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Crescimento econômico, estrutura etária e as oportunidades dos Bônus Demográficos no Brasil
Prof. Dr. José Eustáquio Diniz Alves
Maio de 2007
2
O crescimento da população e do PIB no Brasil;O crescimento da população e do PIB no Brasil;
A transição demográfica;A transição demográfica;
A transição da mortalidade;A transição da mortalidade;
A transição da fecundidade;A transição da fecundidade;
A transição da estrutura etária;A transição da estrutura etária;
As condições demográficas favoráveis ao desenvolvimento;As condições demográficas favoráveis ao desenvolvimento;
O primeiro Bônus Demográfico;O primeiro Bônus Demográfico;
O segundo Bônus Demográfico;O segundo Bônus Demográfico;
Ênfase na acumulação de capital fixo produtivo: base dos Ênfase na acumulação de capital fixo produtivo: base dos
regimes de crescimento econômico e do desenvolvimento;regimes de crescimento econômico e do desenvolvimento;
SUMÁRIO
3
Desenvolvimento Econômico e
Transição Demográfica
4Fonte: IBGE (2002) e ONU – http://esa.un.org/unpp
Evolução da população brasileira 1800-2050
3,4 4,5 6,5 10 14 1731
4152
71
93
119
147
170
198
219235
247 253
0
40
80
120
160
200
240
280
1800
1822
1850
1872
1890
1900
1920
1940
1950
1960
1970
1980
1991
2000
2010
2020
2030
2040
2050
Anos
Milh
ões
de h
abita
ntes
5 vezes
10 vezes
5
População PIB
1900
1902
1904
1906
1908
1910
1912
1914
1916
1918
1920
1922
1924
1926
1928
1930
1932
1934
1936
1938
1940
1942
1944
1946
1948
1950
1952
1954
1956
1958
1960
1962
1964
1966
1968
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
100
200
300
400500600700800900
1.000
2.000
3.000
4.0005.0006.0007.0008.0009.000
10.000
20.000
Índi
ce:1
900
= 1
00 e
m e
scal
a lo
g
10 vezes
127 vezes
Crescimento da Renda per capita = 12,7 vezes
Crescimento acumulado da população e do PIB no Brasil:
1900-2000
Fonte: Estatísticas do século XX, IBGE (2002) e IPEADATA (www.ipeadata.gov.br)
6
POP PIB Per capita
1900-101910-20
1920-301930-40
1940-501950-60
1960-701970-80
1980-911991-00
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
Em
% a
.a.
Crescimento da população, do PIB e do PIB per capita no Brasil, por
períodos: 1900-2000
Fonte: Estatísticas do século XX, IBGE (2002) e IPEADATA (www.ipeadata.gov.br)
7
Taxa bruta de natalidade - TBN (L) Taxa bruta de mortalidade - TBM (L) População (R)
19001910
19201930
19401950
19551960
19651970
19751980
19851990
19952000
20052010
20152020
20252030
20352040
20452050
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
TB
N e
TB
M (
taxa
s po
r m
il)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220
240
260
280
Pop
ulaç
ão (
em m
ilhõe
s)
Taxa de crescimento natural
TBN
TBM
Transição Demográfica no Brasil:
1900-2050
Fonte: IBGE e ONU - www.esa.um.org/unpp - visitado em 18 de janeiro de 2006
8
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
1872
1890
1900
1910
1920
1930
1940
1950
1960
1970
1980
1990
2000
2010
2020
2030
2040
2050
Anos
Por
mil
TBN TBM Taxa crescimento natural
Fonte: De 1872 a 1940, Merrick e Graham (1981) e de 1950 em diante, ONU - http://esa.un.org/unpp - visitado em abril de 2005. De 2010 a 2050 = projeções
Transição Demográfica no Brasil:
1872-2050
9
Transição da Mortalidade no Brasil
10
0
20
40
60
80
100
120
140
1950
1960
1970
1980
1990
2000
2010
2020
2030
Mortalidade infantil (por mil) Esperança de vida (anos)
Fonte: http://esa.un.org/unpp - visitado em abril de 2005.
Taxas de mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer, Brasil: 1950-2030
11
63 63 63 63 64 64 64 64 64 65 65 65 6570 70 70 71 71 71 72 72 72 73 73 73 73
6666 67 67 67 68 68 68 68 69 69 69 69
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Anos
Espera
nça d
e V
ida (
anos)
Homens Mulheres Ambos os Sexos
Esperança de vida ao nascer por sexo, Brasil, 1991 a 2003.
Fonte: IDB 2004, Ministério da Saúde (www.datasus.gov.br)
12
Esperança de vida ao nascer para Brasil e Regiões 1930-2020
Marangone, A. e Carvalho, J.A. 2001. Some Aspects of the Brazilian Mortality over the XX Century and Perspectives. IUSSP 2001.
