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A Cultura Popular Portuguesa

Cultura popular portuguesa

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A organização da cultura popular portuguesa de norte a sul do país.

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A Cultura Popular Portuguesa

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Tudo o que é folclórico é também, por definição, popular.

Qualifica-se de popular, aquilo que foi criado ou que teve origem no povo, o que agrada ao povo.

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As danças floclóricas, não só porque se inserem numa arcaica tradição, como também, porque na sua origem, foram danças de significado religioso, ritualista, mágico ou laboral e, ainda, porque se revestem de uma forte e profunda carga de simbolismo.

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• Simbolismo – é a razão porque se executa uma determinada dança;

• Forma – é a maneira como a dança é realizada;

• Tema – é a ideia e até o próprio simbolismo de uma dança; uma dança não tem necessariamente uma só forma: uma dada dança tanto pode ser expressa em roda, como em forma de quadrilha, em par ou em grupo.

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Acessórios – muito importantes nas danças folclóricas, devem ter um valor representativo (vestes, máscaras, objectos usados pelos dançarinos, etc.), que ajudam a mostrar o simbolismo da dança que os usa.

Coreografia – interligação e desenvolvimento dos passos, gestos, poses, movimento, linhas, evolução das figuras e dos grupos, etc. além de constituir a dança propriamente dita, procura exprimir o simbolismo, a ideia, de cada dança.

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MÚSICA E INSTRUMENT

OS TÍPICOS DE

CADA REGIÃO

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• O povo minhoto e duriense é caracteristicamente alegre, festivo, trabalhador e profundamente religioso. A variedade e características destas gentes contribui para a riqueza e diversidade da sua música.

• Hoje em dia, ainda podemos assistir a festas e romarias, nas quais se continua a divulgar o património cultural, desta região, sobretudo no que diz respeito a cantares, danças e trajes.

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• Os instrumentos são comuns às das restantes regiões portuguesas, mas as razões típicas da reunião das gentes para dançar, dos locais onde dançavam, assumiam características únicas.

• São componentes dois violinos, um clarinete vareiro, três violas de lavoura, dois cavaquinhos, dois violões da aldeia. Estes instrumentos são acompanhados por canas de “bonecos” e dois cantadores populares.

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Nesta região a dança, normalmente, era dançada por seis pares, vestidos com os trajes típicos. As mulheres faziam estalejar os dedos e os homens usavam as castanholas.

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As mais célebres são “a vareira descansada”, “vareira picada”, “vareira corrida”, a “vareira das palmas”, a “vareirinha”, a “tirana”, a “Margarida moleira”, o “Regadinho”, o “Sapatinho”, “S. João corrido”, “S. João de Roda”, “S. João traçado”, “O velho”, a “Cana Verde”. É impossível explicar como terá surgida a forma como a mulher dança estas danças, em especial a “Vareira descansada”.

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Vareira descansada – Grupo Folclórico da Corredoura:http://www.youtube.com/watch?v=XLsNk7oiQh4 Vareira das Palmas – Grupo Folclórico Casa do Minho:http://www.youtube.com/watch?v=TX61_tJONNY Tirana – Grupo Folclórico de S. Torcato:http://www.youtube.com/watch?v=n9yNWLguGek Margarida Moleira – Rancho Folclórico de S. Cipriano de Tabuadelo:

http://www.youtube.com/watch?v=1ATD9EQwni8 Velho – Rancho Folclórico de S. Torcato:http://www.youtube.com/watch?v=dcYj9ACJo-Y Cana Verde – Rancho Folclórico de Ponte da Barca:http://www.youtube.com/watch?v=KWtL81ihdts

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É curioso notar que, enquanto foi proibido cantar canções profanas durante o período da quaresma, o povo trabalhava, interpretando canções religiosas.

Das músicas bailadas características desta região podemos destacar: a “tirana”, o “malhão”, o “vira”, a “cana verde” e a “chula”.

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Para além das características musicais desta região, é de salientar que a utilização do cavaquinho e do violino, bem como, o canto ao desafio têm aqui as suas práticas habituais.

Cantar ao desafio: Maria Celeste

http://www.youtube.com/watch?v=aXWul8NR190

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A região de Trás-os-Montes é muito vasta e possui um relevo com características contrastantes que influencia os costumes e tradições do seu povo.

As músicas estão intimamente ligadas aos trabalhos rurais: pastorícia, trabalho do linho e do centeio, etc.

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O fandango, a par do passeado, da carvalhesa e da murinheira, são as danças tradicionais desta região, embora também se possam encontrar em várias província portuguesas. Isto deve-se ao facto de que quando estas entraram em Portugal, durante o século XVIII, vindas de Espanha, terem atingido uma grande aceitação. É dançado por um casal, embora na região do Ribatejo tenha sofrido algumas alterações.

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Fandangohttp://www.youtube.com/watch?v=He6mMLMCnG0

Murinheirahttp://www.youtube.com/watch?

v=b1ANpdGQbHk

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A gaita de foles, instrumento de sopro, é o mais típico desta região. Feito tradicionalmente de pele de cabra tem um saco ligado a vários tubos de madeira.

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Nesta região podemos encontrar, também, as tunas, agrupamentos com uma grande variedade instrumental, que interpretam obras que vão desde as modas regionais à música religiosa passando pelo reportório das bandas filarmónicas.

