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Atualização EDIC Cabo Verde 2013│i CABO VERDE Actualização Estudo Diagnóstico de Integração do Comércio 2013 Unidade Nacional de Implementação, Quadro Integrado Reforçado-Cabo Verde (QIR-CV) Ministério de Turismo, Indústria e Energia (MTIE) Rep. Cabo Verde

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  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013i

    CABO VERDE

    Actualizao Estudo Diagnstico de Integrao do

    Comrcio 2013

    Unidade Nacional de

    Implementao, Quadro

    Integrado Reforado-Cabo Verde

    (QIR-CV) Ministrio de Turismo,

    Indstria e Energia (MTIE)

    Rep. Cabo Verde

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013ii

    Table of Contents

    Contents Unidade Nacional de Implementao (NIU), Quadro Integrado Reforado-Cabo Verde (QIR-CV) .............. x

    Lista de Ilustraes, Tabelas, e Quadros ...................................................................................................... xi

    Apresentao .............................................................................................................................................. xiv

    Agradecimentos e Contribuies ................................................................................................................ xv

    Abreviaes e Acrnimos ............................................................................................................................ xvi

    SUMRIO EXECUTIVO ............................................................................................................................ xix

    1. Introduo ............................................................................................................................................... xix

    1.1 mbito e Objetivos do Relatrio ....................................................................................................... xx

    1.2 O Caminho Pela Frente: Desenvolvimento Da Capacitao Comercial Para A Transio Para Pas de

    Rendimento Alto .................................................................................................................................... xxii

    2. Resumo dos Principais Constrangimentos e Falhas de Mercado ......................................................... xxiii

    2.1 Resumo Das Principais Limitaes Do Lado Da Oferta .................................................................. xxv

    2.2 Resumo Dos Principais Condicionalismos Institucionais ............................................................... xxvi

    3. Consolidar O Sucesso: Resumo Das Oportunidades Chave De Exportao ........................................ xxvii

    4. Resumo das Principais Concluses........................................................................................................ xxx

    1. Contexto poltico e Meio Ambiente Macroeconmico...................................................................... xxx

    2. Poltica Comercial e Instituies ...................................................................................................... xxxi

    3. Clima de Negcios e Condies de Investimentos ......................................................................... xxxiv

    4. Pequenas e Mdias Empresas para Exportao ............................................................................. xxxv

    5. Agricultura e Agronegcios .......................................................................................................... xxxviii

    6. Pescas ............................................................................................................................................. xxxix

    7. Cultura e Economia Criativa ............................................................................................................... xli

    8. Turismo ..............................................................................................................................................xlii

    MATRIZ DA ACO EDIC 2013 ................................................................................................................ xliv

    AO PLANO DE AO PARA O DESENVOLVIMENTO DO COMRCIO E DA COMPETITIVIDADE DE CABO

    VERDE ............................................................................................................................................................ 1

    I. Introduo ................................................................................................................................................. 2

    I.1 Finalidade e Objetivos do Relatrio .................................................................................................... 4

    I.2 Estudo de Integrao de Comrcio: Objetivos Gerais e Fundamentao .......................................... 8

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013iii

    II. Viso Geral Dos Principais Problemas e Desafios .................................................................................. 10

    II.1 Avaliao Nacional De Competitividade E Transio Para O Nvel De Renda Mdia Superior ........ 12

    II.2 Construindo o Sucesso ..................................................................................................................... 21

    III. Anlise da Situao ............................................................................................................................... 22

    III.1 Um Pas Em Movimento .................................................................................................................. 25

    III.2 Pequeno Estado, Grandes Ambies: Transio Para O Estatuto De Renda Mdia Superior ........ 27

    III.3 Riscos e Desafios no Caminho do Futuro ........................................................................................ 29

    IV. Parceiros no Trabalho: Cabo Verde e o Quadro Integrado Reforado ................................................. 32

    IV.1 Viso Geral Dos Progressos Realizados Desde 2008....................................................................... 34

    IV.2 Fundamentao e Objetivos da Atualizao do EDIC 2013 Cabo Verde ........................................ 36

    IV.3 Uma nota sobre o Processo de Atualizao do EDIC Cabo Verde 2013 ......................................... 39

    IV.3.1 Metodologia e Limitaes do Relatrio ................................................................................... 41

    CAPTULO 1: CONTEXTO POLTICO E AMBIENTE MACROECONMICO ................................................ 42

    1.1 Introduo ............................................................................................................................................ 42

    1.2 Desempenho econmico ..................................................................................................................... 43

    1.2.1 Objetivos de Desenvolvimento do Milnio e Desenvolvimento Humano .................................... 46

    1.2.2 Uma Economia de Servios ........................................................................................................... 48

    1.3 Desempenho macroeconmico ........................................................................................................... 52

    1.3.1 Polticas Monetria e Fiscal ........................................................................................................... 53

    1.3.2 Sector externo ............................................................................................................................... 54

    1.3.3 Fluxos De Comrcio e Investimento: Caractersticas e Tendncias .............................................. 57

    1.3.4 Investimentos Estrangeiros Diretos .............................................................................................. 65

    1.4 A Agenda de Reformas ......................................................................................................................... 67

    1.4.1 Comrcio E Poltica De Desenvolvimento Do Sector Privado ....................................................... 68

    1.4.2 Construindo Competitividade de exportao e uma economia competitiva ............................... 69

    1.4.3 Uma Nota Sobre A Dispora Como Mercado: Indo Alm Das Remessas Monetrias .................. 71

    1.5 Concluses e Recomendaes ............................................................................................................. 74

    CHAPTER 2: POLTICA COMERCIAL E INSTITUIES............................................................................... 78

    2.1 Sumrio Executivo ................................................................................................................................ 78

    2.2 Introduo ............................................................................................................................................ 81

    2.3 Viso Global ......................................................................................................................................... 81

    2.3.1 Os Fluxos de Comrcio ............................................................................................................ 81

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013iv

    2.4 O EDIC de 2008 ..................................................................................................................................... 84

    2.4.1 A poltica comercial no EDIC de 2008 ........................................................................................... 84

    2.4.2 O Quadro Institucional no EDIC de 2008 ...................................................................................... 88

    2.5 Lies da Singapura .............................................................................................................................. 94

    2.6 Estrutura Institucional .......................................................................................................................... 98

    2.7 Principais Desafios ............................................................................................................................. 105

    2.7.1 Questes Imediatas .................................................................................................................... 105

    2.7.1.1 A Zona Euro .......................................................................................................................... 105

    2.7.1.2 A taxa de cmbio .................................................................................................................. 107