13Marangone, A. e Carvalho, J.A. 2001. Some Aspects of the Brazilian Mortality over the XX Century and Perspectives. IUSSP 2001.
14Marangone, A. e Carvalho, J.A. 2001. Some Aspects of the Brazilian Mortality over the XX Century and Perspectives. IUSSP 2001.
15Marangone, A. e Carvalho, J.A. 2001. Some Aspects of the Brazilian Mortality over the XX Century and Perspectives. IUSSP 2001.
Transição Epidemiológica: 1930 - 1975
16Marangone, A. e Carvalho, J.A. 2001. Some Aspects of the Brazilian Mortality over the XX Century and Perspectives. IUSSP 2001.
Transição Epidemiológica: 1975 - 1998
17
Transição da Fecundidade no Brasil
18
2,1
2,4
5,8
4,4
2,9
6,36,26,2
0
1
2
3
4
5
6
7
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2005
Anos
TF
T (
filh
os
po
r m
ulh
er)
2,1 = fecundidade ao nível de reposição
Transição da fecundidade no Brasil, 1940 a 2005
Fonte: Censos demográficos do IBGE e PNAD, 2006
19
0
2
4
6
8
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000
Anos
TF
T (
filh
os
po
r m
ulh
er)
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Taxas de Fecundidade Total: Brasil e Regiões, 1940 a 2000
Fonte: Censos demográficos do IBGE, 2002
20
Taxa de Fecundidade Total - 1970
Fonte: Cavenaghi, 2006
21
Taxa de Fecundidade Total - 1980
Fonte: Cavenaghi, 2006
22
Taxa de Fecundidade Total - 1991
Fonte: Cavenaghi, 2006
23
Taxa de Fecundidade Total - 2000
Fonte: Cavenaghi, 2006
24
0
1
2
3
4
5
SemInstrução
1 a 3 4 a 7 8 9 a 11 12 ou mais
Categorias de Anos de Estudos Completos
Ta
xa
de
Fe
cu
nd
ida
de
To
tal
1991 2000 Polinômio (2000) Polinômio (1991)
2000 0 1-3 4-7 8 9-11 12+ TotalMulheres 15-49 2.842.705 5.906.095 14.639.433 5.181.416 13.040.491 4.263.889 46.270.761
Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1991 e 2000.
Taxas de Fecundidade Total segundo anos de estudos completos: Brasil, 1991 e 2000
Fonte: Berquó e Cavenaghi, 2004
25
Taxas de Fecundidade Total segundo rendimento médio domiciliar per capita: Brasil, 1991-2000
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
s/rend eaté 1/4
+ 1/4 a 1/2 + 1/2 a 1 + 1 a 2 + 2 a 3 + 3 a 5 + 5
Categorias de Rendimento em Salário Mínimo per capita
Ta
xa
de
Fe
cu
nd
ida
de
To
tal
1991 2000 Polinômio (2000) Polinômio (1991)
Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1991 e 2000.
2000S/ Rend e até
1/4 s.m.1/4 a 1/2
s.m.1/2 a 1 s.m. 1 a 2 s.m. 2 a 3 s.m. 3 a 5 s.m. 5 e + s.m.
