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Curso EaD – Quem Mexeu no Nosso Currículo?
Considerações teórico-práticas sobre a BNCC
Módulo III
O materialismo histórico
dialético
10h
Coordenação:
Equipes dos DPPPE e DEF e
Profa. Dra. Meire Cristina dos
Santos Dangió
Solicitamos mais um pouco de persistência
para a continuidade dos nossos estudos
A Persistência da Memória é um quadro do pintor surrealista Salvador Dalí.
A tela foi produzida em 1931 em menos de cinco horas e tem dimensões pequenas (24cm x 33cm).
Retomemos algumas considerações importantes sobre
COMPETÊNCIAS
e CAPACIDADES
A capacidade de transformar a realidade exige ações e operações
imbuídas de conhecimentos e habilidades.
A pensadora Acácia Zeneida Kuenzer tem uma profícua produção
bibliográfica acerca do tema competências.
Sobre a forma como se relacionam conhecimento e
competências no trabalho e na escola, ela afirma
que “a competência assume o significado de um
saber de natureza psicofísica, antes derivado da
experiência do que de atividades intelectuais que
articulem conhecimento cientifico e formas de
fazer” (KUENZER, 2002, p.1 apud BOSCHETTI, 2014, p. 41).
SIGNIFICADO DE COMPETÊNCIA
derivado da experiência e não de atividades
intelectuais que articulem conhecimento cientifico
e formas de fazer (KUENZER, 2002, p.1 apud BOSCHETTI, 2014, p. 41).
SIGNIFICADO DE CAPACIDADE
derivado da apropriação de conhecimentos
científicos, artísticos e filosóficos e de sua
articulação com a prática social.
O conceito de competência se aproxima mais do
conceito de saber tácito (uma espécie de resenha
de conhecimentos esparsos e práticas laborais
obtidas pelos trabalhadores a partir das diferentes
oportunidades a que tiveram acesso e de suas
subjetividades) do que do saber teórico adquirido
em ambiente escolar ou didático.
Estes saberes são tácitos exatamente porque não se ensinam e/ou não
são passíveis de explicação, não são sistematizáveis e tampouco tem
relações identificáveis com o conhecimento teórico.
(BOSCHETTI, 2014, p. 41)
Relação entre conhecimento e competência
O lugar de desenvolver competências, que por sua vez mobilizam
conhecimentos, mas que com eles não se confundem, é a prática social e
produtiva.
Atribuir à escola a função de desenvolver competências é
desconhecer sua natureza e especificidade enquanto espaço de
apropriação do conhecimento socialmente produzido, e, portanto,
de trabalho intelectual com referência à prática social, com o que, mais
uma vez, se busca esvaziar sua finalidade, com particular prejuízo para
os que vivem do trabalho. (KUENZER, 2002, p.17)
Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw=1366&bih=608&tbm
=isch&sxsrf=ACYBGNS2oexocIt-XptWo8tkSnG5KWp-
A importância do conhecimento para a produção social
da existência humana mediada pelo trabalho.
O conhecimento constrói-se pela busca histórica de compreensão da
realidade em sua essência, ultrapassando suas aparências
fenomênicas.
A educação comprometida com a possibilidade de os trabalhadores
tornarem-se dirigentes deve, então, proporcionar a compreensão da
realidade social e natural, com o fim de dominá-la e transformá-la.
Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&bi
Assim, todos os indivíduos
devem ter acesso a esses
conhecimentos, como meio de
compreensão da realidade o mais
objetivamente possível em cada
momento histórico. (RAMOS, 2003, p.19)
Então...
O mais importante para a escola é oportunizar o
desenvolvimento de capacidades humanas
imprescindíveis ao gênero humano, pois somente dessa
forma cada um, de posse das habilidades advindas dos
conhecimentos apropriados, poderá contribuir para a
transformação da sociedade em que vivemos.
Ser competente é importante, mas ter suas
capacidades desenvolvidas é fundamental!!!
