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0 CURSO DE DIREITO PROJETO PEDAGÓGICO OUTUBRO/2010

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CURSO DE DIREITO

PROJETO PEDAGÓGICO

OUTUBRO/2010

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

REITOR

Prof. MSc. Pe. José Romualdo Degasperi

PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO

Prof. MSc. Ricardo Spindola Mariz

PRÓ-REITOR DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

Profª. Drª. Adelaide dos Santos Figueiredo

PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO

Prof. Dr. Luís Síveres

DIRETOR DO CURSO DE DIREITO

Prof. MSc. Melillo Diniz do Nascimento

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SUMÁRIO

1.HISTÓRICO 006

1.1 Histórico institucional 006

1.2. Histórico do Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília 011

1.2.1. Implantação do Curso 011

1.2.1.1. Autorização 011

1.2.2. Evolução 013

1.3. Projeção da missão na área e no Curso 017

1.3.1. Projeção da missão institucional no Curso 020

1.4. Objetivos do Curso 022

1.4.1. Pressupostos iniciais 022

1.4.2 Objetivos e perfil dos egressos 023

1.4.2.1 Objetivo Geral 023

1.4.2.2 Objetivos Específicos 024

1.4.2.3 Perfil dos egressos 025

1.4.2.4 Habilidades do aluno de Direito da UCB 026

1.4.2.5 Formas de desenvolvimento das habilidades 028

2. PROGRAMA DE MELHORIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA 030

3. CONTEXTUALIZAÇÃO 035

3.1. Cenário Profissional 035

3.2. Mercado de Trabalho 038

3.2.1. Relação do campo profissional no âmbito nacional 039

3.2.2. Relação do campo profissional no âmbito local 040

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3.3. Diferenciais do Curso de Direito da UCB 041

3.3.1 Nova concepção do curso: problematização do ensino jurídico e foco nos

direitos subjetivos 042

3.3.2 Organização didático-pedagógica: para além do currículo de disciplinas 044

3.4. Formas de Acesso 050

4. ORIENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 051

4.1. Concepção de Aprendizagem 055

4.1.1. Fundamentos principiológicos 055

4.1.2 – Análise preliminar 056

4.1.3 – A evolução de métodos e técnicas do ensino-aprendizagem 059

4.1.3.1. Transformações no ensino aprendizagem 059

4.1.3.2 – A progressão da aprendizagem no currículo 062

4.2. Princípios da Área das Ciências Sociais Aplicadas 063

4.2.1 – Integração de saberes no âmbito das CSA 063

4.2.2 – CSA e a sistematização didático-pedagógica 063

4.2.3 – A paulatina implantação da aprendizagem cooperativa nas CSA 065

4.2.4 – A importância das novas tecnologias nas CSA 067

4.3. Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão 068

4.3.1. Indissociabilidade: mito, meta, princípio e processo 068

4.3.2. A Indissociabilidade no Curso de Direito 074

4.4. Avaliação da Aprendizagem 095

4.4.1. Avaliação a serviço da aprendizagem 099

4.5. Papel da Educação à Distância 101

5. ATORES E FUNÇÕES 102

5.1 A área de Ciências Sociais Aplicadas e o Curso de Direito 103

5.1.1. A Área de Ciências Sociais Aplicadas 103

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5.1.2. O Curso de Direito 105

5.2 Corpo Discente (Entrada, Formação e Saída) 106

5.2.1. Entrada 106

5.2.2. Formação 107

5.2.3. Saída 110

5.3. Corpo Docente e Formação Continuada 111

5.4. Núcleo Docente Estruturante e Colegiados 114

5.4.1. Núcleo Docente Estruturante 114

5.4.2. Colegiado de Curso 116

5.4.3. Colegiado de Mediação de Conflito 117

5.5.Perfil Técnico-Administrativo e Formação Continuada 120

5.6. Perfil e Capacitação de Gestores 121

5.7. Processo de Avaliação Institucional 123

5.7.1. Avaliações internas 126

5.7.2 Avaliações externas 126

5.7.2.1 Avaliações promovidas pelo Ministério da Educação 127

6. RECURSOS 128

6.1. Institucionais 129

6.1.1 Unidade de Assessoria Didático-Educacional – UADE 129

6.1.2 Unidade de Assessoria Didático-Administrativo – UADA 130

6.1.3 Serviço de Orientação Inclusiva (SOI) 131

6.1.4 Informações Sobre o Sistema de Bibliotecas da Universidade Católica de

Brasília 132

6.2. Específicos 135

6.2.1. Sede Administrativa e didático-pedagógica do Curso 135

6.2.2. Núcleos de Práticas Jurídicas 135

6.2.3. Acervo da Biblioteca para o Curso de Direito 136

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7. MATRIZ CURRICULAR 137

7.1. Fluxo das Disciplinas e Estrutura da Matriz 137

7.1.1 Concepção Pedagógica DO CURRÍCULO 138

7.1.2 Disciplinas 138

7.1.3 Estruturação Acadêmica do Curso 141

7.2 Ementas e Bibliografias 146

7.3 Estruturação das Práticas Jurídicas 199

7.4 Atividades Complementares 212

7.5 Dinâmica do TC 216

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 219

9. ANEXOS 222

ANEXO I: Matriz Curricular 223

ANEXO II: Descrição das Atividades de Estágio Extracurricular 224

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1.HISTÓRICO

Este Projeto Pedagógico concebe e rege o Curso de Direito da Universidade Católica de

Brasília ao tempo em que revela seu passado, legitima seu presente e orienta seu futuro,

numa constante construção confirmada por sua história.

1.1 Histórico institucional

A história traz, em si, a presença da memória individual e coletiva dos sujeitos e

fatos que a constituem. O registro e a sistematização factual induzem a análises que

necessitam do contexto particular e geral onde os fenômenos se manifestam. Esse é o

princípio que norteia a história da UCB quanto às suas opções metodológicas e pedagógicas.

A decisão política de Juscelino Kubitschek em construir Brasília nos anos de

1955/56 promoveu a expansão econômica e a interiorização regional do país na direção do

Centro-Oeste, Norte e Nordeste brasileiros. As conjunturas históricas do Brasil nas décadas

de 1960/70 possibilitaram um franco desenvolvimento urbano de Brasília e do entorno, o

que foi determinante para criação da Universidade Católica na nova capital. Essa criação

deve-se a um grupo de diretores de colégios religiosos da jovem cidade.

Os idealizadores da futura Universidade Católica de Brasília tomaram iniciativas no

sentido de unir propósitos de dez entidades educativas católicas que se desdobraram em

atividades e fundaram, em primeiro lugar, a Mantenedora e, a curto prazo, uma instituição

que seria a primeira unidade de ensino.

A fundação da União Brasiliense de Educação e Cultura – UBEC – se deu no dia 12

de agosto de 1972, como uma sociedade civil de direito privado e objetivos educacionais,

assistenciais, filantrópicos e sem fins lucrativos. Instituída a UBEC, iniciou-se o processo de

criar a primeira unidade, a Faculdade Católica de Ciências Humanas – FCCH. Os jornais

realçavam a importância de Taguatinga em relação ao desenvolvimento e crescimento

populacional e à dificuldade que os jovens possuíam para fazerem seus cursos superiores em

razão da distância do Plano Piloto, onde se encontravam a Universidade de Brasília -UnB e

outras Faculdades Particulares: a AEUDF, o CEUB e a UPIS. Sediada no Plano Piloto de

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Brasília, a nova Faculdade teve inicio em 12 de março de 1974, com os cursos de Economia,

de Administração de Empresas1 e com o curso de Pedagogia ministrado na Cidade Satélite

de Taguatinga, por razões de espaço físico2.

Os cursos criados deveriam, então, ser ministrados de maneira a atrair os interesses

da população, com aulas no horário noturno, modelo de ensino especificamente

desenvolvido para os discentes que, em sua maioria, trabalhavam durante o dia e dispunham

apenas da noite para atividades acadêmicas. A Metodologia de Ensino da Faculdade foi

definida a partir do Curso de Introdução aos Estudos Universitários - IEU, onde os

estudantes recebiam as informações sobre o ensino superior e o funcionamento da

Instituição. Havia uma exigência de que a organização de conteúdos e as aulas fossem feitas

por trabalho em equipes de educadores, para cada disciplina, no início de cada semestre.

Material instrucional era distribuído aos estudantes, o que acabou resultando no Banco do

Livro e no IEU para os matriculados no básico. Todas as equipes de educadores atuavam de

acordo com as propostas metodológicas definidas para a FCCH, reforçados por um trabalho

de formação dirigido aos educadores, instituindo-se o Curso de Formação de Educador

Universitário.

Em 8 de agosto de 1980 foi realizada uma alteração nos Estatutos e Regimentos da

UBEC e FCCH, em razão de novas realidades conjunturais, permitindo que a instituição se

organizasse em uma estrutura de ensino mais coerente e adequada à sua própria expansão.

Ocorreu, então, a instalação das Faculdades Integradas da Católica de Brasília – FICB3,

reunindo a Faculdade Católica de Ciências Humanas, a Faculdade Católica de Tecnologia e

a Faculdade (Centro) de Educação4.

Os cursos de licenciatura que foram autorizados pelo CFE eram frutos de uma longa etapa

de escutar a sociedade brasiliense, considerando o interesse despertado no mercado, a atenção

constante da Direção, que avaliava as necessidades da comunidade de Brasília e do seu entorno e,

principalmente, de Taguatinga, reforçando, assim, a opção pelas licenciaturas. A Católica priorizou

1 Diário Oficial, Ano CXII, nº 100, Capital Federal, 28/05/1974. 2 Decreto nº 73.813, assinado pelo Presidente da República, Emílio Garrastazu Médici. O decreto nº 73.813 foi reafirmado com o de nº 74.108 de 27 de maio de 1974 e assinado pelo novo Presidente da República Ernesto Geisel cujo artigo 1º definia a autorização do funcionamento da Faculdade Católica de Ciências Humanas, mantida pela União Brasiliense de Educação e Cultura—UBEC. 3 De acordo com o Parecer nº 273/81 do antigo Conselho Federal de Educação – CFE. 4 Regimento das Faculdades Integradas da Católica de Brasília, 1981-1984.

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as iniciativas de cursos na área de educação, capacitação docente da Fundação Educacional do DF e

graduação na área de ciência e tecnologia, levando-se em conta o conhecimento, experiências

históricas e proposições das FICB nessa área. A criação da Faculdade Católica de Tecnologia, que

reunia os cursos de Ciências (Matemática, Física, Química e Biologia) e o Curso Superior de

Tecnologia em Processamento de Dados, evidenciava a expansão do processo de informatização

em todos os setores empresariais, inclusive a própria implantação do sistema de controle

acadêmico por computação, na Católica. A Faculdade Católica de Ciências Humanas continuava

oferecendo os cursos de Administração de Empresas e de Economia, compatibilizando a grade

curricular com proposta do MEC/SESU e do Conselho Federal de Técnicos de Administração – CFTA.

Os cursos deveriam estar alinhados em conhecimentos e habilidades em relação à oferta de

empregos nas áreas de atuação do administrador e atitudes profissionais sustentadas pela ética.

A disposição pedagógica das FICB organizou-se em Departamentos Acadêmicos,

racionalizando os trabalhos dos professores e criando oportunidades de integração

professor/estudante. Programas foram desenvolvidos para melhorar o convívio entre as

pessoas e foram elaboradas propostas de trabalhos que reunissem conjuntos de estudantes de

diferentes cursos, diferentes ocupações profissionais e diferentes professores. O objetivo era

melhorar as condições para que a Instituição se desenvolvesse de maneira global, em lugar

de enfatizar o desenvolvimento parcial e unitário.

Em 12 de março de 1985, o Campus I da Católica de Brasília foi inaugurado, em Taguatinga,

com o primeiro prédio, hoje denominado de Prédio São João Batista de La Salle. A expansão das

FICB era inquestionável, confirmando as possibilidades de trabalhos cujos objetivos, diretrizes de

ação e metas a serem alcançadas visavam à elaboração do Projeto para o reconhecimento das FICB

em Universidade Católica de Brasília.A cidade de Taguatinga, um local estratégico, foi inaugurada

em 05 de junho de 1958. Essa cidade cresceu, a 25 km do Plano Piloto, e tornou-se um polo

econômico, com avenidas que se tornaram referência na cidade, altos prédios e uma população

hoje, estimada em aproximadamente 300.000 habitantes. Sua expansão liga-se à própria condição

de Brasília ser um espaço geopolítico que atraiu a “gente brasileira” com todos os seus conflitos

sociais. O espaço geográfico do Campus I da Católica, com suas edificações, acabou se

transformando em um ponto de convergência populacional, com pessoas do Plano Piloto, Núcleo

Bandeirante, Candangolândia, Taguatinga, Guará, Gama, Ceilândia, Samambaia, Brazlândia, Santa

Maria, Recanto das Emas e Riacho Fundo. Os vários cursos criados atendiam à demanda de uma

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população que buscava a formação acadêmica como forma de ascensão social, pessoal e

profissional.

A partir de 1988/89, a Direção Geral das FICB, com administração dinâmica, renovando

atitudes, acelerou as condições para o futuro reconhecimento em Universidade. Um dos principais

objetivos dessa direção foi, exatamente, o desenrolar do processo para o reconhecimento, junto ao

Conselho Federal de Educação. Os 17 cursos oferecidos estavam reunidos na Faculdade de

Educação, Faculdade de Tecnologia, Faculdade de Ciências Sociais, Faculdade de Filosofia, Ciências

e Letras, mais os cursos de especialização e mestrado da Pós-Graduação.

Depois de intenso trabalho, ao longo de dois anos, o Ministro de Estado da Educação e do

Desporto assinou a Portaria de Reconhecimento das FICB como Universidade Católica de Brasília –

UCB, em 28 de dezembro de 1994, com sede na Cidade de Taguatinga (DF). No dia 23 de março de

1995 ela foi oficialmente instalada em seu Campus I. Iniciava-se a primeira gestão universitária da

UCB de acordo com o que estava sendo definido nos Planos de Ação e no Plano de

Desenvolvimento Institucional – PDI. Nesse mesmo ano foi desenvolvida uma metodologia

específica para elaboração de Planos de Ação, os “PAs Anuais”. O objetivo geral dessa metodologia

era permitir a elaboração, o acompanhamento e a avaliação dos Planos Anuais - planejamento

setorial/operacional - da Universidade, devidamente vinculado ao PDI. Os PAs passaram a ser

planejados, executados e avaliados, anualmente, considerando a acelerada expansão dos núcleos

urbanos próximos à posição geográfica da UCB.

A segunda Gestão Universitária iniciou-se em 23 de março de 1999 e confirmou as

atitudes tomadas anteriormente, ampliando e expandindo os cursos de graduação e pós-

graduação para as áreas mais demandadas pela sociedade e entidades de classe da época.

Preocupou-se, sobremaneira, com a Pós-Graduação, com a Pesquisa e a Extensão e

redefiniu-se o corpo docente, contratando mestres e doutores em tempo integral. Programas

e projetos de extensão marcaram a presença da Universidade na comunidade de Brasília,

Águas Claras e Taguatinga e o avanço do Ensino a Distância teve agregado a sua projeção o

Curso “Aprendizagem Cooperativa e Tecnologia Educacional na Universidade em Estilo

Salesiano”.

Até o ano de 2000, a Coordenação de Planejamento criou e implantou,

prioritariamente, o Plano Estratégico, em um horizonte que ia de 2002 a 2010. Nesse plano

está estabelecida a Missão, a Visão de Futuro, os objetivos e as estratégias da UCB para o

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período. Implantou-se o Sistema de Planejamento – SISPLAN - que permitiu a elaboração, o

acompanhamento e a avaliação dos PAs, de forma on-line, totalmente automatizado. A

orientação básica desse sistema era de acompanhar e avaliar tanto os PAs quanto o Plano

Estratégico.

Em 23 de março de 2003, uma nova equipe assumiu a terceira Gestão Universitária,

com vistas à sustentação do patrimônio universitário e com uma proposta de trabalhar,

cooperativamente, visando manter alguns projetos já delimitados pelas gestões anteriores e

implementar o Projeto de Realinhamento Organizacional, o Projeto de Gestão Acadêmica e

o Projeto Identidade. Os rumos tomados visavam satisfazer às necessidades dos cursos

relacionados à estrutura de Centro de Educação e Humanidades, Centro de Ciências da

Vida, Centro de Ciência e Tecnologia e Centro de Ciências Sociais Aplicadas – que

abrangiam um total de 92 Cursos oferecidos pela Graduação, Ensino à Distância e Pós-

Graduação, além dos programas e projetos de pesquisas da Extensão. As avaliações

institucionais e de curso, realizadas durante esse período, atestaram a excelência da

educação superior realizada na UCB, bem como a indissociabilidade do Ensino, Pesquisa e

Extensão.

Em continuidade às avaliações positivas da UCB, a quarta Gestão Universitária

assumiu em 31 de Janeiro de 2007 com o propósito de se tornar uma instituição de

referência na extensão, na pesquisa e no ensino, indissociáveis e comprometidos com o

desenvolvimento sustentável e a justiça social. Uma reorganização estrutural interna da

Universidade foi necessária, nesse sentido o processo de ensino oferecido pela UCB, foi

revisado a partir das Diretrizes para o Ensino Superior definidas pelo Conselho Nacional de

Educação, além de ser analisado o mercado e as ofertas de curso nas diversas instituições da

região.

Essa gestão baseou seu trabalho em quatro princípios: o de promover a

indissociabilidade, a extensionalidade, a sustentabilidade e a pastoralidade da

Universidade; Elegeu a Qualidade de Gestão, sustentada no processo ensino aprendizagem,

na convivência saudável e nas qualificações profissionais como meta a ser atingida;

Entendeu como importante a Docência com Convivência, onde prevaleceu a investigação, a

transferência do aprendizado e a extensionalidade; voltados para uma Comunidade

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Educativa onde se expressou a fraternidade, a solidariedade, o valor do espírito humano e a

ética.

Nesse sentido a Pró-Reitoria de Graduação promoveu um trabalho de reformulação

de todos os projetos pedagógicos dos cursos de graduação, instituiu o programa de melhoria

da formação discente e o programa de formação docente; a Pró-Reitoria de Extensão se

dedicou a uma proposta de re-estruturação da Extensão. Elaborou as Diretrizes de Extensão,

e com isso definiu categorias de extensão, entre elas, a que estimula os cursos de graduação

a responsabilidade de elaboração, execução e acompanhamento de projetos de extensão. A

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa se empenhou na manutenção da qualidade da

pesquisa e criação de novos programas stricto e latus senso, além de alavancarem o

processo de construção do Parque Tecnológico de Inovação da UCB. O crescimento da

Católica Virtual, merece destaque nesta gestão. Em relação à parte administrativa a

instituição passou por um período de readequação do quadro docente e administrativo da

casa.

A história da UCB está atrelada à história de Brasília, o Projeto Pedagógico da UCB

não perde de vista as contradições dos sistemas políticos e econômicos da atualidade e luta

com as próprias dificuldades internas, na ânsia de vencer as crises e sustentar seu espaço

físico e de produção científica, cultural e de intervenção social no quadro da realidade

nacional e regional do Brasil.

1.2. Histórico do Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília

1.2.1. Implantação do Curso

1.2.1.1. Autorização

A decisão de criar, em 1995, um Curso de Direito no âmbito da recém reconhecida

Universidade Católica de Brasília significou um passo importantíssimo na concretização

de um projeto auspicioso de sua Mantenedora, a consecução de uma antiga aspiração das

congregações que formam a União Brasilense de Educação e Cultura (UBEC), qual

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seja, o de dar continuidade, em âmbito universitário aos objetivos e modelos de ensino

já tradicionalmente de qualidade no nível médio e fundamental no Distrito Federal. A

transformação das Faculdades Integradas em Universidade foi o inicio deste acerto e a

certificação do alcance daqueles objetivos.

O Curso de Direito da UCB representou, num momento de singular oportunidade, a

realização do desejo Institucional de crescer atendendo a uma demanda local, e na certeza

de melhor servir à Comunidade e ao País. Para tanto reuniu as condições essenciais ao

estabelecimento de um curso de alto nível que vem se firmando e confirmando seu

grande desiderato. A procura por este curso bem como o reconhecimento de sua atuação

nos campos social e da cultura jurídica dão a certeza de um propósito bem sucedido.

A Universidade Católica de Brasília – UCB criou seu Curso de Direito a partir das

bases legais, institucionais, filosóficas e sócio-culturais perfeitamente identificadas com o

ideário pedagógico de sua Mantenedora e com as aspirações da comunidade em que está

inserida.

Dessa forma, o curso se reveste de uma individualidade institucional própria da

UCB, ao tempo em que atende aos preceitos paradigmáticos que regem, hoje, o ensino

jurídico no Brasil, ou seja, o critério do mérito intelectual ou do melhor rendimento

mínimo que dota o estudante da essencial aptidão para pensar, jurídica e criticamente, o

Direito e a sociedade em dimensões totalizantes, levando-o a um compromisso, que não é

só profissional, mas também cristão, com a justiça, a legitimidade, a equidade, a ética, a

igualdade e a liberdade enquanto valores-síntese deste saber científico-profissional. “A

missão fundamental de uma universidade é a procura contínua da verdade, a conservação

e a comunicação do saber para o bem da sociedade”. Eis a orientação da Constituição

apostólica Ex. corde ecclesia, do papa João Paulo II, de 15/08/1990.

O Curso de Direito da UCB foi concebido, inicialmente, com base nos novos

paradigmas trazidos pelas normas fixadas pela Resolução CFE nº. 1/93, para autorização

de Cursos Superiores, e na Portaria Ministerial nº. 1.886, de 30/12/1994, que fixava as

diretrizes curriculares e o conteúdo mínimo do curso. Seu funcionamento foi autorizado

pela Portaria nº. 1.108, de 1º de novembro de 1996, do Ministério da Educação e do

Desporto e internamente pelo Conselho Universitário CONSUN da UCB em reunião

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realizada em 23/06/1995, através da Resolução nº. 04/95, de 23/06/1995.

Novas orientações, exigências e desafios surgiram ao longo desses três últimos

quinquídios de sua existência até chegar a Resolução nº. 9 de 29 de setembro de 2004, a

qual este Curso incorporou e se atualizou, sem perder de vista a proposta que guiou

sua criação.

1.2.2. Evolução

O curso foi projetado, inicialmente, para funcionar nos dois turnos, matutino e

noturno, com cinquenta estudantes em cada um deles ingressando semestralmente por via

vestibular, fruto do processo seletivo institucional. Demonstrou o Curso de Direito desde

os primeiros certames desempenho invejável traduzido pela procura crescente pelas vagas

ofertadas, o que permitiu manter um quadro discente em condições de acompanhar a

evolução do processo ensino-aprendizagem e manter em patamares elevados com

resultados expressivos refletidos no preparo dos formandos deste Curso e a colocação de

seus egressos no mercado de trabalho.

Ao longo da primeira década de sua existência houve uma evolução gradativa do

número de novos estudantes oriundos do vestibular por majoração do número de vagas

ofertadas bem como preenchimento de eventuais claros por meio do processo seletivo de

transferência. Depois de dois anos de funcionamento houve um incremento de cinqüenta

estudantes ingressantes provenientes do vestibular, primeiro no turno noturno e depois

no semestre seguinte mais cinquenta estudantes no matutino de forma alternada até

chegar às duzentas vagas ofertadas no turno da manhã e duzentas à noite, consolidando a

atual oferta.

O currículo do Curso, proposto e aprovado para ser integralizado em dez semestres,

inicialmente oferecia cinqüenta e seis disciplinas obrigatórias e mais duas optativas,

todas de quatro créditos e sessenta horas-aula, exceção das três praticas (real e simulada)

de cento e vinte horas, além da carga extracurricular de cento e oitenta horas de atividades

complementares, perfazendo um total de três mil e seiscentas horas-aula e duzentos e vinte

e oito créditos.

O currículo do Curso de Direito da UCB contemplava também três áreas de

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habilitação, a de Direito Civil, de Direito do Trabalho e de Direito do Comércio

Internacional, na busca de um curso mais profissionalizante procurando atender uma

demanda emergente de um período da educação superior que buscou fortalecer áreas

prioritárias segundo exigências locais.

Este currículo, desde sua implantação, sofreu nove mudanças curriculares

atendendo a imperativos legais, de política educacional, de mudanças econômico-

sociológicas e principalmente das novas leituras, novos direitos e de mercado.

Seu quadro de educadores foi sendo implantado à medida que o curso avançava a

cada semestre até sua definitiva consolidação. Houve, no entanto, alguns ajustes como

é comum em uma Instituição do porte da Universidade e seu Curso de Direito.

Em todos esses períodos e desde seus primeiros momentos de funcionamento, o

corpo docente do Curso foi composto por educadores que lecionam disciplinas do ciclo

de formação básica comuns a outros cursos da universidade, de um modo geral,

profissionais do ensino superior e pesquisadores do quadro da UCB. No ciclo de

formação fundamental ou geral e da parte profissionalizante, o corpo docente é formado

por profissionais de todas as áreas relacionadas com o Direito, mas principalmente,

Advogados, Magistrados, membros do Ministério Público, das Defensorias Públicas,

Delegados de Polícia, Consultores Jurídicos, Procuradores da República e da Fazenda

Pública, Procuradores Federais, Advogados da União, enfim, profissionais do direito e

que também se dedicam ao ensino superior, grande parte deles com larga tradição na

docência, porém oferecendo oportunidade para os jovens talentos que se preparam para

essa importante atividade.

A Administração do Curso ao longo desses treze anos contou com as

atividades de uma Secretaria própria e uma Direção (Diretor e Assessores) que desde sua

criação esteve sob a responsabilidade de dez educadores que se revezaram no exercício da

função Diretiva. Tendo experimentado um período de estrutura Departamental, voltando

depois a atual, com sua integração à área de Ciências Sociais Aplicadas.

Para a efetivação das disciplinas do ciclo de formação profissional,

trabalho de curso, atividades complementares e as práticas jurídicas, estas em suas

modalidades simulada e real, foram sendo ampliadas as bases de apoio, implementadas a

estrutura e as condições para o funcionamento de cada uma delas, na forma seguinte.

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a) Orientado pelo cronograma previsto no projeto de criação e implantação do

Curso a partir do sétimo semestre foi efetivada a estrutura física e estabelecidas as normas

para funcionamento das práticas jurídicas sob uma coordenação única. Para tanto, foram

instalados dois laboratórios de prática simulada, um de audiências e um cartório ou

secretaria.

Foi iniciada a prática jurídica com a implantação inicial do Núcleo de Prática

Jurídica (NPJ) de Samambaia, instalado no Fórum Judicial local, em funcionamento a

partir de junho de 2000 e com capacidade para vinte e cinco estagiários, depois

redimensionado para vinte no turno da tarde e, mais tarde evoluindo também para o

matutino. Nessa primeira década do século XXI, o NPJ de Samambaia vem trabalhando a

cada semestre com uma média de 120 estagiários em dois turnos depois de ter sido

redimensionado o seu espaço físico.

Ampliando a base de atendimento, foi implantado um NPJ em Taguatinga, em

prédio alugado para esse fim, com capacidade inicial de cinquenta estagiários por turno de

funcionamento, a partir de setembro de 2000 em dois turnos, manhã e noite, e

também com expediente interno à tarde e comparecimento às audiências no Fórum.

Além de promover esta prática jurídica real, orienta a atividade de estágio externo

decorrente de convênio na forma da Lei n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008.

Em 2005 foi reestruturado o NPJ de Taguatinga, tendo mudado sua sede de

Taguatinga Norte para o interior do Campus I da UCB, no bloco “E”. A partir daí esse NPJ

passa a atender em três turnos. Neste ano de 2010, há alunos matriculados e

desenvolvendo seu estágio, - estudantes no horário matutino, - no vespertino, - no

noturno e, controlados por este NPJ, existem estagiários externos (escritórios advocatícios,

órgãos públicos, do judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, do executivo,

etc., todos conveniados com a UCB).

Foi instalado também um Núcleo de Prática Jurídica junto a Justiça Federal em

prédio desta, no Plano Piloto, Asa Norte, a partir de 2006, e que neste ano conta com

estagiários, em turnos matutino e vespertino, orientados por um educador Coordenador e

dois Advogados-Orientadores.

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A Prática Jurídica inicialmente contou, por três anos, com Educadores-

Orientadores, ministrando a prática simulada, atendendo nos respectivos núcleos, onde

orientavam a prática real e desenvolvendo a advocacia nos processos oriundos dos

NPJs. Com a reestruturação desses núcleos, a partir de dezembro de 2005, os educadores

ficaram exclusivamente com as práticas simuladas, sendo substituídos nos NPJs pelos

Advogados-Orientadores, permanecendo os educadores Coordenadores.

Atualmente, o Estágio Curricular, realizado nos Núcleos de Prática Jurídica, é

regulado pelas Normas e Procedimentos Acadêmicos da UCB (Item 3 da Resolução

CONSEPE nº. 65, de 22 de novembro de 2007) e as Normas e Procedimentos do NPJ

(Resolução CONSEPE n.º 28/2001) e nos aspectos pedagógicos, sua supervisão,

acompanhamento e discussão é de responsabilidade da Unidade de Assessoria Didático

Educacional (UADE).

b) Desde 2004 as Atividades Complementares foram estruturadas sob uma

Coordenação única e com normas próprias, criando os meios para que os estudantes do

Curso pudessem cumprir esta exigência curricular e multifacetária. A partir de 22 de

novembro de 2007 as atividades complementares (acadêmico/científico/culturais)

passaram a ser reguladas pelas Normas e Procedimentos Acadêmicos da UCB, em seu

item 4, sendo mantida a Coordenação única.

c) As monografias têm uma coordenação única instituída desde 2004, com normas

próprias, e um número de educadores que atendem a orientação dos estudantes

matriculados na disciplina de monografia. Nesta atividade muitos educadores do

Mestrado em Direito da UCB também atuam na orientação dos estudantes,

juntamente com educadores do Curso.

d) Desde sua instalação o Curso conta com um prédio que abriga desde sua

Administração (Direção, Secretaria, Coordenação de Área) e as salas de aula; porém, com

a ampliação do curso de Direito e porque abriga outros cursos da área social, os estudantes

do curso também passaram a utilizar as salas de aula e laboratórios de informática dos

outros prédios do Campus I, bem como a Biblioteca Central e outros espaços do Campus.

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Novos espaços de convivência foram criados no Campus I permitindo maior

congraçamento a todos os usuários que aproveitam destas instalações da Universidade.

Com o objetivo de reforçar a presença da Universidade e seu Curso de Direito no

Plano Piloto, foi implantado uma extensão deste, junto ao colégio Maria Auxiliadora, em

2004. A partir do 1o semestre de 2007, a infra-estrutura da extensão do curso de direito no

Plano Piloto foi transferida para o Colégio Dom Bosco, situado na mesma quadra de sua

primeira instalação, onde vem funcionando dentro de uma infra-estrutura compatível com

os objetivos deste Curso.

Uma realização importante para o Curso foi a implantação, no 2o semestre de 2007,

de seu Colegiado composto de dezessete educadores do Curso, dos quais participavam

como membros natos o Diretor do Programa de Mestrado em Direito e o Diretor do Curso

de Graduação em Direito, e também como membros os Coordenadores de Áreas de

concentração, de Formação Básica Geral e Jurídica, de Formação Profissional e do Ciclo

de Formação Prática eleitos entre seus pares nas respectivas áreas.

No 2º semestre de 2009 o Colegiado do Curso, para atender de forma mais

democrática e participativa de todos os envolvidos nas atividades do Curso, inclusive

imperativos de avaliação, foi reformulado com a inclusão de um representante dos alunos,

um dos advogados do NPJ e um do corpo administrativo (auxiliares).

Tal composição e estrutura, de fato, revelava uma confusão conceitual entre

Colegiado de Curso e NDE (Núcleo Docente Estruturante), o que levou, no ano de 2010 a

uma revisão desses órgãos colegiados, definindo claramente suas atribuições: o colegiado

com funções de natureza consultiva e o NDE com atribuições de natureza administrativa,

responsável, principalmente, pela articulação e implementação do Projeto Pedagógico da

Curso de Direito da UCB, como será melhor analisado em item específico mais à frente no

presente PPC.

1.3. Projeção da missão na área e no Curso

O compromisso da UCB em elevar o nível humanístico e técnico dos profissionais

brasileiros está presente em sua Missão: “atuar solidária e efetivamente para o

desenvolvimento integral da pessoa humana e da sociedade, por meio da geração e

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comunhão do saber, comprometida com a qualidade e os valores éticos e cristãos, na busca

da verdade”. Nesse sentido, a Instituição não quer formar apenas profissionais, mas

cidadãos que contribuam para o desenvolvimento do país em todos os níveis, conforme

expresso na Carta de Princípios, de 1998, marco referencial para diversos outros

documentos elaborados posteriormente: os Projetos Pedagógicos dos Cursos, os Planos

Estratégicos, o Projeto Pedagógico Institucional e a elaboração de sua Missão e Visão de

Futuro. A Carta de Princípios afirma que “a UCB lê a realidade do contexto em que se

encontra e orienta a sua existência à luz da prática educativa dos fundadores das

congregações religiosas integrantes da UBEC, privilegiando:

- a catolicidade como abertura ao diálogo;

- a cidadania como compromisso de integração social;

- a competência em todo o seu agir”5.

A área de Ciências Sociais Aplicadas (CSA), à qual se vinculam os programas de

graduação em Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Comunicação

Social, Direito, Relações Internacionais e Serviço Social, caracteriza- se pela formação

de profissionais que lidarão com a complexidade de uma sociedade em transformação

e dinâmica. Exige agilidade, habilidade para lidar com crises e solucionar problemas,

competência de negociação, percepção de vários públicos e ausência de respostas prontas e

fechadas. Regida pelos princípios e valores da missão da UCB, a própria Universidade

busca, para além da formação profissional voltada ao mercado de trabalho, atender a

demandas e necessidades da sociedade, que cada vez mais exige cidadãos bem informados,

éticos, atualizados e abertos à educação continuada.

Para tanto, os Cursos de CSA oferecem ao seu corpo discente possibilidades de

vivenciar a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão na busca e

desenvolvimento do conhecimento, promovendo a participação em projetos tais como:

núcleos de estudos, núcleos de simulação, empresas juniores, núcleos de prática jurídica,

projetos sociais, disciplinas comunitárias, atividades de iniciação científica e monitoria,

dentre outros, que permitem ao estudante interagir com a comunidade, ajudando a

transformá-la e sendo por ela transformado. Essa indissociabilidade, além de ter

5 Cf. Carta de Princípios. Universa: Brasília, 1998, p. 1.

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implicações diretas sobre a vida dos educandos, tem também repercussões no

planejamento e nas atividades dos educadores. Dada a abrangência da interação entre

ensino, pesquisa e extensão na UCB, “a universidade precisa constituir-se, cada vez mais,

numa comunidade de aprendizes onde se desenvolvem os talentos, as competências e as

habilidades necessárias para a formação pessoal, profissional e social. A atitude

aprendente é, portanto, o elemento integrador das diversas formas de acesso e

comunicação do conhecimento”6.

Complementarmente, para que tal integração de fato se constitua em um processo

pedagógico, faz-se necessária “uma aliança entre aprendizes que se dispõem a percorrer

diversos caminhos para descobrir, degustar e divulgar conhecimentos e, por outro, pautar

esses conhecimentos, segundo as finalidades da educação propostas pela Lei de

Diretrizes e Bases, para o pleno desenvolvimento do educando, o exercício da cidadania

e a capacitação para o trabalho”7.

Formando profissionais tecnicamente preparados e, ao mesmo tempo, cidadãos

éticos, os Cursos da área de Ciências Sociais Aplicadas alinham-se perfeitamente com um

dos objetivos estratégicos mais relevantes da UCB: aprimorar a excelência em todas as

áreas. Os Projetos Pedagógicos dos Cursos da área de CSA trazem em seu bojo processo

dialógico, permitindo aos estudantes de todos os Cursos da área cursarem disciplinas de

seu interesse acadêmico. Assim, é comum, em diversas disciplinas oferecidas, encontrar

estudantes não somente do curso responsável por aquele conteúdo, mas também

estudantes de outros cursos da CSA. Ademais, tal interação também pode ser vista

através da lista de disciplinas optativas dos Cursos de CSA, aberta a todos os cursos da

UCB. Finamente, ao propor uma formação integral da pessoa humana, a UCB poderá

aportar uma contribuição concreta e diferencial ao desenvolvimento da nova realidade

brasileira e das relações do País no âmbito externo, com particular impacto para o DF e sua

projeção no cenário nacional e internacional. Essa interação acadêmica com a comunidade,

compromissada “com a formação de um estudante capaz de fazer frente às

necessidades essenciais de sua formação, de sua cidadania e de elevação da humanidade”8,

6 Projeto Pedagógico Institucional, p. 21 7 Idem. 8 Projeto Pedagógico Institucional, p. 21.

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é salutar e contribui, por meio do compartilhamento dos saberes, para o desenvolvimento

tanto da Universidade quanto da própria sociedade.

Para permitir a interação dos diversos cursos da Área na consolidação do conceito

de Desenvolvimento Humano Sustentável (DHS), foram eleitas duas disciplinas como

âncoras dessa discussão: Introdução à Educação Superior, que em seu papel de introduzir

os estudantes à pesquisa e à produção de conhecimento utiliza como tema de análise o

DHS, e Empreendedorismo, que estimularia nos concluintes dos cursos a compreensão do

DHS como indicador do sucesso ou fracasso de um empreendimento, muito além da

exclusividade dos indicadores econômicos.

Da mesma forma, esse conceito de DHS deve estar presente como um dos critérios

de avaliação dos Trabalhos de Conclusão de Curso – isto é, as monografias e produtos

elaborados pelos estudantes também serão avaliados por sua capacidade de leitura da

complexidade do real, em seus aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais, bem

como pelo interesse e motivação para transformar esse real.

Da mesma forma, o DHS está presente em toda a atividade de extensão

desenvolvida na área, como indicador para a avaliação e diretriz para a ação. Nas empresas

juniores também se consolida na proposição de novos projetos e nas disciplinas

comunitárias torna-se amplamente debatido e praticado, reforçando a indissociabilidade

entre ensino, pesquisa e extensão.

1.3.1. Projeção da missão institucional no Curso

É oportuno entender a atuação da Universidade Católica de Brasília em

resposta ao panorama apresentado pela globalização - fenômeno que abrange alterações em

todas as relações internacionais e nacionais nos meios sociais, culturais, econômicos,

financeiros e políticos.

A Universidade Católica de Brasília insere-se no contexto globalizado de um país

em desenvolvimento a partir dos seus princípios basilares e da sua missão, realizando uma

atuação solidária e efetivamente buscando o desenvolvimento integral do ser humano e da

sociedade, por meio da geração e comunhão do saber e da ação comunitária,

comprometida com a qualidade e os valores éticos e cristãos, na busca da verdade.

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No Curso de Direito, a Missão Institucional da UCB, descrita em seu Projeto

Pedagógico Institucional, é projetada através da formação de seus profissionais, de

excelência técnica e de formação ética e humanística e, ainda, através dos projetos

extensionistas realizados pelo Curso e de impacto extremamente positivo para a

comunidade na qual a UCB está inserida.

No que toca a formação do egresso, ter-se-á u m profissional que se destacará

em seu meio de atuação devido a sua compreensão do fenômeno jurídico-social, à

valorização da pessoa humana e sua busca pelo saber e sua respectiva disseminação,

através da pesquisa; tudo sob uma abordagem ética. Ademais, espera-se que o aluno tenha

a “consciência de que aprender é, cada vez mais, um processo para toda a vida”9 e,

ainda, que “a formação é a obra mais pessoal e continua de cada um”10.

Quanto a sua interação como agente transformador, através da extensão, o Curso de

Direito tem nos Núcleos de Prática Jurídica (NPJ) sua principal ferramenta. Nos NPJ os

discentes atuam de forma pró-ativa no atendimento da comunidade carente que busca

soluções para seus problemas jurídicos. Como já dito anteriormente, o Curso de Direito da

UCB conta com três NPJ. O NPJ Campus I, onde se concentra o maior número de

atendimentos, o NPJ Samambaia, localizado no Fórum de Samambaia decorrente de um

convênio com o TJDFT e, finalmente, o NPJ localizado no Juizado Especial Federal, no

qual o Curso de Direito da UCB participa através de Convênio firmado com o Tribunal

Federal da 1ª Região. No total, os NPJ contabilizam, hoje, mais de 11.000 atendimentos

por ano, além da realização de atividades sociais esporádicas, como a visita semestral à

Fraternidade São Lucas Evangelista (FALE) ações sociais ou a Ação Global.

Assim todo o trabalho de mobilização e reflexão da comunidade acadêmica em

torno dos desafios do curso de Direito da UCB diante das demandas por reforma de seu

projeto pedagógico e consolidação de sua marca como ensino diferenciado levaram à

definição de sua missão e visão de futuro:

� Missão

9 Projeto Pedagógico Institucional , p. 32. 10 Idem.

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O curso de Direito da UCB tem como missão, segundo os valores da ética e da

justiça, formar profissionais dotados de habilidades e competências para atuar no campo

jurídico contemporâneo e cumprir seu papel de cidadãos solidários, comprometidos com

o aprofundamento do Estado Democrático de Direito e com o respeito e a defesa dos

Direitos Humanos.

� Visão

Em 2020, ano do Jubileu de Prata da UCB, o seu curso de Direito será uma referência nacional na extensão, na pesquisa e no ensino jurídico, referência de qualidade na formação de quadros para as carreiras jurídicas de Estado no Distrito Federal.

1.4. Objetivos do Curso

1.4.1. Pressupostos iniciais

O Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília tem como objetivo a

formação de bacharéis em Ciências Jurídicas, capazes de tratar questões atuais e futuras

que demandem habilidade intelectual, conhecimentos específicos e espírito criativo. Nele

privilegia-se simultaneamente a orientação acadêmica e a orientação profissional, que se

complementam mutuamente.

Ressalte-se que esta perspectiva é o resultado de propostas discutidas nos diferentes

colegiados em que se estrutura a vida do Curso de Direito. Das diversas reuniões emanam

as diretrizes didático-pedagógicas que asseguram a unidade e o desenvolvimento

harmônico das atividades acadêmicas.

O ensino jurídico é objeto de indagações contemporâneas na tentativa de

requalificação e reordenação de sua estrutura curricular tornando-a diretiva do processo da

compreensão e aprendizado da Ciência do Direito.

Em face da característica de multidisciplinariedade do ensino superior e da

inegável interação da Ciência Jurídica com as demais ciências sociais é que se verifica a

necessária reordenação de suas diretrizes didático-pedagógicas, com a finalidade de

estabelecer uma estrutura curricular voltada para a identificação do direito como elemento

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intrínseco ao equilíbrio social, à estruturação de poder e à proteção do cidadão, coibindo

práticas arbitrárias e abusos, seja na relação horizontal – os indivíduos entre si – ou

vertical – o Estado e o indivíduo.

A partir de uma análise antropológica, é possível a constatação da coincidência

entre o homem – seu comportamento – e a sua produção, quer intelectual quer

material. Essa análise é indissociável de sua formação sócio-cultural e, consequentemente,

de sua concepção do mundo e do papel que nele exerce como ser criativo e agente de

mudanças, e que deve estar presente em seu processo de aprendizagem.

O Curso de Direito UCB foi idealizado e implementado com uma carga-horária e

créditos dimensionados para um dado tempo, porém por necessidades decorrentes de uma

realidade em constante evolução, própria dessa área do conhecimento, foram modificados

estando a requerer, nos tempos atuais o cumprimento de uma carga horária total de 3.900

horas, entre atividades de ensino teórico-prático e atividades de pesquisa e extensão além

das atividades complementares (ou atividades acadêmico-científico-culturais), para as quais

foram destinadas a carga horária de 280 horas.

1.4.2 Objetivos e perfil dos egressos

A esta altura já é possível elencar os novos objetivos projetados para o curso de

Direito da UCB.

1.4.2.1 Objetivo Geral

Propiciar uma formação diferenciada para os egressos do Curso, para que se tornem

profissionais cidadãos, agentes de efetivação dos direitos na sociedade brasileira, com

elevado nível de preparo intelectual e consciência da realidade nacional e de sua função

social, qualificados para o exercício ético e técnico do Direito e habilitados para as múltiplas

e inovadoras exigências das carreiras jurídicas, especialmente a pesquisa, a interpretação e a

elaboração autônoma de argumentos e de razões para tomada de decisão.

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1.4.2.2 Objetivos Específicos

� Realçar a formação humanística do aluno, de forma a criar condições concretas para que, no desenvolvimento de suas atividades profissionais, esteja atento ao caráter e à relevância social de sua atuação, e seja capaz de realizar leituras da realidade social e das necessidades regionais, além de buscar compreender o contexto em que está inserido;

� Proporcionar aos bacharéis em Direito formação técnica adequada para o exercício de qualquer profissão jurídica, mas com ênfase especial nas carreiras públicas, e sempre tendo como referência de princípios a solidariedade, a boa-fé, a probidade, os valores democráticos e os direitos e garantias constitucionalmente consagrados;

� Implementar a pesquisa como metodologia de ensino cotidiana, estimulando a atitude crítica e problematizante na abordagem dos conteúdos em sala de aula, com o objetivo de criar situações em que a investigação seja parte do processo de aprendizado: aprender a fazer perguntas pode ser mais importante do que apenas aprender a resposta certa de hoje!;

� Desenvolver, juntamente com o conhecimento teórico, habilidades práticas que permitam a conjugação eficaz e o domínio das modernas e inovadoras teorias e técnicas judiciais para a solução das questões complexas surgidas no cotidiano do exercício da profissão: trazer a “prática” dos casos concretos para dentro da “teoria” da sala de aula;

� Estudar interdisciplinarmente o Direito, abordando-o em seus aspectos políticos, sociológicos, históricos, antropológicos, filosóficos e econômicos;

� Promover o saber científico e estimular a evolução cultural, procurando socializar os conhecimentos produzidos pela academia;

� Incentivar a atuação do aluno junto à comunidade regional, como forma de não apenas prover o atendimento às necessidades comunitárias, mas também de tomar consciência da importância do Direito como instrumento de transformação e evolução social, desenvolvendo, apoiando e estimulando atividades de ensino, pesquisa ou extensão relacionadas com a solução de problemas sociopolíticos e culturais;

� Atender, através das atividades de extensão, do Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) e do Núcleo de Apoio Jurídico Popular (NAJUP), as comunidades carentes da região abrangida pelo Curso de Direito, buscando possibilitar o acesso aos Direitos Humanos, que na maioria das vezes são negados a essas populações, e contribuir para que as diversas instituições da comunidade regional alcancem níveis de excelência no desenvolvimento de suas atividades, produzindo benefícios culturais e científicos que possam ser revertidos em prol de toda a sociedade;

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� Propiciar uma formação em que se compreenda, de forma ampla e consciente, o processo educativo, considerando as características das diferentes realidades e níveis de especialidade em que se processam, integrando o acadêmico à dinâmica do mundo do trabalho e propiciando aos egressos, através de cursos, eventos e publicações jurídicas, a possibilidade de contínua atualização e aprimoramento jurídico-profissional.

1.4.2.3 Perfil dos egressos

O perfil desejado dos egressos do Curso de Direito, nesta proposta de reforma pedagógica, foi projetado a partir da concepção e dos objetivos da UCB e do Curso, tendo em vista as peculiaridades de Brasília e da correspondente região metropolitana, o mercado de trabalho, as mudanças socioeconômicas e tecnológicas e a legislação que disciplina a formação de recursos humanos para a área jurídica. Esse perfil deverá integrar também o efetivo comprometimento com a realização jurídica e social dos direitos fundamentais constitucionalmente positivados, preparando o profissional para que tenha, em seu perfil geral, as seguintes características:

� Visão interdisciplinar do Direito, compreendendo-o como um fenômeno social e ético e não apenas como um conjunto de normas que não pode ser posto em discussão;

� Aptidão para desenvolver estratégias teóricas, hermenêuticas e metodológicas que sejam capazes de adaptar, com sensibilidade e competência, o conhecimento jurídico à solução de problemas novos, para os quais nem sempre a legislação oferece respostas expressas em suas normas;

� Aptidão para repensar as relações entre o Direito e a Democracia, que seja instrumento de construção de uma sociedade mais justa, equilibrada e harmônica, sem negar a liberdade, o pluralismo e a possibilidade da diferença;

� Aptidão para privilegiar as formas pré-processuais e auto compositivas (inclusive as processuais) de solução de conflitos, tendo a atividade de mediação como uma “forma de agir” inerente às profissões jurídicas.

O bacharel em Direito a ser formado pela Universidade Católica de Brasília deverá estar consciente de que, além do competente exercício da profissão jurídica que escolher, deve possuir um compromisso sócio-político com o aperfeiçoamento das instituições jurídicas e na efetivação dos Direitos Humanos, um dever ético decorrente do exercício de sua função pública e um compromisso com o diálogo como instrumento fundamental de solução de conflitos. Dessa forma, ao lado de um desenvolvimento holístico, generalista e

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qualitativo do bacharel em Direito, e de um aprendizado dos conhecimentos especializados imprescindíveis para a formação dos juristas, é necessário o desenvolvimento das habilidades necessárias à formação do profissional que se almeja – e esse é um elemento processual. Seu trajeto de construção se estende assumindo a forma de um processo de educação permanente. Portanto, a aquisição de habilidades deve levar também ao desenvolvimento da atitude de investigação e à autonomia, características fundamentais do perfil do profissional a ser preparado no Curso de Direito da UCB.

Saber (e aprender) um conceito ou uma teoria é diferente de saber (e aprender) o exercício de uma profissão. Trata-se, portanto, não apenas de aprender a pensar, mas também de aprender a atuar enquanto profissional do Direito, com suas múltiplas competências e habilidades: esse o grande desafio a que se propõe o Curso de Direito da UCB. A essas características busca-se agregar outras, consideradas fundamentais pela Instituição:

(i) espírito de liderança e capacidade de conduzir as partes em conflito a um diálogo construtivo;

(ii) visão do homem como um ser coletivo e solidário – em uma perspectiva holística –, e não como um ser individualista e maniqueísta;

(iii) formação interdisciplinar, crítica e cidadã.

1.4.2.4 Habilidades do aluno de Direito da UCB

Em primeiro lugar, o Curso de Direito objetiva desenvolver no corpo discente as habilidades definidas como imprescindíveis pelas diretrizes curriculares para os cursos de Direito, a saber:

� Leitura, compreensão e elaboração de textos, atos e documentos jurídicos ou normativos, com a devida utilização das normas técnico-jurídicas;

� Interpretação e aplicação do Direito; � Pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes

do Direito; � Adequada atuação técnico-jurídica, em diferentes instâncias, administrativas ou

judiciais, com a devida utilização de processos, atos e procedimentos; � Correta utilização da terminologia jurídica ou da Ciência do Direito; � Utilização de raciocínio jurídico, de argumentação, de persuasão e de reflexão

crítica; � Julgamento e tomada de decisões; e � Domínio de tecnologias e métodos para permanente compreensão e aplicação do

Direito.

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A essas habilidades podem ser agregadas outras, também consideradas indispensáveis para o exercício das profissões jurídicas no século XXI, tais como:

� Capacidade de utilização da linguagem com clareza, precisão, fluência verbal e riqueza de vocabulário; leitura, compreensão, interpretação e elaboração de textos diversos e documentos jurídicos, com correção técnica-jurídica e gramatical, utilizando corretamente a terminologia jurídica; capacidade de organização, expressão e comunicação do pensamento; capacidade de eficaz utilização de raciocínio jurídico, argumentação, persuasão e reflexão crítica, bem como de desenvolver eficiente pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes do Direito; Capacidade de articulação e produção teórica, que apresente lógica de conteúdo, domínio linguístico e metodológico;

� Busca pela contínua formação humanística, técnico-jurídica e prática, indispensável à adequada compreensão interdisciplinar do fenômeno jurídico e das transformações sociais que devem nortear sua atuação, buscando sempre a correta interpretação e aplicação do Direito;

� Capacidade de assimilação, articulação e sistematização de conhecimentos para o exercício da profissão; capacidade de compreensão e de articulação com a prática de conteúdos teóricos e normativos; capacidade de interpretação e de aplicação prática do Direito; capacidade teórica e prática de atuação jurídico-profissional;

� Capacidade de apreensão, transmissão crítica e produção criativa do Direito, a partir da constante pesquisa e investigação; capacidade de pesquisa teórica e empírica, voltada para o aprofundamento e aperfeiçoamento do Direito; capacidade de apreensão, transmissão crítica e produção criativa do Direito, bem como capacidade de repensar a Ciência Jurídica como instrumento de evolução social, aliadas ao raciocínio lógico-crítico e à consciência da necessidade de sua permanente atualização, não apenas técnica, mas como parte integrante do processo de educação a ser desenvolvido ao longo da vida;

� Capacidade de equacionamento de problemas em harmonia com as exigências sociais, inclusive mediante o emprego de meios extrajudiciais de prevenção e solução de conflitos individuais e coletivos; adequada atuação técnico-jurídica, em diferentes instâncias, administrativas ou judiciais, com a devida utilização de processos, atos e procedimentos; capacidade de interpretação, reflexão e argumentação em relação à solução de conflitos e atendimentos de legítimos interesses, no âmbito judicial e extrajudicial; capacidade de desenvolver e aplicar as diversas formas judiciais e extrajudiciais de prevenção, composição e solução de conflitos de interesses individuais e coletivos; capacidade de dialogar, negociar, conciliar e, em especial, mediar relações e conflitos;

� Capacidade de percepção do fenômeno jurídico em suas formas de expressão cultural; visão atualizada do mundo e, precipuamente, dos problemas sociais,

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comunitários e humanitários do seu tempo e espaço, com uma consciência solidária dos problemas de seu tempo e de seu espaço;

� Domínio da gênese, dos fundamentos, dos princípios básicos e gerais, da evolução e do conteúdo do ordenamento jurídico, bem como de seu papel social primordial; compreensão do arcabouço histórico-social embasador da realidade hoje vivenciada, de modo a obter uma eficaz visão dos problemas sociais e de alternativas para sua solução; capacidade de apreensão do sentido e da causalidade das normas jurídicas no contexto da atuação profissional;

� Capacidade de trabalho em grupo; capacidade de atuação individual, associada e coletiva no processo comunicativo e executivo inerente ao exercício de sua atividade profissional;

� Capacidade de utilização das novas tecnologias no exercício da profissão; domínio das tecnologias e métodos sempre atualizados para a permanente compreensão e aplicação do Direito;

� Capacidade de análise crítica e interdisciplinar do fenômeno jurídico; consciência e visão crítica dos problemas do tempo e espaço em que se insere, aliada à capacidade de proceder a julgamentos e tomada de decisões;

� Disponibilidade cognitiva e emocional para lidar com situações emergentes, inerentes à complexidade da existência humana; capacidade para encontrar as soluções adequadas às situações complexas do cotidiano, para equacionar problemas e buscar soluções harmônicas para as demandas individuais e sociais;

1.4.2.5 Formas de desenvolvimento das habilidades

É extremamente difícil, em um projeto, estabelecer previamente as formas e estratégias a serem utilizadas para o desenvolvimento de um conjunto de habilidades, como aquele que se espera ser de domínio dos profissionais do Direito. Buscando a aproximação possível com essa questão e partindo não de habilidades isoladas, mas de seus grandes grupos, pode-se dizer:

� Que as habilidades pertinentes à questão da linguagem (leitura, compreensão, redação, etc...) deverão ser trabalhadas em todas as disciplinas e atividades do Curso. Possuirão, entretanto, uma atenção especial nas atividades de Pesquisa, de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso e de execução das Atividades de Estágio;

� Que as habilidades vinculadas, de forma ampla, às questões da hermenêutica e da metodologia jurídica (interpretação e aplicação, utilização do raciocínio lógico e de raciocínio crítico, domínio de tecnologias e métodos, etc.) serão trabalhadas em pelo menos quatro planos: em primeiro lugar, no que se refere ao domínio das suas bases

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teóricas e metodológicas, nas disciplinas Teoria do Direito, Teoria do Processo e Hermenêutica Jurídica; em segundo lugar, na aplicação desse conhecimento aos diversos ramos do Direito, nas demais disciplinas do Curso; em terceiro lugar, quando da redação do Trabalho de Conclusão de Curso, na análise do objeto jurídico específico da pesquisa; e finalmente, em quarto lugar, nas atividades de estágio, buscando resolver questões concretas, reais e simuladas;

� Que as habilidades voltadas à questão específica da pesquisa, no âmbito curricular, serão trabalhadas em especial na disciplina Metodologia da Pesquisa em Direito e no desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso. No âmbito extracurricular, através de projetos específicos de pesquisa, desenvolvidos por alunos e professores. Ao lado disso, a pesquisa e a utilização das diversas fontes do Direito devem ser atividades constantes de todas das disciplinas do Curso;

� Que as habilidades relativas ao agir profissional dos juristas (capacidade de julgar, tomar decisões, mediar e conciliar conflitos, etc.) terão seus lugares privilegiados de desenvolvimento nas atividades de Prática Jurídica Real (Núcleo de Prática Jurídica). As bases teóricas e instrumentais necessárias ao desenvolvimento dessas atividades serão fornecidas nas diversas disciplinas presentes na grade curricular do Curso, em especial nas atividades de Prática Jurídica Simulada e nas disciplinas Ética Profissional e Mediação;

� Que a vinculação dessas habilidades com o perfil proposto, que privilegia a formação de agentes públicos, com atuação pautada na construção do diálogo, será a preocupação constante do Curso como um todo, perpassando todas as suas disciplinas e atividades.