    2.7.2 Desafios estratgicos de longo prazo ......................................................................................... 108

    2.7.2.1 Capacidade produtiva .......................................................................................................... 108

    2.7.2.2 Ligaes (Linkages) ............................................................................................................... 108

    2.8 Negociaes Comerciais..................................................................................................................... 110

    2.8.1 OMC ............................................................................................................................................ 111

    2.8.2 CEDEAO ....................................................................................................................................... 112

    2.8.3 O APE e a Parceria Especial com a UE ......................................................................................... 113

    2.8.4 Acordos Bilaterais ....................................................................................................................... 114

    2.9 Principais Oportunidades ................................................................................................................... 115

    2.9.1 Tecnologias da Informao e comunicao (TIC)........................................................................ 116

    2.9.2 A dispora ................................................................................................................................... 120

    2.9.3 Mobilidade do Trabalho .............................................................................................................. 121

    2.10 Recomendaes ............................................................................................................................... 123

    2.10.1 Recomendaes gerais ............................................................................................................. 123

    2.10.2 Recomendaes institucionais .................................................................................................. 124

    2.10.3 Recomendaes Sobre Produtos E Servios ............................................................................. 125

    BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................ 127

    CAPTULO 3: AMBIENTE DE NEGCIOS ............................................................................................... 128

    3.1 Viso Do Ambiente De Negcios ........................................................................................................ 128

    3.1.1 Contexto e Evoluo ................................................................................................................... 128

    3.2 Reviso do EDIC 2008 / Progresso de Implementao Setorial da Matriz de Ao 2008 .................. 137

    3.3 Plano de Desenvolvimento Nacional / Estratgia .............................................................................. 141

    3.3.1 Instituies Chave, Funes ........................................................................................................ 141

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013v

    3.4 Questes Chave de Competitividade Global e Concluses (Nveis Micro e Macro) .......................... 148

    3.4.1 Constrangimentos Chave e Barreiras Exportao .................................................................... 151

    3.5 Oportunidades Chave E Recomendaes .......................................................................................... 156

    Anexo 1: Que Polticas Pblicas Para Um Cabo Verde Mais Competitivo? .............................................. 158

    CAPTULO 4: PMES PARA EXPORTAO: BORN GLOBAL .................................................................. 162

    4.1 Sumrio Executivo .............................................................................................................................. 162

    4.2 Introduo .......................................................................................................................................... 165

    4.2.1 PMEs Born-Global: Nascida Em Cabo Verde? .......................................................................... 165

    4.3 O Que Uma PME? ............................................................................................................................ 168

    4.3.1 A PME Caboverdeana .................................................................................................................. 170

    4.3.2 PMEs e a Exportao ................................................................................................................... 171

    4.4 Reviso Do EDIC 2008 E Avanos Da Matriz De Ao Para A Preparao Das PMEs Para Exportao

    .................................................................................................................................................................. 179

    4.5 Anlise Do Setor ................................................................................................................................. 180

    4.5.1 PMEs No Planeamento Governamental Em Cabo Verde ............................................................ 180

    4.5.2 Legislao relevante .................................................................................................................... 182

    4.5.3 Principais Agncias E Entidades De Apoio s PMEs .................................................................... 184

    4.6 Discusso Dos Constrangimentos ...................................................................................................... 191

    4.6.1 PMEs e acesso ao financiamento Porqu tantos fracassos? ................................................... 191

    4.6.2 Falta De Conhecimento Sobre Os Programas De Apoio Geral E De Promoo Da Exportao .. 193

    4.6.3 Alta fragmentao dos mecanismos de apoio ............................................................................ 194

    4.6.4 Assistncia tcnica de seguimento inadequada ......................................................................... 195

    4.6.5 Insuficincias internas caractersticas da PME caboverdeana .................................................... 196

    4.6.6 Desenvolvimento de mecanismos para fazer face aos constrangimentos financeiros .............. 197

    4.7 Oportunidades Para A Competitividade ............................................................................................ 198

    4.7.1 Que Sectores? ............................................................................................................................. 199

    4.7.2 Que mercados ............................................................................................................................. 205

    4.8 Concluses ......................................................................................................................................... 207

    References ................................................................................................................................................ 208

    CAPTULO 5: AGRICULTURA E AGRONEGCIOS .................................................................................. 210

    5.1 Sumrio Executivo .............................................................................................................................. 210

    5.2 Viso Do Setor .................................................................................................................................... 212

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013vi

    5.2.1 Caractersticas e Evoluo ........................................................................................................... 212

    5.2.2 Gnero e Reduo da Pobreza .................................................................................................... 214

    5.3 Estratgia ........................................................................................................................................... 214

    5.4 Constrangimentos .............................................................................................................................. 216

    5.4.1 Oferta .......................................................................................................................................... 216

    5.4.2 Comercializao/Logistica E Distribuio .................................................................................... 216

    5.4.3 Aspectos Institucionais E Polticas Pblicas ................................................................................ 217

    5.5 Atividades Do Setor Previstas No mbito Do Edic 2008 .................................................................... 218

    5.5.1 Atualizao do Plano de Conformidade do SPS com a OMC ...................................................... 218

    5.5.2 Atualizao da Implementao do Plano de Ao para o Sector ............................................... 220

    5.6 Competitividade Da Produo Agrcola ............................................................................................. 221

    5.6.1 Aumento da Produo ................................................................................................................ 221

    5.6.2 Melhoria da Qualidade ............................................................................................................... 225

    5.6.3 Suporte Institucional e Polticas Pblicas .................................................................................... 227

    5.7 Exportao De Produtos Agrcolas De Cabo Verde ............................................................................ 229

    5.7.1 Anlise SWOT .............................................................................................................................. 229

    5.7.2 Estratgia de aumento de Exportao de produtos agrcolas .................................................... 232

    5.8 Recomendaes ................................................................................................................................. 233

    5.8.1 Aumento da Produo: ............................................................................................................... 233

    5.8.2 Melhoria da Qualidade: .............................................................................................................. 235

    5.8.3 Logstica e Distribuio ............................................................................................................... 236

    5.8.4 Suporte Institucional e Polticas Pblicas .................................................................................... 237

    Bibliografia ................................................................................................................................................ 240

    CAPTULO 6: PESCA E ECONOMIA MARTIMA .................................................................................... 241

    6.1 Consideraes Preliminares ............................................................................................................... 241

    6.2 Diagnstico do sector da pesca em Cabo Verde ................................................................................ 243

    6.2.1 Caracterizao do Sector ............................................................................................................ 243

    6.2.1.1 A pesca artesanal - Evoluo da frota ...................................................................................... 243

