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CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso Resumos Turma 4ª B – 2009.1 / 2009.2 COORDENADORA DO CURSO: Profª. Marta Silva Menezes SALVADOR

CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso … · Um grupo controle com 15 camundongos foi alimentado com ... semanas após início do experimento. Teste de tolerância à

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CURSO DE MEDICINA

Trabalho de Conclusão de Curso

Resumos

Turma 4ª B – 2009.1 / 2009.2

COORDENADORA DO CURSO:

Profª. Marta Silva Menezes

SALVADOR

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Morte Súbita de Origem Cardíaca em Atletas: A Importância do Screening

Pré-Participatório

.ALUNO(A): Adalberto Mendes Placha

ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Anselmo Brandão

RESUMORESUMORESUMORESUMO

Introdução: A morte súbita relacionada ao exercício pode ser definida como a que ocorre da realização da atividade física ou até uma hora após o seu término, sendo esta a definição mais utilizada. Esse tema envolve um grande antagonismo, haja vista, a atividade física conhecida por seu papel de proteção cardiovascular, atuar como causadora de tal evento. Dentre as patologias mais prevalentes atuando como causadoras de tal evento encontram-se: CMH, anomalias de artérias coronárias, miocardites, estenose aórtica, dentre outras. O impacto desse tema levou a criação de métodos de screening pré-participatório para atletas com o intuito de diagnosticar e manejar melhor esses atletas, evitando a MSC. Objetivos: Os objetivos do trabalho são analisar os protocolos de screening existentes e verificar sua eficácia tanto no diagnóstico das doenças cardiovasculares, quanto no seu poder de evitar a morte súbita cardíaca. Metodologia: O estudo é uma revisão bibliográfica não-sistemática realizada nas bases de dados PubMed e Bireme. Foram incluídos artigos publicados em periódicos de relevância, após o ano de 2001, estudos em humanos, nas línguas inglesa e portuguesa e que tivessem proximidade com o tema. Resultados: Foram obtidos 26 artigos, dos quais oito foram selecionados para compor os resultados do trabalho. Os trabalhos analisados revelaram ser a MSC uma questão de alto impacto social, apesar de baixa prevalência. Fato que justificou a criação de métodos de screening pré-participatório para diagnóstico e manejo de atletas sob risco. Os métodos, em geral incluem história clínica e exame físico direcionados para o sistema cardiovascular. O ECG, utilizado por alguns países, demonstrou boa eficácia no diagnóstico das doenças mais prevalentes nessa população. Porém os estudos sobre o tema ainda são muito pobres em termos quantitativos e qualitativos das amostras, necessitando de maior atenção para uma questão tão importante de saúde. Conclusão: A morte súbita cardíaca é uma séria questão de saúde e de impacto social elevado. O que torna o screening essencial para triagem e manejo dos atletas. O uso de história clínica, exame físico e ECG tem se mostrado eficaz como método básico de triagem. Porém mais estudos são necessários para melhor analise e direcionamento das medidas adotadas.

Palavras-chave: morte súbita cardíaca, atletas, screening pré-participatório, atividade física

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Vacina Antipólio: Avaliação da Discussão Risco Benefício acerca da

Suspensão da Vacina com Vírus Atenuado (VOP) e Instituição da com Vírus Inativado

(VIP).

ALUNO(A): Anúzia Torres Gonçalves Costa ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Marília Franco RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A poliomielite ainda está em fase de erradicação mundial. No entanto, já

se pensa em conseqüências advindas de sua forma de prevenção: a vacina oral com

vírus atenuado (VOP). A organização Mundial de Saúde (OMS) tem registrado casos de

poliomielite paralítica associada a vírus vacinal (PPAV), decorrente de mutações que os

vírus vacinais podem sofrer e recuperar sua neurovirulência, causando assim a doença.

Para prevenir um novo surto de pólio, a OMS está se planejando, juntamente com todos

os países do mundo, para uma mudança no calendário vacinal. É inevitável a suspensão

da VOP. Todavia, isso tem que acontecer de maneira totalmente segura. Para isso, a

OMS tem promovido reuniões com intuito de discutir políticas e estratégias para essa

era de suspensão da VOP e instituição do uso da vacina com vírus inativado (VIP).

Essas estratégias são constituídas de fases: contensão, observação, suspensão da VOP

coordenadamente. A contensão visa a reter os poliovírus circulantes em laboratórios,

longe de comunidades para evitar surtos da doença. A observação conta com uma

equipe de vigilância epidemiológica para registrar todos os casos de poliomielite, sejam

causados por poliovírus de cepa selvagem ou pelos circulantes derivados vacinais. A

OMS planeja que a suspensão seja simultânea. Todos os países cessarão o uso da VOP

ao mesmo tempo. Durante esse tempo, os países serão preparados para possíveis

intercorrências, com estoques de vacinas, inclusive uma VOP monovalente. Um guia

para esse período está sendo feito, com toda a política de suspensão e possíveis

condutas para intercorrências que possam ocorrer. A reunião dessas discussões é válida

porque serve para informar a população geral e, principalmente, os profissionais da área

de saúde sobre o que está ocorrendo no cenário mundial e sobre a mudança pelas quais

todos os países passarão.

.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Avaliação da Função Cardiorespiratória da Miocardiopatia Diabética em Modelo Experimental. ALUNO(A): Adriano Tanajura Angrisani ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Simone Garcia Macambira Resumo: Diabetes mellitus refere-se a um grupo de distúrbios metabólicos que compartilham o fenótipo da hiperglicemia, sendo o tipo 2, em especial, correspondente à categoria com maior incidência, e responsável por cerca de 90% da prevalência da doença. As conseqüentes alterações fisiológicas acarretam conseqüências graves para o paciente, comprometendo o sistema cardiovascular e diversos órgãos-alvo, acarretando elevado ônus sócio-econômico. A miocardiopatia diabética resulta de complexas relações entre anormalidades metabólicas que acompanham o diabetes e suas conseqüências celulares, levando à alteração da estrutura e função miocárdica. A alteração funcional mais precoce geralmente é a disfunção diastólica do ventrículo esquerdo. Posteriormente, com o avanço da doença, pode ocorrer comprometimento do desempenho sistólico, agravando o quadro. Pacientes diabéticos freqüentemente apresentam fadiga e redução na capacidade de exercícios em virtude de disfunção cardíaca. Entre os modelos experimentais, o camundongo apresenta maior utilização, devido à maior praticidade de uso em relação a outros modelos, à disponibilidade de ferramentas biotecnológicas de análise funcional e desenvolvimento da patologia com características semelhantes à humana. Ao aliar a dieta hipergordurosa à predisposição genética, os camundongos C57BL/6 representam um poderoso modelo de DM tipo 2. Neste trabalho, propõe-se avaliar a função cardiovascular do diabetes mellitus tipo 2 em modelo murino por meio de: ergometria, eletrocardiografia e ecocardiografia. Um grupo de 24 camundongos C57BL/6 machos, com 4 semanas de idade, foram alimentados com dieta hipergordurosa por um período de 35 semanas, para indução de obesidade e diabetes mellitus tipo 2. Um grupo controle com 15 camundongos foi alimentado com dieta de composição semelhante, porém baixo teor de gordura. Glicemia e peso corpóreo foram acompanhados individualmente durante 0, 4, 8, 12, 16, 21, 24, 30 e 33 semanas após início do experimento. Teste de tolerância à glicose foi realizado após 35 semanas de início do experimento, a fim de avaliar a intolerância à glicose. Registros eletrocardiográficos, análise ecocardiográfica e capacidade de exercício em esteira ergométrica foram avaliados 35 semanas após início do experimento. Os camundongos submetidos à dieta hipergordurosa apresentaram um ganho ponderal e níveis glicêmicos superiores ao grupo controle, bem como redução na tolerância à glicose, reproduzindo os achados de pacientes diabéticos (obesidade, hiperglicemia, intolerância à glicose). Observou-se que a glicemia nos camundongos diabéticos não retornou aos valores basais (pré exercício) após 30 minutos da ergometria. A distância percorrida e o tempo total de exercício se mostraram reduzidos em camundongos diabéticos, reproduzindo a redução na capacidade de exercícios de pacientes diabéticos. Observou-se duração da onda P, amplitude do QRS, deflexão intrinsecóide, intervalo QT e QT corrigido reduzidos à eletrocardiografia em camundongos diabéticos comparados aos controles. O exame ecocardiográfico demonstrou disfunção diastólica evidenciada por redução na onda E (enchimento rápido passivo ventricular), aumento da massa ventricular esquerda e função sistólica preservada. O modelo desenvolvido nesse trabalho reproduz, portanto, a patologia humana, representando uma nova e promissora ferramenta de estudo das manifestações orgânicas decorrentes do diabetes mellitus tipo 2 e de novas modalidades terapêuticas para o mesmo.

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Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2. C57BL/6. Dieta hipergordurosa. Avaliação funcional Miocardiopatia diabética

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Eficácia da Progesterona na Prevenção do Trabalho de Parto Prematuro. ALUNO(A): Ariadna Costa Silva ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Omar Ismail Santos P. Darzé RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO INTRODUÇÃO: Nascimento prematuro é definido como aquele que ocorre antes da 37ª semana de gestação. Ele representa, em média, 25% das gestações nos países em desenvolvimento, e 11% nos países desenvolvidos, sendo responsável por cerca de 70 % das mortes perinatais, quando excluídas as malformações congênitas letais. Já que a prematuridade constitui uma das principais causas de morbimortalidade perinatal, com graves repercussões, muitas delas irreversíveis, como a paralisia cerebral, torna-se claro que a sua prevenção traduz um enorme benefício à Saúde Pública. Dados encorajadores já relatados na literatura sugerem que a progesterona pode ser efetiva na prevenção de trabalho de parto prematuro. Objetivos: Avaliar a eficácia da progesterona na prevenção do trabalho de parto prematuro. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica simples de trabalhos científicos que procuraram estudar a eficácia da progesterona na prevenção do trabalho de parto prematuro, publicados nos últimos 10 anos. A busca dos artigos foi feita nas bases de dados Pubmed e Scielo, utilizando-se as palavras-chaves: “Progesterone”, “Preterm birth”, “Prevention Premature chilbirth” e “Preterm delivery”, além de suas correspondentes em português e espanhol. Um total de 25 artigos foi identificado. Destes, 18 foram excluídos, e 7 trabalhos científicos foram inclusos no presente estudo. Resultados: Dois dos trabalhos revisados foram publicados em 2003, três deles em 2007 e dois deles em 2009. Brasil, Ingleterra e EUA foram os países onde esses experimentos aconteceram. O modelo de estudo adotado por todos os trabalhos foi ensaio clínico randomizado e placebo-controlado. Os números das amostras variaram de 134 a 655 gestantes. As formas de apresentação da progesterona empregadas pelos trabalhos foram: gel vaginal de 90 mg, cápsula vaginal de 200 mg, supositório vaginal de 100 mg e ampolas de 17-�-hidroxiprogesterona caproato de 250 mg. Dentre as participantes dos estudos, havia: mulheres com gestação dupla, mulheres com gestação tripla, gestantes de feto único, apresentando história prévia de trabalho de parto prematuro espontâneo, e gestantes com comprimento cervical curto (≤15 mm). Apenas 3 trabalhos demonstraram uma redução significativa das taxas de parto prematuro. Conclusão e Discussão: A progesterona não se mostrou eficaz na prevenção de trabalho de parto prematuro em mulheres com gravidez dupla e tripla. O gel vaginal de progesterona, de 90 mg, de uso tópico, administrado diariamente, não foi compatível com a prevenção de parto prematuro em mulheres com gravidez dupla, nem em mulheres gestando feto único e com história prévia de parto prematuro espontâneo. Gestantes com cérvice curta e aquelas que apresentavam história prévia de parto prematuro espontâneo, gestando feto único na gravidez em curso, foram significativamente beneficiadas com a terapia da progesterona, em relação a ocorrência de nascimento antes do termo. Pesquisas adicionais se fazem necessárias para atestar, com maior acurácia, a verdadeira eficácia da progesterona na prevenção de trabalho de parto prematuro.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Definição de um Modelo de Mensuração para Avaliar a Distribuição de Populações Leucocitárias no Baço na Leishmaniose Visceral. ALUNO(A): Alan Cronemberger Andrade

ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Washington Luis Conrado dos Santos CO-ORIENTADORA: Joselli Santos Silva

RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO DEFINIÇÃO DE UM MODELO DE MENSURAÇÃO PARA AVALIAR A DISTRIBUIÇÃO DE POPULAÇÕES LEUCOCITÁRIAS NO BAÇO NA LEISHMANIOSE VISCERAL. ALAN

CRONEMBERGER ANDRADE. O cão é o principal reservátório de parasitos Leishmania

chagasi/Leishmania infantum, agente etiológico da leishmaniose visceral (LV) em nosso meio. A LV está associada com atrofia e desorganização do tecido linfóide esplênico, algo que compromete o desenvolvimento de respostas imunes. O objetivo deste estudo é desenvolver um modelo de morfometria capaz de identificar mudanças na distribuição das populações celulares em tecido linfóide esplênico de cães naturalmente infectados com L. chagasi. Para isto, foi utilizado material esplênico de cães com tecido linfóide organizado ou desorganizado submetido a imunoistoquímica para a identificação de células positivas para Ki-67 (células em proliferação), CD3 (linfócitos T) e CD79α (linfócitos B). O método de morfometria, desenvolvido, foi adequado para identificar diferenças quantitativas na distribuição das populações celulares desse tecido. A densidade de células Ki67+ foi maior nos folículos e na polpa vermelha dos animais com tecido esplênico organizado do que em animais com tecido linfóide esplênico desorganizado (teste Mann-Whitnney P < 0,01 e P < 0,05, respectivamente). A densidade de linfócitos T CD3+ foi semelhante em diferentes regiões da polpa branca ou vermelha dos animais, com ou sem tecido linfóide esplênico organizado. A densidade de CD79α+ (células B) foi maior nos folículos nos animais com tecido esplênico organizado do que em animais com tecido linfóide esplênico desorganizado (teste Mann-Whitnney, P < 0,02). Observou-se também a redução do número total de células em proliferação e de células B no folículo de animais com a desorganização do tecido do baço. Os dados sugerem que a desorganização do tecido esplênico, observada em cães com LV é associada com a diminuição da proliferação celular e da população de células B em folículos. PALAVRAS-CHAVE: leishmaniose visceral canina, baço, imunohistoquímica, morfometria

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Diversidade Molecular do HIV-1: Estudo de um Corte Transversal de Mulheres e Crianças Infectadas Acompanhadas no Centro de Referência em DST/AIDS de Feira de Santana. ALUNO(A): Amanda Teixeira de Carvalho ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Luiz Carlos Júnior Alcântara CO-ORIENTADOR: M.Sc Adriano Fernando da Silva Araujo RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO A diversidade genética do HIV-1 influencia a transmissão vertical, a resistência às drogas antiretrovirais e a evolução da doença. Este trabalho tem como objetivo estudar a variabilidade genética do HIV-1 em mulheres soropositivas e crianças infectadas através da transmissão vertical. Foi realizado um estudo de corte transversal, envolvendo 117 mulheres e 24 crianças acompanhadas no Centro de Referência em DST/AIDS de Feira de Santana, Bahia. Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), uma amostra de sangue periférico de cada paciente foi submetida ao exame de carga viral e contagem de linfócitos T CD4. A análise dos dados mostrou uma média na idade entre as mulheres de 39,7 anos e entre as crianças de 6,4. Foi realizada, a partir de uma amostra aleatória deste corte, a biologia molecular de 58 pacientes (50 mulheres e oito crianças) pela técnica de PCR e seqüenciamento direto. A análise filogenética das seqüências mostrou que 39 (67%) das amostras eram do subtipo B, 14 (24%) da forma recombinante BF, 4 (6,9%) do subtipo F e 1 (1,7%) do subtipo C. Desse total, 48 usavam terapia ARV. O programa online de genotipagem de Stanford revelou que uma paciente (10%) virgem de tratamento possuía mutações primárias para inibidores nucleosídicos TR (INTR). Dez (21%) das amostras de pacientes em terapia apresentaram mutações secundárias de alta resistência aos Inibidores de Transcriptase Reversa (ITR), dos quais 10 (21%) eram resistentes para INTR, quatro (8%) para inibidor não-nucleosídico da TR (INNTR) e duas (4%) para os Inibidores de Protease (IP). Duas pacientes (4%), que apresentaram resistência aos ARV, estavam com o esquema terapêutico mantido. A diversidade genética de Feira de Santana revelou ser muito semelhante à de Salvador e a do Nordeste. Neste estudo encontramos associação significativa entre os subtipos e o número de mutações de alta resistência ARV. Estes apresentam três vezes mais destas mutações que as formas recombinantes BF. A vigilância epidemiológica molecular, através do estudo da filogenia e da genotipagem, é necessária para o monitoramento das mutações de resistência, da expansão da infecção pelo HIV-1 e de sua transmissão. Esta abordagem é crucial para dar suporte a políticas de saúde pública, desenvolvimento de novas terapias e vacinas. Palavras-chave: HIV-1, transmissão vertical, subtipagem, genotipagem, resistência.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Octreotídeo na Prevenção Farmacológica de Pancreatite Aguda Pós-CPRE (Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica) .ALUNO(A): Adriano Bastos de Oliveira ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Paulo André Jesuíno dos Santos RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A pancreatite aguda é a complicação mais comum e temida após uma colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). Sua taxa de incidência varia de menos de 1% até mais de 40% segundo relatos na literatura. A utilização de octreotídeo, um inibidor da secreção pancreática, de forma preventiva, tem sido associada com menores taxas desta complicação. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo revisar a literatura questionando a eficácia do octreotídeo na prevenção de pancreatite água pós-CPRE. Método: Foi desenvolvida uma revisão não sistemática da literatura a partir dos seguintes descritores: Octreotide And Post-ERCP Pancreatitis, Somatostatin analogue And Pancreatitis, Octreotide And Pancreatitis And ERCP. As variáveis analisadas foram: sexo, motivo da indicação do procedimento, incidência de amilase sérica elevada e de pancreatite aguda. Resultados: A busca resultou em nove trabalhos para a composição dos resultados, sendo eles três meta-análises, um ensaio clínico não randomizado e cinco ensaios clínicos randomizados. Cerca de três estudos encontraram redução estatisticamente significativa na incidência de pancreatite aguda e três também destacaram redução nos níveis de amilasemia. Outro trabalho sugeriu efeito positivo apenas em estudos com casuística superior a 200 pacientes, outro ainda, sugeriu efeito positivo somente em esquemas com doses de octreotídeo acima de 0,5 mg e via de administração subcutânea. Conclusão: Desta forma, sugere-se que há potencial na utilização de octreotídeo na prevenção de pancreatite aguda após CPRE, deve-se ressaltar, contudo, que trabalhos com casuística superior a 200 pacientes e com esquemas de dosagem com mais de 0,5 mg de octreotídeo, bem como via de administração subcutânea, devem ser realizados para comprovação destes achados. Palavras-Chave: Pancreatite Aguda Pós-CPRE, Octreotídeo, Pancreatite Aguda.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Descrição do Impacto do Transplante de Medula Óssea em Pacientes com Doenças Auto-Imunes no Brasil. ALUNO(A): Beatriz da Silva Oliveira ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Ronald Sérgio Pallotta Filho. RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: As doenças auto-imunes constituem um grupo heterogêneo de afecções, com apresentação e gravidade variável. Podem ser sistêmicas, como o Lúpus Eritematoso Sistêmico, ou órgão-específicas - como o Diabetes Mellitus tipo 1 e a Esclerose Múltipla. O tratamento imunossupressivo é a base terapêutica para estas doenças e atualmente o transplante de medula óssea autólogo vem sendo utilizado como opção para os casos de maior gravidade e/ou não responsivos à terapia convencional. A carência de dados na literatura que descreva esta prática cria a necessidade de se estudar os casos de doenças auto-imunes tratadas com esta nova terapêutica no nosso país. Objetivo: Descrever o impacto do transplante de medula Óssea em pacientes com doenças auto-imunes em nosso país. Descrevendo o perfil epidemiológico, a sobrevida global e a mortalidade relacionada a este procedimento neste grupo de pacientes. Métodos: Estudo multicêntrico, descritivo e retrospectivo. Baseado em dados secundários coletados a partir de prontuários de pacientes com doença auto-imune submetidos a transplante de medula óssea de 1996 até 2009 em centros brasileiros. Os dados foram coletados, a partir de ficha técnica elaborada pelo nosso grupo, por funcionários designados pelo chefe de cada serviço participante. Após tabulação, as informações foram enviadas para avaliação ao nosso grupo. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Ofício nº 198/2009. Resultados: Foi encontrada uma maior freqüência de Esclerose Múltipla dentre as doenças auto-imunes tratadas por transplante de medula óssea. A média de idade dos pacientes submetidos a essa terapêutica foi de 36, 73 e não houve grandes diferenças com relação ao sexo. Todos os pacientes obtiveram transplante autólogo e 82,9% deles utilizaram como fonte células tronco do sangue periférico. O regime de condicionamento mais utilizado foi aquele com Cyclofosfamida e Globulina anti-timocitária de coelho. A sobrevida global dos pacientes para todas as doenças foi de 86,5%, em pouco menos que 13 anos de seguimento, tendo sido a Esclerose Lateral Amiotrófica a doenças responsável pela pior curva de sobrevida global, com 45,3% em 2 anos. A mortalidade relacionada ao tratamento foi de 6%. Conclusão: O uso de células tronco hematopoiéticas para o tratamento de doenças auto-imunes no Brasil tem mostrado resultados satisfatórios e compatíveis àqueles dos países de vanguarda nesta terapia. A descrição de marcadores clínicos de cada enfermidade, sobrevida livre de doença e grau de reposta ao transplante proporcionaria uma visão mais aprofundada do quanto esta nova terapêutica interfere na melhora clínica do paciente. O acúmulo da experiência técnica e conhecimento específico para o tratamento dessas doenças, são a chave para a consolidação do transplante de células tronco hematopoiéticas para doenças auto-imunes. Palavras chave: Doenças auto-imunes; transplante de medula óssea; sobrevida global. .

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Associação entre a infecção pelo HTLV- I/II e Tuberculosa: Revisão Sistemática e Metanálise ALUNO(A): Camila Melo Coelho Loureiro ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Sérgio Marcos Arruda CO-ORIENTADOR: Prof. Dr. Marcos Almeida Matos RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A infecção pelo vírus linfotrópico humano de células T tipo I (HTLV-I) parece alterar a função imune e afetar o risco de diversas doenças infecciosas. Nesta metanálise, nósreunimos os principais estudos sobre a prevalência da infecção por HTLV-I/II em pacientes com tuberculose ativa (Tb). Objetivos: Avaliar se o HTLV está ou não associado à Tb e se esta infecção aumenta o risco de Tb ativa. Métodos: Quatro bases de dados foram acessadas para a busca de artigos relevantes, nos quais foi investigada a prevalência da infecção por HTLV-I/II entre pacientes com Tb em comparação à prevalência em um grupo controle composto por indivíduos aparentemente saudáveis ou pacientes sem história de Tb. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software EasyMA. Resultados: Foram encontrados 278 artigos, mas apenas 6 destes preencheram completamente os critérios de inclusão e foram selecionados para a metanálise. O risco relativo estimado da infecção por HTLV-I/II em pacientes com Tb foi 3,25 vezes maior em comparação com os grupos controles. Conclusão: Pacientes com Tb ativa apresentam um risco maior de infecção por HTLV I/II. Novos estudos prospectivos envolvendo LTbI são necessários para avaliar o benefício potencial da quimioprofilaxia para Tb em pacientes infectados por HTLV. Palavras- chave: Vírus linfotrópico humano de células T tipo I. Vírus linfotrópico humano de células T tipo II. Tuberculose. Prevalência.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: A Importância da Acromegalia como causa de Hipertensão Arterial Secundária. .ALUNO(A): Cecília Lopes Viana Santos ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Eloina Nunes de Oliveira RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO As doenças cardiovasculares (DCV) têm grande impacto sobre a qualidade de vida e

mortalidade da população mundial. Um dos principais fatores de risco para o

desenvolvimento de DCV é a hipertensão arterial. Esta pode ser classificada em

primária e secundária. A importância da hipertensão secundária reside na sua

possibilidade de cura ou remissão, já que a falta de adesão ao tratamento é a principal

dificuldade no atendimento de hipertensos. Essa hipertensão secundária pode ter

múltiplas etiologias, sendo que cada uma delas possui uma prevalência e um quadro

clínico característico. A causa de hipertensão secundária mais prevalente é o

hiperaldosteronismo primário, acometendo cerca de 3 a 22% da população hipertensa e

as causas mais raras de hipertensão secundária são o feocromocitoma, a coartação de

aorta e a acromegalia. Apesar de rara, a acromegalia é uma possui um quadro clínico

muito característico e está associada com altos índices de mortalidade. Apesar disso,

vários autores têm relatado que com a cura ou controle da progressão da síndrome

acromegálica tem-se obtido melhores índices de remissão dessa doença e melhora dos

níveis de tensão arterial, o que parece influenciar a qualidade de vida e o prognóstico

deste tipo de paciente.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Associação entre o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e Antecedentes Familiares de Câncer. ALUNO(A): Carlos Eduardo Cardoso G. Leite ORIENTADOR(A): Profª. Drª Manoela Garcia Lima RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) está entre os mais prevalentes transtornos psiquiátricos e é enquadrado no grupo dos transtornos ansiosos-fóbicos. Não há números da prevalência dos transtornos de ansiedade no Brasil, mas um estudo realizado num serviço não especializado de um grande hospital de São Paulo deve se aproximar do perfil epidemiológico dessa entidade clínica no nosso país. Foi encontrada uma prevalência em toda a vida de 12,5% de pessoas com transtorno de ansiedade na população. Outro achado desse estudo diz respeito a que os transtornos de ansiedade superam os transtornos de humor quando relacionados ao mês anterior à entrevista. É nessa perspectiva que o presente estudo visa a se aprofundar em conhecimentos sobre TAG. Este transtorno é o mais prevalente dos transtornos de ansiedade e, baseado em curiosidades, se vislumbra saber sobre uma possível força de associação entre TAG e câncer. Foram utilizadas informações inerentes aos prontuários de pacientes atendidos numa clínica privada da cidade de Salvador, no ano de 2008. O total de pacientes que compunham a população estudada foi de 137 pacientes. Destes, 20 (15%) tinham TAG, enquanto 48 (43%) possuíam outros transtornos ansiosos-fóbicos, excluindo-se TAG. O restante, somado ao subgrupo anterior, ora foram confrontadas as proporções deste subgrupo maior com o subgrupo TAG. Observou-se o subgrupo TAG quanto ao seu perfil sócio-demográfico e características clínicas dos pacientes. Quanto à freqüência de história familiar positiva para câncer, 70% dos indivíduos com TAG possuíam pelo menos um parente que tem ou teve câncer. Isto leva a crer que é possível, ainda que precise de mais estudos para a sua comprovação, haver uma contribuição da ansiedade patológica na gênese do câncer.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Perfil e Alcoolemia das Vítimas Fatais de Acidentes de Trânsito, na Região Metropolitana de Salvador, antes e após Implementação da Lei 11.705/2008 (“Lei Seca”) ALUNO(A): Catharina Silva Borges ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Raul Coelho Barreto Filho RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Foi realizado um estudo com o objetivo de analisar a presença e o nível de álcool no

sangue das vítimas fatais de acidentes de trânsito, ocorridos na Região Metropolitana de

Salvador (RMS), um ano antes e um ano após o decreto da Lei n° 11.705/2008 (Lei

Seca). As informações foram obtidas a partir do banco de dados do Instituto Médico

legal Nina Rodrigues, em Salvador. Nos dois períodos, ocorreram 627 mortes, 307 antes

da Lei Seca entrar em vigor e 320, após. Todas as vítimas, no período pós Lei Seca,

tinham algum nível de álcool no sangue. Em ambos os períodos, alcoolemia maior ou

igual a 0,06 g/dL predominou em indivíduos do sexo masculino e na faixa etária de 15 a

29 anos, estando presente na maioria dos óbitos por atropelamento, colisão e queda de

motocicleta. Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as médias

de alcoolemia dos dois períodos. Concluiu-se que não houve mudança significativa nos

níveis de alcoolemia entre as vítimas fatais de acidentes de trânsito, na RMS, um ano

após a Lei Seca ter entrado em vigor. A mesma também não reduziu a mortalidade

geral, por acidentes de trânsito, nesse período. Contudo, faz-se necessária realização de

estudo, a longo prazo, para avaliar a eficácia da Lei Seca em evitar mortes relacionadas,

direta ou indiretamente, à associação do consumo de bebidas alcoólicas e direção

veicular.

Palavras-chave: Acidentes de trânsito, mortalidade, alcoolemia, Lei n° 11.705/2008, Lei

Seca.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Vírus Influenza como agente Causador de Broncoespasmo em Crianças ALUNO(A): Carolina Costa e Silva ORIENTADOR(A): Profa Dra Cristiana Nascimento de Carvalho. RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: O vírus Influenza é responsável por epidemias anuais recorrentes e é causa

de morbidade respiratória, principalmente entre crianças menores de dois anos.

Aproximadamente 90% das crianças apresentam episódios de sibilância desencadeados

por vírus respiratórios, dentre eles o vírus Influenza. Sabe-se que um terço de todas as

crianças sibila, e a grande maioria delas o faz em associação com viroses respiratórias.

O quadro clínico inespecífico, a circulação conjunta com o Vírus Sincicial Respiratório,

e a falta de acesso a realização de testes virológicos específicos dificultam o diagnóstico

de Influenza. As crianças têm papel importante na disseminação dos vírus na

comunidade. Durante as estações de Influenza, os números de hospitalizações, de visitas

ambulatoriais e de prescrição de antibiótico aumentam em todas as faixas etárias. O

vírus Influenza causa doença benigna e auto-limitada, possui vacina licenciada e terapia

antiviral específica. Objetivo: Avaliar, com base na literatura, a importância do vírus

Influenza como agente causador de broncoespasmo e mostrar a necessidade do

diagnóstico correto. Resultados: Dentre os artigos analisados, houve concordância

quanto aos sintomas mais comuns da infecção por Influenza, aumento da incidência

durante as estações de Influenza e quanto às crianças menores apresentarem maior risco

para complicações. Foi observado que a ocorrência de episódios de sibilância nos três

primeiros meses de vida pode estar relacionada à maior exposição a viroses

respiratórias. A falta de diagnóstico clínico foi descrita em boa parte dos artigos.

Conclusão: Os vírus Influenza causam infecção grave em crianças menores de dois

anos de idade. Infecções respiratórias virais podem predispor a episódios de sibilância.

A infecção por Influenza pode ser prevenida pela vacinação e para isso é necessário

conhecer o impacto causado pelo Influenza na população.

Palavras chaves: Influenza, Wheezing, Recurrent wheezing, Childhood e Children

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Perfil de Teste Ergómétrico de Idosos Comparados a Não Idosos em Rotina Ambulatorial ALUNO(A): Camila Medrado Pereira Barbosa ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Lucíola Maria Lopes Crisóstomo RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: O teste ergométrico (TE) é um procedimento ambulatorial que mede o trabalho máximo que uma pessoa pode suportar sem problema aparente, através da aplicação de exercício físico e assim, avalia a resposta clínica, hemodinâmica, eletrocardiográfica e metabólica ao esforço. Por ser um exame simples, seguro e de baixo custo, ele apresenta uma boa relação custo-risco-benefício em todos os pacientes, especialmente nos idosos. Porém, apesar do crescimento da população idosa nos últimos anos e de sua alta demanda de serviços de saúde, o perfil do teste ergométrico para indivíduos desta idade ainda é pouco conhecido. Objetivo: Avaliar o perfil do teste ergométrico dos idosos comparando-os a não idosos, em rotina ambulatorial. Método: Estudo transversal. Foram analisados, retrospectivamente, 304 TEs realizados em uma instituição privada na cidade de Salvador-BA, no período de janeiro de 2008 a junho de 2009, sendo 152 TE do grupo idoso (GI) e igual número de registros de não idosos (GII) pareados quanto a sexo. Os dados foram colhidos da base de dados eletrônica da instituição e anotados em ficha protocolo. Utilizou-se estatística descritiva, paramétricos e não paramétricos, e valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. O software SPSS 11.0 foi utilizado para banco de dados e análises. Resultados: GI:86 mulheres(57%) e 66 homens(43%), média de idade 70,4±4,1 anos (65–85anos).141 indivíduos(93%) com os principais fatores de risco cardiovasculares.Média da FC de repouso-73,9±12,7 bpm (49-122) e FC máxima-130±16,8 bpm(77 – 174). Média da PAS pré, da PAS máxima, da PAD pré e da PAD máxima -131,3±17,2mmHg (105-220), 184,8±30,5mmHg (105-250), 80,8±11mmHg (60-190) e 81 ±8mmHg (60-115),respectivamente.Valor médio do DP-240077,9 ±5588,43. Duração e distância média percorrida no exame-6,1±2,1min e 0,26±0,13km, respectivamente, com valor médio de METs de 8,3±2,4. A conclusão foi alterada em 33%, inconclusiva em 3% e normal em 64%.GII: 86 mulheres (57%) e 66 homens (43%), média de idade 29,9±5,5 anos (20–40 anos).118 indivíduos (78%) com os principais fatores de risco cardiovasculares. FC de repouso-83±12,5bpm (54-117) e FC máxima -167,6±17,2 bpm (94-204). Média da PAS pré, da PAS máxima, da PAD pré e da PAD máxima-121,3±13,8mmHg (95-160), 171,5±29,9mmHg (110-260), 77,6±9,7mmHg (60-100), 79±8,8mmHg (60-100), respectivamente.Média do DP- 28946,4 ±6185,4. Média da duração e da distância foi de 8,4 ±2,2 min e 0,47 ±0,2km, obtendo um valor médio de MET de 12,3±3,8. As principais indicações para a realização do TE foram: avaliação funcional (GI-58% vs GII-82%) e avaliação de pressão (GII-31% vs GII-8,6%). Os protocolos mais aplicados foram Ellestad (GI-51% vs GII-74%),Rampa (GI-36% vs GII-15%) e Bruce (GI-12% vs GII-8%).Laudos normais do ECG de repouso, esforço e recuperação foram mais freqüente em GII (75%,94%,93%, respectivamente) do que em GI (42%,69%,81%, respectivamente). Conclusão: Os idosos apresentaram maior proporção de testes ergométricos alterados; duplo produto menor; percorreram menor distância e toleraram menos o esforço que os não idosos, e essas diferenças foram estatisticamente significantes. O protocolo mais frequentemente utilizado foi o de Ellestad, seguido de Rampa e Bruce em ambos os grupos, e os homens idosos apresentaram maior proporção de testes ergométricos alterados que as mulheres idosas.

