.

O ato solene foi prestigiado com a pre­sença de vários Secretários de Estado, entreeles, José Olímpio de Paula Xavier, Chefe daCasa Civil e que representou o GovernadorJoão Elísio Ferraz de Campos, Heinz GeorgWerwig, dos Transportes, Geroldo Hauer,das Finanças, Waldemar Alegretti, da Justi­ça, Fernando Miranda, da Indústria e Co­mércio, Duo Bracarense, do Planejamento,Jesus Sarrão, da Segurança Pública, AntenorBonfim, do Trabalho e Assuntos Comunitá­rios e José Carlos Campos Hidalgo, da Ad­ministração.

Presentes, ainda, o Presidente do Tribu­nal de Justiça, Desembargador Mário Lopes

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dos Santos, o Presidente da Assembléia Le­gislativa, Deputado Nilso Sguarezi, parla­mentares federais e estaduais, Conselheiros,Auditores e Procuradores do T.C., além degrande número de amigos e familiares dosempossados.

Na oportunidade, saudaram os empos­sados o Conselheiro João Cândido da CunhaPereira; o Auditor Ivo Thomazoni, o Procu­rador Geral junto ao T.C., Rodolfo Purpur e,encerrando a sessão, falou o Presidente Oli­vir Gabardo.

CONSELHEIRO· JOÃO CÃNDIDO DA CUNHA PEREIRA

Mais uma vez se reúne este Tribunal,para em Sessão solene e festiva, cumprir umpreceito regimental, que é a investidura deseus dirigentes máximos.

Estamos, ainda, no raiar de um NovoAno, que se apresenta com um misto de ex­pectativa, de preocupação e esperança, por­quanto o plano cruzado que tanto furor eentusiasmo trouxe ao nosso povo, vem, infe­lizmente, fazendo água por todos os lados.

Contudo, devemos ter confiança nasprovidências do Presidente Sarney, que comsua experiência política, suas qualidades deestadista, tudo vem fazendo para minorar talsituação.

Esperamos, pois, que o consiga para queseja afastada a volta da inflação a níveis in­toleráveis.

Precisamos contribuir para ampliar essachance.

Do empenho de cada um de n6s depen­derá o futuro de nossa sociedade.

De outra forma, este ano que se inicia,se apresenta como de grande importância,pois vamos ver instalada a Constituinte, quetodos pretendemos, seja a inovadora e gran­de norteadora dos princípios democráticosque todos aspiramos.

Neste momento, a importância dos Tri­bunais de Contas no contexto da fiscalização,da normatização c controle das despesas pú­blicas deverá ser mais aprimorado e eficien­te, para que tenhamos tranqüilidade nas apli­cações do dinheiro público e da moralidadeadministrativa, que todos nós perseguimos ealmejamos.

Senhores Constituintes, fazemos, neste

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momento, um apelo para que a nova Consti­tuição traga em seu bojo, leis que ampliem,reforcem e deêm mais autonomia aos Tribu­nais de Contas, pois são eles, sem dúvida, osguardiões da boa aplicação dos orçamentospúblicos, quer pelo controle que exercemos,orientando, fiscalizando e corrigindo os errose omissões dos administradores públicos.

É, neste Plenário, que discutimos eapreciamos a legalidade de suas aplicações,ressarcindo, quando for o caso, o erário pú­blico.

É, pois, muito importante, que tenhamosmais forças e meios legais para assim agir­mos.

Pressupomos, também, que a novaConstituição traga grandes soluções para osproblemas do Brasil, quer no setor dos di­reitos humanos, quer na educação, na saúde enas questões sociais e, principalmente, no to­cante a reforma agrária que tanto nos preo­cupa.

Ainda sobre a Constituição, nos permi­timos citar algo que nos marcou:

Acho que a justiça social é fundamentale que se deve lutar por ela, mas considerandoque a liberdade é ingrediente da justiça.

Creio que, para o desenvolvimento deum país, é importante que a intervenção doEstado seja a menor possível, em favor da li­vre participação dos indivíduos. Que ideolo­gia garante melhor aquilo que me parece sero caminho mais adequado para que uma so­ciedade progrida em liberdade? Creio quetodo um espectro de posições que se podemchamar de centro - desde um centro esquer­da a um centro, ou mesmo um centro direita.

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Esta é a síntese que queremos para oBrasil.

Senhores, no momento em que este Tri­bunal empossa Vossas Excelências, temos acerteza de que serão os timoneiros firmesque iremos necessitar neste período impor­tante de nossa vida republicana e democráti­ca.

O nobre Conselheiro JOÃO OUVIRGABARDO, já demonstrou nesta Presidên­cia, sua firmeza c seus conhecimentos jurídi­cos, aliados a serenidade e lhaneza no tratoque possibilitou o reconhecimento unânimedos seus pares que o reelegeram para o novomandato à frente dos destinos deste Tribu­nal.

Nada mais é do que a justiça que se faz aVossa Excelência, que já nos bancos acadê­micos mostrava suas qualidades de liderançae que na continuidade, quer como educadoremérito, quer como combativo representantedo Paraná junto à Câmara Federal, quer co­mo Presidente de Partido Político, não maisfez que revelar suas qualidades de homempúblico e voltado para os grandes interessesdo seu Estado.

A Vossa Excelência, os nossos melhoresvotos e augúrios para um mandato pleno derealizações em proveito do Paraná e desteTribunal.

Na Vice-Presidência, vemos alçado onobre Conselheiro ARMANDO QUEIROZDE MORAES, que apresenta uma tradiçãode advogado liberal, a par de mandato juntoao legislativo estadual, inclusive tendo sidoseu Presidente, ou ainda à frente da Casa Ci­vil do nosso Estado, ou mesmo como Prcsi­dente desta Corte, tendo mostrado sempreproficiência e dinamismo suficiente para serconduzido a esta Vice-Presidência.

A Vossa Excelência, os nossos efusivos

AUDITOR • IVO THOMAZONI

Esta magna solenidade de posse dosConselheiros que irão dirigir o Tribunal deContas do Paraná, neste exercício, constitui

R. TribunalContvEst. Paraná 29 ~92) j,an/abr 1987

cumprimentos.E na Corregedoria-Geral, vemos a fi­

gura do nobre Conselheiro RAFAEL IA­TAURO, que com seu temperamento bri­lhante, e que já mostrou sobejamente suasqualidades intelectuais, preenche todas ascondições para continuar exercendo tão es­pinhosa e importante função.

A todos os nobres Conselheiros, que orase empcssam, em nome dos demais Conse­lheiros e em nosso nome, manifestamos omais firme apoio, e a certeza da tranqüilidadeque Vossas Excelências nos transmitem.

Não poderíamos, neste momento, deixarde fazer referência ao nobre ConselheiroJOÃO FÉDER, que deixa a Vice-Presidên­cia desta Casa o merecido elogio e reconhe­cimento de todos desta Corte, as suas quali­dades e postura de juiz sobremaneira culto,que a muitos se afigura rigorosa, mas, toda­via, revela um caráter justo c humano e quenas diversas posições que já ocupou aqui, re­velou as melhores qualidades de administra­dor.

A Vossa Excelência o nosso reconheci­menta e merecidas homenagens.

No início, dizíamos que esse ano geraem todos nós um misto de expectativa, preo­cupação e esperança.

Todavia, neste momento, queremosressaltar nossa fé e esperança no futuro doBrasil, pois cremos em Deus c em nossa ter­ra, certos que ajudados pelo entusiasmo epelo ardor cívico dos nossos homens públi­cos, conseguiremos atravessar as nuvens ne­gras que se afiguram em nosso futuro e fa­remos deste Brasil o país que desejamos eque o nosso sofrido povo espera.

Muito Obrigado

acontecimento altamente relevante no con­texto geral desta Corte.

Os auditores integrantes do Corpo Es-

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pedal desta Casa, incumbiram-me, honrosa­mente, de saudar os empossados.

Aqueles que atuam no Tribunal e bemassim os que integram os vários segmentosda sociedade e administração do Paraná, co­nhecem bem o perfií intelectual, a vivênciapública e a honradez dos empossados.

O Presidente Olivir Gabardo, homem delarga experiência, adquirida principalmenteno Congresso Nacional, onde representoueste Estado durante três legislaturas, marcoupostura de inegável dinamismo administrativoà frente desta Casa, em 1986. Renovou con­ceitos de atuação, lançou inovadoras idéiastécnicas, trabalhou em bases de planejamentoe, no plano institucional, foi defensor intran­sigente da salvaguarda das competências doTribunal de Contas.

Estes fatos o credenciaram, perante seuspares, para mais um período na Presidênciado Tribunal.

a Vice-Presidente Armando Queiroz deMoraes, pessoa de personalidade definida eadministrador consagrado, traz a marca in­de�ével da retidão do caráter, coerência deprincípios e reconhecida competência jurídi­ca. Substitui no cargo o Conselheiro JoãoFéder, cujo saber é reconhecido além dosquadrantes deste Estado.

a Corregedor-Geral Rafael latauro tempautado atuação firme nas funções de Juiz,lastreado pelo conhecimento técnico e jurídi­co de Finanças Públicas, conquistado peloexercício do magistério superior e pelas pes­quisas que sabidamente realiza nessa área.

O Tribunal de Contas do Paraná, comoInstituição, tem um compromisso marcanteno quadro do ordenamento social e demo­crático que marca este Estado e o Pais.

A preservação dos princípios da morali­dade administrativa, a análise do alcance sõ­cio-econômico das decisões governamentaise do equilibrio na gerência dos recursos pú­blicos, constituem parâmetros impostergá-

veis da sua ação auditoria! e fiscalizadora.a Tribunal, no conjunto de sua compe­

tência constitucional, é o verdadeiro braço dacomunidade a alcançar o arcabouço do PoderPúblico, esgrimindo-o de posturas e medidasque não se compatibilizem com o grandeprojeto de desenvolvimento exigido pela so­ciedade.

Esta noção da importância do trabalhodesta Casa deixa evidente a indispensabilida­de da constante estruturação do seu desenhoorganizacional, do estímulo constitucionale legal à sua força coercitiva e conseqüênciade seus atos, aderindo-a inelutavelmente aosomat6rio de forças que, explicitamente,darão o suporte para o melhor encaminha­mento da administração pública.

Nesta ordem conjuntural e à luz do pro­cesso de mudanças que se avizinha, o PoderLegislativo será o núcleo balizador das in­cumbências fortalecedoras do controle doaparelho estatal.

O Parlamento é a fonte inesgotável decriatividades jurídicas e de instrumentos ro­bustccedores do acompanhamento da açãogovernamental, como condição que se as­senta nos postulados da democratização doPoder.

A partir desta visão, cumprirá ao Le­gislativo, em união com ° Tribunal de Con­tas, traçar os rumos das atividades e métodoscompativeis com a macro-estrutura do PoderPúblico.

Estas reflexões dão bem a exata dimen­são da tarefa que aguarda os novos dirigen­tes deste Tribunal, materializada pela imple­mentação de medidas que permitam a conso­lidação do processo fiscalizador.

Há, porém, a certeza de que o Prcsi­dente Olivir Gabardo saberá, com proficiên­cia, brilho, sabedoria e elevado espirito pú­blico, conduzir esta Corte ao cumprimentoda grande missão de salvaguardar a ordemadministrativa do Estado.

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PROCURADOR-GERAL RODOLFO PURPUR

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Ao inaugurarmos mais um período detrabalho desta Corte de Contas, queremos deinício saudar os que se elegeram para diri­gí-la e mais uma vez, falar da importância dainstituição e sobretudo da sua origem e atua­ção na sociedade antiga e contemporânea.

Nesta fase de profundas transformaçõcsna vida política, às vésperas de reformas ins­titucionais, um escarço histórico é oportunoe se presta para firmar nossas convicções.

A garantia da existência futura dos Tri­bunais de Contas está na sua existência pre­térita. arraigada nos tempos da Grécia Anti­ga, consolidada através dos séculos c consa­grada como instituição valiosa e imprescindí­vel à administração pública.

Se nos permitirem um regresso aos pri­mórdios, vamos constatar quão severo erao tribunal no período áureo da civilizaçãogrega. Jardé em "A Grécia Antiga", - dá­nos conta do costume austero que presidia aadministração pública da época. Relata ­"Todo magistrado, ao deixar o cargo, deve­ria prestar contas a uma comissão especial.que estudava o relatório, antes de remetê-loa um tribunal de heliastas. Assim que esseprocesso entrava em tramitação, o magistra­do era acometido de uma espécie de incapa­cidade civil e política: estava impedido deobter uma coroa de ouro, de ser eleito parauma outra função, de viajar para fora da Áti­ca ou de dispor de sua fortuna".

Como se vê, o agente público naquelaépoca. era submetido a uma espécie de qua­rentena. até fmal aprovação de suas contas.

As leis de Drácon, prescreviam a pres­tação de contas dos que administravam acoisa pública: "os prftanes, estrategos, e oschefes de cavalaria, desde que saiam do car­go deve aguardar a prestação de contas".

E porque os gregos foram um povo sur­preendente, investigando sua história pode­mos nela colher verdadeiras preciosidades.

Muito do que pensamos ser atual e mo­derno. descobrimos ter sido uso, prática da­quele povo antigo. Em período sublimado da

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democracia grega existia a assembléia do po­vo. Superior ao próprio Senado, em tais as­sembléias, convocadas pelos prítanes ou es­trategos o povo participava e se esclareciasobre as questões de sua cidade. Revela-nosFustel de Coulanges, na sua admirável "ACidade Antiga" que nestas reuniões popula­res "o povo ateniense queria que cada negó­cio lhe fosse apresentado sob todos os seusdiferentes aspectos e lhe mostrassem clara­mente os prós e os contras".

Ora. tal postura do ateniense nada maisrepresentava que o questionamento daquiloque muito a gosto, chamamos hoje, de eco­nomicidade da gestão pública.

Nota-se pois, que ao ateniense. nãobastava a regularidade formal na administra­çâo. Queria sabê-la "nos diferentes aspec­tos" com os "prós e os contras".

Nisso vemos um autêntico ensaio do quepretendemos com a auditoria operacional.

Em etapa subseqüente, ao tempo do go­verno dos Quatrocentos, encontramos osprimeiros vestígios de organização do Tribu­nal de Contas com a escolha dos conselheirosquatrocentos. Dentre as competências desteConselho figura aquela de "julgar os quemanipulam o dinheiro".

Conta-nos Aristóteles em a "Constitui­ção de Atenas" que os Conselheiros são es­colhidos por sorteio. "assim corno dez conta­dores (logistas) que são os que recebem ascontas das magistraturas".

Assim surgiu o Tribunal de Contas, numpassado distante. Vemo-lo ressurgir maisadiante, na Itália, na Inglaterra e em parti­cular na França, no século VIII quando osoficiais reais tinham que prestar contas desuas operações.

Ao tempo de Felipe Augusto em 1.190,os arrecadadores prestam contas a um Tri­bunal que representava o Rei. Posterior­mente o controle da gestão coube a "Ordemdos Templários". Mais tarde aos "funcioná­rios de contas" quando rei, Felipe o Belo.'

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Pouco depois Vivier, regula, pela pri­meira vez a organização da Câmara de Con­tas em 1320. O trabalho de preparação nestaCorte é feita por escreventes de contas quereceberam em 1436 o título de Auditores.

Na Idade Média, o registro mais impor­tante é o da Câmara de Contas de Paris compapel destacado na administração do Reino.Nela Luiz XI reconhece aos magistrados ainamobilidade, A Câmara de Contas de Parisatravessa séculos e passa a contar entre seusmembros, altas personalidades.

E assim chega aos nossos dias o Tribu­nal de Contas. O passado hist6rico queemoldurou sua existência no Brasil, muitasvezes relatado nesse Plenário, seria fastidiosorepetir, até porque, a atualidade dos nossosTribunais é tema central e sugere amplas dis­cussões.

Neste plano, sem se pretender um re­gresso à severidade dos Tribunais da Grécia,não é pretencioso aspirarmos uma instituiçãomais vigorosa.

É de marcante atualidade, antiga mani­festação de Ruy Barbosa: "Não basta julgara administração, denunciar o excesso come-

tido, colher a exorbitância, ou a prevarica­ção, para as punir. Circunscrita a estes limi­tes, essa função tutelar dos dinheiros públi­cos será, muitas vezes, inútil, por omissão,tardia ou impotente".

Hoje, diante da multiplicidade de Ór­gãos da Administração Indireta, Autarquias,Fundações, algumas regidas por normas deDireito Privado, por outro lado a implosãodos orçamentos públicos, verificamos como égigantesca e complexa a tarefa dos nossosTribunais.

Ives Gandra da Silva Martins, adepto dearrojada tese de fortalecimento dos Tribunaisde Contas, é melanc6lico na definição: "Atéaqui, Tribunal de Contas mal passa de umpúlpito de censura moral de administradoresrelapsos ou corruptos".

Assim, eminentes Conselheiros, nobresAuditores, ilustres colegas, não se constituedespropósito uma volta às origens do nossoTribunal porque aprendemos que os gregos,não apenas criaram, mas sobretudo, valori­zaram a Instituição naquela que, na expres­são de Kitto, foi "a sociedade mais civilizadaque jamais existiu".

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Ao assumir pela segunda vez consecutiva a Presidência do T.C., o Conselheiro Olivir Gabardofez o seguinte pronunciamento.

"Não há período na vida, pública ou particular, isento de deveres". (Cícero)

Senhoras e Senhores:

Há exatamente um ano, resultado de so­berana decisão dos membros do TribunalPleno, assumi a Presidência do Tribunal deContas do Paraná.

Ao longo desse tempo, não me faltoua solidariedade e o respaldo dos eminentes ehonrados Conselheiros desta Casa, ao ladodo prestigiamento e decidido apoio que rece­bi dos preclaros auditores e procuradores.

Ressalto, igualmente, o trabalho dos se­nhores diretores, coordenadores, inspetores efuncionários, cujo entusiasmo, espírito deequipe e espontânea colaboração, foram de­cisivos para o cumprimento dos objetivos emetas definidos ao assumir a direção des taCorte.

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Ao tornar posse na Presidência desteTribunal, em 1986; tinha bem presente opeso da responsabilidade que ela representa­va.

Sendo o Tribunal o guardião da morali­dade e do respeito à Lei, no que tange à apli­cação dos dinheiros públicos, era evidente anecessidade de pontificar, nesse campo, peloexemplo.

Avultava o desejo de que os atos degestão orçamentária e financeira refletissempor igual práticas de economicidade, área emque a moderna doutrina administrativa revelajá grande acervo de experiências bem suce­didas.

De fato, viagens de estudos empreendi­das, Simpósios nacionais e internacionais,permitiram o conhecimento de práticas, járotineiras, nos países mais adiantados domundo democrático, da realização de audi-

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torias operacionais, objetivando a redução docusto de funcionamento da estrutura admi­nistrativa do Estado.

Desta maneira, optou-se como metaprioritária, pelo exercício e a conscientizaçãodos serviços administrativos internos para oalcance, a oportunidade e conveniência de,em futuro próximo, ser efetivada a criaçãode uma Auditoria Operacional neste Tri­bunal.

Coerente com essa linha de pensamento,o exemplo deveria partir do próprio Tribunale, sob esse prisma, buscou-se a melhor eco­nomicidade e eficiência na gerência finan­ceira de suas disponibilidades.

Decisões administrativas, práticas, re­dundaram em economias consideráveis.

Na aplicação dos recursos de investi­mentos, por exemplo, através da negociaçãoda redução das taxas e eliminação do B.D.I.foram economizados valores significativos.

No conjunto das despesas de custeio,base do orçamento desta Casa, foram reali­zados gastos que permitiram o cumprimentode todas as metas programadas e, tendo emvista procedimentos e técnicas de racionali­zação de serviços, foi possível economizarmais de 5 milhões de cruzados, já recolhidosao Tesouro do Estado.

Esta Corte, portanto, lançou a idéia esaiu na frente quanto à sua execução, deter­minando a certeza quanto à viabilidade dosistema de trabalho suportado pela mecânicada avaliação operacional.

Definidas as observações ditadas pelasexperiências realizadas, é gratificante afir­mar que o Tribunal de Contas do Estado doParaná desenvolveu, ao longo de"I986,.con­siderável rol de atividades técnico-adminis­trativas, materializadas através de realizaçõesde alentado alcance no plano institucional.

Trabalhando' em bases de planejamentoe com elenco de objetivos e metas configura­das, no plano de ação, foi possível atingir asvárIas unidades" administrativas da estruturadesta.Casa.

Acima de tudo, buscou-se lima atuaçãodinâmica ecriativa, capaz de motivar o corpofuncional e por via de conseqüência, contri-

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buir para o seu aperfeiçoamento profissionale a melhoria da qualidade dos seus serviços.

Em síntese, do elenco de realizações de1986, no âmbito institucional, ressaltam asseguintes:

Firmou-se com os poderes constituídoso melhor e mais harmonioso relacionamento,destacando-se, especialmente, as convergên­cias com o Poder Executivo, favorecidas pelaatuação empreendedora e construtiva doGovernador JOÃO ELÍSIO FERRAZ DECAMPOS, prestigiando, inclusive, a agiliza­ção da construção do edifício anexo do Tri­bunal;

Procedeu-se junto às autoridades daRepública, ampla defesa, afinal vitoriosa. damanutenção na esfera de competência dosTribunais de Contas Estaduais, da fiscaliza­ção das transferências federais, aos Estados eMunicípios;

Divulgou-se, de maneira sistemática, asprincipais realizações do Tribunal, cornoforma de melhor situar a Instituição dianteda comunidade e do poder público.

