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Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

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SEJA UM CONSULTOR DE DÍVIDAS

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Introdução:

Com certeza o endividamento é um dos maiores problemas da população brasileira com potencialidade de consumo e das empresas em geral. Todos estão acuados pelo sistema financeiro que vem batendo recordes de lucros encima da transferência do capital produtivo em beneficio do capital especulativo. Resultado: um índice de endividamento alarmante, tanto pessoa física, quanto jurídica, e por conseqüência, todos que passam por esta situação, tem como penalidade imediata o NOME SUJO NO SPC e SERASA.

A figura do consultor de dívidas tem como objetivo a intermediação entre os devedores e seus credores, para viabilizar uma RENEGOCIAÇÃO das dívidas possíveis de SEREM PAGAS, e em paralelo, usando artifícios legais, conquistar a exclusão do nome do seu cliente dos sistemas de restrição ao crédito (serasa e SPC). O negócio não exige uma infra-estrutura complicada. Depende da seriedade e eficiência no tratamento dos clientes para ter sucesso.

Este curso se destina a toda as pessoas que desejam desenvolver uma atividade profissional e lucrativa em casa ou até mesmo montar uma pequena empresa de consultoria.

Este é um ramo carente de profissionais preparados, e com um campo de trabalho que não apresenta crise, pois a quantidade de devedores graças às políticas econômicas do governo só faz aumentar.

Hoje se estima que mais de 60% da população brasileira encontra-se com seu nome com restrições nos serviços de proteção ao crédito (nome sujo).

Isto quer dizer que mais de 90 milhões de brasileiros precisam dos serviços de um consultor de dívidas.

Este curso foi desenvolvido para que você possa exercer esta atividade legal e lucrativa e conquistar sua independência financeira através de um trabalho que vai beneficiar um grande número de pessoas.

Com certeza o endividamento é um dos maiores problemas da população brasileira com potencialidade de consumo e das empresas em geral.

Todos estão acuados pelo sistema financeiro que vem batendo recordes de lucros encima da transferência do capital produtivo em beneficio do capital especulativo. Resultado: um índice de endividamento alarmante, tanto pessoa física, quanto jurídica, e por conseqüência, todos que passam por esta situação, tem como penalidade imediata o NOME SUJO NO SPC e SERASA.

A figura do consultor de dívidas tem como objetivo a intermediação entre os devedores e seus credores, para viabilizar uma RENEGOCIAÇÃO das dívidas possíveis de SEREM PAGAS, e em paralelo, usando artifícios legais, conquistar a exclusão do nome do seu cliente dos sistemas de restrição ao crédito (serasa e SPC).

O negócio não exige uma infra-estrutura complicada. Depende da seriedade e eficiência no tratamento dos clientes para ter sucesso.

Neste curso, você aprenderá as diversas formas de negociações em dívidas com cartão de crédito, carro, casa, e etc. Aprenderá, também, como proceder legalmente para baixar o nome de seu cliente do SPC e Serasa (mesmo antes dele pagar a dívida), e ainda como fazer o marketing do seu negocio e conquistar clientes, e ainda, saber como e quanto cobrar pelo seu trabalho.

Esperamos que você tenha um bom proveito deste curso e desejamos que você se torne um profissional competente e conquiste sua independência financeira. SUCESSO!

COMO O CURSO ESTÁ ORGANIZADO

Primeira parte:

Será definido como iniciar seu negócio será apresentado um plano de marketing que poderá servir de modelo para você saber o que será necessário para iniciar seu negócio;

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Segunda parte:

Serão mostrados como se

Terceira parte

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1. Primeira parte – Iniciando seu Negócio.

No início de suas atividades você poderá trabalhar em casa, na medida em que o número de clientes for aumentando você poderá pensar em ter um escritório comercial para dar mais qualidade no atendimento de seus clientes.

Mas isso só em uma segunda etapa!

No entanto, para efeito de informação estamos disponibilizando abaixo o que seria um modelo de plano de negócios que contém algumas informações básicas sobre seu empreendimento para orientá-lo com os custos envolvidos no negócio quando da formalização dos mesmos..

Algumas deverão ser preenchidas por você pois são particulares para cada região .

Se for de seu desejo pode pular essa parte e ir diretamente à parte que ensina a metodologia propriamente dita.

São basicamente 26 etapas nessa parte.Posteriormente elas poderão ser copiadas e coladas para formar um plano de negócios para seu empreendimento e tentar conseguir financiamento junto a bancos oficiais.

ETAPA 1 – INFORMAÇÕES SOBRE O EMPREENDIMENTO

Nome da Empresa:

Razão Social:

Sócios:

Endereço:

CEP:

Fone / Fax: ()

Pessoa para Contato:

ETAPA 2 – DESCRIÇãO GERAL DO NEGÓCIO

O que a empresa faz ou pretende fazer: a empresa pretende prestar serviços de consultoria na área

de reabilitação de créditos para pessoas físicas e jurídicas e sua área de atuação será a cidade de ..... e

cidades próximas.

Baseado em quais competências/experiências/tecnologias: a empresa se apoiará na experiência de

um dos proprietários, que iniciou suas atividades nesse ramo como profissional autônomo e verificou a

existência de um mercado para seus conhecimentos. Dessas constatações surgiu a idéia de criar uma empresa

cujos serviços prestados fossem extremamente profissionais.

Estimulado por quais tendências de mercado: atualmente com a estabilidade econômica, muitas

pessoas e empresas que no passado tiveram dificuldades para honrar seus compromissos financeiros agora

vêem sua situação melhorar e desejam negociar suas dívidas para, aproveitando o bom momento porque passa

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o pais, ter seu crédito reabilitado e poder realizar seus projetos de vida.Esse mercado está em fase de

crescimento e o número de profissionais sérios que atuam no mesmo é muito pequeno.

Ao manterem-se focadas em suas competências principais as empresas têm transferido para outras

empresas e profissionais serviços especializados como consultorias financeiras e de negociação de dívidas.

Outro fator que contribui para a contratação de serviços dessa natureza é a quantidade de empresas e

profissionais autônomos que querem sair da informalidade e conseguir as linhas de créditos baratas fornecidas

pelos bancos oficiais.

Descrição do Mercado de Forma Abrangente (macro):

Concorrentes: este mercado é disputado por empresas prestadoras de serviços e por

profissionais autônomos, sendo que muitas prestam serviços exclusivamente para pessoas físicas. São muitos

os anúncios existentes nos jornais de grandes cidades onde empresas e profissionais que oferecem seus

serviços.Os maiores concorrentes são os profissionais autônomos que prometem milagres.Em nossa região

atuam bons profissionais dentre os quais ( fazer uma pesquisa junto a jornais e a clientes sobre os bons

profissionais do setor, procure conhecer seus métodos, seus pontos fortes e fracos)

lClientes: os clientes deste tipo de negócio são muito diversificados, pois se caracterizam por

empresas , pessoas físicas comuns e por profissionais autônomos que contraíram dívidas em determinado

momento mas que agora ou estão com dificuldades em negocia-las ou precisam de orientação quanto ao que

realmente devem pagar.

Fornecedores: ( não se aplica a esse tipo de serviço,deixado apenas como orientação caso se

queira utilizar esse plano para outro negócio).

Mensuração da demanda: o estudo de mercado desenvolvido estima que a empresa possa

efetuar 50 contratos mensais, desde as atividades mais simples, como a verificação de cadastro e entrada com

o processo junto aos tribunal civil , até negociações mais demoradas. ( esse valor é ilustrativo será necessário

se mapear a concorrência ou dar uma olhada na quantidade de processos que entram no tribunal)

Segmento específico em que compete ou pretende competir: Inicialmente, a empresa

pretende oferecer seus serviços para pessoas físicas e jurídicas, com o propósito de, mais tarde, especializar-

se em um tipo específico de serviço .

Comportamento do mercado em termos de crescimento: é um mercado em ascensão, uma

vez que tem crescido a uma taxa entre 5% a 10% acima do PIB, segundo a ...

Lucratividade: a lucratividade é alta quando a empresa consegue atingir um conjunto de clientes

que demandam um volume de serviços constante. A empresa já tem prospectado um conjunto de clientes que

lhe permitirá um volume de negócios satisfatório.

Características principais do mercado em termos de:

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Preço praticado: o preço praticado no mercado em que a empresa pretende atuar é comparado

ao praticado pelas empresas concorrentes em outros mercados. A empresa a ser criada pretende oferecer uma

vantagem de preço em todos os seus serviços.

Formas de vendas: inicialmente, os donos da empresa divulgarão seus produtos por meio de

panfletos e jornais enfatizando a seriedade de seus serviços.

Posteriormente, será desenvolvido um site na Internet onde a empresa, poderá divulgar seus produtos e

resultados para seus clientes atuais e futuros.

Assistência: a empresa dará todo tipo de assistência no que se refere aos serviços prestados,

ressarcindo os clientes em qualquer dano que possa causar ao mesmo em função dos serviços. Será possível

garantir esse tipo de procedimento considerando o grau de capacitação dos funcionários, bem como o

comprometimento criado entre eles e o desempenho da empresa, por meio de um trabalho de otimização do

clima organizacional a ser estabelecido.

Estratégias de marketing: a estratégia de marketing priorizada pela empresa é a visita às

diferentes empresas e a distribuição de folders junto a residências e condomínios.

Principais concorrentes:

Vantagens e desvantagens dos principais concorrentes em termos de:

Produtos/serviços (qualidade e tecnologia): aos serviços oferecidos pelos concorrentes falta

profissionalismo. Muitas vezes os profissionais apresentam-se com soluções milagrosas e sem o devido

conhecimento técnico.

Preço: devido ao fato de os profissionais não possuírem um processo de capacitação constante,

existe um grande número deles que oferecem serviços a qualquer preço e com procedimentos escusos e

mesmo recorrendo a métodos ilegais que no final acabais saindo mais caro ao cliente em função de possíveis

problemas que os mesmos podem ter com a Justiça. A empresa a ser criada trabalhará com pessoal

qualificado, sensibilizado para com a importância de um correto e dentro da mais completa legalidade, o que

deverá resultar em melhor relação custo/benefício para os clientes.

Venda e assistência: os concorrentes já possuem um mercado garantido, o que torna mais fácil

vender seus serviços.

Capacidade de promoção: devido ao fato de já estarem estabelecidas e conhecerem o

mercado, a capacidade de promoção das empresas concorrentes é maior. Em contrapartida, muitas delas

apresentam trabalhadores desqualificados, o que acaba prejudicando as vendas.

Áreas de conhecimento em que a empresa tem experiência e capacitação: a empresa tem

muito conhecimento em novos procedimentos e técnicas utilizadas em negociação de dívidas de empresas

estando em constante atualização através principalmente de sites de serviços de proteção ao consumidor e das

últimas decisões tomadas a respeito desse assunto pelos órgãos competentes, além de conhecimentos em

gestão empresarial, fator determinante ao sucesso de qualquer empresa.

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Tecnologias/habilidades dominadas pela empresa: processos e procedimentos de

negociação de dívidas e gestão empresarial.

Áreas de conhecimento correlatas ou complementares em que a empresa atua ou

pretende atuar ou está iniciando capacitação: a empresa pretende se firmar em uma atividade específica,

precisando atuar por um tempo no mercado até que se revele uma necessidade para a qual procurará ganhar

excelência.

Tecnologias/habilidades que a empresa desenvolveu, pretende desenvolver ou está

desenvolvendo: a empresa pretende ganhar habilidade na prestação de serviços com uso intensivo de

conhecimento, acreditando que ele aperfeiçoe os processos e garanta a qualidade necessária.

Tendências tecnológicas, em termos de volatilidade/obsolescência da tecnologia e

proliferação/padronização: é preciso estar sempre atento a novos produtos que são lançados no mercado,

pois disso depende a capacidade da empresa em manter-se competitiva.

Principais formas e fontes de capacitação e acesso a tecnologias que a empresa utiliza: a

empresa busca atualizar-se por meio da participação em diferentes cursos, simpósios, publicações

especializadas e pela Internet.

ETAPA 3 – Missão DA EMPRESA

Missão da empresa: Prestar serviços de negociação de dívidas e retirada de nomes de seus clientes

em órgãos de proteção ao crédito com profissionalismo e qualidade, preservando a integridade moral e legal de

seus clientes, pelo uso de procedimentos legalizados.

ETAPA 4 – MERCADO CONSUMIDOR

MERCADO

CONSUMIDOR:

Os clientes deste tipo de negócio são muito

diversificados, pois se caracterizam por ser empresas,

pessoas físicas e profissionais autônomos que optam

por ter seu nome retirados dos órgãos dos serviços de

proteção ao crédito ou Serasa de forma legal

ETAPA 5 – MERCADO CONCORRENTE

Empresas

ConcorrentesPontos Fortes Pontos Fracos

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Empresa 1

Oferece

também serviços de

negociação

Problemas com

atitudes adotadas por

que podem

comprometer a imagem

moral e legal dos

clientes.

Empresa 2

Empresa 3Possui clientela

formada

Insatisfação dos

clientes com alguns dos

serviços prestados.

ETAPA 6 – MERCADO FORNECEDOR

PRINCIPAIS

FORNECEDORES:

PRODUTOS/SERVIÇOS

FORNECIDOS:

ETAPA 7 – PRINCIPAIS PRODUTOS OFERECIDOS PELA EMPRESA

PRODUTOS E SERVIÇOS OFERECIDOS PELA EMPRESA:

Consulta de Situação de Dívidas.

Elaboração de documentação e representação junto ao Juizado Civil

Negociação junto aos credores

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Assessoria jurídica.

ETAPA 8 – FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO

FLUXOGRAMA DE PRODUÇãO - ETAPAS

ETAPA 9 – EQUIPAMENTOS/INSTRUMENTOS QUE INTEGRAM O PROCESSO

ETAPA 10 – MÓVEIS E UTENSÍLIOS NECESSÁRIOS

MÓVEIS E UTENSÍLIOS QUE INTEGRAM O PROCESSO

ETAPAS ITENS

Identificar o tipo de solução

desejada

Computadores, fax e

impressoras.

Estabelecer um cronograma

de execuçãoMóveis de escritório

Executar a solução Computadores ,fax

impressoras

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ETAPA 11 – MATÉRIAS-PRIMAS, MATERIAIS SECUNDÁRIOS E EMBALAGENS

MATÉRIAS-PRIMAS, MATERIAIS SECUNDÁRIOS

ETAPASMATÉRIAS-

PRIMAS

MATERIAIS

SECUNDÁRIOS

Identificar o tipo

de solução desejada- -

Estabelecer um

cronograma de

execução

 Bloco de Plano

de Serviços

Executar a

solução

ETAPA 12 – INVESTIMENTOS FÍSICOS

QUADRO DE INVESTIMENTOS FÍSICOS (EM R$)

ITEM QUANTIDADE PREÇO

UNITÁRIO

VALOR

TOTAL

Computador 02 1.500,00 3.000,00

Fax 01 400,00 400,00

Impressora 01 400,00 400,00

Scanner 01 300,00 300,00

Veículo 01 - -

Móveis de

escritório- 1.000,00 1.000,00

Telefone 01 50,00 50,00

Telefone

celular02 350,00 700,00

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TOTAL DO INVESTIMENTO 5.850,00

ETAPA 13 – CÁLCULO DO CAPITAL DE GIRO

CÁLCULO DAS NECESSIDADES DE CAPITAL DE GIRO

RUBRICA VALORES (R$)

Custos fixos (30 dias) 3.552,29

Estoque de matéria-prima (30

dias)-

Custos de comercialização

(30 dias)1.490,17

Registros e legalização 192,00

Publicidade inicial 700,00

TOTAL 5.934,46

ETAPA 14 – INVESTIMENTO INICIAL

INVESTIMENTO INICIAL (R$)

Investimento físico 5,850,00

Investimento financeiro 5.934,46

TOTAL 11.784,46

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ETAPA 15 – GASTOS MENSAIS COM MANUTENÇãO, DEPRECIAÇãO E SEGUROS

ITEMVALOR

TOTAL DEPRECIAÇãO MANUTENÇãO SEGURO

Máquinas e equipamentos 10%ano 5%/ano

Seguro

Global

Computadores 3.000,00 25,00/mês 12,50/mês

Fax 400,00 3,33/mês 1,70/mês

Impressora 400,00 3,33/mês 1,70/mês

Scanner 300,00 2,50/mês 1,25/mês

Veículos: 20%/ano 5%/ano

Veículo - -/mês -/mês

Móveis e utensílios: 10%/ano 3%/ano

Móveis de

escritório1.000,00 9,00/mês 4,50/mês

Outros:

Linhas

telefônicas50,00 - -

Telefone

celular500,00 - -

TOTAL 5.850,00 45,00/mes 23,00/mes 50,00

* alíquotas sugeridas pela Receita Federal, na Legislação do Imposto

de Renda.

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ETAPA 16 – CUSTOS COM MãO-DE-OBRA

 

FUNÇãO SALÁRIO QUANTIDADE VALOR

MENSAL

ENCARGOS

(%)*

Auxiliar 400,00 1 400,00 325,00

Supervisores - - -

TOTAL 400,00 325,00

* Os encargos sociais estimados representam 83% sobre a folha de

pagamento, pois sobre este tipo de atividade incidem alguns encargos de

insalubridade, e empresas de serviços de limpeza não podem optar pelo

Simples Federal. Os encargos variam de empresa para empresa.

 

ETAPA 17 – CUSTOS FIXOS

DiscriminaçãoVALOR

MENSAL (R$)

VALOR ANUAL

(R$)

Auxiliar 400,00 48.000,00

Supervisores - -

Encargos

sociais325,00 3.900,00

Aluguel e taxas 500,00 8.160,00

Água e luz 90,00 1.080,00

Manutenção 93,21 1.118,52

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Depreciação 314,08 3.768,96

Seguros 50,00 600,00

Telefone 150,00 3.000,00

Combustível 250,00 1.800,00

Publicidade 200,00 3.000,00

Contador 180,00 2.160,00

Pró-labore 1.000,00 12.000,00

TOTAL DOS

CUSTOS FIXOS 3.552,29 42.627,48

* Os encargos sociais estimados representam 83% sobre a folha de

pagamento, pois sobre este tipo de atividade incidem alguns encargos de

insalubridade.

ETAPA 18 – CÁLCULO DOS CUSTOS DE MATÉRIAS-PRIMAS E MATERIAIS DIRETOS

CUSTOS DOS MATERIAIS (R$/MÊS)

- -

TOTAL -

ETAPA 19 – CÁLCULO DO CUSTO DO SERVIÇO

Para obter o custo do serviço é necessário definir um critério para ratear os custos fixos mensais. Esse

critério pode ser o tempo de elaboração do serviço, a quantidade de serviços elaborados no mês, etc.

Neste plano, estamos considerando a quantidade de horas de serviços prestados = 25 dias/mês x 8 horas/dia

(*) x = 200 horas/mês

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ITEM VALOR

Rateio de Custos Fixos (3.552,29 /

200 horas)18,00

(+) Custos Variáveis por Hora de

Serviço (400,00 / 200 horas)2,00

(=) CUSTO HORA / SERVIÇO 20,00

 

ETAPA 20 – CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA

O cálculo do preço de venda de cada serviço prestado considera que a empresa trabalhará com os

seguintes custos de comercialização (Lucro Presumido):

ISS 5,00 Lucro

Presumido (pois

prestadoras de

serviços desta

modalidade não

podem se enquadrar

no SIMPLES)

 

Imposto de

Renda2,40%  

Contribuição

Social sobre o Lucro1,08%  

COFINS 3,00%  

PIS 0,65%  

Custos de

Comercialização12,13%  

Margem de Lucro(Margem de lucro

estabelecida para que o preço de venda se

situe próximo ao valor médio com que o

produto é vendido pela concorrência)

 

 

 

PVS =

            Custo

Hora/Serviço          

100% - (CC% + ML%)

X 100

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PVS =

                          22,00                          

100% - (12,13% + 6,50%)

X 100

PVS =R$ 28,00/hora

ETAPA 21 – DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS

DISCRIMINAÇãOVALOR

MENSAL VALOR ANUAL

1. RECEITA

OPERACIONAL MENSAL12.285,00 147.420,00

2. Custos variáveis

  2.1 Material de

limpeza400,00 4.800,00

  2.2 Custos de

comercialização1.490,17 17.882,04

3. SOMA (2.1 + 2.2) 1.890,17 22.682,04

4. Margem de

contribuição (1-3) 10.394,83 124.737,96

5. Gastos fixos 9.595,29 115.143,48

6. LUCRO LÍQUIDO

(4-5) 799,54 9.594,48

ETAPA 22 – LUCRATIVIDADE

Lucratividade =

            Lucr

o Líquido          

Receita Total

X 100

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Lucratividade = 799,54 ¸ 12.285,00 = 0,0651 (6,51%)

Com base neste índice podemos afirmar que para cada R$ 100,00 vendidos a empresa terá R$ 6,51 de lucro.

ETAPA 23 – RENTABILIDADE

 

Rentabilidade =

            Lucr

o Líquido          

Investimento

Total

X 100

Rentabilidade = 799,54 ¸ 35.617,46 = 0,0224 (2,24%)

Com base neste índice podemos afirmar que o capital investido retornará a uma taxa 2,24%.

ETAPA 24 – PRAZO DE RETORNO DO INVESTIMENTO

Prazo de Retorno do Investimento = Investimento Total ¸ Lucro Líquido

Prazo de Retorno do Investimento = 35.617,46 ¸ 799,54 = 44,55 (45 meses)

Prazo de Retorno do Investimento = 45 meses

ETAPA 25 – PONTO DE EQUILÍBRIO

Custos variáveis unitários = R$ 0,89 + (R$ 27,30 x 12,13%) = R$ 4,20

PE =

            Custo

s Fixos            

          MCU

Ponto de Equilíbrio = 9.595,29 / (27,30 - 4,20) = 415,38 416 horas

A empresa irá atingir o seu PE quando prestar 416 horas de serviço no mês..

ETAPA 26 – SUMÁRIO EXECUTIVO

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Os cálculos dos indicadores de desempenho demonstram que a forma como a empresa está sendo

planejada não proporciona ganhos significativos, uma vez que tanto a lucratividade quanto a rentabilidade são

baixas.

Pode-se concluir que, embora a empresa proporcione um lucro mensal de R$799,54, ele não é o

bastante para garantir uma situação confortável à empresa, uma vez que seu ponto de equilíbrio proporcionaria

uma receita muito próxima da receita obtida com a capacidade total prevista*, o que faz com que qualquer

diminuição no volume de serviços prestados pela empresa deva resultar em prejuízo, ou seja, as despesas

serão maiores que a receita.

* PE = 416 horas

Receita no PE = 416 h x R$ 27,30 (preço por hora) = R$ 11.356,80

Receita prevista = R$ 12.285,00

A avaliação financeira mostra, portanto, que as operações da empresa precisam ser reconfiguradas,

buscando-se encontrar uma nova concepção que garanta uma condição financeira mais estável.

divulgação com retorno imediato. Temos total convicção do retorno na medida que a divulgação seja feita de forma agressiva e correta. Claro que a dimensão deverá ser proporcional ao plano de receita de acordo com o potencial da cidade e região.

Colocaremos mais à frente modelos de panfletos e anúncios para melhor divulgar os seus serviços.

No anexo 1 apresentamos um projeto modelo de um plano de negócios que servir´´a inclusive para servir de base para busca por emprestimos

ATENDIMENTO AOS CLIENTES

O atendimento aos clientes deverá ser feito de forma convincente, otimista, mas sem falsas promessas e ilusões.

Você precisará passar perspectivas reais e otimistas para solução dos problemas de seu Cliente. Você será uma espécie de "Clínica das dívidas!" Quando alguém vai a um médico se consultar, quer sair com esperança de ver seu problema ser resolvido, a mesma coisa e o mesmo sentimento se encaixa no seu caso.

Portanto, é fundamental que no primeiro atendimento seja feito um diagnóstico preciso e OTIMISTA de que, por pior que esteja a situação da pessoa ou de sua empresa, existe solução a curto, médio ou longo prazo, de acordo com a dimensão dos problemas. Você terá neste curso todos os detalhes neste sentido. As providências para o andamento necessário em cada caso é ponto sagrado no desenvolvimento das suas atividades de consultor de dívidas.

INFORMAÇÕES E SUPORTE AOS CLIENTES

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Com o contrato fechado, iniciado o trabalho junto ao cliente, começa uma das principais funções do consultor de dívidas.

Em primeiro lugar é preciso colher e anotar todas as informações de cada débito contraído por seu cliente. Você precisará destas informações no sentido de desenvolver da melhor forma possível à elaboração e identificação das petições e procedimentos que você usará em cada caso. Quanto mais detalhes e documentos, as possibilidades da conquista de soluções, aumentam bastante.

Sempre fornecer aos clientes informações sobre o andamento dos seus processos. Quando a pessoa procura um consultor de dívidas, vem em busca de solução, de amparo, de alternativas.

Muitas acham que seu problema não tem solução, estão com sua auto-estima em baixa. Portanto, quanto mais esta pessoa se sentir amparada, protegida e informada, mais vai valorizar e divulgar as qualidades, eficiência e eficácia do seu trabalho de consultor e isso trás novos clientes.

OBJETIVOS

São dois os objetivos do seu trabalho como consultor de dívidas: viabilizar o acordo com a renegociação do débito se for o caso, e se seu cliente assim o quiser, e principalmente, reconquistar a exclusão do nome do seu cliente no SPC e SERASA. (Limpar o nome). Neste sentido o seu papel é fundamental, pois você aprenderá neste curso como proceder legalmente para conquistar o êxito deste fundamental objetivo.

ORIGEM DAS RECEITAS

De uma forma geral sua Receita vem das consultorias acertadas com seus clientes. Em media você cobrará 10% do valor atual de cada débito dos clientes, como sua remuneração.

Entretanto, esta não é uma regra rígida, cada caso é um caso. Vamos a um exemplo: Um cliente pode ter débito com determinado Banco cujo valor na época era de 12 mil reais há três anos. Hoje, o Banco com seus cálculos absurdos, deve estar cobrando entre 150 a 180 mil reais de seu cliente. Neste caso você pode cobrar do cliente entre 2 a 4 mil reais, de acordo com o objetivo a ser atingido. Mesmo assim o caso deve ser analisado separadamente.

Sempre acerte 50% no inicio do trabalho e 50% no final do objetivo. Este exemplo é de um caso de porte médio. A grande maioria da receita vem de casos de pequeno porte quando o cliente que te procura tem dívidas com vários Bancos, e varias financeiras, cartões de crédito etc.

Estabeleça como ponto de partida a cobrança de 200 reais por cada caso, mas, a exemplo acima, também devemos analisar caso a caso de acordo com a quantidade de credores e as condições dos clientes e etc.

Parte 1 - Como negociar dívidas

Caso seu cliente queira negociar a dívida, é seu papel como consultor assumir esta responsabilidade.

O primeiro passo é você conversar com seu cliente, para saber quais são as possibilidades financeiras reais para efetuar os pagamentos, analise com ele quanto o orçamento dele pode reservar para o pagamento das dívidas, sem comprometer a sua sobrevivência e demais gastos do seu dia-a-dia.

Feito isso, procure o credor para a negociação, não tenha receio na negociação, demonstre firmeza, pois o único interesse do credor é receber, mesmo que para isso ele abra mão de juros e taxas.

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Solicite um demonstrativo da dívida ao credor a fim de verificar o que está sendo cobrado (valor principal, juros de mora, multas, etc.);

Peça o estorno dos excessos, como juros de mora e multas, vale lembrar que de acordo com o Código de Defesa do Consumidor a multa é limitada a 2% do valor da dívida, nunca negocie mais que 2%, porém muitas lojas chegam a cobrar multa de 20% do valor da dívida, neste caso insista em negociar no Máximo a 2%. De preferência, solicite o estorno total das multas e juros de mora.

Tenha sempre como referência o valor principal da Dívida (valor do carne, cheques emitidos, etc).

Nunca aceite multa superior a 2% do valor da dívida, nem tão pouco a cobrança de honorários advocatícios ou despesas de cobrança (mesmo que cobradas por escritórios de advocacia), uma vez que de acordo com o Código de Defesa do Consumidor tais despesas devem ser pagas por quem contratou os serviços (no caso, o credor). Somente são devidos honorários advocatícios quando a dívida está sendo cobrada judicialmente, e com a autorização do juiz, o que dificilmente é feito pelas lojas.

Em caso de parcelamento da dívida, tente o maior número de parcelas possíveis (prazo mais longo) se o credor propor 10 vezes você deve pedir 36 a fim de fechar entre 12 e 24 vezes. Pleitear sempre juros menores, nunca se deve aceitar a primeira proposta do credor. Vale ressaltar que estas taxas normalmente vão até 2% ao mês.

Tente junto ao credor o parcelamento da dívida sem juros, pois o credor sempre tende a aceitar a fim de receber de volta o valor principal da dívida.

Tão logo formalize um acordo com o credor, o nome do devedor, que deverá estar nos cadastros de restrição ao crédito (SPC, Serasa, etc), deverá ser excluído, independente da dívida estar ou não totalmente paga.

Como renegociar dívida com cartão de crédito

Se seu cliente tem dívidas com cartões de créditos, é necessário tomar cuidados com a negociação do débito.

Você deve ficar de olho no valor realmente devido. A dívida a ser negociada é composta apenas pelo capital (valor real da dívida) + multa 2% + juros de mora 1% (ao mês) + correção monetária. A administradora do cartão não pode cobrar nada, além disso.

Fique atento, pois a multa de 2% deve ser cobrada uma única vez. Já os juros de mora são taxas referentes ao atraso do pagamento e a permanência da inadimplência do seu cliente. Por isso, são cobradas em todos os meses que o seu cliente ficar inadimplente. Mas sempre tente tirar os juros de mora na negociação.

Alguns contratos prevêem que, no atraso do pagamento da fatura, o seu cliente deve pagar, além de multa e juros de mora, uma taxa de cobrança ou honorários de advogado. Cláusulas desse tipo são abusivas e, portanto, ilegais. Não aceite esta prática.

O que fazer em caso de dívida acumulada?

Se seu cliente tem dívida acumulada "Nunca financie as faturas, pois, como no caso dos cheques especiais, este tipo de financiamento incorpora os maiores juros do mercado". Além do mais, esta prática é ilegal. As administradoras de cartões não têm o aval do Banco Central para cobrar mais de 12% ao ano de multa, ou seja, 1% de juros de mora por mês, isto é o máximo que eles podem cobrar do seu cliente.

Page 21: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Uma saída é ameaçar discutir judicialmente o caso, e com isso firmar um acordo para o pagamento em parcelas fixas. Isso só é possível quando os juros cobrados são superiores a 12% ao ano. A partir do momento que você negocia a dívida para seu cliente e fixa o pagamento, nenhum tipo de taxa pode ser cobrada.

Como renegociar dívida do financiamento imobiliário

Qual a diferença entre reajuste e revisão no valor do imóvel?

Reajuste é a atualização do valor nos prazos previstos por lei ou por contrato. A revisão é a forma pela qual o mutuário procura verificar se os reajustes foram aplicados de forma correta no seu financiamento.

Quando há risco de perda do imóvel? .

O mutuário pode perder seu imóvel de deixar de pagar algumas prestações. O decreto lei 70/66 possibilita a execução extrajudicial, sem a apreciação do poder judiciário. Isso permite que o agente financeiro pratique atos a revelia dos mutuários.

Quais são os juros usados no financiamento da casa?

Os juros são variáveis. A lei 4.380/64, que criou o sistema financeiro da habitação, prevê o teto máximo de 10% de juros anuais.

Existe perdão de dívidas, em que casos?

Os agentes financeiros, por meio de medidas provisórias, concederam perdão para alguns contratos, em especial para os firmados até o dia 31 de dezembro de 1987. Nestes casos, os contratos possuíam a cobertura do Fundo de Compensação da Variação Salarial.

Quais são os dez principais erros dos contratos da casa própria?

Preste muita atenção nos itens abaixo descritos no momento de renegociar a dívida de seu cliente.

As taxas nominais de juros, de acordo com a lei 4380/64 não pode exceder 10%. Os juros de poupança não podem ser aplicados no

financiamento, segundo decisão do STF, Adin 494,3;

Os juros remuneratórios prejudicam a queda do saldo devedor;

O seguro tem que ser aplicado com base no valor do financiamento, e não da dívida,como os bancos calculam;

A relação Renda x Prestação, não pode exceder ao máximo de 30% do salário do titular; Nenhum outro índice, que não seja os das variações salariais, pode corrigir as prestações do mutuário;

Os contratos firmados pelo PCR (Plano de Comprometimento de Renda) podem provocar um aumento das prestações em mais de 40% ao ano; Os contratos de carteira hipotecária violam as regras sociais, estabelecidas pela legislação do SFH (Sistema de Financiamento de Habitação).

Page 22: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

A aplicação dos CÊS (Coeficiente de Equiparação Salarial) é ilegal e prejudica o cálculo da prestação; O saldo devedor não pode sofrer as correções das taxas efetivas de juros.

Como renegociar dívidas de clientes

financiamento de carro

Em caso de atraso no pagamento, existe alguma forma de você renegociar as multas?

As multas são fixadas em contrato, elas deverão ser cobradas (se previstas) de acordo com o disposto no contrato. Assim, se o contrato prevê uma multa de R$ 5,00, deverá ser cobrada a multa de R$ 5,00. Caso não estejam previstas, não serão devidas. Não há como renegociar.

Quanto tempo de atraso nas parcelas pode ocorrer o confisco do bem?

Não há um tempo exato de atraso que dê direito ao confisco. O que a lei prevê é que a configuração da mora somente se dá após uma comunicação formal (notificação via cartório de título e/ou protestos) do agente financeiro ao consumidor. Esta comunicação deve se dar de forma a permitir que a pessoa pague seus débitos (deve-se dar prazo suficiente para isso).

Quais são os direitos do seu cliente no caso de financiamento de carro?

Direito a informações claras e precisas sobre as condições em que se da a contratação. A multa por atraso (contraprestações) não pode exceder 2% . Conforme Lei 8.078, de 11/9/90, do (CDC) art.52 § 1°. "§ 1° As multas de mora decorrentes do inadimplemento das obrigações no seu termo não poderão ser superiores a 2% do valor da prestação". Uma vez notificado de seu atraso ou havendo uma ação de busca e apreensão do veículo, pode o consumidor purgar a mora, ou seja, pagar o que deve, acrescido dos juros moratórios, independentemente do percentual que pagou da dívida.

É abusiva a cláusula que preveja o vencimento antecipado das parcelas vincendas, em caso de atraso no pagamento.

A diferença de mora, multa e juros.

Qual a diferença entre mora, multa, juros?

Mora quer dizer atraso. O CDC - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR permite a cobrança de juros de mora (juros moratórios) de, no máximo, 2% do valor da parcela em atraso. O não-pagamento de uma conta na data de vencimento obrigatoriamente resulta na cobrança de multa ou juros de mora.

A multa (ou cláusula penal) é um percentual previsto em contrato que o fornecedor retém do total pago, no caso de rescisão imotivada do contrato por parte do consumidor. No caso da alienação fiduciária (financiamento em que o veículo está em propriedade do banco, que cede a posse do mesmo ao alienante), o consumidor perde totalmente o que pagou, uma vez rescindido o contrato. Além disso, se prevista em contrato, deverá ser paga uma multa, que a jurisprudência entende nunca poder ser superior a 20% do valor do bem.

Page 23: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Juro (diz-se juro remuneratório) é um percentual cobrado sobre a dívida, acrescendo seu valor. Normalmente, eles são devidos em virtude de contrato, independentemente de atraso no pagamento.

Como Funciona o Juizado Especial Civil

O Juizado Especial Civil - criado na Lei n.° 9.099, de 26 de setembro de 1995 - tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, consideradas:

As causas cujo valor não exceda a 40 vezes o salário mínimo;

A ação de despejo para uso próprio;

As ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente a 40 vezes o salário mínimo.

Tribunais de Justiça nos estados

Em vários estados, há a opção do juizado itinerante, que funciona em veículos ou postos de atendimentos móveis. Quando a pessoa procura o Juizado Especial Civil, ela deve ter em mãos todos os documentos necessários para ser usado no processo. No primeiro dia, um funcionário faz o atendimento e dá entrada no pedido de ação. O próximo encontro é feito no Juizado Informal de Conciliação. Neste caso, é promovido um encontro entre as partes para tentar uma solução pacífica do caso. Se não houver conciliação, o processo será levado a julgamento.

Dívida vencida

O juizado especial civil não tem poder para interferir em casos de dívida vencida. Segundo a juíza Mônica Rodrigues Dias de Carvalho, do juizado especial civil, a lei diz que se a dívida estiver vencida o devedor deve quitá-la à vista. "Como muitas vezes o credor entende a situação e quer receber, é possível tentar uma conciliação", explica a juíza.

Mesmo com a interferência da justiça, a conciliação só é realizada se o credor aceitar os termos. "Se ele não concordar, o juiz não tem como impor o parcelamento da dívida" Caso a dívida não esteja vencida ou os juros forem considerados abusivos, o devedor pode consegui no juizado a renegociação ou mesmo novo parcelamento, desde que o valor não seja superior a 40 salários mínimos.

Tira dúvidas sobre Serasa e SPC

Como saber se o nome está no SPC ou na Serasa?

Ter o nome na lista negra dessas duas empresas pode dar muitas dores de cabeça as pessoas, como constrangimentos ao fazer pagamentos com cheque, impedimento de retirar talões de cheques ou até mesmo o cancelamento de conta-corrente. Veja aqui como proceder para consultar se o nome consta nessas listas.

Antes do nome do inadimplente entrar para o cadastro, tanto a Serasa quanto o SPC enviam uma carta registrada à pessoa informando que ela deverá regularizar suas pendências financeiras no prazo de 10 dias. Se nada for resolvido neste prazo, o nome irá para a lista de inadimplentes. Caso o consumidor não tenha recebido nenhuma carta, mas ainda sim tem dúvidas se o seu nome consta da lista, ela deverá comparecer a um posto da Serasa ou do SPC mais próximo e fazer a consulta.

Você encontrará mais à frente os endereços do serasa, caso não tenha em sua cidade os bancos também fornecem a consulta, no caso do SPC procure a associação comercial mais próxima e faça a consulta.

Page 24: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Para efetuar a consulta, o interessado deve ir pessoalmente a um dos postos de atendimento e levar os seguintes documentos (ou enviar um procurador com firma reconhecida): RG ou Carteira Profissional (original) CPF (original).

Procuração com firma reconhecida: deve constar da procuração o nome completo, RG e CPF do consultante dando poderes a esta pessoa de efetuar a consulta.

É muito importante que esteja discriminado na procuração que ela se destina a uma consulta efetuada pela Serasa ou pelo SPC. (no caso de você pesquisar para seu cliente)

Quais são as alterações trazidas pelo novo Código Civil

nos prazos prescricionais para cobrança e de manutenção de inscrição no SPC e Serasa?

Com o novo Código Civil, alguns prazos prescricionais foram reduzidos de cinco para três anos, como, por exemplo, nos casos de cobranças de cheques, notas promissórias e outros títulos de crédito. Mas mesmo com a entrada em vigor do novo Código Civil (Lei 10.406 de 2002), as mudanças em relação à permanência do nome do consumidor nos cadastros de proteção ao crédito ainda não foram definitivamente esclarecidas.

O que dá margem para desacordos é que, apesar de a nova lei ter estipulado um prazo prescricional de três anos para os títulos de crédito, é preciso que haja um consenso se permanecem também em vigor os prazos estabelecidos em leis especiais ou se vale o prazo do novo Código Civil.

Explicando melhor: não há definições ainda se o novo Código Civil revoga as leis especiais. No geral, as leis especiais se sobrepõem às leis gerais (Código Civil, por exemplo). Isso ocorre justamente por elas serem especiais sobre determinado tema sendo, assim, mais específicas e completas.

Porém, também é regra que, quando as leis pertencem ao mesmo nível hierárquico, vale a lei mais nova. A Associação Comercial entrou com consultas na Advocacia Geral da União para saber como aplicar e relacionar as normas já existentes com o novo Código Civil, mas ainda não foram divulgadas quaisquer respostas.

Cada lei especial tem prazos individuais, ou seja, diferentes do prazo estabelecido no novo Código Civil e diferentes entre si, O Código de Defesa do Consumidor também é uma lei especial e, segundo o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, mesmo com a entrada em vigor do novo Código Civil Brasileiro, as relações de consumo ainda devem ser regidas pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor.

Para o advogado Dr. Oliver Reinis, os serviços de proteção de crédito só poderão manter cadastros de inadimplentes fundados em dívidas referentes a cheques, notas promissórias e outros títulos de crédito pelo prazo máximo de três anos. Quanto às demais dívidas, permanece o prazo de cinco anos, ou de suas respectivas prescrições estabelecidas em Leis Especiais.

O Código de Defesa do Consumidor, segundo ele, estabelece que "consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão fornecidos, pêlos sistemas de proteção de crédito, quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores".(art. 43, § 5°, do CDC).

O fato é que ainda existem divergências em relação à interpretação do novo Código Civil. Com ele, o código comercial foi o que mais sofreu alterações e ainda é preciso ter um pouco de paciência para que algumas relações entre o novo Código Civil e as leis especiais sejam definidas.

Page 25: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

O consumidor pode cadastrar os números dos seus cheques roubados na Serasa e evitar ter seu nome incluído na lista?

O correntista que tiver os talões de cheques roubados ou extraviados pode registrar, gratuitamente, a ocorrência diretamente na Serasa, a qualquer hora e de qualquer lugar do Brasil, pelo telefone (011) 5591-0137. A Serasa torna a informação disponível ao comércio instantaneamente em todo o território nacional. A pessoa deve procurar também sua agência para fazer a sustação dos cheques roubados ou extraviados.

Criado em agosto de 1992, esse serviço, - o Recheque - é um sistema para proteção do cheque, e mantém informações sobre cheques sem fundo, cancelados, sustados, roubados e extraviados. O serviço está disponível ao comércio e funciona 24 horas por dia, com dados atualizados continuamente.