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Palavras-chaves: teste ergométrico, idosos, doença cardiovascular em idosos, rotina ambulatorial.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Custo e Qualidade de Vida da Epilepsia no Brasil: Experiência Baseada em um Centro Especializado. ALUNO(A): Catarina Couras Lins ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Antônio de Souza Andrade Filho COCOCOCO----ORIENTADOR: ORIENTADOR: ORIENTADOR: ORIENTADOR: Rodrigo Antônio Rocha da Cruz Adry RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO A crise epiléptica é definida como distúrbio intermitente do sistema nervoso, provavelmente decorrente de uma descarga súbita, excessiva e desordenada dos neurônios cerebrais, que resulta em transtorno sensorial instantâneo, perda de consciência, comprometimento da função psíquica, movimentos convulsivos, ou uma combinação desses sinais e sintomas. Nos últimos anos, o custo dos tratamentos médicos em geral e o custo das drogas epilépticas em particular têm sido discutidos, assim como a qualidade de vida dos pacientes epilépiticos.O objetivo deste trabalho é avaliar o custo e qualidade de vida da epilepsia no Brasil, por meio da uma estimativa baseada em um centro especializado de Salvador-Bahia. Foram selecionados 87 pacientes acima de 18 anos de idade com diagnostico de epilepsia. Foi avaliado o custo do tratamento e acompanhamento e aplicado o questinário Quality of Life in Epilepsy Inventory-31 (QOLIE-31). Foram 48 pacientes do sexo masculino e 39 do sexo feminino, com idade média geral de 38,5 anos. Quanto aos aspectos sócio-economicos, 62,1% tinha uma renda familiar de até um salário mínimo, 47,1% possui o ensino fundamental incompleto, 59,8% têm o salário com origem de sua renda e 48,3% já solicitou algum tipo de assistência do governo. Dos pacientes analisados 70,1% utilizam monoterapia, sendo a carbamazepina mais utilizada (56,32%). O custo total para tratamento anual de todos os 87 pacientes foi de R$62.462,45. Os gastos com tomografia computadorizada de crânio, ressonância magnética de crânio, eletroencefalograma anual, exames laboratoriais anuais e consultas médicas foi de R$8.477,28, R$3.493,75, R$986,58, R$5649,78 R$ 3.480, respectivamente. O custo total anual com tratamento e acompanhamento dos 87 pacientes foi de R$84.549,84. Ao se avaliar aspectos que possam influenciar na qualidade de vida, verificamos que a maioria dos pacientes apresentavam crises esporádicas ou estavam sem crise, correspondendo a 39,1% e 37,9%, respectivamente e apenas 1,1% referia mais de 8 crises por semana e 4,6% de 1 a 2 crises por semana. Ao serem questionados se a epilepsia afetava em suas atividades, 19,5% negaram, 74,7% afirmaram e 5,7% não souberam responder. A qualidade de vida, que foi avaliada através do QoLIE-31, evidenciou um a média geral do teste de 53,81. Ao se analisar as subescalas do QoLIE-31, obteve-se as seguintes médias: Preocupação com a Crise 36,26, Qualidade de Vida em Geral 58,61, Bem Estar Emocional 58,48, Energia/Fadiga 53,97, Função Cognitiva 52,42, Efeitos das Medicações 51,33 e Função Social 55,67. Quando perguntados sobre a saúde em geral, que corresponde a pergunta 31 do QOLIE-31 a média da resposta foi de 57,81. Foram comparados também algumas variáveis com as médias do QOLIE-31 e suas subescalas, como a freqüência das crises, ausência no trabalho/escola, renda familiar e numero de drogas usadas. Entre todas as médias o p>0,05, não mostrando diferenças significantes entres os grupos. A única diferença visível, mas estatisticamente não significativa, pode ser vista no quesito renda familiar. Com este trabalho podemos perceber o alto custo do tratamento com epilepsia e o

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acompanhamento dos pacientes e que um dos fatores que mais podem influenciar na qualidade de vida são os de aspecto econômico.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Eletrocardiograma em Idosos Comparados a não Idosos em Atendimento Ambulatorial ALUNO(A): Carolina Santana dos Reis Santos ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Lucíola Maria Lopes Crisostomo RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: Eletrocardiograma (ECG) é o procedimento mais utilizado para auxiliar no diagnóstico das doenças cardíacas, pois é um método não invasivo, de simples realização e de baixo custo. O aumento da população idosa apresenta como conseqüência, significativo aumento das doenças próprias do envelhecimento e, as cardiovasculares, ocupam a primeira posição. Não estão claras as características que distinguem o eletrocardiograma do idoso, em relação aos não idosos, em diferentes populações. Objetivos: Comparar achados eletrocardiográficos de indivíduos idosos com não idosos em atendimento ambulatorial e em relação ao sexo e estratos etários. Métodos: Estudo transversal. A população foi constituída de 269 ECG de pacientes que compareceram a uma instituição privada em Salvador-BA, no período de Janeiro de 2008 a Junho de 2009 para realização de ECG. Foram incluídos idosos (≥65 anos) e não idosos (20 – 40 anos), pareados quanto ao sexo. Os dados foram colhidos de base de dados eletrônica da instituição. Para as análises utilizaram-se estatística descritiva, testes paramétricos e não paramétricos, e valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. O projeto de pesquisa foi aprovado por comitê de ética em pesquisa em seres humanos. Resultados: Foram avaliados 269 eletrocardiogramas, no período de Janeiro de 2008 a Junho de 2009, 134(49,0%) de idosos (G I) e 135(51,0%) de não idosos (G II), 176 de mulheres (65,0%) e 93 de homens (35,0%). A idade média no G I foi 76,8 ± 7,2 anos (65 – 101), dos quais, 16,0% apresentavam idade ≥ 80 anos. A idade média no G II foi 30,2 ± 5,4 anos (20 – 40). A frequência cardíaca (FC) no G I foi 70,3 ± 13,5 bpm (49 – 122) e no G II 71 ± 12,0 bpm (54 – 17), p=0,663. Bradicardia e taquicardia sinusais estiveram presentes no G I e G II respectivamente: 19,0% vs. 10,0% (p = 0,002) e 1,5% vs. 0,7% (p= 0,008). O G I apresentou: 0,7% de fibrilação atrial (FA), 3,0% de ritmo de marcapasso (MP), 21% bloqueios de ramos (BR), 1,5% de bloqueio atrioventricular (BAV), 4,5% de zonas inativas (ZI) e 5,2% de extra-sístoles (ES), enquanto o G II apresentou: ausência de FA e MP, 9,4% BR, 0,7% BAV, ausência de ZI e 0,7% de ES. Quanto à conclusão do ECG, G I apresentou proporção significativamente maior de alterações do que o G II, 61% vs. 15% (p < 0,0001). Em ambos os grupos os homens apresentaram maior proporção de alterações do que as mulheres (G I 80% vs. 69% p = 0,0175 e 35% vs. 17% p = 0,026). A média de idades foi maior nos ECG alterados do que nos normais no GI (77, 9 ± 7,4 vs. 74,0 ± 6,3, p= 0,007). Conclusões: Os idosos apresentaram maior proporção de ECG alterados que os não idosos; bloqueios de ramos, bradicardia sinusal e extra-sístoles, foram as alterações mais frequentes nos idosos estudados; fibrilação atrial foi mais frequente nos idosos, contudo em proporção inferior a descrita na literatura, atribuído provavelmente ao perfil “saudável” dos idosos estudados; os homens e os mais idosos apresentaram mais alterações ao ECG. Palavras-chave: eletrocardiograma, idosos, atendimento ambulatorial

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T¸TULOT¸TULOT¸TULOT¸TULO: Principais Etiologias Relacionadas ao Desenvolvimento da Surdez Súbita. ALUNO(A): Diogo Barreto Plantier ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Álvaro Muiños de Andrade RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO A Surdez Súbita (SS) é uma emergência médica caracterizada por perda neurosensorial da audição que se instala de forma abrupta no decorrer de minutos até três dias, com perda auditiva maior ou igual a 30dB em três freqüências consecutivas. De cometimento em geral unilateral pode apresentar sintomas associados como zumbidos e vertigem. Na escolha da melhor terapia a ser adotada para cada paciente com SS a determinação da etiologia é de extrema importância. Atenção a historia apresentada e a solicitação de testes diagnósticos aumentam a probabilidade de se determinar a etiologia para o quadro e de uma abordagem precoce, beneficiando o paciente com terapias mais precisas e melhores prognósticos. As etiologias registradas na literatura podem ser divididas em cinco grupos: Causas Infecciosas, Causas Vasculares e Hematológicas, Causas Neurológicas, Causas Imunológicas, e Ruptura de Membranas. A determinação dos agentes etiológicas no presente trabalho foi baseada em uma revisão de literatura não-sistemática com coleta de dados, onde foram analisados artigos relacionados ao tema na língua inglesa, francesa, espanhola e portuguesa. Palavras Chave: Em inglês, Sudden deafness, sudden sensorineural hearing loss, em francês Surdité brusque, em espanhol, Sordera súbita, Hipoacusia brusca e em português, Surdez súbita, Disacusia neurissensorial e Perda auditiva neurossensorial, Doença de Lyme e Toxoplasmose.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Adesão ao Consenso Brasileiro para Tratamento de Pneumonia Adquirida na Comunidade em Salvador - Ba ALUNO(A): Deivson Rodrigo dos Santos Souza ORIENTADOR(A): Prof ° Dr. Luiz Soares. RESURESURESURESUMO MO MO MO A Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) é uma doença potencialmente grave, que apesar do avanço médico-social ao longo do tempo e do surgimento de novos antibióticos, constitui-se na principal causa de morte entre as doenças infecciosas no mundo. Como diagnóstico etiológico para PAC é difícil e a terapia inicial é empírica, determinadas sociedades científicas, fundamentadas em estudos voltados à identificação etiológica e às características clínicas dos pacientes, desenvolveram consensos para manejo da PAC. Este estudo avaliou a adesão dos médicos às diretrizes recomendadas pelo Consenso Brasileiro para o tratamento de PAC em pacientes de rede particular em Salvador-BA. Realizou – se estudo descritivo com coleta de dados retrospectiva em prontuários de todos os pacientes internados por PAC no Hospital Jorge Valente (HJV) em Salvador – BA, no período compreendido entre 01/06/2008 e 01/06/2009. Foi observado 61% de adesão dos médicos ao Consenso Brasileiro para tratamento de PAC em crianças e 42% de adesão em relação ao tratamento de PAC em adultos internados no HJV no período estabelecido. O presente estudo demonstrou baixa adesão dos médicos ao Consenso Brasileiro para tratamento de PAC, sobretudo para tratamento em adultos. Palavras-chave: Pneumonia. Consenso. Diagnóstico. Tratamento.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Abordagem Farmacológica das Dislipidemias em Crianças e Adolescentes na prevenção da Aterosclerose. ALUNO(A): Danilo Bruno Meira Matias ORIENTADOR(A): Dra. Isabel Carmen Fonseca Freitas RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A aterosclerose é uma doença relacionada a fatores genéticos e aos hábitos de vida acumulados ao longo dos anos, sendo sua progressão iniciada já durante a infância. Dentre os fatores predisponentes, a dislipidemia é apontada como sua maior preditora. Estudos epidemiológicos demonstram altos índices de dislipidemia em crianças e adolescentes, que, quando em conjunto com um histórico familiar de doenças cardiovasculares, tornam estes jovens também candidatos a desenvolverem DCV no futuro. Além da recomendação convencional de dieta e exercícios físicos, o uso de fármacos hipolipemiantes a estes pacientes vem ganhando força, o que torna necessário um maior número de pesquisas que abordem os efeitos do uso crônico destas medicações em crianças e adolescentes. Objetivo: O presente estudo visa revisar a indicação do uso das medicações hipolipemiantes durante a infância e adolescência, observando seus riscos e benefícios. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica de trabalhos científicos publicados no período entre 2003-2009 que estudaram crianças e adolescentes dislipidêmicas em uso de fármacos hipolipemiantes, bem como a análise dos últimos consensos relacionados ao tema. Resultados e Discussão: Os consensos presentes até o momento indicam a avaliação do perfil lipídico de todas as crianças e adolescentes com histórico familiar de doenças cardiovasculares, além da adoção de uma tabela de valores de normalidade específica para cada idade. A indicação medicamentosa é realizada a depender dos níveis de LDL-colesterol e em caso de insucesso das medidas convencionais. As estatinas foram indicadas como droga de escolha, podendo a terapia ser iniciada a partir dos 8 anos de idade. Estudos que avaliaram o uso contínuo das estatinas em crianças e adolescentes portadores de hipercolesterolemia familiar revelaram uma redução entre 24% a 36% dos níveis de LDL-C a depender da dose e da estatina utilizada, alcançando reduções maiores quando associada a outra classe de droga (ezetimiba). Em nenhum dos estudos houve efeitos adversos clinicamente relevantes nem prejuízo ao crescimento e desenvolvimento dos jovens pacientes. Conclusão: Os estudos presentes até o momento demonstraram boa segurança e eficácia das drogas utilizadas em reduzir os lípides séricos. Por outro lado, ainda há necessidade de pesquisas de longa duração de seguimento para melhor avaliar o benefício de um tratamento precoce em reduzir a morbimortalidade no futuro. Palavras-chave: pediatria, criança, adolescente, dislipidemias, farmacologia.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Cardiotoxidade induzida pela Antraciclinas no câncer de mama: Uma revisão sistemática. ALUNO(A): Daniel Torres Andion Vidal ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Simone G. Macambira COCOCOCO----ORIENTADOR(A): ORIENTADOR(A): ORIENTADOR(A): ORIENTADOR(A): Dr. Gustavo Almeida Fortunato RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO O pulmão é um órgão altamente especializado responsável pela troca gasosa e capaz de restabelecer a própria estrutura após diferentes tipos de lesões. A reparação inapropriada ou um insulto persistente ao parênquima pulmonar pode resultar em doenças pulmonares crônicas, como o enfisema, asma e fibrose pulmonar. No enfisema há uma redução anormal e permanente das vias aéreas distais ao bronquíolo terminal, resultando em perda progressiva da capacidade de troca gasosa resultando, quando na fase terminal, em insuficiência respiratória, reduzindo sua qualidade de vida, levando, por fim, o paciente a fila para o transplante pulmonar. A patogênese desta doença ainda não está totalmente esclarecida, porém, o tabagismo é considerado o mais importante fator de risco para desenvolver esta doença. Devido à importância socioeconômica, morbidade, mortalidade associada ao enfisema e uma falta de eficácia terapêutica conducente à regeneração tecidual é necessário estabelecer um modelo experimental adequado para a realização de estudos para investigar uma terapia eficaz. Portanto, o objetivo deste trabalho é estabelecer e aprimorar o modelo experimental de enfisema pulmonar em camundongos fêmeas C57BL/6 para investigar os mecanismos envolvidos na patogênese dessa doença, permitindo a experimentação de novos métodos terapêuticos. Foram utilizados 53 camundongos que receberam elastase pancreática porcina (290mcg - 2UI em 100µl) ou salina (100µl) por vias nasal ou traqueal. Os animais foram avaliados funcionalmente pelo teste ergométrico, antes e após a indução do enfisema. Observamos no grupo elastase intratraqual uma redução de 30,5% na distância percorrida durante o teste, o mesmo não sendo observado nos outros grupos experimentais. Ao avaliarmos a percentagem de mortalidade entre os grupos experimentais, observamos que não houve diferença entre os grupos salina e elastase intratraqueal (16,6%). A análise morfométrica através da medida linear intersepto dos alvéolos revelou um aumento de 25% na distância intersepto no grupo tratado com elastase intratraqueal quando comparado ao grupo salina e ao grupo não manipulado. As diferenças entre os dados foram consideradas significativas quando p < 0,05. Estes resultados apontam que a administração de 290 microgramas de elastase pancreática porcina via intra-traqueal é um modelo facilmente reprodutível e capaz de induzir alterações funcionais e estruturais no parênquima pulmonar característica do enfisema pulmonar crônico, permitindo novos ensaios pré-clínicos para testes terapêuticos. PalavrasPalavrasPalavrasPalavras----Chave: Chave: Chave: Chave: Enfisema Pulmonar; Elastase Pancreática; Modelo Experimental

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Uso Adequado dos Antibióticos no Tratamento Ambulatorial de Lactentes e Pré-escolares com Pneumonia Comunitária ALUNO(A): Denise Nogueira Oliveira Gantois Santos ORIENTADOR(A): Profª Drª Cristiana Maria Nascimento Carvalho RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A pneumonia comunitária é a causa mais comum de morte nas crianças com faixa etária entre 2 meses e 5 anos, sendo responsável por mais de 2 milhões de mortes por ano. O tratamento é empírico e varia de acordo com faixa etária e gravidade. Ocorre que, a forma de prescrição, por profissionais de saúde, dos antibióticos utilizados no tratamento ambulatorial não é feita com base em estudos científicos, pois eles são escassos. Portanto, é importante mostrar o que se tem sobre o tema para evitar o uso de forma inadequada e assim, a propagação da resistência microbiana e a conseqüente falha terapêutica, que podem levar a um aumento dos custos do tratamento, com mais atendimentos e hospitalizações. Objetivo: Revisar o uso adequado, incluindo dose, esquema e duração, dos antibióticos no tratamento ambulatorial de lactentes e pré-escolares com pneumonia comunitária. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática da literatura através da busca de artigos nas bases de dados MEDLINE, publicados em língua inglesa ou portuguesa, no período entre 1999-2009. As estratégias de busca foram: pneumonia, criança ou tratamento, e os antibióticos amoxicilina, penicilina procaína, eritromicina, amoxicilina-clavulanato, cefaclor,

cefprozil e cefuroxime-axetill, pesquisados um por vez. Resultados/Discussão: Sobre a amoxicilina foram selecionados 6 artigos. A dose ideal foi avaliada em um deles, que demonstrou ser igualmente eficaz a administração na dose padrão (45mg/kg/dia) e na dupla (80-90mg/kg/dia). O esquema foi avaliado por um, que não pôde afirmar a forma ideal por não utilizar dados clínicos. A duração foi avaliada por quatro artigos. Em dois foi demonstrado tratamento com amoxicilina por 3 dias é tão eficaz quanto com 5 dias. Um demonstrou um bom resultado após 48h de tratamento e outro evidenciou que o uso do antimicrobiano por 3 dias leva a uma melhora clínica. Com relação à penicilina procaína, amoxicilina-clavulanato, eritromicina, cefuroxime-axetil, cefprozil e cefaclor, não foram encontrados artigos, com base em estudos originais, que avaliassem a forma ideal de uso. Os dados obtidos em guidelines e estudos comparativos divergiram entre si, quanto a dose, esquema e/ou duração usadas destes antibióticos. Conclusão: Esta revisão demonstra que os estudos acerca deste tema são escassos e que não há um consenso quanto a forma de o uso de todos os antibióticos empregados no tratamento ambulatorial de crianças com pneumonia comunitária. Estudos existem sobre a amoxicilina e demonstram que a melhor forma de uso é administração de 45mg/kg/dia por 3 dias, porém o esquema não pode ser afirmado.

Palavras-chave: pneumonia comunitária; pneumonia não-grave; criança; tratamento ambulatorial.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Freqüência, Perfil Clínico e Prognóstico da Insuficiência Respiratória Aguda em Pacientes Internados em uma UTI de um Hospital Privado de Salvador. ALUNO(A): Camila Grossmann de Oliveira Porto ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Iêda Maria Barbosa Aleluia RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: Introdução: Introdução: Introdução: A insuficiência respiratória aguda (IRpA) constitui uma importante causa de internamento nas UTI no mundo. Entretanto, estudos epidemiológicos sobre essa patologia são escassos na literatura. Os objetivos deste estudo foram determinar a freqüência da IRpA na admissão e durante o internamento, calcular a mortalidade associada e traçar um perfil clínico desses pacientes. Materiais e métodos: Materiais e métodos: Materiais e métodos: Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo que foi realizado em uma UTI de um hospital privado de Salvador, durante três meses. Foram avaliadas a freqüência da IRpA na admissão e durante o internamento, a partir do início do trabalho, através da análise diária do prontuário dos pacientes admitidos. Todos os pacientes foram acompanhados até a alta da UTI ou o óbito, com o objetivo de determinar os dias de internamento e a mortalidade associada. Foram registradas também as características clínicas dos pacientes com IRpA. O trabalho foi aprovado no Comitê de ética em pesquisa da mesma instituição. Resultados: Resultados: Resultados: Resultados: Ocorreram 206 admissões e 151 pacientes foram incluídos no estudo. À admissão, 19,9% apresentavam IRpA e, durante o internamento, 14,6% desenvolveram a patologia. Dos portadores de IRpA, 50% eram do sexo masculino; a mediana de idade foi 69 (30-96) anos; o tempo de internação na UTI foi 7 (2-42) dias e o APACHE II foi 23,6 + 8,32 pontos; 90,4% dos pacientes eram clínicos e 9,6% eram cirúrgicos; 51,9% provinham da emergência, 3,8% da unidade coronariana, 38,5% da enfermaria e 5,8% do centro cirúrgico; 11,5% apresentava insuficiência renal crônica, 17,3% apresentava diabetes mellitus, 34,6% apresentava neoplasia, 34,6% apresentava insuficiência circulatória e 7,7% apresentava insuficiência cardíaca III/IV. A mortalidade por IRpA encontrada foi de 25%. Conclusão: Conclusão: Conclusão: Conclusão: A IRpA é uma importante causa de morbi-mortalidade na realidade médica. Contudo, apesar dos avanços obtidos ao longo dos anos na área epidemiológico-científica, ainda há uma escassez de informações acerca do tema. PalavrasPalavrasPalavrasPalavras----chave: chave: chave: chave: Insuficiência respiratória aguda, UTI, Epidemiologia

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T¸TULT¸TULT¸TULT¸TULO: O: O: O: Ruptura espontânea de tendão no Lúpus Eritematoso Sistêmico: Associação com Artropatia de Jaccoud .ALUNO(A): Eneida Machado Alves ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Mittermayer Barreto Santiago RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Ruptura do tendão (RT) tem sido raramente descrita em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). A partir da observação de 3 casos de artropatia de Jaccoud (AJ) com TR, e considerando que esta artropatia está mais relacionada a um processo inflamatório da bainha do tendão, em vez de sinovite per si, este estudo teve como objetivo rever os casos de RT em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, com a expectativa de determinar a freqüência da AJ associada com esta complicação. Métodos: Revisão sistemática usando Medline, Scielo e bases de dados LILACS (1966 a 2009) e as seguintes palavras-chave: lúpus eritematoso sistêmico, ruptura de tendão e artropatia de Jaccoud. Referências secundárias foram também obtidas. Além disso, três pacientes brasileiros com LES que desenvolveram TR são descritos. Resultados: Apenas 40 artigos obtidos preencheram os critérios previamente estabelecidos. Todos os artigos foram relatos de caso; o número de relatos de casos foi de 52, que junto com os 3 casos apresentados neste trabalho somam 55 casos. Quarenta e seis pacientes eram do sexo feminino com idades entre 19 e 71, sendo a idade média de 40,1 ± 12,4 anos, a duração média da doença foi 10 anos. Os sítios de ruptura mais freqüentemente observados foram os tendões e de Aquiles. Embora quase todos os pacientes estivessem em uso de varias doses de corticóides, 16 pacientes tiveram concomitantemente AJ (29%). Conclusões: A associação entre AJ e RT no LES tem sido subestimada. Como quase 1 / 3 dos pacientes com LES e RT também tinham AJ, esta artropatia pode ser reconhecida como marcador de risco para a RT. Palavras-chave: lúpus eritematoso sistêmico, ruptura de tendão e artropatia de Jaccoud. .

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Perfil Epidemiológico da Meningite Pneumocócica no Estado da Bahia no Período de 2000 A 2008 .ALUNO(A): Érika Rodrigues Duarte ORIENTADOR(A): Profa

. Dra. Alcina Andrade RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A meningite pneumocócica é uma patologia com elevada taxa de morbi-motalidade, assim como de sequelas neurológicas em todo o mundo, especialmente em países em desenvolvimento. Métodos: Em decorrência a isso, realizou-se um estudo descritivo com dados secundários a fim de descrever o perfil epidemiológico da patologia no estado da Bahia no período de 2000 a 2008. Resultados: Durante o período, foram notificados 427 casos de meningite pneumocócica na Bahia, sendo 62,80% homens e 37,2% mulheres. A incidência média foi de 0,34 casos por 100.000 habitantes, os anos de 2003, 2007 e 2008 obtiveram os maiores valores. Com relação à faixa etária, os menores de um ano foram o grupo com maior risco de adoecer. Dentro desse grupo, os menores de 6 meses representaram 67,74%. Dos 427 casos, 261 ocorreram nos meses de maio a outubro, sendo os meses de maio e julho os com maiores coeficientes de incidência. Ao distribuir os casos por DIRES, a primeira diretoria obteve a maior incidência, com 6,1 casos por 100.000 habitantes durante o período. O coeficiente de letalidade total foi de 33%. No entanto, a faixa etária dos indivíduos menores de um ano obteve uma letalidade de 54%, sendo a maior entre as faixas etárias. Seguida pela dos indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos. Conclusão: Conclui-se pois, que apesar da incidência ter sido inferior a esperada, tal patologia permanece com elevadas taxas de letalidade, principalmente entre os menores de um ano de idade. Palavras chave: Meningite pneumocócica, S. pneumoniae, Bahia.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Dor Crônica na Depressão: Causa, Conseqüência ou Comorbidade? ALUNO(A): Elaine Araújo Aires dos Santos ORIENTADOR(A): Prof. Dr. José Barbosa de Oliveira Filho RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A dor crônica e a depressão são condições que afetam os indivíduos tanto física quando psicologicamente. A depressão é o tipo mais comum dos transtornos do humor, afetando de forma significativa a vida do paciente; a dor crônica é um importante sintoma associado à presença de doença, por isso motivo de procura por auxílio médico. Nota-se uma grande prevalência de sintomas dolorosos em pacientes depressivos, assim como sintomas depressivos em pacientes com dor crônica, entretanto, a natureza e o desencadeamento desta associação ainda é muito controversa, pois é questionado se uma condição ocorre secundária à outra, ou apenas ocorrem em comorbidade por mecanismos fisiológicos e psíquicos semelhantes. A dor e a depressão são fenômenos complexos, cuja relação necessita de esclarecimento, devido ao grande impacto causado no prognóstico e tratamento dessas condições. Objetivo: O Objetivo primário é determinar a direção de causalidade entre dor crônica e depressão. Dentre os objetivos secundários estão avaliar o desencadeamento, discutir as causas e gerar conhecimento sobre a relação entre dor crônica e depressão. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura na Base de Dados LILACS e MEDLINE, com artigos da língua inglesa, referentes ao período de 1990 a 2007. Foram inclusos artigos de coorte prospectivo e transversal. Resultados: Seis artigos foram selecionados, os quais tinham o objetivo de determinar a direção de causalidade entre dor crônica e depressão, sendo cinco estudos de coorte prospectivo e um transversal. Cada estudo utilizou métodos e populações de estudo variadas para avaliação entre dor crônica e depressão, refletindo o panorama geral das pesquisas sobre este tema. Um estudo resultou em dados que demonstram que a depressão é secundária à dor crônica; um estudo determinou que a dor crônica é secundária à depressão; dois estudos concluíram que tanto a dor pode levar à depressão, assim como a depressão pode levar à dor; dois estudos não obtiveram resultados consistentes para determinar uma direção de causalidade. Discussão: Existem diferentes hipóteses para explicar a direção de causalidade entre dor e depressão (dor crônica como antecedente, como conseqüência ou comorbidade com a depressão), assim como teorias que explicam o motivo fisiológico e/ou cognitivo desta relação. As limitações dos estudos existentes dificultam resultados consistentes que sejam aplicáveis à população geral. Conclusão: A relação causal entre dor crônica e depressão permanece incerta, à espera de estudos metodologicamente confiáveis que esclareçam a direção de causalidade e o desencadeamento de dor crônica e depressão. Palavras-chave: Dor crônica. Depressão. Relação. Associação.

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T¸TULOT¸TULOT¸TULOT¸TULO: Associação entre Apnéia do Sono e Uricemia em Obesos encaminhados à Cirurgia Bariátrica

ALUNO(A): Eutímio Aires Brasil ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Carla Daltro RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) é o mais importante dos distúrbios respiratórios do sono, tanto pela sua prevalência quanto pela sua gravidade. Essa síndrome não causa somente efeito deletério na qualidade do sono, mas também promove alterações cardiovasculares e hormonais levando ao aumento da pressão arterial e maior morbidade cardiovascular, sendo caracterizada como uma doença sistêmica e não somente restrita as vias aéreas superiores. Dentro deste contexto, têm-se observado evidências de associação positiva com os níveis séricos de ácido úrico. Objetivo: investigar se existe associação entre os níveis séricos de ácido úrico e a gravidade da SAOS bem como o grau de hipoxemia resultante dessa síndrome. Métodos: Estudo observacional tipo corte transversal. Foram analisados prontuários de pacientes obesos atendidos no Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade (NTCO) e colhidas as seguintes informações: sexo, idade, IMC, doenças crônicas, exames laboratoriais (colesterol total e frações, triglicérides, glicemia em jejum e ácido úrico) e polissonografia (IAH e saturações). Resultados: Dos 109 pacientes estudados 68,8% era do sexo feminino. A média de idade foi 37,2 ± 11,2 anos e o IMC de 41,2 ± 4,4 kg/m2. O ácido úrico teve média 5,9 ± 2,4 mg/dl estando acima do limite superior do método em 24,8% dos pacientes. O IAH teve mediana de 13,2 eventos/hora de sono, sendo que 14,7% apresentaram grau de apnéia moderado e 30,3%, grave. Observou-se correlação positiva e estatisticamente significante entre o IAH e o nível sérico de ácido úrico (rS = 0,437; p = 0,001). Foi evidenciada uma correlação negativa entre o nível de ácido úrico e a saturação mínima de O2, contudo não atingiu significância estatística (rS = -0,132; p = 0,174). A razão de prevalência encontrada entre apnéia do sono e ácido úrico elevado foi de 2,45, com intervalo de confiança 95 (IC 95%:1,21-5), evidenciando associação positiva entre as duas condições, mesmo após o ajuste para obesidade (Odds Ratio 3,29). Conclusão: Foi encontrada uma correlação positiva entre os níveis séricos de ácido úrico e os índices de apnéia, entretanto não observou-se correlação com as dessaturações.

Palavras-chaves: 1. Obesidade; 2. Apnéia obstrutiva do sono; 3. Ácido Úrico ; 4. Dessaturação da oxihemoglobina. .