    6.2.1.2 Evoluo da frota da pesca artesanal .................................................................................. 244

    6.2.1.3 Pesca Industrial Evoluo da Frota ................................................................................... 245

    6.2.1.4 Evoluo da frota da pesca industrial .................................................................................. 246

    6.2.2 Disponibilidade dos Recursos pesqueiros ................................................................................... 248

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013vii

    6.2.2.1 Situao dos principais recursos .......................................................................................... 248

    6.3 Evoluo dos Desembarques ............................................................................................................. 252

    6.3.1 Pesca artesanal versus pesca industrial ...................................................................................... 252

    6.3.2 Embarcaes estrangeiras Capturas e desembarques ............................................................ 257

    6.3.3 Aquacultura - Perspectivas ......................................................................................................... 257

    6.4 O Mercado Da Exportao Dos Produtos Do Mar ............................................................................. 259

    6.5 A Indstria De Transformao Dos Produtos Da Pesca ..................................................................... 262

    6.6 O quadro institucional de governao do sector ............................................................................... 263

    6.7 Analise SWOT do Sector das Pescas ................................................................................................... 265

    6.8 Estratgia de Desenvolvimento do Sector ......................................................................................... 271

    6.8.2 Proposta de abordagem na implementao do plano ............................................................... 272

    6.9 Objetivo de Desenvolvimento ............................................................................................................ 273

    6.9.1 Objetivos especficos do plano ................................................................................................... 273

    Objetivo especfico I .......................................................................................................................... 273

    Objetivo especfico II ......................................................................................................................... 274

    CAPTULO 7: CULTURA E A ECONOMIA CRIATIVA ............................................................................... 275

    7.1 Resumo Executivo .............................................................................................................................. 275

    7.2 Introduo ........................................................................................................................................... 276

    7.2.1 Nossa lgica: intangveis e o crescimento exponencial .............................................................. 277

    7.3 Ciclo Virtuoso Da Economia Da Abundncia ...................................................................................... 279

    7.3.1 Ganhando escala atravs da microeconomia local em rede ...................................................... 281

    7.3.2 Recursos nas quatro dimenses da sustentabilidade ................................................................. 282

    7.3.3 Sobre o contedo deste documento .......................................................................................... 284

    7.3.4 Concluso: Cabo Verde, bero de um novo modelo de desenvolvimento ................................. 285

    7.4 Viso Geral Do Setor .......................................................................................................................... 286

    7.4.1 Definio, Background e Evoluo .............................................................................................. 286

    7.4.2 Porque a Economia Criativa Estratgica?................................................................................. 288

    7.4.3 Evoluo do setor: Indstrias Criativas, Cidades e Territrios Criativos, Economia Criativa,

    Economia da Abundncia ..................................................................................................................... 290

    7.4.4 Reviso do EDIC 2008, sua Matriz de Ao e progresso de implementao .............................. 293

    7.5 Principais Instituies E Seus Papis .................................................................................................. 293

    7.5.1 Principais Elementos Para A Competitividade ............................................................................ 295

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013viii

    7.6 Oportunidades ................................................................................................................................... 296

    7.6.1 Critrios adotados na seleo de Oportunidades ....................................................................... 296

    7.6.2 Caractersticas de Cabo Verde .................................................................................................... 297

    7.6.3 Atributos de Cabo Verde ............................................................................................................. 299

    7.6.4 CoLaboratrio Verde ................................................................................................................. 300

    7.6.5 Setores, Servios E Produtos Prioritrios .................................................................................... 301

    7.7 Simulando Um Eco-sistema Criativo E Colaborativo .......................................................................... 305

    7.7.1 Qual a nossa lgica? .................................................................................................................... 305

    7.7.2 Como financiar? .......................................................................................................................... 308

    7.7.3 Que Tipo De Soluo Sistmica? ................................................................................................. 310

    7.7.4 Onde comear? ........................................................................................................................... 313

    7.7.5 Como Engajar A Comunidade, Para Ganhar Escala? ................................................................... 314

    7.7.6 Tecnologia e meios...................................................................................................................... 315

    7.7.7 Empreendimentos Criativos A Partir Das Escolas E Bairros ........................................................ 317

    7.7.8 Alterando a realidade dos Territrios e Cidades ........................................................................ 325

    7.7.9 Como organizar e potencializar os Empreendedores Criativos? ................................................ 326

    7.7.10 Como manter a riqueza no Territrio? ..................................................................................... 329

    7.7.11 Sobre os resultados financeiros apresentados ......................................................................... 330

    7.8 Principais Constrangimentos E Barreiras Identificados ..................................................................... 333

    7.8.1 Mudanas Culturais, Mudana De Paradigma ............................................................................ 333

    7.8.2 Governana e Estrutura do Estado ............................................................................................. 334

    7.8.3 Polticas e Fomento ..................................................................................................................... 335

    7.8.4 Arcabouo Jurdico-Tributrio..................................................................................................... 335

    7.8.5 Marca Cabo Verde....................................................................................................................... 336

    7.9 Principais Recomendaes E Concluses ........................................................................................... 337

    Bibliografia ................................................................................................................................................ 341

    CAPTULO 8. TURISMO ........................................................................................................................ 344

    8.1 Uma Viso Geral Sobre O Setor ......................................................................................................... 344

    8.1.1 Antecedentes e Evoluo ............................................................................................................ 344

    8.1.1.1 Receitas ................................................................................................................................ 344

    8.1.1.2 Chegadas (Entradas) ............................................................................................................ 345

    8.1.1.3 Produto ................................................................................................................................ 347

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013ix

    8.1.1.4 Acesso .................................................................................................................................. 348

    8.2 Reviso do EDIC 2008 / Progresso de Implementao no Setor da Matriz de Ao de 2008 ........... 350

    8.3 Plano / Estratgia Nacional de Desenvolvimento .............................................................................. 352

    8.3.1 Instituies Chave e Funes ...................................................................................................... 353

    8.3.2 Gnero e Reduo da Pobreza .................................................................................................... 357

    8.4 Questes-chave de Competitividade ................................................................................................. 358

    8.4.1 O Ambiente De Negcios Favorvel ............................................................................................ 358

    8.4.2 Preo dos Produtos ..................................................................................................................... 361

    8.4.3 Competio Com Outros Setores Da Economia Nacional ........................................................... 362

    8.4.4 Marketing e Promoo................................................................................................................ 362

    8.5 Concluses e Recomendaes ........................................................................................................... 364

    8.5.1 Rever E Reforar A Atual Estratgia Turstica Nacional .............................................................. 365