No Âmbito Interno

Foram realizados vários cursos de de­senvolvimento na área de recursos humanos,alcançando servidores de nível médio e su­perior. num investimento altamente sólido ede efeito multiplicador;

Institucionalizou-se no Tribunal, a Di­visão de Seleção e Aperfeiçoamento doPessoal, junto à Diretoria de Recursos Hu­manos;

Foram encaminhados vários servidorespar~ a realização de cursos de atualização eaperfeiçoamento, dentro e fora do Estado,em áreas diversificadas e que redundaram emmelhor capacitação funcional; ," Ampliou-se o uso da informática nos"serviços internos do Tribunal;

Implantou-se a Comissão de"Organiza­ção e Métodos com aproveitamento de pes­so~ técnico ~m 'exercício: no próprio Tribu­nal, com "o objetivo de racionalizar os servi­ços internos;

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Aprovou-se o novo provimento regi­mental, importante documento balizador dasatividades dos núcleos administrativos,adaptando-o à Lei nO 8082, de 1985, que re­estruturou o T.C.;

Lançou-se a idéia da Auditoria Opera­cional, no âmbito das inspetorias de controleexterno, como exercício técnico inovador naauditoria praticada nos órgãos governamen­tais.

No Âmbito Externo

Foram realizados Simpósios sobreContas Municipais, em todas as microrre­giões do Estado, envolvendo prefeitos, ve­readores e técnicos municipais, promovendo­se amplo debate e orientação sobre a aplica­ção dos Decretos-Leis nss 2283 e 2284;

Ampliou-se, substancialmente, o sistemade auditorias "in loco", nas prefeituras e ór­gãos municipais;

Projetou-se uma ampliação das ativida­des referentes ao controle da Receita, comvárias incursões nas Agências de Rendaapoiando-se significativamente o trabalho deincremento da arrecadação do Estado, já quefoi determinado pelo Tribunal, o recolhi­mento do valor de Cz$ 3.4 bilhões ao Te­souro Estadual. dos quais Cz$ 500 mil foramprovidenciados;

Foram reunidos. no Tribunal, represen­tantes de órgão do Poder Público Estadual,para a discussão de assuntos atinentes aocontrole interno e a mecânica de prestaçãode contas;

O Tribunal fêz-se representar em Con­gressos Nacionais, mediante elaboração detrabalhos técnicos.

O somatório dessas realizações permiteavaliar a movimentação técnico-administra­tiva do Tribunal e as responsabilidades desua estrutura operacional.

A análise final dos objetivos alcançadosdeixa evidente também, que, prospectiva­mente, há ainda um longo caminho a ser per­corrido e que o Tribunal deverá se embasarexatamente no trabalho e avanço de seusinstrumentos de controle governamental,

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para consolidar-se como instituição indis­pensável ao sistema democrático e merece­dora da mais ampla credibilidade popular.

Em particular. toma-se importante re­gistrar o prestigiamento e a solicitude dopreclaro Conselheiro JOÃO FÉDER, pelodesvelo com que exerceu a Vice-Presidência.

Ao Conselheiro RAFAEL IATAURO,pela incansável atuação prestada na Corre­gedoria Geral desta Corte.

Já agora, com vistas ao exercício daPresidência desta Corte de Contas para o anode 1987, reitero a irrestrita confiança naspessoas dos eminentes Conselheiros AR­MANDO QUEIROZ DE MORAES e RA­FAEL lATAURO, que .exercerâo, respecti­vamente, as relevantes funções de Vice-Pre­sidente e Corregedor-Geral.

De outro lado, é também importante sa­lientar que a proximidade da instalação daAssembléia Nacional Constituinte - exigên­cia intransferível do processo de avanço de­mocrático - impõem ao Tribunal de Contasdo Paraná ser órgão partícipe e perfeita­mente integrado ao momento cívico de re­construção nacional.

Na busca desse desiderato, seremosacompanhantes atentos dos trabalhos especí­ficos do Poder Constituinte, através da rei­teração da necessidade de amplo suporteconstitucional aos instrumentos de controleda atividade pública, a partir do envolvi­mento e valorização das Cortes de Contas.

Estas são instituições indispensáveis aoregime democrático e necessitam ser incluí­das no debate nacional acerca dos destinosdo país.

Inobstante as perspectivas animadorasdo projeto de mudanças, o campo da refor­ma, naquilo que se refere ao Tribunal deContas. necessita transcender ao literal con­ceito vigente, para alcançar novo conjuntode atribuições.

Estas deverão refletir um processo re­formulador intenso, de maneira a possibilitara consolidação definitiva de mecanismo au­ditoria! moderno, coerente com O avanço,modernização e ampliação das funções doEstado e com modelos e experiências fiscali-

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zadoras já consagradas em sociedades desen­volvidas.

É necessário criar formas de análisesgovernamental que, em sua execução, cor­porifiquem práticas preventivas compatíveiscom a própria índole da administração públi­ca brasileira.

Essas idéias passam, necessariamente,pelo Congresso Constituinte. e, por isso. ca­be salientar nosso firme posicionamento afavor de que os Tribunais de Contas extra­polem os limites da fiscalização eminente­mente formal, documentária, de base legal.onde se acasalam critérios tradicionais, paraabarcar prerrogativas que os autorizem aexercitarem a auditoria operacional, objeti­vando evidenciar a eficiência e economicida­de da administração pública.

Esta Auditoria constitui, na atualidade,o melhor instrumento para a análise da exe­cução dos programas dos órgãos c entidadesgovernamentais, em função do alcance desua finalidade, da modernidade dos parâme­tIOS que a identificam e da busca da relaçãootimizada entre os gastos incorridos e os be­nefícios alcançados.

A partir dessa constatação, facilmentefica revelada a excelência da hora presenteem termos de se propor o debate, pelo Con­gresso Constituinte. quanto ao aprofunda­mento dos estudos sobre o pape] e profundi­dade das competências do Tribunal de Con­tas:

Para o exato cumprimento de suas fun­ções, o Tribunal precisa ser um órgão forte.

preservado em sua soberania, bem aparelha­do e com normas jurídico-legais que lhepermita incursionar com desenvoltura eprofundidade no âmbito de toda a adminis­tração.

Não constitui demasia reafirmar quetemos o compromisso de ser renovadores demétodos e hábitos de política administrativa,inovadores de práticas gerenciais, revestindonossas atribuições judicantes de conotaçõesdidático-pedagógicas, prevenindo ao invésde remediar, instruindo ao contrário de criti­car, orientando ao reverso de punir; dentroda melhor tradição do Tribunal de Contas doParaná.

Tendo presentes os ecos das palavrasproferidas quando de minha posse comoConselheiro deste Tribunal, em 1984, hojecomo ontem, sou feliz por poder afirmarque, efetivamente. estamos vivenciando, es­pecial momento de serenidade, propiciadopelo ambiente do Tribunal de Contas do Pa­raná.

O comportamento ético-profissional doseminentes Conselheiros, Auditores e Procu­radores. aos quais renovo o tributo de minhaadmiraçâc.tpermite-me contraditar a sábia li­ção do Padre Antônio Vieira, de que "não hámando mais mal sofrido do que o mando en­tre iguais."

O exercício da Presidência, nestes 12meses, provou-me o contrário.

Muito Obrigado!

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TRIBUNAL DE CONTAS COM NOVO PROCURADOR-GERAL

Foi empossado no Gabinete da Presi­dência deste Órgão, no dia 03 de abril docorrente ano, o novo Procurador-Geral juntoao Tribunal de Contas, Dr. Horácio Racca-

nello Filho.Na oportunidade recebeu as boas vindas

do Presidente, Conselheiro Olivir Gabardo efoi saudado pelo Procurador Túlio Vargas.

INAUGURAÇÃO PRÉDIO ANEXO AO T.C.

o novo prédio do Tribunal de Contas possui sete pavimentos e área construido de 6.700 metrosquadrados.

Obra iniciada oito anos antes, o edifício­anexo à sede do Tribunal de Contas do Para­ná foi fmalmente inaugurado a 9 de março,em solenidade presidida pelo ConselheiroJoão Olivir Gabardo, com a presença do Go­vernador do Estado, João Elísio Ferraz deCampos, além de inúmeras outras destacadasautoridades, entre as quais o Presidente doTribunal de Justiça, Desembargador MárioLopes dos Santos, o Presidente da Assem­bléia Legislativa, Deputado Antônio Anibel­li, além de Conselheiros, Auditores, Procu­radores e funcionários do Tribunal.

Falando de improviso, na ocasião, o

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Conselheiro Olivir Gabardo manifestou a es­perança de que a Constituinte dará as condi­ções necessárias para que os Tribunais deContas possam exercer em sua plenitude asfunções de fiscalizar as contas públicas, ze­lando pela moralidade de tais atos, daí a im­portância da inauguração do novo prédio quevai permitir a modernização dos serviçosprestados pelo T.C., que pretende ser umainstituição moderna.

Com seus 6.700 metros quadrados deárea construída e sete pavimentos, lembrou oPresidente Olivir Gabardo, o novo prédio te­ve seus primeiros passos na gestão do Ex-

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Presidente Leônidas Hey de Oliveira, que em1979 promoveu a execução dos projetos ar­quitetônicos iniciais. Posteriormente, o fale­cido Ex-Presidente José lsfer, mais os Presi­dentes Cândido Martins de Oliveira e Ar­mando Queiroz de Moraes, também deramde si para que os trabalhos tivessem seqüên­cia, permitindo que, agora, em 1987, hou­vesse sua conclusão.

Segundo Dr. Gabardo, os méritosmaiores pela conclusão da obra devem sercreditados ao Governador João Elísio Ferraz

de Campos, que propiciou, somente em1986, a liberação de mais da metade dos re­cursos ali aplicados, com o que foi possívelconcluí-la e entregá-la ao uso público.

Observou ainda o Presidente do Tribunalde Contas, que não são apenas as condiçõesmateriais as únicas necessárias para o bomdesempenho das ações desenvolvidas pelaCorte que preside, daí porque sua preocupa­ção em dar andamento a um programa detreinamento e aperfeiçoamento técnico-fun­cional, via cursos e seminários que já estãoministrados aos funcionários do T.C.

Os cumprimentos entre o Governador João Elísio e o Presidente OUvir Gabardo, após o des­cerramento da placa alusiva à inauguração do novo prédio do T.C.

A solenidade de inauguração teve iníciocom a bênção das instalações pelo bispo au­xiliar da Arquidiocese de Curitiba, Dom La­dislau Biernaski.

O Governador João Elísio Ferraz deCampos, ao encerrar a solenidade, falou daimportância da obra que estava sendo inau­gurada e destacou que os méritos pela libera­ção de recursos deveriam ser creditados, porigual, ao povo paranaense, aos administra­dores do Tribunal de Contas e à própria ad-

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ministração estadual do ex-Governador JoséRicha, de quem recebeu o Estado com as fi­nanças saneadas e dinheiro em caixa, fatoque permitiu dar cursos a inúmeras obras, in­cluindo o prédio do TC. São obras para asfuturas gerações, concluiu João Elísio, àsquais devotamos o principal de nossas preo­cupações.

Por último, os presentes realizaram umavisita às novas intalações.

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SEMINÁRIO SOBRE PRESTAÇÃO DE CONTAS MUNICIPAIS

o Tribunal oe Contas do Paraná, objeti­vando aperfeiçoar o processo e Prestação deContas Municipais e bem assim divulgar no­vos padrões de documentos técnicos, reali­zou nas cidades de Londrina, Maringã, Cas-

caveI e Paranaguá um SEMINÁRIO SO­BRE PRESTAÇÃO DE CONTAS MU­NICIPAIS, com a seguinte programaçãobásica:

PROGRAMA

MANHÃ08:30 hs - ABERTURA

Conselheiro OUVIR GABAR­DOPresidente do Tribunal de Con­tas do Paraná.

09:00 hs - O PREFEITO E AS CONTASMUNICIPAIS- O Municlpio e o Tribunal de

Contas- Decisões Administrativas- Processo Licitat6rio- Autorização de Despesa- Prestação de Contas de

Auxílios, Subvenções eConvênios

Expositores: Duílio Luiz BentoDiretor de Contas Municipaisdo Tribunal de ContasWahib Dib JúniorChefe de Divisão da DiretoriaRevisora de Contas

10:30hs - ESTRUTURA DA PRESTA­çÃO DE CONTAS MUNICI­PAL

o Seminário, Coordenado diretamentepelo Presidente do Tribunal de Contas,Conselheiro OLIVIR GABARDO, reuniuPrefeitos, Contadores e Técnicos Municipaise obteve o mais amplo sucesso de participa­ção, discussão de temas de interesse gerale indiscutível resultado-prático.

O primeiro resultado concreto da inicia­tiva foi o significativo avanço na apresenta­ção técnica das Prestações de Contas Muni­cipais do exercício financeiro de 1986, o que

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- Incorreções de Composição- Formulação da Prestação de

Contas- Documentação Específica

Expositor: Duílio Luiz BentoDiretor de Contas Municipaisdo Tribunal de Contas

TARDE14:00 hs - ANÁLISE PRÁTICA DE

UMA PRESTAÇÃO DE CON­TAS MUNICIPAL- Estruturação dos Quadros e

Anexos exigidos- Discussão de Erros- Detalhamentos Contábeis- Análise de Casos Concretos

(Obs.: - Os Contadores Municipais farãoa análise prática de uma Presta­ção de Contas).

Expositora: Odete Higa RossiChefe da Divisão de Coorde­nação de Análise Técnica, daDiretoria de Contas Municipaisdo Tribunal de Contas.

17:00 hs - ENCERRAMENTO

permitirá maior agilidade e eficiência na aná­lise técnica a ser procedida pela Diretoria deContas Municipais.

O objetivo básico do Seminário, defmi­do pelo Presidente Olivir Gabardc, foi o deanalisar, corrigir e eliminar as incorreçõesmais comuns observadas nas Prestações deContas e, com isso, permitir ao Tribunal Ple­no melhor acompanhamento do alcance dosdetalhes técnicos de contabilidade e orça­mento.

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SEMINÁRIO SOBRE PRESTAÇÃO DE CONTAS

Estatística

Seminário de Maringá Seminário de LondrinaPresentes 177 Pessoas Presentes 187 Pessoas

83 Municípios 73 MunicípiosPrefeitos 27 Prefeitos 22Contadores 64 Contadores 70Auxiliar Conto 22 Técnico Contabilidade 08Técnico Conto 11 Vereadores 03Vereadores 03Presidente de Câmara OI Seminário de Paranaguá

Presentes 130 PessoasSeminário de Cascavel 40 MunicípiosPresentes 156 Pessoas Prefeitos 24

57 Municfpios Contadores 35Prefeitos 28 Vereadores 07Contadores 48Vereadores 05Técnico Conto 22Vice-Prefeitos 03 DUÍLIO LUIZ BENTOPresidente de Câmara 01 Diretor de Contas Municipais

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APUNTES DE HISTORIA SOBRE LOS TRIBUNALES DE CUENTAS

Sumario: 1.- Antigüedad2.- Antecedentes europeos3.-Chioa4.- Espana5.- Las Cuentas deI Grau Capitán6.- Virreynato7.- América8.- Argentina

I. - ANTIGÜEDAD:Los orfgenes históricos de los Tribuna­

les de Cuentas se remontan muy atrás en eltiempo. Uno de los primeros códigos de quese tiene noticia, el de Manú, de la Indía, ba­blaba ya de un control externo de los gastosdei príncipe (1). La necesidad e importanciadel control, corno garantia de una sana admi­nistraci6n de los fondos públicos. fué reco­nocida en Grecia desde la antigüedad. Aris­tóteles (siglo IV A.C.) dice en su Política; "Ypara proteger aI Tesoro dei fraude, los fon­dos públicos han de ser utilizados abierta­mente ante toda la ciudad, y han de ser de­positadas bajo custodias diversas las copiasde las cuentas" (2).

En la antigua Atenas la fiscalizaci6n delas finanzas públicas se asign6 a los diez ar­contes (contables auditores), a quenes losadministradores-cajeros y los dernás funcio­narias encargados de las cuentas presentabanlos documentos referentes a la administra­ciôn de los fondos públicos antes dei venci­miento dei plazo establecido, que oscilabaentre treinta y treinta y nueve días. Los ar­contes, procedían a un exámen detallado ycompleto de las cuentas. Si encontraban irre­gularidades o abusos, elevaban su informe alTribunal Supremo Popular, Heliae, formadopor 501 miembros.

Las cuentas administrativas de los gas­tos deI Parten6n y dei Erecteon incluyen,entre otras cosas, una detallada descripci6nde los gastos referentes a los jornales de lostrabajadores y la adquisici6n de los distintosmateriales de construcci6n, etc.

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por el Dr.Antonio Virgilio Castiglione

De 10 dicho se deduce claramente la altaconsideraci6n que la administraci6n y la fis­calizaci6n de los fondos públicos tema en laantigua Grecia y que la fiscalizaci6n públicatiene su origen en la antigüedad, mucho antesen la Carta Magna de 1217 y la Declaraci6nde Dcrechos de Inglaterra de 1688 (3).

2. - ANTECEDENTES EUROPEOS:En Grecia, eI Tribunal de Cuentas fué

creado eo 1833. En Alemania Federal elcontrol financiero se ha desarrollado desdecomienzo dei sigla XVIII aproximadamente,estando actualmente a cargo dei TribunalFederal de Cuentas (4).

En Francla los primeros antecedentes,según los cuales los oficiales reales de finan­zas eram llamados a rendir cuentas ante elRey en su Corte, datan dei siglo XII. FelipeIV, en el art. 4~ de la Ordenanza de Potoisede 1318 dispuso: "Hemos ordenado que ve­remos cada afio, una vez, nuestro Estado porla gente de nuestras cuentas". Dicha ordenestá inscripta en piedra en la Corte deCuentas de Francía, EI control de las cuentaspúblicas se unifican bajo el mandato de Na­pole6n, quién crea el Tribunal e Cuentas el16 de setiembre de 1807 (5).

Precisamente, en la tumba dei grancorso, en los Inválidos en París, se halla es­culpida la siguiente frase de Napole6n:"Quiero que mediante una vigilancia activasea punida la infidelidade y garantido el em­pleo legal de los dineros públicos".

En Holanda la Corte de Auditoria esuna de las Instituciones más antiguas. [ué

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establecida en el siglo XV. Formalmente fuémencionada en la Constitución de 1814 (6).

En Italia encontramos antecedentes cola Legislación Romana (siglo VI D.C.) dondela funci6n de control estaba confiada a ma­gistrados especiales (quaestores aerarü). LaCorte dei Conti fué instituída en 1862, y lasnormas fundamentales que rioen actualmentela instituciónson de la Constituci6n Republi­cana de 1948 (7).

En Luxemburgo la chambre Des Com­pies deI Gran Ducado es de 1852 (8).

EI Tribunal de Cuentas de la Comunl­dad Econômica Europea se constituy6 re­cientemente por tratado deI 10 de julio de1975 estando' 5U sede en Luxemburgo. Sucreación fué resultado de la vo1uotad políticadeI Parlamento Europeo (9).

En Inglaterra la Oficina Nacional deAuditoria (National Audit Office) fue esta­blecida el 1.1.84 por acta deI Parlameoto.Sustituyó al antiguo Exchequer and AuditDepartment que rue creado con el cargo deContralar y Auditor General hace 120 afies,aunque 5US orígenes, verdaderamente tienenmás de 600 afios (10). En Irlanda, por actade 1923 se te confui6 ai contralor y auditorgeneral de esc país todos los poderes y de­beres conferidos a 5U similar de Gran Bre­taíia (li). En Bélgica fue creado en 1846.

3.-CHINAEn 1982 fue aprobada la Constitución

de la República Popular China, en la VAsamblea Popular Nacional, donde se plan­te6 la necesidad de instituir un sistema defiscalízaciõn y control como lo exigfa la mo­demizaci6n socialista de ese país. Asf, enseptiembre de 1983 fue fundada la AuditoriaGeneral de la República Popular China (12).

4.-ESPANAEntre los afies 1284 y 1295 Sancho IV

EI Bravo cre6 una Magistratura Superior deHacienda. Eu el ano 1364 se crea co el reinode Navarra la Cámara de Comptos. En 1433Juan 11 dieta las Ordenanzas, ampliadas co1437 y 1442. EI original de las últimas, queobra co la biblioteca dei Tribunal de Cuentasde Espana, se identifica como "Libra deCuentas e Informes aI rey por el Tribunal de

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Contaduría Mayor y representacionesde estaSala y otras sobre puntos Generales. SigloXVI y XVII.

Los Reyes Católicos dictan las Ordc­nanzas de Madrigal (1476), que ccnfirmanlas de Juan Il. Carlos I dieta las Ordenanzasde la Coruêa (1554), en las que faculta a losContadores Mayores para que si encontrarenalgún mandato Real y no Jes pareciese dejusticia y por el cual crean que no deben pa­sar, que no lo hicieran de momento y lo pu­sieran en conocimiento deI Rey. Eu el siglaXVIII la instituci6n que estudiamos pas6 allamarse "Contaduría General Fiscal". FelipeV, por Real Cédula de 1739, designa losnuevos integrantes dei Consejo y ContaduriaMayor de Cuentas. Carlos III (1761) dió elReglamento al Tribunal de Contadurla Ma­yor de Cuentas. Por Real Cédula de Fernan­do VII (1828), se establecen las atribucionesdeI "Tribunal Mayor de Cuentas". Isabel 11(1851) sanciona la primer ley orgánica deITribunal de Cuentas. Por la Constituci6n de1869 el Tribunal de Cuentas deja de depen­der deI Poder Ejecutivo. (13).

EI Reglamento de la ley orgánica de1851 (arts. 214 y ss) dice que hay Tribunalesde Cuentas cn Filipinas, Cuba y Puerto Rico.El Tribunal de Cuentas dei Reino ejerce lainspeccíõn y vigiJancia sobre los especialesde ultramar.