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Tratamento Cirúrgico da Enterocolite Necrosante Neonatal ALUNO(A): Fernanda Velame Santos ORIENTADOR(A): Prof. Lenise Maria Martins de Oliveira RRRRESUMO ESUMO ESUMO ESUMO Introdução: A Enterocolite Necrosante Neonatal (ECN) é uma severa desordem inflamatória intestinal de etiologia desconhecida que afeta principalmente recém-nascidos prematuros de baixo peso durante a primeira e segunda semanas de vida. O diagnóstico da ECN é feito com base em achados clínicos e radiográficos, sendo a apresentação clínica bastante variável. Trata-se atualmente da maior emergência gastrointestinal da população neonatal, com mortalidade variando entre 30 a 50% dos casos. É também a maior emergência cirúrgica nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, visto que até 49% dos casos confirmados requerem tratamento cirúrgico, apesar das diversas controvérsias existentes no manejo cirúrgico da ECN. Objetivo: Revisar e discutir a Enterocolite Necrosante Neonatal e seus aspectos multidisciplinares, com ênfase em seu tratamento cirúrgico e ilustrar, através de estudo de casos, a teoria apresentada e discutida, estreitando assim a relação teoria-aplicação. Metodologia: O presente trabalho faz uma revisão de literatura não-sistemática utilizando a base de dados do MEDLINE, acessada através do site do Pubmed. Quatro casos ilustrativos foram anexados ao trabalho. A construção dos casos ilustrativos baseou-se em consulta aos prontuários de pacientes operados numa maternidade de referência em Salvador, BA. Resultados: Dentre as modalidades cirúrgicas mais utilizadas e reportadas na literatura, destacam-se a drenagem peritoneal, a laparotomia com anastomose primária e laparotomia com formação de enterostomias. Nos casos de ECN severa, as modalidades que envolvem o second look são alternativas propostas no intuito de preservar o máximo possível de intestino viável. Considerações finais: Apesar da abrangente discussão na literatura acerca do tema, o tratamento cirúrgico desta afecção grave ainda precisa ser melhor elucidado, através da realização de estudos prospectivos, randomizados e controlados que comparem os benefícios entre as técnicas propostas e utilizadas. Palavras-chave: enterocolite necrosante neonatal, prematuridade, cirurgia,

laparotomia, drenagem peritoneal.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Prevalência de Suicídio na Região Metropolitana de Salvador (Brasil) no período de 1990 a 2004. ALUNO(A): Francisco Tiago Andrade de Carvalho ORIENTADOR(A): Prof. Dr. José Barbosa de Oliveira Filho RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO

Trata-se de um estudo retrospectivo e quantitativo que objetivou caracterizar a

prevalência de suicídio na região metropolitana de Salvador, no período de 1990 a

2004, utilizando-se as variáveis idade e sexo. Os dados foram coletados no sistema

DATASUS – Sistema de Notificação de Mortalidade do Ministério da Saúde. Da

população de 302 pessoas que cometeram suicídio no período de 1990 a 2004, foram

encontrados 239 homens e 63 mulheres. Nos resultados foi encontrado um maior risco

em homens na faixa etária entre 20 e 40 anos, e menor risco de suicídio em mulheres e

com mais de 61 anos.

Palavras-chave: suicídio; mortalidade

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Perfil Epidemiológico da Tuberculose em Salvador no Período de 2004 a 2008. ALUNO(A): Fábio Martins Ângelo ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Juarez Pereira Dias RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução - A Tuberculose é uma das mais antigas patologias que assolam o mundo, constituindo importante causa de morte, é provocada pelo Mycobacterium tuberculosis, que geralmente acomete os pulmões, e se dissemina por via aérea através de perdigotos produzidos pelos indivíduos infectados. Atualmente é considerada uma doença reemergente tanto em países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento. A co-infecção com o vírus HIV e o abandono do tratamento tem contribuído para o aparecimento e crescimento do número de casos de Tuberculose Multidrogas Resistente a forma mais severa da doença e de maior custo tanto social como econômico. Objetivos - Descrever o perfil epidemiológico da Tuberculose comparando com as metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose no município de Salvador/BA no período de 2004 a 2008. Material e Métodos – Trata-se de um estudo descritivo, com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação sobre Tuberculose, disponibilizado pela Diretoria de Informação em Saúde da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde. Foram calculados os coeficientes de incidência anuais da Tuberculose por sexo e faixa etária e os coeficientes de mortalidade anual, além de taxas médias percentuais das variáveis biológicas, sociais e relativas aos aspectos da doença, como: forma clínica, realização de exames, tratamento, evolução, dentre outros. Resultados - Foram notificados 11.112 casos novos de TB em Salvador, com coeficiente de incidência médio de 81,58/100.000 habitantes, mais freqüente no sexo masculino. Os maiores de 20 anos, escolaridade até o ensino fundamental e de raça/etnia negra e parda foram os mais acometidos. A principal forma clínica da doença foi a pulmonar e o modo de entrada no sistema de saúde foi como caso novo. O coeficiente de mortalidade foi inferior ao nacional em quase todos os anos. Discussão - Comparando os resultados com as metas estabelecidas pelo PNCT observamos que a cura encontra-se abaixo dos 85% preconizado, o abandono de tratamento foi superior aos 5% aceitáveis, o tratamento supervisionado apresentou baixa indicação e realização. Ponto positivo a ser destacado é o aumento relativo no número de primeira baciloscopia realizada entre os casos de TB pulmonar. Conclusão - Notamos grande dificuldade no combate à TB nesta cidade, quando comparamos os resultados encontrados com as metas estabelecidas pelo PNCT, pois muitas destas ainda não foram alcançadas, neste sentido, tornam-se necessários maiores investimentos e melhores políticas de saúde públicas para o controle dessa doença em Salvador.

Palavras chaves: Tuberculose, Programa Nacional de controle da Tuberculose,

epidemiologia, Salvador e Bahia.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Avaliação da Qualidade de Vida de Pacientes com Diagnóstico de Mucopolissacaridoses I, II E VI no Estado da Bahia ALUNO(A): Felipe Medeiros Luduvice ORIENTADOR(A): Profa

. Dra. Tatiana Regia Suzana Amorim Boa Sorte RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: As Doenças de Depósito Lisossomal (DDL) representam um grupo de mais de 45 diferentes doenças genéticas, cada uma resultando da deficiência de uma proteína lisossomal específica. As MPS são doenças hereditárias, incluídas no grupo das DDL, que se caracterizam pela deficiência na produção de enzimas que degradam glicosaminoaglicanos (GAGs). Assim, os GAGs não são degradados ou são parcialmente degradados e se acumulam nos lisossomos. Esses acúmulos anormais comprometem tanto a arquitetura como a função de determinadas células e órgãos e têm como resultado um grande número de manifestações clínicas progressivas e multissistêmicas. De acordo com estudos internacionais, a incidência das MPS gira em torno de 1,9 a 4,5/ 100.000 nascidos vivos. Já de acordo com levantamento realizado pela rede MPS Brasil, existem no país 249 pacientes. A terapia de reposição enzimática (TRE) tem sido utilizada com sucesso em DDL como a doença de Fabry e Gaucher. Atualmente o tratamento de reposição enzimática está disponível para os tipos I, II e VI das MPS. Estudos tem demonstrado melhora clínica significativa nos pacientes em TRE, o que possivelmente leva a uma melhora na qualidade de vida destes. Metodologia: O estudo consiste numa análise quantitativa e qualitativa de dados de qualidade de vida, obtidos a partir da aplicação do questionário CHQ-PF50. Trata-se de um instrumento genérico, validado para o Brasil em 1999, que possui 50 questões objetivas, e que pode ser aplicado diretamente ou indiretamente, com os pais ou responsáveis, como no atual trabalho. Os dados foram armazenados e analisados utilizando-se Microsoft Office Excel, 2007, versão para Windows. Resultados: Os questionários foram aplicados com o pai ou a mãe de 21 pacientes e destes 18 (85,71%) são do sexo masculino e 3 (14,29%) do sexo feminino. Além disso, 3 destes tinham MPS I (14,29%), enquanto 7 (33,33%) tinham MPS II, e os 11 (52,38%) restantes tinham MPS VI. Quanto à avaliação global da saúde, 57,14%, responderam que consideravam ser razoável, enquanto que 38,10% afirmaram ser boa. Em relação a atividades que precisam de muita energia, como jogar futebol ou correr, 47,62% responderam que seus filhos são um pouco limitados, 14,29% que são bastante limitados, 19,05% que são muito limitados e outros 19,05% que são nada limitados.Conclusões: Os resultados sugerem que TRE interferiu de forma positiva na qualidade de vida desses pacientes, porém novos estudos devem ser feitos com um número amostral maior, para comprovar essa melhoria. Palavras-chave: Mucopolissacaridoses. Doenças de Depósito Lisossomal. Qualidade

de vida. Terapia de reposição enzimática (TRE).

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Estudo Comparativo entre a Lipoaspiração Tumescente Tradicional e a

Lipoaspiração Assistida por Ultrasom Externo. ALUNO(A): Filipe Bitencourt Novaes ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Humberto Campos RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO As lipoaspirações são procedimentos que visam eliminar o excesso de gordura localizada mediante sucção. Eles são os procedimentos cirúrgicos estéticos de maior freqüência no mundo atual. Visando uma maior segurança e melhores resultados estéticos e cirúrgicos, as técnicas têm se modificado. Entre 1974 e 1976, na Itália, Georgio e Arpad Fisher inventaram a técnica, posteriormente aperfeiçoada por Yves Gerard Illouz e Pierre Fournier na França e chamada de técnica “seca”. Em 1987, Klein aperfeiçoou este método, desenvolvendo a “técnica tumescente”, com infiltração de solução com epinefrina, que revolucionou a medicina estética pela máxima segurança e mínimo sangramento. Atualmente essa técnica está como base para a maioria das técnicas novas descritas. Moy e Cook, em 1997, descreveram uma técnica revolucionária chamada de “lipoaspiração assistida por ultrasom externo”, a qual visa facilitar a lipoaspiração após uma aplicação externa de ultrasom. Desta forma, visando diminuir o sangramento e facilitar a movimentação da cânula, além de viabilizar o adipócito para o uso enxertivo na lipoescultura. Palavras chave: lipoaspiração tumescente, ultrasom externo, lipoescultura

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Fobi Capella: Riscos para a Gravidez . ALUNO(A): Flávia Alves Costa Perrucho ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Rosalita Gusmão RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: Diante da epidemia da obesidade, homens e mulheres, principalmente àquelas em idade fértil, vêm recorrendo, em número cada vez maior, à cirurgia bariátrica. O tipo mais realizado atualmente é à derivação gástrica em Y-de-Roux (cirurgia de Fobi Capella), um tipo de gastroplastia, que assim como os outros, é um procedimento cirúrgico que leva a uma perda de peso sustentada, mas que pode trazer algumas complicações. Apesar de muitos estudos referentes às complicações, não se tem resultados a longo prazo para definição de seus riscos. E, se para a população em geral existe tal limitação, para as mulheres que engravidam após Fobi Capella, o embasamento teórico-prático dos riscos fica ainda mais prejudicado. Objetivo: Avaliar os riscos que a derivação gástrica em Y-de-Roux para tratamento da obesidade pode trazer à gestação, e chamar a atenção dos cirurgiões para a necessidade do aconselhamento de pacientes submetidas à derivação gástrica e que querem engravidar. Além de permitir que obstetras se familiarizem com as possíveis e sérias complicações, precoces e tardias, de Fobi Capella nas gestantes. Metodologia: Foi feita uma revisão não sistemática de literatura nas bases de dados LILACS e PUB MED, no período de março a outubro de 2009, utilizando-se os seguintes descritores: cirurgia bariátrica e gravidez, gastric bypass surgery and pregnancy e pregnancie´s outcome Fobi Capella. O site do Ministério da Saúde Brasileiro <www.saude.gov.br> e o <www.centrocochranedobrasil.org.br> também foram alvo de pesquisa, para a obtenção de dados atualizados. Artigos das línguas portuguesa, inglesa e espanhola, elaborados entre o ano 2000 e outubro de 2009, foram utilizados. Aqueles cujo foco não era as complicações maternas durante a gestação após derivação gástrica em Y-de-Roux para tratamento da obesidade foram desconsiderados. Resultados: Foram encontrados 65 artigos relacionados ao tema. Destes, somente dez foram utilizados, excluindo-se os demais devido ao ano de publicação e à pequena relevância. Outros onze artigos ainda foram obtidos e utilizados, a partir das referências bibliográficas dos artigos anteriores. Conclusão: Diante da heterogeneidade dos pacientes, das divergências dos resultados encontrados, e dos diferentes procedimentos realizados em cada caso, não foi possível fazer uma associação correta dos dados, os quais foram narrativamente sumarizados. Mesmo com estes dados, observou-se que a gravidez de mulheres submetidas previamente à derivação gástrica em Y-de-Roux é segura. Apesar de se afirmar que a gestação após cirurgia de Fobi Capella é segura para a mãe, são necessários estudos maiores e mais relevantes para se chegar a um consenso. Especialmente, no que se refere ao intervalo de tempo ideal entre a cirurgia de derivação gástrica em Y-de-Roux e o início da gravidez. Palavras-chave: cirurgia bariátrica, derivação gástrica em Y-de-Roux, cirurgia de Fobi Capella, gestação. .

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Repercussão do Tratamento Farmacológico da Rinite Alérgica sobre a Qualidade do Sono. ALUNO(A): Fernanda de Souza Nascimento ORIENTADOR(A): . Rosana Nunes de Abreu Franco RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO INTRODUÇÃO: Estima-se que a rinite alérgica (RA) afete cerca de 500 milhões de pessoas no mundo, sendo a doença respiratória crônica de maior prevalência. Atualmente sabe-se que além de levar aos sintomas clássicos, a RA também afeta a qualidade de sono e de vida de seus portadores. Estes efeitos têm sido pesquisados através de instrumentos objetivos (polissonografia) e subjetivos (questionários). O mecanismo pelo qual a RA perturba o sono parece resultar da ação dos sintomas nasais, principalmente a congestão, e dos mediadores inflamatórios. Com as crescentes queixas de problemas relacionados ao sono, sonolência/fadiga diurnas e prejuízo na qualidade de vida referidas pelos portadores de RA, aumentou-se o interesse na busca de tratamentos que atuem na resolução desses novos sintomas. OBJETIVO: Analisar a repercussão do tratamento farmacológico da RA sobre a qualidade de sono dos portadores dessa doença. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática não-metanalítica da literatura realizada através da busca de artigos nas bases de dados da MEDLINE e da Biblioteca Cochrane, publicados em língua inglesa, no período de 1999 a 2009. RESULTADOS: Foram incluídos sete ensaios clínicos que utilizaram os diferentes tratamentos farmacológicos para RA indicados nos atuais consensos: corticóides intranasais, antihistamínicos, antileucotrienos e combinações de drogas. As amostras dos estudos variaram de 14 a 651 pessoas, sendo que a maioria avaliou adultos com RA perene, e apenas um trabalho incluiu crianças. Foram analisados os efeitos dessas medicações sobre os seguintes desfechos clínicos: congestão nasal, qualidade do sono, sonolência/fadiga diurnas e qualidade de vida. Houve tendência à melhora subjetiva da qualidade do sono com o uso de todas as medicações estudadas, exceto com a combinação de Fexofenadina + Pseudoefedrina. Esse achado foi acompanhado, na maioria dos estudos, de melhora da congestão nasal, da sonolência/fadiga diurnas e da qualidade de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esta revisão demonstra que a RA é uma doença merecedora de atenção do setor médico e público de saúde, devido ao impacto negativo que exerce sobre a qualidade de vida de seus portadores. Os resultados favoráveis proporcionados pelas medicações estudadas, sobre a minimização do prejuízo do sono e melhora dos outros desfechos clínicos avaliados, sugerem que elas devem ser consideradas como opções terapêuticas para portadores de RA com essas queixas. Palavras-chave: Rinite alérgica. Qualidade de sono. Qualidade de vida. Sonolência/fadiga diurnas. Congestão nasal. Tratamento.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Freqüência de Depressão e suas Associação com a Capacidade ao Exercício e o Índice BODE em pacientes portadores de DPOCODE EM PACIENTES PORTADORES DE DPOC ALUNO(A): Fernando Antonio Silva de Azevedo Filho ORIENTADOR(A): Prof.ª Iêda Maria Aleluia Barbosa RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Objetivo: Determinar a freqüência de sintomas de depressão e a sua relação com a capacidade ao exercício e o índice BODE em pacientes portadores de DPOC estáveis, atendidos em um ambulatório de pneumologia de um hospital público, na cidade do Salvador, Bahia. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo de corte transversal entre junho e outubro de 2009. Foram incluídos todos os pacientes com o diagnóstico de DPOC, segundo o Consenso GOLD e excluídos pacientes portadores de outras patologias. Avaliou-se o nível de depressão utilizando o Inventário de Depressão de Beck, a capacidade de exercício foi medida utilizando a distância percorrida no Teste de caminhada de 6 minutos (TC6’) de acordo com o guideline da ATS. Foi calculado o escore total do índice BODE Resultados: O grupo consistiu de 28 homens (63,6%) e 16 mulheres (36,4%), com idade média de 67 anos, variando de 45 a 89 anos, de acordo com o Inventário de depressão de Beck, 18,5% dos pacientes apresentavam algum grau de depressão. Não houve uma correlação significativa entre a pontuação obtida no Inventário de Depressão de Beck e a distância percorrida durante o teste de caminhada de 6 minutos, assim como a correlação de Spearman mostrou não existir associação significativa entre o escore do inventário de Beck e os escores totais do BODE. Conclusão: Foi demonstrada uma freqüência de 18,5% de depressão, não foi observada correlação entre a capacidade funcional, o índice BODE e os resultados obtidos com o Inventário de Beck. Descritores: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Depressão; Tolerância ao Exercício.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Apendicite Aguda em Gestantes: Dificuldade Diagnóstica e Resultados da Laparoscopia como Abordagem Diagnóstica e Terapêutica ALUNO(A): Filipe Cedro Simões ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Paulo André Jesuíno RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO

Introdução: a apendicite é a causa mais comum de doença abdominal aguda não-obstétrica que determina a necessidade de cirurgia de urgência em gestantes, com sua incidência na gravidez variando de 0,05% a 0,13%. Seu diagnóstico é bastante complicado, principalmente devido às muitas mudanças anatômicas e fisiológicas que ocorrem na gravidez. A dificuldade e o retardo no diagnóstico levam a uma intervenção cirúrgica tardia, o que aumenta as taxas de perfuração apendicular e peritonite, ocasionando um aumento do risco de mortalidade materna e fetal. A melhor forma de abordagem cirúrgica na apendicite aguda, por laparotomia ou laparoscopia, ainda é um tema polêmico na literatura. Entretanto, por ser capaz de transmitir integralmente às gestantes as mesmas vantagens obtidas com as não gestantes, muitos autores têm publicado trabalhos dando suporte à utilização da laparoscopia como terapia de primeira escolha. Objetivo: avaliar a dificuldade diagnóstica da apendicite aguda em gestantes e a eficácia e segurança da cirurgia laparoscópica como uma opção diagnóstica e terapêutica alternativa à tradicional laparotomia no tratamento cirúrgico desta patologia em gestantes. Metodologia: trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo não-sistemática. Foram utilizadas como mecanismo de busca as Plataformas PUBMED, MEDLINE e LILACS. Os artigos escolhidos tiveram publicação nos últimos 15 anos. Foram utilizados como critérios de busca os artigos publicados na língua inglesa e na língua portuguesa, priorizando-se os de língua inglesa. Resultados: os artigos foram selecionados por relevância e proximidade com o tema. A pesquisa inicial resultou num total de 37 artigos. Após a leitura dos resumos, restaram 24 artigos. Desses 24, apenas 5 possuíam descrição de resultados da laparoscopia como abordagem diagnóstica e terapêutica e foram incluídos para análise. Os 19 restantes serviram de base para discussão. Conclusão: nenhum sintoma ou exame laboratorial isoladamente é suficiente para o diagnóstico de apendicite aguda em gestantes, sendo a combinação de sintomas e dos achados laboratoriais e de imagens necessária para um diagnóstico preciso. Quanto à escolha do método de abordagem cirúrgica, a laparoscopia se mostrou uma opção segura e eficaz em alternativa à laparotomia no tratamento e diagnóstico da apendicite aguda em gestantes em qualquer idade gestacional. Porém ainda se faz necessário a realização de estudos mais amplos e de longo prazo para confirmação de sua eficácia e possíveis efeitos sobre o desenvolvimento fetal.

Palavras-chave: gestante; apendicite; apendicectomia; apêndice; laparoscopia, abdome agudo.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Tireopatias Auto-imunes em Pacientes portadores de Infecção pelo Vírus C da Hepatite ALUNO(A): Gabriel Oliveira Prado ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Rosalita Gusmão RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: O virus C da hepatite (HCV) foi descoberto em 1989, infectando, atualmente, cerca de 170 milhões de pessoas em todo o mundo. Seu tratamento tem como base terapêutica o interferon (IFN), que, embora relativamente seguro, parece estar associado a importantes efeitos adversos tireoidianos. A análise da relação nexo-causal com o Interferon visa obter maior eficácia do tratamento, e o seu conhecimento poderá auxiliar no entendimento das manifestações auto-imunes da hepatite C. Objetivo: O presente estudo visa determinar a relação entre Tireopatias Auto-imunes e infecção pelo vírus C humano, analisando a associação do tratamento com Interferon em pacientes com hepatite C e o aparecimento de Tireoidite Auto-imune Induzida por Interferon. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica de trabalhos científicos publicados no período de 1989-2009, que estudaram a associação entre infecção pelo vírus C humano e tireopatias auto-imunes em pacientes tratados e/ou não tratados com Interferon-α. Discussão: Todo o espectro de distúrbios auto-imunes tem sido descrito relacionado uso do IFN, e a Tireoidite de Hashimoto é a manifestação clínica mais comum. Estudos prospectivos têm mostrado prevalência de 15% de doença clínica tireoidiana, e desenvolvimento de anticorpos anti-tireoidianos em 40% dos pacientes. Outras afecções auto-imunes podem estar relacionadas ao IFN, tais como lúpus eritematoso sistêmico (LES), desordens hematológicas, diabetes mellitus e doenças dermatológicas. Tem sido embasada também a teoria da relação independente entre infecção pelo vírus C humano e auto-imunidade tireoidiana, baseada na possibilidade do HCV compartilhar parcialmente de seqüências com antígenos tireoidianos em alguns segmentos de aminoácidos. Conclusão: Até o momento, não podemos precisar qual a etiologia primária das disfunções tireoidianas nos pacientes com hepatite C crônica, mas, devido ao seu risco aumentado, e dada a sua incidência significante, recomendamos a avaliação da função tireoidiana e a dosagem de anticorpos anti-tireoidianos antes do início da terapia e sua monitoração durante o tratamento. Palavras-chave: Tireoidite Auto-imune Induzida por Interferon; Tireopatia Auto-imune; Autoimmune Thyropathy; Interferon Induced Thyroiditis.

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TÍTULO: Associação entre Níveis de Atividade Física Mensurado pelo IPAQ e

VO2max em Mulheres com Obesidade ou Sobrepeso. ALUNO(A): Gustavo Barreto da Cunha ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Ana Marice Teixeira Ladeia RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A prática de atividades físicas, seu controle e acompanhamento, são amplamente recomendados a indivíduos portadores de obesidade ou sobrepeso, já que esses se encontram em uma situação de risco aumentado para a ocorrência de eventos cardiovasculares e outras doenças crônicas. Dessa forma, o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) curto tem se mostrado como um bom método para avaliação e acompanhamento de indivíduos com idade entre 15 e 69 anos quanto à prática de atividades físicas. Por outro lado, a determinação do consumo máximo de oxigênio (VO2max), por meio do teste de esforço, tem sido descrito, como um dos melhores métodos para avaliação da capacidade física. Objetivos: Verificar a associação entre níveis de atividade física mensurado pelo IPAQ curto e o VO2max em mulheres com obesidade ou sobrepeso, além de verificar a associação entre índice de massa corpórea (IMC) e circunferência abdominal (CA) com os dois métodos de avaliação de atividade física estudados. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal envolvendo 48 mulheres adultas com idade igual ou superior a 18 anos. Todos os sujeitos receberam avaliação clínica, responderam à versão curta do IPAQ e realizaram teste ergométrico, seguindo o protocolo de intervenção de Bruce, a fim de se determinar a consumo máximo de oxigênio desses indivíduos. Resultados: O VO2max não apresentou associação com a pontuação contínua do IPAQ curto (r = 0,08, p = 0,59). O questionário também não demonstrou correlação com as medidas antropométricas estudadas, IMC (r = −0,24, p = 0,11) e CA (r = −0,24, p = 0,12). Por outro lado, o VO2max apresentou uma associação inversa de moderada intensidade com o IMC (r = −0,50, p < 0,01), como também com a CA (r = −0,65, p < 0,01). Quando comparadas as médias do VO2max entre os grupos de voluntárias com sobrepeso e com obesidade, observou-se tendência a menor valor de VO2max nas mulheres obesas (p = 0,052), não se observando diferença na comparação da pontuação contínua do IPAQ entre esses dois grupos (p = 0,949). Conclusão: O presente estudo não encontrou associação entre a pontuação contínua do IPAQ e VO2max, nem tampouco com o índice de massa corpórea e a circunferência abdominal. Em contrapartida, o VO2max apresentou uma associação inversa com IMC e CA, ou seja, as mulheres com IMC e CA menores apresentaram um melhor desempenho aeróbio. Palavras-chave: Atividade física; IPAQ; Consumo máximo de oxigênio; Índice de massa corpórea; Circunferência abdominal;

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Avaliação Pré-operatória e Exames Complementares para Facetomi em Pacientes com Diabetes Mellitus.

Proposta De Protocolo De Atendimento Pré Operatório De Catarata Do Adab – Clinica

Medica. ALUNO(A): Guy Cunha Vieira ORIENTADOR(A): Marília Miranda Franco RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO

Introdução: O diabetes é um fator de risco conhecido para o desenvolvimento de catarata, sendo a hiperglicemia considerada responsável por alterações metabólicas que modificam as proteínas cristalinianas. Além do mais, essas são enfermidades que têm sua prevalência aumentada com a idade, logo a associação entre elas é muito freqüente. Exames subsidiários de rotina são testes solicitados a despeito de história clínica ou exame físico. Têm-se sugerido que a eficácia desses exames não seletivos em determinar anormalidades é baixa. Considerando-se que, mais de 250 mil facectomias são realizadas anualmente no Brasil, o impacto econômico potencial de otimizar e racionalizar testes é significativo. O ADAB oferece um atendimento médico-ambulatorial para grande parte da população do Distrito Sanitário de Brotas e de outras regiões da cidade de Salvador. Um percentual considerável dos pacientes é composto por idosos, diabéticos, que demoram a realizar suas facectomias por apresentarem exames alterados. O objetivo deste trabalho é discutir a relevância da avaliação pré-operatória na facectomia em pacientes com Diabetes Mellitus e o seu impacto no sistema de saúde público. Além disso, será proposta uma padronização para a requisição de exames no ADAB. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura não-sistemática com artigos publicados entre 1985 e 2009. Resultados: Alguns dos trabalhos analisados dividiam os pacientes em um grupo que realizaria testes rotineiros e outro que realizaria testes seletivos. Todos mostraram que a incidência de eventos clínicos no perioperatório foi semelhante. Também foi demonstrado que os exames de rotina não são capazes de detectar as principais complicações intra e pós-operatórias das facectomias. Conclusão: A revisão da literatura evidenciou que os exames rotineiros são desnecessários na grande maioria dos casos, pois, mesmo que alterados, pouco ou nada, será modificado na terapêutica aplicada.

Palavras-chave: Testes pré-operatórios, Facectomia, Diabetes Mellitus

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Frequência De Trombocitopenia E Uso De Heparina Em Pacientes Com Doença Arterial Coronariana ALUNO(A): Gabriela Gomes Da Silva ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Marta Silva Menezes RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: No Brasil, as doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte, responsáveis por quase 32% de todos os óbitos, entre elas, o infarto agudo do miocárdio (IAM). O uso de antitrombínicos no tratamento do DAC, embora contribuam para a edução da mortalidade, também podem determinar efeitos colaterais. O uso de heparina pode determinar desde formas brandas de trombocitopenia (30%), até formas graves (5%), imunologicamente mediadas, associada com fenômenos embólicos e com uma taxa de mortalidade estimada em 8 a 20%. Objetivo: Determinar a freqüência de trombocitopenia e do uso heparina, correlacionando estes dados, em pacientes com DAC em hospital do SUS, referência em cardiologia. Pacientes e Métodos: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa (CEP) da FBDC. Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, retrospectivo, realizado na enfermaria de cardiologia do Hospital Ana Neri na cidade do Salvador, Bahia. Os dados foram colhidos com ficha padronizada através dos prontuários de pacientes com DAC e que tiveram registro da contagem de plaquetas de dezembro de 2007 a abril de 2008. Para testar a igualdade entre proporções dos diferentes itens descritos nos resultados foi utilizado o teste do Qui-quadrado, o teste T de Student não pareado e a correlação de Pearson. Um valor de probabilidade < 0,05 foi considerado significativo. Resultados: Foram incluídos no estudo 103 pacientes admitidos com diagnóstico de DAC, 66 (64,0%) do sexo masculino e 37 (35,9%) do sexo feminino. A idade média dos pacientes com trombocitopenia foi de 60,3 anos (dp = 9,6), enquanto que a média de idade do grupo sem trombocitopenia foi de 58,1 anos (dp = 9,6). Os homens apresentaram mais trombocitopenia do que as mulheres (51,5 versus 32,3, p = 0,039). Do total de pacientes, 36 (32,0%) foram expostos à heparina de baixo peso molecular (HBPM), 24 (23,3%) à heparina não fracionada (HNF) e 37 (35,9%) aos dois tipos de heparina. A freqüência de trombocitopenia deste estudo foi de 45,4%. Dos pacientes que utilizaram a HNF no período do internamento 58,3% apresentaram trombocitopenia, comparado a 54,1% naqueles expostos a ambos os tipos de heparina e 27,8% naqueles que usaram HBPM isoladamente. A freqüência de trombocitopenia em relação ao diagnóstico foi de: 50% em angina estável, 44,7% em angina instável, 38,5% em IAM sem supradesnível de ST, 41,2% em IAM com supradesnível de ST. Quanto ao tratamento, a trombocitopenia se distribuiu da seguinte forma: clínico (25%), angioplastia (28,9%) e cirúrgico (86,2%). Conclusão: A freqüência de trombocitopenia no presente estudo foi elevada, 45,4%. A trombocitopenia ocorreu mais frequentemente em homens, em indivíduos com faixa etária mais elevada, e os que foram submetidos à cirurgia cardíaca. Houve uma maior tendência ao desenvolvimento de trombocitopenia naqueles pacientes expostos a HNF isoladamente ou HNF em associação com HBPM, porém sem significância estatística. O tempo de exposição à heparina esteve relacionado com a intensidade da redução na contagem de plaquetas. Palavras chaves: trombocitopenia, heparina, doença arterial coronariana

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Análise Da Aquisição De Infecção Por Citomegalovírus Em Prematuros Via Leite Materno ALUNO(A): Gerval Almeida Sena Filho ORIENTADOR(A): Profª. Dr. Leda Lúcia Ferreira RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO

INTRODUÇÃO: O Citomegalovírus (CMV) é o patógeno que assume a causa mais comum de infecção congênita e perinatal no mundo. A transmissão intra-útero é bastante estudada e já se observou a severa morbidade que esta forma de aquisição da infecção pode trazer ao desenvolvimento fetal. Já a infecção perinatal é, comparativamente, pouco estudada devido ao fato de que cursa geralmente de forma assintomática. Entretanto, diferentes perfis de morbidade são observados no acometimento de neonatos a termo e prematuros, sendo que os últimos podem cursar com manifestações clínicas deletérias. Isto revela a necessidade de atenção nos casos destes pré-termos que adquirem a infecção perinatal, principalmente, via leite materno. OBJETIVOS: Analisar a aquisição de infecção por citomegalovírus em prematuros, realizando um paralelo com recém-nascidos a termo e analisando as táticas de processamento do leite que visam reduzir a infectividade do mesmo. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi feita uma revisão bibliográfica não sistemática, utilizando as plataformas de busca PUBMED e SCIELO. Foram utilizados como critérios de inclusão artigos científicos na língua inglesa e portuguesa que tivessem relevância e proximidade com o tema. RESULTADOS: A busca bibliográfica, baseada nos critérios estabelecidos nos materiais e métodos, resultou em um total de 9 artigos. Sete deles verificaram as taxas de transmissão do CMV a neonatos a termo e pré-termos. Dados da idade gestacional e do peso ao nascer foram os mais importantes nestes trabalhos para estabelecer critérios de inclusão e determinar a amostra de cada um. Desta forma, verificou-se a porcentagem de transmissão, bem como em quais casos houve acometimento sintomático dos neonatos, sendo estes afetados, mediante verificação de disfunções clínicas e/ou laboratoriais, quase que exclusivamente, prematuros. Outros 2 artigos buscaram avaliar o processamento do leite materno com técnicas de resfriamento, congelamento e pasteurização como tática de diminuir a infectividade do mesmo. Os achados mostraram redução importante da infectividade em técnicas de pasteurização, enquanto que técnicas de congelamento, apesar de preservarem o conteúdo nutricional e imunológico do leite, o que não ocorre de forma ideal nas técnicas de aquecimento, não são efetivas na redução da carga viral no leite. CONCLUSÃO: Esta revisão demonstra que a utilização do leite materno infectado pelo CMV deve ser avaliada de forma a evitar manifestações clínicas deletérias nos pacientes de risco. Os prematuros mostraram-se, nos trabalhos revisados, sujeitos a infecção sintomática, devendo haver cautela na alimentação fornecida a essa classe. Técnicas de processamento do leite devem também ser estudadas de maneira a proporcionar o suprimento essencial advindo do leite humano sem implicar em infecção do neonato. Palavras-chave: CMV infection; cytomegalovirus; breastfeeding; congenital cytomegalovirus infection ; human milk; breast milk; leite materno; citomegalovírus;

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Infecção Do Trato Urinário E Comissão De Controle De Infecção

Hospitalar

ALUNO(A): Helder Nunes Alves

ORIENTADOR(A): Ubirajara de Oliveira Barroso Junior RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Este estudo procurou, através de revisão literária, demonstrar a função do médico dentre

de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), atuando no controle da

infecção do trato urinário (ITU) em pacientes hospitalizados. Neste trabalho realizou-se

um estudo sobre as infecções do trato urinário;seguido de uma correlação entre médico

e CCIH; na última etapa deste estudo demonstrou-se como o médico pode intervir nas

ITU em âmbito hospitalar, apresentando recomendações para prevenção e tratamento.