Fonte:https://www.google.com/sea
rch?rlz=1C1GCEA_enBR791BR7
91&biw=1366&bih=657&tbm=isch
&sxsrf=A
Muito bem!!! Quantas reflexões!!!
Quantas questões para se pensar, não é mesmo???
Vamos ao resumo da ópera
Pedagogia das Competências!
Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR7
Precisamos resumir!!!
Não aguentamos
mais tantos conteúdos e
tantas reflexões!!!
Ok!!!
Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR7
O modelo de competências,
com sua tendência de padronizar e
homogeneizar a educação, tem uma
tendência destrutiva – “Destrói-se a
diversidade, a cultura, não se
considera uma série de coisas que
sempre foram importantes. (…)
A lógica do modelo de competências,
para mim, é disciplinadora e fabril.
É o modelo de organização da
fabrica traduzido para a organização
escolar.” (MANFREDI, 2010, p.3-4) .
A pedagogia das
competências “acaba
minimizando a importância
da transmissão dos
fundamentos de cada área
do saber, ou seja, de
conhecimentos que
permitirão a compreensão
dos atuais
desdobramentos das
ciências e das
humanidades.” (ZIBAS, 2007, p.4).
O modelo de competências
é individualista e possui
um comportamento
binário, ou seja, ou se tem
ou não se tem.
(MANFREDI, 2010, p.3-4) .
O modelo de competências é individualista e possui um
comportamento binário, ou seja, ou se tem ou não se
tem.
Lógica binária???
O que seria isso???
Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw=1366&bih=608&tbm=isch&sxsrf=A
Obra: O pensador
Artista: Rodin
O ônibus sucateado é uma parede grafitada! Uma belíssima obra anamórfica de autoria do grafiteiro português
Sergio Odeith! Ele publicou essas mesmas fotos em sua página, no Facebook, no dia 12 de agosto de 2019!
Diga-se de passagem, as fotos se tornaram um grande sucesso na internet. Somente essa publicação já rendeu
mais de 30 mil compartilhamentos. Fonte:http://www.e-farsas.com/arte-ou-realidade-a-verdade-sobre-o-onibus-sucateado-que-viralizou-na-internet.html
Isto é uma parede ou um ônibus? Ou isto ou aquilo?
Não poderia ser os dois em momentos diferentes?
Para entendermos sobre lógicas e
suas leis e podermos compreender o
mundo na sua essência, passaremos
ao segundo bloco de slides que trará
conteúdos sobre a lógica dialética.
Até lá!!!
Referências
BOSCHETTI, L. P. Z. A pedagogia das competências: estudo de caso em um curso de
tecnologia da UTFPR, Dissertação de Mestrado, 2014, 130 f.
KUENZER, A. Z. Conhecimento e competências no trabalho e na escola, 2002. Disponível em:
<www.educacao.rs.gov.br/dados/seminariointernacional/acacia_kuenzer_conhec_compet_trab_esc.pd
f>. Acesso em: 07 set. 2019.
MANFREDI, S. M. Uma crítica à pedagogia das competências, 2010a. Disponível em:
<http://revista.facsenac.com.br/index.php/edupro/article/viewFile/228/pdf_7>. Acesso em: 07 set.
20139
RAMOS, M. N. É possível uma pedagogia das competências contra-hegemônica? Relações
entre pedagogia das competências, construtivismo e neopragmatismo, 2003. Disponível
em:<www.revista.epsjv.fiocruz.br/upload/revistas/r39.pdf>. Acesso em 07 set.2019.
ZIBAS, D. M. L. O perverso impasse latino-americano: qualidade da educação x pobreza, 2007.
Disponível em:
<www.fcc.org.br/conteudosespeciais/difusaoideias/pdf/perverso_impasse_latinoAmericano_qualid
adeEducacaoXpobreza.pdf>. Acesso em: 07 set. 2019.