5. - LAS CUENTAS DEL GRANCAPITAN

Dado el earácter histórico de este tra­bajo, entendemos que no podemos dejar dehacer referencia a las famosali Cuentas deIGran Capitán, referidas a don Gonzalo Fer­

nández de C6rdoba, al que la historia espa­fiola conoce como eI Gran capitán, por suséxitos militares contra los turcos, conquistadei Reino de Nápoles, etc. Lo que sigue esuna transcripci6n íntegra deI pergamino his­t6rico:

DEL PERGAMINO HISTÓRICO

Cada peso dei Gran Capitán, Don Gon­zalo de C6rdoba, fue un ataque y eada ata­que, una victoria; su túmulo en el convento

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de los Gerónimos de Granada fué adornadocon doscientas banderas y dos pendones porélganadas.

El odio de sua émulos, y particularmentede los tesoreros que cl Rey Fernando temaen el Reino de Nápoles en 1506, para dularle,indujeronle, celosos, para que residenciase aGonzalo, sobre el empleo de las grandes su­mas remitidas desde Espana para los gastosde la guerra en ltalia; el Rey tuvo la flaquezade consentirlo y aún de asistir a la conferen­cia.

LAS CUENTAS DEL GRAN CAPITAN

Por los libros que produjeron, resultabaGonzalo en grandisimas somas alcanzado;más él trat6 la demanda con alto desprecio yse propuso dar severa lecci6n, tanto ai reycomo a sus tesoreros, déI trato y considera­ci6n debidos a un conquistador de Reinos.

Con indiferencia y serenidad, respondi6que al dia- siguiente presentaria sus cuentas, .por las cuales se veria si el alcanzado era él oel Fisco que le reclamaba.

CARGO

Cicuta treinta mul ducados remitidospor primera partida.

Ocbenta mil pesos por la segunda.Tres rnillones de escudos por la tercera,Once millones de escudos por la cuarta.Trece rnillones de escudos por la quinta.Y así el grave, gangoso, y cortado se-

cretario, segura relatando cargos por este es­tilo, dentro de un acto imponcte y serio.

EI Gran Capitán cumplió su palabra, yen la segunda audiencia sac6 un voluminosolibro de sus descargos que principio a leercon alta y sonora voz, dei siguiente modo:

DESCARGO

-Doscientos mil setecientcs treinta y seisducados y nueve reales, en frailes, monjas ypobres para que .rogasen a Dios por.Ia pros­peridad de las Armas Espaüolas.

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Cien millones eo picos palas y azadones.Cien milducados en pólvora y balas.Diez mil ducados en guantes perfuma-

dos para preservar a las tropas de mal olorde los cadáveres de los enemigos tendidos eneI campo de batalla,

Ciento setenta mil ducados en ponery renovar campanas, destruidas con el usocontinuo, de repicar todos los dias por nue­vas victorias conseguidas sobre el enemigo.

Cincuenta mil ducados en aguardientepara las tropas en dia de combate.

Mill6n y medio de idem, para mantenerprisioneros y heridos.

Un millôn en misas de gracias Y Te­Deum ai Todo poderoso.

Tres millones en sufragios para losmuertos.

Setecientos mil cuatrocientos noventa ycuatro ducados en espías, y...

Cien millones por mil paciencia en es­cuchar, ayer, que el Rey pedia cuentas aI quele ha regalado uo Reino.

Estas son, pues, extractadas, las célebresCuentas deI gran Capitán, que, ongínalcs, seconservan en um histórico y voluminoso ex­pediente en el Archivo de Simancas.

6.- VIRREYNATO:Ricardo Levene, en su Historia dei

Virreynato, registra que ya existía un orga­nismo de control en 1605, con asiento enLima y jurisdicci6n sobre las provindas delRIo de la Plata (14).

En documentos históricos que obran enel Tribunal de Cuentas de Espana, cuya sedevisitamos, hemos constatado personalmentela existencia de cuentas rendidas, por ejen­plc, el 19 de noviembre de 1618 ai Tribunalde Cuentas de México; el 19 de octubre de1719 ai Tribunal de Lima; ai Tribunal deCuentas de la Isla de Cuba, el 6 de Febrerode 1773; ai Contador Mayor de la Pcia, deBuenos Aires, cl 3 de Agosto de 17?3 (vid,tom. 23, foI. 225, nO 199).

7. - AMERICA:En el continente americano se da la si­

guiente particularidad, En Argentina, Uru­guay y Brasil, las entidades de control se de-

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nominan Tribunales de Cuentas, y en el restode los países Contraloria General, o Conta­duna Mayor de Hacienda (México), o Audi­toria General (Canadá).

En Brasil, siendo ministro de haciendaRuy Barbosa, mediante decreto 966-A, dei7.11.1890, creõ el Tribunal de Cuentas. En­tre los tribunais estaduales más antíguos seencuentra el de BaIúa (6.10.1915).

8. - ARGENTINA:EI primer Tribunal de Cuentas, orgánico

y constitucional de nuestro país, es el de laprovincia de Buenos Aires, que data de1889. Los otros son: Mendoza, creado porConstituci6n provincial de 1916, C6rdoba(Constituci6n de 1923), Entre Rios (Const,1933), Jujuy (1935), Sgo. dei Estero (1939),Santa Cruz, Chubul, Chaco, Neuquén yFormosa (todas de 1957), Misiones (1958), laPampa (1960), Santa Fé (1962), San Luis(1962) Y Catamarca (1966).

Sin raigambre constucional, fueroncreados por ley los seguientes tribunales: LaRioja (1956), Salta (1957), Tucumán (1963),Corrientes (1974). En Tierra dei Fuego en1977 se crea la Auditoria General dei Terri­torio, en Rio Negro, mediante Constituci6nde 1957, y apartándose dei resto de las pro­víncías, se crea la Contraloría General, aUD­que rnanteniendo .108 tribunales de cuentaspara los municipios, con la novedad de quetienen carácter electivo,

Por su parte en San Juan, por ley deContabilidad, se establece que el organismode control de la bacienda pública será Conta­duna de la Provincia.

En diciembre de 1956 se dict6 el decretoley 23.354/56, por el cnal se aprobóla crea­ci6n dei Tribunal de Cuentas de la Naciôn,

( I) LAZZD, F.I., "Tribunales de Cuentas",ed. Depalma, Pág. lop.I

( 2) THEMELIS, Nicolás: en "EI Tribunalde Cuentas de Grecia", en "La Funci6nde los Tribunales de Cuentas en la So­ciedad Democrática", Eocuentro Inter­nacional 1984, Pág. 245.

( 3) Idem, cita (2), Pág. 245, 246( 4) WITTROCK, Karl: "E1 Tribunal de

Cuentas en la República Federal de

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Alemania", en obra citada en (2) Pág.239.

( 5) GARCIA GARCIA, Moisés, "ControlExterno de las Sociedades Estatales enFrancia", Tribunal de Cuentas, Cr6nica1981, Pág. 361, Tribunal de Cuentas deEspaiía.

( 6) KDRDES, F.G. en "The Court Of Au­dit in The Nelherlands: A ChangingApproach", en "Los T.C. de los paísesmiembros de la C.E.E:' Pãg. II1

( 7) CLEMENTE, G., "Le Cour Des Com­ptes ltaliene", en obra cita en (6) Pãg.135.

( 8) THILL, J., "Les Attributions De LaChambre des Comptes Ou Grand Ou­che De Luxembourg", en obra cita en(6) Pág. 153.

( 9) GAUDY, P., "La Cour Des ComptesDes Communautcs Europeennes" enobra cita en (6) Pág. 121.

(10) DOWNEY, G., "The Role of lhe uni­ted Kingdom National Audit Offlce",en obra cita en (6) pág.93.

(11) MC DONNEL, P., "The Office of lheComptroller and Auditor General", enobra cita en (6) pág. 121.

(12) YU MING TAD, "E1 Tribunal deCuentas en China", en obra cita en (2)pág.257.

(13) "Las Cuentas dei Grau Capitán", Tri­bunal de Cuentas de Espana, pág. 9/17.

(14) LAZZü, F.I., op. cit., p. 3, n" I.

SOBRE O AUTOR

Durante o Congresso que o ILACIF- Instituto Latinoamericano de Ciências Fis­calizadoras, realizou em Brasília, mantive umrelacionamento com representantes de enti­dades fiscalizadoras de várias partes domundo e com um deles fIZ wna grandee es­pecial amizade - Antonio Virgilio Castiglio­De, Conselheiro Presidente do Tribunal deContas de Santiago dei Estero, Argentina.Diria mais, uma grande e, para mim, provei­tosa amizade, eis que desde então ternosmantido permanente correspondência atravésda qual sou colocado sempre em dia com as

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novidades em matéria do controle dos re­cursos públicos na Argentina, além do que,tenho recebido todos os artigos que o Dr.Castiglione, descendente de uma ilustre fa­rnllia de jurista, tem escrito. E, como vímoscom a leitura do presente trabalho, o Dr.Castiglione é não apenas um interessado, mastambém grande pesquisador de um assuntoque, na realidade, não tem despertado muitointeresse entre os juristas. Presta, assim, oDr. Castiglione, um grande serviço não ape­nas à causa dos Tribunais de Contas, mas,por igual, ao aperfeiçoamento das institui­ções do Estado Contemporâneo. Ainda agora

recebi dele, excelente trabalho publicado narevista HEI Derecho", da Universidade Ca­tólica Argentina, sob o título "Pueden losTribunales de Cuentas disponer medidascautelares?", e uma plaquete sobre"Alcancedel controle del Tribunal de Cuentas en entesde Loterias y Juegos de Azar". Como se vê oDI. Castiglione está aplicando a sua inteli­gência e o seu conhecimento às áreas maissensíveis da fiscalização financeira do Esta­do. É importante, pois, haurir dos resultadosdo seu precioso labor.

Conselheiro João Féder

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DECISÕES DO TRIBUNAL PLENO

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Utilização de recursos provenientes de convênio que foram repassados ao Município,a título de transferências não reembolsáveis, para abertura de crédito adicional.

Protocolo ne: 16.015186Interessado: Prefeitura Municipal de Curi­

tibaRelator; Conselheiro João Féder

CONSULTA

Diretoria de Contas Municipais

o ilustre Prefeito Municipal de CuritibaDr. Roberto Requião de Mello e Silva. atra­vés do ofício 0 2 376/86-EM. endereça con­sulta a este Egrégio Tribunal de Contas. nosseguintes termos:

"Com o presente. venho a VossaExcelência para formular consulta a esseEgrégio Tribunal de Contas do Estado,sobre a possibilidade da Prefeitura con­siderar como recurso disponível para aautorização e conseqüente abertura decrédito adicional suplementar; a Trans­ferência não Reernbolsável provenienteda Secretaria de Estado do Trabalho ede Assuntos Comunitários. do Governodo Estado do Paraná. conforme convê­nio firmado no valor de Cr$ 368.984,00(trezentos e sessenta e oito mil. nove­centos e oitenta e quatro cruzados). paraatender despesas com a implantação doPROGRAMA DE PRODUÇÃO DEALiMENTOS E COMPLEMENTA­çÃO ALiMENTAR.

Tal solicitação, Senhor Presidente.é baseada no que preceitua o artigo 43 eseu parágrafo 12, inciso Il, da Lei Fe­deral n? 4.320164.

Na certeza da compreensão desseColendo Tribunal para a inquirição aquiexposta. antecipadamente agradecendo aorientação que por certo dirimirá as dú­vidas ora existentes. valho-me doevento para renovar a Vossa Excelênciaminhas expressões de elevada estima edistinta consideração."

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No Mérito

De conformidade com os dispositivospostulados no artigo 40. da lei Federal 0 2

4.320164. quando uma dotação consignadana Lei de Meios for insuficiente, ou ainda,não computada. o Executivo poderá abrircréditos adicionais. devidamente autorizadopelo Legislativo.

Subseqüentemente, a legislação enfoca­da, mais precisamente no artigo 43, capitulaque as aberturas de créditos adiconais, de­pende. via de regra. da existência de recursosdisponíveis e sem comprometimento.

À luz dessa ótica, 0* 12 do artigo men­cionado prevê como recursos hábeis:

a - Superávit financeiro apurado nobalanço patrimonial do exercícioanterior;

b Os provenientes de excesso de ar­recadação;

c Os resultantes de anulação parcialou total de dotações orçamentáriasou de créditos adicionais autoriza­dos em Lei; e

d O produto de operações de créditoautorizados. em forma que juridi­camente possibilite ao Poder Exe­cutivo realizá-las.

A princípio, a transferência não reem­bolsãvel da liberação de recurso provenientede convênio celebrado entre a Secretaria deEstado do Trabalho e de Assuntos Comuni­tários com o Município. não poderia serconsiderado recurso hábil para cobertura doscréditos a serem abertos pelo Executivo, hajavista ser estranho daqueles discriminadosanteriormente.

Há que se observar, também, que o De­creto-lei n~ 1833, de 23.12.80, extinguiu avinculação das categorias econômicas naaplicação pelos Estados, Distrito Federal.Territórios e Municípios, dos recursos tri­butários transferidos pela União.

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À luz dessa ótica, portanto, o recursoapontado pela municipalidade, na realidade,deveria ser incorporado à receita global doMunicípio, para posterior cálculo da tendên­cia do excesso de arrecadação, corrformepostula o inciso I, do § 12, do artigo 43.

A conjuntura econômica que assola aadministração pública em geral, bem como ocomprometimento do programa de trabalho aser desenvolvido, entretanto, faz com que aprocura de recursos seja incessante. Emmuitos casos observa-se que a procura de­pende de viabilização e acordos governa­mentais, onde fatos dessa natureza, ocorremao longo do exercício financeiro, e corno taltornam-se difíceis de quaisquer previsões.Daí a ocorrência de sérias dificuldades paradispor dos meios indispensáveis para cober­tura dos créditos adicionais, haja vista ocomprometimento do orçamento com outrosgastos indispensáveis nas programações dasdespesas.

Dito isso, salvo melhor juízo dos emi­nentes julgadores desta Colenda Corte, po­derá o Município de Curitiba, em caráterexcepcional, utilizar como recurso para co­bertura dos créditos adicionais àquele indica­do na presente consulta. Devendo, porém, amunicipalidade aplicar os recursos rigorosa­mente para os fins que foram destinados,formando, ainda, medidas cautelares com opropósito de manter o equilíbrio na execuçãoorçamentária e financeira do Município.

Outrossim, cabe salientar que, em casoanálogo, este Tribunal, acolhendo o voto es­crito do eminente Conselheiro Leonidas Heyde Oliveira, manifestou-se favoravelmente àutilização de recursos dessa natureza em ca­ráter excepcional, decisão corporificada naResolução 0 2 3.645/84 e também a de ns9.983/85.

Submetemos o exposto à consideraçãosuperior.

D.C.M., em 03 de outubro de 1986.

<a) Akichlde Waiter OgasawaraDiretor

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ProcuradoriaParecer n~ 14591186

o Prefeito Municipal de Curitiba dirigeconsulta a este Tribunal, sobre a possibilida­de da utilização de recursos provenientes deconvênio celebrado com a Secretaria do Tra­balho e Assuntos Comunitários, os quais fo­ram repassados ao Município de Curitiba atítulo de transferência não reembolsáveis,para abertura de crédito adicional.

Este Tribunal, analisando matéria Ídên­tica, por várias vezes, já se pronunciou fa­voravelmente (vide resoluções nes 3645/86 e9983/85, por exemplo), ressalvando a neces­sidade de que os recursos em questão sejamaplicados rigorosamente ao fim que a elesforem destinados.

A D.C.M., em sua Informação n2 99/86situa a questão dentro desse ponto de vista eesta Procuradoria o endossa opinando, por­tanto, no sentido de ser respondida favora­velmente a presente Consulta.

É o parecer.Procuradoria do Estado, em 28 de no­

vembro de 1986.

(a) Belmiro Valverde Jobim CastorProcurador

Voto do Conselheiro João Féder

O Sr. Prefeito Municipal de Curitiba,pelo oficio ne 376/86-EM, de 29 de setem­bro de 1986, consulta sobre a possibilidadeda Prefeitura considerar como recurso dis­ponfvel para abertura de crédito adicionalsuplementar recursos transferidos pela Se­cretaria de Estado do Trabalho e de Assun­tos Comunitários, do Estado do Paraná,conforme convênio fumado, no valor de Cz$368.984,00 (trezentos e sessenta e oito mil,novecentos e oitenta e quatro cruzados), paraatender despesas com a implantação do Pro­grama de Produção de Alimentos e Comple­mentação Alimentar.

A Diretoria de Contas Municipais pro­duziu a Informação de fi. 3 a 5, concluindopor poder o Município de Curitiba, em cará­ter excepcional, utilizar corno recurso para

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cobertura dos créditos adicionais aquele indi­cado na consulta, conforme precedentes re­conhecidos pelas Resoluções ne 3.645/84 e9.983/85.

A Procuradoria do Estado junto a esteTribunal de Contas - parecer de fl, 6 - con­clui no mesmo sentido.

A solução da questão reside simples­mente na natureza dos recursos de que secogita para autorizar a abertura do créditosuplementar.

A Lei ne 4.320 dispõe, no seu art. 43 eparágrafo 1~. quais os recursos que se podemconsiderar para a abertura de créditos su­plementares e especiais.Art. 43 - A abertura dos créditos suple­

mentares e especiais depende daexistência de recursos disponíveispara ocorrer à despesa e será pre­cedida de exposição justificativa.

§ I" - Consideram-se recursos para ofim deste artigo, desde que nãocomprometidos:I o superávit financeiro apu­

rado em balanço patrimo­nial do exercício anterior;

11 os provenientes de excessode arrecadação;

lU os resultantes de anulaçãoparcial ou total de dotaçõesorçamentárias ou de crédi­tos adicionais, autorizadosem lei;

IV - o produto de operações decrédito autorizadas, emforma que juridicamentepossibilite ao Poder Execu­tivo realizá-las.

O caput do art. 43 condiciona a aberturados referidos créditos

à existência de recursos disponíveis paraocorrer à despesa.E o parágrafo l~ do aludido artigo, an­

tes de mencionar os recursos que podem serconsiderados para o fim do artigo, condicio­na, por sua vez:

desde que os recursos não estejam com­prometidos.Ora, os recursos indicados na consulta

se constituem de transferências por conta deconvênio firmado entre o Município e o Es­tado. Os convênios são acordos de interessesconvergentes com um objeto definido. As­sim, os recursos transferidos pelo Estado pordecorrência do convênio devem estar com­prometidos na consecução de seu objeto, e,portanto não disponíveis para efeito deabertura de crédito.

Nessas condições, proponho que se res­ponda à consulta, negando a possibilidadedos referidos recursos para abertura de cré­dito suplementar.

Em, 22 de janeiro de 1987.

(a) JOÃO FÉDERRelator

Resolução n" 548/87

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­TADO DO PARANÁ, por unanimidade devotos,

RESOLVE

Responder à consulta constante de fo­lhas OI, formulada pelo Prefeito Municipalde Curitiba, nos termos do voto anexo doRelator, Conselheiro JOÃO FÉDER, masconsiderando o atraso da resposta por esteTribunal e decisões em casos análogos, ad­mitir no caso presente, em caráter excepcio­nal, e na prestação de contas do exercício autilização dos recursos mencionados paraefeito de abertura de crédito. .

Participaram do julgamento os Conse­lheiros RAFAEL IATAURO, JOÃO FÉ­DER (Relator), CÃNDIDO MARTINS DEOLIVEIRA, JOÃO CÃNDIDO F. DACUNHA PEREIRA e os Auditores MA­RINS ALVES DE CAMARGO NETO eFABIANO SAPORITI CAMPÉLO.

Foi presente ao Procurador do Estadojunto ao Tribunal de Contas, ANTÔNIONELSON VIE[RA CALABRESI.

Sala das Sessões, em 22 de janeiro de[987.

ARMANDO QUEIROZ DE MORAESPresidente em Exercício

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Utilidade pública de bens, para fins de desapropriação. Lei Complementar n~ 27.

Protocolo n'l: 1832/86Interessado: Prefeitura Municipal de Bom

SucessoRelator: Conselheiro Cândido Martins

de Oliveira

ConsultaDiretoria de Contas Municipais

Consulta ° Sr. Prefeito Municipal deBom Sucesso se, para declarar de utilidadepública determinada área urbana, há necessi­dade de autorização do legislativo ou se podefazê-la mediante decreto.

Estabelece o artigo 6~ do Decreto-Lein2 3.365, de 21.06.41, que:

"A declaração de utilidade públicafar-se-ã por decreto do Presidente da Repú­blica, Governador, Interventor ou Prefeito".

De outro tanto, compete ao Prefeito, naforma do artigo 93, inciso IX da Lei Com­plementar n2 27, de 8 de janeiro de 1986 ­Lei Orgânica dos Municípios:

"Declarar a utilidade pública de bens,para fins de desapropriações decretá-las einstituir servidões administrativas".

Assim sendo, a referida desapropriação,poderá ser feita mediante decreto, não ha­vendo portanto a necessidade da autorizaçãodo Legislativo através de Projeto de Lei.

É a 1nfonnação.DCM., em 28 de janeiro de 1987.

(a) Odionéa Barbosa

ProcuradoriaParecer n2 1445/87

O Sr. Prefeito Municipal de Bom Su­cesso, consulta este Tribunal se:

"para declarar a utilidade pública debens, para fins de desapropriação, é possívelapenas por Decreto, ou se tem a necessidade

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de ter autorização do Legislativo através deProjeto de Lei."

A DCM em sua Informação nv 17/87,responde de maneira clara e objetiva, orien­tando qual o procedimento legal a ser adota­do.

