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Cultura e saúde: contribuições da perspectiva educomunicativa Juliana Maria de Siqueira Programa Pedagogia da Imagem Museu da Imagem e do Som de Campinas 21 de setembro de 2010

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Cultura e saúde:contribuições da perspectiva educomunicativaJuliana Maria de SiqueiraPrograma Pedagogia da ImagemMuseu da Imagem e do Som de Campinas21 de setembro de 2010

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Quem somosMuseu da Imagem e do Som de Campinas(1975)Rua Regente Feijó, 859, Centro(Palácio dos Azulejos)Fone: (19) 3733 [email protected]

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Um relance...Acervos: fotografia, cinema, vídeo, música, história, tecnologia, cartazes, livrosExposição de longa duração do acervoExposições temporáriasExposições itinerantesVisitas monitoradasAtendimento a pesquisadoresExibições e debates de filmesAudição musicalCursos, palestras, oficinasATIVIDADES GRATUITAS

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Programa Pedagogia da ImagemPrograma permanente de ação cultural educativa (2003-...)Promover a apropriação crítica e dialógica do audiovisual pelo cidadão comumA comunicação é um direito humano – necessário para participação plena na sociedade contemporânea

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Como se apropriar do audiovisual?Dimensões: linguagem + tecnologiaAção educativa envolve 4 linhas de ação:Promover o acesso a repertórios diferenciadosExperimentar a linguagem+tecnologia pela criação que expressa uma visão de mundo (dizer o próprio discurso)Criar circuitos para circulação das produçõesGerar uma cultura de acervo (conhecimento)

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O que isso tem a ver com a saúde?SaúdeEstado completo de bem estar físico, mental e socialUm direito humano fundamentalDefinição ampla que incorpora diversas dimensões da vida humanaRequer a ação conjunta de vários setores sociais

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Promoção da saúdeProcesso de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no controle desse processo (Ottawa, 1986)Conceito positivo e multidimensional: modelo participativo: o sujeito é responsável no que diz respeito a sua saúdeEnvolve qualificar a existência, buscar melhores condições sociais como um todoRequer cidadãos críticos, participativos, protagonistas sociais

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Saúde e intersetorialidadeA promoção da saúde se refere às ações sobre os condicionantes e determinantes sociais da saúde, dirigidas a impactar favoravelmente a qualidade de vida. Por isso, caracterizam-se fundamentalmente por uma composição intersetorial e, intra-setorialmente, pelas ações de ampliação da consciência sanitária –direitos e deveres da cidadania, educação para a saúde, estilos de vida e aspectos comportamentais etc. (Paulo M. Buss – Fiocruz)

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Ações educativasAs ações educativas são um componente importante da promoção da saúde, mas devem ser encaradas de maneira coerente com o conceito:Ir além da informação: buscar a comunicação como exercício criativo da linguagemConsiderar o sujeito em seu contexto socioculturalPromover o seu protagonismo como um todo

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Perspectivas educativas:informação x comunicaçãoO modelo informacional desconsidera o receptor, suas características próprias e seu contexto sociocultural: o sentido está na mensagem. (Por que inúmeras campanhas de saúde não surtem efeito?)O modelo comunicacional pressupõe que o receptor é um sujeito ativo, imerso na sociedade, e se preocupa com os elementos que mediam a recepção/ produção de sentido de uma mensagem (cultura, família, hábitos, rotinas, trabalho, inserção social...).A educação é um processo essencialmente comunicativo.

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Educação e usos da linguagemA linguagem não é um “veículo” de ideias ou representação do real. A linguagem media e constitui nossa relação com o mundo. Através dela, organizamos nossas percepções, damos forma à realidade, agimos e transformamos nossas condições de vida e compartilhamos nossa experiência com os outros.Uma educação que compreenda o exercício da(s) linguagem(ns) propicia ao sujeito criar condições de fortalecer sua identidade e de se relacionar melhor no mundo: como protagonista e como sujeito solidário. Essa atitude favorece a promoção da saúde.