Concluiu-se que a maior parte dos casos de infecção do trato urinário hospitalar

relaciona-se com o cateter vesical e as demais, associadas com cistoscopias e outros

procedimentos urológicos.

Palavras – chaves: Infecção do trato urinário; Comissão de Controle de Infecção

Hospitalar.

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T¸TULOT¸TULOT¸TULOT¸TULO: O Dilema Da Escolha: Válvula Biológica X Metálica Na Substituição Valvar Cardíaca Perfil Cirúrgico De Pacientes Admitidos Em Hospital De Referência Em Cardiologia – Salvador – Bahia ALUNO(A): Isis Rangel Santos Moreira ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Marta Silva Menezes RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A doença valvar cardíaca ainda é uma das principais causas de internamentos e cirurgias cardíacas no mundo. No Brasil, a sua principal etiologia é a cardiopatia reumática, entretanto o envelhecimento da população vem contribuindo para um maior impacto econômico desta doença. Dentre as disfunções valvares, o comprometimento mitral é o predominante, seguido do acometimento aórtico e tricúspide. Diretrizes e Consensos recomendam as válvulas metálica ou biológica nas cirurgias de substituição valvar, porém a decisão por uma ou por outra está além das indicações. O conflito entre a necessidade de uso do anticoagulante, com todas as suas implicações, na escolha da valva metálica, ou a possibilidade de sucessivas reoperações secundárias à falha da bioprótese, faz parte de um dilema ainda sem solução. Pacientes e métodos: Estudo descritivo, prospectivo. Analisadas fichas do ato cirúrgico de 167 pacientes submetidos à cirurgia valvar, em hospital de referência em cardiologia na cidade de Salvador- BA, no período de janeiro a setembro de 2009. Através da realização do banco de dados, foi feita a análise do gênero, faixa etária, valva acometida, com ênfase na freqüência de escolha da valva metálica ou biológica. Resultado: A amostra foi composta de 167 pacientes, não havendo predominância de sexo, com média de idade de 42,68 ± 18, 05 e maior acometimento mitral (97,6%). A bioprótese foi mais escolhida na população geral estudada (64,7%), para a troca da valva mitral e em todas as faixas etárias. O comprometimento univalvar foi mais freqüente (62,3%) e, em relação ao gênero, as mulheres apresentaram maior acometimento mitral (64,9%). Conclusão: Na amostra estudada houve predomínio de pacientes jovens sendo submetidos à cirurgia de troca valvar cardíaca; não houve predominância de gênero, sendo a valva mitral a mais acometida. Além disso, houve maior utilização da bioprótese em todas as faixas etárias e na posição mitral. A prótese mecânica foi mais utilizada na posição aórtica. O número de óbitos foi mais prevalente no sexo masculino. A compreensão de que a valva ideal ainda não existe e a decisão entre sucessivas reoperações ou a possibilidade de uso contínuo de anticoagulantes são situações difíceis e que exigem maior análise, de forma a evitar que a qualidade de vida do paciente seja comprometida por uma escolha errada. Assim, uma análise individual e criteriosa de cada caso é de extrema importância, fazendo-se necessário o compartilhamento de informações e o apoio médico ao paciente. Palavras- Chave: Valva cardíaca, Substituição valvar cardíaca, Bioprótese valvar, Prótese cardíaca mecânica..

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Bases Fisiopatológicas Da Oxigenoterapia Hiperbárica No Tratamento De Enxertos E Retalhos De Pele Inviáveis. ALUNO(A): Igor Ferreira Vieira ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Paulo André Jesuíno RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO INTRODUÇÃO: A Oxigenoterapia Hiperbárica (OTHB) consiste no uso de oxigênio a 100% em pressões acima da atmosférica aplicado sistematicamente dentro de câmaras especializadas. Atualmente, são 13 as indicações de seu uso, como envenenamento por monóxido de carbono, embolia gasosa, úlceras crônicas isquêmicas, enxertos e retalhos de pele comprometidos. O presente trabalho destina-se a revisar os dados existentes na literatura médica sobre os mecanismos de ação da OTHB na cicatrização de enxertos e retalhos de pele inviáveis visando um maior esclarecimento do tema para que a OTHB possa se tornar uma terapia utilizável. METODOLOGIA: O presente trabalho caracteriza-se com uma revisão bibliográfica do tipo não sistemática. O rastreamento dos dados foi realizado através da base MedLine com as palavras chave Hyperbaric Oxygen Therapy, Ischaemic Flaps, Free Flaps, Pediculed Flaps e Wound Healing utilizadas isoladamente e combinadas entre si. Critérios de inclusão: língua inglesa e publicação entre 1990 e 2009. Após a obtenção dos trabalhos, foi realizada uma seleção dos mesmos por relevância e proximidade com o tema. Só foram utilizados artigos cuja obtenção foi possível através do Portal CAPES (CPqGM/FIOCRUZ-BA) ou aquisição através de compra do sistema de bibliotecas Biblioteca Virtual de Saúde (BVS-BIREME). RESULTADOS: Após seleção criteriosa dos 520 artigos encontrados inicialmente, o número final de trabalhos foi 38, sendo que apenas 19 foram obtidos através do Portal CAPES e 3 foram adquiridos através da BVS-BIREME. Em sua maioria, os trabalhos encontrados foram de revisão bibliográfica ou pesquisas experimentais com animais, sendo que apenas dois utilizaram pesquisas com humanos. DISCUSSÃO: A resposta tecidual à isquemia é um ponto importante a ser considerado no intuito de se entender a viabilidade de enxertos e retalhos de pele. O tecido, para se proteger de situações de hipóxia aguda, estimula a atividade de enzimas que irão produzir fatores de crescimento, proteínas indutoras de transcrição celular e transformação de radicais tóxicos de oxigênio. Além disso, o oxigênio tem um papel primordial na cicatrização, já que funciona como excelente antibiótico e potencializa reações do metabolismo inerentes ao processo de cicatrização. Portanto, a OTHB consegue aumentar a concentração plasmática de O2 favorecendo o aumento da pressão parcial de oxigênio no tecido, que por sua vez irá exarcebar essas reações de cicatrização e melhor aceitação do enxerto ou retalho de pele. CONCLUSÃO: Ações como a de aumento da perfusão sanguínea em tecidos sem vascularização e o combate a infecção são efeitos bastante benéficos, dando ao médico vantagens na batalha contra a rejeição de enxertos e retalhos de pele. Em todos os trabalhos utilizados na confecção dessa revisão há relatado grandes benefícios no uso da OTHB na cicatrização de enxertos e retalhos de pele inviáveis, principalmente devido à redução do edema, maior perfusão de O2, diminuição do impacto da injúria de reperfusão e menores taxas de infecção no sítio do enxerto ou retalho. PALAVRAS-CHAVE: Oxigenoterapia Hiperbárica, Enxertos e Retalhos de Pele Comprometidos, Cicatrização.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Terapia Cognitivo-Comportamental E Farmacoterapia No Tratamento Do Fumante.. ALUNO(A): Júlia Ribeiro Araújo ORIENTADOR(A): Prof. Alcina Andrade RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. Um terço da população mundial adulta faz uso do cigarro e este, por sua vez, é responsável por 5 milhões de mortes a cada ano. O auge do consumo do tabaco ocorreu nas décadas de 50 e 60. Ao longo dos anos evidenciaram-se os malefícios do consumo do cigarro e cada vez mais fumantes manifestavam desejo de cessação do tabagismo. Estes pacientes esbarravam-se com a síndrome de abstinência de nicotina e seus sintomas, sendo este o maior impecílio para o abandono do cigarro. O tratamento anti-tabagismo é realizado através da farmacoterapia associada ou não à terapia cognitivo-comportamental. As drogas de primeira escolha utilizadas no tratamento são: terapia de reposição de nicotina (TRN) e bupropiona. A nortriptilina é considerada uma droga de segunda escolha no tratamento anti-tabagismo. Recentemente lançada, a vareniclina surgiu como uma nova esperança na luta contra o tabagismo. O presente trabalho tem como objetivo revisar a literatura a fim de analisar o tratamento anti-tabagismo com base nas terapias farmacológicas em associação ou não com a terapia cognitivo-comportamental. Este estudo é uma revisão não sistemática, retrospectiva elaborada a partir da busca de artigos nas bases de dados PUBMED, MEDLINE, SCIELO, revistas científicas e livros textos, publicados no intervalo de 1990 a 2009. Os artigos coletados apontaram a eficácia das terapias farmacológicas quando comparadas ao uso de placebo. Dentre as drogas estudadas, a vareniclina destacou-se apresentando taxas de abstinência superiores às outras drogas. A terapia cognitivo-comportamental mostrou-se mais eficaz quando em conjunto com a farmacoterapia. A associação de drogas mostrou-se mais eficaz que seu uso isolado. PalavrasPalavrasPalavrasPalavras----chave: chave: chave: chave: Tratamento, tabagismo, nicotina

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Tratamento Farmacológico Da Hemorragia Digestiva Alta Varicosa: Octreotide X Terlipressina

ALUNO(A): Jorge Matheus Rios Leite

ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Daniela Rosa Magalhães Gotardo RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO

A hemorragia digestiva alta varicosa (HDAV), como complicação grave e comum da cirrose, ocorre em grande porcentagem dos pacientes acometidos por esta patologia e é responsável pela maioria dos episódios de hemorragia digestiva alta (HDA) nestes pacientes. O sangramento decorrente da ruptura destas varizes representa uma das maiores e mais letais complicações da hipertensão portal, sendo que é a mais comum das complicações letais da cirrose hepática.O octreotide e a terlipressina são análogos sintéticos da somatostatina e da vasopressina (respectivamente) que foram inicialmente desenvolvidos no intuito de promover aos pacientes com HDAV fármacos mais seguros e mais fáceis de administrar que seus precursores. Estas drogas atuam através da vasoconstricção no leito esplâncnico com consequente redução do influxo venoso portal.Diante deste panorama, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficácia clínica do octreotide e da terlipressina, comparando-os no tratamento da HDA por varizes gastroesofágicas. Foi realizada uma revisão sistemática buscando selecionar ensaios clínicos randomizados (ECRs) que comparassem o octreotide e a terlipressina entre si ou (cada um) com o placebo, no tratamento farmacológico da HDAV.Oito estudos foram incluídos no trabalho: três que compararam a terlipressina com a terapia placebo, dois que compararam a terlipressina com o octreotide e três que compararam o octreotide com o tratamento placebo. Quando comparada com o placebo, a terlipressina mostrou redução dos índices de mortalidade, falha na hemostasia inicial, ressangramento, procedimentos necessários para realizar a hemostasia e dos números de transfusões sanguíneas necessárias, alcançando resultados estatisticamente significativos (p < 0,05) em termos de diminuição das taxas de mortalidade, falha na hemostasia inicial e dos números de transfusões sanguíneas necessárias. Na comparação octreotide versus terlipressina, o octreotide mostrou um maior benefício no que diz respeito à mortalidade, falha na hemostasia inicial, número de procedimentos necessários para conter o sangramento ou ressangramento não-controlados e número de transfusões sanguíneas requeridas, atingindo valores com significância estatística no aspecto das transfusões de sangue. Quando comparado ao placebo, o octreotide mostrou-se melhor na diminuição da falha na hemostasia inicial, do ressangramento e dos números de transfusões sanguíneas necessárias, alcançando, novamente, resultados estatisticamente significativos no aspecto das transfusões sanguíneas. No que diz respeito às reações adversas, as duas drogas mostraram ser seguras, sendo que o octreotide apresentou menores índices tanto no número de pacientes que sofreram efeitos adversos, quanto na taxa de pacientes que experimentaram reações adversas graves (que causem morte ou suspensão do tratamento). Portanto, ambas as drogas são eficazes clinicamente em termos de redução dos índices de mortalidade, falha na hemostasia inicial, ressangramento, procedimentos necessários para realizar a hemostasia e dos números de transfusões sanguíneas necessárias, sendo que o octreotide mostrou um maior benefício na redução dos números de transfusões sanguíneas requeridas e uma menor relação com efeitos adversos relacionados ao tratamento.

Palavras-chave: Hemorragia digestiva alta varicosa. Tratamento farmacológico. Octreotide e Terlipressina.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Diagnóstico Por Imagem De Nódulos Peritoneais ALUNO(A): Leda Lúcia Di Gregorio Neta ORIENTADOR(A): Prof.ª Mônica Torres RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO O peritônio é uma serosa fina, translúcida, membrana de origem mesodérmica, que abrange a superfície da cavidade peritoneal e seus mesentérios. A cavidade peritoneal, delimitada por peritônio visceral e parietal, é o maior espaço potencial no corpo. Qualquer processo patológico que envolve a cavidade peritoneal pode facilmente se disseminar por todo este espaço, por meio da livre circulação de fluido e células. Neoplasia peritoneal pode originar-se a partir de tecidos peritoneal (primária) ou invadem tecidos adjacentes no peritônio de órgãos adjacentes ou remotos (secundário). Objetivo: Citar, a partir de revisão de literatura, os métodos de imagem utilizados para o diagnóstico de neoplasias peritoneais. Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed e Scielo. Foram incluídos artigos que abordassem o tema proposto nas línguas português, inglês e espanhol, sendo excluídos os estudos nas demais línguas. Resultados: Dezessete artigos foram selecionados. Os estudos foram realizados em diversos países, com números variados de pacientes, tempo de estudo variado e métodos de avaliação distintos. A maioria dos trabalhos abordam a avaliação diagnóstica por imagem dos nódulos peritoneais. Conclusão: A partir deste estudo podemos concluir que os exames de imagem são bastante importantes no diagnóstico, prognóstico e terapêutica dos nódulos peritoneais. Palavras-chave: neoplasias peritoneais, nódulos peritoneais

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Avaliação Dos Fatores De Risco Para Óbito Em Pacientes Com Meningite Meningocócica/Meningococcemia Admitidos No Hospital Couto Maia No Período De 2008-2009, Bahia ALUNO(A): Luciana Andrade Guimarães ORIENTADOR(A): Prof(a). Dra. Ceuci de Lima Xavier Nunes RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A doença meningocócica apresenta uma relevância no Brasil pela alta incidência e elevada letalidade, em torno de 18 a 20%, sendo a meningite bacteriana mais comum no país. No Hospital Couto Maia (HCM), referência para doenças infecciosas na Bahia, são admitidos em média 100 casos/ano. Objetivo: Avaliar fatores de risco para óbito em pacientes com meningite meningocócica/meningococcemia. Casuística, materiais e métodos: É um estudo de coorte retrospectiva, onde foram obtidos dados nos prontuários e nas fichas do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, dos pacientes admitidos com meningite meningocócica/meningococcemia no período de Junho de 2008- Maio 2009. Foram comparadas as características demográficas, clínicas e laboratoriais dos pacientes que evoluíram para alta com os que evoluíram para óbito, sendo analisados os fatores de risco a partir de estatísticas descritivas e bivariadas, considerando significativas as associações com intervalo de confiança de 95% (p<0,05). Resultados: Foram estudados 98 pacientes, com média de idade de 15,6 anos, predomínio do sexo masculino (N=50/ 51%). 68 pacientes foram procedentes de Salvador e 30 do interior da Bahia. Dos 98 pacientes, 13 evoluíram para óbito. Discussão e Conclusão: As diferenças principais entre os dois grupos foram média do tempo de doença, a leucometria e número de plaquetas, a presença ou não de lesões de pele e meningite, sendo que os pacientes que evoluíram para óbito apresentaram de forma significante, menor tempo de doença, aumento menos importante do leucograma, plaquetas mais baixa e ausência de meningite. Concluiu-se que é importante o treinamento das equipes de saúde, especialmente o médico, para o diagnóstico e o tratamento precoces e a adoção de medidas preventivas, como a instituição da vacinação para o meningococo C na rede pública de saúde, devido aos números crescentes da doença e a relação com surtos e epidemias. Palavras-chave: Meningite meningocócica/meningococcemia. Fatores de risco. Óbito. Evolução clínica. .

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Avaliação Da Eficácia Do Bevacizumab Intravítreo No Tratamento Do Glaucoma Neovascular. ALUNO(A): Laís Brito Lobo ORIENTADOR(A): Profª Lívia Nossa Moitinho RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: O VEGF é um fator pró-angiogênico, derivado do endotélio vascular. Em doenças que cursam com hipóxia, haverá mecanismos intracelulares que aumentam a expressão desse fator. As doenças oclusivas vasculares da retina, a retinopatia proliferativa diabética, as doenças inflamatórias, e os tumores intra-oculares irão causar isquemia na retina, situação esta, que proporcionará um suprimento sanguíneo inadequado na área retiniana correspondente. O excesso de VEGF nestas doenças pode se difundir para dentro da câmara anterior, chegando até a íris, e proporcionando uma neovascularização do ângulo, que eventualmente se desenvolve em uma membrana fibrovascular. Essa membrana pode crescer sobre a íris e o ângulo da câmara anterior, bloqueando o fluxo do humor aquoso, o que caracterizará um aumento da pressão intraocular, gerando o glaucoma neovascular. Algumas terapias conservadoras e cirúrgicas tem sido utilizadas no controle deste tipo de glaucoma, entretanto, nenhuma sozinha tem sido eficiente completamente. A participação do VEGF parece ser indispensável para a neovascularização ocular patológica. Diversos estudos estabeleceram claramente que o bloqueio do VEGF pode inibir a neovascularização da íris. O bevacizumab (avastin) é um anticorpo monoclonal humano de todas as isoformas de VEGF e, atualmente, tem sido cada vez mais investigado para ser uma promissora opção no tratamento do glaucoma neovascular. Objetivo: O objetivo deste trabalho é revisar na literatura a eficácia do bevacizumab, um antiangiogênico, em pacientes com glaucoma neovascular. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática na literatura, através de pesquisa no banco de dados MEDLINE, capítulos de livros e guidelines. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: (Intravitreal bevacizumab) OR (neovascular glaucoma) OR (Anti-VEGF Therapy) OR (Avastin AND neovascular

glaucoma). Os artigos selecionados deveriam estar escritos em inglês e publicados nos últimos 10 anos. Foram identificados 29 artigos na BIREME, destes, foram selecionados 5 artigos, sendo 4 relatos de caso e 1 ensaio clínico randomizado. Resultados: Em todos os artigos analisados foi usada uma combinação do bevacizumab intravítreo com a panfotocoagulação, e foi obtido sucesso na regressão completa da neovascularização da íris e do ângulo da câmara anterior. O número de reincidências com este tratamento conjunto foi muito baixo em todos os artigos revisados, e nestes raros casos foi necessário o uso de uma segunda injeção intravítrea de bevacizumab, seguida de uma panfotocoagulação adicional, o que resultou em uma resolução das neovascularizações recorrentes. Em todos os artigos revisados, a administração do bevacizumab intravítreo foi associada a uma melhoria na acuidade visual, uma redução na neovascularização da íris, do ângulo da câmara anterior e da pressão intra-ocular. Porém, houve algumas lacunas nestes estudos, como a sua natureza retrospectiva, limitado follow-up, medição da acuidade visual não padronizada, limitado conhecimento da dosagem necessária do bevacizumab, e um número relativamente pequeno de pacientes. Conclusão: O bevacizumab intravítreo mostrou boa eficácia no tratamento do glaucoma neovascular, proporcionando diminuição da pressão intraocular, redução da neovascularização da íris e do ângulo da câmara anterior, melhorando assim os padrões de acuidade visual dos pacientes analisados. Palavras-chave: glaucoma neovascular; bevacizumab; anti-VEGF; Avastin..

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Perfil Clínico E Laboratorial De Pacientes Com Doença Falciforme E Sobrecarga De Ferro Acompanhados Em Um Centro De Referência De Salvador/Ba ALUNO(A): Laíse Vilasboas Schettini ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Angela Maria Dias Zanette RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A doença falciforme é uma hemoglobinopatia altamente prevalente na cidade de Salvador, sendo considerada um problema de saúde pública no Brasil. Um componente essencial no manejo dos doentes com essa patologia é o uso de transfusões sanguíneas, entretanto, esta prática não é isenta de riscos. A sobrecarga de ferro, decorrente do uso crônico da terapia transfusional, é uma complicação que possui um impacto direto na expectativa de vida desses indivíduos. Objetivos: Conhecer o perfil clínico e laboratorial de pacientes com doença falciforme e sobrecarga de ferro acompanhados em um centro de referência de Salvador/BA, bem como avaliar a efetividade do tratamento ferroquelante na redução de seus níveis de ferritina sérica. Métodos: Em uma avaliação retrospectiva descritiva, foram analisados prontuários de todos os pacientes com doença falciforme e sobrecarga de ferro acompanhados neste centro de referência de 2001 a 2008. Os dados demográficos, clínicos e laboratoriais foram coletados através de um formulário construído especificamente para o estudo proposto. Resultados: Um total de 60 prontuários foi analisado. A idade variou de 2 a 62 anos, sendo a amostra composta por 56,7% pessoas do sexo feminino. Em relação ao genótipo, 95% eram homozigotos SS, 3,33% tinham hemoglobinopatia SC e 1,67% S-talassemia. 28,33% dos pacientes fizeram uso de sais de ferro após o diagnóstico de doença falciforme, enquanto que 8,3% utilizaram vitamina C mesmo possuindo sobrecarga de ferro. As indicações mais freqüentes quanto ao uso de transfusões foram crise de dor, anemia e AVC. 51,67% apresentaram pelo menos uma outra complicação que pode estar relacionada ao uso de transfusões, como infecções, aloimunização e reações transfusionais. Efeitos adversos da desferoxamina ocorreram em 26,67% dos pacientes. A média dos níveis de ferritina antes do uso do quelante foi 1984,2 ng/ml e após 1422,53 ng/ml. A diferença entre estes valores teve significância estatística, com p=0,002. A diminuição dos níveis de ferritina de cada paciente foi estatisticamente significante , com p=0,000. Discussão: Neste trabalho, constatou-se um diagnóstico tardio da hemoglobinopatia no grupo estudado, o que pode ter sido a causa de uso de transfusões sanguíneas sem indicação clínica em muitos casos. Provavelmente, houve um aumento da expectativa de vida dessa população em Salvador, nos últimos 14 anos, devido à criação de centros de cuidados multidisciplinares dedicados aos mesmos. A sobrecarga de ferro é responsável por intensificar complicações da doença falciforme, como baixa estatura e hipogonadismo. A queda dos níveis das ferritinas antes e após o uso de quelantes foi estatisticamente significante neste trabalho, apesar da maioria dos pacientes não terem realizado o uso regular desta medicação. Conclusão: Este estudo apresenta a situação atual da sobrecarga de ferro em um grupo de portadores de doença falciforme, acompanhados em um centro de referência de Salvador/BA. O tratamento com quelantes foi efetivo na redução dos níveis de ferritina desses pacientes. Concluímos que mais estudos, prospectivos, com desenho apropriado e maior número amostral são necessários para melhor estudar o impacto do excesso de ferro em pacientes com doença falciforme. Palavras-chave: Doença falciforme. Sobrecarga de ferro. Hemossiderose transfusional

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Perfil Clínico, Epidemiológico E Laboratorial De Pacientes Com Dengue Grave Em Um Hospital Especializado Em Doenças Infecciosas E Parasitárias De Salvador - Ba ALUNO(A): Lucas Mascarenhas da Silveira ORIENTADOR(A): . Dra. Ceuci de Lima Xavier Nunes RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO A dengue constitui importante problema de saúde pública em todo o Brasil, onde a ocorrências de suas formas graves tem crescido de maneira continuada, ao tempo em que se modifica o perfil da população acometida. Este estudo teve por objetivo primordial conhecer, mediante revisão de prontuários, o perfil clínico, epidemiológico e laboratorial de pacientes com diagnóstico de dengue grave, internados em um hospital especializado em doenças infecciosas e parasitárias de Salvador, Bahia. Trata-se de análise descritiva e retrospectiva do quadro observado em 49 pacientes atendidos, com o diagnóstico de interesse, confirmados mediante análise sorológica, entre janeiro e junho de 2009. A taxa de mortalidade situou-se em 2% (um paciente) do total analisado, cuja composição tem 33 (67.3%) pacientes com idade inferior a 15 anos. Quanto à procedência, 23 (46,9%) eram do interior do Bahia e 26 (53,1%), de Salvador. Segundo o gênero, 30 (61,2%) pacientes eram do sexo feminino. A confirmação laboratorial do diagnóstico clínico de Dengue ocorreu em 49 de 364 pacientes (13,5%), sendo que os meses de março e abril corresponderam a 15 (30,6%) e 16 (32,7%) casos, respectivamente. O tempo médio decorrido do início das manifestações clínicas até o internamento foi de 5,8 dias. Entre os sinais clássicos de dengue, a febre foi o mais freqüente, presente em 47 (95,9%) casos; seguida por náuseas e vômitos (73,5%) e cefaléia (63,3%). Dos sinais de alarme, a dor abdominal intensa e as manifestações hemorrágicas espontâneas foram as queixas mais comuns, presentes em 33 (67,3%) pacientes cada um. As petéquias foram as mais freqüentes manifestações hemorrágicas, relatada em 16 prontuários (48,5%). Dos 23 (46,9%) pacientes com extravasamento plasmático, 13 (52,2%) apresentaram derrame pleural. A prova do laço foi registrada em apenas nove (18,4%) casos, sendo positiva em quatro (44,4%). Apenas um paciente (2%) apresentou sinal de choque, representado por pressão arterial convergente. Apresentaram leucocitose 10 pacientes (20,4%), mesmo número daqueles com leucopenia. Plaquetopenia foi evidenciada em 47 (95,9%). As transaminases foram registradas em 33 (61,2%) pacientes. A TGO esteve elevada em 29 (96,6%) pacientes e a TGP, em 22 (73,3%). Palavras chaves: dengue grave, faixa etária, epidemiologia, sinais clássicos, sinais de alarme, choque, leucograma, albumina, extravasamento plasmático.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Tratamento Da Tuberculose Latente ALUNO(A): Leandro Henrique E. Dos S. B. P. E Pereira ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Almério Machado Júnior. RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada por micobactérias, principalmente o M. tuberculosis. A infecção pode levar à doença ativa primária, doença ativa secundária após um período de latência ou pode permanecer latente sem doença manifesta. A transmissão ocorre através da aerossolização de perdigotos contaminados com o bacilo, ao atingir os alvéolos, ocorre uma reação imune do tipo tardio no hospedeiro que se torna sensibilizado e produz anticorpos contra o patógeno, controlando a infecção. O teste tuberculínico é o principal método diagnóstico para detectar infecção latente; a medida da enduração determina, juntamente com a classificação dos grupos de risco, quem possui indicação para início da quimioprofilaxia. Existem diversos esquemas terapêuticos, o esquema com isoniazida é o mais amplamente difundido em todo o mundo e possui eficácia e efeitos adversos comprovados por ensaios clínicos; outras drogas como a rifampicina e pirazinamida também são utilizadas em outros esquemas terapêuticos, associadas entre si ou com a própria isoniazida. O risco de um indivíduo imunocompetente de desenvolver TB ativa a partir de infecção latente é de 5 a 10%; indivíduos com imunodeficiência possuem um risco de 8 a 10% por ano. O risco é maior principalmente nos dois primeiros anos. Baseado nestes dados e com intenção de diminuir a morbidade e mortalidade com gastos públicos em saúde é que tenta-se empregar o uso da quimioprofilaxia com fim de evitar o desenvolvimento de doença ativa. Métodos: Os presentes artigos e dados citados, que procuraram revisar o tratamento da tuberculose latente, foram identificados na base de dados Scielo, Cochrane Database of Systematic Reviews, The New England Journal of Medicine, World Health Organization, Bireme e Pubmed, selecionados através das seguintes expressões de busca: tuberculosis, latent tuberculosis infection,

treatment of latent tuberculosis, tratamento da tuberculose latente. Resultados: A quimioprofilaxia reduz o risco de desenvolvimento da TB a partir da infecção latente em indivíduos infectados pelo HIV, indivíduos imunocompetentes e crianças. O esquema com isoniazida é o mais eficaz, com menos efeitos colaterais que as outras drogas. Entretanto, foi constatada uma adesão menor ao tratamento com isoniazida. O esquema com rifampicina e pirazinamida tem mostrado uma maior manutenção do efeito benéfico, a despeito da maior toxicidade. Conclusão: A isoniazida é a droga utilizada como quimioprofilático para infecção pelo M. tuberculosis. Deve-se dar extrema importância para indivíduos com infecção concomitante pelo HIV pelo seu maior risco de desenvolvimento de TB ativa. É comprovada a eficácia do tratamento da tuberculose latente através de vários estudos, tendo impacto na sobrevida, mortalidade e redução do desenvolvimento da doença. Medida esta que deve ser difundida em todos os sistemas de saúde mundial.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Impacto Da Lei No 11.705 (“Lei Seca”) No Número De Acidentes E Vítimas De Trânsito Em Salvador-Bahia ALUNO(A): Lívia Dantas Muniz ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Paulo André Jesuíno RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: No Brasil existem altas taxas de morbimortalidade por acidentes automobilísticos, sendo contraditório o número de estudos sobre esse tema no país. Vários fatores são importantes para a redução desses, incluindo o controle do ato de beber e dirigir. Na tentativa de diminuir os acidentes álcool relacionados foi sancionada a Lei no 11.705 (“Lei Seca”), que institui a alcoolemia zero e pune de forma mais severa os motoristas alcoolizados. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, a partir de dados secundários do banco de dados da Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (TRANSALVADOR). Foram utilizados os números de vítimas e acidentes, dividindo-os em dois períodos: Janeiro a Junho e Julho a Dezembro. Analisando assim, seis meses antes e seis após a Lei. Os resultados foram analisados através de proporções para observar e comparar o impacto com outros estudos. Resultados: O total de acidentes no ano de 2008 foi 28.268, sendo 42,4% no período I e 57,6% no período II. O número de acidentes cresceu 35,7% no segundo período em relação ao primeiro. O total de vítimas no ano de 2008 foi 7.977, apresentando 45,8% no primeiro período e 54,2% no segundo. Havendo um aumento de 18,37% do segundo período em comparação com o primeiro. O número de vítimas fatais, em todo o ano, representou 2,8% do total de vítimas, representando 1,37% de vítimas no primeiro período e 1,43% no segundo. Discussão: A Lei no 11.705 é considerada de alta rigorosidade, já que estabelece alcoolemia zero, altas multas, suspensão do direito de dirigir, punição e prisão. Porém, observou-se uma divergência entre o esperado e os resultados encontrados, já que os números de acidentes e vítimas aumentaram após a implantação da Lei. A deficiência na fiscalização, a falta de consciência da população, o aumento do número de motoristas, veículos circulantes e quilometragem rodada podem ser expressas como possibilidades para esse aumento. Conclusão: A partir dos resultados desse estudo observa-se que a Lei no 11.705 não foi efetiva no cumprimento do seu objetivo de diminuir o número de acidentes e óbitos no trânsito, na cidade de Salvador, durante o período analisado. É imperativo uma fiscalização mais rigorosa, a conscientização dos motoristas e mais estudos sobre o assunto para que venham a ser observados resultados satisfatórios dessa Lei. Palavras-chave: Acidentes de trânsito; Lei no 11.705; “Lei Seca”; Álcool. .