Esta Procuradoria, apenas complementa,aquela Informação, acrescentando:

A declaração expropriat6ria pode serfeita por Lei ou Decreto em que seja identi­ficado o bem, indicado o seu destino e apon­tado o dispositivo legal que a autorize.

O interesse social justificativo da desa­propriação está indicado na norma pr6pria(Lei 4132/62) e em dispositivos esparsos deoutros diplomas legais.

O ato expropriat6rio é um ato tipica­mente administrativo, sendo assim, muitomais próprio do Executivo, que é o poderadrhinistrativo por excelência.

É o parecer.Procuradoria do Estado, em 06 de fe­

vereiro de 1987.

(a) Luiz Carlos dos Santos MelloProcurador

Resolução n2 1532187

o TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­TADO DO PARANÁ, por maioria,

RESOLVE

Responder à consulta constante de fo­lhas 01, formulada pelo Prefeito Municipalde Bom Sucesso, de acordo com a Informa­ção ne 17/87, de folhas 03, da Diretoria deContas Municipais e do Parecer ns 1445/87,de folhas 04, da Procuradoria do Estadojunto ao Tribunal de Contas.

O Conselheiro RAFAEL 1ATAURO,votou pelo arquivamento do processo, porincompetência legal do Tribunal de Contas.

Participaram do julgamento os Conse-

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lheiros ANTONIO FERREIRA RÜPPEL,RAFAEL IATAURO, JOÃO FÉDER,CÃNDIDO MARTINS DE OLIVEIRA(Relator), JOÃO CÂNDIDO F. DA CU­NHA PEREIRA e o Auditor ROBERTOMACEDO GUIMARÃES.

Foi presente o Procurador Geral do Es-

Reajustes de Aluguéis

tado junto a este Tribunal, RODOLFOPURPUR.

Sala das Sessões, em 19 de fevereiro de1987.

(a) JOÃO OLIVIR GABARDOPresidente

(a) ALDECIR CASTELITéc. de Contr.

Diretoria Técnico-JurídicaParecer n2310/87

o protocolado em epígrafe, em que éinteressada a Secretaria de Estado da Admi­nistração, refere-se a Consulta formulada aeste Tribunal de Contas, sobre a possibilida­de de efetuação de acordos com os proprie­tários de imóveis administrados por aqueleÓrgão Público, no intuito de aumentar osaluguéis vigentes ou dos que vigorarão apósa renovação dos Contratos, viabilizando oresguardo dos interesses de ambas as partes.

Considerando que o delineado na pre­sente Consulta, já foi motivo de Consulta aeste Tribunal de Contas, segundo o contidono protocolado ne 21.163, anexamos o Pare­cer n~ 178/87-DTJ., que trata sobre o mes­mo assunto. o qual ratificamos na sua totali­dade.

Assim opinamos pelo encaminhamentodo presente à apreciação superior para asdemais formalidades,

D.T.J., em 30 de janeiro de 1.987.

Protocolo fl'!;

Interessado:Relator:

703187Secretaria da AdministraçãoConselheiro Antonio FerreiraRüppel

Consulta

Diretoria Técnico-JurídicaParecer n~ 178/87

Trata o presente protocolado de umaConsulta. formulada pelo Secretário de Es­tado da Administração. sobre a possibilidadede se efetuar acordos com os locadores deprédios onde se encontram sediadas reparti­ções e órgãos públicos e cujos valores dosaluguéis encontram-se defasados em relaçãoao preço de mercado, face às medidas im­postas pela reforma econômica vigente, paraefeito de aumento dos aluguéis vigentes. res­guardando-se os interesses de ambas as par­tes.

As locações não-residenciais voltam aser regulada pela Lei n" 6649179 e pelo Có­digo Civil, como era antes do congelamentode preços imposto pelo governo. Assim, adenúncia vazia, uma particularidade que asdiferencia das locações residenciais, poderáser aplicada novamente em casos de contra­tos vencidos e não renovados.

No campo dos reajustes dos contratosadministrativos predomina o princípio doequilíbrio fínanceiro, fixado no art. 167. Il,da Constituição Federal.

Quanto ao reajustamento de alugueltanto o Decreto nÇl 24.150/34, que regula ascondições e processo de renovamento doscontratos de locação de imóveis destinados afins comerciais ou industriais. quanto a Lein~ 6649179, que regula a locação predial ur­bana. são unânimes em afirmar que é livre aconvenção do aluguel entre os contratantes.

As partes poderão fazer acordo, uma

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vez que não transgridam os princípios de or­dem pública.. Todos os contratos de que re­sultem receitas ou despesas para o Estadodevem ser precedidos de concorrência públi­ca ou administrativa, segundo as normas es­tabelecidas no Código de Contabilidade Pú­blica, e obedecer as formalidades prescritasem lei para a validade dos mesmos.

Quanto aos acordos com os locadorespara efeito de aumento dos alugueres que vi­gorarão quando das renovações, com adapta­ção ao mercado imobiliário, deverá ser se­guida a legislação vigente à época.

É o parecer.D.T.J. em 15 de janeiro de 1987.

MARIA CECILIA C. M. DA ROCHAOficial de Controle

Resolução n~ 1.895/87

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­TADO DO PARANÁ, nos termos do votodo Relator, Conselheiro ANTÔNIO FER­REIRA RÜPPEL,

RESOLVE:

Converter o julgamento do feito em di­ligência interna à Diretoria de Assuntos Téc­nicos e Jurídicos deste tribunal, para reexa­minar a matéria objeto do presente processo.

Sala das Sessões, em 10 de março de1987.

(a) JOÃO OLlVIR GABARDOPresidente

Diretoria Técnico-JurfdícaParecer n 1202/87

Retoma o protocolado a esta DiretoriaTécnico-Jurídica, para conversão interna,objetivando reexame da matéria, em decor­rência do advento do Decreto-Lei ne 2322,de 26 de fevereiro de 1987, que altera o De­creto-lei ne 2290, de 21 de novembro de1986.

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o teor da Consulta diz respeito sobre apossibilidade da Secretaria de Estado daAdministração efetuar acordos com pro­prietários dos im6veis que estão sob a admi­nistração desta, envolvendo Órgãos Públicos,para aumento dos aluguéis vigentes ou dosque vigorarão ap6sa renovação dos contratos.

Considerando que o Decreto-lei ne2322, regula alguns ítens do inquilinato e re­presenta na prática, um retorno à Lei6.649/79, cuja pesquisa encontra-se muitobem explicitada no parecer ne 21.163/86desta DTJ-TC, c6pia que anexamos no pre­sente processo às fls. 5 e 6, entendemos, vi­sando trazer maiores benefícios à Consulta,complemento com os seguintes subsídios tra­zidos pelo novo Decreto-lei:

Art. 1~ - O artigo 22 do Decreto-Lei nv2290, de 21 de novembro de1986, passa a vigorar com a se­guinte redação:

"Art. 2~ - Somente poderão ter cláusulas dereajuste, os contratos que o vin­culem às variações de Obrigaçãodo Tesouro Nacional - OTN,observada, ...

§ 4~ - A legislação anterior a 28 de fe­vereiro de 1986 e que tenha aObrigação Reajustável do Te­souro Nacional ORTN, como ín­dice para correção monetária,passa a vigorar com os índices devariação nominal da Obrigaçãodo Tesouro Nacional- OTN."

Art. 2~ As obrigações de pagamentovincendas e previstas no art. 8~

do Decreto-Lei n~ 1.281, de 10de março de 1986, serão a partirda publicação deste Decreto-Lei,convertidas em cruzados na datados seus vencimentos, observadaa relação paritária de Cz$5.057,42 para Cz$ 1,00.

Acrescentamos ainda, que o reajustepercentual a ser observado para renovaçãodos Contratos em vigor, deve ser de acordocom a variação da OTN relativa entre osmeses de fevereiro (data limite do congela-

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menta) e março de 1987, sendo que para osContratos novos, ressalva-se a livre negocia­ção, por não entrar a proibição explicitadaem Lei.

DTJ.,em 18 de março de 1987.

(a) ALDECIR CASTELITéc. de Controle

ProcuradoriaParecer n" 3.500/87

A Secretaria de Estado da Administra­ção consulta este Tribunal sobre reajuste decontratos de locação.

A D.T,J. através do parecer n!!L.2ü2/87, de 18 de março do corrente, ana­lisa de maneira clara o assunto.

Assim sendo, opina esta Procuradoriapela resposta nos termos do citado parecer.

É o parecer.Procuradoria do Estado, 19 de março de

1987.

(a)LUIZ CARLOS DOS SANTOS MELLOProcurador

Resolução n" 2.532/87O TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­

TADO DO PARANÁ, por unanimidade devotos,

RESOLVE:

Responder à consulta constante de fo­lhas 01, formulada pelo Secretário de Estadoda Administração, de acordo com os termosdo Parecer n~ 178/87, da Diretoria de As­suntos Técnicos e Jurídicos, proferido noprotocolado ne 21.163/86-TC., anexo porxerox, e, do Parecer nv 1.202/87, de folhas 9e lO, da Diretoria de Assuntos Técnicos eJurídicos e do Parecer nv 3.500/87, da dou­ta Procuradoria do Estado junto ao Tribunalde Contas.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros ANTONIO FERREIRA RÜPPEL(Relator), RAFAEL IATAURO. ARMAN­DO QUEIROZ DE MORAES, CÂNDIDOMARTINS DE OLIVEIRA, JOÂO CÂN­DIDO F. DA CUNHA PEREIRA e o Au­ditor RUY BAPTISTA MARCONDES.

Foi presente o Procurador do Estadojunto a este Tribunal, ANTONIO NELSONVIEIRA CALABRESI.

Sala das Sessões, em 26 de março de1987.

(a) JOÂO OLlVIR GABARDOPresidente

Contratos de locação que envolvem 6rgãos estaduais. Aplicabilidade do parágrafo únicodo artigo 5~ do Decreto 4246/84.

Relator:

Protocolo n": 8.120/87Interessado: Secretaria de Estado da Admi­

nistraçãoConselheiro João Féder

Consulta

Tendo em vista que esta Secretaria ad­ministra os contratos de locação que cnvol-

R. Tribunal Conto Est. Paraná 29 (92) janlabr 1987

vem órgãos estaduais c considerando o con­teúdo da informação 9/87 (anexa) da As­sessoria Jurídica desta Pasta, consultamosVossa Excelência quanto à aplicabilidade doparágrafo único do artigo 5~ do Decreto4.246, de 9-11-84, nas renovações dos con­tratos de locação da Administração Direta doEstado.

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Encarecemos, outrossim, seja a nossaconsulta apreciada com a máxima urgência,já que mais de cem processos de renovaçãode locação estão para ser definidos conformea posição do Tribunal de Contas do Estadodo Paraná em relação ao assunto em questão.

Atenciosamente.

(a) DEPUTADO MÁRIO PEREIRASecretário de Estado da Administração

Diretoria Técnico-Jurfdica

o presente protocolado versa sobre umaconsulta formulada pelo Exmo. Sr. Secretá­rio de Estado da Administração, na qual in­daga a esta Corte de Contas, quanto à apli­cabilidade do parágrafo único do art. 5~ doDecreto n~ 4.246, de 9 de novembro de1984, nas renovações dos contratos de loca­ção da Administração Direta do Estado.

Alega o Ilustre Consulente que existemmais de cem processos de renovação de loca­ção, envolvendo diversos segmentos do Es­tado, para serem definidos conforme a posi­ção que esta Colenda Corte de Contas tomarcom relação ao assunto.

Conforme consta dos autos, este Tribu­nal já se manifestou em matéria semelhante(Prol. 21.163/86) oriunda da mesma Secre­taria, respondendo de acordo com os termosdo Parecer ne 178/87 desta Diretoria.

Acontece no entanto, que em se tratan­do de Matéria um tanto complexa, alguns t6­picos não foram enfocados na consulta ante­rior, como o que ora examinamos.

A renovação ou prorrogação de Con­trato de Locação, não havendo cláusula derenovação ou prorrogação automática, cons­titue um ato de mera liberalidade das partescontratantes, observando sempre o binômiooportunidade-conveniência.

Assim, considerando que este egrérioTribunal de Contas, já se posicionou quantoas renovações dos contratos em vigor pelosreajustes com base nas OTNs e levando-seem consideração que os proprietários dos

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imóveis locados a Administração Direta doEstado, poderão eventualmente não acolheros pedidos de renovação naquela base e emrepresália poderão solicitar "incontinenti" aentrega dos im6veis o que efetivamente iriatrazer dissabores para a Administração doEstado.

Desta feita, a fim de que as partes con­tratantes, de um lado o Estado e de outro oproprietário do imóvel, não sofram prejuízos,entendemos de bom alvitre que se dê integralcumprimento ao que estabelece o parágrafoúnico do art. 5~ do Decreto n~ 4.246/84,procedendo-se como a legislação recomendauma prévia avaliação dos imóveis ora loca­dos, através da Comissão Permanente deAvaliação (ePA!) da Secretaria de Estado daAdministração, sempre que o aluguel preten­dido pelo Senhorio exceda o valor anteriorcorrigido com base na variação do valor no­minal dali OTNs.

ISTO POSTO, considerando o que dosautos constam, mui especialmente o fato deque as normas contidas no Decreto n'!4.246/84, não são conflitantes com as legis­lações que tratam a espécie, principalmentesob o aspecto jurídico abordado na inicial,somos pelo recebimento da Consulta por seharmonizar com os dispositivos da Lei nv5.615/67 e no mérito entendemos "data vê­nia" que o Ilustre Consulente pode aplicar oparágrafo único do art. 51! do referido De­creto, {Xlr se a única forma legal de solucio­nar os problemas em pendência.

S.M.J. é o nosso parecer "sub censura"0.1'.1. em 23 de abril de 1987

(a) EMMANUEL SILVEIRA MOURADiretor

ProcuradoriaParacer n~ 5336/87

A Secretaria de Estado da Administra­ção, através Ofício, consulta este Tribunalquanto à aplicabilidade do § único do art. 5?do Decreto ne 4246, de 9 de novembro dej 984, nas renovações dos contratos de loca-

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ção da Administração Direta do Estado.Este Tribunal já se manifestou em ma­

téria semelhante, (Resolução n° 2532/87),respondendo àquela Secretaria.

A D.T.J., em seu parecer de nO 1825/87,analisa esta Consulta sobre aspectos nãoanalisados anteriormente, opinando pelaafirmativa da aplicação do § único do art. 5~

do Decreto 4246/84.Esta Procuradoria, ao concordar com a

D.T.J., reitera a necessidade de uma préviaavaliação dos imóveis ora locados, através daComissão Permanente de Avaliação (CP AI)da Secretaria de Estado da Administração,sempre que o valor do aluguel pretendido,venha a exceder o valor anterior corrigidocom base na variação das OTNs.

É o parecer.Procuradoria do Estado. em 24 de abril

de 1987.

(a) Luiz Carlos dos Santos MelloProcurador

Resolução n" 3.763/87

o TRIBUNAL DE CONTAS DO ES-

TADO DO PARANÁ, por unanimidade devotos,

RESOLVE:

Responder à consulta constante de fo­lhas 01, formulada pelo Senhor Secretário deEstado da Administração. de acordo com oParecer nO 1.825/87, de folhas 21 e 22, daDiretoria de Assuntos Técnicos e Jurídicos edo Parecer nO 5336/87, de folhas 23, dadouta Procuradoria do Estado junto a esteÓrgão.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros ANTONIO FERREIRA RÜPPEL,RAFAEL IATAURO, JOÃO FÉDER (Re­lator), CÃNDIDO MARTINS DE OLI­VEIRA, JOÃO CÂNDIDO F. DA CU­NHA PEREIRA e o Auditor RUY BAP­TISTA MARCONDES.

Foi presente o Procurador Geral do Es­tado junto ao Tribunal e Contas, HORÁRIORACCANELLO FILHO.

Sala das Sessões, em 28 de abril de1987.

(a) ARMANDO QUEIROZ DE MORAESVice-Presidente. no exercício da Presidência

Ajuda Moradia para Juíz e Promotor de Justiça

Protocolo di: 15.447/86Interessado: Prefeito Municipal de Palmei­

raRelator: Auditor Roberto Macedo Gui­

marães

ConsultaDiretoria de Contas Municipais

o ilustre Prefeito do Município de Pal­meira, Sr. Mussoline Mansani, através doofício ne 298/86, endereça consulta a esteTribunal de Contas, nos seguintes termos:

"Formulamos o presente com a finalida-

R. Tribunal Cont. Bst. Paraná 29 (92) janlabr 1987

de de consultar esse Egrério Tribunal, a res­peito da legalidade do pagamento de aluguelde Casa, sob o título "ajuda Moradia" aoJufz de Direito e ao Promotor de Justiça daComarca.

No Mérito

O art. 4" da Lei Federal nv 4320/64,é imperativo ao informar que os municípiossó poderão fazer constar de seus orçamentosas despesas pr6prias dos ôrgãos de seu Go­verno e da sua administração centralizada,senão vejamos:

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"Art. 4'?- A Lei de Orçamento compre­enderá todas as despesas próprias dos<Srgãos do Governo e da AdministraçãoCentralizada, ou que por intermédiodeles se devam realizar, observado odisposto no artigo 2'?"

À luz dessa ótica, a Lei Orgânica dosMunicípios - Lei Complementar ns 27, de08.01.86, no seu artigo 118, define qoe:

"Art. 118 - A despesa pública obede­cerá à lei orçamentária anual, que nãoconterá dispositivo estranho à fixaçãoda despesa e à previsão da receita:'

Sabendo-se que nenhuma despesa po-derá ser realizada sem que esteja prevista noorçamento, e havendo o impedimento paraque conste na Lei de meios, fecha-se qual­quer possibilidade do Município vir a arcar~om despesas que não sejam de seu peculiarinteresse.

A realização de despesa sem coberturaorçamentária, passa à categoria de despesas acomprovar, c como tal corresponde uma ir­regularidade passível de respcnsabilização.

No presente caso, tanto o Juíz de Di­reito, quanto o Promotor de Justiça da Co­marca, são funcionários estaduais de carrei­ra, que têm vencimentos certo e determina­do, não lhes sendo permitido exigir ou rece­ber qualquer parcela em razão da contra­prestação pessoal dos normais serviços cor­respondentes às suas funções.

Do enunciado depreende-sc que a Pre­feitura não poderá dispensar recursos comdespesas dessa natureza. sob qualquer moda­lidade, eis que as mesmas pertence à esferado Governo Estadual.

Outrossim, cabe destacar que este Tri­bunal já de longa data firmou jurisprudênciaadministrativa quanto à matéria semelhante,conforme exemplos: Resolução nv 2.612/75,224174,3870/83, 10.377/83,4.645/83.

Salvo melhor juízo, está a presente emcondições de merecer apreciação superior doColegiado deste Tribunal de Contas.

D.C.M., em 22 de setembro de 1986.

(a) Akichide Walter OgasawaraDiretor

32

ProcuradoriaParecer n~ 00669/87

O Prefeito Municipal de Palmeira con­sulta sobre a legalidade do pagamento dealuguel de casa ao Juiz de Direito e Promo­tor Público da Comarca.

A matéria não é nova nesta Casa e jámereceu diversas decisões no sentido de quetais despesas são de responsabilidade do Go­verno Estadual. como bem esclarece a Dire­toria de Contas Municipais em sua informa­ção de fls. 3 a 4, inclusive citando as Resolu­ções do egrégio Plenário nesse sentido.

Assim, somos de parecer que a respostaà consulta, deve ser negativa.

É o parecer.Procuradoria do Estado, 21 de janeiro

de 1.987.

(a) BELMIRO VALVERDE J. CASTORProcurador

Resolução ns 1059/87

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­TADO DO PARANÁ, par unanimidade devoto,

RESOLVE:

Responder negativamente à consultaconstante de folhas OI, formulada pelo Se­nhor Prefeito Municipal de Palmeira, deacordo com o Parecer n~ 0669/87, da doutaProcuradoria do Estado junto ao Tribunal deContas.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros ANTONIO FERREIRA RÜPPELCÁNDlDO MARTINS DE OLIVEIRA ~os Aoditores IVO THOMAZONI RO­BERTO MACEDO GUIMARÃES '(Rela­tor), MARINS ALVES DE CAMARGONETO e FABIANO SAPORITI CAMPÊ­LO.

Foi presente o Procurador Geral do Es­tado junto ao Tribunal de Contas. RODOL­FOPURPUR.

Sala das Sessões, em 10 de fevereiro de1987.

(a) JOÃO OLlVIR GABARDOPresidente

R. Tribunal Conto Est. Paraná 29 (92) jan/abr 1987

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Acúmulo de cargos - Vereador/Professor

Protocolo nq: 783185Interessado: Câmara Municipal de Cruzei­

ro do SulRelator: Conselheiro Rafael latauro

ConsultaDiretoria de Contas Municipais

Pelo ofício n" 01385 de 07.01.85, oPresidente da Câmara Municipal de Cruzeirodo Sul, Vereador Odide Masar Soda, enca­minha consulta a este Tribunal nos seguintestermos:

"Tem este o fnn especial de solicitarparecer desse Tribunal de Contas, sobre osseguintes assuntos:

1) Pode o vereador após a posse, sendoprofessor efetivo do Estado, ser di­retor de Estabelecimento de Ensino,com função gratificada?

2) Pode o vereador na condição acimacitada licenciar-se para continuarexercendo a função de diretor?

3) Pode o vereador após a posse sercontratado pelo Estado no Cargo emComissão de Inspetor Estadual deEnsino?

4) Pode o vereador na condição acimaexposta licenciar-se e continuar sen­do Inspetor Estadual de Ensino?