É de se destacar, por fim, que para o desenvolvimento de todas as habilidades

propostas serão utilizadas as diversas metodologias e técnicas aplicáveis ao processo de

ensino aprendizagem, dentro de suas características e objetivos. Nesse sentido, sempre que

possível serão privilegiados os estudos de texto e de caso, o estudo dirigido, a mesa redonda

e as técnicas de trabalho em grupo como forma de desenvolver as diversas habilidades

necessárias ao bom desempenho das profissões jurídicas.

Assim, o currículo do Curso estará em sintonia com os objetivos e finalidades

propostos, e ainda deverá propiciar ao alunado debates e participação em temas atuais nas

atividades acadêmicas complementares, nos projetos de pesquisa, ensino e extensão e nos

eventos específicos oferecidos ao longo do curso.

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2. PROGRAMA DE MELHORIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Com a ampliação do acesso à educação superior tem se percebido com mais

evidência a fragilidade da formação da maioria dos estudantes brasileiros. A ampliação da

Educação Superior não cria a fragilidade, mas a revela à medida que os eliminados de

outrora hoje conseguem acesso. Assim, boa parte dos ingressantes na Educação Superior

brasileiro não possui o conhecimento escolar que esperamos para o ingresso neste nível.

Outro elemento que merece destaque, e que em alguma medida também é reflexo

deste contexto, é a evasão nos primeiros anos dos cursos superiores. Embora possamos

considerar que a ampliação do acesso à Educação Superior já é um ganho para o país, assim

como foi a ampliação da Educação Básica, é preciso cuidar para garantir um acesso com

qualidade, que se preocupe essencialmente com a formação oferecida e com a aprendizagem

dos estudantes.

É preciso, então, considerar este contexto e entender que o desafio da melhoria da

formação básica dos estudantes ingressantes não apresenta uma solução simples, pois exige

empenho profissional e político para não fazer da Educação Superior um “faz de conta” para

parte dos estudantes que recebemos. Gentilli (2001), já sinalizava a questão, classificada

pelo autor como um ‘processo de exclusão includente’, lembrando que o acesso à educação

não significa o acesso ao mesmo tipo de educação no que tange à qualidade.

Para tanto, devemos ter em conta o estudante real, que tem suas necessidades,

interesses, nível de desenvolvimento, representações, experiências anteriores (história

pessoal). Este estudante muitas vezes é distinto do estudante idealizado ou do sonho de

alguns professores. É preciso pensar a Educação Superior em função do que o estudante é, e

não do que gostaríamos que fosse.

Neste sentido, é importante ainda lembrar que os nossos estudantes não são calouros

de escola, pois possuem pelo menos 11 anos de escolaridade. Neste período, os estudantes

se acostumaram com professores que fazem perguntas e que ensinam respostas, e não com

professores que se fazem perguntas. Essa escola, frequentemente, seja para os estudantes,

seja para os professores, se constitui enquanto uma opção formal que muitas vezes abdica do

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caráter político e existencial do fazer pedagógico, ao tomar o trabalho intelectual como um

fim em si mesmo, desvinculado dos significados, sentidos e compromissos que deveriam

orientá-lo.

Como forma de enfrentamento, é urgente não apenas reconhecer este cenário, mas

buscar diferentes estratégias de aproximação a fim de se relacionar com esse contexto,

respeitando e considerando sua complexidade. Um movimento inicial e essencial para essa

aproximação é o reconhecimento do estudante como um ser ativo, que precisa ter

participação consciente no processo de construção da significação de sua ação e de seu

conhecimento, o que, já lembrava Freire (1981), é tarefa de sujeito, e não de objeto.

Entendemos, desta forma, que o caminho para o acesso à Educação Superior com qualidade

passa, necessariamente, pelo reconhecimento do sujeito que aprende, de sua história e do

lugar de protagonismo e autoria que ele ocupa no processo de aprendizagem.

É sobre esse alicerce que se constrói a proposta do componente curricular

‘Introdução a Educação Superior’. Este componente, obrigatório para o primeiro semestre

de todos os cursos de graduação da Universidade, aposta na ruptura com a forma tradicional

de ensinar e aprender e com os procedimentos acadêmicos inspirados nos princípios

positivistas da ciência moderna, resgatando o lugar e o valor do sujeito que aprende (como

protagonista e autor de seu processo).

A proposta do componente curricular ‘Introdução a Educação Superior’ se constitui,

dessa forma, como uma das ações de melhoria da formação básica dos estudantes. Esse

componente de introdução possui o foco no “conteúdo do sujeito”, ou seja, no cuidado com

cada estudante que entra na Universidade. Ele precisa se sentir acolhido, respeitado em sua

história (com todas as fragilidades acadêmicas, culturais e sociais que ela pode possuir) e

desafiado a viver um momento singular em sua vida: a Educação Superior.

Esse componente curricular se constitui como um encontro do sujeito com a

Universidade, baseada na crença de que é possível ampliar acesso sem perder qualidade.

Seus princípios se sustentam na relação fundamental entre os conteúdos dos sujeitos

(estudantes) e os conteúdos da matéria, no acompanhamento do processo de aprendizagem

através dos registros de estudantes e professores, na autoria e autonomia necessária ao

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processo de aprender e na rotina da aula, abordando o eixo dos conhecimentos acadêmicos,

relacionais e culturais à medida que apóia e desafia os estudantes nesta nova fase. O

componente ainda trata das questões da leitura e da escrita na Educação Superior, do

conhecimento científico e da comunicação e tecnologias a partir da história de vida dos

estudantes. Pretende-se, neste sentido, apresentar respostas aos desafios de manutenção da

qualidade e redução da evasão, constituindo-se um compromisso político e pedagógico

dessa instituição.

Outras ações estratégicas:

• Projeto Monitoria

No Projeto Monitoria são previstas a atuação de estudantes da graduação, de

todos os cursos, e a Monitoria com bolsistas da pós-graduação. Nesta proposta,

as monitorias não são plantões de dúvidas; portanto, precisam de um plano de

estudo de monitoria em estrita harmonia com o plano de ensino das disciplinas

de maior índice de retenção de estudantes, ou seja, o plano de estudo da

monitoria deve ser um pré-requisito do plano de aula da disciplina. O Programa

de Reconstrução das Práticas Docentes organiza e oferece a formação aos

Monitores (da graduação e da pós-graduação).

• Projeto Jovem Pesquisador do Futuro

Esse projeto consiste especialmente na oferta de treinamentos para iniciação

científica do estudante de graduação. O projeto foi implementado no segundo

semestre de 2010, e deve atender a 100 (cem) estudantes por semestre.

• Perfil docente para atuação nas disciplinas de primeiro semestre

Como ação complementar ao acolhimento e atenção diferenciada ao estudante

ingressante, é realizada análise do perfil dos professores que atuam nas

disciplinas de primeiro semestre. Nesta ação os gestores contam com a

colaboração da Diretoria de Desenvolvimento, Planejamento e Avaliação,

responsável pela realização da avaliação específica desses professores e da

Coordenação da disciplina Introdução a Educação Superior, na articulação entre

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os professores da disciplina de IES e o restante dos professores que atuam no

primeiro semestre.

• Acompanhamento dos Ingressantes

Essa ação corresponde ao envolvimento da gestão dos cursos e ao suporte

pedagógico oferecido pelo Serviço de Orientação e Acompanhamento Psico-

Pedagógico da UCB. Cada direção de curso recebe o resultado do processo

avaliativo dos estudantes ingressantes do curso: avaliação diagnóstica, dados do

perfil e avaliação final. A partir do perfil e do desempenho dos estudantes, as

direções poderão implementar ações complementares no âmbito do curso. Os

diretores também são convidados a refletir sobre o programa de monitoria no

curso e o perfil dos docentes que atuam no primeiro ano. Os docentes que atuam

com a Introdução a Educação Superior também devem se encontrar com o

diretor do curso de referência dos estudantes que acompanha para aproximar o

trabalho da disciplina ao contexto do curso, partilhar informações e impressões

sobre o perfil dos estudantes, atividades desenvolvidas e acertos coletivos para a

continuidade da ação. Outra ação complementar é a oferta de oficinas pelo

Serviço de Orientação e Acompanhamento Psico-Pedagógico. Estas oficinas são

pensadas e organizadas a partir do diagnóstico construído no componente

curricular ‘Introdução a Educação Superior’, para estudantes que passaram pela

disciplina e ainda necessitam de um apoio sistemático.

• Clube de Leitura

Coordenado pela Biblioteca da UCB, com participação de bibliotecárias (os) e

de estudantes voluntários do curso de Letras, é aberto aos estudantes

universitários, especialmente os estudantes da disciplina de IES. Seu grande

objetivo e a formação de leitores.

• Apoio à aprendizagem em Matemática Básica

Ministrado aos sábados por professores do curso de Licenciatura em

Matemática, atende preferencialmente os estudantes que no diagnóstico inicial

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demonstraram dificuldades em Matemática Básica ou estudantes com histórico

de baixo desempenho nesta área.

• Visitas dirigidas aos laboratórios

A coordenação da formação básica da área de ciências da vida, em parceria com o

programa de mestrado e doutorado em Biotecnologia organiza visitas dirigidas aos

laboratórios do programa e laboratórios parceiros: Embrapa, Lacen e UnB.

• Cinema, cultura e educação

Cineclube saúde: projeto semanal de exibição de filmes e debates, coordenado

por professores da formação básica da área de ciências da vida.

Cine-filosofia: projeto semanal de exibição de filmes e debates, coordenado por

professores do curso de Filosofia

Curta-Educação: projeto semanal de exibição de documentários sobre

personalidades do pensamento social brasileiro, coordenado pelo curso de

Pedagogia.

Quinta Cultural – Eventos culturais mensais, coordenado pelo curso de

Pedagogia.

• Projetos Especiais

Grupos de Estudo Temáticos: grupos de estudo com encontros semanais com

temáticas diversas coordenado por professores de diferentes áreas e cursos.

Encontro interdisciplinar: encontros para discussão de um tema interdisciplinar

envolvendo professores de várias disciplinas. Os encontros são promovidos a

partir de uma temática importante na conjuntura do semestre.

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3. CONTEXTUALIZAÇÃO

3.1. Cenário Profissional

A Globalização, fenômeno que tem servido de “pano de fundo” de praticamente

todos os debates sobre a sociedade contemporânea, deverá continuar por muito tempo a ser

considerada uma temática atual. É uma realidade que não se pode ignorar ou evitar, pois ela

já se acha instalada na economia mundial, do que é prova a internacionalização dos

mercados e das crises, com repercussões em todos os continentes comprovado na crise

financeira de 2008 que abalou o mundo. Esse fenômeno influenciará, indubitavelmente, o

desenvolvimento das nações no século XXI, refletindo-se não somente nas economias

locais, mas também na própria cultura dos povos.

Nesse cenário de mudanças, e também de oportunidades, de limites, porém de

possibilidades, a UCB é chamada a dar a sua contribuição por meio do alto nível técnico e

humanístico de seus egressos, que são estimulados a se inserirem profissionalmente no

mercado de trabalho de forma competente, criativa, empreendedora e, sobretudo ética. Para

fundamentar sua atuação, a UCB considera os assuntos além das fronteiras nacionais, ao

evitar as percepções apenas domésticas da realidade econômica, cultural e social. A

Instituição dialoga com os grandes centros produtores de conhecimento, com as demandas e

necessidades da sociedade, e com os saberes locais sem perder sua dupla vocação: é

universal, mas está inserida no Distrito Federal e na denominada “Região Integrada de

Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE)”, composta por 22 municípios

que exercem pressão sobre o Distrito Federal no que concerne ao mercado de trabalho,

equipamentos públicos e relações comerciais.

Segundo os dados cadastrais fornecidos pela Secretaria Acadêmica da UCB, em

janeiro de 2007, 80% dos seus estudantes moram na região de abrangência da UCB,

residindo 31% em Taguatinga, 15% na Ceilândia, 7% no Guará, 6% em Samambaia,

5% em Águas Claras, 5% no Gama, 5% no Núcleo Bandeirante, 3% no Riacho Fundo, 2%

no Recanto das Emas e 1% em Brazlândia. Esses estudantes, por fazerem parte dessa

comunidade, são mais identificados com os seus problemas sócio-comunitários e

certamente estarão mais comprometidos com a proposta de interação universidade-

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comunidade, possibilitando o retorno a esta última, seja por meio de sua participação em

projetos de pesquisa e/ou programas de extensão, seja por meio de sua futura atuação

profissional nessa ou em outras regiões.

Os dados do Distrito Federal concernentes ao Produto Interno Bruto nominal

revelam uma aceleração vertiginosa do desenvolvimento econômico da região na década de

90 e início dos anos 2000. Da mesma forma, verificava-se a tendência para um elevado PIB

per capta, colocando-o, desde 2001, à frente de todos os outros estados brasileiros.

Historicamente, o Distrito Federal tem mostrado uma dinâmica econômica

fundamentalmente terciária (serviços). A partir da consolidação da Capital Federal, o

setor terciário tornou-se o mais forte da economia local, sendo responsável por grande

parcela da renda e pela maioria dos empregos gerados. As principais atividades terciárias

estão relacionadas à administração pública, ao comércio, ao segmento de hotéis, bares e

restaurantes, e de imóveis.

O mercado de trabalho no Distrito Federal, impulsionado pela dinâmica da economia

local, acompanhou suas fases de desenvolvimento, sempre concentrando o maior número de

empregos no setor terciário, induzido, direta ou indiretamente, pelo setor público. As

limitações à instalação de indústrias no Distrito Federal restringiram a diversificação

produtiva na região, resultando na expansão da malha urbana nos mesmos moldes daquela

caracterizada nas regiões metropolitanas. A região polarizadora é Brasília, onde estão a sede

do Governo Federal, e a maior concentração dos postos de trabalho. Vale frisar que nos

últimos anos a Região Administrativa de Taguatinga, onde está localizado o Campus I da

Universidade Católica de Brasília, também vem se destacando e ganhando características de

uma grande metrópole.

Nada obstante as particularidades das origens e da vocação administrativa do Distrito

Federal, e a correspondente dependência que tem de investimentos públicos, existe a

preocupação das autoridades locais em incentivar a ampliação dos investimentos privados,

garantindo maior autonomia para o Distrito Federal, com oferta de produtos e empregos

compatíveis com a sua demanda.

As estatísticas do mercado de trabalho do Distrito Federal, com base na Pesquisa de

Emprego e Desemprego (PED/DF), têm início em fevereiro de 1992, quando a Secretaria de

Trabalho do Governo do Distrito Federal, em parceria com a Companhia do

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Desenvolvimento do Planalto Central (CODEPLAN), o Departamento Intersindical de

Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE) e a Fundação Sistema Estadual de

Análise de Dados (SEADE/SP), implantaram a pesquisa. Com base em 14 (quatorze) anos

de pesquisa (1992 a 2005), é possível ter uma radiografia do mercado de trabalho local,

conhecendo-se como a dinâmica da geração de empregos interage com o crescimento

demográfico.

A População em Idade Ativa (PIA), correspondente ao contingente de habitantes

com 10 (dez) anos e mais, passou de 1,2 milhões em 1992 para 1,7 milhões em 2003.

A População Economicamente Ativa (PEA), equivalente ao conjunto de trabalhadores

ocupados mais o de desempregados, estava estimada em 733 mil pessoas em 1992,

alcançando 1,1 milhões em 2003.

As estatísticas sobre a ocupação no Distrito Federal indicam que o mercado de

trabalho, de 1992 até 2002, absorveu mais trabalhadores com o segundo grau completo

e terceiro grau incompleto, acumulando crescimento de 103,1% e 134,7%,

respectivamente. O contingente de ocupados com o terceiro grau completo obteve variação

percentual acumulada de 69,4%; com o segundo grau incompleto o aumento foi de 60,9%

e, por fim, com o primeiro grau completo foi de 30,1%. Já entre os trabalhadores com o

primeiro grau incompleto e os analfabetos, o quantitativo de ocupados diminuiu de 8,5% e

42,8%, respectivamente. Esses dados demonstram, por um lado, a seletividade do mercado

de trabalho e, por outro, um processo de escolarização da população, induzida pela elevação

das exigências do mercado.

Além de concentrar grande quantidade de Órgãos Públicos, das esferas Federal e

Distrital, relativos aos três poderes da República, quais sejam, Executivo, Legislativo e

Judiciário, o Distrito Federal concentra, ainda, grande quantidade de organizações

representativas de quase todos os países do mundo. Relativamente à área privada, todo o

Distrito Federal e região do entorno conta com um grande número de empresas prestadoras

de serviços, comerciais, industriais, financeiras, hospitalares e organizações não

governamentais.

A área de Ciências Sociais Aplicadas da UCB pode contribuir para atender as

demandas e necessidades do mercado de trabalho do DF e Região, que exige profissionais

cada vez mais qualificados técnica e eticamente para lidar com problemas complexos e

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ações complexas. Em resposta às novas exigências ambientais e socioculturais, a área elegeu

como eixo fundamental o conceito de “Desenvolvimento Humano Sustentável (DHS).

Adotado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o DHS

considera não só aspectos econômicos ou de renda para avaliar as condições de um povo,

mas sobretudo o acesso à maior participação social, política, econômica, aos bens culturais,

à informação e ao lazer, à equidade e à justiça nas relações de gênero, de natureza étnica e

de classe social, confluindo para uma melhor qualidade de vida e para o protagonismo dos

atores envolvidos no processo.

Desse modo, os egressos da Católica, na diversidade de suas atuações

profissionais, são estimulados a considerar que o desenvolvimento econômico é um aspecto

importante, mas não exclusivo, na avaliação do patamar de desenvolvimento de um país;

são motivados a olhar para a complexidade dos problemas humanos também pelo prisma

cultural e social e a defender o direito à diferença em suas várias manifestações, agindo

como empreendedores na transformação da sociedade.

3.2. Mercado de Trabalho

Observando as normas estabelecidas na própria LDB, nas DCNs dos Cursos de

Direito e nas normas internas da própria UCB, o Curso de Direito da Universidade Católica

de Brasília, em conformidade com as exigências legais, fixa em seu âmbito variados

pontos que integralizam a formação do estudante e do egresso no campo profissional

local, nacional e mundial. A tarefa de proporcionar uma formação humanística, preocupada

com os valores éticos e com o papel do profissional na sociedade, tem como escopo os

tantos setores jurídicos e profissionais de atuação do profissional, como: a Magistratura, o

Ministério Público, o Magistério, a Diplomacia, a Advocacia, dentre outros.

O campo profissional que o Curso de Graduação em Direito da UCB disponibiliza ao

bacharel o insere perfeitamente no perfil exigido pelo mercado nacional na medida em que

oferece uma formação atual conectada ao processo político, ideológico e econômico

globalizante, não escapando da análise dos intercâmbios que se produzem na arena mundial,

recebendo, por consequência, os impactos das modificações e dos avanços tecnológicos que

se produzem. O total entendimento, análise e solução dos problemas da situação apresentada

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pressupõem uma formação alicerçada em conhecimentos multidisciplinares, que

caracterizam o profissional em direito como preparado para assessorar e apoiar a sociedade

em suas necessidades primordiais; profissional com competência sócio/política, técnico-

jurídica, prática do direito e com forte sensibilidade social e consciência da formação para a

cidadania, capaz de responder às demandas de uma sociedade dinâmica e heterogênea cada

vez mais exigente.

3.2.1. Relação do campo profissional no âmbito nacional

O campo profissional disponível em âmbito nacional para os bacharéis em Direito é

vasto. O crescimento econômico experimentado nos últimos anos se reflete não só na

criação de maiores oportunidades de trabalho, mas também na geração de novas frentes de

atuação profissional. Há que se ressaltar, ainda, a crescente conscientização do povo

brasileiro acerca de seus direitos de cidadão e as respostas positivas do legislador no

que tocam os novos anseios da sociedade como um todo, tais como legislação consumerista,

ambiental, empresarial, trabalhista, civilista, dentre outras cujas mudanças na última

década trouxeram, além de desafios legais mais complexos, a ampliação do campo de

trabalho do operador do direito. Assim, pode-se dizer que, em âmbito nacional, o

profissional do direito pode atuar em bancas de advocacia, consultorias especializadas,

instituições financeiras, empresas ou em órgãos governamentais dos poderes Executivo,

Legislativo ou Judiciário, lotados em qualquer parte do país.

As opções, mencionadas acima, oferecidas pelo mercado de trabalho aos graduados

em Direito exigem o aprendizado aprofundado das Ciências Jurídicas. Contudo, nota-se que

o mercado demanda que o profissional tenha consciência da função social que desempenha,

do papel de transformador da sociedade e de sua responsabilidade social. Os bacharéis em

Direito adequadamente preparados, tendo assimilado a síntese do teórico e do prático no que

tange os conhecimentos básicos, não podem afastar-se da sua qualidade de cidadão ou

alienar-se da realidade social e política da qual se inserem. Sem a exigência a uma

dedicação à erudição excessiva, mas com prevalência aos ideais humanísticos e éticos

necessários a atuação na profissão e na sociedade.

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3.2.2. Relação do campo profissional no âmbito local

O Distrito Federal apresenta uma das maiores taxas de crescimento demográfico do País,

motivada por uma permanente imigração de pessoas de todos os estados, notadamente das

regiões interioranas do Nordeste e Centro-Oeste, atraídas pela expansão das atividades

econômicas e, principalmente, pelo funcionalismo público.

A Universidade Católica de Brasília localiza-se no Distrito Federal. O Distrito

Federal, por ser a Capital da República, tem características singulares no que diz respeito ao

mercado de trabalho para certas categorias profissionais, especialmente para o bacharel em

Direito. Centro administrativo do pais, concentra ao nível federal as estruturas

hierarquicamente superiores dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário –,

todos eles com grandes espaços no mercado de trabalho privativos ao bacharel ou ao

advogado. Ao lado disso, as correspondentes estruturas ao nível de Governo do Distrito

Federal ampliam o leque de possibilidades, que são completadas ainda pelo grande número

de funções administrativas, tanto no setor público como no privado, em que o bacharel ou o

advogado concorre em igualdade de condições – e não raras vezes com enorme vantagem

comparativa – com outros profissionais.

No Poder Executivo, são campos de trabalho para os profissionais de Direito ao nível

federal, a Advocacia Geral da União, o Ministério da Justiça, o Ministério Público do

Trabalho, o Ministério Público Federal, o Ministério Público Militar, o Ministério Público

do Distrito Federal e Territórios, as Consultorias Jurídicas de todos os Ministérios Civis e

Militares e as assessorias jurídicas das empresas estatais. Ao nível distrital, a Secretaria de

Segurança Pública, a Polícia Civil do Distrito Federal, a Polícia Militar do Distrito Federal e

a Procuradoria Geral do Distrito Federal, além de consultorias ou assessorias jurídicas das

demais secretarias de estado e de empresas governamentais.

No Poder Legislativo, as assessorias jurídicas do Congresso Nacional (Senado

Federal e Câmara dos Deputados) e da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

No Poder Judiciário, ao nível federal, o Supremo Tribunal Federal, o Superior

Tribunal de Justiça, a Justiça Federal de 1ª Instância, o Superior Tribunal Militar, o Tribunal

Superior Eleitoral, o Tribunal Superior do Trabalho, o Tribunal Regional Federal da 1ª

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Região e o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. Ao nível distrital, o Tribunal de

Justiça do Distrito Federal e Territórios e o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal e

Territórios, sendo que, ao todo a justiça de primeiro grau do Distrito Federal compreende

mais de 100 varas com competências diversas. Além disso, nas circunscrições judiciárias de

Brasília e das cidades satélites, existem mais de 25 cartórios extrajudiciais com finalidades

variadas.

Além da atuação do bacharel em direito graduado pela Universidade Católica de

Brasília nos órgãos federais ou distritais dos Poderes Públicos localizados no Distrito

Federal, cabe ressaltar o crescente aumento do campo destinado à atuação na esfera privada.

O Distrito Federal apresenta-se como pólo de desenvolvimento de

empreendimentos do terceiro setor. O próprio governo local busca parcerias com empresas

privadas para que desenvolvam suas atividades no Distrito Federal. Dessa forma, o

mercado de trabalho para o profissional autônomo também deve ser considerado, tendo em

vista o seu crescimento.

A advocacia para pessoas jurídicas ou físicas é um campo a ser salientado quando na

análise do mercado profissional. Ainda que preponderantemente o mercado local ofereça

diversas vagas para o bacharel em direito, não se pode desconsiderar a consultoria jurídica

às empresas.

Por isso, o bacharel em direito deve ter uma formação sólida e completa para

também ter a oportunidade de exercer atividades nas áreas de Direito Empresarial, Direito

Familiar, Direito do Consumidor, dentre outros. O aumento populacional e os índices

econômicos favoráveis observados em todo o Distrito Federal exigem a atuação advocatícia

e consultiva para a população que está dentre as maiores rendas per capita do país.

3.3. Diferenciais do Curso de Direito da UCB

Em junho de 1995, o Conselho Universitário da Universidade Católica de Brasília

(UCB) aprovava a criação do curso de graduação em Direito. Sua autorização ministerial

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para funcionamento viria no ano seguinte, com a edição da Portaria MEC nº 1.108, de 1º de

novembro de 1996.

Inicialmente o curso oferecia, em regime de créditos e com ingresso semestral pelo

vestibular para o campus de Taguatinga, 56 disciplinas obrigatórias e mais duas optativas,

todas de quatro créditos e sessenta h/a (horas/aula), além das 120 h/a de prática jurídica (real

e simulada) e mais 180 h/a de atividades complementares. No projeto original, o curso

continha três áreas de habilitação: Direito Civil, Direito do Trabalho e Direito Empresarial.

O objetivo era oferecer uma formação mais profissionalizante, com foco na projeção de

bacharéis voltados para o mercado e para a advocacia liberal. Ingressavam, inicialmente,

cinquenta alunos em cada turno (matutino e noturno). Atualmente são abertas, a cada

vestibular semestral, duzentas novas vagas em cada turno, e uma parte dessa vagas do

vestibular é oferecida na extensão do curso, que funciona no Plano Piloto, nas instalações do

Colégio Dom Bosco.

Não há dúvida de que se trata de um curso “jovem”, inclusive entre os cursos de

Direito do Distrito Federal, mas que em curto período ocupou colocação importante nesse

cenário, já sendo considerado dentre os melhores cursos de Direito desta Unidade da

Federação.

3.3.1 Nova concepção do curso: problematização do ensino jurídico e foco nos

direitos subjetivos

- O Direito se ensina errado!

Essa frase notável continua indelicadamente a sintetizar a realidade do ensino

jurídico brasileiro. É, no entanto, uma frase datada. Trata-se de uma das lições mais

fundamentais que se pode encontrar na obra crítica de Roberto Lyra Filho (1926 – 1986),

filósofo do Direito e criador da “Nova Escola Jurídica Brasileira”, movimento teórico e

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pedagógico propagador de uma filosofia jurídica humanista11, que se desenvolveu a partir da

Universidade de Brasília nos anos oitenta e que antecipou, por meio de escritos e

mobilizações, em mais de uma década, algumas das demandas mais centrais da reforma do

ensino jurídico no Brasil. Há mais de vinte anos, porém, a sentença de Lyra Filho de que o

Direito se ensinava errado no Brasil foi a síntese exata da crítica ao ensino exclusivamente

dogmático e pedagogicamente desatualizado das matérias que então compunham o currículo

dos cursos. Crítica que cresceu e apareceu juntamente com a redemocratização e

constitucionalização ocorrida no país no final dos anos oitenta do século passado e que

colocou na agenda dos cursos novas tarefas pedagógicas, mas, sobretudo, o desafio de

perceber o próprio Direito a partir de suas bases éticas e sociais, alargando o olhar para além

dos contornos normativos formais do fenômeno jurídico.

Trazer de volta o humanismo para o ensino do Direito foi, portanto, uma das tarefas

da reforma do ensino jurídico brasileiro, ocorrida a partir da publicação da Portaria MEC

1886/94, que é considerada o documento normativo inaugural das grandes mudanças

formais promovidas no ensino jurídico nacional nos últimos 15 anos12. A Portaria já

estabelecia praticamente todas as diretrizes curriculares que valem desde então para todos os

cursos de Direito do país. A última regulamentação do ensino jurídico brasileiro se deu em

2004, quando foi aprovada a Resolução CNE nº 09/2004, que atualiza as Diretrizes

Curriculares Nacionais (DCNs) para os Cursos de Direito e ajusta o espírito da Portaria 1886

ao disposto na Lei nº 9394/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, LDB.

11 “Minha obra sociojurídica e jusfilosófica é toda ela uma tentativa de achar este parâmetro, sem cair na dualidade e antinomia dum Direito chamado natural (que não se justifica, adequadadmente, e quase nunca funciona) e um Direito positivo (que nem sequer é eficaz e se recusa, dogmaticamente, a justificar-se). Por outras palavras, o que busco é a refundamentação dos Direitos Humanos, conforme o processo concreto da humana libertação” LYRA FILHO, Roberto. Desordem e Processo – Posfácio Explicativo. In: LYRA , Doreodó Araújo (org.). Desordem e Processo – Estudos em homenagem a Roberto Lyra Filho. Porto Alegre: Sergio Fabris, 1986, p. 294-295. 12 Para uma visão contemporânea das mudanças ocorridas no ensino jurídico brasileiro em meados dos anos noventa do século passado, confira-se a obra coletiva “Ensino Jurídico – OAB: 170 anos de cursos jurídicos no Brasil”, editada pelo Conselho Federal da OAB, em 2007; uma visão mais recente do impacto da implantação das novas diretrizes curriculares encontra-se no trabalho dos professores Horácio Wanderley Rodrigues e Eliane Junqueira: “Ensino do Direito no Brasil – diretrizes curriculares e avaliação das condições de ensino”, editado em 2002, pela Fundação Boiteux, Florianópolis.

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O olhar mais atento sobre os “direitos” e as relações jurídicas contemporâneas e um

pouco menos sobre o “Direito”, na sua face estática de normatividade formal, parece ser,

neste momento de reflexão e de mudanças importantes, uma premissa pedagógica

(epistemológica) necessária, uma decisão que definirá as demais escolhas do projeto

pedagógico, relativas aos métodos e aos conteúdos. O foco nos direitos e nas relações

jurídicas implica dirigir o olhar de alunos e professores para o estudo dos casos concretos,

em que se colocam os problemas cotidianos da eficácia dos direitos, para então buscar-se a

referência explicativa dos sistemas jurídicos (civil, penal, processual, administrativo etc.). A

exposição dos conceitos de cada ramo do conhecimento jurídico, com essa mudança de

foco, passaria a estar a serviço da análise dos problemas concretos e suas implicações

especificamente jurídico-dogmáticas, mas também éticas, políticas, econômicas, sociais, e

não o contrário, como é mais comum. Sem menosprezar a necessidade de exploração de

conteúdos normativos, portanto, pretende-se incorporar o estudo de casos como parte desse

novo olhar pedagógico sobre o Direito, com foco nos problemas e domínio expositivo dos

sistemas jurídicos.

3.3.2 Organização didático-pedagógica: para além do currículo de disciplinas

A concepção didático-pedagógica de um curso é a dimensão que recebe o maior peso

na avaliação externa dos cursos, ou seja, de acordo com os critérios oficiais de qualidade,

não será reconhecida como excelente a formação em direito que tenha baixos indicadores de

qualidade didático-pedagógica, a despeito da qualificação formal de seu corpo docente ou

dos investimentos em infra-estrutura.

Mas a aferição da qualidade de um projeto pedagógico reside menos na “beleza” de

sua formulação e muito mais na sua capacidade de atrair adesões e compromissos de todos

aqueles direta ou indiretamente envolvidos com o cotidiano do curso (gestores, professores,

alunos, funcionários, colaboradores eventuais, parceiros institucionais, comunidade atendida

etc.). O perfil de matriz curricular que se desenha a partir das diretrizes curriculares para os

cursos de Direito no Brasil, aprovadas pela Resolução 9/2004 do Conselho Nacional de

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Educação, só é verdadeiramente funcional se conseguir agregar todos esses elementos em

torno de objetivos pedagógicos compartilhados e, sobretudo, perseguidos cotidianamente.

Ressalte-se que a grande mudança paradigmática promovida no ensino jurídico nas

últimas duas décadas foi a substituição do antigo modelo de disciplinas obrigatórias pelo

atual, em que a obrigatoriedade recai sobre os chamados “conteúdos essenciais” dos eixos

de formação fundamental e profissional e as atividades de integração entre esses conteúdos

conceituais e a prática jurídica, explorada na formulação do Trabalho de Curso, nas

Atividades Complementares e no Estágio Curricular Supervisionado.

Pragmaticamente, essa mudança promovida pelas DCNs teve o efeito de desenvolver

acentuadamente os setores pedagógicos e de gestão dentro dos cursos, ao criar novas

atividades e exigências, mas também foi objetivo explícito das novas diretrizes curriculares

nacionais para os cursos de Direito no Brasil o de lhes dar maior autonomia na definição de

suas matrizes curriculares. O Parecer 211/2004 do CNE, que aprovou as novas diretrizes

para a área jurídica, deixa isso bem claro:

É evidente que as DCN’s (diretrizes curriculares nacionais), longe de serem consideradas como um corpo normativo, rígido e engessado, para não se confundirem com os antigos currículos mínimos profissionalizantes, objetivam ao contrário ‘servir de referencia para as instituições na organização de seus programas de formação, permitindo flexibilidade e priorização de áreas de conhecimento na construção dos currículos plenos. Devem induzir à criação de diferentes formações e habilitações para cada área do conhecimento, possibilitando ainda definirem múltiplos perfis profissionais, garantindo uma maior diversidade de carreiras, promovendo a integração do ensino de graduação com a pós-graduação, previlegiando, no perfil de seus formandos, as competências intelectuais que refletiam a heterogeneidade das demandas sociais’. Assim, as DCN’s para o curso de graduação em Direito devem refletir uma dinâmica que atenda aos diferentes perfis de desempenho a cada momento exigido pela sociedade, nessa ‘heterogeneidade das mudanças sociais’, sempre acompanhadas de novas e mais sofisticadas tecnologias, novas e mais complexas situações jurídicas, a exigir até contínuas revisões do projeto pedagógicos do curso jurídico, que assim se constituirá a caixa de ressonância dessas efetivas demandas, para formar profissionais do direito adaptáveis e com a suficiente autonomia intelectual de conhecimento para que se ajuste sempre às necessidades emergentes, revelando adequado raciocínio jurídico, postura ética, senso de justiça e sólida formação humanística.13

13 Parecer CNE 211. DOU n.º 184, de 23.09.2004, Seção 1, página 24. Grifo nosso.

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Não obstante tamanha mudança de paradigma, é sintomático que a organização dos

conteúdos programáticos dos cursos fique ainda exposta em “grades curriculares”, que

tendem a reproduzir em disciplinas os conteúdos tornados obrigatórios, como é o caso da

atual matriz curricular do curso de Direito da UCB. A confusão dos conteúdos com as

disciplinas é evidente. Ou seja, todos os conteúdos ditos obrigatórios foram contemplados

como disciplinas fechadas, quando na verdade o que se buscava com as diretrizes é que

esses conteúdos pudessem transitar entre as matérias e disciplinas do curso.

Com efeito, esse tratamento atualmente dado aos conteúdos não contribui para o

alcance dos resultados buscados com as novas diretrizes, principalmente a

interdisciplinaridade e a constante atualização dos conteúdos em face das novas demandas

sociais e das transformações da própria área do conhecimento jurídico. É que tratados os

conteúdos de forma estritamente disciplinar, perde-se completamente a chance de dar ao

curso uma conformação contemporânea para o exame adequado dos problemas jurídicos da

sociedade brasileira. Por outro lado, ao não vincular a confecção da matriz curricular à

vocação do curso e da instituição que o abriga (pastoralidade, extensionalidade,

sustentabilidade e indissociabilidade), ou mesmo ao contexto social e econômico em que se

insere (a forte presença do Estado no Distrito Federal e as demandas sociais específicas da

grande região metropolitana de Brasília onde o curso está sediado), o projeto pedagógico do

curso de Direito da UCB perde a chance de dar a ele uma identidade clara, um diferencial

reconhecível publicamente em relação aos demais cursos que disputam o mercado do ensino

superior no Distrito Federal.

Por outro lado, é fácil perceber, na atual matriz, que o tratamento disciplinar dado

aos conteúdos essenciais reforça o divórcio costumeiro que se dá entre as matérias do eixo

de formação fundamental e aquelas constantes do eixo de formação profissional. Divórcio

que se materializa inclusive na posição que essas matérias ocupam na matriz.

Em sua maior parte, as matérias do eixo de formação fundamental encontram-se

situadas e concentradas no início do curso e as do eixo profissional se distribuem a partir,

principalmente, do terceiro semestre. É uma situação muito comum nos cursos de Direito,

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apesar do espírito das diretrizes apontar no sentido da diversificação das matrizes. Em suma,

essa forma de disposição dos conteúdos costuma reproduzir a visão de que somente depois

de vencer o primeiro ano do curso é que o aluno começará a estudar o Direito propriamente,

até porque aquela quantidade enorme de conteúdo programático examinada no primeiro ano

provavelmente nunca mais será apreciada ou exigida nas disciplinas tradicionais da

formação profissional (civil, penal, processo, administrativo, trabalho, tributário etc.).

Na nova matriz curricular proposta neste projeto pedagógico, o posicionamento, a

concepção e o ensino das matérias do eixo fundamental serão feitos na medida do possível

de modo a evitar esse distanciamento. Propõe-se aqui, em verdade, uma redefinição do

próprio papel das matérias do eixo fundamental, que será todo ele vinculado à necessidade

de alcançar os objetivos pedagógicos do curso no que diz respeito à formação humanística,

ética e crítica dos alunos, mas sempre com foco na formação jurídica que o curso oferece.

Em outras palavras, o ensino de conteúdos de Filosofia ou de Economia, por exemplo, não

deve servir para que os alunos tomem conhecimento apenas dos marcos teóricos principais

dessas áreas do saber, ou que sejam levados a estudar a história das idéias de cada área em

separado. Ao contrário, esses conteúdos – que não necessariamente devem estar

reproduzidos integralmente numa disciplina que ostente a sua nomenclatura – serão

distribuídos em novas matérias com a marca da interdisciplinaridade, de modo que uma

mesma matéria do eixo fundamental possa articular conteúdos obrigatórios diferentes, para

oferecer aos alunos conhecimentos e reflexões adequadas à compreensão dos problemas de

natureza fática e ética que compõem o campo alargado da eficácia dos direitos na sociedade

brasileira contemporânea. Mas também ao assumir uma postura problematizante do Direito

na sociedade contemporânea, o projeto pedagógico do curso exigirá necessários

reenquadramentos da abordagem das disciplinas do eixo de formação profissional, de modo

a que reflitam também, na medida do possível, suas implicações sociais, éticas, políticas e

econômicas.

Com efeito, em relação ao eixo de formação profissional, a presente proposta não

deixou de contemplar nenhum dos conteúdos obrigatórios, mas tem a pretensão de: (i)

redefinir a distribuição desses conteúdos, de modo a dar maior ênfase nas matérias de direito

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público, especialmente de direito constitucional e de direito administrativo; (ii) promover o

estudo sistemático dos chamados “novos direitos”, seja em disciplinas específicas como o

direito do consumidor, ambiental e urbanístico, ou o direito previdenciário, seja por meio do

reforço desse estudo na atualização dos conteúdos programáticos de disciplinas consideradas

tradicionais, como o direito civil e o direito penal; (iii) dar ênfase ao estudo da

jurisprudência dos tribunais e do processo administrativo, como foco na identificação dos

direitos e das relações jurídicas, revelados judicial e administrativamente. Em resumo, a

intenção é a de trazer a “prática” (os casos concretos) para dentro da “teoria” exposta em

sala de aula.

Mas há outros problemas para a reforma da organização didático-pedagógica do

curso que estão bem além da discussão curricular.

É que não existe tradição, no ambiente dos cursos de Direito, de preocupação com

temas ligados às metodologias de ensino, às técnicas de avaliação da aprendizagem, à

integração e interdisciplinaridade das matérias e, sobretudo, ao planejamento prévio de

trabalho. Como resultado, professores se limitam a utilizar a clássica fórmula da aula

expositiva, as provas costumam ser meras reprodutoras de assertivas prontas e acríticas, e

todos, professores e alunos, tendem a se comportar como “ilhas”.

A crítica é grave, é certo, mas até que ponto é verdadeira? A prática cotidiana e a

experiência acumulada em ambiente de sala de aula fazem dos professores de Direito mais

dedicados grandes agentes de aprimoramento cultural e cívico no Brasil. A despeito das

carências pedagógicas e mesmo de eventuais deficiências de formação, não há como negar

que a cultura jurídica no Brasil se expandiu enormemente nas últimas duas décadas,

especialmente se considerarmos a quantidade de cursos jurídicos em funcionamento.

Um curso que se pretenda exemplar e de excelência, no entanto, não pode admitir

improvisos, nem pode se dar ao luxo de dispensar o potencial criativo e de gestão

pedagógica de seu próprio corpo docente. Precisará enfrentar problemas, selecionar melhor

e qualificar seu corpo docente, sim, mas não poderá conviver com falta de planejamento.

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Por isso, a existência do núcleo docente estruturante em plena atividade é muito

importante para a devida implementação desta proposta de reformulação do projeto

pedagógico do curso. Considerada a quantidade de atividades extraclasse que as DCNs

impõem aos cursos de Direito, como as atividades complementares, estágio, monografia de

conclusão de curso, além das atividades de pesquisa e extensão (em suas diversas

modalidades), tal núcleo não é só importante como fundamental, para que possa atender às

necessidades de reestruturação do Curso de Direito da UCB.

O NDE é um colegiado executivo em que professores assumem as responsabilidades

de gestão do Núcleo de Prática Jurídica, do programa de atividades complementares, das

atividades de Pesquisa e Extensão do Curso, do planejamento das atividades ligadas ao

trabalho de conclusão do curso (TC), e ainda do programa de monitoria acadêmica. Além

disso, o NDE assume igualmente a orientação e o apoio pedagógico aos docentes.

Outra importante tarefa do NDE é de garantir a produção e o registro do

conhecimento acumulado nas diversas atividades do curso, mas especialmente nas

atividades relacionadas à pesquisa jurídica. Cabe ao Núcleo fazer com que a pesquisa

desenvolvida por alunos e professores seja aproveitada para a confecção de material didático

para o curso. Para tanto, é importante direcionar as pesquisas para os interesses acadêmicos

do curso, por exemplo, com a criação de um grupo de pesquisa dedicado a investigar os

concursos públicos, como tema importante do Direito Administrativo, mas também como

referência prática para a elaboração das avaliações discentes. Outro grupo pode dedicar-se

ao estudo de questões fundiárias ligadas à regularização dos condomínios do Distrito

Federal, produzindo informações para o estudo das disciplinas ligadas ao direito civil, mas

também para o campo do direito ambiental e urbanístico. Outras aplicações da pesquisa

estão sendo pensadas no direito administrativo e no direito constitucional, desde que a

formulação do trabalho de pesquisa seja feita com essas preocupações de integração.

Mas é evidente que tais divisões de trabalho e de tarefas não desfazem o conceito de

gestão compartilhada que existe no curso. A divisão é muito mais para a definição de

competências do que para gerar isolamentos de ações. Até mesmo porque todas as

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atividades se relacionam e interagem entre si, não sendo possível pensar numa atividade

isolada e assistemática.

No entanto, todo esse esforço será inútil se o corpo docente não assumisse pra si a

responsabilidade pela implementação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC). E assumir a

implementação do PPC significa adotar técnicas de ensino, de avaliação do processo de

aprendizagem, de planejamento coletivo de atividades, de diálogo interdisciplinar e das

demais atividades atinentes à formação discente. Para tanto, além das usuais oficinas de

capacitação docente, com a implementação desse projeto pedagógico pretende-se

desencadear igualmente um processo de sensibilização dos professores, de modo a

comprometê-los com as novas atividades pedagógicas que ora são propostas.

A reforma do ensino do Direito, aqui já mencionada, pressupõe mais do que simples

reforma curricular, mas verdadeira alteração na forma de ver o Direito. Essa visão reflexiva

deve perpassar todo o currículo pleno e redefinir o perfil dos próprios docentes de Direito

das áreas consideradas “dogmáticas”, pois se em nível curricular a reforma do ensino do

Direito implica a inserção no currículo de disciplinas formativas de caráter interdisciplinar,

exige, igualmente, o trato interdisciplinar das matérias de caráter técnico, o que constitui um

desafio maior e uma necessidade.

3.4. Formas de Acesso

O estudante ingressa no Curso de sua escolha por meio de processo seletivo,

denominado vestibular, que é realizado em data e horário estabelecidos em edital,

amplamente divulgado. A execução técnico-administrativa do concurso vestibular fica a

cargo da Fundação Universa – Funiversa, conforme o Oitavo Termo Aditivo ao Acordo de

Mútua Cooperação No 80.019/2005, celebrado entre a União Brasiliense de Educação e

Cultura – UBEC (Mantenedora da UCB) e a Fundação Universa – Funiversa. Os cursos de

Graduação funcionam sob o regime de créditos, com pré-requisitos estabelecidos na Matriz

Curricular. Tal regime possibilita ao estudante cursar, a cada semestre, disciplinas que

totalizem diferentes quantidades de créditos, a partir do mínimo de 12 créditos. Poderão se

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inscrever no processo seletivo os candidatos que já tenham concluído ou estejam em fase de

conclusão do ensino médio ou equivalente, devendo apresentar obrigatoriamente o

documento de conclusão do Ensino Médio no ato da matrícula. O Processo Seletivo consta

de dois cadernos de provas sobre os conteúdos dos programas dos ensinos fundamental e

médio, sendo 1 (uma) prova de Redação e 4 (quatro) provas objetivas, comuns a todos os

candidatos. As provas objetivas constarão de questões de Língua Portuguesa, de

Conhecimentos Gerais (Geografia, História e Atualidades), de Matemática e de Ciências

(Biologia, Física e Química) para todos os cursos. Será eliminado do Processo Seletivo o

candidato que obtiver resultado 0 (zero) ponto em uma ou mais das provas objetivas, e/ou

nota menor que 20 (vinte) em Redação (de um total de 100).

Na possibilidade de ter vagas ociosas a UCB recebe estudantes advindos de outras

IES, desde que estas estejam regularizadas em consonância com a legislação brasileira. Há,

na hipótese de vagas ociosas, possibilidade de aceitar candidatos que apresentam

desempenho em outros processos seletivos realizados em outras IES, desde que tragam

declaração de desempenho com aproveitamento mínimo de 70%, nesse caso, também é

possível o ingresso de candidatos que tenham realizados avaliações oficiais, tais como o

Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM. A UCB como participante do Programa de

Governo Universidade para Todos possui vagas reservadas para os candidatos

encaminhados pelo MEC habilitados para receberem bolsa PROUNI.

4. ORIENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Um dos maiores problemas dos cursos de Direito no Brasil diz respeito exatamente

às metodologias de Ensino e Avaliação empregadas. De um modo geral, pelo fato dos

docentes não possuírem a devida formação didática - ainda que possuam a formação teórica

superior hoje exigida - acabam por repetir as velhas fórmulas de aula expositiva e

monológica, conforme sua própria graduação, exigindo, nas avaliações, que os alunos

repitam as “respostas certas”, sem abrir espaço para a criatividade e a inovação. Além disso,

pelo fato dos professores possuírem, na grande maioria dos casos nas IES, o regime de

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trabalho horista, não é possível constituir uma inter-relação entre as diversas disciplinas,

transformando-se as aulas em ilhas isoladas de saber jurídico, sem a menor

interdisciplinariedade.

Outro grave problema é que ainda não se tem uma dosagem adequada entre teoria e

prática; assim, as aulas ou são eminentemente teóricas, sem nenhuma inter-relação com o

mundo real, ou práticas ao extremo, com professores se limitando a “contar causos” ou

“passar macetes”, sem nenhum tipo de preocupação com formulações teóricas. Ou seja, a

práxis é completamente esquecida e o ensino praticado fica “manco” por lhe faltar uma das

pernas.

Preocupado com essas questões, o presente Projeto ousa enfrentar tais problemas,

buscando encontrar soluções que afastem desse novo curso de Direito os mesmos velhos

problemas que respondem pela conhecida crise do ensino jurídico no País.

Na realidade, tais propostas se relacionam às novas diretrizes curriculares dos cursos

de Direito, que hoje exigem a vinculação entre teoria e prática bem como a inter-relação

entre os diversos saberes que compõem a estrutura curricular da graduação em Direito.

Assim, como forma de evitar o isolamento e o monodisciplinarismo, todos os

professores estão constantemente num processo de reflexão sobre sua prática, através de

reuniões pedagógicas mensais, quando deverão rever a relação das disciplinas por campo de

saber: propedêuticas e interdisciplinares, direito privado, direito processual e estágio e

direito público. Nessa estrutura, as atividades de estágio deixam de ser mais um conjunto de

disciplinas para se tornarem um desaguar de todo o conhecimento acumulado até o

momento, propiciando ao educando sua inserção no mundo profissional, bem como a

possibilidade de perceber como os saberes construídos em aula (e não meramente

adquiridos) se inter-relacionam. Como metodologia de trabalho, serão priorizados a

“Metodologia de Estudos de Casos” 14 e o novo modelo denominado “Aprendizado Baseado

em Problemas” (ABP).

A metodologia de estudo de caso será prioritariamente usada nas disciplinas de

Direito Processual e mesmo em algumas Disciplinas de Direito Material. As aulas práticas e

14 Para maiores detalhes ver ZITSCHER, Harriet Christiane. Metodologia do Ensino Jurídico com Casos. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.

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o estágio serão conduzidos em ambientes próprios, tais como laboratórios, aulas a campo,

salas de aula e em ambientes que extrapolam os muros da Instituição. No que se refere ao

Estágio Supervisionado, será ele desenvolvido exclusivamente através de atividades

práticas, individuais, em pequenos grupos e em grupos maiores, dependendo da atividade

específica, interagindo o Professor como consultor, orientador e supervisor. Os alunos

aplicarão/transferirão o saber adquirido/construído no exercício do futuro cotidiano

profissional, e as turmas para aulas práticas serão constituídas com um número menor de

alunos.

Outra dinâmica a ser utilizada é a chamada “Learning-Doing”, a metodologia do

aprender fazendo. Assim, as aulas não serão meros espaços teóricos, mas espaços de

produção discente. Por exemplo, e apenas a título de ilustração, em Direito dos Contratos, o

Professor não se limitaria apenas a descrever os contratos; os alunos produziriam algumas

peças, sendo essa inclusive uma metodologia de avaliação na disciplina. Da mesma forma

em Sucessões, um inventário seria produzido pelos alunos, em Direito Penal, um habeas

corpus e assim sucessivamente.

Já as disciplinas propedêuticas e de teoria geral serão preferencialmente

desenvolvidas com aulas dialógicas, seminários, debates e mesas-redondas onde se

procurará estimular no educando a sua construção individual do conhecimento, e não um

mero repasse de saberes como usualmente acontece. Nesse sentido, especial atenção será

dada aos trabalhos de pesquisa extraclasse (de caráter doutrinário e jurisprudencial) para as

diversas disciplinas do curso, sendo sugerida a exigência, sempre que possível, de trabalhos

e artigos de conclusão das disciplinas.

As aulas representarão momentos em que, na condição de aluno, o futuro

profissional terá a oportunidade de, com supervisão e orientação direta do Professor,

experimentar, verificar, comprovar, analisar, reformular, treinar, praticar, refletir e repensar

o papel que lhe caberá na sociedade.

A relação teoria-prática acontecerá num processo contínuo, no sentido da teoria

fundamentar a prática e esta, por sua vez, embasar e subsidiar a teoria numa dinâmica de

reformulação/construção do conhecimento.

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Utilizar-se-á, sempre que possível, o apoio de recursos audiovisuais, especialmente o

uso de filmes que possam suscitar grandes debates jurídicos. Estamos diante de uma geração

que se educou de forma visual e não podemos desprezar essa realidade. Por isso, o curso

inova ao colocar referências de multimídia nos ementários das disciplinas, sendo mais uma

ferramenta de busca e reflexão permanente na formação profissional do aluno.

Sistematizando o que foi dito e considerando a pluralidade de visões do processo de

ensino-aprendizagem, serão utilizados, nas disciplinas teóricas do Curso, os quatro

conjuntos de técnicas existentes no âmbito da didática:

� Técnicas de exposição pelo Professor, na forma de aulas expositivas participativas e

interativas, consideradas necessárias para introduzir um novo assunto, propiciar uma

visão global e sintética, esclarecer conceitos e concluir estudos;

� Técnicas centradas no aluno, na forma de estudos de texto e de casos, além de

estudos dirigidos (ou orientados), que ajudem a desenvolver a capacidade de estudar

um problema, fazendo uso do Aprendizado Baseada em Problemas (ABP) de forma

sistemática; desenvolver a capacidade analítica e as habilidades de compreensão,

interpretação, análise, crítica, e (re)criação de textos, e desenvolver a capacidade

analítica, preparando para o enfrentamento de situações complexas;

� Técnicas de elaboração conjunta, em especial a mesa redonda, que objetivam

propiciar a contribuição conjunta do professor e dos alunos e meditar coletivamente

sobre um tema importante, favorecendo uma tomada de posição;

� Técnicas de trabalho em grupo, objetivando, em especial, dar a todos os alunos

oportunidade de participar, formulando perguntas, respostas e perguntas, ou

expressando opiniões e posições e aprofundar a discussão de um tema ou problema,

chegando a conclusões.

No que tange ao Trabalho de Curso15, a orientação dar-se-á de forma individual e em

grupo. No primeiro caso, relativamente às questões de conteúdo e, no segundo, às questões

metodológicas.

15 Segundo as DCNs dos Cursos de Direito não existe mais o TCC – Trabalho de Conclusão de Curso e sim o TC – Trabalho de Curso.

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Também como opção metodológica do Curso está a utilização da prática de

pesquisas aplicadas nas diversas disciplinas que compõem a grade curricular, sempre

orientadas pelos respectivos Professores.

Ao lado da utilização de metodologias e técnicas adequadas, também deverá ocorrer,

pelo conjunto dos professores, o aproveitamento das suas experiências e as dos educandos,

através das oficinas sobre assuntos da atualidade em relação à área do Direito, além das

áreas importantes em uma visão interdisciplinar. Mais uma vez, o NDE terá importante

atuação nas diretrizes e controle das atividades de ensino.

4.1. Concepção de Aprendizagem

4.1.1. Fundamentos principiológicos

As linhas gerais desta concepção se acham assentadas em princípios educacionais

representados:

- pela formação profissional simultânea com a formação acadêmica, mediante um

currículo que possa, cada vez mais ser dinâmico e flexível, que integre teoria e prática,

e que privilegie inicialmente uma formação humanística e ética, passando por uma

verdadeira educação para coroar-se afinal com a formação profissionalizante;

- por uma revitalização da vida acadêmica pelo exercício profissional gerando um

salutar ciclo de influência onde um alimenta e é realimentado pelo outro, que abranja não

apenas o corpo docente e discente, mas toda sua comunidade;

- pela desestabilização de um currículo fechado, acabado e pronto, porém que

mantém suas bases nas matérias fundamentais e reflexivo-críticas, matérias

profissionalizantes ou técnico-jurídicas e práticas, com uma parte flexível que além das

optativas contemple matérias eletivas e atividades complementares;

- pelo redimensionamento do significado da presença e das atividades a serem

realizadas pelos estudantes nos mais diferentes espaços de aprendizagem, além do curso e

da universidade, até os espaços virtuais;

- por uma ênfase na formação permanente que se inicia nos primeiros anos de

seu curso e se prolonga por toda a vida, com o recurso à pesquisa hoje tão facilitada pela

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rede mundial de informática; e

- pela consolidação do processo de produção do conhecimento e da vida acadêmica

do estudante, sujeito principal do ensino-aprendizagem, mediado pelo educador, que

resulte em: aquisição do conhecimento, competências e habilidades, para atuar

humanística, ética e criticamente em sua intervenção na vida social, enquanto profissional

do Direito.

4.1.2 – Análise preliminar

Uma reflexão se faz imperativa antes de situar-se o problema, em termos de um

Curso de Direito. Deve-se fixar neste Projeto Pedagógico que, desde a edição da

carta da UNESCO de 1998, em sua Declaração Mundial sobre Educação Superior no

século XXI, houve o estabelecimento da necessidade de atualizar-se o debate sobre a

competência pedagógica e a docência universitária.