Se seu cliente pagou as dívidas, ele precisa pedir a retirada do seu nome da lista de credores ou este procedimento é feito automaticamente?

A responsabilidade pelo cancelamento da negativação, em qualquer banco de dados (SPC, Serasa, etc), é daquele que a efetivou, ou seja, o credor. O prazo máximo para que isto aconteça é de cinco dias. Entretanto, é muito interessante que você verifique se essa providência foi adotada, após o pagamento da dívida, ligando para o SPC e para a Serasa. Se o credor ainda não retirou o nome do cadastro, a pessoa mesmo pode fazê-lo com o comprovante do pagamento. Se o cancelamento não for feito, dará margem a indenização por eventuais danos sofridos ao seu cliente.

O fornecedor pode cobrar uma taxa, além do valor devido no cheque? Isso é legal ou é um abuso?

A lei dos cheques determina que, quando um cheque é devolvido duas vezes por falta de fundos, o credor pode cobrar:

Atualização monetária,

Juros de 1% ao mês e todas as despesas comprovadas que teve para conseguir receber o valor do cheque.

Portanto fique atento, apenas isso pode ser cobrado do seu cliente a mais que o valor do cheque.

A pessoa não pode mais pagar pelo bem e o devolveu, mesmo assim pode ter o nome no Serasa?

Depende de quanto já havia sido pago, e também de que espécie de contrato foi assinado. Em linhas gerais, a devolução do bem garante ao banco o direito de vendê-lo novamente. O valor obtido com esta venda será obrigatoriamente utilizado para amortizar a dívida do cliente com o banco. Daí surgem duas situações distintas:

O valor de venda mais o valor já pago superam o valor original da dívida. Neste caso, o banco teria que devolver ao cliente o valor excedente.

O valor de venda mais o valor já pago não são suficientes para quitar a dívida. Neste caso, o cliente deverá pagar o saldo restante e, caso não pague, poderá ter seu nome inscrito nos órgãos de proteção ao crédito.

Page 26: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Se a dívida for paga e a situação regularizada, este protesto fica no CPF como ocorrência liquidada ou nada consta?

Deverá aparecer como nada consta. Caso apareça qualquer outro termo, a pessoa deverá entrar com uma ação judicial visando: limpar seu cadastro e indenização por danos morais.

Como o seu cliente pode regularizar sua situação se o cheque foi emitido por outra pessoa e não está em poder do titular da conta?

A primeira medida é ir ao banco e pedir a microfilmagem do cheque. Só assim é possível descobrir o nome de quem depositou o cheque e não recebeu o dinheiro. Outra opção é verificar se houve protesto em cartório.

Como proceder se a empresa que recebeu o cheque sem fundo não quer devolvê-lo, mesmo o cliente pagando sua dívida?

A empresa ou a pessoa física é obrigada a devolver o cheque assim que o pagamento for efetuado e a dívida sanada. Se a empresa perdeu o cheque, ela precisa dar uma carta de anuência (com firma reconhecida, CNPJ ou CPF (em caso de pessoa física) de quem recebeu o crédito), emitida em nome do devedor do cheque. Se ainda sim nada for feito, o seu cliente deve se dirigir com um comprovante do pagamento do cheque ao Procon de seu Estado ou ao juizado especial de pequenas causas e solicitar a entrega.

O que fazer se a pessoa não sabe com quem está o cheque protestado?

Neste caso a pessoa deverá pagar a dívida junto ao Cartório de Protesto de Títulos e Documentos que efetuou o protesto. Com isso, o cartório dará imediata quitação da dívida, devolverá o título (cheque) e emitirá (se solicitado) uma certidão, que deverá ser utilizada para limpar o nome do emitente do cheque na Serasa ou SPC.

Os cartórios de protesto têm de notificar a pessoa que teve um título protestado por correio para que ela possa pagar o título, ou ainda, para que tente cancelá-lo judicialmente. A notificação do protesto é uma determinação legal, motivo pelo qual é muito difícil que ela não aconteça (até por que, atualmente, quem paga as custas de um protesto é quem deve, quem está sendo protestado - assim, se não o notificarem, o cartório não receberá o que gastou).

Entretanto, caso haja alguma falha no envio da notificação, é possível obter uma certidão em qualquer cartório de protesto. Esta certidão indica se há algum protesto no nome pesquisado e informa também todos os seus termos e em que cartório o protesto se encontra.

Como pedir microfilmagem do cheque para ver para quem ele foi emitido?

Os procedimentos para obtenção de microfilmagem de cheques não são regulamentados, porque são procedimentos internos dos bancos e dependem, assim, da política de funcionamento destes. Em regra, basta um pedido escrito ao gerente da conta corrente do seu cliente para obter cópia da microfilmagem. Vale ressaltar, entretanto, que somente o correntista da conta poderá obter a microfilmagem, por causa da proteção legal ao sigilo bancário.

Page 27: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

O banco pode negativar duas vezes o nome da pessoa? E

sendo a mesma dívida?

Em princípio, o banco não pode negativar o nome de uma pessoa mais de uma vez, em razão de uma só dívida. Isso somente poderia acontecer se fossem dívidas diferentes. Entretanto, existem alguns casos em que o devedor faz um acordo de pagamento parcelado com o banco e, após o pagamento da primeira parcela, o banco retira o nome do cliente dos órgãos de proteção ao crédito (Serasa e SPC). Se, alguns meses depois, o cliente deixa de pagar as parcelas, é feita a reinscrição dele em razão daquela dívida. A reinscrição é correta, pois a dívida ainda não foi quitada.

Quem tem nome inscrito no SPC ou Serasa pode pedir financiamento imobiliário?

A priori não. Os órgãos administradores de linhas de crédito imobiliário governamentais exigem a regularização de qualquer dívida que conste no prontuário de quem solicita a liberação do financiamento. Já com as linhas de crédito privadas (financeiras e bancos) a situação é ainda pior por visarem lucro. Somente interessa para estas empresas a liberação de créditos daquelas pessoas que com certeza possam pagar (e o melhor indício desta possibilidade e da boa-fé do solicitante é, justamente, seu passado financeiro). As empresas são absolutamente livres para se negar a conceder o financiamento.

Entretanto, da mesma forma, caso o histórico do cliente seja bom junto ao banco, é possível conseguir um financiamento mesmo com o nome sujo. Isso é possível, pois, como explicado anteriormente, o banco é livre para conceder ou negar financiamento a quem ele quiser (podendo, portanto, ignorar suas próprias exigências em casos especiais).

Até que período o cheque pode ser protestado? Há um limite de tempo para isso seja feito?

Há. Por tratar-se de título para pagamento à vista, o mesmo pode ser protestado no prazo de seis meses, a contar de sua devolução pelo banco. Entretanto, após este prazo, o credor poderá propor contra o devedor uma ação monitoria ou uma ação de cobrança, com base no cheque. O prazo de seis meses é o prazo de prescrição do cheque.

Desta forma, após seis meses, o cheque não poderá ser protestado.

Entretanto, os cartórios de protesto aceitam estes títulos, independentemente de quantos anos possuam. Caberá à pessoa que foi protestada, então, propor ação cautelar de sustação de protesto (com base na prescrição), para conseguir o cancelamento judicial do protesto.

Quem tem nome sujo pode abrir e/ou movimentar conta bancária de empresa?

Neste caso depende do banco. Normalmente não, mas há bancos que permitem a abertura de contas de pessoas jurídicas, mas somente no caso do sócio que possuir nome sujo ser minoritário e não possuir poderes de administração plenos. Isso restringe, inclusive, os poderes de emitir cheques, que ficam restritos ao sócio administrador.

O nome no cadastro da Serasa. Impede que se abra uma empresa?

Page 28: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Não. A Receita Federal não verifica se a pessoa tem o nome na Serasa antes de liberar a abertura da empresa. Mas o contribuinte não pode ter dívidas tributárias. Apenas neste caso ele ficará proibido de abrir uma empresa. Quando a pessoa tem uma dívida tributária, a Serasa recebe a notificação por parte da Receita Federal.

ENDEREÇOS DO SERASA

ALAGOAS

Agência MACEIÓ

Rua do Sol, 79 - 2° andar - salas 205 a 207 *

CEP: 57020-070

Centro - Maceió - AL - Brasil

Tel: 82 326-4556

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 16h

AMAZONAS

Agência MANAUS

Av. Sete de Setembro, 1.214 - 2° andar

CEP: 69005-141

Centro - Manaus - AM - Brasil

Tel: 92 633-4073

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 8h30 às 13hOO

BAHIA

Agência SALVADOR

Av. Estados Unidos, 137-10° andar

CEP: 40010-020

Comércio - Salvador - BA - Brasil

Tel: 71 3242-4211

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 16h

CEARÁ

Agência FORTALEZA

Rua Pedro Borges, 20 - 11 ° andar - salas 1.101 a 1.104

CEP: 60055-900

Centro - Fortaleza - CE - Brasil

Page 29: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Tel: 85 3253-3830

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 9h às 14h

DISTRITO FEDERAL

Agência BRASÍLIA

SRTV/Sul Quadra 701 - Bloco H - Sala 703

CEP: 70340-000

Brasília - DF - Brasil

Tel: 61 224-0877

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 11 h às 16h

ESPÍRITO SANTO

Agência VITÓRIA

Av. Jerônimo Monteiro, 1.000-salas 1.019, 1.021 e 1.023

CEP: 29014-900

Centro - Vitória - ES - Brasil

Tel: 27 3222-8322

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 16h

GOIÁS

Agência GOIÂNIA

Av. Goiás, 625 - 18° andar salas 1802 à 1806

CEP: 74006-900

Centro - Goiânia - GO - Brasil

Tel. 62212-8422

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 16h

MARANHÃO

Escritório de IMPERATRIZ

Rua Pernambuco, 915 - sala 305

CEP: 65903-320

Centro - Imperatriz - MA - Brasil

Tel: 99 3523-4484

Agência SÃO LUÍS

Av. Colares Moreira, 7 - Quadra 1 - 8° Andar - sala 803 a 805

Gleba B

Page 30: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

CEP: 65075-441

Jd. Renascença - São Luís - MA - Brasil

Tel: 983227-1356

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 8h30 às 12h

MATO GROSSO

Agência CUIABÁ

R. Barão de Melgaço, 2.754- 11° andar - salas 1.103 e 1.104

CEP: 78020-840

Centro - Cuiabá - MT - Brasil

Tel: 65623-4511

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 16h

MATO GROSSO DO SUL

Agência CAMPO GRANDE

Av. Afonso Pena, 2.440 - 2° andar - sala 23

CEP: 79002-934

Centro - Campo Grande - MS - Brasil

Tel: 67321-5119

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 9h às 15h

MINAS GERAIS

Agência BELO HORIZONTE

Rua da Bahia, 916 - 2° andar - conj. 201

CEP: 30160-011

Centro - Belo Horizonte - MG - Brasil

Tel: 31 3222-6611

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 09h às 16h

Agência JUIZ DE FORA

Av. Barão do Rio Branco, 2390 - salas 801 a 803

CEP: 36010-011

Centro - Juiz de Fora - MG - Brasil

Tel: 323215-7942

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 16h

Page 31: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Escritório de MONTES CLAROS

Av. Coronel Prates, n° 348 - sala 903

CEP 39400-104

Montes Claros - MG - Brasil

Tel: 383221-2300

Escritório de UBERLÂNDIA

Av. Floriano Peixoto, 615-5° andar - sala 502 e 503

CEP: 38400-102

Centro - Uberlândia - MG - Brasil

Tel: 343214-4919

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 15h

Escritório de VARGINHA

Rua Santa Cruz, 789 - 6° andar - sala 604

CEP: 37002-090

Centro - Varginha - MG - Brasil

Tel: 353221-7644

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 15h

PARA

Agência BELÉM

Av. Presidente Vargas, 158-7° andar - sala 701 e 702

CEP: 66010-000

Centro - Belém - PA - Brasil

Tel: 91 3223-4325

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 9h às 12h

PARAÍBA

Agência JOÃO PESSOA

Av. Epitácio Pessoa, 1.251 - salas 701, 702 e 703

CEP: 58039-000

Centro - João Pessoa - PB - Brasil

Tel: 83 3243^0555

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 14h

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PARANÁ

Agência CASCAVEL

Rus Souza Naves, 3546 - Sala 22 - Edifício Maria Eduarda

CEP: 85.801-120

Centro - Cascavel - PR - Brasil

Tel: 45 2101-1900

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 9h às 14h

Agência CURITIBA

Rua Dr. Carlos de Carvalho, 75 - 7° andar - salas 71 a 74

CEP: 80410-180

Centro - Curitiba - PR - Brasil

Tel: 41 223-5139

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 9h às 16h

Serasa LONDRINA

Rua Minas Gerais, 297 - 15° andar - salas 151

CEP: 86010-905

Centro - Londrina - PR - Brasil

Tel: 43 3324-5997

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 08:30hs às 16:00hs

PERNAMBUCO

Agência RECIFE

Rua Sport Clube do Recife, 280 - 3° andar - sala 317 a 320

CEP: 50070-450

Ilha do Leite - Recife - PE - Brasil

Tel: 81 3221-5585

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 8h às 14h «

PIAUÍ

Agência TERESINA

Rua Senador Teodoro Pacheco, 988 -12° andar - salas 1.203,

1.205, 1.207 e 1.209

CEP: 64001-060

Centro - Teresina - PI - Brasil

Tel: 86 221-6699

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 8h30 às 12h30

Page 33: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

RIO DE JANEIRO

RIO DE JANEIRO

Serviço Gratuito de Atendimento ao Cidadão no Rio Simples -

Central do Brasil

Pça. Cristiano Otoni, s/n° Prédio D. Pedro II - Subsolo da Central

do Brasil

Tel. 2253.5509

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 08h ás 18h

Agência NITERÓI

Rua da Conceição, 95 - 12° andar - Salas 1205 à 1210

Centro - Niterói - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

CEP-24.020-082

Tel: 21 2722-2823

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 09h às 16h

Agência RIO DE JANEIRO

Rua Primeiro de Março, 23 - 3° andar

CEP: 20010-000

Centro - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Tel: 21 2203-1235

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 09h às 16h

RIO GRANDE DO NORTE

Agência NATAL

Av. Prudente de Morais, 507 - salas 1.301, 1.302 e 1.308

CEP: 59020-900

Petrópolis - Natal - RN - Brasil

Tel: 84211-4486

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 09h às 13h

RIO GRANDE DO SUL

Agência CAXIAS DO SUL Rua Sinimbu, 2222 - 10° andar - salas 102 e 103 CEP: 95020-510

Centro - Caxias do Sul - RS - Brasil Tel: 54223-1115 Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 16h

Escritório de NOVO HAMBURGO Rua Júlio de Castilhos, 405 - Conj. 504 CEP: 93510-130

Page 34: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Centro - Novo Hamburgo - RS - Brasil Tel: 51 582-0379

Escritório de PASSO FUNDO

Rua Moron, 1324 - sala 502

CEP: 99010-031

Centro - Passo Fundo - RS - Brasil Tel: 54313-1431

Agência PORTO ALEGRE

Rua dos Andradas, 1.001 - 16° andar-cj. 1.604

CEP: 90020-015

Centro - Porto Alegre - RS - Brasil

Tel: 51 3224-7050

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 9h às 17h

RONDÔNIA

Agência PORTO VELHO

Av. Brasília, 2.639 - 2° andar - sala 13

CEP: 78902-500

São Cristóvão - Porto Velho - RO - Brasil

Tel: 69 224-4465

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 14h às 17h

RORAIMA

Escritório BOA VISTA

Rua Mário Homem de Melo, 495 - Sala 201

CEP: 69301-200

Centro - Boa Vista - RR

Fones: 95 624-8061

Horário de Atendimento ao cidadão: 09hOO às 12hOO

SANTA CATARINA

Escritório de BLUMENAU

Rua Dr. Luiz de Freitas Melro, 395 - sala 506

CEP: 89010-310

Centro - Blumenau - SC - Brasil

Tel: 47 322-8810

Page 35: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Agência FLORIANÓPOLIS

Rua Anita Garibaldi, 77 - 3° andar - sala 301 a 303

CEP: 88010-500

Centro - Florianópolis - SC - Brasil

Tel: 48 222-2024

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 16h

Agência JOINVILLE

Rua Abdon Batista, 121 - salas 1.008 e 1.009

CEP: 89201-010

Centro - Joinville - SC - Brasil

Tel: 47 433-9010

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 16h

SÃO PAULO

Escritório de ARARAQUARA

Av. Duque de Caxias, 364 - 7° andar - sala 74

CEP: 14801-120

Centro - Araraquara - SP - Brasil

Tel: 16222-1856

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 11 h às 15h

Agência BARUERI

Alameda Rio Negro, 1.030 - 19° andar - sala 1902

CEP - 06454-000

Alphaville - Barueri - SP - Brasil

Tel: 11 4689-0375

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 14h

Agência BAURU

Av. Rio Branco, n° 5-38 - 7° andar - Salas 71 e 72

CEP- 17010-190

Tel: 143222-7010

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 15h

Agência CAMPINAS

Rua Irmã Serafina, 863 - 6° andar

Page 36: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

CEP: 13015-914

Centro - Campinas - SP - Brasil «

Tel: 193231-8099

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 09h às 15h

Agência GUARULHOS

Rua Silvestre de Vasconcelos Calmon, 200 - salas 404 / 405 /

406

CEP : 07020-000

Vila Moreira - Guarulhos - SP - Brasil

Tel: 11 6408-8280

Serasa Poupatempo GUARULHOS

Rua José Campanella, n° 95

CEP 07112-100

Guarulhos - São Paulo

Tel: 11 2147-8340

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 07h às 19h e aos

sábados das 07h às 13h

Serasa Poupatempo ITAQUERA

Av. do Contorno, 60

CEP 08295-560

Itaquera - São Paulo - SP - Brasil

Tel: 11 3456-7138

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 07h às 19h e aos

sábados das 07h às 13h

Agência PRESIDENTE PRUDENTE

Rua Siqueira Campos, 699 - 7° andar - sala 72

CEP: 19010-061

Centro - Presidente Prudente - SP - Brasil

Tel: 18223-5201

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 09h às 14h

Agência RIBEIRÃO PRETO

Page 37: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Rua Álvares Cabral, 576 - 1° andar - conj. 1-B

CEP: 14010-080

Centro - Ribeirão Preto - SP - Brasil

Tel: 16625-7459

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 16h

Agência SANTO ANDRÉ

Rua Xavier de Toledo, 394 - 6° andar - sala 61

CEP: 09010-130

Santo André - SP - Brasil

Tel: 11 4990-0941

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 09:30 às 15h -

Agência SANTO AMARO

Av. Adolfo Pinheiro, 1001 - 10° andar

CEP 04733-100

Santo Amaro - SP - Brasil

Tel: 5521-2730

Poupatempo SANTO AMARO

Rua Amador Bueno, n° 176/258 -

CEP 04752-005

Santo Amaro, São Paulo

Tel: 11 6859-3029

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 07h às 19h e aos

sábados das 07h às 13h

Agência SANTOS

Av. Ana Costa, n° 151 - 7° andar - sala 71

CEP.: 11060-001

Vila Mathias - Santos / SP

Tel: 133222-2702

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 08h às 16h

Serasa Poupatempo SÃO BERNARDO DO CAMPO

Rua Nicolau Filizola, 100

Page 38: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

CEP 09725-760

Centro - São Bernardo do Campo - SP - Brasil

Tel: 6833-8316

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 07h às 19h e aos

sábados das 07h às 13h

Agência SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Rua General Glicério, 3.173 - 2° andar - sala 22

CEP: 15015-400

Centro - São José do Rio Preto - SP - Brasil

Tel: 17234-4551

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 10h às 16h

Agência SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Av. Dr. João Guilhermino, 261 - 7° andar - sala 72

CEP: 12210-131

Centro - São José dos Campos - SP - Brasil

Tel: 123922-8899

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 09h às 15h

Sede Serasa SÃO PAULO

Alameda dos Quinimuras, 187

CEP: 04068-900

Planalto Paulista - São Paulo - SP - Brasil

Tel: 11 5591 0137

Rua Matias Aires, 451

CEP: 01309-020

Consolação - São Paulo - SP - Brasil

Tel: 11 5591 0137

Agência SÃO PAULO

Rua Libero Badaró, 293 -14° andar

CEP: 01095-900

Centro - São Paulo - SP - Brasil

Tel: 11 5591 0137

Page 39: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Serviço Gratuito de Atendimento ao Cidadão na cidade de São Paulo

Viaduto do Chá, N° 50 - 14° andar

CEP: 01002-020

Centro - SP - Brasil

Tel: 11 5591 0137

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 08h às 17h

Agência SOROCABA

Rua Coronel Benedito Pires, 25-1° andar

CEP: 18010-160

Centro - Sorocaba - SP - Brasil

Tel: 15233-4961

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 09h às 15h

SERGIPE

Agência ARACAJU

Rua Pacatuba, 254 - salas 406 a 408

CEP: 49010-150

Centro - Aracaju - SE - Brasil

Tel: 793214-5736

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 9h às 13h

TOCANTINS

Escritório de PALMAS

Quadra 104 SUL Rua SE 01 N° 25 sala 106

Condomínio Centro Empresarial Norte *

CEP 77020-014

Palmas - TO - Brasil

Tel: 63 3215-5057

Atendimento ao Cidadão de 2a a 6a das 9h às 12h

O Site do Serasa para mais informações é http://www.serasa.com.br

No caso de consulta ao SPC, procure á associação comercial mais próxima.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 40: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Em primeiro lugar, esperamos que você aproveite ao máximo este curso, e tenha sempre em mente que este é o primeiro passo para seu sucesso profissional. Na vida as transformações só ocorrem quando tomamos a iniciativa de mudar. Em seguida temos que nos dedicar aos objetivos traçados e perseverar nestes objetivos.

Elaboramos este curso para você ter o seu próprio negócio, e ser o seu próprio patrão, os ganhos nesta atividade são ilimitados e nunca lhe faltará clientes, é você com sua dedicação que ditará o ritmo dos seus lucros.

Lembre-se sempre de pesquisar, ler, se informar sobre as novidades que apareçam nesta atividade. Um bom caminho para sua atualização e pesquisar em sites jurídicos sobre as decisões tomadas em favor dos inadimplentes.

Um bom profissional esta sempre em pesquisa e se atualizando para estar um passo à frente em seu negócio.

Esperamos que você se torne um consultor de dívidas respeitado e tenha sucesso, para poder atingir os seus objetivos de vida.

MODELOS DE DOCUMENTOS

Abaixo, colocamos um modelo de contrato que você poderá utilizar para formalizar a relação entre você e seu cliente.

(Selecione o modelo de contrato abaixo e cole no seu editor de texto).

Contrato de Prestação de Serviços de Consultoria

Contrato de locação de serviços que entre si fazem (nome e qualificação de quem está contratando: natureza ou profissão, endereço e dados como CNPJ ou CPF e identidade), doravante denominada CONTRATANTE, e (nome e qualificação de quem está sendo contratado), doravante denominado CONTRATADA.

Considerando que o CONTRATADO está disposto a prestar os serviços a seguir enumerados e definidos para o CONTRATANTE, e que este está disposto a remunerar tais serviços de acordo com as condições também a seguir estipuladas,

RESOLVEM

Cláusula l - Do objeto

O Contratado concorda em realizar serviços de consultoria e assessoramento em Reabilitação de Crédito e Negociação e entendimentos junto aos credores do contratante.

Cláusula II - Do prazo

Page 41: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Os serviços a que se refere à cláusula antecedente serão concluídos e postos à disposição da Contratante no prazo de (....) dias, contados da assinatura deste Contrato, podendo estender-se mediante entendimentos posteriores.

Cláusula III - Da remuneração

O Contratante pagará por tais serviços o valor bruto global de R$ ..............

(....................) contra a apresentação e a aceitação do relatório final, conforme

estabelecido em acordo aceito pelas duas partes.

§1 O pagamento dos serviços será feito em duas parcelas de acordo com o cronograma de desembolsos e orçamento apresentado no Anexo "...", parte integrante deste contrato.

§2 As despesas de custas judiciais e certidões serão custeadas pelo Contratante.

§ 3 Os pagamentos serão efetuados na conta bancária em nome de ...............

Banco .................. agência ............... conta corrente n°................... na praça de

................. (Cidade e Estado).

§ 4 Quando do pagamento de cada parcela ao Contratado, este firmará o respectivo recibo.

Cláusula IV - Das obrigações do Contratado

O Contratado se compromete a utilizar qualquer informação e/ou documentos obtidos da Contratante, ou proporcionados por ela para fins do presente Contrato, exclusivamente para as atividades aqui estipuladas. .

§ 1 Este Contrato não poderá ser cedido, no todo ou em parte, ressalvada a concordância expressa, escrita, de ambas as partes.

Cláusula V - Das obrigações da Contratante

O contratante se compromete a colocar à disposição do Contratado todas as informações e documentos necessários à realização dos serviços aqui estipulados.

§ 1 Serão de responsabilidade do Contratante o custeio das despesas de custas judiciais e certidões que venham ser necessárias para execução dos serviços estipulados neste contrato, mediante a solicitação prévia por escrito do contraditado.

Cláusula VI - Da Liberação dos pagamentos

Os pagamentos se realizarão em duas parcelas, uma na assinatura deste contrato e a outra ao final do trabalho apresentado pelo Contratado.

Cláusula VII - Das alterações

Qualquer modificação que afete os termos, condições ou especificações do presente Contrato deverá ser objeto de alteração por escrito com anuência de ambas as partes.

Cláusula VIII - Do foro

O foro deste contrato é o da Comarca ..................... Estado de ............... com

preferência sobre qualquer outro.

E, por estarem assim justas e contratadas, as partes assinam o presente instrumento em 2 (duas) vias de igual forma e teor, para um só efeito.

(local), .... de .......................... de 20.......

______________________

Contratada

Page 42: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

_______________________

Contratante

Testemunhas

l) ____________________

II)_____________________

Abaixo colocamos um modelo de procuração para você poder consultar o nome do seu cliente no SERASA e SPC (esta consulta deverá ser cobrada a parte, os valores praticados no mercado são de 20 a 30 reais). Fazendo a consulta diretamente no SERASA ou no SPC você não terá custos.

PROCURAÇÃO

FULANO DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade n°, SSP/Estado, e inscrito no CPF sob o n°, residente e domiciliado na Rua ..... n°..., Bairro .... ,

CEP .... , no Município de ..., Estado do(e)........... nomeio como procurador(a) (nome do

procurador) __________________________ (qualificação: nacionalidade, cidade de nascimento, profissão, estado civil etc.) ______________________ portador (a) da cédula de identidade R.G n° _____________ do Estado de _________________ (nome do Estado emissor do documento) e inscrito(a) no CPF/MF sob n° _______________ residente na (rua/avenida) ______________________ número ____apartamento __ bairro _____________ cidade ________________ Estado __ com CEP n° _______-__ a quem confiro amplos, gerais e ilimitados poderes para tratar e requerer pesquisa de situação cadastral junto ao (SERASA/SPC) _______________, para a obtenção de informações sobre restrições existentes.

(Cidade), __ de _________ de 20____.

______________________________

Assinatura do cliente(a)

COMO BAIXAR O NOME

DO SPC E SERASA LEGALMENTE

(MESMO ANTES DE PAGAR A DÍVIDA)

Page 43: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Seu cliente é um bom pagador? Mesmo assim por uma infelicidade contraiu Dívidas? Gostaria de saldá-las? Mas no momento não tem condições?

A vida dele está parada, ele não consegue trabalho, sua empresa está prestes a fechar?

Sabemos o quanto é difícil estar com o nome sujo, mas sabemos também que seu cliente só precisa de um fôlego para voltar a trabalhar e regularizar a sua vida! E então começar a pagar as dívidas. Então esta é a primeira vez onde o que vale é a boa intenção do seu cliente!

Estes procedimentos foram elaborados pêlos melhores advogados do Brasil, com o objetivo de ajudar o cidadão comum a exercer seus direitos e ser respeitado.

Os serviços de proteção ao crédito colocam todos os devedores na vala comum, carimbam todos como caloteiros e marginais.

Mas existem soluções legais que você pode usar para regularizar o nome de seu cliente.

Com os passos a baixo você poderá regularizar o nome de seu cliente em 10 dias úteis. Mesmo sem pagar a dívida

E melhor, apoiado na lei.

1° Passo - Complete o Requerimento a seguir com os dados e de seu cliente reproduza quatro cópias.

Procure no Fórum de sua cidade, uma Vara de Conciliação.

Dê entrada neste documento, protocolando as quatro vias. Duas cópias vão ficar no Fórum, as outras duas, você levará uma ao SPC e a outra ficará com você.

Você vai precisar dar um valor a cada causa.

Prefira um valor baixo, por exemplo: R$ 100,00. Quando você for dar entrada será necessário pagar 1% do valor que você der a cada causa (você deverá cobrar estes valores do seu cliente).

Lembre-se, cada dívida é uma ação separada.

Será marcada uma data para audiência de tentativa de conciliação.

Caso seu cliente não compareça a audiência terá que pagar o valor de R$ 45,00 de custas e o processo será arquivado.

Caso seu cliente compareça e não faça acordo para pagar, também o seu processo será arquivado e o nome dele não voltará mais para o SPC E SERASA.

Lembre-se: Seu cliente continuará devendo para o credor, porém o nome dele não estará mais com restrições.

Page 44: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

MODELOS DE DOCUMENTOS

SELECIONE E COPIE PARA SEU EDITOR DE TEXTO

Segue abaixo o modelo de requerimento.

Exmo. Sr. Juiz de Direito do Juizado Especial da Comarca de______________________.

Requerimento: Obrigação de Fazer

Autor: (seu cliente nome), (profissão), (RG),(CPF), (endereço completo)

Réu: (credor nome),(CNPJ), (Endereço Completo)

Síntese do Pedido:

Venho respeitosamente à presença de VOSSA EXCELÊNCIA informar que me encontro atualmente em situação de inadimplência junto ao réu. Pretendo regularizar minha situação, no entanto, não concordo com o percentual de juros/encargos cobrados. Face ao exposto, venho requerer a consignação em pagamento do valor que considero efetivamente devido, qual seja xxx xx bem como anulação do valor de R$ xxx.xx abusivamente cobrado.

Isso posto, REQUER a citação da parte ré para comparecer à Audiência de Conciliação a ser designada por este juízo, sob pena de revelia, devendo, ao final, ser julgado procedente o pedido.

Nestes termos, peço e espero deferimento.

Valor da Causa: R$ 100,00

Local e data.

Autor(s):

(nome de seu cliente) (end completo)

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS SPC

2° Passo- De posse da cópia da Petição Inicial, seu cliente deverá fazer carta de próprio punho, conforme modelo abaixo você deve entregar, estes documentos ao SPC de sua localidade, mediante protocolo.

Page 45: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

MODELO DA CARTA AO SPC

Localidade, _____ de _______________ de 200__

Para SPC

Pela presente, venho requerer a exclusão de dados restritivos que constarem em vossos arquivos de conformidade com a Portaria n° 3, de 15 de março de 2001 pela Secretaria de Direito Económico do Ministério da Justiça.

Para tanto, estou anexando cópia da Petição Inicial da ação que tramita perante a Vara (s) Cível (eis) da Comarca de ..................

Cordiais saudações,

(Nome de seu cliente)

Endereço

Telefone

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS SERASA

3° Passo- Em posse do n° do processo e a Vara onde tramita a ação de seu cliente., Dirija-se ao Fórum e solicite uma Certidão de Fatos, na Central de Guias, cujo custo será de R$ 2,00 para cada Certidão requerida, (lembre-se de cobrar isso do seu cliente). Junte a certidão de fatos a este documento abaixo, preenchendo com os seus dados e leve ao Serasa.

REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PARA A RETIRADA DO NOME NO CADASTRO DE RESTRIÇÃO DE CRÉDITO DA SERASA.

Para: Diretor Serasa - Centralização de Serviços dos Bancos S.A

Pela presente estamos dirigindo a este órgão centralizador dos serviços bancários e que mantém um cadastro de restrições de crédito, com no termo de ajustamento celebrado por este órgão com o ministério público do Estado do Paraná e principalmente co lastro na sentença do juiz federal Luciano de Souza Godoy da 22 Vara Federal Cível de São Paulo em ação Civil Pública 19996100056142-0 para que seja retirado imediatamente o nome das pessoas a baixo relacionadas no cadastro de restrição de crédito, pelo fato de que estamos discutindo judicialmente o valor apontado neste cadastro em medida revisional de contratos/contestação/embargos do devedor onde comprovamos com a presente Certidão Expedida Pelo Poder Judiciário do Estado do Paraná.

Empresa/ nome:

Page 46: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Cnpj:

Endereço:

Sócio Gerentes CPF:

Devemos expor que em conformidade com a clausula 4 do termo de ajustamento firmado com o Ministério Público que o Pedido deve ser devidamente fundamentado, onde apresentamos os argumentos emitidos pelo Magistrado LUCIANO DE SOUZA GODOY da 22a Vara Federal Cível de São Paulo em Ação Civil Pública 19996100056142 IN VERBIS: A

Processo n.° 19996100056142-0; 22aVF-SP; Juiz Federal Substituto LUCIANO DE SOUZA GODOY; j. 07.07.2000.

Ação Civil Pública. Concessão de tutela antecipada com efeito erga omnes, para que o Serasa retire do seu banco de dados todos os registros de débitos que estão sendo discutidos judicialmente, que passe a informar às pessoas que têm direito de requerer a suspensão da negativacão de seus nomes se vierem a discutir em juízo a dívida, bem como se abstenha de efetuar os registros de débitos que já estejam sendo discutidos em juízo.

"Quanto ao mérito da tutela antecipada, entendo presentes os requisitos para sua concessão, particularmente a prova inequívoca do direito e a verossimilhança na alegação".

A inscrição de nome de pessoas, inadimplentes em suas obrigações, em cadastros de inadimplentes é algo a ser cuidadosamente analisado. Quanto à existência dos cadastros de inadimplentes, que se multiplicam no país atualmente, entendo que constituem um direito da Administração Pública e da iniciativa privada mante-los. Entretanto existe abuso desse direito a partir do momento que a referência de débito existe no cadastro, não obstante existir garantia (processual, civil ou comercial) quanto ao pagamento. Quanto a isto não restam dúvidas. E se a dívida, quanto a sua existência ou ao seu montante, estiver sendo discutida judicialmente há abusividade, na medida que qualquer pessoa tem o direito direito de recorrer ao Judiciário na defesa de seus direitos - artigo 5°, inciso XXXV.

Ademais o Código de Defesa do Consumidor, artigo 42, considera a abusividade destes registros de débitos após serem objeto de discussão judicial. Dispõe que na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.

A existência do registro de débito em um cadastro é uma ameaça, uma coação, para que se pague sem questionar, questionar, sem até refletir, porque haverá inúmeras restrições na sua vida diária, quotidiana, económica ou não. Todos sabem, constitui fato público e notório, que há constrangimento no fato de existir a dita negativação do nome de uma pessoa. Com isto, entendo que se deva privilegiar o lado hipossuficiente do consumidor em detrimento das instituições financeiras, as quais, sem dúvida, têm o direito de acesso às informações (Constituição, artigo 5°, inciso XXXIII), no entanto limitado pelo direito daqueles em questionarem sem constrangimentos seus débitos.

Page 47: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Esta visão fica reforçada a partir do momento que a legislação considera banco de dados como o SERÁS A como públicos, de interesse público. O Código de Defesa do Consumidor, artigo 43, § 4°, dispõe que os bancos e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congéneres são considerados entidades de caráter público.

E também a Lei 9507/97, que regulou o hábeas data, considerou de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações (artigo 1°).

Existem inúmeros precedentes jurisprudenciais do Superior Tribunal de Justiça, mais alta corte nacional para para decidir sobre a aplicação da legislação. Tanto da terceira turma, como da quarta turma, ambas competentes para este tema, as decisões acenam no sentido desta decisão. Aliás, são decisões recentes, de 1998 e 1999."

"Por outro lado, alega o réu S E RÃS A que esta entidade até entender que pessoas consideradas inadimplentes episódicos, se questionarem o débito na Justiça, não devem ter seus nomes negativados. Somente seriam feito registros de devedores contumazes. Não aceito esta posição porque tal avaliação (se inadimplente episódico ou contumaz) não poderia ser feita unilateralmente, de forma potestativa, pelo SERASA.

A regra há que prevalecer - não se registrarem débitos que estejam sendo judicialmente questionados quanto à existência ou à extensão. Por exceção, poderia a SERASA obter autorização da justiça para registrar débitos questionados judicialmente, isto para cada caso individual, a ser decidido pelo juiz da causa que teria por objeto os referidos débitos.

O perigo de dano irreparável também existe. Diz o artigo 84 da Lei 8078/90, aliás, nos mesmos termos do artigo 461 do Código de Processo Civil, que havendo justificado receio de ineficácia do provimento final pode o juiz conceder a tutela antecipada. Ora, tem-se uma situação na qual inúmeras pessoas estão com seus nomes registrados no SERÁS A, não obstante discutirem na justiça sua dívida. E tantas outras nem mesmo vão à Justiça impugnar sua dívida, isto é pagam desde logo, porque sabem que a negativação lhe traz mais prejuízos que o benefício com o eventual ganho total ou parcial da demanda. A Justiça e o Direito devem sempre buscar evitar o dano; a reparação do dano a que ser a exceção. A concessão da tutela antecipada acena no sentido de se evitarem muitos danos.

Por outro lado, razoável que, após a questão se mostrar pacificada no Superior Tribunal de Justiça, haja a invers inversão de posições para determinar ao SERASA aja de acordo com os precedentes jurisprudenciais de forma genérica e erga omnes.

Por estas razões, DEFIRO A TUTELA ANTECIPADA para para determinar ao réu SERASA, quanto a pessoas físicas ou jurídicas, domiciliadas em qualquer parte do território nacional, que:

1. Retire (obrigação de fazer), em 48 horas, do seu banco de dados todos os registros de débitos que estão, por seu conhecimento, sendo discutidos judicialmente à existência ou à extensão da dívida;

2. Informe (obrigação de fazer) às pessoas, que com registros atuais, quer a cada novo registro, que têm o direito de requerer a suspensão da negativação do nome se vierem a discutirem juízo aquela dívida;

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3.Abstenha-se (obrigação de não fazer) de fazer registros de débitos que estejam, de qualquer forma, em qualquer instância, sendo discutidos judicialmente até o trânsito em em julgado final da eventual decisão.

Ainda quanto ao réu SERASA, pelo descumprimento desta decisão, haverá aplicação de multa cominatória a ser oportunamente fixada em caso de descumprimento."

Devemos expor que mantemos uma ação judicial contra a instituição financeira em fase avançada judicial e, portanto em conformidade com os termos da decisão judicial proferida pelo MM. Juiz Federal LUCIANO DE SOUZA GODOY DA 22° Vara Federal cível de São Paulo na ação Cível Publica 19996100056142 com efeitos erga omnes para todo o País.

Portanto, diante de todo o exposto, solicitamos a partir do recebimento do nosso documento a retirada do nosso nome do cadastro restritivo de crédito da Serasa, pois estamos Impossibilitados de operar com outras instituições financeiras e com o comércio em geral.

Seu nome... CPF...

Ass......

Cidade.......

CHEQUES DEVOLVIDOS E PROTESTOS

Seu cliente tem problema com cheques devolvidos e protestados? Então faça cópia do documento abaixo completando com os dados de seu cliente e dê entrada num fórum que trate de Pequenas Causas. Aguarde a liminar que o Juiz vai expedir e leve aos órgãos de protesto.

Exmo. Sr. Juiz de Direito do Juizado Especial da Comarca de_________________________

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CANCELAMENTO DE

REGISTRO

com pedido liminar 'inaudita altera parts'

Nos termos estabelecidos pelo CPC em seus artigos 273 e 282 e seguintes, devendo serem citados para responder, CENTRALIZAÇÃO DE SERVIÇOS DOS BANCOS S/A (SERASA), (ENDEREÇO do SERASA), e SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO DE SÃO PAULO - (SPC), (ENDEREÇO DO SPC) pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir.

I - DA EXPOSIÇÃO FATIGA

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Possuo registros no SPC referentes a .... (....) cheques do

Banco ....... agência......... conta corrente n. ....... que

foram devolvidos por falta de fundos, sendo que os números dos referidos cheques são: 055862,055877, 055878, 055880, 867781, 8677182

Tais anotações foram efetuadas no ano de ............. nas

datas de ..../..../....., ..../..../.....,, ..../..../.....,, ..../..../.....,

..../...V.....,..../..../.....,, respectivamente. Ou seja, todos os

cheques foram apresentados há mais dê........ ano.....

Naquele ano enfrentei uma série de dificuldades financeiras, visto isto, não tive condições de realizar o pagamento de todos os cheques. Porém, nenhum dos credores me procuraram afim de saldar a dívida, tampouco exerceram o seu direito de ação, ou seja, de ajuizarem ações de execução (conforme pode-se verificar com os documentos em anexo).

II - DO MÉRITO

A fundamentação jurídica que a seguir se explanará não deixará dúvidas de que a manutenção do meu nome nos cadastros de inadimplentes por título executório já prescrito ocasionará forte violação de direitos. Para tanto, apresento os argumentos emitidos pelo Magistrado Luciano de Souza Godoy, da 22 Vara Federal Civil de São Paulo, em Ação Civil Pública 19996100056142. In Verbis

.

.

Processo n.° 19996100056142-0; 22aVF-SP; Juiz Federal Substituto LUCIANO DE SOUZA GODOY; j. 07.07.2000.

Ação Civil Pública. Concessão de tutela antecipada com efeito erga omnes para que o Serasa retire do seu banco de dados todos os registros de débitos que estão sendo discutidos judicialmente, que passe a informar as pessoas que têm direito de requerer a suspensão da negativação de seus nomes se vierem a discutir em juízo a dívida, bem como se abstenha de efetuar os registros de débitos que já estejam sendo discutidos em juízo.