A questão formulada no quesito 1, podeser respondida de acordo com o disposto noartigo 104 § 3~ da Constituição Federal, asaber:"Art. 104 -

§ 3e - Investido no mandato de verea­dor, havendo compatibilidadede horários, perceberá as van­tagens de seu cargo, empregoou função, sem prejuízo dossubsídios a que faz jus. Não ha­vendo compatibilidade, aplicar­se-á a norma prevista no § I~deste Artigo."

Desta forma, não há impedimento a queo Diretor, exerça também a Vereança, desdeque haja compatibilidade de horário, condi­ção esta em que poderá o mesmo perceber ossubsídios bem Como as vantagens de seu car­go.

Em resposta ao quesito 2, transcreve­mos inicialmente o contido no artigo 52, daLei Orgânica dos Municípios, a saber:"Art. 52 O vereador poderá licenciar-se

somente:I Por moléstia devidamente com­

provada;II Para desempenhar missões

temporárias de caráter culturalou de interesse do Município;

IH - Para tratar de interesses parti­culares, por prazo determinado,nunca inferior a trinta dias, nãopodendo reassumir o exercíciodo mandato antes do término dalicença."

Portanto, não havendo compatibilidadede horário, opcionalmente cabe ao Vereador,abdicar-se de seu mandato, ou afastar-se deseu cargo, emprego ou função, e não licen­ciar-se como pleiteia o consulente.

Os assuntos constantes da parte 3 e 4,encontram respostas nas mesmas condiçõesacima mencionadas.

É a informação.D.M.C., em 24 de janeiro de 1985.

(a) ODETE HIGA ROSSITécnico de Controle Externo

ProcuradoriaParecer n2 1978/85

Da presente consulta, formulada peloSI. Presidente da Câmara Municipal de Cru­zeiro do Sul, trataremos inicialmente da pri­meira e terceira perguntas, a saber:

-j e - Pode o Vereador após a posse,sendo professor efetivo do Esta-

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do, ser diretor de estabeleci­mento de ensino, com funçãogratificada?

3!! - Pode o Vereador ap6s a posse sercontratado' pelo Estado no Cargoem Comissão de Inspetor Esta­dual de Ensino?"

A Constituição Federal disciplina a ma­téria da seguinte forma:"Art. 104 - O servidor público federal, es­

tadual ou Municipal, da admi­nistração direta ou indireta,exercerá o mandato eletivoobedecidas as disposições desteartigo.

§ I!? - Em se tratando de mandatoeletivo federal ou estadual, fi­cará afastado do cargo, empre­go ou função.

§ 3Ç? - Investido no mandato de Ve­reador, havendo compatibilida­de de horários, perceberá asvantagens de seu cargo, empre­go ou função, sem prejuízo dossubsídios a que faz jus. Não ha­vendo compatibilidade, aplicar­se-á a norma prevista no § I!?deste artigo."

Cumpre ainda considerar o disposto noart. 56 da Lei Orgânica dos Municípios:"Art. 56 - Os Vereadores não poderão, de

forma da legislação federal, sobpena de cassação do mandatopela Câmara Federal:

VI - desde a diplomação aceitar car­go, função ou emprego remu­nerado nas entidades referidasnos incisos IV e V, ressalvada aadmissão por concurso públi­co."

As entidades em questão são as quecompõem a administração direta e indiretado Município.

Está claro, portanto, à luz da legislação,que se o Vereador já era antes da posse fun­cionário público, tanto faz se federal, esta­dual ou municipal, poderá acumular as van-

34

tegens do seu cargo com os respectivos sub­sídios,

A única imposição legal diz respeito àcompatibilidade de horários, isto é, que sejafisicamente possível ao cidadão exercer am­bas atividades, sobretudo sem prejuízo dasobrigações que lhe acarreta a representaçãopopular.

Da mesma forma essa é a única condi­ção para o caso do Vereador contratado ap6sa posse, para cargo estadual comissionado,visto que a lei proíbe, salvo através de con­curso público, que ele venha a ocupar cargona administração municipal.

Relativamente às segunda e quarta inda­gações, também concordamos com a analistada DCM.

O art. 52 da Lei Orgânica dos Municí­pios, já transcrita na sua Informação, fixa assituações em que é possível ao Vereador li­cenciar-se, não prevendo desligamentos paraviabilizar o exercício exclusivo das funçõesinerentes ao seu cargo público.

Tal seria, inclusive, uma incoerência,porque a Lei só tolera a acumulação dianteda compatibilidade de horários, que havendo,dispensa a necessidade de qualquer afasta­mento.

É o parecer.Procuradoria do Estado, em 7 de feve­

reiro de 1985.

(a) Raul Viana JúniorProcurador

Voto do Conselheiro Rafael Iatauro

Trata, o presente processo, de consultaoriunda da Câmara Municipal de Cruzeiro doSul, na qual esse Legislativo quer saber:

"1) - Pode o vereador após a posse,sendo professor efetivo do Esta­do, ser Diretor do Estabeleci­mento de Ensino, com funçãogratificada?

2) - Pode o vereador na condiçãoacima citada licenciar-se paracontinuar exercendo a função deDiretor?

R. Tribunal Conto Est. Paraná 29 (92) jan/abr 1987

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RESOLVE:

(a) JOÂO OLlVIR GABARDOPresidente

o TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­TADO DO PARANÁ, por unanimidade devotos,

licenciar-se regularmente, assumindo o seusuplente.

Ainda que tais disposições sejam da an­tiga lei Orgânica dos Municípios - A LeiComplementar ne 02, de 18.06.73, elas estãorepetidas na atual Lei Orgânica - A LeiComplementar ne 27, de 08.01.86, nos arti­gos 65 e parágrafos, 66 e 67 e parágrafos,68, inciso I, letra ub".

A Procuradoria do Estado junto a esteTribunal, emitiu Parecer sobre a matéria,tamb~m mencionando os proibitivos legais.

E o Voto.Tribunal de Contas, em 14 de março de

1987.

(a) Rafael latauroRelator

Resolução o. 2240/87

Responder à consulta constante de fo­lhas OI, formulada pelo Presidente da C­MARA MUNICIPAL DE CRUZEIRO DOSUL, nos termos do voto escrito, contido àsfolhas 08 e 09 do processo, do Excelentíssi­mo Senhor Relator, Conselheiro RAFAELIATAURO.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros ANTONIO FERREIRA RÜPPEL,RAFAEL IATAURO (Relator), ARMAN­DO QUEIROZ DE MORAES, CÂNDIDOMARTINS DE OLIVEIRA e os AuditoresRUY BAPTISTA MARCONDES e FA­BIANO SAPORITl CAMPÊLO.

Foi presente o Procurador do Estadojunto ao Tribunal de Contas, ANTONIONELSON VIEIRA CALABRESI.

Sala das Sessões, em 17 de março de1987.

"§ Único - Convocar-se-á o suplente noscasos de vaga, licença ou de in­vestidura em funções previstasneste artigo.Não havendo suplente e tratan­do-se de vaga, far-se-ã a elei­ção para peenchê-la, se faltaremmais de 15 (quinze) meses parao término do mandato.

Não há óbice, portanto, a que o verea­dor assuma Cargo em Comissão, desde quese licencie do mandato e assuma o seu su­plente.

Os itens 3 e 4 podem ser respondidos,pela sua similitude, com base no artigo 57,parágrafo único, da Lei Orgânica dos Muni­cípios - Lei Complementar n~ 02, de18.06.73.

Nestes casos, deve também o vereador

3) - Pode o vereador após a posse sercontratado pelo Estado no Cargoem Comissão sendo inspetor Es­tadual de Ensino?

4) - Pode o vereador na condiçãoacima exposta licenciar-se e con­tinuar sendo Inspetor Estadual deEnsino?"

A questão constante do item I está re­gulada pelo artigo 57 da Lei Orgânica dosMunicípios do Paraná, de 18.06.73, a saber:,.Art. 57 - Não perde o mandato o vereador

que se licenciar para exercercargo em comissão dos Gover­nos Federal e Estadual, ou deSecretário Municipal nos órgãosda Prefeitura ou quando licen­ciado por período igual ou supe­rior a 120 (cento e vinte) dias,por motivo de doença, ou parade interesses particulares,"

Verifica-se, portanto, a incompatibili­dade do exercício da vereança com cargo emcomíssão na estrutura da administração Es­tadual ou Federal, sem que o vereador estejalicenciado de suas funções legislativas.

A resposta ao quesito 2 está capituladano parágrafo único do art. 57 da Lei Orgâni­ca dos Municípios:

R. Tribunal Conto Est. Paraná 29 (92)ianJabr 1987 35

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Obrigatoriedade da Prestação de Contas ao Tribunal.

ProtocoLo ng: 7159/86Interessado: Fundação Hospitalar de As­

torgaRelator: Conselheiro Antonio Ferreira

RüppeL

Consulta

FUNDAÇÃO HOSPITALAR DE AS­TORGA, sociedade civil sob regime de fun­dação, vem junto a esse Egrégio Tribunal deContas do Estado do Paraná para expor e, aofinal, consultar: li

1 - Esta Egrégia Corte, por oportuni­dade da análise das contas do Mu­nicípio de Astorga referentes aoexercício de 1.983. constatou queesta Fundação não prestava suascontas a esta instituição, fato quemereceu a censura;

2 - Esta Fundação, dando obediência à.determinação, encaminhou a estaEgrégia Corte as respectivas pres­tações de contas;

3 - Analisadas as referendadas contas,o processo. junto com o do Municí­pio de Astorga, foi encaminhado àCâmara Municipal de Astorga parao competente julgamento pela Casade Leis;

4 - Ao ser iniciado o julgamento pelaCâmara Municipal de Astorga doprocesso de prestação de contas daFundação, o Legislativo Municipal,acatando a emenda supressiva im­petrada pelo Vereador José LuizCoelho Gomes, excluiu do julga­mento as contas da Fundação Hos­pitalar de Astorga, alegando quenão é da competência do Poder Le­gislativo do Município de Astorgaexaminar e julgar as contas da sig­natária. em virtude do "mandamus"por ela impetrado contra o Presi­dente da Câmara e a quem o Juízo"a quo" deu acolhimento;

36

5 - É oportuno que se ressalve que oMunicípio de Astorga, ao instituir aFundação e ao lhe outorgar os res­pectivos Estatutos Sociais, não re­servou para si a prerrogativa denomear qualquer Diretor ou mem­bro do Conselho Deliberativo dainstituída e não avocou para sicompetência para aprovar ou re­jeitar as contas da mesma e tendoconfiado esta prerrogativa aoConselho Deliberativo da entidade;

6 - O Município de Astorga, atravésdos artigos 35 e 36, dos EstatutosSociais, na hipótese da dissoluçãodesta sociedade por impossibilidadede subsistência, outorgou ao referi­do Conselho Deliberativo os po­deres de decisão sobre a destinaçãodos bens desta entidade. e também,em referência, não reservou para sinenhuma prerrogativa;

7 - A Fundação Hospitalar de Astorga,desde o exercício de 1.983. não temrecebido qualquer auxílio ou sub­venção nem por parte da PrefeituraMunicipal de Astorga e nem porparte de nenhum órgão do Estadodo Paraná;

8 - Entretanto a signatária tem remeti­do, regular e anualmente, a presta­ção de contas de suas atividades â

douta Promotoria de Justiça destacomarca que, em virtude do capi­tulado em lei, é o órgão velador dasfundações e, depois da censura, temencaminhado, também, a prestaçãode contas a este Egrégio Tribunalde Contas do Estado do Paraná.

Diante do exposto:

1 - Em face do impasse criado, solicitaa signatária que seja informada:a - se é obrigada a prestar contas

de todas operações a esta

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,

Egrégia Corte c, posterior­mente. submetê-las ao julga­mento da Câmara Municipal,ou

b - se é obrigada a prestar contasanualmente a esta EgrégiaCorte c, posteriormente. sub­metê-las ao julgamento daCâmara Municipal, apenas noscasos quando tenha recebidoda Prefeitura Municipal ou deórgãos estaduais auxilio ousubvenções "in pccunia" ou.finalmente,

c - em nenhum caso a FundaçãoHospitalar de Astorga é obri­gada a prestar contas a esteEgrégio Tribunal de Contas enem submetê-las ao posteriorjulgamento pela Câmara Mu­nicipal de Vereadores;

2 - Em anexo seguem xeroc6pias dediversos documentos referendadosnesta consulta.

(a) Nelson JulianiPresidente

I>iretoria de Contas Municipais

o Presidente da FUNDAÇÃO HOSPI­TALAR DE ASTORGA, Sr. NELSONJULIANI, através do protocolado ne7.159/86, endereça CONSULTA a este Tri­bunal de Contas, no sentido de dirimir dúvi­das concernente à Prestação de Contas destaentidade, conforme seu oficio de 10 de Abrilde 1.986.

Após análise da peça exordiaJ em tela,tenho a informar o seguinte:

Do Mérito

A questão, conforme está colocada,trata-se da aplicação do artigo l~ do Provi­mento n2 01/81, combinado com os artigosnv 75, item XIV da Lei Complementar nv 27de 08/01/86 (Lei Orgânica dos Municípios) e

R. Tribunal Conto Est. Paraná 29 (92) janlabr 1987

artigo 7'.2 da Lei ne 6.223 de 14 de Julho de1.975, que rezam respectivamente o seguin­te:

Art. 11] do Provimento nl] 0l/81: Estãoobrigados a prestar contas:

VI - Fundações constituídas ou manti­das pelo Poder Público;

Art. 75, item XIV da Lei Complementarne 27/86:

À Câmara compete, privativamente,entre outras, as seguintes atribuições:

XIV - Tomar e julgar as contas doPrefeito e da Mesa, rio prazo de noventa diasapós o recebimento do parecer prévio doTribunal de Contas do Estado;

Art. 70 da Lei nO 6.223/75:As entidades públicas com personalida­

de jurídica de direito privado, cujo capitalpertença, exclusivamente ou majoritaria­mente à União, ao Estado, ao Distrito Fede­ral, ao Município ou a qualquer entidade darespectiva Administração Indireta, ficamsubmetidas à fiscalização financeira do Tri­bunal de Contas competente, sem prejuízo docontrole exercido pelo Poder Executivo.

Diante dos mandamentos exarados pelosdiplomas legais acima expostos, entende-seque, após o término de todo exercício finan­ceiro, é obrigat6rio a remessa da prestaçãode contas da Fundação Hospitalar em apreço,a esta Egrégia Corte. Dita prestação de con­tas deverá acompanhar todo o processoprestador de contas do respectivo municípiode Astorga, o qual deverá ser remetido peloSr. Prefeito Municipal no tempo hábil esti­pulado na legislação pertinente.

É a informação.D.C.M., em 05 de Março de 1.987.

(a) Estevão Augusto Canto deAzevedo Bueno

ProcuradoriaParecer n~ 2783/87

O Presidente da Fundação Hospitalar deAstorga, formulou consulta a este Tribunal,tendo em vista dirimir dúvidas quanto a

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RESOLVE:

Responder à consulta constante de fo­lhas OI, formulada pelo Prefeito Municipalde Jaguapitã, de acordo com a Informação n'.!16/87, de folhas 03 e 04, da Diretoria deContas Municipais e do Parecer nÇ? 1182/87,de folhas 05, da douta Procuradoria do Esta­do junto ao Tribunal de Contas.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros ANTONIO FERREIRA RÜPPEL,RAFAEL IATAURO, JOÃO FÉDER (Re-

lator), CÂNDIDO MARTINS DE OLI­VEIRA, JOÃO CÂNDIDO F. DA CU­NHA PEREIRA e o Auditor ROBERTOMACEDO GUIMARÃES.

Foi presente o Procurador Geral do Es­tado junto à este Tribunal, RODOLFOPURPUR.

Sala das Sessões, em 17 de fevereiro de1987.

(a) JOÃO OLIVIR GABARDOPresidente

Legalidade e constitucionalidade de emenda aprovada pela Câmara de Vereadores aprojeto de lei, de iniciativa do Poder Executivo, a respeito de aumento de vencimentosaos servidores da municipalidade.

Protocolo n'!: 20.575186Interessado: Prefeitura Municipal de Me­

dianeiraRelator: Auditor Morins Alves de Ca­

margo Neto

ConsultaDiretoria de Contas Municipais

o ilustre Prefeito do Município de Me­dianeira, Sr. AdoIpho Mariano da Costa,pelo oficio n~ 1176/86, faz consulta a esteTribunal de Contas, nos seguintes termos:

"Histórico: O Poder Executivo enviouà Câmara Municipal, através de Mensagem,o Anteprojeto da Lei n~ 23/86, com a se­guinte redação: U Art. I~ - Fica o Poder Exe­cutivo Municipal autorizado a reajustar apartir de 01 de outubro de 1986, em 30% osvalores, atualmente em vigor das tabelas deVencimento do Pessoal dos Quadros de Pro­vimento Efetivo e em Comissão da Prefei­tura Municipal de Medianeira.

..Art. 2~ - Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposi­ções em contrário."

Em Sessão de 29 de setembro de 1986, aCâmara Municipal de Vereadores, aprovou o

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mencionado Anteprojeto de Lei, acrescen­tando-lhe, entretanto, mais um artigo - o art.2~ - com a seguinte redação: "Fica igual­mente o Poder Executivo Municipal, por ini­ciativa própria, autorizado a conceder rea­juste a partir de O1 de Outubro de 1986, mais20% além do que estabelece o art. 1~, paratodos os funcionários que percebem valoresmensais inferiores à importância de Cz$3.216,00."

Encaminhada à Sansão a Lei, o PoderExecutivo, houve por bem vetar o seu art.2~, por julgá-lo contrário ao interesse públi­co.

Encaminhado o veto à Câmara, esta °rejeitou, e como, comunicada a rejeição oExecutivo não promulgou a lei no prazo,fê-lo o Sr. Presidente da Câmara, pelo queficou o referido art. 29. incorporado à Lei nv24/86.

Entendimento do Executivo: O Executi­vo Municipal entende que o referido art. 2~

da Lei mencionada é contrário ao interessedo Município conforme expresso nas razõesdo veto, mas entende também que é incons­titucional porque à Câmara não cabe a ini­dativa de Leis que autorizem despesas públi­cas. Na forma de seu entendimento, quer oExecutivo Municipal tornar nulo o artigo 2~

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da mencionada Lei, porque se simplesmentedeixar de dar a ele execução, como lhe é fa­cultado pelos próprios termos com que foiredigido (fica igualmente o Poder ExecutivoMunicipal, por iniciativa própria, autorizadoa conceder...) estará obrando no sentido decriar descontentamento em número consi­derável de funcionários que se beneficiariamcom a aplicação da faculdade estabelecidanaquele artigo.

Assim, formula a seguinte pergunta:a) É ilegal ou inconstitucional o art. 29.

da Lei Municipal n~ 24/86, e que foipromulgado pelo Sr. Presidente daCâmara de Vereadores de Media­neira?

b) Em caso afirmativo, declinando asrazões da ilegalidade ou inconstitu­cionalidade, pede que o Egrégio Tri­bunal indique o tipo de procedimentojudicial a ser proposto pelo PoderExecutivo para "arguir a inconstitu­cionalidade do ato da Câmara."(L.O.M. art. 93, XXYllI) ou sejaa inaplicabilidade do impugnado art.29. da Lei Municipal.

"

No Mérito

De acordo com a matéria exposta napeça inicial, o Prefeito encaminhou o Projetode Lei à Câmara deliberando sobre o au­mento dos Servidores daquele Município. ACâmara, por sua vez, aprovou emenda, au­torizando ao Executivo, a seu juízo, em con­ceder mais 20% além do estabelecido na peçaoriginal. O Executivo, por entender ser con­trário ao interesse público vetou a aludidaemenda e devolveu-a a Câmara. Esta, porsua vez, rejeitou o veto e como não houvea sansão no prazo regular promulgou a Leide aumento aos servidores do Município deMedianeira.

Preliminarmente, o ato da Câmara é fla­grante e contrário aos dispositivos legais vi­gentes.

A Câmara Municipal não teve o cuidadode examinar o campo de sua competência so-

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bre a matéria exposta pelo Executivo.De conformidade com o artigo 34, da

Lei Orgânica dos Municípios - Lei Comple­mentar 0 2 27, de 08.01.86, o Governo Muni­cipal é exercido pela Câmara Municipal comfunções legislativas e pelo Prefeito, com fun­ções executivas.

À luz dessa ótica, cada segmento com­ponente da estrutura Municipal, tem definidaas suas atribuições e prerrogativas ora emconstituição, outros em Leis específicas ecomplementares.

O Prefeito, como chefe do Executivo,tem competência concorrente com a da Me­sa, das Comissões e dos Vereadores paraapresentar projetos de leis à Câmara, porémem certos casos, de sua exclusiva competên­cia.

A matéria trazida à colocação refere-seàquelas prerrogativas exclusiva do Executi­vo, estabelecido no artigo 57, da MagnaCarta, que assim dispõe:"Art. 57 - É da competência exclusiva do

Presidente da República a inicia­tiva das Leis que:disponham sobre matéria finan­ceira;

II criem cargos, funções ou empre­gos públicos ou aumentem venci­mentos ou a despesa pública;

O processo legislativo, isto é, a sucessãoordenada de atos para formação de normas,atualmente, é uniforme e aplicável nos trêsníveis de Governo - União, Estados e Muni­cípios. Em função disso, a Lei Orgânica dosMunicípios - Lei Complementar nv 27, de08.01.86, no seu artigo 79, estabelece o se­guinte dispositivo:"Art. 79 - A iniciativa dos projetos de lei

cabe a qualquer Vereador, àMesa, às Comissões da Câmara eao Prefeito.