Nesse sentido cabe a reflexão sobre a estrutura organizativa do ensino superior no

Brasil que seguindo o modelo francês-napoleônico de cursos profissionalizantes, sempre

privilegiou o domínio de conhecimentos e experiências profissionais como únicos

requisitos para a docência nos cursos superiores, por mais razão nos jurídicos, fundado na

crença de que “quem sabe, sabe ensinar” (Masetto, Competência Pedagógica do Educador

Universitário). Assim se implantou um processo de ensino em que o conhecimento e

experiências profissionais são transmitidos de um educador que sabe e conhece para um

estudante que não sabe e não conhece, seguido por uma avaliação que indica se o

estudante está apto ou não para progredir no curso ou exercer determinada profissão.

A compreensão atual, decorrente de uma conscientização do próprio educador,

de que seu papel de docente do ensino superior, como o exercício de qualquer profissão,

exige capacitação própria e específica que não se restringe a ter um diploma de bacharel,

ou mesmo de mestre ou doutor, ou ainda apenas o exercício de uma profissão. Além

disso, exige uma competência pedagógica, por ser ele um educador, neste sentido há uma

busca de curso de pós-graduação, mais especificamente mestrado e doutorado ou até pós-

doutorado.

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De outra parte o impacto da nova tecnologia sobre a produção e socialização do

conhecimento e formação de profissionais, numa sociedade como a brasileira que

experimenta diversos níveis de desenvolvimento tecnológico, atingindo pontos vitais da

própria universidade: a produção e divulgação do conhecimento e a revisão das carreiras

profissionais.

Nesse sentido, até recentemente o maior centro de pesquisa, produção e divulgação

do conhecimento e avanços tecnológicos era quase que exclusivamente a universidade,

daí todos acorrerem a ela como fonte básica e imprescindível para aquisição, atualização e

especialização de informações.

Nos tempos atuais, sabemos que as funções de produzir e socializar o

conhecimento podem ser realizadas por outras organizações, outros centros, ambientes e

espaços, tanto público como particulares, às vezes estes com maior êxito.

A informação está ao alcance de todos pela rede mundial de computadores, os

canais de telemática permitem a consulta, sobre todo e qualquer assunto que se desejar,

sejam educadores, estudantes, ou mesmo os que não estão vinculados a qualquer

instituição de ensino, todos têm acesso e podem ser por ela alcançados.

Uma das implicações dessa realidade é que o papel do educador como apenas

repassador de informações atualizadas está no seu limite; ele pode ser surpreendido pela

nova informação que dispõe seu estudante, antes que ele tivesse acesso a ela, ou mesmo

que possa discuti-las no ambiente acadêmico.

O efeito dessas transformações, no âmbito do conhecimento, é que o ensino

superior percebe a necessidade de se abrir para o diálogo com outras fontes de produção de

conhecimento e de pesquisa, e os educadores já se reconhecem, não mais os únicos

detentores do saber a ser transmitido, mas como um dos parceiros a quem compete

compartilhar seus conhecimentos com outros e mesmo aprender com eles, inclusive

com seus próprios estudantes. Esta é uma nova perspectiva na relação entre o educador e o

estudante e um momento privilegiado na construção do conhecimento.

Por sua vez, nas carreiras profissionais estão sendo exigidas revisões constantes em

razão das rápidas mudanças que vivem e às quais fica submetido o profissional,

condicionado a se manter atualizado num mercado inconstante. Essas atualizações

decorrem de imperativos como: formação continuada, novas capacitações por meio da

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adaptabilidade ao novo, criatividade, autonomia, comunicação, iniciativa e cooperação,

dentre outras.

A realidade atual está a exigir profissionais ecléticos que combinem: imaginação e

ação; com capacidade para buscar novas informações, saber trabalhar com elas,

intercomunicar-se nacional e internacionalmente por meio dos recursos mais modernos da

informática; com capacidade para produzir conhecimento e tecnologia próprios que os

coloquem, ao menos em alguns setores, numa posição de não-dependência em relação a

outros países; preparados para desempenhar sua profissão de forma contextualizada e em

equipe com profissionais não só de sua área, mas também de outras.

É importante acrescentar a esse elenco de capacidades, saber exercer sua profissão,

estando sempre voltado para promover o desenvolvimento humano, social, político e

econômico do país.

A essa transformação da competência pedagógica e da docência universitária deve

corresponder, também, a de buscar o desenvolvimento da aprendizagem dos principias

partícipes do processo: estudantes e educadores. A docência existe para que o estudante

aprenda.

Daí ser necessário deixar bem claro a importância da interação entre os

participantes do processo de aprendizagem, a saber: educadores, estudantes, monitores,

Assessores e a Direção, que devem interagir para o incentivo e realização do processo de

ensino-aprendizagem.

Esta interação deve ser realizada em diferentes oportunidades e com diferentes

parceiros. Assim tem-se a interação de:

- educador-educador, principalmente dos que lecionam a mesma disciplina ou de

mesma área onde discutiriam como fazer para que a aprendizagem seja significativa;

- educador-estudante, tanto individualmente quanto com o grupo, donde se destaca

como fundamental, no processo de aprendizagem, a atitude de mediação pedagógica do

educador, e também na atitude de parceria e co-responsabilidade pelo processo de

aprendizagem entre estudante e educador e na aceitação de uma relação entre adultos

assumida por, por estes dois sujeitos do processo; e,

- estudante-estudante, com o intuito específico de desenvolver o senso de

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colaboração e trabalho em grupo, bem como propiciar o desenvolvimento crítico de

opiniões e a tomada autônoma de posições.

Pode-se afirmar, que a forma de apresentar e tratar um conteúdo ou tema é a que a

torna significativa e é o que de fato ajuda o aprendiz a coletar informações, relacioná-las,

organizá-las, manipulá-las, discutí-las e debatê-las com seus colegas, com o educador, e

outras pessoas (interaprendizagem), até chegar a produzir um conhecimento que se

incorpore ao seu mundo intelectual e vivencial e o ajude a compreender sua realidade

humana e social, e mesmo a interferir nela.

A interação monitor-estudante não pode se restringir ao auxilio que aquele presta

ao educador, mas de colaboração com seus colegas de turmas posteriores à sua, que já

tendo passado por aquela experiência, e se encontrando presente em sala de aula, é

capaz de captar melhor as dificuldades que os estudantes manifestam no curso e na

disciplina, e ajudá-los a expor esses problemas ao educador.

Por sua vez a Direção tem um papel importante quando interage com o educador,

principalmente com este e também com o estudante. A Direção é que apóia com orientação,

com o desenvolvimento dos recursos pedagógicos, com o propiciar para a utilização de

espaços físicos, a disponibilidade de recursos para atividades fora do espaço tradicional das

aulas, requisição de equipamentos como computadores, Internet, softwares, apoio para

adaptações no sistema de avaliação e até a aprovação para reorganização do próprio

currículo.

4.1.3 – A evolução de métodos e técnicas do ensino-aprendizagem

4.1.3.1. Transformações no ensino aprendizagem

Como já salientado, durante longo período o educador do ensino superior

desempenhou o papel de transmissor de informações, fundado no seu conhecimento

profissional e na autoridade da cátedra; por sua vez o estudante desempenhou um papel

passivo, recebendo o que lhe era repassado num processo de apreensão de apenas uma

parcela do ministrado, dentro de um método que privilegiava a aula expositiva, quando

não de forma exclusiva.

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Aos poucos o estudante passou a ser chamado para se envolver com a matéria que

está sendo estudada também foi incentivado à pesquisa na graduação e à mudança na

forma de comunicação, levando a uma compreensão mais abrangente do processo de

aprendizagem.

Mais recentemente a ênfase vem sendo dada às ações do estudante para que

ele possa aprender o que se propõe. Aqui a aprendizagem engloba além dos

conhecimentos necessários a sua formação, o desenvolvimento de habilidades,

competências e análise e consolidação de valores que se espera de um profissional capaz

e de um cidadão responsável pelo desenvolvimento de sua comunidade.

O estudante passa a ser visto como sujeito do processo de construção do

conhecimento, para tanto deve buscar o desenvolvimento da aprendizagem e aperfeiçoar

sua capacidade de pensar; de dar um significado para aquilo que foi estudado; de perceber

a relação entre o que o educador trata em aula e sua atividade profissional; de

desenvolver a capacidade de construir seu próprio conhecimento, desde coletar

informação até a produção de um texto revelador desse saber.

O incentivo a essa participação resulta em uma motivação nas relações entre

estudante e educador facilitando a comunicação entre ambos. Assim, o estudante, começa

a ver no educador um aliado para sua formação e, não um obstáculo, sentindo-se

igualmente responsável por aprender. Daí passar a se considerar o sujeito do processo.

Caminhos interessantes se abrem quando o estudante e educador se envolvem em

trabalhos de pesquisa, projetos e novas tecnologias. Ao mesmo tempo em que incentivam

a pesquisa, facilitam o desenvolvimento da parceria e a co- participação entre eles, sendo

momentos privilegiados da construção de conhecimento.

Por aprender se entende buscar informações, rever a própria experiência, adquirir

habilidades, adaptar-se às mudanças, descobrir significado nos seres, nos fatos, nos

fenômenos e nos acontecimentos, modificar atitudes e comportamentos. Todas essas

atividades apontam para o aprendiz como agente principal e responsável pela sua

aprendizagem, sendo centradas em suas capacidades, possibilidades, necessidades,

oportunidades e condições para que aprenda.

Desta forma o processo de aprendizagem é um processo de crescimento e

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desenvolvimento de uma pessoa em sua totalidade, abarcando minimamente quatro

grandes áreas: a do conhecimento, a do afetivo-emocional, a de habilidades e de atitudes

ou valores.

A área cognitiva não se esgota em assimilar algumas informações ou

conhecimentos obtidos e repeti-los. Ela compreende em sua complexidade o aspecto

mental e intelectual do homem manifestado por sua capacidade de pensar, refletir, analisar,

comparar, criticar, justificar, argumentar, inferir conclusões, generalizar, buscar e

processar informações, produzir conhecimentos, descobrir, pesquisar, criar, inventar,

imaginar, etc. “A atividade de criação precisa intermediar o encontro do senso comum

com o senso crítico, construindo, em diversos movimentos, um conhecimento crítico e

com sentido. Tornar o já sabido e aceito algo incômodo e questionável é papel do

processo formativo”16.

O desenvolvimento de atitudes e valores é dos objetivos mais difíceis de trabalhar e

o mais delicado na aprendizagem de um profissional e só é alcançado quando os

educandos valorizam o conhecimento, a atualização contínua deste, a pesquisa, o estudo

dos mais diversos aspectos que cercam um problema, a cooperação, a solidariedade, a

capacidade crítica, a criatividade e o trabalho em equipe.

Esse processo de aprendizagem tratado nessas dimensões traz

algumas consequências e repercussões, tais como:

- na organização curricular - pela valorização de um currículo flexível,

continuamente atualizado, aberto às diferentes áreas do conhecimento; apontando

profundidade nos temas essenciais, interdisciplinaridade; o estudo de temas transversais,

das questões e dialéticas que envolvem o conhecimento; um currículo mais voltado para o

aprender-a-aprender do que para a pretensão de transmitir a totalidade dos conhecimentos

atuais;

- na contratação do corpo docente - a preocupação com educadores com

competência pedagógica ou investindo na formação pedagógica destes, fazendo com

que aliem à sua capacidade científica em determinada área a um profundo

16 Projeto Pedagógico Institucional. P. 30.

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conhecimento sobre o processo de aprendizagem, sobre a relação educador-

estudante, a organização curricular e a tecnologia a ser usada em aula;

- na metodologia de aula - que seja participativa por parte do educador e dos

estudantes e que facilite a consecução dos objetivos propostos.

Colocados nestes termos, a aprendizagem significativa e continuada decorre de

um processo de ensino e aprendizagem, desde que a ênfase esteja na aprendizagem do

estudante.

4.1.3.2 – A progressão da aprendizagem no currículo

O Curso, como outros centros de ensino, foi organizado para favorecer a

progressão das aprendizagens dos estudantes para os domínios visados ao final de cada

ciclo de estudos ao longo de seu bacharelado. Assim, as disciplinas e seus conteúdos são

concebidos nessa perspectiva, bem como os métodos e os meios de ensino propostos aos

educadores.

No processo de aprendizagem, por mais razão em um Curso de Direito que busca

superar as vicissitudes de uma longa experiência muito criticada que remonta aos

primeiros momentos de sua criação no Brasil e toda sua história, não se pode programar as

aprendizagens humanas como se pode fazer com um bem na linha de produção. Não é

somente uma questão de ética; sua impossibilidade decorre da diversidade dos aprendizes

e a sua autonomia de sujeitos no processo. Desse modo, todo ensino, para que surta

efeitos significativos, deve ser estratégico, ou seja, concebido em uma perspectiva a

longo prazo, onde cada ação é decidida em função de sua contribuição almejada à

progressão ótima das aprendizagens e de cada um dos envolvidos no processo.

Num Curso de Direito aquilo que parece evidente para outros cursos no plano dos

princípios é, na realidade, extremamente difícil nas condições da ação cotidiana, de modo

que a progressão é freqüentemente limitada ao semestre letivo, se não às atividades em

andamento e ao capítulo aberto do programa.

Nesse contexto, as decisões de progressão assumidas pela instituição decrescem em

proveito das decisões confiadas aos educadores. A competência correspondente assume,

então, uma importância sem precedentes e ultrapassa em muito o planejamento didático

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dia após dia.

4.2. Princípios da Área das Ciências Sociais Aplicadas

4.2.1 – Integração de saberes no âmbito das CSA

Na área das Ciências Sociais Aplicadas, todos os Cursos e Programas baseiam

seu projeto pedagógico e sua estrutura curricular em uma concepção de aprendizagem

como processo interativo, de constante intercâmbio de saberes entre os educandos e os

educadores. Nesse sentido, tanto educadores quanto estudantes carregam

responsabilidades no processo de aprendizagem, processo esse que vai além da mera

repetição e reprodução de conteúdos na perspectiva da hierarquia do saber, em que um

educador – com conhecimentos “superiores” – projeta ou despeja sobre o estudante –

“despossuído de conteúdos” – um manancial de conhecimentos que espera que este último

apreenda. Na verdade, a partir da percepção da aprendizagem como um conjunto de

práticas pedagógicas e didáticas, um caminho de mão dupla no qual todos aprendem e

todos ensinam, as CSA visualizam o estudante como protagonista e o educador como

mediador. Dessa forma, compõe-se o quadro das metodologias utilizadas. A partir dessa

perspectiva, a sala de aula não seria mais o único espaço fundamental de encontro,

pesquisa, trocas de saberes, discussão e projeção da extensionalidade do saber. O

estudante passa a buscar o seu conhecimento através da pesquisa, na realização de

programas de extensão e, ainda, em outros espaços de aprendizagem, como as plataformas

de ensino a distância, que também são utilizadas como ferramenta de complementação de

conteúdo e comunicação direta entre estudantes e educadores em cursos presenciais.

4.2.2 – CSA e a sistematização didático-pedagógica

A sistematização das práticas didático-pedagógicas em apenas um Projeto

Pedagógico por curso, que aparentemente poderia refletir-se em limitações ao processo

ensino-aprendizagem, revela-se positiva na medida em que é exatamente esse Projeto que

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dá organicidade ao desenvolvimento e compartilhamento dos saberes, “interligando os

interesses do ensino, da pesquisa, da extensão e da gestão, especialmente no que se

refere à sustentabilidade da universidade e de seus produtos e serviços”17.

Ele reflete, na verdade, uma diretriz clara e específica, ainda que ela permita

interpretações variadas e seja, de fato, um eixo norteador das atividades de ensino,

pesquisa e extensão no âmbito dos Cursos. Os Projetos Pedagógicos de todos os Cursos

das Ciências Sociais Aplicadas, ademais, interagem e se intercomunicam, dado que sua

própria elaboração é conduzida a várias mãos: no âmbito do Curso, participam Direção,

NDE, Colegiado, educadores e estudantes; no nível colegiado de área, as Direções também

trabalham em conjunto, cooperando com vistas a buscar o máximo de consonância, como

cabe ser em uma Universidade.

É necessário enfatizar que, para a área, como também para toda a UCB, a proposta

pedagógico-didática passa pela necessária indissociabilidade entre ensino, pesquisa e

extensão. A educação superior não pode prescindir da interligação entre a produção do

saber, sua disseminação, comunicação e utilização, e é nessa via que os Cursos e

Programas de CSA concebem seu próprio desenvolvimento. Esses são os eixos

estruturantes da prática didático-pedagógica nas Ciências Sociais Aplicadas.

Há um núcleo de disciplinas compartilhadas nas CSA, além das de formação

comum a toda a Universidade. Para viabilizar esse compartilhamento, cada curso organiza

horários e turnos de disciplinas a serem ofertadas, com o intuito de atender às diferentes

demandas dos estudantes e otimizar a formação das turmas. Os docentes de diferentes

cursos devem ser estimulados a elaborar planos de ensino que considerem a diversidade de

públicos em sua disciplina, isto é, acolham os estudantes de cursos diferentes, com

perspectivas variadas de aproveitamento dos conteúdos para a formação profissional.

Quando não é possível realizar um intercâmbio com todos os cursos da área,

estimula-se a parceria com cursos mais próximos, que tenham interesses afins. Por

exemplo, Ciências Econômicas, Administração e Ciências Contábeis; ou Direito e

Relações Internacionais; Comunicação Social e Serviço Social; ou ainda Relações

Internacionais e Ciências Econômicas. Mas o profissional formado em qualquer curso

17 Projeto Pedagógico Institucional, p.29.

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de Ciências Sociais Aplicadas na UCB deve perceber a sua vinculação com outras

profissões da mesma área do conhecimento e deve ser estimulado a buscar o intercâmbio.

Essa troca pode se dar de várias formas – o estudante deve ser orientado a cursar

optativas ofertadas pelos diversos cursos da área, desenvolver trabalhos em equipe com

estudantes de outros Cursos nas disciplinas comuns e inclusive ler autores comuns a

Ciências Sociais Aplicadas, o que é facilitado pelo grande acervo da área.

As atividades complementares são outra oportunidade de compartilhamento de

saberes, experiências e recursos, como preceitua o item 4.1 das Normas e

Procedimentos Acadêmicos da UCB, “As atividades acadêmico-científico-culturais têm o

objetivo de enriquecer o processo formativo do estudante, por meio da diversificação das

experiências, dentro e fora do ambiente universitário”. Por exemplo, a realização de

Seminários e de cursos de extensão em conjunto com temáticas emergentes como

direitos humanos, desenvolvimento sustentável, empreendedorismo, finanças, entre outras,

marcam a participação da área em eventos como a Semana Universitária e favorecem a

ampla discussão, por meio de diferentes perspectivas, de temas da pauta social.

4.2.3 – A paulatina implantação da aprendizagem cooperativa nas CSA

Muitos estudiosos da educação, especialmente referindo-se ao processo de

aprendizagem, reconhecem na cooperação elemento fundamental para o aprender: Piaget,

Vygotsky, Freinet, Paulo Freire, dentre outros. A relação cooperativa contribui tanto

para problematizar o objeto estudado, valorizando, com isso, as posições diferenciadas

dentro de cada grupo, quanto para o desenvolvimento da aprendizagem, na medida em que

o assunto ainda não compreensível para um pode ser compreensível para o outro.

Nesse contexto, a interação é uma das molas propulsoras do processo de

aprendizagem, seja na educação presencial ou virtual. Ela favorece a comunicação de

pensamentos, a problematização de idéias e a ajuda mútua que advém do trabalho

conjunto.

Educadores e grupos de aprendizes vêm aderindo a trabalhos em grupos

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cooperativos como estratégia didática, visando atender às necessidades sociais e

pedagógicas, destinando grande importância ao atendimento das demandas dos indivíduos

que compõem a sociedade contemporânea. A premissa desse processo é que as pessoas,

diante de um desafio e na relação com os outros, aprendem e se desenvolvem.

Uma das formas de buscar a efetividade da aprendizagem está presente na

cooperação, em que o pressuposto básico é a cumplicidade entre os intervenientes, seja no

trabalho de grupo, nos intervalos ou durante uma atividade, além da relação afetiva do

educador com seus estudantes, relação essa que estimula o desenvolvimento das atividades

com atitude de respeito, responsabilização das pessoas e clima de alegria, o que favorece e

cria situações de aprendizagem.

A aprendizagem cooperativa está ancorada na idéia de que somos seres sociais, ou

seja, nos constituímos como seres humanos na relação com o outro. Aprendemos a ser

humanos e esse aprendizado pode enfatizar uma perspectiva mais cooperativa que

competitiva. Na metodologia cooperativa assumimos a posição de que a cooperação é

caminho que possui sustentação pedagógica, política e ética.

Nesse processo de aprendizagem cooperativa, deve-se: a) diversificar as técnicas

didáticas e pedagógicas; b) incluir a utilização de recursos tecnológicos; c) aproximar

fontes de informações diversificadas para que os estudantes transitem de um formato para

o outro (periódicos, jornais, fontes tecnológicas, multimídia e livros); d) favorecer a

expressão oral concomitantemente à escrita; e) priorizar avaliações participativas em que

todos sejam sujeitos; f) realizar o planejamento de todo o processo de aprendizagem,

ajustando-se às circunstâncias, englobando todo o contexto; g) considerar o ambiente de

aprendizagem como uma estratégia de ensino; h) valorizar a qualidade das tarefas

realizadas e dos relacionamentos ocorridos; i) reconhecer na instituição de ensino como

um todo, um ambiente de cooperação e interação; j) perceber o educador e os estudantes

como representações do ambiente de aprendizagem cooperativa. Com isso, reforça-se a

interdependência social, a heterogeneidade do grupo, a liderança distribuída e a autonomia.

A Universidade Católica de Brasília direciona esforços para a adoção de tais

práticas que visam à aprendizagem cooperativa. Essa iniciativa, ainda que não sendo o

único estilo de aprendizagem que se evidencia na Universidade, está presente em diversas

práticas pedagógicas dos cursos da área de Ciências Sociais Aplicadas.

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Alguns Cursos das CSA, por exemplo, têm valorizado práticas como Active

Learning (ou Aprendizagem Ativa)18, a partir dos quais se inova no processo ensino-

aprendizagem com vistas a favorecer o maior aproveitamento possível por parte de todos

os envolvidos.

4.2.4 – A importância das novas tecnologias nas CSA

A UCB estimula e valoriza o uso das novas tecnologias de informação e de

comunicação como recurso facilitador e impulsionador da aprendizagem e como

possibilidade de ampliação da oferta de cursos e disciplinas a distância, criando

comunidades virtuais de aprendizagem e expandindo a presença da Instituição em todo o

território nacional e em outros países. Para tanto, a formação docente e discente na

utilização de plataformas de compartilhamento de informações é fundamental na

viabilização desse processo19. A oferta de disciplinas e cursos a distância nas CSA já é

uma realidade institucional, agora ampliada pela meta de se comporem até 20% das

matrizes curriculares presenciais em módulos a distância.

Para se mensurar a efetividade e eficácia dessas diretrizes pedagógicas e didáticas

das CSA, deve-se desenvolver metodologias de avaliação com os mesmos preceitos. No

esforço de dar organicidade, unidade e aplicação prática aos processos avaliativos, a área

de conhecimento definiu como princípios operativos da avaliação os que se seguem:

a) Privilegiar, nas salas de aula e nos ambientes virtuais de aprendizagem, as

situações-problema como possibilidade de estimular os estudantes a desenvolverem senso

crítico e a abordarem de forma complexa, e transdisciplinar, os vários aspectos de

um problema;

18 Active Learning, como método, pode ser definido como qualquer atividade que envolva os estudantes em atuar sobre o processo ensino-aprendizagem, com plena consciência do que fazem, refletindo sobre os passos desse processo, desde sua concepção, passando por sua execução, até sua avaliação. Meyers e Jones (1993, p. xi)) definem active learning como ambientes de aprendizagem que permitem aos estudantes “falar e escutar, ler, escrever e refletir, enquanto têm acesso aos conteúdos a serem apreendidos, por meio de exercícios de solução de problemas, pequenos grupos informais de trabalho, simulações, estudos de caso, teatro e outras atividades – todas elas requerendo que o estudante aplique na prática o que está estudando”. MEYERS, Chet and JONES, Thomas B. Promoting Active Learning: Strategies or the College Classroom. San Francisco: Jossey-Bass Publishers, 1993. 19 Cf. Projeto Pedagógico Institucional. P. 23.

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b) Buscar, sempre que a disciplina possibilitar, a valorização da expressão escrita e

oral, consideradas competências fundamentais para os egressos da área; e

c) Valorizar as competências e habilidades que possibilitam o trabalho cooperativo

acima referido, considerado fundamental para o exercício profissional.

Tendo em vista as diversas práticas pedagógicas existente na Universidade e por

ela valorizadas, bem como os princípios operativos da avaliação anteriormente referidos,

cabe fazer referência também a métodos de avaliação da aprendizagem e de aferição da

apreensão dos conteúdos disseminados e partilhados. Na UCB e, portanto, nas CSA, não

se privilegia um ou outro tipo de avaliação, mas se enfatiza a necessidade de um processo

coerente, inteligível, justo e equânime, além de progressivo e cumulativo. A coerência

significa que a avaliação deve estar de acordo com os conteúdos partilhados; a

inteligibilidade diz respeito à clareza com que as regras são instituídas; a justiça é afeita à

isenção na elaboração e correção dos processos avaliativos; a equanimidade refere-se à

generalidade e abrangência do processo, estando todos a ele sujeitos, ainda que se

privilegiem diferentes saberes de diferentes indivíduos; a progressividade e

cumulatividade se relacionam com a existência de múltiplas oportunidades de avaliação e

de exigências adequadas aos conteúdos partilhados até cada momento avaliativo. A opção

por provas escritas ou orais, dissertativas ou objetivas, trabalhos em equipe ou

individuais, ou qualquer outra forma de avaliação é, de fato, elemento a ser discutido e

implantado a partir de um consenso. Esse consenso pode dar-se entre educador e

estudantes, entre Direção e educadores, ou de forma mais abrangente, entre a Universidade

e a comunidade. O que é mais relevante é que de cada Plano de Ensino conste

detalhadamente todo o processo avaliativo para que todos os envolvidos – educadores ou

educandos – estejam plenamente cientes de cada passo e cada diretriz.

4.3. Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão

4.3.1. Indissociabilidade: mito, meta, princípio e processo

O princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão está referendado

na Carta Magna e assim dispõe o artigo 207 da Constituição de 1988: “as universidades

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gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial

e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”

(grifo nosso), princípio que foi acolhido pelo artigo 4º do Estatuto da UCB. A concepção de

que o tripé formado pelo ensino, a pesquisa e a extensão constitui eixo fundamental da

universidade brasileira e não pode ser compartimentado está também presente na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Brasileira – LDB.

Da mesma forma, o Projeto Pedagógico Institucional da Universidade Católica de

Brasília afirma que: “O princípio da indissociabilidade direciona e confere unidade

intrínseca à criação, sistematização e acessibilidade do conhecimento. O que configura,

portanto, uma integração entre essas atividades não é a somatória de um conjunto de ações,

mas a introdução de um processo que estimula a disposição do sujeito para ensinar e

aprender por meio da pesquisa, do ensino e da extensão.” E acrescenta: “As atividades do

ensino, da pesquisa e da extensão são tempos, espaços e processos de aprendizagem, em

vista da formação do educando e da transformação social. Para tanto, a universidade precisa

constituir-se, cada vez mais, numa comunidade de aprendizes onde se desenvolvem os

talentos, as competências e as habilidades necessárias para a formação pessoal, profissional

e social. A atitude aprendente é, portanto, o elemento integrador das diversas formas de

produção e comunicação do conhecimento.”

Dissociar é repartir, fragmentar. Na trajetória vitoriosa do paradigma cartesiano,

cindiu-se o conhecimento entre sujeito e objeto, entre áreas, entre campos científicos. Essa

divisão deu origem à especialização, que contribuiu para a afirmação do discurso

hegemônico da Ciência. A profunda crise de paradigmas do final do século XX, porém,

revelou que há perdas com a fragmentação excessiva, já que os graves problemas do mundo

contemporâneo são complexos e exigem respostas também complexas. A soma das partes

não constitui o todo. É necessário construir pontes, estabelecer diálogos e efetivar parcerias

diante dos desafios do tempo presente.

A Universidade, como espaço de produção de conhecimento, surge com a pretensão

da totalidade. Mas, embora acalente a aspiração de ser uma, ela reproduz, em seus centros,

departamentos e cursos, a lógica fragmentária do paradigma cartesiano. Surgem discursos de

integração, de inter e transdisciplinaridade. Esse esforço por integrar, porém, não é o

suficiente para corrigir uma ruptura brutal entre as esferas constitutivas da Universidade:

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ensino, pesquisa e extensão. A percepção da gravidade dessa ruptura fez com que as

próprias Universidades e o poder regularizador do Estado tentassem sanar essa ferida e

defendessem a Indissociabilidade, ainda que sempre como uma potencialidade.

Por ser um discurso proferido em vários espaços, por vários atores, e aparentemente

não ter críticos e detratores, a indissociabilidade adquire o estatuto de mito. Considerada

como uma inspiração, é uma metáfora, que aponta a presença ausente. Suscita polêmicas,

chegando a ser aclamada por alguns como uma panacéia para a perda da qualidade de

ensino, enquanto que, para outros, é considerada a solução mágica para o rompimento de

muros quase instransponíveis entre universidade e comunidade; outros, enfim, vêem nela a

solução definitiva para superar a degradação das condições de trabalho em muitas

instituições de ensino superiores brasileiras.

Essa indissociabilidade-mito, que sobrevive no imaginário de muitos gestores,

docentes e discentes das universidades brasileiras, pode ser tomada, sim, como fonte

inspiradora de metas, desde que impulsionada por um processo calcado em princípios claros

e consistentes. Assim, a busca por “métodos e técnicas” para se “construir”

indissociabilidade gera uma nova categoria, a de meta. E desta forma pragmática, os atores

da e na Universidade querem operacionalizar esse conceito tão amplo, desejado e

inacessível, e elencar uma série de ações para atingi-lo.

A Universidade Católica de Brasília reconhece a força simbólica da

indissociabilidade-mito e a atração pragmática da indissociabilidade-meta, e move-se na

direção de sair do discurso bonito, mas vazio, sem cair na receita universal, genérica, e,

portanto, também vazia. Para a UCB, a indissociabilidade é um processo a ser construído e

reafirmado no cotidiano institucional.

A indissociabilidade constrói-se pela convicção de que ensino, pesquisa e extensão

têm em comum a produção do conhecimento. Dessa forma, a indissociabilidade é o processo

inovador pelo qual essas diversas atividades construtoras do conhecimento realizam-se

plenamente, gerando um conhecimento mais complexo e instigante, em permanente diálogo

com as demandas, limites e possibilidades de seu tempo, um conhecimento aprendente.

Indissociabilidade, entendida a partir destas premissas, é a compreensão de que todas

as atividades da Universidade, embora com focos específicos e diferenciados, são voltadas à

produção e socialização de conhecimento, com relevância ética e política, e se enriquecem

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dos questionamentos e das dúvidas de outras atividades associadas. Revela, deste modo, a

impossibilidade de se compartimentar ensino, pesquisa e extensão. Diferentemente da

integração, que pressupõe atores agindo em momentos e modos separados, mas convergindo

para uma finalidade comum, a indissociabilidade exige o compromisso constitutivo de ser

Princípio Pedagógico que se positiva nas funções operativas de ensino, de pesquisa e de

extensão, contribuindo para a construção da dignidade humana no mundo da vida real em

sua dimensão objetiva e subjetiva. Isto porque todo princípio precisa se efetivar em uma

função operativa, pois do contrário fica improdutivo; assim como também toda função

operativa precisa de um princípio que a sustente, pois do contrário a atividade em si perde

seu sentido.

Assim então constituída, essa indissociabilidade mito – meta – princípio é

processual, e ganha força suficiente no enfrentamento aos desafios à sua realização, dentre

estes, a tendência à fragmentação presente na contemporaneidade, em especial na Ciência, e

as barreiras burocráticas que podem tornar mais lentas e até inoperantes práticas ligadas às

exigências – ágeis, dinâmicas – dos desafios locais e dados num contexto contemporâneo

marcado por diferenças, cisões, cismas e dificuldades de diálogo e de troca. Esta

indissociabilidade mito-meta-princípio adquire a função de um farol a apontar caminhos,

mas dado a partir de um constante retornar às origens e de uma clara diretriz para o presente

e para o futuro.

Realizar esse mito/meta é, portanto, um dos desafios da Universidade que queremos

construir. Para isso, recomendamos três ações consolidadoras do princípio da

indissociabilidade:

a) Compartilhar inquietudes: Nas diversas instâncias e unidades acadêmicas e

pedagógicas da Universidade, projetos e ações devem ser inspirados pela tentativa de

resgatar as inquietudes humanas, sociais e locais, e pelo esforço em responder

adequadamente aos desafios contemporâneos. Assim, desde o seu planejamento estratégico,

passando pelos projetos específicas de cada instância – ensino, pesquisa e extensão, e

culminando-se em cada uma de suas ações específicas – disciplinas, atividades de pesquisa e

atividades extensionistas, deve-se manter o que se lhe constitui como identidade e princípio

fundamental, mas sempre de modo a fazer as pontes e a estabelecer os vínculos com o

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contexto em que são gerados e compartilhados, não perdendo de vista o enraizamento na sua

realidade local. Desta forma, então, tanto os projetos de extensão e de pesquisa, bem como

as disciplinas ministradas nos diversos cursos e níveis devem conter essa inquietude dos

temas prementes, bem como a vocação para a sistematização e a disseminação do

conhecimento;

b) Compartilhar experiências: Deve-se estimular, na construção da História da

Universidade, a perspectiva de que ela está em construção: somos fruto de iniciativas

anteriores, de ações em desenvolvimento, de equívocos, de acertos, de trocas de

experiências no processo contínuo de aprendizagem. Desta forma, deve-se estimular

também, em cada instância constituinte da Universidade Católica de Brasília, o

compromisso de que, ao se instituir novos projetos – de ensino, pesquisa ou extensão,

busque–se conhecer consistentemente as iniciativas que lhe precederam, além de se exercitar

ao máximo na vinculação a outras experiências afins já desenvolvidas e em

desenvolvimento na própria Universidade;

c) Compartilhar expectativas: a construção da cidadania e a realização integral da

pessoa humana devem perpassar nosso Plano Pedagógico Institucional e nossa missão de

Universidade. Realiza-los só pode ocorrer em uma parceria das três atividades, partilhando-

se uma mesma diretriz: o real pode mudar. E podemos ajudar a mudá-lo. A perspectiva

transformadora deve invadir nossos documentos e nossas práticas, percebendo-se que, nessa

transformação, o agir indissociável dos três pilares universitários é fundamental.

A operacionalização dessas ações, portanto, deve envolver todos os níveis, instâncias

e atores da Universidade e, relativamente ao tripé ensino-pesquisa-extensão, pode ocorrer,

por exemplo, das seguintes formas:

No ensino, o princípio pedagógico da indissociabilidade movimenta a revisão crítica

dos conteúdos ensinados e possibilita outras construções e aprendizagens a eles

relacionados. Sendo assim, estarão presentes, no ensino, o espírito inquiridor, que

tradicionalmente caracteriza o processo de pesquisa, e também o compromisso com a

inserção social do saber e respectivo retorno à comunidade, tradicionalmente considerados

como eixos da extensão universitária. Deste modo, então, conteúdos e material didático

empregados em sala de aula, por exemplo, não devem perder a referência do contexto

histórico, social e cultural onde foram produzidos, não devem se apresentar alienados às

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questões éticas com os quais estão relacionados, nem apresentados de um modo

desvinculado aos fins a que se destinam.

Na pesquisa, o processo de investigação interagirá com questões colocadas em sala

de aula, alimentando-as e sendo por elas alimentado; e o pesquisador encontrará, nas

urgências e perplexidades do mundo vivido, e no contato com o contexto histórico, cultural,

e técnico-científico, a legitimação para as suas pesquisas. Sendo assim, o espírito da

indissociabilidade, se realizará não propriamente sob forma de metodologias ou técnicas de

pesquisa específicas, mas sim no profundo comprometimento ético dos pesquisadores com

os fundamentos, características e fins daquilo que pesquisam e daquilo que é gerado por

meio de suas investigações. Aqui não se trata, então, de necessariamente qualificar a

chamada pesquisa básica em detrimento da chamada pesquisa aplicada, ou vice-versa, mas

de se perguntar sobre que segmentos da sociedade estão sendo beneficiados ou não com os

resultados desta pesquisa, seja ela de que natureza for.

Na extensão, suas ações acadêmicas, artísticas e comunitárias, além de promoverem

a produção e difusão do conhecimento e transformação social por elas mesmas, serão

também um mote para novos projetos de pesquisa, em busca da geração de novos

conhecimentos, e dialogarão com a sala de aula, instigando a consolidação de saberes mais

críticos. Por meio do princípio pedagógico da indissociabilidade, os atores das atividades de

extensão universitária reafirmarão as implicações éticas do processo de conhecimento, já

que este tem história e ajuda a construir história, vindo de um contexto social e ajudando a

modificá-lo.

Finalmente, cabe ressaltar que, para a construção da indissociabilidade, são

necessárias condições concretas, como o estabelecimento de relações de trabalho que

propiciem, aos docentes e aos funcionários, tempo e motivação para se sentirem autores do

conhecimento. Destaca-se, dentre essas condições, um bom diálogo entre o administrativo,

o acadêmico e o pedagógico, de forma que os dois primeiros não minem as ousadias e as

inovações propostas pelo terceiro. Por fim, a UCB defende que uma premissa fundamental

para essa construção é a atitude acolhedora por parte de todos os atores institucionais,

percebendo que, como qualquer processo humano, a indissociabilidade é complexa, vive

momentos de avanço e recuo, mas pode ser atingida sempre que se ousa conhecer. E na

concretização e consolidação dessas ações, devemos sempre ter presente o princípio

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fundante de construir um processo de aprendizagem e uma atitude aprendente voltados para

a realização de uma Universidade realmente indissociável e, portanto, viva.

4.3.2. A Indissociabilidade no Curso de Direito

O ensino jurídico no Brasil esteve predominantemente assentado em um método

criticado por tão longo tempo quanto sua própria existência, porque baseado em aulas

discursivas e que predominam até hoje. O recurso à preleção dentro de um monólogo

sobre os conhecimentos teóricos e experiências do educador que deve contar e dirigir-

se puramente à memória receptiva do estudante.

No momento de seu nascimento no Brasil, contavam os primeiros cursos jurídicos

com um documento que discriminava as disciplinas ofertadas, seus conteúdos, as

estratégias e métodos de estudo e a bibliografia recomendada. Este documento era

conhecido como o Estatuto do Visconde da Cachoeira e que serviu de modelo para um

ensino que pouco fez uso dos métodos nele recomendado, não que o que se praticasse

fosse melhor do que proposto no estatuto.

A evolução dos métodos e técnicas de ensino-aprendizagem tem sido muito lenta

para chegar ao que se busca hoje, a construção do conhecimento, esforço que se vem

desenvolvendo no Curso visando à formação integral do bacharel em Direito.

No âmbito da Universidade têm-se desenvolvido cursos de preparação de tutores

que trabalham o educador como mediador do processo de ensino- aprendizagem e aos

quais muitos educadores do Curso de Direito têm acorrido para seu aprimoramento e

elevação da qualidade do Curso e maior efetividade do seu trabalho.

Nesses tempos modernos muitos desafios têm surgido colocando em cheque

principalmente as Instituições de Ensino Superior, como é exemplo o uso da informática

em proveito do ensino-aprendizagem, o que levou a UCB e seu Curso de Direito a

oferecerem disciplinas que são trabalhadas em ambientes virtuais, com o ensino-

aprendizagem à distância ou, ainda, fazendo uso das ferramentas de EAD como

complemento às aulas presenciais.

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A Universidade Católica de Brasília possui o compromisso institucional de

gerar “formação sólida, integral, investigativa e crítica, tanto na dimensão humanística

quanto técnica”20, sendo a pesquisa considerada elemento fundamental para essa

formação.

Fala-se muito a respeito da importância da pesquisa universitária no desenvolvimento

do conhecimento jurídico e na formação dos graduandos, como atividade fundamental para

a construção de um novo modelo de ensino jurídico. Na realidade, tal debate se encontra por

demais esgotado, não sendo necessários maiores comentários a respeito do tema.

Lembremos apenas que a pesquisa é atividade fundamental para a construção de um ensino

jurídico não somente preocupado em reproduzir um conhecimento jurídico específico, mas

requestioná-lo e redimensioná-lo. Além disso, a atividade de pesquisa é corriqueira no

cotidiano das profissões jurídicas, não podendo ser restrita apenas às altas esferas do

conhecimento.

Nesse sentido, a constituição de uma Coordenadoria de Pesquisa e Monografia é

fundamental para o desenvolvimento das atividades de pesquisa, uma vez que foi

responsável pela centralização de todas as ações que envolvam tal temática.

A pesquisa, como atividade institucional do Curso de Direito, está fundamentalmente

centrada no Trabalho de Curso, mas não de forma específica. Para o adequado atendimento

dessa atividade curricular, foram criadas disciplinas especificamente voltadas à formação

para a produção autônoma do conhecimento, bem como espaços específicos para a

orientação e o desenvolvimento da pesquisa.

A pesquisa também é desenvolvida nas diversas disciplinas do novo currículo,

como postura metodológica de aprendizagem, mediante orientação dos respectivos

professores e de projetos específicos, com a participação do corpo discente.

O Programa de Pesquisa Docente do curso de direito da UCB estimula os docentes

da Instituição a engajar alunos da graduação no processo de investigação científica,

contribuindo para o aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem acadêmica,

consolidando as linhas de pesquisa estabelecidas pela Universidade e incrementando a

relação entre docentes e discentes. O Foco principal da pesquisa no Curso, além dos TCs, é

20 Cf. Projeto Pedagógico Institucional. p. 23.

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desenvolvido nos Núcleos de Pesquisa e Extensão do Curso, a saber, NEPI, CEDH e

NAJUP.

São compreendidas como objetivos do programa de Pesquisa do curso de direito da

UCB:

� Subsidiar a ação docente e discente;

� Produzir conhecimentos necessários para intervenção na realidade;

� Favorecer a integração e o intercâmbio com outras instituições interessadas na

produção de conhecimentos necessários ao desenvolvimento social, cultural e

econômica da sua região de abrangência;

� Suprir as necessidades institucionais e de caráter comunitário.

Seguindo a área de concentração proposta acima, o Curso possui quatro grandes

linhas de pesquisa, listadas a seguir.

• Direito e Estado - enfatizando o estudo da interface entre essas duas dimensões,

centrando os elementos de análise no elemento política e como esta é força motriz

para a implementação de novas disposições na área do Direito Público, em especial

no que se refere às chamadas Políticas Públicas, novamente se alinhando aos

aspectos dos novos Direitos, conforme a segunda linha de pesquisa a seguir;

• Novos Direitos – buscando relacionar todo o impacto das inovações tecnológicas,

bem como da globalização na moderna teoria jurídica.

• Cidadania e Direitos Humanos – eixo estruturante e central do curso.

Direito Empresarial Moderno - que teria como linha central o estudo de todas as

áreas do conhecimento jurídico que se relacionem à atividade empresarial, buscando

encontrar novas potencialidades frente ao momento socioeconômico que o mundo atravessa,

em especial o Direito Internacional, Tributário, Civil e Empresarial.

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Completando a nossa análise, temos a questão da Extensão Universitária. De fato,

um dos grandes debates acadêmicos se refere ao conceito de Extensão Universitária. Várias

são as interpretações que podem ser aferidas sobre o referido termo, com matizes e

perspectivas absolutamente distintas. Costuma-se entender o conceito como cursos, eventos

diversos (palestras ou seminários), estágio, fonte de captação de recursos a partir de serviços

prestados ao mercado e à sociedade e finalmente, o termo é entendido também como

intervenção ou ação comunitária. De fato, extensão é tudo isso e muito mais...

Na realidade, a idéia conceitual de extensão esteve sempre presente na visão da

universidade brasileira, especialmente nas duas últimas décadas. No entanto, sua prática

sempre foi restrita e, muitas vezes assistencialista, como se, em vez de uma função

acadêmica, os universitários desejassem expiar a culpa de serem privilegiados.

Analisando as possibilidades do termo a partir do objetivo implícito ao mesmo,

temos três posturas teóricas e políticas diversas. Como primeira possibilidade, fala-se em

“extensão”, quando se quer referir a trabalhos assistencialistas prestados pela IES a

comunidades carentes que estejam na mesma região jurídico-política da mesma. Nessa

acepção, o termo “extensão” se restringe ao oferecimento de um trabalho comunitário, sem

maiores relações com as demais atividades fundamentais de uma Universidade, a saber: o

ensino e a pesquisa. Parece-nos mesmo, que tal perspectiva se concretiza a partir de uma

visão messiânica e paternalista da IES, que procura apenas prestar um serviço comunitário, a

fim de justificar a Função Social da Universidade, sendo a extensão universitária um

mecanismo através do qual distorções seriam corrigidas. Essa visão de extensão, no entanto,

está ‘viciada’, uma vez que contém subjacente uma concepção preconceituosa, já que

distingue aqueles que têm, aqueles que sabem que prestariam assistência àqueles que não

têm, àqueles que não sabem.

A segunda perspectiva para o uso da expressão em análise se confunde em muito

com a “extensão curricular”. Por tal visão, utiliza-se o entendimento de que o oferecimento

de cursos extracurriculares para o implemento do currículo dos alunos, bem como a oferta

desses mesmos cursos para a comunidade da região em geral, além do oferecimento de

serviços em geral à comunidade - geralmente pagos - estaria capacitando a IES a expressar

uma posição do cumprimento da atividade de “Extensão Universitária”. Neutra do ponto de

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vista político, essa visão não causa o mal da invasão cultural que a perspectiva anterior

apresenta. Por outro lado, colabora para a manutenção das diversas estruturas sociais e dos

valores cristalizados no interior da Universidade.

Certo está que a prestação de serviços e o oferecimento de cursos extracurriculares

fazem parte da relação de funções a serem desempenhadas por uma Universidade e que tais

atividades podem se tornar importantes fontes de captação de recursos, principalmente para

as atividades de pesquisa e extensão. No entanto, não nos parece adequado entender ou

restringir o conceito de Extensão Universitária a essas duas perspectivas.

Por tudo o que foi dito, parece-nos que a terceira leitura da expressão é que melhor

define e compreende os pressupostos da “Extensão Universitária”. Nesse sentido, a extensão

significaria a articulação da universidade com a sociedade, de tal modo que aquilo que ela

produz em termos de novos conhecimentos e o que ela difunde através do ensino não fiquem

restritos apenas àqueles elementos que conseguem ser aprovados no vestibular e integram

determinado curso objetivando se formar numa determinada profissão.

Assim, ainda tentando investigar os diversos entendimentos da expressão e os

motivos dessa confusão teórica, observa-se que a Extensão Universitária tem sido até então

tratada como mero apêndice do Ensino e da Pesquisa. Agora, a partir desse novo

entendimento, para os autores consagrados, a Extensão se impõe como um dos elementos

articuladores entre o ensino e a pesquisa e passando, na prática, a viabilizar a

indissociabilidade dessas três áreas21.

Para o Professor Cristovam Buarque, a extensão seria apenas uma metodologia de

trabalho para o ensino e a pesquisa, que, devido ao desprezo como o mundo real é tratado

pela academia, foi necessário torná-la uma categoria especial de atividade acadêmica.

Segundo o autor, um dia a extensão será apenas um método aplicado tanto ao ensino quanto

à pesquisa. No momento atual, ainda deve ser vista como uma função. Num país dividido

em classes tão diferenciadas, a busca da liberdade e sua distribuição igualitária e o

envolvimento com a realidade social do País exigem intensa convivência com o mundo

exterior por meio de variados programas de extensão em dois sentidos: da universidade à

realidade que a cerca e desta à universidade.

21 Nesse sentido ver Paulo Freire, Dermeval Saviani, Cristovão Buarque, dentre outros.

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O trabalho de extensão, no sentido de ir além do campus, é básico para a universidade que

deseja revolucionar idéias. (...) a atividade de extensão é o caminho básico para

universidade descobrir o mundo e para o mundo descobrir a universidade. 22

Essa perspectiva nos remete ao abandono da clássica idéia do “tripé” do Ensino

Superior, ensino-pesquisa-extensão. Por essa visão, caberia ao ensino o repasse do

conhecimento, à pesquisa a produção e à extensão a socialização do conhecimento. Ora, em

todos os casos temos apenas um único elemento sendo trabalhado: exatamente o

conhecimento. Aceitar o tripé é acatar a idéia de que não se produz conhecimento em sala de

aula (ensino), ou no envolvimento comunitário (extensão). Como não há como concordar

com tais possibilidades, devemos caminhar no sentido de compreender que a função da

Universidade é unívoca: trabalhar o conhecimento seja em dimensões ou formas diversas.

Assim, a Extensão deixa de ser o eixo de socialização do conhecimento, da forma mais

adequada para que uma Universidade cumpra a sua pretensa função social e se torna uma

atividade fundamental naquilo que se coloca como primordial: a busca pela melhoria da

qualidade de ensino.

No Curso de Direito da UCB, da-se especial atenção ao contato do estudante com os

problemas do dia-a-dia das profissões jurídicas. Dessa forma, desde o início busca-se

envolvê-lo em atividades de assessoria jurídica popular, participação e realização de

eventos, iniciação científica, palestras e outras atividades extracurriculares, as quais,

somadas às aulas propriamente ditas, se constituem instrumentos de preparação para a

atuação crítica frente a quaisquer situações relacionadas à sua profissão.

Tendo em vista que a Instituição, como um todo, interage fortemente com a

sociedade na qual está inserida, o Curso de Direito não poupa esforços para que seus

estudantes e professores integrem e participem dos serviços legais da região e do Estado,

objetivando um aprendizado global, voltado para a realidade social e cultural presente no

seu local de estudo. Esse procedimento certamente é de fundamental importância para o

1 BUARQUE, Cristovam. Na fronteira do futuro (o projeto da UNB). Brasília: EdUNB, 1989. P. 137.

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despertar e a formação da cidadania nos discentes, tão necessária e ainda pouco presente nos

processos formativos de nossas instituições de ensino superior do País.

Partindo dessa premissa teórica, a UCB compreende as ações de extensão dentro

desse duplo eixo temático, qual seja a da interação social, naquilo que usualmente é

chamado, atualmente, de Responsabilidade Social e o do aprimoramento curricular, através

de diversos eventos oferecidos aos alunos.

No que se refere especificamente ao curso, evidentemente tem-se a clareza de que as

ações decorrem de permanente reflexão pedagógica do Corpo Docente. Não obstante,

percebem-se claramente algumas possibilidades concretas de atuação do Curso. Nesse

sentido, dentro da segunda acepção, a proposta pedagógica do Curso de Direito da UCB se

pauta pela realização de vários eventos anuais, destacando-se:

• Colóquios da Cidadania, realizados anualmente no primeiro semestre, concretizando

debates aprofundados entre alunos e professores sobre a segunda grande linha de atuação do

Curso: a questão da cidadania e dos direitos humanos.

• Semana de Estudos Jurídicos, realizada anualmente no segundo semestre e que, da

mesma forma que os Colóquios da Cidadania, objetivam primordialmente o estudo e a

reflexão sobre as novas temáticas do Direito. Esse evento é construído a partir de um

cronograma específico, que pretende programar os altos estudos jurídicos a partir de uma

percepção da demanda específica dos alunos do curso. A diferença fundamental entre os

dois eventos é que neste se possibilitará a participação discente na qualidade de debatedor e

mais futuramente, na qualidade de expositor, para os alunos que já estiverem envolvidos em

projetos de pesquisa do Curso.

Além disso, outros eventos como cursos extracurriculares, seminários temáticos

específicos ou palestras são ofertados à comunidade interna e igualmente à comunidade

externa, pela expressa compreensão de que a formação acadêmica não se restringe à sala de

aula.

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As demais atividades de extensão do Curso de Direito da UCB são supervisionadas

pelo Coordenador de Extensão, indicado pelo Diretor do Curso, que deve:

• elaborar o calendário de todas as atividades relativas aos Projetos e Programas de

Extensão;

• coordenar e supervisionar todas as atividades vinculadas aos Projetos e Programas de

Extensão;

O Coordenador de Extensão elabora uma programação geral de atividades de

extensão que atenda aos reclamos da comunidade e que propicie ao corpo discente a

aprendizagem e o exercício da extensão no campo do Direito. Essa programação obedece às

diretrizes aprovadas pelo Colegiado do Curso de Graduação em Direito. Devem constar

obrigatoriamente dessa programação: (a) Cursos de Extensão sobre temas específicos,

sujeitos a planos e projetos próprios, submetidos ao Colegiado do Curso de Graduação em

Direito; e (b), a realização de eventos (Colóquio, Congresso, Jornada ou Encontro etc.), ao

menos uma vez a cada semestre letivo e sempre aberto à comunidade em geral, sobre temas

atuais na área do Direito que mereçam estudo e pesquisa mais aprofundados.

Para atingir seus objetivos, o Curso de Direito da UCB mantém convênios com

entidades Públicas ou Privadas, localizadas na sua região de abrangência, oferecendo à

comunidade Cursos de capacitação e/ou recapacitação profissional e de especialização.

Também anualmente o Coordenador de Extensão organizará, juntamente com o

Coordenador de Pesquisa, um Seminário Interno para fins de divulgação dos resultados das

atividades de pesquisa e extensão.

Já dentro da segunda abordagem de Extensão Universitária, e absorvendo todas as

características descritas anteriormente, a ação do Curso de Direito da UCB centra-se num

Programa de Assessoria Jurídica Popular, NAJUP, descrito a seguir. Tal programa de

extensão materializa uma das linhas mestras do Curso: a questão da Cidadania e dos Direitos

Humanos.

Finalmente, visa também o presente Projeto cumprir a exigência presente no Plano

Nacional de Educação (Lei n. 10.172/01), que inclui entre os objetivos e metas da educação

superior (itens 21 e 23) “garantir, nas instituições de educação superior, a oferta de cursos

de extensão, para atender as necessidades da educação continuada de adultos, com ou sem

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formação superior, na perspectiva de integrar o necessário esforço nacional de resgate da

dívida social e educacional”.

Núcleo de Apoio Jurídico Popular (NAJUP)

Diferentemente dos serviços de assistência judiciária, também chamados por alguns

juristas de “Serviços Legais Tradicionais”, os serviços de assessoria jurídica ou, “Serviços

Legais Inovadores”, trabalham com premissas inovadoras, extrapolando a tipologia usual da

atuação dos operadores jurídicos. Nas próximas páginas, procuraremos tentar construir um

quadro analítico que nos permita perceber as diferenças entre estas duas perspectivas.

Desde já, deixamos claro, que esta classificação não é pacífica nos meios acadêmicos

e que nossa intenção é tão somente delinear algumas diferenças entre os modelos teóricos de

serviços jurídicos de acesso à justiça, numa construção de “tipos ideais” que, inclusive,

entendemos não ser original. E mais do que isso, que temos consciência dos riscos da

tentativa de fazer uma distinção entre os dois serviços; o de incorrer numa diferenciação

pautada em termos maniqueístas ou ainda, numa generalização apressada e simplificadora, o

que nos levaria a cometer erros epistemológicos grosseiros.

Mesmo assim, entendemos ser imprescindível a delineação das disparidades para que

se possa compreender claramente a proposta inovadora das assessorias jurídicas

comunitárias.

a) Individualismo X Coletivo

A primeira grande diferença entre os serviços de assistência judiciária e de assessoria

jurídica está na perspectiva de trabalho com a clientela. Enquanto os serviços tradicionais

trabalham com a perspectiva individualizante, reflexo da ideologia liberal - individualista do

discurso tradicional dos operadores jurídicos, a assessoria jurídica trabalha com a

perspectiva de ações coletivas, na premissa de proteção aos interesses difusos e garantias

coletivas, enfim, de proteção aos interesses dos grupos sociais organizados.

Os serviços tradicionais de assistência legal, os Serviços de Assistência Judiciária -

SAJ - trabalham sob a ótica de tratar o dissenso, o litígio e os confrontos, além de serem

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tratados como meras rupturas diante da lógica dominante (mercado). Além disso, os litígios

são tratados pelo Direito apenas como conflitos interindividuais, não se admitindo uma

análise pelo cunho do conflito de classes. Perpassa essas relações uma ética individualista,

que atribui responsabilidades de cunho moral às pessoas. Trata-se, na realidade de uma

pseudo-ética menor, que está organicamente vinculada à forma jurídica tradicional e

extremamente particularista: o chamado direito liberal.

