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O desafio da aterosclerose A avaliação dos métodos de diagnóstico e dos tratamentos atuais e futuros da aterosclerose está no centro dos trabalhos do 63º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que abre hoje as portas. O Museu Oscar Niemeyer de Curiti- ba se torna o Museu do Coração du- rante o Congresso de Cardiologia. A primeira mostra deste museu itineran- te, imaginado por Emilio Cesar Zilli, diretor da Qualidade Assistencial da SBC, coincide com o Congresso de Cardiologia. Após o Congresso, o Museu será instalado definitivamente na Praça da República no Rio de Ja- neiro. Além do resgate da memória da cardiologia paranaense e brasileira, o objetivo principal do Museu do Cora- ção é a promoção de hábitos saudáveis de vida. “Como presidente da SBC, quero dar as bem-vindas a todos os cardiolo- gistas do Brasil e aos representantes internacionais que vão estar presen- tes em Curitiba. Gostaria de destacar que nosso Congresso é o maior evento de cardiologia do cone Sul e um dos 10 maiores congressos de cardiolo- gia do mundo, pela qualida- de dos trabalhos apresenta- dos e de nossos palestrantes. Um grande objetivo da SBC é estar presente constantemente nos congressos internacionais, como já aconteceu este ano nos Es- tados Unidos, na Europa, em Portu- gal, no Congresso Mundial na Ar- gentina, e, em outubro, na Espanha. Além da atualização pela Internet, e frente ao crescimento exponen- cial dos conhecimentos da cardio- logia, o cardiologista brasileiro tem a oportunidade de participar de reuniões presenciais de alto ní- vel, trocar idéias e experiências, e rever os amigos. Por sua hospitali- dade a cidade de Curitiba é o lugar propício para nosso congresso.” DESTAQUES Curitiba, 06 de setembro de 2008 - Expotrade Convention Center * 13 sessões especiais * 13 simpósios nacionais e internacionais * 26 conferências nacionais e internacionais * 28 atualizações curriculares * 29 colóquios * 37 sessões Como eu faço * 41 controvérsias * 49 mesas redondas * 505 palestrantes * 810 temas livres * 6000 congressistas Museu do Coração Dr. VALENTIN FUSTER Convidado de honra do Congresso, não perca a sua Conferência de abertura, domingo 7 de setembro à 8h30, sobre o tema da aterosclerose e sua luta para priorizar a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares. Credenciamento O credenciamento para obtenção do crachá de identificação está aberto hoje a partir das 7h30. Apresente a sua carteira da SBC ou CPF. A SBC, contando com o importan- te patrocínio da Schering Plough, premiará os quatro melhores temas livres orais, com premiação de R$ 10.000,00. As premiações serão rea- lizadas durante a Cerimônia de Aber- tura, domingo 7 de setembro. Prêmio SBC de melhor tema livre oral O exame será realizado hoje na Uni- Brasil, Rua Konrad Adenauer, 442, Tarumã, Curitiba, das 13h às 18h30. A avaliação prática será realizada amanhã na sede do 63º Congresso da SBC. Prova para o Título de Especialista em Cardiologia

Curitiba, 06 de setembro de 2008 - Expotrade Convention ...congresso.cardiol.br/63/jornal_congresso/Jornal_06_setembro.pdf · Já a Estrada da Graciosa, acesso pelo km 61 da BR-116

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O desafio da ateroscleroseA avaliação dos métodos de diagnóstico e dos tratamentos atuais e futuros da aterosclerose está no centro dos trabalhos do 63º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que abre hoje as portas.

O Museu Oscar Niemeyer de Curiti-ba se torna o Museu do Coração du-rante o Congresso de Cardiologia. A primeira mostra deste museu itineran-te, imaginado por Emilio Cesar Zilli,

diretor da Qualidade Assistencial da SBC, coincide com o Congresso de Cardiologia. Após o Congresso, o Museu será instalado defi nitivamente na Praça da República no Rio de Ja-

neiro. Além do resgate da memória da cardiologia paranaense e brasileira, o objetivo principal do Museu do Cora-ção é a promoção de hábitos saudáveis de vida.

“Como presidente da SBC, quero dar as bem-vindas a todos os cardiolo-gistas do Brasil e aos representantes internacionais que vão estar presen-tes em Curitiba. Gostaria de destacar que nosso Congresso é o maior evento de cardiologia do cone Sul e um dos 10 maiores congressos de cardiolo-

gia do mundo, pela qualida-de dos trabalhos apresenta-dos e de nossos palestrantes.Um grande objetivo da SBC é estar presente constantemente nos congressos internacionais,

como já aconteceu este ano nos Es-tados Unidos, na Europa, em Portu-gal, no Congresso Mundial na Ar-gentina, e, em outubro, na Espanha.Além da atualização pela Internet, e frente ao crescimento exponen-cial dos conhecimentos da cardio-logia, o cardiologista brasileiro tem a oportunidade de participar de reuniões presenciais de alto ní-vel, trocar idéias e experiências, e rever os amigos. Por sua hospitali-dade a cidade de Curitiba é o lugar propício para nosso congresso.”

DESTAQUES

Curitiba, 06 de setembro de 2008 - Expotrade Convention Center

* 13 sessões especiais* 13 simpósios nacionais e internacionais* 26 conferências nacionais e internacionais* 28 atualizações curriculares* 29 colóquios* 37 sessões Como eu faço* 41 controvérsias* 49 mesas redondas* 505 palestrantes* 810 temas livres* 6000 congressistas

Museu do Coração

Dr. VALENTIN FUSTER

Convidado de honra do Congresso, não perca a sua Conferência de abertura, domingo 7 de setembro à 8h30, sobre o tema da aterosclerose e sua luta para priorizar a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares.

CredenciamentoO credenciamento para obtenção do crachá de identifi cação está aberto hoje a partir das 7h30. Apresente a sua carteira da SBC ou CPF.

A SBC, contando com o importan-te patrocínio da Schering Plough, premiará os quatro melhores temas livres orais, com premiação de R$ 10.000,00. As premiações serão rea-lizadas durante a Cerimônia de Aber-tura, domingo 7 de setembro.