Mulheres de 15-49 6.515.321 7.065.829 10.530.344 10.293.918 4.212.772 3.624.201 4.028.380
Fonte: Berquó e Cavenaghi, 2004
26Fonte: Berquó e Cavenaghi, 2004
27
Diferenciais de Fecundidade por rendimento médio mensal domiciliar e educação
Fonte: Berquó e Cavenaghi, 2004
28
Transição da Estrutura Etáriano Brasil
29
Brasil 1950
(9000) (4000) 1000 6000
0-4
10-14
20-24
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40-44
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80+
Brasil 1980
(9000) (4000) 1000 6000
0-4
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30-34
40-44
50-54
60-64
70-74
80+
Brasil 2000
(9000) (4000) 1000 6000
0-4
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50-54
60-64
70-74
80+
Estrutura etária brasileira 1950 - 2030
Brasil 2030
(9000) (4000) 1000 6000
0-4
10-14
20-24
30-34
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50-54
60-64
70-74
80+
30
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150
18019
50
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1980
1985
1990
1995
2000
2005
2010
2015
2020
2025
2030
2035
2040
2045
2050
Po
pu
laçã
o (
em m
ilh
ões
)
0-14 15-24 25-64 15-64 65+
Crescimento absoluto de grupos etários específicos: Brasil, 1950-2050
Fonte: ONU - http://esa.un.org/unpp - visitado em maio de 2007
31
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050
0-14 15-64 65+
Fonte: ONU - http://esa.un.org/unpp - visitado em maio de 2007
Crescimento relativo de 3 grupos etários Brasil, 1950-2050
32
0
10
20
30
40
50
60
70
10-14 15-19 20-24 25-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-+
Grupos etários
%
1950 1970 1980 1991 2000
Fonte: censos demográficos do IBGE
Taxas de atividades específicas femininasBrasil: 1950, 1970, 1980, 1991 e 2000
33
Fonte: ONU (http://esa.un.org/unpp) e IBGE (http://www.ibge.gov.br)
Indicadores sócio-demográficos de 2 períodos selecionados: Brasil, 1950-80 e 2000-2030
Médias dos períodos Indicadores sócio-demográficos 1950-80 2000-30
Taxa de dependência demográfica 82 48
População de 15-64 anos (em %) 54 68
Idade mediana (em anos) 19 31
Taxa de urbanização (em %) 50 87
Taxa de alfabetização (em %, ambos os sexos) 58 92
Mortalidade infantil (por mil) 100 25
Esperança de vida ao nascer (em anos) 57 72
Taxa de crescimento demográfico 2,8 0,8
Taxa de atividade feminina (em %) 19 44
Anos médios de estudo das mulheres 2,1 8,5
Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 5,5 1,9
34
1 BÔNUS DEMOGRÁFICO
É o aproveitamento do momento em que a estrutura etária da população atua no sentido de facilitar o crescimento econômico. Isso acontece quando há um grande contingente da população em idade produtiva e um menor percentual de crianças e idosos no total da população.
O primeiro Bônus é temporário e refere-se ao crescimento da renda resultante do aumento da razão entre produtores e consumidores na população, decorrente das transiçõs demográfica e da estrutura etária.
35
Total Crianças Idosos
19001910
19201930
19401950
19601970
19801990
20002010
20202030
20402050
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
em %
Taxa de dependência demográfica1900-2050
Fonte: IBGE e ONU - http://esa.un.org/unpp - visitado em abril de 2005.
36
Duração do 1 Bônus Demográfico
37
População mais urbanizada;População mais urbanizada;
Idade mediana mais elevada;Idade mediana mais elevada;
Menor analfabetismo e maiores anos de estudo;Menor analfabetismo e maiores anos de estudo;
Menor mortalidade infantil e maior esperança de vida;Menor mortalidade infantil e maior esperança de vida;
Menores taxas de dependência demográfica;Menores taxas de dependência demográfica;
Maior proporção de mulheres no mercado de trabalho;Maior proporção de mulheres no mercado de trabalho;
Portanto, existe maior número de pessoas em idade produtiva, Portanto, existe maior número de pessoas em idade produtiva,
com maiores níveis educacionais, melhores condições de com maiores níveis educacionais, melhores condições de
saúde, enfim, existe maior e melhor capital humano;saúde, enfim, existe maior e melhor capital humano;
Segundo Turra e Lanza (2005) o primeiro bônus foi responsá-Segundo Turra e Lanza (2005) o primeiro bônus foi responsá-
vel por 30% do crescimento econômico entre 1970-2000.vel por 30% do crescimento econômico entre 1970-2000.
Síntese dos ganhos demográficos
38
2 BÔNUS DEMOGRÁFICO
Mason (2005) define o segundo dividendo demográfico como algo permanente que relaciona o envelhecimento populacional com a riqueza acumulada. Esta relação entre envelhecimento e riqueza decorre tanto de efeitos de composição como comportamental.
O efeito de composição é causado pelo impacto do envelhecimento da PEA, acarreta uma maior concentração de riqueza acumulada, por estar chegando próximo á idade de entrada na aposentadoria.
O efeito comportamental é causado pelo impacto dos ganhos de esperança de vida sobre a acumulação de riqueza individual, de forma que o aumento do período em que as necessidades de consumo serão maiores do que a capacidade produtiva demandará uma maior acumulação de riqueza.
39
2 BÔNUS DEMOGRÁFICO
O estoque de riqueza pode ser dividido em dois componentes: transferências (familiares e governamentais); e estoque de capital.
Apenas este último componente conta para o segundo dividendo demográfico, por causar o crescimento na renda per capita como decorrência da operação do efeito produtividade do trabalho, o qual, por sua vez, é afetado pelo aumento na relação capital/trabalho, que decorreria do aumento observado no investimento (capital deepening).
O aumento da capitalização financeira para as alocações intertemporais, aumentam o potencial de coleta do segundo dividendo demográfico. Neste sentido, que o Mercado de Seguros é fundamental.
40
MUITO OBRIGADO!