Upload
haphuc
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Curso Avançado para Acesso ao Direito
2.º MóduloLegislação aplicável e SINOA
Setembro 2013
Dr. Luis Filipe Santos, Vogal-tesoureiro da Delegação de Sintra
Dra. Sandra Franco Fernandes, Vogal da Delegação de Sintra
1
Lei 34/2004 de 29 de Julho (com alterações da lei 47/2007 de 28 de Agosto)
• Normativos de maior relevância:Artigo 3º
Funcionamento
1.- (…….)
2.- É vedado aos profissionais forenses que prestem serviços no âmbito do acesso ao direito, em qualquer das suas modalidades,auferir, com base neles, remuneração diversa da que tiverem direito nos termos da presente lei e da portaria referida no art.º 45.
Artigo 6º
Âmbito de Protecção
1.- A protecção jurídica reveste as modalidades de consulta jurídica e de apoio judiciário.
2.- (…….)
3.- (…….)
4.- (…….)
Artigo 7º
Âmbito Pessoal
1.- Têm direito a protecção jurídica, nos termos da presente lei, os cidadãos nacionais e da União Europeia, bem como osestrangeiros e os apátridas, com título de residência válido num estado-membro da União Europeia, que demonstrem estar emsituação de insuficiência económica.
2.- Aos estrangeiros sem título de residência válido num estado membro da União Europeia é reconhecido o direito a protecçãojurídica, na medida em que ele seja atribuído aos portugueses pelas leis dos respectivos Estados.
3.- As pessoas colectivas com fins lucrativos e os estabelecimentos comerciais de responsabilidade limitada, não têm direito aprotecção jurídica.
4.- (……..)
5.- (……..)1
Lei 34/2004 de 29 de Julho (com alterações da lei 47/2007 de 28 de Agosto)
Artigo 9º
Isenções
Estão isentos de impostos, emolumentos e taxas, os requerimentos, certidões e quaisquer outros documentos pedidos para finsde protecção jurídica.
Artigo 10º
Cancelamento da protecção jurídica
1.- A protecção jurídica é cancelada, quer na sua totalidade, quer relativamente a algumas das suas modalidades:
a)– Se o requerente ou o respectivo agregado familiar, adquirirem meios suficientes para poder dispensá-la;
b)- Quando se prove por novos documentos a insubsistência das razões pelas quais foi concedida;
c)-Se os documentos que serviram de base à concessão forem declarados falsos por decisão com transito em julgado;
d)-Se, em recurso, for confirmada a condenação do requerente como litigante de má-fé;
e)- Se, em acção de alimentos provisórios, for atribuída ao requerente uma quantia para custeio da demanda;
f)- Se o requerente a quem tiver sido concedido apoio judiciário em modalidade de pagamento faseado não proceder aopagamento de uma prestação e mantiver esse incumprimento no termo do prazo que lhe for concedido para proceder aopagamento em falta acrescido da multa aplicável;
2.- (……..)
3.- A protecção jurídica pode ser cancelada oficiosamente pelos serviços da Segurança Social ou a requerimento do MinistérioPublico, da Ordem dos Advogados, da parte contrária, do patrono nomeado, ou do agente de execução atribuído;
4.- (……..)
5.- (……..)
2
Lei 34/2004 de 29 de Julho (com alterações da lei 47/2007 de 28 de Agosto)
Artigo 11º
Caducidade
1.- A protecção jurídica caduca nos seguintes termos:
a) - Pelo falecimento da pessoa singular………………………………………….
b) - Pelo decurso do prazo de uma ano após a sua concessão sem que tenha sido prestada consulta ou instaurada acção em juízo por razão imputável ao requerente.
2.- O apoio judiciário nas modalidades de nomeação e pagamento de honorários de patrono, é incompatível com o patrocínio pelo Ministério Publico, nos termos previstos no código de processo do trabalho.
Artigo 14º
Âmbito
1.- A consulta jurídica, consiste no esclarecimento técnico sobre o direito aplicável a questões ou casos concretos nos quaisavultem interesses pessoais legítimos ou direitos próprios lesados ou ameaçados de lesão.
2.- No âmbito da consulta jurídica, cabem ainda as diligencias extrajudiciais que decorram directamente do conselho jurídicoprestado ou que se mostrem essenciais para o esclarecimento da questão colocada.
Artigo 16º
Modalidades
1.- O apoio judiciário compreende as seguintes modalidades:
a)- Dispensa de taxa de justiça e demais encargos com o processo;
b)- Nomeação e pagamento da compensação de patrono;
3
Lei 34/2004 de 29 de Julho (com alterações da lei 47/2007 de 28 de Agosto)
c) - Pagamento da compensação de defensor oficioso;
d) – Pagamento faseado da taxa de justiça e demais encargos com o processo;
e) – Nomeação e pagamento faseado da compensação de patrono;
f) – Pagamento faseado da compensação de defensor oficioso;
g) – Atribuição de agente de execução;
2 .a 7. – (……..)
Artigo 17º
Âmbito de aplicação
1.- O regime de apoio judiciário, aplica-se em todos os tribunais, qualquer que seja a forma do processo, nos julgados de paz e noutrasestruturas de resolução alternativa de litígios a definir por portaria do membro do governo responsável pela área da justiça.
2.- O regime de apoio judiciário, aplica-se, também, com as devidas adaptações nos processos de contra-ordenação;
3- O apoio judiciário é aplicável aos processos que corram nas conservatórias em termos a definir por lei.
Artigo 18º
Pedido de apoio judiciário
1.- O apoio judiciário é concedido independentemente da posição processual que o requerente ocupe na causa e do facto de já ter sidoconcedido à parte contrária.
2.- (……..)
3.- (……..)
4.- O apoio judiciário mantem-se para efeitos de recurso, qualquer que seja a decisão sobre a causa e é extensivo a todos os processos quesigam por apenso àquele em que essa concessão se verificar, sendo-o também ao processo principal, quando concedido em qualquer apenso.
4
Lei 34/2004 de 29 de Julho (com alterações da lei 47/2007 de 28 de Agosto)
5.- O apoio judiciário mantem-se ainda para as exsucções fundadas em sentença proferida em processo em que essa concessão se tenha verificado;
6.- Declarada a incompetência do tribunal, mantem-se, todavia, a concessão do apoio judiciário…………
7.- No caso de o processo ser desapensado por decisão com transito em julgado, o apoio concedido, manter-se-á, juntando-se oficiosamente ao processo desapensado, certidão da decisão que o concedeu………..
Artigo 19º
Legitimidade
A protecção jurídica pode ser requerida:
a) – Pelo interessado na sua concessão;
b) - Pelo Ministério Publico em representação do interessado;
c) - Por Advogado, Advogado estagiário ou Solicitador em representação do interessado…………
Artigo 24º
Autonomia do procedimento
1.- (……..)
2.- (……..)
3.- (……..)
4.- Quando o pedido de apoio judiciário é apresentado na pendencia de acção judicial e o requerente pretende a nomeação depatrono, o prazo que estiver em curso interrompe-se com a junção aos autos do documento comprovativo da apresentação dorequerimento com que é promovido o procedimento administrativo.
5
Lei 34/2004 de 29 de Julho (com alterações da lei 47/2007 de 28 de Agosto)
5.- O prazo interrompido por aplicação do disposto no número anterior, inicia-se, conforme os casos:
a) - A partir da notificação ao patrono nomeado da sua designação;
b) - A partir da notificação ao requerente da decisão de indeferimento do pedido de nomeação de patrono;
Artigo 25º
Prazo
1.- O prazo para a conclusão do procedimento administrativo e decisão sobre o pedido de protecção jurídica é de 30 dias, écontínuo, não se suspende durante as férias judiciais e, se terminar em dia em que os serviços da segurança social estejamencerrados, transfere-se o seu termo para o 1º dia útil seguinte.
2.- Decorrido o prazo referido no número anterior sem que tenha sido proferida uma decisão, considera-se tacitamente deferidoo pedido de protecção jurídica.