Prêmio SBC de melhortema livre oral

O exame será realizado hoje na Uni-Brasil, Rua Konrad Adenauer, 442, Tarumã, Curitiba, das 13h às 18h30. A avaliação prática será realizada amanhã na sede do 63º Congresso da SBC.

Prova para o Título de Especialista em Cardiologia

“Como presidente da SBC, quero dar as bem-vindas a todos os cardiolo-gistas do Brasil e aos representantes internacionais que vão estar presen-tes em Curitiba. Gostaria de destacar que nosso Congresso é o maior evento de cardiologia do cone Sul e um dos 10 maiores congressos de cardiolo-

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63º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 06 DE SETEMBRO DE 20082 63º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 06 DE SETEMBRO DE 2008 63º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 06 DE SETEMBRO DE 2008

Editorial - Luiz Antonio de Almeida Campos

O American College of Cardiology realizou em 2008 em Chicago sua 57º Annual Scientifi c Session, mas a Sociedade Brasileira de Cardiologia já está no seu 63º Congresso, o que mostra a tradição e a importância de nosso encontro, que vai reunir 6.000 participantes em Curitiba nos próximos dias. A palavra-chave, este ano, é ateroscle- rose, porque e s t a m o s em frente de uma epi- demia de re-percussão mundial. Se as doen- ças ateros-clerót icas continuam a aumen- tar como atualmente, os custos da saúde pro- vavelmente inv iab i l i - zarão todos os sistemas de saúde publica ou privada do m u n d o . Portanto, a ateroscle- rose será o tema central do congresso e de sua Conferência Magna, cuja o principal convidado é o Dr. Valentin Fuster, espe-cialista internacionalmente reconhecido da aterosclero-se. O congresso tem por foco principal a divulgação do conhecimento científi co contemporâneo, o intercâmbio de idéias e experiências, vai ser o palco de uma presença conjunta do American College of Cardiology e da SBC em um simpósio que vai repetir uma experiência que já fi zemos em Chicago em março ultimo. Uma grande inovação deste 63º congresso é a sala das diretrizes, de fácil acesso, onde as principais diretrizes nacionais sobre o infarto, dislipidemias, insufi ciência cardíaca, epidemiologia, vão ser debatidas de maneira contínua. A idéia é que as diretrizes sejam maciçamente divulgadas e principalmente debatidas, para que o seu uso seja maior na prática do dia a dia do cardiologista.

Linha TurismoServiço de transporte circular com ônibus a cada meia hora e visita a 25 pontos turísticos de Curitiba. O ponto inicial é a Praça Tiradentes. O percurso dura 2h30 e permite desci-das e quatro reembarques no mesmo dia. Uma dica é iniciar o passeio logo cedo para não perder o último ônibus às 17h30. O passe custa R$ 16,00. Informações: (41) 3352-8000.

Espanhol radicado nos Estados Uni-dos desde os tempos da residência médica, Valentin Fuster é um dos personagens mais importantes da cardiologia mundial. Diretor do Centro de Cardiologia do Mount Si-nai Hospital, Professor da Heart Re-search Foundation da Mount Sinai School of Medicine, Valentin Fuster foi também presidente da American Heart Association e da World Heart Federation. Convidado de honra do Congresso, ele palestra em duas conferências importantes sobre ate-rosclerose no dia de abertura.Em um artigo publicado em Circu-lation em 2007, Valentin Fuster co-mentou as prioridades da luta contra

as doenças cardiovasculares, e la-mentou o fato que a agenda da ONU, no seu programa Millennium Deve-lopment Goals (MDGs), deixou de lado as doenças crônicas que afetam a maioria da população mundial, como o diabetes, o câncer e as doen-ças cardiovasculares. A prevalência dessas doenças vai disparar nas 3 próximas décadas, afetando princi-palmente os indivíduos ativos dos países em desenvolvimento, e, se-gundo ele, foi um “erro” privilegiar as doenças infecciosas como a ma-laria, a tuberculose e o HIV/AIDS, quando a maioria das mortes é cau-sada pelas doenças crônicas. Como o Dr. Fuster vai explicar durante o congresso, a mensagem foi ouvida e a situação está mudando, com a

proliferação de iniciativas (e de fi -nanciamentos governamentais) para combater os fatores de risco cardía-cos como o tabagismo e a obesidade. Dentre desses projetos, a prevenção e o tratamento da aterosclerose ocu-pam um lugar de destaque e preci-sam uma abordagem “humanística” o que signifi ca que deve integrar as considerações econômicas, epide-miológicas, educativas e não apenas técnicas. O grande desafi o da car-diologia é agora de adaptar as reco-mendações em função da realidade econômica de cada país, para passar da época da cirurgia by-pass e da angioplastia a uma nova realidade que, provavelmente, vai intensifi car o tratamento não-cirúrgico.

Muito além de seu mais famoso cartão postal, o Jardim Botânico, do conhecido e efi ciente sis-tema de transporte público e da preocupação, internacionalmente conhecida, com a questão ambiental, Curitiba reserva surpresas que pro-metem encantar visitantes desavisados. Quem a conhece, sabe porque a cidade faz jus à fama que conquistou graças às suas soluções urba-nísticas diferenciadas, aos elevados índices de área verde por habitante e à sua programação cultural digna de capital européia.Abriga o Festival do Teatro e, em dezembro, o Natal Encantado, apresentação de coro infantil no Palácio Avenida, iluminado por 90 mil lâm-padas. Entre os museus, destacam-se o Espaço Perfume, com mostra para ver e cheirar, a Es-tação Natureza, com salas que reproduzem os biomas brasileiros – Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Pantanal – e o Oscar Nie-meyer, também conhecido por Museu do Olho e que tem uma das programações mais ricas da cidade. Em setembro, em função do 63° Con-gresso Brasileiro de Cardiologia, exibe mos-tra sobre a história da cardiologia no Paraná, que será incorporada ao acervo do Museu do Coração da SBC.Atrações ao ar livre, alguns

