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Cultura Caiçara – resgate de um Povo Alice Branco – agrônoma ambientalista Cultura Caiçara – resgate de um Povo Alice Branco - agrônoma

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Cultura Caiçara – resgate de um Povo

Alice Branco – agrônoma ambientalista

Cultura Caiçara – resgate de um Povo

Alice Branco - agrônoma

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Itanhaém: Bairro do Rio Acima, Suarão, Baixio, Prainha, Guaraú;

Peruíbe: Parnapoa, Praia de Peruíbe, Barra do Una;

Iguape: Praia do Una, Jaerê, Sabaúna,Rocio, Cachoeira do Guilherme, Mumuna, Icapara, Barra do Ribeira;

Cananéia: Prainha, São Paulo Bagre e Ilha do Cardoso;

Ilha Comprida: Pedrinhas, Juruvaúva;

Comunidades caiçaras

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Estas são comunidades antigas, com história contada e relembrada desde a colonização. Famílias caiçaras formaram estas cidades. E são caiçaras os pescadores que ainda hoje as habitam. É da sua cultura que trata este trabalho, da nossa cultura. Brasileira.(acervo Pedro Fornacciari)

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Nas primeiras décadas do séc. XX em Itanhaém a pesca de arrastão trazia para a praia a riqueza que era compartilhada na comunidade pescadora. O arrastão de praia era puxado por todos, até por parelhas de bois quando a rede era muito grande.

Acervo Ernesto Monteiro

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Mumuna, Jaerê e Sabaúna, pequenas vilas nas margens do Mar Pequeno com rica herança caiçara na produção da farinha de mandioca, panelas de barro, esteiras;

Icapara, a mais antiga localidade de Iguape onde o uso das ervas medicinais é tradição;

Vila Barra do Ribeira; com seu orgulho caiçara, mostra ao visitante a cultura ancestral dos avós como em um pequeno museu vivo;

IGUAPE

Bairro do Rocio, nas margens do furado grande, onde artesãos fabricam as violas e rabecas iguapeanas; Itimirim e Peropava, na restinga entre as águas do Ribeira e a serra, com suas pequenas ilhas fluviais e a produção dos potes de barro branco; Mangue Seco, na subida da serra de Iguape, antiga comunidade caiçara e quilombola;

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A vida do caiçara se faz em pé na canoa, no cerco de rio, na pesca de rede. Em águas calmas ou na rebentação bravia, o caiçara tira seu sustento da Natureza, sem prejudicá-la

Acervo SOS Mata Atlântica

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• São os caiçaras – descendentes de indígenas, negros e brancos que, unindo suas histórias, conhecimentos e valores deram origem à esta cultura genuinamente brasileira.

• José Rosendo, com seus contos e “causos” escreve sobre a vida do caiçara, relembrando as primeiras décadas do séc. XX em Itanhaém. Nhá Veva e Dorico Peguassú são personagens da vida diária da vila. Sobrinho de Emigdio de Sousa, reescreve a história caiçara de Itanhaém em seus contos da roça.

Quem conta a história de seu povo preserva sua cultura

José Rosendo, cronista caiçara de Itanhaém

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Cada caiçara entrevistado contou sua história, relembrou suas raízes, refazendo um caminho de mar e terra, de terra e mar. Na panela cozinha o peixe para fazer o saboroso “azul marinho”, na praia, no borralho da fogueira, assa o “surubaiado”. Os velhos ainda se lembram, os novos precisam conhecer. É para eles este resgate.

Para que os novos conheçam, reconheçam, recuperem seus valores mais antigos. Preservem sua cultura própria.

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O olhar perdido no horizonte sempre levou o caiçara a outras terras, outras conquistas. Assim este povo de tantos povos conquistou sua terra, a nossa terra. É este olhar profundo que encontra o peixe sob as ondas. Que acha a trilha na mata densa. Que encontra o caminho de volta para casa no final da lida.

E com o olhar distante de saudades os velhos caiçaras relembram as histórias do Dr. Nogueira, no seu avião vermelho, ou do aviador Bertelli, na Praia da Juréia.

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Em Itanhaém a vida caiçara está presente na Praia dos Pescadores, Prainha, no Baixio, no Guaraú. Há muitos anos a Prainha é “porto” e mercado dos pescadores, caiçaras daqui, e daqueles que vêm em traineiras, de Santa Catarina, caiçaras de lá.É na Prainha que se encontra o peixe fresco, o marisco e o camarão. Lá, quando o produto não é bom, o pescador não o vende para não ofender o freguês.

