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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL
Tópico da aula: Contratos de seguro e fiança
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Base Legal no Código Civil
Seguro (Artigos 757 a 777 do CC)
Seguro de dano (Artigos 778 a 788 do CC)
Seguro de pessoas (Artigos 789 a 802 do CC)
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Decreto-Lei n. 73, de 21 de novembro de 1966) - Dispõe
sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as
operações de seguros e resseguros e dá outras
providências.
http://www.sindsegsp.org.br/site/legislacao-seguro.aspx
http://www.susep.gov.br/menu/atos-normativos/legislacao-
basica-1
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
1. Conceito de contrato de seguro
O contrato de seguro é aquele pelo qual uma das
partes (segurador) se obriga para com outra
(segurado), mediante o pagamento de um prêmio, a
garantir-lhe interesse legítimo relativo a pessoa ou a
coisa e a indenizá-la de prejuízos decorrente de riscos
futuros, previsto no contrato.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
2. Características do contrato de seguro
a) Bilateral
b) Oneroso
c) Aleatório
d) Formal
e) Execução sucessiva ou continuada
f) Adesão
g) Boa-fé
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
SEGURO DE PESSOAS
• Artigos 789 a 802 do CC
• Decreto-Lei n. 73, de 21 de novembro de 1966
• Código de Defesa do Consumidor (LEI Nº 8.078, DE 11
DE SETEMBRO DE 1990.)
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
ATENÇÃO
O seguro de pessoa divide-se em seguro de vida
e seguro de acidentes pessoais.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
O beneficiário de seguro de vida pode contratar
mais de um seguro sobre o mesmo interesse com o
mesmo ou diversos seguradores.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
QUESTÕES JURÍDICA QUE ENVOLVEM SEGUROS DE
VIDA
Art. 798 do Código Civil
“O beneficiário não tem direito ao capital
estipulado quando o segurado se suicida nos primeiros
dois anos de vigência inicial do contrato, ou da sua
recondução depois de suspenso, observado o disposto
no parágrafo único do artigo antecedente.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Parágrafo único do Artigo 798 do Código Civil
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese prevista neste
artigo, é nula a cláusula contratual que exclui o
pagamento do capital por suicídio do segurado.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Observação
Sobre o tema, o entendimento do STJ se
manifesta na súmula 61: “O seguro de vida cobre o
suicídio não premeditado”.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A Súmula 105 do STF estabelece que: “Salvo se
tiver havido premeditação, o suicídio do segurado no
período contratual de carência não exime o segurador do
pagamento do seguro”. (Apelação nº 0012999-
92.2011.8.26.0068; rel. Des. Nestor Duarte; j. em
20/10/2014).
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
“A jurisprudência desta Corte Superior consolidou-se no sentido de que
suicídio cometido no período de carência do seguro de vida somente
isentará a seguradora do pagamento da indenização se comprovado que
o ato do segurado foi premeditado. É ônus da seguradora produzir a
prova da premeditação inequívoca do suicídio cometido pelo segurado
caso pretenda afastar o direito à indenização securitária, mesmo
porque o art. 798 do Código Civil de 2002 não alterou o
entendimento consagrado nas Súmulas nº 105/STF e nº 61/STJ.”
(AgRg no AREsp 418622/SC, Agravo Regimental no Agravo em Recurso
Especial 2013/0358848-6, Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira
Turma, J. 17/11/2015 destaquei em negrito).”
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Atenção
É nula a cláusula que exclui pagamento do seguro
ao beneficiário em razão de suicídio.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Atenção
Compete à seguradora provar que o suicídio do
beneficiário foi premeditado antes dos dois anos de
contrato.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Em caso de inadimplemento, o beneficiário tem direito a
receber o seguro?
Artigo 763 do Código Civil
Não terá direito a indenização o segurado que
estiver em mora no pagamento do prêmio, se ocorrer o
sinistro antes de sua purgação.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
O atraso no pagamento não implica na rescisão do
contrato, constituindo condição suspensiva enquanto
existir a mora, art. 763 do Código Civil. Assim, caberia à
seguradora notificar previamente a segurada para
assegurar o direito à purgação e dar continuidade ao
contrato.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Orientação do Superior Tribunal de Justiça
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CIVIL. PLANO DE PECÚLIO POR MORTE. NATUREZA DO
CONTRATO. SEGURO DE VIDA. SEMELHANÇA. ATRASO NO
PAGAMENTO DO PRÊMIO. SUSPENSÃO AUTOMÁTICA DA
AVENÇA. DESCABIMENTO. NECESSIDADE DE CONSTITUIÇÃO EM
MORA. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
1. A Segunda Seção desta Corte Superior consagrou o
entendimento de que o mero atraso no pagamento de
prestação do prêmio do seguro não importa em
desfazimento automático do contrato, pois exige-se, ao
menos, a prévia constituição em mora do segurado pela
seguradora, mediante notificação ou interpelação.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
2. Aplica-se o mesmo entendimento aos planos de
pecúlio por morte, pois essa espécie contratual
assemelha-se aos seguros de vida. 3. Agravo regimental
não provido. (AgRg no AREsp 625973/CE, rel. Min.
Ricardo Villas Bôas Cueva, 3ª Turma, STJ, j. em
18.6.2015).
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
O segurador pode fixar prazo de pagamento ao
segurado a fim de pagar a indenização? Imaginemos
que há cláusula indicando o prazo de 24 (vinte e
quatro) horas para início da vigência do contrato.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
É válida, contudo os herdeiros têm direito à devolução
da reserva técnica.
Confira-se o que dispõe o art. 797, do Código Civil: “No
seguro de vida para o caso de morte, é lícito estipular-se
um prazo de carência, durante o qual o segurador não
responde pela ocorrência do sinistro.”
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
O artigo 797, parágrafo único, do Código Civil,
assim determina: “No caso deste artigo o segurador é
obrigado a devolver ao beneficiário o montante da
reserva técnica já formada.”
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Nesses casos, a seguradora deve devolver os
valores pagos pelo titular do seguro até a data do
falecimento, corrigidos monetariamente desde os
respectivos desembolsos e acrescidos de juros
moratórios legais.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
No caso de morte do segurado que vive em união
estável, mas não é divorciado, quem tem direito ao
seguro?
O beneficiário poderá ser o companheiro, se o
segurado, por ocasião do contrato, estava separado de
seu cônjuge judicialmente ou de fato (artigo 793 do CC)
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
OBSERVAÇÃO
Se não houver indicação de beneficiário ou se não
prevalecer a que foi feita, o capital segurado será pago
metade ao cônjuge não separado judicialmente e o
restante aos herdeiros do segurando, observando-se a
ordem de vocação hereditária.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Prazo prescricional
Inteligência do artigo 206, §1º, inciso II, alínea
“b”, do Código Civil. (1 ano a partir do fato
gerador da pretensão)