parques são visita obrigatória. O do Jardim Bo-tânico, com sua estufa-museu, construção de paredes transparentes e estrutura de metal, é um dos símbolos da cidade. Já o Parque Bari-güi é como Copacabana para o Rio e o Ibirapue-ra para São Paulo. Há ainda o Parque Estadual do Marumbi, com diversas trilhas em meio às montanhas, o Tanguá, com mirante e jardim e o Bosque Alemão.Na região, há ainda a opção de passeio de trem pela Serra do Mar em ferrovia de 150 km de ex-tensão, 30 pontes e 14 túneis. A viagem até Mor-retes, onde se pode saborear o tradicional bar-reado, leva três horas com opções de retorno de ônibus e vans. Para Paranaguá, são duas horas de viagem com saídas em dias determinados. Já a Estrada da Graciosa, acesso pelo km 61 da BR-116 para São Paulo, tem fl oridas encostas de Mata Atlântica e os picos do Marumbi e Paraná ao redor, além de mirantes para foto-grafi as e barracas vendendo cachaça, mel e banana.

Cardiologista intervencionista do Prai-rie Heart Institute (Springfi eld, Illi-nois), consultório e clínica onde trab-alham 45 cardiologistas e 350 outros profi ssionais de saúde, Marc Shelton é atualmente presidente das Annual Sci-entifi c Sessions para 2008 do American College of Cardiology. Ele apresenta no Congresso os últimos resultados dos estudos feitos no Prairie Heart Institute sobre a reestenose dos stents farma-cológicos.

Marc E. Shelton

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63º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 06 DE SETEMBRO DE 200863º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 06 DE SETEMBRO DE 2008 363º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 06 DE SETEMBRO DE 2008

Editorial - Luiz Antonio de Almeida Campos

O American College of Cardiology realizou em 2008 em Chicago sua 57º Annual Scientifi c Session, mas a Sociedade Brasileira de Cardiologia já está no seu 63º Congresso, o que mostra a tradição e a importância de nosso encontro, que vai reunir 6.000 participantes em Curitiba nos próximos dias. A palavra-chave, este ano, é ateroscle- rose, porque e s t a m o s em frente de uma epi- demia de re-percussão mundial. Se as doen- ças ateros-clerót icas continuam a aumen- tar como atualmente, os custos da saúde pro- vavelmente inv iab i l i - zarão todos os sistemas de saúde publica ou privada do m u n d o . Portanto, a ateroscle- rose será o tema central do congresso e de sua Conferência Magna, cuja o principal convidado é o Dr. Valentin Fuster, espe-cialista internacionalmente reconhecido da aterosclero-se. O congresso tem por foco principal a divulgação do conhecimento científi co contemporâneo, o intercâmbio de idéias e experiências, vai ser o palco de uma presença conjunta do American College of Cardiology e da SBC em um simpósio que vai repetir uma experiência que já fi zemos em Chicago em março ultimo. Uma grande inovação deste 63º congresso é a sala das diretrizes, de fácil acesso, onde as principais diretrizes nacionais sobre o infarto, dislipidemias, insufi ciência cardíaca, epidemiologia, vão ser debatidas de maneira contínua. A idéia é que as diretrizes sejam maciçamente divulgadas e principalmente debatidas, para que o seu uso seja maior na prática do dia a dia do cardiologista.

Linha TurismoServiço de transporte circular com ônibus a cada meia hora e visita a 25 pontos turísticos de Curitiba. O ponto inicial é a Praça Tiradentes. O percurso dura 2h30 e permite desci-das e quatro reembarques no mesmo dia. Uma dica é iniciar o passeio logo cedo para não perder o último ônibus às 17h30. O passe custa R$ 16,00. Informações: (41) 3352-8000.

Espanhol radicado nos Estados Uni-dos desde os tempos da residência médica, Valentin Fuster é um dos personagens mais importantes da cardiologia mundial. Diretor do Centro de Cardiologia do Mount Si-nai Hospital, Professor da Heart Re-search Foundation da Mount Sinai School of Medicine, Valentin Fuster foi também presidente da American Heart Association e da World Heart Federation. Convidado de honra do Congresso, ele palestra em duas conferências importantes sobre ate-rosclerose no dia de abertura.Em um artigo publicado em Circu-lation em 2007, Valentin Fuster co-mentou as prioridades da luta contra

as doenças cardiovasculares, e la-mentou o fato que a agenda da ONU, no seu programa Millennium Deve-lopment Goals (MDGs), deixou de lado as doenças crônicas que afetam a maioria da população mundial, como o diabetes, o câncer e as doen-ças cardiovasculares. A prevalência dessas doenças vai disparar nas 3 próximas décadas, afetando princi-palmente os indivíduos ativos dos países em desenvolvimento, e, se-gundo ele, foi um “erro” privilegiar as doenças infecciosas como a ma-laria, a tuberculose e o HIV/AIDS, quando a maioria das mortes é cau-sada pelas doenças crônicas. Como o Dr. Fuster vai explicar durante o congresso, a mensagem foi ouvida e a situação está mudando, com a

proliferação de iniciativas (e de fi -nanciamentos governamentais) para combater os fatores de risco cardía-cos como o tabagismo e a obesidade. Dentre desses projetos, a prevenção e o tratamento da aterosclerose ocu-pam um lugar de destaque e preci-sam uma abordagem “humanística” o que signifi ca que deve integrar as considerações econômicas, epide-miológicas, educativas e não apenas técnicas. O grande desafi o da car-diologia é agora de adaptar as reco-mendações em função da realidade econômica de cada país, para passar da época da cirurgia by-pass e da angioplastia a uma nova realidade que, provavelmente, vai intensifi car o tratamento não-cirúrgico.