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O conceito de educomunicaçãoOs espaços educativos (por exemplo, o Centro de Saúde e seus grupos de usuários) são ecossistemas comunicativos, que envolvem:Os sujeitos e suas disposiçõesRecursos (infraestrutura) e seus usosPolíticas, poderes e suas assimetriasA educomunicação trabalha para tornar esses ecossistemas abertos, horizontais e participativos, formando pessoas críticas e ativas frente aos processos comunicativos em que estão inseridas, por meio do desenvolvimento de suas competências comunicativas.

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Como transformar os ecossistemas?Educação para a comunicação – promovendo a recepção crítica das mensagens e estabelecendo políticas democráticas de comunicaçãoPela mediação tecnológica – utilizada nos processos educativos presenciais e a distância (ex.: redes sociais)Pela gestão participativa da comunicação nos espaços educativosPela expressão através das artesPela reflexão sobre a prática (sistematizar as experiências e produzir uma práxis)

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Alguns exemplos concretos educomunicação e saúdeParceria com o CEDAP2007: Oferecer possibilidades de expressão e de redescoberta do espaço urbano a adolescentes em situação de risco de exploração sexual. Oficina de fotografia e criação de videoclipes. Projeto Clic, clipe!2009: Produzir com adolescentes um vídeo educativo sobre prevenção àAIDS e DST. Vídeo: Oi, tudo bem? Um papo sobre sexo e prevenção.Base: a educação não-formal de adolescentes não deve cair no didatismo, na prescrição ou transmissão de informações. Inúmeras campanhas educativas não são eficazes porque não são capazes de compreender o universo sociocultural dos adolescentes. Só eles podem fazer isso e o vídeo traz a possibilidade de investigação e descobertas – de soluções, de si mesmos, de projetos de vida. Rediscutir o papel do educador: apoiar o adolescente a tornar-se protagonista da própria história.

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Craisa/ Adolecine2008: formação de grupo para expressão dos adolescentespor meio do audiovisual. Animação que discute a violência contra o adolescente de periferia.2009: formação de multiplicadores para o trabalho com a fotografia como expressão de histórias de vida, visões de mundo e projetos de vida. Exposição fotográfica Itinerários do Olhar: rumo noroeste. Continuidade no atendimento ao público.Base: a vulnerabilidade dos indivíduos é causada pelo seu isolamento, pela violência simbólica e pela falta de perspectivas para valorização de si, para construção de projetos e de modos de vida que não dependam de padrões inatingíveis e insustentáveis de consumo, beleza etc.Redes de proteção social precisam incorporar as linguagens da cultura, para tecer redes e relações, resgatar memórias, descobrir novas possibilidades de realização e rediscutir identidades e projetos de vida.

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CS Costa e Silva/Gislaine Raposo2009-2010: co-orientação de pesquisa de conclusão de curso traçando a história da constituição do conselho de saúde e da luta popular pela construção da sede do CS Costa e Silva, resultando em um vídeo documentárioBase: o protagonismo envolve a participação social, a formação de lideranças locais. A reconstrução da memória e a valorização das lutas contribui para a autoestima da comunidade e para o estímulo à participação. Ao mesmo tempo, o estudo revelou a emergência de novas formas de participação social, diferentes das gerações anteriores: mais vinculadas com os movimentos culturais e ligadas ao uso das tecnologias.

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Possibilidades...Oficinas para educadores/terapeutas/multiplicadores da saúde: fotografia, vídeo, animaçãoOrientação na organização dos acervos institucionais (CS) e da comunidade e na formação de acervos de história oral em audiovisual: reconstruir a memória/ recontar a históriaPesquisa-ação: investigar as mediações/ os fatores que interferem na produção de sentido a partir de campanhas educativas em saúde – promover a criação/ transformação de ecossistemas educomunicativos em saúde

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Um convite...Primavera dos Museus: memória e participação social – no MIS Campinas29 de setembro (quarta-feira), 19h: Palestra: “Participação social: crise ou mudança?” Com Doraci Alves Lopes (PUC)30 de setembro (quinta-feira), 19h: Lançamento e debate do documentário: “Um passo de cada vez: o despertar da cidadania”Atividades gratuitas, com certificado de participação

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Contato

Juliana SiqueiraPrograma Pedagogia da Imagemhttp://pedagogiadaimagem.sites.uol.com.brpedagogiadaimagem@campinas.sp.gov.brFone: (19) 3733 8800