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CURSO JORNADA DE TRABALHO PROFª ALINE LEPORACI DURAÇÃO DO TRABALHO – JORNADA A Duração do Trabalho é uma expressão mais genérica, que abrange tanto o horário de trabalho como a jornada, com os seus períodos de descanso, tratando-se, inclusive, de capítulo específico da Consolidação das Leis do Trabalho.

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DURAÇÃO DO TRABALHO – JORNADA

A Duração do Trabalho é uma expressão maisgenérica, que abrange tanto o horário detrabalho como a jornada, com os seus períodosde descanso, tratando-se, inclusive, de capítuloespecífico da Consolidação das Leis doTrabalho.

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- COMPOSIÇÃO DA JORNADA - CRITÉRIOS DE COMPOSIÇÃO DAJORNADA

A) Tempo efetivamente trabalhado – por este critério estariamcomputados apenas os períodos de trabalho, excluídos o tempo àdisposição em que o empregado não esteja efetivamente prestandoserviços, eventuais paralisações, etc. Tende a ser rejeitado em razão daredação do Art. 4º, CLT, e porque empregado acabaria assumindo riscosdo negócio.

B) Tempo à Disposição – empregado à disposição do empregador,independente de ocorrer ou não efetiva prestação de serviços. A ordemjurídica brasileira adota este critério - Art. 4º e parágrafos, CLT – alteraçãocom a reforma trabalhista.

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CLT, Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que oempregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executandoordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

§ 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não serácomputado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, aindaque ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 destaConsolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteçãopessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas,bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exerceratividades particulares, entre outras:

I - práticas religiosas; II - descanso; III - lazer; IV - estudo; V -Alimentação; VI - atividades de relacionamento social; VII -higiene pessoal; VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houverobrigatoriedade de realizar a troca na empresa.

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A inovação legislativa efetiva, em verdade, tem ligação com aintrodução de um § 2º ao art. 4º da CLT, trazendo exceções àregra geral do caput do artigo, na medida em que, agora, nãomais se considera à disposição do empregador quando oempregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal,em caso de insegurança nas vias públicas ou intempéries,assim também nos casos em que o trabalhador permanecernas dependências da empresa para realização de atividadesparticulares, entre as quais, práticas religiosas, descanso,lazer, estudo, alimentação, relacionamento social, higienepessoal e troca de roupa ou uniforme, superando oentendimento consagrado na Súmula n.º 366 do TST, partefinal.

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Cabe ressaltar que é indispensável que apermanência do empregado para essas atividadesseja espontânea e no seu interesse particular –assim, nas situações em que o empregador impuserao operário que, por exemplo, participe de reuniõese treinamentos após o horário de trabalho ouquando houver obrigatoriedade da troca deuniforme no próprio local de trabalho, estaremos emperíodos em que o empregado está à disposição doempregador.

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C) Tempo de Deslocamento – tempo despendido peloempregado no deslocamento residência – trabalho – residência.Tem sido acolhido pela legislação previdenciária (acidente detrabalho), mas não pela legislação trabalhista – não cômputo nohorário de trabalho (Art. 58, §2º, CLT).

CLT, Art. 58, § 2º - O tempo despendido pelo empregado desde asua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho epara o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio detransporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não serácomputado na jornada de trabalho, por não ser tempo àdisposição do empregador.

Horas in itinere – revogação pela Reforma Trabalhista.

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D) Tempo de Sobreaviso – período integrante docontrato de trabalho e do tempo de serviço em queo ferroviário permanece em sua casa aguardando, aqualquer momento, chamado para ir trabalhar –Art. 244, §2º, CLT. Aplicação analógica? Súmula428, C. TST. # Tempo de Prontidão – Art. 244, §1º,CLT.

Utilização de bips e celulares

E após o atendimento do chamado ao trabalho?

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CLT, Art. 244, 2º Considera-se de "sobreaviso" o empregadoefetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando aqualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de"sobreaviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, Ashoras de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas àrazão de 1/3 (um terço) do salário normal.

§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nasdependências da estrada, aguardando ordens. A escala deprontidão será, no máximo, de doze horas. As horas deprontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de2/3 (dois terços) do salário-hora normal.

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Súmula nº 428 do TSTSOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT (redaçãoalterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res.185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012

I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pelaempresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime desobreaviso.

II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetidoa controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados,permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando aqualquer momento o chamado para o serviço durante o período dedescanso.

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- PEQUENAS VARIAÇÕES DE HORÁRIO DE TRABALHO

Art. 58 - § 1o e Súmula nº 366 - TSTCLT, Art. 58, § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornadaextraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cincominutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

Súmula nº 366 do TSTCARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM ESUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova redação) - Res. 197/2015 - DEJTdivulgado em 14, 15 e 18.05.2015Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações dehorário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limitemáximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada comoextra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo àdisposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas peloempregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal,etc).