3.- No caso previsto no número anterior, é suficiente a menção em tribunal da formação do acto tácito e, quando estiver emcausa um pedido de nomeação de patrono a tramitação subsequente à formação do acto tácito, obedecerá às seguintes regras:
a)- Quando o pedido tiver sido apresentado na pendencia de acção judicial, o tribunal em que a causa está pendente solicita àOrdem dos Advogados que proceda à nomeação de patrono, nos termos da portaria referida no artigo 45º
b) – Quando o pedido não tiver sido apresentado na pendencia de acção judicial, incumbe ao interessado solicitar a nomeação depatrono, nos termos da portaria referida no artigo 45º
4.- O tribunal ou, no caso referido na alínea b) do número anterior, a Ordem dos Advogados, devem confirmar junto dos serviçosda segurança social, a formação do acto tácito, devendo estes serviços responder no prazo máximo de dois dias uteis.
5.- (……..)
6
Lei 34/2004 de 29 de Julho (com alterações da lei 47/2007 de 28 de Agosto)
Artigo 29º
Alcance da decisão final
1.- A decisão que defira o pedido de protecção jurídica especifica as modalidades e a concreta medida do apoio concedido.
2.- (……..)
3.- (……..)
4.- O indeferimento do pedido de apoio judiciário importa a obrigação do pagamento das custas devidas, bem como, no caso deter sido solicitada a nomeação de patrono, o pagamento ao Instituto de gestão financeira e de infra-estruturas da justiça, I.P., aquantia prevista no n.º 2 do artigo 36º
5.- Não havendo decisão final quanto ao pedido de apoio judiciário no momento em que deva ser efectuado o pagamento dataxa de justiça e demais encargos do processo judicial, proceder-se-á do seguinte modo:
a)– No caso de não ser ainda conhecida a decisão do serviço da segurança social competente, fica suspenso o prazo paraproceder ao respectivo pagamento até que tal decisão seja comunicada ao requerente;
b)- Tendo havido já decisão do serviço da segurança social concedendo apoio judiciário numa ou mais modalidades de pagamentofaseado, o pagamento da 1ª prestação é devido no prazo de 10 dias, contados da data da sua comunicação ao requerente, semprejuízo do posterior reembolso das quantias pagas no caso de procedência da impugnação daquela decisão;
c)- Tendo havido já decisão negativa do serviço da segurança social, o pagamento é devido no prazo de 10 dias contados da datada sua comunicação ao requerente, sem prejuízo do posterior reembolso das quantias pagas no caso de procedência daimpugnação daquela decisão;
Artigo 32º
Substituição do patrono
1.- O beneficiário do apoio judiciário pode, em qualquer processo, requerer à Ordem dos Advogados a substituição do patrononomeado, fundamentando o seu pedido.
7
Lei 34/2004 de 29 de Julho (com alterações da lei 47/2007 de 28 de Agosto)
2.- Deferido o pedido de substituição, aplicam-se com as devidas adaptações, os termos do artigo 34º e seguintes.
3.- Se a substituição de patrono, tiver sido requerida na pendencia de um processo, a Ordem dos Advogados, deve comunicar aotribunal a nomeação do novo patrono.
Artigo 33º
Prazo de propositura da acção
1.- O patrono nomeado para a propositura de uma acção deve iniciá-la nos 30 dias seguintes à notificação da nomeação,apresentando justificação à ordem dos advogados ou à Camara dos Solicitadores se não instaurar a acção naquele prazo.
2.- O patrono nomeado pode requerer à Ordem dos Advogados ou à Camara dos Solicitadores, a prorrogação do prazo previsto nonumero anterior, fundamentando o pedido.
3.- Quando não for apresentada justificação, ou esta não for considerada satisfatória, a Ordem dos Advogados ou a Câmara dosSolicitadores, deve proceder à apreciação de eventual responsabilidade disciplinar, sendo nomeado novo patrono ao requerente.
4.- A acção considera-se proposta na data em que for apresentado o pedido de nomeação de patrono.
Artigo 34º
Pedido de Escusa
1.- O patrono nomeado pode pedir escusa mediante requerimento dirigido à Ordem dos Advogados, ou à Câmara dosSolicitadores, alegando os respectivos motivos.
2.- O pedido de escusa, formulado nos termos do numero anterior e apresentado na pendencia do processo, interrompe o prazoque estiver em curso, com a junção aos respectivos autos de documento comprovativo do referido pedido, aplicando-se odisposto no n.º 5 do artigo 24º.
3.- O patrono nomeado, deve comunicar no processo o facto de ter apresentado um pedido de escusa, para os efeitos previstosno numero anterior.
4.- A Ordem dos Advogados ou a Câmara dos Solicitadores aprecia e delibera sobre o pedido de escusa no prazo de 15 dias.
8
Lei 34/2004 de 29 de Julho (com alterações da lei
47/2007 de 28 de Agosto)5.- Sendo concedida a escusa, procede-se imediatamente à nomeação e designação de novo patrono, excepto no caso do fundamento do pedido de escusa ser a inexistência fundamento legal da pretensão, caso em que pode ser recusada nova nomeação para o mesmo fim.
6.- O disposto nos n.ºs. 1 a 4, aplica-se aos casos de escusa por circunstancias supervenientes.
Artigo 35º
Substituição em diligencia processual
1.- O patrono nomeado pode substabelecer, com reserva, para diligencia determinada, desde que indique substituto.
2.- A remuneração do substituto é da responsabilidade do patrono nomeado.
Artigo 35º-A
Atribuição de agente de execução
Quando seja concedido apoio judiciário na modalidade de atribuição de agente de execução, este é sempre um oficial de justiçadeterminado segundo as regras da distribuição.
DISPOSIÇÔES ESPECIAIS SOBRE PROCESSO PENAL
Artigo 39º
Nomeação de defensor
1.- A nomeação do defensor ao arguido, a dispensa de patrocínio e a substituição são feitas nos termos do código de processopenal, do presente capitulo e da portaria referida no artigo 45º.
2.- A nomeação é antecedida da advertência ao arguido do seu direito a constituir advogado.
9
Lei 34/2004 de 29 de Julho (com alterações da lei 47/2007 de 28 de Agosto)
3.- Caso não constitua advogado, o arguido deve proceder, no momento em que presta termo de identidade e residência, àemissão de uma declaração relativa ao rendimento, património e despesa permanente do seu agregado familiar.
4. a 6.- (……..)
7.- Se o arguido não solicitar a concessão de apoio judiciário, é responsável pelo pagamento do triplo do valor estabelecido, nostermos do n.º 2 do artigo 36º.
8.- Se os serviços da segurança social decidirem não conceder o beneficio do apoio judiciário ao arguido, este fica sujeito aopagamento do valor estabelecido nos termos do n.º 2 do artigo 36º, salvo se se demonstrar que a declaração proferida nostermos do n.º 3, foi manifestamente falsa, caso em que fica sujeito ao pagamento do quíntuplo do valor estabelecido no n.º 2 doartigo 36º.
9. e 10. – (……..)
Artigo 41º
Escalas de prevenção
1.- (……..)
2.- A nomeação deve recair em defensor que, constando das escalas de prevenção, se apresente no local de realização dadiligencia, após a sua chamada.
3.- O defensor nomeado para um acto pode manter-se para os actos subsequentes do processo, em termos a regulamentar naportaria referida no artigo 45º
Artigo 42º
Dispensa de patrocínio
1.- O advogado nomeado defensor pode pedir dispensa de patrocínio, invocando fundamento que considere justo, emrequerimento dirigido à Ordem dos Advogados.
10
Lei 34/2004 de 29 de Julho (com alterações da lei 47/2007 de 28 de Agosto)
2.- A Ordem dos Advogados, aprecia e delibera sobre o pedido de dispensa de patrocínio no prazo de 5 dias.
3.- Enquanto não for substituído, o defensor nomeado para um acto, mantem-se para os actos subsequentes do processo..
4.- (……..)
Artigo 43º
Constituição de Mandatário
1.- Cessam as funções do defensor nomeado, sempre que o arguido constitua mandatário.
2.- O defensor nomeado não pode, no mesmo processo, aceitar mandato do mesmo arguido.
Artigo 45º
Participação dos profissionais forenses no acesso ao direito
1.- A admissão dos profissionais forenses ao sistema de acesso ao direito, a nomeação de patrono e de defensor e o pagamentoda respectiva compensação, realizam-se nos termos seguintes:
a)-(……..)
b)-(……..)
c)-(……..)
d) – Se o mesmo facto der causa a diversos processos, o sistema deve assegurar, preferencialmente, a nomeação do mesmomandatário ou defensor oficioso ao beneficiário;
e)- (……..)
f)- (……..)