Muito além de seu mais famoso cartão postal, o Jardim Botânico, do conhecido e efi ciente sis-tema de transporte público e da preocupação, internacionalmente conhecida, com a questão ambiental, Curitiba reserva surpresas que pro-metem encantar visitantes desavisados. Quem a conhece, sabe porque a cidade faz jus à fama que conquistou graças às suas soluções urba-nísticas diferenciadas, aos elevados índices de área verde por habitante e à sua programação cultural digna de capital européia.Abriga o Festival do Teatro e, em dezembro, o Natal Encantado, apresentação de coro infantil no Palácio Avenida, iluminado por 90 mil lâm-padas. Entre os museus, destacam-se o Espaço Perfume, com mostra para ver e cheirar, a Es-tação Natureza, com salas que reproduzem os biomas brasileiros – Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Pantanal – e o Oscar Nie-meyer, também conhecido por Museu do Olho e que tem uma das programações mais ricas da cidade. Em setembro, em função do 63° Con-gresso Brasileiro de Cardiologia, exibe mos-tra sobre a história da cardiologia no Paraná, que será incorporada ao acervo do Museu do Coração da SBC.Atrações ao ar livre, alguns

parques são visita obrigatória. O do Jardim Bo-tânico, com sua estufa-museu, construção de paredes transparentes e estrutura de metal, é um dos símbolos da cidade. Já o Parque Bari-güi é como Copacabana para o Rio e o Ibirapue-ra para São Paulo. Há ainda o Parque Estadual do Marumbi, com diversas trilhas em meio às montanhas, o Tanguá, com mirante e jardim e o Bosque Alemão.Na região, há ainda a opção de passeio de trem pela Serra do Mar em ferrovia de 150 km de ex-tensão, 30 pontes e 14 túneis. A viagem até Mor-retes, onde se pode saborear o tradicional bar-reado, leva três horas com opções de retorno de ônibus e vans. Para Paranaguá, são duas horas de viagem com saídas em dias determinados. Já a Estrada da Graciosa, acesso pelo km 61 da BR-116 para São Paulo, tem fl oridas encostas de Mata Atlântica e os picos do Marumbi e Paraná ao redor, além de mirantes para foto-grafi as e barracas vendendo cachaça, mel e banana.

Cardiologista intervencionista do Prai-rie Heart Institute (Springfi eld, Illi-nois), consultório e clínica onde trab-alham 45 cardiologistas e 350 outros profi ssionais de saúde, Marc Shelton é atualmente presidente das Annual Sci-entifi c Sessions para 2008 do American College of Cardiology. Ele apresenta no Congresso os últimos resultados dos estudos feitos no Prairie Heart Institute sobre a reestenose dos stents farma-cológicos.

Marc E. Shelton

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63º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 06 DE SETEMBRO DE 2008� 63º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 06 DE SETEMBRO DE 2008 63º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 06 DE SETEMBRO DE 2008

Rosa Sampaio Vila-Nova A Coordenadora Nacional de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, Departamento de Aten-ção Básica (Secretaria de Atenção à Saúde, Ministério da Saúde), Rosa Sampaio Vila-Nova, faz nesta entrevista o balanço das ações promovidas pelo Ministério da Saúde e os gestores locais para promover o controle da hipertensão arterial e das doenças crônicas.

– A hipertensão arterial é hoje o primeiro fator de risco de morta-lidade no mundo, antes do taba-gismo e das dislipidemias. Qual é a situação no Brasil?Rosa Sampaio Vila-Nova - Em 2004 o INCA/MS realizou um inquérito nacional de fatores de risco para doenças não transmissíveis utilizan-do a morbidade auto-referida, inclusive para determinação da prevalência da hipertensão nas capitais do país. O VIGITEL - Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - foi implantado em 2006 pelo Ministério da Saúde por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde com o objetivo de monitorar continu-amente a freqüência e distribuição de fatores de risco e proteção para DCNT, em todas as capitais na população adulta. Será realizado anualmente e os resultados de 2006 e 2007 já estão disponíveis.A prevalência da Hipertensão arterial (HA) no Brasil na faixa de idade de 18 anos e maior foi de 22,4% o que representa 27.151.904 de portadores. Na população idosa, a prevalên-cia é de 57,7%. A comparação dos dados do VIGITEL 2006 e 2007 já mostra uma evolução desfavorável: de 18,4 para 20,3% em homens e de 24,4 para 25,1% em mulheres. Outro dado importante é o que nos mostra o SIS-Hiperdia (http//hiperdia.datasus.gov.br), que é um sistema informatizado não obrigatório, que permite cadastrar e acompanhar os por-tadores de HA e/ou Diabetes Mellitus (DM) vinculados às unidades básicas do SUS. Hoje existem 5.177.384 cadastrados no Hiperdia de todas as unidades da federação. Sua cobe-rtura em relação à prevalência estimada é de 19,06%. Muitas capitais apresentam baixas ou nenhuma cobertura de cadastro no SIS-Hi-perdia devido ao fato de possuírem sistemas próprios de informação ou não terem registro eletrônico desses atendimentos.

– O que pode ser feito para melho-rar a adesão ao tratamento?

Rosa Sampaio Vila-Nova - Estratégias de ade-são ao tratamento são múltiplas e conhecidas por muitos que militam nessa área, no entan-to nem sempre são bem sucedidas, tanto nos serviços públicos como nos privados e não só no Brasil. Pela sua complexidade são um grande desafio para os profissionais de saúde e para portadores, sobretudo de doenças crô-nicas que, diferentemente das doenças agu-das ou infecto-contagiosas têm como meta o controle e não a cura, o cuidado continuado e não somente o tratamento.Faço questão de assinalar que na política pu-blica enfatizamos o foco sempre na pessoa e não na doença; não focamos o controle da

so localmente e através do Projeto Nacional de Telessaúde. Os núcleos do Telessaúde hoje já estão conectados a 900 pontos distribuí-dos em 9 estados inicialmente com ampliação em 2009, capacitando de forma permanente as equipes de saúde da família. O núcleo de Telessaúde da USP está desenvolvendo tam-bém o chamado Homem virtual, um primor de tecnologia que será muito útil para esse objetivo.O NASF (Núcleos de Apoio à Saúde da Famí-lia) é outra iniciativa que deverá resultar num impacto positivo nas ações de educação em saúde. Já existem cerca de 600 NASF em todo o país. O objetivo é ampliar a abrangência, o escopo das ações e a resolutividade da aten-ção básica; são constituídos por equipes com-postas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, como nutricionistas, farmacêu-ticos, educador físico, profissionais de saúde mental que atuarão em parceria com os pro-fissionais da Saúde da Família.

