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CURVA DE INSULINA
INSULINA, CURVA DE
CBHPM 4.03.05.23-6 AMB 28.05.017-7
CBHPM 4.03.02.48-2 AMB 28.05.018-5
Sinonímia:
Insulina estimulada por glicose. Curva glicêmico-insulínica. Insulina estimulada por tolbutamida.
Insulina estimulada por Rastinon. Insulina estimulada por glucagon.
Obs.: ITT = Insulin Tolerance Test. Ver no título "Cortisol estimulado por insulina".
Fisiologia: Massa molecular = 5.807,6 g/mol
Hormônio polipeptídico de 2 cadeias, secretado pelas células ß das ilhotas de Langerhans do pâncreas.
A insulina é produzida enzimaticamente no aparelho de Golgi por clivagem da pró-insulina
juntamente com o Peptídeo C. Portanto, para cada molécula de insulina formada, é formada também uma molécula do
peptídeo C. Meia-vida (t½) biológica da insulina: ± 5 a 10 minutos. Metabolizada pelo fígado.
Meia-vida (t½) biológica do peptídeo C: ± 20 a 30 minutos. Eliminado por degradação e pelos rins.
Material Biológico: Soro.
Coleta:
1 ml de soro para cada tempo ou ponto da curva. Identificar os tubos com os tempos: basal ou
zero e depois com o número de minutos decorridos após a coleta do basal para cada outro ponto da curva.
Nas provas de estímulo, não deixar de coletar a amostra de 15 minutos.
Armazenamento: Congelar a –20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Insulina, Glicemia.
Valor Normal:
Jejum 5 a 25 mU/l
Jejum obesos 5 a 70 mU/l
Recém-nascidos 3 a 20 mU/l
Após 15 minutos
Estímulo pela glicose 13 a 80 mU/l
Estímulo pelo tolbutamida 13 a 80 mU/l
Estímulo pelo glucagon 13 a 80 mU/l
CURVA GLICÊMICO-INSULÍNICA
Insulina (mU/l)
Glicose (mg/dl)
Jejum 5 a 25 70 a 110
15 minutos 13 a 80 85 a 140
30 minutos 20 a 112 110 a 170
45 minutos 27 a 103 120 a 180
60 minutos 29 a 88 120 a 180
90 minutos 27 a 86 100 a 155
120 minutos 22 a 79 85 a 140
150 minutos 13 a 51 80 a 120
180 minutos em diante 5 a 25 70 a 110
* mU/l = µU/ml
** Para obter valores em pmol/l, multiplicar as mU/l por 6,945
Preparo do Paciente:
Jejum de 8 a 14 horas. Água ad libitum. Durante os 3 dias precedentes ao teste, o paciente deve alimentar-se com dieta rica em
carboidratos (cereais, massas, doces, açúcar) e não tomar bebida alcoólica na véspera.
Estímulo pela glicose: idêntico à Curva Glicêmica.
Estímulo pela tolbutamida (Rastinon): cateterizar veia com "scalp" heparinizado. Coletar a
amostra basal. Injetar EV 1.000 mg de tolbutamida num tempo de 10 minutos. Cronometrar.
Coletar aos 15 minutos e as demais amostras nos tempos determinados pelo médico assistente. Estímulo pelo glucagon: cateterizar veia com "scalp" heparinizado. Coletar a amostra basal.
Injetar EV
1,0 mg de glucagon. Cronometrar. Coletar aos 15 minutos e as demais amostras nos tempos determinados pelo médico assistente.
Interferentes:
Hemólise.
Método:
Eletroquimioluminescência.
Interpretação:
Diagnóstico de insulinoma. Hipoglicemia reacional.