11
Lei 34/2004 de 29 de Julho (com alterações da lei 47/2007 de 28 de Agosto)
g)- Os profissionais forenses que não observem, as regras do exercício do patrocínio e da defesa oficiosa, podem ser excluídos dosistema de acesso ao direito;
h)- Os profissionais forenses participantes no sistema de acesso ao direito, que saiam do sistema, independentemente do motivoantes do transito em julgado de um processo ou do termo definitivo de uma diligencia para que estejam nomeados, devemrestituir no prazo máximo de 30 dias, todas as quantias entregues por conta de cada processo ou diligencia em curso;
i)- O disposto na alínea anterior aplica-se aos casos de escusa e de dispensa de patrocínio, relativamente aos processos em quecesse o patrocínio e a defesa oficiosa;
j)- O pagamento da compensação devida aos profissionais forenses, deve ser processado até ao termo do mês seguinte àqueleem que é devido;
l)- A resolução extrajudicial dos litígios, antes da audiência de julgamento, deve ser incentivada mediante a previsão de ummontante de compensação acrescido.;
2.-(……..)
12
Portaria 1386/2004 de 10 de Novembro
Obs.- O presente diploma, estabelece a remuneração dos profissionaisforenses pelos serviços prestados no âmbito da protecção jurídica, bem comoo reembolso das respectivas despesas;
Disposições de maior relevo:
1º - (……..)
2º - 1 (……..)
2º - 2 – Os honorários devidos aos advogados estagiários, são os constantes da tabela em anexo., reduzidos a dois terços.
2º - 3 (……..)
2º - 4 (……..)
3º - 1 (……..)
3º - 2 (……..)
4º - (……..)
5º - 1 – Quando, no mesmo período da manhã ou da tarde, o advogado, advogado estagiário ou solicitador intervier em mais deum processo, os honorários são limitados ao montante da remuneração mais elevada prevista para os processos em que nesseperíodo tiver intervindo, qualquer que tenha sido o numero efectivo de intervenções.
5º - 2 – Quando, durante um mesmo dia, todas as intervenções se limitarem a processos sumários, sumaríssimos, de transgressãoou contravenção de natureza penal, os honorários são limitados ao montante da remuneração mais elevada prevista para estesprocessos, qualquer que tenha sido o numero efectivo de intervenções, acrescido da rubrica prevista no n.º 10 da tabela anexa,quando o numero de intervenções for igual ou superior a quatro
13
Portaria 1386/2004 de 10 de Novembro
6º - 1 – Pela consulta jurídica efectuada para apreciação liminar da existência de fundamento legal da pretensão, são devidoshonorários no montante de uma unidade de referencia. (revogado pela portaria 210/2008 em 01/03/08)
6º - 2 - Ao patrono que, no âmbito da consulta jurídica prestada nos termos do numero anterior, comprovadamente alcance asuperação extrajudicial do litigio por transacção ou a sua resolução por meios alternativos de composição de litígios,designadamente promovendo a mediação ou a arbitragem, são devidos honorários no montante de cinco unidades de referencia,que acrescem à remuneração prevista no numero anterior. (revogado pela portaria 210/2008 em 01/03/08)
6º - 3 – (……..)
7º - 1 – (……..)
7º - 2 – (……..)
8º - 1 – (……..)
8º - 2 – (……..)
9º - (……..)
10º - (……..)
NOTAS:
1 – Considera-se haver lugar a nova sessão sempre que o acto ou a diligência sejam interrompidos, excepto se tal interrupçãoocorrer no mesmo período da manhã ou da tarde. (revogado pela portaria 210/2008 em 01/03/08)
2 – (……..)
3- (……..)
4 – (……..)
5 – (……..)
14
Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro(com a redacção conferida pelas Portarias 210/2008 de 29 de Fevereiro e 654/2010 de 11 de
Agosto)
Principais alterações introduzidas pela Portaria 210/2008 de 29/02:• No que respeita aos valores dos honorários dos profissionais forenses, passa a aplicar-se a tabela de
honorários que se encontra actualmente em vigor e que resulta da Portaria 1386/2004 de 10 deNovembro;
• Criação de mecanismos em matéria de auditabilidade, transparência e fiscalização das contraprestaçõespagas;
Principais alterações introduzidas pela Portaria 654/2010 de 11/08:• Procede à regulamentação de aspectos atinentes ao funcionamento dos gabinetes de consulta jurídica;
• Determina procedimentos destinados ao pagamento de despesas realizadas pelos profissionais forenses;
• Atribui à Ordem dos Advogados a competência para definir o numero e composição dos lotes de processos e de escalas de prevenção;
• Estabelece uma obrigação acrescida para o profissional forense de notificar o beneficiário por carta registada com aviso de recepção em determinadas circunstancias;
• Determina o fim do pagamento relativo a deslocações;
15
Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro(com a redacção conferida pelas Portarias 210/2008 de 29 de Fevereiro e 654/2010 de 11 de
Agosto)
Disposições de maior importância:
Artigo 1º
Prestação de consulta jurídica
1.- (……..)
2. – A consulta jurídica pode ser prestada nos gabinetes de consulta jurídica e nos escritórios dos advogados participantes nosistema de acesso ao direito.
3.- (……..)
4.- (……..)
5.- O valor da taxa devida pela prestação da consulta jurídica, nos termos do n.º 4, do artigo 8º-A da lei 34/2004 de 29 de Julho éde € 30,00.
6.- Sendo a consulta jurídica prestada em consultório de advogado, o pagamento da taxa a que se refere o numero anterior éefectuado até ao momento da prestação da consulta jurídica, a favor do IGFIJ, I.P., por meio de documento único de cobrança(DUC), aplicando-se, com as necessárias adaptações o disposto no n.º 1 do artigo 9º da portaria n.º 419-A/2009 de 17 de Abril
7.- O profissional forense nomeado para prestar consulta jurídica colabora com o beneficiário para efeitos de emissão do DUC.
Artigo 2º
Nomeação de patrono e do defensor
1.- Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, a nomeação de patrono ou de defensor é efectuada pela Ordem dos Advogados,podendo ser realizada de forma totalmente automática, através de sistema electrónico gerido por esta entidade.
2.- Para efeitos do disposto no numero anterior, os Tribunais, as secretarias ou serviços do Ministério Publico, os órgãos de policiacriminal e os serviços de segurança social, devem solicitar a nomeação de patrono ou de defensor à Ordem dos Advogados,sempre que, nos termos da lei, se mostre necessária.
16
Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro(com a redacção conferida pelas Portarias 210/2008 de 29 de Fevereiro e 654/2010 de 11 de
Agosto)
Artigo 3º
Nomeação para diligencias urgentes
1.- A nomeação para assistência ao 1º interrogatório de arguido detido, para audiência em processo sumário ou para outrasdiligencias urgentes previstas no código de processo penal é efectuada pelo tribunal através da secretaria, com base nadesignação feita pela Ordem dos Advogados constante da lista de escala de prevenção de advogados e de advogados estagiários.
2.- A nomeação referida no numero anterior pode ser feita:
a)-Pelo Ministério Publico, através da secretaria ou dos seus serviços, e pelos órgãos de policia criminal, nos casos previstos na al.C) do n.º 1 do artigo 64º do C.P.P.
b)-Pelo Ministério Publico, através da secretaria ou dos seus serviços, nos casos previstos no n.º3 do artigo 64º e do n.º 2 doartigo 143º do C.P.P.;
3-(……..)
4-(……..)
5- A nomeação efectuada nos termos dos números anteriores é mantida para as restantes diligencias do processo quando:
a)- Não exista mandatário constituído ou defensor nomeado, salvo se o arguido afirmar pretender constituir mandatário para asrestantes diligencias do processo;
b)- Exista defensor nomeado e este tenha faltado a diligencia em que devesse estar presente;
6.- A nomeação efectuada nas situações referidas na alínea b) do numero anterior implica a substituição do defensoranteriormente nomeado, aplicando-se com as necessárias adaptações o disposto no n.º 3 do artigo 15º (reporta-se à saída dosistema de acesso ao direito);
7- Havendo mandatário constituído, a nomeação efectuada nos termos do n.º 1, é feita apenas para a diligencia em causa;
Artigo 4º
Escalas de prevenção
17
Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro(com a redacção conferida pelas Portarias 210/2008 de 29 de Fevereiro e 654/2010 de 11 de
Agosto)
1.- A Ordem dos Advogados elabora listas de escalas de prevenção de advogados e de advogados estagiários disponíveis para se deslocar, quando tal for solicitado, ao local em que decorra determinada diligencia urgente;
2.- (……..)