Rosa Sampaio Vila-Nova - Não existem ainda estudos representativos que nos permita afir-mar qual é o controle da pressão arterial no Brasil; pode ser de 10% ou de 30%, depende do estudo e do observador.A Estratégia Nacional de Educação em Saú-de para o Auto-Cuidado abordará o tema da adesão com muita ênfase e pode gerar bons resultados em médio prazo. Vamos acompa-nhar esse processo. Uma nova versão do Hi-perdia deverá estar no ar em setembro, e vai permitir gerar informações para os gerentes locais, gestores das secretarias municipais, estaduais e Ministério da Saúde, e, sobretu-do para a própria equipe através do módulo de monitoramento. Incluímos o risco de Fra-mingham e o valor de clearance de creatinina através da Equação de Cockcroft-Gault, numa parceria muito importante com a Sociedade de Nefrologia. Acreditamos que será uma ferramenta muito útil para estimular os profissionais da rede bá-sica a observar a evolução de cada paciente e do grupo, comparar com os colegas, fazer in-vestigações e estimulá-lo a conhecer e buscar metas de tratamento e adesão do paciente. No entanto é mais importante destacar que o melhor controle da HA no Brasil passa pelo desenvolvimento do Saúde da Família, em co-bertura e qualidade.

hipertensão somente, mas buscamos intervir na saúde de um homem ou de uma mulher que pode ser hipertensa, mas também pode ser obesa, tabagista, ter uma doença reumá-tica ou uma asma, por exemplo, precisa de exames para prevenção de câncer ou vaci-nação para doenças infectocontagiosas, está desempregado, ou mora numa favela, etc. Os serviços e os profissionais de saúde têm de interagir com tudo isso para promover de fato um cuidado humanizando e de qualidade. Informação é bom, mas não suficiente. Se assim fosse, todos os profissionais de saúde supostamente conhecedores desses proces-sos, não teriam ou controlariam suas próprias condições crônicas que porventura fossem portadores. Sabemos que isso não é uma ver-dade.As políticas em curso no SUS, inclusive a de HA e DM, são formuladas e pactuadas com os três níveis e internamente no MS interage com diversas áreas, entre elas: promoção da saúde com o foco em estimulo a atividade fí-sica; alimentação saudável com publicações e capacitações para profissionais; rotulagem de alimentos da ANVISA; políticas de cessação do tabagismo do INCA; Atenção a Saúde com foco na Atenção Básica e na estratégia de Saúde da Família; política de medicamentos com fornecimento gratuito de medicamentos essenciais para o controle da HA na rede bási-ca; desenvolvimento de pesquisas através do Departamento de Ciência e Tecnologia; po-lítica de comunicação social; política de Hu-manização, de Educação Permanente para os profissionais de saúde da rede, elaboração de protocolos. Mantemos parcerias com organis-mos nacionais e internacionais, universidades e centros de pesquisa, sociedades cientificas de diversas especialidades, inclusive a SBC, estamos atentos ao Controle Social, diretriz exemplar do SUS.O processo de comunicação e, sobretudo o de desenvolvimento de autonomia nas co-munidades e para o auto-cuidado é muito mais abrangente que a simples transmissão de conhecimentos ou informações. Isso tem a ver com a adesão ao tratamento e a hábitos de vida mais saudáveis. O espaço prioritário dessas estratégias é o da Atenção Primária, sobretudo com as cerca de 29 mil equipes de Saúde da Família hoje em atuação e de qua-se 250.000 agentes comunitários de saúde. É nesse espaço onde se dão as ações educativas com os grupos de portadores e com a comu-nidade; ação está muito comum à rotina de trabalho das equipes.Para qualificar essas estratégias e possibilitar sua contínua avaliação por metas, firmamos convênio com universidades e serviços e esta-mos desenvolvendo uma Estratégia Nacional de Educação em Saúde para o Auto-Cuidado que consta de capacitação de “ativadores” em todo o país que multiplicarão esse proces-

– O controle da HA depende tam-bém da distribuição de medi-camentos nos postos de saúde. Como melhorar a situação atual?

Rosa Sampaio Vila-Nova - O SUS disponibili-za nas unidades básicas de saúde um elenco de medicamentos essenciais para o controle adequado da hipertensão, e ainda a aspirina e sinvastatina para redução de risco. O finan-ciamento é tripartite com repasse de recursos por parte do MS e contrapartidas estadual e municipal. O elenco de medicamentos faz parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME e são escolhidos com base em protocolos pautados por evidên-cias científicas e analises de custo x efetivi-dade. A RENAME é atualizada anualmente. A partir de três medicamentos existentes em 2003, foram incluídos em 2006 mais 2 medicamentos - enalapril e anlodipino - e a nova revisão que deverá sair este ano inclui também outros medicamentos considerados essenciais.A compra descentralizada facilitou o acesso e ampliou a possibilidade dos estados e muni-cípios discutirem e gerenciarem melhor suas próprias relações de medicamentos além de permitir maior e melhor controle social. A Farmácia Popular, iniciativa do governo que disponibiliza medicamentos para HA e DM por 10% do custo com co-pagamento do governo federal a farmácias privadas, vem se firmando como uma política exitosa de ampliação de acesso a medicamentos para um público cada vez maior, principalmente de planos de saúde.

Rosa Sampaio Vila-Nova - O SUS tem como um dos princípios fundamentais o controle e participação sociais, exercidos direta e for-malmente através dos Conselhos de Saúde municipais, estaduais e nacional. Os usuá-rios portadores de HA têm assento nesses conselhos na parcela de portadores e os car-diologistas representados também de forma paritária como profissionais de saúde atra-vés de suas entidades ou como prestadores de serviço. Outra forma legitima de partici-pação é através das parcerias que o MS vem firmando com as sociedades científicas em diversas atividades como elaboração de pro-tocolos, pesquisas, participação em diversos eventos e congressos. Exemplo foi a formu-lação dos protocolos de HA, DM e prevenção de DCV e DRC voltados especialmente para os profissionais da rede básica formulados em 2005, nas capacitações onde mantemos convênio de parceria com o Funcor/SBC.