"Quanto ao mérito da tutela antecipada, entendo presentes os requisitos para sua concessão, particularmente a prova inequívoca do direito e a verossimilhança na alegação.

A inscrição de nome de pessoas, inadimplentes em suas obrigações, em cadastros de inadimplentes é algo a ser cuidadosamente analisado. Quanto à existência dos cadastros de inadimplentes, que se multiplicam no país atualmente, entendo que constituem um direito da Administração Pública e da iniciativa privada mante-los. Entretanto existe abuso desse direito a partir do momento que a referência de débito existe no cadastro, não obstante existir garantia (processual, civil ou comercial) quanto ao pagamento. Quanto a isto não restam dúvidas. E se a dívida, quanto a sua existência ou ao seu montante, estiver sendo discutida judicialmente há

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abusividade, na medida que qualquer pessoa tem o direito de recorrer ao Judiciário na defesa de seus direitos - artigo 5°, inciso XXXV.

Ademais o Código de Defesa do Consumidor, artigo 42, considera a abusividade destes registros de débitos após serem objeto de discussão judicial. Dispõe que na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será ... submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.

A existência do registro de débito em um cadastro é uma ameaça, uma coação, para que se pague sem questionar, sem até refletir, porque haverá inúmeras restrições na sua vida diária, quotidiana, económica ou não. Todos sabem, constitui fato público e notório, que há constrangimento no fato de existir a dita negativação do nome de uma pessoa. Com isto, entendo que se deva privilegiar o lado hipossuficiente do consumidor em detrimento das instituições financeiras, as quais, sem dúvida, têm o direito de acesso as informações (Constituição, artigo 5°, inciso XXXIII), no entanto limitado pelo direito daqueles em questionarem sem constrangimentos seus débitos.

Esta visão fica reforçada a partir do momento que a legislação considera banco de dados como o SERASA como públicos, de interesse público. O Código de Defesa do Consumidor, artigo 43, § 4°, dispõe que os bancos e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congéneres são considerados entidades de caráter público.

E também a Lei 9507/97, que regulou o hábeas data, considerou de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações (artigo 1°).

Existem inúmeros precedentes jurisprudenciais do Superior Tribunal de Justiça, mais alta corte nacional para decidir sobre a aplicação da legislação. Tanto da terceira turma, como da quarta turma, ambas competentes para este tema, as decisões acenam no sentido desta decisão. Aliás são decisões recentes, de 1998 e 1999."

"Por outro lado, alega o réu SERASA que esta entidade até entender que pessoas consideradas inadimplentes episódicos, se questionarem o débito na Justiça, não devem ter seus nomes negativados. Somente seriam feito registros de devedores contumazes. Não aceito esta posição porque tal avaliação (se inadimplente episódico ou contumaz) não poderia ser feita unilateralmente, de forma potestativa, pelo SERASA.

A regra há que prevalecer - não se registrarem débitos que estejam sendo judicialmente questionados quanto à existência ou à extensão. Por exceção, poderia a SERASA obter autorização da justiça para registrar débitos questionados judicialmente, isto para cada caso individual, a ser decidido pelo juiz da causa que teria por objeto os referidos débitos.

O perigo de dano irreparável também existe. Diz o artigo 84 da Lei 8078/90, aliás nos mesmos termos do artigo 461 do Código de Processo Civil, que havendo justificado receio de ineficácia do provimento final pode o juiz conceder a tutela antecipada. Ora, tem-se uma situação na qual inúmeras pessoas estão com seus nomes registrados no SERASA, não obstante discutirem na justiça sua dívida. E tantas outras nem mesmo vão à Justiça impugnar sua dívida, isto é pagam desde logo, porque sabem que a negativação lhe traz mais prejuízos que o benefício com o eventual ganho total ou parcial da demanda. A Justiça e o Direito devem sempre buscar evitar o dano; a reparação do dano a que ser a exceção. A concessão da tutela antecipada acena no sentido de se evitarem muitos danos.

Page 51: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Por outro lado, razoável que, após a questão se mostrar pacificada no Superior Tribunal de Justiça, haja a inversão de posições para determinar ao SERASA aja de acordo com os precedentes jurisprudenciais de forma genérica e erga omnes.

Por estas razões, DEFIRO A TUTELA ANTECIPADA para determinar ao réu SERASA, quanto a pessoas físicas ou jurídicas, domiciliadas em qualquer parte do território nacional, que:

1.Retire (obrigação de fazer), em 48 horas, do seu banco de dados todos os registros de débitos que estão, por seu conhecimento, sendo discutidos judicialmente à existência ou à extensão da dívida;

2.Informe (obrigação de fazer) às pessoas, que com registros atuais, quer a cada novo registro, que têm o direito de requerer a suspensão da negativação do nome se vierem a discutir em juízo aquela dívida;

3.Abstenha-se (obrigação de não fazer) de fazer registros de débitos que estejam, de qualquer forma, em qualquer instância, sendo discutidos judicialmente até o trânsito em julgado final da eventual decisão.

Ainda quanto ao réu SERASA, pelo descumprimento desta decisão, haverá aplicação de multa cominatória a ser oportunamente fixada em caso de descumprimento."

C - DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA EXCLUSÃO DOS REGISTROS NOS BANCOS DE DADOS DE AMBAS AS RÉS

Conforme fica demonstrado, sou pessoa carente de recursos, e que atualmente encontro-me passando por grandes dificuldades financeiras, e qualquer vedação a meu crédito se constitui em prejuízos irreparáveis a meu próprio sustento e de minha família.

A par dos fundamentos esposados anteriormente, necessito da antecipação de tutela pela lesão ao meu direito de crédito, fato este que se concretiza desde que expirado prazo prescricional dos registros dos títulos sendo imperativo sua imediata exclusão, tendo em vista que até a presente data não posso tirar cheques, não posso comprar, não posso sequer agir de acordo com a normalidade.

Também, milita em meu favor o 'periculum in mora', consistente na difícil reparação da lesão patrimonial resultante da permanência de tais restrições, sendo que não haverá nenhum prejuízo as rés, eis, que não existe nenhuma obrigação entre as partes, apenas que a situação surreal de uma condenação imposta pelas rés, pelas restrições constantes em seus bancos de dados.

Presentes no caso em tela as prerrogativas para antecipação de tutela, antes alencadas e demonstradas, qual sejam o 'receio de lesão' e 'periculum in mora', demonstradas as provas inequívocas, necessária se faz a aplicação do disposto 273, l do Código de Processo Civil, que assim dispõe:

"Art. 273. O juiz poderá a requerimento da parte, antecipar total ou parcialmente os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:

Page 52: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

l - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação;"

Ainda que colacionados precedentes jurisprudenciais do Colendo TJRS Corte, a exemplo disto a Sexta Câmara Cível, afirmou em julgado recente que "Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão fornecidas, pêlos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores", mas também em face da correta exegese da Súmula referida, que delimitou a matéria prescrevendo que "A inscrição do nome do devedor no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) deve ser cancelada após o decurso do prazo de cinco (5) anos, se, antes disso, não ocorreu a prescrição da ação de cobrança (art. 43, pars. 1° e 5°, da Lei 8078/90), revisada a súmula 11".

Mostra-se clara a redação do enunciado que, após mencionar o prazo de cinco anos, utiliza-se da expressão se antes disso não ocorreu a prescrição da ação de cobrança, evidenciando tratar-se do prazo para o aforamento da ação executiva cambial, uma vez que somente esta poderia ocorrer antes do prazo quinquenal.

Forçoso, pois, reconhecer a perfeita sintonia entre a possibilidade de liminar para exclusão dos registros apontados como ilegais, e o disposto no referido verbete, bem como no Código de Defesa do Consumidor.

Não obstante, para a obtenção da tutela jurisdicional que busco, estão presentes os requisitos do artigo 273 do CPC. Ou seja, a plausabilidade do direito a que se embasa a pretensão deduzida, ou seja, demonstração concreta de que a pretensão se encontra revestida de razoabilidade jurídica, e o perigo de dano irreparável, ou de difícil reparação ao invocado direito.

Requisitos que presentes se encontram no caso sob exame.

A respeito da matéria discutida, cito ementa proveniente do julgamento do Agravo de Instrumento n.° 195199922, pela Quinta Câmara Cível, Relator o eminente Desembargador João Carlos Branco Cardoso:

"ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. ART. 273 DO CPC. DISCUSSÃO DA DÍVIDA. SUSPENSÃO DE INFORMAÇÕES NEGATIVAS.

A provisoriedade é inerente a tutela antecipada, que se funda em cognição sumária, que não prevalecerá ao reconhecimento de realidades antes não conhecidas com a instrução. Com esta, poderá, em qualquer tempo, ser revogada ou modificada a antecipação. As matérias propostas em juízo são discutíveis, tendo decisões favoráveis nesta

Corte à tese dos devedores, o que já é motivo para antecipação parcial de tutela por fundado receio ou dano irreparável. O débito está sendo discutido em juízo. Conhecidos os efeitos da negativação do devedor em órgãos de que se valem os comerciantes e instituições financeiras para buscar informações sobre os pretendentes a um crédito, justifica-se a concessão da liminar pleiteada. AGRAVO DESPROVIDO."

Ademais, a posição do Superior Tribunal de Justiça se mostra por demais elucidativa, sendo o diferencial necessário para a manutenção da liminar concedida em primeiro grau:

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"BANCO DE DADOS - SERASA - SPC - ACIPREVE -Cabe o deferimento de liminar para impedir a inscrição do nome do devedor em cadastros de inadimplência enquanto tramita ação para definir a amplitude do débito. Art. 461, § 3°, do CPC. Recurso conhecido, mas improvido. (STJ - REsp 190.616 - SP - 4a T. - Rei. Min. Ruy Rosado de Aguiar - DJU 15.03.1999 - p. 252)."

Se o raciocínio vale para impedir a inscrição negativa, com mais razão para a abstenção das informações no banco de dados já constantes.

Ainda, lição do eminente Dês. António Janyr DalTAgnol Júnior: "para o fim de concessão de liminar, impeditiva de lançamento do nome de sedizente devedor em rol de inadimplentes, há de o magistrado, presente a verossimilhança das alegações, pesar os interesses em jogo, favorecendo aquele objetivamente mais valioso, ainda que em cognição sumaria e superficial" (AGI n.° 597131309, j. 02/09/97, com grifos meus).

Mostra-se, portanto, evidente que a inscrição do nome de alguém em tal instituição causa mais prejuízos ao cadastrado que a sua não inclusão às empresas de crédito, motivo pelo qual urge o deferimento da liminar pleiteada.

Ill - DOS PEDIDOS

ANTE TODO O EXPOSTO, VEM ESTE SUPLICADO A REQUERER:

a concessão do BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA, nos termos da Lei n. 1060/50, tendo que vista que o não possuo recursos suficientes para arcar com custas e despesas processuais sem o prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, a teor do que se demonstra com os documentos em anexo;

a concessão de MEDIDA LIMINAR, fulcro no art. 273 e/ou artigos 798 e 799 do CPC, bem como, pela posição jurisprudencial do Egrégio TJRS, para que os réus excluam imediatamente o meu nome dos cadastros restritivos referentes a ....(•--•) cheques do......... -

agência ...... conta corrente n.......... visto que não existem

motivos para tal permanência, já que seu objeto está prescrito, não podendo mais sofrer Ação de Execução.

Por fim a TOTAL PROCEDÊNCIA da presente demanda nos seguintes termos:

1 - seja determinada a citação dos requeridos por correio, em conformidade com o artigo 221, l do CPC, nos endereços declinados no preâmbulo, onde possuem sede, para que querendo, contestem a presente demanda, sob pena de revelia;

2 - seja RECONHECIDA a violação praticada pêlos requeridos no que tange às regras do Código de Defesa do Consumidor e legislação aplicável, em conformidade com as razões supra expostas, bem como seja determinada por Vossa Excelência o DECLARE O IMEDIATO CANCELAMENTO DOS REGISTROS referentes a..... (.....) cheques do ......... agência 0604(exemplo) conta corrente n. ......... - que foram devolvidos por falta de fundos, sendo que os números dos referidos cheques são: .................. ......... .......... ............ ........... em função

Page 54: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

de que as rés possuem o dever de informação do consumidor, conforme artigo 43 caput do Código de Defesa do Consumidor.

3- a produção de todos os meios de prova em direito admitidos;

4 - a condenação dos requeridos nos ónus decorrentes da sucumbência.

Dá-se a causa para os efeitos fiscais o valor de R$ 100,00.

Nestes Termos,

Peço e Espero Deferimento.

(LOCAL) (DATA)

(Nome do seu cliente)

Com estes procedimentos e modelos de requerimentos e petições acima descritos, você poderá tirar o nome de seus clientes dos serviços de proteção ao credito de forma legal, sem precisar de um advogado, e assim cumprir o seu papel de consultor de dívidas e ajudar seu cliente a se recuperar, para poder com calma ir acertando seus débitos, no momento que ele tiver condições para tal.

Page 55: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

ABAIXO COLOCAMOS UM MODELO DE AÇÃO JUDICIAL

OBRIGAÇÃO DE FAZER

Analise a petição abaixo e faça a adequação conforme o seu

caso.

Copie o modelo abaixo e cole no seu editor de texto

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO __________ JUIZADO ESPECIAL CIVIL DA CIRCUNSCRIÇÃO DE _________________, ESTADO DO________________________

FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, servidor público, portador de carteira de identidade n° 0.000.000-0 SSP/DF e do CPF n° 222.222.222-22, residente e domiciliado na Av. Brasília, 100, Bairro joão XXIII, CEP 00.000-000, no Município de Bauru, Estado de São Paulo, (exemplo) vem respeitosamente a presença de VOSSA EXCELÊNCIA, nos termos do artigo 796 e seguinte do CPC e do artigo 5° inciso XXXVI da CF com a doutrina e jurisprudência pertinente a espécie, interpor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

Em desfavor da FININVEST S/A ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO, empresa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o n° ______________ situada na Rua __, n° ___, CEP ___________, no Município de ___________, Estado do Paraná,(exemplo) que passa expor e ao final requerer o seguinte:

a) FININVEST conta no valor de R$258,49 (duzentos e cinquenta e oito reais e quarenta e nove centavos).

No entanto o requerente desconhece da existência dos débitos acima apontados, eis que, nunca se quer recebeu qualquer notificação nesse sentido, para que pudesse tentar pelo procedimento amigável solucionar o caso em definitivo.

Page 56: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Contudo, ao necessitar do empréstimo financeiro junto às instituições competentes, surpreendeu-se com os apontamentos dos débitos que contam o seu nome negativado junto aos órgãos de informações de crédito, tal fato ocorrido, lhe causou surpresa em profundo constrangimento e tristeza ao tomar conhecimento de tal fato.

O Requerente jamais tomou conhecimento formal da existência desses débitos por parte da instituição apontada, mesmo porque, não existe nenhum documento assinado pelo autor correspondente aos valores acima indicados, para que pudesse existir a negativação do seu nome junto aos órgãos de restrições ao crédito.

Ademais, mesmo assim, ao chegar ao conhecimento do suplicante, quando aos fatos acima aventados, este procurou de imediato as instituições com o objetivo e tentar solucionar o caso pelo procedimento amigável, afim de que pudesse restabelecer o seu nome e excluir-lo dos apontamentos negativos junto ao SERASA e SPC, surpreendentemente, as instituições acham por bem de apresentarem dívidas exorbitantes, motivo pela qual recorre à prestação jurisprudente do Estado para que possa obter a verdadeira justiça.

Neste sentido o artigo 43 da lei 8.078, de 11 de setembro de 1.990, com extensão na doutrina e na jurisprudência firmam que, o cliente de banco deve ser notificado sobre quaisquer apontamentos, no prazo de 10 (dez) dias, EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ Página 3 de 4

antes do nome do cliente ser incluído na lista dos negativados junto aos órgãos de informação de crédito.

A necessidade do acautelamento do direito em questão, é iminente. Com efeito, estando o autor sujeito a perder qualquer financiamento de compra de imóveis residenciais junto às instituições financeiras e hipotecárias, além de outros prejuízos que vem sofrendo no campo material e moral, quando necessita de qualquer financiamento na compra de objetos pessoais.

Por certo, a não concessão de MEDIDA LIMINAR em favor do autor importará na inutilidade futura do próprio direito pleiteado, eis que, o mesmo como já foi dito acima, já vem sofrendo vários prejuízos e perdas irreparáveis, caso venha a continuar permanecer incluído no seu nome na lista dos negativados junto ao SPC e SERASA.

Isto posto, requer o autor , que se digne VOSSA EXCELÊNCIA em determinar a imediata exclusão de seu nome junto aos órgãos de informações de crédito SPC (serviço de proteção ao crédito), SERASA e outros órgãos de informação.

Requer a citação do(s) requerido(s) acima apontado(s), na pessoa de seu representante legail para, no prazo legal, querendo, contestar a presente demanda sobe pena da revelia.

Atribui a presente causa o valor de R$ 100,00 (cem reais), para efeitos meramente fiscais.

Nestes termos, pede deferimento.

Localidade, ______ de ________ de 200__

________________________________

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FULANO DE TAL

CPF 222.222.222-22

MARCIO AUGUSTO.

www.academiamundial21.com

Dicas e macetes para limpar suas restrições referentes a cheques sem fundos.

Caso você tenha restrições com cheques, ou seja, Banco Central, você fará o seguinte para limpar os registros de seus cheques.

Primeiro você terá que ir ao Banco onde você possui registro de cheques sem fundos e peça ao seu gerente os microfilmes dos cheques sem fundos que você possui, ou seja, código.

Logo após os seus microfilmes estarem prontos, você terá que possuir um scanner, pois você escaneará todos os microfilmes que você possui.

Esta é a parte que não é 100% legal. Microfilmes para quem não sabe é apenas uma cópia dos cheques de frente e verso. De posse destes arquivos em seu computador, você utilizará o Photoshop ou o Corel Drow para retirar com cuidado os dados das pessoas que estão na frente do cheque colocando os dados de um conhecido seu e nas costas do cheque colocará o número da conta e agência naquele carimbo quadrado emitido pelo banco que contém o número da conta e agência no qual o cheque foi depositado e não constou fundo.

Logo após, este seu amigo ou conhecido emitirá um recibo com os dados da dívida número do cheque e outros dados. Logo após imprimir, retire a impressão e tire cópia dela. Tire cópia da impressão para não parecer que é impressão. Depois você retirará aquele papel de identificação do microfilme que diz que ele é registrado e coloque no papel que você fez a cópia da impressão.

Verá como ficará da mesma forma do microfilme, pois isto já foi feito várias vezes.

Os microfilmes você pedirá a qualquer agência de seu banco, ou seja, você procurará uma agência pequena que não imprime microfilmes de papel timbrado, pois é mais fácil fazer o serviço. Microfilmes com papel timbrado não têm como fazer, pois são mais rebuscados

Os cheques que você possui protesto não têm como você retirá-los desta forma, pois você precisará de uma nada consta do cartório de distribuição de sua cidade.

Logo após fazer tudo isto você irá ao Cartório de Distribuição e tirará um nada consta.

Page 58: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

De posse dos microfilmes que você fez, do nada consta do cartório de distribuição e dos recibos que seus amigos fizeram para você, levará tudo a uma agência pequena de seu banco ou na própria agência aonde você possui conta e resolverá todas as suas pendências com o Banco Central.

O recibo que seus amigos te entregarão, são mais ou menos assim:

Eu Fulano de Tal, residente em São Paulo, endereço......, telefone....., portador do documento 1918457 SSP SP, CPF 65981875189, servidor público...declaro ter recebido de Carlos....., o valor de R$450,00, referente ao cheque nº 3216854, da agência 3215 do Banco do Brasil.

Um recibo onde tenham os seus dados pessoais e diga que ele realmente recebeu o dinheiro referente ao cheque sem fundo. De posse deste documento, registre ele em Cartório, ou seja, seu amigo terá que ter firma reconhecida em algum cartório e você reconhecerá a firma dele comprovando que é autêntico o documento.

Para cheques que tem registro no CCF e foram emitidos a mais de três anos, o Banco se reserva ao direito de não emitir os microfilmes, pois eles têm este prazo de três anos para emitir microfilmes e após este prazo normalmente eles não possuem mais microfilmes dos cheques. Isto é bom por um lado, pois você terá que fazer só o recibo de seu amigo constando que você pagou a dívida e este recebeu o valor do cheque. De posse do recibo e do nada consta do cartório você irá ao Banco e entregará os recibos e o nada consta para limpar o seu nome.

Caso ache esta parte do scanner muito complicado, ou você não possua um scanner, você tem mais uma opção.

Você anunciará durante três dias consecutivos em um jornal de grande circulação de sua cidade que você procura por seus cheques. Leia no jornal de sua cidade e veja na parte de achados e perdidos. Nesta parte as pessoas costumam colocar que procuram por cheques sem fundos. Caso ninguém o procure nos três dias anunciados, leve o jornal com os seus anúncios e mostre ao gerente de seu banco o jornal com os anúncios e o nada consta do cartório de distribuição. Normalmente quem liga para resgatar os cheques são 1 em cada 100, leve em consideração que você anunciará nos dias em que poucas pessoas compram jornal, com isso, a possibilidade de as pessoas não te procurarem é imensa.

Boa Sorte !!!

Page 59: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

PODER JUDICIÁRIO

ESTADO DA PARAÍBA

3a VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINA GRANDE

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Processo: nº. 0012005016050-4

Vistos etc.

Trata-se de Ação de Revisão Contratual, com pedido de Tutela Antecipada, proposta por ANGELA CRISTINA MELO DE LIRA, identificada nos autos, em face do DINERS CLUB INTERNACIONAL ,também identificada nos autos, alegando em síntese que:

1. Celebrou com a promovida um contrato de abertura de cartão de crédito, no entanto, vem encontrando dificuldades em transacionar sua fatura

2. Que apesar de já ter pago grandes quantias, o débito vem crescendo vertiginosamente em face dos absurdos cálculos e juros capitalizados;

4. Finalizou requerendo a antecipação parcial da tutela, com fundamento no art. 273, I, do CPC, visando assegurar que a promovida se abstenha de incluir seu nome no cadastro restritivo ou de levar seu nome a protesto e, ao final, pugnou pela procedência da ação.

Vieram-me os autos conclusos.É o relatório.DECIDO.

Dispõe o artigo 273, do Código de Processo Civil, in verbis:

“O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:

I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou

II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu”.

Cuida a espécie de pedido de tutela antecipada parcial, tendo por objetivo de que a promovida se abstenha de levar o nome da promovida no cadastro restritivo de proteção ao crédito ou retirá-lo se já enviado.

Afiguram-se presentes os requisitos mínimos necessários e indutores do deferimento da tutela antecipatória parcial, estampados no art. 273, do Código de Processo Civil, quais sejam, a prova inequívoca da verossimilhança da alegação e o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.

A prova inequívoca da pretensão e a verossimilhança quanto ao fundamento do direito, a meu sentir, foram demonstrados de forma incontestes, ensejando o provimento antecipado, haja vista a prova coligida a aproximar no âmbito da cognição sumária, o juízo de probabilidade do juízo de verdade.

Vislumbro o receio de dano irreparável ou de difícil reparação caso permaneça qualquer restrição cadastral, inviabilizando a promovente de obter crédito na praça, embora este requisito seja de caráter subjetivo.

Page 60: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Outrossim, o perigo de irreversibilidade do provimento antecipado, neste instante processual, na minha

convicção revela-se inadmissível, mesmo sobrevindo decisão de mérito contrária a pretensão da requerente,

em face de não criar conseqüências temerárias, e em virtude dos efeitos provisórios que se reveste a tutela

antecipada, bem como de não produzir de imediato um vínculo obrigacional, até porque não tem o caráter

absolutamente satisfativo, daí a superveniência da sentença final ou eventual reconsideração pelo juiz ou

julgamento de algum agravo poderem reverter o provimento. Por isso, prossegue o processo até final

julgamento, logo, a proteção jurídica só se efetiva em termos definitivos com a sentença transitada em julgado.

Quanto a requisição de extratos, aliás, “não demonstrada, ainda que perfunctoriamente, a impossibilidade da

parte obter a documentação que entende lhe ser útil, descabe a sua requisição pelo juiz”1; “somente se a parte

não tiver possibilidade ou facilidade de conseguir o documento é que o juiz deve requisitá-lo”2.

Deve-se ressaltar que, embora se esteja diante de ação relativa a direito disponível, a própria iniciativa

probante do Juiz(art. 130) depende do que a jurisprudência do STJ qualifica como “razões de ordem pública e

igualitária”, ou quando o Magistrado, destinatário último de todas as provas carreadas para o processo, esteja

em estado de “perplexidade”3, incapaz de emitir decisão calcada em livre convencimento motivado.

Tal situação somente poderia afigurar-se mais à frente, no calor da liça judicial e dentro ou ao final de

regular instrução no sabor do embate, nunca diante das águas rasas da inicial.

Assim, indefiro, por agora, o pedido de requisição de extratos bancários.

Diante do exposto, fulcrado nos termos do art. 273, caput, inciso I, §§ 1º, 2º e 5º, do Código de Processo Civil, combinado com o art. 42, da Lei Federal nº. 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor e Súmula 39 do TJPB, defiro parcialmente o pedido de antecipação da tutela , para em conseqüência, determinar a promovida que se abstenha de incluir o nome do autor em qualquer cadastro de restrição ao crédito ou levar a protesto, e caso já enviado, que providencie a retirada e/ou suspensão dos seus efeitos da inscrição do nome da promovente, referente ao contrato de cartão de crédito objeto da presente ação, até decisão final deste processo.

Intimem-se desta decisão para cumprimento.

Cite-se a promovida, por seu representante legal, através de Carta Registrada com AR (art. 223, do CPC), para, querendo, contestar a ação, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de revelia, de acordo com os arts. 285 e 319, do CPC.

Campina Grande, 19/07/05.

1 RSTJ 23/2492 RTFR 133/25, 154/11, 157/85, RJTJESP 99/244, notas de T. negrão, 30a

Ed., p. 422.3 RSTJ 84/250.

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Como devemos nos apresentar para nossos clientes

Somos uma empresa, especializada em reabilitação de crédito e cobrança,Assuntos como: juros abusivos, nome incluso nos cadastros dos órgãos de restrição ao crédito( SERASA, cadastro do SCPC, Cartórios de Protestos, Banco Central, etc.) podem ser esclarecidos e solucionados definitivamente através de nossa orientação.

Possuímos profissionais com experiência na recuperação de créditos via extrajudicial, utilizando nessa atividade, modernas técnicas de cobrança, de modo a possibilitar uma recuperação célere do crédito.

Nos casos onde a via extrajudicial se torna inviável, o escritório possibilita a recuperação do crédito através da via judicial.

Sabemos que nome sujo é coisa séria e que realmente atrapalha a vida de um cidadão honesto, pois entendemos que ninguém deixa de pagar suas contas porque quer, afinal duas máximas populares se encaixam perfeitamente em sua atual situação, onde o ditado popular diz que "quem deve tem que pagar" e nós dizemos que "devo, não nego, mas pago quando e como puder".

Como nosso Sistema de reabilitação funciona.

Nosso sistema de Reabilitação de Crédito é composto, basicamente, por três tipos de serviços:

Identificar situação junto a Credores e Débitos - Nesse Serviço serão localizados todos os credores nas diversas camadas da restrição ao crédito (Banco Central, Protestos, SPC, etc..)  e, por conseguinte, todas as possibilidades de débitos como, por exemplo: cheques extraviados, financiamentos abandonados, títulos protestados, lojas, etc.

Esse serviço terá um custo praticamente zero, pois as informações são fornecidas via SPC e SERASA e a partir dela os credores são identificados. O valor geralmente cobrado fica em torno de R$20,00. Mas pode ser embutido nos outros serviços.

Atualizar Dívidas - Em posse dessas informações será oferecido o outro serviço que atualizará todas as dívidas junto aos seus credores,  que farão suas propostas de renegociação para o resgate do débito do cliente. A empresa realizará a analise técnica e elaborará um relatório detalhado ANALISANDO criteriosamente se as propostas estão formalizadas de acordo com CDC (Código de Defesa do Consumidor), observando se as taxas de juros não abusivas, se os contratos são  leoninos, etc.

Aqui a coisa é mais séria uma vez que envolve o envio de correspondência para cada credor ou mesmo contato telefonico

Renegociar - Novamente em posse dessas informações passamos finalmente à fase, onde estas propostas, depois de cuidadosamente estudadas, serão equacionadas e resultarão em contra propostas baseadas nas leis do CDC (Código de Defesa do Consumidor) e principalmente fragmentando o bloco dos valores, quer dizer, parcelando o débito em até 36 meses (conforme o caso), com novos acordos que serão avalizados pela nossa empresa gerando imediatamente a exclusão do nome do cliente dos registros dos órgãos de restrição ao crédito.

Toda renegociação será acompanhada pelo devedor e o valor mensal a ser pago será diretamente proporcional a sua receita, isto é, nada de sacrifício, apenas obediência e atenção, pois quanto maior o prazo de pagamento, menor o valor da parcela mensal e quanto menor o prazo de pagamento maior o valor da parcela mensal.

Page 62: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

O cálculo para saber como poderá ser renegociada  sua divida total é simples e feito da seguinte forma: 

Você já sabe que terá de 1 a 36 meses para saldar o débito total ao custo de juros médios de 1.25 % ao mês, portanto, basta escolher uma condição com um prazo que não ultrapasse 20% de sua receita mensal (não se esqueça que o cliente tem muitos outros compromissos a serem saldados mensalmente) e acrescentar o juros para ter uma projeção bem próxima de quanto pagará por mês, veja o exemplo:

a) Vamos supor que o salário do cliente seja : R$ 600,00 ( lembre-se: o valor da parcela que o cliente deverá pagar será no máximo calculado sobre 20% do seu salário ou seja R$ 120,00 nesse caso especifico)

b) Agora vamos supor que sua divida seja:  R$ 1.000,00 ( nesse caso vamos parcelar em 10 vezes, veja como fica o cálculo dos juros: 1 parcela 1,25% x 10 = 12,5% esse será o total de juros em dez meses )

c) Então R$ 1.000,00 + 12,5% = R$ 1.125,00 que dividimos em 10 parcelas de R$ 112,50 (pronto, essa será a parcela a ser paga mensalmente de seu empréstimo e lembre-se, isso é muito importante: pagando a primeira parcela de sua nova renegociação , seu nome é retirado imediatamente dos orgãos de restrição, portanto basta ser pontual que nunca mais voce será discriminado por falta de crédito).

 

ENTENDA DETALHADAMENTE COMO FUNCIONA O PROCESSO DE REABILITAÇÃO DE CRÉDITO DA NEWCRED

 

Page 63: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

 

NOSSO SISTEMA DE REABILITAÇÃO DE CRÉDITO COMPÕE-SE BASICAMENTE DE TRÊS FASES DISTINTAS:

IDENTIFICAR  (ORÇAMENTO A) - Nesta fase localizamos todos os seus credores nas diversas camadas da restrição ao crédito (Banco Central, Protestos, SPC, etc...)  e, por conseguinte, todas as possibilidades de débitos como, por exemplo: cheques extraviados, financiamentos abandonados, títulos protestados, lojas, etc...

ATUALIZAR (ORÇAMENTO B) - Em posse dessas informações passamos a fase B que atualizará todas suas dívidas junto aos seus credores,  que farão suas propostas de renegociação para o resgate de seu débito. Nosso departamento de analise técnica elaborará um relatório detalhado ANALISANDO criteriosamente se as propostas estão formalizadas de acordo com CDC (Código de Defesa do Consumidor), observando se as taxas de juros não abusivas, se os contratos não  leoninos, etc...

RENEGOCIAR (ORÇAMENTO C) - Novamente em posse dessas informações passamos finalmente à Fase A, onde estas propostas, depois de cuidadosamente estudadas, serão equacionadas e resultarão em contra propostas baseadas nas leis do CDC (Código de Defesa do Consumidor) e principalmente fragmentando o bloco dos valores, quer dizer, parcelando o débito em até 36 meses (conforme o caso), com novos acordos que serão avalizados pela Newcred, gerando imediatamente a exclusão de seu nome dos registros dos órgãos de restrição ao crédito.

 

Page 64: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

QUANTO PAGAREI POR MÊS?

Toda renegociação será acompanhada pelo devedor e o valor mensal a ser pago será diretamente proporcional a sua receita, isto é, nada de sacrifício, apenas obediência e atenção, pois quanto maior o prazo de pagamento, menor o valor da parcela mensal e quanto menor o prazo de pagamento maior o valor da parcela mensal.

O cálculo para saber como poderá ser renegociada  sua divida total é simples e feito da seguinte forma: 

Você já sabe que terá de 1 a 36 meses para saldar seu débito total ao custo de juros médios de 1.25 % ao mês, portanto, basta você escolher uma condição com um prazo que não ultrapasse 20% de sua receita mensal (não se esqueça que Você tem muitos outros compromissos a serem saldados mensalmente) e acrescentar o juros para ter uma projeção bem próxima de quanto pagará por mês, veja o exemplo:

a) Vamos supor que seu salário seja: R$ 600,00 ( lembre-se: o valor da parcela que voce deverá pagar será no máximo calculado sobre 20% do seu salário ou seja R$ 120,00 nesse caso especifíco)

b) Agora vamos supor que sua divida seja:  R$ 1.000,00 ( nesse caso vamos parcelar em 10 vezes, veja como fica o cálculo dos juros: 1 parcela 1,25% x 10 = 12,5% esse será o total de juros em dez meses )

c) Então R$ 1.000,00 + 12,5% = R$ 1.125,00 que dividimos em 10 parcelas de R$ 112,50 (pronto, essa será a parcela a ser paga mensalmente de seu empréstimo e lembre-se, isso é muito importante: pagando a primeira parcela de sua nova renegociação , seu nome é retirado imediatamente dos orgãos de restrição, portanto basta ser pontual que nunca mais voce será discriminado por falta de crédito).

Page 65: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

DO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

O valor de nosso orçamento inclui distintamente a execução das três fases acima discriminadas e o seu pagamento poderá ser efetuado em 02 (duas) parcelas de igual valor, uma no ato da assinatura do contrato de prestação de serviços e outra para 30 (trinta) dias da data. Lembramos a você que todo contrato é um documento firme e tem valor legal, portanto, você estará seguro junto aos órgãos de defesa do consumidor gozando dos direitos e obrigações assumidos oficialmente.

Portanto, o que podemos afirmar com firmeza é que nosso sistema de reabilitação de crédito tem efetivamente recobrado e devolvido muitos clientes ao mercado financeiro de um jeito simples e funcional, fazendo de nossos clientes nossos amigos, afinal, de nome sujo a gente entende.

 

 

QUEM SOMOS:

 

 

DA EMPRESA - Somos uma Empresa de consultoria com especializações em COBRANÇAS E REABILITAÇÃO DE CRÉDITO de pessoas físicas e ou jurídicas, em situações que envolvam cobranças de dívidas, bem como renegociação de débitos com bancos, financeiras, lojas, empresas, Factories e "Agiotas".Desenvolvemos nossa atividade em todo Brasil com uma equipe especializada em soluções praticas e efetivas para situações de insolvência da inadimplência , tanto do ponto de vista do CREDOR (quem deve tem que pagar), como e principalmente do DEVEDOR (devemos, queremos pagar, mas pagaremos quando e como pudermos"...

DO OBJETIVO - Intermediamos e renegociamos débitos junto as partes (credor e devedor), buscando o bom senso dentro de parâmetros justos e harmônicos, sem "fórmulas mágicas" ou "atalhos", equacionando o equilíbrio financeiro dentro das reais possibilidades de mercado, visando resgatar a dignidade.

Page 66: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

DO TRABALHO - Efetuamos cobranças judiciais e ou extra judiciais e localizamos documentos (cheques, títulos, etc...) em todo o território nacional. Elaboramos um processo de reabilitação de crédito exclusivo com assessoria de bancos privados para promoção de empréstimos pessoais ao inadimplente, onde parcelamos em até 36 (trinta e seis) meses o saldo devedor, com exclusão imediata da restrição nos órgãos de restrição ao crédito.

DA ASSESSORIA JURÍDICA - Através do nosso Departamento Jurídico fornecemos todo suporte necessário para restabelecer e garantir direitos e obrigações no tocante a "juros abusivos e contratos leoninos", totalmente ilegais praticados pelo sistema financeiro, onde buscamos a conquista de LIMINARES (caso seja o caso) para anular restrições indevidas de seu nome ou de sua Empresa nos órgãos de restrição ao crédito (SCPC, CARTÓRIOS,FORUNS,ETC), baseados na ética e prática dos bons costumes.

 

 

New Cred Reabilitação de Crédito - 2003

 

É com grata satisfação que acusamos o recebimento de sua visita em nosso site. Em posse de seus dados pessoais, efetuamos uma pesquisa detalhada junto aos órgãos de restrição ao crédito (ver anexo)

 1) PORQUE NÃO APARECE VALORES NA MINHA CONSULTA?

 

Por estarmos em um mundo virtual e para sua maior segurança, omitimos voluntariamente alguns dados nos relatórios, como por exemplo: dados pessoais do credor, valores atualizados e demais informações que serão fornecidas imediatamente após  Aquisição do relatório (ver opção A)

 2) QUANTO VAI CUSTAR PARA LIMPAR MEU NOME?

 

Você tem 03 opções para a utilização de nossos serviços:        

orçamento valor R$ entrega conteúdo

A  20,00 imediatover

abaixo

B 240,00 05 diasver

abaixo

C 480,00 30 diasver

abaixo

Page 67: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Orçamento A: R$ 20,00  (VINTE Reais) Envolve o fornecimento de um relatório sobre tudo que você deve, visando Identificar o nome dos credores, valores dos débitos, tipo de débito, data de negativação e os demais dados referentes aos seus débitos sem participação da Newcred nas renegociações. (veja em anexo a explicação do sistema) - solicite boleto bancário

Orçamento B: R$ 240,00  (Duzentos e Quarenta Reais) Envolve Atualizar os débitos identificados, localizando todos os dados do credor, calculando valores atualizados e corrigidos, dados cadastrais de cheques extraviados e protestos sem envolvimento financeiro da Newcred na renegociação.(solicite contrato de prestação serviços)

Orçamento C: R$ 480,00  (Quatrocentos e Oitenta Reais) Esse valor se refere a prestação de todo o serviço que envolve Identificar, Atualizar e Renegociar os seus débitos em todas as instancias onde encontra-se suas restrições (bancos, cartórios, lojas, financeiras e fórum) promovendo um Empréstimo Pessoal ou sendo avalizado pela Newcred. (ver abaixo "como funciona" opção 1 e 2) - (solicite contrato prestação de serviços).

CONDIÇÃO DE PAGAMENTO: O pagamento da prestação dos serviços pode ser efetuado em 02 (duas) parcelas iguais sem juros com o pagamento da 1ª parcela no ato da assinatura do contrato ou em uma data dentro do mês vigente. No caso do relatório o pagamento é a vista com boleto bancário.

PRAZO DE ENTREGA: Seu nome será completamente limpo de 30 (trinta) a 45 (quarenta e cinco) dias após assinatura do contrato que lhe enviaremos via E-mail, juntamente com toda a instrução necessária para iniciarmos imediatamente nosso trabalhos. No caso do relatório (opção A) o prazo é imediato.

 3) COMO FUNCIONA ESSE ESQUEMA?

 

O processo de renegociação é relativamente simples, Com 02 (dois) caminhos distintos a percorrer:

Opção 1 - Seus débitos serão identificados, atualizados e devidamente pagos através de um Empréstimo Pessoal (http://www.newcred.com.br/linhadecredito.htm) que a  Newcred lhe intermediara através de bancos credenciados, contudo, o valor não poderá exceder o total de suas dividas, ou ser usado para outro fim que não seja o da sua reabilitação. (ver anexo - explicação do sistema)

Opção 2 - Seus débitos serão identificados (localizados), atualizados e devidamente renegociados através da  Newcred, que atuará como Intermediadora e Avalista junto aos credores, exigindo a exclusão das restrições mediante ao pagamento da primeira parcela dos novos acordos que serão efetuados em até 36 ( trinta e seis) meses, contudo, deverão ser honrados e respeitados com supervisão de nossa equipe de suporte ao cliente. (ver anexo - explicação do sistema)

Os juros abusivos  e os "contratos leoninos", constatados em negociações pendentes serão combatidos ferozmente através de nosso departamento jurídico que agira com determinação e conhecimento de causa do código de defesa do consumidor.

 4) COMO FAÇO PARA CONTRATAR?

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É importante que, caso você aprove nosso orçamento, envie-nos imediatamente um E-mail solicitando o envio do Contrato de Prestação de Serviços para sua aprovação nos fornecendo os seguintes dados:

a) Seu nome completo  

b) Seu estado civil

c) Sua profissão

d) Os nº. de seus docs.  (CPF e RG)

e) Seu endereço atual completo

f)  Telefone para contato (fixo e celular)

g) Data pagamento da 1ª parcela (dentro desse mês)

 

 

 5) QUANDO COMEÇA O TRABALHO?

1) Os trabalhos só serão iniciados mediante pagamento da primeira parcela.(via boleto ou

por depósito identificado)

2) No caso da opção "A" não é necessário contrato, basta você fornecer-nos os dados

acima, que lhe enviaremos imediatamente boleto bancário ou as instruções para pagamento via

depósito identificado.

Assim, esperamos ter sido objetivos e transparentes em nossa proposta simples para o resgate de seu crédito e principalmente de sua dignidade, onde estamos a sua disposição para maiores esclarecimentos em nossa central de atendimento ao cliente (0xx11 46963174) ou em nosso site. afinal, de nome sujo a gente entende!

 

Atenciosamente:www.newcred.com.br                                                                                            

 

José Lázaro Alfredo Guimarães, Mestre em Direito, Professor da Faculdade Maurício de Nassau e da Faculdade Baiana de Ciências –FABAC,pós-graduação, Desembargador do Tribunal Regional Federal/5ª.