3.- (……..)
4.- Os advogados ou advogados estagiários contactados nos termos do numero anterior, devem deslocar-se ao local da diligencia no prazo máximo de uma hora apos o contacto.
5.- (……..)
Artigo 7º
Pluralidade de processos resultantes do mesmo facto
1.- Quando o mesmo facto der causa a diversos processos, o sistema deve assegurar, preferencialmente, a nomeação do mesmopatrono ou defensor oficioso ao beneficiário;
2.- (……..)
3.- Nos casos em que o profissional forense intente apenso ou incidente no processo para que tenha sido nomeado, informa orepresentado de tal facto, bem como do objectivo a atingir com a criação do apenso ou incidente, por carta registada com avisode recepção;
Artigo 8º
Encargos e despesas decorrentes da concessão de apoio judiciário
1 a 3. – (……..)
4.- Não há lugar ao pagamento de deslocações que ocorram dentro da comarca de inscrição.
5.- Só é assegurado o pagamento de deslocações quando na comarca de destino não houver profissional forense inscrito nosistema de acesso ao direito.
18
Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro(com a redacção conferida pelas Portarias 210/2008 de 29 de Fevereiro e 654/2010 de 11 de
Agosto)
Artigo 8º - D
Reembolso de despesas
1.- O reembolso das despesas de deslocação realizadas dentro de Portugal continental, bem como de todas as despesasreferentes ao processo, apresentadas pelos profissionais forenses participantes no sistema de acesso ao direito, fica dependentede homologação da Ordem dos Advogados.
2.- Para efeitos do numero anterior, o patrono ou defensor nomeado, remete à Ordem dos Advogados, juntamente como opedido de reembolso, os documentos originais que comprovem a realização da despesa, podendo esta exigir àquele a prestaçãode quaisquer informações e documentos de suporte que repute necessários para comprovar a sua efectiva realização;
Artigo 10º
Selecção dos profissionais forenses
1.- (……..)
2.- A selecção dos profissionais forenses para participar no sistema de acesso ao direito é efectuada em termos a definir pelaOrdem dos Advogados.
3.- (……..)
Artigo 12º
Advogados estagiários
1.- Sem prejuízo das competências estatutárias que lhes estão cometidas, os advogados estagiários, podem participar no sistemade acesso ao direito, mediante acompanhamento por parte do seu patrono, em todas as diligencias e processos a este atribuídos.
2.- A Ordem dos Advogados define os termos da participação dos advogados estagiários, em diligencias e processos que nãoestejam atribuídos ao seu patrono.
19
Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro(com a redacção conferida pelas Portarias 210/2008 de 29 de Fevereiro e 654/2010 de 11 de
Agosto)
Artigo 14º
Exclusão do sistema de acesso ao direito
1.- A exclusão do sistema de acesso ao direito de profissionais forenses que não observem as regras de exercício do patrocínio eda defesa oficiosas, é efectuado nos termos definidos pela Ordem dos Advogados.
2.- O Juiz e o Ministério Publico devem informar a Ordem dos Advogados da inobservância, por parte de um profissional forense,das regras do exercício do patrocínio e da defesa oficiosas.
Artigo 17º
Substituição em diligencia processual
1.- Os profissionais forenses, devem optar, no momento da sua candidatura, pela designação para as seguintes modalidades deprestação de serviços no sistema de acesso ao direito:
a)- Lotes de processos;
b)-Nomeação isolada para processos;
c)-Lotes de escalas de prevenção
d)-Designação isolada para escala de prevenção;
e)-Designação para consulta jurídica;
2 a 4.- (……..)
Artigo 25º
Tabela de compensações pelas nomeações para processos
1.- Os valores das compensações devidas aos profissionais forenses pela inscrição em lotes de processos ou pela nomeaçãoisolada para processo, são os estabelecidos na Portaria n.º 1386/2004 de 10 de Novembro.
2 e 3.- (……..)
20
Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro(com a redacção conferida pelas Portarias 210/2008 de 29 de Fevereiro e 654/2010 de 11 de
Agosto)
4.- Acresce à remuneração referida no n.º 1, duas unidades de referencia, após a resolução do litigio que ponha termo aoprocesso, se esta ocorrer antes da audiência de julgamento e, tratando-se de processo penal, desde que tenha havido acusação.
5.-(……..)
6.- Nas nomeações isoladas para processos, o pagamento da compensação é efectuado quando ocorra o transito em julgado doprocesso ou a constituição de mandatário;
7.- No caso previsto na alínea a) do n.º 3, tendo o processo de apoio judiciário por finalidade a propositura de uma acção ouinstauração de um processo e vindo a concluir-se pela inexistência de fundamento para a pretensão do beneficiário, é devidaapenas ao patrono nomeado uma compensação correspondente ao montante de uma unidade de referencia.
8 a 10.- (……..)
Artigo 26º
Tabela de compensações pelas designações para escalas de prevenção
1- Os valores das compensações devidas aos profissionais forenses pela inscrição em lotes de escalas de prevenção ou peladesignação isolada para escalas de prevenção são os estabelecidos na Portaria 1386/2004 de 10 de Novembro.
2.- As compensações das escalas de prevenção previstas no numero anterior são devidas apos a realização da escala deprevenção com efectiva deslocação ao local da diligencia.
3.- Se o profissional forense for nomeado para as restantes diligencias do processo, nos termos do n.º 5 do artigo 3º, apenas édevida compensação pelo processo;
Artigo 27º
Tabela de compensações da consulta jurídica
Pela realização de uma consulta jurídica em escritório de advogado, é devido o pagamento de € 25,00, após a efectiva realizaçãoda consulta.
21
Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro(com a redacção conferida pelas Portarias 210/2008 de 29 de Fevereiro e 654/2010 de 11 de
Agosto)
Artigo 28º
Processamento e meio de pagamento da compensação
1.- O pagamento da compensação devida aos profissionais forenses, deve ser processado pelo IGJIJ, I.P., até ao termo do mêsseguinte àquele em que se verifica o facto determinante da compensação.
2.- (……..)
3.- O pagamento é sempre efectuado por via electrónica, tendo em conta a informação remetida pela Ordem dos Advogados aoIGFIJ, I.P.
4.- O IGJIJ, I.P., pode realizar auditorias ao sistema de acesso ao direito e aos tribunais, bem como solicitar informações aos tribunaise às entidades referidas no n.º 2 do artigo 3º, para efeitos de confirmação das informações remetidas pela Ordem dos Advogados.
Artigo 28º-A
Constituição de mandatário
Sempre que o beneficiário de apoio judiciário constitua mandatário após ter sido nomeado profissional forense, é devido a este:
a)- Caso não tenha qualquer intervenção processual, uma unidade de referencia;
b)- Caso tenha tido intervenção processual, quatro unidades de referencia ou, mediante requerimento, o montante previsto para osactos ou diligencias em que comprovadamente participou até ao limite correspondente ao valor dos honorários aplicáveis aoprocesso em causa.
Artigo 35º
Aplicação no tempo e direito transitório
1.- A presente Portaria aplica-se aos pedidos, dirigidos à Ordem dos Advogados, de nomeação de patrono, defensor e de consultajurídica realizados apos a sua entrada em vigor.
2.- Até 31 de Agosto de 2008, mantem-se em vigor as regras relativas à selecção e participação dos profissionais forenses envolvidosno sistema de acesso ao direito, bem como as relativas ao pagamento dos honorários e à compensação das despesas;
3.-As nomeações efectuadas antes de 01 de Janeiro de 2008, para escalas a realizar após essa data são reguladas pelo regimeanterior ao estabelecido pela presente Portaria.
22
Regulamento n.º 330-A/2008 de 24 de Junho(Regulamento de organização e funcionamento do sistema de acesso ao direito e aos Tribunais
da Ordem dos Advogados)
Normativos de maior relevância:
Artigo 2º
Participação de advogados e advogados estagiários no sistema de acesso ao direito e aos tribunais
1.-(……..)
2.- Os advogados com inscrição definitiva e em vigor na Ordem dos Advogados e com as quotas regularizadas, podem apresentarcandidatura com vista à participação no sistema de acesso ao direito e aos tribunais para prestação de qualquer das modalidadesde prestação de serviços prevista no n.º 1 do artigo 18º da Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro.