– Como os cardiologistas e outros profissionais de saúde envolvidos podem participar da definição e avaliação das políticas de saúde nesta área?

– Qual política de saúde poderia ser desenvolvida para melhorar o controle da HA?

Entrevista Ministério da Saúde

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63º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 06 DE SETEMBRO DE 200863º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 06 DE SETEMBRO DE 2008 �63º CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA 06 DE SETEMBRO DE 2008

Rosa Sampaio Vila-Nova - O SUS disponibili-za nas unidades básicas de saúde um elenco de medicamentos essenciais para o controle adequado da hipertensão, e ainda a aspirina e sinvastatina para redução de risco. O finan-ciamento é tripartite com repasse de recursos por parte do MS e contrapartidas estadual e municipal. O elenco de medicamentos faz parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME e são escolhidos com base em protocolos pautados por evidên-cias científicas e analises de custo x efetivi-dade. A RENAME é atualizada anualmente. A partir de três medicamentos existentes em 2003, foram incluídos em 2006 mais 2 medicamentos - enalapril e anlodipino - e a nova revisão que deverá sair este ano inclui também outros medicamentos considerados essenciais.A compra descentralizada facilitou o acesso e ampliou a possibilidade dos estados e muni-cípios discutirem e gerenciarem melhor suas próprias relações de medicamentos além de permitir maior e melhor controle social. A Farmácia Popular, iniciativa do governo que disponibiliza medicamentos para HA e DM por 10% do custo com co-pagamento do governo federal a farmácias privadas, vem se firmando como uma política exitosa de ampliação de acesso a medicamentos para um público cada vez maior, principalmente de planos de saúde.

– Como os cardiologistas e outros profissionais de saúde envolvidos podem participar da definição e avaliação das políticas de saúde nesta área?

Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Psicologia“Nos últimos anos cresceu muito a atuação da cardiologia com outros profissionais. É de extrema impor-tância que o cardiologista saiba trabalhar junto com outros pro-fissionais de saúde, dos quais ele tanto precisa”, explica o Dr. Dalton Precoma, coordenador dos Forums de Enfer-magem, Nutrição, Fi-sioterapia e Psicologia, que vão reunir centenas de participantes a partir de hoje. Em cada um desses Fórums, vai ser enfatizada a abordagem dos fa-tores de risco, principalmente para as doenças coronarianas. Na fisio-terapia, o tema da atualidade é a

São mais de 700 os inscritos para a pro-va do Título de Especialista em Car-diologia (TEC) que, como nos anos anteriores, será realizada durante o con-gresso anual da Sociedade Brasileira de Cardiologia.O exame teórico será realizado hoje na UniBrasil – Faculdades Integradas do Brasil, localizada na Rua Konrad Ade-nauer, 442 Tarumã, Curitiba, das 13h às 18h30.Para o coordenador da Comissão Jul-gadora do Título, João Fernando Mon-teiro Ferreira, a expectativa é de que muitos candidatos estejam preparados para esse concurso, já que centenas de médicos participaram dos Cursos de Reciclagem em Cardiologia realizados, este ano, em algumas capitais brasilei-ras, entre as quais Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. “Esses cursos servem como preparató-rio para o concurso de título”, explica.Os cursos são necessários tanto para os médicos especialistas, como para aque-les que ainda não o possuem o título, explica o coordenador. Uma das fun-ções da Comissão é atualizar o progra-ma científico do curso, incorporando os novos procedimentos, medicamentos

e pesquisas realmente significativos e aprovados para a especialidade.Essa seleção de apresentações possibili-ta aos médicos reciclagem científica de qualidade, inclusive complementando o estudo com revistas, artigos e pesquisas publicados. O que é realmente impor-tante é apresentado pelos professores nos cursos de reciclagem os quais, por isso mesmo, têm grande número de ins-crições.Os resultados da prova escrita estarão disponíveis amanhã, na sede da SBC, entre 13h e 18h. Os candidatos com nota igual ou superior a 120 pontos (currícu-lo + prova teórica) que não comprova-ram 01 ano de Residência ou Estágio em Clínica Médica, Titulo de Especialista em Clinica Médica ou Medicina Inten-siva concedidos pela AMB, deverão realizar a avaliação prática obrigatoria-mente amanhã (7 de setembro), na sede do Congresso da SBC. O candidato que não comparecer será automaticamente eliminado. A lista definitiva e completa dos diplomados será divulgada segun-da-feira, 8 de setembro.

Os resultados da prova escrita é sempre um dos lugares mais concorridos do Congresso

Participe das Diretrizes de cardiologia

Pela primeira vez, participe direta-mente na discussão das diretrizes da SBC, na Sala das diretrizes. Todos os dias, durante os 3 dias do Con-gresso, 40 participantes podem dis-cutir e esclarecer suas dúvidas com os Editores/Organizadores das Di-retrizes. Também é possível avaliar seu conhecimento, através de um teste que dará direito a uma premia-ção a quem atingir mais de 70% de respostas corretas. Aproveite para descarregar em CD ou no seu pen-drive as Diretrizes que se encontram nos computadores da sala.Para participar dessas discussões, é melhor se inscrever no início do con-gresso e escolher o seu horário. As 5 diretrizes escolhidas são discutidas todos os dias em horários diferentes para a sua melhor comodidade.

Diretrizes discutidas durante o congresso:1 - Diretrizes da Sociedade Brasilei-ra de Cardiologia sobre Angina Ins-tável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST (II edição, 2007).2 - IV Diretriz Brasileira Sobre Dis-lipidemias e Prevenção da Ateros-clerose do Departamento de Ateros-clerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia.3 - V Diretrizes Brasileiras de Hi-pertensão Arterial.4 - I Diretriz Brasileira sobre preven-ção de doenças cardiovasculares em mulheres climatéricas e a influência da Terapia de Reposição Hormonal (TRH).5 - I Diretriz de Avaliação Peri-ope-ratória.

