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7/31/2019 Cuidados Ao RN
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO RECM-NASCIDO: UMA REVISO
LITERRIA
Maryell Alexsandro1
Wescley Moitinho Cardoso
ricka Samanta Dorfey2
RESUMO
O recm-nascido (RN) um ser vulnervel a infeces e patologias, pois seu sistema est se
adaptando ao novo meio. exatamente nesta fase que ocorre o maior ndice de mortalidade e
morbidade infantil. Ao decorrer do artigo foram abordadas tcnicas e procedimentos para
identificar e intervir na sade do neonato. Este estudo foi realizado de forma exploratria,
onde se fez um levantamento de literaturas j existentes em livros e artigos (Scielo) alm de
dados de entidades pblicas (Ministrio da Sade, UNICEF) e foram analisados dados
epidemiolgicos, teve-se como objetivo enfatizar os cuidados necessrios que o enfermeiro e
sua equipe devem executar em uma assistncia eficaz ao recm-nascido, oferecendo assim um
ambiente propcio para o seu desenvolvimento.
PALAVRAS-CHAVE:Recm-Nascido; Cuidados; Enfermagem peditrica.
1 INTRODUO
De acordo com a Organizao Mundial de Sade (OMS), toda criana at o 28 dia de
vida considerada recm-nascido (RN), muitos autores consideram as quatro semanas
subseqentes ao nascimento como perodo neoatal(ORLANDI; SABR, 2005).
1 Acadmicos do curso de Enfermagem do 7 semestre da Faculdade So Francisco de Barreiras FASB.2 Especialista em Sade Pblica e PSF, professora do Estagio Curricular I e II da Faculdade So Francisco deBarreiras - FASB
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Ao longo dos anos a mortalidade dos RNs vem diminuindo graas ao avano
cientfico e a uma assistncia primaria efetiva, em sculos passado o ndice de mortalidade
infantil era elevado devido a criana ser afastado dos pais porque cuidar dos filhos era um
visto como um fardo pesado, e ento as crianas eram cuidadas por amas de leite. Outro fator
que contribua para o alto ndice de mortalidade na fase neonatal era as precaridades
(KLIEGMAN, 2004).
Com os avanos da medicina, em especial da rea de obstetrcia, houve uma
considervel diminuio nos ndices de mortalidade de RNs. Mesmo assim, ainda h durante
o perodo neonatal, um grande percentual de morbidade e mortalidade infantil. Dados do
Fundo das Naes Unidas para a Infncia (UNICEF) (2009) indicam que mais de um milho
de recm-nascidos morrem por ano nas primeiras 24 horas de vida, por falta de assistncia
qualificada. Dessa forma, h uma necessidade de uma assistncia eficaz, exigindo do
enfermeiro e sua equipe um conhecimento e habilidades tcnico-cientficas.
Para uma assistncia de enfermagem efetiva ao neonato, necessita que a equipe de
enfermagem tenha conhecimento da histria familiar, histria das gestaes prvias e atual e
dos eventos durante o trabalho de parto (KLIEGMAN, 2004).
Para Paterson apud Rolim & Cardoso (2009), a enfermeira deve ajudar o beb a
tornar-se o mais humanamente possvel em uma circunstncia particular de sua vida, ou seja,
a vir-a-ser, quando a enfermeira dirige o seu cuidar a esse beb, vendo-o em seu todo,
buscando maneiras de valorizar o seu potencial, considerando suas limitaes e imaturidade
psicobiolgica. O interesse da enfermeira no deve estar direcionado apenas ao seu bem-estar,
mas tambm ao seu estar - melhor.
A enfermagem esta presente nos momentos cruciais do ser humano, acompanhando
desde o nascimento at sua morte, com isso, os enfermeiros em especial precisa conhecer os
mtodos de comunicao seja o paciente adulto ou recm-nascido. Para que isso acontea
com o RN ele necessita identificar as anormalidades apresentadas. Pois todos os sinais que o
recm-nascido apresente devem ser interpretados pelo enfermeiro, com isso ele poder ter
uma assistncia intervencionista.
Quando o feto ainda esta no meio uterino os aspectos ambientais esto favorveis para
a sua manuteno, isto, devido ao ambiente uterino lhe fornecer proteo, temperaturaagradvel e nutrio. Aps o nascimento o beb comea a ter uma vida independente, na qual
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sofrer alteraes drsticas e, precisar se adaptar ao meio extra-uterino e os profissionais de
sade devem proporcionar ao RN um ambiente parecido com o meio intra-uterino.