3.- Os advogados estagiários com inscrição em vigor na Ordem dos Advogados podem participar no sistema de acesso ao direito eaos tribunais, em todos os processos atribuídos ao seu patrono, intervindo nas diligencias e processos, com substabelecimentocom reserva.
4.-(……..)
Artigo 3º
Processo de inscrição
1.- Os Advogados e Advogados Estagiários que pretendam participar no sistema de acesso ao direito e aos tribunais, devemapresentar candidatura junto da Ordem dos Advogados, através do preenchimento electrónico de formulário de inscriçãodisponibilizado pelo Conselho Geral, na área reservada do portal da Ordem dos Advogados.
2 a 6.- (……..)
7.- O processo de participação no sistema de acesso ao direito e aos tribunais é efectuado pelo menos duas vezes em cada anocivil, em data e termos a definir por deliberação do conselho geral, sem prejuízo da obrigação dos advogados de acompanharemos processos para os quais tenham sido nomeados até final.
23
Regulamento n.º 330-A/2008 de 24 de Junho(Regulamento de organização e funcionamento do sistema de acesso ao direito e aos Tribunais
da Ordem dos Advogados)
Artigo 4º
Critérios de atribuição das modalidades de prestação de serviços e hierarquização dos Advogados e Advogados Estagiários
1.- No momento da apresentação da candidatura, os advogados devem optar pela designação para as modalidades de prestaçãode serviços no sistema de acesso ao direito e aos tribunais.
2.- No momento da apresentação da candidatura, os Advogados Estagiários devem indicar a modalidade de prestação de serviçosprevista na alínea e) do n.º 1 do artigo 18º da Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro, que será prestada exclusivamente nos gabinetesde consulta jurídica.
3.- Os Advogados e Advogados Estagiários são hierarquizados atendendo à ordem cronológica de inscrição no sistema e, em casodesta se revelar coincidente, considera-se a antiguidade de inscrição na Ordem dos Advogados.
Artigo 7º
Causas de Exclusão
1.- São causas de exclusão do sistema de acesso ao direito e aos tribunais, designadamente os seguintes:
a)-A falsificação, o fabrico ou a elaboração de factos ou informações falsas sobre qualquer componente destinada a corporizar ainformação gerida e gerada pelo sistema;
b)- O atraso injustificado na transmissão de informação relevante para o funcionamento do sistema;
c)- A omissão de qualquer informação relevante com vista à corporização de informação gerida e gerada pelo sistema;
d)- O incumprimento da prestação de serviços correspondente a qualquer uma das modalidades previstas no n.º1 do artigo 18ºda Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro………
2.- A decisão de exclusão do sistema de acesso ao direito e aos tribunais, cabe ao conselho distrital territorialmente competenteem razão da área geográfica a que pertença o domicilio profissional do advogado ou do Advogado Estagiário.
3.- Da decisão prevista no numero anterior cabe recurso para o Conselho Geral
4.- A exclusão do sistema é independente da responsabilidade disciplinar, civil e criminal do Advogado ou Advogado Estagiário.
5.- (……..)
24
Regulamento n.º 330-A/2008 de 24 de Junho(Regulamento de organização e funcionamento do sistema de acesso ao direito e aos Tribunais
da Ordem dos Advogados)
Artigo 8º
Saída do sistema
1.- O Advogado que pretenda sair do sistema, antes do transito em julgado de um processo ou do termo definitivo de umadiligencia para que esteja nomeado, tem de apresentar justificação, mediante requerimento dirigido ao Presidente do ConselhoDistrital, territorialmente competente em razão da área geográfica a que pertença o respectivo domicilio profissional, sob pena derestituição, no prazo de 30 dias, de todas as quantias entregues por conta de cada processo ou diligencia em curso.
2.- O Advogado Estagiário que pretenda sair do sistema tem de apresentar justificação, mediante requerimento dirigido aoPresidente do Conselho Distrital, territorialmente competente em razão da área geográfica a que pertença o respectivo domicilioprofissional.
3.- Os requerimentos referidos nos números anteriores devem ser fundamentados e acompanhados da prova necessária àrespectiva apreciação.
4.- A decisão do pedido de saída do sistema é da competência do Presidente do Conselho Distrital, territorialmente competenteem razão da área geográfica a que pertença o respectivo domicilio profissional do Advogado ou do Advogado Estagiário.
5.-(……..)
6.- Da decisão prevista no n.º 4 do presente artigo, cabe recurso para o Bastonário.
Artigo 9º
Pedido de escusa
1.- Nos termos e para os efeitos do previsto no artigo 16º, conjugado com a matéria prevista no artigo 25º, ambos da Portaria10/2008 de 03 de Janeiro, sendo requerido pedido de escusa ou de dispensa de patrocínio, o patrono ou o defensor nomeado e osubstituto ajustam com os intervenientes seguintes a repartição dos honorários.
2.- Não havendo acordo de todos os intervenientes quanto há repartição de honorários, a sua repartição compete ao Presidentedo Conselho Distrital, no âmbito da sua competência territorial, devendo a informação ser registada no sistema.
3.-(……..)
25
Regulamento n.º 330-A/2008 de 24 de Junho(Regulamento de organização e funcionamento do sistema de acesso ao direito e aos Tribunais
da Ordem dos Advogados)
Artigo 10º
Deveres dos Advogados
Sem prejuízo dos deveres previstos no estatuto da Ordem dos Advogados, na Lei de Acesso ao Direito e aos Tribunais e naregulamentação em vigor, constituem deveres dos advogados, designadamente os seguintes:,
a), b) c) e d)-(……..)
e)- Indicar, através do portal da Ordem dos Advogados, no prazo de 5 dias, após notificação da nomeação que ocorra paraprocesso pendente, o respectivo n.º, vara,/juízo, secção, tipo de acção, natureza do processo, identificação das partes, o fim parao qual foi requerido o apoio judiciário:
f)- Indicar, através do portal da Ordem dos Advogados, no prazo de 30 dias, após notificação da nomeação que se destine a umprocesso ou a uma acção a instaurar, o respectivo n.º, vara,/juízo, secção, tipo de acção, natureza do processo, identificação daspartes, o fim para o qual foi requerido o apoio judiciário:
g), h), i) e j)-(……..)
Artigo 12º
Pagamento de honorários
1.- A remuneração dos Advogados e Advogados Estagiários, pelos serviços prestados no âmbito do sistema de acesso ao direito eaos tribunais, é devida pelo Estado Português, sendo assegurada através do IGFIJ, nos termos da Portaria 10/2008 de 03 deJaneiro
2.- No âmbito do disposto no n.º 1 do presente artigo a informação para efeito de processamento dos valores dos honorários edas despesas é da exclusiva responsabilidade dos Advogados ou dos Advogados Estagiários que, na área reservada do portal daOrdem dos Advogados, devem indicar os elementos necessários ao respectivo processamento.
3.- Os elementos de informação transmitidos, através da área reservada do portal da Ordem dos Advogados, são transmitidosinformaticamente para o IGJIJ, I.P., que procederá ao pagamento por transferência bancária.
26
Regulamento n.º 330-A/2008 de 24 de Junho(Regulamento de organização e funcionamento do sistema de acesso ao direito e aos Tribunais
da Ordem dos Advogados)
Artigo 13º
Conta corrente do Advogado
1.- A conta corrente é o registo dos honorários e das despesas fixadas a cada Advogado.
2.-(……..)
Artigo 15º
Prazo
O prazo para interposição dos recursos previstos no presente Regulamento é de 15 dias a contar da notificação da decisão.
27
Portaria 319/2011 de 30 de Dezembro(Procede à alteração da Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro)
Normativos de maior relevância:Artigo 1º
Alteração à portaria 10/2008 de 03 de Janeiro
O artigo 28º da Portaria 10/2008 de 03 de Janeiro, com as alterações resultantes das Portarias n.º 210/2008 de 29 de Fevereiro e654/2010 de 11 de Agosto, passa a ter a seguinte redacção:
Artigo 28º
1.- O pagamento da compensação devida aos profissionais forenses deve ser processado pelo IGFIJ, I.P., até ao termo do mêsseguinte àquele em que é confirmada no sistema, pela secretaria do tribunal ou serviço competente, junto do qual corre oprocesso…….