Pocket Book Diretrizes 2008Todas os Guidelines editadas pela SBC en-tre 2004 e 2008 estão reunidos no Pocket Book Diretrizes, publicado pela primeira vez neste congresso. Retire o seu exem-plar que está sendo distribuído a todos os participantes do Congresso no estande da Schering-Plough.

atividade física na prevenção e tam-bém na reabilitação da doença coro-nariana. A psicologia tem um papel fundamental no manuseio do estres-se pós-operatório e no controle dos

aspectos emocionais da reabilitação pós-infarto do miocárdio ou pós-angio-plastia. A nutrição é hoje fundamental na prevenção das doenças cardíacas, e também no tratamento, como na hipertensão arte-

rial ou nas dislipidemias. Enfim o Fórum de Enfermagem debaterá de temas tão importantes como o ma-nuseio do paciente cardíaco no hos-pital, onde a atuação da equipe de enfermagem é primordial.

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Museu do CoraçãoO Museu do Coração estréia hoje no Museu Niemeyer de Curitiba, an-tes de migrar para seu lugar defi nitivo, no Rio de Janeiro. O Museu, ide-alizado pelo Dr Emilio Cesar Zilli, mostrará relíquias e instrumen-tos signifi cativos da historia da car-diologia, mas seu objetivo principal é a educação. O visitante descobrirá a anatomia e a fi siologia do coração,

com a aju-

da das mais recentes tecno-logias de ima-gem, aprenderá a ouvir o cora-ção. Nos espa-

ços lúdicos, o visitante e a criança descobrirão como as metáforas do coração são usadas na literatura, na poesia e nas músicas populares.

Enfi m a qualidade de vida terá destaque na terceira parte

da exposição permanente do Museu do Coração. São expostos aqui con-ceitos de alimentação balanceada, práticas esportivas, com testes com-parativos e resultados práticos, tudo para prevenir as doenças cardíacas. Para tratar de assuntos como taba-gismo, alcoolismo e drogas, o de-senvolvimento de jogos interativos, de simulação no computador criará interface mais direta com os jovens.

É realmente incrível o leque de oportunidades que você pode encon-trar em um congresso como este que você está.Curitiba é uma cidade fantástica, haverá aqui médicos, enfermeiros, fi sioterapeutas, psicólogos, repre-sentantes comerciais, gerentes dos laboratórios e autoridades das mais diferentes esferas de atuação. Te-remos sessões científi cas, passeios turísticos, visita aos estandes dos patrocinadores, jantares, almoços e confraternizações.Mas o que importa mesmo são as aulas médicas de atualização, certo? ERRADO!É claro que se manter tecnicamente atualizado é importante para qual-quer profi ssional, mas isso é o bási-co do básico. O que importa mesmo serão as pessoas com as quais você vai se relacionar neste congresso. A propósito, você trouxe seu cartão de visitas? Existe um programa no seu computador para registrar novos contatos e mantê-los por e-mail, te-lefonemas, almoços, etc? Você acha que os representantes dos laborató-rios só estão aqui para colocar seus cupons na urna dos sorteios? Não se esqueça que eles visitam mensal-mente cerca de outros 200 colegas seus. Agora troque a palavra cole-gas por concorrentes e veja se existe pessoa melhor para lhe dizer como está o mercado...Contatos, networking, inteligência interpessoal, marketing pessoal etc, chame do que você quiser, mas não deixe mais um congresso passar e fi car sem conhecer pessoas novas em situações novas. Aproveite para descobrir que há vida inteligente fora do ambiente médico, se permita falar de outros assuntos, com outros profi ssionais, com outros sotaques e com outros olhares.

*Marcos Dornelles é engenheiro Mecânico (Mauá), Pós-Graduado em Administração (FGV-SP). Atual-mente é consultor, palestrante e gerente de Market-ing da Apoio Distribuidora, empresa com serviços e produtos para Médicos, Farmácias e Laboratórios Farmacêuticos.

Marcos Dornelles

“A ciência descobriu que ter saúde é simples e requer pouco esforço”Ao mesmo tempo em que a Medi-cina passou por uma grande revo-lução nas últimas décadas, desco-bertas simples e de grande impacto transformavam a maneira como os médicos tratavam os problemas de saúde e tentavam evita-los. À me-dida que surgiam novas técnicas de diagnóstico e tratamento para alguns dos males que mais afetam a huma-nidade, como as doenças cardíacas, hipertensão, acidente vascular cere-bral, diabete, obesidade, depressão e impotência, passou-se a perceber que esses problemas podem ser curados antes mesmo que surjam e necessitem remédios.Na realidade, os profi ssionais de saúde descobriram que prevenir as doenças crônicas é muito mais fá-cil que imaginavam e hoje estão mais preocupados em promover a saúde do que eliminar a doença. O exemplo do Dr. Kenneth Cooper, divulgador dos exercícios aeróbicos e do condicionamento físico e que mantém no Texas o Cooper Aero-bics Center e do Dr. Dean Ornish, pesquisador da Universidade da Califórnia e Presidente do Instituto de Pesquisa e Medicina Preventiva,

autor do Programa de Estilo de Vida que revolucionou o tratamento da doença coronária com técnicas sim-ples, estão cada vez mais presentes na medicina moderna.A perspectiva de uma vida mais lon-ga é uma conquista da civilização, mas exige ao mesmo tempo em que se tomem cuidados especiais com problemas que, na maioria das vezes, estão relacionados com um estilo de vida inadequado e com o desgaste causado pela passagem do tempo, como o diabetes, o mal de Alzhei-mer, a artrite, o câncer e a maioria das doenças cardíacas.Para evitar estes males, que classi-fi co como doenças do progresso, desenvolvimento, urbanização e globalização, pois afeta hoje toda a humanidade e não somente os países mais ricos, é fundamental manter desde cedo um estilo de vida saudá-vel. Afi nal, ter relações de amor e ami-zade, saber perdoar e não guardar rancor são características daqueles que vivem mais e retardam o enve-lhecimento, já que o estilo de vida saudável faz o homem e a mulher. Se a longevidade é uma conquista

da civilização, o que vale mais ainda é manter o espírito e a aparência da juventude.