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Ferritina Sérica Na Doença Falciforme: Associação com os principais eventos clínicos em crianças com doença falciforme Na Bahia ALUNO(A): Ludmila Andrade Viana ORIENTADOR(A): Tatiana Regia Suzana Amorim Boa Sorte RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO

Introdução: A doença falciforme é um grupo de hemoglobinopatias que têm em comum a presença de hemácias com potencial de falcização no sangue, devido a uma mutação no gene que codifica a cadeia β da globina. É a doença hereditária mais comum no Brasil, um caso em cada 1.000 nascidos vivos e, na Bahia, um em cada 800 nascidos vivos. A doença falciforme, bem como outras doenças hereditárias, pode ser diagnosticada por triagem neonatal, ou “Teste do Pezinho”, com realização obrigatória, na Bahia, desde 2001. As principais manifestações clínicas da doença falciforme correspondem a crises álgicas, crises hemolíticas e seqüestro esplênico. Associadas a estas, observa-se as vasculopatias cerebrais, principalmente o acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. Os pacientes com doença falciforme são frequentemente submetidos a transfusões sanguíneas, o que acarreta uma sobrecarga de ferro. Por isso, passam a apresentar níveis elevados de ferritina, principal proteína de armazenamento fisiológico de ferro. A elevação dos valores de ferritina pode estar associada à maior incidência das manifestações e complicações da doença falciforme. Objetivos: Verificar: valores de ferritina sérica em crianças com até 5 anos de idade, diagnosticadas com doença falciforme ao nascimento, acompanhadas por Serviço de Referência em Triagem Neonatal da Bahia; se existe associação entre elevação de ferritina sérica e ocorrência dos eventos clínicos determinados (crise álgica, crise hemolítica, seqüestro esplênico e AVC); valores basais de ferritina e associação com transfusão sanguínea. Metodologia: Consiste de um estudo descritivo, tipo coorte retrospectiva, por coleta de dados secundários, na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Salvador – Bahia. Resultados: Em um total de 392 pacientes com registros de ferritina sérica, foram identificadas 1.794 consultas com dosagens de ferritina, das quais 47,75 eram de pacientes com fenótipo HbSS. Os valores de ferritina média (251,59 ng/dL) e de ferritina basal (129,90 ng/dL) foram maiores no grupo HbSS. Foi demonstrado que a maior ocorrência de eventos clínicos coincidiu com um valor maior de ferritina sérica. Discussão: O presente estudo permitiu inferir que pacientes com fenótipo HbSS apresentaram maior número de consultas médicas, relacionado aos maiores valores de ferritina sérica. Estes dados associam-se a maior ocorrência de eventos clínicos no grupo HbSS, quando comparado ao HbSC e HbS-beta. Conclusão: A doença falciforme é a doença monogênica mais comum no Brasil. Portanto, o estudo de métodos capazes de permitir um acompanhamento melhor da evolução da doença propiciará melhor qualidade de vida aos pacientes. A ferritina sérica é sugerida como uma forma de acompanhar a evolução da doença, evitando os danos causados pela sobrecarga de ferro secundária às sucessivas transfusões terapêuticas.

Palavras-chave: Doença falciforme. Ferritina sérica. Manifestações clínicas.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Fatores Virais E Do Hospedeiro Associados À Ocorrência De Ham⁄Tsp Na Infecção Pelo Htlv-1 infectadas. ALUNO(A): Lia Freitas Serra ORIENTADOR(A): Profª. Aline Cristina Andrade Mota Miranda RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: O vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 é um retrovírus e promove uma infecção latente em células T periféricas, predominantemente, células T CD4+. No mundo, cerca de 10 a 20 milhões de pessoas encontram-se infectadas, de forma que a infecção pelo HTLV-1 é considerada um problema de saúde pública. No Brasil, aproximadamente 2,5 milhões de pessoas são portadoras do vírus, cuja prevalência é maior nos estados do Maranhão, de Pernambuco e da Bahia, com destaque para a cidade de Salvador. A transmissão do vírus ocorre através da transfusão de sangue e hemoderivados contaminados, compartilhamento de agulhas contaminadas entre usuários de drogas injetáveis, via aleitamento materno e via transmissão sexual. Estima-se que 95% dos indivíduos infectados permanecem assintomáticos ao longo do curso da infecção, enquanto que 5% desenvolvem doenças como a ATL e a HAM/TSP. A HAM/TSP atinge 1 a 5% dos indivíduos infectados, e é caracterizada por, entre outros sintomas, fraqueza de membros inferiores e disfunção autonômica. Quanto à manifestação da HAM/TSP, ainda não foram estabelecidos claramente os determinantes de sua manifestação e da cronologia da sua apresentação. Objetivo: Reunir os principais dados científicos sobre os fatores virais e do hospedeiro que estão associados à manifestação de HAM/TSP na infecção pelo HTLV-1. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura dos principais achados científicos nesta área. Resultados: Neste trabalho, foi possível verificar que os principais dados científicos concordam que os altos níveis de carga proviral, e atuação da proteína Tax representam elevado risco para o desenvolvimento da HAM/TSP. Foi possível observar também que a resposta imune celular contribui substancialmente para a evolução do estado assintomático para a manifestação da HAM/TSP, especialmente a ativação crônica de CTL, e a intensa produção de IFN-γ e TNF-α. Além disso, dados epidemiológicos mostram que a freqüência de alterações urológicas está aumentada nos indivíduos com HAM/TSP, e em indivíduos infectados assintomáticos sem comprometimento neurológico, sugerindo que a ocorrência de bexiga neurogênica seja um evento precoce à manifestação de HAM/TSP, de forma que o mesmo valor preditivo é dado à manifestação recente da DIH. Por fim, são identificados alelos de HLA específicos (B*5401, Cw*07, B*07, A*02) que se associam à proteção e susceptibilidade à HAM/TSP. Conclusão: A determinação exata de fatores virais e do hospedeiro relacionados com a manifestação de HAM/TSP, bem como se esta se dará de forma precoce ou tardia, ainda constitui um grande desafio para a comunidade científica. Novos estudos devem ser realizados para avaliar mais profundamente a relevância dos fatores analisados nesta revisão, inclusive em diferentes populações, e a forma como estes fatores interagem quanto ao desfecho da infecção pelo HTLV-1.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Benefícios Do Uso De Aspirina Em Pacientes Com Diabete Melito Tipo 2 .ALUNO(A): Leda Lúcia Di Gregorio Neta ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Pedro Flávio

RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Há uma expectativa de aumento da prevalência de diabete melito (DM) do tipo 2 nos próximos anos em todo o mundo. No Brasil, estima-se que o número de casos de DM passe de 4,6milhões em 2000 para 11,3milhões em 2030. Com o aumento do número de casos, haverá também um grande acréscimo na proporção de complicações crônicas micro e macrovasculares associadas à doença. Pacientes diabetes tipo 2 têm alta morbidade e mortalidade devido ao aumento de complicações microvasculares (retinopatia, nefropatia e neuropatia) e macrovasculares (doença isquêmica do coração, acidente vascular cerebral e doença vascular periférica). Objetivo: Avaliar, a partir de revisão de literatura, o benefício do uso de aspirina em pacientes com diabetes tipo 2. Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed e Scielo. Foram incluídos artigos que abordassem o tema proposto nas línguas português, inglês e espanhol, sendo excluídos os estudos nas demais línguas. Resultados: Trinta e seis artigos foram selecionados. Os estudos foram realizados em diversos países, com números variados de pacientes, tempo de estudo variado e métodos de avaliação distintos. A maioria dos trabalhos avaliou os riscos e benefícios do uso de aspirina em pacientes com diabetes tipo 2, levando em consideração a prevenção primária e secundária da complicações vasculares promovidas por tal patologia. Conclusão: A partir deste estudo podemos concluir que, como prevenção primária, o uso de AAS ainda requer evidências mais fortes, mas deve ser considerado nos grupos com risco intermediário a alto de eventos cardíacos, assim como em diabéticos com mais de 30 anos e que possuam fatores de risco associados. Palavras-chave: diabete melito, aspirina, neuropatia diabética, retinopatia diabética.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Manejo Da Anemia Em Pacientes Portadores De Insuficiência Renal Crônica ALUNO(A): Luiz Fernando Filadelfo Andrade ORIENTADOR(A): Profª. Dra. Elise Schaer RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A anemia é uma importante complicação da Insuficiência Renal Crônica (IRC) e é capaz de elevar a morbi-mortalidade e reduzir a qualidade de vida do paciente. Em todo o mundo, tem-se realizados muitos estudos com o intuito de encontrar o meio mais eficaz para o manejo da anemia na IRC. Objetivo: Descrever a fisiopatologia da anemia na IRC, com ênfase na melhor forma de tratá-la em pacientes submetidos à Terapia Renal Substituta (TRS). Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica no período de Março a Setembro de 2009 na base de dados da Pubmed, Medline, Lilacs e Scielo. Resultados: Com os descritores utilizados e após o levantamento de dados, foram selecionados 47 artigos sobre o tema. Discussão e Conclusão: A anemia na IRC é, principalmente, causada pela deficiência na produção de Eritropoetina e sua reposição mostra-se como o método mais eficaz e seguro para o tratamento em pacientes submetidos à TRS. No entanto, não se deve esquecer a importância do ferro na gênese da anemia no paciente portador de IRC. Objetiva-se um alvo de hemoglobina entre 11-12 g/dL a fim de diminuir os riscos de eventos cardiovasculares e a necessidade de transfusões sanguíneas. Novas drogas têm sido desenvolvidas em busca de um manejo mais seguro, eficaz e satisfatório para o paciente. Palavras-chave: Anemia. Insuficiência Renal Crônica. Fisiopatologia da anemia. Tratamento da anemia. .

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T¸TULOT¸TULOT¸TULOT¸TULO: Qualidade De Vida De Pacientes Com Sobrepeso Ou Obesidade Atendidos Em Ambulatório De Salvador - Bahia ALUNO(A): Ludmilla Félix Medrado ORIENTADOR(A): Prof.ª Dr.ª Ana Marice Teixeira Ladeia RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A obesidade, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o excesso de gordura corporal que representa risco para a saúde, atualmente consiste em uma epidemia. Apresenta proporções relevantes não apenas em países desenvolvidos, mas também naqueles em desenvolvimento. No Brasil, encontra-se em níveis crescentes. Está relacionada a morbidade aumentada, o que produz sintomas desagradáveis, tais como dor. Se conhece relativamente pouco acerca da relação entre obesidade e qualidade de vida, aspecto relevante na avaliação em saúde Objetivos: Avaliar a qualidade de vida de indivíduos obesos ou com sobrepeso, atendidos em ambulatório de obesidade de Salvador-BA, bem como verificar se existe associação entre qualidade de vida e: Índice de Massa Corpórea (IMC); número de comorbidades; e dor. Metodologia: Estudo de corte transversal, com 63 indivíduos apresentando IMC ≥ 25 kg/m². Aplicou-se a versão em português do questionário World Health Organization Quality of life bref (WHOQOL bref), instrumento genérico de qualidade de vida. Foram investigadas as características sociodemográficas, hábitos de vida e comorbidades apresentadas pelos indivíduos. Foram obtidos peso, altura, IMC e circunferência abdominal dos pacientes, através dos prontuários relativos ao mesmo dia em que o WHOQOL bref foi preenchido. Variáveis contínuas foram expressas por média e desvio padrão. Demais variáveis foram expressas por freqüência. IMC, número de comorbidades e presença ou não de dor foram comparados, separadamente, com: as proporções de respostas atribuídas aos itens 1 e 2 do questionário (teste do qui quadrado); os escores médios dos quatro domínios do WHOQOL bref (teste t de Student); os escores dos itens 1 e 2 e dos quatro domínios do WHOQOL bref (Correlação de Spearman). Significância estatística foi estabelecida para p<0,05. Resultados: A amostra foi composta por 58 mulheres e 5 homens, com idades entre 23 e 78 anos. Tabagismo e ingesta de bebida alcoólica não foram frequentes; entretanto, o sedentarismo foi marcante (65,1%). O IMC variou de 25,64 kg/m² a 48,67 kg/m², e a média na população foi de 33,59 kg/m² (±6,11), predominando o sobrepeso (35,0%). Dor foi prevalente (77,8%). Nas questões referentes a qualidade de vida e saúde gerais, predominaram as respostas de indefinição, do tipo “nem ruim nem boa” ou “nem satisfeito nem insatisfeito”. Cerca de um terço dos indivíduos relatou estar insatisfeito ou muito insatisfeito com a saúde. O menor escore médio ocorreu no domínio ambiental e o maior, no domínio social. Verificou-se associação inversa entre: IMC e satisfação com a saúde; número de doenças e relações sociais; dor e os domínios físico, psicológico e ambiental de qualidade de vida, avaliados separadamente. Demonstrou-se redução dos escores nos domínios social e ambiental à medida que se eleva a classe de obesidade. Conclusão: Sobrepeso e obesidade estão associados a pior qualidade de vida, à medida que se eleva o IMC, não somente pelo excesso de peso, mas também pelas comorbidades associadas e presença de dor. Palavras chave: Obesidade; qualidade de vida; Índice de Massa Corpórea (IMC); WHOQOL bref.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Perfil Clínico E Laboratorial De Pacientes Com Doença De Gaucher Acompanhados Em Um Centro De Referência Em Salvador/Bahia. ALUNO(A): Laís Magalhães Aguiar ORIENTADOR(A): Drª. Angela Maria Dias Zanette RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO INTRODUÇÃO: A Doença de Gaucher (DG) é uma glucoesfingolipidose pertencente ao grupo de doenças lisossômicas de armazenamento. Trata-se de uma doença autossômica recessiva multissistêmica com grande variação em suas manifestações clínicas, gravidade e evolução. Possui três tipos de variantes: não-neuronopática, sendo esta a forma mais comum; neuronopática aguda ou forma infantil e neuronopática crônica. Pode ser diagnosticada através de achados morfológicos, dosagem enzimática e análise molecular. O diagnóstico morfológico é feito através da presença das células de Gaucher na amostra analisada, freqüentemente aspirado de medula óssea, porém a demonstração da deficiência da atividade da beta-glucosidase ácida é considerada o método mais eficiente para o diagnóstico. A terapia de reposição enzimática (TRE), atualmente padrão ouro de tratamento, para a doença foi aprovada em 1991 pela Food and Drug Administration (FDA) com a glicosilceramidase exógena (alglucerase). Em 1994 essa foi substituída pela forma recombinante (imiglucerase). A DG é uma doença rara, mais prevalente em judeus Ashkenazi, sendo pouco conhecida no meio médico. Esse pouco conhecimento por parte dos profissionais médicos pode impedir que pacientes com a DG tenham diagnóstico precoce, com a conseqüente dificuldade de acesso ao tratamento, altamente eficaz e disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O diagnóstico diferencial com quadros de citopenias com hepatoesplenomegalia deve ser feito, visando evitar as complicações da doença, em especial as ósseas, causadoras de grande morbidade na DG não tratada adequadamente.O presente estudo se justifica ao chamar a atenção para uma patologia rara, porém que pode ser confundida com patologias de grande prevalência em nosso meio, como a esquistossomose e a leishmaniose visceral. OBJETIVO: Estudar o perfil clínico e laboratorial de pacientes com diagnóstico de Doença de Gaucher acompanhados em um Centro de Referência em Salvador/BA. PACIENTES E MÉTODOS: Estudo retrospectivo descritivo, com revisão dos prontuários médicos de todos os pacientes com diagnóstico confirmado de DG, respeitando-se os aspectos éticos. Os dados foram levantados através de preenchimento de questionário construído especificamente para tal, com a realização da análise estatística pertinente. RESULTADOS: A amostra constituiu-se de 26 pacientes, sendo a maioria crianças e adolescentes, com idade ao diagnóstico variando entre 2 e 59 anos; predomínio do tipo 1 da doença, sendo hepatoesplenomegalia a manifestação clínica mais comum. Três pacientes foram submetidos a esplenectomia antes do diagnóstico de DG ser estabelecido. Grande parte dos pacientes apresentou melhora do quadro laboratorial e redução no tamanho do baço e fígado após início do tratamento. CONCLUSÃO: Concluiu-se que a doença é subdiagnosticada em nosso meio e, por desconhecimento da equipe de saúde, muitos pacientes são abordados de forma equivocada, retardando-se o diagnóstico e tratamento. Há necessidade da difusão de conhecimentos sobre a doença com o intuito de melhorar a qualidade de vida desses pacientes.

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Palavras chaves: Doença de Gaucher; doenças de depósito lisossômico; terapia de reposição enzimática

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Estudo Dos Pacientes Submetidos À Cirurgia Bariátrica Revisional Devido À Perda Ponderal Insatisfatória ALUNO(A): Lucas Araújo De Freitas ORIENTADOR(A): Prof. Dr. João Eduardo Ettinger RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A obesidade é uma doença muito prevalente no mundo e que está associada a um grande número de comorbidades, como HAS, DM tipo 2, osteoartrose, apnéia do sono, DRGE e até certos tipos de câncer. O tratamento dos doentes com obesidade grau III ou grau II com comorbidade é cirúrgico, pois é mais eficaz que o clínico. Existem diversas técnicas operatórias para esse tratamento que são divididas basicamente em três grupos: restritivas, mistas e predominantemente disabsortivas; atualmente a técnica mais utilizada nos EUA e Brasil é a DGYR, com excelentes resultados. Mesmo com bons resultados, alguns pacientes têm complicações pós-operatórias ou não perdem peso adequadamente; é aí que a CBR se faz necessária. Objetivo: Avaliar a evolução dos pacientes submetidos à CBR por PPI. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed e Scielo, referente ao período entre 2007 e 2009. Foram incluídos artigos dos últimos três anos que abordassem a evolução de pacientes reoperados por PPI nas línguas português, inglês e espanhol, sendo excluídos os estudos nas demais línguas. Resultados: Treze artigos foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Dos treze, 10 estudos foram feitos nos EUA, um na França, um na Holanda e um no Brasil. Em todos os estudos, o sexo feminino foi predominante, chegando a 96% na série de Hallowell et al. A DGYR foi a técnica mais utilizada nas revisões, principalmente em pacientes previamente operados por métodos restritivos. Indivíduos que cursaram com PPI após DGYR como procedimento primário tiveram quatro alternativas como CBR: colocar um anel gástrico, diminuir o canal alimentar comum ou reoperar com outras técnicas - DS ou Scopinaro. Conclusão: A CBR tem ótimos resultados, desde que sejam tomados os cuidados necessários, como ser realizada por cirurgiões experientes. A PEP foi satisfatória, com redução das comorbidades e sem complicações inesperadas. A DGYR é uma ótima alternativa como CBR em pacientes submetidos a métodos restritivos e o aumento da disabsorção se mostrou eficaz e seguro em pacientes previamente operados por DGYR. Palavras-chave: Cirurgia bariátrica revisional; perda de peso insatisfatória.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: ALUNO(A): Luiza de Lima Tavares ORIENTADOR(A): Prof. Dr. RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO

Objetivo: Avaliar o impacto da gastrectomia subtotal e total, em pacientes com

adenocarcinoma distal do estômago, utilizando como critérios de análise a morbi-

mortalidade pós-cirúrgica, a necessidade de transfusão sanguínea e a sobrevida de cinco

anos. Materiais e Métodos: Revisão de artigos com pesquisa nos bancos de dados:

PubMed/Medline, Lilacs e Scielo. Todas as buscas se basearam nas palavras chave

gastrectomy AND total AND subtotal ou gastrectomia AND total AND subtotal. Os

critérios de exclusão foram artigos publicados em língua que não fossem inglês,

português ou espanhol, não prospectivos, que não abordassem adenorcarcinomas

distais, que não utilizassem laparotomia como método cirúrgico, que possuíssem

amostra restrita a apenas um estádio do carcinoma gástrico, que realizassem cirurgias

paliativas e os que não abordavam diretamente o assunto a ser revisado. Resultados: A

maioria dos artigos não apresentou diferenças significativas entre o subgrupo submetido

à gastrectomia subtotal e o submetido à total, em relação à morbidade e mortalidade

pós-cirúrgicas. A diferença na sobrevida de cinco anos foi importante em dois trabalhos

e desprezível em outros dois. Um artigo mostrou uma necessidade significativamente

maior da realização de transfusão sanguínea no subgrupo que realizou gastrectomia

total. Conclusão: Os resultados encontrados nas taxas de morbidade, mortalidade e

sobrevida de cinco anos indicam a possibilidade de realização da gastrectomia subtotal

como melhor procedimento porém o número reduzido de trabalhos de boa qualidade

sobre o tema não permite que esse resultado seja aplicado na prática. É necessária a

realização de novos estudos prospectivos randomizados, que utilizem os métodos

cirúrgicos atuais e submetam os valores obtidos à análise estatística multivariada.

Palavras-chave: Gastrectomia total. Gastrectomia subtotal. Adenocarcinoma gástrico.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Necrose Avascular Óssea Na Terapia Imunossupressora Em Transplantados Renais ALUNO(A): Maurício Telles Vargas Leal ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Marcos Almeida Matos RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: Necrose avascular óssea (NAV) é a maior e mais debilitante complicação músculo-esquelética pós-transplante renal. A alta incidência de NAV no pós-transplante renal tem sido historicamente associada a dosagens elevadas de corticosteróide. A introdução da terapia imunossupressora com ciclosporina A e tacrolimus permitiu a redução da dosagem de corticosteróide no pós-transplante renal e a incidência de NAV. Neste contexo, diversos estudos mostraram diferenças ainda não totalmente esclarecidas entre os fármacos imunossupressores a respeito do risco de desenvolvimento de NAV como efeito adverso. Metodologia: realizamos uma metanálise com obejtivo de comparar o risco de NAV em pacientes transplantados renais que fizeram uso de tacrolimus ou ciclosporina A. Para a busca bibliográfica, foram utilizadas as bases de dados MedLine e Scielo. Resultados: Os estudos incluídos foram dois ensaios clínicos randomizados controlados e um estudo de coorte retrospectivo. A análise dos três estudos incluídos na metanálise evidenciou que os pacientes tratados com ciclosporina A apresentavam maior freqüência de NAV. A análise isolada do risco relativo de cada estudo mostrou uma redução do risco de desenvolvimento de necrose avascular no grupo tacrolimus, no entanto em apenas um dos estudos essa redução foi significativa. Conclusão: A metanálise evidenciou que o uso de tacrolimus diminui o risco de desenvolvimento de osteonecrose avascular na terapia imunossupressora em transplantados renais. Palavras-chave: necrose avascular; tacrolimus; ciclosporina A; corsticosteróide; transplante renal.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Conduta Nas Neoplasias Intraepiteliais Cervicais Em Adolescentes. ALUNO(A): Maria Cecília Sodré Ramos De Souza ORIENTADOR(A): Prof. Paula Matos Oliveira RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A cada ano é estimado que 274.000 mulheres morram por câncer invasivo

do colo do útero em todo o mundo, principalmente em países subdesenvolvidos. Os

dados recentes de países desenvolvidos registram redução das taxas de incidência e

mortalidade pelo câncer de colo do útero, e que vem sendo atribuída ao rastreamento

das lesões pré-neoplásicas em adolescentes – população de risco para NIC devido à alta

incidência da infecção pelo HPV, principal fator de risco para o desenvolvimento desta

patologia. Objetivo: avaliar os recentes estudos sobre conduta na Neoplasia Intra-

epitelial Cervical em adolescentes. Métodos: Este estudo avaliou os novos protocolos

de tratamento da Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) em adolescentes através de

uma revisão de literatura do banco de dados do PubMed entre junho e outubro de 2009.

Resultados: As taxas de alterações citológicas da cérvice e de NIC em adolescentes são

altas, entretanto as taxas de regressão espontânea das lesões podem chegar até 91% em

36 meses. Após a indicação do tratamento conservador, são registradas taxas de

abandono de até 40%. Discussão e Conclusão: A análise dos estudos indicou que as

taxas de regressão espontânea encontradas dão flexibilidade ao manejo da NIC nesta

faixa etária, com possibilidade do acompanhamento conservador, caso o seguimento

seja viável e adequado. Porém, ainda são fundamentais os programas de conscientização

das adolescentes- diante da necessidade da presença durante o acompanhamento

conservador- atentando para explicar a importância do controle da NIC e a possibilidade

de futuro tratamento.

Palavras-chave: Neoplasia intraepitelial cervical (NIC); Adolescentes; Tratamentos; Papilomavírus Humano (HPV).

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Co-Infecção Htlv-1/Tuberculose Uma Revisão Sistemática

ALUNO(A): Maíra Melo Da Fonsêca ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Maria Fernanda Rios Grassi RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO O vírus linfotrópico da célula T humana tipo 1 (HTLV-1) é o agente etiológico da leucemia/linfoma de células T do adulto (ATLL) e da paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM/TSP), além de estar associado ao desenvolvimento de patologias inflamatórias como artrite, uveíte e polimiosite. Uma maior prevalência de doenças infecciosas, como estrongiloidíase, dermatite infectiva e tuberculose, também tem sido descrita em indivíduos infectados pelo HTLV-1. O aumento da morbimortalidade relacionada à associação entre HTLV-1 e tuberculose tem sido evidenciado em diferentes países. O objetivo principal deste trabalho é realizar uma revisão da literatura sobre a prevalência da associação entre a infecção pelo HTLV-1 e tuberculose em diferentes localidades do mundo. Além disso, tem por objetivo identificar os possíveis fatores de risco para esta associação. Para tal, foi realizada uma revisão de literatura na base de dados PubMed/Medline, utilizando-se o termo “Human T-Lymphotropic Virus-1 and Tuberculosis” (Vírus Linfotrópico da Célula T Humana Tipo 1 e Tuberculose). Foram identificados sete estudos com abordagem central na co-infecção HTLV-1/tuberculose, enfatizando a sua prevalência. Apenas um dos estudos revisados não mostrou associação entre o desenvolvimento de tuberculose e infecção pelo HTLV-1. Todos os demais evidenciaram tal relação. No presente estudo, conclui-se que a prevalência da infecção pelo HTLV-1 é elevada em pacientes com tuberculose em diferentes regiões do mundo. Além disso, tanto a infecção pelo HTLV-1, quanto pela tuberculose, apresentam fatores de risco semelhantes, a exemplo de transfusão sanguínea prévia, uso de droga e infecção pelo HIV. Palavras-chave: Vírus linfotrópico da célula T humana tipo 1 (HTLV-1). Tuberculose. Co-infecção. Prevalência. Infecção.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Genética Molecular Dos Carcinomas Diferenciados Da Tireóide ALUNO(A): Marianna Machado Oliveira ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Ana Cristina Carneiro dos Reis RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: Os carcinomas diferenciados da tireóide (CDT): papilífero (CPT) e folicular (CFT) representam os mais freqüentes carcinomas da tireóide e são derivados da célula folicular. O diagnóstico citológico destas neoplasias apresenta algumas dificuldades como, por exemplo: a diferenciação entre adenomas foliculares e carcinomas foliculares, e a distinção entre variantes foliculares do carcinoma papilífero da tireóide e outras condições proliferativas foliculares. A maioria dos CDT apresenta bom prognóstico, porém alguns casos assumem características agressivas com invasão local e metástase que pode levar a morte. Diante destes fatos, o estudo de alterações moleculares presentes nos carcinomas diferenciados da tireóide pode representar uma ferramenta diagnóstica e auxiliar numa melhor determinação no prognóstico destas doenças. A tireóide fornece um modelo de estudo atrativo em genética molecular, pois possui um grande número de lesões, epitélio homogêneo na organização e rotas alternativas de progressão neoplásica que levam desde patologias benignas até altamente malignas. O objetivo deste trabalho é descrever os principais genes (fundamentados pela literatura) envolvidos no desenvolvimento dos CPT e CFT buscando estabelecer relações com tipos histológicos variantes, fatores prognósticos e fatores de risco. Foi feita uma busca bibliográfica nas bases de dados MEDLINE, LILACS, SCIELO, PUBMED. Os artigos que atendia os critérios de inclusão foram utilizados na revisão bibliográfica. Entre os carcinomas papilíferos foram estudados os genes RET, NTRK, BRAF, e entre os foliculares os genes RAS, PTEN, PIK3CA e o rearranjo PAX-8/PPARγ. Algumas relações mesmo que não definitivas foram estabelecidas entre alguns genes e tipos histológicos e variantes, radiação, deficiência de iodo, agressividade ou indolência. Portanto estes genes mostraram-se como importantes para o aprimoramento do diagnóstico e prognóstico, além de alguns deles representarem potencias alvos terapêuticos futuramente. Palavras-chave: carcinomas diferenciados da tireóide; carcinoma papilífero da tireóide; carcinoma folicular da tireóide; genética molecular; RET; NTRK; BRAF; RAS; PAX-8/PPARγ; PTEN; PIK3CA.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Características Clínicas Dos Pacientes Submetidos À Cintilografia Miocárdica Em Serviço Ambulatorial ALUNO(A): Maria Luisa Aguiar Rocha ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Mário de Seixas Rocha RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução:A Doença Arterial Coronariana caracteriza-se pelo estreitamento progressivo das coronárias devido à presença de placas ateroscleróticas em suas paredes. Tal processo altera a capacidade desses vasos em fornecer suficiente fluxo sanguíneo ao músculo cardíaco, provocando lesões isquêmicas, que podem se manifestar sob a forma de angina, infarto agudo do miocárdio ou morte súbita. A incidência da doença clinicamente manifesta está relacionada à presença de fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, obesidade, tabagismo e historia familiar. A doença cardiovascular é responsável por uma proporção substancial de mortes prematuras, tornando-se primordial a identificação dos indivíduos sob maior risco de eventos cardiovasculares. Entre os vários métodos existentes para estratificação da DAC pode-se destacar a Cintilografia Miocárdica. Objetivo: Caracterizar a população de pacientes com suspeita de doença arterial coronariana avaliados em serviço de medicina nuclear. Método: Estudo retrospectivo envolvendo 800 pacientes submetidos à Cintilografia Miocárdica. Foram analisados os dados demográficos, antropométricas e clínicos desses pacientes, assim como o laudo da fase de estresse (tipo de estresse utilizado e condições de positividade) e da Cintilografia (número de territórios afetados e grau de severidade). Os dados foram comparados usando-se o teste do chi-quadrado para as variáveis discretas e teste t de Student não-pareado para as variáveis contínuas (p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo). Resultados: Os fatores de risco identificados na população estudada foram: sexo masculino (51,6%), média 61,4 anos, história familiar de doença aterosclerótica precoce (17,6%), passado de tabagismo (4,5%), hipertensão arterial (63,9%), sedentarismo (82%), obesidade (12,5%), dislipidemia (48,9%) e diabetes (20,3%).O teste de esforço foi positivo em 23,5% dos pacientes, quando utilizado Dipiridamol ocorreu positividade em 9,6% dos pacientes e o exame de Cintilografia Miocárdica apresentou alterações isquêmicas em 22,9% da amostra. As variáveis identificadas como preditoras do diagnóstico de isquemia miocárdica foram hipertensão, diabetes e obesidade. Conclusão: Observou-se uma alta prevalência de fatores de risco na nossa amostra, bem como uma expressiva prevalência, de isquemia miocárdica identificada no exame perfusional. Pacientes que tiveram resultados alterados na modalidade estresse apresentaram maior severidade isquêmica, quando esta era identificada a Cintilografia, sendo o estresse com Dipiridamol positivo mais associado a Cintilografia também positiva. Palavras-chave: DAC; fatores de risco cardiovascular; Cintilografia Miocárdica.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Características Clínicas E Epidemiológicas Do Líquen Plano Bucal E Sua Possível Associação com Fatores Psicológicos ALUNO(A): Marcus Marcel M. B. De Oliveira ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Márcio Roberto de Freitas Souza RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO O Líquen Plano Bucal (LPB) é uma doença inflamatória crônica que pode atingir pele e ou mucosas, especialmente a mucosa bucal. A doença é mais prevalente em mulheres de meia-idade, entre 30-60 anos, do que em homens de diferentes faixas etárias, sendo raramente encontrado em crianças. Apresenta etiologia incerta e prognóstico duvidoso nos casos de LPB erosivo ou atrófico, sendo controverso na literatura o potencial de transformação maligna das lesões de LPB. Fatores psicogênicos parecem possuir relação com a etiologia da doença, no entanto, esta associação ainda permanece controversa. Este trabalho tem como objetivo revisar na literatura existente artigos que descrevam as principais características clínicas e epidemiológicas do LPB e sua possível associação com fatores psicológicos considerando os níveis de ansiedade e depressão presentes nos indivíduos. Com base na literatura revisada considera-se que a maior parte dos casos diagnosticados de LPB foi em mulheres de meia idade, com prevalência das formas reticular e erosiva. Certos distúrbios psicossomáticos podem ser fatores subjacentes ao LPB, porém, uma correlação direta entre estes fatores psicológicos e a doença permanece ainda pouco definida. Palavras-chaves: Líquen Plano Bucal. Líquen Plano Oral. Fatores Psicológicos.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Profilaxia Farmacológica De Tromboembolismo Venoso Profundo Em Pacientes Submetidos À Artroplastia Total De Joelho ALUNO(A): Marcello Verde Ragazzo Soares ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Marcelo Chalhoub RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A artroplastia total de joelho, é uma cirurgia que tem crescido significativamente nos últimos anos devido a grande recuperação de funcionalidade articular que é proporcionada. Porém, é um procedimento classificado como de alto risco para o desenvolvimento de TVP/TEP, e os métodos profiláticos mais eficazes para estas intercorrências ainda não estão bem descritos. Objetivo: Avaliar, a partir de revisão de literatura, o fármaco mais eficaz na profilaxia da TVP em pacientes submetidos à artroplastia total de joelho. Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed e Scielo, referente ao período entre 1998 e 2009. Foram incluídos artigos dos últimos dez anos que abordassem a relação entre os temas nas línguas português, inglês e espanhol, sendo excluídos os estudos nas demais línguas. seis artigos do tipo ensaio clínico, duplo cego, foram selecionados. Os estudos foram realizados comparadas duas drogas na prevenção do tromboembolismo venoso. Resultados: O tratamento com inibidores diretos em diversos países. O número de pacientes variou de 600 a 2.556. Em cada artigo foram do fator Xa obtiveram uma menor freqüência de TEV que o tratamento com enoxaparina [redução do risco relativo 49% (95% CI, 35 a 61) P <0,001] em relação ao rivaroxaban e [redução de risco relativo 55,2% [intervalo de confiança de 95, 36,2-70,2) P <0,001] em relação ao fondaparinux. Em relação ao apixaban a redução de risco não foi significativa. Comparando com o ximegalatran, a enoxaparina também apresentou maior freqüência de TEV (redução de risco relativo 30%). Quando comparada à varfarina, a enoxaparina se mostrou mais eficaz [redução de risco relativo 28.6% (CI, 11.1% to 43.1%) P = 0.003]. Conclusão: Com base nos estudos realizados, podemos concluir que a enoxaparina se mostra menos eficaz que as drogas inibidoras diretas do fator Xa e que o ximegalatran. Porém, se mostrou mais eficaz que a varfarina. No entanto, novos estudos a respeito do assunto necessitam ser realizados, para existir mais material de comparação entre duas drogas. Palavras-chave: Artroplastia total de joelho; trombose venosa; enoxaparina; heparina