2.- Para efeitos do disposto no número anterior, os factos determinantes da compensação, são os seguintes:
a), b), c), d) – (……..)
e) – Na consulta jurídica realizada em escritório de Advogado, a sua realização, confirmada por remessa electrónica, em formatoPDF, pelo profissional forense ao IGJIJ, I.P., de declaração assinada pelo beneficiário da consulta jurídica, atestando que a mesmalhe foi prestada.
3.- (……..)
4.- (……..)
5.- As entidades junto das quais corra processo em que tenha sido concedido apoio judiciário, devem verificar quinzenalmente apágina da internet mencionada no numero anterior.
6.-(……..)
Artigo 2º
Aplicação no tempo
A presente Portaria aplica-se aos pedidos de pagamento efectuados pelos profissionais forenses, inscritos no sistema de acessoao direito pendentes na data da sua entrada em vigor (ou seja, 31 Dezembro 2011)
28
Curso Avançado para Acesso ao Direito
2.º MóduloLegislação aplicável e SINOA
FIM
Dr. Luis Filipe Santos, Vogal-tesoureiro da Delegação de Sintra
Dra. Sandra Franco Fernandes, Vogal da Delegação de Sintra
30
“CURSO AVANÇADO PARA O ACESSO AO DIREITO”
Sandra Franco FernandesLuís
Filipe Santos
ADVOGADOS e VOGAIS da
Delegação
de Sintra
da
Ordem dos Advogados
A
leitura
da
sentença
deve
ser
considerada como uma sessão?
Devem ser consideradas como sessões todas as
diligências
que
impliquem
a
presença
de Magistrado.
A
leitura
da
sentença
deve
ser
considerada
como uma sessão.
Sessão e diligência
Sessão
‐
toda
e
qualquer
diligência
que
implique
a presença
de
magistrado
ou
quando
a
prática
do
ato
tenha sido delegada.Diligência
‐
Ato
que
pode
corresponder
a
mais
que
uma sessão, em razão da natureza do mesmo, ponto 9 da tabela anexa à Portaria n.º
1386/2004.
Após
decisão
que
põe
fim
ao
processo,
o
advogado
introduz
no
sistema
o
número total de sessões realizadas, contabilizando todas as sessões, sendo que
só
serão
relevantes,
para
efeitos
de
pagamento,
as
sessões
que
excedam
as
duas
primeiras,
uma
vez
que
o
próprio
sistema
assume
duas
como
que
uma
“compensação base”, (no seu ponto 7, e o art.º
3.º
n.º
1 da Portaria n.º
10/2008
de 3 de janeiro).
Podem considerar‐se como sessões as deslocações ao
Tribunal
em
consequência
de
uma
notificação
para
inquirição
de
testemunha,
para
declarações complementares
de
arguido
ou
somente
as
que
correspondam a audiências de julgamento?
São
consideradas
como
sessões
todas
as
diligências que impliquem a presença de Magistrado, de OPC ou funcionário,
quando
o
magistrado
tenha
nele
delegado
a
prática
do
ato.
São
disso
exemplo,
as audiências
de
julgamento,
a
inquirição
de
testemunhas,
o
primeiro
interrogatório
de
arguido,
e bem
assim,
a
leitura
da
sentença,
os
adiamentos,
desde
que
tenha
havido
deslocação
do
Advogado ao
Tribunal
e
que
essa
diligência
tenha
ficado
consignada
em
ata
e
aquelas
diligências
em
que
o patrono ou defensor substabeleceu noutro colega.
Quando é que o profissional forense deve confirmar
os
dados
constantes
na
aplicação para pagamento?
Nas
nomeações
para
processo,
o
pagamento
da compensação
é
efetuado
quando
ocorra
o
trânsito
em
julgado
do
processo
ou
a
constituição
de
mandatário, conforme
dispõe
o
n.º
6
do
art.º
25º
da
Portaria
n.º
10/2008, de 3 de janeiro.
Em
escala
de
prevenção,
essa
compensação
é devida imediatamente,
com
efetiva
deslocação
ao
local
da
diligência e seja nomeado apenas para o acto, vide n.º
2 do art.º
26º
daquele diploma.
Depósito da sentença/acórdão
Os
cúmulos
jurídicos
são
inseridos
como sessões,
atendendo
que
na
aplicação
não
existe uma funcionalidade?
Ainda
não
consta
da
plataforma
SinNOA forma
de
pedir
honorários
pela
realização
do
cúmulo
jurídico,
não
podendo
o Advogado
pedir
como
sessão,
porque
pressupõe que o processo tenha transitado em julgado e já
pedidos os honorários pelo
mesmo, encontrando‐se, assim, findo.
O que são “Incidentes”?
Os incidentes não dizem respeito apenas à área cível
são transversais a todas as áreas do foro
Definem‐se
como
a
ocorrência
extraordinária, acidental
que
surge
no
desenvolvimento
normal
da
relação
jurídica
processual,
dando
origem
a
um processado
próprio,
com
um
mínimo
de
autonomia
e
desde
que
se
encontre
tipificado
na
lei
adjetiva
como incidente.
Nos
termos
do
n.º
1
do
art.º
305.º
do
CPC
“A
toda
a causa
deve
ser
atribuído
um
valor
certo,
expresso
em
moeda
legal,
o
qual
representa
a
utilidade
económica imediata do pedido.”
Ex.
"impugnação
de
valor
processual
da
causa"
‐
Este incidente
tem
como
finalidade
apurar
o
valor
processual de uma causa. Ex.
Execução
– no
prazo
para
deduzir
oposição,
deduzimos
incidente
de
deferimento
de desocupação...
Nos
incidentes
processados
por
apenso, decorrentes da lei, são de contabilizar?
Se
o
incidente
corre
por
apenso
e
desde
que
a
lei
adjetiva
assim
o
qualifique,
o
pedido
de pagamento deve ser formulado após o trânsito em
julgado
da
decisão
que
conhece
do
incidente,
ainda
que
o
processo
principal prossiga os seus trâmites.
O pedido
que
o
profissional
forense
efetua na aplicação SinOA relativa ao incidente, é diferente
e
autónoma,
do
eventual
pedido
que venha a ocorrer no processo principal.
Ponto 5 da Tabela, contempla os incidentes processuais.
Os
processos
de
inquérito
que
findam sem
haver
acusação,
qual
a
sua
classificação?
Como
outras
intervenções
de
patronos oficiosos, conforme ponto 13 da tabela.
A instrução e o internamento compulsivo, onde devem ser integrados?
A instrução, o internamento compulsivo, os arquivamentos
e
outras
das
espécies
processuais
não
tipificadas
na
Portaria
n.º 1386/2004,
poderão
ser
classificados
como
“outras
intervenções
de
patronos
oficiosos” ‐
ponto
13
da
tabela
anexa
à portaria
referida.
Haverá
lugar a compensação ao Advogado nomeado
no
processo,
sem
que
exista
contestação,
o
processo
finde
por desistência de queixa?
Segundo
a
tabela
anexa
à Portaria
n.º 1386/2004,
havendo
nomeação
para
processo,
é devido
pagamento
(ponto 3.1.1.2), independentemente da fase em que o processo findou.
Haverá
lugar
a
pagamento
por
resolução
do litígio
segundo
a
portaria,
caso
o
Advogado
tenha
tido
essa
intervenção,
antes
da
audiência de
julgamento.
Sendo
a
decisão
susceptível
de
recurso,
o Advogado
deve
aguardar
pela
decisão
de
recurso
ou
pode
pedir
os
honorários
na plataforma
a
seguir
à leitura
de
sentença/acórdão?
Nas
nomeações
isoladas
para
processo,
o pagamento da compensação só
é
efetuado
quando
ocorra
o
trânsito
em
julgado
do processo.
O
pedido
só
pode
ser
efectuado
após
a decisão
do
recurso,
com
o
transito
em
julgado ou quando ocorra a constituição de mandatário ‐
n.º
6
do
art.º
25º
da
Portaria
n.º
10/2008, de 3 de janeiro.
Se a decisão não for susceptível de recurso os
honorários
deverão
ser
pedidos,
na
plataforma,
após
o
transito
em
julgado, contando‐se,
para
o
efeito,
com
o
depósito da sentença/acórdão.