Mario Maranhão, cardiologista paranaense, foi o primeiro sul-americano presidente da Federação Mundial de Cardio-logia. Ele é hoje consultor da OMS e criou o Instituto Qualivi-tae Mario Maranhão (qualivitae.org). Ele escreveu este texto para o Jornal do Congresso.

O Dr Mario Maranhão rece-berá amanhã, durante a cerimônia de abertura do Congresso, o Prê-mio Mérito SBC – Personalidade da Cardiologia – prêmio criado para homenagear um cardiolo-gista, membro da SBC, que tenha contribuído signifi cativamente nas áreas de ciência e/ou docência e/ou assistência.

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taxa de R$ 50,00 (cinqüenta reais) para a emissão de 2ª via, sem exceções.

Estande de Internet

Repetindo o sucesso do Congresso de São Paulo, o estande de Internet no congres-so trará um espaço interativo, destinado à ministração do Curso sobre Sistemas de Automatização de Consultórios, com prá-tica no Sistema de Consultório Digital da SBC. Além disso, haverá uma área onde os congressistas poderão acessar livremente a Internet, área de criação e alteração da home page do associado, área para down-load de conteúdo para palmtop (Diretrizes, Programação Científica Personalizada etc.), área de suporte ao acesso dos periódicosinternacionais e publicações da SBC.

Internet é uma ferramenta hoje in-dispensável na vida do médico, pelo menos para aprimorar sua formação e informação. Mas como você usa a In-ternet no relacionamento com os seus pacientes atuais e futuros? Temos ain-da muito a aprender com os médicos dos Estados Unidos, que já transfor-maram a rede em uma formidável ferramenta de marketing profissional. Faça um teste: procure um cardiolo-gista em qualquer grande cidade ame-ricana, por exemplo um famoso pro-fessor. Em menos de 2 minutos, você pode marcar uma consulta, conhecer todos os detalhes de seu currículo, sua lista de publicações científicas, eventualmente assistir uma entrevis-ta. Muitas clínicas e consultórios pro-põem preencher imediatamente uma ficha do paciente, com histórico deta-lhado, o que vai facilitar a consulta. Pode olhar animações para entender as complicações da aterosclerose ou da hipertensão, descarregar conselhos de nutrição ou de atividade física, co-nhecer os estudos clínicos nos quais participam os médicos. A maioria dos sites explica claramente como chegar, pelo metrô ou de carro, como estacio-nar, e, em caso de hospitalização, to-dos os dados referentes à preparação, estadia e pagamento são claramente explicitados. Talvez você não saiba de qual médico você precisa? Não tem problema: existem sites que orientam o internauta, e bastam alguns minutos para conhecer em detalhes todos os cardiologistas da cidade e comparar os currículos e as especialidades.

Hoje: atividades e cursos Pré-congresso

A alguns quilometros do centro de Curitiba, o Expotrade Convention Center (Pinhais) é o maior centro exposição do Sul. O esta-cionamento tem uma capacidade de 2.800 caros e é cobrado um valor de R$ 10,00 por acesso, sem serviço de manobrista. Tel Ex-potrade: (41) 3661-4000

Congresso virtualNo congresso virtual, pode-se acessar a 40 horas de palestras do 63º Congresso, ad-ministrar seu tempo de conexão de acordo com sua disponibilidade, e ganhar 10 pon-tos para a revalidação do título de especia-lista em cardiologia. Pode também assistir às palestras do 61º e do 62º Congressos. Faça a sua inscrição no endereço www.con-

gressovirtual.com.br. (disponível a partir do início de 2009).

Expotrade

Multimídia-DeskSugerimos aos palestrantes que compare-çam à Central de Multimídia-Desk (com, no mínimo, 12 horas de antecedência da sua apresentação), para teste e entrega de seus cds / pen-drive, devidamente identificados com o nome do palestrante, o slide de con-flito de interesses, o tipo da atividade, o tema central e o tema de sua palestra.

RestauranteO Restaurante funciona na área de expo-sições e tem taxa de R$ 35,00 por pessoa. Além desta opção, também está em fun-cionamento, no térreo, a praça de alimen-tação.

CrachásO crachá é a sua identidade no congresso e, por razões de segurança e controle, será obrigatório o seu uso em todas as depen-dências do Expotrade Convention Center, atividades sociais e acesso aos ônibus. Sua perda implicará em pagamento de uma

EXPEDIENTE

Cantinho do CoraçãoVisite o estande do Cantinho do Coração na área institucional da SBC e aproveite para conhecer os produtos exclusivos que a SBC preparou para você. Este ano a SBC traz novidades em jalecos, camisetas, canetas, chaveiros e muito mais. Além de adquirir produtos você contribui para as Campanhas de Prevenção da SBC. Parte do valor arreca-dado é revertida para as ações destinadas à população.

Jornal do Congresso Brasileiro de Cardiologia

Presidente da SBC: Dr. Antonio Carlos Palandri ChagasDiretor de Comunicação: Dr. Renato A. K. KalilDiretor Científico: Dr. Luiz Antonio de Almeida CamposPresidente do 63º Congresso: Dr. Paulo Roberto Ferreira RossiCoordenação editorial: Núcleo Interno de Publicações da SBCEditor: Dr. Jean-Louis PeytavinRedação: René Delpy, Luiz Claudio MassaFotografia: AC Bertagnoli, Andre Dias, JL PeytavinDireção-Arte: Edson Lara (Criativa Design)Impressão: GPP CuritibaRealização: Medicina HojeRua Teodoro Sampaio, 2534/15 Pinheiros05406-200 São Paulo SPTel: (11) 8115 3636Diretor comercial: Mauricio Galvão Andersonemail: [email protected]

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