 

A lei processual brasileira exige do juiz a tentativa de conciliação das partes e muito se tem alcançado, nesse sentido, principalmente na Justiça do Trabalho e nos Juizados Especiais e de Pequenas Causas, mas nenhuma Faculdade de Direito introduziu a disciplina que estuda as técnicas de negociação, os conhecimentos já sistematizados, em outros países, que o operador do direito deve dominar, quando

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contratado para assistir a uma parte, na solução de um conflito de interesses, ou quando assuma o papel de defensor da sociedade ou de magistrado, condutor da negociação.

Neste trabalho, quero transmitir alguns ensinamentos recolhidos em leituras diversas e no curso de que participei em junho de 1994, em Washington-DC, no Centro de Direito da Universidade Georgetown, ministrado pela professora Carrie Menkel-Meadow.

Modelo Adversativo

Imagine duas crianças brigando por uma laranja. Depois de muitos arranhões, o pai intervém e resolve dividir a fruta em duas partes, uma para cada contendor. Um deles recolhe a sua parte, descasca o pedaço de laranja e joga o bagaço no lixo. O outro corta o seu pedaço, separa o bagaço para que a mãe prepare doce de laranja e joga a polpa da fruta no lixo.

Este é o típico modelo de negociação adversativa. As partes se colocam como inimigas, cada qual procurando obter o máximo de vantagens e sustentando posições pré-estabelecidas. Numa relação desse tipo, a consequência é a soma zero de vantagens, sob o ponto de vista dos resultados visados pelos contendores. Para que o outro saia vitorioso, alguém terá que perder tudo. Na prática, há o desgaste, são alcançados, normalmente, efeitos positivos a curto prazo, mas prejudicada a continuidade do relacionamento e perde-se a oportunidade da efetiva solução do conflito.

Nesse tipo de negociação, o objetivo é o ganho máximo, as posições são personalizadas e o comportamento das partes e dos seus representantes é competitivo. Para que haja uma solução, tenta-se, geralmente, um acordo que signifique a menor perda possível.

Existem situações em que esse modelo pode funcionar. Isso ocorre quando os recursos são bastante limitados e não exista uma complexidade de interesses a compor.

Na maioria dos casos, entretanto, esse modelo é improdutivo. Causa tensões, leva os adversários a adotar recursos aéticos e posturas agressivas, gera desgastes que muitas vezes não compensam os resultados obtidos.

Por isso é que há profissionais que, procurando resguardar sua imagem, adotam postura inversa à da competividade, buscam cooperar com a parte contrária, cedem o possível, para evitar desgastes. Esse é um sub-modelo que também não deve ser utilizado pelo negociador, especialmente o operador do direito.

   Modelo colaborativo

Os especialistas, desde os anos 80 (é importante a leitura do livro "Getting to Yes - Negotiationg Agreement Without Giving In", de Roger Sisher e William Ury, editado pela Penguin Books) chegaram à conclusão que o modelo ideal de negociação é o colaborativo. Nele, as partes, embora compenetradas da diversidade e do conflito de interesses, procuram resolver os problemas, despersonalizando-os, fugindo de posições fixas. Buscam entender a situação, analisando os interesses de um e de outro, e partem para o encontro de uma solução em que interesses paralelos compensem eventuais perdas . Visam uma solução de equilibrio.

Conflito e soluções possíveis

 

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O emprego das técnicas mais avançadas de negociação, baseadas no modelo colaborativo, tem como consequência o descongestionamento do aparelho judiciário, pois permite a solução extrajudicial dos litígios, de modo racional e efetivo, e reforça as bases de organização da sociedade, eliminando focos de tensão impeditivos do fluxo econômico ajustado ao ritmo dinâmico do mercado globalizado, além de contribuir para a paz social.

Menkel-Meadow acentua que o modelo de solução de problemas oferece a oportunidade de produção de resultados que são melhores para as partes e, também, para o sistema legal, na medida em que atende os interesses envolvidos e assegura resultados potencialmente mais justos.

Por que os especialistas chegam a essa conclusão?

Tentemos comparar mais detidamente a atuação dos negociadores, nos dois modelos.

No modelo adversativo, as partes buscam maximizar a vitória. A presunção é de que as metas, os ítens e os valores em negociação são os mesmos para ambos os contendores. Quanto mais um deles ganha, mais o outro perde. Quando o litígio chega à esfera judicial, já existe um ambiente tal de conflito que é difícil fugir a esse estigma. Mas sempre é possível, embora caiba aos advogados compreender que a relevância da sua profissão não está somente na representação judicial, mas, também, e talvez principalmente, no papel que lhes cabe em conduzir o seu cliente a um bom acordo, antes da propositura de uma ação.

Idealize-se uma relação de consumo. Alguém comprou um microcomputador de última geração, com programas pré-instalados, e a máquina trava seguidamente. O adquirente, que produz desenhos e gráficos para uma empresa de publicidade, perdeu seguidos prazos e está ameaçado de perder o contrato de prestação de serviços. Deixa de pagar as prestações à loja de informática e ingressa com ação de indenização de perdas e danos. A firma vendedora contesta, afirmando que a máquina foi entregue em perfeitas condições de uso, inclusive testada, e reconvém, pedindo a condenação do reconvindo a pagar as prestações devidas com juros e correção monetária.

Vamos examinar juntos as possíveis soluções negociais para o problema, formando equipes de negociadores que encaminharão suas propostas por e-mail para as equipes adversas. Para cada equipe colocaremos tarefas específicas. Em seguida, prosseguiremos na abordagem da questão.

 

Nas etapas seguintes, examinaremos mais detidamente as técnicas de que se aproveitam os que adotam esse modelo.

 

No modelo colaborativo de negociação, predomina a busca de solução dos problemas. O objetivo perseguido é o de atender às necessidades e aos interesses, mediante a formulação de transação. Cada parte se dispõe a expor os seus interesses, objetiva e claramente. As pessoas envolvidas não precisam figurar no centro dos debates, e sim as suas necessidades e interesses. Não se trata de uma cooperar com a outra, de prestar auxílio, ou adotar postura abnegada, e, sim, de agir de modo a construir um acordo amplo que resolva adequadamente a situação conflitiva.

É indispensável, para que isso ocorra, que o profissional encarregado de representar a parte na

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negociação se prepare previamente para a negociação.

Ao entrevistar o cliente, deve recolher exaustivamente os dados necessários ao estudo do caso - os fatos, as circunstâncias, dados pessoais de ambas as partes (idade, sexo, tipo de atividade, formação profissional, experiência no ramo), as origens do problema, interesses correlatos. O advogado deve, para preparar uma negociação, lembrar da lição de Kipling para os jornalistas: o bom reporter terá que responder sempre a cinco questões: Quem? Quando? Onde? Como? Por que?

Se tiver à mão esses dados completos, detalhados, esmiuçados, o advogado estará mais seguro e terá melhores condições de atuar na solução dos problemas. Não poderá esquecer de recolher informações tanto da parte contrária e de quem a representa, quanto do seu cliente e da empresa.

Numa segunda fase, partirá para a investigação do caso. Irá pesquisar a questão sob o aspecto jurídico, ligando os fatos às consequências previstas na lei, recolhendo precedentes judiciais, e aprofundará a coleta de informações sobre o fato. Ao final, deverá dominar os elementos fáticos e jurídicos que envolvem o problema.

Daí, partirá para a análise das intenções e das necessidades de uma e de outra parte. Fará esse trabalho com bastante concentração, procurando intuir ao máximo o que o seu cliente pretende e o que a parte contrária quer atingir, a fim de elaborar uma estratégia que deverá anotar.

É interessante que promova com os seus colegas de escritório um encontro informal, no qual, após apresentação do caso, todos apresentarão as soluções possíveis, usando a criatividade, a imaginação, anotando-se todas as idéias para serem, depois, discutidas. Em diversas ocasiões, uma idéia inovadora pode resolver um impasse. Fisher e Ury citam o exemplo do acordo de paz entre o Egito e Israel para devolução da área ocupada pela Guerra dos Seis Dias, de 1967. O país árabe queria e necessitava receber de volta terras que haviam reconquistado após séculos de luta contra a colonização e depois perdera para os israelenses em menos de uma semana. Israel concordava em devolver parte da área, mas queria impor controles militares, com finalidade de proteger sua fronteira. Pretendia manter tropas em lugares estratégicos. De repente, alguém propôs, que tal criar uma área desmilitarizada. Pertenceria ao Egito, mas não poderia ser ocupada por tropas de nenhum dos dois países. Chegou-se então ao acordo que parecia impossível.

Ao examinar a situação, o advogado terá que elaborar uma estratégia de negociação que considere critérios de avaliação. Menkel-Meadow propõe a apreciação dos pontos seguintes:

1 - A solução pretendida reflete as reais necessidades, objetivos e metas do cliente, a curto e a longo prazo?

2 - A solução reflete as necessidades, objetivos e metas da parte contrária, a curto e a longo prazo?

3 - A solução promove o relacionamento que o cliente deseja com a outra parte?

4 - As partes exploraram todas as possíveis soluções que poderiam atenuar as consequências negativas para a parte contrária?

5 - A solução levará ao menor dispêndio possível, em termos de custos e de tempo, tendo em vista os resultados pretendidos?

6 - A solução pretendida é alcancável, ou poderá trazer novos problemas e gerar necessidades a serem resolvidas? As partes estarão conscientes de que não haverá margem para arrependimento?

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7 - A solução será alcançada de modo congruente com o desejo do ciente de participar e de afetar a negociação?

8 - A solução é justa e honesta? As partes irão considerar a legitimidade de cada uma de suas pretensões e fazer ajustes que compreendem como humana e moralmente aceitáveis?

 

 

CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?

Primeiro, você deve pedir no seu banco a microfilmagem e o histórico do cheque, para tentar verificar para quem este cheque foi passado e na conta de quem foi depositado.

Se conseguir descobrir na conta de quem foi depositado, entre em contato com o banco desta pessoa e tente descobrir um telefone de contato ou endereço.

Porém, se mesmo assim não conseguir encontrar a pessoa, a solução é pegar a microfilmagem e o histórico do cheque e procurar um advogado.

O advogado deverá entrar com uma ação judicial de consignação em pagamento (depósito judicial do valor do cheque, acrescido de juros de 1% e correção monetária a contar da data de vencimento do cheque) contra o credor do cheque.

Nesta ação é informado ao juiz que o credor do cheque está em local incerto e desconhecido e que, desta forma, deve ser citado por edital (publicação em jornal ou periódico de grande circulação local).

Também deve ser pedida antecipação de tutela para que o juiz determine a imediata exclusão dos cadastros restritivos existentes em seu nome por causa daquele cheque (SERASA, SPC, CCF – Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundo do Banco Central, etc).

Após 30 dias da publicação do edital de citação do credor no jornal ou outro periódico, o credor é tido como citado em relação à ação e não havendo manifestação a dívida estará quitada.

Fonte: Site www.endividado.com.br

Concurso Público - O consumidor que está com dívidas e com o nome no SPC e SERASA poderá fazer concurso público e assumir o cargo no caso de aprovação?

SIM. Caso o consumidor seja prejudicado na seleção do concurso público por estar com restrições de crédito poderá ingressar com ação judicial para assegurar a vaga e sua participação em todas as etapas do certame. Estar com restrição de crédito nestes bancos de dados não significa que o candidato seja uma pessoa incompatível para o exercício de um cargo público e o Poder Judiciário tem decidido a favor das pessoas prejudicadas em concursos públicos por este motivo já que o afastamento do candidato, por tal razão, fere a

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Constituição Federal.

São exemplos as decisões das Apelações Cíveis n° 70002436368  e 70001495092 do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, disponíveis no website do Tribunal (http://www.tj.rs.gov.br).

Segue um trecho do voto do Desembargador Otavio Augusto Stern, na Apelação Cível n° 70002436368, que demonstra com exatidão a injustiça deste tipo de restrição: “Aceitar tal argumentação implicaria em deixar ao desamparo total aqueles que mais necessitam, jogando-os em uma petição de princípio: porque está desempregado e precisa sobreviver, contrai dívidas; se possui dívidas não pode assumir um emprego (no caso, público), permanecendo desempregado e contraindo dívidas...”

CONTA CONJUNTA - Em caso de cheques sem fundos emitidos apenas por um dos correntistas de conta conjunta, pode(m) ser incluído(s) o(s) nome(s) do(s) outro(s) correntista(s) no CCF e SERASA?

Não! Em caso de cheques sem fundos emitidos (assinados) por apenas um dos correntistas da conta conjunta, apenas o nome deste correntista pode ser incluído no CCF (Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos) e, consequentemente na SERASA, conforme Circular 3.334 do Banco Central do Brasil , de 5 de dezembro de 2006.

Se o nome do(s) outro(s) correntista(s) também for incluído nos cadastro, esta inclusão é ilegal porque fere o Código de Defesa do Consumidor, pois, quando alguém emite um cheque sem fundo, somente esta pessoa é devedora do credor e não o co-titular.

Neste caso, cabe ação judicial para retirada imediata, assim como pedindo indenização por danos morais pela inclusão indevida e abalo de crédito.

O Superior Tribunal de Justiça já decidiu em diversas ações indenizatórias em favor de consumidores prejudicados por esta determinação equivocada do Banco Central do Brasil.

São exemplos as decisões dos Recursos Especiais n° 13.680-SP, 602.401-RS e 708.612-RO, disponíveis no website do Tribunal (http://www.stj.gov.br).

 

RESULTADO CONSULTA SPC SERASA

SOLICITANTE: NEWCRED - REABILITAÇÃO DE CRÉDITO - SPC

NOME: CONFORME CONSULTA

DOCUMENTOS: CPF CONFORME CONSULTA RG NC

PARÂMETROS: SPC - SERASA - CARTÓRIOS - BANCO CENTRAL - FÓRUM

CONSTAM VÁRIAS ANOTAÇÕES NO SPC/SERASA - SEQÜÊNCIA ORDINAL - DADOS OMITIDOS-CONFIRMAR POR PROCURAÇÃO

Page 74: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

1)ANOTAÇÕES NEGATIVADORAS ENCONTRADAS NO S C P C

Nome: CONFORME TITULO E-MAIL PÁGINA 01 NASC 00AGO1900

Documentos: CPF CONFORME CONSULTA

Naturalidade: NÃO CONSTA CADASTRO - ATUALIZAR 00

ATUALIZADO EM :

Informante Contrato Debito Disponível S

RG CREDOR 1 2685723694000245 21/07/2003 31/01/2004 C

atualizado p SP R$ 00,00

RG CREDOR 2 854523712 18/11/2003 01/01/2004 C

atualizado p SP R$ 00,00

==> TOTAL DE RESTRIÇÕES NO SCPC 2 Registro(s) de debito(s)

2)ANOTAÇÕES NEGATIVADORAS ENCONTRADAS NOS CARTÓRIOS DE PROTESTOS:

TP CARTÓRIO DE PROTESTO 123 25/12/2003 20/04/2004 C

atualizado p SP R$ 00,50

TP TABELIÃO DE PROTESTO 123 19/12/2003 20/01/2004 C

atualizado p SP R$ 00,00

==> TOTAL DE TITULOS PROTESTADOS 2 Titulo(s) Protestado(s)

3)DEVOLUÇÕES DE CHEQUES INFORMADAS P/ CCF NO BANCO CENTRAL :

------------> CHEQUES SUSTADOS <------------------------- N A D A C O N S T A

------------> DEVOLUÇÕES INFORMADAS P/ CCF <-----------------------------------

NOME / RAZÃO SOCIAL AGENCIA QTDE

CONFORME TITULO E-MAIL PÁGINA 01 BCO 000000 1234 00

* DEVOLUÇÃO, 2. APRESENTAÇÃO 00 CHEQUE(S) ULTIMO EM 25/02/2004

1 NOME(S) RELACIONADO(S) COM O TOTAL DE VÁRIAS DEVOLUÇÃO(OES)

Page 75: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

CONSULTAS ANTERIORES

DATA HORA VALOR INFORMANTE

ANTERIOR 00/00/2005 00:35 NEWCRED - SPC

+++ 1 CHEQUES, TOTAL

SÍNTESE CADASTRAL

NOME: CONFORME TITULO E-MAIL (PÁGINA 01)

DOCUMENTO: CPF CONFORME CONSULTA T.ELEITOR: N/C

NASCIMENTO: 00/00/1900

NOME MÃE: NÃO CONSTA

+ + + + + + INFORMAÇÕES CONFIDENCIAIS SÃO PAULO, 00/00/2007 00:15:35 NET9999

José Lázaro Alfredo Guimarães, Mestre em Direito, Professor da Faculdade Maurício de Nassau e da Faculdade Baiana de Ciências –FABAC,pós-graduação, Desembargador do Tribunal Regional Federal/5ª.

 

A lei processual brasileira exige do juiz a tentativa de conciliação das partes e muito se tem alcançado, nesse sentido, principalmente na Justiça do Trabalho e nos Juizados Especiais e de Pequenas Causas, mas nenhuma Faculdade de Direito introduziu a disciplina que estuda as técnicas de negociação, os conhecimentos já sistematizados, em outros países, que o operador do direito deve dominar, quando contratado para assistir a uma parte, na solução de um conflito de interesses, ou quando assuma o papel de defensor da sociedade ou de magistrado, condutor da negociação.

Neste trabalho, quero transmitir alguns ensinamentos recolhidos em leituras diversas e no curso de que participei em junho de 1994, em Washington-DC, no Centro de Direito da Universidade Georgetown, ministrado pela professora Carrie Menkel-Meadow.

Modelo Adversativo

Imagine duas crianças brigando por uma laranja. Depois de muitos arranhões, o pai intervém e resolve dividir a fruta em duas partes, uma para cada contendor. Um deles recolhe a sua parte, descasca o pedaço de laranja e joga o bagaço no lixo. O outro corta o seu pedaço, separa o bagaço para que a mãe prepare doce de laranja e joga a polpa da fruta no lixo.

Este é o típico modelo de negociação adversativa. As partes se colocam como inimigas, cada qual procurando obter o máximo de vantagens e sustentando posições pré-estabelecidas. Numa relação desse tipo, a consequência é a soma zero de vantagens, sob o ponto de vista dos

Page 76: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

resultados visados pelos contendores. Para que o outro saia vitorioso, alguém terá que perder tudo. Na prática, há o desgaste, são alcançados, normalmente, efeitos positivos a curto prazo, mas prejudicada a continuidade do relacionamento e perde-se a oportunidade da efetiva solução do conflito.

Nesse tipo de negociação, o objetivo é o ganho máximo, as posições são personalizadas e o comportamento das partes e dos seus representantes é competitivo. Para que haja uma solução, tenta-se, geralmente, um acordo que signifique a menor perda possível.

Existem situações em que esse modelo pode funcionar. Isso ocorre quando os recursos são bastante limitados e não exista uma complexidade de interesses a compor.

Na maioria dos casos, entretanto, esse modelo é improdutivo. Causa tensões, leva os adversários a adotar recursos aéticos e posturas agressivas, gera desgastes que muitas vezes não compensam os resultados obtidos.

Por isso é que há profissionais que, procurando resguardar sua imagem, adotam postura inversa à da competividade, buscam cooperar com a parte contrária, cedem o possível, para evitar desgastes. Esse é um sub-modelo que também não deve ser utilizado pelo negociador, especialmente o operador do direito.

   Modelo colaborativo

Os especialistas, desde os anos 80 (é importante a leitura do livro "Getting to Yes - Negotiationg Agreement Without Giving In", de Roger Sisher e William Ury, editado pela Penguin Books) chegaram à conclusão que o modelo ideal de negociação é o colaborativo. Nele, as partes, embora compenetradas da diversidade e do conflito de interesses, procuram resolver os problemas, despersonalizando-os, fugindo de posições fixas. Buscam entender a situação, analisando os interesses de um e de outro, e partem para o encontro de uma solução em que interesses paralelos compensem eventuais perdas . Visam uma solução de equilibrio.

Conflito e soluções possíveis

 

 

O emprego das técnicas mais avançadas de negociação, baseadas no modelo colaborativo, tem como consequência o descongestionamento do aparelho judiciário, pois permite a solução extrajudicial dos litígios, de modo racional e efetivo, e reforça as bases de organização da sociedade, eliminando focos de tensão impeditivos do fluxo econômico ajustado ao ritmo dinâmico do mercado globalizado, além de contribuir para a paz social.

Menkel-Meadow acentua que o modelo de solução de problemas oferece a oportunidade de produção de resultados que são melhores para as partes e, também, para o sistema legal, na medida em que atende os interesses envolvidos e assegura resultados potencialmente mais justos.

Por que os especialistas chegam a essa conclusão?

Tentemos comparar mais detidamente a atuação dos negociadores, nos dois modelos.

Page 77: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

No modelo adversativo, as partes buscam maximizar a vitória. A presunção é de que as metas, os ítens e os valores em negociação são os mesmos para ambos os contendores. Quanto mais um deles ganha, mais o outro perde. Quando o litígio chega à esfera judicial, já existe um ambiente tal de conflito que é difícil fugir a esse estigma. Mas sempre é possível, embora caiba aos advogados compreender que a relevância da sua profissão não está somente na representação judicial, mas, também, e talvez principalmente, no papel que lhes cabe em conduzir o seu cliente a um bom acordo, antes da propositura de uma ação.

Idealize-se uma relação de consumo. Alguém comprou um microcomputador de última geração, com programas pré-instalados, e a máquina trava seguidamente. O adquirente, que produz desenhos e gráficos para uma empresa de publicidade, perdeu seguidos prazos e está ameaçado de perder o contrato de prestação de serviços. Deixa de pagar as prestações à loja de informática e ingressa com ação de indenização de perdas e danos. A firma vendedora contesta, afirmando que a máquina foi entregue em perfeitas condições de uso, inclusive testada, e reconvém, pedindo a condenação do reconvindo a pagar as prestações devidas com juros e correção monetária.

Vamos examinar juntos as possíveis soluções negociais para o problema, formando equipes de negociadores que encaminharão suas propostas por e-mail para as equipes adversas. Para cada equipe colocaremos tarefas específicas. Em seguida, prosseguiremos na abordagem da questão.

 

Nas etapas seguintes, examinaremos mais detidamente as técnicas de que se aproveitam os que adotam esse modelo.

 

No modelo colaborativo de negociação, predomina a busca de solução dos problemas. O objetivo perseguido é o de atender às necessidades e aos interesses, mediante a formulação de transação. Cada parte se dispõe a expor os seus interesses, objetiva e claramente. As pessoas envolvidas não precisam figurar no centro dos debates, e sim as suas necessidades e interesses. Não se trata de uma cooperar com a outra, de prestar auxílio, ou adotar postura abnegada, e, sim, de agir de modo a construir um acordo amplo que resolva adequadamente a situação conflitiva.

É indispensável, para que isso ocorra, que o profissional encarregado de representar a parte na negociação se prepare previamente para a negociação.

Ao entrevistar o cliente, deve recolher exaustivamente os dados necessários ao estudo do caso - os fatos, as circunstâncias, dados pessoais de ambas as partes (idade, sexo, tipo de atividade, formação profissional, experiência no ramo), as origens do problema, interesses correlatos. O advogado deve, para preparar uma negociação, lembrar da lição de Kipling para os jornalistas: o bom reporter terá que responder sempre a cinco questões: Quem? Quando? Onde? Como? Por que?

Se tiver à mão esses dados completos, detalhados, esmiuçados, o advogado estará mais seguro e terá melhores condições de atuar na solução dos problemas. Não poderá esquecer de recolher informações tanto da parte contrária e de quem a representa, quanto do seu cliente e da empresa.

Numa segunda fase, partirá para a investigação do caso. Irá pesquisar a questão sob o aspecto jurídico, ligando os fatos às consequências previstas na lei, recolhendo precedentes judiciais, e aprofundará a coleta de informações sobre o fato. Ao final, deverá dominar os elementos

Page 78: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

fáticos e jurídicos que envolvem o problema.

Daí, partirá para a análise das intenções e das necessidades de uma e de outra parte. Fará esse trabalho com bastante concentração, procurando intuir ao máximo o que o seu cliente pretende e o que a parte contrária quer atingir, a fim de elaborar uma estratégia que deverá anotar.

É interessante que promova com os seus colegas de escritório um encontro informal, no qual, após apresentação do caso, todos apresentarão as soluções possíveis, usando a criatividade, a imaginação, anotando-se todas as idéias para serem, depois, discutidas. Em diversas ocasiões, uma idéia inovadora pode resolver um impasse. Fisher e Ury citam o exemplo do acordo de paz entre o Egito e Israel para devolução da área ocupada pela Guerra dos Seis Dias, de 1967. O país árabe queria e necessitava receber de volta terras que haviam reconquistado após séculos de luta contra a colonização e depois perdera para os israelenses em menos de uma semana. Israel concordava em devolver parte da área, mas queria impor controles militares, com finalidade de proteger sua fronteira. Pretendia manter tropas em lugares estratégicos. De repente, alguém propôs, que tal criar uma área desmilitarizada. Pertenceria ao Egito, mas não poderia ser ocupada por tropas de nenhum dos dois países. Chegou-se então ao acordo que parecia impossível.

Ao examinar a situação, o advogado terá que elaborar uma estratégia de negociação que considere critérios de avaliação. Menkel-Meadow propõe a apreciação dos pontos seguintes:

1 - A solução pretendida reflete as reais necessidades, objetivos e metas do cliente, a curto e a longo prazo?

2 - A solução reflete as necessidades, objetivos e metas da parte contrária, a curto e a longo prazo?

3 - A solução promove o relacionamento que o cliente deseja com a outra parte?

4 - As partes exploraram todas as possíveis soluções que poderiam atenuar as consequências negativas para a parte contrária?

5 - A solução levará ao menor dispêndio possível, em termos de custos e de tempo, tendo em vista os resultados pretendidos?

6 - A solução pretendida é alcancável, ou poderá trazer novos problemas e gerar necessidades a serem resolvidas? As partes estarão conscientes de que não haverá margem para arrependimento?

7 - A solução será alcançada de modo congruente com o desejo do ciente de participar e de afetar a negociação?

8 - A solução é justa e honesta? As partes irão considerar a legitimidade de cada uma de suas pretensões e fazer ajustes que compreendem como humana e moralmente aceitáveis?

 

 

Ressalte-se que o STJ já decidiu que, havendo discussão judicial acerca do "quantum debeatur", ainda que não haja o depósito da quantia pleiteada pelo consumidor, a inscrição de seu nome nos cadastros de inadimplência configura prática abusiva:

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EMENTA: "Execução. Inscrição do nome do devedor em serviços de proteção ao crédito. Ação revisional de contrato ajuizada. Código de Defesa do Consumidor, art. 42.

1 - Havendo ação de revisão de contrato em curso, mesmo sem o depósito da quantia considerada devida, a inscrição do nome do autor em serviço de proteção ao crédito configura o constrangimento ou ameaça a que se refere o art. 42 do Código de Defesa do Consumidor.

2 - Recurso especial conhecido e provido. (STJ, RESP nº 180.843 - RS, Terceira Turma, Rel. em. Carlos Alberto Menezes Direito, DJ 30/08/99)

"(...) O Acórdão recorrido considerou que o cadastro não "é ato de retaliação em face do ajuizamento da ação cautelar ou da revisional, e sim comunicação da incursão em mora. Tivessem os embargantes depositado as quantias que entendem efetivamente devidas, desde que demonstrada a razoabilidade do cálculo respectivo, a Câmara com tranqüilidade impediria o registro (...)".

Na minha avaliação, porém, o ajuizamento de ação para rever o contrato é suficiente para impedir a inscrição de nome em cadastro de proteção ao crédito. Havendo discussão judicial do contrato que originou o débito, a inscrição do nome dos autores da ação revisional configura o constrangimento ou ameaça, a que se refere o art. 42 do Código de defesa do Consumidor . Em precedente de que foi Relator o Ministro Ruy Rosado de Aguiar, a Corte aceitou a exclusão, acolhendo uma antecipação de tutela, com a seguinte fundamentação:

"Inegável a conseqüência danosa para aqueles cujos nomes são lançados em bancos de dados instruídos para o fim de proteção do crédito comercial ou bancário. Daí porque, existindo ação de ataque a invalidade do título, onde se impugna o valor do débito cobrado pelo banco com fundamentos razoáveis, parece adequado que a utilização daqueles serviços, que serve para estigmatizar o devedor, aguarde o desfecho da ação.

Recolho dos autos a fundamentação expendida pelo il. Dr. Quintino Prado:

"Em curso existe ação ordinária declaratória de nulidade de documentos consubstanciado em instrumentos de confissões de dívida, estando, portanto, em discussão a legitimidade do crédito reclamado. Não poderia o agravado comunicar a inadimplência antes da decisão final, sob pena de submeter a agravante a constrangimento a que alude o art. 42 do CDC." (fls.62)

Posto isso, a não utilização da possibilidade do disposto no art. 273 do CPC, em caso de como o dos autos, causou ofensa àquela regra e ao disposto no art. 42 do CDC.

Anote-se que toda jurisprudência da Corte tem a mesma linha de interpretação no que concerne a evitar a inscrição quando há ação judicial em curso e quando não há prova de prejuízo para o credor."

Ademais, observe-se que nem ao Estado é possibilitado agredir o patrimônio do devedor enquanto persistir dúvida ou incerteza a respeito da obrigação. Com efeito, o processo de execução no direito brasileiro pressupõe a existência de título executivo que encerre em seu bojo obrigação líquida, assim entendida, na dicção do art. 1533 do Código Civil, "a obrigação certa, quanto à sua existência, e determinada, quanto ao seu objeto." Tais pressupostos, evidentemente, não se verificam quando pendente ação judicial questionando a existência da dívida ou o quantum debeatur.

Se ao próprio Estado, detentor do monopólio da violência, é vedado, salvo nos raros casos de execução provisória, agredir o patrimônio do devedor ou forçá-lo ao adimplemento antes de sentença transitada em julgado que certifique a existência e a exata extensão da dívida, com maior razão é de se coibir a utilização de meios privados e informais de execução que submetem o consumidor a situações vexatórias e agravam ainda mais o desequilíbrio existente entre as instituições financeiras e os consumidores do crédito.

Page 80: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Inconcebível, pois, que às instituições financeiras seja autorizado inscrever o nome do consumidor em tais cadastros. Tal prática funciona como autêntica forma de pressão sobre os consumidores, caracterizando uma autêntica ANTECIPAÇÃO DA ATIVIDADE EXECUTÓRIA E DOS EFEITOS DA INADIMPLÊNCIA QUANDO AINDA PENDENTE AÇÃO JUDICIAL QUE PÕE EM CHEQUE A CERTEZA JURÍDICA A RESPEITO DA EXISTÊNCIA OU EXTENSÃO DO DÉBITO.

Enquanto ao Estado e a todos aqueles que se utilizam das vias executória tradicionais impõe-se aguardar o trânsito em julgado, as instituições financeiras arrogam-se o poder de promover, via SERASA, uma coação extraprocessual que não pode deixar de ser vista como uma espécie de justiça de mão própria.

Não raro, o devedor admite quitar o débito que sabe indevido apenas para não ter seu nome inscrito nos órgãos de proteção ao crédito. Não se desconhece que existem maus pagadores, todavia, não se pode sacrificar o bom pagador injustamente incluído por causa destes. E, somente se saberá quem é mau ou bom pagador ao final da ação ajuizada, motivo pelo qual deve ser impedida a inclusão dos nomes dos consumidores na lista de inadimplentes sob pena de se estar retirando o direito ao contraditório garantido constitucionalmente.

Tal lançamento precipitado, feito de forma unilateral, acaba tendo como finalidade, antecipando-se à tutela estatal, coagir o devedor a pagar a conta apresentada, dificultando e cerceando-lhe o direito de impugnar o valor apresentado ou o débito no seu todo.

Há, dessa forma, a conversão de um mecanismo de defesa do sistema bancário, que nada tem de ilegal, em um instrumento que viabiliza uma cobrança indireta, pela qual o meio jurídico tem manifestado reiteradamente sua repulsa.

"Contudo, há de se analisar o motivo a justificar esta prática, de lançar os nomes de mutuários nos referidos cadastros, por parte dos agentes financeiros, em vista de existirem repositórios semelhantes.

Os bancos sustentam que a inscrição dos mutuários no SERASA, SPC etc.. visa à proteção das entidades conveniadas, contra a suposta insolvabilidade de determinado cidadão. Correto o posicionamento, pois o crescimento da inadimplência é sempre um fato negativo. Fosse o caso dos mutuários estarem insolventes, seria dever dos agentes, consoante o acordo que noticiam existir os demais operadores, comunicar o fato à praça, não com o escopo de denegrir a imagem do devedor, mas de proteger o sistema, do ponto de vista meramente objetivo.

Por outro lado, no caso dos autos, não se mostra factível a hipótese de que o mutuário esteja com a sua capacidade de pagamento prejudicada, simplesmente discorda dos valores cobrados. Transparece, pois, a inadequação da ameaça do enquadramento como forma de pressão, visto não existir nenhum argumento lógico ou jurídico que justifique tal atitude.

Pensar diferente, seria dar azo a que o agente financeiro pudesse restringir o acesso ao Judiciário por parte do devedor, através de um artifício unilateral, que não enseja defesa. O credor tem a sua disposição a execução judicial para a cobrança da dívida, via que não é barrada pelo ingresso de ação tendente a discutir o débito, consoante a Corte tem reiteradamente afirmado." (Despacho exarado em sede de liminar pelo TRF4, AI 1999.04.01.096508-3 / SC, rel. juíza Marga Inge Barth Tessler, Terceira Turma, DJ 15/10/99.)

De fato, é preciso ter em vista que a inscrição do nome é conseqüência da inadimplência. Não se trata do registro da existência da dívida, e sim da existência da mora, pois só essa é pressuposto para a inscrição do nome de alguém no cadastro dos inadimplentes. E, ANTES DE TRANSITADA EM JULGADO SENTENÇA QUE DECIDA A IMPUGNAÇÃO JUDICIAL APRESENTADA, INADIMPLÊNCIA NÃO HÁ. A discussão judicial tem a inafastável propriedade de afastar os efeitos da mora. Ou seja, a mora somente estará configurada quando a responsabilidade de cada parte for definida, e isto ocorrerá por ocasião do julgamento final.

Page 81: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

A inscrição antecipada nas centrais de restrição do crédito e a divulgação de tais informações aos eventuais interessados constitui, dessa forma, um abuso que tem por fim constranger o devedor a pagar o indevido, incidindo com adequação o art. 42 da Lei nº 8.078/91:

"ART. 42: Na cobrança de débitos o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça."

Em suma, sempre que se pretender questionar a relação obrigacional ou estiver ela sendo discutida e, portanto, estiver pendendo dúvida, não se pode admitir que o devedor seja lançado como inadimplente de modo a sofrer todo tipo de discriminação e indiscutível abalo no crédito. Enquanto inexistir o trânsito em julgado, persistindo discussão litigiosa relativa à existência da dívida ou à sua extensão (quantum debeatur), inadmissível a utilização dos cadastros como forma de compelir o devedor ao pagamento do débito questionado, sob pena de incorrer na proibição do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor.

O Superior Tribunal de Justiça tem se manifestado repetidamente no sentido de que a incerteza gerada pela pendência judicial acerca do débito e do quantum debeatur elide a possibilidade de inscrição do nome do suposto devedor inadimplente nos cadastros de serviços de proteção ao crédito:

1) EMENTA: "BANCO DE DADOS. SERASA. ACIPREVE.

Cabe o deferimento de liminar para impedir a inscrição do nome do devedor em cadastros de inadimplência enquanto tramita ação para definir a amplitude do débito. Art. 461, § 3º, do CPC.

II - Recurso conhecido mas improvido. (STJ, RESP nº 190.616 - SP, Quarta Turma, Rel. em. Min. Ruy Rosado de Aguiar, DJ 15/03/99)

(...) Sobre a possibilidade de serem inscritos os nomes de devedores em banco de dados, não há que se discutir. Porém, submetida uma relação jurídica ao exame judicial, versando a lide sobre sua natureza, extensão e valores, a jurisprudência uniforme desta Quarta Turma é no sentido de que a inscrição do devedor como inadimplente deve aguardar o julgamento da ação."

2)EMENTA: "Consumidor. Inscrição de seu nome em cadastros de proteção ao crédito. Montante da dívida objeto de controvérsia em juízo. Inadmissibilidade.

Constitui constrangimento e ameaça vedados pela Lei nº 8.078, de 11.09.90, o registro do nome do consumidor em cadastros de proteção ao crédito, quando o montante da dívida é objeto de discussão em juízo.

Recurso especial conhecido e provido." (STJ, RESP nº 170.281 - SC, Quarta Turma, Rel. em. Min. Cesar Asfor Rocha, DJ 21/09/98)

3)EMENTA: "Cobrança de dívida. Cautelar. É licito que se defira, liminarmente, a medida cautelar, para impedir, durante a discussão em ação, a inscrição do nome do devedor no SERASA, ou no SPC . Precedentes do STJ: dentre outros, o RESP 161.151.

Recurso especial conhecido e provido em parte." (STJ, RESP nº 186.214 - MG, Terceira Turma, Rel. em. Min. Nilson Naves, DJ 08/03/99)

4) EMENTA: "PROCESSUAL CIVIL. Cautelar. Suspensão de medida determinativa de inscrição do nome do devedor no SPC ou SERASA.

Page 82: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

I - Não demonstrado o perigo de dano para o credor, não há como deferir seja determinada a inscrição do nome do devedor no SPC ou SERASA, mormente quando este discute em ações aparelhadas os valores sub judice, com eventual depósito ou caução do quantum. Precedente do STJ.

II - Recurso conhecido e provido. (STJ, RESP nº 161.151 - SC, Terceira Turma, Rel. em. Min. Waldemar Zweiter, DJ 29/06/98)

5) EMENTA: "SERASA. Inscrição. Ação ordinária.

Pendendo ação ordinária onde se discute a formação e os valores de dívidas bancária, deve ser suspensa a informação de que nome dos devedores está inscrito no SERASA em razão da cobrança dessa mesma dívida.

Recurso conhecido e provido. (STJ, RESP nº 189.061 - SP, Quarta Turma, Rel. em. Min. Ruy Rosado Aguiar, DJ 15/03/99)

6) EMENTA: "Agravo Regimental. Recurso especial não admitido. Tutela antecipada. Inscrição dos devedores no SERASA.

1 - Estando em discussão o débito, inviável se mostra a inscrição do devedor nos Serviços de Proteção ao Crédito, mormente porque não demonstrado o dano ao credor. Precedentes.

2 - Agravo Regimental improvido. (STJ, AGA nº 221.029 - RS, Terceira Turma, Rel. em. Carlos Alberto Menezes Direito, DJ 31/05/99)

7) EMENTA: "PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO - SERASA: inscrição - pendência de ação consignatória.

1 - O STF já declarou a constitucionalidade do SERASA. Contudo, ressalva a jurisprudência a hipótese de devedor que, em juízo, discute sobre o débito.

2 - A dívida questionada está "sub judice", com depósito em consignação.

3 - Recurso improvido. (TR1, AG nº 98.231316-6, Quarta Turma, DJ 17/09/98)

Agravo de Instrumento contra decisão-Cadastro SPC, SERASA, indeferimento de AJG

 EXCELENTÍSSIMO DOUTOR RELATOR DA CÂMARA CÍVEL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

 

Agravante: Fulano de Tal

Agravado: Banco xxx.

Origem: Processo nº xxx – Ordinária Revisional,

Page 83: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Foro Central de Santa Maria, 2ª Vara Cível.

 

FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, maior, vendedor autônomo, residente e domiciliado na rua André

Marques, nº 408, Bairro Centro, no município de Santa Maria - RS., inscrito no CPF/MF sob o número XXX, e,

portador da Cédula de Identidade número XXX, vem respeitosamente perante V. Exa., por seus procuradores

signatários conforme instrumento de mandato incluso, para interpor o presente

 

A G R A V O D E I N S T R U M E N T O,

 

com fundamento nos artigos 522 e seguintes do Código de Processo Civil, bem como pelas razões de

fato e de direito que a seguir expõe.

 Requer, outrossim, seja o presente recurso recebido sendo deferido LIMINARMENTE O EFEITO

SUSPENSIVO, na forma do art. 527, II c/c art. 558 do CPC e processado na forma da lei.

 

Nestes Termos,

 Pede Deferimento.

 Santa Maria, 19 de Setembro de 2003 .

  P.p.

Advogado

OAB/RS xx.xxx

 

  

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

 

COLENDA CÂMARA CÍVEL

  

O presente recurso visa em ver modificado a decisão interlocutória que determinou:

          Indeferimento do pedido de antecipação de tutela no sentido do cadastramento do nome do

autor em registros creditícios negativos; 

         Pediu para juntar comprovantes de renda, no pedido de Assistência Judiciária Gratuita;

Page 84: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Assim, passa a aduzir acerca de cada tema:

  

SOBRE A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PLEITEADA

 

Conforme entendimento uníssono desta Corte, não pode figurar o autor em cadastros restritivos de

crédito enquanto estiver discutindo o débito.