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TRABALHO A TEMPO PARCIAL

CLT, Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquelecuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade dehoras suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração nãoexceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo deaté seis horas suplementares semanais.

§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcialserá proporcional à sua jornada, em relação aos empregados quecumprem, nas mesmas funções, tempo integral.

§ 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcialserá feita mediante opção manifestada perante a empresa, na formaprevista em instrumento decorrente de negociação coletiva.

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§ 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas como acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.

§ 4o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial serestabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horassuplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para finsdo pagamento estipulado no § 3o, estando também limitadas a seis horassuplementares semanais.

§ 5o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão sercompensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução,devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, casonão sejam compensadas.

§ 6o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter umterço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.

§ 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 destaConsolidação.

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HORAS EXTRAORDINÁRIAS

CLT, Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horasextras, em número não excedente de duas, por acordo individual,convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.

§ 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta porcento) superior à da hora normal.

BANCO DE HORAS

§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordoou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia forcompensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira quenão exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanaisde trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horasdiárias.

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§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho semque tenha havido a compensação integral da jornadaextraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste artigo, otrabalhador terá direito ao pagamento das horas extras nãocompensadas, calculadas sobre o valor da remuneração nadata da rescisão.

§ 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigopoderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde quea compensação ocorra no período máximo de seis meses.

§ 6o É lícito o regime de compensação de jornadaestabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para acompensação no mesmo mês.

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CLT, Art. 59-B. O não atendimento das exigências legaispara compensação de jornada, inclusive quandoestabelecida mediante acordo tácito, não implica arepetição do pagamento das horas excedentes à jornadanormal diária se não ultrapassada a duração máximasemanal, sendo devido apenas o respectivoadicional.

Parágrafo único. A prestação de horas extras habituaisnão descaracteriza o acordo de compensação de jornadae o banco de horas.

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MODALIDADES DE JORNADA

REGRA - Jornadas Controladas – a prestação de serviços écontrolada pelo empregador através de efetiva fiscalização, e casohaja a extrapolação do limite normal há o pagamento das horastidas como extras (ou concessão de compensação de jornada).

A lei somente estabelece procedimentos especiais para essecontrole em estabelecimentos com mais de 10 empregados(necessidade de marcação da jornada – Art. 74, §2º, CLT / pré-assinalação da jornada).

Obrigatoriedade de Registro da Jornada – Art. 74, §2º, CLT X Art.611-A , X, CLT

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CLT, Art. 74, § 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadoresserá obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual,mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especialde Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de repouso.§ 3º Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dosempregados constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu poder,sem prejuízo do que dispõe o caput deste artigo.§ 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornadaregular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ouacordo coletivo de trabalho.

CLT, Art. 611-A, X:Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm

prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:X - modalidade de registro de jornada de trabalho;

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Súmula nº 338 do TST - JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA(incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res.129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registroda jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentaçãoinjustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidadeda jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)

II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista eminstrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)

III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformessão inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo àshoras extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial sedele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003)

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Cartões de ponto apócrifos e sua validade

Jornadas não Controladas :

CLT, Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto nestecapítulo:I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com

a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotadana Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro deempregados;II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos degestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo,os diretores e chefes de departamento ou filial.III - os empregados em regime de teletrabalho.

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DO TELETRABALHO

CLT, Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regimede teletrabalho observará o disposto neste Capítulo.

CLT, Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviçospreponderantemente fora das dependências do empregador, com autilização de tecnologias de informação e de comunicação que, porsua natureza, não se constituam como trabalhoexterno. Parágrafo único. O comparecimento àsdependências do empregador para a realização de atividadesespecíficas que exijam a presença do empregado noestabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.

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CLT, Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade deteletrabalho deverá constar expressamente do contratoindividual de trabalho, que especificará as atividades que serãorealizadas pelo empregado.

§ 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial ede teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes,registrado em aditivo contratual.

§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalhopara o presencial por determinação do empregador, garantidoprazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondenteregistro em aditivo contratual.

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CLT, Art. 75-D. As disposições relativas àresponsabilidade pela aquisição, manutenção oufornecimento dos equipamentos tecnológicos e dainfraestrutura necessária e adequada à prestação dotrabalho remoto, bem como ao reembolso dedespesas arcadas pelo empregado, serão previstas emcontrato escrito.

Parágrafo único. As utilidades mencionadasno caput deste artigo não integram a remuneração doempregado.

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CLT, Art. 75-E. O empregador deverá instruir osempregados, de maneira expressa e ostensiva,quanto às precauções a tomar a fim de evitardoenças e acidentes de trabalho.