    8.5.2 Melhorar O Conhecimento Do Mercado .................................................................................... 366

    8.5.3 Fortalecer A Capacidade Dos Operadores Tursticos, Construir As Fundaes Para A Criao De

    Associaes Do Setor Privado E Promover Conexes Entre Empresas. ............................................... 369

    8.5.4 Melhorar A Coordenao Inter Setorial ..................................................................................... 371

    8.5.5 Desenvolver Um Sistema De Vistos Online ................................................................................. 373

    8.5.6 Rever a legislao laboral ............................................................................................................ 373

    8.5.7 Incluir O Turismo Internacional Como Uma Disciplina No Currculo Do Ensino Secundrio ...... 374

    Anexo 8.6: Questionrio Sobre O Turismo .............................................................................................. 375

    Bibliografia ................................................................................................................................................ 380

    CASE STUDIES/ESTUDO DE CASOS ............................................................................................................ 381

    CABO VERDE.............................................................................................................................................. 382

    CASE STUDY 1: VINHO CH ....................................................................................................................... 382

    CASE STUDY 2 QUEIJO CURADO PLANALTO NORTE .............................................................................. 400

    ANEXO LISTA DE ENTREVISTAS .............................................................................................................. 411

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013x

    Unidade Nacional de Implementao (NIU), Quadro Integrado Reforado-Cabo Verde (QIR-CV) [ ]

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013xi

    Lista de Ilustraes, Tabelas, e Quadros

    Figure 1 Desempenho do Comrcio de Cabo Verde .................................................................... 10 Figure 2 Nmero de Produtos de Exportao, 2010 .................................................................... 14 Figure 3 Evoluo do Dfice em Conta Corrente ........................................................................ 24 Figure 4 Cabo Verde - Evoluo do Financiamento Externo ...................................................... 30

    Figure 5 Evoluo de Pobreza em Cabo Verde ............................................................................ 43 Figure 6 Tendncias Renda Per Capita PIB Comparada ............................................................. 44 Figure 7 Estrutura do PIB, 2011 .................................................................................................. 48 Figure 8 Desempenho de Exportaes de Bens e Servios ......................................................... 49 Figure 9 Evoluo das Remessas ................................................................................................. 56

    Figure 10 Cabo Verde - Desempenho das exportaes de mercadorias ...................................... 58 Figure 11 Exportaes de Cabo Verde, 2011 .............................................................................. 58

    Figure 12 Principais Mercados de Cabo Verde ........................................................................... 59 Figure 13 Evoluo das Principais Exportaes de Cabo Verde ................................................. 60 Figure 14 Stock de IDE % PIB .................................................................................................... 64 Figure 15 Evoluo das Remessas e IDE .................................................................................... 65

    Figure 16 Balanca de Pagamentos ................................................................................................ 82 Figure 17 O Ciclo da Poltica Comercial ..................................................................................... 99 Figure 18 Relao do proposto Grupo de Trabalho / Unidade Econmico com outros Ministrios

    e agncias .................................................................................................................................... 104 Figure 19 No. Empresas Criada na Cada do Cidado ................................................................ 130 Figure 20 Estrutra de Habilitaes dos Empregados ................................................................. 135

    Figure 21 Posio de Cabo Verde Entre 11 PEIs ...................................................................... 136 Figure 22 Ambiente de Negcios, Competitividade Turstica e Fluxo Turstico ....................... 137

    Figure 23 Trajectria de empresas tradicionais e empresas Born Global .............................. 166 Figure 25 O ambiente da obteno de Crdito ou de Beneficios ................................................ 192

    Figure 26 Relao com os programas existentes para facilitar o acesso ao financiamento ....... 193 Figure 27 A forma tradicional de financiamento ....................................................................... 194

    Figure 28 Estratgia de aumento de exportao de produtos agrcola ....................................... 232 Figure 29 Distribuio Botes por Ilhas ...................................................................................... 244 Figure 30 Evoluo Desembarques ........................................................................................... 252

    Figure 31 Pesca Artesanal 2010 Desembarques ....................................................................... 253 Figure 32 Pesca Industrial 2010 Desembarques ........................................................................ 253 Figure 33 Capturas da Pesca por Ilha segundo o Tipo de Pesca ................................................ 254

    Figure 34 Evoluo Comparada dos Desembarques da Pesca Artesanal e Industrial ............... 256 Figure 35 Estrutura das Exportaes de Cabo Verde ................................................................ 259

    Figure 36 Composio das exportaes ..................................................................................... 260 Figure 37 Evoluo das Exportaes de Pescado ...................................................................... 261 Figure 38 China Evoluao do PIB .............................................................................................. 277 Figure 39 Comparativo Tangvel e Intangvel ............................................................................ 278 Figure 40 Ranking dos Pases Exportadores de Bens Criativos ................................................. 279

    Figure 41 Ciclo Virtuoso ............................................................................................................ 282 Figure 42 Exemplo de Ecosistema Criativo................................................................................ 294 Figure 43 Criativa Bir ............................................................................................................... 319

    Figure 44 AirBnB Reserves de Hotis ....................................................................................... 322

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013xii

    Figure 45 FDE............................................................................................................................. 326

    Figure 46 Chegadas de Turistas Internacionais, 2000 - 2011 .................................................... 345 Figure 47 Principais Mercados Emissores ................................................................................. 346 Figure 48 Chegadas de Turistas por Ms ................................................................................... 347

    Figure 49 Chegadas de Turistas por Ilha ................................................................................... 348

    Table 1 Referncia Global de Competitividade, 2012 ................................................................. 13 Table 2 Comrcio alm-fronteiras - Indicadores Comparativos, 2012 ........................................ 20 Table 3 Estrutura e Participao do Comrcio no PIB ................................................................. 83 Table 4 Atualizao da Implementao do Plano de Ao para o Sector ................................... 85

    Table 5 Lista de Produtos Sensveis ............................................................................................ 87

    Table 6 Extrato da Matriz de Ao de 2008 ................................................................................ 89 Table 7 Medidas de Promoo de Linkage ................................................................................ 109

    Table 8 Modos de Comrcio Internacional de Servios Aplicados a Cabo Verde .................... 119

    Table 9 Sntese dos constrangimentos, recomendaes e avaliao do que foi efectivamente

    implementado .............................................................................................................................. 138

    Table 10 Relao das principais instituies caboverdeanas ..................................................... 142 Table 11 As Principais Constataes das Cinco Dimenses ..................................................... 152 Table 12 Oportunidades Chave e Recomendaes .................................................................... 156