 

O próprio STJ já se posicionou de forma clara:

 

16013530 – JCPC.527 JCPC.527.III AGRAVO DE INSTRUMENTO – INTIMAÇÃO DO AGRAVADO – DECISÃO LIMINAR – CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO (SERASA, SPC, ETC.) – O agravo de instrumento contra decisão que indefere pedido liminar de cancelamento de inscrição em banco de inadimplentes pode ser julgado independentemente de intimação do agravado, que ainda não foi citado e não tem advogado constituído nos autos (art. 527, III, do CPC). Deve ser cancelada a inscrição do nome do devedor em banco de inadimplentes se o contrato está sendo objeto de ação revisional, em que se discute a validade de cláusulas, valor do saldo e a própria existência da mora. Precedentes. Recurso não conhecido. (STJ – REsp 205039 – RS – 4ª T. – Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar – DJU 01.07.1999 – p. 185)

 

O nosso Egrégio Tribunal também, vejamos:

  

27141208 JCPC.557 JCPC.557.1A – AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATOS DE ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO EM CONTA-CORRENTE E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EM CARTÃO DE CRÉDITO – INSCRIÇÃO DO NOME DOS AA. DEVEDORES NO CADIN, SERASA, SPC E ASSEMELHADOS – ILEGITIMIDADE DO REGISTRO – Configura constrangimento indevido e ato de objetiva retaliação e abusividade a inscrição do nome dos devedores em órgãos de cadastro de inadimplentes (SERASA, CADIN, SPC e assemelhados), quando o débito que a motiva é objeto de impugnação judicializada nos planos da existência, validade e/ou eficácia, em face de abuso de poder econômico, excesso de onerosidade e quebra do princípio da boa-fé objetiva em negócio de consumo adesivo. Agravo monocraticamente provido, forte no art. 557, § 1º-A, do CPC. (TJRS – AGI 70002738318 – 14ª C.Cív. – Rel. Des. Aymoré Roque Pottes de Mello – J. 01.06.2001)

 

27141204 JCPC.557 JCPC.557.1A – AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO EM CONTA-CORRENTE – INSCRIÇÃO DO NOME DO DEVEDOR NO CADIN, SERASA, SPC E ASSEMELHADOS – Ilegitimidade do registro. Configura constrangimento indevido e ato de objetiva retaliação e abusividade a inscrição do nome do devedor em órgãos de cadastro de inadimplentes (SERASA, CADIN, SPC e assemelhados), quando o débito que a motiva é objeto de impugnação judicializada nos planos da existência, validade e/ou eficácia, em face de abuso de poder econômico, excesso de onerosidade e quebra do princípio da boa-fé objetiva em negócio de consumo adesivo. Agravo monocraticamente provido, forte no art. 557, § 1º-A, do CPC. Decisão monocrática. (TJRS – AGI 70002614501 – 14ª C.Cív. – Rel. Des. Aymoré Roque Pottes de Mello – J. 10.05.2001)

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27141205 JCPC.557 JCPC.557.1A – AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – INSCRIÇÃO DO NOME DO ARRENDATÁRIO NO CADIN, SERASA, SPC E ASSEMELHADOS – ILEGITIMIDADE DO REGISTRO – Configura constrangimento indevido e ato de objetiva retaliação e abusividade a inscrição do nome do arrendatário em órgãos de cadastro de inadimplentes (SERASA, CADIN, SPC e assemelhados), quando o débito que a motiva é objeto de impugnação judicializada nos planos da existência, validade e/ou eficácia, em face de abuso de poder econômico, excesso de onerosidade e quebra do princípio da boa-fé objetiva em negócio de consumo adesivo. Agravo monocraticamente provido, forte no art. 557, § 1º-A, do CPC. Decisão monocrática. Fls. 4. (TJRS – AGI 70002606432 – 14ª C.Cív. – Rel. Des. Aymoré Roque Pottes de Mello – J. 09.05.2001)

 

27141206 JCPC.557 JCPC.557.1A – AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA FIDUCIÁRIA – INSCRIÇÃO DO NOME DA DEVEDORA FIDUCIANTE NO CADIN, SERASA, SPC E ASSEMELHADOS – Ilegitimidade do registro. Configura constrangimento indevido e ato de objetiva retaliação e abusividade a inscrição do nome da devedora fiduciante em órgãos de cadastro de inadimplentes (SERASA, CADIN, SPC e assemelhados), quando o débito que a motiva é objeto de impugnação judicializada nos planos da existência, validade e/ou eficácia, em face de abuso de poder econômico, excesso de onerosidade e quebra do princípio da boa-fé objetiva em negócio de consumo adesivo. Agravo monocraticamente provido, forte no art. 557, § 1º-A, do CPC. (TJRS – AGI 70002683365 – 14ª C.Cív. – Rel. Des. Aymoré Roque Pottes de Mello – J. 22.05.2001)

 

27141221 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – ARRENDAMENTO MERCANTIL – AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL – Tutela antecipada indeferida. Proibição de inscrição do nome do apontado devedor em órgãos de proteção ao crédito. Na pendência de ação revisional, é incabível a inscrição do nome do apontado devedor em cadastros de inadimplentes (SPC, SERASA e CADIN). Medida que funciona como fator de coação, já que tem o poder de alijar o cidadão do processo social. Agravo provido. (TJRS – AGI 70002506251 – 14ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Antônio Bandeira Scapini – J. 10.05.2001)

 

27141235 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE CRÉDITO AO CONSUMIDOR – AÇÃO DE REVISÃO – Tutela antecipada indeferida. Proibição de inscrição do nome do apontado devedor em órgãos de proteção ao crédito. Na pendência de ação revisional, é incabível a inscrição do nome do apontado devedor em cadastros de inadimplentes (SPC, SERASA e CADIN). Medida que funciona como fator de coação, já que tem o poder de alijar o cidadão do processo social. Agravo provido. (TJRS – AGI 70002354975 – 14ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Antônio Bandeira Scapini – J. 05.04.2001)

 

27140391 – ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA – AÇÃO REVISIONAL – Razoável manter o devedor na posse do bem alienado, até final decisão, ante a alegação de excessiva onerosidade do contrato e de cobrança de encargos ilegais ou abusivos, que tornam duvidosa a ocorrência da mora. Incabível o registro do nome do devedor em bancos de dados de consumo ou em cadastros de inadimplentes (tipo SPC, SERASA, CADIN), enquanto tramitar ação que tenha por objeto a definição da existência do débito ou de seu montante. Não cabe a vedação em revisional, genericamente, da circulação e apontamento de título de crédito a protesto, por cercear o exercício regular de direito do credor, cabendo ao devedor defender-se na via própria e adequada. Agravo provido em parte. (TJRS – AGI 70001788058 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. José Antônio Cidade Pitrez – J. 15.03.2001)

 

 27140657 – ARRENDAMENTO MERCANTIL – AÇÃO REVISIONAL – Incabível o registro do nome do devedor em cadastros de inadimplentes (tipo SPC e SERASA) , enquanto tramitar ação que tenha por objeto a definição da existência do débito ou de seu montante. Agravo provido, por maioria. (TJRS – AGI 70002229037 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. José Antônio Cidade Pitrez – J. 29.03.2001)

Page 86: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

 

27141213 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA – Ação de revisão de contrato. Tutela antecipada. Pedido de proibição de inscrição do nome do apontado devedor em órgãos de proteção ao crédito. Na pendência de ação revisional, é incabível a inscrição do nome do apontado devedor em cadastros de inadimplentes (SPC, SERASA e CADIN). Medida que funciona como fator de coação, já que tem o poder de alijar o cidadão ou a pessoa jurídica do processo social. Agravo provido. (TJRS – AGI 70001977321 – 14ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Antônio Bandeira Scapini – J. 15.03.2001)

 

 

Demonstrado de forma diáfana que a antecipação de tutela deve ser concedida.

 

Ademais, o próprio autor está depositando os valores do contrato para que possa discuti-lo de forma

transparente. A boa fé está estampada. OU seja, o autor continua pagando os mesmos valores pactuados e os

revisiona para obter do judiciário a mais ampla justiça.

  

DO PEDIDO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

  

O autor, que de profissão é vendedor autônomo, trabalha comprando e revendendo produtos, para esta

tarefa utiliza o veículo para locomover-se de cidade em cidade atendendo seus clientes, sendo o resultado das

vendas imprescindível para o seu sustento e de sua família.

 

O juízo monocrático ao exigir do autor comprovante de renda, o que impossível, eis que é um

trabalhador informal como bem qualificado na exordial, está indo destoantes a legislação e jurisprudências

hodiernas.

 

Vejamos:

 

A lei 1060/50 é clara, no seu artigo 4°:

 

Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.

 

 

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Se a simples afirmação é presunção de pobreza, e mesmo assim, sendo o autor trabalhador informal

não possuindo como comprovar renda, como pode o judiciário excluir seu acesso a mais ampla justiça ?

 

A jurisprudência do STJ é diáfana:

 

16066036 – PROCESSUAL CIVIL – MEDIDA CAUTELAR – REQUISITOS – COMPROVAÇÃO DO ESTADO DE POBREZA – PRECLUSÃO – Presentes os requisitos autorizadores, o Superior Tribunal de Justiça tem concedido medida cautelar para dar efeito suspensivo a recurso especial. Para concessão do benefício da justiça gratuita, é suficiente a simples alegação do requerente de que sua situação econômica não permite pagar as custas processuais e os honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. A assistência judiciária pode ser requerida em qualquer fase do processo. Inexistindo recurso da decisão concessiva da liminar, ocorre a preclusão, restando definitivamente decidido que estão presentes os requisitos da aparência do bom direito e do perigo na demora. Medida cautelar procedente. (STJ – MC 2822 – SP – 1ª T. – Rel. Min. Garcia Vieira – DJU 05.03.2001 – p. 00130)

 

16063758 – PROCESSUAL CIVIL – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – COMPROVAÇÃO DA HIPOSSUFICIÊNCIA – DESNECESSIDADE – LEI Nº 1.060/50, ARTS. 4º E 7º – 1. A Constituição Federal recepcionou o instituto da assistência judiciária gratuita, formulada mediante simples declaração de pobreza, sem necessidade da respectiva comprovação. Ressalva de que a parte contrária poderá requerer a sua revogação, se provar a inexistência da hipossuficiência alegada. 2. Recurso conhecido e provido. (STJ – RESP 200390 – SP – 5ª T. – Rel. Min. Edson Vidigal – DJU 04.12.2000 – p. 00085)

 

16050339 – PROCESSUAL CIVIL – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – COMPROVAÇÃO DO ESTADO DE MISERABILIDADE – DESNECESSIDADE – 1. Para se obter o benefício da assistência judiciária gratuita, basta que seu beneficiário a requeira mediante simples afirmação do estado de miserabilidade, sendo desnecessária a sua comprovação. 2. Recurso conhecido, mas improvido. (STJ – RESP 121799 – (199700148297) – RS – 6ª T. – Rel. Min. Hamilton Carvalhido – DJU 26.06.2000 – p. 00198)

 

 

Em total parcimônia com a Corte Superior o nosso Egrégio Tribunal do RS tem se manifestado:

 

27140488 – APELAÇÃO CÍVEL – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – A Assistência Judiciaria Gratuita, de acordo com o art. 4º, par. 1º, da Lei nº 1.060/50, deve ser concedida mediante simples afirmação da parte de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. Milita em favor do peticionário presunção juris tantum, a qual, somente com prova em contrário, a cargo da outra parte, pode desaparecer. Deram provimento. Unânime. (TJRS – APC 70002307627 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otavio Augusto de Freitas Barcellos – J. 18.04.2001)

 

27141212 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO ORDINÁRIA – Assistência Judiciária Gratuita (AJG). Indeferimento na origem. Provimento em grau recursal. Execução de sentença. Para a concessão da Assistência Judiciária Gratuita basta a simples afirmação de sua necessidade, pois tal é feita sob as penas da lei, e máxime quando o postulante comprova a impossibilidade de pagar as custas judiciais, segundo o teor do regramento constitucional e

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infraconstitucional. Assistência Judiciária Gratuita concedida. Agravo de instrumento provido. Decisão monocrática. (TJRS – AGI 70002358729 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Wellington Pacheco Barros – J. 20.03.2001)

 

27135883 – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – PROVA – O benefício à assistência judiciária gratuita independe de prova da pobreza de quem pede. Basta a simples afirmação (art. 4, par-1 da Lei nº 7520/86). Incumbe à parte contrária provar a suficiência de recursos para o custeio. Agravo provido. (TJRS – AGI 70001671734 – 2ª C.Cív. – Rel. Des. Arno Werlang – J. 14.02.2001)

 

27134800 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – DEFERIMENTO – É de ser deferido o benefício de AJG mediante simples afirmação da parte que não tem condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo próprio e de sua família. A parte contrária tem legitimidade e interesse, quando for o caso, em impugnar o benefício legal, podendo fazer prova do descabimento da AJG para fins de ser indeferida. Agravo provido, por maioria. (TJRS – AGI 70000697649 – 2ª C.Cív.Esp. – Rel. p/o Ac Des. André Luiz Planella Villarinho – J. 28.11.2000)

 

 

Resta, portanto, de forma clara que o deferimento do pedido de Assistência Judiciária Gratuita é

imperioso.

 

 DO PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO

  

Mister que seja concedido o efeito suspensivo ao presente recurso, haja vista que em seu

prosseguimento o juízo monocrático além de não conceder a tutela pleiteada, poderá extinguir o feito pelo não

pagamento das custas, ante ao requerimento de comprovante de renda, o que já exaustivamente demonstrado

ser inconcebível.

 

 

 

DOS ADVOGADOS E DOCUMENTOS

 

Em atendimento ao disposto no artigo 524, III do CPC, alterado pela Lei 9.139/95, a Agravante informa

o nome e o endereço completo dos advogados, presentes no processo.

 

ADVOGADO DO AGRAVANTE: Ciclano de Tal, OAB/RS xx.xxx, com endereço profissional na Rua

xxxx.

ADVOGADO DO AGRAVADO: Ainda não citado.

Page 89: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

DOCUMENTOS: Junta cópia integral do processo xxxx.

DO PEDIDO

 

Ante o exposto, REQUER:

 

         Seja suspenso o cumprimento da decisão agravada até o pronunciamento definitivo desta

Câmara, nos termos do art. 527, II c/c art. 558 do CPC;

 

         Seja dado provimento ao presente agravo, concedendo a tutela antecipada no sentido de o

requerido excluir/abster-se de cadastrar o nome do autor em cadastros negativos, bem como seja deferida a

Assistência Judiciária Gratuita, nos termos expostos, por se a mais lídima

 

Santa Maria, 19 de Setembro de 2003 .

 

 

P.p.

Advogado

OAB/RS xx.xxx

 

SPC - CADIN – SERASA

CADIN - SERASA - JUIZ. PODER JURISDICIONAL. LIMITE. 2. MEDIDA CAUTELAR. LIMINAR. JUIZ DE DIREITO. 3. EXECUÇÃO. EMBARGOS DO DEVEDOR. PROCEDÊNCIA. 4. MEDIDA CAUTELAR INCIDENTAL. SERASA. LIMINAR. CADIN. AÇÃO EM TRAMITAÇÃO. 5. REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. REVISÃO DO CONTRATO. SUSPENSÃO. SPC. SERASA. - MEDIDA CAUTELAR. VEDAÇÃO A EXERCÍCIO DE DIREITOS. O poder geral de cautela do juiz não e ilimitado ao ponto de impedir o exercício de um direito genericamente assegurado pela constituição e previsto no ordenamento jurídico, constituindo evidente ilegalidade, mesmo em curso a ação de outra natureza fundada no mesmo título , o deferimento liminar para sustar a cobrança do credito, pois diante de eventual execução o executado dispõe da ação de embargos de devedor, via hábil para defesa de eventuais direitos. Entretanto, mostra-se abusiva a inscrição gratuita perante o SPC, CADIN e SERASA, eis que flagrante os prejuízos deste ato, de difícil e incerta reparação, enquanto a definição do valor do débito pende de decisão judicial, em face da demanda aforada pelo devedor. (TARS - AGI 196.058.416 - 9ª CCiv. - Rel. Juiz Heitor Assis Remonti - J. 04.06.1996)

Page 90: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

CADIN - SERASA - REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. - AGRAVO. CONCESSÃO DE LIMINAR PROIBINDO INSCRIÇÃO DO DEVEDOR NO SPC E NO SERASA. Constatando-se a existência de discussão judicial sobre o debito, e caso de concessão do pedido no sentido de que seja proibido o credor de levar o nome do devedor ao CADIN ou SERASA. Agravo não provido. (TARS - AGO 196.120.059 - 2ª CFerCiv. - Rel. Juiz João Carlos Branco Cardoso - J. 31.07.1996)

CADIN - SERASA - SPC - - AGRAVO DE INSTRUMENTO. - FINALIDADE. - ACÓRDÃO DE CÂMARA. EFEITO SUSPENSIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. - PRESSUPOSTOS. 2. LIMINAR. INDEFERIMENTO. 3. MUTUO. AÇÃO DE COBRANÇA. 4. MEDIDA CAUTELAR INCIDENTAL - CADIN. INFORMAÇÕES. DESCABIMENTO. - SERASA. LIMINAR. CADIN. - AGRAVO DE INSTRUMENTO. SUSPENSÃO DOS ATOS DE COBRANÇA POR ATO JUDICIAL. Merece provido agravo diante da proibição de pratica dos atos de cobrança impostos em liminar concedida no primeiro grau, ferindo o direito de ação do impetrante, garantido constitucionalmente. registros cadastrais negativos. Proibição. A inscrição como devedor relapso perante o SPC, CADIN ou SERASA não deve acontecer antes da decisão final da matéria que se discute na ação ordinária. É que a oposição que o devedor coloca na ação justamente visa desconstituir o débito que daria azo a inscrição negativa, ou pelo menos parte dele. agravo provido em parte. (TARS - AGI 196.003.578 - 2ª CCiv. - Rel. Juiz Carlos Alberto Bencke - J. 29.02.1996)

SDC - SERASA - SPC - Acórdão RESP 168934/MG ; RECURSO ESPECIAL (1998/0022094-1) Fonte DJ-DATA:31/08/1998 PG:00103 Relator Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR (1102) Ementa BANCO DE DADOS. SERASA. SPC. SDC. Inscrição de devedor. Ação de nulidade. Tramitando ação onde os devedores pleiteiam o reconhecimento da invalidade do título que teria sido preenchido com valores excessivos, mediante argumentação verossímil, pode o juiz deferir a antecipação parcial da tutela para cancelar o registro do nome dos devedores nos bancos de dados de proteção ao crédito. Art. 273 do CPC e 42 do CDC. Recurso conhecido e provido. Data da Decisão 24/06/1998 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SERASA - EXCESSO DE ONEROSIDADE. REVISÃO DO CONTRATO. - CONTRATO DE NATUREZA BANCARIA. AÇÃO REVISIONAL. REGISTRO DO DEVEDOR EM ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. Na nossa sistemática processual a via judicial adequada para depositar valores e obter a extinção da obrigação e a ação CONSIGNATÓRIA. Entretanto, em razão de que a instrumentalidade do processo visa, acima de tudo, a realização do direito material, não se pode abstrair seja a relação jurídica em conflito jurisdicionalizada via procedimento comum ordinário, possibilitando o mais amplo contraditório, com o acertamento das questões controvertidas. Nessa situação Jurídico- processual, não e plausivel seja registrado o nome do devedor, como mau pagador, em órgãos destinados a proteção do credito, preponderantemente quando esta predisposto ao Depósito e pagamento do valor que entende devido, sem que se iniba o credor de também buscar judicialmente o seu pretenso direito. Agravo improvido. (TARS - AGI 196.018.956 - 3ª CCiv. - Rel. Juiz Aldo Ayres Torres - J. 03.04.1996)

SERASA - AÇÃO EM TRAMITAÇÃO - Medida cautelar visando obstar que o credor afete crédito da autora, com a averbação como inadimplente em entidade cadastral de serviços bancários. Plausibilidade e possibilidade. Agravo improvido. (TARS - AGI 195.199.666 - 6ª CCiv. - Rel. Juiz Arminio José Abreu Lima Da Rosa - J. 15.02.1996)

SERASA - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. REVISÃO DO CONTRATO. PROTESTO. - Ação ordinária, revisões de contratos de abertura de crédito. Antecipação de tutela. Art. 273 do CPC. Perigo de irreversibilidade inexistente. Tiragem de protesto e cadastramento no SERASA. trata-se de decisão de antecipação total dos efeitos executivos da ação, a fim de evitar dano irreparável aos devedores, havendo possibilidade de reversibilidade parcial, já que a dívida não e negada. e possível também o juiz utilizar o seu poder de cautela, segundo o art. 798 do CPC. o credor não e impedido de exercer o direito de ação, apenas ficam afastados os efeitos que prejudicam o devedor de forma irreparável, como o de exercício de sua atividade, que se qualifica como pecuarista, onde deve gerar lucros para, inclusive, pagar o financiamento concedido. o protesto e o cadastramento no SERASA podem ser evitados ou terem seus efeitos suspensos provisoriamente, enquanto a dívida e discutida. agravo desprovido. (TARS - AGI 195.184.973 - 5ª CCiv. - Rel. Juiz Jasson Ayres Torres - J. 21.12.1995)

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SERASA - ESTABELECIMENTO BANCÁRIO - ABSTENÇÃO - INTERPRETAÇÃO - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. - ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. ART.273 DO CPC - DISCUSSÃO DA DÍVIDA. SUSPENSÃO DE INFORMAÇÕES NEGATIVAS - A provisoriedade e inerente a tutela antecipada, que se funda em cognição sumaria, que não prevalecera ao reconhecimento de realidades antes não conhecidas com a instrução. Com esta, poderá, em qualquer tempo ser revogada ou modificada a antecipação. As matérias propostas em juízo são discutíveis, tendo decisões favoráveis nesta Corte a tese dos devedores, o que já e motivo para antecipação parcial de tutela por fundado receio ou dano irreparável. O débito esta sendo discutido em juízo. Conhecidos os efeitos da negativação do devedor em órgãos de que se valem os comerciantes e instituições financeiras para buscar informações sobre os pretendentes a um credito, justifica-se a concessão da liminar pleiteada. agravo desprovido. (TARS - AGI 195.199.922 - 5ª CCiv. - Rel. Juiz João Carlos Branco Cardoso - J. 29.02.1996)

SERASA - Acórdão AGA 148857/MT ; AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO (1997/0036707-0) Fonte DJ-DATA:17/11/1997 PG:59541 Relator Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO (1108) Ementa AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL NÃO ADMITIDO. MEDIDA CAUTELAR. EXCLUSÃO DO NOME DO DEVEDOR DO SERASA. DEBITO SUB JUDICE. SUMULA N. 126-STJ. 1. TENDO O ACÓRDÃO RECORRIDO MANDADO EXCLUIR O NOME DO DEVEDOR DO SERASA COM BASE, TAMBÉM, EM DIREITOS INDIVIDUAIS PROTEGIDOS PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DEVERIA O RECORRENTE INTERPOR O RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARA VIABILIZAR O PROCESSAMENTO DO RECURSO ESPECIAL, A TEOR DA SUMULA N. 126-STJ. 2. A AFIRMAÇÃO, NO ACÓRDÃO, DE QUE A ATITUDE DO CREDOR ATENTARIA CONTRA DIREITOS INDIVIDUAIS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ENSEJA O PREQUESTIONAMENTO IMPLÍCITO DOS DISPOSITIVOS DESTA SOBRE O REFERIDO TEMA. 3. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO COMPROVADA, EIS QUE O PARADIGMA INDICADO, DIVERSAMENTE DO PRESENTE CASO, NÃO MENCIONA ESTEJA O DEBITO SENDO DISCUTIDO EM EMBARGOS DO DEVEDOR, ASPECTO RELEVANTE CONSIDERADO PELO TRIBUNAL A QUO. 4. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. Data da Decisão 09/09/1997 Orgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA

SERASA - Acórdão AGA 175023/RS ; AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO (1998/0004196-6) Fonte DJ-DATA:07/12/1998 PG:00083 Relator Ministro WALDEMAR ZVEITER (1085) Ementa-AGRAVO DE INSTRUMENTO - AGRAVO REGIMENTAL - DANO MORAL - CADASTRO DO SERASA - IMPROCEDÊNCIA DE AÇÃO CONSIGNATÓRIA - FATO NOVO SUPERVENIENTE - ART. 462, DO CPC. I - A hipótese é de ilícito puro (dano moral), desnecessária qualquer prova de prejuízo, suficiente apenas a demonstração de inscrição irregular em cadastro de devedores. II - O fato novo superveniente (improcedência de ação consignatória) não poderia servir de fundamento para a decisão considerada pelo acórdão recorrido. III - Agravo Regimental improvido. Data da Decisão 15/10/1998 Orgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA

SERASA - Acórdão AGA 208932/MS ; AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO (1998/0078903-0) Fonte DJ-DATA:29/03/1999 PG:00179 Relator Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO (1108) Ementa AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL NÃO ADMITIDO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EFEITO SUSPENSIVO. 1. Considerando o Tribunal "a quo" que nos embargos à execução houve a impugnação da totalidade da dívida, não há falar em contrariedade ao § 2º do artigo 739 do CPC, eis que houve a regular concessão do efeito suspensivo aos embargos, nos termos § 1º do mencionado artigo. 2. Não demonstrado o prejuízo ao credor e havendo discussão judicial quanto ao valor do débito, deve ser vedada a inscrição do nome do devedor no cadastro do SERASA. 3. Agravo regimental improvido. Data da Decisão 23/02/1999 Orgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA

SERASA - Acórdão AGA 221029/RS ; AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO (1999/0002241-6) Fonte DJ-DATA:31/05/1999 PG:00149 Relator Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO (1108) Ementa Agravo regimental. Recurso especial não admitido. Tutela antecipada. Inscrição dos devedores no SERASA. 1. Estando em discussão o débito, inviável se mostra a inscrição do devedor nos Serviços de Proteção ao Crédito, mormente porque não demonstrado o dano ao credor. Precedentes. 2. Agravo regimental improvido. Data da Decisão 27/04/1999 Orgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA

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SERASA - Acórdão AGRMC 1626/RS ; AGRAVO REGIMENTAL NA MEDIDA CAUTELAR (1999/0017962-5) Fonte DJ-DATA:28/06/1999 PG:00112 Relator Ministro SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA (1088) Ementa PROCESSO CIVIL. CAUTELAR. RECURSO ESPECIAL RETIDO. LEI 9.756/98. EFEITO SUSPENSIVO. POSSIBILIDADE. CASOS EXCEPCIONAIS. FUMUS BONI IURIS E PERICULUM IN MORA. SERASA. INSCRIÇÃO. INADEQUAÇÃO. DÍVIDA EM JUÍZO. PRECEDENTES DO TRIBUNAL. AGRAVO DESPROVIDO. I - Nos termos da jurisprudência desta Corte, é cabível o deferimento de liminar para obstar a inscrição do nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito, pendendo de decisão judicial a definição do valor da dívida. II - A celeridade e a economia nortearam a inserção, no ordenamento jurídico, do recurso especial retido (art. 542, § 3º, CPC, com a redação dada pela Lei 9.756/98), de modo a privilegiar a efetividade da prestação jurisdicional. Todavia, a excepcionalidade dos casos concretos deve ser apreciada por esta Corte, em sede de cautelar (art. 800, Parágrafo único, CPC), dando temperamento à norma legal, quando se vislumbrar a possibilidade do dano de difícil ou incerta reparação, em obediência ao princípio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional. Data da Decisão 25/05/1999 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SERASA - Acórdão RESP 189061/SP ; RECURSO ESPECIAL (1998/0069466-8) Fonte DJ-DATA:15/03/1999 PG:00248 Relator Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR (1102) Ementa SERASA. Inscrição. Ação ordinária. Pendendo ação ordinária onde se discute a formação e os valores de dívida bancária, deve ser suspensa a informação de que nome dos devedores está inscrito no Serasa em razão da cobrança dessa mesma dívida. Recurso conhecido e provido. Data da Decisão 03/12/1998 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SERASA - Acórdão RESP 192588/SP ; RECURSO ESPECIAL (1998/0078124-2) Fonte DJ-DATA:05/04/1999 PG:00138 Relator Ministro BARROS MONTEIRO (1089) Ementa-MEDIDA CAUTELAR. EXCLUSÃO DO NOME DO DEVEDOR NO " SERASA". LIMINAR CONCEDIDA PELO JUIZ DE DIREITO EM FACE DAS CIRCUNSTÂNCIAS PARTICULARES DA ESPÉCIE. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AOS ARTS. 458, II, E 535 DO CPC. - Na apreciação dos embargos declaratórios, basta ao Julgador indicar os fundamentos que sejam pertinentes à controvérsia, não sendo de rigor que examine, uma a uma, todas as alegações formuladas pelas partes. - Acórdão que não nega a possibilidade de o credor comunicar a inadimplência do devedor aos organismos de proteção ao crédito; apenas reputa como admissível a concessão de medida liminar pelo Juiz de Direito, para fins de exclusão do nome do devedor (avalista) no " Serasa", ante as circunstâncias peculiares da espécie, inclusive a presença dos requisitos concernentes ao "fumus boni iuris" e ao "periculum in mora". - Inexistência de contrariedade aos arts. 42, 43, §§ 1º, 4º e 5º, do CDC, e 160, I, do Código Civil. - Recurso especial não conhecido. Data da Decisão 03/12/1998 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SERASA - Acórdão RESP 53214/SP ; RECURSO ESPECIAL (1994/0026262-0) Fonte DJ-DATA:28/06/1999 PG:00113 Relator Ministro BARROS MONTEIRO (1089) Ementa INDENIZAÇÃO. REGISTRO EM NOME DE DEVEDOR FEITO PELA " SERASA". INEXISTÊNCIA DE DOLO OU CULPA DO CREDOR E DO ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. DESÍDIA ATRIBUÍDA AO PRÓPRIO AUTOR, QUE DEIXOU DE PROMOVER O CANCELAMENTO DA EXECUÇÃO JUNTO AO DISTRIBUIDOR JUDICIAL DA COMARCA. MATÉRIA DE FATO. FALTA DE COMUNICAÇÃO DA ABERTURA DO CADASTRO AO DEVEDOR. ART. 43, § 2°, DA LEI N° 8.078, DE 11.09.90. MOTIVO QUE NÃO FOI O DETERMINANTE DOS PREJUÍZOS ALEGADOS. FUNDAMENTO INATACADO DA DECISÃO RECORRIDA E INCIDÊNCIA DA SÚMULA N° 07-STJ. 1. Registro do nome do devedor em órgão de proteção ao crédito derivado de certidão expedida pelo Cartório do Distribuidor Judicial. Inexistência de participação do banco credor e inexigibilidade de comunicação sua à " Serasa". Desídia imputada pelas instâncias ordinárias ao próprio autor, que deixou de promover a respectiva baixa junto à serventia. Matéria de fato. Incidência da súmula n° 07-STJ. 2. Ausência de comunicação acerca da abertura do cadastro (art. 43, § 2°, do Código de Defesa e Proteção do Consumidor). Circunstância tida como não determinante dos alegados prejuízos. Fundamentos expendidos pelas instâncias ordinárias suficientes para manter o decisório recorrido. Aplicação também do verbete sumular n° 07-STJ. Recurso especial não conhecido. Data da Decisão 09/03/1999 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SERASA - Acórdão ROMS 8091/RS ; RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA (1997/0001550-5) Fonte DJ-DATA:09/12/1997 PG:64682 Relator Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO (1108) Ementa RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. DEVEDOR INADIMPLENTE. SERASA. PERICULUM IN MORA INEXISTENTE. 1. A LIMINAR CONCEDIDA POR JUIZ DE DIREITO,

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IMPEDITIVA DO REGISTRO DO NOME DO DEVEDOR NOS ARQUIVOS DO SERASA, NÃO ACARRETA PREJUÍZO IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL REPARAÇÃO AO CREDOR, SENDO INCABÍVEL O MANDADO DE SEGURANÇA, NESSE CASO, PARA CONCEDER EFEITO SUSPENSIVO A AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRECEDENTES. 2. EVENTUAL PREJUÍZO A TERCEIROS NÃO SATISFAZ, NO PRESENTE CASO, O REQUISITO DO PERICULUM IN MORA. A POSSIBILIDADE DE DANO IRREPARÁVEL DEVE REFERIR-SE AO PRÓPRIO IMPETRANTE. 3. RECURSO ORDINÁRIO IMPROVIDO. Data da Decisão 27/10/1997 Orgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA

SERASA - AGRAVO DE INSTRUMENTO. REGISTRO NO SERASA. PEDIDO DE TUTELA ANTECIPATÓRIA. REQUISITOS LEGAIS SATISFEITOS. Estando o débito sendo discutido judicialmente, não se justifica a positivação do nome dos agravantes no SERASA porquanto representa obstáculo ao crédito e abuso de direito representado este pela verdadeira coação a obtenção do valor buscado cobrar. deram provimento. (TARS - AGI 196.000.046 - 4ª CCiv. - Rel. Juiz Cezar Tasso Gomes - J. 29.02.1996)

SERASA - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. REVISÃO DO CONTRATO. PROTESTO. SUSPENSÃO REGISTRO CREDITORIO NEGATIVO. TUTELA ANTECIPADA. DESCABIMENTO - PEDIDO DE INFORMAÇÕES. ESTABELECIMENTO BANCÁRIO. SERASA - Agravo de instrumento - Protesto e suspensão de registros creditórios negativos, pedidos como tutela antecipada em ação de revisão de contrato - Inadmissibilidade, posto a existência do debito, discutindo-se apenas o seu valor. agravo improvido. (TARS - AGI 195.155.072 - 8ª CCiv. - Rel. Juiz Marco Antonio Ribeiro de Oliveira - J. 05.12.1995)

SERASA - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. REVISÃO DO CONTRATO. PROTESTO. - Tutela antecipada. Provimento cautelar. Sustação de protestos e de registros no SERASA, ou cancelamentos destes. Aforada ação revisional de financiamentos bancários, controvertendo a relação creditícia, possível se revela a cumulação de pretensão acauteladora para sustar protestos e registros negativos nos cadastros informativos, providência que pode tanto ter natureza cautelar, como antecipatória da tutela que compõe e decorre da pretensão, no seu sentido amplo. agravo provido. (TARS - AGI 195.149.919 - 3ª CCiv. - Rel. Juiz Luiz Otavio Mazeron Coimbra - J. 08.11.1995)

SERASA - EXCLUSÃO - IMPOSSIBILIDADE - CAUÇÃO FIDEJUSSÓRIA NÃO FORMALIZADA - DECISÃO REVOGADA - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO - Em face de não ter providenciado o devedor a formalização da caução fidejussória oferecida, mostra-se devida a sua permanência na nominata das instituições de proteção ao crédito, mas somente até que venha a assinar o termo de caução, ou a depositar em juízo as quantias que entende devidas, ocasião em que seu nome deverá ser imediatamente excluído daquela relação. (TJSC - AI 96.003613-0 - 2ª C. Cív. - Rel. Des. Gaspar Rubik. - J. 11.10.96)

SERASA - MEDIDA CAUTELAR. REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. - AGRAVO. CAUTELAR DE PROTESTOS. IMPEDIMENTO DE REGISTRO NO SERASA. Enquanto e debatida a existência do débito ou seu montante, não se deve tratar o devedor como inadimplente. Mesma orientação adotada no agravo nº 196044622 envolvendo as mesmas partes. Agravo desprovido. (TARS - AGO 196.066.310 - 5ª CCiv. - Rel. Juiz Jasson Ayres Torres - J. 20.06.1996)

SERASA - REVISÃO DO CONTRATO. PROTESTO. SUSPENSÃO REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. TUTELA ANTECIPADA. 3. JUROS. PERCENTUAL. LIMITE. 4. SERASA. - Tutela antecipada - Ação ordinária - Contabilização mensal de juros acima de 12%, ao ano em conta corrente de abertura de crédito e inclusão de nome de devedor em serviço de proteção bancário - Ilegalidade - Possibilidade de concessão da tutela. se o entendimento que se adota e no sentido de que a cobrança de juros acima de 12% ao ano e sua capitalização mensal e ilegal, a pretensão do devedor de não se ver onerado com o lançamento de tais débitos em conta corrente de abertura de crédito enquanto perdurar a discussão judicial, ou a inclusão de seu nome no Sistema de Proteção ao Credito, e legitima e deve ser concedida antecipadamente. agravo provido. (TARS - AGI 195.159.264 - 4ª CCiv. - Rel. Juiz Wellington Pacheco Barros - J. 14.12.1995)

SERASA. - INTERPRETAÇÃO. - Medida cautelar - Protesto e registro no serasa - Proibição judicial - embora o protesto e o registro no SERASA possam dificultar a obtenção de novos créditos, por parte de mutuário considerado inadimplente, o ordenamento jurídico não ampara pretensão que objetiva excluir a

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possibilidade do credor tomar aquelas providências. Ausente fumus boni juris. Agravo provido em parte, para evitar registro no SERASA, vencido, no particular, o relator. (TARS - AGI 195.168.349 - 3ª CCiv. - Rel. Juiz Gaspar Marques Batista - J. 20.12.1995)

SERASA. - AÇÃO EM TRAMITAÇÃO - LIMINAR - AÇÃO EM TRAMITAÇÃO - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO - REVISÃO DO CONTRATO - PROTESTOS. SUSPENSÃO REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. TUTELA ANTECIPADA. - CAUTELAR INCIDENTAL. Viável sua interposição para atacar a veiculação de informações em órgão que presta serviços de tal natureza aos bancos (SERASA). Reconhecida judicialmente a abusividade do débito cobrado pelo banco , mostra-se incorreta a informação de mora do devedor registrada no referido órgão, a impor a procedência da ação. (TARS - MCI 195.040.746 - 5ª CCiv. - Rel. Juiz Jorge Luis Dall'Agnol - J. 19.12.1995)

SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - SPC - O PRAZO DE CINCO ANOS, ESTABELECIDO PELO ARTIGO 43, § 1º, DO CÓDIGO DO CONSUMIDOR - LEI Nº 8.078/90, CONTA-SE A PARTIR DA DATA DO VENCIMENTO DA OBRIGAÇÃO, PARA O CANCELAMENTO DO REGISTRO DO NOME DO DEVEDOR NO BANCO DE DADOS DO SPC - Só se pode aferir qual seja o termo da prescrição, aos efeitos do artigo 43, § 5º, do Código do Consumidor, quando se tenha a prova da natureza obrigacional com o título em que se contenha. A conservação do nome do devedor, com as informações a seu respeito podem ser conservadas, vedado, apenas, seu fornecimento. (TJRS - EI 595.132.127 - 3ª C. Civ. - Rel. Des. Clarindo Favretto - J. 03.11.95)

SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO (SPC) - CANCELAMENTO DE INFORMAÇÕES - PRESCRIÇÃO DO TÍTULO - ADMISSIBILIDADE - É admissível o cancelamento do nome do devedor no Serviço de Proteção ao Crédito, ainda que não decorridos cinco anos, quando se consumou a prescrição do título que propiciou o respectivo lançamento. Súmula nº 13 da Turma de Direito Privado do TJRGS. Inteligência do art. 43, parágrafos 1º e 5º, da Lei nº 8.078, de 11.09.90. (TJRS - AC 595.105.230 - 3ª C. Civ. - Rel. Des. Flávio Pâncaro da Silva - J. 17.08.95)

SPC - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - LEI Nº 8.078/90, ART. 43, § 1º - SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO (SPC) - CANCELAMENTO DE REGISTRO - PRAZO - O registro de dados pessoais no SPC deve ser cancelado após cinco anos. Art. 43, § 1º, do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90). (STJ - REsp 22.337-8 - RS - 4ª T. - Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar - DJU 20.03.95)

SPC - SERASA - CONCESSÃO. - MANDADO DE SEGURANÇA. Diante dos obstáculos erguidos por ocasião do ajuizamento da demanda cautelar e da posterior interposição de recurso, confirma-se a liminar determinando a exclusão imediata dos registros efetuados no SPC e no SERASA, com base nas informações sobre o objeto da lide prestadas pelo credor. Segurança concedida. (TARS - MSE 196.019.467 - 5ª CCiv. - Rel. Juiz Márcio Borges Fortes - J. 09.05.1996)

SPC - SERASA - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. REVISÃO DO CONTRATO. PROTESTO. - AGRAVO. CONCESSÃO DE LIMINAR OBSTATIVA DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE AÇÃO. INADMISSIBILIDADE. PROIBIÇÃO DE INSCRIÇÃO DO DEVEDOR NO SPC, SERASA, E DE PROTESTO DE TÍTULO. CABIMENTO. Não pode o Juiz, através de liminar concedida em ação ordinária de revisão de contrato, impedir que o credor exercite o seu direito de ação, sob pena de, em assim procedendo, lesar garantia constitucionalmente prevista. Discutindo-se o montante do débito e a mora do devedor, e cabível a proibição de inscrição do nome deste no SPC e no SERASA, bem como do protesto de títulos referentes ao débito discutido, pelo prejuízo que pode causar ao devedor. agravo provido em parte. (TARS - AGI 195.194.311 - 5ª CCiv. - Rel. Juiz Márcio Borges Fortes - J. 15.02.1996)

SPC - SERASA - REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. SPC. SERASA. - CADASTROS DE INADIMPLÊNCIA. Em curso ação movida por devedor com o escopo de revisar obrigações contratualmente assumidas, exibe-se Possível impedir inscrição de seu nome em cadastros de inadimplentes. Não se impede, todavia, lançamentos em documentação de uso do credor , tampouco se poda direito de ação, assegurado constitucionalmente. Agravo parcialmente provido, por maioria. (TARS - AGO 196.081.897 - 8ª CCiv. - Rel. Juiz Geraldo César Fregapani - J. 25.06.1996)