Diversamente é tratada esta perspectiva pelos serviços legais inovadores, os serviços

de Assessoria Jurídica Comunitária - AJC - que, conforme já dissemos acima, se preocupam

mais com interesses de cunho coletivos ou coletivistas. Nestes serviços, a própria definição

de liberdade deixa de ter um cunho pessoal, onde a livre concorrência da ótica do mercado

cede lugar à liberdade coletiva. Em outras palavras, é preciso ser livre na comunidade, mas

não da própria comunidade. Agora, a ética que orienta as ações é uma macroética, mais

adequada às novas lutas sociais cunhadas pela sociedade contemporânea, tais como a

questão ecológica e a AIDS.

Nestes serviços, utilizamo-nos especialmente dos direitos humanos e dos direitos

coletivos, que não são passíveis de uma utilização individualista e exclusivista, através de

estratégias de tutela jurídica voltadas à uma realidade mais coletivista.

Por outro lado, não é negado o valor das ações individuais, que não são de valor

excludente em si, mas sim de implicação que este tipo de ações trazem consigo. Os serviços

de AJC apenas enfatizam e priorizam as questões coletivas, por uma opção metodológica e

ideológica de trabalho.

b) Perspectiva de ação

Podemos afirmar que os serviços de Assistência Judiciária são prestados à

comunidade de forma assistencialista. Partindo de uma visão deturpada da população de

baixa renda (os “coitados” dos pobres), de serem pessoas desprovidas de condições

financeiras para contratar um profissional, os SAJ contam com o humanitarismo e a caridade

dos operadores jurídicos, condoídos com as necessidades alheias.

Já os serviços de AJC optam pelo trabalho de organização e conscientização

comunitárias. Parte-se da perspectiva de que a população de baixa renda, desarticulada e

desorganizada não tem condições de lutar com eficiência por seus direitos, na relação com o

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poder público em seus mais diversos ramos; poderes executivo, legislativo e judiciário.

Nesse sentido, o problema da falta de consciência a respeito dos próprios direitos das

camadas populares e sua incapacidade de rediscutir em termos políticos as demandas

jurídicas podem ser combatidas com o trabalho de esclarecimento e organização para a

defesa de seus interesses, próprias da Assessoria Jurídica Popular.

c) Postura do cliente

Relacionada com a característica anterior podemos perceber que nos SAJ a postura

do cliente é geralmente apática, uma vez que toda a ação e decisão dos caminhos a seguir na

tentativa da resolução do conflito estão a cargo do advogado que, por isso mesmo, se coloca

numa posição hierarquicamente superior. O cliente não é sujeito de sua própria

historicidade, sendo mero objeto da história.

Esta característica pode ser explicada pelo formalismo no atendimento ao cliente,

estabelecendo uma subordinação hierárquica do mesmo ao profissional e seu saber técnico

específico. Da vestimenta ao vocabulário, passando pelo local do atendimento - escritório de

advocacia, tradicionalmente decorado - do manuseio dos códigos ao diploma “na parede”,

tudo cria um ambiente hostil e desconhecido para a clientela, que não pode assumir outra

postura senão a de submissão.

Assim, o cliente deve tão somente contar seu problema, assinar uma procuração e

entregar todos os documentos pedidos pelo profissional. Ao operador jurídico (advogado)

cabe decidir todas as estratégias de atuação, ou seja, controlar a situação. Aliado a este

tecnicismo, não podemos deixar de lembrar da própria morosidade do poder judiciário, o

que faz com que o cliente se torne praticamente “anestesiado” diante da situação,

desconhecedor de seu próprio destino.

Já os serviços de AJC trabalham com uma postura de participação da clientela. Não

devemos esquecer que os serviços de assessoria jurídica trabalham com o objetivo de

organização e conscientização da comunidade. Assim, orienta-se em busca de uma relação

advogado - cliente totalmente diversa da descrita acima. Na Assessoria Popular, existe uma

relação de coordenação e colaboração entre os dois atores envolvidos, advogados e clientes,

que aqui possuem uma postura ativa e participante. O advogado é apenas mais um, com um

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saber específico por certo, dentro da luta jurídico - política que irá beneficiar toda uma

coletividade.

Aqui, o cliente não irá simplesmente contar seu problema ao profissional e aguardar

a decisão. Irá participar, ativamente, de todas as fases da luta de seus interesses. Como

trabalhamos com a perspectiva de ações de interesse coletivo, o movimento poderá,

inclusive, se utilizar pressões populares, tentando chamar a atenção da sociedade de sua

realidade. Assim, fazer “barulho”, acampar na frente do fórum ou prédios do poder público,

manifestações ou greves são mecanismos que poderiam ser utilizados, não apenas pela

natureza coletiva dos interesses a serem tutelados, mas principalmente por causa da esfera

institucional a que se destina as demandas - nem sempre o Judiciário, podendo também ser o

Poder Legislativo ou Executivo.

Mas, mesmo no que tange ao procedimento técnico específico do saber jurídico, não

cabe ao advogado a decisão, tomada de forma individual, das estratégias a adotar. Ao

profissional caberia tão somente apresentar as possíveis soluções para os problemas

apresentados pela comunidade que, em discussão conjunta, decidirá os caminhos a seguir.

Nesse sentido coloca-se em rediscussão o conceito tradicional - liberal de Justiça, fazendo-

se necessário novos meios atuar. Assim, os advogados passam a compartilhar com os

clientes todo o processo dos litígios, inclusive as incertezas de um processo legal que, por

sua natureza, é inicialmente adverso às chamadas classes populares. Nesse Sentido, o cliente

é co-responsável pelas escolhas feitas no processo, passando também por um processo de

educação para a Cidadania.

d) Postura do Direito

Até no que tange ao entendimento do Direito e a forma como é trabalhado pode ser

diferenciado entre os dois serviços de acesso à justiça.

Nos SAJ o direito possui uma aura de mistério e encanto, quase uma magia mística,

num caráter de sacralidade. O Direito, nesta perspectiva, é trabalhado num clima de

deslumbramento, com sua linguagem hermética e indecifrável, que impede aos operadores

jurídicos e demais membros da sociedade a perceber e utilizá-lo em toda a sua dimensão.

Dentro da premissa tradicional da Assessoria Judiciária o advogado é o único conhecedor

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dos segredos da magia do Direito, quase que como um sacerdote diante de uma clientela

atônita e passiva.

A possibilidade de utilização desse saber se dá em dois níveis. No primeiro, o

advogado conhece a lei e a ciência do direito, devendo guiar a clientela, não iniciada, leiga e

desinformada, rumo à “luz do saber jurídico”. Ou seja, há uma separação rígida e formal

entre o saber técnico - científico e o senso comum, o saber popular. Outra premissa da

perpetuidade dessa mágica é o monopólio de pleitear em juízo por parte dos advogados. Em

outras palavras, ao confundir-se o advogado como um tutor das classes populares, constrói-

se uma perspectiva de uma relativa incapacidade dos tutelados.

Por outro lado, os serviços inovadores de assessoria jurídica comunitária partem da

procura do rompimento dessa postura de sacralização do Direito em vários níveis. Em outras

palavras, uma busca pelo “desencantamento da lei” e do próprio Direito, que passa o

conteúdo através de um processo de educação jurídico - política popular e um treinamento

para além da mera legalidade do Direito liberal, sendo, desta forma, capaz de habilitar a

comunidade para a autodefesa de seus interesses e direitos.

A consequência imediata dessa atitude é a quebra do monopólio do saber jurídico

dos advogados, numa ruptura dos parâmetros da cientificidade moderna, baseada, na

premissa já trabalhada, da separação, a nível epistemológico, entre o saber técnico -

científico e o senso comum. Assim, estabelece-se uma relação dialética entre estes dois

planos de saber, o universitário e o popular. Assim constrói-se uma relação que se

consubstancia pela substituição da idolatria da lei, da ciência e do poder perfeitos emanados

do Estado por uma redescoberta das suas imperfeições e pela recuperação da autonomia da

sociedade civil, principalmente das camadas populares.

Os direitos individuais são protegidos pelo formalismo jurídico e pelas posturas

legalistas. Isso gera alguns problemas como o direcionamento da definição dos problemas a

serem resolvidos pelos serviços legais e o estímulo da apatia e da desconfiança do público

quanto as possibilidades reais de proteção de seus direitos. Em contrapartida, os serviços de

AJC tendem a buscar uma maior flexibilização nos mecanismo de defesa dos interesses,

auxiliando a clientela para que esta possa perceber os seus problemas do dia-a-dia como

problemas jurídicos e a encontrar os remédios jurídicos adequados, estejam eles disponíveis

ou passíveis de criação por diversos atores envolvidos.

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e) Consequências da atuação do serviço

De uma maneira em geral, a história dos serviços tradicionais de assistência

judiciária tem estado associada ao procedimento ideológico e ao aprimoramento dos

mecanismos de controle social, ou em outras palavras, de controle de litigiosidade. Dito

isso, podemos explicar muito dos interesses e objetivos por trás dos serviços de assistência

judiciária. Desde o ano de 1928, o Comitê Britânico de Assistência Legal aos Pobres já

ressaltava ser mais conveniente e eficiente desenvolver um sistema de aconselhamento legal

aos pobres do que encorajar os litígios interclasses. Sublinhava, também, que o resultado

dessa orientação jurídica popular servia, geralmente, para mostrar e convencer os populares

de que não havia violação de direitos em muitas das reclamações do povo.

Fica claro, então, que a assistência judiciária tradicional, pautada em pressupostos

formais, surge com a finalidade de ser um mecanismo competente de redução dos conflitos,

de controle de litigiosidade. Para alguns, dentro desta perspectiva, o papel do advogado

sempre foi e ainda o é hoje em dia o de trazer o cliente de volta para a realidade, demonstrar

a inconsistência de sua pretensão e reforçar o fetiche pela lei e a ordem. A grande intenção é

negar a litigiosidade, a dimensão sócio - político dos conflitos, geralmente de classes, e das

lides.

Para tanto, os conflitos sociais são isolados um a um, transformados em meras

“contentas jurídicas individuais” e banalizados dentro das rotinas processuais e do cotidiano

dos fóruns, com o objetivo de que tenham seu impacto político controlado e sensivelmente

diminuídos por um discurso aparentemente técnico (a letra da lei), neutro e dentro do

institucionalizado (o litígio judicial).

No entanto, o controle de litigiosidade não é a única possibilidade de conseqüências

do trabalho dos serviços de assistência judicial. Os serviços de assessoria jurídica popular

trabalham com a perspectiva de valorização e enriquecimento das demandas, numa busca de

uma “explosão de litígios”, a partir da troca da premissa tradicional da assistência legal, de

mero instrumento de controle social, para o de ferramenta competente na busca de um

acesso igualitário ao direito.

Podemos observar esta realidade com bastante clareza na América Latina,

principalmente após a década de 60, quando do agravamento da situação econômica e

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social. Essa explosão de litígios acaba por ressalvar e explicitar a ineficiência do aparato

judicial, o que responde por formas alternativas e plurais de resolução de conflitos.

f) Profissionais envolvidos

Também quanto aos profissionais envolvidos iremos encontrar muitas diferenças

entre os serviços de assistência judiciária e de assessoria jurídica comunitária. Enquanto os

primeiros são, quase sempre, formados exclusivamente por profissionais do Direito (quando

muito, iremos ver assistentes sociais ou estagiárias de serviço social fazendo o atendimento

inicial, a triagem dos clientes, antes de encaminhá-los aos verdadeiros “doutores”), postura

certamente explicada pelo formalismo jurídico e o apego às estratégias essencialmente

jurídicas, os serviços de AJC se caracterizam por uma postura completamente diversa,

pautados pela interdisciplinariedade de profissionais envolvidos, a exemplo de assistentes

sociais, sociólogos, pedagogos e advogados.

A opção dos serviços de assistência judiciária pela presença quase que exclusiva dos

advogados responde pelo descartamento da análise política, social ou econômica que, por

acaso, estejam presentes ou conexos com o caso em estudo. Esta problemática se amplia e

ao mesmo tempo se inicia, certamente, nas Faculdades de Direito, quando da formação

profissional dos novos operadores jurídicos. O currículo do curso de Direito privilegia tão

somente o conhecimento técnico específico e a compartimentalização do ensino, de forma

que nem entre os diversos ramos do Direito seja possível perceber potenciais conexões. Isso

faz com que se formem apenas quadros incapazes ou desinteressados em perceber

criticamente, ou seja, em termos políticos, econômicos e sociais, esse obscurecimento da

dimensão extralegal.

Exatamente por procurarem inserir os problemas jurídicos em contextos mais

amplos, observando as facetas econômicas, sociais e políticas dos mesmos, as equipes dos

serviços de Assessoria Jurídica são compostas por profissionais de diversas áreas, sem que

isso signifique um “esvaziamento” do papel do direito no seio das transformações sociais.

Em outras palavras o direito não é nem o principal nem o menos importante dos

instrumentos de mudança social, mas apenas um dos muitos mecanismos possíveis de ação

transformadora.

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No que tange ao verdadeiro papel do Direito, podemos afirmar que esta perspectiva

multidisciplinar resgata no Direito e nos próprios operadores jurídicos, principalmente os

advogados, funções até então encobertas ou desconhecidas pela clássica visão liberal do

fenômeno jurídico.

g) Tipo de demandas atendidas

Os serviços tradicionais de assistência judiciária têm como objetivo as denominadas

demandas jurídicas clássicas. O que irá definir a clientela será uma simples associação de

casos semelhantes, agrupados por idênticas características de cunho individuais, tais como

separações, alimentos, despejos e reclamações trabalhistas. Alguns chegam a afirmar que a

única coisa que unifica os clientes da assistência judiciária é seu status de pobreza, seja ela

relativa ou absoluta. As necessidades, muitas vezes comuns a grande número de clientes, por

serem tratadas de forma individual e aparentemente desvinculadas umas das outras, não

conseguem construir uma identidade de cidadania.

Assim, principalmente, as lides são tratadas e resolvidas quase que de maneira

meramente formal, seguindo os limites exacerbados do dogmatismo jurídico, na busca do

equilíbrio jurídico intra-partes, na famosa máxima “dar a cada um o que é seu”.

Diversa é a postura dos serviços de AJC. Não devemos esquecer que a assessoria

jurídica tem como objetivo político a contribuição para com o processo de organização das

comunidades atendidas; assim as demandas, na maioria dos casos, se reportam a interesses

difusos ou coletivos, numa busca de uma denominada “justiça alternativa”. Esta justiça é

buscada, principalmente através de dois planos.

O primeiro na transformação de nível institucional-formal que passa a concorrer com

outros tipos de processos muito utilizados nos dias de hoje: juizados informais e de

pequenas causas; valorização em critérios de equidade; participação popular na

administração da justiça e, por fim, o encorajamento à negociação, transação e barganha.

A segunda surge da preocupação com a restauração do equilíbrio individual e passa-

se a um novo plano que está preocupado com o encurtamento das desigualdades sociais,

numa racionalidade voltada às exigências das maiorias que são desprivilegiadas pela

dinâmica social contemporânea.

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Assim, enquanto os serviços de assistência judiciária se preocupam tão somente com

causas tradicionais e individuais, a AJC trabalha com ações transformadoras e de ampla

repercussão social. Demandas que, pela natureza de seu impacto social, provocam

verdadeiras “revoluções“ no ordenamento jurídico nacional.

h) Certeza Jurídica X Justiça Social

Os serviços de assistência judiciários têm como valor maior a certeza jurídica. Isso é

consequência do apego à letra da lei, ao formalismo jurídico e a obediência estrita aos

mecanismos formais (procedimentais) do Direito.

Assim, esta perspectiva trabalha com base na impossibilidade do equilíbrio entre

Estado de Direito, Estado Representativo e Estado do Bem Estar (ou seja, o estado que

preserve, respectivamente, os direitos civis, políticos e sociais). Em outras palavras, baseia-

se na hipótese de que as relações entre a esfera pública - o Estado - e a esfera privada - o

cidadão - seriam incompatíveis, necessitando da indispensável regulamentação jurídica, ou

seja, sem os balizamentos da certeza jurídica, num quadro que levasse às últimas

consequências essa combinação.

Já os serviços de AJC partem da premissa de admissão da congruência entre aqueles

três elementos supracitados, baseando-se na hipótese de que o cidadão e o Estado tendem a

estabelecer relações entre si, de forma legítima; por isso mesmo pautados no consenso e na

justiça social. Assim, diferentemente da anterior, a AJC tem como valor maior a busca da

justiça social, mesmo que isso represente o relativo abandono ao conceito de certeza

jurídica.

i) Breve epílogo

Poderíamos desta forma relacionar as 07 (sete) características principais para os

serviços de assessoria jurídica aos movimentos sociais. As três primeiras características,

criatividade, o advento de novas relações entre advogados e clientes, e a descrença no

Judiciário, constituem o perfil técnico-jurídico da advocacia insurgente, enquanto que as

outras quatro, respeito às práticas populares, a conscientização, a participação e a crítica às

práticas paternalistas, marcam o caráter político-militante desses serviços. Quanto às

características em si, não achamos necessário maiores esclarecimentos, uma vez que a

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descrição dessas características já foi anteriormente contemplada pela diferenciação entre os

serviços legais tradicionais e inovadores.

Nos interessa observar que este caráter duplo da ação das assessorias jurídicas - de

um lado fica o trabalho com o processo, de outro o de fora do Judiciário - leva a paradoxos

que podem se constituir numa paralisia e impedir o curso dos exercícios profissionais do

assessor. Por exemplo, a criatividade jurídica, que pode ser materializada pela

reinterpretação dos dispositivos legais, quase sempre é contraposta pela descrença no

Judiciário, que descamba numa recomendação de nada fazer judicialmente. Da mesma

forma o respeito às práticas populares se opõe, na maioria das vezes, às práticas de

conscientização/participação, já que o assessor pode ser levado a acreditar que sua missão é

tão importante que deve ser superior à própria realidade comunitária.

No entanto, esta paralisia não é absoluta. Um exemplo em que os assessores

definem uma postura dentro da dicotomia técnico-jurídico/político são as ações das questões

de terras, onde se privilegia a face política em detrimento da ação técnica. Nesses casos, as

ações extra-legais são utilizadas e as legais até mesmo esquecidas. Porém, nesses casos há a

possibilidade de se observar um sério problema pois os assessores jurídicos transformam-se,

muitas vezes, em assessores políticos, muito embora, enquanto advogados, não estejam

devidamente preparados para a tarefa que de dispõem a cumprir.

Como consequência imediata dessa postura, os avanços técnicos tendem a ser muito

lentos. Em outras palavras, o abandono do Direito faz com que este evolua muito devagar.

Entendemos que isso se constitui num erro uma vez que, apesar do justo ceticismo, o

Direito, enquanto meio de dominação, não é puro reflexo da estrutura econômica, como

afirma o marxismo ortodoxo. A produção de normas jurídicas, que são instituídas para toda

a sociedade e não apenas para partes dela, abre espaços para contradições, onde a prática

alternativa do direito, a “criatividade”, tem oportunidade de ação. A utilização da face

política deve ocorrer, mas sem desprezar a ação jurídica e a luta pela instituição de normas

jurídicas mais populares.

Devemos nos lembrar que no processo de democratização da sociedade brasileira, o

controle do Poder Executivo tem sido proposto num sistema de parceria, através de

Conselhos Populares, Orçamento Participativo, Planejamento Participativo, Administrações

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Regionais, etc, que são instrumentos que determinam a efetiva ação da população junto ao

Executivo, demandando direitos, exigindo a garantia e a execução dos direitos conquistados.

Assim como o Poder Executivo, entendemos que também o Poder Judiciário tem

uma ampla potencialidade num processo de ampliação e redefinição da cidadania. Se for

verdade que os movimentos traduzem as necessidades da população em termos de direitos,

as assessorias o fazem longe do Judiciário, que é o lugar por excelência em que se deveria

fazer a reivindicação de direitos.

Torna-se imprescindível, então, que os serviços de Assessoria Jurídica Popular se

voltem definitivamente para o Poder Judiciário, não numa postura meramente técnico -

formalista e submissa a uma estrutura hierarquizada que é posta pelo status quo, e sim numa

leitura crítica, insurgente e alternativa, tentando reconstruir o fenômeno jurídico para que

este esteja a serviço, não de uma minoria opressora, mas da grande maioria da sociedade.

Desta forma, pode-se definir com assertividade os objetivos do presente Programa,

sendo o Objetivo Geral:

* Oferecer às comunidades populares de Brasília, um processo de Educação para a

Cidadania, ou seja, proporcionar conceitos básicos de direitos e obrigações, orientando o

movimento popular na organização/conscientização em defesa de seus interesses, na busca

do efetivo acesso à justiça.

De mesma forma, temos como Objetivos Específicos:

• Prestar assessoria jurídica e social às camadas populares de Brasília, através de uma

atuação junto às suas Associações e movimentos;

• Apoiar as Associações de Moradores e outros grupos da comunidade nas suas

reivindicações e lutas quanto à melhoria de suas condições de vida;

• Definir a médio e a longo prazo em elenco de ações para as quais esta assessoria

jurídica poderá oferecer informações e orientações;

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• Fortalecer a luta de organização da população através da interação dos diversos

grupos e da vivência da prática comunitária;

• Possibilitar aos acadêmicos da UCB a oportunidade de uma aproximação com a

realidade social, capacitando-os para uma leitura crítica da mesma e

instrumentalizando-os para a ação profissional.

• Oferecer assessoria jurídica a associações de Moradores e a outros grupos da

comunidade de Brasília

• Participar de campanhas de apoio às reivindicações das Associações de Moradores e

de outros grupos da comunidade quanto aos direitos de moradia da população;

• Realizar conjuntamente com a Comissão de Direitos Humanos da OAB e do Curso

de Direito da UCB, seminários, aulas públicas e debates com os grupos organizados

e a população quanto a diversos assuntos contemporâneos, tais como : direitos

humanos, violência urbana, CDC, ECA e outras campanhas coletivas;

• Elaborar, com a participação da população, boletins informativos e cartilhas

enfocando os diversos problemas enfrentados pela comunidade;

• Implementar a prática de plantões semanais de atendimento jurídico aos

requerimentos da população local e áreas circunvizinhas, encaminhando os casos

individuais ao núcleo de prática jurídica da UCB;

• Suscitar a colaboração das diversas Unidades de Ensino desta Universidade para

prestar os seus serviços nas especialidades cursadas pelos alunos.

Núcleo de Estudos de Preconceito e Intolerância

O Núcleo de Estudos sobre Preconceito e Intolerância (NEPI) tem o intuito de proporcionar

no meio acadêmico um espaço de discussão interdisciplinar sobre temáticas fundamentais

como: cidadania, preconceito, inclusão, intolerância, violência, gênero, dentre outras.

São objetivos do NEPI:

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- promover o debate sobre a Intolerância de forma interdisciplinar, envolvendo professores

e alunos tanto da UCB como de outras instituições, permitindo o desenvolvimento de

projetos de pesquisa coletivos e individuais sobre o tema;

- divulgar os resultados das pesquisas em textos, seminários, congressos e cursos destinados

a comunidade da UCB e outras instituições, além de concretizar publicações do Núcleo;

- disponibilizar aos alunos de graduação e pós-graduação horas-atividade sobre o tema da

Intolerância e possibilitar a realização de projetos de Iniciação Científica e de Conclusão de

Curso na área;

- promover atividades sociais que contribuam para o desmascaramento de intolerâncias

ocultas na sociedade;

- realizar intercâmbios com outros projetos/núcleos de pesquisa.

O NEPI tem como atividades permanentes a realização de:

CURSO DE EXTENSÃO – Curso destinado à comunidade acadêmica intentando uma

formação preliminar sobre a problemática do Preconceito e da Intolerância nas sociedades

(atualidade e história).

GRUPO DE ESTUDOS – Aberto a qualquer pessoa interessada em participar de discussões

sobre temáticas relacionadas a Preconceito e Intolerância. Leitura de textos e discussões em

grupo.

Centro de Estudos em Direitos Humanos

O CEDH tem o propósito de unir estudantes, professores e interessados para estudar e

refletir sobre a temática de Direitos Humanos. Os estudos estão centrados na área do DIDH -

Direito Internacional de Direitos Humanos, ramo ainda pouco estudado e aprofundado na

ciência do Direito. O escopo principal do CEDH é estimular a capacidade dos seus

participantes de estudar e investigar os sistemas internacionais de proteção aos Direitos

Humanos (Organização das Nações Unidas e Organização dos Estados Americanos), tanto

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na sua parte substantiva (instrumentos jurídicos), como também na parte operacional

(elaboração de relatórios e denúncias).

Por estar inserido em uma Universidade é preocupação constante em todas as

atividades acadêmicas desenvolvidas pelo Curso a integração entre o ensino, a pesquisa e a

extensão, exigência Institucional.

A UCB, na busca da implementação de sua política de Extensão, além de pautar

institucionalmente seu processo ensino-aprendizagem, também o faz a partir de

compromisso social e de projetos sócios comunitários23. Neste sentido alguns dos

projetos da própria UCB têm contado com a participação ativa de parcela do corpo

discente e docente do Curso24. Projetos extensionistas nas comunidades próximas da sede

do campus, dos quais são exemplos Areal, Riacho Fundo, Samambaia e mesmo em

Taguatinga têm contado com participação de estagiários do curso em atividades de

orientação e assistência jurídica, bem como em ações comunitárias por meio de parcerias

promovidas por entidades privadas e públicas, ensejadoras da desejada integração.

A Universidade se insere, desta forma, como elemento transformador da

comunidade com a qual interage, vinculando o processo extensionista à sua essência

educativa e realizadora de “projetos que sinalizem para a dignidade de vida e de justiça

social”25.

4.4. Avaliação da Aprendizagem

“A UCB aceita a avaliação como tendo, antes de tudo, um caráter formativo,ou seja,

avalia-se para ampliar o processo de aprendizagem, para apreender o que se está aprendendo, o

que ainda não está compreendido e seus motivos.

O processo de avaliação é um instrumento para revisão da intervenção dos professores.

Avaliando a aprendizagem dos estudantes, se avalia o itinerário tomado pelo professor. Portanto, a

avaliação, mais do que seu caráter formativo, possui sua dimensão de diagnóstico e subsídio para o

23 Cf. Projeto Pedagógico Institucional. p. 24. 24 Idem. 25 Ibidem.

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plano de ensino.

Além disso, a avaliação precisa tornar-se prática de retorno, de revisão de conteúdos, de

visualização do erro no processo, momento especial de retomada do aprendizado e de

redirecionamento da atuação de professores e estudantes”26.

A avaliação aparece, na Resolução 09/2004 CNE/CES, como item obrigatório para os projetos pedagógicos dos Cursos de Direito, nos seguintes termos:

Art. 9º. As instituições de ensino superior deverão adotar formas específicas e alternativas de avaliação, internas e externas, sistemáticas, envolvendo todos quantos se contenham no processo do curso, centradas em aspectos considerados fundamentais para a identificação do perfil do formando.

Parágrafo único. Os planos de ensino, a serem fornecidos aos alunos antes do início de cada período letivo, deverão conter, além dos conteúdos e das atividades, a metodologia do processo de ensino-aprendizagem e os critérios de avaliação a que serão submetidos e a bibliografia básica.

Relativamente ao cumprimento dessas exigências, bem como das demais exigências legais, o curso de Direito da UCB adota projetos e parâmetros pensados dentro de uma sistemática de avaliação continuada. Seguindo essa lógica didática, as avaliações não se limitarão a provas e testes, mas ao acompanhamento coletivo e individual do desenvolvimento do discente, buscando construir cotidianamente as condições mínimas para que se possa proceder à substituição da metodologia tradicional de avaliação pela chamada avaliação por objetivos. Assim, o acadêmico estará constantemente em processo avaliativo, tendo diversas chances de demonstrar a construção do conhecimento e/ou habilidades exigidas.

Com efeito, mesmo quando for necessária a realização de provas tradicionais, serão privilegiadas as avaliações subjetivas e dissertativas, cujo escopo central será perceber se o aluno demonstra capacidade e habilidade de encontrar soluções para os problemas propostos e não meramente a capacidade de repetir fórmulas ou padrões consagrados.

A sistemática de avaliação utilizada pela Instituição contempla a necessária relação com os objetivos geral e específico do curso e das disciplinas. Além disso, a avaliação deverá considerar as habilidades e competências do curso e de cada disciplina, bem como atender às diretrizes da chamada avaliação processual qualitativa. Sem prejuízo de outras, a Instituição estabelece que o Projeto deve desenvolver as seguintes habilidades: retenção

26 Projeto Pedagógico Institucional, p. 31.

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(capacidade do aluno reter o conhecimento intermediado pelo professor), reflexão crítica (capacidade do aluno refletir criticamente sobre o conteúdo retido), expressão escrita e oral (capacidade do aluno expressar o conhecimento retido e refletido, seja de forma escrita ou oralmente, e trabalho em grupo (capacidade do aluno interagir com outros, desenvolvendo solidariedade e habilidade de trabalho em equipe).

As metodologias de avaliação devem refletir as metodologias do processo de ensino-aprendizagem descritas acima (técnicas de exposição, técnicas centradas no aluno, técnicas de elaboração conjunta e técnicas de trabalho em grupo), uma vez que o processo de aprendizagem contempla como momento privilegiado exatamente o lócus temporal da avaliação. Em outras palavras, um processo de ensino-aprendizagem eficiente pode ser completamente desconstruído pela utilização inadequada de procedimentos de avaliação da aprendizagem.

Neste aspecto, sugere-se que o professor adote, quando possível, os princípios da avaliação processual qualitativa, a fim de que possa, a partir da constatação da insuficiência ou precariedade do aluno, adotar meios corretivos e recuperativos, prestigiando a inclusão pedagógica e respeitando a diversidade do corpo discente.

No que se refere especificamente às provas, a orientação pedagógica é de que se utilize precipuamente a metodologia da chamada prova operatória, por ser essa a que melhor propicia o desenvolvimento de habilidades profissionais necessárias ao educando. A prova operatória busca observar a complexidade das diversas operações mentais necessárias para o desenvolvimento das habilidades profissionais, seguindo aquilo que ficou conhecida como a Taxonomia de Bloom. Tais níveis de operações mentais, em número de seis, podem ser assim explicadas sinteticamente:

• Reconhecimento - Neste nível, a habilidade mental básica exigida é a identificação das propriedades fundamentais dos objetos de conhecimento. Trata-se de operação mental de pouca complexidade. A estrutura da questão possui um pequeno contexto ou simples enunciado. Existem critérios de identificação do objeto do conhecimento. O comando da questão é claro e preciso.

• Compreensão - Neste nível de operação mental, além da identificação proposta no reconhecimento, há uma indicação de elementos que dão significado ao objeto de conhecimento: sua composição, finalidade, propriedade, características, etc. As operações mentais em nível de compreensão pressupõem o reconhecimento e vão além dele, por isso são operações mais complexas. Na estrutura da questão, temos um enunciado relativo ao objeto do conhecimento, a busca pela identificação do núcleo do objeto do conhecimento. Por fim, apresenta-se a solicitação de descrição ou de demonstração de compreensão.

• Aplicação - Este nível de construção do conhecimento se caracteriza pela transposição da compreensão de um objeto de conhecimento, em um caso específico, fato determinado ou situação-problema peculiar a ser resolvido. Assim,

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compreendido um conceito, ele seria aplicado em situações e em problemas bem definidos. Para tanto, a estrutura da questão se caracteriza pela apresentação de uma situação-problema, com parâmetros claramente definidos que circunscrevem a situação e a exigência de um desenvolvimento, uma sequência lógica a ser seguida.

• Análise - Analisar é uma operação mental que parte de um todo, um fato, um fenômeno ou mesmo um conceito, para a compreensão de suas partes. Ao enunciar-se “o todo” a ser analisado, devemos indicar os parâmetros para análise e explicitar o objetivo da análise.

• Síntese - A síntese é a operação mental inversa da análise, isto é, ao fazer-se a síntese, relacionam-se diversas partes para estabelecer as características de um “todo”. Agora, a estrutura da questão se baseia na apresentação ou indicação das partes, bem como os elos comuns entre estas partes. Por fim, solicita-se com precisão o objetivo de chegada – a síntese.

• Julgamento – Por fim, o último e mais complexo nível de habilidade mental na proposta de Bloom. Nele, há, normalmente, a emissão de juízo de valor após análise e/ou sínteses efetuadas. As questões que exigem julgamento se constituem a proposição da situação/fato a ser avaliada, bem como com a indicação dos parâmetros de julgamento esperados. Chama-se a atenção para o fato de que a correção de uma questão deste nível é feita pela coerência interna da argumentação no discurso. Não há um julgamento de certo ou errado. O julgamento fica por conta da coerência da argumentação.

O uso da Prova Operatória pode se desenvolver ao longo do curso com um todo,

num crescente grau de complexidade, conforme o desenvolvimento do aluno. Assim, usa-se o Reconhecimento e a Compreensão no primeiro ano, a Aplicação no segundo, a Análise e a Síntese no terceiro, usando o Julgamento a partir do quarto ano (por exemplo). Por outro lado, uma mesma prova pode possuir diversos níveis de abordagem, não devendo se limitar a apenas um nível.

O Núcleo Docente Estruturante terá um importante papel no controle e oxigenação dos processos, com as seguintes tarefas:

� Orientar o corpo docente na construção dos mecanismos de avaliação tendo em vista o presente Projeto Pedagógico, os objetivos do curso e o perfil do egresso;

� Determinar os mecanismos institucionais de realização das atividades avaliativas, transformando essa avaliação em um mecanismo de implementação da ABP, dos Estudos de Casos e outros processos capazes de medir o conhecimento acumulado pelo aluno ao longo do semestre letivo;

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� Orientar a Coordenação para revisão de processos de avaliação que gerem distorções ou sejam ineficazes para medir o conhecimento dos acadêmicos;

� Avaliar, ao final de cada semestre letivo, os resultados dos processos avaliativos adotados e sugerir mudanças naquelas que não estejam dentro dos objetivos do curso;

� Elaborar pautas para a capacitação docente, nos intervalos de cada semestre, levando em consideração uma perspectiva pedagógica e de qualificação profissional (formação específica)

A avaliação das atividades de estágio ocorrerão utilizando-se a metodologia de “avaliação por objetivos” ou “avaliação por competências”, onde o aluno não possui momento exclusivo e formal de avaliação, mas, sim, todos os momentos de seu estágio para comprovar a aptidão e o desenvolvimento de determinada habilidade previamente apresentada. Por essa concepção, o processo de ensino/aprendizagem não se dissocia do momento de avaliação, sendo apenas mais uma etapa do primeiro.

O processo de planejamento estratégico do ensino ocorrerá entre o Diretor do Curso e o corpo docente. No início de cada ano, serão conduzidas reuniões de planejamento, partindo da consideração do perfil profissiográfico do Curso e da validação do trabalho pedagógico do ano anterior. Essas reuniões visarão estabelecer formas de integração de conteúdos, procedimentos de avaliação e definição de bibliografia básica, e atividades semelhantes.

Periodicamente, serão realizados seminários de avaliação do Curso, a fim de proceder às adequações necessárias, visando manter a qualidade do ensino oferecido.Será preocupação sempre presente da direção e da coordenação aprimorar cada vez mais o Planejamento Estratégico Acadêmico, objetivando a contínua melhoria da qualidade do ensino.

4.4.1. Avaliação a serviço da aprendizagem

A continuidade da aprendizagem deve se verificar também nos processos de avaliação

enquanto, esta for entendida como feedback da aprendizagem a alimentar o processo

constantemente.

Nesse sentido o processo de avaliação precisa ser pensado, planejado e realizado de forma

integrada à aprendizagem, acompanhando de modo contínuo, tanto nos momentos de sucesso como

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naqueles em que não se conseguiu aprender, porém não deve assumir a condição de castigo, ou de

indicação de menor capacidade do aprendiz. “É preciso considerar que o processo de avaliação é um

momento de exercício de poder e como tal, também precisa ser avaliado”27.

Todo esse acompanhamento assume a característica de uma retro-informação que

provém do educador, dos colegas, do próprio aprendiz e de outros elementos que possam estar

participando do processo e que cumpre o papel de ajudar o estudante a aprender, bem como

motivá-lo para aprender cada vez mais e de forma continuada.

É necessário um acompanhamento para ver se o processo de avaliação está integrado ao

processo de aprendizagem e se subsidia os vários elementos que participam da aprendizagem: o

estudante e o educador nos seus desempenhos, e o programa ou plano de ensino em sua adequação.

Assim, a avaliação, enquanto tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente

deve acompanhar passo a passo o processo de ensino-aprendizagem. Sendo complexa, não se resume

à realização de provas e atribuição de notas; deve antes ser uma reflexão sobre o nível de

qualidade do trabalho escolar tanto do educador como dos estudantes. A apreciação qualitativa e

quantitativa dos dados colhidos através da análise de provas, exercícios, respostas dos estudantes,

realização de tarefas, dentre outras, permite uma tomada de decisão para o que deve ser feito

em seguida, inclusive em relação aos objetivos gerais e específicos que dizem respeito ao assunto e a

matéria em estudo.

Os objetivos educacionais a serem alcançados devem orientar o processo de avaliação a ser

planejado para que educadores e estudantes saibam se aprenderam aquilo que se propuseram. Outras

definições se devem estabelecer, ou seja, que atividades e técnicas se vão organizar para obter essas

informações? Por serem os objetivos relativos a três áreas (conhecimentos, habilidades e atitudes),

não é possível que uma única técnica consiga avaliá-los, daí ser fundamental o domínio de várias

técnicas avaliativas.

A pedagogia vem oferecendo inúmeros métodos e técnicas e por sua vez a didática que

assegura o fazer pedagógico da atividade, nesses novos tempos, orientam a melhor forma de se

realizar o processo de ensino-aprendizado e de avaliação.

As técnicas ou estratégias, enquanto aplicações específicas dos métodos possíveis de serem

usadas em aulas para colaborarem com a aprendizagem, inclusive em um Curso de Direito são:

recursos audiovisuais, dinâmica de grupo, aulas expositivas, aulas práticas, uso do quadro-negro,

internet, ensino por projetos, leituras, pesquisas, estudos de caso, visitas técnicas, grupo

cooperativos, e outras.

27 Projeto Pedagógico Institucional. P. 31.

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Relativamente ao processo de avaliação, o ideal seria no início de uma unidade

didática fazer-se uma sondagem das condições prévias dos estudantes, por meio de revisão da

matéria anterior, correção de tarefas de casa, testes rápidos, breves dissertações, discussão dirigida,

conversação didática etc. Durante o desenvolvimento da unidade acompanha-se o rendimento dos

estudantes por meio de exercício, estudo dirigido, trabalho em grupo, observação de

comportamento, conversas informais, recordação da matéria, e fazer verificações formais por meio

de provas dissertativas, provas de questões objetivas, arguição oral. No final da unidade

didática ou do período são aplicadas provas de aproveitamento.

4.5. Papel da Educação à Distância

As tecnologias de comunicação estão provocando profundas mudanças em todas as

dimensões da sociedade, sejam elas educacionais ou não. Elas vêm colaborando, sem

dúvida, para modificar o mundo. Nesse sentido, há um evidente interesse da Universidade

Católica de Brasília em aproveitar os benefícios de seu alcance e difusão.

Sabendo que as tecnologias viabilizam novas e produtivas metodologias de ensino e

que as redes de comunicação permitem o processo ensino e aprendizagem, em tempo real

em qualquer lugar do mundo, o ensino a distância viabiliza a produção compartilhada, a

formação de grupos coopertaivos e o surgimento do trabalho em grupos.

No intuito de agregar as qualidades que tal modalidade de ensino permite e em

consonância com a Portaria do MEC 4.059/2004, que autoriza as Universidades a introduzir

na organização curricular dos seus cursos 20% de disciplinas semipresenciais, a

Universidade Católica de Brasília oferece disciplinas com a mesma carga horária do ensino

presencial. Tais disciplinas são acompanhadas por docentes da isntituição com vínculo ao

curso, desenhando, assim, uma rede de interação semipresencial com os estudantes, a partir

da realização de encontros presenciais.

Tendo em vista o crescente número de alunos matriculados na instituição, com

interesses e objetivos diferentes, a UCB procura oferecer maior flexibilidade na composição

da grade horária, possibilitando a inserção de disciplinas virtuais em todos os seus currículos

para que os estudantes, ao mesmo tempo em que têm a oportunidade de conhcer um pouco

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do ensino a distância, estejam em contato com as novas ferramentas de comunicação e

informação. Dentre as razões indicadas pelos alunos da universidade para realizar tais

disciplinas, destacamos:

• maior flexibilidade de estudo no que diz respeito ao tempo e ao espaço;

• a vontade de experimentar uma nova modalidade de aprendizagem, reconhecendo-o

como oportunidade de atualização;

• o reconhecimento de que as disciplinas oferecidas semipresencialmente são uma

forma de apoio para a qualidade das estruturas educacionais existentes;

• a percepção de que este é um espaço rico em interação e possibilidades de

comunicação;a possibilidade de estudo autônomo.

A Católica Virtual, responsável pela criação e manutenção de Cursos à distância na

UCB, vem, desde a sua criação, desenvolvendo trabalho de vanguarda em sua área de

atuação.

Além dos cursos de pós-graduação lato sensu em Direito do Estado e Direito

Constitucional, já mencionados, a partir de 2007 todos os educadores da UCB que assim

desejarem poderão fazer uso da plataforma Moodle (utilizada para o ensino à distância -

EAD) como ferramenta complementar em suas aulas presenciais. Para isso, e também para

que possam atuar na tutoria de cursos ou disciplinas na modalidade EAD, desde o início

de 2007, a UCB tem oferecido ao seu corpo docente, através da concessão de bolsas

integrais, o Curso de Formação de Tutores em Ambiente Virtual.

Além dos cursos na modalidade EAD, o Curso de Direito oferece, em sua matriz

curricular algumas disciplinas que poderão ser cursadas na modalidade EAD, tais como

Direito do Consumidor, Direito Ambiental, Direito da Informática e outras disciplinas de

formação básica ou profissional, dentro dos limites legais estabelecidos pelo Ministério

da Educação.

5. ATORES E FUNÇÕES

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5.1 A área de Ciências Sociais Aplicadas e o Curso de Direito

5.1.1. A Área de Ciências Sociais Aplicadas

A área de Ciências Sociais Aplicadas tem como foco a formação de

estudantes e egressos com capacidade de pensar, propor e conduzir, de forma crítica

e ética, ações voltadas para a construção da sociedade em que vivem. Para isso, torna-se

necessária uma abordagem calcada na integração, em que o saber é problematizado e não

se limita à sala de aula, sendo um processo construído a partir de diferentes percepções. A

especificidade da área de Ciências Sociais Aplicadas está na conjugação de conhecimentos

e olhares nos mais diversos aspectos da vida social: econômicos, políticos, culturais,

jurídicos, contábeis, administrativos, sociológicos, tendo em vista o âmbito doméstico e o

internacional.

Nessa perspectiva, é de fundamental importância que o educador que compõe o

quadro das CSA seja capaz de mediar o processo de aprendizagem utilizando-se do

permanente diálogo, produzindo com os estudantes conhecimentos voltados para uma

atuação crítica e propositiva em relação às demandas e necessidades da sociedade. Esse

processo deverá conduzir os envolvidos à reflexão sobre os desafios presentes e

incentivar a busca de soluções criativas e empreendedoras.

Assim, o perfil do educador da área fundamenta-se na necessidade de ser

orientador da aprendizagem e, dessa forma, capaz de propor, acompanhar e avaliar o

processo de aprendizagem dentro de um enfoque plural e aberto a novos métodos.

Tendo como fundamento central a construção da aprendizagem, vista de acordo com os

princípios pedagógicos da UCB nos quais ela “é meio e fim de seu fazer”, os processos

relacionados devem envolver: uma dimensão pedagógica, capaz de orientar o ensino, a

pesquisa e a extensão, articulando-os com os problemas da sociedade e da cidadania; uma

dimensão científica, que tem como a expansão e comunicação do conhecimento; e uma

dimensão ética, que permita atuação profissional adequada e com respeito aos direitos

humanos. Dessa forma, a área fortalece a aprendizagem como um processo de trocas,

em que a pesquisa, o ensino e a extensão são indissociáveis e a avaliação não se

restringe a uma perspectiva instrucionista, ou seja, à aplicação de provas ou testes.

Os estudantes da área, por sua vez, ao chegarem à Universidade devem estar

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abertos às oportunidades oferecidas, no sentido de estimular suas capacidades e

habilidades de pensar criticamente, de analisar e se comprometer com a solução dos

problemas da sociedade. É desejável também que o estudante possua capacidade de

trabalho em equipe e interação com outras pessoas e culturas, sendo capaz de

respeitar as diferenças e conviver com elas. Também que possa encontrar na experiência

formativa proporcionada pela UCB uma porta de entrada para uma postura de constante

aprendiz diante da vida28.

Pretende-se, com isso, que o estudante da UCB possa contribuir para a sua própria

transformação, atuando crítica e eticamente, transitando nas mais diferentes áreas do saber,

adaptando-se e desenvolvendo-se em outras áreas diferentes daquela de sua formação. A

necessidade de construir seu conhecimento no conjunto dos diversos saberes da área

fortalece a capacidade dos estudantes e egressos de caminhar em diferentes situações,

buscando de forma conjunta a promoção de ações comprometidas com os desafios da

sociedade.

A partir dessa perspectiva, espera-se que os egressos da área de Ciências Sociais

Aplicadas da UCB apresentem sólida formação geral e humana, que proporcione postura

crítica e flexível diante da complexidade. Além disso, os egressos da área deverão

desenvolver as devidas habilidades para a atuação profissional competente e

constantemente atualizada, sempre comprometida com a sociedade.

Espera-se, em relação às atitudes, comportamento ético e compromissado, que

revele capacidade para a tomada de decisões, espírito crítico, liderança e facilidade de

atuação em grupo, adequada capacidade de comunicação oral e escrita, iniciativa,

empreendedorismo e compromisso com a permanente atualização.

Em conjunção com os estudantes e educadores, os cursos da UCB dispõem de uma

equipe de gestão composta pelos diretores, assessores e pessoal técnico-administrativo de

apoio ao ensino. No tocante ao perfil dessa equipe, almejam-se adequada capacidade de

acompanhamento e solução de problemas, atuação crítica e pró-ativa e abertura ao

diálogo, sempre em sintonia com os princípios que orientam a prática pedagógica da

Instituição e as diretrizes legalmente instituídas pelos Órgãos competentes. Em relação à

28 Cf. Projeto Pedagógico Institucional. p. 32.

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tomada de decisão, destaca-se o estímulo às decisões colegiadas e compartilhadas. Espera-

se, portanto, que o conjunto de atores e processos articulem-se de forma a possibilitar o

alcance da Missão Institucional, bem como da formação necessária e desejada para os

profissionais da área formados pela UCB.

5.1.2. O Curso de Direito

A Universidade Católica de Brasília está situada no Distrito Federal, núcleo das

grandes decisões políticas nacionais e sítio de convergência das mais diversas culturas do

País e do exterior. Nesse cenário, o Curso de Direito da UCB define o seu papel e suas

tarefas específicas de incentivar a formação de profissionais com discernimento crítico

diante do Estado e de compromisso com o cultivo da identidade dos brasileiros.

O Curso de Graduação em Direito da Universidade Católica de Brasília tem a

expectativa de recepcionar o perfil de alunado capaz de trabalhar em equipe e interagir

com outras pessoas e culturas, respeitando a dignidade da pessoa humana e a liberdade

pessoal. O discente terá a oportunidade de vivenciar a cidadania como compromisso de

integração social, a catolicidade como abertura de diálogo e a competência técnica.

A caracterização do perfil do estudante passa pela formação jurídica sólida,

humanística e ética. O estudante desenvolve no decorrer do Curso de Direito: capacidade

de análise, interpretação e argumentação; domínio de conceitos e terminologias jurídicas;

compreensão e valorização dos fenômenos jurídicos e sociais; aliados todos a uma postura

determinantemente ética.

O caminho jurídico iniciado no Curso de Graduação em Direito é de conhecimento

vasto, inquietante e exigente. Há a necessidade de um perfil de discente com espírito

dinâmico, empreendedor, atento em sua atuação nas transformações sociais e o seu

papel de elemento de transformação social.

O Curso de Graduação em Direito da UCB tem a proposta de formar profissional

capacitado a ultrapassar o mero pragmatismo, antigo paradigma dos cursos jurídicos. O

simples conhecimento positivista do ordenamento jurídico torna-se insuficiente para

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adequada formação do profissional do Direito. A interpretação dos instrumentos jurídicos

inseridos num contexto globalizado, de evolução tecnológica e de vastas contradições

sociais – desigualdades latentes na distribuição de renda e oportunidades – apresenta-se

como um desafio a ser ultrapassado no que tange à garantia dos direitos. Por isso, o

estudante de direito deverá, baseado nos seus conhecimentos jurídicos, buscar soluções

para o desenvolvimento social e humano sustentáveis.

A área de atuação do bacharel em direito é ampla, possibilitando ao graduado em

direito optar por uma ou mais profissões no desempenho das atividades. O exercício das

atividades profissionais demanda do bacharel uma formação interdisciplinar genérica, sem

descuidar da formação ética, filosófica e da técnica jurídica, a fim de inseri-se com

facilidade no mercado de trabalho.

Resta acrescentar que antes de tratar-se dos mais importantes atores do

processo de aprendizagem desse projeto há de se registrar, ainda, a experiência

passada com os diversos currículos que foram implementados neste Curso e que

representaram uma tentativa de consolidar o perfil que se tem buscado para nosso

bacharel, desde uma sólida formação ética, profissional e cognitiva do Direito, atualizados

no tempo e abertos a uma formação continuada.

Necessário se faz um estudo mais detalhado acerca dos perfis dos discentes,

docentes, gestores bem como de suas funções para se entender melhor todo o processo.

5.2 Corpo Discente (Entrada, Formação e Saída)

5.2.1. Entrada

Existe um processo regulamentado de ingresso semestral na UCB e seus cursos.

Assim os estudantes que entram no Curso de Direito são oriundos, preferencialmente e de

forma majoritária, de um processo seletivo para acesso ao Ensino Superior, o exame

vestibular, realizado nos termos da legislação vigente, atendendo a um edital específico e

que, sendo aprovados, efetuam matrícula no turno matutino, onde são ofertadas 200 vagas

no Campus I, ou no turno noturno, com 200 vagas sendo 150 no Campus I e 50 no Campus

III (Dom Bosco).

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As outras formas de entrada decorrem de: processo de transferência externa

facultativo; transferência externa ex-officio ou portadores de Diploma de Graduação e

Sequencial, todas essas modalidades de ingresso visam preencher vagas existentes no

Curso, também observada a legislação vigente.

Existe também a previsão de ingresso para nova habilitação do aluno que já tendo

concluído o Curso de Direito deseja obter outra habilitação no mesmo curso. Porém, em

sua estrutura curricular atual o Curso de Direito da UCB não oferece habilitação específica

em áreas do Direito, muito pelo contrário trabalha-se o bacharel generalista. Assim sendo,

esta opção não é disponibilizada, seja na modalidade de diplomado, seja na matrícula no

semestre seguinte ao do término do último semestre do Curso.

Como é natural, o aluno que ingressa via processo seletivo é matriculado no

primeiro semestre do Curso, e possuindo outro curso de graduação ou pós-graduação,

desde que compatível, pode solicitar aproveitamento de estudos pertinente ao currículo do

Curso de Direito. Os que ingressam por transferência ou como graduado vão se

posicionando no semestre curricular de acordo com o aproveitamento de estudos já

realizados e que atendam as normas da UCB.

5.2.2. Formação

A Resolução CNE/CES N° 9, de 29 de setembro de 2004, aprovada pelo Conselho

Nacional de Educação aponta, em seu artigo 4º, as competências e habilidades mínimas

que devem ser desenvolvidas na formação do profissional do Direito. Cabe ressaltar que a

Resolução CNE/CES nº. 9/2004 tem fundamento na Lei nº. 4.024, de 20 de dezembro de

1961, com a redação dada pela Lei nº. 9.131, de 25 de novembro de 1995, tendo em vista

as diretrizes e os princípios fixados pelos Pareceres CES/CNE números 776/97, 583/2001,

e 100/2002, nas Diretrizes Curriculares Nacionais elaboradas pela Comissão de

Especialistas de Ensino de Direito, propostas ao CNE pela SESu/MEC, considerando o

que consta do Parecer CES/CNE 55/2004 de 18/2/2004, bem como o teor do Parecer

CNE/CES 211 aprovado em 8/7/2004.

Ademais, também a Portaria INEP nº. 125 de 28 de julho de 2006, publicada no

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DOU de 2 de agosto de 2006, Seção 1, pág. 26, fundamentada na Lei nº. 10.861, de 14 de

abril de 2004; na Portaria Ministerial 2.051, de 9 de julho de 2004; na Portaria Ministerial

nº. 603, de 7 de março de 2006 (em sua atual redação) dispõe acerca das competências e

habilidades que devem ser desenvolvidas na formação do graduado em Direito.

Finalmente, a carga horária mínima dos cursos de Direito, estabelecida pelo Parecer

CNE/CES nº. 08/2007, aprovado em 31/01/2007.

O curso de graduação em Direito, ciente das exigências legais, possibilita a

formação profissional que revela as seguintes habilidades e competências: a) leitura,

compreensão e elaboração de textos, atos e documentos jurídicos ou normativos - com a

devida utilização das normas técnico-jurídicas; b) interpretação e aplicação do Direito; c)

pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes do

Direito; d) adequada atuação técnico-jurídica, em diferentes instâncias, administrativas ou

judiciais - com a devida utilização de processos, atos e procedimentos; e) correta

utilização da terminologia jurídica e da Ciência do Direito; f) utilização de raciocínio

jurídico, de argumentação, de persuasão e de reflexão crítica; g) julgamento e tomada de

decisões; e, h) domínio de tecnologias e métodos para permanente compreensão e

aplicação do Direito; todas fundamentadas na atuação solidária e efetivando o

desenvolvimento integral da pessoa humana e da sociedade, sendo todo o processo

comprometido com a qualidade e os valores éticos.

O curso de graduação em Direito da Universidade Católica de Brasília embasa

a aprendizagem do estudante na observação dos fatos que servem de fundamento à

realidade técnica que irá manejar, não podendo dissociá-la do quadro social no qual atuará,

nem ignorar a análise crítica dos reflexos que as situações da vida podem produzir na

legislação, na doutrina e na jurisprudência.

A análise crítica do direito, desenvolvida pelos estudantes da UCB, frente à

realidade social do país, pressupõe a leitura, a compreensão, a interpretação do Direito

para que então haja a sua aplicação. Reconhecer a superação da dogmática tradicional é o

primeiro passo a fim de repensar a consonância do Direito proposto com as contínuas

mudanças sociais, a exigir a construção de novos paradigmas capazes de solucionar as

questões de conflito oriundas do fenômeno da globalização, sem esquecer a necessidade de

uma profunda formação ética.

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O profissional do direito, em sua formação de graduação, necessita dominar a

terminologia jurídica e a Ciência do Direito para uma correta compreensão da técnica

jurídica. O curso foge do formalismo exacerbado, ao apego irrestrito aos modelos legais

previamente postos, e busca adaptar a formação oferecida à dinâmica do mercado de

trabalho, para o qual há de preparar adequadamente os estudantes, assegurando o pleno

exercício de sua cidadania e respeito aos demais, habilitando-os a pensar e a produzir.

O curso de direito da UCB preocupa-se em formar o estudante tendo entendimento

das relações sociais a partir de um contexto histórico da daquelas relações que apresentam-

se cada vez mais complexas. O estudo jurídico há que se pautar permanentemente na via

de alimentação das ciências sociais, especialmente as humanas. A interdisciplinariedade

das ciências sociais é indispensável para o estudo do direito. O perfeito entendimento e

julgamento das relações sociais, a fim de se apontar soluções éticas, passa pela pesquisa e

utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes do Direito em

conjunto com os fundamentos de valores e princípios da formação transdisciplinar

englobando as áreas da Ciência Política, Economia, Filosofia, História, Psicologia e

Sociologia.

Nas palavras do art. 43 da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, é preciso

“Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento

reflexivo”, o que não pode ocorrer senão mediante uma sólida formação humanística.

A própria estrutura axiológica do Direito e seu caráter discursivo, aliados ao

dinamismo e complexidade das relações sociais que são seu objeto, fazem com que o

fenômeno jurídico seja produtor de questões que admitem múltiplas respostas, sendo que

constantemente o processo de busca por soluções é mais importante que a solução em si.

Daí a importância de prover o acadêmico de Direito com um instrumental para

compreender e interpretar a realidade, criando sua capacidade própria de apontar respostas

às questões que sua profissão se incumbirá de trazer a sua apreciação. Construindo,

assim, um perfil de alunado com sólida formação geral, humanística e axiológica,

capacidade de análise, adequada argumentação, interpretação e valorização dos fenômenos

jurídicos e sociais, aliada a uma postura reflexiva e de visão crítica que fomente a

capacidade e a aptidão para a aprendizagem autônoma e dinâmica, indispensável ao

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exercício da Ciência do Direito, da prestação da Justiça e do desenvolvimento da

cidadania29.