§ 1~ - É da competência exclusiva doPrefeito a iniciativa dos projetosde lei que:

a - disponham sobre matéria finan­ceira;

b criem cargos, funções ou em-

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pregos públicos do Executivo e,em geral; aumentem vencimen­tos ou vantagens dos Servido­res;

c importem em aumento de des­pesa ou diminuição da receita;

d disciplinem o regime jurídico deseus servidores.

§ 2~ - Nos projetos oriundos da com­petência exclusiva do Prefeitonão serão admitidas emendas queaumentem a despesa previstanem que alterem a criação decargos:'

Portanto, leis de iniciativa exclusiva doPrefeito são aquelas que s6 a ele cabe o enviodo projeto à Câmara.

Relativamente ao § 22, supramenciona­do, tem suscitado divergências doutrinárias,quanto à sua real aplicação. Inicialmente oTribuoal Federal de Recursos - RDA 28171-, entendeu que o direito de iniciativa nãoexcluiria o poder de emenda Entretanto,esse julgado foi superado pelo entendimentodo Supremo Tribunal Federal- RDA 28/51,421240,47/238, quando decidiu que "em taisprojetos é inadmissível qualquer emenda,porque esta é colorãrio da iniciativa, logo,onde falta o poder de iniciativa, falta a com­petência para emendar."

Como vimos, as divergências são mui­tas, a propósito escreveu Caio Tácito, inRDA 28/51:

"Dentro do círculo da proposta do Exe­cutivo poder-se-á exercer o direito de emen­da; inclusive para suprir as omissões ou defi­ciências verificadas no curso da elaboraçãolegislativa. O que repugna ao espírito da re­gra constitucional é a aceitação de que, ven­cido o obstáculo inicial da proposta do Go­verno, possa o Legislativo modificá-la comabsoluta liberdade de criação, transmudan­do-lhe o alcance e a substância para estabe­lecer situações que, explícita ou implicita­mente, não se continham na iniciativa gover­namental."

A título de ilustração, é importante evi­denciar o que escreve Hely Lopes Meirelles,in Direito Municipal Brasileiro:

42

"A exclusividade da iniciativa de certasleis destina-se a circunscrever (não a anular)a discussão e votação do projeto às matériaspropostas pelo Executivo. Nessa conformi­dade, pode o Legislativo apresentar emendassupressivas e restritivas, não lhe permitindo,porém, oferecer emendas ampliativas, por­que estas transbordam da iniciativa do Exe­cutivo."

Negar sumariamente o direito de emen­da seria reduzir a Câmara a mero homologa­dor das leis propostas pelo Executivo, en­tretanto, conceder poderes ilimitados à ela deemendar as propostas oriundas exclusiva­mente do Prefeito, seria invalidar o privilégioconstitucional estabelecido em favor do Exe­cutivo.

À luz do que foi visto, o procedimentoda Câmara Municipal resultou em lei incons­titucional e ilegal, pois infringindo a Consti­tuição, a Câmara fez uma lei inconstitucionale infringido normas superiores ordinárias oucomplementares, o fêz lei ilegal. Em ambosos casos as leis serão inoperantes. A propó­sito, Rui Barbosa, in "Atos Inconstitucio­nais", pg. 37 e seguintes; editou três regrasde aplicação a todas as esferas legislativas,vigentes até a presente data:

"PRIMEIRA - O poder de fazer a leinão compreende o de reformar aConstituição. Toda Lei que cerceie di­reitos e instituições consagrados naConstituição é inconstitucional. Pormaioria de razão, inconstitucionais sãoas deliberações não legislativas dasCâmaras, que interessarem esfera ve­dada ao legislativo.SEGUNDA - Toda medida legislativaou executiva que desrespeitar preceitosconstitucionais é, de sua essência, nula.Atos nulos da legislatura não podemconferir poderes válidos ao Executivo.TERCEIRA - À justiça compete de­clarar a nulidade dos atos legislativosJX1r quebra da Constituição Federal.Essa declaração, regularmente provo­cada, ccrresponde, para a Justiça, nãosó a um direito legal, como a um deverinevitável:'

R. Tribunal Conto Est. Paraná 29 (92) janlabr 1987

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o Executivo não é obrigado acatarnormas legislativas contrárias à Constituiçãoou a leis hierarquicamente superiores. Comovimos, os atos contrários à Constituição ou àlei são inoperantes e não produzem qualquerefeito jurídico atendíveis, pela simples razãode se colidirem com os mandamentos de leissuperiores.

Nessa atitude do Executivo. não há re­beldia à lei, e sim obediência à Constituição.O essencial é que o Prefeito; ao negar ocumprimento de um dispositivo legal incons­titucional. justifique o seu ato e ingresse noJudiciário, se for titular da ação. para obter opronunciamento de inconstitucionalidadepelo Poder que tem competência para fazê­lo.

Ademais cabe ressaltar que. por serematos nulos não geram direitos. nem produzemsituações jurídicas definitivas para o benefi­ciário da ilegalidade ou da inconstitucionali­dade, pois conforme decisão do SupremoTribunal Federal - ROA 51/274 -, "não sepode tirar conseqüências legais de atos ile­gais."

As questões formuladas pelo consulente,estão respondidas no bojo da informação.

Submetemos o exposto à ConsideraçãoSuperior.

Encaminhe-se à Procuradoria do Estadojunto ao Tribunal de Contas.

D.C.M. em 30 de dezembro de 1986.

(a) Akichide Walter OgasawaraDiretor

ProcuradoriaParecer n~ 280/87

O Prefeito Municipal de Medianeira,consulta este Tribunal sobre a legalidade econstitucionalidade de emenda aprovada pelaCâmara de Vereadores a projeto de lei, deiniciativa do Poder Executivo. que autorizaaumento de vencimentos aos servidores damunicipalidade.

A Diretoria de Contas Municipais, se­gundo informação ne 123/86 - DCM. apósjudiciosas considerações sobre os dispositi­vos legais que regem a matéria. concluiu que

R. Tribunal Conto Est. Paraná 29 (92) janlabr 1987

o ato da Câmara Municipal resultou inope­rante e sem nenhum efeito por conter víciode ilegalidade e inconstitucionalidade.

E concluiu, com acerto, pois em amparode sua interpretação citou decisão do pr6prioSupremo Tribunal Federal que escoima dedúvida o entendimento adequado à espécie.(ROA 28/51, 42/240 e 47/238).

Recomenda, por firn, a D.C.M., que oconsulente recorra ao Judiciário para obter opronunciamento de inconstitucionalidade quelhe compete arguir, se assim o desejar.

A Procuradoria opina no mesmo senti-do.

É o parecer.Procuradoria do Estado, em 15 de ja­

neiro de 1987.

(a) Túlio VargasProcurador

Resolução u~ 1015/87

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­TADO DO PARANÁ, por unanimidade devotos,

RESOLVE:

Responder à consulta constante de fo­lhas 01 a 03. formulada pelo Prefeito Muni­cipal de Medianeira, de acordo com a Infor­mação ne 123/86, de folhas II a 17, da Di­retoria de Contas Municipais e do Parecer nv280/87, de folhas 18, da Procuradoria doEstado junto à este Tribunal.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros ANTONIO FERREIRA RÜPPEL,CÂNDIDO MARTINS DE OLIVEIRA eos Auditores IVO THOMAZONI, RO­BERTO MACEDO GUIMARÂES, MA­RINS ALVES DE CAMARGO NETO(Relator) e FABIANO SAPORITI CAM­PÊLO.

Foi presente o Procurador Geral do Es­tado junto ao Tribunal de Contas. RüDüL­FOPURPUR.

Sala das Sessões. em 10 de fevereiro de1987.

(a) JOÂO OLlVIR GABARDOPresidente

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Procedimento a ser adotado no recebimento de diferença de remuneração

Protocolo n ll : 5225/87Interessado: Câmara Municipal de Siqueira

Campos.Relator: Conselheiro Armando Queiroz

de Moraes

ConsultaDiretoria de Contas Municipais

Através do Oficio ne 01187, datado de13 de março de 1987, o Sr. João B. R. deAlmeida, Presidente da Câmara Municipal deSiqueira Campos, solicita o seguinte: .

"Prezado Senhor:A Prefeitura Municipal de Siqueira

Campos, no exercício de 1986, arrecadou or­çamentariamente a importância de Cz$12.209.658,49, tendo esta Edilidade percebi­da a remuneração global de Cz$ 359.827,22,inferior em Cz$ 128.559,12 ao valor de 4%da receita orçamentária, cujo valor percen­tua! é de Cz$ 488.386,34.

A mencionada diferença de Cz$128.559,12 não foi empenhada pela Prefei­tura no exercício de 1986, não constando naTUbrica Restos aPagar.

Os Senhores Vereadores julgam-se nodireito de perceber proporcionalmente a di­ferença, cujo pagamento está previsto naanexa cópia da Resolução ns 01/86, de03/04/86, em seu Artigo 49•

Como Executivo Municipal declara-seimpossibilitado de efetuar a transferênciapara esta Câmara, por motivo de não estar adespesa empenhada em Restos ã Pagar, vi­mos solicitar-lhe que nos informe a formalegal que poderá ser utilizada para que estaEdilidade possa receber o que lhe é devidopor direito."

No Mérito

A Diretoria de Contas Municipais, pro­põe-se a fornecer as informações abaixo:

44

A matéria formulada, objetiva, esclarecedúvidas, quanto a forma de pagamentos deAjustes em razão de atualização da remune­ração dos Senhores Vereadores, haja vistaestar o Município, naquele exercício, enqua­drado no percentual estabelecido pelo artigolI! da Lei Complementar nl! 50, ou seja, nolimite de 4% da receita efetivamente arreca­dada no exercício.

Dessa forma, aplicando-se o citado per­centual, sobre o montante de Cz$12.209.658,49, que corresponde a receitaefetiva do exercício de 1986, teremos a im­portância de Cz$ 488.386,34, que poderiaser paga à edilidade durante o ano.

Segundo o consulente, a despesa paga àesse título, no exercício em questão, foi deCz$ 359.827,22. Nesse caso, poderá a dife­rença de Cz$ 128.559,12 ser complementadano corrente exercício.

Por outro lado, há esclarecimentos,também, de que tal importância não está re­gistrada em Restos a Pagar, conseqüente­mente não houve o respectivo empenho noexercício correspondente.

Portanto, caso em que não haja dotaçãoconsignada no orçamento vigente, para aten­der tal despesa, poderá ser aberto um Cré­dito Adicional Especial, no elemento 3.1.9.2"Despesas de Exercícios Anteriores". Po­rém, há que se observar que a iniciativa desseProjeto de Lei deve ser do Executivo Muni­cfpal.

É a Informação.D.eM., em 26 de março de 1987.

<a) Odete Higa RossiTécnico de Controle

ProcuradoriaParecer 02 4.128/87

O Presidente da Câmara Municipal deSiqueira Campos, através Ofício de ns

R. Tribunal Conto Est. Paraná 29 (92) jan/abr i 987

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01/87, consulta este Tribunal sobre comoproceder para que os Srs. Vereadores rece­bam diferença de remuneração.

A D.C.M., em sua Informação nv 31187,esclarece qual o procedimento a ser adotado,esta Procuradoria concorda com os termosda citada Informação, reiterando a necessi­dade de ser do Executivo Municipal a inicia­tiva da apresentação do Projeto de Lei paraatingir o fim desejado.

É o parecer.Procuradoria do Estado, 31 de março de

1987.

(a)LUIZ CARLOS DOS SANTOS MELLOProcurador

Resolução n~ 3.619/87

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­TADO DO PARANÁ, por unanimidade devotos,

RESOLVE:

Responder à consulta constante de folhaOI, formulada pelo Presidente da CÂMARAMUNICIPAL DE SIQUEIRA CAMPOS,de acordo com a Informação nÇl 31/87, defolhas 04 a 06, da Diretoria de Contas Muni­cipais c do Parecer ne 4128/87, de folha 07,da douta Procuradoria do Estado junto a esteTribunal.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros ANTÔNIO FERREIRA RÜPPEL,RAFAEL IATAURO, JOÂO FÉDER,ARMANDO QUEIROZ DE MORAES(Relator), CÂNDIDO MARTINS DEOLIVEIRA e JOÂO CÂNDIDO F. DACUNHA PEREIRA.

Foi presente o Procurador Geral do Es­tado junto ao Tribunal de Contas, HORÁ­CIO RACCANELLO FILHO.

Sala das Sessões, em 23 de abril de1987.

(a) JOÃO OLlVIR GABARDOPresidente

Questão orçamentária e de pessoal da Câmara Municipal

Protocolo n?: 3033187Interessado: Prefeito Municipal de Jundiat

do SulRelator: Conselheiro Antonio Ferreira

Rüppel

ConsultaDiretoria de Contas Municipais

o Prefeito Municipal de Jundiaí do Sul,Senhor Ozório José dos Santos, através doprotocolado de ne 3033/87-TC, endereçaCONSULTA a este Tribunal de Contas, nosentido de dirimir dúvidas concernente aquestão orçamentária e de pessoal da CâmaraMunicipal deste Município.

Após análise da peça exordial acima, te­nho a informar o seguinte:

R. Tribunal Cont. Bst. Paranâ 29 (92) janlabr 1987

Do Mérito

A questão, conforme está colocada,trata-se da aplicação da Lei Complementarne 27 de 08/01/87 (Lei Orgânica dos Muni­cípios), mais precisamente ao que estipula osmandamentos dos artigos abaixo:

Art. 74 - Cabe à Câmara, com a Sanção doPrefeito dispor sobre as matériasde competência do Município eespecialmente:

x - criar, alterar a extingüir cargospúblicos e fixar os respectivosvencimentos, inclusive os dos ser­viços da Câmara;

Art. 79 A iniciativa dos projetos de lei ca­be a qualquer Vereador, à Mesa.

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Art. 93IV

às Comissões da Câmara e aoPrefeito.. (o grifo é nosso)

§ 1~ - É da competência exclusiva doPrefeito a iniciativa dos projetosde lei que:b) criam cargos, funções ou em­

pregos públicos do Executivoe, em geral, aumentem venci­mentos ou vantagens dos ser-vidores;

Compete ao Prefeito:ordenar ou autorizar as despesas epagamentos na conformidade doOrçamento e dos Créditos Aber­tos legalmente;

Art. 98 - § 3~ - As Câmaras somente po­derão admitir servidores medianteconcurso público de provas, ouprovas e títulos, após a criaçãodos cargos respectivos, na formado artigo 101.

Analisando os mandamentos exaradospelos diplomas legais expostos, concluímosque a Câmara Municipal de Jundiaí do Sul,agiu irregularmente e de maneira ilegal, aocontratar o respectivo servidor, para atuarcomo secretário, haja vista, inclusive a cir­cunstância de o Executivo não dispor de re­cursos orçamentários suficientes para talmedida.

É a informação.D.C.M., em 23 de março de 1987.

(a) Estevão Augusto Canto deAzevedo Bueno

ProcuradoriaParecer n~ 3792/87

o Prefeito de Jundiaí do Sul, através

ofício consulta este Tribunal de Contas nosentido de dirimir dúvidas quanto a questãoorçamentária e de pessoal da Câmara Muni­cipal daquele Município.

A D.C.M. em sua Infonnação nv 26/87,dirime as dúvidas suscitadas de maneira ab­solutamente clara e conclusiva, estando estaProcuradoria de acordo com suas colocações.

É o parecer.Procuradoria do Estado, em 25 de mar­

ço de 1987.

(a) Luiz Carlos dos Santos MelloProcurador

Resolução n~ 3.195/87O TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­

TADO DO PARANÁ, por unanimidade devotos,

RESOLVE:

Responder à consulta constante de fo­lhas 01, formulada pelo Prefeito Municipalde Jundiaí do Sul, de acordo com a Informa­ção ns 26/87, de folhas 03 e 04, da Diretoriade Contas Municipais e do Parecer ne3792/87, de folhas 05, da douta Procurado­ria do Estado junto ao Tribunal de Contas.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros ANTONIO FERREIRA RÜPPEL(Relator), RAFAEL IATAURO, JOÃOFÉDER, CÃNDIDO MARTINS DE OLI­VEIRA e JOÃO CÃNDIDO F. DA CU­NHA PEREIRA.

Foi presente o Procurador Geral do Es­tado junto· a este Tribuna!, HORÁCIORACCANELLO FILHO.

Sala das Sessões, em 14 de abril de1987.

(a) JOÃO OLlVIR GABARDOPresidente

Procedimentos a serem adotados sobre vários assuntos de ordem administrativa do Mu­nicípio.

Protocolo nll : 10.819186Interessado: Prefeitura Municipal de For­

mosa do OesteRelator: Cândido Martins de Oliveira

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ConsultaDiretoria de Contas Municipais

o ilustre Prefeito Municipal de Formosa

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do Oeste. Sr. Ney Camargo Machado. atra­vés do oficio n~ 161186. solicita deste Tribu­nal. várias orientações acerca da administra­ção pública e para tanto. faz anexar váriasconsultas, que levam os números 05. 06. 07 e08, cujas respostas fazemos por partes:

Consulta n'! 5

"Histórico - O Município de Formosado Oeste declarou por Lei Municipal o jor­nal "O REGIONAL" de Assis Chateau­briand, N/E. como órgão oficial do Municí­pio para a publicação dos atos oficiais (Leis,Decretos, Editais e etc.). E anualmente faziacontrato com o jornal, para a prestação dosserviços atinentes. sendo que o último con­trato, para o exercício de 1985. o valormensal do nosso pagamento era de Cr$1.300.000 (1.300,00 cruzados atuais).

No entanto, para o corrente exercício, oreferido jornal somente concordou na conti­nuidade de prestação dos serviços, mediantea remuneração mensal de Cz$ 7.907,55. va­lor este que consideramos muito elevado e.em conseqüência diligenciamos no sentido deidentificar outro jornal da regiao com preçomais acessível e conveniente aos cofre públi­cos. E assim recebemos a proposta do jornal"O PARANÁ" de Cascavel que se propôs aprestar os mesmos serviços ao preço de Cz$5.000,00 mensais.

Em vista da diferença significativa econsiderando ser este último jornal (O PA­RANÁ), de maior circulação regional e comtiragem diária contra a tiragem semanal do"O REGIONAL", encaminhamos ao Legis­lativo, ANTE-PROJETO DE LEI, creden­ciando o jornal "O PARANÁ". como o novoórgão oficial, fazendo acompanhar o Ante­Projeto as duas propostas e mais uma justifi­cativa de nossa opção e na qual demonstra­mos as vantagens financeiras ao Municípiobem como as vantagens pela circulação diá­ria.

No entanto. em virtude de afinidadesdos Srs. Vereadores com a direção do jornal"O REGIONAL", o Legislativo, através desuas comissões, simplesmente REJEITOU o

R. Tribunal Cont. Est. Paraná 29 (92) janlabr 1987

Ante-Projeto. que encaminhamos apesar daclara conveniência de interesse público nasua aprovação.

Em vista da inoportuna e lamentável de­cisão da Câmara Municipal local, fazemos asseguintes consultas:1~) - Existe alguma medida de ordem legal

aconselhável para corrigir o flagranteerro do Legislativo?

2~) - Qual o modo correto da Administra­ção proceder para a publicação de seusatos, nas atuais circunstâncias?

3~) - Pode este Executivo realizar as publi­cações em qualquer jornal ou mesmono Diário Oficial do Estado?

42) - Em caso afirmativo qual o procedi­mento correto se as despesas decor­rentes forem inferiores ao preço dojornal "O REGIONAL" e superioresao jornal "O PARANÁ"?

52) - Em face do impasse surgido. pode oExecutivo simplesmente publicar seusatos em local habitual para "avisos" evisível ao público na própria Prefei­tura?

No Mérito

A publicação dos Atos Municipais. em­bora não constitua fase do processo Legisla­tivo. é requisito da operatividade da novaLei. pois é através da publicação que se dáconhecimento do texto legal aprovado.

Os Artigos lOS e 109, da Lei Comple­mentar nv 27, Lei Orgânica dos Municípios.textualmente. normatizam que:"Art. 108 - A publicação dos atos munici­

pais far-se-ã em órgão oficialdo Município ou em órgão deimprensa com circulação noMunicípio e, na falta destes,por edital fixado no edifício se­de da Prefeitura e através doPresidente da Câmara em localvisível da respectiva sede.

§ Único A escolha do órgão de im­prensa para a divulgação dosatos municipais da Câmara e da

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Prefeitura depende de lei e seráúnico. Esta Lei será publicadano Diário Oficial do Estado.

Art. 109 - Os atos administrativos decompetência do Prefeito devemser expedidos com observânciadas legislações específicas.

§ 1Q - E obrigat6ria a publicação detodos os atos municipais quecriem, modifiquem, extinguemou restrinjam direitos, espe­cialmente as leis, decretos le­gislativos, resoluções, decre­tos.•. vetado... e razões de Vetooposto no recesso da Câmara."

Não obstante a legislação enfocada, odouto Plenário desta Corte, já decidiu quantoa obrigatoriedade da publicação dos atosMunicipais, conforme matéria corporificadana Resolução ne 3.357/84. Por ser oportuno,extraímos da Informação 0 2 17/84-DCM,que serviu de sustentáculo à aludida Resolu­ção, os pontos importantes:"12) - Se houver imprensa oficial do Muni­

cípio, é nesse 6rgão que deverão se­rem publicados os atos municipais;

22) - Deve o Município eleger e formali-zar, como órgão oficial dele, um de­terminado jornal, e somente um;

32) - Somente no jornal oficial do Municí­pio, que poderá ser local ou regional,poderão ser publicadas as leis muni­cipais;

42) - À exceção das leis, os demais atosmunicipais poderâo ser publicadosem órgãos de imprensa local ou re­gional que não o oficial do Muncípio,podendo também ser feito neste;

52) - Afora essas exigência de publicaçãoem jornal, todos os atos municipaisdeverão ser afixados na sede daPrefeitura, o que é uma exigência su­plementar e não alternativa."