Ocorrendo
intervenção
do
defensor oficioso
no
âmbito
de
processo
de
inquérito
de
natureza
penal
ou
de instrução
e
o
processo
venha
a
ser
arquivado,
o
Advogado
deverá
pedir honorários
tendo
em
conta
as
diversas
espécies de processo?
As
intervenções
não
tipificadas
na
Portaria
n.º
1386/2004,
entre
as
quais
se
incluem
os inquéritos, que findam sem haver
acusação
ou
a
instrução,
deverão
ser
terminados
como “outras
intervenções
de
patronos
oficiosos”,
conforme
consta
do
ponto
13
da
tabela
acima referida.
No âmbito dos
processos
de inquérito ou instrução,
quando
o
processo
termine
antes
de
ser
proferida
acusação
é
devido o pagamento de honorários?
Havendo
nomeação
para
processo,
é devido
o
pagamento,
independentemente
da
fase
em que o processo terminou.
É
contabilizada
como
sessão
a
intervenção efetuada
em
sede
de
inquérito,
bem
como
as
restantes
diligências
realizadas
nesse
mesmo processo, para efeitos de aplicação do n.º
9 da
tabela
de
honorários
anexa
à Portaria
n.º 1386/2004?
Sim,
o
funcionário
judicial
deve
fazer
a validação
dos
dados
inseridos
com
base
neste pressuposto.
Como
deve
o
Advogado
proceder
se
no âmbito
de
um
processo
indicar
três
sessões, compareceu
a
uma
e
nas
outras duas
passou
substabelecimento
com
reserva? Na aplicação, deverá
indicar uma ou três sessões?
A
remuneração
do
substabelecido
é da
responsabilidade
do
patrono
ou
defensor nomeado, nos termos do
n.º
2 do art.º 17.º da
Portaria
n.º
10/2008,
decorrendo
daqui
que, independentemente
do
profissional
forense
ter
comparecido
apenas
a
uma
sessão,
deverá indicar as três sessões na aplicação.
Ocorrendo
nomeação
apenas
para
o
ato, em
substituição
do
mandatário
que
não
compareceu,
e
uma
vez
que
o
Advogado deve
inserir
todos
os
elementos
do
processo,
por
espécie,
como
o
finaliza para pedir honorários?
O
Advogado
será
compensado
pela intervenção ocasional em ato ou diligência isolada
do
processo,
conforme
o
n.º
6
da
tabela
de
honorários
para
a
proteção jurídica,
anexa à Portaria
n.º
1386/2004,
vide
nota n.º
2 da Portaria n.º
1386/2004.
Nos casos em que a nomeação resulte da
não
comparência
de
mandatário
constituído,
o
arguido
suportará
a quantia
prevista
para
o
caso
de
nomeação para diligência isolada para processo,
que
entra
em
regra
de
custas,
nos
termos
do
n.º
9
do
art.º 25.º
da Portaria n.º
10/2008.
O
Advogado
que
for
nomeado
para
dois ou
mais
intervenientes
ou
sujeitos
processuais
deverá
criar
processo
para cada
um
dos
intervenientes?
É paga
uma
compensação
por
cada
um dos
intervenientes,
já
que
o
Advogado
teve
diversas
deslocações
a
diferentes estabelecimentos
prisionais
e
recorrido
da decisão, individualmente?
Portaria
10/2008,
artigos
25º,
26º
e
28º: “os
honorários
são
processados
em
função
da
natureza
ou
espécie
do processo,
pelo
que
o
número
de
defesas
asseguradas
pelo
profissional
forense não
tem
qualquer
repercussão
na
fixação dos honorários”.
Quando
o
Advogado
vê
rejeitado
um
pedido
de pagamento de honorários por não confirmação da deslocação
ao
estabelecimento
prisional,
como
deve proceder?
As
declarações
comprovativas
da
presença
no
E.P.
deverão
ser
digitalizadas
e
anexadas
no SinOA,
sendo
que
a
inserção
de
dados
nos
campos
de
preenchimento
da
aplicação
SICAJ não
tem
natureza
corretiva,
pelo
funcionário,
mas
sim
meramente
informativa. O profissional
forense
com
a
recusa
do
pedido,
deve
juntar
ao
processo
o
documento comprovativo
da
sua
presença
no
E.P.,
informação
que,
atualmente
o
Tribunal
não detém,
e
repetir
o
pedido
de
pagamento
na
aplicação SinOA.
Previamente
à
confirmação
do
pedido, deverá
o
funcionário
judicial
confirmar
a
existência
de
arguido
detido
e,
nesse
caso, contactar
o
profissional
forense
a
fim
de
o
mesmo
juntar
ao
processo
documento comprovativo
da
ida
ao
E.P.,
confirmando,
após,
o
pedido
de
pagamento.
Isto
sem perder de vista o disposto no n.º
8 da tabela
de
honorários
para
a
proteção
jurídica, anexa
à Portaria
n.º
1386/2004,
de
10
de
novembro.
1.
Quando
o
Advogado
é
substituído,
após
o julgamento,
são
devidos
honorários
pelo
processo e pelas sessões? 2.
Caso
o
Advogado
substituto
recorra
da
decisão,
qual
o
momento
em
que
ambos devem
requerer
os
honorários,
após
a
decisão que ponha fim ao processo ou logo após a decisão do tribunal de 1ª
instância?
3.
O funcionário deve rejeitar, não confirmar os
dados
ou
deve
deixar
ficar
na
pasta
de
validação
dos
pedidos
à espera
que
o processo
volte
a
descer
ao
tribunal
de
1ª
instância?
O
Advogado
substituído
deve
dirigir
à OA requerimento
fundamentado,
criando
uma
vicissitude,
para
que
lhe
seja
paga
a
compensação devida
pelo
serviço que
prestou e
o
utilizador
final
– funcionário
judicial
–
deverá
ter
em
atenção
o disposto
nos
artigos
25.º
e
26.º
da
Portaria
n.º
10/2008, de 3 de janeiro
Nas
nomeações
isoladas
para
processo,
o
pagamento
da
compensação
só
é
efetuado
quando ocorra
o trânsito
em
julgado
do
processo,
portanto
só
após
a
decisão
do
recurso
que
transitou
em julgado
ou
quando
ocorra
a
constituição
de
mandatário, conforme dispõe o n.º
6 do art.º
25º
da Portaria n.º
10/2008, de 3 de janeiro.
No
caso
de
o
advogado
não
comparecer em
nenhuma
sessão
e
substabelecer
noutro
colega
sem
apresentar substabelecimento dentro do prazo, pode ser recusado o seu pedido de honorários?
O
advogado
que
substabelecer,
com reserva,
noutro
colega,
deve
inserir
todas
as
sessões
realizadas
no
âmbito
desse processo.
A
remuneração
do
substabelecido
é da responsabilidade
do
patrono
ou
defensor
nomeado, nos termos do
n.º
2 do art.º
17.º da Portaria n.º
10/2008.
Isto,
independentemente
do
facto
do patrono
ou
defensor
nomeado
não
ter
comparecido
a
qualquer
sessão.
Essa situação
não
inviabiliza
o
pedido
de
pagamento
do
patrono
ou
defensor nomeado,
devendo,
pois,
o
utilizador
confirmá‐lo.
A
eventual
extemporaneidade
na
apresentação
do substabelecimento
deverá
ser
aferida
pelo
Senhor
Juiz
titular
do
processo,
independentemente
desse facto,
tal
não
obsta
à
validação
do
pedido
de
pagamento
ao
defensor
nomeado,
uma
vez
que
a remuneração
do
substabelecido
é da
responsabilidade daquele.
Não
pode
haver
substituição
em
diligência
processual
sem
reserva
(substabelecimento
sem reserva), nos termos do referido art.º
17.º
da referida
Portaria,
uma
vez
que
configuraria
uma
verdadeira nomeação de defensor ou patrono, e esta só
poderá
ser efetuada através do SinOA.
Pode
um
advogado,
nomeado
em
escala, pedir
honorários
pelo
processo
e
contabilizando
essa
nomeação
como sessão?
Se
estivermos
perante
um
ato
único,
em escala
de
prevenção,
reduzido
apenas
à
diligência
em
causa,
o
profissional
forense irá
apenas ser remunerado pela escala.
A
diligência
efetuada
no
âmbito
dessa
nomeação em
escala
apenas
contará
como
sessão
se
o
profissional forense ficar nomeado para o processo, recebendo
pelo
correspondente
valor
do
mesmo,
acrescido
do
montante
previsto
para
as
sessões (quando
a
tal houver
lugar),
aplicando‐se,
nestes
casos, as regras de validação para as nomeações fora de escala.