    Table 13 Tamanho das empresas caboverdeanas, receitas e quota de emprego ........................ 170 Table 14 Top 30 Exporters 2011-2009 ...................................................................................... 173 Table 15 TOP 30 PRODUTOS .................................................................................................. 174

    Table 16 PME INFORMAO ................................................................................................ 176

    Table 17 Extractos da matriz de aco do EDIC-2008, relativos s PMEs para exportao .... 180 Table 18 DECRP II repartio oramental do governo ............................................................. 182 Table 19 Misso e Objetivos da ADEI ....................................................................................... 184

    Table 20 Estimativa da Produo Agro-Pecuria Nacional 2007 2010 .................................. 213 Table 21 MDIA Anual da importao de hortofrutcolas 2002-2011 ..................................... 215

    Table 22 Exportao de produtos alimentares .......................................................................... 217 Table 23 Atualizao do Plano de conformidade do SPS com a OMC ..................................... 218

    Table 24 Legislao em harmonizao com: CODEX Alimentarius, OIE, CIPV e Acordo SPS

    ..................................................................................................................................................... 219 Table 25 Atualizao da Implementao do Plano de Ao para o Sector ............................... 220 Table 26 Dependncia das Importaes de Produtos Selecionados em Cabo Verde ................ 222 Table 27 Fileiras agro-pecurias com potencial a ser desenvolvido para o mercado interno e

    externo......................................................................................................................................... 223 Table 28 Evoluo da Frota Industrial - Variao do Nmero Embarcaes............................ 246

    Table 29 Pesca Industrial - Evoluo da Numero Pescadores e Esforo de Pesca .................... 247 Table 30 Evoluo anual comparada do desembarque ............................................................... 254 Table 31 Evoluo Anual Comparada do Desembarque Pesca Industrial .................................. 255 Table 32 Rendimento da Pesca ................................................................................................... 256 Table 33 Evoluo das Estatsticas do Comrcio Externo......................................................... 259

    Table 34 Evoluo das Exportaes de Pescado ....................................................................... 260 Table 35 Comparao entre Sociedade Industrial e Sociedade em Rede, na perspetiva do futuro

    ..................................................................................................................................................... 338

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013xiii

    Table 36 Companhias Areas Internacionais para Cabo Verde e Destinos Servidos ................ 349

    Table 37 Questes Fundamentais Identificadas no EDIC de 2008 e sua Situao Atual .......... 351 Table 38 Resumo dos Papis e das Responsabilidades dos Ministrios no Setor do Turismo .. 354 Table 39 Indicadores onde Cabo Verde menos competitivo em viagens e Turismo .............. 360

    Table 40 Indicadores onde Cabo Verde mais competitivo em viagens e turismo .................. 361

    Box 1 Limitaes estruturais conhecidas na economia cabo-verdiana ...................................... xxv Box 2 Busca de Investidores (Investor Targeting) ................................................................... 91 Box 3 Conselho de Desenvolvimento Econmico de Singapura (CDE) ................................... 100 Box 4 A Unidade Nacional de Implementao.......................................................................... 101

    Box 5 Conselho de Unidade de Investimento para a ligao - Tailndia .................................. 110 Box 6 Servios de Tecnologias de Informao no Haiti ............................................................ 117

    Box 7 Nova Zelndia Reconheceu os empregadores sazonais (no qualificado) ...................... 122 Box 8 Novo Cdigo de Benefcios Fiscais ................................................................................ 133

    Box 9 Notas de um Business Developer em Cabo Verde .......................................................... 145 Box 10 Um regime especial para as MPMEs de CV ................................................................. 169 Box 11 O Centro Internacional de Negcios .............................................................................. 183

    Box 12 Principais obstculos Empresas TIC ............................................................................. 199 Box 13 Estudo de caso: Prime Consulting ................................................................................. 201

    Box 14 Promovendo Indstrias Infanteis e Start-Ups .............................................................. 203 Box 15 Situao de explorao dos recursos pelgicos ocenicos ............................................. 249 Box 16 Estado de explorao dos recursos ................................................................................ 249

    Box 17 Estado de explorao dos peixes demersais de fundos rochosos ................................... 250 Box 18 Estado de explorao dos recursos - lagostas................................................................ 251

    Box 19 Projeto Cultivo do Camaro .......................................................................................... 258 Box 20 Crowd Funding ............................................................................................................... 310

    Box 21 Projecto TEIA ................................................................................................................ 316 Box 22 Rosrio Argentina Franja Joven .................................................................................... 325 Box 23 As Metodologias do FDE ............................................................................................... 328

    Box 24 Tecnobrega ..................................................................................................................... 329 Box 25 Banco Palmas ................................................................................................................. 330

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013xiv

    Apresentao [ ]

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013xv

    Agradecimentos e Contribuies A Unidade Nacional de Implementao do Quadro Integrado Reforado (QIR-CV) de Cabo Verde agradece a colaborao e input de muitas pessoas, ministrios, empresas, associaes e instituies que participaram da elaborao deste Relatrio. Estamos especialmente gratos pelo tempo e ateno dado Equipe de Atualizao do EDIC durante a sua misso e consultas com os stakeholders. Uma lista completa de todos os indivduos e as instituies consultadas e entrevistadas est em anexo. Durante a fase de preparao inicial, especialmente a pahse de elaborao do documento conceitual e organizao dos membros da equipe, ns reconhecemos a valiosa contribuio e colaborao de muitas pessoas e agncias, incluindo Heloisa Marone (Escritrio Conjunto/PNUD, das Naes Unidas e Cabo Verde), Manuel Santos Pinheiro (Centro de Poltica Estratgica-CPE), Sandro de Brito (Direco Nacional de Planeamento), Carlos Santos (Unidade de Coordenao da Reforma do Estado), Manuel Pereira Silva (Centro de Poltica Estratgica-CPE), Avelino Bonifcio Lopes (Managing Director, Instituto frica Ocidental-IAO), e Florentino Cardoso (Ministrio da Indstria, Turismo e Energia MTIE). Autores e Colaboradores: A Atualizao do EDIC Cabo Verde foi elaborado sob a liderana e superviso da Unidade Nacional de Implementao (NIU), Cabo Verde Reforo do Quadro Integrado (QIR-CV), que foi o coordenador da Equipa de Trabalho (Task Team Leader). Com a orientao e direco da NIU, uma equipa de especialistas nacionais e internacionais contriburam para o Relatrio. Os membros da equipa foram: Dan Gay (Poltica Comercial e Instituies), Paulino Dias (Clima de Negcios e de Investimento), Lucineida Fonseca (PMEs para Exportao), Elsa Simes (Agricultura e Agronegcios), guido Cabral (Pesca), Lala Deheinzelin (Cultura e Economia Criativa), e Paul Rodgers (Turismo). Joo Resende-Santos foi o principal autor e lder da equipa. Para os estudos de caso, a equipe reconhece as contribuies e investigaes prestadas por Angelo G. Bernard e Maria Ftima Fortes. Um agradecimento especial tambm para o apoio administrativo e de investigao prestado por Antnio Lopes Teixeira do NIU.