Com base na necessidade de uma assistncia integral e efetiva desde as primeirashoras de vida at a maturao do ser - humano, o presente artigo surgi da pergunta quais os
cuidados de enfermagem ao recm-nascido?. O objetivo deste estudo sensibilizar os
profissionais de enfermagem sobre a importncia de um cuidado simples e eficiente ao recm-
nascido, bem como, faz um levantamento das intercorrncias mais freqentes no perodo
neonato e intervenes de enfermagem ao RN. Este artigo enfoca mtodos atualizados e
fidedignos para assistncia de enfermagem ao recm-nascido desde o momento ps-parto at
o fim do perodo neonatal, perodo que a criana esta mais vulnervel a doenas.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 REFERENCIAL TERICO
2.1.1 Recm-Nascido
O recm-nascido composto por especificidades, no qual podemos destacar a instabilidade
dos diversos sistemas de controle hormonais e neurognicos. Em parte, isto decorre, da
imaturidade do desenvolvimento dos diferentes rgos corporais e, em parte, do fato de que o
mtodo de controle simplesmente no se ajustaram ao modo de vida totalmente novo(GUYTON; HALL, 2008).
de suma importncia conhecer e estar atenta comunicao verbal e no-verbal
emitida pelo beb e pelas prprias profissionais durante o desenvolvimento do cuidado. A
criana recebe influncia do meio ambiente, nos vrios contextos que exibem as pessoas e
seus gestos, sons e movimentos, sendo o estmulo importante como eixo para prover seu bom
desempenho, afetivo, cognitivo, psicolgico e social (CAMPUS; CARDOSO, 2009).
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2.1.2 Enfermagem e o Recm Nascido
A enfermagem juntamente com a equipe mdica, que estiver dando assistncia ao
trabalho de parto, ir necessitar de recursos fsicos, e materiais para uma assistncia eficaz.
indispensvel que a equipe tenha a sua disposio uma sala de parto bem aparelhada, com
aspirador, compressas e lenis esterilizados, material para ligadura do cordo, fonte de
aspirao, sondas, conjunto instrumental destinado ao tratamento da anoxia neonatal e bero
de calor irradiante. Alm disso, os mdicos e a equipe de enfermagem devem estar
familiarizados com as medidas exigidas pela criana, sendo necessrio o reconhecimento de
patologias no primeiro instante de vida (ORLANDI; SABR, 2005).
Para Orlandi & Sabr (2005) aps o nascimento, o recm-nascido (RN) necessitar de
cuidados para se recuperar do traumatismo do parto, seja ele concebido em parto normal ou
cesrio. Os cuidados ao recm nascido so divididos em imediatos e gerais. Os cuidados
imediatos so os cuidados que a equipe deve ter ainda na sala de parto para manter a vida do
RN e evitar futuras sequelas, j os cuidados gerais, so os cuidados durante o perodo de
neonatal, onde a criana estar se adaptando a vida extra-uterina.
2.1.1.1 Cuidados Imediatos
A assistncia de enfermagem ao recm-nascido inicia-se com o nascimento do beb.
No perodo imediatamente aps o parto, o beb precisa ser assistido para estabelecer e manter
sua respirao, e precisa ser imediatamente protegido contra a perda de calor ou receberaquecimento (ZIEGEL & MECCA, 1986).
A escala de Apgar (TABELA 1) um instrumento de rastreamento inicial, que deve
ser aplicado para uma avaliao do lactente imediatamente aps o parto. Reflete a condio
do beb depois da tenso do trabalho de parto e do parto, e permite uma avaliao daquelas
funes essenciais vida e que precisam comear imediatamente para que se processe a
adaptao a vida extra-uterina. A contagem de Apgar realizada no primeiro e quinto minuto,
encontrando valores menores que seis, este mtodo deve ser repetido entre cinco e dez
minutos, at que se estabilize organismo do RN (ZIEGEL; MECCA, 1986).
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TABELA 1 ndice de Apgar
Sinal 0Nota
1 2Frequncia
(bat/min)
Ausente < 100 > 100
RespiraoAusente Fraca, Irregular
(Choro Dbil)Forte, regular (Choro
Vigoroso)
Tono Muscular Flacidez Flexo pequena dasextremidades
Movimentos ativosgeneralizados
Irritabilidadereflexa
Ausente Caretas Choro
Cor Azul, plido Corpo rseo,extremidades azuis
Corpo todo rseo
Fonte: Montenegro & Filho.