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SPC - Acórdão RESP 165727/DF ; RECURSO ESPECIAL (1998/0014451-0) Fonte DJ-DATA:21/09/1998 PG:00196 Relator Ministro SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA (1088) Ementa DIREITO DO CONSUMIDOR. INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SPC. FURTO DO CARTÃO DE CRÉDITO. DANO MORAL. PROVA. DESNECESSIDADE. COMUNICAÇÃO AO CONSUMIDOR DE SUA INSCRIÇÃO. OBRIGATORIEDADE. LEI 8.078/90, ART. 43, § 2º. DOUTRINA. INDENIZAÇÃO DEVIDA. FIXAÇÃO. PRECEDENTES. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. I - Nos termos da jurisprudência da Turma, em se tratando de indenização decorrente da inscrição irregular no cadastro de inadimplentes, "a exigência de prova de dano moral (extrapatrimonial) se satisfaz com a demonstração da existência da inscrição irregular" nesse cadastro. II - De acordo com o artigo 43, § 2º do Código de Defesa do Consumidor, e com a doutrina, obrigatória é a comunicação ao consumidor de sua inscrição no cadastro de proteção de crédito, sendo, na ausência dessa comunicação, reparável o dano oriundo da inclusão indevida. III - É de todo recomendável, aliás que a comunicação seja realizada antes mesmo da inscrição do consumidor no cadastro de inadimplentes, a fim de evitar possíveis erros, como o ocorrido no caso. Assim agindo, estará a empresa tomando as precauções para escapar de futura responsabilidade. IV - Não se caracteriza o dissídio quando os arestos em cotejo não se ajustam em diversidade de teses. Data da Decisão 16/06/1998 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SPC - Acórdão RESP 29915/RS ; RECURSO ESPECIAL (1992/0030875-9) Fonte DJ-DATA:27/04/1998 PG:00165 Relator Ministro CESAR ASFOR ROCHA (1098) Ementa CIVIL. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CANCELAMENTO DE REGISTRO. PRAZO DE CINCO ANOS. A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE JÁ PACIFICOU-SE NO SENTIDO DE QUE O REGISTRO DE DADOS NEGATIVO NO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CREDITO ( SPC) DEVE SER CANCELADO A PARTIR DO QUINTO ANO. RECURSO NÃO CONHECIDO. Data da Decisão 09/12/1997 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SPC - Acórdão RESP 51158/ES ; RECURSO ESPECIAL (1994/0021047-7) Fonte DJ-DATA:29/05/1995 PG:15520 Relator Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR (1102) Ementa RESPONSABILIDADE CIVIL. BANCO. SPC. DANO MORAL E DANO MATERIAL. PROVA. - O BANCO QUE PROMOVE A INDEVIDA INSCRIÇÃO DE DEVEDOR NO SPC E EM OUTROS BANCOS DE DADOS RESPONDE PELA REPARAÇÃO DO DANO MORAL QUE DECORRE DESSA INSCRIÇÃO. A EXIGÊNCIA DE PROVA DE DANO MORAL (EXTRAPATRIMONIAL) SE SATISFAZ COM A DEMONSTRAÇÃO DA EXISTÊNCIA DA INSCRIÇÃO IRREGULAR. - JÁ A INDENIZAÇÃO PELO DANO MATERIAL DEPENDE DE PROVA DE SUA EXISTÊNCIA, A SER PRODUZIDA AINDA NO PROCESSO DE CONHECIMENTO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE. Data da Decisão 27/03/1995 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SPC - CADIN - SERASA - LIMINAR. AGRAVO DE INSTRUMENTO. - SUSPENSÃO REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. CABIMENTO. 2. MUTUO. - Agravo de instrumento. Medida cautelar incidental. Possibilidade. e possível a medida inominada incidental para impedir se faça registro negativo de devedor de instituição bancaria que esteja discutindo em juízo os valores contidos em contrato de mutuo. agravo desprovido. (TARS - AGI 196.004.980 - 2ª CCiv. - Rel. Juiz Carlos Alberto Bencke - J. 29.02.1996)

SPC - CADIN - SERASA - MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO. EFEITO SUSPENSIVO. CABIMENTO. 2. SUSPENSÃO REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. 3. SPC. 4. SERASA. 5. CADIN. - Mandado de segurança. Efeito suspensivo a Agravo de Instrumento. Suspensão dos atos de cobrança. concede-se efeito suspensivo a recurso que não o tem, diante da proibição de pratica dos atos de cobrança impostos em liminar concedida no primeiro grau, ferindo o direito de ação do impetrando, garantido constitucionalmente. registros cadastrais negativos. Proibição. a inscrição como devedor relapso perante o SPC, CADIN ou SERASA não deve acontecer antes da decisão final da matéria que se discute na ação ordinária. É que a oposição que o devedor coloca na ação justamente visa desconstituir o débito que daria azo a inscrição negativa, ou pelo menos parte dele. segurança concedida em parte. (TARS - MSE 195.121.587 - 2ª CCiv. - Rel. Juiz Carlos Alberto Bencke - J. 08.02.1996)

SPC - CADIN - SERASA - Acórdão RESP 188390/SC ; RECURSO ESPECIAL (1998/0067854-9) Fonte DJ-DATA:22/03/1999 PG:00213 Relator Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR (1102) Ementa SPC. SERASA. CADIN. Exclusão do registro. Liminar. Pendência de ação ordinária. - Não cabe a inclusão do nome do devedor em bancos particulares de dados (SPC, CADIN, SERASA) enquanto é discutido em ação ordinária o valor do

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débito, pois pode ficar descaracterizada a inadimplência, causa daquele registro. Recurso conhecido, pelo dissídio, e provido para deferir a liminar. Data da Decisão 04/02/1999 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SPC - CADIN - SERASA - Acórdão RESP 191326/SP ; RECURSO ESPECIAL (1998/0075240-4) Fonte DJ-DATA:05/04/1999 PG:00137 Relator Ministro BARROS MONTEIRO (1089) Ementa-MEDIDA CAUTELAR. LIMINAR. EXCLUSÃO DO NOME DOS DEVEDORES NOS ORGANISMOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. Constitui constrangimento e ameaça vedados pela Lei 8.078/90 o registro do nome do consumidor em cadastro de proteção ao crédito, quando o montante da dívida é ainda objeto de discussão em juízo. Recurso especial não conhecido. Data da Decisão 03/12/1998 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SPC - CADIN - SERASA - CIVIL - INDENIZAÇÃO - DANO MORAL - DEVOLUÇÃO DE CHEQUE POR INSUFICIÊNCIA DE FUNDOS - EQUÍVOCO DO BANCO - O dano moral é indenizável, como proclamavam os juristas mais evoluídos e adotava a jurisprudência, com acanhamento, antes da CF de 88. 2. Provado o nexo causal entre o constrangimento de quem tem o nome inscrito no SPC, como mau pagador, e título protestado e o erro da CEF em devolver cheque com insuficiência de fundos. (TRF 1ª R. - AC 94.01.35108-2 - 4ª T. - Relª Juíza Eliana Calmon - DJU 12.06.95 )

SPC - CADIN - SERASA - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. REVISÃO DO CONTRATO. SUSPENSÃO REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. TUTELA ANTECIPADA. - Pedido de antecipação de cautela em processo comum. Possibilidade. Provimento judicial para impedir o credor de inscrever o nome do devedor nos registros negativos do SPC, CADIN e SERASA na pendência da ação que discute os contratos que deram origem ao débito. Verificados os requisitos autorizadores, nada obsta a concessão de medida cautelar antecipativa. No caso em tela, as partes discutem a legalidade ou não dos juros e demais acréscimos pretendidos pelo banco. Existência de relação estreita entre o pedido da cautela com o objeto da principal, pois se verificada a cobrança excessiva, palpáveis os prejuízos do devedor se tiver seu nome negativado naqueles cadastros. (TARS - AGI 195.158.647 - 2ª CCiv. - Rel. Juiz Marco Aurélio Dos Santos Caminha - J. 30.11.1995)

SPC - CADIN - SERASA - TUTELA ANTECIPADA. REVISÃO DO CONTRATO. REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. - ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO. INSCRIÇÃO DO DEVEDOR NO SPC, CADIN OU SERASA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. A antecipação da tutela de sustação da inscrição do devedor no SPC, CADIN ou SERASA, enquanto pendente ação revisional de contrato em que se discutem parcelas da divida, mostra-se viável, ainda que doutrinariamente recomendável fosse a demanda cautelar, porque o contrario implicaria em super dimensionar a forma ao conteúdo. Agravo provido. (TARS - AGI 196.069.439 - 8ª CCiv. - Rel. Juiz Arno Werlang - J. 25.06.1996)

SPC - DANO MORAL - INSCRIÇÃO NO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - SPC - AVALISTA DE NOTA DE CRÉDITO INDUSTRIAL VENCIDA E NÃO PAGAS - DEVEDOR - PESSOA JURÍDICA - IMPOSSIBILIDADE DE NEGATIVAÇÃO - INTELIGÊNCIA DO ART. 40, § 1°, C, DO REGIMENTO INTERNO DO ÓRGÃO - VERBA INDENIZATÓRIA DEVIDA - 1. A negativação desprovida de sustentáculo legal, afrontando, inclusive, os próprios Regulamentos Internos do Serviço de Proteção ao Crédito enseja indenização moral. 2. "Uma vez constatada a conduta lesiva, ou definida objetivamente a repercussão negativa na esfera do lesado, surge a obrigação de reparar o dano para o agente." (in: Carlos Alberto Bittar, Reparação Civil por Danos Morais, RT, 1993, SP, p. 203). 3. "Não é possível negar que quem vê injustamente seu nome apontado nos tais Serviços de Proteção ao Crédito que se difundem por todo o comércio sofre um dano mora/ que requer reparação." (TJRJ, Ap. cív. n° 3700/90, rel. Des. Renato Manesch, in: ADCOAS/93 134760). (TJSC- AC 50.463 - 1ª C. Cív. - Rel. Des. Orli Rodrigues - DJSC 06.11.95)

SPC - DANOS MORAL E PATRIMONIAL - INDENIZAÇÃO - O encaminhar e formalizar o registro do consorciado no SPC, como mau pagador, quando sabia a Administradora da reiterada insatisfação quanto aos extratos apresentados, havendo, inclusive, no interregno, ajuizamento de uma ação declaratória da inexistência do débito, caracterizou situação constrangedora ao consorciado, que inclusive teve crédito negado em razão da publicidade a que foi exposto. (TARS - AC 195.107.685 - 3ª C. Cív. - Rel. Juiz Aldo Ayres Torres - J. 04.10.95)

SPC - Fiança. LEGITIMAÇÃO da administradora para responder ações cautelar e principal, Declaratória de inexistência de debito, vez que figurou no contrato como locadora e beneficiaria da Fiança. Caso em que,

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entregues as chaves, locatário e seu fiador emitem e avalizam, respectivamente, nota promissória, representativa de transação. Inocorrência de demonstração de despesas com pinturas e outros gastos, quanto a locadora. Procedência da ação principal, em parte, para reduzir dívida ao efetivamente devido. Acolhimento da pretensão cautelar, abusiva a ameaça de remeter nome do fiador ao SPC, como forma de coação indireta ao pagamento de valores indevidos. (TARS - APC 195.014.808 - 6ª CCiv. - Rel. Juiz Arminio José Abreu Lima Da Rosa - J. 23.02.1995)

SPC - INCLUSÃO DO NOME DA AGRAVANTE NO SPC APÓS AJUIZADA A EXECUÇÃO. REAL CONSTRANGIMENTO. CANCELAMENTO. Se a anotação do nome da agravante no SPC decorre de divida que esta sendo discutida judicialmente, e foi feita após ajuizada a execução. tal providência de cunho administrativo, porque não autorizada pelo juízo, não pode permanecer, por constituir flagrante abuso de direito. Decisão agravada, que não determina seja sustado o cancelamento até que se decida definitivamente, se a agravante e devedora ou não, constitui real constrangimento à agravante. EXECUÇÃO POR TITULO EXTRAJUDICIAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AGRAVO DE INSTRUMENTO 156/96 - Reg. 151-1 - Cod. 96.002.00156 SEGUNDA CÂMARA – Unânime - Juiz: GAMALIEL QUINTO DE SOUZA - Julg: 07/03/96

SPC - RESPONSABILIDADE CIVIL - DANO MORAL - PERMANÊNCIA DO NOME DO EX-DEVEDOR NO BANCO DE DADOS DO SPC, POR NEGLIGÊNCIA DO CREDOR, APÓS A QUITAÇÃO DO DÉBITO. REPARAÇÃO DEVIDA - Sentença confirmada. (TJRS - Ac. 595.145.277 - Rel. Des. Clarindo Favretto - J. 28.12.95)

SPC - SERASA - 205039/RS ; RECURSO ESPECIAL (1999/0016750-3) Fonte DJ-DATA:01/07/1999 PG:00185 Relator Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR (1102) Ementa AGRAVO DE INSTRUMENTO. Intimação do agravado. Decisão liminar. Cancelamento de inscrição ( SERASA, SPC, etc.). - O agravo de instrumento contra decisão que indefere pedido liminar de cancelamento de inscrição em banco de inadimplentes pode ser julgado independentemente de intimação do agravado, que ainda não foi citado e não tem advogado constituído nos autos (art. 527, III, do CPC). - Deve ser cancelada a inscrição do nome do devedor em banco de inadimplentes se o contrato está sendo objeto de ação revisional, em que se discute a validade de cláusulas, valor do saldo e a própria existência da mora. Precedentes. Recurso não conhecido. Data da Decisão 06/05/1999 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SPC - SERASA - Acórdão AGRMC 1331/SP ; AGRAVO REGIMENTAL NA MEDIDA CAUTELAR (1998/0033651-6) Fonte DJ-DATA:31/08/1998 PG:00067 Relator Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO (1108) Ementa Agravo regimental. Medida cautelar. Efeito suspensivo a recurso especial. Tutela antecipada. Exclusão do nome do devedor no SPC e no SERASA. Multa diária pelo descumprimento. Ausência de "fumus boni iuris e de periculum in mora". 1. Não há falar em "periculum in mora", eis que remota, ainda, a possibilidade de execução da multa aplicada pelo Tribunal local em decorrência do descumprimento da tutela antecipada. 2. O "fumus boni iuris", em hipóteses como a presente, está relacionado intimamente com a presença dos requisitos de admissibilidade do recurso especial e com a possibilidade de sucesso deste apelo, daí que, na cautelar, é conveniente apreciar, mesmo que de forma superficial, os requisitos e o mérito do especial, não se podendo desconsiderar a eventual incidência da Súmula nº 07/STJ. 3. Agravo regimental improvido. Data da Decisão 26/06/1998 Orgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA

SPC - SERASA - Acórdão RESP 161151/SC ; RECURSO ESPECIAL (1997/0093557-4) Fonte DJ-DATA:29/06/1998 PG:00175 Relator Ministro WALDEMAR ZVEITER (1085) Ementa PROCESSUAL CIVIL - CAUTELAR - SUSPENSÃO DE MEDIDA DETERMINATIVA DE INSCRIÇÃO DO NOME DO DEVEDOR NO SPC OU SERASA. I - NÃO DEMONSTRADO O PERIGO DE DANO PARA O CREDOR, NÃO HA COMO DEFERIR SEJA DETERMINADA A INSCRIÇÃO DO NOME DO DEVEDOR NO SPC OU SERASA, MORMENTE QUANDO ESTE DISCUTE EM AÇÕES APARELHADAS OS VALORES "SUB JUDICE", COM EVENTUAL DEPOSITO OU CAUÇÃO DO "QUANTUM". PRECEDENTES DO STJ. II - RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Data da Decisão 26/05/1998 Orgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA

SPC - SERASA - Acórdão RESP 169232/SC ; RECURSO ESPECIAL (1998/0022655-9) Fonte DJ-DATA:17/05/1999 PG:00200 Relator Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO (1108) Ementa Medida cautelar inominada. Inclusão do nome do devedor no SPC e no SERASA e outros organismos similares.

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Precedentes da Corte. 1. Na linha de precedentes da Corte, não há qualquer ilegalidade no deferimento de medida liminar que veda a inclusão do nome do devedor em serviço de proteção ao crédito, quando em curso está ação de revisão e o Magistrado determinou a prestação de caução, afastando o risco de dano irreparável ou de difícil reparação. 2. Recurso especial conhecido e provido. Data da Decisão 23/03/1999 Orgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA

SPC - SERASA - Acórdão RESP 172854/SC ; RECURSO ESPECIAL (1998/0031017-7) Fonte DJ-DATA:08/09/1998 PG:00069 Relator Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR (1102) Ementa SPC. SERASA. Proibição do registro. Medida Cautelar. Ação Consignatória. "Leasing". Pendente ação consignatória, onde se discute a caracterização da inadimplência, não pode ser permitida a inscrição do nome da devedora e seus garantes nos serviços privados de proteção ao crédito. Recurso conhecido em parte, pela divergência, e, nessa parte, provido. Data da Decisão 04/08/1998 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SPC - SERASA - Acórdão RESP 186214/MG ; RECURSO ESPECIAL (1998/0061922-4) Fonte DJ-DATA:08/03/1999 PG:00224 Relator Ministro NILSON NAVES (361) Ementa Cobrança de dívida. Cautelar. É lícito se defira, liminarmente, a medida cautelar, para impedir, durante a discussão em ação, a inscrição do nome do devedor no SERASA, ou no SPC. Precedentes do STJ: dentre outros, o REsp-161.151. Recurso especial conhecido e provido em parte. Data da Decisão 19/11/1998 Orgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA

SPC - SERASA - Acórdão RESP 190616/SP ; RECURSO ESPECIAL (1998/0073436-8) Fonte DJ-DATA:15/03/1999 PG:00252 Relator Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR (1102) Ementa BANCO DE DADOS. SERASA. SPC. ACIPREVE. Cabe o deferimento de liminar para impedir a inscrição do nome do devedor em cadastros de inadimplência enquanto tramita ação para definir a amplitude do débito. Art. 461, § 3º, do CPC. Recurso conhecido mas improvido. Data da Decisão 15/12/1998 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

SPC - SERASA - CANCELAMENTO DE REGISTRO DE NOME DE EMPRESA NOS CADASTROS DO SERASA E SPC - ILEGITIMIDADE DE PARTE - RECURSO PROVIDO - "O SERASA - Centralização de Serviços de Bancos S/A - é instituição autônoma, que obtém junto aos cartórios distribuídos de todas as Comarcas do Estado, mediante pagamento de emolumentos, informações dos feitos ajuizados relativos a pedidos de falência, concordata, execução e busca e apreensão, conforme lhe autoriza a Portaria nº 31/88, da Corregedoria Geral de Justiça. A coleta de informações, pelo SERASA, dá-se independentemente de provocação do credor, nos moldes do art. 43 do Código de Defesa do Consumidor, sendo regulada pelo Provimento nº 07/91, da CGJ. Destarte, a legitimação passiva caberá ao titular do interesse que se opõe ao afirmado na pretensão, não ao credor" (in agr. instr. nº 96.003316-5, de Rio do Sul, rel. Des. Pedro Manoel Abreu, em. publ. DJE 17.09.96, pág. 41) Anotação de inadimplemento de cliente nos cadastros no SPC e do SERASA, é operação que não pode ser equiparada a ato ilegal ou abusivo, pois a atividade bancária utiliza-se destes dados sigilosos como instrumento de segurança da atividade creditícia que desempenha. Para a concessão de liminar em ação cautelar, faz-se necessária a configuração dos requisitos do fumus boni iuris, que consiste na plausibilidade do direito invocado e no periculum in mora, que corresponde à irreparabilidade ou difícil reparação desse direito. (TJSC - AI 96.006241-6 - 2ª C. Cív. - Rel. Des. Nelson Schaefer Martins - J. 12.11.96)

SPC - SERASA - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CONSUMIDOR. CONCEITO. 2. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. REVISÃO DO CONTRATO. PROTESTO. - AGRAVO. APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CONCESSÃO DE LIMINAR PROIBINDO INSCRIÇÃO DA DEVEDORA NO SPC E NO SERASA E, AINDA, DE LEVAR O TÍTULO A PROTESTO. Aplicam-se as disposições do Código de Defesa do Consumidor as operações de crédito efetuadas com instituições financeiras, ampliando-se o conceito de consumidor nos moldes do art. 29 do mesmo diploma legal. Constatando-se a existência do 'periculum mora o do fumus boni iuris ', e o caso de concessão de liminar para que seja proibido levar o nome da devedora a serviços de informações como o SPC e o SERASA, bem como o de levar a protesto o título referente ao débito que esta discutido em outro processo. agravo não provido. (TARS - AGI 196.022.982 - 5ª CCiv. - Rel. Juiz João Carlos Branco Cardoso - J. 20.06.1996)

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SPC - SERASA - MEDIDA CAUTELAR INOMINADA. - Ação cautelar inominada objetivando sustar a inclusão dos nomes dos requerentes no SPC e SERASA, enquanto pende de julgamento apelação contra a sentença que deu parcial procedência ao pleito de cobrança de crédito bancário. Descabimento da cautela nos termos pretendidos , pois que se encontra caracterizada a existência da dívida e os devedores, aqui autores, não ofereceram em Depósito a quantia incontroversa. Ação julgada improcedente. (TARS - ACI 196.041.776 - 2ª CCiv. - Rel. Juiz Roberto Laux - J. 08.08.1996)

SPC - SERASA - MEDIDA CAUTELAR INOMINADA. 2. SPC. 3. SERASA. 4. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. REVISÃO DO CONTRATO. REGISTRO CREDITORIO NEGATIVO. SUSPENSÃO. - AÇÃO CAUTELAR INOMINADA. MEDIDA LIMINAR. SPC, SERASA E ASSOCIAÇÃO DOS BANCOS. Deve ser mantida a liminar que concedeu a expedição de oficio ao SPC , SERASA e Associação dos Bancos, para que não prestem informações negativas sobre os agravados, a fim de evitar-se prejuízos irreparáveis a estes. Ademais, não demonstrou o agravante situação de sucumbência que lhe legitime a interpor o presente recurso. Agravo desprovido. (TARS - AGI 196.011.100 - 6ª CCiv. - Rel. Juiz Perciano de Castilhos Bertoluci - J. 10.04.1996)

SPC - SERASA - SCI - TUTELA ANTECIPADA. REVISÃO DE CONTRATO. REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. - ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO. SUSPENSÃO DE INFORMAÇÕES NEGATIVAS. LIMINAR. Estando em discussão a própria existência do débito e da mora, e cabível a proibição de inscrição do nome do devedor no SPC, SERASA e SCI, atitude que viola o art. 42 do Código de Defesa do Consumidor. Precedentes jurisprudenciais da Corte. Agravo improvido. (TARS - AGI 196.018.295 - 3ª CCiv. - Rel. Juiz Gaspar Marques Batista - J. 07.08.1996)

SPC E SERASA. VEDAÇÃO. - REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. SUSPENSÃO. - REGISTRO NO SPC, SERASA E PROTESTO DE TÍTULOS - SUSTAÇÃO CAUTELAR. Cabe a sustação quando são exigidos valores abusivos e tais registros, não necessários, servem apenas como coação contra o devedor, o que e vedado pelo Código de Defesa do Consumidor. Agravo improvido. (TARS - AGI 196.040.299 - 4ª CCiv. - Rel. Juiz Moacir Leopoldo Haeser - J. 30.05.1996)

SPC. - AÇÃO EM TRAMITAÇÃO. INFORMAÇÕES. SUSPENSÃO. - CANCELAMENTO. ÔNUS DA PROVA. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. 2. PROTESTO. SPC. CANCELAMENTO. - AÇÃO CAUTELAR. CANCELAMENTO DOS EFEITOS DA NEGATIVAÇÃO PERANTE O SPC. INDEFERIMENTO DE MEDIDA LIMINAR ACAUTELATÓRIA. Inequívoco o direito líquido e certo ao cancelamento dos efeitos da negativação decorrentes da inscrição do nome do impetrante perante o SPC, quando referida inscrição não se constituir em outra coisa que não seja o prejuízo gratuito as outras relações que venha a querer contrair. Inexistência de prejuízo ao credor-exeqüente enquanto não definido o 'quantum debeatur' em sentença a ser proferida em embargos de devedor. Mostra-se abusiva a inscrição gratuita perante o SPC bem como a decisão judicial indeferitória da medida cautelar, porque flagrantes os prejuízos deste ato, de difícil e incerta reparação. Suspensão dos efeitos decorrentes da negativação até o trânsito em julgado da decisão a ser proferida nos embargos de devedor, prejudicado o agravo de instrumento interposto. Ação procedente. (TARS - OUF 195.137.849 - 4ª CCiv. - Rel. Juiz Arno Werlang - J. 16.04.1996)

EMENTÁRIO SELECIONADOCADASTRO DE RESTRIÇÕES - SERASA

EMENTÁRIO DE DIVERSOS TRIBUNAIS

PROCESSUAL CIVIL - CAUTELAR - SUSPENSÃO DE MEDIDA DETERMINATIVA DE INSCRIÇÃO DO NOME DO DEVEDOR NO SPC ou SERASA

I - Não demonstrado o perigo de dano para o credor , não há como deferir seja determinada a inscrição do nome do devedor no SPC ou SERASA, mormente quando este discute, em ações aparelhadas os valores sub judice, com eventual depósito ou caução do quantum. Precedentes do STJ.

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II - Recurso conhecido e provido ( REsp n.º 161.151/SC 97/0093557-4 julgado em 26 de maio de 1998 sendo relator o Min. Waldemar Zveiter).

TUTELA ANTECIPATÓRIA. AÇÃO ORDINÁRIA.

Limitação para obstar protesto de contrato bancário e inclusão de nome de devedor em serviço de proteção aos bancos. Possibilidade.( TARS- apel. Cív. 160.692 Rel. Juiz Wellington Pacheco Barros - J em 14.12.95 - DJ de 12.04.96 .

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CAUTELAR. IMPEDINDO O REGISTRO DO NOME DO SUPOSTO DEVEDOR NO SERASA. CABIMENTO, INTERESSE DE AGIR.

É ele evidente, em favor do apontado devedor, A questão de mérito, só cabe ser decidida na sentença.

NULIDADE DA DECISÃO Não é nula a decisão que sucintamente examina a questão e defere liminar, evidenciando que acolheu a fundamentação do autor.

REGISTRO. REQUISITOS DA CAUTELAR.

Estando em discussão no Judiciário a própria existência do débito, descabido o registro, que tem potencial de atingir o crédito do autor. Presente, pois, os requisitos da cautelar. A jurisprudência tem entendido que a remessa de tais dados quebra o dever de sigilo bancário, imposto por lei. Precedente. Agravo desprovido.( Agravo n.º 195098785, 5.ª Câmara Cível do TARGS, Vacaria, Rel. Jorge Alcides Perrone de Oliveira, 24.08.95 )

CÉDULA RURAL. MEDIDA CAUTELAR. CONTRATO BANCÁRIO. REVISÃO. NULIDADE, QUITAÇÃO. RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO. INSCRIÇÃO NO CADIN. LIMINAR.

Justifica-se a liminar evitando inscrição do mutuário no CADIN , quando demanda contra o Banco do Brasil buscando revisar contratos, com pedidos de nulidade, quitação e restituição do indébito".( Agravo n.º 195062666 9.ª CC do TARGS, Camáqua, Rel. Breno Moreira Mussi, 27.06.95 ).

MEDIDA CAUTELAR. ARQUIVOS DE CONSUMO, BANCOS DE DADOS. SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO, CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, EMBARGOS A EXECUÇÃO. INOPORTUNIDADE DO LANÇAMENTO DO NOME DO CONSUMIDOR NO SPC. ABUSO DE DIREITO.

Os serviços de Proteção ao crédito, como integrantes dos bancos de dados, não podem servir para causar prejuízo ao consumidor, mas para ajudar nas relações de consumo ( art. 43 da Lei 8078/90 ). É inoportuno e representa abuso de direito o registro do nome do consumidor, como devedor inadimplente, no Serviço de Proteção ao Crédito, quando está sendo discutida a dívida em juízo onde a penhora de bens, já é uma segurança do crédito reclamado, e já constitui numa forma de constrangimento ao próprio crédito. A inscrição, após o ingresso da execução e respectivos embargos, onde o consumidor não nega a existência da dívida, mas discute o seu valor e extensão, não pode permanecer por sua evidente abusividade. Apelo não provido.( Apelação Cível n.º 194171757, 5.ª Câmara Cível do TARGS, Seberi, Rel. Jasson Ayres Torres, 13.10.94 ).

ANTECIPAÇÃO DA TUTELA. ART. 273 DO CPC. DISCUSSÃO DA DÍVIDA. PROTESTO, NEGATIVAÇÃO JUNTO AO SPC, SERASA E CADIN. PROIBIÇÃO AO CREDOR DE INGRESSAR EM JUÍZO.

O ingresso em juízo é garantia constitucional que não pode ser substituída em medida cautelar. Não pode o credor ser obstaculizado a buscar em juízo as parcelas que entende devidas, por ato judicial em antecipação de cautela ao devedor, quando amparado em contrato e em título.

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Por sua vez, o envio do nome do devedor a órgãos como o SPC, o SERASA ou o CADIN, bem como do título em discussão judicial e protesto, representam prejuízos a suas relações comerciais, cabível a sustação destas medidas até a solução do litígio. Agravo parcialmente provido. ( Agravo n.º 196012777, 5.ª CC da TARGS, Canguçu, Rel. João Carlos Branco).

AÇÃO CAUTELAR. CANCELAMENTO DOS EFEITOS DA NEGATIVAÇÃO PERANTE O SPC. INDEFERIMENTO DE MEDIDA LIMINAR CAUTELATÓRIA.

Inequívoco o direito líquido e certo ao cancelamento dos efeitos da negativação decorrentes da inscrição do nome do impetrante perante o SPC, quando referida inscrição não se constituir em outra coisa que não seja o prejuízo gratuito à outras relações que venha a querer contrair. Inexistência de prejuízo ao credor exeqüente enquanto não definido em embargos de devedor.

Mostra-se abusiva a inscrição gratuita perante o SPC bem como a decisão judicial indeferitória da medida cautelar, porque flagrantes os prejuízos deste ato, de difícil e inserta reparação. Suspensão dos efeitos decorrentes da negativação até o trânsito em julgado da decisão a ser proferida nos embargos de devedor, prejudicado o agravo de instrumento interposto. Ação procedente.

( Outros efeitos n.º 195137849, 1.ª Câmara Cível do TARGS, Santa Maria, Rel. Arno Werlang, j. 16.04.96, un. ).

AUTOS 876/98 - AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL - 21.ª VARA CÍVEL DE CURITIBA - PR - ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - SERASA

A não inscrição do nome do autor nos cadastros de inadimplentes e serviços de proteção ao crédito ( SERASA e SPC ) é efeito da tutela final de revisão de contrato, pois se eventualmente o poder Jurisdicional entender que o contrato deve ser revisado na forma pedida pelo autor, este não se está em mora.

Por outro lado, é importante saber que, enquanto discute a matéria, não pode o mutuário ser assim considerado, isto é, inadimplente;

Receio de dano irreparável ou difícil reparação.A eventual inscrição do nome do autor em cadastros como SERASA trará, como conseqüência normal, a restrição do crédito, expondo-o a situação constrangedora, o que é vedado pelo direito, na forma do artigo 42 do Código do Consumidor, fato de difícil reparação.

Por isso, antecipo esses efeitos da tutela final, para:

a ) autorizar os autores a fazer o depósito, nestes autos, dos valores que entende devidos, acompanhados, cada valor, da indicação de sua referência, isto é, a que parcela se refere;

b ) determinar ao réu que se abstenha de inscrever o nome do autor nos Cadastros de inadimplentes e serviços de proteção ao crédito ( SERASA, CADIN e outros ), até final decisão deste processo.

C ) Cite-se o réu para contestar a ação, em quinze dias, sob pena de revelia. Ao mesmo tempo, intime-se o réu da tutela antecipada. Curitiba, 27 de junho de 1998.

Marcos de Luca Fachin. Juiz de Direito

RESPONSABILIDADE CIVIL - ILICITUDE DA ABERTURA DE CADASTRO NO SERASA SEM COMUNICAÇÃO AO CONSUMIDOR - RELEVÂNCIA E CABIMENTO DA DEMANDA DE REPARAÇÃO - LIQUIDAÇÃO DO DANO MORAL.

Constitui ilícito, imputável, à empresa de banco, abrir cadastro no SERASA sem comunicação ao consumidor ( art. 43 §2.º, da Lei n.º 8.078/90 ). O atentado aos direitos relacionados à personalidade,

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provocados pela inscrição em banco de dados, é mais grave e mais relevante do que lesão a interesses materiais. A prova de dano moral, que se passa no interior da personalidade, se contenta com a existência do ilícito, segundo precedente do STJ. Liquidação do dano moral que atenderá ao duplo objetivo de compensar a vítima e afligir, razoavelmente, o autor do dano. O dano moral será arbitrado, na forma do art. 1553 do CC, pelo órgão judiciário. Valor adequado à forma da liquidação do dano consagrada no direito brasileiro. ( TJRS - AC 597118926 - 5.ª C. Cív. - rel. Des. Araken de Assins - J. 07.08.97 ).

AÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA DE ORDINÁRIA DE CANCELAMENTO DE REGISTRO NA SERASA - LIMINAR

Em nenhum momento se faz entender que a inscrição dos devedores nos cadastros de proteção ao crédito seja um exercício regular de um direito que também é previsto no art. 43 e seus §§, do CDC. O entendimento é de que o devedor não pode ser considerado inadimplente, enquanto discutido o montante da dívida, o que implica o não reconhecimento de causa para registros. Não se pode considerar o devedor em mora ( art. 955 do CC ), enquanto essa é também discutida. Conclusões do CETARGS- ainda que se entenda que as conclusões do Centro de Estudos do Tribunal de Alçada do Rio Grande do Sul - CETARGS não possam ser guindadas à condição de súmulas.

A Câmara apresenta os argumentos para afastar a inscrição no cadastro. A liminar na medida cautelar é deferida, por existirem os requisitos. ( TARS - Al 197085434 - 5.ª C. Cív. - Rel. Juiz Silvestre Jasson Ayres Torres - J. 19.06.97 ).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - REGISTRO NO SERASA E SPC

A discussão judicial do débito e motivo para efetivar o cadastramento dos devedores nos registros creditórios, pois se esta discutindo o quantum efetivamente devido. O contrário acarretaria tratamento desigual entre as partes forçando os devedores a efetuarem os pagamentos pela quantia que os credores entendem como corretas, funcionando como verdadeira forma de coação e constrangimento, que é vedado pelo nosso ordenamento jurídico ( art. 42 do CDC ). Agravo improvido. ( TARS - Al 197042831- 7.ª C. Cív. - Rel Juiz Henrique Osvaldo Poeta Roenick - j. 04.06.97 ).

REGISTRO EM CADASTRO DE INADIMPLENTESEstando em discussão o débito, no que tange aos encargos exigidos, prudente que o nome do devedor seja cancelado junto ao SERASA, até decisão final a respeito, face aos graves prejuízos que podem advir desta negativação. Agravo provido. ( TARS - Al 197060593 - 7.ª C. Cív. - Rel Juiz Henrique Osvaldo Poeta Roenick - j.11.06.97 ).

AGRAVO - CAUTELAR INOMINADA - MEDIDA LIMINAR - EXCLUSÃO DO NOME DE DEVEDOR DO CADASTRO DO SERASA - AÇÃO PRINCIPAL QUE IRÁ DISCUTIR O QUANTUM DEBEATUR - AUSÊNCIA DE RAZÃO JURÍDICA PARA A RESTRIÇÃO DE CRÉDITO - PROBABILIDADE DE DANOS IRREPARÁVEIS ATÉ O JULGAMENTO DA AÇÃO COGNITIVA - PRESENÇA DO FUMUS BONI IURIS E DO PERICULUM IN MORA - RECURSO PROVIDO - Impõe-se o deferimento de liminar para exclusão do nome do devedor do cadastro do SERASA, se o autor da ação cautelar inominada indica que irá aforar ação de conhecimento para discutir o quantum debeatur. Em casos tais, o fumus boni iuris decorre da falta de "razão jurídica" para a restrição do crédito, enquanto o periculum in mora emerge da probabilidade de prejuízos irreparáveis até o julgamento definitivo da ação principal. ( TJMS - Ag - classe B - XXII - N. 54.886-1 - BATAGUAÇU - 1.ª T.C - Rel. Des. HILDEBRANDO COELHO NETO - j. 30.09.1997 ).

AGRAVO - CAUTELAR INOMINADA - SPC E SERASA - EXCLUSÃO DO NOME DE DEVEDOR - AUTOR QUE IRÁ DISCUTIR CLÁUSULAS CONTRATUAIS EM AÇÃO DE CONHECIMENTO - PRESENÇA DO FUMUS BONI IURIS - INOCORRÊNCIA DO SIMPLES EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO - RESTRIÇÃO DE CRÉDITO - PERICULUM IN MORA - RECURSO IMPROVIDO.

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Estando evidenciado no processo cautelar que o autor irá propor ação de conhecimento, onde pretende discutir cláusulas contratuais, a inclusão de seu nome nos cadastros do SERASA e SPC não constitui simples exercício regular de direito. Evidenciando o fumus boni iuris, assim como o periculum in mora decorre da própria restrição imediata ao crédito. Presentes esses dois registros, escorreita a decisão que concede liminar para determinar a exclusão do nome do devedor de cadastros desse jaez. ( TJMS - Ag - classe B - XXII - N. 55.207-4 - Campo Grande - 1.ª T.C - Rel. Des. HILDEBRANDO COELHO NETO - j. 07.10.1997 ).

AGRAVO - EXECUÇÃO EMBARGOS JÁ INTERPOSTOS - DETERMINADA EXCLUSÃO DOS NOMES DOS DEVEDORES DOS CADASTROS DO SPC E SERASA - DECISÃO MANTIDADeve ser mantida a decisão que defere pedido de exclusão dos nomes dos executados dos cadastros do SPC e SERASA quando estes já interpusera, embargos, onde discutem o valor da dívida, sendo que a inscrição dos mesmos, perante a lista de inadimplentes dos órgãos em referência, restringe o crédito, prejudicando suas relações comerciais. ( TJMS - Ag - classe B - XXII - N. 56.589-5 - Campo Grande - 1.ª T.C - Rel. Des. Elpídio Helvécio Chaves Martins - j. 10.02.1998 ).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - MEDIDA CAUTELAR INOMINADA - ANOTAÇÃO DO NOME DO DEVEDOR NOS CADASTROS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO ( SPC / SERASA ) QUANTUM DEBEATUR QUESTIONADO EM JUÍZO- PERMANÊNCIA INDEVIDA - PRECEDENTES DA CORTE - RECURSO DESPROVIDO.Enquanto persistir discussão litigiosa relativa ao quantum debeatur, inadmissível é a utilização pelo credor dos cadastros de proteção ao crédito, como forma de competir o devedor ao pagamento do débito questionado ( TJSC - Al 96.011525-0 - 1.ª C.C. - Rel. Des. Orli Rodrigues - )

AGRAVO DE INSTRUMENTO - MEDIDA CAUTELAR INOMINADA - ANOTAÇÃO DO NOME DO DEVEDOR NOS CADASTROS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO ( SPC/ SERASA ) - QUANTUM DEBEATUR QUESTIONADO EM JUÍZO - PERMANÊNCIA INDEVIDA - PRECEDÊNCIA DA CORTE - RECURSO DESPROVIDO -Enquanto persistir discussão litigiosa relativa ao quantum debeatur, inadmissível é a utilização pelo credor dos cadastros de proteção ao crédito, como forma de competir o devedor ao pagamento do débito questionado ( TJSC - Al 96.011918-3 - 1.ª C.C. - Rel. Des. Orli Rodrigues - j. 27.05.1997 )

AGRAVO DE INSTRUMENTO - MEDIDA CAUTELAR INOMINADA - LIMINAR INDEFERIDA - PEDIDO OBJETIVANDO A EXCLUSÃO DO DEVEDOR DOS CADASTROS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO ( SPC/ SERASA ) E, CUMULATIVAMENTE, A EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS RELATIVOS À AVENÇA - QUANTUM DEBEATUR QUESTIONADO EM JUÍZO - PERMANÊNCIA INDEVIDA - PRECEDENTES DA CORTE - RECURSO PROVIDO PARCIALMENTE -Enquanto persistir discussão litigiosa relativa ao quantum debeatur, inadmissível é a utilização pelo credor dos cadastros de proteção ao crédito, como forma de competir o devedor ao pagamento do débito questionado ( TJSC - Al 97.000861-9 - 1.ª C.C. - Rel. Des. Orli Rodrigues - j. 27.05.1997 )

AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO CAUTELAR INOMINADA - PLEITO VISANDO IMPEDIR A INSCRIÇÃO NO SERASA, SPC E SCI - LIMINAR DELEGADA- REFORMA - DÍVIDA SUB JUDICE - PROVIMENTO DO RECURSO -Questionados judicialmente o contrato e a dívida, inclusive com a consignação de quantia, inviável é a inscrição do devedor junto aos serviços de proteção ao crédito, sendo aconselhável, na espécie, observar o deslinde do litígio, a fim de evitar constrangimento e abalo na idoneidade comercial daquele. Além do mais, o § 1.º do art. 899 do Código de Processo Civil é taxativo: "Alegada a insuficiência do depósito, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a conseqüente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida". ( TJSC - Al. 96.011479-3 - 1.ª C.C. - Rel. Des. Francisco Oliveira Filho)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - CONTRATO DE LEASING - CAUTELAR INOMINADA PARA CANCELAR A INSCRIÇÃO DO NOME DA DEVEDORA JUNTO AO SERASA ( CENTRALIZAÇÃO DE SERVIÇOS DOS BANCOS S/A ) - PRESTAÇÕES SENDO DEPOSITADAS EM AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO - NECESSIDADE DE ACESSO AO CRÉDITO - LIMINAR CONCEDIDA - RECURSO DESPROVIDO -

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Não se justifica que o agravado, enquanto é discutido na ação consignatória o seu direito, sofra o constrangimento ou prejuízos advindos de sua inscrição nos órgãos de proteção ao crédito. Aliás, o art. 42, do Código de Defesa do Consumidor, assim estabelece: "Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça". ( TJSC - Al. 96.009039-8 - 4.ª C.C. - Rel. Des. Alcides Aguiar - j. 06.03.1997 ).

CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO - REVISÃO DO CONTRATO. SUSPENSÃO REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. TUTELA ANTECIPADA.

Pedido de antecipação de tutela em processo comum. Possibilidade. Provimento judicial para impedir o credor de inscrever o nome do devedor nos registros negativos do SPC, CADIN e SERASA na dependência da ação que discute os contratos que deram origem ao débito. Verificados os requisitos autorizadores nada obsta a concessão de medida cautelar antecipativa. No caso em tela, as partes discutem a legalidade ou não dos juros e demais acréscimos pretendidos pelo banco. Existência de relação estreita entre o pedido da cautela com o objeto da principal, pois se verificada a cobrança excessiva, palpáveis os prejuízos do devedor se tiver seu nome negativado naqueles cadastros ( TARS - AGI. 195.158.647 - 2.ª C. Cív. - Rel. Juiz Marco Aurélio dos Santos Caminha - j. 30.11.1995 )

1. MEDIDA CAUTELAR. LIMINAR. AÇÃO EM TRAMITAÇÃO. 2. SERASA. SUSPENSÃO 3. REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO 4. PEDIDO DE INFORMAÇÕES. ESTABELECIMENTO BANCÁRIO. SERASA. INTERPRETAÇÃO.