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013xvi

    Abreviaes e Acrnimos

    ADEI Agncia para o Desenvolvimento Empresarial e Inovao

    AfT Ajuda ao Comrcio

    AGOA Crescimento de frica e Lei de Oportunidades

    AID Associao Internacional de Desenvolvimento

    AJEC Associao de Jovens Empresrios de Cabo Verde

    AOD Assistncia Oficial ao Desenvolvimento

    APE Accordo de Parceria Especial

    APE Acordo de Parceria Econmica

    BAD Banco Africano de Desenvolvimento

    BCV Banco de Cabo Verde

    CCIASB Cmaras de Comrcio - Barlavento CCISS Cmaras de Comrcio - Sotavento

    CEDEAO Comunidade Econmica dos Estados da frica Ocidental

    CI Cabo Verde Investimentos

    CIN Centro Internacional de Negcios

    CIPV Convention Internationale pour la Protection des Vgtaux

    CNP Comit Nacional de Pilotagem

    CNUCED Conferncia das Naes Unidas sobre Comrcio e Desenvolvimento

    CPE Centro de Politicas Estrategicas

    CPE Centro de Polticas Estratgicas

    CVE Cape Verdean Escudos

    CVInvest Cabo Verde Investimentos

    DECRP Documento de Estratgia de Crescimento e de Reduo da Pobreza

    DECRP Documento de Estratgia de Crescimento e de Reduo da Pobreza

    DGAL Directorate General of Customs Administration

    DGASP Direco Geral da Agricultura Silvicultura e Pecuria

    DGASP Direco Geral da Agricultura Silvicultura e Pecuria

    DGP Direo Geral das Pescas

    DGPOG Direco Geral de Planeamento, Oramento e Gesto

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013xvii

    DGPOG Direco Geral de Planeamento, Oramento e Gesto

    DGT Directorate General of Tourism

    ECV Escudo Caboverdeano

    ECV Escudo Cabo Verdeano

    EDIC Estudo Diagnstico da Integrao do Comrcio

    EDIC Estudo Diagnstico da Integrao do Comrcio

    EDIC Estudo Diagnstico da Integrao do Comrcio

    EID Estados Insulares em desenvolvimento

    ENAPOR Empresa Nacional da Administracao dos Portos

    EPA Accordo de Parceria Especial

    FAO Food and Agriculture Organization

    FCC Fundo de Crescimento e Competitividade

    FMI Fundo Monetrio Internacional

    HORECA Hotis, Restaurantes e Cafs

    HORECA Hotis, Restaurantes e Cafs

    INDP Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas

    INE Instituto Nacional de Estatsticas de Cabo Verde

    INE Instituto Nacional de Estatsticas de Cabo Verde

    IPA Instituies de promoo de investimentos

    LMIC Pas de Rendimento Mdio Baixo

    M&A Monitoramento e Avaliao

    MC Ministerio da Cultura

    MCA Millennium Challenge Account

    MCC Millennium Challenge Corporation

    MCC Millennium Challenge Account

    MDR Ministrio do Desenvolvimento Rural

    MDR Ministrio do Desenvolvimento Rural

    MFP Ministrio das Finanas e Planeamento

    MIEM Ministrio das Infraestruturas e Economia Martima

    MSF Medidas Sanitrias e Fitossanitrias

    MTIE Ministrio do Comrcio

    NOSI

    OCDE Organizao de Cooperao e Desenvolvimento Econmico

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013xviii

    OIE Organizao Internacional de Epizotias

    OMC Organizao Mundial do Comrcio

    OMC Organizao Mundial do Comrcio

    OMS Organizao Mundial da Sade

    OMS Organizao Mundial da Sade

    ONG Organizao No-Governamental

    ONUDI Organizao das Naes Unidas para o Desenvolvimento e Industria

    ONUDI Organizao das Naes Unidas para o Desenvolvimento e Industria

    PEID Pequenos estados insulares em desenvolvimento

    PIB Produto Interno Bruto

    PICTA Acordo de Comrcio com Pases das Ilhas do Pacfico

    PMA Pases Menos Avanados

    PMD Pases Menos Desenvolvidos

    PME Pequenas e Mdias Empresas

    PNUD Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento

    QIR Quadro Integrado Reforado para Assistncia Tcnica ao Comrcio aos PMA

    QUIBB Questionrio Unificado de Indicadores Bsicos de Bem-Estar

    QUIBB Questionrio Unificado de Indicadores Bsicos de Bem-Estar

    RO Regras de Origem

    SERM Secretaria de Estado dos Recursos Marinhos

    TBT Barreiras Tcnicas ao Comrcio

    TEC Tarifa Externa Comum

    TRIPs Aspetos comerciais dos direitos de propriedade intelectual

    UE Uniao Europeia

    UNI Unidade Nacional de Implementao

    UNIDO United Nations Industrial Development Organization

    ZEE Zona Econominca Exclusiva

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013xix

    SUMRIO EXECUTIVO

    1. Introduo Este relatrio uma atualizao do Estudo Diagnstico da Integrao Comercial de Cabo Verde , intitulado de Incluso de Cabo Verde na economia global, produzido e validado pelo Governo de Cabo Verde em 2008. Tal como o anterior estudo de 2008, esta Atualizao do Estudo Diagnstico da Integrao Comercial de Cabo Verde fornece uma anlise crtica dos principais constrangimentos institucionais e de produo que impedem a capacidade de Cabo Verde de capitalizar totalmente o crescimento e os ganhos de bem-estar da sua integrao na economia mundial. Como um relatrio de poltica, este estudo oferece um conjunto de polticas e medidas prioritrias que podem ser implementadas, tanto no sector pblico e privado para mitigar e superar estes lado da oferta e restries institucionais. Estas recomendaes esto resumidas numa Matriz de Ao. O relatrio fruto do apoio generoso do programa multi-doadores do Quadro Integrado Reforado (QIR), em que Cabo Verde participa desde 2007. Em todas as crises existe uma oportunidade. Quatro anos aps a validao do Primeiro Estudo Diagnstico de Integrao do Comrcio do Pas comrcio em 2008, Cabo Verde encontra-se num ambiente externo