A primeira ateno que o enfermeiro deve tomar ao nascimento da criana o
estabelecimento da respirao, pois quando o cordo umbilical pinado, a placenta
desativada, rgo que at ento em meio uterino tinha a funo de hematose (troca gasosa). J
na vida extra-uterina, os pulmes tomam esta funo, nos primeiros trinta segundos de vida
deve ocorrer primeira respirao normalmente seguida de choro em crianas saudveis, casoisso no acontea equipe tem que estar habilitada a identificar o problema e logo intervir
com manobras cordiorespiratrias, at a criana estabelecer os movimentos respiratrios
(ORLANDI; SABR, 2005).
Gerk (2006) relata que a respirao um dos sinais vitais, exigindo que a monitorao
seja rigorosa, a freqncia respiratria tendo como valor de referencia para RNs entre 30 a 60
rpm, devido a necessidade da criana de grande quantidade de O2. Os movimentos
respiratrios do RN so curtos e irregulares, devem-se monitorar quanto presena de apnia
acima de quinze segundos.
Alguns bebs, especialmente os prematuros, apresentam grave angstia respiratria
durante um perodo que vai de algumas horas a vrios dias aps o nascimento, frequentemente
vindo a falecer nas primeiras 24 horas de vida (GUYTON; HALL, 2008).
Para Orlandi & Sabr (2005), deve ser rotina da equipe de sade aps
restabelecimento respiratrio, que a equipe faa limpeza facial do RN com gazes estreis e adesobstruo das suas vias oronasais e se caso no houver banimento de mecnio durante o
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parto deve-se desobstruir o canal anal utilizando sondas de borracha flexvel que evita
ferimentos das mucosas.
Na sala de parto a equipe deve ter a sua disposio um bero de calor irradiante, paraonde a criana deve ser conduzida logo depois do desmembramento da placenta onde todos os
procedimentos realizados no RN sero sobre o bero onde ter manuteno de temperatura. A
criana tem que manter a temperatura axilar por volta de 36 a 37C, caso isso no ocorra
temperatura do RN baixa faz com que o organismo tenha um maior consumo de O2 levando a
uma hipxia ocasionando uma acidose, ou seja, diminuio do pH sanguneo (GERK, 2006).
Conforme Queenan (1993) uma vez fora do tero, todavia, a criana torna-se sujeita a
fatores extremos que provocam e, por sua vez, regulam as manobras de adaptao necessriaspara manter a estabilidade trmica. Essas manobras invocam o conceito de conforto trmico
mximo, definida como a temperatura ambiente, em que o metabolismo, tal como refletido
pelo consumo de oxignio, mnimo, porm suficiente para manter a temperatura corporal.
Reduzir a temperatura ambiental abaixo dessa zona causar uma elevao no metabolismo,
assim como o far a elevao da temperatura acima dela.
Para Orlandi & Sabr (2005) afirmar ainda que, quando a criana j estiver respirando,
procede-se ao pinamento e a ligadura do cordo. Vrias tcnicas tm sido relatadas para tal
procedimento, porm a de uso mais corrente faz o esmagamento do cordo com duas pinas,
com aproximadamente a 4 cm de distancia de insero do abdmen.
O cordo seccionado entre duas pinas e a ligadura se faz com fio grosso esterilizado
ou grampo. Alguns hospitais adotam tcnica simples e elegante de ligadura, constituindo na
substituio do fio por um pequeno anel de borracha que constringe a extremidade distal do
colo umbilical (MONTENEGRO; FILHO, 2008).
Segundo Ziegel & Mecca (1985) o cuidado do cordo umbilical prontamente aps o
nascimento deve ser feito para se prevenir uma hemorragia sria no coto umbilical, este deve
ser observado atentamente pelo enfermeiro durante as primeiras 24 horas para verificar
evidncia e sangramento, se for necessrio exige uma inspeo a cada meia ou uma hora at
que se tenha certeza que o sangramento provavelmente no mais ocorrer.
A profilaxia de oftalmia gonoccica ser feita na primeira hora de vida pingando-se 1 ou 2
gotas de soluo de nitrato de prata a 1% nos olhos dos recm nascidos (mtodo de Cred). A
soluo deve ser recm-preparada e guardada em frasco escuro, com rolha de vidro, porque o
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nitrato de prata, sob a ao da luz, torna-se bastante irritativo para conjuntiva ocular
(MONTENEGRO; FILHO, 2008).