Ante o exposto, passamos a responderas indagações do consulente:

Em que pese o impasse criado, as duasCasas deverão, em consenso, questionar essasituação meramente administrativa e provo­car uma solução. Entretanto, enquanto nãose chega a um denominador comum, o órgãooficial do Município continua sendo o jornal"O REGIONAL", pois não houve qualquerato revogatório, sendo assim, a divulgação

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dos atos devem ocorrer, ainda, pelo jornalsupra mencionado.

Outrossim, cabe ressaltar que a afixaçãodos atos em edital, não substitui a publicação,pois esse ato é suplementar e não alternativo.

Consulta n~ 6

"Histórico - Em vista das dificuldadesdeste Executivo em obter do Legislativo,informações que interessam à administraçãomunicipal, encaminhamos como PrefeitoMunicipal à Câmara Municipal, amparadospelo artigo 110 da Lei Orgânica dos Munic!­pios, quatro Requerimentos de certidões so­bre diversos assuntos, conforme relação aseguir:

1) - Certidão constando a relação doscargos de funcionários da Câmara,atos de criação, dados de admissãodos Servidores, nomes, regime ju­rídico, vencimentos, horário detrabalho, atribuições e etc., comosubsídios à nossa intenção de reor­ganização e reajuste do funciona­lismo da Prefeitura;

2) - Certidão ref. ao ato de criação,data e órgão de publicação, relaçãodos Membros, datas e horários defuncionamento e menção do am­paro legal, tudo referente à Co­missão Especial de verificação(conforme n/consulta ne 01).Obs.: - Para nos certificarmos

sobre a legalidade de­criação e funcionamentoda referida Comissão.

3) - Certidão relativamente ao nossoAnte-Projeto de lei nÇ! 001186 quecredencia o jornal "O PARANÁ",como órgão oficial do Município,expedientes encaminhados, pro­postas, valores, justificativa e etc.,bem como andamento do referidoAnte-Projeto (ver n/consulta nv05).

Todos os requerimentos acima foram"indeferidos pela Câmara, sob a alegação dafalta de especificação do destino das respec-

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tivas certidões, embora em todos eles cons­tem as finalidades.

Consultas

1~) - De acordo com o referido art. l lO daLei Orgânica dos Municípios, a Câ­mara tem ou não a obrigação de for­necer as certidões requeridas?

2~) - Qual a maneira legal do Executivoobter as infonnaç6es desejadas e re­queridas mas não atendidas?

3~) - Quem seria o responsável pelo nãoatendimento'?

No Mérito

A matéria trazida à colação, não re­quer maíor profundidade de estudo, pois oartigo 110, da Lei Orgânica dos Municípios,é bastante claro quando prescreve que:"Art. 110 - A Prefeitura e a Câmara são

obrigadas a fornecer a qualquerinteressado, no prazo máximode quinze dias, certidões deatos, contratos e decisões, sobpena de responsabilidade daautoridade ou servidor que ne­gar ou retardar a sua expedi­ção. No mesmo prazo deverãoatender às requisições judiciais,se outro não for fixado pelaautoridade judiciária."

Não obstante a legislação enfocada, ca­be ressaltar que a Constituição Federal, noseu art. 153, § 35, assegura a todos a obten­ção "de certidões requeridas às repartiçõesadministrativas, para defesa de direitos e es­clarecimenros de situações."

Competindo ao Prefeíto a ex-pedição deCertidão quando se tratar de 6rgãos do Exe­cutivo e ao Presidente da Câmara quando fordo Legislativo Municipal.

Portanto, não resta a menor dúvidaquanto a obrigatoriedade na expedição doaludido documento, quando solicitado dentrodas normas e padrões exigidos pelo requeri­do, caso contrário, o não atendimento do pe-

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dido ou até a procrastinação da entrega, alémda responsabilização do faltoso, a sua obten­ção poderá ser procedida via mandato judi­cial.

Consulta 0 2 07

"Ref.: - Repasse de numerário à Câ­mara Municipal.

Hist6rico - A Câmara Municipal deFormosa do Oeste, como Unidade Orça­mentária, tem uma percentagem de 2,97%(Dois vírgula noventa e sete por cento) sobreo orçamento municipal.

Como critério de "repasse" de numerá­rio ao Legislativo, esta Administração temrealizado como prática normal, o repasse emvalores correspondentes à respectiva per­centagem de 2,97% sobre a arrecadação rea­lizada no mês correspondente.

No entanto e em atenção à solicitaçãodo Legislativo, esta Administração tem reali­zado "repasses" extras e que superam o re­ferido percentual, isto para atender aos re­clamos da Câmara que alega serem insufi­cientes· aos recursos repassados dentro docitado percentual. No entanto, constante­mente a Câmara solicita valores maiores,criando-se uma situação instável e que nosparece irregular.

CONSULTASl~) - É legalmente obrigatõrio ao Executivo

repassar valores à maior do referidopercentual e de acordo com as neces­sidades simplesmente alegadas peloLegislativo?

2!?) - É procedimento legal o, Executivo re­passar apenas o valor correspondenteao percentual de 2,97% sI a arrecada­ção'?

3lZ) - Qual a forma correta e legal de re­passar valores a maior do percentualde 2,97% e de acordo com o montantedas despesas que o Legislativo alega eapresenta?

4~) - No caso do Executivo desejar suple­mentar as dotações da Câmara Muni­cipal, qual o critério de percentual que

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deve adotar para elevá-las sem ferir aharmonia e as necessidades das outrasUnidades Orçamentárias?

52) - De quem deve ser a iniciativa para su­plementar as dotações da Câmara Mu­nicipal?

62) - Antes das suplementações das dota­ções da Câmara, quais os caminhos le­gais que o Legislativo pode adotar ouseguir para "impor" os repasses amaior, de conformidade com as des­pesas que alegam necessárias além dopercentual previsto?

No Mérito

Relativamente ao questionamentoconstante do expediente de n2 07, cabe lem­brar que o Chefe do Executivo Municipal,jáfez consulta idêntica através do ofício n2

47/85, protocolado neste Tribunal sob ns7652/85-TC e obteve a resposta elucidat6­ria, consoante decisão corporificada na Re­solução n" 8.090/85.

Para melhor clareza anexamos c6pias daInformação n2 95/85-DCM., do Parecer nv12.117/85, da douta Procuradoria do Estadojunto ao Tribunal de Contas e da citada Rc­solução.

Consulta n!? 08

"Histórico - A Câmara Municipal deFormosa do Oeste, cujo mandato encer­rou-se a 31/janeiro/83, fixou a remuneraçãodo Prefeito Municipal a partir de 01/02/83,em 17 vezes o "Valor de Referência" comosubsídios e mais 2/3 (dois terços) dos mes­mos subsídios como "Verba de Representa­ção".

Em vista dos Decretos 2.283 e 2.284 doGoverno Federal, ficamos em dúvida comrelação à possibilidade e permissão legal deatualizar referida remuneração em vista dasseguintes medidas que tomamos com relaçãoao funcionalismo:

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a) ~ Após os referidos Decretos, ele­vamos os vencirnentos de nossoSServidores a partir de 12 de mar­ço/86 nas proporções estabelecidaspelo art. 19, parágrafo único doDecreto Federal 2.284, de10.03.86.

b) Em seguida reformulamos a remu­neração dos mesmos Servidoresem proporções variáveis de36,90% a 93,05% sobre os venci­mentos de fevereiro/Só (computa­dos na percentagem acima), o au­mento citado no item "a") para vi­gorar a partir de I" de Abrill86.

A elevação a menor de 36,90% refe­riu-se a funcionários que segundo nossa ava­liação já estavam tendo remuneração a maiorde outros funcionários com atribuições eresponsabilidades idênticas e se referiram àapenas 5 (cinco) funcionários, sendo que osdemais, quase a totalidade do quadro tiveramum aumento entre a percentagem de 65 a93,05%.

c) - De outra parte em Lei específica,criamos o quadro Pr6prio do Ma­gistério e no qual estabelecemosnovo critério de vencimentos queocasionou um aumento de venci­mentos variáveis também entre 42a 136%, sobre os vencimentos defevereiro/86 e para vigorar a 12 demarço de 1.986. Do mesmo modoo aumento correspondente aos42% referiu-se a uma funcionáriaque, pelas mesmas funções perce­bia remuneração a maior.

d) - Como até o presente momento aCâmara Municipal não se pronun­ciou a respeito da atualização daremuneração do Prefeito, possi­velmente por desconhecer a suaparticipação no assunto, procede­mos às seguintes consultas:

CONSULTAS12) - Em face do exposto e do congela­

mento até mesmo do "Valor de Refe-

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rência", qual o direito deste Executivoem ter sua remuneração atualizada emvista inclusive do art. 140 da Lei Or­gânica dos Municípios?

2?) - Pela variação na percentagem conce­dida no aumento ao funcionalismoconforme item "b" do histórico acimabem como sua motivação, qual seria omodo correto de atualização e em qualíndice?

3?) - No caso de persistir pela Câmara anão apreciação e decisão sobre a ma­téria, seria recomendável este Execu­tivo provocar por solicitação a suaapreciação?

No Mérito

No tocante ao subsfdio do Prefeito ea representação do Prefeito e Vice-Prefeito.há que se registrar que as alterações inseridasno artigo 73, da Lei Orgânica dos Municí­pios. pela Lei Complementar ne 23. de30.11.84. foi substancialmente modificada.agora, com a edição da nova Lei Orgânicados Municípios.

De conformidade com o artigo 140 eseu parágrafo Único. da Lei Complementarn" 27, de 08.01.86 (nova Lei Orgânica dosMunicípios), normatiza que:"Art. 140 - Na presente legislatura. as Câ­

maras restabelecerão o valoratualizado do subsídio e da re­presentação do Prefeito. e darepresentação do Vice-Prefei­to, aplicando-lhe os percentuaisdo reajustamento dos venci­mentos dos funcionários esta­tutários do -Município compre­endido entre a fixação e o au­mento imediatamente anterior àvigência desta Lei. desprezadasoutras majorações havidas.

§ Único - Obtidas as importâncias atuali­zadas nos termos deste artigo,será estatuída cláusula de cor­reção do subsídio e da repre-

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sentação do Prefeito e da re­presentação do Vice-Prefeito.de acordo com os períodos eíndices de reajuste dos venci­mentos dos funcionários doMunicípio."

Com essa nova redação o subsídio e arepresentação do Prefeito e a representaçãodo Vice-Prefeito. deverão ser atualizados napresente legislatura, tomando-se por basea última fixação, imediatamente anterior àvigência da nova Lei Orgânica.

Outro aspecto de importância a ser ob­servado. é relativamente ao respectivo rea­juste. De acordo com o documento transcri­to. fixa que a correção do subsídio e das re­presentações. serão processados de acordocom os períodos e índices dos vencimentosdos funcionários do Município, descaracteri­zando-se outro qualquer.

Cabe registrar que este Tribunal, emmatéria semelhante ao objeto da consulta. jádeliberou nos termos anteriormente exposto,conforme decisão materializada na Resolu­ção ne 7.061/86-Te.

Assim sendo, responde-se ao consulenteno sentido de que. após o restabelecimentodo subsídio e das verbas de representações,na presente legislatura, o próximo reajusteocorrerá somente quando da alteração dovencimento do funcionalismo municipal. nosmesmos índices e critério.

Entretanto, se eventualmente, a Câmaraainda não procedeu a devida adequação, po­derá o Prefeito, se assim o desejar, provocarquestionamento junto àquela Casa de Leissolicitando a rápida correção do seu subsídio.

Era o que tínhamos a informar, subme­temos o exposto à consideração superior.

Encaminhe-se à Procuradoria do Estadojunto ao Tribunal de Contas.

D.C.M., em OS de agosto de 1986.

(a)Akichide Walter OgasawaraDiretor

ProcuradoriaParecer n~ 542/87

O Prefeito Municipal de Formosa do

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Oeste, encaminha diversas consultas sobreassuntos de ordem administrativa do Municí­pio de fls. 2 a 5.

A Diretoria de Contas Municipais emsua informação de fls. 7 a 17, esclarece por­menorizadamente as questões suscitadas peloconsulente, citando a legislação aplicável,dando a orientação a ser seguida, inclusivejuntando decisão desta Casa em consultaoriunda do mesmo Município, de fls. 18 a 22.

Nessas condições, opinamos no sentidode que este Tribunal responda às consultasformuladas, de acordo com a informação n~

77/86 da Diretoria de Contas Municipais.É o parecer.Procuradoria do Estado, 20 de janeiro

de 1987.

(a) Belmiro Valverde 1. CastorProcurador

Resolução n~ 1181/87

o TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­TADO DO PARANÁ, por unanimidade devotos,

Contabilização de Empréstimo Compuls6rio

Protocolo nl.!: 18323/86Interessado: Administração dos Cemitérios

e Serviços Funerários de Lon­drina

Relator: Conselheiro Antonio FerreiraRüppel

ConsultaDiretoria de Contas Municipais

Através do ofício ne 111186, de 09 deoutubro de 1986, o Sr. WILSON BATTINI,Superintendente da ACESF - do Municfpiode Londrina, solicita o seguinte:

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RESOLVE:

Responder à consulta constante de fo­lhas 01 a 05, formulada pelo Prefeito Muni­cipal de Formosa do Oeste, de acordo com aInformação n" 77/86, de folhas 07 a 17, daDiretoria de Contas Municipais e do Parecern~ 542/87, de folhas 24, da Procuradoria doEstado junto ao Tribunal de Contas.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros RAFAEL IATAURO, CÂNDIDOMARTINS DE OLIVEIRA (Relator),JOÃO CÂNDIDO F. DA CUNHA PE­REIRA e os Auditores IVO THOMAZONIe ROBERTO MACEDO GUIMARÃES.

Foi presente o Procurador do Estadojunto ao Tribunal de Contas, ALI DE ZE­NEDlN.

Sala das Sessões, em 12de fevereiro de1987.

(a) ANTONIO FERREIRA RÜPPELConselheiro mais antigo no exercício

da Presidência

"Prezado Senhor:Solicitamos de Vossa Senhoria, parecer

técnico para contabilização do EmpréstimoCompulsório, criado pelo Decreto-Lei ne2.288 de 23 de julho de 1986.

No Mérito

A Diretoria de Contas Municipais, pro­põe fornecer informações a respeito da inda­gação formulada pelo consulente, tratan­do-se de matéria nova, em função do ad­vento do Decreto-Lei n" 2288 de 23 de julhode 1986, que criou o Empréstimo Compul­sório.

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Apesar de o interessado não mencionara que se refere o Empréstimo citado em suaconsulta, se incidente sobre combustíveis ousobre aquisição de veículos, e por ser o as­sunto em questão importante e oportuno, ne­cessário se faz que se esclareça o seguinte:

a) No que tange as despesas de com­bustíveis, sem dúvida tornar-se-iadiffcil a contabilização em separadovisto tratar-se de despesas classificá­veis na categoria de Custeio, e se as­sim fosse, por certo haveria necessi­dade que se empenhasse o percentualestabelecido como empréstimo emDespesas de Capital no elemento4.2.8.0 - Dep6sitos Compuls6rios.Com o objetivo de facilitar a conta­bilização dessas despesas, e tambémem virtude da nota fiscal não contera discriminação em separado da partecorrespondente ao citado emprésti­mo, e cujo recolhimento ao FundoNacional de Desenvolvimento nãoser de responsabilidade do consumi­dor, nosso entendimento é que taldespesa seja empenhada totalmentena categoria de despesas de custeio,especialmcne no elemento 3.1.2.0,mesmo porque quando da devoluçãoda referida importância pelo F.N.D.,será efetuado em quotas de acordocom o cálculo do consumo médio porveículo, em função do que determinao artigo 16 § 112 do Decreto-Lei n!?2288.

b) Com relação aos veículos, estes sim,o procedimento a ser adotado deveser diferente, em se tratante da partereferente ao empréstimo cujo reco­lhimento é de responsabilidade daadministração, efetuado através deguia especial - DARF, à Receita Fe­deral, e essa despesa deve ser conta­bilizada na categoria de Despesas deCapital, especialmente no elemento4.2.8.0 - Depósitos Compulsórios,posteriormente, inscrita no AtivoPermanente como créditos, a fim dedemonstrar direitos junto ao F.N.D.,

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bem como demonstrar a eficácia docontrole desses recolhimentos.

É <I Informação.D.C.M., em 08 de janeiro de 1987.

(a) Odete Higa RossiTécnico de Controle

ProcuradoriaParecer n~ 00162187

A Superintendência da ACESF - doMunicípio de Londrina, através de Oficio,consulta este Tribunal, sobre a maneira decontabilização do Empréstimo Compulsório,criado pelo Decreto Lei nO 2.288 de 23 dejulho de 1.986.

A consulta, em nossa opinião, se encon­tra plena e satisfatoriamente respondida pelaInformação n" 06/87 - DCM.

Assim sendo, opinamos pela respostanos termos da citada Informação.

É o parecer.Procuradoria do Estado, em 12 de ja­

neiro de 1987.

(a) Luiz Carlos dos Santos MelloProcurador

Resolução n~ 1088/87

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­TADO DO PARANÁ, por unanimidade devotos,

RESOLVE:

Responder à consulta constante de fo­lhas OI, formulada pelo Superintendente daAdministração dos Cemitérios e ServiçosFunerários - ACESF - do Município deLondrina, de acordo com a Informação ns06/87, de folhas 03 e 04, da Diretoria deContas Municipais.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros ANTONIO FERREIRA RÜPPEL(Relator), RAFAEL IATAURO, CÂNDI-

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DO MARTINS DE OLIVEIRA, JOAOCÃNDlDO F. DA CUNHA PEREIRA e osAuditores IVO THOMAZONI e ROBER­TO MACEDO GUIMARÃES.

Foi presente o Procurador do Estadojunto ao Tribunal de Contas, ALlDE ZE­NEDIN.

Aplicação da Lei de Meios

Protocolo ne: 18.539186Interessado: Câmara Municipal de Assis

ChateaubriandRelator: Conselheiro Cândido Martins

de Oliveira

ConsultaDiretoria de Contas Municipais

o ilustre Presidente da Câmara Munici­pal de Assis Chateaubriand, Vereador Nel­son 8oiago, através do affeio S/De.!, endereçaconsulta a este Tribunal, nos seguintes ter­mos:

..Senhor Presidente:De acordo com as prerrogativas dis­

postas na legislação vigente, compete à Câ­mara Municipal deliberar sobre projeto de leiOrçamentária elaborado e encaminhado peloExecutivo.

O Prefeito Municipal, atendendo aosmandamentos do Artigo 122 - da Lei Orgâ­nica dos Municfpios paranaenses, tempesti­vamente, encaminhou à Câmara o referidoprojeto do exercfcio de 1987.

A nível de comissões, foram apresenta­das e aprovadas várias emendas trazidas àdiscussão em plenário, culminando na deli­beração da Lei Orçamentária, da forma co­mo foi disposto no Autógrafo de Projeto deLei n" 41186 - de 03 de novembro de 1986,de cópia anexa.

Devolvida ao Executivo, também, ri­gorosamente dentro do prazo estabelecido nalegislação, entretanto, e para nossa surpresa,

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Sala das Sessões, em 12 de fevereiro de1987.

(a) JOÃO OLlVIR GABARDOPresidente

constatamos a publicação no jornal "O PA­RANÁ", do dia 06 de novembro de 1986, decópia anexa, da Lei n~ 754, de 04 de novem­bro de 1986 - Lei Orçamentária do Municí­pio de Assis Chateaubriand para o exercíciode 1987, na redação original, isto é, nos ter­mos da proposta orçamentária, descaracteri­zando a deliberação da Câmara.

Ante ao exposto. consultamos esseEgrégio Tribunal de Contas, o seguinte:

1. Pode o Prefeito Municipal, ignorar adecisão da Câmara, no que tange àLei de Meios?

2. Pode haver na mesma peça legal,sanção e promulgação?

3. Uma vez não havendo concordânciana decisão da Câmara, não deveria oPrefeito, encaminhar expediente dis­cordando dessa decisão?

4. Caso haja irregularidade no Proce­dimento do Executivo, qual a provi­dência que a Câmara deve tomar?

Outrossim, dada a gravidade da matéria,e bem assim solicito a especial atenção e, namedida do possível, brevidade na delibera­ção, para que a Câmara Municipal de AssisChateaubriand possa tomar medidas cabíveispara o fato, dentro da legalidade e coerência,que certamente essa Casa saberá orientar.

No Mérito

Em resposta ao primeiro quesito. sa­lientamos ainda que a iniciativa do Projeto deLei Orçamentária. é de exclusiva competên­cia do Executivo Municipal, nem por isso

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poderá. o mesmo. ignorar a decisão da Câ­mara, pois a discussão e votação do orça­mento anual e plurianual de investimentos éatribuição privativa da Câmara, sob pena deestar o Executivo. infringindo as disposiçõescontidas na Lei Orgânica dos Municípios.que diz o seguinte:"Ar!. 74 - .

II - Votar o orçamento anual e plu­rianual de investimentos bemcomo autorizar a abertura decréditos suplementares e espe­ciais."

Por outro lado. é oportuno lembrar quea sistemática da Constituição vigente, redu­ziu consideravelmente a competência da Câ­mara, corporificadas em emendas, principal­mente no que diz respeito às alteraçõs e asreduções das despesas. pois estas modifica­ram o montante da proposta inicial. Asemendas admissíveis para o orçamento, se­riam aquelas para corrigirem erros de cálcu­los. eliminarem disposições estranhas ao or­çamento. ou excluírem despesas não autori­zadas por lei formal e material. sabido que oorçamento é apenas lei formal.