drasticamente alterado. Cabo Verde enfrenta um ambiente externo agravado do que h quatro anos atrs, quando foi tambm atravessou anos de crise global de alimentos e como os preos de energia aumentaram. Mesmo quando o pas estava a validar o seu primeiro estudo de comrcio no final de 2008, e a celebrar a sua graduao da lista dos Pases Menos Desenvolvidos, o incio da mais profunda recesso global na histria recente provocou uma situao externa ainda pior pois a principal fonte de mercados, investimentos, remessas e ajuda, do pas, a zona euro, desvendou-se econmica e politicamente. Como o agravamento da crise da Zona Euro, foi o infortnio de Cabo Verde, que a crise tenha contaminado precisamente os seus parceiros da Zona Euro e maiores doadores, como Portugal, Espanha e Itlia. Por isso uma economia altamente dependente e exposta como a de Cabo Verde, a deteriorao do setor externo teve um impacto negativo substancial sobre o seu desempenho macroeconmico. Na poca do seminrio de validao e graduao em 2008, ningum poderia ter antecipado ou previsto a gravidade da crise global que se seguiu. Apesar de atravessar estes anos de adversidade e choques externos, e sofrendo reveses palpveis, a economia de Cabo Verde tinha-se mostrado surpreendentemente resiliente, especialmente o seu principal setor, o turismo. Para seu grande crdito, os fundamentos econmicos do pas so slidos e tm sido cuidadosa e prudentemente geridos ao longo dos anos. Por esta razo, o pas tem at agora resistido crise global e da zona euro. No entanto, o futuro prximo e a mdio prazo permanece incerto. A margem de manobra do pas diminuiu, as suas opes esto muito mais limitadas, e tem escolhas difceis pela frente. Assim, no h melhor momento do que agora para analisar a posio de Cabo Verde na economia global, e examinar os muitos desafios e oportunidades que enfrenta. O primeiro estudo de diagnstico do comrcio delineou uma agenda ambiciosa e um conjunto de estratgias polticas para aumentar a participao de Cabo Verde na economia global. Escrito antes da crise global, o estudo no fez, e no poderia, antecipar o alcance e a profundidade das subsequentes crises globais e da Zona Euro. A poucos

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013xx

    meses antes da validao do primeiro EDIC Cabo Verde aderiu Organizao Mundial do Comrcio (OMC). Passou esses quatro anos ajustando-se a este estatuto e implementando os seus compromissos. Ao mesmo tempo, o pas procura atingir uma maior integrao econmica com a Unio Europeia. Desde 2008 o governo tem investido fortemente na infraestrutura econmica do pas, concentrando-se especialmente na promoo de transformao em sectores-chave, como a agricultura, pescas, turismo e indstrias criativas. Por estas e muitas outras razes, urgente e oportuna rever o caminho percorrido desde 2008. um momento oportuno para reavaliar as opes do pas, de repensar estratgias e traar um novo caminho que seja prtico, implementvel, e que se baseia em vantagens competitivas do pas e sucessos atuais.

    1.1 mbito e Objetivos do Relatrio O Relatrio est organizado em sete (7) estudos principais centrados sobre estas questes transversais e sectoriais. Uma srie de estudos de caso de sucesso em diferentes empreendimentos voltados para a exportao de negcios e experincias so apresentados no Anexo. Os sectores e reas transversais foram escolhidos com base na sua designao de prioridade no Documento Estratgico de Crescimento e Reduo III da Pobreza (2012-2016) e do Programa de Governo (2011-2016), alm da sua importncia reconhecida para o crescimento e desenvolvimento do comrcio. Os sete estudos so:

    o Poltica Comrcial e Instituies o Clima de Negcios e Investimento o Pequenas e Mdias Empresas (PME) para Exportao o Agricultura e Agronegcio o Pesca e a Economia Martima o Cultura e a Economia Criativa o Turismo

    O foco e o contedo deste relatrio so guiados pelas prioridades nacionais de desenvolvimento do povo e do governo de Cabo Verde. O objetivo principal de cada um desses estudos identificar o lado crtico da oferta e constrangimentos institucionais enfrentados pelo setor ou rea, e para oferecer um conjunto de reformas polticas e intervenes para mitigar esses constrangimentos. Alm disso, os estudos tambm identificam as oportunidades existentes ou potenciais, em particular no que diz respeito s oportunidades de expanso da produo, o crescimento das exportaes, o potencial do novo mercado, atividades de nvel empresarial local, e desenvolvimento de pequenas e mdias empresas. Em primeiro lugar, fundamental esclarecer o que este relatrio faz e o que no faz. Em termos de alcance, este um Relatrio sobre o comrcio internacional de Cabo Verde, e centra-se exclusivamente na produo e questes institucionais. Analisa instituies domsticas e limitaes institucionais do lado da oferta para o comrcio. O Relatrio aborda as principais questes transversais (clima empresarial e de investimento, pequenas e mdias empresas, a poltica de comrcio) e analisa cuidadosamente um nmero limitado de sectores econmicos (turismo, agricultura, indstrias criativas e pescas). As reas temticas e setores so selecionados com base na sua designao de prioridade nas principais estratgias de desenvolvimento do pas, nomeadamente o Programa de Governo (2011-2016) e no novo Documento Estratgico de Crescimento e Reduo da Pobreza III (2012-2016). Enquanto um relatrio sobre o comrcio, examina essas reas temticas e setores econmicos a partir da perspetiva do comrcio, examinando as restries, assim como as oportunidades. O presente relatrio est, portanto,