Tuna Universitária de Bragança:http://www.youtube.com/watch?v=mHtcO7v2o7U

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A Beira Litoral, que abarca uma grande parte dos distritos de Aveiro, Coimbra e Leiria, está muito ligada à região do Minho.

Verifica-se a presença de viola portuguesa, que aqui assume o nome de viola ramaldeira, e pela existência de danças comuns, como é o caso da “rusga”, da “tirana” e do “vira”.

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Grupo Folclórico de Joane – Leiria - “Rusga”

http://www.youtube.com/watch?v=K-trNyp9zX0

Rancho Folclórico Nossa Senhora dos Altos Céus – Espinho – “Tirana de Roda”

http://www.youtube.com/watch?v=DEloJAhiLoY&feature=results_video&playnext=1&list=PL2E56586FF37E4ADE

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Também na Beira Alta, que abrange grande parte dos distritos da Guarda e de Viseu, se podem encontrar semelhanças com a região de Trás-os-Montes, como é o caso das tunas.

Deste tipo de agrupamento fazem parte instrumentos como o bandolim ou o violão.

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É exemplo a música Maçadela do Linho, cantado especificamente por mulheres enquanto trabalhavam o linho. O son é produzido unicamente pelo son das moças de madeira a baterem ritmadas no linho.

http://www.youtube.com/watch?v=XlVElJA7nwE

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Na música de baile podemos encontrar a contra-dança. É de origem inglesa e expandiu-se durante os séculos XVI a XVIII.

Tem um carácter vivo e alegre.

Grupo Folclórico da Casa do Povo de Viseu:http://www.youtube.com/watch?v=FJp0CUkV0Wk

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O distrito de Castelo Branco e parte dos distritos de Coimbra e Santarém formam a chamada Beira Baixa. Nesta região é bem notória a influência dos Árabes, por exemplo, através da utilização do Adufe (instrumento de pele, geralmente de forma quadrada, que contém no interior pequenos elementos como feijões, pedrinhas, areias, etc, que com o movimento produzem son.

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É o instrumento indispensável na execução da maioria das músicas desta região, estando presente nas festas e romarias. É tocado exclusivamente por mulheres, o que contribui para a afirmação destas no seu meio.

http://www.youtube.com/watch?v=tGp-zyVACng&feature=related

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Pode ser encontrada em todo o país mas, na Beira Baixa assume um contexto diferente. Nas tabernas era habitual haver um ou mais guitarras portuguesas para que os clientes pudessem tocar acompanhados, por vezes, pelo próprio dono. Era uma forma de se divertirem em conjunto e de atrair clientes.

O mesmo se passa com o acordeão, também típico de todo o país.

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Esta é uma zona que se dedica à criação de gado, sobretudo o touro bravio, destinado às touradas. Também neste território é criado o cavalo lusitano. O campino, com o seu colete vermelho e gorro verde é a figura mais tradicional do Ribatejo.

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• Estas três regiões são muito semelhantes, como os cantos interpretados durante as lidas do campo.

• As características das suas danças mais antigas foram-se perdendo com a introdução das danças de salão, muito em voga no século XIX, como as valsas e as polcas.

• Para além destas danças temos o fandango, também cantado nos campos enquanto decorre o trabalho. Nesta região era dançado exclusivamente pelos homens talvez por ser típico das tabernas que normalmente eram frequentadas pelos homens.

• http://www.youtube.com/watch?v=TOW-7z3Vz0A&feature=related

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Muito popular é o acordeão, também chamado harmónio. Inicialmente era conhecido como harmónio de mão, para se distinguir do harmónio de boca. Era usada, também, a flauta travessa, a guitarra portuguesa e a gaita de foles, assim como o conjunto flauta tamboril, são usadas na interpretação da música tradicional.

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• No Baixo Alentejo são típicos os grupos corais que interpretam música polifónica (várias vozes). A sua origem estará relacionada com os coros litúrgicos. Inicialmente eram cantados nos campos, durante o trabalho, quer por homens, quer por mulheres. No entanto, com a mecanização do trabalho no campo, passou a ser contado, com mais frequência, nas tabernas, consequentemente, só por homens. Contudo, as mulheres ainda continuam a cantar neste tipo de coros nas festas populares e religiosas.

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http://www.youtube.com/watch?v=emPnCiG7-FY

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Na região do Algarve podemos encontrar duas facetas distintas. Por um lado, temos um povo serrano, com modos de vida muito próprios; por outro lado, a zona costeira que, nas últimas décadas, tem vindo a sofrer grandes e rápidas transformações, sobretudo a nível urbanístico, com o desenvolvimento do turismo.

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• Para além do “corridinho” a “roda” é uma dança algarvia muito divulgada na Europa.

• Era costume os rapazes e as raparigas se juntarem, ao ar livre, normalmente no largo da Igreja, para dançarem danças de roda.

• A interpretação ficava a cargo das vozes ou então de um instrumento como a flauta travessa de cana, também conhecida como pífaro.

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Corridinho (Dança etnográfica típica): http://www.youtube.com/watch?v=DSqrC9JiBCE

Bailes de roda:http://www.youtube.com/watch?v=5GbHizUCykA