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T¸TULOT¸TULOT¸TULOT¸TULO: : : : Motivos De Internação Por Tuberculose No Brasil ALUNO(A): Márdel Frederico Baqueiro Costa ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Adelmo de Souza Machado Neto. RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO A tuberculose é ainda nos dias de hoje um grande problema de Saúde Pública no Brasil e no Mundo. Os dados de órgãos públicos mostram que ela continua com altas taxas de incidência, prevalência e mortalidade. A doença é conhecida há muito tempo, mas voltou a uma posição destacável após o advento da SIDA na década de 80. O seu tratamento deve ser a nível ambulatorial através das DOT’s e o internamento hospitalar está reservado àqueles casos em que o paciente não tem condições sócio-econômicas de aderir à terapia ou em casos graves da doença. Diante de tal panorama, o presente trabalho tem como objetivo primário identificar e descrever os motivos de internação por tuberculose no Brasil através de uma revisão de literatura sobre o tema. Secundariamente foi feita uma caracterização sócio-epidemiológica e clínica dos pacientes relatando: a frequência de acordo com o sexo, a média de idade, a ocupação ou grau de escolaridade, a presença de diagnóstico prévio de Tb, a origem destes indivíduos, os métodos diagnósticos utilizados, a frequência das formas de tuberculose e os motivos de alta, destacando-se os óbitos. Utilizando bancos de dados on-line foram encontrados 10 artigos que preenchiam os critérios de inclusão: conter motivos de internação ou comorbidades associadas em pacientes hospitalizados por tuberculose. Os resultados mostraram que a tuberculose continua sendo uma doença multifatorial predominante em pessoas pobres e em baixo status social. Como prova disso destacaram-se o mau estado geral, a caquexia, as causas sociais e o alcoolismo. São fatores de alta prevalência que agem independentemente, porém estão muitas vezes associados no surgimento da doença. O alcoolismo, por exemplo, é mais comum em pessoas pobres, leva à caquexia e acaba por debilitar o sistema imunológico favorecendo o aparecimento da tuberculose. A insuficiência respiratória aguda não foi tão prevalente, mas apresentou mortalidade de até 90% dos acometidos. A hemoptise é outra situação grave que assusta os pacientes, mas felizmente eles apresentaram boa resposta ao tratamento. Com relação ao HIV, ficou claro que esses pacientes estão mais expostos às formas graves de TB e apresentam altas taxas de mortalidade quando comparados aos indivíduos soronegativos. A avaliação dos objetivos secundários mostrou que a doença é mais prevalente em indivíduos do sexo masculino em idade economicamente ativa. A maioria dos indivíduos estava tendo o primeiro episódio de tuberculose e teve a forma pulmonar da doença. Os métodos diagnósticos mais utilizados foram os tradicionais (baciloscopia, RaioX e cultura). O tempo de internação variou, sendo maior em pacientes tabagistas, usuários de drogas, caquéticos, em mau estado geral e que apresentaram intolerância medicamentosa. Os óbitos variaram de 10.9% a 18.4% e a saída por alta médica de 9.8 a 70%. Portanto, tornam-se necessários maiores investimentos do governo em equipamentos e formação multidisciplinar de profissionais em todos os níveis de saúde para diagnóstico e tratamento da doença. É preciso também uma maior atenção dos pesquisadores com os pacientes internados por tuberculose dada a má distribuição regional e pouca quantidade de estudos obtidos. Descritores: tuberculose, motivos, internação.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Avaliação Do Perfil De Ácidos Graxos Do Leite De Coco, Azeite De Dendê E Azeite De Oliva Após Aquecimento ALUNO(A): Macelly Amorim Castro ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Ana Marice Ladeia CO-ORIENTADOR(A): Drª Núbia Moura Ribeiro RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: Hoje, sabe-se que dentre os fatores de risco para doenças cardiovasculares, estão hipertensão arterial, diabetes melitos, dislipidemia, obesidade e alguns hábitos relacionados ao estilo de vida, como dieta rica em calorias, gorduras saturadas, colesterol e sal, bem como consumo de bebida alcoólica, tabagismo e sedentarismo. A nutrição adequada pode alterar a incidência e a gravidade das coronariopatias, já que populações com diferentes dietas apresentavam variações na mortalidade cardiovascular. É conhecido que a ingestão em excesso de ácidos graxos saturados pode aumentar os níveis séricos de triglicérides e LDL-c e que o aumento do consumo de gordura associa-se à elevação da concentração plasmática de colesterol e à maior incidência de aterosclerose coronária e aórtica, como também a obesidade. O Brasil se caracteriza por diferenças regionais importantes em relação aos hábitos alimentares, mas na maioria das regiões, a dieta do brasileiro, é rica em calorias e gorduras, e insuficiente em vegetais, folhas e frutas. Objetivo: O presente estudo pretende analisar o perfil de ácidos graxos do leite de coco, azeite de dendê e azeite de oliva submetidos a diferentes tempos de aquecimento. Metódos: Trata-se de um estudo experimental de intervenção, onde foram analisados um total de 18 amostras de leite de coco, azeite de oliva e azeite de dendê, puros e misturados entre si, na forma in natura e aquecidos pelos tempos de 5 e 20 minutos. Resultados: Foram encontradas diferenças significativas (p<0,05) em todas as amostras analisadas, com exceção da amostra de azeite de oliva. A maioria das alterações estão relacionados aos ácidos graxos insaturados, que diminuíram de quantidade; e aos ácidos graxos saturados de cadeia longa, que aumentaram em quantidade. Conclusão: O curto período de aquecimento não provoca alterações no perfil de ácidos graxos do ponto de vista nutricional das amostras analisadas. Palavras chaves: Doenças Cardiovasculares; Ácidos Graxos; Leite de Coco; Azeite de Oliva; Azeite de Dendê; Aquecimento de óleos.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Diabetes Mellitus Tipo 2: É Possível Tratar Com Cirurgia Bariátrica? ALUNO(A): Mariana Perazzo Santos ORIENTADOR(A): Prof.ª Maria Conceição Galvão RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 é uma condição caracterizada pela redução da sensibilidade dos tecidos alvos ao efeito metabólico da insulina, sendo descrita como resistência insulínica. A prevalência da doença tem crescido com o passar dos anos, embora continue sendo causas de elevada mortalidade e morbidade. A obesidade é o fator preditor da ocorrência de diabetes em uma população, pois a resistência insulínica está na sua base fisiopatológica. Estima-se que entre 80 a 90% dos indivíduos acometidos por esta doença são obesos e o risco está diretamente associado ao aumento do índice de massa corporal. O tratamento das co-morbidades da obesidade pode ser direcionado utilizando abordagens especificas para cada componente ou focar na base fisiopatológica da obesidade. Em pacientes com obesidade mórbida, o tratamento com a cirurgia bariátrica tem mostrado eficácia em promover uma perda de peso significativa e de todas as co-morbidades relacionadas a obesidade a que apresenta melhor reversão com a perda de peso é o diabetes tipo 2.Objetivo: O objetivo desse trabalho é avaliar a efetividade da cirurgia bariátrica no tratamento do diabetes mellitus tipo 2. Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed e Scielo, referente ao período entre 2002 e 2009, somente com um trabalho de 1992, devida sua importância. Foram incluídos artigos dos últimos dez anos que abordassem a relação entre os temas nas línguas português, inglês e espanhol, sendo excluídos os estudos nas demais línguas. Resultados: Onze artigos do tipo Coorte, prospectivo e retrospectivo, foram selecionados. Os estudos foram realizados em diversos países. O número de pacientes variou de 10 a 4047. O tempo médio de acompanhamento variou bastante sendo de 1 mês a 120 meses. Em todos os estudos a cirurgia do bypass gástrico produziu uma redução do IMC significativa e rápida e foi acompanhada por uma melhora acentuada de todas as co-morbidades relacionadas à obesidade. A perda de peso oscilou de 23,4% a 68,3% e a resolução do diabetes oscilou em 36% a 100%. O sucesso da cirurgia bariátrica, evidenciado em diversos estudos, promove o aumento da longevidade desses pacientes. A resolução do diabetes muitas vezes foi observada logo após a cirurgia bariátrica, antes mesmo da perda excessiva de peso. No entanto, todo procedimento cirúrgico tem seu risco e deve ser bem analisado para cada paciente individualmente. A cirurgia bariátrica tem um efeito muito importante no tratamento da diabetes mellitus tipo 2, mas devemos estar atentos nos critérios de seleção do paciente.Conclusão: A partir desse estudo podemos concluir que a cirurgia bariátrica é uma forma efetiva de perda de peso rápida e sustentada. Além da perda de peso eficaz alcançada com a cirurgia, pacientes submetidos a esse procedimento tem uma melhoria substancial em suas co-morbidades, principalmente no metabolismo glicêmico, normalizando a tolerância à glicose. Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2; cirurgia bariátrica, perda de peso.

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T¸TUT¸TUT¸TUT¸TULO: LO: LO: LO: A Eficácia Da Cirurgia Bariátrica Na Resolução Da Síndrome Metabólica ALUNO(A): Matheus de Araújo Silva Barretto ORIENTADOR(A): Dr. João Eduardo Marques Tavares de Menezes Ettinger RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A síndrome metabólica (SM) pode ser definida como uma desordem metabólica cujos resultados advêm do aumento da prevalência da obesidade. Há pouco mais de duas décadas, houve um aumento significativo do número de pessoas com predisposição para complicações cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana, e acidente vascular cerebral. A OMS, então, organizou critérios (obesidade central, hipertrigliceridemia, HDL-c baixo, hipertensão e hiperglicemia) que, em conjunto, determinam a SM. A obesidade é um fator desencadeante em diversas patologias metabólicas. Ela, além de ser um dos critérios da SM, é também fator de risco para outros critérios desta síndrome, como a hipertensão arterial sistêmica, a dislipidemia e a diabetes mellitus tipo 2. Sendo, então, fator causal de co-morbidades da SM, é evidente ressaltar a importância do seu tratamento no intuito de prevenir esses distúrbios metabólicos. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar a eficácia da cirurgia bariátrica na resolução da síndrome metabólica. Materiais e métodos: Realizada revisão bibliográfica através da literatura eletrônica. Resultados: A porcentagem média da resolução da SM ficou em aproximadamente 75%. Conclusão: A cirurgia bariátrica é um método eficaz de se obter a cura da SM em pacientes obesos mórbidos, porém, mais estudos são necessários para que se possa indicar a cirurgia bariátrica como tratamento específico do DM tipo 2. Palavras-chaves: Síndrome metabólica, obesidade mórbida, cirurgia bariátrica.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Fatores Que Determinam O Abandono Do Tratamento Antitabágico ALUNO(A): Manoel Martins Gomes Neto ORIENTADOR(A): Prof.° Dr. Adelmo de Souza Machado Neto RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: O tabagismo é classificado pela OMS como dependência de nicotina, sendo incluído no grupo de transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas. A avaliação do grau de dependência pode ser feita através do Teste à dependência de nicotina de Fagerström. 1,2 bilhões de pessoas fumam por todo o mundo, o que representa cerca de 1/3 da população adulta do planeta, sendo que pode-se colocar essas pessoas como portadoras de fatores de risco para várias doenças relacionadas ao tabaco, como as doenças cardiovasculares (infarto e angina), vários tipos de Câncer e as doenças obstrutivas crônicas como enfisema e bronquite. Além disso, o tabagismo é uma das principais causas de morte evitável no mundo. Porém, já existem tratamentos eficazes contra esta doença, destacando-se a reposição nicotínica, a bupropiona e a vareniclina como medicamentos de primeira linha, que aplicados de maneira correta podem melhorar a qualidade de vida das pessoas tratadas em pouco tempo e até curá-los da dependência à nicotina em um tempo médio de três meses. Objetivo: Identificar os fatores que determinam o abandono do tratamento de primeira linha contra o tabagismo. Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed, Scielo, Medline e Lilacs que foram publicados nos últimos 15 anos. Foram incluídos que abordassem a relação entre os temas nas línguas português, inglês e espanhol, sendo excluídos os estudos nas demais línguas. Resultados: Foram selecionados 5 artigos do tipo Coorte, realizados em vários países. O número de pacientes variou de 100 à 1025 e todos fizeram o acompanhamento dos pacientes por pelo menos 12 semanas, com exceção daqueles que não compareceram para as consultas. Os pacientes em todos os estudos apresentaram-se com uma média de idade na quinta década de vida, com prevalência de mulheres na maioria dos estudos. Grande parte dos pacientes que abandonaram o tratamento teve como causa a quebra de protocolo ou motivo desconhecido. Os efeitos adversos e a dependência grave à nicotina foram os fatores conhecidos que mais ocasionaram no abandono de tratamento. Somente um estudo relacionou o gênero como fator de abandono para o tratamento, mostrando uma maior aderência ao tratamento pelas mulheres. Outros fatores relacionados como preditor de abandono foram idade, comorbidades e sintomas da síndrome de abstinência. Nenhum estudo demonstrou relação entre ganho de peso com o abandono do tratamento. Conclusão: Há evidência de que os tratamentos contra o tabagismo existentes são eficazes e podem trazer vários benefícios para a sociedade em geral, porém os indivíduos que participaram dos estudos, em sua maioria, estão motivados a parar de fumar, o que não representa a população geral de fumantes, mostrando que ainda há muito a ser feito e estudado em relação a este assunto. Faz-se necessário, portanto, a realização de pesquisas mais aprofundadas e com graus de evidências melhores, para que se possa fazer programas de combate e prevenção ao tabagismo mais eficazes, abordando o tempo de tratamento ideal e como torna-lo mais agradável e seguro para os pacientes, tornando-o cada vez mais eficaz. Palavras-chave: Tabagismo, tratamento, abandono do tratamento, bupropiona, reposição nicotínica, vareniclina.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Avaliação De Conhecimentos Sobre A Depressão Da Perspectiva De Estudantes De Medicina Da Escola Bahiana De Medicina E Saúde Pública ALUNO(A): Naiane Ribeiro Lomes ORIENTADOR(A): Prof. Dr. José Queiroz RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A depressão é um transtorno psiquiátrico caracterizado por humor triste, que pode cursar com sintomas mentais e somáticos, sendo um fator de morbidade importante, além de ser uma das principais causas de suicídio. Sua prevalência entre os estudantes de medicina é igual ou maior que a da população geral; e como consequencia natural, ocorre o aumento do risco de suicídio entre os acadêmicos de medicina. Tais tendências parecem resultar de particularidades deste grupo como, por exemplo, o despreparo em lidar com o sofrimento do paciente, que pode estar relacionado com a metodologia do processo ensino/aprendizagem utilizada pelas escolas médicas. Com este panorama social, cabe avaliar se os estudantes de medicina estão capacitados a perceber e diagnosticar esta doença, que possui significativo impacto social. Objetivo: Avaliar o conhecimento dos estudantes de medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) sobre depressão. Materiais e Métodos: O estudo é do tipo transversal descritivo. A amostra é de conveniência, composta de 117 estudantes de medicina da EBMSP. O instrumento utilizado, o questionário da Organização Panamericana de Saúde/ Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS) “Conhecimento Sobre Depressão” adaptado pelos pesquisadores; além de questões abertas adicionais. Resultados: Os alunos apresentam um conhecimento adequado sobre depressão. Entretanto, eles demonstraram dificuldades na comunicação com o paciente depressivo. Conclusão: Apesar do conhecimento adequado sobre depressão, uma dificuldade no diálogo com o paciente pode comprometer o tratamento do mesmo. Palavras-chave: depressão, estudantes de medicina, conhecimento.

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T¸TUT¸TUT¸TUT¸TULO: LO: LO: LO: Custos De Hospitalizações Por Asma No Sistema Único De Saúde No Período De 1998 A 2008 ALUNO(A): Tatiane Amaral Pan ORIENTADOR(A): Profª. Drª Dione Machado RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO

Introdução: A prevalência da asma está aumentando tanto nos países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento, afetando pessoas de todas as idades, raças e grupos étnicos. Com o aumento crescente da prevalência da asma, sobem os custos para pacientes e suas famílias, bem como para os sistemas de saúde pública, privada e para a sociedade como um todo. Como nos países em desenvolvimento o orçamento público para saúde costuma ser restrito, atualmente a decisão de aplicação dos recursos para doenças ou programas de controle ou prevenção constitui um desafio. Assim, cada vez mais, é necessário que as escolhas de alternativas em intervenções de saúde sejam feitas baseadas em avaliações econômicas que envolvam custo e efetividade. Objetivo: Identificar custos com hospitalizações por asma nas principais capitais do Brasil no SUS durante o período de 1998 a 2008. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de medida agregada e de caráter temporal. Foram identificadas no sítio do DATASUS as informações sobre o número de hospitalizações, dias de permanência, média de permanência, valor total e valor médio das hospitalizações por local de residência, segundo registros do DATASUS de acordo com a Classificação Internacional das Doenças capítulo 10 (CID-10) nas cidades de Brasília, Manaus, Porto Alegre, Salvador e São Paulo no período de 1998 a 2008. Os dados coletados foram processados em Microsoft Office Excel 2007. Foi realizada análise descritiva das variáveis referentes aos custos das hospitalizações por asma e as freqüências de hospitalizações foram convertidas em taxas de hospitalização específica por asma e por 100.000 habitantes. Resultados: As hospitalizações por asma nestas cidades custaram para os cofres públicos R$56.204.132,78 com 155.918 hospitalizações. Comparando-se os custos dos anos de 1998 a 2008, três cidades, Manaus, Porto Alegre e Salvador, diminuíram seus custos e duas, Brasília e São Paulo, tiveram seus custos aumentados. As taxas de hospitalizações tiveram tendências também diferentes, caindo nas cidades de Brasília, Porto Alegre e Salvador e elevando-se nas cidades de Manaus e São Paulo. Os custos médios e a média de dias por hospitalização apresentaram-se semelhantes entre as capitais. Os custos médios variaram entre R$402,58 (+ 81,27) em Porto Alegre a R$332,44 (+ 59,55) em Brasília. Já o tempo médio das hospitalizações variou entre 4,27 (+ 0,27) dias em Porto Alegre a 3,39 (+ 0,88) dias em Manaus. Conclusões: A asma representa elevados custos para os sistemas de saúde sendo a implantação de programas de controle uma importante política de saúde pública com muitos resultados positivos. Palavras chaves: Asma; hospitalizações; custos; programas de controle.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Avaliação Da Qualidade De Vida Em Pacientes Asmáticos Com Diagnóstico

De Depressão Associado ALUNO(A): Tatiane Costa Camurugy ORIENTADOR(A): Prof. Ieda Maria Aleluia Barbosa RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A asma brônquica caracteriza-se por ser uma síndrome inflamatória crônica das vias aéreas que se expressa por episódios recorrentes de dispnéia, dor torácica, sibilos e tosses de intensidades variáveis. Esta síndrome tem uma elevada prevalência mundial, afetando 7-15% dos indivíduos. No Brasil o número de asmáticos é estimado em mais de 10 milhões de todas as idades, o que traduz uma tendência ao crescimento de morbi-mortalidades no país. Apenas a depressão, segundo alguns estudos, teria impacto negativo significante sobre a qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida em pacientes asmáticos com diagnóstico de depressão em serviço de referência na cidade de Salvador. Metodologia: A pesquisa se desenvolveu de dezembro de 2008 a julho de 2009, a partir de entrevistas com dois questionários: Beck e Juniper adaptado. Em uma avaliação descritiva observacional, foram entrevistados pacientes com asma grave a fim de se perceber a prevalência da depressão, e assim avaliar nestes a qualidade de vida. Foram incluídos no estudo os pacientes que concordaram em participar e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências. Resultados: A amostra foi de 72 pacientes com critérios de asma grave inscritos no Programa de Controla da Asma na Bahia (ProAr). A idade média apresentada foi de 52 anos. A amostra é composta por 86,7% de sexo feminino. Dos 72 pacientes, 41,7% apresentaram algum grau de depressão, sendo 30,5% do total da amostra apresentando depressão moderada e grave. A média do escore global de limitação da qualidade de vida dos pacientes sem depressão é de 34%. Nos pacientes com depressão, o escore global é de 51%, tendo maior comprometimento psicossocial (61,5%). Conclusão: A asma no Brasil e suas morbidades associadas trazem para o sistema de saúde um elevado custo tanto direto como indireto, como aumento da procura em pronto-socorros, hospitalizações, consultas médicas, absenteísmo escolar e do trabalho. Além do custo social, tem-se o custo psíquico pela qualidade de vida prejudicada. Verificou-se 41,7% de associação, contrastando com a média de depressão geral da população de 3% e da média de depressão da população atendida por algum serviço de saúde de 10%. Nota-se ainda que há um prejuízo considerável na qualidade de vida dos pacientes asmáticos graves. E quanto mais grave é a limitação da qualidade de vida, maior é o acometimento do item psicossocial.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Alterações Neurocomportamentais Na Exposição Ao Chumbo Inorgânico

ALUNO(A): Thiago Pereira Belo ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Ademário Galvão Spinola RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: O chumbo constitui um metal pesado abundante na crosta terrestre, que

impõe grave ameaça à saúde. Os efeitos biológicos à sua exposição compreendem

efeitos neurológicos, hematológicos, endocrinológicos, renais, reprodutivos,

gastrintestinais, entre outros. Nos últimos anos, atenção especial tem sido dada aos

estudos epidemiológicos direcionados para os possíveis efeitos neurotóxicos do chumbo

nas crianças, especialmente naquelas com desvios de comportamento. O presente

trabalho tem como objetivo avaliar as possíveis alterações subclínicas com destaque

para as neurocomportamentais decorrentes da exposição ao chumbo inorgânico.

Material e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura na Base de Dados Pubmed,

Bireme, Scielo e Medline, referente aos anos de 1996 a 2009. Resultados e discussão:

Onze artigos foram identificados, entre estudos transversais, estudos de coorte e estudo

caso-controle. Dentre as alterações neurocomportamentais estudadas, a alteração do

humor, QI, memória, coordenação motora, depressão, comportamento anti-

social/delinqüente, déficit de atenção apresentaram-se consistentemente associados com

a intoxicação por chumbo, enquanto que a gravidade das alterações de linguagem não

foi correlacionada com o nível de chumbo. A exposição ao chumbo está associada a

risco aumentado para alterações neurocomportamentais. As evidências são insuficientes

para o variável desenvolvimento de linguagem. Apesar da não correlação, não se pode

deixar de apontar a contaminação pelo chumbo como um fator de risco.

Palavras-chave: Chumbo. Toxicologia. Efeitos neurocomportamentais. Lead.

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TTTT¸TULO: ¸TULO: ¸TULO: ¸TULO: Custos De Hospitalizações Por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica No Sistema Único De Saúde No Período De 1998 A 2008 ALUNO(A): Thaís Ximenes Farias ORIENTADOR(A): Profa Dra Dione Machado RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é causa importante de morbimortalidade em todo o mundo. A utilização de recursos de saúde é importante desfecho clínico desta doença. No Brasil, é responsável por número significativo de hospitalizações e custos elevados na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Identificar custos de hospitalizações por DPOC, no SUS, em importantes cidades brasileiras no período de 1998 a 2008. Além disso, objetiva identificar frequência e tempo médio destas hospitalizações. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de medida agregada e caráter temporal. Foram utilizados dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) pelo SUS. Foram coletadas informações sobre número, dias e média de permanência, custos totais e médios das hospitalizações por local de residência, de acordo com a Classificação Internacional das Doenças capítulo 10 (CID-10), nas cidades de Brasília, Manaus, Salvador, São Paulo e Porto Alegre. Resultados: Foram gastos no total R$ 51.322.329,73 e registradas 76.641 hospitalizações por DPOC na série histórica analisada. Maior número de hospitalizações e maior custo total ocorreram em São Paulo. O menor número de hospitalizações, o maior tempo de permanência e custo médio foram verificados em Salvador. A taxa de hospitalização mais significativa foi identificada em Porto Alegre, com tendência de declínio ao longo dos anos. Conclusões: Os dados obtidos neste trabalho confirmam o elevado impacto econômico que as hospitalizações por DPOC determinam no SUS, sendo evidenciadas diferenças importantes entre as cidades estudadas. O aprofundamento dos achados do presente estudo poderá ser benéfico para a definição de estratégias de intervenção apropriadas às diferenças regionais, bem como para ações de planejamento, gestão e avaliação de políticas de assistência médico-hospitalar no domínio do SUS. Palavras-chave: DPOC. Custos. Hospitalizações.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Eventos Adversos De Faringo-Laringe Em Asmáticos Graves Em Uso De

Corticosteróides Inalatórios Em Um Centro De Referência De Salvador

ALUNO(A): Thamy Cristine Santana Marques ORIENTADOR(A): Dr. Adelmir Souza-Machado RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: Os corticosteróides inalatórios (CIs) representam, atualmente, a estratégia terapêutica mais efetiva no controle da asma. Apesar da aparente segurança, os CIs são apontados como causa de reações adversas locais e sistêmicas. Estudos mostram uma parcela de 5 a 10 % da população tratada com CI sendo acometida por eventos adversos locais que podem interferir diretamente na adesão ao tratamento, no controle e morbidade da asma e, consequentemente, na qualidade de vida do paciente. Objetivo: Caracterizar os eventos adversos de faringo-laringe associados ao uso de CI em asmáticos graves. Materiais e métodos: Estudo de corte transversal com amostra conveniência de pacientes que freqüentaram o Programa para o controle da Asma na Bahia (ProAR). As informações foram obtidas por entrevistas realizadas através de questionário estruturado contendo informações sobre dose e tempo de uso do CI, em seguida foi realizado um exame físico de orofaringe em busca de sinais sugestivos de faringite, gengivite, afta, dermatite perioral, candidíase oral e disfonia. Os CIs utilizados foram budesonida e beclometasona sendo consideradas doses intermediárias entre 400 e 800 µg e altas doses acima de 800 µg. Resultados: Dos eventos adversos pesquisados, sinais sugestivos de faringite foram encontrados em 69 (47,9%) pacientes, gengivite em 18 (12,5%), candidíase em 12 (8,3%) , afta em 7 (4,9%), e disfonia em 4 (2,8%) pacientes. Nenhum apresentou dermatite perioral. Conclusão: Este estudo confirma a elevada freqüência de eventos adversos de orofaringe, em especial a faringite e gengivite, em pacientes asmáticos graves que fazem uso prolongado de CI. Palavras- chave: eventos adversos; orofaringe; corticóide inalatório; asmáticos graves.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Perfil Epidemiológico Da Dengue No Município De Itabuna: 2000 A Junho De 2009 ALUNO(A): Thaíse Borges Britto De Souza ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Juarez Dias. RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A dengue é uma doença infecciosa aguda causada por RNA vírus e transmitida ao homem através da picada do mosquito fêmea do gênero Aedes, em

especial o Aedes aegypti. Trata-se de uma infecção re-emergente típica dos trópicos que vem preocupando autoridades sanitárias de todo o mundo devido ao seu elevado grau de morbi-mortalidade. No Brasil, a primeira grande epidemia ocorreu em 1981 em Roraima, e a partir de então, vêm sendo registradas sucessivas ondas epidêmicas em quase todos os Estados da Federação. A primeira epidemia de dengue, na Bahia, foi verificada em 1987, na região da Chapada Diamantina e posteriormente no extremo sul, se estendendo para outros municípios pelas principais estradas do Estado. Em Itabuna, importante cidade do sul baiano, a dengue permanece provocando graves epidemias, notadamente no primeiro semestre de 2009, quando houve um aumento significativo no número de casos com o surgimento de formas graves e óbitos. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de dengue no município de Itabuna no período de 2000 a junho de 2009. Material e métodos: Foram utilizados como fonte de dados os registros oficiais do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Programa de Febre Amarela e Dengue (FAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC). As variáveis: sexo, faixa etária, bairro de residência e ano de ocorrência foram analisadas segundo sua freqüência, distribuição e incidência. Todas as análises foram executadas no Programa Excel e no pacote estatístico Epi-info versão Windows, 3.4.3. Resultados: No município de Itabuna, entre janeiro de 2000 a junho de 2009, foram notificados 31.290 casos de dengue, 8,5% do total do Estado. Analisando-se a curva da dengue, observa-se a ocorrência da doença em todos os anos estudados, com duas alças epidêmicas nos anos de 2003, com 5.811 doentes e Taxa de Incidência de 2.902,80/100.000 habitantes, oito vezes maior que o do Estado naquele ano e, em 2009, quando atingiu 15.197 indivíduos e apresentou Taxa de Incidência de 7.095,58/100.000 habitantes, valor quase doze vezes maior que o da Bahia. O IIP/LIRA médio encontrado foi de 8,8%, com variação de 2,21% a 21,24%. As maiores freqüências dos casos ocorreram nos meses de janeiro a abril, coincidindo com as maiores médias de precipitações pluviométricas mensais registradas no período. O bairro de Fátima apresentou 2.382 notificações, representando o de maior número de casos registrados no período analisado. O sexo feminino foi responsável por 54% das notificações da doença e a maior média de incidência ocorreu entre indivíduos de 20-39 anos. As formas graves da dengue aumentaram significativamente no primeiro semestre de 2009, com 92 casos confirmados, sendo que 58 deles ocorreram entre indivíduos de 5-14 anos. Discussão: A dengue continua sendo um grave problema de saúde pública em Itabuna, cuja situação agrava-se pela circulação concomitante de três sorotipos virais, bem como pelos elevados níveis de infestação do Aedes Aegypti, que aumentam o risco de novas epidemias, inclusive com formas graves da doença.