A intenção da Universidade Católica de Brasília é incentivar a emancipação do

acadêmico, de forma que o processo de aprendizagem ultrapasse o programa apresentado

pelos educadores e que o estudante possa buscar o conhecimento por meio da pesquisa e

da extensão. A formação de profissionais intelectualmente independentes, capazes de uma

atuação autônoma nas atividades que desenvolver, seja na magistratura, advocacia ou

quaisquer outras é primordial para o Curso de Direito.

As práticas jurídicas, desenvolvidas durante o curso de graduação, e a extensão

universitária integram expressamente as diretrizes dos cursos jurídicos. Sem os projetos de

extensão não há cumprimento da função social do conhecimento adquirido; assim, é

essencial a prática jurídica para qualificar e operacionalizar a formação jurídica do

estudante. A pesquisa científica resta necessária para o estímulo à investigação teórica

e empírica – relacionar o estudo técnico-científico à sua aplicação real. Desta feita, as

práticas jurídicas simuladas e reais – desenvolvidas no NPJ – motivam tanto o estudo

teórico quanto à investigação da realidade.

Cada vez mais se exige da formação do estudante de direito um aprofundamento

nas questões atuais. Desta forma, faz-se importante a compreensão da realidade social

frente ao direito posto. Também se apresenta oportuno ressaltar a necessidade do estudo de

todos os ramos do direito para a completa formação profissional. Não há como se

entender, estudar, analisar um caso jurídico sem envolver na solução, pelo menos, mais de

um ramo do direito. Assim, ainda que o mercado de trabalho do profissional do direito

imponha uma especialização, a sua formação há de compreender um profundo estudo de

todos os ramos jurídicos. Daí o fato de o Curso de Direito da UCB não mais dividir a sua

Matriz curricular, a partir do 9º semestre em uma dada habilitação. Acredita-se que o

estudante deverá ser exposto aos mais importantes ramos do Direito que, compreendidos

como um todo, interagem e se complementam.

5.2.3. Saída

29 Cf. Projeto Pedagógico Institucional. P. 32-33.

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Depois de no mínimo cinco anos de desenvolvimento de conhecimento, competência

e habilidades na ciência jurídica, o estudante terá alcançado o perfil do egresso que se

pretende.

Assim, a formação do perfil do profissional egresso do Curso de Direito da

Universidade Católica de Brasília tem como característica os fundamentos humanísticos,

que lhe confiram habilidade crítica e reflexiva do conteúdo jurídico e das relações sociais;

conhecimento técnico-científico fundamental, baseado na capacidade de desenvolvimento

auto-suficiente e em constante diálogo com a realidade social dinâmica; e ainda capacitação

para atuar como operador do direito, através da extensão universitária, da produção de

pesquisa científica e de uma sólida prática jurídica orientada. Deseja-se que o egresso

tenha sido capacitado para pensar, adquirir e reproduzir o saber.

Ao fim do curso jurídico, o acadêmico deve estar preparado para ingressar na realidade de

um mercado de trabalho dinâmico e competitivo, em que dele serão exigidos não apenas as

habilidades técnicas pertinentes à profissão, mas, também, uma visão criativa e criadora do

Direito. O detalhamento do perfil do egresso e as formas como se pretende implementá-lo já

foram detalhados anteriormente, razão pela qual não será aprofundado tal tema neste

momento.

5.3. Corpo Docente e Formação Continuada

A formação continuada dos professores da Universidade Católica de Brasília é

realizada por meio do Programa de Reconstrução das Práticas Docentes (PRPD). Este

programa parte dos pressupostos fundamentais de que o professor não é objeto da formação,

mas sujeito do seu processo formativo e de que a docência se dá numa relação dialógica com

os estudantes. O programa tem como premissa evitar submeter o professor à lógica do

treinamento, instigando-o a assumir a própria prática como objeto de sua curiosidade e

elaboração. Como meta final, o programa pretende que o docente consiga articular o projeto

pedagógico institucional com os planos de ensino de cada uma de suas disciplinas.

Neste sentido, o objetivo do PRPD é realizar um processo formativo que tenha como

ponto de partida a experiência docente dos professores, estimulando-os a refletirem e a

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reconstruírem suas práticas, de modo a contribuir para a consolidação coletiva do perfil

docente desejado pela universidade.

As atividades realizadas no PRPD articulam momentos presenciais e virtuais com o

intuito de potencializar o tempo do professor e aproximá-lo da dinâmica do papel das mídias

na educação. Os conteúdos desenvolvidos nestas atividades são: aprendizagem (orientação e

avaliação da aprendizagem), diversidade, juventude, cooperação e novas tecnologias

educacionais.

O programa é composto por três fases. A fase I visa pensar a prática a partir da

questão norteadora “Como Ensino”. A fase II tem como objetivo aprofundar a reflexão em

torno do fazer docente. Para isto, os professores são instigados a fazer leituras dos autores

que pensam a aprendizagem, avaliação e orientação da aprendizagem. A fase III é o

momento de elaboração. Após a reflexão sobre o conteúdo da prática e o acesso às teorias,

os professores são motivados a elaborar e re-elaborar o seu fazer.

O processo descrito acontece em salas de aulas virtuais. Nos momentos presenciais

ocorrem oficinas, grupos de trabalho sobre a prática docente, palestras e mesas redondas que

aprofundam os conteúdos citados anteriormente.

A UCB à luz do seu próprio perfil explicita, em forma de convicções, os princípios

que orientam a sua práxis. O sentido cristão da existência humana compromete a

execução das atividades com a valorização da vida em todas as suas formas; o

respeito à dignidade da pessoa humana e à liberdade pessoal; a busca da verdade e

do transcendente; o relacionamento de estima consigo mesmo, com os outros e com o

mundo.

Assim também é o perfil desejado do educador que exerce suas atividades na

instituição, que executará as atividades docentes valorizando a vida em todas as suas

formas, revelando a abordagem, em cada disciplina, da relevância da vida, seu respeito e

dignidade a fim de se estabelecer o relacionamento de estima com o estudante e deste

consigo mesmo.

O educador do Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília deve estar

comprometido com a aprendizagem do estudante, a partir do respeito à dignidade da

pessoa humana e à liberdade pessoal. Conceber exemplos próximos à realidade dos

estudantes é buscar a valorização das relações sociais da comunidade na qual o discente

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está inserido.

O Curso de Direito da UCB anseia pelo perfil de docente que acompanhe o

complexo processo histórico de constituição da sua área tendo competência formadora, ou

seja, competência pedagógica. O entendimento acerca da priorização e valorização do

processo de aprendizagem e que o mesmo tenha como protagonista o estudante e não

o educador é de essencial compreensão pelo docente.

O educador do Curso de Direito incentiva que o aprendizado do estudante

ultrapasse os limites do conteúdo proposto. A pesquisa é de suma importância para a

prática pedagógica; desenvolvê-la em conjunto com o alunado é primordial para o

desenvolvimento e aprimoramento da relação de aprendizagem. O estudo teórico a partir

de casos jurisprudenciais e o incentivo à participação do estudante em debates são

exemplos de posturas adotadas pelos docentes do Curso de Graduação em Direito da UCB.

Ademais, o educador deve reconhecer a importância da prática extensionista e sua

relevância na formação do futuro operador do Direito. A Extensão, que não se dissocia do

ensino e da pesquisa, convida o educador e o estudante a participarem da realidade da

comunidade à sua volta, reconhecendo, desde logo, os valores de seu papel e

comportamento ético.

Apresenta-se como elemento desafiador para a prática docente a permanente

atualização do conhecimento, nos aspectos teóricos, técnicos e de relação com as demais

áreas do conhecimento. Além disso, cabe ao educador a percepção que os seus métodos de

ensino devem incorporar as imensas possibilidades dos novos equipamentos tecnológicos e

sua percepção como elemento facilitador no processo ensino-aprendizagem.

A Universidade Católica de Brasília ressalta a importância do processo de

formação continuada de seus profissionais, os processos de avaliação da prática docente e

incentiva outras oportunidades de melhoria e valorização da prática docente. A UCB

busca, constantemente, o aprimoramento das condições de trabalho do corpo docente.

Sendo assim, o docente há que assumir a sua função no processo pedagógico, qual

seja, desempenhar a orientação da aprendizagem do estudante, tendo clareza como se

aprende, como se oportuniza o aprendizado e como se avalia o caminho percorrido pelo

estudante. O docente da Universidade Católica de Brasília é incentivado a adaptar-se

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às novas tecnologias e aplicá-las na educação. Acima de tudo, o educador da UCB tem

caráter de permanente pesquisador, acerca das novas tendências referentes à sua área de

atuação, buscando sempre a geração e disseminação do conhecimento adquirido e aliando-

o à realidade extensionista da Universidade Católica de Brasília, fazendo, assim, de “sua

prática educativa a expressão de seu engajamento na tarefa de realização da Missão da

UCB”30.

5.4. Núcleo Docente Estruturante e Colegiados

5.4.1. Núcleo Docente Estruturante

O Núcleo Docente Estruturante é formado pelo diretor e por, no mínimo, cinco

docentes diretamente engajados nos processos de criação, implementação, avaliação e

revisão do Projeto Pedagógico do Curso. Sua composição leva em consideração, além da

titulação e do regime de dedicação do docente, o envolvimento do docente com o curso e a

representatividade das áreas de formação do curso, conforme Parecer CONSEPE n.º

82/2010 de 24 de agosto de 2010.

A existência de um Núcleo Estruturante é fundamental para a devida implementação

de um curso. Pensar que apenas o coordenador, numa atividade isolada, possa dar conta de

tal tarefa é não dimensionar os múltiplos níveis de exigência que um curso superior exige

dos gestores. Num curso de Direito, onde se exige uma quantidade considerável de

atividades extraclasse, como as atividades complementares, estágio, monografia de

conclusão de curso, além das atividades de pesquisa e extensão (em suas diversas

modalidades), tal núcleo não é só importante como fundamental.

As concepções de interdisciplinaridade, de flexibilidade da grade curricular e das

técnicas de ensino-aprendizagem têm como elemento condutor e direcionador o Núcleo

Docente Estruturante (NDE), criado pela Portaria DIR nº 272/2009, de 02 de março de 2009,

com as seguintes atribuições:

30 Projeto Pedagógico Institucional. P. 32.

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a) Atualizar periodicamente o Projeto Pedagógico do Curso definindo sua concepção e

fundamentos;

b) estabelecer o perfil profissional do egresso do Curso;

c) promover a integração horizontal e vertical do Curso, respeitando os eixos estabelecidos

pelo Projeto Pedagógico;

d) discutir e propor mecanismos de interdisciplinaridade.

e) acompanhar e propor mecanismos e a forma de integralização das atividades

complementares;

f) analisar e avaliar os Planos de Ensino dos componentes curriculares;

g) supervisionar as formas de avaliação do aprendizado de alunos e o acompanhamento do

Curso, propondo melhorias no processo avaliativo;

h) conduzir os trabalhos de reestruturação curricular, para aprovação no Colegiado de Curso,

sempre que necessário;

i) acompanhar as avaliações do corpo docente, por meio da Avaliação Institucional.

j) planejar mecanismos de preparação para avaliações externas conduzidas no sistema

SINAES.

k) acompanhar e supervisionar alunos em estágios curriculares não-obrigatórios.

Especificamente sobre o NDE do Curso de Direito, este é composto por 15

professores, que responderão especificamente sobre as seguintes funções:

1. Coordenação do NPJ

2. Eventos

3. Atividades Complementares

4. Trabalho de Curso

5. Pesquisa e Iniciação Científica

6. Extensão e Ação Comunitária

7. Coordenação de áreas de conhecimento, conforme DCN: Núcleo Básico, Núcleo Profissionalizante e Núcleo Prático.

8. Supervisão do campus ASA SUL

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9. Apoio Pedagógico e Estruturação do PPC

10. Apoio de Gestão Acadêmica

11. Comunicação e Relações Institucionais

12. Articulação Interna do NDE

13. Mediação de Conflitos

5.4.2. Colegiado de Curso

Os colegiados são formados por docentes que atuam no curso, independente de sua

titulação, formação ou dedicação; e por um representante do corpo discente e um do corpo

técnico-administrativo.

Segundo a norma interna específica (Instrução Normativa nº 03/2010), o Colegiado

do Curso de Direito da UCB é é composto por 33 (trinta e três) membros com direito a voz e

voto, distribuídos da seguinte forma:

• 07 (sete) membros natos do Colegiado do Curso de Direito:

I - o Diretor da Graduação em Direito da Universidade Católica de Brasília que é seu

Presidente;

II - O Coordenador de Trabalho de Curso;

III - O Coordenador Geral do Núcleo de Prática Jurídica;

IV – 04 (quatro) representantes do NDE do Curso de Direito sendo, ao menos, um

representante da Asa Sul e outro da Unidade Campus I.

• 18 (dezoito) membros, eleitos pelos pares de acordo com áreas de concentração,

com seus respectivos suplentes:

I – 06 (seis) professores para área Propedêutica;

II – 06 (seis) professores para área Formação Profissional;

III – 06 (seis) membros da Área Prática, sendo cinco (05) professores;

• 02 (dois) advogados (as) eleitos(as) entre os pares dos Núcleos de Prática Jurídica

acrescidos de dois suplentes;

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• 01 (um) secretário (a) eleito (a) entre os funcionários do Curso de Direito com mais

um suplente.

• 02 (dois) professores indicados dentre os membros do Grupo Permanente de

Discussão do Exame de Ordem do Curso de Direito com seu respectivos suplentes;

• 03 (três) representantes do corpo discente indicados pelo CADIR, juntamente, com

seus suplentes.

No que se refere às competências do Colegiado, tem-se as seguintes atribuições:

I - Promover estudos, elaborar trabalhos escritos e pareceres, bem como outras

atividades visando à concepção da proposta de documentos e normas inerentes ao Curso de

Direito;

II – Discutir as principais questões pedagógicas do curso, propondo diretrizes gerais, em

colaboração com o Núcleo Docente Estruturante;

III - Atuar como órgão consultivo da Direção do Curso, respeitadas as instruções

normativas, normas internas do curso e da UCB;

IV - Discutir, aprovar ou rejeitar as matérias submetidas a sua deliberação, cuja decisão

deve ser tomada por maioria simples;

V - Deliberar pelo voto de seus membros, exceto o do Presidente que só será exercido

para o desempate;

VI - Estudar e apontar causas determinantes de evasão de alunos do curso a partir de

dados oficiais obtidos e propor ações resolutivas;

VII - Elaborar o seu regimento interno, propondo alterações, quando necessário ,

observadas as disposições da UCB.

5.4.3. Colegiado de Mediação de Conflito

A Universidade é um lugar onde diariamente convivem pessoas com diferentes

características, educações, religiões e personalidades. Entre tantas diferenças é natural que

surjam divergências das mais diversas espécies. É imprescindível, então, a boa

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administração dos problemas que venham a surgir para que a harmonia e o respeito estejam

presentes no ambiente escolar e não interfiram no processo de ensino-aprendizagem.

Em face dessa diversidade de comportamentos e da multiplicidade de conflitos que

podem surgir, a mediação se apresenta como importante meio para tentar solucionar e bem

administrar quaisquer divergências que se desenvolvam na instituição de ensino.

A mediação de conflitos é um meio pacífico e amigável de resolução e boa

administração de conflitos que se baseia no diálogo e na solidariedade humana. Por meio

dela, as próprias partes chamam para si a responsabilidade do problema vivido e tentam

resolve-lo por meio do diálogo, tendo o auxílio do mediador, terceiro imparcial e capacitado

para tal fim que facilita o diálogo entre os envolvidos no litígio.

A mediação possibilita a transformação da cultura do conflito em cultura do diálogo

na medida em que estimula a resolução dos problemas pelas próprias partes. A valorização

das pessoas é um ponto importante, uma vez que são elas os atores principais e responsáveis

pela resolução da divergência.

A busca do ganha-ganha, outro aspecto relevante da mediação, ocorre porque se

tenta chegar a um acordo benéfico para todos os envolvidos. A mediação de conflitos

propicia a retomada do diálogo franco, a escuta e o entendimento do outro.

A visão positiva do conflito é considerada um ponto importante. O conflito,

normalmente, é compreendido como algo negativo, que coloca as partes umas contra as

outras. A mediação tenta mostrar que as divergências são naturais e necessárias, pois

possibilitam o crescimento e as mudanças. O que será negativo é a má-administração do

conflito.

Quando o conflito é visto como um problema a ser solucionado pelas partes e não

criado pela outra parte permite-se potencializar os recursos, as habilidades das pessoas para

encontrar caminhos mais satisfatórios. A mediação possibilita também a discussão do

conflito real, proporcionando o restabelecimento do diálogo entre as partes. E esse conflito

real pode, enfim, ser trabalhado e dirimido.

Quando realizada nas instituições de ensino, a mediação é chamada mediação escolar

ou mediação acadêmica. A base da mediação acadêmica é a mesma – diálogo e

solidariedade humana -, apenas foi adaptada para ser desenvolvida dentro das Instituições de

Ensino, de acordo com suas características. Aqui, os mediadores são os próprios atores

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escolares que tentarão resolver e bem administrar os conflitos que surgem dentro das

instituições de ensino.

Considerando a Instituição de Ensino como instituição que objetiva a educação

cultural e social do homem, a mediação acadêmica se coloca como um convite à

aprendizagem e ao aperfeiçoamento da habilidade de cada um na negociação e na resolução

de conflitos, baseada no modelo ‘ganha-ganha’, onde todas as partes envolvidas na questão

saem vitoriosas e são contempladas nas resoluções tomadas.

A mediação acadêmica se caracteriza por possibilitar a educação em valores, a

educação para a paz e uma nova visão acerca dos conflitos. A violência, tão presente no

meio acadêmico na atualidade, acaba destruindo os vínculos existentes entre as pessoas,

tornando-as cada vez mais individualistas e indiferentes à existência do próximo. A

mediação praticada nas IE possibilita a todos os seus atores uma educação em valores. Ela

desenvolve entre as partes a tolerância, o respeito às diferenças, a solidariedade,

colaborando ainda para o surgimento da igualdade, da justiça, do desenvolvimento humano

e para a construção de uma democracia mais participativa.

As pessoas não nascem sendo tolerantes, solidárias e respeitosas, elas necessitam ser

educadas para agirem assim. A mediação, por suas características de diálogo pacífico, escuta

ativa, respeito ao próximo e solidariedade, possibilita que as partes envolvidas no conflito,

sejam educadas nesses valores e cresçam praticando-os.

Este colegiado tem a função precípua de mediar os conflitos no âmbito do Curso

entre seus atores, aliviando a pressão e desgastes da Assessoria e Direção do Curso, com

processos cujos despachos possuem outro rumo quando trabalhado num sistema de

mediação.

Os processos a serem submetidos a este Colegiado estão específicados em Instrução

Normativa e as situações extraordinárias, ou que, a juízo da Direção, será tratado por esta,

que avoca para si a análise e decisão.

A composição do Colegiado é de três membros permanentes indicados pela Direção

do Curso, sendo um representante dos professores, um representante dos alunos e um

representante dos colaboradores administrativos, e nessas funções permanecem até que seja

substituído por outro representante, seja por seu interesse ou por decisão da Direção do

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Curso.

As questões submetidas ao Colegiado de Mediação de Conflito devem ser reduzidas

a um processo que se iniciando no Curso ou não, resultando em composição do conflito é

arquivado no Curso após a homologação do seu Diretor, ou em não havendo a conciliação

do conflito o processo é encaminhado ao Diretor do Curso para que decida, seu destino e as

providências a serem tomadas, ou até encaminhar á Comissão Disciplinar da UCB, quando

assim for necessário.

Nesse sentido, merecem destaque os quatro grandes objetivos da Mediação

Acadêmica:

1. O conflito é parte inevitável da vida e pode ser usado como um momento de aprendizado

e crescimento pessoal pelos estudantes;

2. Como o conflito é inevitável, o aprendizado das habilidades de resolvê-lo é tão educativo

e essencial para o desenvolvimento dos estudantes como o aprendizado de conteúdos

curriculares;

3. Na maioria das ocasiões, os estudantes podem resolver seus problemas com a ajuda de

outros estudantes de uma maneira tão adequada como com a ajuda dos professores;

4. Incentivar os estudantes a resolver suas disputas de forma colaborativa é um método mais

de prevenir futuros conflitos (e desenvolver a responsabilidade estudantil), do que aplicar

punições pelas ações passadas.

5.5.Perfil Técnico-Administrativo e Formação Continuada

Os auxiliares e assistentes técnicos, lotados na Secretaria do Curso ou em um

dos Núcleos de Prática Jurídica, deverão ter por objetivo a excelência no atendimento ao

estudante. Não se deve, contudo, entender tal atitude como permissiva. Agindo sempre

dentro dos limites institucionais impostos, o auxiliar ou assistente deverá providenciar

retorno à demanda apresentada pelo estudante, de forma rápida e efetiva, sendo tal

resposta positiva ou negativa em relação ao que foi pleiteado.

Espera-se, ainda, que o profissional sempre busque seu desenvolvimento

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profissional, pessoal e acadêmico. No que toca o primeiro, a UCB, através de seu

Departamento de Gestão de Pessoas, oferece a todos os profissionais cursos de reciclagem

e treinamento específico. Quanto a seu desenvolvimento pessoal, além dos benefícios

indiretos, tais como Assistência Médica e Odontológica com preços competitivos, ao

colaborador é concedida bolsa para os cursos de graduação. Finalmente, no que tange ao

seu desenvolvimento acadêmico, através de bolsa de estudos, o colaborador pode buscar

sua graduação no ensino superior.

Finalmente, é necessário enfatizar que o colaborador técnico administrativo não é

um mero executor de tarefas; é necessária sua colaboração para com a gestão da

Universidade como um todo, contribuindo, assim, para a realização da Missão da

institucional da UCB31.

5.6. Perfil e Capacitação de Gestores

O Gestor do Curso de Direito da UCB deverá centrar sua gestão em três âmbitos

correlatos: pessoas, orçamento e a academia32. O Gestor será auxiliado por seus

Assessores e pelos Auxiliares e Assistentes de Curso, lotados na Secretaria do Curso, bem

como pelos Coordenadores de Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) e seus respectivos

Auxiliares e Assistentes de Núcleo.

Na gestão de pessoas, o Gestor deverá ser capaz de trabalhar em equipe,

incentivando os Assessores, Coordenadores de NPJ, Auxiliares e Assistentes a

buscarem sempre a excelência no atendimento ao estudante e ao educador. É também

esperado que o Gestor, neste âmbito, seja o mediador responsável por proporcionar um

ambiente de trabalho produtivo e, acima de tudo feliz e salubre, exigindo de todos o

melhor dentro dos talentos de cada um, mas sempre disponível para oferecer espaço para

que os membros da equipe possam trabalhar suas dificuldades. Finalmente, o Gestor será o

responsável por liderar e acompanhar os processos de contratação. No caso de

colaboradores administrativos, auxiliar o Departamento de Gestão de Pessoas na seleção e

contratação; na contratação de Advogados Orientadores, deverá certificar que o devido 31 Cf. Projeto Pedagógico Institucional. p. 34. 32 Cf. Projeto Pedagógico Institucional. p. 33.

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procedimento foi atendido qual seja: profissional egresso da UCB, que tenha, no mínimo

02 anos de prática na advocacia, que tenha sido bem colocado nas provas de direito

material e redação de peças processuais e que tenha sido entrevistado pelo Coordenador do

Núcleo de Prática Jurídica onde será lotado; e, finalmente, na contratação de membro do

corpo docente, deverá fazer a seleção prévia de Currículos de interesse e encaminhar os

candidatos à banca examinadora, composta por membro do Colegiado do Curso

responsável pela disciplina que deverá ser ministrada pelo novo educador. No que tange a

Gestão Orçamentária, o Gestor do Curso de Direito deverá preparar a expectativa

orçamentária (através de relatório) referente ao ano subsequente e encaminhá-lo ao

Departamento de Finanças e Controladoria. Deverá, ainda, identificar as rubricas que

receberão investimento também no ano subsequente, e encaminha-lás ao Departamento

pertinente.

O Gestor será o responsável por acompanhar a execução orçamentária e do

investimento proposto dentro dos limites previstos nos Relatórios, tendo sempre em mente

o uso racional dos recursos disponíveis, de modo a garantir a qualidade do ensino, da

pesquisa e da extensão, mas sem jamais perder de vista a sustentabilidade da Universidade

Católica de Brasília.

No âmbito da Gestão Acadêmica, o Gestor, com o auxílio de seus Assessores,

deverá acompanhar e zelar pela qualidade do ensino no Curso, através de informações

aferidas pelas Avaliações Institucionais e de Desempenho Docente; cuidar da integridade e

atualidade do acervo jurídico da biblioteca, do Projeto Pedagógico do Curso e de sua

respectiva Matriz Curricular.

Além das características e funções expostas em cada um dos âmbitos de atuação

direta do Gestor e daquelas inerentes ao cargo, é esperado que ele ou ela tenha boa

capacidade de liderança, visão sistêmica do Curso, da área e da Instituição, versatilidade,

que seja empreendedor e capaz de entusiasmar a si e sua equipe e, ainda, seja focado no

resultado positivo que garanta a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão no

Curso de Direito.

Finalmente, espera-se do Gestor que busque seu desenvolvimento

profissional e acadêmico. O Direito, enquanto ciência dinâmica, que deve sempre estar

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pronta para responder aos anseios de novas situações, sejam elas sociais, políticas ou

econômicas, reflete suas características no Curso que o tem por objeto e,

consequentemente, na Direção desse Curso. Assim, o Gestor deverá estar em sintonia com

as mudanças na legislação educacional, no mercado de trabalho e, com igual

importância, também com a academia, sendo esperado que o mesmo aja e/ou reaja a tais

mudanças de maneira rápida e efetiva.

5.7. Processo de Avaliação Institucional

A Comissão Própria de Avaliação – CPA é um conselho consultivo, com

participação de membros da comunidade externa e interna da instituição, criada pela

Portaria UCB nº 154/04, de 27/05/2004. De acordo com o disposto no art.11 da Lei

10.861/04, cada instituição deve constituir uma CPA com as funções de coordenar e

articular o seu processo interno de avaliação e disponibilizar informações. A Autoavaliação

Institucional é um processo permanente de construção e formação, por isso abrange

diferentes dimensões e agentes. Deve ser uma construção coletiva dos sujeitos que integram

a universidade buscando o aperfeiçoamento de práticas. As informações referentes à

CPA/UCB e as autoavaliações podem ser obtidas através do site http://www.cpa.ucb.br/.

O processo de autoavaliação da Universidade está consolidado desde 1996, antes

mesmo da criação da CPA/UCB, e aborda as seguintes categorias: a) avaliação do projeto

institucional; b) avaliação do ensino; c) avaliação dos cursos; d) avaliação do contexto social

e do processo seletivo; e) avaliação da extensão; f) avaliação da pesquisa; g) avaliação

setorial e de gestão; h) avaliação da educação a distância; i) outras avaliações. As

especificidades de cada avaliação estão explicitadas no Programa de Autoavaliação

Institucional – PAIUCB.

Esse processo de autoavaliação ou de avaliação interna, está fundamentado em

parâmetros que partem da avaliação da aprendizagem dos cursos na Universidade, chegando

à particularidade da avaliação do desempenho dos serviços de apoio. As avaliações

empreendidas são referenciadas pelo programa institucional e têm uma função

predominantemente diagnóstica/formativa, representando a possibilidade de ampliar o

autoconhecimento, corrigindo os rumos e os meios para atingir os objetivos propostos.

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Nesse sentido toda a comunidade acadêmica - Alta Gestão, Direções de Curso, Núcleo

Docente Estruturante, docentes, discentes e a equipe de Avaliação Institucional - participam

do processo da avaliação institucional.

No que se refere aos Cursos da Graduação, a avaliação é realizada semestralmente,

com a participação de professores e estudantes, onde são avaliadas as condições de

desenvolvimento das habilidades e competências previstas nos objetivos dos cursos e nos

Projetos Pedagógicos dos Cursos – PPC. São realizados diagnósticos do

ensino/aprendizagem – de periodicidade semestral, que avaliam a qualidade do ensino e de

aprendizagem desenvolvida em sala de aula, e o comportamento acadêmico de docentes e

discentes, por meio de aplicação de questionário. A avaliação tem por objetivo melhorar a

qualidade do ensino, proporcionando “feedback” aos professores e estudantes sobre seus

desempenhos em sala de aula e identificar pontos críticos relacionados ao processo

educativo. A pesquisa também diagnostica as condições da estrutura necessária ao ensino e

analisa as condições de vida acadêmica no Campus. A autoavaliação é realizada através de

aplicação de questionário de coleta de dados online, envolvendo docentes e discentes. Os

problemas identificados são encaminhados aos colegiados dos cursos e aos demais setores

da instituição para busca de melhorias e soluções adequadas.

Por ser um trabalho de construção coletiva, os dados colhidos no processo de

autoavaliação são discutidos pela CPA/UCB e os resultados são direcionados aos setores

competentes. Neste sentido, as avaliações obtidas dos cursos de graduação são

encaminhados para o Núcleo Docente Estruturante e Conselho do Curso para servir de

parâmetros para a tomada de decisão pela gestão do curso. Os professores, igualmente,

recebem avaliação feita pelos estudantes e podem realizar uma autoavaliação sobre seu

desempenho no ensino, buscando estratégias particulares para a melhoria de desempenho.

Nos dados coletados, depois de tabulados e analisados, tornam-se importante

instrumento para subsidiar o planejamento do semestre posterior, com ações focadas em:

• Cursos de qualificação docente, cuja programação será definida exatamente pelas

deficiências apontadas nas avaliações dos docentes por parte dos discentes;

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• Incentivos à participação dos professores em cursos técnicos de sua área ou programas

de pós-graduação, com o objetivo de igualmente capacita-los, tanto técnica como

materialmente para aprimoramento do trato docente;

• Correção de deficiências administrativas diversas, implementação de programas de

políticas acadêmicas;

• Tudo o mais que se fizer necessário na busca pela excelência nos serviços educacionais

prestados.

A avaliação individual sobre cada docente, em diferentes aspectos que vão desde o

planejamento da disciplina até a avaliação dos resultados, visa subsidiar a reflexão conjunta

do docente com o NDE, em vista do plano que leve à superação das deficiências

diagnosticadas.

De toda forma, como concepção, o curso de Direito da UCB entende que a Avaliação

Institucional deve:

(a) ultrapassar a simples preocupação com desempenhos ou rendimentos estudantis,

buscando os significados mais amplos da formação profissional;

(b) explicitar a responsabilidade social da Educação Superior, especialmente quanto

ao avanço da ciência, à formação da cidadania e ao aprofundamento dos valores

democráticos;

(c) superar meras verificações e mensurações, destacando os significados das

atividades institucionais não apenas do ponto de vista acadêmico, mas também quanto aos

impactos sociais, econômicos, culturais e políticos;

(d) aprofundar a idéia da responsabilidade social no desenvolvimento da IES,

operando como processo de construção, com participação acadêmica e social, e não como

instrumento de checagem e cobrança individual; e

(e) valorizar a solidariedade e a cooperação, e não a competitividade e o sucesso

individual.

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5.7.1. Avaliações internas

A partir de sua criação o Curso de Direito da UCB já pôde contar com um processo

de avaliação interna que veio se consolidando e que se fortaleceu na estrutura universitária,

alcançando seus diversos cursos.

O embrião desse processo avaliativo ganha corpo com a criação da Comissão

Permanente de Avaliação Institucional da UCB (COPAI) e mais o respaldo que passa a ser

dado pela Assessoria Técnico Pedagógica (ATP) e que junto à Direção dos Cursos passam

a trabalhar no Plano de Avaliação Institucional da UCB (PAIUCB) ao tempo em que os

dados que alimentam esse processo são oriundos principalmente do próprio curso.

Os processos de avaliação interna dos cursos foram promovidos no âmbito da

Instituição por meio do Diagnóstico Acadêmico, tendo o Curso de Direito participado

desde o primeiro ano de sua instalação, com fim de avaliar a qualidade do ensino

desenvolvido em sala de aula e o comportamento acadêmico de educadores e estudantes,

com periodicidade anual.

Outro mecanismo que foi utilizado é a Avaliação de Cursos por meio do Teste de

Conhecimentos Acumulados - TCA, que tem o propósito de melhorar a qualidade dos

cursos de graduação, aperfeiçoando o processo de formação. Ele envolve os estudantes dos

últimos semestres de cada curso e os educadores de todos os semestres, Direção do Curso

e outros órgãos da UCB. O Curso de Direito em 1999 submeteu os alunos de décimo

semestre a este processo de avaliação e que agora vem sendo retomado, e cuja

periodicidade é semestral.

5.7.2 Avaliações externas

Variados podem ser os mecanismos de avaliação externa para um Curso de Direito,

porém restaram consolidados aqueles promovidos pelo Ministério da Educação e pela

Ordem dos Advogados do Brasil.

Em um processo iniciado pela OAB em 1991, por meio de sua Comissão de Ensino

Jurídico, que em 1993 apresenta os parâmetros para elevação da qualidade e avaliação

dos cursos jurídicos, este estudo foi depois aprimorado e consolidado nos padrões de

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qualidade do MEC graças a presença comum de dois dos membros das respectivas

Comissões. Sendo que a partir de 1996, época que precedeu a implantação do primeiro

semestre do Curso de Direito da UCB, o MEC apresentava um outro tipo de avaliação o

Exame Nacional de Curso (Provão) e não apenas aquele delineado anteriormente.

5.7.2.1 Avaliações promovidas pelo Ministério da Educação

Condições de oferta do Curso

As primeiras avaliações externas do Curso de Direito da Católica foram as

realizadas pela Comissão de Avaliação das Condições de Oferta do Curso nomeada pelo

MEC, constituída de dois avaliadores, que:

1) em 2003 consideraram as condições de oferta conceituadas como:

- Organização Didático-Pedagógica: CB

- Corpo Docente: CB

- Instalações: CMB.

2) em 2005 consideraram as condições de oferta conceituadas como:

- Organização Didático-Pedagógica: CB

- Corpo Docente: CR

- Instalações: CMB.

Exame Nacional de Curso

O Exame Nacional de Curso (Provão), como outro mecanismo de avaliação

promovido pelo Ministério da Educação, avaliou o Curso de Direito da UCB nas seguintes

oportunidades:

1) Na avaliação de 2001 o Curso obteve o conceito “B” e comparecimento de 98,7% dos inscritos;

2) Em 2002 o Curo obteve o conceito “C” e comparecimento de 93,8% dos

inscritos;

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3) Em 2003 o Curso obteve o conceito “C” e comparecimento de 99,5 dos inscritos. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes

Uma nova realidade se impõe, a partir de 04 de abril de 2004, com a Lei nº.

10.861 foi criado o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior – SINAES,

objetivando avaliar as IES, os cursos de graduação e o desempenho acadêmico de seus

estudantes. Esta avaliação vem sendo feita através da aplicação do Exame Nacional de

Desempenho dos Estudantes – ENADE, criando um sistema mais complexo e instituindo

novos parâmetros avaliativos para o Curso de Direito.

Em 2006 o Curso de Direto UCB foi submetido ao Exame Nacional de

Desempenho dos Estudantes, tendo obtido conceito 3 (três) no ENADE e conceito 4

(quatro) no IDD.

6. RECURSOS

Na década de 90, ganhava força o conceito de sustentabilidade, definido

como a capacidade que empresas, instituições, organizações e grupos devem desenvolver

para planejar e executar ações que objetivem preservar recursos naturais e humanos,

evitando o desperdício, maximizando sua utilização de maneira racional e tendo em mente

a sobrevivência das futuras gerações. Sustentabilidade envolve, portanto, aspectos

ambientais, econômicos e administrativos, sem desrespeitar as questões culturais

envolvidas nessas decisões. Um dos pilares desse conceito é compartilhamento – de

saberes, de experiências, de capacidades, de recursos.

Com o intuito de favorecer o ambiente universitário de diálogo e convívio

entre várias carreiras, a UCB estimula a oferta de disciplinas comuns a vários cursos,

entendendo que este é um caminho importante para a sustentabilidade e também para uma

formação profissional multidisciplinar.

O compartilhamento de recursos está no cerne, também, dos projetos de pesquisa e

extensão realizados na Universidade Católica. Há pontuações para projetos com a

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participação de docentes de outras áreas do conhecimento, bem como de outras

instituições, cultivando-se, dessa forma, a valorização do trabalho multidisciplinar e até

multi-institucional como forma de garantir a sustentabilidade e estímulo a uma nova forma

de produção científica.

Na UCB, em cada área do conhecimento são desenvolvidas práticas específicas de

compartilhamento, seguindo a orientação geral de promover a sustentabilidade e de abrir

fóruns de diálogo entre os vários cursos e habilitações. Para contribuir com o perfil

complexo dos egressos dos cursos da área de Ciências Sociais Aplicadas, é necessário

valorizar a multi, a inter e a transdisciplinaridade nas grades curriculares. E essa

valorização pode ser colocada em prática no compartilhamento de saberes, por meio da

oferta de disciplinas comuns e do aproveitamento de docentes em vários cursos da área.

Com uma prática já consagrada de apoio à formação e desenvolvimento de

empresas juniores, a área de CSA agora avança na realização de parcerias entre essas

empresas para captação de clientes e solução de problemas, mostrando aos estudantes o

enriquecimento proporcionado por diferentes abordagens profissionais diante do desafio

da complexidade do real.

6.1. Institucionais

6.1.1 Unidade de Assessoria Didático-Educacional – UADE

A Unidade de Assessoria Didático-Educacional - UADE - é uma assessoria

pedagógico-acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação. Confere a esta Unidade a realização

de estudos relativos à Educação Superior e o acompanhamento da gestão acadêmica dos

cursos de Graduação.

Nesse sentido, acrescenta-se às atribuições desta o acompanhamento e orientação da

previsão e execução orçamentária dos cursos, a supervisão e lançamento de carga horária

docente, o acompanhamento de estágio supervisionado obrigatório e monitoria e o

acompanhamento e implementação de PPCs por intermédio da Câmara de Graduação,

conforme legislação vigente.

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A UADE se envolve ainda com informações relativas à avaliação de desempenho

docente, à formação pedagógica dos docentes que atuam na graduação, ao exame – interno e

externo - de desempenho dos estudantes, bem como o monitoramento do desempenho dos

cursos. Realiza, também, o acompanhamento na implementação da disciplina de Introdução

à Educação Superior que compõe, a partir do 1º semestre de 2010, os currículos de todos os

cursos de Graduação presenciais da UCB e das demais ações que compõem o Programa de

Melhoria da Formação Básica.

Os dados e informações gerados e manuseados, em articulação com a Secretaria

Acadêmica, a Diretoria de Desenvolvimento, o Recursos Humanos, a Gestão de Pessoas e a

Controladoria, constituem base fundamental para o serviço diferenciado que a UADE presta

à Pró-Reitoria e aos gestores de cursos, especialmente no que se refere à melhoria do

acompanhamento ao desempenho do professor e qualidade da interação entre docente e

discente.

6.1.2 Unidade de Assessoria Didático-Administrativo – UADA

A Unidade de Assessoria Didático-Administrativo (UADA) é o órgão encarregado

de fornecer suporte administrativo aos colegiados de área de conhecimento, diretorias de

cursos e programas, espaços de aprendizagens práticas e demais setores de apoio ao ensino

de graduação, e de gerenciar os espaços administrativos e acadêmicos da Universidade

Católica de Brasília. A UADA pauta suas ações a partir das informações geradas pelos

indicadores de resultados obtidos mensalmente, pela Seção de Informação e Análise (SAI).

Nesse sentido, compete à UADA, entre outras atribuições, assessorar a PRG e

Reitoria com relatórios e pareceres com informações pertinentes ao gerenciamento de

espaço, para acompanhamento e tomada de decisões, bem como Monitoramento dos

Relatórios de Atividades e Indicadores de Resultados das Seções.

A UADA coordena ainda as seguintes supervisões:

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• Supervisão de Espaços de Aprendizagem Prático-Profissionais – EAPs. Os

EAPs são ambientes que propiciam aos discentes oportunidades de realizar

experimentos, treinamentos, observações e análises científicas, de modo a

consolidar a sua aprendizagem, articulando teoria e prática. Os EAPs

atualmente são constituídos por 124 laboratórios acadêmicos e 30

laboratórios de informática.

• Supervisão de Apoio ao Professor – SAP. Encarregada de supervisionar e

coordenar os trabalhos desenvolvidos nos diversos setores de atendimento

localizados em cada bloco do Campus I e Campus II, A SAP supervisiona

também a utilização das salas de aula equipadas com projetor de multimídia,

sistema de som, tela de projeção e computador com acesso a internet, e

demais espaços destinados a atividades acadêmicas dos professores.

• Supervisão UCB Serviços: Unidade de negócio que visa à normatização e

unificação dos procedimentos sobre a prestação de serviço da Universidade

Católica de Brasília

6.1.3 Serviço de Orientação Inclusiva (SOI)

O Serviço de Orientação Inclusiva (SOI), projeto vinculado à Diretoria de Programas

de Pastoral da Pró-Reitoria de Extensão – UCB, tem como intuito implementar uma política

de inclusão de pessoas com deficiência na Universidade, desenvolvendo ações continuadas

de acompanhamento aos estudantes e colaboradores com deficiência e orientando

professores, estudantes e demais setores da instituição quanto à construção de atitudes

pedagógicas e cooperativas que favoreçam as condições de acesso e permanência desse

público no contexto acadêmico e profissional.

É um projeto que responde ao desafio de orientar a instituição nas adaptações

inclusivas e promoção de acessibilidade, realizando levantamentos de infra-estrutura, perfil

dos estudantes com deficiência e intervindo em situações que prejudicam a mobilidade e

comunicação dessas pessoas. Além disso, o SOI desenvolve diariamente serviços de apoio

aos estudantes com deficiência, com adaptações de materiais, apoio como ledor e

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escrevente, apoio de tradutor-intérprete de LIBRAS, guia para cegos, orientação profissional

e divulgação sobre oportunidades nos cursos de graduação, cursos de extensão e outras

informações da Universidade.

6.1.4 Informações Sobre o Sistema de Bibliotecas da Universidade Católica de

Brasília

O Sistema de Bibliotecas - SIBI é um órgão suplementar diretamente subordinado a

Reitoria da Universidade Católica de Brasília - UCB. O SIBI-UCB, objetiva oferecer à

comunidade universitária serviços de informação e biblioteca, necessários ao

desenvolvimento dos programas de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade.

O SIBI é constituído pela Biblioteca Central (BC), Biblioteca Setorial da Pós-

Graduação (BPG) e Posto de Atendimento na Unidade Asa Sul, sendo o órgão responsável

pelo planejamento global, gestão de pessoal e de recursos financeiros destinados à

constituição e desenvolvimento do acervo bibliográfico, pela definição de padrões e

procedimentos operacionais das bibliotecas e postos de atendimento e pela representação da

UCB em fóruns, redes e programas cooperativos de bibliotecas e informação.

A Biblioteca Central executa de forma centralizada para todo o Sistema de

Bibliotecas as atividades técnicas e administrativas para a formação, desenvolvimento,

processamento das coleções e a manutenção da base de dados do acervo. O atendimento ao

usuário é feito pela Biblioteca Central, Biblioteca Setorial da Pós-Graduação e pelo Posto de

Atendimento.

A Biblioteca Central localiza-se no Campus I, de Taguatinga e oferece um total de

525 lugares para usuários, dos quais 147 módulos para estudo individual e uma cabine de

estudos, com conexão à Internet, para uso dos alunos de pós-graduação. A Biblioteca

Central dispõe ainda de 18 cabines para estudo em grupo, com capacidade para seis usuários

por cabine (96 usuários ao todo) e uma sala para estudo em grupo com 20 mesas de até 6

lugares, com capacidade total de até 96 usuários simultâneos. Uma sala especial de uso

exclusivo de docentes funciona com mesa para estudo em grupo com capacidade para até 12

pessoas. Dispõe de uma sala de 55 m2 com capacidade para 50 lugares, destinada à projeção

de vídeos e realização de treinamentos de grupos.

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A Biblioteca Setorial de Pós-Graduação é localizada no Campus II, Asa Norte.

possui um total de 50 lugares, dos quais 12 são módulos para estudo individual. A

Biblioteca Setorial da Pós-Graduação possui quatro cabines de estudo em grupo, que

abrigam um total de 38 usuários.

O Posto de Atendimento do Campus Avançado Asa Sul é localizado no Campus

Avançado Asa Sul, para atendimento aos cursos de Direito, Educação Física e Análise de

Sistemas. O acervo disponível é de 575 títulos e 1425 volumes, considerando que esta

unidade atende somente a 3 cursos a quantidade de lugares destinados aos usuários são de

20 assentos num total de 55m2 de área.

O Sistema de Bibliotecas (SIBI), oferta aos seus usuários os seguintes serviços:

• Empréstimo domiciliar de livros, periódicos, folhetos e outros materiais;

• Comutação bibliográfica;

• Pesquisa bibliográfica;

• Treinamento em bases de dados e Portal de Periódicos Capes;

• Acesso ao catálogo on-line da biblioteca (para consulta, renovação e reserva);

• Acesso ao Portal de Periódicos Capes;

• Orientação para normalização de trabalhos acadêmicos (ABNT);

• Elaboração de fichas catalográficas.

ACERVO

O acervo total é constituído de 84.188 títulos e 250.089 volumes, distribuídos em obras do Acervo Geral, Coleção de Periódicos, Coleção de Materiais Especiais. O Acervo Geral é formado por livros, anais de eventos, teses, dissertações, folhetos e obras de referência. A Coleção de Periódicos é formada por títulos de periódicos científicos, jornais e revistas nacionais e estrangeiras, impressas e eletrônicas. A Coleção de Materiais Especiais é constituída de fitas VHS, obras em CD-ROM e DVD, disquetes e mapas.

A distribuição do acervo por área do conhecimento e por tipo de material pode ser vista a seguir:

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Tabela 1: Acervo total, por área do conhecimento, 2010.

Área Títulos Volumes Ciências Exatas, da Terra 5.611 21.952 Ciências Biológicas 1.875 7.452 Engenharias 1.740 5.634 Ciências da Saúde 6.685 32.708 Ciências Agrárias 581 2.067 Ciências Sociais Aplicadas 28.102 89.754 Ciências Humanas 26.159 61.461 Lingüística, Letras e Artes 12.586 25.609 Outros 850 3.452

Total 84.188 250.089 Fonte: Sistema Pergamum, abril/2010 Tabela 2: Acervo total, por área do conhecimento e tipo de material, 2010.

Áreas - CNPq Livros Periódico Vídeos Materiais

Especiais Total

Tít. Vol. Tít. Vol. Tít. Vol. Tít. Vol. Tít. Vol. Ciências Exatas, da Terra

5.275 15.536 210 6.174 113 226 13 16 5.611 21.952

Ciências Biológicas 1.746 5.115 89 2.258 31 70 9 9 1.875 7.452

Engenharias 1.623 2.964 66 2.588 49 80 2 2 1.740 5.634

Ciências da Saúde 5.971 19.277 506 13.051 197 364 11 16 6.685 32.708

Ciências Agrárias 524 885 33 1.148 22 27 2 7 581 2.067 Ciências Sociais Aplicadas

26.726 64.757 819 23.993 536 975 20 29 28.102 89.754

Ciências Humanas 25.252 45.535 599 15.475 297 434 11 17 26.159 61.461 Lingüística, Letras e Artes

12.229 23.206 126 2.092 206 279 25 32 12.586 25.609

Outros 793 1.542 19 1.856 31 46 7 8 850 3.452

Total 80.524 179.389 2.467 68.635 1.482 2.501 100 136 84.188 250.089

Fonte: Sistema Pergamum, Abril/2010

A coleção é complementada pelo acesso ao Portal de Periódicos da Capes, que disponibiliza atualmente mais de 15.000 títulos de editores nacionais e internacionais.

Os alunos, docentes e funcionários da UCB têm acesso gratuito às mais de 90 bases de dados referenciais e com resumos em todas as áreas do conhecimento, disponíveis no Portal. Oferece também uma seleção de importantes fontes de informação acadêmica com acesso gratuito na Internet.

O SIBI mantém também a assinatura dos seguintes jornais e revistas:

• Jornais Diários: Correio Brasiliense; Valor Econômico; Folha de São Paulo; • Revistas de caráter informativo geral: Isto É; Isto É Dinheiro; Veja; Época e

outras.

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6.2. Específicos

6.2.1. Sede Administrativa e didático-pedagógica do Curso

Apesar da sede do Curso estar concentrada no bloco A, as salas de aula e outras

atividades acadêmicas se realizam em outros espaços, principalmente os blocos M,

A, B, E e K. No período de desenvolvimento das atividades, predominam os horários

matutino e noturno, de segunda a sexta-feira. No horário vespertino também se

desenvolvem atividades, e no sábado pela manhã e excepcionalmente à tarde.

Os educadores dispõem de salas para estudos e preparação de suas aulas em

cada bloco (Salas de Apoio ao Educador – SAP), sendo que em cada uma delas existem

terminais de computadores e impressora para uso nas atividades acadêmicas ou afins.

Conta ainda o bloco K, bem como o M, com um auditório, aquele com capacidade

aproximada para 250 pessoas e este para 180, aproximadamente, os quais são utilizados

tanto pelo Curso de Direito, em conferências, palestras e demais eventos, como por outros

cursos nele instalados ou não, além de outros auditórios localizados em outros blocos do

campus I. Nos grandes eventos quando se reúnem cursos de um turno todo é utilizado o

auditório Central com capacidade para aproximadamente 650 pessoas sentadas.

6.2.2. Núcleos de Práticas Jurídicas

O Curso de Direito UCB dispõe atualmente de três NPJ com dimensões,

capacidade e servindo a comunidades diferentes conforme a especificação seguinte:

a) Núcleo de Prática Jurídica de Taguatinga instalado dentro do campus I, numa

área de fácil acesso. Situado no prédio E, o NPJ Campus I dispõe de 01 secretaria, com

dois Auxiliares de Núcleo, e um Cartório Simulado, para Prática Jurídica, recepção para

triagem dos Assistidos, sala do Coordenador, salas individualizadas para os oito

Advogados-Orientadores auxiliarem os Estagiários na revisão de suas peças processuais,

boxes individualizados para atendimento aos Assistidos, separadas por dupla de

Estagiários e um laboratório de informática próprio, com 10 máquinas para que os

estudantes possam trabalhar em suas peças processuais. O NPJ Campus I é o maior e mais

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amplo, com capacidade aproximada de 320 vagas para Estagiários.

b) Núcleo de Prática Jurídica de Samambaia, instalado dentro do Fórum da mesma

localidade. Oferece ao estudante experiência única no que toca a rotina diária do

Fórum. Situado em local próprio no Fórum de Samambaia, com disponibilidade para 120

vagas, possui um Coordenador, 03 Advogados- Orientadores e 02 Auxiliares de NPJ. A

estrutura de informática e de rede é disponibilizada pela UCB.

c) Núcleo de Prática Jurídica do Plano Piloto, instalado no Juizado Especial Federal

(JEF), situado na W Norte 510. Através de convênio firmado entre a UCB e a Justiça

Federal, o Curso de Direito da Católica, em conjunto com somente outras 04 IES, possui

espaço reservado, cujo mobiliário e equipamento de informática e de rede são

disponibilizados pelo JEF. O NPJ do JEF oferece ao estudante experiência no que tange aos

trâmites judiciais e administrativos da Justiça Federal no âmbito dos Juizados Especiais.

Compõe seu quadro um coordenador, dois advogados-orientadores e dois auxiliares de

secretaria, com capacidade para 60 estagiários.

6.2.3. Acervo da Biblioteca para o Curso de Direito

O acervo para o Curso de Direito está distribuído da seguinte forma:

- Grupo Livros (livros, folhetos, catálogos, dissertações, monografias, teses e livro

eletrônico): 7.995 títulos e 23.851 volumes.

- Grupo Periódicos (periódicos impresso, periódico eletrônico e base de dados): 178

títulos de periódicos e 4.508 fascículos.

- Grupo Outros (artigos, normas, artigos eletrônicos, DVD, fita de vídeo, mapas, CD-

ROMS, gravação de som, disquetes e kit): 325 títulos e 637 volumes.

Tabela 3 - Acervo do Curso de Direito

Grupos Títulos Volumes

Grupo Livros 7.995 23.851

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Grupo Periódicos 178 4.508

Grupo Outros 325 637

Total 8.498 28.966

Fonte: Sistema Pergamum, setembro/2009

7. MATRIZ CURRICULAR

7.1. Fluxo das Disciplinas e Estrutura da Matriz

O novo Currículo do Curso de Direito da UCB foi elaborado tomando por base a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), a Resolução n° 09/2004 da CES/CNE,

bem como das instruções Normativas da Comissão de Ensino Jurídico do CF/OAB. Da

LDB, está presente o incentivo à flexibilização dos currículos, bem como a interdependência

das atividades de ensino, pesquisa e extensão. A Resolução CES/CNE n° 09/2004 determina

as diretrizes curriculares dos cursos de Direito. Por fim, as Instruções Normativas do

CF/OAB determinam os conteúdos de caráter fundamental e profissionalizante das

disciplinas.

Não obstante os regulamentos citados, o presente Projeto teve igualmente como

parâmetro as orientações de todos os seminários promovidos pela Associação Brasileira de

Ensino do Direito - ABEDi e pela Comissão de Ensino Jurídico do Conselho Federal da

OAB.

Além disso, a estrutura curricular do PPC procurou observar igualmente os

documentos internos da UCB: o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o Projeto

Pedagógico Institucional (PPI) e o Planejamento Estratégico.

Por conta disso, o cursou privilegiou as disciplinas ligadas ao Direito de Estado, por

conta do entorno regional; os Direitos Humanos, por conta da Missão da UCB, da sua Visão

de Futuro e o eixo estruturante da Pastoralidade; e os Novos Direitos, igualmente por conta

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da Missão e Visão de Futuro da UCB, bem como pelos eixos estruturantes da

Extensionalidade e da Sustentabilidade. Por fim, o eixo estruturante da Indissociabilidade

entre ensino, pesquisa e extensão é o fio condutor de todo o projeto, que se materializa na

forma proposta de atuação e reflexão dessas dimensões do ensino superior.

7.1.1 Concepção Pedagógica DO CURRÍCULO

Não é a matriz curricular (isto é, o rol de disciplinas) que dá sentido ao conceito de

currículo. Em termos abrangentes, o currículo pleno resulta de um conjunto integrado e

indissociável de três processos fundamentais: cultural, educacional e instrucional.

O processo cultural responde pela evolução civilizatória. Nesse sentido, confere ao

educando a possibilidade de refletir sobre a cultura em que está inserido, sobre os usos e

costumes e padrões filosóficos e morais que caracterizam seu espaço de vida.

O processo educacional, como componente do currículo pleno, ocupa-se do

desenvolvimento científico, social e econômico. A dinâmica desenvolvimentista permite que

o educando possa compreender as transformações que animam a sociedade e que decorrem

da aplicação prática de novas descobertas.

O processo instrucional, por seu turno, está vinculado à formação profissional.

Através do processo ensino-aprendizagem, o educando é instrumentalizado em técnicas e

métodos de trabalho compatíveis com a respectiva opção de estudos.

7.1.2 Disciplinas

As diretrizes curriculares para os Cursos de Direito estão definidas pela Resolução

n.° 09/2004. Tendo por base as exigências legais referidas e uma proposta de currículo pleno

com composição quadridimensional, que integre disciplinas de formação fundamental,

profissionalizante, prática e complementar, o Projeto inclui os conteúdos definidos pelas

DCNs e conteúdos específicos, direcionados à realização integral da vocação do Curso de

Direito da UCB. Nesse sentido, os eixos de formação estão assim constituídos e distribuídos,

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atendendo desde já às exigências das novas Diretrizes Curriculares para os Cursos de

Direito:

� Eixo de Formação Fundamental: tem por objetivo integrar o estudante no campo do

Direito, estabelecendo ainda as relações do Direito com outras áreas do saber, abrangendo

Filosofia, História, Antropologia, Sociologia, Economia, Psicologia, Ciência Política e

Ética, constantes no presente Projeto pedagógico. A distribuição desses conteúdos na grade

curricular dá-se entre a primeira e a sexta fases.