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A banana verdolenga dá o tom azulado ao peixe. O pirão de cabeça, o pirão de banana, ou somente o caldo engrossado com a farinha, conhecido como pirão de dedo - estes são complementos básicos para qualquer prato caiçara. É a caldeirada, antiga sopa de peixe dos nossos avós.

Azul Marinho, Azulão – prato predileto dos caiçaras do litoral paulista

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Mandioca, milho, peixe, carne de caça e banana. Estes são os ingredientes básicos das receitas caiçaras do litoral paulista.

Os temperos usados misturam tradições portuguesas e indígenas: coentro, alfavaca, pimenta, pimentão, cebola, cebolinha, alho, cheiro-verde, limão galego e limão rosa, sal.

São receitas simples, saborosas, que nos deixam na boca uma saudade antiga.

É imprescindível o cheiro do fumeiro, do peixe seco, do chouriço. É o cheiro do fogão a lenha, do café feito em caldo de cana.

Acervo FAU

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“quando a gente voltava da pesca, o Cipriano separava um peixe grande, fresquinho, para a mistura. Esse peixe não era lavado sequer e, com escamas e barrigada, era jogado no borralho da fogueira, sem sal nem nada. Dava o tempo certo, criava aquela casca por fora e o peixe estava pronto. Bastava “descascar” a pele que saía inteira com as escamas e tudo, ficava só a carne, branquinha. A barriga era aberta com cuidado para não romper a bolsa que continha as vísceras.Tirava-se a bolsa das vísceras e aí era só comer, passando sal quem gostasse ou só na farinha mesmo, com café ralo para molhar. Uma gostosura o surubaiado, mas só pode ser feito com peixe bem fresco, pescado na hora.” (Samuel Murgel Branco, Suarão, Itanhaém).

Praia do Una – Estação Ecológica da Juréia (acervo Mongue)

Surubaiado

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A arte de tecer uma rede de pesca, em Santa Catarina ou em São Paulo, é a mesma – caiçara.

Acervo SOS Mata Atlântica

Gilberto Paulino, Suarão, Itanhaém

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Cerco de rio, cerco de mar – uma boa maneira para se pescar o peixe graúdo, e preservar o pequeno. Esta é tecnologia caiçara, adaptada dos conhecimentos indígenas que ainda é utilizada no nosso litoral.

Cerco de pesca no Mar Pequeno

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O sítio, casa simples em tábua, taipa ou palha, uma cerca de bambu ou pau, uma paliçada, uma caiçara. Caiçara também é o cerco de rio para apanha do peixe, também é o abrigo do caçador para a emboscada e a palhoça de guardar o barco. Tudo feito de pau trançado. Do tupi, kaai’sa (Houaiss, 2000).

acervo FAU

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A procissão do Divino, a rainha, o imperador, a

subida do mastro, a soca da farinha de arroz, o cuscuz

temperado com erva doce para comer com café, na madrugada.

Acervo de Ernesto Bechelli

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Fandango, passadinho, catira, sapateado – danças, festas

Cachoeira do Guilherme – Pradel e tocadores de viola iguapenhaPassadinho em Cananéia

Fandango em São Paulo Bagre, Cananéia (acervo FAU)

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Festa de Reisado

“Acordai se estas dormindo,

neste sono tão profundo...

Acordai e vinde ver,

as maravilhas do mundo...”

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A produção de instrumentos musicais talhados em caxeta é da tradição caiçara – desta forma são produzidas as rabecas e as violas.

A rabeca iguapeana, instrumento de 4 cordas metálicas é tocada apoiada no peito, como o violino. Antigamente o arco era encordoado em crina de cavalo, que dá um som mais puro – o atual encordoamento em fio de nylon prejudica mas sua música continua a mesma, animando o passadinho, as cantorias de festas religiosas, os bailes da comunidade. Esta é uma rabeca talhada no Bairro do Rocio, em Iguape.

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Benedito Calixto, itanhaense, retratou o Rio Itanhaém, o porto do Sapucaetava. Tornou-se pintor de renome sem negar suas origens culturais.

Emigdio de Sousa retratou a sua cidade, “Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém”, seus costumes e cores. Pintor primitivo autodidata.

Caiçaras pintores – imagens da terra

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José Luis Lopes, de Itanhaém, retratar natureza de sua terra. Autêntico, autodidata, segue o caminho trilhado por Calixto e Emigdio, pintores caiçaras, da mesma terra.