Medida cautelar - protesto e registro no Serasa - proibição judicial - embora o protesto e o registro no Serasa possam dificulta a obtenção de novos créditos, por parte de mutuário considerado inadimplente, o ordenamento jurídico não ampara pretensão que objetiva excluir a possibilidade do credor tomar aquelas providências. Ausente fumus boni juris - agravo provido em parte, para evitar registro no SERASA, vencido, no particular, o relator ( TARS - AGI. 195.168.349 - 3.ª C. Cív. - Rel. Juiz Gaspar Marques Batista - j. 20.12.1995 )

1. MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO. EFEITO SUSPENSIVO. CABIMENTO. 2. SUSPENSÃO REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. 3. SPC. 4. SERASA 5. CADINMandado de segurança. Efeito suspensivo e Agravo de instrumento. Suspensão dos atos de cobrança. Concede-se efeito suspensivo a recurso que não o tem, diante da proibição de prática dos atos de cobrança impostos em liminar concedida no primeiro grau, ferindo o direito de ação do impetrando, garantindo constitucionalmente registros cadastrais negativos. Proibição a inscrição como devedor relapso perante o SPC, CADIN ou SERASA não deve acontecer antes da decisão final da matéria que se discute na ação ordinária. É que a oposição que o devedor coloca na ação justam ente visa descontruir o débito que daria azo a inscrição negativa, ou pelo menos parte dele. Segurança concedida em parte. ( TARS - MSE. 195.121.587- 2.ª C. Cív. - Rel. Juiz Carlos Alberto Bencke - j. 08.02.1996 )

1. SERASA. ESTABELECIMENTO BANCÁRIO. INTERPRETAÇÃO 2. MEDIDA CAUTELAR INCIDENTAL. SERASA. AÇÃO EM TRAMITAÇÃO. LIMINAR. AÇÃO EM TRAMITAÇÃO. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 3. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO . REVISÃO DO CONTRATO. PROTESTOS. SUSPENSÃO. REGISTRO CREDITÓRIO NEGATIVO. TUTELA ANTECIPADA. CAUTELAR INCIDENTAL.

Viável sua interposição para atacar a veiculação de informações em órgão que presta serviços de tal natureza aos bancos ( SERASA ). Reconhecida judicialmente a abusividade do débito cobrado pelo banco, mostra-se incorreta a informação de mora do devedor registrada no referido órgão, a impor a procedência da ação. ( TARS - MCI. 195.040.746- 5.ª C. Cív. - Rel. Juiz Jorge Luis Dall'Agnol - j. 19.12.1995 )

1. TUTELA ANTECIPADA. QUANDO CABE. CONCEITO. 2. SERASA. 3. PEDIDO DE INFORMAÇÕES. SERASA. ESTABELECIMENTO BANCÁRIO. ABSTENÇÃO. INTERPRETAÇÃO. 4. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. ART. 273 DO CPC. DISCUSSÃO DA DÍVIDA. SUSPENSÃO DE INFORMAÇÕES NEGATIVAS.

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A provisoriedade e inerente a tutela antecipada, que se funda em cognição sumaria, que não prevalecera ao reconhecimento de realidades antes não conhecidas com a instrução. Com esta, poderá, em qualquer tempo ser revogada ou modificada a antecipação.

As matérias propostas em juízo são discutíveis, tendo decisões favoráveis nesta corte a tese dos devedores, o que já é motivo para antecipação parcial de tutela por fundado receio ou dano irreparável. O débito está sendo discutido em juízo. Conhecidos os efeitos da negativação do devedor em órgão de que se valem os comerciantes e instituições financeiras para buscar informações sobre os pretendentes a um crédito, justifica-se a concessão da liminar pleiteada. Agravo desprovido. ( TARS - AGI. 195.199.922- 5.ª C. Cív. - Rel. Juiz João Carlos Branco Cardoso - j. 29.02.1996 )1. PEDIDO DE INFORMAÇÕES. SERASA. ESTABELECIMENTO BANCÁRIO. INTERPRETAÇÃO 2. CONTRATO DE FINANCIAMENTO. REVISÃO DE CONTRATO 3. LEASING. EXCESSO DE ONEROSIDADE. REVISÃO DE CONTRATO. CONTRATO DE NATUREZA BANCÁRIA. AÇÃO REVISIONAL. REGISTRO DO DEVEDOR EM ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO.

Na nossa sistemática processual a via judicial adequada para depositar valores e obter a extinção da obrigação e a ação consignatória. Entretanto, em razão de que a instrumentalizasse do processo visa, acima de tudo, a realização do direito material, não se pode abstrair seja a relação jurídica em conflito jurisdicionalizada via procedimento comum ordinário, possibilitando o mais amplo contraditório, com o acertamento das questões

o Sub judice a quaestio, enquanto inexistir o trânsito em julgado, inadmissível é o lançamento do nome do devedor no SPC/Serasa, cujo ato configura instrumento de apoio visando a percepção do crédito controvertido, independentemente do desfecho da demanda (AI 96.004288-1, 1ª CC TJSC, rel. Des. FRANCISCO OLIVEIRA FILHO, in DJSC 7.11.96, p. 16).

o Compra e venda. Mutuário. Inadimplência. Inclusão do nome no rol de devedores de instituição de proteção ao crédito (SERASA). Ofensa ao CDC inocorrente (Ap. 220.726-l, 9.3.95, 6ª CC TJSP, rel. Des. MUNHOZ SOARES, in JTJ 170/32).

o Súmula 13 do TJRS. Quando a súmula se refere à ação de cobrança, cuja prescrição pode ocorrer antes dos cinco anos, está aludindo, também, às ações cambiárias. Não promovida a execução do cheque, e nem exigido o crédito em ação de locupletamento indevido (art. 61 da Lei 7.357/85) deve o registro negativo ser cancelado antes do decurso dos cinco anos. Exegese do art. 43, §§ 1º e 5º, da Lei 8.078/90 (Ap. 595100280, 10.8.95, 8ª CC TJRS, rel. Des. ELISEU GOMES TORRES, in JTJRS 175/611).

o Os serviços de proteção ao crédito, como integrantes dos bancos de dados, não podem servir para causar prejuízo ao consumidor, mas para ajudar nas relações de consumo (art. 43 da Lei 8.078/90). É inoportuno e representa abuso de direito o registro do nome do consumidor, como devedor inadimplente, no serviço de proteção ao crédito, quando está sendo discutida a dívida em juízo, onde a penhora de bens já é uma segurança do crédito reclamado e já se constitui numa forma de constrangimento ao próprio crédito. A inscrição, após o ingresso da execução e respectivos embargos, onde o consumidor não nega a existência da dívida, mas discute o seu valor e extensão, não pode permanecer por sua evidente abusividade (Ap. 194171757, 13.10.94, 5ª CC TARS, rel. Juiz AYRES TORRES, in JTARS 92/243. Em igual sentido: RT 643/124).

o O nome de alguém não deve permanecer em rol de devedor até a eventual prescrição de possível direito de crédito (REsp 30.667-3, 23.3.93, 4ª T STJ, rel. Min. FONTES DE ALENCAR, in DJU 17.5.93, p. 9341).o Não podem constar, em sistema de proteção ao crédito, anotações relativas a consumidor, referentes a período superior a cinco anos ou quando prescrita a correspondente ação de cobrança (REsp 30.666-1, 8.2.93, 3ª T STJ, rel. Min. DIAS TRINDADE, in RT 696/249).o Passados três anos da exigência do débito, descabendo a via executiva pelo credor, deve ser cancelado esse débito. A persistência do registro do nome do devedor por vinte anos como entendiam alguns arestos, com fundamento em que a prescrição ordinária é de vinte anos, não tem juridicidade, visto que, sendo o débito, no

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caso, privilegiado, com título de execução, se o comerciante não cobra em três anos, com todas as prerrogativas que lhe confere a lei, não o fará depois desse prazo por ação ordinária, onde a prova que apresentar será discutida e a solução lhe poderá ser adversa. Na verdade, a persistência do nome do devedor no SPC por mais de três anos tem a indiscutível finalidade de tornar esse órgão um instrumento de pressão, aliás odioso, contra os consumidores, possibilitando que o comerciante ainda embolse a dívida prescrita quanto ao título executivo, e isso com todas as gamas de exigências que soem ocorrer nesses casos, correções sobre correções, mais juros multas e quejandos. É contra esse instrumento odioso de pressão contra o devedor que a jurisprudência mais racional desta Corte, em memorável sessão das Câmaras Cíveis Reunidas, estabeleceu a Súmula 11 daquele Órgão, que determina:"A inscrição do nome do devedor no Serviço de Proteção ao Crédito-SPC, pode ser cancelada após o decurso do prazo de três anos". Essa súmula regula a espécie debatida nos autos, e solve com justiça a questão, dado que, como já se referiu, se o credor não acionou como devia o devedor dentro do prazo de três anos da exigibilidade do título, não o fará ao depois, e a persistência do nome do consumidor no SPC só tem a finalidade de garantir o crédito do comerciante como instrumento de pressão para o seu recebimento pelos meios abusivos, diversos dos legais (Ap. 588052977, 5.7.89, 4ª CC TJRS, rel. Des. GERVÁSIO BARCELLOS, in ADV JUR 1989, p. 664, v. 46280).

o A inscrição do nome do devedor no SPC não é perpétua, devendo ser cancelada após o decurso de prazo razoável, que se fixa em três anos, por corresponder ao da prescrição da pretensão executiva. A extinção do registro não interfere, como é óbvio, com a persistência do direito de crédito. Toda pessoa tem o direito de saber previamente que o seu nome será usado, a seu desfavor, para registro em banco particular de dados. Legitimidade passiva do SPC para também figurar na ação, ao lado do credor (Ap. 587023334, 4.8.87, 5ª CC TJRS, rel. Des. RUY ROSADO DE AGUIAR JÚNIOR, in JTJRS 125/395).

o A devolução de cheque por suposta insuficiência de fundos é uma situação vexatória, que causa desgastes emocionais, residindo aí o dano e, por isso mesmo, é indenizável; no caso, não há necessidade de prova de reflexo patrimonial do prejuízo (EI 38.335-9/01, 13.5.96, 2ª SC TJMS, rel. Des. COSTA FELIZ, in DJMS 15.5.96, p. 4. Em igual sentido: Ap. 594186173, 10.8.95, 5ª CC TJRS, rel. Des. LUIZ GONZAGA PILA HOFMEISTER, in JTJRS 177/277).

o O aval não honrado desmerece tutela jurídica; contudo, a inscrição no SPC, como maneira vexatória e desprovida de lastreamento jurídico-legal, afrontando inclusive os próprios regulamentos internos, constitui-se como conduta abusiva, ensejadora, por via de conseqüência, da reparação moral (Ap. 50.463, 3.10.95, 1ª CC TJSC, rel. Des. ORLI RODRIGUES, in RT 725/347).

o Não pode o estabelecimento de crédito proceder a bloqueio da conta corrente do cliente, sob alegação de que estariam nela depositados valores remetidos por estelionatário. Pode, sim, encerrar a conta, se está ela sendo utilizada indevidamente, nos termos da Circular 102, de 26.8.71, do Banco Central do Brasil. O bloqueio só pode ser determinado mediante ordem judicial. Ocorrência de danos morais, com protestos e devolução de cheques, apesar de haver provisão de fundos, e o descrédito na praça (Ap. 95.01.15751-2, 14.8.95, 3ª T TRF 1ª R, rel. Juiz TOURINHO NETO, in IOB JUR 20/95, p. 308, v. 3/11314).

o A devolução indevida de cheque sem fundos acarreta a responsabilidade de indenizar razoavelmente o dano moral correspondente, que prescinde da prova de prejuízo (REsp 53.729-0, 19.9.95, 4ª T STJ, rel. Min. SÁLVIO DE FIGUEIREDO, in IOB JUR 22/95, p. 343, v. 3/11419).

o Aquele que publica título a ser protestado ocasionando dano de ordem moral e material à pessoa jurídica de direito privado, que desenvolve atividade comercial, fica obrigado a reparar o dano causado, caso o título tenha sido quitado antes da publicação (Ap. 43.431-9, 21.6.95, 3ª TC TJMS, rel. Des. LUIZ CARLOS SANTINI, in RJMS 107/78).

o O banco que promove a indevida inscrição de devedor no SPC e em outros bancos de dados responde pela reparação do dano moral que decorre dessa inscrição. A exigência de prova de dano moral (extrapatrimonial) se satisfaz com a demonstração da existência da inscrição irregular. Já a indenização por dano material depende de prova de sua existência, a ser produzida ainda no processo de conhecimento (REsp

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51.158-5, 27.3.95, 4ª T STJ, rel. Min. RUY ROSADO DE AGUIAR, in DJU 29.5.95, p. 15520).

o O art. 159 do CC, ao cogitar do dano como elemento da responsabilidade civil, ao empregar o vocábulo "prejuízo", alcança qualquer dano, seja material, seja moral, conclusão que está em sintonia com a regra de hermenêutica de acordo com a qual onde a lei não distingue ao intérprete não cumpre fazer distinções. A só inclusão do nome do autor na listagem do Banco Central já lhe causou um abalo de ordem moral, ainda mais sendo pessoa idônea, cônscia de suas responsabilidades e ocupando o cargo de direção de um hospital. Razoável, assim, a condenação do réu denunciante a lhe pagar uma indenização a título de dano moral numa quantia correspondente a 100 (cem) salários mínimos vigentes à data do pagamento (Ap. 760, 5.4.94, 1ª CC TJRJ, rel. Des. SÉRGIO FABIÃO, in ADV JUR 1994, p. 666, v. 67061).

BANCO - Responsabilidade civil - Registro indevido do nome do correntista na central de restrições de órgão de proteção ao crédito - Ato ilícito absoluto - Dano Moral caracterizado - Indenização devida. INDENIZAÇÃO - Dano Moral - Arbitramento mediante estimativa prudencial que leva em conta a necessidade de satisfazer a dor da vítima e dissuadir de novo atentado o autor da ofensa. Responde, a título de ato ilícito absoluto, pelo dano moral conseqüente, o estabelecimento bancário que, por erro culposo, provoca registro indevido do nome de cliente em central de restrições de órgão de proteção ao crédito. (TJSP, unânime, Ap. 198.945-1/7, 2ª C., j. 21.12.93, rel. Juiz Cezar Peluso, RT 706/67).

No mesmo sentido: ApCiv 056.443-4/0, 3ª Câm. Direito Privado TJSP, unânime, j. 02.09.1997, rel. Des. Ênio Santarelli Zuliani, RT 747/267; Ap. 710.728-0-SP, 9ª Câm. Extraordinária "A" 1º TACivSP, unânime, j. 18.11.1997, rel. Juiz Armindo Freire Marmora; Ap. 669.657-5-SP, 7ª Câm. Extraordinária 1º TACivSP, unânime, j. 23.06.1997, rel. Juiz Sebastião Alves Junqueira; Ap. 719.878-1-SP, 2ª Câm. Extraordinária "B" 1º TACivSP, unânime, j. 17.06.1997, rel. Juiz Marcos Zanuzzi; Ap. 724.606-8-SP, 8ª Câm. Extraordinária "A" 1º TACivSP, unânime, j. 05.11.1997, rel. Juiz José Araldo da Costa Telles.

RESPONSABILIDADE CIVIL - Perdas e danos morais - Apontamento indevido de débitos, pelo Banco, enviando o nome do acionante ao SPC e ao SERASA - Situação que provocou restrições indevidas ao autor, vulneradoras do seu direito de crédito, financiamento, reputação e honra-dignidade, frente à situação constrangedora criada por erro do banco - Dano moral configurado - Presunção absoluta, dispensando prova em contrário - Desnecessidade de prova de dano patrimonial - Ação procedente - Juros moratórios devidos, à taxa de 6% ao ano a partir da citação e elevação da verba honorárias justificada, a 15% sobre o valor da condenação corrigida - Recurso do autor parcialmente provido, restando improvido o interposto pelo réu.

(Apelação nº 710.728-0 - São Paulo - 9ª Câmara Extraordinária "A" DO 1º TACivSP - unânime - j. 18/11/1997 - Rel. Juiz Armindo Freire Mármora.).

INDENIZAÇÃO - Responsabilidade civil - Dano moral - Protesto cambiário indevido - Desnecessidade de provar a existência de dano patrimonial - Verba devida - Artigo 5º, inciso X da Constituição da República - Recurso provido." ("RJTJESP", Lex, 134/151, Rel. Des. Cezar Peluso, no qual é citado aresto do Colendo Supremo Tribunal Federal, na "RTJ" 115/1.383-1.386, do qual consta que: "não se trata de pecunia doloris ou pretium doloris, que se não pode avaliar e pagar, mas satisfação de ordem moral, que não ressarce prejuízos e danos e abalos e tribulações irressarcíveis, mas representa a consagração e o reconhecimento, pelo direito, do valor e importância desse bem, que se deve proteger tanto quanto, senão mais do que os bens materiais e interesses que a lei protege").

INDENIZAÇÃO - Responsabilidade civil - Estabelecimento bancário - Dano moral - Ocorrência - Cheque indevidamente devolvido - Desnecessidade de comprovação do reflexo material - Recusa, ademais, em fornecer carta de retratação - Verba devida - Artigo 5º, inciso X, da Constituição da República - Recurso provido." ("RJTJESP", Lex, 123/159, Rel. Des. José Osório).

INDENIZAÇÃO - Responsabilidade civil - Dano moral - Banco - Devolução de cheques de correntista, objeto de furto, por falta de fundos, com inclusão de seu nome no cadastro do Banco Central - Negligência da instituição financeira evidenciada - Inexigibilidade para o ajuizamento da prova de qualquer prejuízo - Artigo 5º,

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inciso X, da Constituição da República - Elevação da verba de dez para cem vezes os valores dos títulos, tal como pedido pelo autor - Recurso provido." ("JTJ", Lex, 168/98, Rel. Des. Carlos de Carvalho).

INDENIZAÇÃO - Responsabilidade civil - Dano moral - Cadastramento do nome do autor no Serviço de Proteção ao Crédito - Pendência de ação por aquele ajuizada contra o réu - Indenização devida - Artigo 5º, inciso X, da Constituição da República - Recurso provido para esse fim. A sensação de ser humilhado, de ser visto como 'mau pagador', quando não se é, constitui violação do patrimônio ideal que é a imagem idônea, a dignidade do nome, a virtude de ser honesto." ("JTJ", Lex, 176/77, Rel. Des. Ruy Camilo).

o Aplicação do art. 5º, X, da CF e art. 159, do CC. Responde, a título de ato ilícito absoluto, pelo dano moral conseqüente, o estabelecimento bancário que, por erro culposo, provoca registro indevido do nome de cliente em central de restrições de órgão de proteção ao crédito. Indenização. Dano moral. Arbitramento, critério. Juízo prudencial. A indenização por dano moral é arbitrável, mediante estimativa prudencial que leve em conta a necessidade de, com a quantia, satisfazer a dor da vítima e dissuadir, de igual e novo atentado, o autor da ofensa (Ap. 198.945-1/7, 21.12.93, 2ª CC TJSP, rel. Des. CÉZAR PELUSO, in RTJE 120/203; JTJ 156/94; RT 706/67).

o Estabelecimento bancário. Entrega de talonários do autor a terceiro, que o utilizou, emitindo cheques sem fundo. Comprometimento da lisura do comportamento financeiro do requerente comprovado. Dano moral ocorrente. Verba devida. Descabimento, entretanto, da indenização por dano futuro (Ap. 143.766-1, 6.6.91, 4ª CC TJSP, rel. Des. NEY ALMADA, in JTJ 134/149).

o V JTJ 142/104, 150/81; RT 696/185; RTJ 119/433

o Age com negligência quem deposita cheque pré-datado antes do prazo acertado, e, assim, dá causa a ato de negativação dos nomes dos emitentes sacados com sua inscrição no cadastro de emitentes de cheques sem fundos, devendo, por isto, indenização pelos danos morais causados (Ap. 36.433/95, 18.12.96, 3ª TC TJDF, rel. Des. VASQUEZ CRUXÊN, in RT 732/318).

o Não há razão jurídica para a inclusão do nome do devedor inadimplente junto ao SERASA, quando sua dívida esteja sendo discutida em juízo, tratando-se de atitude indevida e vexatória, que deve ser reparada pela via judicial (Ag. 51.283-8, 2ª TC TJMS, rel. Des. MILTON MALULEI, in DJMS 25.4.97, p. 8).

o A inscrição dos nomes das autoras no cadastro de emitentes de cheques sem fundos gerou sofrimentos, angústias e percalços até o restabelecimento de seus nomes perante as instituições de crédito, o que caracteriza danos morais, obrigando a ré a indenizá-los. Age com negligência quem deposita cheque pré-datado, no qual estão incluídos juros, antes da data pactuada (EI na Ap. 36.433/96, 4.9.96, 2ª CC TJDF, rel. Desª HAYDEVALDA SAMPAIO, in IOB JUR 24/96, p. 419, v. 3/12698. Em igual sentido: AI 708.391-2, 8.10.96, 10ª C 1º TACSP, rel. Juiz FERRAZ NOGUEIRA, in RT 736/268).o Dano moral advindo de exigência indevida de crédito por estabelecimento bancário. Reconhecimento, por este, da inclusão do nome do autor no SERASA. Dano moral positivado, ainda que a restrito círculo próximo a ele. Aplicação do art. 1.531 do CC (Ap. 228.286-1, 10.10.95, 3ª CC TJSP, rel. Des. TOLEDO CESAR, in JTJ 177/84).

Acórdão AGRMC 1626/RS ; AGRAVO REGIMENTAL NA MEDIDA CAUTELAR (1999/0017962-5) Fonte DJ DATA:28/06/1999 PG:00112Relator Ministro SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA (1088)Ementa PROCESSO CIVIL. CAUTELAR. RECURSO ESPECIAL RETIDO. LEI 9.756/98. EFEITO SUSPENSIVO. POSSIBILIDADE. CASOS EXCEPCIONAIS. FUMUS BONI IURIS E PERICULUM IN MORA. SERASA. INSCRIÇÃO. INADEQUAÇÃO. DÍVIDA EM JUÍZO. PRECEDENTES DO TRIBUNAL. AGRAVO DESPROVIDO.I - Nos termos da jurisprudência desta Corte, é cabível o deferimento de liminar para obstar a inscrição do nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito, pendendo de decisão judicial a definição do valor da dívida.II - A celeridade e a economia nortearam a inserção, no ordenamento jurídico, do recurso especial retido (art.

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542, § 3º, CPC, com a redação dada pela Lei 9.756/98), de modo a privilegiar a efetividade da prestação jurisdicional. Todavia, a excepcionalidade dos casos concretos deve ser apreciada por esta Corte, em sede de cautelar (art. 800, parágrafo único, CPC), dando temperamento à norma legal, quando se vislumbrar a possibilidade do dano de difícil ou incerta reparação, em obediência ao princípio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional.

Data da Decisão 25/05/1999 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA Decisão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros daQuarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dosvotos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negarprovimento ao agravo regimental. Votaram com o Relator os MinistrosCesar Asfor Rocha e Ruy Rosado de Aguiar. Ausente, justificadamente, o Ministro Barros Monteiro.

Veja MC 1578-PR, AGRMC 832-SP, MC 325-MS, RESP 180665-PE, RESP 190616-SP,ROMS 8091-RS, RESP 186214-MG, RESP 161151-SC (STJ)

Acórdão AGRMC 1388/PR ; AGRAVO REGIMENTAL NA MEDIDA CAUTELAR (1998/0051377-9) Fonte DJ DATA:21/06/1999 PG:00155Relator Ministro CESAR ASFOR ROCHA (1098) Ementa PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL CONTRA LIMINAR CONCEDIDA EM MEDIDA CAUTELAR PARA CONCEDER EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO ESPECIAL.Presentes os pressupostos autorizadores da liminar, nega-se provimento ao agravo.Data da Decisão 27/04/1999 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA

Decisão Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Srs.Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, naconformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, porunanimidade, negar provimento ao agravo regimental. Votaram com oRelator os Srs. Ministros Ruy Rosado de Aguiar, Sálvio de FigueiredoTeixeira e Barros Monteiro.

Veja (EFEITO SUSPENSIVO)MC 136-SP (STJ)(SPC) RESP 161151-SC, RESP 190616-SP (STJ

o V JTJ 170/35; JTARS 94/141; JTJRS 133/256-307, 116/403, 166/407 em.

o Referência doutrinária - AMILTON BUENO DE CARVALHO, Magistratura e Mudança Social. Visão de um Juiz de Primeira Instância (Item IV, Letra b. Serviço de Proteção ao Crédito), in AJURIS 49/87 - BERTRAM ANTÔNIO STÜRMER, Bancos de Dados e Habeas Data no Código do Consumidor (Item 1.4. Criação do SPC), in AJURIS 53/139.

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Page 110: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

ARTIGOS

PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR FRENTE AOS BANCOS DE DADOS

 Leonardo Freire Pereira   

                                                                           Sumário

Introdução. 1. Relações de consumo e práticas abusivas de cobrança. 2. A proteção do consumidor em Juízo: as obrigações de fazer e não fazer e a indenização decorrente do abuso. 3. A morosidade em favor do inadimplente. 4. A questão da prescrição das dívidas no novo Código Civil. Conclusões. Referências bibliográficas.

  Introdução 

Não é de hoje que a sociedade repulsa o uso da força na solução de conflitos de interesse. A autotutela

representa, assim, uma maneira arcaica do indivíduo buscar seus direitos.

 Pois bem, não obstante esse sentimento objetivo do homem médio, os consumidores têm sido

submetidos a práticas abusivas de cobrança, como se determinados fornecedores fossem os verdadeiros

detentores do poder jurisdicional, em condutas coativas que se assemelham à autotutela. Para tanto, se utilizam

de bancos de dados que mantêm informações pessoais de cada um de nós, sob os auspícios da proteção

financeira dos fornecedores.

O trabalho que ora se inicia objetiva, pois, discutir a legitimidade da atuação desses bancos de dados e

os limites de sua “jurisdição”, bem como sopesar os bens jurídicos envolvidos nessas relações, quais sejam: (a)

o direito dos fornecedores manterem um cadastro de inadimplentes; (b) o direito à preservação da intimidade

dos consumidores; e, (c) o direito judicante avocado pelos bancos de dados.

 A questão não é simples e apresenta várias nuances, às quais procuraremos identificar a partir da

Constituição Federal, do Código de Defesa do Consumidor e, principalmente, dos princípios gerais do Direito.

Page 111: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

 Por ser dirigido a um público diversificado, que varia entre acadêmicos e agentes do direito, houvemos

por bem encarecer as notas de rodapé, nas quais enunciamos as abreviaturas utilizadas1[1], transcrevemos as

mais importantes referências legislativas trazidas à tona, além de comentários conexos e indicações

bibliográficas que acreditamos complementar esse trabalho.     

1.  Relações de consumo e práticas abusivas de cobrança  

1 [1]

a. ano

A: autor

ac. acórdão

ApCiv. Apelação Cível

Câm. Câmara

CC Código Civil vigente (L 10.406/02)

CC1916 Código Civil revogado (L 3.071/16)

Ccom Código Comercial (L 556/1850)

CDC Código de Defesa do Consumidor (L 8.078/90)

CF Constituição Federal vigente

cf. conferir

Des. Desembargador

ed. edição, editora

j. julgado em

LACP Lei da Ação Civil Pública (L 7.374/85) Min. Ministro

n. número

[n. ] nota

p.(pp.) página (s)

R: réu

Rel. Relator

REsp Recurso Especial

STJ Superior Tribunal de Justiça

T. Turma

TACivSP Tribunal de Alçada Civil de São Paulo

TAMG Tribunal de Alçada de Minas Gerais

TJDF Tribunal de Justiça do Distrito Federal

TJSP Tribunal de Justiça de São Paulo

Page 112: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

 A instabilidade econômica que tomou conta do Brasil até meados dos anos 90 – se é que dali em

diante a economia se estabilizou – aumentava sensivelmente o índice de inadimplência nos negócios

realizados, pois, em pouco tempo, a situação financeira dos contratantes podia degringolar por completo.

 Não restava aos comerciantes outra alternativa, que não a troca de informações sobre seus devedores.

Essa necessidade impulsionou a criação e o desenvolvimento das Associações Comerciais, que num primeiro

momento eram as centralizadoras das informações cadastrais daqueles que descumpriam suas obrigações

perante o comércio, evitando novas frustrações a outros comerciantes2[2].

 Inegável a pertinência desses cadastros, como é igualmente inegável, a necessidade de se controlar

suas atividades, mormente em razão do caráter público que lhes é conferido por lei3[3]. Amilton Plácido da

Rosa, Promotor de Justiça do Consumidor em Campo Grande (MS), sustenta que “os arquivos de consumo

desempenham uma função positiva na sociedade de consumo. Mas, como toda a atividade humana, estão

sujeitas a abusos, e, por isso, devem ser controlados”4[4], sendo que uma das limitações é temporal: 

“Cuida o Código, em particular, do fenômeno da cobrança extrajudicial de dívidas e da inserção e do

uso de informações em bancos de dados e em cadastros, intentando, de um lado, elidir constrangimentos

decorrentes de ações ameaçadoras, levadas a efeito por credores afoitos ou agressivos, e, de outro, obviar a

circulação de informes indevidos sobre a pessoa do consumidor e de sua posição sócio-econômica e evitar o

sacrifício eterno de seu crédito na praça, limitano em cinco anos a permanência dos registros.”5[5]

v. ver, volume

v.u. voto único   2 [2] cf. Carlos Adroaldo Ramos Covizzi. Práticas abusivas da SERASA e do SPC,

Bauru : Edipro, 1999, pp. 13-21, que identifica, a partir do final da década de 50, o impulsionamento das

atividades econômicas e o incentivo ao consumo e à concessão de crédito, como fatores desencadeantes da

crise de inadimplência que se instalaria duas décadas depois.3 [3] CDC, 43, § 4o. Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os

serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados entidade de caráter público. 4 [4] Ação civil pública relativa ao Serviço de Proteção ao Crédito. Jus Navigandi,

Teresina, a. 2, n. 23, jan. 1998. Disponível em: <http://www1.jus.com.br/pecas/texto.asp?id=74>.5 [5] Carlos Alberto Bittar. Direitos do Consumidor, 4. ed. Rio de Janeiro : Forense

Universitária, 1991, pp. 42-43.

Page 113: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

 Atualmente, a Serasa – Centralização dos Serviços dos Bancos – e o SPC – Serviço de Proteção ao

Crédito – são os principais bancos de dados responsáveis pela atribuição da pecha de “caloteiro” às pessoas.

 Não restam dúvidas que o poder de negativar o nome das pessoas, sobretudo em tempos de grande

evolução tecnológica e troca irrestrita de informações entre os cinco continentes, confere a esses órgãos um

poder paralelo capaz de constranger alguns a pagar até o que não devem. Aqui a autotutela; aqui o uso da

força; aqui a lesão às garantias constitucionais do direito de resposta6[6], da inafastabilidade do controle

jurisdicional7[7], do juiz natural8[8], do contraditório e da ampla defesa9[9], enfim, vários princípios decorrentes

do devido processo legal10[10]. 

O Código de Defesa do Consumidor, na mesma esteira, proíbe práticas abusivas de cobrança11[11],

mas estabelece regras muito superficiais para a atuação dos bancos de dados (art. 43), o que mantém os

consumidores submetidos ao arbítrio, tendo que buscar, junto ao Poder Judiciário, o restabelecimento de seus

direitos de personalidade. 

6 [6] CF, 5o, V. É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além

da indenização por dano material, moral ou à imagem. 7 [7] XXXV. A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça

de direito.8 [8] LIII. Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade

competente.9 [9] LV. Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em

geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os recursos a ela inerentes. 10 [10] LIV. Ninguém será provado da liberdade ou de seus bens sem o devido

processo legal.

Particularmente em relação ao devido processo legal, Nelson Nery Júnior e

Rosa Maria de Andrade Nery (Código de Processo Civil comentado. 6. ed. São Paulo : RT, 2002, p. 24)

mencionam ser “... postulado fundamental do direito constitucional, do qual derivam todos os outros princípios.

Genericamente a cláusula due process se manifesta pela proteção da vida-liberdade-propriedade em sentido

amplo.”11 [11] CDC, 42, caput. Na cobrança de débitos o consumidor inadimplente não

será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.

Page 114: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

Convém destacar que o singelo art. 43 prescreve, em seu § 2o, que “a abertura de cadastro, ficha,

registro e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não

solicitada por ele”, o que costuma ser seguido pelos bancos de dados, mas não pode ser considerado, em

hipótese nenhuma, respeito ao contraditório e à ampla defesa. Em sã consciência, seria lógico bater às portas

do Judiciário para questionar a negativação de valor indevido, mas irrisório? O custo e a morosidade do

processo judicial respondem essa indagação12[12]. 

Noutras palavras, o simples aviso enviado pelo correio – diga-se de passagem, em envelope padrão,

cujo conteúdo é mais do que previsível e, portanto, não resguarda o sigilo da correspondência – impõe ao

“condenado” a fama de mal pagador e, por conseguinte, o obriga liquidar o valor que lhe é apresentado como

devido. Do contrário, sua vida comercial está destruída: o devedor perde o talão de cheques, o cartão de

crédito, não consegue financiamento, enfim, está entregue à marginalidade financeira. 

Quantos pequenos “débitos” são quitados, mesmo não sendo reconhecidos pelos ditos inadimplentes?

Quantas dívidas são majoradas a bel prazer do credor e, então, refinanciadas em condições imorais? Quantas?

E o “devedor”, para “limpar o nome” o mais rápido possível, aceita tudo que lhe é imposto, com o que volta a

fazer jus a um status de fiel pagador de contas.  

2.  A proteção do consumidor em Juízo 

É evidente que essa atuação abusiva pode – e deve – ser repelida de maneira eficaz, o que jamais

ocorreria por via de ação ordinária individual. Assim, a atuação do Ministério Público, legitimado para defender

12 [12] É evidente que as pessoas cujos nomes são indevidamente negativados

têm direito à indenização pelo dano decorrente do ato ilícito praticado pelo banco de dados, discussão que

enfrentaremos mais adiante. Todavia, o que se pretende destacar nesse ponto é o descrédito ao qual o processo

judicial está entregue, o que representa terreno fértil para todo e qualquer abuso. No mesmo sentido: v. Clovis

Brasil Pereira, A Justiça morosa, o advogado e a cidadania. ProLegis, Guarulhos, mar. 2003. Disponível em

<http://www.prolegis-cursosjuridicos.kit.net/PROLEGIS-66.htm>.

Page 115: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

os interesses difusos13[13], tem vital importância tanto para reclamar condenação pecuniária capaz de refrear o

ímpeto dos bancos de dados, quanto para impor-lhes obrigação de fazer ou não fazer. 

“Segundo o magistério de Ada Pellegrini Grinover, a hipótese enquadra-se no disposto no artigo 586,

parágrafo 1º, do Código de Processo Civil, que contempla a condenação genérica como aquela que,

reconhecendo em definitivo o direito, há de ser liquidada para ‘estabelecer o quantum, ou o facere ou o non

facere’ ”.14[14]

 A via da Ação Civil Pública15[15], que produz efeitos erga omnes encurta o tortuoso caminho,

“objetivando a indenização de um grupo maior de pessoas indeterminadas ou não identificáveis, por ofensa de

ordem patrimonial ou moral”16[16]. 

“Defiro a tutela antecipada para determinar ao réu Serasa, quanto a pessoas físicas ou jurídicas

domiciliadas em qualquer parte do território nacional, que: 1. Retire (obrigação de fazer), em 48 horas, de seu

banco de dados todos os registros de débitos que estão sendo discutidos judicialmente, de qualquer forma,

13 [13] CF, 127, caput. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à

função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos direitos

sociais e individuais indisponíveis. CDC, 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em

juízo individualmente, ou a título coletivo. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: I. interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de

natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; II. interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de

natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;

III. interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: I. o Ministério Público. II. a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; III. as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade

jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código; IV. as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins

institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear. 14 [14] Código Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do

anteprojeto, 4. ed. Rio de Janeiro : Forense Universitária, 1995, p. 533, apud Amilton Plácido da Rosa [n. 4].15 [15] v. Lei 7.347/85 (LACP).

16 [16] Rui Stoco. Responsabilidade Civil e sua interpretação jurisprudencial, 4. ed.

São Paulo : RT, 1999, p. 255.

Page 116: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

quanto à existência ou extensão da dívida; 2. (obrigação de fazer) Às pessoas, quer com registros atuais, quer a

cada novo registro, que tenham o direito de requerer a suspensão da negativação do nome, se vierem a discutir

em qualquer juízo a dívida; 3. Abstenha-se (obrigação de não fazer) de fazer registros de débitos que estejam,

de qualquer forma, em qualquer instância, sendo discutidos judicialmente, até o trânsito em julgado final da

eventual decisão.”17[17] 

Essa é a linha de raciocínio pacífica de nosso Superior Tribunal de Justiça: 

SPC. SERASA. CADIN. Exclusão do registro. Liminar. Pendência de ação ordinária.

Não cabe a inclusão do nome do devedor em bancos particulares de dados (SPC, CADIN, SERASA)

enquanto é discutido em ação ordinária o valor do débito, pois pode ficar descaracterizada a inadimplência,

causa daquele registro.

Recurso conhecido, pelo dissídio, e provido para deferir a liminar.

STJ, REsp 188390/SC (199800678549) - 4ª T. - Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar - v.u. - j. 04.02.99

 

Cobrança de dívida. Cautelar. É lícito se defira, liminarmente, a medida cautelar, para impedir, durante

a discussão em ação, a inscrição do nome do devedor no SERASA, ou no SPC. Precedentes do STJ: dentre

outros, o REsp 161.151. Recurso especial conhecido e provido em parte.

STJ, REsp 186214/MG (199800619224) - 3ª T. - Rel. Min. Nilson Naves - v.u. - j. 19.11.9818[18]

O que se observa, portanto, é o indiscutível direito do suposto devedor não ser lançado no rol dos

inadimplentes, enquanto discute judicialmente se a dívida existe de fato, ou, ainda, qual o efetivo quantum

debeatur. 

Assim, a obrigação de fazer consiste em comunicar os consumidores, por escrito, a abertura de

cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo (CDC, 43, § 2o), e a de não fazer, em excluir e deixar

de incluir, em seus arquivos, informações de consumidores que estejam discutindo suas dívidas judicialmente. 

17 [17] Tópico final de decisão liminar proferida nos autos da Ação Civil Pública

1999/00056142-0 - A: Ministério Público Federal - R: Serasa - 22a Vara Cível Federal da Seção Judiciária de São

Paulo.18 [18] No mesmo sentido: REsp 189061/SP (199800694668) - 4ª T. - Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar - v.u. - j. 03.12.98; REsp 180843/RS (199800492488) - 3ª T. - Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito - v.u. - j. 29.06.99; REsp 180665/PE (199800488391) - 4ª T. - Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Ferreira - v.u. - j. 17.09.98.

Page 117: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

                              Outro remédio colocado à disposição dos consumidores para conhecimento e

retificação de informações pessoais constantes de bancos de dados com caráter público é o habeas data19[19].

Ocorre que a eficácia desse writ, cujo rito vem disciplinado pela Lei 9507/97, é assaz objetável20[20], eis que as

medidas cautelares atenderiam os mesmos fins. Mesmo o mandado de segurança21[21], não fosse seu caráter

residual, acolheria tais pretensões. 

 

                            Dircêo Torrecillas Ramos, ao tratar do habeas data, identifica sua redundância no rol

dos chamados remédios constitucionais: 

“A temeridade do abuso e rigor nas interpretações das regras constitucionais e, mesmo, o desrespeito à

Constituição, encontram amparo no Mandado de Segurança e, se este não for suficiente, o habeas data

também não o será, tanto para o conhecimento quanto para a retificação de informações.”22[22] 

Quanto aos danos decorrentes dos gravames indevidos assiste aos consumidores a propositura de

ação indenizatória. Nesse particular, Milton Paulo de Carvalho é explícito: “Repugna à consciência humana o

dano irreparado”23[23]. Logo, se existe dano, existe dever de indenizar. 

“O Código de Defesa do Consumidor estabelece como direitos básicos do consumidor, entre outros, o

acesso aos órgãos judiciários com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais e a

facilitação da defesa de seus direitos.”

TJSP, 11a Câm. - ApCiv. - Rel. Guido dos Santos - j. 21.10.93 - JTJ-LEX 150/161 

19 [19] CF, 5o, LXXII. Conceder-se-á habeas data (a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, e (b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 20 [20] Em sentido contrário: Carlos Alberto Bittar, op. cit. p. 45.

?[21] CF, 5o, LIX. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas-corpus ou habeas-data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. 21

22

23

Page 118: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

A doutrina tradicional aponta dois gêneros de danos, os materiais – também chamados patrimoniais – e

os imateriais – extrapatrimoniais –, sendo que os primeiros constituem prejuízos de natureza econômica, e os

últimos, os de natureza não econômica. Poder-se-ia, ainda, mencionar as hipóteses de dano imaterial com

reflexos materiais e vice versa.24[24] 

Nesse contexto, a título de exemplificação, sofre dano imaterial – na espécie moral – o indivíduo que

tem o crédito negado diante de amigos ou familiares, pois foi exposto ao ridículo, por gravame indevido; sofre

dano material – na espécie lucro cessante – o taxista cujo nome foi indevidamente negativado e, portanto, não

pode financiar peças para consertar seu veículo e colocá-lo em funcionamento; experimenta dano imaterial – na

espécie psíquica –, com reflexo material – na espécie lucro cessante – o vendedor que, indevidamente taxado

de inadimplente – deixa de cumprir suas metas, por conta da preocupação que o assolapa e dos transtornos

que tem passado para resolver o problema. 