� Eixo de Formação Profissional: abrange, além do enfoque dogmático, o conhecimento e a

aplicação do Direito, observadas as peculiaridades de cada ramo do Direito, estudado

sistematicamente, mas também problematicamente, a partir da exploração de estudos de

casos e problemas concretos das respectivas práticas jurídicas. Abrange os seguintes

conteúdos essenciais: Teoria do Direito, Direito Constitucional, Direito Administrativo,

Direito Tributário, Direito Penal, Direito Civil, Direito Empresarial, Direito do Trabalho,

Direito Internacional (Direito e Relações Internacionais) e Direito Processual

(Constitucional, Civil e Penal). Tais conteúdos são distribuídos nas dez (10) fases da grade

curricular proposta. Nela se buscou dar sequência lógica aos principais ramos do Direito: o

Direito Privado inicia-se na primeira fase, com a parte geral do Direito Civil, e encerra-se na

décima, com o Direito Empresarial; o Direito Público inicia-se na segunda fase com o

Direito Constitucional e se encerra na décima com o Direito Tributário; o Direito Processual

inicia-se na terceira fase com a Teoria do processo, se encerra na décima fase, com o Direito

Processual Constitucional e Administrativo; o Direito Penal inicia-se na primeira fase e se

encerra na quarta fase (antes do início do Direito Processual Penal); o Direito do Trabalho

encontra-se nas quinta e sexta fases (seguindo-se a ele, na sétima fase, o Direito Processual

do Trabalho). Dessa forma, encontram-se os diversos conteúdos devidamente integrados à

grade, de maneira a serem cursados já com os requisitos necessários ao seu melhor

aproveitamento; além disso, buscou-se trabalhar de forma sequencial os Direitos materiais e

os Direitos processuais específicos.

� Eixo de Formação Prática: inclui o Estágio Curricular Supervisionado, as Atividades

Complementares e o Trabalho de Conclusão do Curso, objetivando a integração entre a

prática e os conteúdos teóricos desenvolvidos nos demais eixos. Esse eixo é desenvolvido

nas cinco últimas fases da grade curricular proposta. Relativamente ao Trabalho de

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Conclusão de Curso, a matriz prevê disciplina preparatória na oitava fase (Projeto de

Pesquisa em Direito), devendo ser desenvolvido nas duas últimas duas fases do Curso, nas

duas disciplinas denominadas Pesquisa Aplicada. Já o Estágio Curricular Supervisionado

tem início na sétima fase, com a Prática Jurídica Simulada, e se desenvolve a partir de então

até a décima fase, incluindo duas outras Práticas Jurídicas Simuladas e três Práticas Jurídicas

Reais, sendo elas desenvolvidas no Escritório de Atendimento Jurídico. Saliente-se a

proposta inovadora de integrar pesquisa e estágio, como será posteriormente melhor

detalhado.

� Eixo de formação complementar: esse eixo é formado pelos conteúdos que não são

obrigatórios, tendo em vista as diretrizes curriculares nacionais. Nele estão presentes alguns

conteúdos que poderiam ser incluídos no eixo de formação fundamental – Metodologia da

Pesquisa em Direito, Hermenêutica Jurídica, e Teoria do Processo. Esses conteúdos, pela

sua especificidade, estão localizados nas quatro primeiras fases da grade curricular, ou seja,

dispostos em uma sequência que permite a gradativa compreensão do fenômeno jurídico e a

aquisição das habilidades necessárias à aplicação e produção do Direito. Buscando adequar

a grade curricular ao Projeto Pedagógico, a esses conteúdos já listados foram acrescidas e

distribuídas durante as outras seis fases do Curso, as seguintes disciplinas, que refletem os

eixos centrais do curso de Direitos Humanos e Novos Direitos: Criminologia, Mediação,

Conciliação e Negociação, Direito Ambiental e Ecologia, Direito da Seguridade Social,

Direito do Consumidor, Direito Urbanístico, Direitos Humanos e Direito da Criança, do

Adolescente e do Idoso.

A matriz curricular também contém um conjunto de disciplinas optativas, das quais

no mínimo deverão ser cursadas quatro e que são voltadas à complementação da formação

do aluno, que pode ainda cursá-las como parte da integralização das horas de atividades

complementares.

A estrutura curricular do Curso, dessa forma, busca ajustar-se ao desenvolvimento

das habilidades e ao perfil profissional desejado, dedicando carga horária suficiente aos

conteúdos fundamentais, profissionalizantes e complementares e definindo cuidadosamente

as ementas das disciplinas neles contidas.

Integrantes do currículo pleno, as Atividades Complementares, o Estágio

Supervisionado e o Trabalho de Conclusão de Curso, no entanto, serão tratados em

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separado, como anexos desta proposta de revisão do projeto pedagógico do curso. Isso em

função de sua complexidade e regulamentação própria necessária.

A elaboração da nova matriz curricular procurou, portanto, manter equilíbrio e

integração entre os vários conteúdos, evitando a sua sobreposição e buscando, sempre que

possível o retorno, de forma complementar, ao ponto central que constitui o eixo da proposta

do Curso, sua identidade, missão e objetivos.

É importante, ainda, destacar a ausência de habilitações específicas nesta nova

matriz, ou seja, manteve-se o perfil generalista que o curso já tem, e que é adequado à

integração de sua proposta pedagógica com as diretrizes e fundamentos do Projeto

Pedagógico Institucional da Universidade.

O Curso concentrou a sua carga horária nas principais matérias de formação

tradicional, em matérias que contêm os novos direitos e os direitos emergentes, em

disciplinas consideradas instrumentais e em disciplinas voltadas à efetivação da proposta

contida no Projeto Pedagógico.

Na elaboração do ementário, procurou-se dar um tratamento homogêneo às diversas

áreas, mas respeitando suas peculiaridades, buscando sempre trabalhar seus conceitos e

princípios fundamentais, ao lado da tradicional análise legislativa e jurisprudencial.

7.1.3 Estruturação Acadêmica do Curso

1º SEMESTRE

Disciplinas / Atividades Carga Horária

Teórica Carga Horária

Prática Carga

Horária Total Introdução à Educação Superior 120 00 120 História do Direito e Realidade Brasileira 30 00 30 Direito e Economia 30 00 30

Teoria Política (democracia e cidadania) 60 00 60 Introdução ao Direito Contemporâneo 45 15 60

TOTAL 285 15 300

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2º SEMESTRE

Disciplinas / Atividades Carga Horária

Teórica Carga Horária

Prática Carga

Horária Total Antropologia da Religião 60 00 60 Introdução às Ciências Sociais 60 00 60 Teoria Constitucional (Direito Constitucional I) 60 00 60 Teoria Geral do Direito Privado 45 15 60 Direito Penal I – Princípios Constitucionais e Teoria do Crime

45 15 60

TOTAL 270 30 300

3º SEMESTRE

Disciplinas / Atividades Carga Horária

Teórica Carga Horária

Prática Carga

Horária Total Direito Civil I – Obrigações 45 15 60 Direito Penal II – Criminologia e Teoria da Pena 45 15 60 Sociologia do Direito 30 00 30 Direitos Fundamentais (Direito Constitucional II) 45 15 60

Teoria Geral dos Direitos Humanos 20 10 30 Ética 45 15 60

TOTAL 230 70 300

4º SEMESTRE

Disciplinas / Atividades Carga Horária

Teórica Carga Horária

Prática Carga

Horária Total Direito Civil II - Contratos 45 15 60

Direito Penal III – Crimes Típicos 45 15 60 Teoria do Processo 45 15 60 Organização do Estado Brasileiro (Direito Constitucional III)

45 15 60

Filosofia do Direito 60 00 60

TOTAL 240 60 300

5º SEMESTRE

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Disciplinas / Atividades Carga Horária Teórica

Carga Horária Prática

Carga Horária Total

Direito Civil III - Propriedade 45 15 60 Direito Penal IV – Crimes Típicos e Extravagantes

45 15 60

Direito Processual Civil I 45 15 60 Direito Processual Penal I 45 15 60 Direito Individual do Trabalho 45 15 60 TOTAL 225 75 300

6º SEMESTRE

Disciplinas / Atividades Carga Horária Teórica

Carga Horária Prática

Carga Horária Total

Psicologia Aplicada ao Direito 30 00 30 Hermenêutica Jurídica 20 10 30 Direito Processual Penal II 45 15 60 Direito Processual Civil II 45 15 60 Direito Civil IV - Famílias 45 15 60 Direito Coletivo do Trabalho 45 15 60 Estágio de Prática Jurídica I 00 100 100 TOTAL 230 170 400

7º SEMESTRE:

Disciplinas / Atividades Carga Horária Teórica

Carga Horária Prática

Carga Horária Total

Direito Civil V - Sucessões 45 15 60 Direito Processual Civil III 45 15 60 Direito Processual do Trabalho 45 15 60 Direito Empresarial I 45 15 60 Direito Administrativo I 45 15 60 Estágio de Prática Jurídica II 00 100 100 TOTAL 225 175 400

8º SEMESTRE:

Disciplinas / Atividades Carga Horária

Teórica Carga Horária

Prática Carga

Horária Total Direito Empresarial II 45 15 60

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Direito do Consumidor 20 10 30 Direito da Criança, do Adolescente e do Idoso 20 10 30 Direito da Seguridade Social 20 10 30 Direito Administrativo II 45 15 60 Direito Processual Civil IV 15 15 30 Ética, Deontologia Jurídica e Estatuto da OAB 45 15 60 Optativa I 45 15 60 Estágio de Prática Jurídica III 00 100 100 TOTAL 255 205 460

9º SEMESTRE:

Disciplinas / Atividades Carga Horária Teórica

Carga Horária Prática

Carga Horária Total

Direito e Relações Internacionais I 45 15 60 Direito Tributário I 45 15 60 Optativa II 45 15 60 Processo e Jurisdição Constitucional 45 15 60 Direito Ambiental e Ecologia 45 15 60 Direito Empresarial III 20 10 30 Trabalho de Curso I 10 20 30 Estágio de Prática Jurídica IV 00 100 100 TOTAL 255 205 460

10º SEMESTRE:

Disciplinas / Atividades Carga Horária Teórica

Carga Horária Prática

Carga Horária Total

Direito Tributário II 45 15 60 Direito e Relações Internacionais II 20 10 30 Direito Financeiro 20 10 30 Direito Eleitoral 20 10 30 Optativa III 45 15 60 Optativa IV 45 15 60 Trabalho de Curso II 10 20 30 Estágio de Prática Jurídica V 00 100 100 TOTAL 205 195 400

QUADRO RESUMO DA ESTRUTURA CURRICULAR

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Carga Horária Carga total de Disciplinas 3060 Estágio 500

Trabalho de Curso 60 Atividades Complementares 280 TOTAL DA CARGA HORARIA DO CURSO 3900

Cada unidade de crédito equivale a 18 (dezoito) horas/aula de 50 (cinquenta) minutos. Seguindo os parâmetros estabelecidos pela LDB, o calendário escolar prevê 200 (duzentos) dias letivos de efetivo trabalho acadêmico, divididos em dois semestres de 100 (cem) dias em pelo menos 20 (vinte) semanas de atividades acadêmicas.

QUADRO DE DISCIPLINAS OPTATIVAS BIODIREITO CONTRATOS EM ESPÉCIE CRIMINOLOGIA DIREITO AGRÁRIO DIREITO AUTORAL E

PROPRIEDADE INTELECTUAL

DIREITO DA INTEGRAÇÃO

DIREITO E TERCEIRO SETOR

DIREITO ECONÔMICO DIREITO ELETRÔNICO

DIREITO IMOBILIÁRIO DIREITO ROMANO DIREITO SANITÁRI O DIREITO URBANÍSTICO

ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO ADMINISTRATIVO

ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO CIVIL

ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO EMPRESARIAL

ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO PENAL

ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO TRABALHISTA

ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO TRIBUTÁRIO

JUIZADOS ESPECIAIS LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS)

MEDIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM

MEDICINA LEGAL

MÉTODOS E TÉCNICAS EM PESQUISA JURÍDICA APLICADA

EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DE ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA

PENSAMENTO SÓCIO-POLÍTICO BRASILEIRO

REDAÇÃO JURÍDICA RESPONSABILIDADE CIVIL

RETÓRICA

SERVIÇOS PÚBLICOS E DIREITO REGULATÓRIO

SISTEMA DE PROTEÇÃO INTERNACIONAL AOS DIREITOS HUMANOS

TÓPICOS AVANÇADOS DE DIREITOS HUMANOS

TÓPICOS ESPECIAIS DE DIREITO CONSTITUCIONAL

TÓPICOS ESPECIAIS DE DIREITO

TÓPICOS ESPECIAIS EM DIREITO DO TRABALHO

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DIREITO CANÕNICO E ECLESIÁSTICO

JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO CONSTITUCIONAL

APROFUNDAMENTOS EM ANTROPOLOGIA JURÍDICA

DIREITO BANCÁRIO DIREITO PENAL EMPRESARIAL

DIREITO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

7.2 Ementas e Bibliografias

Ementas – Disciplinas Obrigatórias 1º SEMESTRE Introdução à Educação Superior EMENTA O estudante e seu contexto sócio-histórico. Linguagem e Ciência: uma construção histórica. O texto acadêmico-científico e suas condições de produção e de recepção: a construção de sentido e procedimentos técnicos e metodológicos. A autoria e seus efeitos: a construção de espaços de autonomia e criatividade. Cultura digital: novas práticas de leitura, de escrita e de construção do conhecimento. BILIOGRAFIA BÁSICA DUARTE JÚNIOR, J. F . O que é realidade. São Paulo, SP: Brasiliense, 1984. FOUREZ, G. A construção das ciências: introdução à filosofia e à ética das ciências. São Paulo: UNESP, 1995. GARCEZ, L. H. Técnica de redação: o que é preciso saber para bem escrever. São Paulo: Martins Fontes, 2001. MEDEIROS, J. B. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 11ª. ed. São Paulo: Atlas, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARBOSA, S. A. M. & AMARAL, E. Redação: escrever é desvendar o mundo. 19ª ed. Campinas: Papirus, 2008. v. 1. 180 p. CARVALHO, M.C.R [et al.]. Manual para apresentação de trabalhos acadêmicos. 3ª ed. Brasília: [s.n.], 2010. (disponível gratuitamente em PDF no sítio da UCB - Biblioteca) KOCH, I. V. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. ---------------. Fundamentos de Metodologia Científica. Petrópolis: Vozes, 2006 – ISBN 85-326-180-49. KUHN, T.S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2007.

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SANTOS, B. S.. Um discurso sobre as ciências. Porto: Afrontamento: 2002. História do Direito e Realidade Brasileira EMENTA Evolução dos institutos e da racionalidade jurídicos no ocidente e sua correlação com a realidade jurídica e social do Brasil. História da cidadania e dos Direitos Fundamentais no Brasil. BILIOGRAFIA BÁSICA NASCIMENTO, Walter Vieira do. Lições de História do Direito. 15ª Edição. Rio de Janeiro: Forense, 2006. PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6ª edição.Rio de janeiro: Editora Lumen Juris. 2008. WOLKMER, Antonio Carlos. Fundamentos de História do Direito. 5ª Edição. Belo Horizonte: Del Rey, 2010. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALVES, José Carlos Moreira, Direito Romano, vols. 1 e 2, 14ª edição, Forense, Rio de Janeiro, 2007. BITTAR, Eduardo Carlos Bianca (org) História do Direito Brasileiro: Leituras da Ordem Jurídica Nacional. 2ª Edição. São Paulo: Atlas, 2010. CAENEGEM, R. C. Van. Introdução Histórica ao Direito Privado. São Paulo: Martins Fontes, 2000. DAVID, René. Os grandes sistemas do Direito Contemporâneo. 5ª Edição. São Paulo: Martins Fontes, 2004. GILISSEN, John. Introdução Histórica ao Direito. 3ª Edição. Porto: CALOUSTE GULBENKIAN, 2001. 01 4°ed. 2003. Direito e Economia EMENTA Economia e Economia Política. Estado contemporâneo, neoliberalismo, globalização e direitos humanos. Desenvolvimento econômico e o Direito. Análise econômica do Direito. Economia solidária, cooperativismo e Associativismo. BILIOGRAFIA BÁSICA ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. 20 ª Edição. São Paulo: Ed. Atlas, 2003. SAMUELSON, P. A. e NARDHAUS, W. D. Economia. Ed. McGraw-Hill. VASCONCELLOS, M. A. S. Fundamentos de Economia. Ed. Saraiva. São Paulo. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 31a ed. São Paulo: Nacional, 2002. MANKIW, N. G. Introdução à Economia. São Paulo, Thomson Learning Edições, 2006. NUSDEO, F. Curso de Economia: Introdução ao Direito Econômico. Ed. Revista dos Tribunais. São Paulo. PINHO, D. B. e VASCONCELLOS,M. A. S. (Org.). Manual de Economia. 5.ed.

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São Paulo: Saraiva, 2006. VASCONCELLOS, M. A. S. Economia Micro e Macro. Ed. Atlas. São Paulo. Teoria Política (Democracia e Cidadania) EMENTA Formação da Teoria Política Contemporânea, com especial ênfase na Teoria da Democracia e Cidadania. Evolução histórica do pensamento político: Grécia, Roma, Idade Média, Idade Moderna. Teoria do Estado: Estado Moderno, Estado Contemporâneo. BILIOGRAFIA BÁSICA BOBBIO, Norberto. Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos. Rio de Janeiro: Campus, 2002. CARNOY, Martin. Estado e teoria política . 9. ed. Campinas: Papirus, 2004. SKINNER, Quentin. As Fundações do Pensamento Político Moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. São Paulo: Editora Malheiros. GAMA, Ricardo Rodrigues. Ciência Política. Campinas; Editora LZN. FILOMENO, José Geraldo Brito. Manual de Teoria Geral do Estado e Ciência Política. Rio de Janeiro: Forense Universitária. FRIEDE, Reis. Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Rio de Janeiro: Forense Universitária. MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo; Editora Saraiva. MENEZES, Aderson de. Teoria Geral do Estado. Rio de Janeiro; Editora Forense. Introdução ao Direito Contemporâneo EMENTA Evolução da racionalidade jurídica contemporânea. Princípios Introdutórios à Ciência do Direito. Princípios gerais do Direito. Norma jurídica. Teoria do Ordenamento Jurídico.Relação Jurídica. Hermenêutica Jurídica. Justiça, Validade e Eficácia. As chamadas Teorias Criticas do Direito. BILIOGRAFIA BÁSICA DINIZ, Maria Helena. Compêndio de introdução à ciência do direito. Editora Saraiva. REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. Editora Saraiva. VENOSA, Silvio de Salvo. Introdução ao estudo do direito. Editora Atlas. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AMARAL, Luiz Otavio Oliveira. Teoria geral do direito. Editora Forense. BATALHA, Wilson de Souza Campos. Introdução ao estudo do direito. Editora BOBBIO, Norberto. Teoria da Norma Jurídica. 3ª Edição. São Paulo: EDIPRO, 2005. FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito. Editora Atlas. Forense. NADER, Paulo. Introdução ao estudo do direito. Editora Forense.

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2º SEMESTRE Antropologia da Religião EMENTA Antropologia enquanto ciência. Categorias básicas de análise do fenômeno religioso. Cultura e religião. Cultura religiosa brasileira. Religião e cidadania. BILIOGRAFIA BÁSICA DA MATA, Roberto. Relativizando; uma introdução à antropologia social. Petrópolis: vozes. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropólogo. Rio de Janeiro: Zahar. MARCONI, Marina de Andrade; PRESOTTO, Zélia Maria Neves. Antropologia. Uma introdução, São Paulo: Atlas. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CUPERTINO, Fausto. As muitas religiões do brasileiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira HOEBEL, E. A.; FROST, E. L. Antropologia cultural e social. São Paulo: Cultrix PIERUCCI, Antonio Flávio; PRANDI, Reginaldo. A realidade social das religiões no Brasil: religião, sociedade e política. São Paulo: Hucitec. TERRIN, Aldo Natale. Antropologia e horizontes do sagrado. Culturas e religiões. São Paulo: Paulus Introdução às Ciências Sociais EMENTA Noções Gerais de Sociologia, Filosofia e Antropologia. Sociedade contemporânea e Sociedade Brasileira. O Fenômeno da Globalização. Ciências Sociais, Cidadania e Direitos Humanos. BILIOGRAFIA BÁSICA CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense. COULSON, Margareth & RIDDELL, David. Introdução crítica à sociologia. Rio de Janeiro: Zahar. GIDDENS, Anthony. As novas regras do método sociológico. Lisboa: Gradiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ARANHA, Maria Lúcia de A. Filosofando: introdução à filosofia. 3ª Edição. São Paulo: Moderna, 2003. BOTTOMORE, T.B. Introdução à sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 1997. DIAS, Reinaldo. Introdução à Sociologia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. DURKHEIM, Émile. As Regras do método sociológico. São Paulo: Nacional. MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. Manifesto do partido comunista. São Paulo: Escriba, s/d. Teoria Constitucional (Direito Constitucional I) EMENTA

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Conceito e princípios do Direito Constitucional. Constitucionalismo. Constituição. Normas constitucionais. Interpretação constitucional. Formação Constitucional do Brasil. Constituinte e Constituição de 1988. Formação Constitucional do Brasil: A construção constitucional da defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos. BILIOGRAFIA BÁSICA BARROSO, Luiz Roberto. Curso de direito constitucional. MIRANDA. Jorge. Teoria do estado e da constituição. MORAIS, Alexandre de. Direito constitucional. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARROSO, Luís Roberto O direito constitucional e a efetividade de suas normas. Rio de Janeiro: Renovar. CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional. 15ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2009. SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. Porto Alegre: Livraria do Advogado. SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. TEMER. Michel. Elementos de direito constitucional. Teoria do Direito Privado EMENTA Histórico da legislação privada brasileira. Princípios Constitucionais do Direito Civil. Direitos da personalidade.Teoria do Negócio Jurídico. Ato, Fato e Negócio Jurídico. BILIOGRAFIA BÁSICA AMARAL, Francisco. Direito Civil – Introdução. Renovar: Rio de Janeiro. VENOSA, Silvio de Salvo, Direito Civil, vol. I (Parte Geral do NCCB), Ed.Atlas, SP. TEPEDINO, Gustavo (coord.). Código Civil Interpretado (Conf. a Constituição da República), RJ: Renovar, Vol. I. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AMARAL, Luiz Otavio de Oliveira. Teoria Geral do Direito. RJ, Forense. AZEVEDO, Antônio Junqueira. Negócio Jurídico - existência, validade e eficácia. São Paulo: Saraiva. GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2004, Vol. 1. PERLINGIERI, Pietro. Perfis do Direito Civil – Introdução ao Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Renovar. TEPEDINO, Gustavo (coordenador). A parte geral do novo Código Civil. Rio deJaneiro: Renovar. Direito Penal I – Princípios Constitucionais e Teoria do Crime EMENTA Princípios Constitucionais do Direito Penal. Dimensões histórica e epistemológica. Teoria do Crime.. BILIOGRAFIA BÁSICA

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BITTENCOURT, Cezar Roberto, Tratado de Direito Penal. Parte Geral. GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Vol. I, Parte Geral. ZAFFARONI, Eugênio Raúl. Manual de Direito Penal Brasileiro. Vol. 1 Ed. RT BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Vol. I, Parte Geral. JESUS, Damásio E. de. Direito Penal. Volume 1 – parte geral. 24. ed rev e atual. São Paulo. Saraiva, 2001. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. SANTOS, Juarez Cirino dos. A moderna teoria do fato punível. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2000. TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios Básicos de Direito Penal: de acordo com a Lei n. 7209, de 11-7-1984 e com a Constituição Federal de 1988. - 5a.Edição. São Paulo. Saraiva, 2004. 3º SEMESTRE Direito Civil I – Obrigações EMENTA Conceito e princípios do Direito das Obrigações. Modalidades e classificação das obrigações. Transmissão das Obrigações. Adimplemento, inadimplemento e extinção das Obrigações. BILIOGRAFIA BÁSICA GOMES, Orlando. Obrigações. Editora Forense. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, vol. II, Editora Saraiva. ROSENVALD, Nelson. Direitos das Obrigações. Rio de Janeiro: Lumen Juris. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AZEVEDO, Álvaro Villaça. Teoria geral das obrigações e responsabilidade civil. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2008. BITTAR, Carlos Alberto. Direito das Obrigações. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Forense, 2004. GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil – Obrigações, Editora Forense. MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. V. 2º. São Paulo. Saraiva. RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: Parte Geral das Obrigações. V.2º. São Paulo. Saraiva. Direito Penal II – Criminologia e Teoria da Pena EMENTA Direito Penal e Sociedade. Teoria da Pena. Princípios constitucionais e legais da pena. BILIOGRAFIA BÁSICA BITTENCOURT, Cezar Roberto, Tratado de Direito Penal. Parte Geral. GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Vol. I, Parte Geral.

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NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Vol. I, Parte Geral. DOTTI, René Ariel. Curso de Direito Penal. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Forense, 2004. GOMES, Luis Flávio. Penas e medidas alternativas à prisão. 2ª Edição. São Paulo: RT, 2000. JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal. Vol. 1 Ed. Saraiva. ZAFFARONI, Eugênio Raúl. Manual de Direito Penal. Parte Geral. V.1 Ed. RT. Sociologia do Direito EMENTA Contexto histórico da Sociologia do Direito. Quadros teóricos referenciais para o estudo da relação Direito / Sociedade. A Sociologia Jurídica do Conflito versus a Sociologia Jurídica da Ordem. Monismo e Pluralismo Jurídicos. Sociologia do sistema judiciário. Violência: Controle social e Direitos Humanos. Ordem e conflito: Movimentos Sociais e Cidadania. BILIOGRAFIA BÁSICA GIDDENS, Anthony. As novas regras do método sociológico. Lisboa: Gradiva. SOUTO, Cláudio & FALCÃO, Joaquim (Orgs.). Sociologia e Direito: textos básicos para a disciplina Sociologia Jurídica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. SCURO NETO, Pedro. Sociologia Geral e Jurídica: Manual dos Cursos de Direito.São Paulo: Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2000. CASTRO, Celso Pinheiro de. Sociologia Aplicada ao Direito. São Paulo: Atlas, 2003. COULSON, Margareth & RIDDELL, David. Introdução crítica à sociologia. Rio de Janeiro: Zahar. DURKHEIM, Émile. As Regras do método sociológico. São Paulo: Nacional. SALDANHA, Nelson Nogueira. Sociologia do Direito. 5ª Edição. Rio de Janeiro: Renovar, 2003. Direitos Fundamentais (Direito Constitucional II) EMENTA Constituição de 1988: princípios e objetivos fundamentais. Direitos fundamentais. Garantias processuais dos direitos fundamentais. BILIOGRAFIA BÁSICA BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. Editora Saraiva. BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. Editora Malheiros. SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. Editora Malheiros. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. Editora Saraiva. CHIMENTI, Ricardo Cunha. CAPEZ, Fernando; ELIAS ROSA, Márcio Fernando, FERREIRA SANTOS, Marisa. Curso de Direito Constitucional. Sâo Paulo:

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Saraiva. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. Editora Saraiva. FERREIRA SANTOS, Marisa. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva. MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. Editora Atlas. Teoria dos Direitos Humanos EMENTA Fundamentos e desenvolvimento histórico dos direitos humanos. Cidadania enquanto fenômeno jurídico - direitos humanos e Constituição. Cidadania, direitos humanos e democracia. Cidadania na sociedade contemporânea. Direitos humanos no Brasil. BILIOGRAFIA BÁSICA BOBBIO, Norberto. A era dos Direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos,4ª Ed., Saraiva, São Paulo, 2005. . Fundamento dos Direitos Humanos, in Revista de Estudos Avançados, 2000, p.53 a 74. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR COMPARATO, Fábio Konder. Ética – Direito, Moral e Religião no Mundo Moderno, Cia. das Letras, São Paulo, 2006. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos humanos fundamentais, São Paulo: Saraiva, 1995. LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt, Cia. das Letras, São Paulo, 1988. MORAES, Alexandre de. Direitos Humanos Fundamentais – Teoria Geral. São Paulo: Atlas, 2007. PIOVESAN, Flavia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. São Paulo: Saraiva, 2009. Ética EMENTA Fundamentação etimológica e conceitual da Ética. Caracterização e desenvolvimento histórico da Ética. Problemas éticos contemporâneos. BILIOGRAFIA BÁSICA BOFF, Leonardo. Ethos Mundial. Um consenso mínimo entre os humanos. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. BUARQUE, C. A revolução das prioridades: da modernidade técnica à modernidade ética. 2ª ed., São Paulo: Paz e Terra, 2000. VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 20ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BOFF, Leonardo. Ética da Vida: A Nova Centralidade. São Paulo: Record, 2009.

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_____. Saber Cuidar. Petrópolis: Vozes, 1999. COMPARATO, Fábio Konder. Ética - Direito, Moral e Religião no Mundo Moderno. São Paulo: Cia das Letras, 2006. JOSAPHAT, Carlos. Ética Mundial: Esperança Da Humanidade Globalizada. Petrópolis, Vozes, 2010. KÜNG, Hans. Uma ética global para a política e a economia mundiais. Petrópolis: Vozes, 1999. 4º SEMESTRE Direito Civil II - Contratos EMENTA Conceito e princípios do Direito dos Contratos. Princípios Constitucionais relacionados ao tema. Teoria dos contratos. Institutos. Contratos em espécie. Responsabilidade Civil Contratual. Elaboração orientada de contratos. BILIOGRAFIA BÁSICA GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil – Contratos, Vol. IV, Editora Forense. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, Vol. III, Editora Saraiva. NEGREIROS, Teresa. Teoria do Contrato – Novos Paradigmas. Editora Renovar. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AZEVEDO, Antonio Junqueira De. Negócio Jurídico Existência, Validade e Eficácia. São Paulo: Saraiva. DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, vol.3, Teoria das Obrigações Contratuais e Extracontratuais. São Paulo:Saraiva, 2002. ______. Tratado teórico e prático dos contratos. 5ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2003. RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. Editora Forense. VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil – Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos. Editora Atlas. Direito Penal III – Crimes Típicos EMENTA Panorama crítico geral da tipologia do Código Penal. Crimes tipificados no Código Penal: Crimes contra a pessoa; contra o patrimônio e a propriedade imaterial; contra a organização do trabalho; contra os costumes e contra a família. BILIOGRAFIA BÁSICA BITANCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 2/3. Ed. Saraiva. TELES, Ney Moura. Direito Penal. Parte Geral. Vol. 2. Ed. Atlas. NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais comentadas. Ed. Revista dos Tribunais. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 2. Ed. Saraiva. . Curso de Direito Penal. Legislação penal especial. Vol. 4. Ed. Saraiva. JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal. Vol. II e III. São Paulo. Saraiva.

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MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 2. Ed. Atlas. QUEIROZ, Paulo de Souza. Direito Penal: introdução crítica. São Paulo: Saraiva, 2001. Teoria do Processo EMENTA Direito e processo. Significado Político, sociológico e econômico da busca por soluções judiciais. Processo e Constituição. Acesso à justiça. A ação como poder cidadão. Garantias constitucionais do Processo. Interpretação da Lei Processual. Princípios Norteadores do Processo. BILIOGRAFIA BÁSICA CINTRA, Antônio Carlos Araújo, GRINOVER, Ada P., DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. Editora Malheiros. GRECO FILHO, Vicente. – Direito Processual Civil Brasileiro – Editora Saraiva. TEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Editora Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALVIM, J. E. Carreira. Elementos de teoria geral do processo. Rio de Janeiro: Forense. BAPTISTA DA SILVA, Ovídio A. & GOMES, Fábio Luiz. Teoria Geral do Processo Civil. São Paulo: Rev. Tribunais. DINAMARCO, Cândido Rangel. A instrumentalidade do processo. São Paulo: Malheiros, 2003. MARINONI, Luiz Guilherme. Teoria Geral do Processo. Editora Revista dos Tribunais. SANTOS, Ernane Fidélis dos. Manual de Direito Processual Civil. Editora Saraiva. Organização do Estado Brasileiro (Direito Constitucional III) EMENTA Estrutura e organização do Estado Brasileiro. Organização dos Poderes. Tributação e Orçamento. Ordem econômica e financeira. Ordem social. BILIOGRAFIA BÁSICA HORTA, Raul Machado, in Estudos de Direito Constitucional. Editora Del Rey. MORAES, Alexandre. in Direito Constitucional. Editora Atlas. SILVA, José Afonso. in Curso de Direito Constitucional Positivo. Editora Malheiros. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. Editora Malheiros. CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional. Del Rey CHIMENTI, Ricardo Cunha; CAPEZ, Fernando; ELIAS ROSA, Márcio Fernando; FERREIRA SANTOS, Marisa.Curso de Direito Constitucional. Saraiva. MENDES, Gilmar Ferreira. Direitos Fundamentais e Controle de Constitucionalidade: Estudos de Direito Constitucional. Editora Saraiva. TEMER, Michel. Elementos de direito constitucional. São Paulo: Malheiros.

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Filosofia do Direito EMENTA Filosofia do Direito como Teoria da Justiça, como Ética e como Epistemologia Jurídica. Pensamento clássico e pensamento crítico em Filosofia do Direito.Fundamentos filosóficos dos Direitos Humanos. BILIOGRAFIA BÁSICA ADEODATO, João Maurício. Filosofia do direito: uma crítica á verdade na ética e na ciência; (através de um exame da ontologia de Nicolai Hartmann). São Paulo: Saraiva. BITTAR Eduardo C. B. e ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de Filosofia do Direito. Editora Atlas. REALE, Miguel. Filosofia do Direito. Editora Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BITAR E ALMEIDA, Eduardo C. B. e Guilherme Assis de, (2005) Curso de Filosofia do Direito.São Paulo. Atlas. FERRAZ Júnior, Tércio Sampaio(2003): Estudos de filosofia do direito: Reflexões sobre o poder, a liberdade, a justiça e o direito. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003. LEITE, Flamarion Tavares, Manual de Filosofia Geral e Jurídica, Rio de Janeiro: Forense. 2006. PERELMAN, Chaim. Lógica Jurídica. Tradução de Vergínia Pupi. São Paulo. Ed. Martins Fontes. VILLEY, Michel. A formação do pensamento jurídico moderno. Martins Fontes. 5º SEMESTRE Direito Civil III – Propriedade EMENTA Conceito, princípios e teorias do Direito das Coisas. Significado filosófico, político, econômico e sociológico da matéria. Disciplina constitucional; função social da propriedade. Posse. Propriedade. Propriedade intelectual: reconhecimento e proteção. BILIOGRAFIA BÁSICA GOMES, Orlando. Direitos reais. Rio de Janeiro: Forense. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Coisas, Vol. V, Editora Saraiva. ROSENVALD, Nelson. Direitos reais. Rio de Janeiro: Lumen Juris. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALBUQUERQUE, Ana Rita Vieira. Da função social da posse e sua conseqüência frente à situação proprietária. Rio de Janeiro, Ed. Lumen Juris. ARONNE, Ricardo. Propriedade e domínio: reexame sistemático das noções nucleares de direitos reais. Rio de Janeiro: Editora Renovar. FACHIN, Luiz Edson; AZEVEDO, Antônio Junqueira de (Coord.). Comentários ao código civil: parte especial: do direito das coisas: dos direitos de vizinhança; do condomínio geral; do condomínio edilício; da propriedade resolúvel, São Paulo: Saraiva, 2003. PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Privado. Direitos Reais.

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Vol. VI. Editora Forense. RODRIGUES, Silvio. Direito civil. Direito das coisas. Vol. 5. São Paulo: Saraiva. Direito Penal IV – Crimes Típicos e Extravagantes EMENTA Crimes tipificados no Código Penal: Crimes contra a incolumidade, a fé e a administração pública; Legislação extravagante: crimes de trânsito, ambientais, contra o consumidor, contra o sistema financeiro, tóxicos. BILIOGRAFIA BÁSICA BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 4. Ed. Saraiva. NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais comentadas. Ed. Revista dos Tribunais. TELES, Ney Moura. Direito Penal. Parte Geral. Vol. 3. Ed. Atlas. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 3. Ed. Saraiva. PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal brasileiro. Parte Especial. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. MIRABETE, Júlio Fabrini. Manual de Direito Penal. São Paulo: Atlas. TOLEDO. Francisco de Assis. Princípios Básicos de Direito Penal. São Paulo. Saraiva. JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal. Vol. 3/4. Ed. Saraiva. Direito Processual Civil I EMENTA Processo de conhecimento. Sujeitos da relação processual. Procedimento comum e especial. Teoria Geral da Prova. Elaboração Orientada de Petições: Inicial, Reposta do Réu. BILIOGRAFIA BÁSICA SANTOS, Ernani Fidélis dos – Manual de Direito Processual Civil – Editora Saraiva. GRECO FILHO, Vicente. – Direito Processual Civil Brasileiro – Editora Saraiva. MARINONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil. Editora Revista dos Tribunais. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARROSO, Carlos Eduardo Ferraz de Mattos. Teoria Geral do Processo e Processo de Conhecimento. São Paulo: Saraiva. DIDIER JÚNIOR, Fredie. Regras Processuais no Novo Código Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. SANTOS, Moacyr Amaral – Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. Editora Saraiva. THEODORO JÚNIOR, Humberto – Curso de Direito Processual Civil – Editora Forense. WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso Avançado de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais.

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Direito Processual Penal I EMENTA Fundamentos do Direito Processual Penal. Processo Penal e Direitos Humanos. Processo penal constitucional. Ação Penal. Sentença Penal. BILIOGRAFIA BÁSICA NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. São Paulo: Revista dos Tribunais. TORNAGHI, Hélio. Curso de Processo Penal, São Paulo: Editora Saraiva. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. . Manual de Processo Penal. 9a. ed. São Paulo: Editora Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ACOSTA, Walter P. O Processo Penal, 15ª ed. Rio de Janeiro: Do autor, 1981. CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 2005. LIMA, Arnaldo Siqueira. Inovações no Inquérito Policial - Texto para Discussão. Brasília: Universa. MIRABETE, Júlio Fabbrine, Processo Penal, São Paulo: Editora Atlas. SMÂNIO, Gianpaolo Poggio. Processo Penal. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005. Direito Individual do Trabalho EMENTA Conceito e princípios de Direito do Trabalho. Direitos Constitucionais de Relação de emprego. Relação de trabalho e relação de emprego. Empregado e empregador. Contrato individual do trabalho e contratos afins. BILIOGRAFIA BÁSICA NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ed. Saraiva. RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios do Direito do Trabalho. Editora LTR. SÜSSEKIND, Arnaldo; MARANHÃO, Délio; VIANNA, Segada. Instituições de Direito do Trabalho. São Paulo LTR. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARRETO, Marco Aurélio Aguiar Barreto. Primeiras Linhas de Direito do Trabalho. Ed. Fortium. Brasília. 1ª ed. 2006. GOMES, Orlando. Curso de Direito do Trabalho. Rio de Janeiro: Forense, 2002. JORGE NETO, Francisco Ferreira e CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa, Manual de Direito do Trabalho. Tomos I e II, Editora Lúmen Júris. LYRA FILHO, Roberto. Direito do capital, direito do trabalho. Porto Alegre: SAFE, 1990. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. Ed. Atlas. S.Paulo, 21ª ed. 2005. 6º SEMESTRE Psicologia Aplicada ao Direito EMENTA

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Aspectos psicológicos aplicados ao Direito. Teoria da Decisão. Subjetividade e Direitos Humanos. A construção da verdade jurídica. Interfaces entre Psicologia e Direito: Psicologia Social e suas relações com a produção da norma jurídica; Psicologia Jurídica e Forense: O testemunho; Psicólogos avaliadores e peritos. BILIOGRAFIA BÁSICA CAIRES, Maria Adelaide de Freitas. Psicologia jurídica. Implicações conceituais e aplicações práticas. São Paulo: Vetor, 2003. GONÇALVES, Hebe Signorini ( 2004). Psicologia jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: NAU Editora. SILVA, Denise Maria Perissini da (2003). Psicologia jurídica no processo civil brasileiro: a interface da psicologia com direitos nas questões de família e infância. São Paulo: Casa do Psicólogo. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALBERGARIA, Jason. Criminologia: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: AIDE Ed., 1988. BRITO, L. M. T. (1993). Aplicação da Psicologia junto ao Direito. In: Brito, L. M. T. Separando: um estudo sobre a atuação do psicólogo nas varas de família. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, UERJ, pp, 23 a 37. FULLER, Lon L. (1999). O caso dos exploradores de cavernas. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor. SHINE, S. A espada de Salomão. Ed. Agora. TRINDADE, Jorge. Manual de Psicologia Jurídica para operadores do Direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004. Hermenêutica Jurídica EMENTA Interpretação e Aplicação do Direito. Constitucionalização do direito. Hermenêutica jurídica: principais escolas e tendências. Interpretação do Direito. Integração do Direito. Antinomias jurídicas. Judicialização da política. BILIOGRAFIA BÁSICA FERRAZ JR, Técio Sampaio. Introdução ao estudo do Direito: técnica, decisão, dominação. São Paulo: Editora Atlas. CAMARGO, Margarida Maria Lacombe. Hermenêutica e argumentação: uma contribuição ao estudo do direito. Rio de Janeiro: Renovar. ENGISH, Karl. Introdução ao pensamento jurídico. Lisboa: Calouse Gulbenkian. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CANARIS, Claus Wilhelm. Pensamento Sistemático e Conceito de Sistema na Ciência do Direito. 2ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996. FRANÇA, R. Limongi. Hermenêutica jurídica. São Paulo: Editora Saraiva. MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. Rio de Janeiro: Editora Forense. MENDES, Gilmar Ferreira. Hermenêutica constitucional e direitos fundamentais. Brasília: Brasília Jurídica, 2002. NOJIRI, Sergio. A interpretação judicial do direito. São Paulo: Revista dos Tribunais,

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2005 Direito Processual Penal II EMENTA Os Procedimentos Penais. Sentença. Nulidades. Recursos. Ações Impugnativas. Lei de Execuções Penais. BILIOGRAFIA BÁSICA CAPEZ, Fernando. Execução Penal 3, Editora Damásio de Jesus. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. Editora Revista dos Tribunais. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. São Paulo: Editora Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal, 7ª ed São Paulo: Saraiva, 2001. MARCÃO, Renato Flavio. Curso de Execução Penal. Ed. Saraiva. MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo Penal. São Paulo: Atlas. MIRABETTI, Júlio Fabrini. Execução Penal. Editora Atlas. NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 6ª Ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. Direito Processual Civil II EMENTA Sentença e coisa julgada. Recursos cíveis. Processo nos tribunais. Incidente de uniformização de jurisprudência. Homologação da sentença estrangeira. Ação rescisória. Elaboração orientada de modelos diversos de recursos. BILIOGRAFIA BÁSICA SANTOS, Moacyr Amaral – Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. Editora Saraiva. GRECO FILHO, Vicente. – Direito Processual Civil Brasileiro – Editora Saraiva. MARINONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil. Editora Revista dos Tribunais. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARROSO, Carlos Eduardo Ferraz de Mattos. Teoria Geral do Processo e Processo de Conhecimento. São Paulo: Saraiva. MOREIRA, José Carlos Barbosa. O Novo Processo Civil Brasileiro. 22. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. SANTOS, Ernani Fidélis dos – Manual de Direito Processual Civil – Editora Saraiva. THEODORO JÚNIOR, Humberto – Curso de Direito Processual Civil – Editora Forense. WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso Avançado de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais.

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Direito Civil IV – Famílias EMENTA A Família: origem e evolução histórica. Princípios Constitucionais do Direito das Famílias. Conjugalidade: casamento, união estável e união homoafetiva. Relações de parentesco. Poder familiar. Direito patrimonial. BILIOGRAFIA BÁSICA FACHIN, Luiz Edson e Ruzyk, Carlos Eduardo Pianovski, Código Civil Comentado, volume XV – Ed. Atlas LOBO, Paulo Luiz Netto, Código Civil Comentado, volume XVI – Ed. Atlas VELOSO, Zeno, Código Civil Comentado, volume XVII – Ed. Atlas BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AMORIM, Sebastião e Oliveira, Euclides de – Inventários e Partilhas – São Paulo – Ed. Leud. AZEVEDO, Álvaro Villaça, Estatuto da Família de Fato – Ed. Atlas. DIAS, Maria Berenice e PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Direito de Família e o novo Código Civil. 3ª Edição. Belo Horizonte: Del Rey, 2004. HIRONAKA , Giselda Maria Fernandes Novaes, Comentários ao Código Civil, volume 20 - Ed. Saraiva. RODRIGUES, Silvio. Direito de Família, volume 06 – Ed. Saraiva. Direito Coletivo do Trabalho EMENTA Direito Coletivo do Trabalho. Origens históricas dos sindicatos. Conflitos coletivos de trabalho e suas formas de solução. Tratados e convenções internacionais em matéria de Direito do Trabalho. Blocos econômicos, globalização e Direito do Trabalho. BILIOGRAFIA BÁSICA NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ed. Saraiva. RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios do Direito do Trabalho. Editora LTR. SÜSSEKIND, Arnaldo; MARANHÃO, Délio; VIANNA, Segada. Instituições de Direito do Trabalho. São Paulo LTR. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARBOSA GARCIA, GUSTAVO FELIPE; Curso de Direito do Trabalho, Ed.Método. JORGE NETO, Francisco Ferreira e CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa. Manual de Direito do Trabalho. Tomos I e II, Editora Lúmen Júris. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. Editora Atlas. São Paulo. MARANHÃO, Délio. Direito do Trabalho. Rio de Janeiro. Ed. Fundação Getúlio Vargas. MORAES FILHO, Evaristo. Introdução ao Direito do Trabalho. São Paulo - LTr

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Estágio de Prática em Direito I EMENTA Prática simulada processual civil. Prática simulada processual penal. Elaboração de peças diversas. Audiências simuladas e reais. Estudo de autos findos. Uso de filmes como elemento para atividades simuladas. Acompanhamento, como assistente, de processos diversos. BILIOGRAFIA BÁSICA MARINONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil. Editora Revista dos Tribunais. SANTOS, Moacyr Amaral – Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. Editora Saraiva. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. Editora Revista dos Tribunais. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. São Paulo: Editora Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal, 7ª ed São Paulo: Saraiva, 2001. MOREIRA, José Carlos Barbosa. O Novo Processo Civil Brasileiro. 22. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 6ª Ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. SANTOS, Ernani Fidélis dos – Manual de Direito Processual Civil – Editora Saraiva. THEODORO JÚNIOR, Humberto – Curso de Direito Processual Civil – Editora Forense. WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso Avançado de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais. Obs: Trata-se na realidade de “disciplina” de natureza prática. A indicação da bibliografia atende mais a aspectos formais. Foram indicados 04 livros na bibliografia básica e 06 na bibliografia complementar que já são indicados nas disciplinas de Direito Processual Civil II e Direito Processual Penal II, uma vez que esta “disciplina” tem exatamente o escopo de ser a operacionalização do que foi discutido naquelas. 7º SEMESTRE: Direito Civil V – Sucessões EMENTA Conceito e princípios do Direito das Sucessões. Conceito e princípios do Direito das Sucessões. Sucessão em geral. Sucessão legítima. Sucessão testamentária. Colação, sonegados e partilha. BILIOGRAFIA BÁSICA VELOSO, Zeno, Comentários ao Código Civil, volume 21 – Ed. Saraiva. AMORIM, Sebastião e Oliveira, Euclides de. Inventários e Partilhas – Ed. Leud. VENOSA, Silvio de Salvo, Direito das Sucessões, volume VII. - Ed. Atlas RODRIGUES, Silvio. Direito das Sucessões, volume 07 – Ed. Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AMORIM, Sebastião e Oliveira, Euclides de – Inventários e Partilhas – São Paulo –

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Ed. Leud. DINIZ, Maria Helena e LISBOA, Roberto Senise. O Direito Civil no Século XXI. São Paulo: Saraiva, 2003. HIRONAKA , Giselda Maria Fernandes Novaes, Comentários ao Código Civil, volume 20 - Ed. Saraiva. PACHECO, José da Silva. Inventários e partilhas na sucessão legítima e testamentária. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005. VENOSA, Silvio de Sálvio; ALVIM, Arruda e ALVIM, Thereza. Comentários ao novo Código Civil Brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2004. Direito Processual Civil III EMENTA Cumprimento de sentença. Liquidação de sentença. Processo de execução. Processo e Procedimento cautelar. BILIOGRAFIA BÁSICA SANTOS, Moacyr Amaral – Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. Editora Saraiva. GRECO FILHO, Vicente. – Direito Processual Civil Brasileiro – Editora Saraiva. MARINONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil. Editora Revista dos Tribunais. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ASSIS, Araken. Manual da execução. 13.ª ed., São Paulo: RT, 2010 SANTOS, Ernani Fidélis dos – Manual de Direito Processual Civil – Editora Saraiva. THEODORO JÚNIOR, Humberto – Curso de Direito Processual Civil – Editora Forense. SILVA, Ovídio Araújo Baptista. Curso de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais. WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso Avançado de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais. Direito Processual do Trabalho EMENTA Conceito e princípios do Direito Processual do Trabalho. Justiça do Trabalho: organização e competência. Processo trabalhista: dissídio individual e dissídio coletivo. Recursos. Execução. BILIOGRAFIA BÁSICA GIGLIO, Wagner. Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Saraiva. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito processual do trabalho. Editora Atlas. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR LEITE, Paulo Henrique Bezerra. Direito Processual do Trabalho. Editora LTR. MALTA, Piragibe Tostes. Prática do processo trabalhista. Editora LTR MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. Manual Esquemático de Direito e Processo

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do Trabalho. São Paulo. – Saraiva. 13ª edição. 2005. OLIVEIRA, Francisco Antônio de. A Execução na Justiça do Trabalho. São Paulo: Ed. RT. PLÁ RODRIGUEZ, Américo – Princípios de Direito do Trabalho. S.Paulo, LTR. Direito Empresarial I EMENTA Fundamentos históricos do Direito Empresarial. Princípios constitucionais do direito de empresa. Títulos de crédito. Direito de Empresa. Relações de Consumo e o Empresário. Contratos Mercantis em espécie. BILIOGRAFIA BÁSICA JÚNIOR, Waldo Fazzio. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Atlas. COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. MAMEDE, Gladstone. Direito Empresarial Brasileiro: Empresa e Atuação Empresarial. V.01. 2ª ed. São Paulo: Atlas. 2007. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALMEIDA, Amador Paes de. Direito de Empresa no Código Civil. São Paulo: Saraiva, 2004. COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. MARTINS, Fran. Curso de Direito Comercial. 29ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005. NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Comercial e de empresa. São Paulo: Saraiva. REQUIÃO, Rubens, Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. Direito Administrativo I EMENTA Conceito e princípios do Direito Administrativo. Princípios Constitucionais de Direito Administrativo. Relação jurídico-administrativa. Função administrativa. Intervenção do Estado na propriedade privada. Teoria geral do ato administrativo. BILIOGRAFIA BÁSICA CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Ed. Lumen Juris. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas. MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros Editores. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Administrativo - Editora Saraiva. MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança. São Paulo ; Malheiros Editores. GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva. MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 12ª ed. São Paulo: RT, 2008. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros Editores.

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Estágio de Prática em Direito II EMENTA Prática simulada processual administrativa. Prática simulada Processual Trabalhista. Elaboração de pareceres e petições diversas. Audiências reais e simuladas. Estudo de autos findos. Uso de filmes como elemento para atividades simuladas. Acompanhamento, como assistente, de processos diversos. Visitas Orientadas ao foro local e às diversas instâncias do Poder Judiciário. BILIOGRAFIA BÁSICA GRECO FILHO, Vicente. – Direito Processual Civil Brasileiro – Editora Saraiva. MARINONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil. Editora Revista dos Tribunais. MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros Editores. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ASSIS, Araken. Manual da execução. 13.ª ed., São Paulo: RT, 2010 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Administrativo - Editora Saraiva. LEITE, Paulo Henrique Bezerra. Direito Processual do Trabalho. Editora LTR. MALTA, Piragibe Tostes. Prática do processo trabalhista. Editora LTR MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 12ª ed. São Paulo: RT, 2008. WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso Avançado de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais. Obs: Trata-se na realidade de “disciplina” de natureza prática. A indicação da bibliografia atende mais a aspectos formais. Foram indicados 04 livros na bibliografia básica e 06 na bibliografia complementar que já são indicados nas disciplinas de Direito Processual Civil III, Direito Administrativo I e Direito Processual do Trabalho, uma vez que esta “disciplina” tem exatamente o escopo de ser a operacionalização do que foi discutido naquelas. 8º SEMESTRE: Direito Empresarial II EMENTA Evolução do Direito de Empresa. Empresário individual. Estabelecimento Empresarial. Direito Societário. Sociedades não personificadas e personificadas. Dissolução da Empresa. Falências: noções gerais. BILIOGRAFIA BÁSICA COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. REQUIÃO, Rubens, Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. MAMEDE, Gladstone. Direito Empresarial Brasileiro: Direito Societário:

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Sociedades Simples e Empresárias. V. 2. 2ª ed. São Paulo: Atlas. 2007. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. DORIA, Dylson. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 2004. JÚNIOR, Waldo Fazzio. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Atlas. MARTINS, Fran. Contratos e Obrigações Comerciais. Rio de Janeiro: Forense. NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Comercial e de empresa (vol. 1) São Paulo: Saraiva Direito do Consumidor EMENTA Princípios Constitucionais do Direito do Consumidor. Legislação brasileira específica. Os direitos do consumidor e sua proteção. A defesa do consumidor em juízo. BILIOGRAFIA BÁSICA CARVALHO, José Carlos Maldonado de. Direito do Consumidor. Editora Lumen Juris. NUNES, Rizzatto. O Código de Defesa do Consumidor. Editora Saraiva. PELEGRINI, Ada e outros. Código do Consumidor - Comentado pelos autores do Anteprojeto -. Editora Forense Universitária. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BITTAR, Carlos Alberto. Direitos do Consumidor. Ed. Forense Universitária. MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Manual do Consumidor em juízo. Editora Saraiva. MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor: o novo regime das relações contratuais. Editora Revista do Tribunais. NUNES, Luiz Antônio Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor. São Paulo: Saraiva, 2004. SANSEVERINO, Paulo de Tarso Vieira. Responsabilidade Civil no Código do Consumidor e a Defesa do Fornecedor –- Editora Saraiva. Direito da Criança, do Adolescente e do Idoso EMENTA Proteção Constitucional das Minorias Sociais. Direitos Fundamentais da Criança e do Adolescente. Medidas de proteção à criança e ao adolescente. Garantias processuais. Direitos Fundamentais do Idoso: Lei n° 10.741/2003: Princípios. Medidas de proteção. BILIOGRAFIA BÁSICA CABRERA, Carlos Cabral. Direitos da criança, do adolescente e do Idoso: doutrina e legislação. Belo Horizonte: Del Rey, 2006. CHAVES, Antônio. Comentários ao Estatuto da Criança e do adolescente. Editora Revista dos Tribunais. ISHIDA, Valter Kenji. Estatuto da Criança e do Adolescente: Doutrina e Jurisprudência. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2005. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

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ABREU FILHO, Hélio (Coord.). Comentários sobre o estatuto do idoso. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2004. MARTINEZ, Wladimir Novaes. Comentários ao Estatuto do Idoso. 2ª Edição. São Paulo: LTR, 2005. TAPAI, Giselle de Melo Braga (Coord.). Estatuto da criança e do adolescente: e legislação correlata. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004 VERONESE, Josiane Rose Petry. Os Direitos da Criança e do Adolescente. São Paulo : Editora LTr, 1999. VILAS BOAS, Marco Antônio. Estatuto do Idoso Comentado. Rio de Janeiro: Forense, 2005. Direito da Seguridade Social EMENTA Conceito e princípios do Direito da Seguridade Social. Princípios Constitucionais. Previdência Social no Brasil. Repercussões no contrato de trabalho. Acidentes do trabalho. Segurança e medicina do trabalho. BILIOGRAFIA BÁSICA BALERA,Wagner e MUSSI, Cristiane Miziara. Direito Previdenciário. Editora Método. BONFIM, B. Calheiros. Legislação da previdência, índices analíticos, edição Trabalhista. TAVARES, Marcelo Leonardo. Direito Previdenciário. Editora Lumen Juris. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR COIMBRA, J. R. Feijó. Curso de Direito Previdenciário. CORREIA, Marcus Orione Gonçalves; CORREIA, Érica Paula Barcha. Direito Previdenciário e Constituição. São Paulo: LTr, 2004. FERNANDES, Anibal. Comentários às Leis da Previdência Social. São Paulo: Editora Atlas. GONÇALVES, Nilton Oliveira. Dicionário de procedimentos trabalhistas previdenciários. São Paulo, SP: LTr, 2003 OLIVEIRA, Aristeu de. Consolidação da legislação previdenciária: Regulamento e legislação complementar. 11ª. ed São Paulo: Atlas, 2003 Direito Administrativo II EMENTA Agentes Públicos. Servidores Públicos. Licitações. Contratos administrativos. Responsabilidade extra-contratual do Estado. Controle da Administração pública. Intervenção do Estado na propriedade privada e atuação no domínio econômico. Direito Processual Administrativo. BILIOGRAFIA BÁSICA DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio

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de Janeiro: Ed. Lumen Juris. MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros Editores. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Administrativo - Editora Saraiva. FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. Belo Horizonte: Editora Fórum, 2007 GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva. MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança. São Paulo; Malheiros Editores. ___________. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros Editores. Direito Processual Civil IV EMENTA Medidas cautelares nominadas. Procedimentos especiais. Procedimentos especiais de jurisdição contenciosa e de jurisdição voluntária. BILIOGRAFIA BÁSICA MARQUES, José Frederico. Manual de Direito Processual Civil. 9. ed. Campinas: Millennium, 2003. MOREIRA, José Carlos Barbosa. O Novo Processo Civil Brasileiro. 22. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALMEIDA, Gregório Assagra de. Direito Processual Coletivo Brasileiro: um novo ramo de Direito Processual. São Paulo: Saraiva, 2003. DIDIER JÚNIOR, Fredie. Regras Processuais no Novo Código Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. GRECO FILHO, Vicente. Direito Processual Civil Brasileiro. V. 3. São Paulo: Saraiva. NEGRÃO, Theotônio; GOUVÊA, José Roberto Ferreira. Código de Processo Civil e Legislação Processual em Vigor. 36. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. THEODORO JR., Humberto. Curso de direito processual civil. V. 3. Rio de Janeiro: Forense. Ética, Deontologia Jurídica e Estatuto da OAB EMENTA Ética no mundo contemporâneo. Ética e Direito. Profissões jurídicas e seus campos de atuação. Ética Profissional e regramento no âmbito das diversas profissões jurídicas. Estudo do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil. BILIOGRAFIA BÁSICA NETO LOBO, Paulo Luiz. Comentários ao Estatuto da Advocacia. 4ed. São Paulo: Saraiva, 2007. NALINI, José Renato. Ética Geral e Profissional. 5ª ed. São Paulo: RT, 2006.