QUICKI Pode-se avaliar a SENSIBILIDADE À INSULINA calculando o Índice QUICKI
(QUantitative Insulin ChecK Index):
)()(
1
glibasalLOGinsbasalLOGQUICKI
onde:
QUICKI = Índice QUICKI insbasal = insulina basal (jejum) em mU/l ou µU/ml
glibasal = glicose basal (jejum) em mg/dl
Normal: Não-obesos : 0,375 a 0,389
Obesos : 0,321 a 0,341
Diabéticos : 0,297 a 0,311
PROBABILIDADE DE DESENVOLVER DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM OBESOS COM IMC #(BMI) > 28 kg/m²:
QUICKI inferior a 0,3320 = 7,77 % QUICKI de 0,3320 a 0,3404 = 5,29 %
QUICKI superior a 0,3404 = 1,00 %
# IMC = Índice de Massa Corporal = BMI = Body Mass Index
Cálculo do IMC:
2altura
pesoIMC
onde: IMC = IMC ou BMI em kg/m²
peso = peso em kg altura = altura em m
CATEGORIAS DO IMC:
IMC em kg/m2 CATEGORIA
Até 9,9 Desnutrição grau V
10,0 a 12,9 Desnutrição grau IV
13,0 a 15,9 Desnutrição grau III
16,0 a 16,9 Desnutrição grau II
17,0 a 18,4 Desnutrição grau I
18,5 a 24,9 Normal
25,0 a 29,9 Sobrepeso
30,0 a 34,9 Obesidade grau I
35,0 a 39,9 Obesidade grau II
40,0 em diante Obesidade grau III
Advertência: o IMC pode superestimar a gordura corporal em atletas e em pessoas com sarcofilia (hipertrofia muscular intencional) e pode subestimar a gordura corporal em idosos e
em pessoas com sarcopenia (perda de massa muscular, atrofia ou hipotrofia muscular). Não se aplica a amputados.
HOMA
Pode-se avaliar a RESISTÊNCIA À INSULINA calculando o Índice HOMAIR (Homeostasis Model Assessment Insuline Resistance):
5,22
glibasalinsbasalHOMAIR
onde:
HOMAIR = Índice HOMAIR
insbasal = insulina basal (jejum) em mU/l ou µU/ml glibasal = glicose basal (jejum) em mmol/l
* Para obter valores de glicose em mmol/l, multiplicar os mg/dl por 0,05551
Interpretação HOMAIR
Pacientes normais 1,21 a 1,45
Pacientes “borderline” 1,46 a 2,60
Pacientes insulino-resistentes 2,61 a 2,89
A % FUNCIONAL DE CÉLULAS ß (%B) pode ser avaliada calculando-se o HOMA%B:
5,3
20%
glibasal
insbasalHOMA B
onde:
HOMA%B = % funcional de células ß
insbasal = insulina basal (jejum) em mU/l ou µU/ml glibasal = glicose basal (jejum) em mmol/l
A % DE SENSIBILIDADE À INSULINA (%S) pode ser avaliada calculando-se o HOMA%S:
IR
SHOMA
HOMA100
%
onde:
HOMA%S = % de sensibilidade à insulina
HOMAIR = Índice HOMAIR (ver acima)
Interpretação HOMA%S
Pacientes normais 68,9 a 82,6
Pacientes “borderline” 38,4 a 68,8
Pacientes insulino-resistentes 34,6 a 38,3
Finalmente, pode-se calcular o ÍNDICE DELTA I/G:
glibasalgli
insbasalinsGI
min30
min30/
onde:
I/G = Índice Delta I/G
insbasal = insulina basal (jejum) em mU/l ou µU/ml
ins30min = insulina de 30 minutos da curva glicêmica
em mU/l ou µU/ml glibasal = glicose basal (jejum) em mmol/l
gli30min = glicose de 30 minutos da curva glicêmica em mmol/l
Limites superior e inferior.
CURVA INSULÍNICA APÓS 75 g DE GLICOSE
0
20
40
60
80
100
120
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Tempo em minutos
Ins
ulin
a e
m m
U/l
Limites superiores.
Sitiografia: E-mail do autor: [email protected]
http://www.dtu.ox.ac.uk/index.html?maindoc=/homa/
http://www.dtu.ox.ac.uk/index.html?maindoc=/homa/download.html
CURVA GLICÊMICO INSULÍNICA APÓS 75 g. DE
GLICOSE
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
0 30 60 90 120 150 180 210 240
Tempo em minutos
Ins
ulin
a (
mU
/l)
Glico
se
(m
g/d
l)
Insulina
Glicose