Tudo conforme art.º
3.º
da Portaria n.º
10/2008 de 3
de
janeiro
e
art.º
5.º
e
ponto
9
da
tabela
anexa
à Portaria n.º
1386/04 de 10 de novembro.
O
Advogado
que
se
encontre
de
escala
e
seja nomeado para um processo que já
conta com duas
ou
três
sessões
de
julgamento,
e
antes
do
inicio dessa
audiência
de
julgamento
consiga
a
desistência
do
processo,
bem
como
do
pedido
de indemnização,
pode
finalizar
o
processo
pedindo
o pagamento como resolução do litígio segundo a portaria e inserindo uma sessão?
O acordo previsto no art.º
25.º
n.º
4, da Portaria n.º
10/2008,
será
aquele
que
decorra
da
sequência normal
do
processo,
sendo
necessário
que
a
resolução do litígio [que ponha
termo ao
processo] ocorra
antes
da
audiência
de
julgamento
(por
exemplo,
em
sede
de
conferência
de
pais, conferência de interessados, transação, etc.).
Porém,
tratando‐se
de
processo
penal,
é necessário
que
aquela
resolução
do
litígio
ocorra
depois
da
acusação.
Neste
sentido, não
se
deverá
interpretar
como
acordo
uma
desistência
em
sede
de
audiência
de julgamento.
O
Advogado
deverá
inserir
uma
sessão
e terminar
com
o
transito
em julgado
da
decisão.
A
diligência
que
se
iniciou
no
período
da manhã e tem o seu término no período da tarde,
terá
ou
não
o
acréscimo
a
que
se
reporta a parte final do n.º
2 do art.º
5.º
da Portaria n.º
1386/2004?
É devido
o
aludido
acréscimo
se,
no âmbito
da
escala
de
prevenção,
a
permanência
do
profissional
forense
for desproporcionada
em
termos
temporais,
vide
o
n.º
7
do
art.º
21.º
da
Portaria
n.º 10/2008, de 3 de janeiro.
E
se
o
defensor
estiver
de
escala
no período
da
manhã
e
a
diligência
apenas
se tiver iniciado no período da tarde?
Quanto a esta questão, a dúvida reside em saber se
a
assistência
deve
ser
assegurada
pelo
advogado escalado
para
o
período
da
manhã
ou
para
o
da
tarde.
Quando
a
diligência
não
se
tiver
iniciado,
deve
ser
o
advogado
nomeado
para
o
período
da
tarde
a assegurar
a
respetiva
defesa.
Ou
seja,
o
dever
de
assistência
do
profissional
forense
termina
quando findar o período da manhã, quando não
se tiverem
iniciado quaisquer diligências.
No caso dos honorários do processo já
terem sido recebidos
pelo
profissional
forense
e
o
valor
recebido,
por
defeito,
não
for
o
correto,
face
à incorreta
introdução
de
dados
na
aplicação
SinOA,
qual
a
entidade
competente
a
que
se
deve dirigir para solicitar os honorários em falta?
Aqui
não
passa
somente
pelos
dados
inseridos,
ainda
que
por
lapso,
pelo
profissional
forense,
na aplicação SinOA, uma vez que tal pedido dá
origem
a
uma
referência,
a
um
n.º
de
processo,
uma espécie
processual,
na
aplicação
SICAJ
e
que
necessitam
de
ser
confirmados
pelo
Oficial
de Justiça.
Nesta
medida,
o
Oficial
de
Justiça
não
deverá confirmar
tal
pedido
se
a
espécie
processual
não
coincidir
com
os
autos. A
forma
como
se
encontram
configurados
a
confirmação
e
o
pagamento
dos
profissionais forenses,
parece
não
haver
forma
de
contornar
a
questão. Apenas, por via do processo. Isto porque o IGFEJ
apenas
efetua
os
pagamentos
dos
pedidos
que
lhe
são
remetidos
pelo
SinOA
e
que
são validados pelos tribunais.
O
profissional
forense
que,
no
âmbito
de
um processo
de
natureza
penal,
requer
o
pagamento
do
processo
comum
singular,
pode
requerer também
o
pagamento
pelo
pedido
de
indemnização cível, como se de outro processo se trate ou suscitar um incidente?
Não
há
lugar
a
qualquer
incidente.
Por
um
lado, porque
somente
poderão
ser
considerados
incidentes
aqueles
que
se
encontrem
tipificados
na
lei
adjetiva como tal.
Por outro, de acordo com a Lei do Acesso ao Direito e aos Tribunais, no seu art.º
18.º, a nomeação que tenha
ocorrido
no
processo
estende‐se
aos
processos
que corram
por
apenso
e,
analogicamente,
aos
processos
com autonomia em relação ao processo principal, mas que corram enxertados neste.
Num
processo
de
Regulação
das Responsabilidades
Parentais
em
que
há
acordo
entre
os
progenitores,
também
é de
considerar
o
disposto
no
artº.
25,
nº4
da
Portaria
10/2008,
desde
que
antes
da audiência de julgamento?
Num
processo
de
Regulação
das Responsabilidade
Parentais,
em
que
há
acordo
entre
os
progenitores,
ainda
que na
conferência
de
pais,
é de
considerar
o
disposto
no
art.º
25,
nº
4,
da
Portaria 10/2008.
Se
o
Advogado
nomeado
para
intentar uma
acção,
na
reunião
com
o
cliente
entender
que
a
pretensão
do
beneficiário não
tem
fundamento
legal
como
deve
proceder?
Em
caso
de
inviabilidade
da
pretensão formulada
pelo
profissional
forense,
este
deverá
criar
a
respetiva
vicissitude
na plataforma
informática
SinOA,
que
gera
um pedido
de
pagamento
no
montante
de 1 UR.
A
inviabilidade
da
pretensão
só
opera
em casos de nomeação para propositura de ação, não
se
aplicando
aos
casos
em
que
o
Advogado é nomeado
para
contestar/impugnar/recorrer ações judiciais.
Nos termos do art.º
25º, nº
7, da Portaria 10/2008, só
a Vicissitude
“Inviabilidade
da
ação”,
gera
um
pagamento
de
honorários,
sendo
que
nas
demais
não há
lugar
a
qualquer
tipo
de
compensação
(no
caso
concreto,
apenas
é devida
uma
compensação correspondente
ao
montante
de
uma
unidade
de
referência,
por
cada
pretensão
formulada).
Não
são, pois,
em
ambos
os
casos,
devidos
os
honorários
solicitados.
Como
se
finaliza
um
processo
de nomeação
para
um
processo
que
já
transitou em julgado, porque o Advogado anteriormente nomeado suspendeu
a
sua
inscrição na OA?
Ainda
que
a
nomeação
tenha
sido
efectuada
apenas após o trânsito em julgado e ainda que tenha
existido
anteriormente
uma
nomeação
de
advogado
que
tenha
saído
do
sistema
de acesso
ao
direito
e
que
por
essa
forma,
não
continuou
no
processo,
o
pedido
de honorários deverá
ser validado.
É o
próprio
sistema
que
permite
essa nomeação após o trânsito em julgado.
Nestas
situações,
o
patrono
ou
o
defensor nomeado
ajusta
com
o
substituto
a
repartição
dos
honorários,
conforme atestam
o
art.º
35.º
da
Lei
34/2004,
na
sua
atual
redação,
o
art.º
17.º
da
Portaria 10/2008,
bem
como
o
art.º
9.º
do
Regulamento n.º
330‐A/2008, de 24/08.
Como
se
processa
os
pedidos
de
pagamento
de honorários
respeitantes
a
providências
cautelares?
Qual
o
procedimento
a
adotar
nos casos
em
que
o
procedimento
cautelar
não
se
encontra apenso a qualquer ação principal?
Em
regra,
as
providências
cautelares
correm
por
apenso
a
um
processo
principal,
estando
previsto o
seu
pagamento
no
ponto
5
da
tabela
anexa
à
Portaria
n.º
1386/2004,
ou
seja,
o
profissional forense
carrega
no
SinOA
a
espécie
originária
(processo
principal),
acrescido
do
montante previsto
do
referido
ponto
(por
conta
da
providência
cautelar),
cabendo
ao
oficial
de justiça, a confirmação de ambos os pedidos.