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SODRÉ, Ruy Azevedo. Ética Profissional e o Estatuto do Advogado. São Paulo: LTR, 2007. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALMEIDA, Guilherme Assis. Ética e direito: uma perspectiva integrada. São Paulo: Atlas, 2007. BITTAR, Eduardo C. B. Curso de Ética Jurídica. 4ed. São Paulo: Saraiva, 2007. BOFF, Leonardo. Ética da Vida. Brasília: Letraviva, 1999. 241p. LIMA VAZ, Enrique Cláudio. Ética e Direito. São Paulo: Loyola, 2007. PIERRE, Weil. A Nova Ética. 3ed. RJ: Record: Rosa dos Tempos, 1988. 110p. Estágio de Prática Jurídica III EMENTA Atendimento ao público em casos de assistência judiciária real, com orientações, encaminhamentos, realização de conciliação e mediação, elaboração de petições iniciais, intermediárias e recursos, protocolo das peças e acompanhamento de processos, participação em audiências reais e atos de polícia, feitura de peças fictas e relatório das atividades diárias e dos processos. Participação em atividades junto à comunidade: consultoria, assessoria, conciliação e mediação na área empresarial, consumidor, empresarial, penal e civil. BILIOGRAFIA BÁSICA GRECO FILHO, Vicente. – Direito Processual Civil Brasileiro – Editora Saraiva. MARINONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil. Editora Revista dos Tribunais. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. Editora Revista dos Tribunais. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. São Paulo: Editora Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ASSIS, Araken. Manual da execução. 13.ª ed., São Paulo: RT, 2010 CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal, 7ª ed São Paulo: Saraiva, 2001. MOREIRA, José Carlos Barbosa. O Novo Processo Civil Brasileiro. 22. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. SANTOS, Ernani Fidélis dos – Manual de Direito Processual Civil – Editora Saraiva. THEODORO JÚNIOR, Humberto – Curso de Direito Processual Civil – Editora Forense. WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso Avançado de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais. Obs: Trata-se na realidade de “disciplina” de natureza prática. A indicação da bibliografia atende mais a aspectos formais. Foram indicados 04 livros na bibliografia básica e 06 na bibliografia complementar que já são indicados nas disciplinas de Direito Processual Civil II, III e IV e Direito Processual Penal I e II, uma vez que esta “disciplina” tem exatamente o escopo de ser a operacionalização do que foi discutido naquelas, simulado nas disciplinas de Estágio de Prática Jurídica I e II e agora realizado de forma real, no atendimento à comunidade, nas disciplinas de Estágio de Prática Jurídica III, IV e V.

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9º SEMESTRE: Direito e Relações Internacionais I EMENTA Direito Internacional Público: Conceito, Fundamentação, Importância, Histórico. Direitos Fundamentais dos Estados. Meio de Solução dos Litígios Internacionais. Responsabilidade Internacional dos Estados. Organizações Internacionais. Proteção Internacional dos Direitos Humanos, do Meio Ambiente e da Pessoa Humana. BILIOGRAFIA BÁSICA ACCIOLY, Hildebrando; NASCIMENTO E SILVA, G. E. Manual de Direito Internacional Público. Rio de Janeiro: Ed. Saraiva. ALBUQUERQUE MELLO, Celso D. Curso de Direito Internacional Público. Rio de Janeiro: Ed. Renovar, II vols. BARRAL, Welber. Direito Internacional: normas e práticas. Florianópolis: Ed. Boiteux. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BOSON, Gerson de Britto Mello. Direito internacional público: o Estado em direito das gentes. 3ª. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2000. HUSEK, Carlos Roberto. Curso de direito internacional público. 2. ed. São Paulo: LTr, 2004 MEDEIROS, Antônio DE MEDEIROS, Antônio Paulo Cachapuz. O Poder de Celebrar Tratados. Porto Alegre: Fabris. RANGEL, Vicente Marotta. Direito e Relações Internacionais. São Paulo: Revista dos Tribunais. REZEK, José Francisco. Direito Internacional Público. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. Direito Tributário I EMENTA Conceitos e princípios do Direito Tributário. Tributo: conceito, espécies, classificações. Sistema constitucional tributário. Responsabilidade Tributária. Administração Tributária. BILIOGRAFIA BÁSICA ARAÚJO, Aldemário de Castro. Direito Tributário. Brasília: Fortium. CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário, São Paulo: Saraiva. MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Malheiros. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AMARO, Luciano. Direito Tributário brasileiro. São Paulo: Saraiva. BALEEIRO, Aliomar. Direito Tributário Brasileiro. Atual. por Misabel Abreu Machado DERZI. Rio de Janeiro: Forense. CARRAZA, Roque Antônio. Curso de direito constitucional tributário. 20ª Edição. São Paulo: Malheiros, 2004.

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COELHO, Sacha Calmon Navarro. Sistema Tributário Brasileiro -Editora Forense. MARTINS, Ives Gandra. Sistema Tributário Brasileiro. Editora Saraiva. Processo e Jurisdição Constitucional EMENTA Conceito e princípios do Direito Processual Constitucional. Ações específicas. BILIOGRAFIA BÁSICA BARROSO, Luis Roberto. Controle de Constitucionalidade no Direito Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2004. DANTAS, Ivo. Constituição & processo. Curitiba: Juruá, 2003. MANDELLI JUNIOR, Roberto Mendes. Argüição de descumprimento de preceito fundamental : instrumento de proteção dos direitos fundamentais e da constituição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARROSO, Luis Roberto. Direito Constitucional E A Efetividade De Suas Normas. São Paulo: Saraiva, 2004. DIREITO, Carlos Alberto Menezes. Manual do mandado de segurança. 3. ed. ampl. e atual. Rio de Janeiro: Renovar, 1999. MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Ação civil pública. São Paulo: RT, 2003. MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de segurança: ação popular, ação civil pública, mandado de injunção, habeas data. 15 ed. São Paulo: Malheiros, 1993. ORIONE, Marcus; CORREIA, Gonçalves. Direito processual constitucional. São Paulo: Ed. Saraiva, 1998. Direito Ambiental e Ecologia EMENTA Direito Ambiental, Ecologia e Meio Ambiente. Princípios Constitucionais. Direito e recursos ambientais. Tratados e convenções internacionais e princípios legais supranacionais para a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável. Educação ambiental. BILIOGRAFIA BÁSICA ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. Rio de Janeiro, Editora Lúmen Juris. MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. Malheiros Editores Ltda São Paulo. MILARÉ, Édis. Direito Ambiental. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CAUBET, Christian Guy. A água, a lei, a política...e o meio ambiente? Curitiba: Juruá, 2004. FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo. Editora Saraiva. GOMES, Luís Roberto.Princípios. Constitucionais de Proteção ao Meio Ambiente. RDA, São Paulo – RT, 1999.

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SILVA, José Afonso de. Direito Ambiental Constitucional. São Paulo, Malheiros Editores, 2006. SIRVINSKAS, Luis Paulo. Manual de Direito Ambiental. São Paulo. Editora Saraiva. Direito Empresarial III EMENTA Conceitos e princípios do Direito Falimentar. Falência. Recuperação de Empresa. Crimes falimentares. BILIOGRAFIA BÁSICA COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. JÚNIOR, Waldo Fazzio. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Atlas. MAMEDE, Gladstone. Direito Empresarial Brasileiro: Falência e Recuperação de Empresas. V. 4. 1ed. São Paulo: Atlas. 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Nova Lei de Falências e recuperação de empresas,São Paulo: Atlas, 2005. NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Comercial e de empresa (vol. 1) São Paulo: Saraiva. REQUIÃO, Rubens, Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. TZIRULNIK, Luis. Direito Falimentar. 7.ed. São Paulo: RT, 2005 Trabalho de Curso I EMENTA Teoria do conhecimento, Instrumentos do conhecimento. A Ciência, Metodologia científica. A pesquisa, Tipos de pesquisa. Metodologias da pesquisa jurídica. Elaboração do Projeto de Pesquisa ou de Extensão do TC, dentre as várias modalidades previstas no regulamento específico do curso. BILIOGRAFIA BÁSICA ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna. NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Manual da monografia jurídica. 4. ed. São Paulo: Saraiva. VENTURA, Deisy. Monografia Jurídica: uma visão prática, Porto Alegre: Livraria do Advogado BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BITTAR, Eduardo Carlos Bianca. Metodologia da Pesquisa Juridica. 3ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2003. ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1993. FERREIRA SOBRINHO, José Wilson. Pesquisa em Direito e Redação de Monografia Jurídica. Porto Alegre: Fabris, 1997. MACEDO, Magda Helena Soares. Manual de Metodologia da Pesquisa Jurídica. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000.

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MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas, 4. ed. São Paulo:Atlas. Estágio de Prática em Direito IV EMENTA Atendimento ao público em casos de assistência judiciária real, com orientações, encaminhamentos, realização de conciliação e mediação, elaboração de petições iniciais, intermediárias e recursos, protocolo das peças e acompanhamento de processos, participação em audiências reais e atos de polícia, feitura de peças fictas e relatório das atividades diárias e dos processos. Participação em atividades junto à comunidade: consultoria, assessoria, conciliação e mediação na área empresarial, consumidor, previdenciário, penal e civil. BILIOGRAFIA BÁSICA GRECO FILHO, Vicente. – Direito Processual Civil Brasileiro – Editora Saraiva. MARINONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil. Editora Revista dos Tribunais. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. Editora Revista dos Tribunais. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. São Paulo: Editora Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ASSIS, Araken. Manual da execução. 13.ª ed., São Paulo: RT, 2010 CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal, 7ª ed São Paulo: Saraiva, 2001. MOREIRA, José Carlos Barbosa. O Novo Processo Civil Brasileiro. 22. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. SANTOS, Ernani Fidélis dos – Manual de Direito Processual Civil – Editora Saraiva. THEODORO JÚNIOR, Humberto – Curso de Direito Processual Civil – Editora Forense. WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso Avançado de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais. Obs: Trata-se na realidade de “disciplina” de natureza prática. A indicação da bibliografia atende mais a aspectos formais. Foram indicados 04 livros na bibliografia básica e 06 na bibliografia complementar que já são indicados nas disciplinas de Direito Processual Civil II, III e IV e Direito Processual Penal I e II, uma vez que esta “disciplina” tem exatamente o escopo de ser a operacionalização do que foi discutido naquelas, simulado nas disciplinas de Estágio de Prática Jurídica I e II e agora realizado de forma real, no atendimento à comunidade, nas disciplinas de Estágio de Prática Jurídica III, IV e V. 10º SEMESTRE: Direito Tributário II EMENTA Tributos. Administração tributária. Processo Administrativo Tributário.

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BILIOGRAFIA BÁSICA COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Comentários à Constituição de 1988 – sistema tributário. Rio de Janeiro: Forense. MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Malheiros. PAULSEN, Leandro; MELO, José Eduardo Soares de. Impostos Federais, Estaduais e Municipais. Ver. atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. BALEEIRO, Aliomar. Direito Tributário brasileiro. Atual. por Misabel Abreu Machado DERZI. Rio de Janeiro: Forense. COELHO, Sacha Calmon Navarro. Sistema Tributário Brasileiro -Editora Forense. MARTINS, Ives Gandra. Sistema Tributário Brasileiro. Editora Saraiva. MELO José Eduardo Soares de. Contribuições sociais no sistema tributário. São Paulo: Malheiros. Direito e Relações Internacionais II EMENTA Direito Internacional Privado. Relações Privadas Internacionais. Contratos Internacionais. Conflitos de Direito Interespacial. BILIOGRAFIA BÁSICA AMORIM, Edgar Carlos de. Direito internacional privado. 9.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006. DOLINGER, Jacob. Direito internacional privado – parte geral. 8.ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2005. RECHESTEINER, Beat Walter. Direito Internacional Privado – Teoria e Prática. 10.ed. São Paulo: Saraiva, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ARAUJO, Nádia de. Direito Internacional Privado. Teoria e Prática Brasileira. 2a. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2004. CASTRO, Amílcar de. Direito Internacional Privado. 6.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005. FIORATI, Jete Jane; MAZZUOLI, Valério de Oliveira (Coord.). Novas vertentes do direito do comércio internacional. Barueri: Manole, 2003 MEDEIROS, Antônio Carlos Cachapuz. Desafios do Direito Internacional Contemporâneo. Brasília: FUNAG, 2007. RECHSTEINER, Beat. Arbitragem privada internacional no Brasil depois da nova lei 9.307, de 23.09.1996: Teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001 Direito Eleitoral EMENTA Conceitos e princípios do Direito Eleitoral. Princípios constitucionais. Normas

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constitucionais em matéria eleitoral e partidária. Sistemas eleitorais. Justiça Eleitoral. Partidos Políticos. Ilícitos eleitorais. Processo Eleitoral. BILIOGRAFIA BÁSICA CANDIDO, Joel Jose. Direito Eleitoral Brasileiro. 11ª Edição. São Paulo: Edipro, 2004. CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes. Direito Eleitoral Brasileiro. 3ª Edição. São Paulo: Del Rey SP, 2004. RAMAYANA, Marcos. Direito eleitoral. 3ª Edição. São Paulo: Impetus, 2005. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CAGGIANO, Mônica Herman Salem. Direito Parlamentar e Direito Eleitoral. Barueri: Manole, 2004. CASTRO, Edson de Resende. Teoria e Pratica do Direito Eleitoral. São Paulo: Mandamentos, 2004. DANTAS, Sivanildo de Araújo. Direito Eleitoral. Curitiba: Juruá, 2004. MICHELS, Vera Maria Nunes. Direito Eleitoral. 3ª Edição. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004. PINTO, Djalma. Direito Eleitoral. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2005. Direito Financeiro EMENTA Atividade financeira do Estado. Direito Financeiro no Brasil. Orçamento Público. Controle e Fiscalização orçamentária. Controle Externo e Controle Interno. Tribunais de Contas. Responsabilidade Fiscal. BILIOGRAFIA BÁSICA CAMPOS, Dejalma de. Direito financeiro e orçamentário. São Paulo: Atlas. CRUZ, Flávio da, et al. Comentários à Lei 4.320. São Paulo: Atlas. OLIVEIRA, Régis Fernandes de. Curso de Direito Financeiro. São Paulo: Revista dos Tribunais. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ABRAHAM, Marcus. Curso De Direito Financeiro Brasileiro. São Paulo: Campus Jurídico, 2010. ARAÚJO, Aldemário de Castro. Direito Tributário. 3ª ed. Brasília: Fortium, 2007. BALLEIRO, Aliomar. Uma introdução à Ciência das Finanças. Rio de Janeiro: Forense. NÓBREGA, Livânia Tavares. Direito financeiro. Brasília: Fortium. TORRES, Ricardo Lobo. Curso de direito financeiro e tributário. 5. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 1999. Trabalho de Curso II EMENTA

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Redação final do Trabalho de Curso. Produto de pesquisa de tema jurídico delimitado, de livre escolha do acadêmico. Apresentação de texto pessoal fruto da criação intelectual individual, mediante orientação e segundo às normas da ABNT. BILIOGRAFIA BÁSICA Além da bibliografia específica, de acordo com o tema a ser abordado pelo estudante, no que tange às regras, o estudante deverá se orientar pelo Manual para apresentação de trabalhos acadêmicos da Universidade católica de Brasília, disponível em http://www.biblioteca.ucb.br/Manual.pdf Acessado em: 19 out. 2007. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BITTAR, Eduardo Carlos Bianca. Metodologia da Pesquisa Juridica. 3ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2003. FERREIRA SOBRINHO, José Wilson. Pesquisa em Direito e Redação de Monografia Jurídica. Porto Alegre: Fabris, 1997. LEITE, Eduardo de Oliveira. A monografia jurídica. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001 MACEDO, Magda Helena Soares. Manual de Metodologia da Pesquisa Jurídica. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000. VIEIRA, Liliane dos Santos. Pesquisa e monografia jurídica na era da informática. 3ª. ed Brasília, DF: Brasília Jurídica, 2007 Estágio de Prática em Direito V EMENTA Atendimento Real no NPJ nos mesmos termos do Estágio de Prática Jurídica III e IV – escolha do núcleo de aprofundamento. BILIOGRAFIA BÁSICA GRECO FILHO, Vicente. – Direito Processual Civil Brasileiro – Editora Saraiva. MARINONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil. Editora Revista dos Tribunais. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. Editora Revista dos Tribunais. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. São Paulo: Editora Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ASSIS, Araken. Manual da execução. 13.ª ed., São Paulo: RT, 2010 CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal, 7ª ed São Paulo: Saraiva, 2001. MOREIRA, José Carlos Barbosa. O Novo Processo Civil Brasileiro. 22. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. SANTOS, Ernani Fidélis dos – Manual de Direito Processual Civil – Editora Saraiva. THEODORO JÚNIOR, Humberto – Curso de Direito Processual Civil – Editora Forense. WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso Avançado de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais. Obs: Trata-se na realidade de “disciplina” de natureza prática. A indicação da bibliografia atende mais a aspectos formais. Foram indicados 04 livros na bibliografia básica e 06 na bibliografia complementar que já são indicados nas disciplinas de

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Direito Processual Civil II, III e IV e Direito Processual Penal I e II, uma vez que esta “disciplina” tem exatamente o escopo de ser a operacionalização do que foi discutido naquelas, simulado nas disciplinas de Estágio de Prática Jurídica I e II e agora realizado de forma real, no atendimento à comunidade, nas disciplinas de Estágio de Prática Jurídica III, IV e V. 3.1. Ementas – Disciplinas optativas BIODIREITO EMENTA Direito e Bioética. Princípios da Bioética. Nascimento ao Biodireito. Conceito e princípios do Biodireito. Ser humano e natureza Principais fenômenos da biotecnologia e Direito. BILIOGRAFIA BÁSICA DINIZ, Maria Helena. O Estado atual e o Biodireito. 2ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2002. FABRIZ, Daury César. Bioética e direitos fundamentais. São Paulo: Malheiros, 2003. SILVA, Reinaldo Pereira. Bioetica e Direitos Humanos. Florianópolis: OAB/SC, 2002. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALBANO, Lílian Maria Jose. Biodireito. Curitiba: Atheneu Editora, 2004. HOGEMANN, Edna Raquel R.S. Conflitos bioéticos: O caso da clonagem humana. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2003. PESSINI, Leocir e BARCHIFONTAINE, Christian de Paul de. Fundamentos de bioética. São Paulo: Paulus, 1996. SAUWEN, Regina Fiúza e HRYNIEWICZ, Severo. O Direito in Vitro. Da Bioética ao biodireito. 2ª Edição. Rio de Janeiro, Lúmen Júris, 2000. SOARES, André Marcelo M e PINEIRO, Walter Esteves. Bioética e biodireito. São Paulo: Loyola, 2002. JUIZADOS ESPECIAIS EMENTA Conceito e princípios dos Juizados Especiais. Legislação federal e distrital. Estrutura. Competência. Procedimentos específicos. Recursos. BILIOGRAFIA BÁSICA BATISTA, Weber Martins. Juizados Especiais Cíveis e Criminais e Suspensão Condicional do Processo Penal. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2002 TOSTA, Jorge. Juizados Especiais Civeis. São Paulo: Campus Jurídico, 2010. TOURINHO NETO, Fernando da Costa. Juizados Especiais Federais Cíveis e Criminais Editora Revista dos Tribunais, São Paulo, 2002. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR MONTEIRO, Rita Borges Leão. Juizados Especiais Civeis E Criminais. Salvador:

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Juspodium, 2010. ROCHA, Felippe Borring. Juizados Especiais Civeis: Novos Desafios. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. SILVA, Luiz Cláudio. Os Juizados Especiais Cíveis na Doutrina e na Prática Forense, 5ª ed., Editora Forense, Rio de Janeiro, 2002. ______. Juizados Especiais Cíveis em Perguntas e Respostas, 1ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Forense, 1999. THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil, vs. I, II e III, 29ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. DIREITO DA INTEGRAÇÃO EMENTA Conceito e princípios do Direito da Integração. Direito da Integração e Direito Comunitário. Harmonização dos direitos internos e supranacionalidade. Direito da Integração e Poder Judiciário. BILIOGRAFIA BÁSICA ACCIOLY, Elizabeht. Mercosul e União Européia. 3ª Edição. Curitiba: Juruá, 2003. CASELLA, Paulo Borba. Mercosul: exigências e perspectivas. São Paulo: LTr, 1996. MELLO, Celso. D. de Albuquerque. Direito internacional americano. Rio de Janeiro: Renovar, 1998. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR FARIA, José Eduardo. O direito na economia globalizada. São Paulo: Malheiros, 2004. OLIVEIRA, Odete Maria. União Européia. Curitiba: Juruá, 1999. REIS, Marcio Monteiro. Mercosul, União Européia e Constituição.. Rio de Janeiro: Renovar, 2001. VENTURA, Deisy. Direito Comunitário do Mercosul. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1997. _________. Assimetrias entre o Mercosul e a União Européia.. Barueri: Manole, 2003 DIREITO AUTORAL E PROPRIEDADE INTELECTUAL EMENTA Direito da Propriedade Intelectual. Obras intelectuais. Direitos do autor: direitos morais e patrimoniais. Utilização de obras intelectuais. Direitos conexos. BILIOGRAFIA BÁSICA ASCENSÃO, José de Oliveira. Direito Autoral. 2ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, 1997. BARBOSA, D.B. Introdução à propriedade intelectual. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 1998. SANTOS Ozéias J. Marcas e Patentes, Propriedade Industrial. 2a ed. São Paulo: Lex, 2001. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR GANDELMAN, Henrique - De Gutenberg à internet - Direitos Autorais na era digital - Rio de Janeiro: Record, 1997.

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LOBO, T. T. Introdução à nova lei de propriedade intelectual. Rio de Janeiro: Atlas, 1998. SCHOLZE, SIMONE HENRIQUETA COSSETIN, Patentes, Transgênicos e Clonagem: São Paulo, 2003. SOARES, José Carlos Tinoco. Tratado da Propriedade Industrial. São Paulo: Editora Jurídica Brasileira, 1998. TACHINARDI, Maria Helena, A Guerra das Patentes - Conflito Brasil X EUA Sobre Propriedade Intelectual. São Paulo, 2003. DIREITO IMOBILIÁRIO EMENTA Princípios do Direito Imobiliário. Contratos Imobiliários. Registro de Imóveis. Locação Imobiliária Urbana. Novas formas de propriedade. Relação com Direito Urbanístico. BILIOGRAFIA BÁSICA AGHIARAIAN, Hércules. Curso de Direito Imobiliário. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2005. CERVO, Valter Luis. Direito Registral Imobiliário. Curitiba: Juruá, 2004. JUNQUEIRA, Gabriel. J. P. Teoria e prática do direito imobiliário. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Edipro, 2003. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CENEVIVA, Walter. Lei dos Registros Públicos Comentada. São Paulo: Saraiva, 2001. FIORANELLI, Ademar. Direito Registral Imobiliário. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2001. MUKAI, Toshio. O Estatuto da Cidade. São Paulo: Saraiva, 2002. SALLES, Venicio. Direito Registral Imobiliário. 2ª. Ed. São Paulo: Saraiva 2007. TEPEDINO, Gustavo. Multipropriedade Imobiliária. São Paulo: Saraiva, 1993. CONTRATOS EM ESPÉCIE EMENTA Classificação Geral dos Contratos. Contratos em Espécie. Prática Contratual. BILIOGRAFIA BÁSICA AZEVEDO, Álvaro Villaça. Teoria Geral dos Contratos Típicos e Atípicos. 2ª Edição. São Paulo: Atlas, 2004. DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria das Obrigações Contratuais e Extracontratuais. 22ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2004. _____. Tratado teórico e prático dos contratos. 5ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2003. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BITTAR, Carlos Alberto. Direito dos contratos e dos atos unilaterais. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Forense, 2004. GODOY, Cláudio L. Bueno de. Função Social do Contrato. São Paulo: Saraiva, 2004. SANTIAGO, Mariana Ribeiro. Princípio da Função Social do Contrato. Curitiba:

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Juruá, 2005. SANTOS, Orlando Gomes dos. Contratos. 16ª Edição. Rio de Janeiro: Forense, 2003. VENOSA, Silvio. Direito Civil: contratos em espécie. 5ª Edição. São Paulo: Atlas, 2004. EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DE ESCRITÓRIOS DE ADVOCAC IA EMENTA Planejamento Estratégico da empresa jurídica. Controle de custos e administração do fluxo de caixa. Missão, Marketing e Imagem empresarial. Fundamentos básicos do gerenciamento de clientes e recursos humanos. Noções de organograma e fluxograma. BILIOGRAFIA BÁSICA COSTA, Claudio Gustavo Noro da. MARINHO, Ricardo João. Marketing Jurídico Para Advogados e Estudantes De Direito. São Paulo: Forense, 2009. GONÇALVES NETO, Alfredo de Assis. Sociedade De Advogados. São Paulo: Lex Editora, 2010. RAMOS, Urubatan de Almeida. Gestão De Escritórios De Advocacia. São Paulo: Matrix Editora, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BAUER, Ruben. Gestão da Mudança: caos e complexidade nas organizações. São Paulo: Atlas, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 5. ed. São Paulo: Makron Books, 1997. DRUCKER, Peter. Administrando para o Futuro: os anos 90 e a virada do século.6. ed. São Paulo: Pioneira, 1998. _________. Introdução à Administração. 4. ed. São Paulo: Pioneira, 1995. FERRAZ, Sergio. Sociedade de Advogados. São Paulo: Malheiros, 2002. MEDIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM EMENTA Teoria geral e formas de jurisconstrução. Conciliação e mediação no direito brasileiro. Teoria da arbitragem. Papel e ética do negociador. Teoria da decisão. Profissões jurídicas, negociação e decisão. BILIOGRAFIA BÁSICA ALVIM, J. E. Carreira. Direito Arbitral. Rio de Janeiro: Forense. CÂMARA, Alexandre Freitas. Arbitragem – Lei n°. 9.307/96. Rio de Janeiro: Lúmen Júris. MORAIS, José Luis Bolzan de. SPENGLER, Fabiana Marion. Mediação e arbitragem. Alternativas à jurisdição! Porto Alegre: Livraria do advogado, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALMEIDA, Ricardo Ramalho. Arbitragem comercial internacional e ordem pública. Rio de Janeiro, RJ: Renovar, 2005. CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e Processo. São Paulo: Atlas. COOLEY, John W.; LONCAN, René (Trad.). A advocacia na mediação. Brasília, DF:

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Editora UnB, 2001. STRENGER, Irineu. Comentários à lei brasileira de arbitragem. São Paulo: LTR, 1998. WARAT, Luiz Alberto. O Ofício do Mediador. Florianópolis: Artmed. CRIMINOLOGIA EMENTA Paradigma etiológico de Criminologia. Controle social e sistema penal como objeto criminológico. Criminalidade, criminalização, vitimação. Penalogia. Políticas Criminais. Principais correntes criminológicas, Políticas Públicas de Defesa Social. BILIOGRAFIA BÁSICA ANDRADE, Vera Regina Pereira de. A ilusão da segurança jurídica. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003. 336 p. BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do direito penal. 3. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2002. ZAFFARONI, Eugenio Raúl; BATISTA, Nilo; ALAGIA, Alejandro; SLOKAR, Alejandro. Direito penal brasileiro. 2. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2003. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ANDRADE, Vera Regina Pereira de. Sistema penal máximo x cidadania mínima: códigos de violência na era da globalização. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003. BARATTA, Alessandro. Princípios do direito penal mínimo: para uma teoria dos direitos humanos como objeto e limite da lei penal. Tradução: Francisco Bissoli (mimeo). DAL RI, Arno; CASTRO, Alexander de; DE PAULO, Alexandre; SONTAG, Ricardo. Iluminismo e Direito Penal. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2009 FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. Tradução por Ligia M. Pondé Vassalo. 8.ed. Petrópolis: Vozes, 1991. ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Em busca das penas perdidas: a perda de legitimidade do sistema penal. Tradução por Vânia Romano Pedrosa e Amir Lopez da Conceição. Rio de Janeiro: Revan, l99l. DIREITO ECONÔMICO EMENTA Princípios Constitucionais do Direito Econômico. Livre mercado e intervenção estatal na economia. Agências regulatórias. Direito de Concorrência. BILIOGRAFIA BÁSICA FONSECA, João Bosco Leopoldino da. Direito Econômico. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001; GOMES, Carlos Jacques Vieira. Ordem Econômica Constitucional e Direito Antitruste. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, 2004; GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988 (interpretação e crítica). 8ª edição. São Paulo: Malheiros, 2000. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

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AGUILLAR, Fernando. Direito Econômico: Do Direito Nacional ao Direito Supranacional. São Paulo: Atlas, 2006. BORGES, Antônio de Moura (Org.) . Intervenção do Estado no domínio econômico: temas atuais. 1. ed. São Paulo: Lex Editora, 2006. FORGIONI, Paula. Os fundamentos do antitruste. São Paulo: Revista dos Tribunais,1998; SILVA NETO, Manoel Jorge. Direito Constitucional Econômico. São Paulo: LTR, 2001. VAZ, Isabel. Direito Econômico da Concorrência. Rio de Janeiro: Forense, 1993. SERVIÇOS PÚBLICOS E DIREITO REGULATÓRIO EMENTA Princípios constitucionais da Ordem Econômica e Direito Regulatório. Questões controvertidas em matéria de concessão de serviços públicos. Agências de Regulação: sistemática e papel constitucional. BILIOGRAFIA BÁSICA ARAGÃO, Alexandre Santos de. Direito dos serviços públicos. Rio de Janeiro: Forense, 2006. JUSTEN FILHO, Marçal. Teoria geral das concessões de serviços públicos. São Paulo: Dialética. SOUTO, Marcos Juruena Villela. Direito administrativo regulatório. Rio de Janeiro: Lumen Iuris. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BRONWEN, Morgan e YEUNG, Karen. Agências reguladoras e a evolução do direito administrativo econômico. Rio de Janeiro: Forense, 2003. MATTOS, Paulo (coord). Regulação econômica e democracia: o debate norte-americano. São Paulo: Ed. 34, 2004. MATTOS, Paulo. Regulação econômica e democracia: o debate europeu. São Paulo: Ed. 34, 2006. PINHEIRO, Armando Castelar e SADDI, Jairo. Direito, economia e mercados. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. SUNDFELD, Carlos Ari (coord.). Direito administrativo econômico. São Paulo: Malheiros, 2000. DIREITO E TERCEIRO SETOR EMENTA Organizações não governamentais que prestem serviços públicos. Constituição e gerência de associações, fundações e sociedades sem fins lucrativos. As ONGs e a Constituição. O Estado e a concessão de espaço público para atividades não mercantis e não estatais. Economia Social, Economia Solidária e Economia Popular. História da filantropia. Sistema de auto-organização. Projetos sociais coletivos. Mutirão. BILIOGRAFIA BÁSICA

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FALCÃO, Joaquim. Democracia, Direito e Terceiro Setor. São Paulo: Editora FGV, 2004. PAES, José Eduardo Sabo. Fundações e Entidades de Interesse Social: Aspectos Jurídicos, Administrativos e Tributários. Brasília: Brasília Jurídica, 4ª ed. atualizada, 2003. SZAZI, Eduardo. Terceiro Setor: Regulação no Brasil. São Paulo: Peirópolis, 3ª ed. atualizada, 2003. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARBOSA, Maria Nazaré Lins e Oliveira, Carolina Felippe de. Manual de ONGs: Guia prático de orientação jurídica. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 4ª ed. atualizada, 2003. CESNIK, Fábio de Sá. Guia do Incentivo à Cultura. São Paulo: Editora Manole, 2002. SOUZA, Leandro Marins de. Tributação no Terceiro Setor no Brasil. São Paulo: Editora Dialética, 2004. SZAZI, Eduardo. Terceiro Setor - Temas polêmicos 1. São Paulo: Peirópolis, 2004. VERAS NETO, Francisco Quintanilha. Cooperativismo: Uma abordagem sócio-juridica. Curitiba: Juruá, 2001. TÓPICOS AVANÇADOS DE DIREITOS HUMANOS EMENTA Tópicos especiais sobre os Direitos Humanos, atualizados com a realidade do momento nacional em que for oferecida a disciplina, e que estejam a exigir uma reflexão especial. BILIOGRAFIA BÁSICA BOBBIO, Norberto. A era dos Direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos,4ª Ed., Saraiva, São Paulo, 2005. _____________. Fundamento dos Direitos Humanos, in Revista de Estudos Avançados, 2000. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR COMPARATO, Fábio Konder. Ética – Direito, Moral e Religião no Mundo Moderno, Cia. das Letras, São Paulo, 2006. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos humanos fundamentais, São Paulo: Saraiva, 1995. LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt, Cia. das Letras, São Paulo, 1988. MORAES, Alexandre de. Direitos Humanos Fundamentais – Teoria Geral. São Paulo: Atlas, 2007. PIOVESAN, Flavia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. São Paulo: Saraiva, 2009.

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MEDICINA LEGAL EMENTA Historia da Medicina Legal. Documentos Medicos-legais. Traumatologia. Tanalogia. Psicopatologia Forense. Vitimologia. Antropologia Forense. BILIOGRAFIA BÁSICA ALCANTARA, Hermes R. Perícia Médica Judicial. Editora Guanabara Koogan. FRANÇA, Genival V. Medicina Legal. 7º Edição, Editora Guanabara Koogan. GOMES, Hélio, Medicina Legal. 33º Edição, Ed. Freitas Bastos. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, Revista Bioética, Site: www.cfm.org.com CROCE, Delton e CROCE JUNIOR, Delton. São Paulo: Saraiva, 2010. MARANHÃO, Odon Ramos. Curso básico de medicina legal. 8. ed. São Paulo: Malheiros, 2002 ROBBINS, STANLEY L. Patologia estrutural e funcional: Stanley L. Robbins. VANRELL, Jorge Paulete. Manual de medicina legal (tanatologia). 2. ed. Leme, SP: Editora de Direito, 2004. LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS EMENTA Das Licitações Públicas: princípios, definições e modalidades. Habilitação e classificação de propostas. Tipos. Procedimento. Anulação e Revogação. Dos Contratos Administrativos: definição, elementos característicos. Conteúdo e estrutura. Formalização. Cláusulas exorbitantes. Alteração, execução e rescisão. Recursos administrativos. BILIOGRAFIA BÁSICA FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Licitações e Contratos Administrativos. São Paulo. Editora Atlas JUSTEN FILHO, Marçal. Licitações e Contratos Administrativos. São Paulo: Dialética. MEIRELLES, Hely Lopes. Licitações e Contratos Administrativos. São Paulo: Malheiros Editores. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro. Lumen Juris. CRETELLA JÚNIOR, José. Das licitações públicas. 17ª Edição. Rio de Janeiro: Forense, 2001. FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. Belo Horizonte. Editora Fórum. MEIRELLES, Hely Lopes. "Direito Administrativo Brasileiro". São Paulo: Malheiros Editores. MOTTA, Carlos Pinto Coelho (coordenador).”Eficácia nas Licitações e Contratos". Belo Horizonte: Del Rey.

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ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO CIVIL EMENTA Estudos de casos contemporâneos e paradigmáticos de decisões judiciais em Direito Civil. BILIOGRAFIA BÁSICA SANTOS, Moacyr Amaral – Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. Editora Saraiva. GRECO FILHO, Vicente. – Direito Processual Civil Brasileiro – Editora Saraiva. MARINONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil. Editora Revista dos Tribunais. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARROSO, Carlos Eduardo Ferraz de Mattos. Teoria Geral do Processo e Processo de Conhecimento. São Paulo: Saraiva. MOREIRA, José Carlos Barbosa. O Novo Processo Civil Brasileiro. 22. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. SANTOS, Ernani Fidélis dos – Manual de Direito Processual Civil – Editora Saraiva. THEODORO JÚNIOR, Humberto – Curso de Direito Processual Civil – Editora Forense. WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso Avançado de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais. ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO PENAL EMENTA Estudos de casos contemporâneos e paradigmáticos de decisões judiciais em Direito Penal. BILIOGRAFIA BÁSICA CAPEZ, Fernando. Execução Penal 3, Editora Damásio de Jesus. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. Editora Revista dos Tribunais. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. São Paulo: Editora Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal, 7ª ed São Paulo: Saraiva, 2001. MARCÃO, Renato Flavio. Curso de Execução Penal. Ed. Saraiva. MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo Penal. São Paulo: Atlas. MIRABETTI, Júlio Fabrini. Execução Penal. Editora Atlas. NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 6ª Ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO ADMINISTRATIVO EMENTA Estudos de casos contemporâneos e paradigmáticos de decisões judiciais em Direito Administrativo. BILIOGRAFIA BÁSICA

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DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Ed. Lumen Juris. MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros Editores. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Administrativo - Editora Saraiva. FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. Belo Horizonte: Editora Fórum, 2007 GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva. MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança. São Paulo; Malheiros Editores. ___________. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros Editores. ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO EMPRESARIAL EMENTA Estudos de casos contemporâneos e paradigmáticos de decisões judiciais em Direito Empresarial. BILIOGRAFIA BÁSICA COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. REQUIÃO, Rubens, Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. MAMEDE, Gladstone. Direito Empresarial Brasileiro: Direito Societário: Sociedades Simples e Empresárias. V. 2. 2ª ed. São Paulo: Atlas. 2007. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva. DORIA, Dylson. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 2004. JÚNIOR, Waldo Fazzio. Manual de Direito Comercial. São Paulo: Atlas. MARTINS, Fran. Contratos e Obrigações Comerciais. Rio de Janeiro: Forense. NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Comercial e de empresa (vol. 1) São Paulo: Saraiva ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO TRABALHISTA EMENTA Estudos de casos contemporâneos e paradigmáticos de decisões judiciais em Direito do Trabalho. BILIOGRAFIA BÁSICA GIGLIO, Wagner. Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Saraiva. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito processual do trabalho. Editora Atlas. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Saraiva.

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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR LEITE, Paulo Henrique Bezerra. Direito Processual do Trabalho. Editora LTR. MALTA, Piragibe Tostes. Prática do processo trabalhista. Editora LTR MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. Manual Esquemático de Direito e Processo do Trabalho. São Paulo. – Saraiva. 13ª edição. 2005. OLIVEIRA, Francisco Antônio de. A Execução na Justiça do Trabalho. São Paulo: Ed. RT. PLÁ RODRIGUEZ, Américo – Princípios de Direito do Trabalho. S.Paulo, LTR. ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO CONSTITUCIONAL EMENTA Estudos de casos contemporâneos e paradigmáticos de decisões judiciais em Direito Constitucional. BILIOGRAFIA BÁSICA BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. Editora Saraiva. BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. Editora Malheiros. SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. Editora Malheiros. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. Editora Saraiva. CHIMENTI, Ricardo Cunha. CAPEZ, Fernando; ELIAS ROSA, Márcio Fernando, FERREIRA SANTOS, Marisa. Curso de Direito Constitucional. Sâo Paulo: Saraiva. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. Editora Saraiva. FERREIRA SANTOS, Marisa. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva. MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. Editora Atlas. ESTUDOS DE JURISPRUDÊNCIA EM DIREITO TRIBUTÁRIO EMENTA Estudos de casos contemporâneos e paradigmáticos de decisões judiciais em Direito Tributário. BILIOGRAFIA BÁSICA ARAÚJO, Aldemário de Castro. Direito Tributário. Brasília: Fortium. CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário, São Paulo: Saraiva. MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Malheiros. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AMARO, Luciano. Direito Tributário brasileiro. São Paulo: Saraiva. BALEEIRO, Aliomar. Direito Tributário Brasileiro. Atual. por Misabel Abreu Machado DERZI. Rio de Janeiro: Forense. CARRAZA, Roque Antônio. Curso de direito constitucional tributário. 20ª Edição. São Paulo: Malheiros, 2004. COELHO, Sacha Calmon Navarro. Sistema Tributário Brasileiro -Editora Forense.

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MARTINS, Ives Gandra. Sistema Tributário Brasileiro. Editora Saraiva. SISTEMA DE PROTEÇÃO INTERNACIONAL AOS DIREITOS HUMA NOS EMENTA Direito Internacional dos Direitos Humanos. A Carta Internacional dos Direitos Humanos. Tribunal Penal Internacional. Convergências entre o Direito Internacional dos Direitos Humanos, o Direito Humanitário e o Direito dos Refugiados. O Brasil e a proteção dos direitos humanos. BILIOGRAFIA BÁSICA GARCIA, Emerson. A proteção internacional dos Direitos Humanos. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2005. PIOVESAN, Flavia. Direitos humanos e direito constitucional internacional. 6ª Edição. São Paulo: Max Limonad, 2004. TRINDADE, Antônio. A. Cançado. Tratado de Direito Internacional dos Direitos Humanos. Porto Alegre: SAFE, 1999. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR COELHO, Rodrigo Meirelles Gaspar. Proteçao Internacional Dos Direitos Humanos. Curitiba: Jurua, 2008. COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos. 3ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2003. GOMES, Luiz Flávio; PIOVESAN, Flávia. O sistema interamericano de proteção dos Direitos Humanos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt, Cia. das Letras, São Paulo, 1988. TRINDADE, Antônio. A. Cançado. Proteção internacional dos direitos humanos: fundamentos jurídicos básicos. São Paulo : Saraiva, 1991. DIREITO ELETRÔNICO EMENTA Informática e direito. Propriedade Intelectual. Relação de consumo nos contratos de informática. Contratos eletrônicos. Banco de dados, direitos autorais e direito à privacidade. Direitos Fundamentais e Informática. Responsabilidade Civil e Penal na Internet. Informática e Direito Tributário. Tratados e convenções internacionais sobre comércio eletrônico e regulação do ciberespaço. BILIOGRAFIA BÁSICA ALMEIDA FILHO, José Carlos de Araújo; CASTRO, Aldemário Araújo. Manual de Informática Jurídica e Direito da Informática. Rio de Janeiro: Forense. CORRÊA, Gustavo Testa. Aspectos Jurídicos da Internet. São Paulo: Saraiva. ROVER, Aires José (organizador). Direito e Informática. São Paulo: Manole BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CASTRO, Carla Rodrigues Araújo de. Crimes de Informática e seus Aspectos Processuais. Rio de Janeiro: Lumen Juris. COSTA, Marcelo Antonio Sampaio Lemos. Computação Forense. Campinas:

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Millennium. GOUVÊA, Sandra. O direito na era digital: Crimes praticados por meio da informática. Rio de Janeiro: Mauad. PAESANI, Liliana Minardi. Direito de informática: comercialização e desenvolvimento internacional de software. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2005. SILVA JUNIOR, Roberto R. Rodrigues da. Internet e Direito. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2001. DIREITO URBANÍSTICO EMENTA O Direito no mundo urbanizado. Direito Urbanístico: conceito, objeto, método, princípios, relações com os diversos ramos do Direito. A questão da Reforma Urbana Princípios Constitucionais. Estatuto da Cidade. BILIOGRAFIA BÁSICA FERNANDES, Edésio. Direito Urbanístico. São Paulo: Del Rey SP, 1998. FERRAZ, Sérgio e DALLARI, Adilson Abreu. Estatuto da Cidade. São Paulo: Malheiros, 2002. SILVA, José Afonso da. Direito Urbanístico Brasileiro. 3ª Edição. São Paulo: Malheiros, 2000. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CARVALHO FILHO, José dos Santos. Comentários ao Estatuto da Cidade. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2005. MEDAUAR, Odete e ALMEIDA, Fernando Dias Menezes de. Estatuto da Cidade. 2ª Edição. São Paulo: RT, 2004. OLIVEIRA, Aluisio Pires de e CARVALHO, Paulo César Pires. Estatuto da Cidade. Curitiba: Juruá, 2001. RIBEIRO, Luiza César de Queiroz e CARDOSO, Adauto Lucio. Reforma Urbana e Gestão Democrática. Rio de Janeiro: Revan, 2003. SARNO, Daniela Campos Liborio Di. Elementos de Direito Urbanístico. Barueri: Manole, 2003. TÓPICOS ESPECIAIS DE DIREITO CONSTITUCIONAL EMENTA Tópicos especiais de Direito Constitucional, atualizados com a realidade do momento nacional em que for oferecida a disciplina, e que estejam a exigir uma reflexão especial. BILIOGRAFIA BÁSICA BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. Editora Saraiva. BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. Editora Malheiros. SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. Editora Malheiros.

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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. Editora Saraiva. CHIMENTI, Ricardo Cunha. CAPEZ, Fernando; ELIAS ROSA, Márcio Fernando, FERREIRA SANTOS, Marisa. Curso de Direito Constitucional. Sâo Paulo: Saraiva. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. Editora Saraiva. FERREIRA SANTOS, Marisa. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva. MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. Editora Atlas. TÓPICOS ESPECIAIS EM DIREITO DO TRABALHO EMENTA Tópicos especiais de Direito do Trabalho, atualizados com a realidade do momento nacional em que for oferecida a disciplina, e que estejam a exigir uma reflexão especial. BILIOGRAFIA BÁSICA GIGLIO, Wagner. Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Saraiva. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito processual do trabalho. Editora Atlas. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR LEITE, Paulo Henrique Bezerra. Direito Processual do Trabalho. Editora LTR. MALTA, Piragibe Tostes. Prática do processo trabalhista. Editora LTR MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. Manual Esquemático de Direito e Processo do Trabalho. São Paulo. – Saraiva. 13ª edição. 2005. OLIVEIRA, Francisco Antônio de. A Execução na Justiça do Trabalho. São Paulo: Ed. RT. PLÁ RODRIGUEZ, Américo – Princípios de Direito do Trabalho. S.Paulo, LTR. RETÓRICA EMENTA Direito enquanto argumentação. A arte e a técnica da retórica. Exercícios práticos de argumentação jurídica BILIOGRAFIA BÁSICA GASPAR, Alfredo. Instituições da Retórica Forense. Coimbra. Minerva. PERELMAN, Chaïm. Nova Retórica. São Paulo. Martins Fontes. PERELMAN, Chaïm. Tratado da Argumentação. São Paulo. Martins Fontes. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ADEODATO, João Maurício. A Retorica Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2009. FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: Aula inaugural no collège de france, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. 12. ed. São Paulo: Loyola, 2005 NUNES, Lílian. Manual de Voz e Dicção. MEC. PISTORI, Maria Helena Cruz. Argumentação jurídica: Da antiga retórica a nossos dias. São Paulo: LTr, 2001 SCHOPENHAUER, Arthur . Como Vencer Um Debate Sem Precisar Ter Razão. São

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Paulo: Topbooks, 2003. DIREITO AGRÁRIO EMENTA A institucionalização do Direito Agrário e o “Estatuto da Terra”. A função social do imóvel rural. O instituto brasileiro de terras devolutas e seus procedimentos discriminatórios. Cooperativismo e associativismo rural. Os contratos agrários. Cadastro e Tributação do imóvel rural. Estatuto do trabalhador rural. Justiça e processos agrários. BILIOGRAFIA BÁSICA BARROS, Wellington Pacheco. Curso de Direito Agrário. Porto Alegre, Livraria do Advogado editora. BORGES, Paulo Torminn. Institutos básicos do direito agrário. São Paulo, Saraiva. LARANJEIRA, Raymundo. Direito Agrário. São Paulo. Ltr. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALBUQUERQUE, Ana Rita Vieira. Da função social da posse – e sua conseqüência frente à situação proprietária. Rio de Janeiro, Lumen Juris Editora. BORGES, Paulo Torminn. O imóvel rural e seus problemas jurídicos. São Paulo, Saraiva. LARANJEIRA, Raymundo. Propedêutica do Direito Agrário. São Paulo, Ltr. MARQUES, Benedito Ferreira. Direito Agrário Brasileiro. Goiânia, AB. RIBEIRO DA SILVA, Leandro. Propriedade Rural. Rio de Janeiro, Lumen Juris Editora. DIREITO SANITÁRIO EMENTA Direito constitucional sanitário; ética sanitária; defesa judicial e extrajudicial de interesses transindividuais em saúde; crimes contra a saúde pública; direito e saúde mental; vigilância sanitária e proteção da saúde; direito regulatório sanitário; epidemiologia; direito sanitário do trabalho; direito internacional sanitário; documentos internacionais em saúde; competências e rotinas de funcionamento dos conselhos de saúde; relação entre conselhos de saúde e órgãos do Poder Executivo. BILIOGRAFIA BÁSICA AITH, Fernando. Curso De Direito Sanitario. São Paulo: Quartier Latin, 2007. NUNES JUNIOR, Vidal Serrano. DALLARI, Sueli Gandolfi. Direito Sanitario . São Paulo: Varbatim editora, 2010. WEINTRAUB, Arthur Bragança de Vasconcellos. BARRA, Juliano Sarmento. Direito Sanitario. Previdenciario e Trabalhista. São Paulo: Quartier Latin, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR PAES, José Eduardo Sabo. Fundações e Entidades de Interesse Social: Aspectos Jurídicos, Administrativos e Tributários. Brasília: Brasília Jurídica, 4ª ed. atualizada,

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2003. PEREIRA, Claudia Fernanda de Oliveira. Direito Sanitario. São Paulo: Forum, 2004. ________. O Novo Direito Administrativo Brasileiro: O Estado, as Agências e o Terceiro Setor, Belo Horizonte, Editora Fórum. 2003. SILVA, Eduardo Jannone da. Tutela Juridica Do Direito A Saude Da Pessoa. Curitiba: Juruá, 2009. TIMM, Luciano Benetti. MACHADO, Rafael Bicca. CARVALHO, Cristiano.Direito Sanitario Brasileiro. São Paulo: Quartier Latin, 2004. APROFUNDAMENTOS EM ANTROPOLOGIA JURÍDICA EMENTA Introdução à Antropologia. Antropologia e Direito: relações, utilidade teórica da antropologia para o Direito, função social do Direito. A aparência do Direito: o princípio de retributividade e dependência, contrato, controle social, sanção organizada, o processo judicial. Contato cultural: confronto de direitos, práticas coloniais, utilização do conhecimento antropológico. Etnocentrismo, eurocentrismo e multicuturalismo. Interculturalidade e direitos humanos. BILIOGRAFIA BÁSICA FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes. 2003. GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de janeiro: Zahar. 2006. MALINOWSKI, B. Crime e costume na sociedade selvagem. Brasília: Editora da UnB, 2003. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARBOSA, Marco Antonio. Autodeterminação: direito à diferença. São Paulo: FAPESP, 2001. BOAS, Franz. Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. GEERTZ, Clifford. A Interpretaçăo das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989. LEVISTRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996. ROULAND, Norbert. Nos confins do direito: antropologia jurídica da modernidade. São Paulo: Martins Fontes, 2003. MÉTODOS E TÉCNICAS EM PESQUISA JURÍDICA APLICADA EMENTA Universidade e Produção de Conhecimento. O Ensino e a Pesquisa Jurídica no Brasil. Teoria do Conhecimento. Conhecimento Científico. Pesquisa Jurídica. Tipos, objetos, objetivos. Métodos e Tecnicas. BILIOGRAFIA BÁSICA DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. São Paulo: Atlas, 1985. MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de metodologia da pesquisa no Direito. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. 5 edição. São Paulo:

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Editora Cortez, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CARVALHO, Maria Cecília M. de. Constuindo o Saber: Metodologia Científica, Fundamentos e Técnicas. 14a ed. São Paulo: Papirus, 2003. DEMO. Pedro. Educar pela pesquisa. 6ª Edição. São Paulo: Autores associados, 2003. ECO, Humberto. Como se faz uma tese. 18ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2003. GOLDENBERG, Mirian. A arte da pesquisa. Como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. São Paulo: Editora Record, 2005. INÁCIO FILHO, Geraldo. Monografia na Universidade. 6a ed. São Paulo: Papirus, 2003. PENSAMENTO SÓCIO-POLÍTICO-JURÍDICO BRASILEIRO EMENTA Construção da identidade nacional. A formação política, econômica e social do Brasil. A importância dos clássicos das ciências sociais brasileiros. BILIOGRAFIA BÁSICA FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder. São Paulo: Globo, 2001. FREYRE, Gilberto.Casa Grande e Senzala. São Paulo: Global Editora, 2006. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 1997. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR NABUCO, Joaquim. O Abolicionismo. Petrópolis, Vozes, 1988. FAORO, Raymundo. A Republica Inacabada. São Paulo: Globo, 2007. FREYRE, Gilberto. Sobrados E Mucambos. São Paulo: Global Editora, 2006. FREYRE, Gilberto. Ordem E Progresso. São Paulo: Global Editora, 2004. CARVALHO, José Murilo de. A Cidadania no Brasil. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2004. REDAÇÃO JURÍDICA EMENTA Linguagem e semiologia. Usos da linguagem. Principais correntes da semiologia. Formas de argumentação. Falácias não-formais e argumentos. Técnicas de argumentação nas práticas jurídicas. Senso comum teórico dos juristas: verdade e ideologia. BILIOGRAFIA BÁSICA FARACO, C. A.; TEZZA, C. Prática de texto para estudantes universitários. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2005. MARTINS, D. S.; ZIBERKNOP, L. S. Português instrumental de acordo com as atuais normas da ABNT. 24. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003.