Guaraú, porto de areia

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“Fez a canoa prá ele, que as outras duas que estão em uso, são muito velhas e estão querendo rachar. Já remendou, calafetou, pregou lata. Tudo se acaba um dia. Tinha que fazer outra. Fez escondido porque é proibido. Eu não entendo. Proibido por quê? Tá certo proteger o mato, que isto é coisa de precisão, mesmo. Mas o que é que uma canoa de um pau só pode fazer de tão ruim assim, me conta?”

(Seu Casimiro, Mumuna, Iguape)

O caiçara cultiva seu pedaço de terra, usa da mata o que precisa, e preserva pois sabe que seu futuro depende da mata viva. Mas não entende leis que o proíbem de viver como sempre viveu. E sucumbe a elas.

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Juréia – Itatins,estação ecológica

caiçaraParnapoa – antiga comunidade

quase extinta (Peruíbe)

Cachoeira do Guilherme - comunidade caiçara espírita, constituída no início do século XX (Iguape)

Praia do Una, Rio Verde e Ponta de Grajaúna, comunidades da EEJuréia-Itatins

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Acervo COATI

As paisagens idílicas da EE da Juréia-Itatins estão presentes na memória caiçara

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Parnapoa, em Peruíbe, fica entre a mata e o mar . Já foi próspera, produtiva, abastecedora da vila de Peruíbe. Hoje é uma comunidade agonizante pela proibição de usar seus recursos – está dentro da EE da Juréia. O caiçaras da Ponta de Parnapoa estão na região há uma centena de anos – vieram de Rio Verde, Grajaúna, no começo do séc. XX.

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Assim é o quintal caiçara – a mata em volta pertence à vida, fornece matéria prima básica, e é cuidada, mantida. Nesta mata vive a caça que complementa a panela, desta mata saem os frutos, a lenha para o fogão e um tronco que outro, para a canoa.

É convivência harmoniosa.

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A vida caiçara é bucólica, devagar, seguindo o ritmo do tempo, da lua – as fases da lua ajudam na pesca - dos cultivos, da colheita. O armazém do caiçara é a mata, a geladeira é o mar.

Arpoador, Juréia

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Com criatividade e habilidade o caiçara se moldou ao meio sem grandes conflitos ambientais. Convivendo com a mata atlântica, o caiçara recuperou antigos conhecimentos indígenas sobre o uso das plantas, medicinais e alimentares, aprimorou a técnica do entalhe em madeira para a construção de canoas e casas de moradia.

Na agricultura, o caiçara usou a coivara ou roça de toco, técnica indígena adequada ao cultivo nos solos pobres e arenosos da mata. As pequenas clareiras cultivadas são rotativas, recuperando, em poucos anos, sua cobertura vegetal. O cultivo direto sobre o restolho recupera a fertilidade do solo e o preserva da erosão.

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A técnica de fazer panelas de barro à mão, em roletes, tingidas com tintura de jacatirão, a quente, é uma adaptação da cultura indígena Vale do Baixo Ribeira..

A panela de barro preto, do Jaerê, é técnica de família. As irmãs Benedita e Teresa Dias são as últimas paneleiras de Iguape.

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A descasca da mandioca brava, para farinha, na casa de Dona Margalia, no Mumuna, envolve toda a família. A peneira usada assim como as lembranças de Dona Margalia são indígenas, de família.

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Tráfego de farinha na casa de Seu Natalino e Dona Noemir, Mumuna. É dele que vem a farinha de mandioca para a feira de Iguape.

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Prensa para tráfego de farinha adaptada do uso indígena (prensa manual com tipiti) e moenda portuguesa dos lagares de azeite. Pode ser acionada por tração humana, animal, pela força da roda d’água ou pelo macaco hidráulico.

Ralador de mandioca

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O uso do tipiti é comum a todas as populações indígenas do Brasil. Sua confecção é manual, em fibra de arumã. O caboclo e o indígena usam o tipiti estirando-o para espremer a massa de mandioca.

Já o caiçara usa o tipiti de outra forma – enche o tipiti de massa de mandioca e o comprime com a prensa de parafuso. No nosso litoral o tipiti também pode ser feito em timbopeva.

Acervo Rev. Nosso Pará On-line

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Dona Josefa, Ariri (acervo FAU)

É assim que o caiçara nos conta sua história.

Nos ensina como é viver em harmonia com o meio que nos rodeia.

Aprendamos com o caiçara, com sua cultura, Usar com respeito é preservar.

Recordar é preservar.

Resgatar é lutar para preservar.

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