Afora a imprecisão técnica de muitos de nossos julgados, a jurisprudência tem zelado pelo espírito dos

danos acima descritos sob a pura dicotomia material-moral, deixando patente que a ocorrência de dano

imaterial independe da de material. 

“A questão do dano moral puro espelha aquele que não tem reflexo econômico algum. A prova do dano

moral independe da prova de dano material, mas há necessidade, para que se configure esse dano, que o

nome da pessoa ofendida tenha sido exposto indevidamente; sua honra afetada de forma tal que provoque a

existência de dor, depressão, as vezes até mesmo perda da alegria de viver, que necessita ser indenizada pelo

ato culposo do ofensor, ou até doloso, conforme o caso.”

2o TACivSP, ApCiv. 527.892 - 12ª Câm. - Rel. Juiz Roberto Midolla - j. 22.10.98 

“A indenização pelo dano moral independe do prejuízo econômico.” 

TAMG, ApCiv. 0182669-3 - ac. 6004 - 2ª Câm. - j. 04.10.9425[25]  

 

Dentre as alternativas para ingresso do consumidor em juízo, além das ações individuais citadas,

Amilton Plácido da Rosa aponta que os efeitos da condenação do ofensor na Ação Civil Pública são genéricos,

não assegurando, de imediato, o direito das vítimas. Seguindo a doutrina de Ada Pellegrini Grinover, verifica

24

25

Page 119: Curso De Reabilitação- Tire Seu Nome Do Spc E Serasa

que a condenação limita-se a fixar a responsabilidade e o dever do ofensor indenizar todas as suas vítimas,

sendo que os efetivos danos 

“serão apurados e qualificados em liquidação de sentença, movida por cada uma das vítimas, com

posterior execução e recebimento da importância correspondente à sua reparação. A condenação faz-se,

portanto, pelos danos causados, mas em termos ilíquidos, e o pagamento a cada credor corresponderá

exatamente aos danos sofridos."26[26]

   3.  A morosidade em favor do inadimplente   

Pois bem, se a morosidade do Judiciário pode causar enormes prejuízos ao inadimplente cujo nome foi

negativado, o que pensar do comércio em geral, que pode ficar concedendo crédito a devedores contumazes,

que passam anos (muitos!) discutindo suas pendências em Juízo. Como proteger o comércio daqueles que se

utilizam de todo ardil procrastinatório e levam seus litígios até o Supremo Tribunal? 

Eis o nó górgio da questão. O Ministério Público e o Poder Judiciário, na proteção de direitos

fundamentais, podem acabar por favorecer o locupletamento. 

“Os direitos humanos fundamentais não podem ser utilizados como um verdadeiro escudo protetivo

da prática de atividades ilícitas, nem tampouco para o afastamento ou diminuição da responsabilidade civil ou

penal por atos criminosos, sob pena de total consagração ao desrespeito a um verdadeiro Estado de

Direito.”27[27] 

Numa basilar linha de raciocínio, Manoel Gonçalves Ferreira Filho já identificava que “do princípio da

igualdade pode-se também deduzir a necessária proporção entre os meios e os fins”28[28]. Daí a necessidade

de análise caso a caso, o que não ocorre na Ação Civil Pública. 

Basta observar o caso concreto mencionado na 29[17], onde uma decisão liminar, proferida em 1999,

mantém os devedores que discutem seus débitos em juízo longe dos cadastros de inadimplentes. Quantos

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27

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fornecedores foram deliberadamente prejudicados ao longo de todo esse tempo? Quem deveria indenizá-los, o

Estado, pela morosidade do Judiciário30[29]? Se a resposta à ultima questão for afirmativa, em última análise, o

custo dessas indenizações recairia sobre quem não contribui para o resultado danoso dessa letargia, ou seja,

nós, contribuintes. 

4.  A questão da prescrição das dívidas no novo Código Civil 31[30] 

A égide do novo Código Civil não deixaria de lado as relações de consumo e, uma de suas alterações,

atinge o objeto do presente estudo, qual seja, a diminuição dos prazos prescricionais para a cobrança de

dívidas e a conseqüente exclusão das inscrições negativas nos bancos de dados, o que ocorria após cinco

anos32[31] e, agora, dois anos antes33[32]. 

Nessa situação, o fornecedor que vende a crédito deve exercer seu direito de ação contra o consumidor

inadimplente em, no máximo, três anos. Vale ressaltar exceção a essa regra, quando a negociação decorre de

contrato escrito34[33], o que, convenhamos, representa um diminuto percentual nas relações típicas de

consumo. 

Clarividentes os textos legais, a discussão que se trava nesse momento não é, portanto, aquela que diz

respeito ao prazo prescricional, mas sim à contagem desse prazo nas relações intertemporais, o que o

legislador procurou disciplinar no art. 2.02835[34], mas não foi suficientemente enfático, deixando uma lacuna

enorme a cargo da jurisprudência, porque 

“a interpretação literal levará ao absurdo de possibilitar que um ato ilícito praticado logo após a vigência

da lei nova, gere uma pretensão cuja prescrição vai terminar bem depois do que terminaria se tivesse iniciado

onze anos antes da lei nova. É ilógico!”36[35]. 

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Esse comento diz respeito às ações de reparação de danos – cujos prazos prescricionais foram

reduzidos de vinte para três anos, mas mostra-se adequado às relações de consumo, sendo certo que

“Estabelecendo a nova lei um prazo mais curto de prescrição, essa começara a contar da data da nova

lei, salvo se a prescrição iniciada na vigência da lei antiga viesse a completar-se em menos tempo, segundo

essa lei, que, nesse caso, continuará a regê-la, relativamente ao prazo.”37[36]

 

No que concerne as relações de consumo, se o devedor contraiu, há mais de dez anos38[37], obrigação

oriunda de contrato, o prazo para que o credor promova a cobrança continua sendo de vinte anos39[18], pois

mais da metade do prazo prescricional já se esvaiu. Noutro sentido, se a mesma obrigação foi contraída há

menos de dez anos, o prazo prescricional segue a nova regra, ou seja, cinco anos. 

Em sentido contrário, Roberto Alves Horta, não aceita a revogação dos citados dispositivos da Lei do

Consumidor, pelo novo Código Civil. 

“De início devemos enfatizar que, as estipulações acima não se contradizem, porquanto, o novo Código

Civil trata de prazo prescricional (3 anos) para haver o recebimento de um título de crédito (novos), na mediada

em que, o inciso em comento, excepcionou os títulos de crédito anteriores e criados por lei especial, e o

Código de Defesa do Consumidor, cuida de prazo para repasse de informações para fins de crédito, logo, os

seus objetivos e natureza jurídica são bem diferentes.”40[39] 

Na hipótese, o doutrinador fundamenta sua assertiva na proteção constitucional ao ato jurídico

perfeito41[40]. Tal interpretação parece similar àquela que autoriza os condomínios que estabeleceram multa por

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atraso superior aos dois por cento permitidos atualmente42[41], antes da vigência do novo Código, continuarem

cobrando o quanto foi convencionado, pois o contrário violaria o mesmo princípio constitucional.

A situação não é, entretanto, idêntica. Na primeira, o que se discute não é o ato jurídico representado

pela emissão do cheque, mas o direito do credor executar aquele título de crédito, ou seja, a limitação do novo

Código atinge, única e tão-somente, seu direito de ação. Na outra, o que se discute é a convenção condominial

revestida de agente capaz, objeto lícito e forma prescrita em lei (CC1916, 82). Há dissensão, afinal, acerca das

duas situações, o que não poderia ser diferente, pois estamos tratando de relações intertemporais e muito

haverá, ainda, que ser discutido a esse título. 

Conclusões 

Em síntese, não há como tratar do tema de forma genérica. O Judiciário deve ter um cuidado especial,

analisando caso a caso. De um lado, os bancos de dados e suas práticas abusivas, que devem ser coibidas; de

outro, a grande maioria dos devedores, que sofre as conseqüências do arbítrio; num obtuso lado da relação,

aqueles poucos que se aproveitariam da proteção destinada ao grupo anterior, para perpetuar seus golpes. 

Percebe-se, logo, que o título – conclusões – tem cunho meramente metodológico. Não há como ser

diferente! A contraposição do direito de cada parte envolvida nessas questões não nos permite, de fato,

concluir. 

Toda pessoa tem direito de saber com quem está negociando; toda pessoa tem direito ao contraditório

e à ampla defesa; todo comerciante tem direito de se proteger dos maus pagadores; todo indivíduo tem direito à

proteção da intimidade e ao sigilo das informações pessoais; todos têm direito à indenização por quaisquer

danos sofridos ... 

Enfim, diante desses paradoxos, quê direito deve prevalecer? Quem deverá ser beneficiado pelas

novas regras da prescrição? Alexandre de Moraes afirma que, havendo o conflito entre direitos fundamentais, o

42 [41] CC, 1.336, § 1o. O Condômino que não pagar a sua contribuição ficará

sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até

dois por cento sobre o débito.

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intérprete deve utilizar-se do princípio da concordância prática ou da harmonização, em busca do verdadeiro

significado da norma43[42], o que representa uma ampla margem discricional ao magistrado, que nem sempre

decidirá a partir de elementos objetivos. 

Indicações Bibliográficas

BITTAR, Carlos Alberto. Direitos do Consumidor, 4. ed. Rio de Janeiro : Forense Universitária, 1991.

CARVALHO, Milton Paulo de. Noções de Responsabilidade Civil aplicáveis ao tráfico jurídico moderno,

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HORTA, Roberto Alves Horta. O SPC, o novo Código Civil e Código do Consumidor. Jus Navigandi,

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SANTOS, Thiago José Ferreira dos. A prescrição à luz do novo Código Civil e a manutenção de

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RAMOS, Dircêo Torrecillas. Remédios Constitucionais, 2. ed. São Paulo : WVC, 1998.

43 [42] cf. Direitos Humanos Fundamentais, pp. 46-47.

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ROSA, Amilton Plácido da. Ação civil pública relativa ao Serviço de Proteção ao Crédito. Jus Navigandi,

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STOCO, Rui. Responsabilidade Civil e sua interpretação jurisprudencial, 4. ed. São Paulo : RT, 1999.

44[22] Dircêo Torrecillas Ramos. Remédios Constitucionais, 2. ed. São Paulo : WVC, 1998, p. 51.

45[23] Noções de Responsabilidade Civil aplicáveis ao tráfico jurídico moderno, in Um olhar sobre ética e

cidadania, Reflexão acadêmica 2. São Paulo : Mackenzie, 2002, p. 73.

46[24] cf. meu Direito à integridade psíquica, in Revista de Direito UnG, n. 2, Guarulhos : UnG, 2000, pp.

77-86.

47[25] No mesmo sentido: TAMG, ApCiv. 251177-9 - 1ª Câm. - Rel. Juiz N. Silva - j. 10.03.98; TAMG, ApCiv. 0226279-9 - ac. 10.431 - 3ª Câm. - j. 13.11.96; TAMG, ApCiv. 0253434-7 - ac. 18503 - 3ª Câm. - j. 06.05.98; TJDF, ApCiv. 4232096 - ac. 105418 - 5a T. - Rel. Des. José Dilermando Meireles - j. 07.05.98.

48[26] Ada Pellegrini Grinover, op. cit. p. 563, apud Amilton Plácido da Rosa [n. 4].

49[27] Alexandre de Moraes. Direitos Humanos Fundamentais, 3. ed. São Paulo : Atlas, 2000, p. 46.

50[28] Direitos Humanos Fundamentais, São Paulo : Saraiva, 1995, p. 111.

51[29] Josivaldo Félix de Oliveira. A Responsabilidade do Estado por ato lícito, São Paulo : Habeas ed,

1998, p. 87: “se o juiz causar prejuízo a alguém, p. ex., por demora na prestação jurisdicional, o Estado

responderá patrimonialmente”.

52[30] A esse respeito vale conferir: Thiago José Ferreira dos Santos, A prescrição à luz do novo Código

Civil e a manutenção de inadimplentes em órgãos de restrição de créditos. Jus Navigandi, Teresina, a. 7, n. 64,

abr. 2003. Disponível em <http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=3955>; Roberto Alves Horta. O SPC, o

novo Código Civil e Código do Consumidor. Jus Navigandi, Teresina, a. 7, n. 63, mar. 2003. Disponível em

<http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=3850>.

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53[31] CDC, 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no artigo 86, terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.

§ 1º. Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a 5 (cinco) anos.

§ 5º. Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores.

54[32] CC, 206, § 3o, VIII. Prescreve em três anos a pretensão para haver o pagamento de título de

crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial.

55[33] § 5o, I. Prescreve em 5 (cinco) anos a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes constante de instrumento público ou particular.

56[34] CC, 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de

sua entrada em vigor, já tiver transcorrido mais da metade do tempo da lei revogada.

57[35] Alan Martins e Antônio Borges de Figueiredo. Prescrição e decadência no Direito Civil, Porto

Alegre : Síntese, 2002, p. 50.

58[36] Idem, p. 49, em citação a Antônio Luís da Câmara Leal.

59[37] Lapso temporal contado, retroativamente, da data de vigência do novo Código Civil, ou seja, 11 de

janeiro de 2003.

60[38] CCom, 442. Todas as ações fundadas sobre obrigações comerciais contraídas por escritura pública ou particular, prescrevem não sendo intentadas dentro de 20 (vinte) anos.

61[39] O SPC, o novo Código Civil e Código do Consumidor [n. 30]

62[40] CF, 5o, XXXVI. A lei não prejudicará a coisa julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.

Referência Biográfica do Autor

Leonardo Freire Pereira  -  Advogado. Procurador-Chefe Municipal em Guarulhos. Especialista em Direitos da Cidadania. Mestrando em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie,

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na condição de bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES/MEC. Professor de Direito Constitucional e Prática de Direito Público na Universidade Cruzeiro do Sul – Unicsul. Professor de Ciência Política e Direito Constitucional na Universidade Guarulhos – UnG. Professor de Direito Constitucional do Prolegis Cursos Jurídicos. Presidente da Associação de Defesa do Consumidor de Guarulhos – ADECON. Coordenador dos cursos de atualização profissional da Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Guarulhos. Membro da Associação Brasileira dos Constitucionalistas – Instituto Pimenta Bueno.

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Antecipação da tutela para obstar registro nos órgãos de proteção ao crédito (CPC, art. 273)

João Antônio César da Motta

Advogado em São Paulo-SP

Sócio de Palhares, Advogados Associados S/C

 

Em princípio, há de se olhar sempre para a segurança do processo, ou nas palavras de Enrico Tulio Liebman, o objetivo de '... assegurar que o processo possa conseguir um resultado útil' (Manuale di Diritto Processuale, 1968, Vol. I, nº 36, p.92).

Evidentemente não se assegura um resultado útil à lide quando, pela demora do processo na solução do litígio, perpetua-se uma situação danosa que tende a agredir a necessária igualdade entre as partes litigantes. Aliás, '... a necessidade do processo para obter razão não deve reverter em dano de quem tem razão' (CHIOVENDA, Inst. Dir. Pr. Civ., I, nº 34).

E foi objetivando exatamente o suprimento desta lacuna processual que o legislador, através da nova redação dada pela Lei 8.952, de 13.12.94, dispôs no art. 273, e incisos, do Código de Processo Civil, verbis:

Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:

I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou

II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.

 

Segundo os mestres de processo, o exame para a tutela jurisdicional antecipatória prende-se à averiguação da presença da verossimilhança do direito evocado, conjuntamente com a possibilidade da ocorrência de dano de difícil ou incerta reparação, tudo a ser aferido em cognição sumária.

Aliás, sobre a cognição sumária o professor KAZUO WATANABE enaltecendo os pontos acima referidos e, principalmente, o ´carattere di strumentalità´ inerente ao pleito, conclui que:

"... a cognição sumária constitui uma técnica processual relevantíssima para a concepção de um processo que 'tenha plena e total aderência à realidade sócio-jurídica a que se destina, cumprindo sua primordial vocação que é a de servir de instrumento à efetiva realização dos direitos."

 

Da Cognição no Processo Civil, RT, 1987, p. 110

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Luiz Guilherme Marinoni, que dispensa apresentações, em sua esclarecedora obra sobre a antecipação da tutela, assim assesta:

A antecipação fundada no art. 273, inciso I, pode ser concedida antes de produzidas todas as provas tendentes à demonstração dos fatos constitutivos do direito, o que não acontece no caso do mandado de segurança. A antecipação é fundada na probabilidade de que o direito afirmado, mas ainda não provado, será demonstrado e declarado.

...

A tutela fundada em cognição sumária, como já foi dito, é uma tutela baseada em prova não suficiente para o juiz declarar a existência do direito.

A Antecipação da Tutela na Reforma do Processo Civil, Malheiros Editores, 1.995, págs. 24 e 67.

 

O art. 273, inciso I, do Código de Processo Civil, exige a prova inequívoca, capaz de convencer o juiz da verossimilhança da alegação; todavia, esta prova '... somente pode ser entendida como a "prova suficiente" para o surgimento do verossímil, entendido como o não suficiente para a declaração da existência ou da inexistência do direito' (Marinoni, ob. cit., pág. 67).

Nos dizeres de Carlo Furno (in Teoria de la Prueba Legal, pags. 48 e segts.) é necessária uma '... noção de verdade suficiente'. Sendo que tal noção de verdade, quando há a discussão judicial de contrato bancário, via de regra está sempre evidenciada nos autos.

E isso porque usualmente se depara o órgão jurisdicional com a ilegal prática da capitalização e excesso de juros, cláusula mandato, imposição de foro à escolha do estipulante, condição potestativa, implementação de cláusula 'solve et repete', da desobrigação de prestação de contas e tantas outras de que estão repletos os contratos preparados por instituições financeiras.

Assim, a parte que busca amparo junto ao Poder Judiciário não pode permanecer passivamente à espera que venha, futuramente, a ser realizado o seu direito, quando, então, poderá ser tarde demais.

E se diz tarde demais porque, como público e notório, a análise e concessão (ou não) do crédito se forma não por conceitos técnicos, mas sim por critérios arbitrários da corporação: litigar com alguma instituição financeira é ter as portas do mercado literalmente fechadas a qualquer pleito.

Nessa esteira, a conclusão lógica é que o SERASA – Centralização dos Serviços dos Bancos S/A. é a face visível deste cartel, o que configura violação direta ao art. 173, §§ 4º e 5º, da Constituição Federal, autorizando a aplicação da denominada ´disregard of legal entity´ para objurgar com firmeza as nefastas intenções de seus afiliados.

Para ilustrar a difícil situação em que poderá se encontrar quem recorre ao Poder Judiciário para discutir algum contrato bancário, imagine-se que, após o ajuizamento da demanda, a parte compareça a uma instituição financeira qualquer para buscar algum crédito, a fim de implementar alguma de suas atividades.

Chegando lá, fala com o gerente que, imediatamente, procede à verificação de seu cadastro, onde é encontrada uma restrição no SERASA.

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O crédito é negado. E não se espere que o gerente vá ouvir que a origem desta restrição é uma dívida fruto de ilegalidades que estão sendo questionadas, que se encontra pendente discussão judicial acerca deste débito. A restrição no SERASA constitui-se em bloqueio absoluto do crédito.

Nesta ordem de idéias, importante abrir um parêntesis para ressaltar que a ordem para não inclusão do nome da parte no cadastro das entidades de restrição de crédito não traz, em absoluto, qualquer prejuízo ao mercado financeiro, pois trata-se de inscrição ilegal, vez que o suposto débito em discussão perante o Poder Judiciário.

Mais ainda, a patologia judicial, a má-fé, o estelionato é a exceção que, verificada, deve ser severamente reprimida. Ora, quem viria residir em juízo para, com a não inscrição de seu nome no SERASA ou outros órgãos de restrição, buscar tomar créditos sem a intenção de pagar ??? Qual instituição financeira que, mesmo não constando restrição alguma, iria conceder crédito sem a constituição de adequadas garantias ???

Observe-se o Manual de Normas e Instruções do BACEN:

'... na realização de operações de crédito, deve exigir, do tomador de empréstimos, garantias adequadas e suficientes ...'

MNI - 16.7.8.1

 

 

Entretanto, noutra vereda, é incontras-tável que a abusiva manutenção do nome da parte nos bancos de dados, certamente, obstará a realização das mais básicas operações creditícias.

Somente para demonstrar a gravidade das conseqüências geradas pelo ato lesivo, cabe salientar que todas as instituições financeiras são proibidas de entregar talonários de cheques à correntistas que tiverem restrição cadastral, de acordo com o que dispõe o BACEN:

Art. 2º - No fornecimento de talonários de cheques, deve-se observar:

a) é vedada a entrega se o correntista ou seu procurador figurar no Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos (CCF) de que trata o Capítulo III deste Regulamento ou quando tiverem restrição cadastral;

...

Resolução n.º 1.631, de 24.08.1989.

 

Nos sistemas de proteção ao crédito o cliente negativo '... representa para aquele que vai lhe conceder um crédito, um cliente de risco com o qual é melhor não se envolver' (Lemes, Fábio Nogueira in Crédito e Crediário – Reabilitação de Cadastro Negativo, Ed. Edipro, 2ª ed., 1995. p. 49).

Entretanto, a jurisprudência assentada no egrégio SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA tem permitido a concessão de tutela antecipada para obstar o registro do nome daqueles que estão questionando a dívida em juízo, nos termos do art. 273, do Código de Processo Civil, verbis:

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Ação revisional. Dívida em juízo. Cadastro de inadimplentes. Serasa. Spc. Cadin. Inscrição. Inadequação. Precedentes do tribunal. Antecipação de tutela e processo cautelar. Recurso especial. Prequestionamento. Súmula/stf. Enunciado nº 282. Matéria fática. reexame. Inviabilidade na instância especial. Recurso desacolhido.

I - Nos termos da jurisprudência desta Corte, estando a dívida em juízo, inadequada em princípio a inscrição do devedor nos órgãos controladores de crédito.

II - Ausente o prequestionamento do tema, impossível a análise da insurgência no âmbito do recurso especial (enunciado nº 282 da Súmula/STF).

III - A pretensão de reexame de provas não enseja recurso especial, nos termos do verbete nº 7 da Súmula/STJ.

STJ - 4ª Turma, REsp. n.º 180.665/PE, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJU de 03/11/1998, p. 172.

 

Banco de dados. Serasa. Spc. Sdc. Inscrição de devedor. Ação de nulidade. Tramitando ação onde os devedores pleiteiam o reconhecimento da invalidade do título que teria sido preenchido com valores excessivos, mediante argumentação verossímil, pode o juiz deferir a antecipação parcial da tutela para cancelar o registro do nome dos devedores nos bancos de dados de proteção ao crédito. Art. 273 do CPC e 42 do CDC. Recurso conhecido e provido.

STJ - 4ª Turma, REsp. n.º 168.934/MG, Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, DJU de 31/08/1998, p. 103.

 

O egrégio 1º TACiv.SP, quanto a este aspecto, já decidiu sobre a possibilidade de antecipação da tutela:

Tutela antecipada – Serasa, Cadin, SPC e congênere – Não divulgação da inadimplência – Débito "sub judice" – Agravo provido em parte. Enquanto se discute o débito apresentado, ou, com mais precisão, a sua formação, não pode o SERASA ou outra instituição congênere divulgar, que mesmo às entidades bancárias associadas, o nome do devedor. Isso porque, a simples discussão sobre a sistemática da apuração do débito, não gera a certeza deste, o que, em princípio, não o torna exigível. Ademais, a divulgação do nome pode, nessas circunstâncias em que a cobrança seria excessiva, causar enormes prejuízos materiais e morais ao devedor que deve pagar apenas o que é devido, sem qualquer excesso.

1º TACiv.SP - 6ª Câm., Agr.Instr. n.º 817.014-1, j. 20/10/1998, Rel. Juiz Cândido Alem.

 

Tutela antecipada - Concessão em consignação em pagamento para determinar que o recorrente se abstenha de lançar o nome do recorrido nos serviços de proteção ao credito - Serasa - Admissibilidade - Impossibilidade da efetuação do cadastro somente para o recebimento de um credito contestado - Artigo 42 do Código de Proteção e Defesa do Consumidor - Recurso improvido.

1º TACiv.SP - 4ª Câm., Agr.Instr. n.º 754.467-3, j. 17/09/1997, Rel. Juiz Térsio Negrato.

 

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No mesmo sentido:

Crédito Em Discussão – Inclusão Do Nome Do Devedor Em Cadastro De Proteção Ao Crédito – Abusividade. Se o devedor discute, em ação própria, a dívida que lhe é cobrada, inclusive alegando-a paga, não se justifica a inclusão de seu nome em listas de proteção ao crédito, posto não se saber ainda se o mesmo é ou não inadimplente. Possível a tutela antecipada para a retirada do nome do devedor em listagem do SERASA, cuja continuidade certamente traz prejuízos irreparáveis ao mesmo, inclusive, constrangimentos e embaraços. Agravo De Instrumento Parcialmente Provido para o fim de retirada do nome no SERASA. Unânime

TJDF, Agr.Instr. n.º 0.11.163, j. 27/10/1998, Rel. Juiz Maria Beatriz Parrilha.

 

Isso sem falar que no 4º Congresso Brasileiro de Direito do Consumidor ('A Sociedade de Serviços e a Proteção do Consumidor no Mercado Global'), realizado em Gramado/RS, de 8 a 11 de março de 1998, foi aprovada por maioria, no Painel IV - Serviços Bancários e Financeiros, a seguinte conclusão:

1. No que concerne a cadastros de consumo, em face dos princípios regentes da Política Nacional das Relações de Consumo (CDC e Decreto 2.181) assiste ao consumidor (pessoa física ou jurídica)o direito de:

...

b) obter liminarmente, através de antecipação de tutela no bojo de ação revisional de contrato financeiro em que comprova a inexistência de débito (através de perícia técnica juntada aos autos), a baixa imediata de restrições cadastrais inferidas com relação a dados constantes das relações de consumo.

in Revista de Direito do Consumidor, nº 26, Abril/Junho 1998, RT, pág. 244

Nesse sentido é também a 11ª conclusão do CETARGS - Centro de Estudos do Tribunal de Alçada do Rio Grande do Sul, verbis:

Não ofende o direito do credor liminar obstativa da inscrição do nome do devedor em banco de dados de consumo, assim como impeditiva de que o credor comunique a terceiros registro de inadimplência que haja procedido em seu cadastro interno, durante a pendência de processos que tenham por objeto a definição da existência do débito ou seu montante.

 

Outrossim, e para finalizar a questão, há de se ver que o Serviço de Proteção ao Crédito, entidade de natureza igual a do SERASA – Centralização dos Serviços dos Bancos S/A., no art. 26 de seu Regulamento Nacional determina:

Artigo 26° - Caso exista comprovado litígio judicial acionado pelo devedor sobre a certeza da dívida, a informação do registro deverá ser suspensa, após regular citação.

 

O dispositivo acima representa o respeito que o Serviço de Proteção ao Crédito tem para com o Poder Judiciário, ao contrário do que ocorre no caso posto em questão, que serve como um verdadeiro Tribunal de exceção, considerando o cliente culpado sem que tenha havido o menor gesto do Juízo Natural em tal sentido.

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Necessário frisar, ainda, que a questão pertinente a existência da mora, com o ajuizamento da demanda, tornou-se substancialmente litigiosa, de forma que não parece prudente aceitar uma posição inerte do Poder Judiciário, principalmente, à guisa de toda ilustração levada à Juízo.

A pretensão quanto a possibilidade de registro nos órgãos de proteção ao crédito, obviamente, se assenta na mora (inadimplemento + culpa). Na existência de inadimplemento culposo da parte no cumprimento de suas obrigações perante a instituição financeira.

É que, ao que se tem por certo, ex vi legis a caracterização da mora não se confunde com inadimplemento, sendo que quem está ao abrigo de uma exceção (capitalização dos juros, p.ex.:), não se encontra em mora posto que a rigor do art. 963 do Código Civil, somente se entende em mora o inadimplemento culposo e não o inadimplemento inocente, que não está presente quando há invalidades no pacto negocial.

Mais uma vez: Da norma legal (CCB, art. 963), extrai-se que a mora não decorre, exclusivamente, do não pagamento, porquanto a obrigação do devedor é a de pagar o devido. Se o credor está a exigir o que não é devido, por óbvio, não surge para o devedor o dever jurídico de pagar.

Enquanto o credor não se dispuser a receber somente o que lhe é realmente devido – se é que é devido – o devedor pode reter o pagamento, na forma da lei (CCB, arts. 939 e 955), sendo que a cobrança excessiva torna o inadimplemento justificado (CCB, art. 963).

Necessário é trazer à baila o escólio do insigne CARVALHO SANTOS, quando ensina que a mora pressupõe o retardamento injusto, imputável ao devedor (in Código Civil Brasileiro Interpretado, vol. XII, p. 310), sendo ainda que:

Ainda mais: é essencial que o devedor saiba o que deve, o quanto deve, a quem deve fazer a prestação. Desses requisitos resultam estas conseqüências geralmente aceitas: a) quem é protegido por uma exceção não entra em mora até que haja decisão sobre o que alega ...

Ob.Cit., p. 317

Neste exato sentido a jurisprudência:

Se se exclui da execução várias parcelas, por serem exorbitantes, é óbvio que o credor estava a cobrar mais do que podia e mais do que o devedor devia. Logo, é injusto debitar mora aos apelantes-embargantes, com a conseqüente imposição da pena convencional. Exclui-se-a, portanto.

TARGS - 9ª Câm. Cível, julgando o Agr. Instr. n.º 192.249.282, em 9 de fevereiro de 1993, Rel. Juiz __.

 

REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING). INDEFERIMENTO DA MEDIDA LIMINAR. Cobrança de juros capitalizados – impossibilidade – ausência de mora – esta pressupõe culpa do devedor.

No contrato de arrendamento mercantil se a arrendante procede a capitalização de juros, o que é defeso, não se caracteriza a mora do devedor. Esta pressupõe culpa no cumprimento da obrigação.

TAPR - Agrav. de Instr. n.º 107.946-1, de Curitiba-PR, rel. Juiz Lauro Laertes de Oliveira

 

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E mais:

Mora. Culpa do Devedor.

Não há mora do devedor quando inexistente culpa sua, elemento exigido pelo artigo 963 do CC para sua caracterização.

Inexistindo mora, descabe condenar em juros moratórios e em multa.

STJ - 4ª Turma, REsp. nº 82.560-SP, rel. Min. Ruy Rosado, DJU 20/05/1996, Seção 1, p. 16.717

 

 

E nem se diga que, se o credor está a exigir mais do que o devido, impunha-se a consignação. Em primeiro, porque o raciocínio é equivocado, eis que:

Processo Civil. Consignação em Pagamento. Faculdade do Devedor, Mesmo que se Encontre em Mora.

O devedor não está obrigado a consignar a quantia devida, podendo ajuizar ou não a ação.

...

STJ - 2ª Turma, REsp. nº 38.204-RJ, rel. Min. Hélio Mosimann, DJU 27/05/1996, Seção 1, p. 17.844

 

Em segundo, os direitos subjetivos de natureza material, de regra, armam o seu titular de duplo instrumento, qual seja: a ação e a exceção. A ação, sabidamente, é a faculdade que tem o titular de um direito subjetivo de exigir em juízo; já as exceções de direito material correspondem à forma reativa do direito subjetivo.

Ao titular de um direito subjetivo, armado de ação, pode não convir o exercício desta faculdade. Sendo este mesmo direito dotado de exceção de direito material, pode ela ser utilizada como matéria de defesa em contestação.

É o caso do devedor de quem se exige mais do que o devido. Tanto pode ele acionar o credor para obter a devida quitação (consignação em pagamento), como pode reter o pagamento, até que o credor se disponha a fornecer a quitação regular. Esta segunda faculdade, que se constitui em exceção de direito material, pode ser oposta como matéria de defesa na ação em que se lhe exigir o pagamento.

Portanto, inexistindo a presunção de mora, não havendo prejuízo ao Sistema Financeiro Nacional e, principal-mente, havendo clara posição de dano à parte, não há porque se furtar o órgão jurisdicional, quando provocado, em constituir antecipação de tutela, de sorte que o banco se abstenha de positivar o nome da parte em qualquer órgão de restrição ao crédito, até final julgamento da demanda ou, ao menos, até que se realize cognição exauriente das provas.

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Pedido de certificado de existência de dívidas ao Estado:

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Exmo. SenhorChefe do Serviço de Finanças de.......

.....................Lda, com domicílio na Rua ............. e o número fiscal................., por motivo de .............................

(explicar qual o motivo), requer a V.Exa. que se digne mandar passar-lhe certidão onde seja certificado se tem

alguma dívida para com a Fazenda Nacional, relativamente aos últimos cinco anos.

Espera deferimento.Data:(assinatura)

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de Marília-SP; à qual competir a presente por distribuição.

ROSÂNGELA DELLA JUSTINA KAHRIG, brasileira, solteira, profissão, residente e domiciliada na Rua ............., n.º ....., nesta cidade de Marília, por seus advogados que assinam no final (proc.j.), onde recebem intimações e notificações na Rua Marrey Júnior, n.º 79, Fragata, nesta cidade de Marília-SP., vem respeitosamente perante V. Exa., com fundamento nos artigos 796 e seguintes do CPC, propor contra INTELIG TELECOMUNICAÇÕES LTDA – 23 INTELIG, empresa privada de serviços de Telecomunicações, inscrita no CNPJ n.º 02.421.421/0006-26, estabelecida e situada na Avenida Brigadeiro Faria

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Lima, n.º 1309 – 5º/6º Andar, CEP 01451-000, Jd. Paulistano, na cidade de São Paulo-SP., a presente MEDIDA CAUTELAR INOMINADA, para que mande retirar do cadastro do SERASA CENTRALIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE BANCOS S/A, o NOME e CPF da requerente, o que faz com fundamento nas razões de fato e de direito, que passa a deduzir, e com as quais espera seja deferida a tutela perseguida.

1º) DOS FATOS

A autora era detentora dos direitos de uso da linha telefônica de n. 433-6524, número esse que foi de responsabilidade da requerente até o dia 18/12/00, quando, por motivos de ordem técnica da empresa Telefônica – Telecomunicações de São Paulo S.A – TELESP, o número da linha telefônica foi alterado para 423-4304, tudo conforme se pode observar pela inclusa carta enviada para a autora pela referida empresa.

Não obstante a autora tivesse seu número alterado pela telefônica, a empresa ré, de maneira extremamente arbitrária e abusiva, continuou a cobrar da autora, as ligações efetuadas pela linha de número 433-6524, o qual não mais era de sua responsabilidade.

Necessário se reiterar que a autora, conforme documento anexo, foi responsável pela linha telefônica de número 433-6524 até a data de 18/12/00, e a Operadora ré – 23 INTELIG -, se diz credora na utilização de ligações telefônicas realizadas no final do ano de 2002, ou seja, muito depois da mudança do número da linha telefônica da autora, pelo que, claro e evidente que tais ligações não são de sua responsabilidade.

E pior, a autora teve seu nome negativado junto ao SERASA, pelo não pagamento de contas relativas a sua antiga linha telefônica, tudo como se pode observar cotejando as contas em anexo com o informativo da TELEFÔNICA.

Certo é que a requerente não tem qualquer débito em aberto para com a Operadora ré, pois a autora utilizou a linha telefônica (14) 433-6524 até o dia 18/12/00, ocasião em que teve seu número alterado para (14) 423-4304.

Há de se convir, que até a presente data consta o nome da requerente negativado no SERASA, e por conseqüência desta situação, se vê atrapalha em exercer suas atividades do dia a dia, realizar novos investimentos, sofrendo nitidamente transtornos e prejuízos na gestão de sua vida de recém formada, principalmente nas atividades que dependam de crédito.

Como não bastasse o clima de aborrecimento e humilhação sofrido quando obteve a declaração do SERASA, a requerente ainda viveria outro drama, i.e., por várias vezes, ao dirigir-se a estabelecimentos comerciais para efetivar compras, foi constantemente informada pelos vendedores e/ou gerentes que não poderia gozar de benefícios do crediário, uma vez que estava registrada no SERASA e não dispunha, portanto, de crédito algum.

Tais humilhações estão ocorrendo até a presente data, e não raramente, outras pessoas que estavam perto da requerente (consumidores, vendedores, funcionários, etc...) ouviam a respeito de sua “condição”, fitando-se com um misto de desconfiança e sarcasmo, com risos irônicos ao redor da requerente em evidente constrangimento à sua moral, e o mais grave ou gravíssimo, tudo isso por um motivo indevido que a requerente não deu causa alguma.

Assim, MM. Juiz,

a autora não vê alternativa, senão buscar tutela jurisdicional no sentido de ser compelida a acionada a retirar o nome da autora do SERASA, uma vez que a negativação foi indevida e está a causar prejuízos inomináveis a acionada.

2º) DO DIREITO

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A pretensão da requerente está devidamente amparada pelo artigo 5°, inciso XXXV; XXXVII; LIV; e LV da CF/88, bem como no artigo 799 do Código de Processo Civil, que aduz :

"Poderá o juiz, para evitar o dano, autorizar ou vedar a prática de determinados atos..."

Verifica-se veementemente que é o caso dos autos, devendo este r. Juízo autorizar a retirada do nome da requerida junto ao SERASA, pois, como consta nos autos, a prova documental é clara e inconstestável, razão pela qual, A MEDIDA CAUTELAR poderá ser regularmente aplicada, para o fim, de evitar maiores prejuízos de difícil ou impossível reparação patrimonial e moral da requerente.

Requer, assim, seja antecipadamente “in initio et inaldita altera pars”, determinada ordem de retirada de qualquer espécie de restrição em nome da requerente por ato da requerida, com a conseqüente expedição de ofício para o SERASA, sito, na Rua José Bonifácio, n.º 367, Centro, na cidade de São Paulo-SP., CEP 01003-905; no sentido de cancelar a negativação do nome da requerente em seus arquivos, especialmente nos registros interbancários, até que haja pronunciamento final desse r. Juízo, evitando-se, assim, prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação para o requerente.

Justifica-se a concessão de medida liminar 'inaudita altera pars' ainda quando ausente a possibilidade de o promovido frustar a sua eficácia, desde que a demora de sua concessão possa importar em prejuízo, mesmo que para o promovente.

3º) dos requisitos ensejadores da liminar postulada

No caso em tela, “data venia”, tanto o “periculum in mora” quanto o “fumus boni juris”, se fazem presentes.

Os dispositivos constitucionais e legais apontados no item anterior, em consonância com os documentos que acompanham a inicial, deixam claro o requisito para a concessão da medida "inaudita altera pars", para o fim, de evitar maiores danos para a requerente, e ademais completa-se o requisito do "periculum in mora", o fato de a requerente estar impossibilitada de exercer suas atividades da vida cotidiana, realizar investimentos, e outras necessárias para o desempenho de seu mister, bem como as atividades que dependam de crédito, transações bancárias, sendo inadmissível esta situação para a requerente, que é pessoa recém formada e que está tentando adentrar ao “tão famigerado mercado de trabalho”.

4º) dos danos morais e da ação a ser proposta

Como já adredemente explicitado, as conseqüências pelo encaminhamento indevido do nome da autora ao SERASA, tem gerado conseqüências danosas não só a esta, como cidadã comum, mas também a toda a sua família, causando constrangimentos diários.

O abalo de crédito provocado é inequívoco e incontestável, devendo ser igualmente indenizado, segundo as especificações a serem aduzidas por ocasião da ação principal.

A autora, após concedida a medida liminar que requererá a final, e dentro do prazo legal, pretende propor ação ordinária de anulação de título (fatura) c/c indenização por danos materiais e morais, o que fará nos termos da legislação civil em vigor.

5º) DO PEDIDO

Ante ao exposto, diante da inexistência de débito que comprova a irregularidade da negativação, requer a autora de V. Exa., se digne:

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a) a concessão de LIMINAR, para que seja imediatamente retirado o nome da autora do SERASA ou qualquer outro Serviço de Proteção ao Crédito, mediante ofício, referente a qualquer negativação por parte da empresa ré;

b) seja determinado à empresa ré que se abstenha de negativar novamente o nome da autora em relação a ligações relativas a linha telefônica 433-6524, realizadas a partir do dia 18/12/00, arbitrando-se,desde já, multa diária no valor de R$1.000,00 (um mil reais), em caso de desobediência da ordem judicial;

c) a procedência do pedido, para em sentença final, condenar a requerida a retirar definitivamente, o nome da autora do SERASA, nos moldes em que foi requerido no corpo da presente peça;

d) determinar a CITAÇÃO da requerida, na pessoa de seu representante legal, por via correio/AR (art. 222 CPC), no endereço do preâmbulo, para que, querendo, apresente defesa, dentro do prazo legal, sob pena de confissão e revelia, com observância no disposto do art. 285 do CPC;

e) a condenação da ré aos encargos da sucumbência, custas, despesas e demais consectários legais;

f) seja intimado o douto representante do Ministério Público para manifestação

g) seja determinada a inversão do ônus probatório, tendo em vista se tratar de relação de consumo, nos termos do art. 3º, §2º e art. 6º, inciso VIII, ambos do Código de Defesa do Consumidor.

h) seja concedido à requerente os benefícios da justiça gratuita, nos termos da lei 1.060/50, por tratar-se de pessoa pobre e sem condições de arcar com as despejas processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua família.

5º) MEIOS DE PROVA

Protesta a requerente provar o alegado por todos os meios de provas em direitos admitidos, notadamente pelo depoimento pessoal do representante legal da requerida, que desde já fica requerido, sob pena de confesso, prova testemunhal, documental e pericial se necessário, e enfim, protesta por todos os meios de provas permitidos por lei

6º) VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$5.000,00 (cinco mil reais), para fins judiciários.

Termos em que, juntando a esta instrumento de procuração, guia de recolhimento de taxa da OAB, xerox de

declaração de pobreza, xerox de comprovante de pagamento de várias contas telefônicas e outros

documentos,

pede deferimento.

Marília, 15 de janeiro de 2004.

p.p. Renato Garcia Quijada OAB/SP. 185.129

Advogado

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