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MEDEIROS, J. B. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CARVALHO, S.; SOUZA. L. Compreensão e produção de textos. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos. Resumo. São Paulo: Parábola, 2004. ______. Resenha. São Paulo: Parábola, 2004. NICOLA, J. de; TERRA, E. 1001 dúvidas de português. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. SANTOS, Antonio Raimundo. Metodologia científica. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. RESPONSABILIDADE CIVIL EMENTA Noções Gerais. Pressupostos da responsabilidade civil. Responsabilidade Objetiva e Subjetiva. Teoria do risco. Responsabilidade Civil do Estado. Responsabilidade Ambiental BILIOGRAFIA BÁSICA CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. Editora Atlas. DIAS, José de Aguiar. Da Responsabilidade Civil. Editora Renovar. GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade Civil. Editora Saraiva. SCHREIBER, Anderson. Novos Paradigmas da Responsabilidade Civil – Da erosão dos filtros da reparação à diluição dos danos. Editora Atlas. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR GARCEZ, M. Responsabilidade civil no direito comparado. Rio de Janeiro: Renovar, 2000. MORAES, Maria Celina Bodin de. Danos à pessoa humana – Uma leitura civil constitucional dos danos morais. Rio de Janeiro: São Paulo, 2003. PERLINGIERI, Pietro. Perfis do Direito Civil – Introdução ao Direito Civil Constitucional. Renovar. PODESTÁ, Roberto. Direito das Obrigações – Teoria Geral e Responsabilidade Civil. Editora Atlas. TEPEDINO, Gustavo (coordenador). A parte geral do novo Código Civil. Rio de Janeiro: Renovar. DIREITO CANÕNICO E ECLESIÁSTICO EMENTA A Igreja, Povo de Deus. A organização hierárquica, territorial e administrativa da Igreja. O Código de 1983: seus antecedentes históricos e suas normas sobre fontes de

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direito e pessoas. BILIOGRAFIA BÁSICA FELICIANI, Giorgio. As bases do Direito da Igreja. Comentários ao Código de Direito Canônico. São Paulo, 1994, Ed. Paulinas. GRUSZYNSKI, Alexandre Henrique. Direito Eclesiástico. Porto Alegre: Síntese, 1999. 188p. LE TOURNEAU, Dominique. O Direito da Igreja – Iniciação ao Direito Canónico. Lisboa, 1998. DIEL. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR Código de Direito Canônico. Diversas edições em línguas diversas. Mais acessível: Ed. Loyola, São Paulo. Também em CD-ROM. II Concílio Ecumênico do Vaticano. Lumen Gentium, Constituição Dogmática sobre a Igreja. LLANO CIFUENTES, Rafael. Relações entre a Igreja e o Estado. Rio de Janeiro, 1989 (2ª. ed. atualizada). José Olympio. LOMBARDÍA, Pedro. Lecciones de Derecho Canónico. Madrid, 1984. Ed. Tecnos. MARZOA, A., MIRAS, J. e RODRÍGUEZ-OCAÑA, R. (org.) Comentario Exegético al Código de Derecho Canónico. Pamplona, 1997 (2ª. ed.). EUNSA. JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO EMENTA Anistia; mecanismos (judiciais e não judiciais) e estratégias; responsabilidades; direito à memória e à verdade; institucionalização; reparação das vítimas e atendimento de suas expectativas; organizações defensoras dos direitos humanos e pela normativa internacional (legislação de direitos humanos e legislação humanitária). BILIOGRAFIA BÁSICA DANTAS, Fabiana Santos. Direito Fundamental A Memória. Curitiba: Juruá, 2010. KISHI, Sandra A. Shimada. SOARES, Ines Virginia Prado. Memória e verdade: a justiça de transição no Estado Democrático brasileiro. São Paulo: Forum, 2007. MARTINS, Antônio. DIMOULIS, Dimitri. S. JUNIOR, Lauro Joppert. Justiça de Transição no Brasil. São Paulo: Saraiva, 2010. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ANSARA, Soraia. Memória Política, Repressão E Ditadura No Brasil. Curitiba: Juruá, 2008. ARNS, Paulo Evaristo.Brasil - Nunca Mais . Petrópolis: Vozes, 1996. BURIHAN, Eduardo Arantes. A Tortura Como Crime Próprio. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2008. JORDAO, Fernando P. Dossie Herzog - Prisão, Tortura e Morte no Brasil. São Paulo: Global Editora, 2005. JURICIC, Paulo. Crime De Tortura. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2002 DIREITO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL EMENTA

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Perspectiva geral do comércio internacional. Organismos internacionais. Estrutura do comércio exterior brasileiro. Blocos Econômicos e modelos de economias. Contratos Mercantis Internacionais. Mecanismos de proteção e solução de controvérsias no Comércio Internacional. BILIOGRAFIA BÁSICA ARAÚJO, Nádia. Contratos Internacionais: autonomia da vontade, MERCOSUL e Convenções Internacionais. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Renovar, 2004. SOARES, Cláudio Cesar. Introdução ao Comércio Exterior. São Paulo: Saraiva, 2004. STRENGER, Irineu. Contratos internacionais do comércio. 4ª Edição. São Paulo: LTr, 2004. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BASSO, Maristela. Contratos internacionais do comércio. 3ª Edição. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002. CASTRO JR., Osvaldo Agripino. Temas atuais de Direito do Comércio Internacional. Florianópolis, OAB/SC, 2004. ENGELBERG, Esther. Contratos internacionais de comércio. 3ª Edição. São Paulo: Atlas, 2003. LABATUT. Ênio Neves - Teoria e Prática de Comércio Exterior – Aduaneiras, 2000 RODAS, João Grandino. Contratos Internacionais. 3ª Edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. DIREITO BANCÁRIO EMENTA Evolução histórica do comércio bancário e do sistema financeiro. O Direito Bancário e a vida moderna. A lei do sistema financeiro. Instituições Bancárias. Prerrogativas de Fiscalização e Intervenção. Operações Bancárias. Direitos do Consumidor de Serviços Bancários. Contratos Bancários. BILIOGRAFIA BÁSICA ABRAÃO, Nelson. Direito Bancário. 9ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2005. ROQUE, Maria J Oliveira Lima. Sigilo Bancário e Direito a Intimidade. Curitiba, Juruá,1998 TURCZYN, Sidnei. O Sistema Financeiro Nacional e a Regulação Bancária. São Paulo: RT, 2005. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BELLOQUE, Juliana Garcia. Sigilo Bancário. São Paulo: RT, 2003. CAMPILONGO, Celso Fernandes; ROCHA, Jean Paul Cabral Veiga da e MATTOS, Paulo Todescan Lessa. Concorrência e Regulação no Sistema Financeiro. São Paulo: Max Limonad, 2002. COMISSÃO BRASILEIRA DE JUSTIÇA E PAZ. Brasil: Pela ética na Gestão do Sistema Financeiro Naional. São Paulo: Loyola, 2000. RIZZARDO, Arnaldo. Contratos de Crédito Bancário. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999. SILVA, Edson Pereira. Direito do Trabalho Bancário e Direitos Conexos: Prática. São Paulo: Juruá Editora, 2004.

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DIREITO PENAL EMPRESARIAL EMENTA Abordagem criminológica do Direito Penal Empresarial e de seus agentes. Teoria geral do delito aplicada ao Direito Penal Empresarial. Processo Penal aplicado aos crimes empresariais. Processos penais especiais. Crimes empresariais previstos no Código Penal. BILIOGRAFIA BÁSICA CALLEGARI, André Luís. Imputação objetiva: lavagem de dinheiro e outros temas de direito penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001. COSTA JR, Paulo José da. Crime do colarinho branco. São Paulo: Saraiva, 1998 SALOMÃO, Heloísa Estelita (org). Direito Penal Empresarial. São Paulo: Dialética, 2001 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ANDRADE FILHO, EDMAR Oliveira. Direito penal tributario: Crimes contra a ordem tributaria e contra a Previdencia Social. São Paulo: ATLAS, 1997. BARROS, M.A. de. Lavagem de dinheiro: implicações penais, processuais e administrativas: análise sistemática da lei n. 9.613, de 3 de março de 1998. São Paulo: Ed. Oliveira Mendes, 1998. ENSELE, Andreas. Crimes Contra a Ordem Tributária. São Paulo: Dialética, 1998. MAIA, R. T. Lavagem de dinheiro (lavagem de ativos provenientes de crime): anotações às disposições criminais da Lei n. 9.613/98.São Paulo: Malheiros, 1999. PRADO, Luiz Regis. Direito Penal Econômico. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004. DIREITO ROMANO EMENTA Atualidade dos estudos de direito romano. Situação do direito romano no quadro da história do direito. Especificidades do direito romano. Óticas para o seu estudo. História Externa. História Interna. Legado romanístico do direito brasileiro. Constituição e expansão do sistema jurídico romano-germânico. BILIOGRAFIA BÁSICA CRETELLA JÚNIOR, José, Curso de Direito Romano, Rio de Janeiro, Forense. GIORDANI, Mário Curtis, Iniciação ao Direito Romano, Rio de Janeiro, Lúmen Júris. POLETTI, Ronaldo. Elementos de Direito Romano Público e Privado. Brasília, Brasília Jurídica. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CARLETTI, Amilcare. Curso De Direito Romano. São Paulo: LEUD, 1999. PINTO, Eduardo Vera Cruz. Curso De Direito Romano. São Paulo: Principia Editora, 2009. FRÓES, Oswaldo, Direito Romano, Essência da Cultura Jurídica, São Paulo, Jurídica Brasileira.

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TUCCI, José Rogério Cruz e, Luiz Carlos de Azevedo e. Lições de História do Processo Civil Romano. São Paulo, Revista dos Tribunais. GIORDANI, Mário Curtis, Direito Penal Romano, Rio de Janeiro, Lúmen Júris. TÓPICOS ESPECIAIS DE DIREITO EMENTA Tópicos especiais de Direito, atualizados com a realidade do momento nacional em que for oferecida a disciplina, e que estejam a exigir uma reflexão especial. BILIOGRAFIA BÁSICA Variável, conforme a oferta. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR Variável, conforme a oferta. OBS: Trata-se de disciplina de conteúdo variável, abrindo espaço para estudos diversos e complementares conforme interesse e programação do curso. Por conta disso, não é possível indicar bibliografia neste momento. Ao se definir pela oferta de determino tema, será orientado que a disciplina indicada deverá observar o acervo da biblioteca da UCB. LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) EMENTA A história da educação dos surdos. Aspectos fonológicos, morfológicos e sintáticos da Língua Brasileira de Sinais. A relação entre LIBRAS e a Língua Portuguesa. Processos de significação e subjetivação. O ensino-aprendizagem em LIBRAS. A linguagem viso-gestual e suas implicações em produções escritas. BILIOGRAFIA BÁSICA CARVALHO, Ilza Silva de e CASTRO, Alberto Rainha de. Comunicação por Língua Brasileira de Sinais. Brasília: SENAC, 2005. SILVA, M. P. M. Construção de sentidos na escrita do aluno surdo. São Paulo: Plexus Editora, 2001. SKLIAR, C. (org). Atualidade da educação bilíngüe para surdos. Porto Alegre: Mediação, v. 1 e 2, 1999. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR LACERDA, Cristina B.; GÓES, Maria Cecília Rafael de (orgs). Surdez, processos educativos e subjetividade. São Paulo: Editora Lovise, 2000. LODI, A. C. B. et al. Letramento e minorias. Porto Alegre: Mediação, 2002. QUADROS, R. M. e KARNOPP, L. B. Língua de Sinais Brasileira. Porto Alegre: Artmed, 2004. SACKS, O. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. SALLES, H. M. M. L. et al. Ensino de língua portuguesa para surdos: caminhos para a prática pedagógica. Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos. Brasília,

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2002. 7.3 Estruturação das Práticas Jurídicas

O estágio é um ato educativo supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho

e que visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional. Neste sentido,

as atividades a serem desenvolvidas no estágio (descritas no Plano de Estágio) devem estar

em consonância com o Projeto Pedagógico do Curso e com sua proposta formativa.

O estágio pode ser obrigatório – quando se caracteriza como componente curricular,

sendo sua carga horária requisito para integralização do currículo e obtenção do diploma –

ou não obrigatório – quando desenvolvido como atividade opcional.

Os estágios não obrigatórios podem agregar carga horária ao currículo, sendo

aproveitado como Atividade Complementar ou Atividade Acadêmico-Científico-Cultural,

de acordo com o Projeto Pedagógico do Curso.

As novas disposições curriculares para os cursos de Direito em todo o país,

surgidas a partir da elaboração da antiga Portaria MEC 1886/94, colocaram em cheque todo

o saber consolidado a respeito de ensino jurídico por parte das Faculdades e dos professores

de uma maneira em geral. E, dentro dessas premissas iniciais, destaca-se a importância que

deve ser dada ao novo modelo de estrutura dos estágios dos cursos de Direito, inaugurado

em 1994 e mantido com as novas diretrizes curriculares, aprovadas em outubro de 2004

(Resolução CNE nº 09/2004). Tal enfoque deve ser ainda mais privilegiado, dada a

importância dessa etapa na formação dos acadêmicos, ainda mais se percebermos quê, de

uma maneira em geral, e dentro da velha orientação curricular ainda existente, “as escolas de

Direito no Brasil não foram feitas para formar advogados. Eles não são prioridades para

elas” 33.

Inicialmente, veja-se o que expressamente determinava a Portaria MEC nº 1.886/94

em relação aos estágios de prática jurídica:

33 AGUIAR, Roberto Armando Ramos de. A crise da advocacia no Brasil. Diagnósticos e perspectivas. São Paulo : Alfa-Omega, 1991. p. 78

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Art. 10.º O estágio de prática jurídica, supervisionado pela instituição de ensino superior, será obrigatório e integrante do currículo pleno, em um total de 300 horas de atividades práticas simuladas e reais desenvolvidas pelo aluno sob controle e orientação do núcleo correspondente. § 1º. O núcleo de prática jurídica, coordenado por professores do curso, disporá instalações adequadas para treinamento das atividades de advocacia, magistratura, Ministério Público, demais profissões jurídicas e para entendimento ao público. § 2º. As atividades de prática jurídica poderão ser complementadas mediante convênios com a Defensoria Pública outras entidades públicas judiciárias e sindicais que possibilitem a participação dos alunos na prestação de serviços jurídicos e em assistência jurídica, ou em juizados especiais que venham a ser instalados em dependência da própria instituição de ensino superior. Art. 11. As atividades do estágio supervisionado serão exclusivamente práticas, incluindo redação de peças processuais e profissionais, rotinas processuais, assistência e atuação em audiências e sessões, vistas a órgãos judiciários, prestação de serviços jurídicos e técnicas de negociações coletivas, arbitragens e conciliação, sob o controle, orientação e avaliação do núcleo de prática jurídica.

Art. 12. O estágio profissional de advocacia, previsto na Lei nº8.906, de 4/7/94, de caráter extracurricular, inclusive para graduados, poderá ser oferecido pela Instituição de Ensino Superior, em convênio com a OAB, complementando-se a carga horária efetivamente cumprida no estágio supervisionado, com atividades práticas típicas de advogado e de estudo do Estatuto da Advocacia e da OAB e do Código de Ética e Disciplina.

Parágrafo único - A complementação da horária, no total estabelecido no convênio, será efetivada mediante atividades no próprio núcleo de prática jurídica, na Defensoria Pública, em escritórios de advocacia ou em setores jurídicos, públicos ou privados, credenciados e acompanhados pelo núcleo e pela OAB. Art. 13. O tempo de estágio realizado em Defensoria Pública da União, do Distrito Federal ou dos Estados, na forma do artigo 145, da Lei complementar n. º. 80, de 12 de janeiro de 1994, será considerado para fins de carga horária do estágio curricular previsto no art. 10 desta Portaria.

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Percebe-se pela leitura dos dispositivos legais citados acima, que a proposta teórica

dos estágios jurídicos é completamente revolucionária se comparada com o modelo

existente antes de 1994. O art. 10º é o primeiro a tratar da questão e determina a sua

obrigatoriedade curricular, a necessidade de supervisão direta por parte do Curso de

Direito e o tempo mínimo para integralização das atividades concernentes ao mesmo

(300 horas). Chama a atenção a citação expressa de atividades práticas simuladas e reais,

determinando claramente a necessidade de dividir as atividades do estágio entre essas

duas categorias. Ao analisar a Portaria 1.886/94, Horácio Wanderley Rodrigues citou, ao

mínimo, cinco grandes avanços no que se refere ao estágio e que poderiam ser elencadas

a partir da leitura deste mesmo artigo. Sucintamente, poderíamos elencá-los da seguinte

forma:

1) a mudança adjetiva de prática forense para prática jurídica, com isso procurando demonstrar que o cotidiano jurídico está para muito além da prática do foro, com as assessorias e consultorias, os substitutivos processuais, como mediação, conciliação ou arbitragem surgindo também na academia e demonstrando a sua validade no mundo profissional; 2) a fixação da carga horária mínima em 300 horas, dando um piso de qualidade a parte essencial dos currículos jurídicos;

3) a definição de que o estágio se compõe de atividades práticas, simuladas ou reais, com isso demonstrando que as velhas aulas de prática forense, sempre aulas expositivas e teóricas não mais seriam admitidas; 4) a própria divisão da atividade prática em simulação e realidade, demonstrando a necessidade de uma preparação prévia ao atendimento no escritório-modelo; 5) a exigência de um órgão que centralize todas as atividades do estágio: o “núcleo de prática jurídica” que poderá assumir a roupagem que convier à IES, desde que resguardada a autonomia 34.

34 Cf. RODRIGUES, Horácio Wanderley. Novo currículo mínimo dos cursos jurídicos. São Paulo:RT, 1995, p. 80-81.

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O parágrafo primeiro do mesmo artigo era igualmente inovador, ao determinar que

as atividades de treinamento devem ir além da mera formação bacharelesca, voltada

exclusivamente para a prática da advocacia, contemplando igualmente a Magistratura, o

Ministério Público e as demais profissões jurídicas. O parágrafo segundo se relacionava

especificamente à possibilidade deste estágio ser integralizado com atividades na Defensoria

Pública ou outras instituições congêneres.

Já o artigo 11 determina expressamente que as atividades do estágio supervisionado

serão exclusivamente práticas, incluindo redação de peças processuais e profissionais,

rotinas processuais, assistência e atuação em audiências e sessões, visitas a órgãos

judiciários, prestação de serviços jurídicos e técnicas de negociações coletivas, arbitragens e

conciliação, sob o controle, orientação e avaliação do núcleo de prática jurídica. Percebe-se

claramente a preocupação de que não se repita o erro passado, em que se substituiu a prática

por aulas teóricas de prática35, o que, de fato, trata-se de um contra-senso em termos. Já para

Rodrigues:

O artigo 11 inicialmente apenas reforça questões já previstas no caput do artigo 10, voltando a ressaltar que as atividades do estágio supervisionado serão exclusivamente práticas. Num segundo momento enumera uma série de atividades que devem ser incluídas dentro das atividades do estágio. O leque de atividades apresentado não pode ser reduzido, mas nada impede a sua ampliação, tendo em vista que a enumeração não apresenta características limitativas ou restritivas. Estabelece novamente a competência do núcleo de prática jurídica para controlar, orientar e avaliar as atividades de estágio 36.

Álvaro de Melo Filho, por sua vez elenca várias características da nova estruturação

do estágio jurídico curricular. Dentre elas, podemos destacar as que nos interessam

diretamente:

1) é de caráter obrigatório, não ficando a critério das IES sua oferta; 2) submete-se à supervisão da IES; 3) é integrante do currículo pleno, ou seja, tem sua carga horária computada como atividade própria do curso jurídico; 4) deve corresponder a, pelo menos, 300 horas de atividades;

35 Na realidade, é isso que estamos fazendo hoje, aplicando a velha metodologia de “aulas teóricas” de prática jurídica. 36 RODRIGUES, Horácio Wanderley. Op. cit. p. 82-83

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5) abrange atividades práticas reais e simuladas desenvolvidas pelos alunos, o que suprime a possibilidade de sua substituição pela matéria denominada de Prática Forense; 6) submete-se ao controle e orientação do Núcleo de Prática Jurídica, coordenado por professores do curso jurídico respectivo; 7) exige que o Núcleo tenha instalações adequadas para treinamento das atividades profissionais e para atendimento ao público; 8) envolve o treinamento em atividades profissionais típicas da advocacia, magistratura, MP e demais profissões jurídicas; 9) estimula a criação e instalação de juizados especiais em dependência da própria IES37.

Por fim, os artigos 12 e 13 tratam da modalidade de estágio extracurricular e que tem

sido utilizado, normalmente, dentro da modalidade “atividade complementares” em diversas

Faculdades de Direito em nosso país.

Não há, pois, a menor sombra de dúvida da importância da prática jurídica na

formação do novo profissional do Direito no Brasil. Como afirma MELO FILHO,

em resumo, o estágio de prática jurídica, na forma prevista no art. 10 da Portaria n 1.886/94, a par de propiciar uma adequada preparação sob a ótica profissional, configura-se como alternativa concreta à efetividade do processo, tanto como meio de acesso à justiça, quanto de melhoria da qualidade do ensino jurídico 38.

Tais compreensões e propostas teóricas foram, de forma absoluta, recepcionadas

pelas novas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Direito no país. A supracitada Resolução

nº 09/2004, do Conselho Nacional de Educação, assim estabelece a questão do estágio

curricular em seu artigo 7º:

Art. 7º - O Estágio Supervisionado é componente curricular obrigatório, indispensável à consolidação dos desempenhos profissionais desejados, inerentes ao perfil do formando, devendo cada instituição, por seus colegiados próprios, aprovar o correspondente regulamento, com suas diferentes modalidades de operacionalização.

37 MELO FILHO, Álvaro. Inovações no ensino jurídico e no exame de ordem. Belo Horizonte: Del Rey, 1996. p. 45. 38 MELO FILHO, Álvaro. Currículos jurídicos: Novas diretrizes e perspectivas. In: CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. OAB. Ensino jurídico: Novas Diretrizes Curriculares. Brasília: OAB, 1996. p. 37.

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§ 1º - O Estágio de que trata este artigo será realizado na própria instituição, através do Núcleo de Prática Jurídica, que deverá estar estruturado e operacionalizado de acordo com regulamentação própria, aprovada pelo conselho competente, podendo, em parte, contemplar convênios com outras entidades ou instituições e escritórios de advocacia, em serviços de assistência judiciária implantados na instituição, nos órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública ou ainda em departamento jurídicos oficiais, importando, em qualquer caso, na supervisão das atividades e na elaboração de relatórios que deverão ser encaminhados à Coordenação de Estágio da IES, para a avaliação pertinente.”

O texto é de natureza cristalina. O Estágio Curricular é de responsabilidade das IES e

deve ser feito na própria IES (talvez fosse o caso de redefinir o conceito, já que o

entendimento comum de estágio é de algo feito extra-instituição), através do NPJ. Na

realidade, o texto atual é ainda mais direto, já que a Portaria 1886/94 falava apenas que o

estágio seria feito sob a supervisão da IES e agora, expressamente determina que “será

realizado na própria instituição” A legislação, ainda assim, abre uma brecha, para que,

mediante convênio o estágio possa ser feito em escritórios de advocacia, órgãos do poder

judiciário ou da administração direta e indireta. No entanto, exige convênio expresso e

supervisão da IES. A dificuldade operacional de que tal supervisão seja efetivada de fato fez

com que a grande maioria dos cursos de direito do país tenha optado pela atuação exclusiva

do estágio em suas dependências. Além disso, a imprecisão da expressão “em parte”

resultou num pedido de esclarecimento ao Conselho Nacional de Educação, que ainda não

se pronunciou. Assim, ao final, o entendimento corrente hoje é que o estágio deve ser feito

na IES e que a possibilidade do estágio externo fica na dependência de regulamentação

posterior.

Por outro lado, o próprio Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil se

pronunciou a respeito da importância da prática jurídica na estrutura do novo currículo dos

cursos de Direito. Em 05 de dezembro de 1997, através da Instrução Normativa nº 02

daquela instituição, determinaram-se os critérios adotados para a análise de reconhecimento

dos cursos jurídicos no país. Interessa-nos, sobremaneira, aqueles que diretamente se

referem aos Núcleos de Prática Jurídica:

Instrução Normativa nº 2, de 05 de dezembro de 1997.

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(DJ, de 19 de dezembro de 1997 - Seção 1 - Página 68095) Divulga os critérios adotados para análise de reconhecimento de

cursos jurídicos. Art. 1º Nos pedidos de reconhecimento de cursos jurídicos encaminhados à CEJ, além dos critérios exigidos nas Portarias n.ºs 877/97 e 1.886/94 do MEC, será considerada a implantação definitiva de: I - Totalidade das instalações indicadas no projeto de criação ou autorização do curso II - Núcleo de Prática Jurídica, em instalações próprias e adequadas e com recursos materiais e humanos suficientes;

Percebe-se, de imediato, que os Núcleos de Prática Jurídica são imprescindíveis para

o reconhecimento do curso. Assim, reforça-se ainda mais a responsabilidade em torno do

tema. No entanto, mais específico é a Instrução Normativa nº 03, de mesma data, e que trata

especificamente dos estágios curriculares, especialmente no que se refere aos pedidos de

autorização de cursos. Tal preocupação com a autorização existe pela necessidade imperiosa

de que os novos cursos não incorram nos mesmos erros do passado, que os cursos mais

antigos já cometeram.

Assim, por tudo o que foi dito até agora, poderíamos definir preliminarmente o

objetivo geral dessa nova roupagem curricular como a possibilidade, através de um

treinamento qualificado, do aprimoramento do desenvolvimento acadêmico dos alunos do

Curso de Direito da UCB, lhes propiciando o conhecimento prévio do cotidiano profissional,

dentre as diversas possibilidades oferecidas pela carreira jurídica.

Além disso, dada à natureza social dessa atividade, igualmente devemos nos voltar a

possibilidade do oferecimento de um trabalho de assistência judiciária gratuita, como forma

de propiciar a solução de litígios individuais, especialmente no campo do Direito Civil.

Aprofundando esta análise preliminar, devemos pensar ainda em outros objetivos a

serem alcançados por esta atividade que devemos estar desenvolvendo no cotidiano do NPJ.

Sucintamente poderíamos listar como objetivos específicos os seguintes:

• Oferecer aos acadêmicos do curso de Direito o conhecimento dos mecanismos

processuais do Direito brasileiro;

• Estimular a prática da atuação jurídica oral;

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• Propiciar aos acadêmicos do curso a prática dos novos mecanismos de resolução de

conflitos como mediação, arbitragem ou conciliação, através dos juizados especiais;

• Estimular, nos acadêmicos, o sentimento de cidadania, inserindo-os dentro do

contexto social da região.

• Estimular o desenvolvimento do sentimento de Cidadania entre os moradores da

região em que o curso está inserido;

• Oferecer, a estas pessoas, o serviço de assessoria, preventiva e remediativa, no que

tange aos trâmites específicos do campo jurídico;

• Solucionar, através de Juizados de Conciliação, litígios de pequena monta, como

forma a desburocratizar o Poder Judiciário em nossa região;

• Atuar, de forma conjunta com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça, como

forma a resgatar o valor do Acesso à Justiça;

Para o devido desenvolvimento das atividades do Núcleo de Prática Jurídica da UCB

algumas premissas se fazem indispensáveis. Como primeira delas, este núcleo se propõe a

ser um espaço de aprendizado dos estudantes de direito com o desenvolvimento efetivo de

aprendizagem prática, com adequada distribuição de carga horária sem, no entanto,

constituir-se num laboratório experimental. Assim, os acadêmicos não irão atuar de imediato

na assistência judiciária gratuita, sendo necessário que antes, passem por um treinamento,

através de práticas de atividades jurídicas simuladas. Por esta perspectiva que apresentamos

a proposta do NPJ ser duplamente coordenado, por um professor coordenador, responsável

pelos aspectos profissionalizantes e por outro professor coordenador, responsável pelos

aspectos pedagógicos, uma vez que todas as atividades do NPJ ainda se revestem do caráter

de formação acadêmica.

Assim, nos dois primeiros semestres da prática (6ª e 7ª fase, com uma carga horária

TOTAL de 200 horas) eles estarão no laboratório de simulação, realizando atividades

práticas simuladas, acompanhados pelos professores-assistentes do estágio, que irão realizar

todas as etapas de um processo real, nas áreas cíveis, penais, trabalhistas e administrativos,

sendo facultado inclusive, a utilização de processos reais já findos, seja da comarca de

Brasília ou em outra diversa. Dessa forma, eles irão produzir as diversas peças processuais,

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desde a inicial a até mesmo a apelação. Além disso, os estagiários não irão tão somente atuar

como advogados mas, de mesma forma, como promotores de justiça, defensores públicos,

procuradores e até mesmo juízes.

Durante esse momento, deve ser dada importante ênfase à prática de atuação judicial

oral, indo desta forma, muito além das meras aulas de prática jurídica ainda existentes, de

uma maneira em geral, nas Faculdades de Direito do país. Atente-se para o fato de que não

se trata de aulas expositivas, mas sim de encontros com a orientação para a simulação da

atividade judicial cotidiana.

Além disso, os acadêmicos também irão realizar visitas orientadas às diversas

instituições do poder público, como forma de propiciar aos mesmos o contato com o

cotidiano forense. Dessa forma, o estagiário, quando na atuação de suas atividades, não irá

ficar perdido nas dependências do fórum procurando o Setor de Distribuição. Nessas visitas

orientadas, realizadas em pequenos grupos, os professores orientadores deverão explicar os

mecanismos processuais e demonstrar o “como fazer” necessário para à profissão.

Ainda durante o período de aprendizado prévio às atividades de assistência

judiciária, os acadêmicos deverão assistir audiências reais nas diversas varas da comarca -

cível, criminal, trabalhista, federal, etc. - e prestar, posteriormente, relatórios de audiências e

sessões judiciárias reais aos professores orientadores, que não deverão tão somente receber

tais relatórios, mas, discutir com a turma, em sala, as percepções dos mesmos sobre a

experiência vivida.

Após este período de aprendizado e treinamento, os acadêmicos estarão prontos para

a participação em atividades reais de assistência jurídica. Neste momento sim, passarão a

atuar realmente no escritório modelo, prestando um serviço comunitário para aquelas

pessoas que sejam consideradas carentes e que não possam pagar pela prestação do serviço

jurisdicional. Para a otimização, tanto do serviço de assistência judiciária em si como da

aprendizagem acadêmica, podemos analisar o desenvolvimento de atividades práticas

conveniadas com entidades como OAB, CDL ou mesmo sindicatos - patronais ou dos

trabalhadores.

Para a devida otimização do atendimento do NPJ devemos igualmente pensar em

novos convênios, tanto com o Poder Judiciário como o Ministério Público. No convênio

com o Poder Judiciário, trabalhar no sentido da instalação de uma vara especializada em

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Direito de Família e num Juizado Especial, atuando diretamente relacionado com os

processos oriundos do Núcleo de Prática da UCB. No que se refere ao MP, a proposta é que

se possa intervir mais diretamente nas necessidades da comunidade, colocando à disposição

desta entidade toda a infra-estrutura da UCB (e estagiários) e conseguindo, por outro lado,

um importante e eficiente mecanismo para solucionar questões que por ventura venham a

ser apresentados.

No entanto, além dessas atividades propostas até então, devemos nos atinar

igualmente para as novas modalidades de intermediação de conflitos que se descortinam

como são os casos das técnicas de conciliação, mediação e arbitragem. Não esquecer

também que, devido ao provável aumento do número de ações no poder judiciário causadas

pelas atividades do escritório, a tendência é que o mesmo torne-se ainda mais moroso,

afastando ainda mais a população do devido acesso à justiça.

Dessa forma, juntando essas duas premissas, surge a constituição de um Juizado de

Conciliação atuando em conjunto com o Núcleo de Prática Jurídica. Através desse órgão, os

acadêmicos das 8ª, 9ª e 10ª fases, após treinamento específico, atuariam como conciliadores

em processos encaminhados ao poder judiciário e posteriormente remetidos ao JC,

buscando-se desta forma, a resolução dos litígios. Em caso de conciliação, caberia apenas ao

poder judiciário a homologação do termo de acordo. Caso a conciliação não seja possível,

tal processo retornaria aos trâmites normais do processo.

Perceba-se que, através dessa iniciativa não estaríamos apenas oferecendo aos

acadêmicos a possibilidade de conhecerem as mais modernas técnicas disponíveis à

resolução de conflitos, mas, estaríamos de mesma forma, oferecendo um serviço inovador à

comunidade e colaborando com o desenvolvimento das atividades do Poder Judiciário.

Por fim, como forma de garantir a eficiência e a qualidade dos serviços prestados,

devemos ter em mente duas premissas que se mostram indispensáveis: a compatibilidade do

número de professores orientadores com o número de alunos matriculados no estágio, neste

caso, trabalhando-se com o número máximo de 20 alunos por turno no estágio, quando da

integralização completa do curso, devemos ter, além dos dois professores coordenadores do

estágio (vide regimento em anexo), vários professores orientadores, denominados

formalmente de professores-assistentes, numa proporção máxima de 05 alunos por

orientador. Além disso, faz-se necessário uma permanente e competente análise de autos

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findos como forma de garantir um contínuo processo de acompanhamento crítico das

atividades, buscando-se perceber o grau de processos concluídos, desistidos, vitórias e

derrotas judiciais.

Por outro lado, faz-se necessária uma breve exposição da metodologia de trabalho a

ser utilizada pelo NPJ , especialmente no que se refere á fase de simulação, pois, sem esta,

nada do que foi dito e discutido até então terá a mínima validade.

Inicialmente devemos reforçar a idéia presente até então: não existe a mínima

possibilidade de trabalharmos com aula, seja com a metodologia do que for. Não se trata de

uma proibição exclusiva à aula tradicional, de forma expositiva e conferencial, no estilo

denominado coimbrã. Na realidade, compreende-se a inadequação metodológica desse tipo

de processo de aprendizagem para as atividades práticas.

Esboçando um manual de procedimentos para os monitores do NPJ, este deveria ter

as etapas descritas a seguir:

Inicialmente precisamos ter a apresentação da situação problema (real ou ficta) às

equipes, sem que o monitor determine o tipo de peça processual a ser produzida. Para isso,

os acadêmicos possuem as aulas de processo cível, penal e trabalhista;

Esta apresentação ocorre ao final de um encontro no laboratório de simulação.

Caberia aos acadêmicos a análise e estudo doutrinário e jurisprudencial por parte de cada

membro da equipe, em horário extra-classe, onde cada estagiário produzirá sua peça

individual com sua “solução preliminar”. Objetivo: encontrar soluções para a situação

problema;

O próximo passo decorre em novo encontro no laboratório de simulação, onde ocorre

uma discussão por parte dos membros da equipe (30 minutos) onde cada um esboça a sua

solução individual, buscando a seguir, a definição da solução por parte da equipe. Feito isto,

a equipe deve elaborar a peça processual correspondente, com a apresentação ao monitor

para correções e debates preliminares.

Este novo encontro deve ser finalizado com um debate em sala, com as equipes

defendendo suas posições perante o grande grupo. Intenção: troca de experiências. Observar

que, mesmo que a equipe tenha cometido equívocos grosseiros, o monitor nada deve dizer

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até o presente momento. O operador jurídico responde por seus erros. Eles terão o momento

oportuno para perceber o erro e corrigi-lo.

Ao final deste encontro devemos adotar o procedimento formal padrão, ou seja o

protocolo das peças produzidas e redistribuição entre as equipes, que agora terão o prazo de

uma semana para estudos doutrinários e jurisprudenciais para a preparação da peça seguinte,

que será igualmente decidida no laboratório.

A sugestão é que cada equipe receba uma situação problema diferente, o que

inviabiliza uma solução dirigida. Além disso, eles passam a entrar em contato com a

diversidade material do Direito.

Em momento algum existe uma preleção preliminar por parte dos monitores. Eles

orientam no sentido de que são provocados. As devidas orientações teóricas estão a cargo

dos Professores das disciplina de Direito Processual. Devemos lembrar que existe uma

íntima relação entre todas as disciplinas que compõem o currículo do curso de Direito.

Assim, ao final de algumas semanas, as equipes terão tido contato com vários

procedimentos e muitos destes, em fase terminal, entrarão em julgamento, onde mais uma

vez a simulação seguirá todas as etapas correspondentes. Observar que neste momento, pelo

avançado da simulação, os debates preliminares com o monitor deixam de acontecer, sendo

os encontros no laboratório de simulação apenas paras as demais atividades da metodologia

proposta e para os julgamentos simulados dos processos em fase de conclusão.

Mas, nada disso terá validade se não conseguirmos incutir em nossos acadêmicos e

mesmos em nossos professores uma nova mentalidade jurídico-política. Devemos lembrar

que o objetivo central do novo currículo dos Cursos de Direito passa necessariamente pela

formação de cidadãos, comprometidos com a realidade social que os cerca. Assim, nas

sábias palavras de Aguiar, “em termos claros, sob esse enfoque, terminou a era dos

advogados neutros. As exigências operacionais e sociais impõem uma atitude madura,

levando a uma opção, a um compromisso com a diversidade de grupos que constituem,

conflitivamente, a sociedade” 39.

39 AGUIAR, Roberto. op. cit. p. 82-83.

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E esta é exatamente o diferencial dos dias de hoje. Nesse caminho que devemos

sempre trilhar, exatamente na busca da excelência de que tanto ansiamos. Somente assim,

poderemos produzir algo de novo na cultura jurídica, construindo um novo paradigma na

história do Direito no Brasil.

Em suma, a opção se põe entre a de ser um reprodutor de direitos ou um co-criador ou re-leitor de Direito. Não há meio termo. A escola jurídica também deve caminhar por aí. Ou ela permanece como está e empurra os operadores jurídicos para o limbo da insignificância histórica, ou se refaz dando-lhes novo sentido 40.

Nos termos da Lei 11.788/08, que regula o regime de estágio no país, os

estudantes que cumprem o estágio obrigatório deverão ser acompanhados por Professor

ou Advogado-Orientador (apontado pela UCB) e, ainda, por terceiro supervisor indicado

pela instituição concedente.

Plano de Estágio Obrigatório

6º Estágio de Prática Jurídica I Atividade Simulada em Processo Civil

e Processo Penal

7º Estágio de Prática Jurídica II Atividade Simulada em Processo do

Trabalho e Processo Administrativo

8º Estágio de Prática Jurídica III Atividade Prática Forense de natureza

real, com ênfase no direito Civil,

Penal, Trabalhista, Consumidor,

Previdenciário e Empresarial.

9º Estágio de Prática Jurídica IV Atividade Prática Forense de natureza real, com ênfase no direito Civil, Penal, Trabalhista, Consumidor, Previdenciário e Empresarial.

40 AGUIAR, Roberto. op. cit. p. 83-84.

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10º Estágio de Prática Jurídica V Atividade Prática Forense de natureza real, com ênfase no direito Civil, Penal, Trabalhista, Consumidor, Previdenciário e Empresarial.

Estágio não obrigatório

Visando aperfeiçoar sua experiência prática de modo a oferecer um leque maior de

oportunidades de treinamento e desenvolvimento profissionais, o estudante do curso de

Direito da UCB poderá cumprir horas de estágio não obrigatório. Tais horas poderão ser

computadas como horas complementares nos termos das Normas e Procedimentos

Acadêmicos para os Cursos de Graduação da UCB (aprovadas pela Resolução CONSEPE

n.º 65/2007 de 22/11/2007).

O estudante poderá iniciar o estágio não obrigatório a partir do 3º semestre do

Curso, haja vista ocorrer nesse período a introdução às disciplinas de formação profissional.

Nos mesmos moldes do estágio obrigatório (por força da Lei 11.788/08), durante o

estágio não obrigatório o estudante deverá ser acompanhado por Professor ou

Advogado- Orientador (indicado pela UCB) e, ainda, por terceiro supervisor apontado pela

instituição concedente.

As atividades executadas no estágio não obrigatório, além de deverem estar

diretamente relacionadas à proposta formativa contida neste Projeto Pedagógico de Curso,

englobarão o previsto no Plano de Estágio Não Obrigatório (vide Anexo II).

7.4 Atividades Complementares

As atividades complementares, ou atividades acadêmico-científico-culturais, têm

como objetivo enriquecer o processo formativo do estudante por meio da diversificação de

experiências, dentro e fora do ambiente universitário.

A regulamentação para a validação das horas de atividades complementares nos

cursos, seguem as orientações e definições do documento de Normas e Procedimentos

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Acadêmicos para os cursos de Graduação, da Universidade Católica de Brasília, aprovado

pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE.

A flexibilidade curricular do Curso de Direito está centrada nas atividades

complementares, às quais se atribuiu uma carga horária de 280 horas, e na previsão de

disciplinas optativas nas fases finais. Essa opção permitiu que se trabalhassem melhor os

conteúdos obrigatórios e aqueles que atendem ao perfil e às habilidades pretendidas,

deixando-se a abertura para o estudo de outros conteúdos em espaços próprios, de grande

flexibilidade e passíveis de atualização permanente, sem que se tenha de incluí-los

nominalmente na grade curricular em sua parte fixa.

Talvez a maior inovação introduzida nos currículos de Direito tenha sido exatamente

as Atividades Complementares, disciplinadas inicialmente pelo artigo 4º da antiga Portaria

1.886/94. Hoje, tais atividades são disciplinadas pelo artigo 8° da Resolução n° 09/2004, que

determina as novas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Direito no País.

Tal dispositivo legal define expressamente as atividades complementares como

componentes curriculares enriquecedores e complementadores do perfil do formando,

possibilitando o reconhecimento, por avaliação de habilidades, conhecimento e competência

do aluno, inclusive adquirida fora do ambiente acadêmico. Além disso, incluem-se a prática

de estudos e atividades independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade,

especialmente nas relações com o mercado do trabalho e com as ações de extensão junto à

comunidade. Da mesma forma expressa, esse diploma legal afirma que as atividades

complementares não se confundem com Estágio Supervisionado ou com o Trabalho de

Conclusão de Curso.

Além de possibilitarem a individualização da formação do aluno (algo tão importante

quando mais e mais o ensino superior brasileiro é massificado), as atividades

complementares acabam por reforçar nos acadêmicos a certeza de que apenas a sala de aula

não será suficiente para sua qualificação acadêmica e profissional. Partindo dessa premissa,

a UCB estruturou uma regulamentação aberta e flexível das atividades complementares,

perfeitamente de acordo com a proposta legal.

O Programa de Atividades Complementares tem a função de estimular a participação

dos alunos em atividades extracurriculares, complementando o conteúdo obrigatório das

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disciplinas. Por meio desse Programa, são divulgados cursos, seminários e congressos nas

áreas correspondentes aos cursos de graduação. O Programa estimula também a participação

dos acadêmicos em projetos de iniciação científica e de extensão, bem como o

desenvolvimento de habilidades profissionais e o reconhecimento da importância da

interdisciplinaridade na formação do raciocínio crítico.

Relativamente às disciplinas complementares, elas têm por objetivo próprio permitir

ao aluno o estudo de conteúdos jurídicos específicos e de seu próprio interesse, podendo ser

cursadas entre aquelas listadas na própria grade curricular do Curso de Direito, ou entre as

pertencentes a áreas afins e oferecidas por outros cursos da UCB, nas grades curriculares de

seus próprios cursos, e não especificamente para o Curso de Direito. Cabe ressaltar que

esses conteúdos optativos serão orientados pela ação do NDE em indicar quais serão

oferecidos semestralmente e como eles podem moldar a flexibilidade da grade curricular

Para permitir ao aluno a realização de suas atividades complementares, no decorrer

de todo o Curso, optou-se por estruturá-las com a inclusão de um leque de alternativas

bastante variado, permitindo ao estudante realizar suas próprias escolhas, podendo

desenvolvê-las já a partir do primeiro semestre do Curso, por exemplo, com a participação

nos Colóquios de Cidadania.

Conforme pode ser visto pelo Regulamento das Atividades Complementares do

Curso de Direito da UCB, o aluno possui ampla e absoluta liberdade para compor sua carga

horária de atividades complementares, a partir dos seguintes eventos e modalidades listados

a seguir:

� Publicação de artigos em revistas científicas;

� Comunicações Científicas em eventos;

� Projetos de Pesquisa;

� Estágio extracurricular;

� Assistência de sessão pública de defesa de monografia de conclusão de curso,

monografia de especialização, dissertação de mestrado ou tese de doutorado, na área

ou correlata;

� Projetos de Extensão Institucionais;

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� Participação efetiva e voluntária em projetos externos de inclusão social;

� Participação em eventos extracurriculares diversos como seminários, simpósios,

congressos e conferências;

� Representação Estudantil Acadêmica em diretoria eleita do Centro Acadêmico de

Direito, DCE ou colegiado do Curso de Direito;

� Participação em Cursos extracurriculares diversos;

� Disciplinas Complementares ao Currículo Acadêmico do Aluno;

� Monitorias em disciplinas pertencentes ao Currículo Pleno do Curso de Direito da

UCB.

Certamente essa listagem não é definitiva, e a criatividade e o interesse do aluno

serão fundamentais para a constituição de novas modalidades de atividades complementares,

sempre respeitando os limites máximos instituídos pelo regulamento específico, tendo como

escopo não admitir que o acadêmico não possa integralizar a carga horária máxima de tais

atividades numa única forma.

Entre as Atividades Complementares, foram mantidas todas as de pesquisa, de

extensão e de ensino previstas nas Diretrizes Curriculares, acrescidas dos Estudos e

Colóquios (Estudos de Casos e Colóquios de Cidadania). Com isso, pretende-se garantir

um espaço aberto para que cada aluno complemente os conhecimentos que entenda

necessários para a sua completa formação profissional, bem como atender à proposta de

novas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Direito.

O aluno terá de cumprir cargas horárias em pelos menos dois dos cinco grupos de

Atividades Complementares (ensino, pesquisa, extensão, estudos e colóquios e outras

atividades), distribuídas em pelo menos quatro semestres letivos. A discriminação das

Atividades Complementares é a seguinte:

� Grupo I: Ensino [Disciplinas complementares e extracurriculares e Monitorias].

� Grupo II: Pesquisa (Projetos e Programas de Pesquisa; Publicações na Área de

Direito ou em Áreas Afins).

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� Grupo III: Extensão (Projetos e Programas de Extensão; Eventos Diversos na Área

de Direito ou em Áreas Afins).

� Grupo IV: Estudos e Colóquios (Estudos de Casos e Colóquios de Cidadania);

� Grupo V: Outras Atividades [Estágios Extracurriculares; Cursos Extracurriculares

(Línguas e Informática); Assistência, com elaboração de relatório, a Defesas de

Monografias Finais de Cursos de Graduação, de Dissertações de Mestrado e de

Teses de Doutorado; Representação Estudantil].

7.5 Dinâmica do TC

Trata-se de atividade relativamente nova nos currículos jurídicos no Brasil,

introduzida como obrigatória nos currículos pela Portaria n° 1886/94. Tal dispositivo foi

alterado pela Resolução CNE n° 09/2004. O diploma legal apenas determina a fixação do

Trabalho de Curso (TC) pelas Instituições de Educação Superior em função de seus Projetos

Pedagógicos, e que as IES deverão emitir regulamentação própria aprovada por Conselho

competente, contendo necessariamente, critérios, procedimentos e mecanismos de avaliação,

além das diretrizes técnicas relacionadas à sua elaboração.

O objetivo do Trabalho de Curso é proporcionar ao aluno o desenvolvimento de uma

produção acadêmica, na qual ele aplicará os conceitos adquiridos durante o Curso. Para

cumprir os objetivos institucionais, criaram-se diretrizes específicas para elaboração do

Trabalho do Curso de Direito da UCB presentes no regulamento específico, no qual consta

sua forma de operacionalização.

Como já citado, os alunos irão receber direção de dois orientadores, cujos papéis (de

orientadores e alunos) serão os seguintes:

� Do professor orientador da disciplina Projeto de Pesquisa em Direito: orientar a

elaboração do Projeto de Pesquisa e trabalhar os elementos metodológicos

necessários ao desenvolvimento da pesquisa e à redação do Trabalho de Curso.

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� Dos professores especialistas: orientarem o desenvolvimento material dos Trabalhos

de Curso na sua área de atuação.

� Dos alunos: cumprirem as diretrizes para a elaboração do Trabalho de Curso;

estarem presentes para as orientações marcadas com os professores orientadores;

apresentarem relatórios de suas atividades e da evolução da pesquisa.

Os critérios de avaliação do Trabalho de Curso estão definidos no Regulamento

específico.

De acordo com o Regimento das Monografias do Curso de Direito da Instituição

(vide anexo), o aluno possui liberdade para escolher tema, e a Instituição definirá o

orientador melhor adequado para desenvolver o trabalho.

Como forma de garantir a relação entre o TC e as atividades de pesquisa e extensão,

será estimulado o desenvolvimento dos TCs que se relacionem às linhas de pesquisa ou aos

programas de extensão desenvolvidos pela UCB.

Mas, talvez a maior novidade dos TCs do curso seja o fato de que não se fecha a

possibilidade apenas a uma monografia, como usualmente é feito. A elaboração do TC deve

ser realizada de acordo com o Projeto de TC uma das seguintes modalidades:

� Artigo

Texto científico contendo uma abordagem jurídica concisa e fundamentada acerca de uma

determinada problemática contendo entre 20 a 40 páginas de texto. Tal artigo deverá ter sido

aprovado em encontro científico ou de iniciação científica oficial ou ainda publicado em

revista científica, preferencialmente em todos os casos, com o sistema de revisão blind

review.

� Monografia:

Texto resultante de uma pesquisa acadêmica aprofundada sobre um determinado tema,

abordando uma problemática específica e trazendo a compilação científica acerca de seu

tratamento, contendo entre 40 e 100 páginas de texto.

� Estudo de caso:

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Narrativa elaborada a partir de uma situação real que problematize diversos aspectos

jurídicos e sociais, propiciando a tomada (ou não) de decisões jurídicas, quando cabíveis,

contendo entre 20 e 40 páginas de texto.

� Projeto de Lei:

Desenvolvimento de uma proposta original de Projeto de Lei, relativo a problema real que o

estudante tenha identificado. Para a devida avaliação, o TC deverá conter, ainda a

justificativa do PL.

� Parecer Jurídico:

Desenvolvimento de pareceres técnicos, a partir de problemas jurídicos e sociais,

especialmente preparados por professores do NDE e que versem sobre os mais variados

campos do conhecimento jurídico, com especial atenção aos campos do Direito do Estado,

Direitos Humanos e Novos Direitos.

� Filme ou Peça de Teatro

Desenvolvimento de um roteiro e posterior produção de uma peça de teatro ou filme de

curta-metragem, cuja narrativa elaborada a partir de uma situação real, problematize

aspectos jurídicos e sociais da nossa região, servindo como mecanismo de conscientização e

discussão social, propiciando a tomada (ou não) de decisões jurídicas, quando cabíveis.

� Portfolio de trabalhos Acadêmicos

O Trabalho de curso se relaciona ao curso como um todo e não apenas a um momento em

específico. Trata-se de filme e não de foto. Dentro dessa premissa, abre-se a possibilidade

para que o aluno apresente como seu TC o conjunto de trabalhos desenvolvidos durante o

curso, em forma de Portfólio. Para tanto, deve apresentar texto inédito de 20 a 30 páginas,

justificando a interação e integração desses trabalhos.

� Viagem internacional

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Como ultima alternativa apresenta-se a possibilidade do aluno realizar uma viagem de

estudos internacional e apresentar como TC o relatório dessa atividade. Para tanto, deve

apresentar relatório de 20 a 30 páginas, demonstrando e avaliando seu processo de ensino-

aprendizagem.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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perspectivas. São Paulo : Alfa-Omega, 1991.

BUARQUE, Cristovam. Na fronteira do futuro (o projeto da UNB). Brasília: EdUNB, 1989.

CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. OAB. Ensino

jurídico: Novas Diretrizes Curriculares. Brasília: OAB, 1996

DAHMER PEREIRA, L. Mercantilização de ensino superior e formação profissional em

serviço Social: em direção a um intelectual colaboracionista? In Revista Agora: Políticas

Públicas e Serviço social, Ano 3 , nº 6,abr 2007 ISSN-1807-698X. Disponível em

http://www.assistentesocial.com.br

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HUPFFER, Haide Maria. Ensino Juridico - Um Novo Caminho. São Paulo: Entremeios:

2008.

HUPFFER, Haide Maria. Ensino Juridico E Compromisso Social. São Paulo: Editora Casa

Leiria: 2008.

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LYRA, Doreodó Araújo (org.). Desordem e Processo – Estudos em homenagem a Roberto

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MASETTO, Marcos Tarciso. Competência Pedagógica do Professor Universitário.

São Paulo: Summus editorial, 2003.

MELO FILHO, Álvaro. Inovações no ensino jurídico e no exame de ordem. Belo Horizonte:

Del Rey, 1996.

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MONDARDO, Dilsa. ALVES, Elizete Lanzoni. Ensino Juridico Interdisciplinar.

Florianópolis, OAB/SC: 2005

NAQUINI, Débora Pinto.O Grupo Cooperativo: uma metodologia de ensino. 2ª ed.

Brasília: Universa, 1999.

. A Transposição Didática e o Contrato Didático. Para o

professor – metodologia de ensino para o aluno – a construção do conhecimento. Brasília:

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NÉRICI, Imédio G. Metodologia do Ensino – Uma Introdução. 2ª ed. São Paulo: Atlas,

1981.

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RODRIGUES, Horácio Wanderley. Novo currículo mínimo dos cursos jurídicos. São

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PERRENOUD, Philippe. 10 Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre: Artmed

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TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O Trabalho Docente – elementos para uma teoria

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ZITSCHER, Harriet Christiane. Metodologia do Ensino Jurídico com Casos. Belo

Horizonte: Del Rey, 2004.

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9. ANEXOS

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ANEXO I: Matriz Curricular

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ANEXO II: Descrição das Atividades de Estágio Extracurricular

Descrição das atividades compatíveis à realização do Estágio Supervisionado não obrigatório

no curso de Direito.

Semestre Plano de Atividades

3º Semestre

Acompanhamento processual em sua fase inicial, incluindo acompanhamento de prazos, citações, intimações e competência jurisdicional. Quanto ao direito material: a) em âmbito cível, acompanhar e auxiliar em casos que envolvam: obrigações gerais (transmissão, adimplemento, inadimplemento e extinção); b) em âmbito penal, acompanhar e auxiliar casos que envolvam: tipicidade e imputabilidade, conduta do agente, crime consumado e tentado. c) em âmbito trabalhista: observar, acompanhar e interagir na aplicação dos principais institutos do Direito do Trabalho no concernente às relações de trabalho e ao contrato individual de trabalho, desde seus momentos iniciais de estabelecimento, duração, desenvolvimento em cada etapa de sua existência (jornada de trabalho, descansos, remuneração, etc), alterações e interrupções; e todos os aspectos de sua extinção. Assinatura e anotações da CTPS, bem como o registro do empregado.

4º Semestre

Além das atividades descritas acima, cumulativamente: auxílio na redação e acompanhamento de petições iniciais e contestações, questões preliminares e incidentais, nulidades, extinção e suspensão do processo, avaliação de meios de prova e comparecimento (supervisionado) em audiências. Quanto ao direito material: a) em âmbito cível (cumulativamente em relação ao conteúdo anterior), acompanhar e auxiliar em casos que envolvam o direito dos contratos; b) em âmbito penal (cumulativamente em relação aos conteúdos anteriores), acompanhar e auxiliar casos que envolvam: sanções penais (aplicação, substituição, conversão, detração, remissão, atenuantes, agravantes e aumento), concurso de crimes, suspensão e livramento condicional, efeitos penais e extra penais. c) em âmbito trabalhista: (cumulativamente com os conteúdos

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anteriores) observar, acompanhar e interagir quanto aos cuidados relativos ao meio ambiente do trabalho, a segurança, saúde, higiene e medicina do trabalho, seja em relação à atuação dos órgãos de criação obrigatória em algumas empresas ou setor público como CIPAS, os Serviços Médicos do Trabalho, bem como o uso de equipamentos de proteção individual; os adicionais de periculosidade e insalubridade; e a atuação do Ministério do Trabalho, preventiva e repressiva.

5º Semestre

Ainda no que tange à seara processual, além das atividades descritas nos dois campos acima, cumulativamente: análise de questões preliminares, acompanhamento de sentenças nacionais e estrangeiras e respectivos recursos, de acordo com o procedimento nos Tribunais. Quanto ao direito material: a) em âmbito cível (cumulativamente em relação aos conteúdos anteriores): acompanhar e auxiliar em casos que envolvam o direito das coisas. b) em âmbito penal (cumulativamente em relação aos conteúdos anteriores): acompanhar e auxiliar em casos que envolvam crimes contra a pessoa, contra o patrimônio, contra a propriedade imaterial, contra a organização do trabalho, contra o sentimento religioso e respeito aos mortos e contra os costumes. c) em âmbito do trabalho: (cumulativamente aos conteúdos anteriores) observar, acompanhar e interagir com os principais institutos das relações coletivas de trabalho, seja quanto a formação, organização e atuação das entidades sindicais em relação aos conflitos coletivos de trabalho e suas soluções, as negociações coletivas, as convenções e acordos coletivos de trabalho, e a greve. E ainda, as representações e participações dos trabalhadores na empresa ou por meio de Comissões.

6º Semestre

Além das atividades descritas nos 03 campos acima, cumulativamente: acompanhamento da liquidação de sentença e de procedimentos executórios em suas diversas esferas, acompanhamento e auxílio na preparação de embargos do devedor e demais recursos cabíveis. Quanto ao direito material: a) em âmbito cível (cumulativamente em relação aos conteúdos anteriores): acompanhar e auxiliar em casos relacionados ao direito de família; b) em âmbito penal (cumulativamente em relação aos conteúdos anteriores): acompanhar e auxiliar em casos que envolvam crimes contra a família, contra a incolumidade pública, contra a paz pública, contra a fé pública, contra a administração pública, bem como aqueles previstos em legislação extravagante.

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c) em âmbito do trabalho: (cumulativamente aos conteúdos anteriores) observar, acompanhar e interagir, na solução dos conflitos, na esfera administrativa pela atuação das Delegacias Regionais do Trabalho, Ministério do Trabalho ou órgãos conveniados; e na esfera judicial pela atuação do Ministério Público do Trabalho através das Procuradorias do Trabalho, na defesa dos direitos e interesses coletivos e difusos e, por fim, a atuação da Justiça do Trabalho e seu poder normativo.

7º Semestre / 8º Semestre / 9º Semestre / 10 º Semestre

Cumulativamente, em relação aos 04 campos acima: acompanhamento e auxílio na preparação de medidas cautelares (preparatórias e incidentais) e de procedimentos especiais, de jurisdição contenciosa ou voluntária, bem como os procedimentos de legislação não codificada. Quanto ao direito material: a) em âmbito cível (cumulativamente em relação ao conteúdo anterior): auxiliar e acompanhar em casos que se vinculam ao direito sucessório. b) em âmbito do trabalho: (cumulativamente ao conteúdo anterior) observar, acompanhar e interagir quanto aos direitos inerentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço; PIS/PASEP; vale- transporte; vale-refeição; folha de pagamentos dos salários; tutela especial do trabalho (mulher e menor); Previdência Social quanto a contribuição, benefício e custeio.