Palavras-chaves: Dengue, Aedes Aegypti, Epidemia, Itabuna.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Estigma E Pacientes Psicóticos Perfil Das Atitudes Dos Estudantes De Medicina ALUNO(A): Katarine Carvalho Caetano ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Manuela Garcia Lima RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: O estigma corresponde a uma imagem estereotipada criada, condenada e difundida pela sociedade fazendo com que a pessoa seja reconhecida apenas por um rótulo negativo e não como um ser humano integral. Esse estigma em relação aos pacientes psicóticos não se restringe somente à população em geral, mas também à classe médica o que prejudica o tratamento de qualidade desses pacientes. Objetivos: Avaliar o grau de estigma entre os estudantes da EBMSP e comparar esse estigma antes e após passarem por treinamento em psiquiatria. Método: Foi aplicado aos estudantes do 5º semestre (sem nenhum treinamento em saúde mental) e aos estudantes do 7º semestre ( ao iniciar e após concluir o curso de Psiquiatria) um questionário contendo dados sociodemográficos e mitos sobre a esquizofrenia com os quais os estudantes deveriam concordar ou não. Resultados: Um total de 126 estudantes participou do estudo. Mudanças favoráveis foram obtidas nos itens “Esquizofrênicos podem machucar crianças” e “Devem ser mantidos numa enfermaria apropriada no hospital geral”. Além disso, foi aplicado o questionário a 70 alunos no início do curso de psiquiatria no 7º semestre e observou-se que após o primeiro contato com saúde mental que eles tinha tido ao longo do terceiro ano havia um grande receio em examinar esses pacientes, o que foi reduzido significativamente após o curso de Psiquiatria. Outro achado foi que os estudantes após o curso passaram a acreditar menos na possibilidade de recuperação dos pacientes psicóticos. Não houve diferença significativa entre os sexos e a presença de doença mental na família em relação ao estigma, sendo apenas um pouco maior no sexo feminino e naqueles com patologia familiar presente. Discussão: Foi constatado nesse estudo um baixo estigma em relação aos mitos que pacientes psicóticos não podem trabalhar e que devem ser mantidos em hospitais, mostrando que os conceitos da Reforma Psiquiátrica vêm sendo bem assimilados pelos atuais estudantes de Medicina. Concluiu-se que o contato é importante para redução do estigma, mas dependendo da forma como ele é realizado pode gerar a o efeito contrário. Conclusão: É necessário que o curso de Medicina disponha mais tempo para o treinamento em Psiquiatria e estimule os estudantes a participarem de programas anti-estigma durante a graduação para que assim seja reduzido o preconceito na classe médica proporcionando um tratamento de qualidade aos pacientes psicóticos. Palavras chave: Estigma. Estudantes de Medicina. Pacientes psicóticos. Esquizofrenia

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Complicações Presentes Nas Cirurgias Refrativas (Lasik E Prk) Para

Correção Das Ametropias ALUNO(A): Kaethe Tosta Ribas ORIENTADOR(A): Profª. Drª. Lívia Nossa RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: As ametropias são erros refrativos decorrentes da não convergência dos raios refratados na retina, sendo a miopia, hipermetropia e astigmatismo consideradas as principais ametropias existentes. As opções mais comumente utilizadas para a correção da ametropias são os óculos e as lentes de contato rígidas e gelatinosas. Atualmente, a cirurgia para a correção de ametropias é um dos procedimentos mais realizados pelos oftalmologistas e que tem como objetivo atenuar ou eliminar os erros de refração. Entre estes, destacam-se o Photorefractive Keratectomy (PRK) e o Laser Assisted in Situ Keratomileusis (LASIK). Objetivo: Revisar quais complicações estão presentes nas cirurgias de “Excimer Laser” (PRK e LASIK) para correção de erros refrativos. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática da literatura, através de uma pesquisa criteriosa no banco de dados MEDLINE, busca na Internet, pesquisa em livros e questionamentos a especialistas no assunto. Os artigo selecionados devem estar escritos em inglês, português ou espanhol, publicados entre o período de 1996-2009. Resultado: Foram incluídos 9 artigos neste estudo. A amostra variou de 13 a 1.124 pacientes, chegando a um total de 1.465 olhos. Dois dos 9 artigos abordaram sobre alterações lacrimais e sensibilidade tátil, três artigos sobre ectasia corneana, um artigo sobre infecção, um artigo sobre retratamento após LASIK e dois artigos sobre complicações no flap. Conclusão: Pode-se concluir que, as complicações presentes nas cirurgias refrativas (LASIK e PRK) são: alterações no filme lacrimal, alteração da sensibilidade tátil, ectasia corneana, infecção, necessidade de retratamento cirúrgico, perfuração do flap e flap incompleto. Palavras-chaves: ametropia; cirurgia refrativa; complicações das cirurgias refrativas.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Fatores De Risco Associados À Infecção Em Fraturas Expostas De Tíbia. ALUNO(A): Rômulo Neves Castro Filho ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Marcos Almeida Mattos RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: As fraturas expostas são umas das verdadeiras emergências ortopédicas. Neste grupo as exposições ósseas de tíbia em particular representam desafios ainda maiores dado aos seus maiores níveis de infecção. É grande no meio científico a busca por fatores prognósticos que auxiliem na terapêutica destas lesões. O objetivo do presente trabalho é definir os fatores de risco associados à infecção em fraturas expostas de tíbia. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo de prontuários em um Hospital público no estado da Bahia no período de março a setembro de 2009. Foram pesquisadas características sócio-demográficas, tipo de acidente causador da fratura, tempo decorrido entre o trauma e a abordagem cirúrgica, fixação utilizada no tratamento cirúrgico e classificações das fraturas. Os dados obtidos foram utilizados para fins de análise descritiva e estatística no sentido da correlação das variáveis com os níveis de infecção. Resultados: O estudo contou com uma amostra final de 50 pacientes, predominantemente de homens, solteiros, entre a 3ª e 4ª décadas de vida e provenientes de Salvador. O tipo mais comum de acidente foi relacionado ao motociclismo e o tempo médio entre o trauma e a abordagem cirúrgica foi de 22,5 horas. Os fatores de risco associados à infecção encontrados no estudo foram proveniência do interior do estado, abordagem cirúrgica com mais de 24 horas, tipos IIIB e IIIC de Gustillo e graus III e IV de Tscherne. Conclusão: Faz-se necessária uma reavaliação do sistema regulatório em saúde no estado da Bahia e uma maior distribuição de centros referência no interior do estado. As classificações de Gustillo e Tscherne mostram-se como boas sistemáticas na avaliação de fatores prognósticos de infecção. O tratamento cirúrgico das exposições ósseas de tíbia deve ser realizado o mais breve possível.

Palavras chaves: Fraturas expostas; Tíbia; infecções

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Benefícios Da Utilização Da Hipotermia Terapêutica Após Parada Cardiorrespiratória Em Adultos ALUNO(A): Mayana Silva Cisneiros ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Júlio César Vieira Braga RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A hipotermia terapêutica (HT) define-se por redução induzida/controlada da temperatura corporal a níveis anormais. É classificada em leve (entre 32ºC e 34ºC), moderada (entre 32ºC e 28ºC) e profunda (abaixo de 28ºC). Iniciadas em 1950, as pesquisas eram ciclicamente abandonadas e retomadas devido aos resultados promissores associados, porém, a efeitos adversos frequentes. Após 1987, comprovou-se os benefícios da HT no prognóstico neurológico de vítimas de parada cardiorrespiratória (PCR). Apesar destes resultados, a hipotermia não é amplamente utilizada na prática clínica. Objetivos: Analisar os benefícios neurológicos da utilização da HT pós-PCR. Secundariamente, descrever a frequência de utilização da HT e avaliar as técnicas de resfriamento, vendo qual é a mais utilizada e eficiente. Métodos: Revisão bibliográfica não sistemática feita a partir de trabalhos sobre HT pós-PCR, publicados entre 2000 e 2009, retirados das bases de dados da SciELO, LILACS, PUBMED e MEDLINE. Os critérios de exclusão foram baseados na língua de escrita dos trabalhos e no seu tema específico, sendo excluídos aqueles que relatam outra aplicação clínica da hipotermia que não PCR. Resultados: Dois grandes ensaios clínicos mostraram resultados benéficos. No primeiro, 55% dos pacientes submetidos à hipotermia tiveram evolução neurológica satisfatória em 6 meses, comparando com 39% do grupo da normotermia. A mortalidade foi menor no grupo da hipotermia (41%) em relação à normotermia (55%). No segundo estudo, houve resultados semelhantes: 49% dos pacientes submetidos à hipotermia tiveram bons resultados neurológicos, comparados aos 26% do grupo normotérmico. Apesar disto, a diferença na mortalidade não foi estatisticamente significante. Outros estudos menores mostraram dados semelhantes. Viu-se que as técnicas externas são práticas e baratas, porém as invasivas resfriam mais rápido. Os principais motivos que impedem a ampla difusão da HT são: dados considerados insuficientes pelos médicos, dificuldade de aplicação das técnicas de resfriamento e risco de efeitos adversos do procedimento. Discussão: São vários os mecanismos de ação da hipotermia que resultam em proteção neurológica. Há diminuição do consumo cerebral de oxigênio, bem como outros fatores químicos e físicos envolvidos. Os outros sistemas do corpo também sofrem alterações, pois o resfriamento é global. Os estudos comprovam os benefícios da HT em pacientes comatosos vítimas de PCR extra-hospitalar cujo ritmo inicial foi fibrilação ventricular (FV), e é recomendada pelo ILCOR. Sugerem que pode ser benéfica em pacientes com outros ritmos, hipotensos ou em choque. As técnicas mais estudadas – as externas, infusão de solução gelada, resfriamento endovascular e resfriamento extracorpóreo – mostraram ser seguras e eficazes. Ao se definir qual delas é melhor, mais efetiva e viável economicamente e se implantar um protocolo, o uso da hipotermia provavelmente crescerá, principalmente porque já é recomendada pelo ILCOR. Conclusão: A hipotermia é benéfica e deve ser utilizada em pacientes comatosos vítimas de PCR em FV extra-hospitalar, podendo ainda haver benefícios em outros ritmos. Mais estudos são necessários para definir a melhor técnica de resfriamento e

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estabelecer protocolos, o que pode ampliar a utilização da hipotermia no mundo. Palavras-chave: “therapeutic hypothermia”, “cardiac arrest” e “induced hypothermia”.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Modalidade De Terapia Renal Substitutiva Como Preditora De Depressão ALUNO(A): José Andrade Moura Neto ORIENTADOR(A): Profª. José Andrade Moura Júnior RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A Doença Renal Crônica atinge milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Em seus estágios terminais, os pacientes necessitam de Terapia Renal Substitutiva (TRS). A escolha do método mais adequado, hemodiálise (HD) ou diálise peritoneal (DP), nem sempre é baseado em critérios objetivos. Os pacientes em diálise são submetidos a inúmeras pressões psicológicas e Depressão é o transtorno psiquiátrico mais prevalente estando relacionada a um pior prognostico e maior mortalidade. Objetivo: Comparar a ocorrência da depressão entre dois grupos homogêneos de pacientes em TRS, um em HD e outro em DP, verificando com isso o possível papel preditor do método terapêutico, assim como avaliar a influência de algumas variáveis sócio demográficos no diagnóstico deste transtorno. Pacientes e Métodos: Amostra foi constituída por dois grupos de pacientes, 30 em HD e 30 em DP. Foi utilizado o Inventário de Depressão Beck (BDI), validado no mundo, que se propõem a avaliar a presença e a intensidade de sintomas depressivos. Resultados: Os grupos estudados tinham características sócio demográficas semelhantes, a exceção da variável escolaridade. A média de pontos do BDI no grupo HD foi mais elevada do que no grupo DP: 12,53 ± 6,05 versus 11,13 ± 5,5 (p=0, 352). O diagnostico de depressão no grupo em HD ocorreu em 11 (36,7%) pacientes. No grupo em DP apenas sete pacientes (23,3%) apresentaram o transtorno, OR 1,90 I.C. 95% [0, 617; 5, 863], (p=0,260). Quando analisados a ocorrência de depressão, não houve diferenças com relação as variáveis, a exceção da escolaridade. 52,9% dos pacientes com escolaridade até o ensino fundamental I apresentaram o transtorno. Nos pacientes com ensino médio ou superior, a ocorrência de depressão foi de 20%. Nos pacientes com escolaridade até o ensino fundamental, a ocorrência foi de 22,2%. A medida da associação entre estes números apresentou significância borderline (p = 0,051).Conclusões: 1 - Houve tendência a ocorrência de depressão em pacientes em HD quando comparados aos pacientes em DP. 2 - Há, aproximadamente, o dobro de chance de um paciente em HD apresentar o diagnostico quando comparados com aqueles em DP. 3 – Houve pequena diferença nas médias da pontuação do BDI entre os grupos estudados. 4 - Menor escolaridade em pacientes em diálise associou-se a uma maior ocorrência de depressão.

Palavras-chaves:1.Depressão; 2.Diálise peritoneal; 3.Hemodiálise; 4.Terapia Renal Substitutiva;

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Relação Entre Urticária Crônica Idiopática E A Infecção Pela Bactéria Helicobacter Pylori ALUNO(A): Rafael Ferreira Da Silva ORIENTADOR(A): Prof. Enio Ribeiro Maynard Barreto RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: A urticária é uma doença que acomete 15 a 25% dos indivíduos da população em geral, em algum momento da vida, e ela é classificada como crônica, quando os sintomas persistem por mais de 6 semanas. Nestes casos, cerca de 70 a 80% tem uma causa indefinida, sendo denominada de urticária crônica idiopática (UCI). Entretanto, quando se consegue determinar a causa, a mais freqüente são as infecções, principalmente as bacterianas. Neste cenário, a infecção pela bactéria Helicobacter pylori tem surgido como importante fonte de estudos, buscando-se relacioná-la com a UCI. Portanto, os objetivos deste estudo são avaliar a possível relação entre a infecção pela bactéria H. pylori e o desenvolvimento de urticária crônica idiopática e analisar a eficácia da terapia de erradicação do H. pylori no tratamento dos pacientes com UCI. Métodos: O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica, que utilizou trabalhos científicos publicados nas bases de dados Scielo, Pubmed, Medline e LILACS, pertencentes ao período de 1999 a 2009. Os artigos estão escritos nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa e foram pesquisados a partir dos seguintes descritores: urticária crônica, infecção, erradicação e Helicobacter pylori. Resultados: A prevalência da infecção pelo H. pylori nos pacientes com UCI variou de 15,9% a 80,9%, apesar de os métodos diagnósticos utilizados também apresentarem uma grande variação nos diversos estudos. A eficácia da terapêutica de erradicação do H. pylori ficou em torno de 80 a 90% nos estudos analisados. Entretanto, a remissão completa dos sintomas da urticária variou de 8,3% a 50%, já a remissão parcial dos sintomas apresentou uma variação de 6,6% a 33,3%. Conclusão: Parece existir uma relação entre a infecção pela bactéria H.pylori e o desenvolvimento dos sintomas da urticária, através da produção de anticorpos IgE específicos e de auto-anticorpos patogênicos por meio do mimetismo molecular, mas que precisa ser melhor elucidada. Ainda não há uma recomendação formal para a terapia de erradicação do H. pylori em pacientes com UCI, visto que existe ainda muita controvérsia nos resultados dos estudos. Palavras chaves: urticária crônica, infecção, erradicação e Helicobacter pylori.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Uso De Proteínas Recombinantes Da Core Para O Desenvolvimento De Um Teste Diagnóstico Rápido Para Hepatite C Em Humanos. ALUNO(A): Marcelo Menezes Medeiros ORIENTADOR(A): Dr. Alan John Alexander McBride RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO Introdução: O mau desempenho dos testes diagnósticos atuais, juntamente com a falta de sintomas clínicos na fase aguda da doença, favorecem a ocorrência de subdiagnósticos de hepatite C, resultando em oportunidades perdidas de tratamento. Objetivos: Identificar, expressar e avaliar três polipeptídios recombinantes da proteína core do vírus da hepatite C (VHC) para o desenvolvimento de um teste rápido para diagnóstico de hepatite C no Brasil, utilizando clones de proteínas recombinantes do VHC circulantes no Brasil. Métodos: Os soros foram coletados de pacientes com diagnóstico de hepatite C, e serão utilizados para avaliar as proteínas recombinantes. Para a proteína core, diversas regiões foram selecionadas, com base nas características de hidrofilicidade e antigenicidade da sequência de aminoácidos. O vetor de expressão pQE30 e E. coli TOP10F' foram utilizados para a clonagem e expressão de proteínas recombinantes. Resultados: Durante a realização da vigilância ativa, 146 amostras de soros foram coletadas de pacientes com diagnóstico de Hepatite C, atendidos no LACEN. Regiões hidrofílicas contendo aminoácidos com grande potencial antigênico foram identificadas na core. As seqüências dos genótipos 1, 2 e 3 do VHC foram alinhadas, e os primers degenerativos desenhados. As regiões foram amplificadas por PCR, e os produtos clonados em pQE30, e os ensaios de expressão piloto realizados para produzir as proteínas recombinantes. As proteínas recombinantes foram avaliadas para expressão, mas não foi possível detectar a expressão das proteínas recombinantes. Os plasmídeos foram seqüenciados, o que confirmou a clonagem dos produtos de PCR. Conclusões: Regiões adaptadas da proteína core foram identificadas e clonadas em E.

coli. Baseado nos resultados do seqüenciamento, as proteínas recombinantes foram clonadas, mas não foram expressas. Possíveis alternativas para solucionar esta falha: utilização de outro vetor de expressão (pET SUMO, que é otimizado na expressão de proteínas de origem viral), ou mudar o sistemas de expressão (leveduras ou baculovírus, ao contrário da E. coli, como foi realizado). Palavras-chave: Hepatite C; proteína core; teste rápido; teste diagnóstico; proteínas recombinantes; vírus da hepatite C.

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T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: T¸TULO: Avaliação Do Mutirão De Biópsias Hepáticas Da Bahia ALUNO(A): Lucas Lembrança Pinheiro ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Raymundo Paraná RESUMO RESUMO RESUMO RESUMO

Introdução: Define-se hepatite qualquer inflamação no fígado, independente de etiologia. Em função da alta prevalência, as hepatites virais ganham destaque em relação às outras causas. A Hepatite B afeta mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo enquanto a Hepatite C é hepatopatia crônica mais prevalente em nosso país e a principal causa de transplante hepático no planeta. Esta hepatopatia tem na maioria das vezes uma evolução crônica, seguindo com um curso clinico predominantemente assintomático, tendo a biopsia hepática um importante papel tanto no seu diagnóstico quanto tratamento de maneira que hoje, a maioria das indicações de biópsia hepática são em portadores de Hepatite C. A biopsia hepática também é útil para diagnosticar doenças cujas alterações são especificamente histopatológicas, doenças concomitantes além da avaliação do paciente pós-transplante hepático. É um procedimento de baixo risco cujas principais complicações são sangramentos leves e dor moderada. Assim, para resolver o problema da elevada demanda pelo procedimento associada às baixas taxas de realização no nosso estado, foi criado em 2007 o Mutirão de Biópsias Hepáticas da Bahia, projeto tripartite único, cuja avaliação dos resultados se faz indispensável. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com amostra de conveniência constituída de todos os pacientes que realizaram biópsias hepáticas pelo Mutirão de Biópsias Hepáticas da Bahia no período de julho de 2007 à abril de 2009. Sendo colhidos, no momento do procedimento, dados referentes à idade, sexo, e motivo de realização da biópsia. Do resultado das amostras foram obtidas informações relativas ao grau de fibrose e presença de co-morbidades como sobrecarga de ferro. À análise estatística, foi caracterizada a freqüência das patologias motivadoras do procedimento bem como perfil dos pacientes estratificado por grupos de patologias mais prevalentes. Resultados: Dos 448 pacientes avaliados 247 (55.1%) eram homens e 201 (44,9%) eram mulheres sendo a média de idade de 46,89 (±11,41) sem diferença significativa entre os sexo. Destes 327 (73%) tinham Hepatite C com a média de idade de 48,69 anos (±10.13). Significativamente maior do que aquela dos portadores de Hepatite B 40,31 (±12,16). Além disso, 71,3% dos pacientes com Hepatite C encontravam-se entre 41 e 60 anos. O grau de fibrose predominante foi o F2 e a prevalência de fibrose avançada foi de 28,4%. No total, 71 pacientes tiveram algum grau de sobrecarga de ferro, existindo um predomínio acentuado do sexo masculino. Quanto a segurança do procedimento, ocorreram complicações graves em apenas 2 pacientes. Conclusão: A Hepatite C predomina largamente nos ambulatórios de referência, o perfil do paciente beneficiado pelo Mutirão é semelhante ao do resto do país e a presença de fibrose avançada e sobrecarga de ferro foi semelhante a outras séries da literatura. Além disso, o procedimento não guiado por Ultrassom se mostrou seguro e o Mutirão de Biópsias Hepáticas da Bahia teve sua viabilidade comprovada.

Palavras-chave; Biópsiahepática.Hepatite.Mutirão.

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TÍTULO: A importância do exame dos comunicantes de pacientes com hanseníase na detecção

precoce de novos casos SALVADOR 2009. ALUNO(A): Priscila dos Santos de Barros TEMA: A importância do exame dos comunicantes de pacientes com hanseníase na detecção precoce de novos casos. ORIENTADOR(A): Paulo Machado

RESUMO

Introdução: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta e alto potencial incapacitante. Por estes motivos, é importante a realização do exame dermato-neurológico no maior número possível de comunicantes dos pacientes, permitindo diagnóstico e tratamento precoces. Objetivos: Descrever as características dos comunicantes de pacientes com hanseníase de um ambulatório de referencia em Salvador, Bahia, bem como sua contribuição para o diagnóstico precoce da doença. Casuística, materiais e métodos: Estudo descritivo e retrospectivo, realizado entre os anos de 2007 e 2009, a partir da coleta de dados dos comunicantes contidos nos prontuários de pacientes do ambulatório de hanseníase do Hospital Universitário Professor Edgar Santos, Salvador, Bahia, com amostra não probabilística por conveniência de comunicantes de 135 pacientes. O trabalho constitui-se de descrição da forma clínica da doença e índice bacilar do paciente – caso índice; número de comunicantes examinados por paciente; gênero e grau de parentesco entre o paciente e os respectivos comunicantes, número total de comunicantes examinados, diagnosticados ou encaminhados para aplicação de BGC. Foram excluídos da pesquisa os prontuários de pacientes que não continham dados sobre os comunicantes. Resultados: Dentre os pacientes estudados, 92% eram portadores de formas clínicas do espectro de hanseníase; 67% deles apresentou baciloscopia positiva; 38,3% tinha pelo menos dois ou três comunicantes e 43,5% tinha um ou mais comunicantes com relação familiar de até 3º grau. O exame dermato-neurológico foi realizado em 50,8% dos comunicantes e o diagnóstico de hanseníase feito em 10,7% deles. Discussão: O predomínio das formas tardias de hanseníase em 92% dos pacientes pode indicar ineficiência no diagnóstico precoce pelas unidades de saúde e falhas no controle de comunicantes. A baciloscopia positiva em 67% dos pacientes demonstra risco de infecção aumentada nos comunicantes desses pacientes. O fato de muitos pacientes apresentarem formas contagiantes com 2 ou 3 comunicantes, dos quais a maioria tem relação de parentesco é preocupante, tendo em vista a contribuição de fatores genéticos para a susceptibilidade de adquirir hanseníase A realização de exame em apenas 50,8% dos comunicantes com 10,7% de diagnóstico alerta para a importância desta medida no diagnóstico precoce da hanseníase. Conclusão: Nossos dados indicam que a maioria dos pacientes estudados apresenta diagnóstico tardio de formas contagiantes de hanseníase, aumentando o potencial de transmissão da doença, principalmente em famílias cujo exame de comunicantes não é realizado, o que ocorre em quase metade dos casos. A deficiência no exame de comunicantes contribui ainda para o diagnóstico tardio da doença, alimentando a 3 cadeia de transmissão e a chance de desenvolvimento de seqüelas por atraso no tratamento. Embora a rede primária de atendimento de saúde possa apresentar um perfil de diagnóstico diferente de um serviço de ambulatório hospitalar, é pouco provável que estas dificuldades não ocorram, considerando-se as diversas deficiências de nosso sistema de saúde público com relação ao controle da hanseníase. Portanto, este estudo alerta para a necessidade de um maior investimento na realização de diagnóstico precoce da doença, através de treinamento de profissionais de saúde e maior atenção ao exame dos comunicantes. Palavras-chave: hanseníase, comunicante, diagnóstico, exame dermato-neurológico.

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TÍTULO: A reposta imune nas formas graves da dengue

ALUNO(A): Pedro Antonio Hermida de Viveiros ORIENTADOR(A): Edílson Sacramento

RESUMO

Introdução: O vírus da dengue é capaz de provocar um espectro de doença em humanos. A dengue é de importância mundial, tendo ocorrido um incremento na ocorrência das formas graves que são explicadas, em parte, por vários aspectos da resposta imune. Foi desenvolvida uma revisão bibliográfica no intuito de reunir os modelos imunológicos que explicam a ocorrência das formas graves de dengue. No que tange os aspectos clínicos, a FHD/SCD diferencia-se da dengue clássica principalmente pela ocorrência de extravazamento capilar, que pode levar ao choque, alterações qualitativas e quantitativas das plaquetas e maiores manifestações hemorrágica. Do ponto de vista epidemiológico, a ocorrências das formas graves está mais relacionada a infecções consecutivas por sorotipos diferentes do DENV, por exemplo, em regiões hiperendêmicas. A entrada do vírus na célula depende de heparan e pode ser bloqueada por anticorpos neutralizantes que se ligam a proteínas do envelope viral. O mecanismo de entrada na célula tem importância no desenvolvimento das formas graves, sobretudo no que tange à imunoamplificação. Desde a criação do modelo de imunoamplificação de Halstead estudos soroepidemiológicos e experimentos in vitro têm confirmado a sua importância. Hoje, acredita-se numa associação de fatores que levam às formas graves. A virulência do sorotipo pode ser um deles. Dentre os fatores do hospedeiro estão idade, raça, haplótipos do gene HLA, comorbidades, imunidade. Alguns autores relacionam as formas graves ao grau de viremia resultante, mas existem divergências. Sobretudo, não estão esclarecidos quais componentes da resposta imune são relacionados às alterações patológicas específicas de FHD/SCD. Responsabiliza-se algumas vezes a formação de imunocomplexos. Um outro aspecto importante é a dificuldade no desenvolvimento de vacinas, o que está relacionado à preocupação de que esta não induza à imunamplificação. Alguns autores sugerem que muitos fatores da resposta imune devem ser mais bem estudados. Conclui-se que está estabelecido um modelo multifatorial que tem como ponto central a Amplificação Dependente de Anticorpos. Apesar das dificuldades encontradas no estudo das formas graves da dengue, que incluem a inexistência de um modelo animal ideal, muitos fatores da resposta imune devem ainda ser estudados, como sugerem alguns autores, principalmente na tentativa de explicar a fisiopatogenia. Palavras-chave: Dengue; Febre Hemorrágica da Dengue; Formas graves da dengue; FHD; Imunologia; Resposta Imune; Imunoamplificação.

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TÍTULO: Doença inflamatória intestinal: fatores de risco ambientais

ALUNO(A): Priscila Gomes Caracini

ORIENTADOR(A): Daniela Rosa M. Gotardo

RESUMO

Introdução: Introdução: a etiologia da Doença Inflamatória Intestinal (DII) é ainda muito desconhecida, sua incidência e prevalência vêm aumentando em todo o mundo, e com isso, acredita-se que além da predisposição genética, haja a influencia de possíveis fatores de risco ambientais na sua patogênese. Objetivo: através de uma revisão de literatura, identificar e analisar os fatores de risco para DII, com enfoque nos fatores ambientais, e suas implicações. Métodos: foram incluídos artigos publicados de 2004 a 2009, através do emprego de sistematização, sendo o Pubmed (National Library of Medicine) como o banco de dados pesquisado. Resultados: foram utilizados cinco artigos. Os estudos demonstraram que, entre os pacientes com Doença de Crohn (DC), a variação do Odds Ratio (OR) foi de: 1,74 a 2,9 para fumo, 3,02 a 4,6 para historia familiar, 7,46 para naturalidade judia, 1,94 a 2,08 para uso de anticoncepcionais orais (ACO). Em relação à Retocolite Ulcerativa (RC), a OR variou de: 0,28 a 0,61 para fumo, 2,27 a 12,5 para historia familiar, 7,59 para naturalidade judia, 0,06 a 0,5 para apendicectomia e 1,22 a 1,58 para uso de ACO. As outras variáveis como: uso de antiinflamatórios não esteróides (AINES), dieta, infecções na infância e a hipótese da higiene, entre outros, demonstraram uma tendência a associação sem significância estatística. Conclusão: os fatores investigados mais significantes foram: fumo como risco para DC e protetor da RC, apendicectomia como protetora da RC, história familiar e ser judeu como riscos para ambas as entidades da DII. Há indícios, porém poucos, que teoria da higiene predispõe ao risco de desenvolvimento a DC, assim como as infecções recorrentes na infância para RC e o uso de ACO, TRH (terapia de reposição hormonal), AINES, consumo excessivo de açúcar refinado para DC e RC. O aleitamento materno, frutas e verduras são possivelmente protetores para a DC e RC. E a relação causal do MAP (“Mycobacterium Avium subespécie Paratuberculosis”) com a DC ainda permanece incerta. Palavras-chave: Doença inflamatória intestinal; Doença de Crohn; Retocolite ulcerativa; fatores de risco.

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TÍTULO: Comparação das principais técnicas cirúrgicas para correção de fissuras palatinas.

ALUNO(A): Paulo Plessim de Almeida Filho ORIENTADOR(A): Prof. Dr. Humberto Campos Co-orientador: Dr. Paulo Plessim

RESUMO

Introdução: As fissuras palatinas são originadas por falha da fusão das lâminas palatinas na linha média, durante o desenvolvimento embrionário, que acontece até a oitava semana de gestação. Ocorre, então, desestruturação secundária do palato mole com falha no desenvolvimento dos músculos locais envolvidos no processo de oclusão velofaringeana. A existência dessas alterações compromete o processo de desenvolvimento normal da fala. A etiologia das fissuras palatinas é aparentemente multifatorial, por mecanismos ainda não totalmente elucidados. Possui incidência praticamente constante nas diferentes etnias, 0,7/1000 nascidos vivos, e acomete duas vezes mais mulheres do que homens. Mais do que um problema unicamente anatômico, as fissuras palatinas podem ser responsáveis por uma realidade de marginalização social e preconceitos, que dificilmente é totalmente superada sem o acesso a um tratamento individualizado e multiprofissional. A evolução das técnicas cirúrgicas possibilitou a conquista de resultados anatomofisiológicos bastante satisfatórios que permitem, atualmente, a inserção social com possibilidade de desenvolvimento pleno da fala. Nesse trabalho, foi realizada uma ampla revisão da literatura utilizando livros textos especializados e artigos científicos de circulação internacional, com os objetivos de descrever as principais técnicas cirúrgicas para correção das fissuras palatinas e comparar os seus resultados. Foi possível perceber que entre as técnicas mais comumente utilizadas - von Langenbek Modificada, Veau-Wardill-Kilner e Furlow -, a técnica de Furlow é a que apresenta tendência a melhores resultados. A realização do procedimento cirúrgico em idades mais precoces também se relaciona com resultados foniátricos superiores. A existência de vieses, como a individualidade da patologia de cada paciente ou a diferença de experiência e habilidade entre os cirurgiões, dificulta realização de estudos comparativos que resultem em dados estatisticamente significantes. Palavras-chave: Fissura palatina. Palatoplastia. Técnicas.

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TÍTULO: Revisão sistemática a respeito do valor prognóstico da vasodilatação mediada por fluxo na predição de eventos cardiovasculares primários e secundários. ALUNO(A): Paulo Roberto Passos Lima ORIENTADOR(A): Luís Cláudio Lemos Correia

RESUMO

INTRODUÇÃO: A vasodilatação mediada por fluxo guiada por ultrassom da artéria braquial (VMF) é o método atualmente utilizado para avaliação da função endotelial. Recentemente, alterações na função endotelial têm sido relacionadas ao desenvolvimento do processo de aterosclerose. Dentro desse cenário, o presente estudo averigua a existência de um possível valor prognóstico para a VMF no desenvolvimento de eventos cardiovasculares (CV) futuros por meio de uma revisão sistemática de literatura. METODOLOGIA: Realizou-se uma busca nas bases de dados Medline, Pubmed, Scielo, Lilacs, utilizando-se de cinco descritores, a fim de selecionar estudos de coorte longitudinal que avaliaram o valor prognóstico da VMF. RESULTADOS: Foram encontrados vinte artigos que compreendiam os critérios de busca. Os artigos analisavam populações diferentes, a saber: pacientes com doença arterial periférica, pacientes com síndrome coronariana aguda, pacientes com doença cardíaca prévia, pacientes idosos e pacientes sem doença cardíaca aparente. Dentre as publicações, cinco artigos negaram valor preditivo independente à VMF, sendo que os demais quinze artigos apontaram a VMF como método capaz de predizer independentemente eventos CV. Três trabalhos estudaram um possível valor incremental à VMF, além de outro trabalho que avaliou valor adicional da VMF à PCR. DISCUSSÃO: Após análise dos estudos, observou-se presença de resultados não congruentes acerca da capacidade de a VMF predizer desfechos clínicos; seu valor experimental, entretanto, possui grande validade, como observado em publicações afins. Demais pontos que merecem ser abordados referem-se à variabilidade do método, ainda presente, apesar dos diversos esforços no que diz respeito à normatização da técnica; à ausência de padronização para os seus pontos de corte; e ao, ainda, pouco discutido valor incremental do teste, que foi avaliado em uma pequena parcela dos trabalhos utilizados, o que representa muito pouco para um teste que pretende figurar dentre os métodos da rotina clínica. CONCLUSÃO: Ainda é cedo para apontar uma utilidade clínica para a VMF; são necessários mais estudos para uma melhor avaliação do valor preditivo do método. PALAVRAS CHAVES: Função endotelial, vasodilatação mediada por fluxo da artéria braquial, aterosclerose, doença arterial coronariana, valor preditivo.