Clayton & Stock (2006) indica para prevenir o neonato das oftalmias causadas pelosmicroorganismos como a Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia no ps-parto, um antibitico
macroldio que a pomada oftalmolgica de eritromicina, o enfermeiro dever estar
investigando se existe drenagem ativa no olho ou nas plpebras.
Durante a assistncia de enfermagem ao recm-nascido na sala de parto devem-se
investigar anomalias nos genitais do beb. Devemos inspecionar a genitlia masculina e
identificar presena de edemas na bolsa escrotal, observar amide, hidrocele congnita, o
prepcio cobre a glande e em raros casos a sua retrao possvel. A genitlia feminina,
frequentemente as ninfas no so cobertas pelos grandes lbios, h edema dos rgos genitais
nos primeiros dias, o hmem sempre perfurado (ORLANDI; SABR, 2005).
Segundo Orlandi & Sabr (2005), recomenda-se que a identificao seja realizada na
sala de parto, quando a me e filho ainda se encontram nela. Utiliza-se braceletes nos punhos
ou tornozelos, preferencialmente com material a prova de gua ou de leos. No bracelete ser
identificado, com tinta indelvel, o nome completo da genitora, sexo da criana, data e hora
de nascimento.
2.1.1.2 Cuidados Gerais
De acordo com Ziegel & Mecca (1985), o enfermeiro deve incluir em sua assistncia
diria ao beb a observao cuidadosa, o banho, a alimentao, a profilaxia das infeces, o
preenchimento das necessidades do beb, a facilitao do processo de relacionamento
materno-infantil e a instruo materna na assistncia ao beb.
O maior perigo ps-natal o primeiro dia de vida. A enfermeira precisa examinar o
beb bem de perto durante esse perodo, no qual se realizam ajustamentos traumticos ao
meio extra-uterino (ZIEGEL & MECCA, 1985).
De acordo com Gerk (2006), deve ser adotado nos sistemas hospitalares que o recm-
nascido sadio, logo aps o nascimento, permanece ao lado da me, 24 horas por dia, num
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mesmo ambiente, at a alta hospitalar. Tal processo possibilita a prestao de todos os
cuidados assistenciais, bem como a orientao a me sobre a sade do binmio me e filho.
Todo recm-nascido deve ser manuseado com parcimnia e acolhido tendo sempre emmente a possibilidade de ser um portador de infeces. Em conseqncia necessrio lavar as
mos antes e depois de toc-lo por qualquer motivo, toda assistncia lhe ser oferecida no
prprio bero (ORLANDI; SABR, 2005).
A preveno de infeco uma parte importante no plano de assistncia de
enfermagem e igualmente uma responsabilidade individual na assistncia ao recm-nascido
(ZIEGEL & MECCA, 1985)
importante que a enfermagem saiba que o RN deficiente de produo de
protrombina, que dependente de vitamina K, predispondo o RN a hemorragias (GERK,
2006).
A vitamina K absorvida da alimentao e torna-se a ser produzida normalmente pela
flora bacteriana no trato gastrintestinal, onde absorvida e levada ao fgado para produo
dos fatores de coagulao. Os recm-nascidos ainda no tm o colo colonizado com bactrias
e so frequentementes deficiente de vitamina K. Tambm podem ser deficientes nestes fatoresde coagulao tornando-as mais suscetveis s doenas hemorrgicas nos primeiros cinco a
oito dias de vida (CLAYTON & STOCK, 2006).
Geralmente se prescreve a vitamina K, como uma dose nica de 1,0 mg,
administrada por via intramuscular logo aps o nascimento a fim de evitar uma deficincia
passageira na coagulao do sangue (ZIEGEL & MECCA).
O cuidado dirio de rea umbilical geralmente consiste em limpar o coto e a rea em
torno do umbigo com uma tcnica assptica, esta prtica deve ser diria durante o banho,
podendo utilizar o lcool a 70% diariamente at sua queda (ORLANDI; SABR, 2005).