Não sendo permitido, também, pelaatual Constituição a rejeição total da pro­posta orçamentária. ou mesmo a aprovaçãode um substitutivo da Câmara. Nesses casos,o Chefe do Poder Executivo deverá sancio­nar ou promulgar e publicar como lei a suaproposta originária.

Quanto ao segundo quesito é de extremaimportância que haja distinção entre os doisfatos "sancionar e promulgar".

Entendemos por sanção. quando o Pro­jeto de Lei é aprovado na forma regimentalpelo Plenário da Câmara, e será o mesmoremetido ao Prefeito, que. concordando. osancionará. A sanção traduz a aprovação doExecutivo ao Projeto. É um ato de compe­tência exclusiva do Prefeito Municipal e s6estão sujeitos a ela os Projetos de Leis.

Quanto à promulgação é tida como adeclaração solene da existência da Lei, peloChefe do Poder Executivo ou pelo Presiden­te da Câmara (no caso de sanção tácita ou deveto rejeitado). Após promulgada uma Lei,

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não pode mais ser retirada, senão através derevogação por outra Lei.

Relativamente ao terceiro quesito, a LeiOrgânica dos Municípios. é clara quandodispõe em seu artigo 82. que ap6s concluídaa votação. a Câmara deverá enviar o Projetode lei aprovada com ou sem emendas, noprazo de dez dias úteis. ao Prefeito para san­ção.

No caso em tela. se o procedimento daCâmara está dentro das normas citadas naLei Orgânica. sem dúvidas que o Prefeitodeveria em atendimento ao parágrafo 32 doArtigo 82. da retro mencionada lei. comuni­car o veto da emenda suprcssiva realizado naproposta orçamentária do Município, e estapor sua vez. submeteria a uma única discus­são. considerando-se o mesmo aprovado seobtivesse o voto de dois terços dos Verea­dores presentes, em votação pública. O veto,faz COm que o Projeto de Lei retome a Câ­mara. No caso, o veto seria parcial, não ha­veria necessidade de recolocar em debate to­do o Projeto. Só se examinaria a parte veta­da.

No quarto e último quesito. cabe a apre­ciação do Judiciário. o exame da legalidadeda tramitação legislativa. sendo-lhe porém,vedado adentrar o Plenário da Câmara paraexaminar o motivo de suas.deliberaçôes, seestas dispõem de respaldo legal. Portanto.nas deliberações legislativas, a Câmara é oseu único Juíz, nesse caso. deve promovermedidas previstas no Provimento regimental.ou àqueles que entenderem necessários.

É a Informação.D.C.M., em 25 de novembro de 1986.

(a) Odete Higa RossiTéc. de Controle

ProcuradoriaParecer n~ 14995/86

A Câmara Municipal de ASSIS CHA­TEAUBRIAND consulta este Tribunal so­bre a aplicação da Lei de Meios. definição de

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sanção e promulgação, mecanismo da trami­tação dos vetos e providências para sanarpossíveis irregularidades decorrentes desseprocesso legislativo no âmbito de suas rela­ções com o Poder Executivo.

Solicitou brevidade de uma respostadesta Casa em face dos desencontros decomportamento dos dois Poderes no âmbitomunicipal.

A Diretoria de Contas Municipais, nasua Informação de ns 111l86-0CM, anali­sou a matéria, objeto da consulta, com muitaprecisão e objetividade, esclarecendo as dú­vidas suscitadas pelo consulente.

Esta Procuradoria nada tem a acrescen­tar, dada a correção da Informação, e opinaque a consulta deva ser respondida nos seusexatos termos.

É o parecer.Procuradoria do Estado, em 5 de de­

zembro de 1986.(a) Túlio Vargas

ProcuradorResolução n~ 563/87

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ES­TADO DO PARANÁ, por unanimidade devotos,

RESOLVE:

Responder à consulta constante de fo­lhas 01 e 02, formulada pelo Presidente daCÂMARA MUNICIPAL DE ASSISCHATEAUBRIAND, nos termos da Infor­mação ne 111186, de folhas 08 a 11, da Di­retoria de Contas Municipais e do Parecer nv14.995/86, de fls. 12, da douta Procuradoriado Estado junto a este Tribunal, e com a ob­servância também do Decreto Lei n12 20 I, de27-03-87.

Participaram do julgamento os Conse­lheiros RAFAEL IATAURO, JOÂO FÉ­DER, CÂNDIDO MARTINS DE OLI­VEIRA (Relator), JOÂO CÂNDIDO F. DACUNHA PEREIRA e os Auditores MA­RINS ALVES DE CAMARGO NETO eFABIANO SAPORITI CAMPÊLO.

Foi presidente o Procurador do Estadojunto ao Tribunal de Contas, ANTONIONELSON VIEIRA CALABRESr.

Sala das Sessões, em 22 de janeiro de1987.

ARMANDO QUEIROZ DE MORAESPresidente em exercício

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LEGISLAÇÃO

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FEDERAL

LEI N~7.596

de 10 de abril de 1987

Altera dispositivos do Decreto­lei n~ 200. de 25 de fevereirode 1967, modificado pelo De­creto-lei nt.! 900, de 29 de se­tembro de 1969, e pelo Decre­to-lei ni! 2.299. de 21 de no­vembro de 1986, e dá outrasprovidências.

o PRESIDENTE DA REPÚBLICA.Faço saber que o Congresso Nacional de­creta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 12 - O Decreto-lei nll 200, de 25 defevereiro de 1967, alterado peloDecreto-lei 0 2 900, de 29 de se­tembro de 1969, e pelo Decre­to-lei 0 2 2.299, de 21 de novem­bro de 1986, passa a vigorar comas seguintes alterações:

I - o inciso 11 do art. 42 fica acresci­do da seguinte alínea d, passandoo atual § 12 a parágrafo único, naforma abaixo:

"Art. 42

11 -d) fundações públicas.

§ único - As entidades compreendidas naAdministração Indireta vincu­lam-se ao Ministério em cujaárea de competência estiver en­quadrada sua principal ativida­de."

11 - o art. 5Ç? fica acrescido de um in­ciso e um parágrafo, a seremnumerados, respectivamente,como inciso IV e § 3~, na formaabàixo:

R;Tribunal Conto Est. Paraná 29 (92) janlabr 1987

UArt.51! _ ....•...••...•.......

IV - Fundação Pública - a entidadedotada de personalidade jurídicade direito privado, sem fins lu­crativos, criada em virtude deautorização legislativa, para odesenvolvimento de atividadesque não exijam execução por ór­gãos ou entidades de direito pú­blico, com autonomia adminis­trativa, patrimônio próprio geri­do pelos respectivos órgãos dedireção, e funcionamento custea­do por recursos da União e deoutras fontes.

§ 3~ - As entidades de que trata o in­ciso IV deste artigo adquirempersonalidade jurídica com a ins­crição da escritura pública de suaconstituição no Registro Civil dePessoas Juridicas, não se lhesaplicando as demais disposiçõesdo Código Civil concernentes àsfundações."

Art. 2? - São classificadas como funda­ções públicas as fundações quepassaram a integrar a Adminis­tração Federal indireta, por forçado disposto no § 2? do art. 4~ doDecreto-lei ne 200, de 25 de fe­vereiro de 1967, na redação dadapelo Decreto-lei n? 2.299, de 21de novembro de 1986.

Art. 3~ - As universidades e demais insti­tuições federais de ensino supe­rior, estruturadas sob a forma deautarquia ou de fundação públi­ca, terão. um Plano Único deClassificação e Retribuição de

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Cargos e Empregos para o pes­soal docente e para os servidorestécnicos e administrativos, apro­vado, em regulamento, pelo Po­der Executivo, assegurada a ob­servância do princípio da isono­mia salarial e a uniformidade decritérios tanto para ingresso me­diante concurso público de pro­vas, ou de provas e títulos,quanto para a promoção e as­censão funcional, com valoriza­ção do desempenho e da titulaçãodo servidor.

§ 12 - Integrarão o Plano Único deClassificação e Retribuição deCargos e Empregos previstoneste artigo:a) os cargos efetivos e empregos

permanentes, estruturados emsistema de carreira, de acordocom a natureza, grau de com­plexidade e responsabilidadedas respectivas atividades e asqualificações exigidas parao seu desempenho;

b) as funções de confiança,compreendendo atividades dedireção, chefia c assessora­mento.

§ 2fl - O Poder Executivo estabelecerá,no regulamento mencionado nocaput deste artigo, os critériosde reclassificação das funções deconfiança, de transposição doscargos efetivos e empregos per­manentes integrantes dos atuaisplanos de classificação de cargose empregos, bem como os de en­quadramento dos respectivosocupantes, pertencentes às insti­tuições federais de ensino supe­rior ali referidas, para efeito deinclusão no Plano Único deClassificação e Retribuição deCargos e Empregos.

§ 32 ...; Os atuais servidores das autar­quias federais de ensino superior,regidos pelo Estatuto dos Fun-

cionários Públicos Civis daUnião, serão -incluídos no PlanoÚnico de Classificação e Retri­buição de Cargos e Empregos,sem prejuízo de sua permanênciano respectivo regime jurídico,aplicando-se-lhes o disposto no §42 deste artigo.

§ 4" - A partir do enquadramento doservidor no Plano Único deClassificação e Retribuição deCargos e Empregos, cessará apercepção de qualquer retribui­ção nele não expressamente pre­vista.

§ 5~ - O disposto neste artigo e se­guintes aplica-se aos CentrosFederais de Educação Tecnolôgi­ca e aos estabelecimentos de en­sino de 1~ e 2fl graus, subordina­dos ou vinculados ao Ministérioda Educação.

Art.4fl - A data-base e demais critériospara os reajustamentos de ven­cimentos e salários dos servido­res das entidades a que se refereo art. 3fl desta Lei serão os esta­belecidos para as instituições fe­derais de ensino superior, estru­turadas sob a forma de fundação.

§ único - Em decorrência do dispostoneste artigo, não se aplicarão aosservidores das autarquias de en­sino superior, incluídos no PlanoÚnico de Classificação e Retri­buição de Cargos e Empregos, osaumentos ou reajustamentos devencimentos e salários concedi­dos aos servidores da Adminis­tração Federal.

Art. 5~ - Observado o disposto no caputdo art. 32, in fine, desta Lei, osrequisitos e normas sobre in­gresso de pessoal nos empregosdo Plano Unico de Classificaçãoe Retribuição de Cargos e Em­pregos, bem 'como .sobre trans­ferência ou movimentação, pro­moção e ascensão'dos servidores

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nele incluídos serão fixados noregulamento a que se refere omesmo artigo.

Art. 6f.2 - Não haverá, para qualquer efei­to, equivalência ou correlaçãoentre os cargos, níveis salariais edemais vantagens do Plano Úni­co de Classificação e Retribuiçãode Cargos e Empregos de quetrata esta Lei, e os cargos, em­pregos, classes e referências sa­lariais dos atuais planos de clas­sificação e retribuição de cargose empregos dos 6rgãos e entida­des da Administração Federal.

§ único - Os professores Colaboradoresdas Universidades Fundacionaisque tenham se habilitado atravésde processo seletivo de provase títulos para ingresso na Insti­tuição ficam enquadrados nacarreira do Magistério Superior,obedecidos os graus de suas res­pectivas titulações.

Art. 72 - No prazo de 90 (noventa) dias,contados da vigência desta lei, oMinistério da Educação, emconjunto com a Secretaria deAdministração Pública da Presi-

dência da República, adotará asprovidências necessárias à apro­vação do Plano Único de Classi­ficação e Retribuição de Cargose Empregos de que trata o art. 32desta Lei.

, Art. 8!? - O enquadramento de servidoresno Plano Único de Classificaçãoe Retribuição de Cargos e Em­pregos produzirá efeitos fman­ceifas a partir de 19 de abril docorrente ano.

Art. 92 Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. lO!? Revogam-se os §§ 2~ e 32 do art.42 do Decreto-lei n2 200, de 25de fevereiro de 1967, nele incluí­dos pelo Decreto-lei ns 2.299, de21 de novembro de 1986, bemcomo o art. 22 do Decreto-lei ns900, de 29 de setembro de 1969,c demais disposições em contrá­rio.

Brasflia, em 10 de abril de 1987; 1662 daIndependência e 992 da República.

JOsÉ SARNEYJorge Bornhausen

Aluízio Alves

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ESTADUAL

EMENDA N"25À CONSTITUIÇÃO DO ESTADO

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGIS­LATIVA DO ESTADO DO PARANÁ, nouso de suas atribuições e tendo em conta oque foi aprovado pelo Plenário, PROMUL­GA a seguinte EMENDA À CONSTITUI­çÃO DO ESTADO:Art. Único - Fica acrescido à Constituição

do Estado do Paraná o art. 160,com dois parágrafos, no se­guinte teor:

..Art. 1602 - Os Deputados Estaduais elei­tos para a legislatura a iniciar­se em 1987, sem prejuízos desuas atribuições constitucio­nais, reunir-se-ão em Assem-:bléia Constituinte Estadual,imediatamente após a promul­gação da Constituição Federalpela Assembléia NacionalConstituinte.

§ I!:? - Iniciados os trabalhos da le­gislatura, será constituídaComissão Especial de quinzemembros, com representaçãoproporcional dos Partidos Po­líticos, para redigir e encami­nhar ao Plenário o Projeto, se­gundo regimento por ela ela­borado.

§ 22 - A Constituição do Estado doParaná será promulgada de­pois de aprovado o seu textoem dois turnos de discussão evotação, pela maioria absolutados membros do Poder Legis­lativo."

Sala das Sessões da Assembléia Legisla-

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tiva do Estado do Paraná, na cidade de Curi­tiba, aos 27 de novembro de 1986.

(aa) llegíveisPresidente

}2 Secretário22 Secretário

EMENDA N" 26À CONSTITUIÇÃO DO ESTADO

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGIS­LATIVA DO ESTADO DO PARANÁ, nouso de suas atribuições e tendo em conta oque foi aprovado pelo Plenário, PROMUL­GA a seguinte EMENDA À CONSTITUI­çÃO DO ESTADO:

Art. 12 - O item Il, do art. 22, dà Consti­tuição Estadual passa a vigorarcom a seguinte redação:

"Il - Fixar o subsídio e ajuda de custodos Deputados atendidas as dis­posições da Constituição Esta­dual."

Art. 2~ - O art. 147, da Constituição Esta­dual, fica acrescido de dois (02)parágrafos com a seguinte reda­ção:

"§ 12 - O Governador do Estado, en­quanto titular do cargo, perceberásubsídio igual ao vencimento evantagens pagos ao Presidente doTribunal de Justiça do Estado."

"§ 22 - O subsídio e a verba de represen­tação do Vice-Governador doEstado ficam fixados em 2/3 (doisterços) dos valores pagos, sob es­ses mesmos títulos, ao Governadordo Estado."

Sala das Sessões da Assembléia Legisla-

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tiva do Estado do Paraná, na cidade de Curi­tiba, aos 12 de março de 1.987.

(aa) IlegíveisPresidente

}11 Secretário2!? Secretário

DECRETO N" 183

o GOVERNADOR DO ESTADO DOPARANÁ, usando das atribuições que lheconfere o art. 47, itens Il e XVI, da Consti­tuição Estadual,

DECRETA:

Art. 1~ - Os 6rgãos da Administração Di­reta e da Indireta do Poder Exe­cutivo, inclusive as SociedadesCivis instituídas ou subsidiadaspelo Estado, ficam, até ulteriordeliberação, vedados da práticados seguintes atos que importemem aumento de despesa:ingresso de pessoal a qualquer tf­tulo;

Il criação ou ampliação de quadrosou tabelas de empregados perma­nentes ou temporários;

lU alterações funcionais ou melhoriassalariais de caráter isolado;

IV celebração ou renovação de con­tratos com empresas prestadorasde serviços, ressalvados aquelespertinentes aos serviços de vigi­lância e limpeza.

§ único - Excluem-se da vedação deste arti­go:

I - as nomeações para cargos em co­missão e designações para funçõesgratificadas;

li - o ingresso de pessoal através deconcurso ou teste seletivo e car­gos isolados, a critério exclusivodo Governador do Estado, desdeque verificada a inexistência de

R. Tribunal Conto Est.Paranâ 29 (92) jan/abr 1987

pessoal disponível nos quadrosfuncionais do Estado;

111 - as nomeações advindas de con­cursos já realizados ou em anda­mento;

IV - o acréscimo de ressoal em decor­rência de transferência no âmbitoda Administração Direta e daAutárquica do Estado.

Art. 2~ - A aplicação do disposto no pará- "grafo único, item lI, do artigoanterior, dependerá de decisão fi­nal do Chefe do Poder Executivo,tramitando previamente pela Se­cretaria de Estado da Administra­ção e Casa Civil, que, à vista deproposta fundamentada do Se­cretário de Estado da área inte­ressada, emitirão, respectivamen-te, pronunciamento quanto às ne­cessidades e conveniências da me­dida proposta.

Art. 32 - Os órgãos da Administração Di­reta e da Indireta do Poder Exe­cutivo deverão encaminhar à Se­cretaria de Estado da Administra­ção:a) no prazo de 15 dias, após a pu­

blicação deste Decreto, a situa­ção do pessoal em 13 de marçode 1987;

b) até o dia 15 do mês subse­qüente, as alterações relativas acontratações e dispensas ocor­ridas, a qualquer título, atravésde relatório contendo o nomedo servidor, a denominação docargo e o respectivo salário.

Art. 4~ - Para o cumprimento deste De­creto, a Secretaria de Estado daAdministração fica incumbida deimplantar os mecanismos de con­trole.

Art. 5~ - Este Decreto entrará em vigor nadata de sua publicação, ficandorevogados o Decreto n~ 781, de18 de maio de 1983 e demais dis­posições em contrário.

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Curitiba, em 25 de março de 1987, 1662

da Independência e 99~ da República.

ÁLVARO DIASGovernador do Estado

MÁRIO PEREIRASecretário de Estado da Administração

GILNEY CARNEIRO LEALChefe du Casa Civil

LEI COMPLEMENTAR N2 36Data, 30 de março de 1987

Súmula: Altera a Lei Complementar n'l O//72que dispôe sobre o Conselho deContribuintes e Recursos Fiscais.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO PARANÁ, decretou e eusanciono a seguinte lei:

Art. 1~ - A Lei Complementar n? 1, de 02de agosto de 1972 que, com asalterações introduzidas pela Lei"Complementar 0 2 18, de 29 dedezembro de 1983, dispõe sobreo Conselho de Contribuintes eRecursos Fiscais - CCRF, passaa vigorar com as seguintes alte­rações:

I - O art. 32 e seus parágrafos 1~,

22 ; 32, 62 e 79. passam a ter a se­guinte redação:

"Art. 32 - O Corpo Deliberativo será com­posto por doze vogais, um Presi­dente, um 12 Vice-Presidente eum 2~ Vice-Presidente.

§ I~ - O Presidente do CCRF serásubstituído, em suas faltas e im­pedimentos, pelo l~ Vice-Presi­dente, e na falta ou impedimentodeste, pelo 2~ Vice-Presidente.

§ 2~ - O Presidente e os Vice-Presi­dentes do CCRF são escolhidospelo Governador do Estado, en­tre pessoas cuja formação seja de

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nível superior, de reconhecidaidoneidade e competência emmatérias tributária, fmanceira eeconômica.

§ 3~ - O Presidente e os Vice-Presi­dentes são livremente demissíveispelo Governador do Estado.

§ 60 - Os vogais e seus suplentes, re­presentantes dos contribuintes,serão indicados em lista tríplicepelas seguintes entidades:a) Federação do Comércio do

Estado do Paraná;b) Federação do Comércio Va­

rejista do Estado do Paraná;c) Federação das Associações

Comerciais do Paraná:d) Federação das Indústrias do

Estado do Paraná;e) Federação da Agricultura do

Estado do Paraná;f) Organização das Cooperati­

vas do Estado do Paraná.§ 7° - Na falta ou impedimento ocasio­

nal e simultâneo do Presidente edos Vice-Presidentes do CCRF,exercerá a Presidência o maisantigo dos vogais presentes, ou,sendo iguais na antigüidade, omais idoso."

II - O § I~ do art. 5~ passa a vigorarcom a seguinte redação:"Os Vice-Presidentes e os su­plentes têm direito às mesmasgratificações correspondentes àssessões que comparecerem."

IH - O "caput" do art. 9~ passa a vi­gorar com a seguinte redação:..Art. 9~ Junto ao CCRF oficiamseis representantes da Secretariade Estado das Finanças, designa­dos pelo Secretário das Finançase por ele livremente demissí­veis."

Art. 2'.? - O mandato dos novos vogais esuplentes, nomeados pelo perío­do inicial, após a vigência destaLei terá duração inferior a doisanos. tornando-se coincidente

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Ii •

com o mandato dos demais.§ Único - Para este mandato inicial, uma

das vagas será de indicação daOrganização das Cooperativasdo Estado do Paraná e a outraserá de indicação conjunta pelaFederação do Comércio do Para­ná e pela Federaçãodo ComércioVarejista do Paraná

Art. 3Ç1 - Esta lei complementar entrará

R. TribwulÍ ConL Est. Paranã 29 (92) janJabr 1981

em vigor na data de sua publica­ção, revogados... vetado... dis­posições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO EM CU­RITIBA, em 30 de março de 1987.

ÁLVARO DIASGovernadordo Estado

LUIZ CARLOS JORGE HAULYSecretário de Estado das Finanças

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-, • ~.

..•...•................•..•••.••...........••....•..••................•..........•............••..•.........••........••.•.

Pede-se acusar o recebimento a fim de não serinterrompida a remessa.

Recebemos a R. Tribunal de Contas Est. Paranáv. 29 - ns 92 - Jan.JAbr. 1987

Nome:

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