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TÍTULO: Prevalência dos marcadores sorológicos da infecção pelo vírus da hepatite b em profissionais de saúde no brasIL ALUNO(A): Rodrigo Mercês de Oliveira ORIENTADOR(A): Ademário Galvão Spinola

RESUMO

Introdução: A hepatite B é uma infecção do fígado potencialmente ameaçadora da vida causada pelo Vírus da Hepatite B (VHB) que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Os profissionais de saúde, pelo contato freqüente com secreções biológicas potencialmente contaminadas, são considerados como categoria de risco para a infecção pelo VHB. O objetivo desse estudo é analisar a prevalência dos marcadores sorológicos da infecção pelo vírus da hepatite B em profissionais de saúde, no Brasil. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura na Base de Dados MEDLINE, LILACS e Pubmed, referente aos anos de 1999 a 2009. Resultados e Discussão: Foram identificados 7 artigos e todos eram estudos transversais. Prevalência aumentada dos marcadores AgHBs, AntiHBc e AntiHBs foi observada entre os profissionais de saúde analisados. Idade, tempo de atividade profissional, tipo de atividade desenvolvida e a adoção de medidas de proteção individual foram consideradas entre os principais fatores de risco para a infecção pelo VHB entre essa categoria profissional. Considerações finais: A atividade profissional no setor da saúde oferece grandes riscos para a infecção ocupacional pelo VHB, sendo necessário o incentivo a vacinação e uso de equipamentos de proteção individual para os profissionais da saúde. Palavras-chave: Hepatite B. Profissionais de saúde. Marcadores sorológicos.

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TÍTULO: Análise de prognóstico do câncer de mama tipo triplo negativo Salvador 2009.

ALUNO(A): Rafael Andrade Alves ORIENTADOR(A): Profª. Dr. Clarissa M. C. Mathias. CO-ORIENTADORA: Dra. Renata Costa Cangussu.

RESUMO

Introdução: O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres, sendo uma afecção de caráter heterogêneo. Dentre as classificações, encontra-se o subtipo triplo negativo, caracterizado pela ausência de expressão dos receptores de estrógeno, de progesterona e do receptor epitelial humano tipo 2. É responsável por cerca de 15% dos tumores malignos da mama, sendo mais prevalente em negras pré-menopausadas, e oferece um prognóstico reservado na maioria das vezes. As opções terapêuticas para este tumor são precárias, e o seu comportamento é muito agressivo, não havendo definição de qual desses fatores exerça maior influência no prognóstico.Objetivos: Analisar o prognóstico, importância da raça e idade, características e sobrevida do tumor, além de diferenciá-lo da classificação molecular de câncer basal, discutindo também opções terapêuticas. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica nãosistemática, sendo pesquisados artigos relevantes e específicos em relação ao tema, entre osanos de 2005 e 2009, em inglês, espanhol e português. Resultados: Após exclusão de artigos que não preenchessem os critérios de inclusão e de 6 revisões bibliográficas utilizadas como base no texto, 15 artigos foram selecionados. Em 4 artigos, a raça foi a variável mais importante analisada, sendo que 3 deles não mostraram que a raça negra era responsável pelo prognóstico. Outros 2 artigos priorizaram a comparação entre grupos de diferentes idades, e provaram que as pacientes jovens têm pior prognóstico. Dois artigos compararam triplo negativo com basal-like, sendo que ambos mostraram que, quando a expressão gênica é realizada, nem todo triplo negativo apresenta-se basal molecularmente, porém um artigo afirma que os termos podem ser considerados sinônimos. Quanto ao tratamento, 3 artigos mostram boa resposta à neoadjuvância com antracíclicos e taxanos, porém as sobrevidas permanecem menores. Outros 3 analisaram o benefício da quimioterapia em altas doses, sendo que mostraram boa resposta em HER-2 negativo, porém apenas um mostrou melhor resposta também em triplo negativo. Um artigo comenta estratégias de tratamento e analisa possibilidades de alvos terapêuticos para este tipo de câncer, sendo que alguns ensaios clínicos estão em desenvolvimento. Conclusão: O câncer de mama triplo negativo é maisagressivo clínica e patologicamente. A raça não parece ser fator prognóstico, porém a idade foi tida como variável independente associada a pior prognóstico. Triplo negativo não é sinônimo de basal-like, já que a classificação não é feita da mesma forma e eles não se equivalem completamente, porém podem ser correlacionados, já que apresentam aspectos semelhantes, e apenas a imunohistoquímica está normalmente disponível na prática clínica. Por fim, pode-se dizer que ainda faltam melhores estudos relacionados à biologia celular, além de ensaios clínicos bem desenhados, para que alvos específicos sejam validados, podendo melhorar o prognóstico deste subtipo de câncer e definir se o responsável por este pior desfecho é a agressividade do tumor, a falta de terapia específica ou ambos os fatores. Palavras-chave: Triple Negative, Breast Cancer, Prognosis, Basal-Like.

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TÍTULO: Avaliação do impacto na qualidade de vida ao cuidar de uma criança com síndrome de

down.

ALUNO(A): Rafaela Cardoso Silva ORIENTADOR(A): Tatiana Regia Suzana Amorim Boa Sorte

RESUMO

Introdução: a Síndrome de Down é a doença genética humana mais conhecida e a principal causa de deficiência mental de etiologia genética. Assim, por conta de sua freqüência e impacto social, as estratégias para prevenção, reabilitação e inclusão social das crianças com SD têm sido aprimoradas ao longo das últimas décadas. A maioria dos estudos mostra um nível de estresse mais elevado das mães de crianças com deficiência mental quando comparadas às mães de crianças com desenvolvimento típico. A sobrecarga de trabalho ao cuidar associada a sentimentos de ansiedade e incerteza quanto ao futuro do filho contribuem de modo significativo para o desenvolvimento de patologias mentais como a depressão. Pouco se conhece sobre o impacto da SD naqueles que compõem o microssistema da criança afetada, em especial o seu cuidador informal. Em conseqüência, é mínimo o investimento em estratégias voltadas para melhorar a qualidade de vida destes indivíduos. Objetivo: avaliar a qualidade de vida de cuidadores de crianças com Síndrome de Down (SD), analisando as repercussões nas esferas emocional, social e econômica. Metodologia: foi realizado um estudo transversal em que houve uma coleta primária de dados através da aplicação de um questionário semi-estruturado no qual há questões sobre aspectos sócio-demográficos dos cuidadores e das crianças por eles assistidas, além de questões sobre qualidade de vida (baseado no WHOQOL-bref, validado pela OMS). A amostra desse estudo foi de conveniência e constou de 30 cuidadores de crianças, com idade entre seis e dez anos, com Síndrome de Down, que freqüentam o Centro de Educação Especial (CEDUC) da Associação dos Pais e Amigos de Excepcionais (APAE) em Salvador- BA. A análise foi realizada a partir de estatística descritiva (média e porcentagens), sendo os resultados apresentados em percentuais e números absolutos. Resultados: na população estudada, 96,6% são do sexo feminino, 90% são mães, a média de idade foi de 37, 9 anos. A maioria avaliou a qualidade de vida como sendo “nem ruim, nem boa” ou “boa” e houve divergência na percepção do desgaste ao cuidar de uma criança com SD. A freqüência de sentimentos negativos relatada pelos cuidadores foi de 70% para “algumas vezes” e 13,33% para “freqüentemente”. Fica evidente com este estudo que o cuidado de crianças com SD afeta a qualidade de vida, principalmente no que diz respeito ao exercício de uma atividade remunerada e ao domínio psicológico.

Palavras-chave: Síndrome de Down; qualidade de vida; cuidador informal; WHOQOL

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TÍTULO: a síndrome de down e suas comorbidades análise de dados obtidos em 9 anos de acompanhamento clínico ALUNO(A): Renata Gondim Meira Velame De Azevedo ORIENTADOR(A): Tatiana Regia Suzana Amorim Boa Sorte

RESUMO

Introdução: A Síndrome de Down (SD) é a cromossomopatia mais comum em humanos e a principal causa genética de retardo mental. Cardiopatias congênitas, doenças infecciosas, malformações e doenças gastrointestinais, leucemia, obesidade, apnéia obstrutiva do sono, alterações de pele, problemas oftalmológicos, tireoidite auto-imune, senilidade precoce, instabilidade atlantoaxial entre outras são comorbidades que podem estar associadas com essa síndrome. A identificação precoce dessas comorbidades, que devem ser conhecidas e investigadas em todo paciente com SD, reflete no tratamento precoce e maior chance de cura ou controle destas patologias. Objetivo: identificar as comorbidades apresentadas por pacientes com SD e suas frequências. Metodologia: Análise estatística descritiva com dados obtidos em estudo realizado com 265 pacientes com SD atendidos no Ambulatório de Assistência à criança com Síndrome de Down, Hospital Universitário Professor Edgard Santos, Salvador- Bahia, no período de 1999 a 2008. Os dados coletados foram organizados em uma planilha no Microsoft Excel® 2008, os dados obtidos desta planilha foram agregados através do cálculo de indicadores e utilizou-se a forma de apresentação gráfica dos mesmos. Resultados: houve predomínio do sexo masculino (57%). A idade dos pacientes na primeira consulta variou de 0 a 31 anos, sendo a média 20,7 meses. A média do peso ao nascimento foi de 2952 gramas. A maioria (36,98%) das mães apresentavam entre 14 e 25 anos na época da gestação da criança com Síndrome de Down. A renda mensal média foi de 1,35 salários mínimos. A maioria (47,55%) dos pacientes era procedente de Salvador, seguidos de 41,13% procedentes do interior do estado. Entre os pacientes que realizaram cariótipo, 92,14% apresentavam trissomia livre. Entre as 184 crianças que realizaram radiografia cervical, 1,1% foram diagnosticadas como portadoras de instabilidade atlantoaxial. A cardiopatia congênita ocorreu em 50,47% dos pacientes. A alteração biliar (5,75%) foi a alteração mais frequente encontrada na USG abdominal. 30,6% dos pacientes apresentavam erros de refração. O hipotireoidismo foi detectado em 15,1% dos pacientes. Conclusões: As características clínico-demográficas dos pacientes estudados assemelham-se às descritas na literatura, excetuando-se os achados referentes à idade materna (a média foi significantemente menor que o encontrado na literatura internacional, porém compatível com o descrito em estudos latino-americanos), à cardiopatia congênita mais comum (comunicação interatrial, semelhante a alguns estudos latino-americanos, enquanto estudos realizados nos Estados Unidos da América e na Europa demonstraram maior frequência de defeito atrioventricular total) e à instabilidade atlantoaxial (os valores encontrados neste estudo foram muito abaixo dos já relatados). Palavras-chave: Síndrome de Down. Deficiência Mental. Comorbidades. Cardiopatias. Malformações. Hipotireoidismo. Cariótipo.

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TÍTULO: Associação entre fatores socioeconômicos e qualidade de vida pós-ave

ALUNO(A): Reginara Oliveira Souza ORIENTADOR(A): Frederico Figueirôa

RESUMO

Introdução: O acidente vascular cerebral é a doença neurológica que mais freqüentemente acomete o sistema nervoso e um grande número de pacientes afetados sofrerá seqüelas neurológicas e limitação funcional com graves repercussões na qualidade de vida. Objetivo: O objetivo do estudo é descrever a associação dos fatores socioeconômicos com a qualidade de vida em pacientes pós-AVE. Metodologia: Em um estudo observacional e descritivo foram selecionados 85 pacientes atendidos no ambulatório de Neurologia, na Fundação de Neurologia e Neurocirurgia em Salvador, entre maio a agosto de 2009. Os pacientes preencheram a Escala de Qualidade de vida específica para AVE (EQVE-AVE), Índice de Barthel e Avaliação Socioeconômica, que incluiu o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB). Resultados: Dos 85 pacientes estudados, constatou-se que houve um predomínio do sexo feminino (51,8%), da etnia parda (51,8%), e indivíduos casados (60%), além da baixa escolaridade. Quanto à classe econômica houve um predomínio da “Classe D” (38%) e “C2” (36%). A Escala de Barthel constatou que houve um predomínio de indivíduos considerados com capacidade funcional leve (59%) e independente (29%). A média da qualidade de vida nos indivíduos estudados foi de 150,07, e da associação entre EQVE-AVE e CCEB observou-se que os indivíduos com melhor classe econômica tinham médias de qualidade de vida mais baixas comparadas com os de classe econômica menos favorecida. Do resultado da associação entre EQVE-AVE e capacidade funcional, os pacientes com melhor capacidade referiram uma melhor qualidade de vida, comparados com os de pior capacidade funcional (p=0,005). Conclusão: A partir da caracterização da associação entre os fatores socioeconômicos da população estudada não é possível concluir a associação significativa entre QV e CCEB, porém uma queda na capacidade funcional do indivíduo está em consonância com uma pior qualidade de vida do mesmo. Palavras-Chave: AVC. Fatores socioeconômicos. Qualidade de vida.

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TÍTULO: Indicações para o uso de filtro temporário de veia cava inferior

ALUNO(A): Ramirez Ribeiro Fidelis ORIENTADOR(A): Marcelo Chalhoub Coelho Lima

RESUMO

Introdução: A tromboembolia pulmonar (TEP) é caracterizada pelo desalojamento de trombos venosos dos locais de formação e posterior migração para a circulação arterial pulmonar. A mortalidade da TEP, quando não tratada, é de 30%, mas ela é reduzida para 2% a 8% quando o diagnóstico é feito e o tratamento adequado, instituído. O tratamento padrão para pacientes com embolia pulmonar é a anticoagulação com heparina, seguida de anticoagulação oral. Em algumas circunstâncias, este método terapêutico está contra-indicado, podendo os pacientes, então, serem submetidos à inserção de filtro de veia cava inferior (F-VCI). Estão disponíveis no mercado filtros de implantação permanente e outros de implantação temporária. Os objetivos deste estudo são avaliar quais são as indicações, a eficácia, as complicações e o tempo de permanência, relacionados aos F-VCI temporários. Métodos: O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica, que utilizou trabalhos científicos publicados na base de dados Pubmed e google acadêmico, pertencentes ao período de 2004 a 2009. Os artigos estão escritos nas línguas inglesa e portuguesa, e foram pesquisados a partir dos seguintes descritores: Tromboembolia pulmonar, filtro temporário de veia cava inferior, trombose venosa profunda e seus equivalentes em cada língua. Revisão da literatura: As indicações para o uso dos F-VCI temporários, compreendem situações em que há contra-indicação momentânea para o uso de terapia anticoagulante, em pacientes sob o risco de desenvolver TEP. Inferiu-se que os F-VCI temporários, mostraram-se eficazes em exercer a sua função primordial que é a profilaxia para TEP. As complicações são subdivididas em dois grandes grupos: as complicações de inserção as complicações de pós-inserção. O tempo de permanência médio do filtro varia de acordo com o modelo e a indicação que determinou o seu uso. Conclusão: Ao analisar os resultados encontrados, percebe-se que se faz necessário, a realização de estudos controlados, randomizados, com o objetivo de elucidar o verdadeiro valor dos F-VCI temporários, seja comparando F-VCI temporários e permanentes, seja comparando grupos controles com grupos que receberam F-VCI, para saber se há um aumento na sobrevida a curto e, a longo prazo, dos pacientes que usaram o dispositivo. Isto porque, baseado na literatura encontrada, não se tem um substrato suficiente, para determinar com segurança, a eficácia, as indicações, os benefícios e os efeitos adversos destes dispositivos. Palavras chaves: Tromboembolia pulmonar, filtro temporário de veia cava inferior, trombose venosa profunda.

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TÍTULO: Dipirona e paracetamol: revisão dos riscos de uso

ALUNO(A): Saul Souza dos Santos

ORIENTADOR(A):

RESUMO

Introdução: A dipirona e o paracetamol são fármacos populares no Brasil. Juntas, são

responsáveis por aproximadamente 60% do mercado de analgésicos brasileiro. São

vendidas sem prescrição médica em mercados, lojas de conveniência, entre outros. São

as principais medicações utilizadas por automedicação em nosso país. Então quais os

riscos de uso dessas substancias? Sabe-se que as reações adversas são os riscos de uso

de qualquer droga. Ambas possuem reações adversas conhecidas atualmente, contudo o

desconhecimento ou incerteza desses efeitos motivou a elaboração deste trabalho, cujo

objetivo é justamente avaliar tais efeitos. Métodos: O presente artigo trata-se de uma

revisão bibliográfica, que utilizou trabalhos científicos publicados nas bases de dados

Scielo, Pubmed, Medline e LILACS, e livros-texto. Os trabalhos estão escritos nas

línguas inglesa, espanhola e portuguesa e foram pesquisados a partir dos seguintes

descritores: “dipirona”, “paracetamol”, “reações adversas”, “agranulocitose” e

“intoxicação”. Discussão: a polêmica sobre a ocorrência de agranulocitose devido ao

uso de dipirona data do início do século passado. Diversos trabalhos relatam divergentes

resultados estimando a taxa de risco de desenvolvimento desta patologia com o uso da

droga, porém, as evidências apontam para uma incidência divergente em relação a

regiões geográficas distintas. O paracetamol tem complicações associadas a intoxicação

por superdosagem. Ocorre insuficiência hepática aguda em pacientes expostos a doses

acima das terapêuticas. Especula-se uma maior ocorrência desta complicação em

pacientes alcoolistas. Considerações Finais: as drogas apresentam bom nível de

segurança. Não se pode afastar a possibilidade de interesses econômicos estarem por

trás de polêmicas quanto ao uso da dipirona. Estudos estão sendo feitos para avaliar a

divergência de ocorrência de discrasias sanguíneas entre populações diferentes após uso

do metimazol. Os dados encontrados sobre a relação entre intoxicação por paracetamol

e alcoolismo apontam para um risco aumentado de lesão hepática nos casos de overdose

pela droga nesses pacientes.

Palavras Chaves: dipirona, paracetamol, reações adversas, agranulocitose, intoxicação.

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TÍTULO: Esteatose hepática e síndrome metabólica: análise dos fatores antropométricos e bioquímicos envolvidos na associação. ALUNO(A): Sara Felipe da Silva ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Maria de Lourdes

RESUMO

Introdução: Introdução: Introdução: Introdução: A Síndrome Metabólica é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de riscos cardiovasculares relacionados usualmente à deposição central de gordura e resistência a insulina, que pode ser definida como um estado de resposta biológica subnormal aos níveis circulantes de insulina. A hiperinsulinemia, conseqüente, levaria, então, a uma elevação da pressão arterial, intolerância à glicose e dislipidemia caracterizando assim a Síndrome Metabólica. A prevalência da síndrome metabólica é estimada entre 20 a 25% da população geral, com crescente aumento nos últimos anos. Indivíduos com síndrome metabólica apresentam risco cardiovascular cerca de 2 a 3 vezes maior que indivíduos sem a síndrome. Metodologia: Metodologia: Metodologia: Metodologia: Estudo transversal, com 63 pacientes com SM definida pelos critérios da International Diabetes Federation, sem diabetes mellitus, idade 46 ± 11 anos, 71,4% obesos, com determinação de PCRas, glicemia, insulina, HOMA-IR, perfil lipídico, enzimas hepáticas, ácido úrico, e realização de ultra-sonografia de abdômen superior para pesquisa de esteatose hepática. Foi feita uma análise de banco de dados pré-existente, derivado pela Comissão de Ética em Pesquisa da Fundação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciências, coordenado pela prof. Dr. Maria de Lourdes Lima e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Resultados: Resultados: Resultados: Foram analisados 63 pacientes com idade média de 46 ± 11 anos e 79,4% consideraram-se não brancos. História de obesidade foi encontrada em 45 pacientes (71,4%), obesidade grau 1 em 18 pacientes (28,6%), obesidade grau 2 em 13 pacientes (20,6%) e obesidade grau 3 em 14 pacientes (22,2%). Com relação à esteatose hepática, 20 pacientes (31,7%) não apresentaram a patologia e 43 pacientes (68,3%) apresentaram. Desses 24 pacientes (38,1%) apresentaram esteatose hepática grau 1, 16 pacientes (25,4%) esteatose hepática grau 2 e 3 (4,8%) apresentaram esteatose hepática grau 3. Com relação aos dados laboratoriais percebemos que 36 pacientes (57,1%) apresentaram resistência insulínica e 36 pacientes (57,1%) apresentaram a glicemia elevada. Com relação ao perfil lipídico 29 pacientes (46%) apresentaram hipercolesterolemia, 26 pacientes (41,3%) apresentaram hipertrigliceridemia e 49 pacientes (77,8%) apresentaram HDL baixo. Dos pacientes com esteatose hepática, 28 (65,1%) apresentaram o valor da proteína C reativa _ 0,3 e com relação ao magnésio intracelular, 24 pacientes (55,8%) apresentaram valores _ 0,86. Dos 63 pacientes estudados 48 pacientes (76,2%) são portadores de HAS e analisando os componentes da síndrome metabólica percebemos que 29 pacientes (46%) apresentam 3 componentes da síndrome, 23 pacientes (36,5%) apresentam 4 componentes 11 pacientes (17,5%) apresentam 5 componentes da síndrome. Conclusão: Conclusão: Conclusão: Conclusão: Existe uma associação entre SM e esteatose hepática avaliada através de dados antropométricos e bioquímicos, sendo que peso elevado, circunferência abdominal aumentada, resistência insulínica, avaliada pelo HOMA – IR, magnésio intracelular e PCRas foram as variáveis mais significativas nesse estudo. Palavras chavesPalavras chavesPalavras chavesPalavras chaves: Síndrome metabólica, esteatose hepática e fatores associados.

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TÍTULO: qualidade de vida em pacientes submetidos a transplante cardíaco: o que muda?

ALUNO(A): Stéphanie Guimarães Barreto ORIENTADOR(A): Profª Drª Marcia Lobo Garcia

RESUMO

Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) tem alta prevalência e grande impacto na morbidade e mortalidade em todo o mundo, sendo hoje considerada um grave problema de saúde pública e com proporções epidêmicas. O prognóstico de pacientes com IC é ruim, apesar dos avanços na terapia. O transplante cardíaco é a única opção para aqueles que já se encontram em um estado terminal, aonde a expectativa de vida em um ano não chega a 50%. Pacientes que estão à espera de transplante cardíaco demonstram deterioração clínica, dificuldade em realizar suas atividades diárias e um decréscimo no cognitivo, função social e no bem estar emocional além do aumento de sintomas como depressão e ansiedade. A avaliação da qualidade de vida proporcionada pelo transplante cardíaco é de extrema importância para quantificar os reais benefícios dessa técnica e qual o impacto da mesma na vida do paciente. Objetivo: Avaliar, a partir de revisão de literatura, a melhora da qualidade de vida em pacientes submetidos a transplante cardíaco.Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed e Scielo, referente ao período entre 1996 e 2009. Foram incluídos artigos dos últimos treze anos que abordassem a relação entre os temas nas línguas português, inglês e espanhol. Resultados: Dez artigos do tipo Coorte prospectivo foram selecionados. Os estudos foram realizados em diversos países. O número de pacientes variou de 13 a 206. De uma maneira geral, a média de idade se manteve entre a quarta e a sexta décadas de vida. Todos os artigos apresentaram prevalência do sexo masculino. A dimensão do questionário de qualidade de vida que obteve mais pontos para aqueles pacientes submetidos a transplante cardíaco foi a de saúde mental, enquanto que para aqueles em lista de espera foi a de dor. Todas as dimensões avaliadas no período pos-transplante obtiveram notas mais altas que a do período pré-transplante. Conclusão: A partir deste estudo podemos concluir que a qualidade de vida proporcionada pelo transplante cardiaco é substancialmente superior do que aquela observada nos pacientes com IC à espera de um transplante. A realização de novos estudos para avaliar a qualidade de vida dos pacientes antes e após um transplante cardíaco faz-se necessário a partir do momento de que o contingente de estudos abordando esse tema é limitado. Palavras-chave: transplante cardíaco, insuficiência cardiaca, qualidade de vida.

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TÍTULO: Prevalência de dislipidemia em crianças e adolescentes em um serviço de análises clínicas em vitória da conquista, Bahia. ALUNO(A): Sérgio Barreto de Oliveira Filho

ORIENTADOR(A): Profa. Dra. Eloína Nunes de Oliveira

RESUMO

Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% do total de mortes no mundo. No Brasil, essas doenças possuem relevante impacto em termos de mortalidade e número de hospitalizações, implicando em elevados gastos sociais e de recusos financeiros. Além disso, a previsão para os próximos anos é de piora desse cenário, já que os determinantes sociais, como a industrialização, a urbanização e as mudanças de hábitos de vida ligadas a esses fenômenos contribuem para a elevação da taxa de mortalidade. As manifestações clínicas dessas enfermidades, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e doença vascular periférica, geralmente surgem a partir da meia-idade, entretanto diversos estudos têm demonstrado que a doença aterosclerótica surge na infância, de forma assintomática, progredindo significativamente a partir da terceira década de vida. Objetivos: Descrever a prevalência de dislipidemia na infância e adolescência em Vitória da Conquista – Bahia. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo no qual foram avaliados os resultados de dosagens laboratoriais de lípides e lipoproteínas de 190 indivíduos com idade entre 2 e 19 anos, atendidos num serviço de análises clínicas em Vitória da Conquista-BA, no mês de Agosto de 2009. Os valores de referência adotados foram os recomendados pela I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência. Resultados: Valores alterados de colesterol, LDL-colesterol e triglicérides foram encontrados em 56, 63 e 36% das crianças e adolescentes de 2 a 19 anos. Foi observada redução de HDL-colesterol em 44% das dos indivíduos. A análise por sexo mostrou valores médios de CT e HDL-colesterol maiores no sexo masculino (p<0,05), e não encontrou diferença significante no caso do LDL-Colesterol e do TG. Conclusão: Este estudo demonstrou alta prevalência de dislipidemia em crianças e adolescentes atendidos em um laboratório de análises clínicas. Tais resultados sugerem a necessidade de estudos de maior amplitude, de caráter regional ou nacional, visando o diagnóstico precoce e tratamento da dislipidemia além da adoção de medidas preventivas com relação às doenças cardiovasculares associadas. Palavras-chave: Dislipidemia; Crianças; Adolescentes; Fatores de risco;

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TÍTULO: Raloxifeno vs alendronato: uma revisão comparativa do tratamento de Osteoporose em idosas. ALUNO(A): Vitor Ribeiro de Oliveira Santos ORIENTADOR(A): Prof. Dra. Manuela Oliveira de Cerqueira Magalhães

RESUMO

Introdução: O aumento da população de idosos no Brasil e no mundo faz com que doenças típicas do envelhecimento se tornem mais freqüentes. Entre essas doenças, a osteoporose se destaca pelo seu curso incapacitante e por sua conhecida associação com o aumento da morbimortalidade. A osteoporose é um distúrbio osteometabólico caracterizado pela redução da densidade mineral óssea e deterioração da microarquitetura óssea, o que leva a uma fragilidade esquelética, e expõem o paciente a um maior risco de fraturas. Por se tratar de uma doença de etiologia multifatorial a prevenção dessa doença deve ser feita através de adequações na: nutrição, exercícios, exposição à luz solar, suprimento de cálcio, suprimento de vitamina D, condições ambientais e no risco de quedas. A terapia medicamentosa é parte integrante das medidas preventivas, devendo ser usada sempre que necessário. Dentre os fármacos disponíveis para tratar a osteoporose, as duas classes de drogas mais utilizadas na pratica medica são: os bisfosfonatos e os Moduladores Seletivos do Receptor de Estrógeno (SERM), por isso foi feita nesse trabalho um comparação do principal representante de cada classe: o alendronato e o raloxifeno, respectivamente. O alendronato age se ligando a superfície óssea, principalmente nas regiões de remodelagem ativa, sendo então incorporados aos osteoclastos, onde suprimem a reabsorção óssea. Já o raloxifeno interage com o receptor de estrógeno e inibe a reabsorção óssea mediada pelos osteoclastos. Objetivo: Analisar comparativamente o raloxifeno e o alendronato no tratamento de osteoporose em idosas (avaliando-os quanto à eficácia, efeitos adversos, dose de posologia, e principais indicações). Método: foi realizada uma revisão da literatura internacional, buscando artigos relevantes publicados entre 1999 e 2009, redigidos em inglês ou português. Resultados: Esta revisão mostrou que o alendronato é capaz de uma redução no risco de fraturas vertebrais e não vertebrais, além de possibilitar um aumento na densidade mineral óssea (DMO). O raloxifeno também se mostrou capaz de aumentar a DMO e reduzir a incidência de fraturas vertebrais, porem não foram observados efeitos significativos na redução de fraturas não vertebrais. Embora não tenha sido demonstrado efeito importante do raloxifeno na redução de fraturas vertebrais, foram demonstrados alguns efeitos benéficos extra-esqueléticos com o uso desse fármaco, como melhora no perfil lipídico e redução no risco de câncer de mama. Foram relatados índices de efeitos adversos semelhantes para as duas drogas, porem o raloxifeno apresentou um efeito potencialmente grave: a doença tromboembólica (com prevalência de 1.0% no grupo utilizando raloxifeno, e de 0.3% no grupo placebo). Conclusão: Na medida em que a redução do risco de fratura não vertebral é um objetivo crítico no tratamento da osteoporose, o uso do alendronato deve ser preferido ao do raloxifeno. Porém outros fatores como, posologia, necessidades da paciente de benefícios extra-esqueléticos e efeitos adversos associados ao uso de cada droga devem ser pesados, para uma boa decisão clinica.

Palavras-Chaves: Osteoporosis; post menopausal; efficacy; raloxifene; comparison; bisphosphonates; alendronate; zoledronate; risedronate; fractures; ibandronate; anti

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reabsorptive; meta-analysis; randomized placebo-controlled trials (RCT); selective estrogen receptor modulator (SERM); mechanism of action; therapy; epidemiology; treatment.

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TÍTULO: Tratamento da hipertensão renovascular de etiologia aterosclerótica

ALUNO(A): Verena Neiva Mascarenhas ORIENTADOR(A): Profª Drª Eloína Nunes Oliveira

RESUMO

Introdução: Hipertensão renovascular é definida como pressão arterial elevada causada por doença oclusiva de uma ou ambas artérias renais principais ou seus ramos. A estenose de artéria renal ( EAR ) é a principal causa de hipertensão secundária, entretanto sua prevalência exata não é bem definida, dependendo do grupo estudado. É responsável por cerca de 0,2 a 5% ( em média, 1%) dos casos de hipertensão arterial sistêmica na população, mas pode atingir uma prevalência de 40 a 60% em pacientes com hipertensão severa ou refratária, que não respondem a terapia medicamentosa. As causas mais comuns de EAR são aterosclerose e displasia fibromuscular. A EAR de etiologia aterosclerótica é responsável por cerca de 2/3 dos casos. Os fatores de risco são basicamente os mesmos da aterosclerose em outros territórios arteriais, como as coronárias, ou seja, a própria hipertensão arterial, a idade avançada, o tabagismo, a dislipidemia e o diabetes mellitus. A relevância clínica da EAR aterosclerótica tem aumentado em razão do aumento universal da expectativa de vida da população e da elevação da prevalência de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. Os tratamentos disponíveis são: terapia medicamentosa isolada ou terapia intervencionista (angioplastia, com ou sem stent, ou cirurgia). Os objetivos da terapia são controle da pressão arterial sistêmica e preservação e/ou melhora da função renal. Não existe consenso ou guideline para a escolha da conduta. Objetivo: Avaliar, a partir de revisão de literatura, qual o melhor tratamento para estenose aterosclerótica de artéria renal. Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed, Scielo, Lilacs e Medline, referente ao período entre 1998 e 2009. Foram incluídos artigos que abordassem o tratamento da hipertensão renovascular de etiologia aterosclerótica, nas línguas inglês, português e espanhol. Resultados: Nove artigos do tipo coorte, prospectivo e retrospectivo, foram selecionados. Os estudos foram realizados em diversos países. O número de pacientes variou de 46 a 140 pacientes. O tempo médio de seguimento variou de 6 meses até 4 anos. De maneira geral, a média de idade se manteve entre a sétima e oitava décadas de vida. Os estudos mostraram que diferenças na pressão arterial final entre pacientes tratados por angioplastia, com ou sem stent, ou por medicação, são mínimas, e somente uma minoria de pacientes submetidos a tratamento intervencionista foram capazes de descontinuar a medicação. Com relação à melhora ou preservação da função renal, a maioria dos estudos não evidenciou uma diferença estatisticamente significante entre os dois grupos. Além disso, angioplastia está associada a uma taxa de complicação que variou de 7,2% a 27,5%, incluindo em tais resultados adversos, morte. Conclusão: A partir desse estudo, podemos concluir que o tratamento intervencionista na hipertensão aterosclerótica de artéria renal, deve ser indicado com mais cautela, levando-se em conta a idade do paciente, as lesões ateroscleróticas extra-renais associadas, a dificuldade do controle pressórico e as condições clínicas do paciente. Além disso, faz-se necessário a realização de um estudo de grande follow-up, para avaliar os resultados dos tratamentos à longo prazo. Palavras-chave: Hipertensão renovascular; aterosclerose; tratamentos.

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