No perodo neonatal o organismo do recm-nascido est deficiente de determinadas
substncias essenciais para a sobrevivncia. Existe a obrigao de a criana obter
administrao de clcio devido ao RN necessitar de suprimento para sua ossificao, ferro,
caso a me no obteve ferro necessrio no perodo gestacional, a criana pode apresentar
anemia aps cerca de trs meses de vida, vitamina C, o cido ascrbico no armazenado em
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quantidade suficiente nos tecidos, entretanto, ele necessrio para a adequada formao de
cartilagem, osso e outras estruturas intercelulares da criana (GUYTON & HALL, 2008).
Todo recm-nascido deve receber rotineiramente, ainda na maternidade, a 1 dose devacina para hepatite B. Se durante a gestao foi constatado hepatite B na me ou apresente
teste sorolgico positivo para os antgenos de superfcie do viro B, o recm-nascido deve
receber uma injeo IM de globulina hiperimune anti-B e ser imediatamente imunizado com a
vacina para hepatite B (ORLANDI; SABR, 2005).
Orlandi & Sabr (2005) indica o teste do pezinho como diagnostico da fenilcetonria e
do hipotireoidismo congnito, onde ambos quando diagnosticados nos primeiros meses de
vida, leva a criana deteriorao mental.
A fenilcetonria um teste em recm-nascidos, para detectar o distrbio metablico
hiperfenilalaninemia. Casi no seja tratado, esse distrbio pode causar o retardo mental ao
RN. As linitaloes alimentares da fenilalanina apresentaram bons resultados. J o
rastreamento de hipotireoidismo um teste no qual o achado hipertireoidismo ocorre retardo
no crescimento e retardo mental no recm-nascido (FISCHBACH & DUNNING, 2005).
Conforme Orlandi & Sabr (2005), a tcnica da vacinao antituberculosa pelo BCG(Bacilo Calmette e Guerin), nos recm nascidos foi trocada de via oral para via intradrmica
com dosagem de 0,1 ml por ser a taxa de viragem bem maior. O BCG intradrmico produz
ndulo endurecido no local da vacina que envolve para supurao. O processo at a
cicatrizao leva cerca de 2 ou 3 meses, sem dor ou febre.
Para Orlandi & Sabr (2005) afirmar que 50% dos RNs a termo desenvolva ictercia,
em grau varivel. Essa ictercia, de resoluo rpida, dificilmente resistir depois da 2
semana de vida. No exigindo na maioria das vezes h necessidade de tratamento, mas
quando a bilirrubina, no sangue, se eleva, existindo o perigo de alcanar ou passar os 15 ou 20
mg%, nvel de alarme, preciso intervir com teraputica segura, contudo necessita de um
acompanhamento minucioso. Dispomos de dois mtodos capazes de promover a reduo da
bilirrubinemia; a exsanquinotransfuso, quando os nveis de bilirrubina srica extrapolam
10% do peso corporal ou mais de 20 mg% e a fototerapia, quando os nveis de bilirrubina
srica forem maiores de 5% do peso corporal. O tratamento da hiperbilirrubinemia em recm-
nado normal pode se estabelecer associando-se a idade do RN em horas de vida com os nveisde bilirrubina em mg/dL.
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O enfermeiro deve estar atento aos seguintes cuidados necessrios durante o
tratamento fototerpico, tais como: a exposio indevida do RN, que deve estar totalmente
despido, a mudana de decbito a cada quatro horas, a monitorizaro da temperatura axilar a
cada duas horas, o balano hdrico rigoroso e a proteo ocular (CAMPOS & CARDOSO,
2009).
Em relao ao peso corporal, o metabolismo normal do recm nascido tem
praticamente o metabolismo duplicado comparando a um adulto, explicando assim o fato de o
dbito cardaco e o volume-minuto respiratrio serem duas vezes maiores no RN (GUYTON
& HALL, 2008).
Brasil (2009) informa que nascem anualmente 20 milhes de bebs prematuros e combaixo peso. Para se ter uma idia, nove em cada dez recm-nascidos tem peso inferior a 1kg.
Com isto fundamental que o enfermeiro esteja analisando diariamente o desenvolvimento do
RN.