Parágrafo único. O empregado deverá assinar termode responsabilidade comprometendo-se a seguir asinstruções fornecidas pelo empregador.

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JORNADAS ESPECÍFICAS DE TRABALHO

Turnos Ininterruptos de Revezamento – previsão no Art. 7º, XIV, CR/88 quedetermina jornada de seis horas, salvo negociação coletiva.

Como caracterizar?

Súmula nº 423 do TSTTURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHOMEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. (conversão da OrientaçãoJurisprudencial nº 169 da SBDI-1) Res. 139/2006 – DJ 10, 11 e 13.10.2006)Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio deregular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos derevezamento não têm direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.

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Súmula nº 360 do TST

TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. INTERVALOS INTRAJORNADA ESEMANAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cadaturno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno derevezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988.

Orientação Jurisprudencial, 360, SDI-1/ TST - TURNO ININTERRUPTO DEREVEZAMENTO. DOIS TURNOS. HORÁRIO DIURNO E NOTURNO.

CARACTERIZAÇÃO(DJ 14.03.2008)Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador queexerce suas atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em doisturnos de trabalho, que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno eo noturno, pois submetido à alternância de horário prejudicial à saúde, sendoirrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma ininterrupta.

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Jornada 12x36

CLT, Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, éfacultado às partes, mediante acordo individual escrito, convençãocoletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalhode doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso,observados ou indenizados os intervalos para repouso ealimentação.

Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previstono caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descansosemanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão consideradoscompensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quandohouver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 destaConsolidação.

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Súmula nº 444 do TST – NECESSÁRIA REFORMULAÇÃO PELO TSTJORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12POR 36. VALIDADE. - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26e 27.09.2012 - republicada em decorrência do despachoproferido no processo TST-PA-504.280/2012.2 - DEJT divulgadoem 26.11.2012

É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas detrabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustadaexclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ouconvenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração emdobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito aopagamento de adicional referente ao labor prestado na décimaprimeira e décima segunda horas.

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Exceção – Art. 235-F, CLT – MOTORISTA PROFISSIONAL

CLT, Art. 235-F. Convenção e acordo coletivopoderão prever jornada especial de 12 (doze)horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horasde descanso para o trabalho do motoristaprofissional empregado em regime decompensação.

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PERÍODOS DE DESCANSO

MODALIDADES DE INTERVALO:

1) Intervalo Intrajornada – são os intervalos situados dentro de uma jornada, de uma duração diária do trabalho.

Esses possuem duração variada dependendo da jornada a queestá adstrito o empregado, podendo ser de 1 a 2 horas, 15minutos ou até 10 minutos. Além disso, podem ou não serremunerados

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CLT, Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duraçãoexceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de umintervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo,de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo emcontrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será,entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutosquando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.

§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados naduração do trabalho.

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§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeiçãopoderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho,Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço deAlimentação de Previdência Social, se verificar que oestabelecimento atende integralmente às exigênciasconcernentes à organização dos refeitório.

§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalointrajornada mínimo, para repouso e alimentação, aempregados urbanos e rurais, implica o pagamento, denatureza indenizatória, apenas do período suprimido, comacréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor daremuneração da hora normal de trabalho.

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§ 5o O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, eaquele estabelecido no § 1o poderá ser fracionado, quando compreendidosentre o término da primeira hora trabalhada e o início da última horatrabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo detrabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais detrabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores,fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículosrodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros,mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores aofinal de cada viagem.

CLT, Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia,escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos detrabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos nãodeduzidos da duração normal de trabalho.

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2) Intervalo Interjornada – são os situadosentre uma jornada e outra. Há um básico queé de 11 horas, que não é objeto deremuneração.

CLT, Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas detrabalho haverá um período mínimo de 11(onze) horas consecutivas para descanso.

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REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - lapso temporal de 24 h de duração / ocorrência

regular ao longo das semanas em que se dá ocontrato de trabalho, preferencialmente aosdomingos / imperatividade do instituto /hipótese de interrupção contratual, como regra.

CRFB/88, Art. 7º, XV- repouso semanalremunerado, preferencialmente aos domingos;

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Lei 605/49, Art. 6º - requisitos:

Art. 6º Não será devida a remuneraçãoquando, sem motivo justificado, oempregado não tiver trabalhadodurante toda a semana anterior,cumprindo integralmente o seu horáriode trabalho.

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JORNADA NOTURNA

CLT, Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ouquinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a dodiurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimode 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52minutos e 30 segundos.

§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, otrabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas dodia seguinte.

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Súmula nº 60 do TSTADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO EPRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada aOrientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005,DJ 20, 22 e 25.04.2005

I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra osalário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 -RA 105/1974, DJ 24.10.1974)II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno eprorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horasprorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ nº 6 daSBDI-1 - inserida em 25.11.1996)

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