Conforme Orlandi & Sabr (2005), nos 2 ou 3 primeiros dias de vida, as glndulas
mamrias produza um lquido amarelo e espesso, diferentemente do leite, denominado
colostro, sendo mais rico que o leite, composto por 5 ou 6 vezes mais protenas que o leite,
duas vezes mais minerais (sdio e fsforo), e muito rico em globulinas, com isso, o leite
materno um alimento que fornece todos os nutrientes, podendo ser a nica alimentao do
RN.
bem provvel que na primeira semana ps-parto a criana tenha uma perda
fisiolgica de peso, por volta do 5 dia de vida, o aumento dirio de 25 g ou mais um bom
sinal de que a alimentao est sendo eficaz; a ausncia do aumento gradual de peso, sem
qualquer processo patolgico indica a possibilidade de se tratar a hipogalactia (ORLANDI;
SABR, 2005).
O enfermeiro deve ser facilitador o relacionamento entre os pais e o beb e contribuir
com o conhecimento para assistncia do RN, um aspecto muito importante da assistncia ao
recm-nascido (ZIEGEL; MECCA, 1985).
Ziegel & Mecca (1985) completa ao afirmar que a enfermeira pode realizar uma
avaliao fsica e com isso traar um planejamento e assistncia adequada de modo que o
beb se ajuste de maneira correta vida extra-uterina, para identificar quaisquer fatores de
risco e para notificar o mdico o mais precocemente possvel da existncia de qualquer
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anormalidade a fim de que se estabelea rapidamente o tratamento necessrio. A avaliao
fsica realizada pela enfermeira e pelo mdico praticamente igual. medida que os dados
so compartilhados e somados pode-se realizar um planejamento efetivo prevenindo e
protegendo o beb contra problemas que possam surgir, para tratar qualquer problema que j
se apresente, para auxiliar o beb em seus esforos para ajustar-se nova vida e, para suprir
suas necessidades fsicas e emocionais.
2.2 METODOLOGIA
Este presente estudo foi de forma exploratria, onde foi feita reviso literria onde
buscamos fazer o levantamento dos cuidados de enfermagem ao recm-nascido, o presente
estudo teve como base artigos do scielo e livros de autores bem conceituados alm de dados
de entidades pblicas (Ministrio da Sade; UNICEF).
O estudo exploratrio trata-se de uma forma de pesquisa, que se caracteriza pela busca,
recorrendo a documentos j existentes, de uma resposta a uma dvida, uma lacuna de
conhecimento. Este tipo de pesquisa procura explicar um problema a partir de refernciastericas publicadas em documentos, dispensando a elaborao de hipteses (MICHEL, 2005).
Aps a leitura de todos os textos, selecionamos o que o profissional de enfermagem deve
priorizar durante uma assistncia ao recm-nascido. Onde organizamos um desenvolvimento
coerente e lgico, para que com isso possamos alcanar os nossos objetivos no qual habilitar
o enfermeiro a oferecer uma assistncia de qualidade diminuindo assim o ndice de
mortalidade e morbidade no perodo neonatal, podendo tambm saber qual o perfil ideal do
enfermeiro na assistncia ao recm-nascido.
3 CONCLUSO
No perodo neonatal, o recm-nascido est se adaptando a vida extra-uterina, e ao
chegar este novo ambiente o RN deve encontrar um ambiente favorvel para que seu
organismo se desenvolva de uma forma saudvel. Os modelos assistenciais desenvolvidos
pela enfermagem tm que buscar suprir as necessidades do beb, j que aps o nascimento
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que se previnem e identificam muitas doenas. Existe certa dificuldade devido aos
profissionais no estarem habilitados a reconhecer as exigncias da criana, por isso ateno
sobre o RN
A equipe de sade deve estar com ateno dobrada ao RN, devido ao mesmo no
poder comunicar, sendo assim, a equipe deve coletar todas as alteraes no beb. Para uma
assistncia eficaz necessrio que tanto os dados coletados pela equipe de enfermagem
quanto equipe mdica seja compartilhado, e juntos elaborarem um planos de interveno. A
enfermagem deve orientar os pais os cuidados que devem ser tomados com a criana,
evitando possveis complicaes, e orientar a me sobre a importncia do aleitamento materno
como sendo insubstituvel no desenvolvimento da criana.
Esta pesquisa reuniu dados e informaes necessrias voltadas para a enfermagem
peditrica. Sendo identificados, de acordo com a literatura, dois tipos de cuidados: cuidados
imediatos, executados no momento ps-parto, disponibilizando ao beb condies fsicas para
a manuteno da vida e os cuidados gerais que so as assistncias dirias que devem ser
oferecidas ao RN no perodo neonatal. A enfermagem deve orientar os pais os cuidados que
devem ser tomados com a criana, evitando possveis complicaes
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