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013xxi

    limitado no mbito e objetivos. Muitas outras questes, setores e assuntos so omitidos. De fato, o relatrio no ensaia o diagnstico habitual e anlises sobre Cabo Verde, a sua economia ou os sectores econmicos, muito do qual est contido no EDIC original e permanece vlido. Fatos conhecidos e diagnsticos exaustivos so omitidos neste Relatrio, uma vez que no necessrio duplicar aqui os muitos relatrios e estudos que esto disponveis hoje em macroeconomia de Cabo Verde, a economia poltica, bem como setores especficos e questes transversais. importante ressaltar que este Relatrio est muito consciente da "fadiga do relatrio de consultoria." Existe em Cabo Verde um ceticismo legtimo, talvez cinismo, com mais um-outro relatrio, especialmente relatrios orientados pelos doadores. Muitos relatrios permanecem arquivados, sem serem vistos ou lidos com exceo do ponto focal. Outros caem imediatamente na irrelevncia por causa da sua generalidade, ou porque simplesmente todos duplicam o mesmo diagnstico que toda a gente j sabe, mas no oferece solues prticas, ou por causa da sua profuso de ideias interessantes, mas no implementadas. Alm da fadiga do relatrio e da irrelevncia, h tambm em Cabo Verde um problema real de disseminao pobre e partilha de conhecimentos, com muitos relatrios de polticas muito boas e pesquisas empricas que esto a ser produzidas, mas so lidas e desconhecidas no seio e fora das organizaes fora das organizaes responsveis pela sua produo. Bons relatrios que fazem recomendaes polticas slidas e executveis no circulam internamente dentro do mesmo ministrio, e no chegam ateno dos decisores polticos de alto nvel. As instituies cabo-verdianas, tanto privadas como pblicas, no tm conhecimentos rudimentares de sistemas de gesto. Um resultado lamentvel, alm do desperdcio de recursos para a produo de relatrios no lidos, a duplicao de relatrios. Este relatrio privilegia o aspeto de abordar diretamente os problemas mais crticos, e prioriza recomendaes que so realistas, prticas e viveis a curto e mdio prazo. As anlises e recomendaes deste relatrio tambm se destinam ao governo, bem como os atores do setor privado. Tanto o governo como o setor privado tm uma responsabilidade social, separadamente e de forma colaborativa, para implementar medidas prticas e eficazes e reformas necessrias para aumentar o potencial produtivo do pas e posio competitiva. Alm disso, este relatrio apenas o comeo, no o fim do processo. Em seguida devem vir as estratgias operacionais especficas por setores e planos de ao e sua implementao. Implementao a chave. Na opinio de muitas pessoas dentro e fora do governo de Cabo Verde, a implementao e acompanhamento tm sido um calcanhar de Aquiles do pas. Finalmente, este relatrio propriedade nacional. No impulsionado pelos objetivos e prioridades dos doadores, mas sim pelo pas e as prioridades de desenvolvimento que adota atravs dos seus prprios processos de governao e consultas com as partes interessadas. O Relatrio foi possvel graas ao apoio do QIR, mas o QIR coloca a propriedade nacional e as prioridades nacionais em primeiro lugar. Cabo Verde j tem um alto grau de integrao comercial, como observado por este Relatrio. A sua estratgia de desenvolvimento para a transformao pode ser vista principalmente como uma estratgia comercial voltada para o crescimento e a reduo da pobreza. Na verdade, Cabo Verde um pas ideal para a comunidade internacional apoiar, em termos de promoo da integrao comercial. Na verdade, Cabo Verde tem estado frente da curva, comprometendo-se a uma economia aberta, integrao comercial e desenvolvimento orientado para o comrcio muito tempo antes de se juntar ao processo QIR. Este estudo de integrao comercial fornece as bases analticas para as recomendaes polticas e comrcio acionvel relacionado com as intervenes de assistncia tcnica e desenvolvimento de capacidades necessrias, o Relatrio a base analtica para os projetos, medidas e intervenes a serem realizadas pelo pas e apoiado pelo seu pas doadores. As recomendaes do relatrio sero usadas para formular propostas, no Tier 2 do QIR, para mobilizar o apoio dos doadores para implementar as reformas e aes identificadas como prioritrias. Um prximo passo importante

  • Atualizao EDIC Cabo Verde 2013xxii

    formular propostas de projetos "financiveis" com base no diagnstico e recomendaes da atualizao do EDIC. O objetivo e mbito do relatrio diagnosticar os principais problemas, constrangimentos e oportunidades com que se depara o comrcio de Cabo Verde, e para fazer recomendaes polticas sobre medidas e estratgias para melhorar o comrcio do pas. O objetivo estratgico do relatrio para informar a formulao de polticas e avaliao de escolhas polticas alternativas. O Relatrio destina-se principalmente aos responsveis polticos e os decisores em ambos os setores, pblico e privado.

    1.2 O Caminho Pela Frente: Desenvolvimento Da Capacitao Comercial Para A Transio Para Pas de Rendimento Alto O objetivo do presente relatrio contribuir para o dilogo nacional e debate poltico sobre as melhores opes e estratgias para que o pas avanar. O seu objetivo no simplesmente iluminar o dilogo pblico sobre a melhor forma de navegar na atual crise global, mas para informar a poltica sobre estratgias eficazes para apoiar a transio do pas de um pas com rendimento mdio inferior (PRMI) para um pas de rendimento mdio superior (PRMS). Por outras palavras, o desafio que Cabo Verde hoje enfrenta, enquanto este Relatrio est a ser elaborado e validado, no se limita ao desafio imediato de superar a recesso econmica global atual e mitigar os riscos que apresenta para uma pequena economia aberta, e altamente dependente externamente. O desafio real muito mais amplo e de longo prazo. Requer uma grande atualizao da capacidade institucional, humana e produtiva do pas, ao invs de mexer nas margens ou implementao de ajustes da poltica de rotina. Desenvolver a capacidade comercial nacional essencial para a prxima transio de desenvolvimento de Cabo Verde. Ser um factor indispensvel para a capacidade do pas para garantir e apoiar cada vez mais os padres de vida dos seus cidados. Cabo Verde no apenas uma economia aberta, e tem uma estratgia de desenvolvimento orientada para o exterior para fazer do pas um centro de servios internacionais, mas a experincia de outros pases que fizeram com sucesso a transio para rendimento mdio-alto e categorias de rendimentos elevados mostra que uma capacidade competitiva de comrcio essencial para essa transio. O desenvolvimento da capacidade de exportao e diversificao ser um fator chave no futuro crescimento da economia. Cabo Verde pode no ser capaz de duplicar o sucesso das economias "tigre" asiticas de elevado desempenho da sia Oriental, que tinham a base industrial e de produo e um ambiente poltico externo e permissivo para o tipo de poltica industrial que adotaram. Outros, como Singapura posicionaram-se ativa e agressivamente como servios hubs de exportao de alta qualidade, nas cadeias globais de fornecimento. A experincia dos casos de sucesso de transio no Leste da sia mostra que esses pases foram bem-sucedidos na transformao estrutural das suas economias atravs da inovao, poltica industrial agressiva, a diplomacia econmica agressiva, a diversificao das suas economias, incluindo a diversificao em maior nmero de produtos de exportao, bem como movimento em maior valor agregado ao longo do tempo. Tendo em vista os objetivos deste estudo, vale a pena notar que nos casos de pases de transio bem sucedida de rendimento mdio ao rendimento elevado, a transio foi possvel pelo comrcio orientado para o crescimento. O comrcio no ser uma panaceia para Cabo Verde, considerando sua falta de escala e base produtiva extremamente limitada. No entanto, precisamente por causa da sua escala micro, dependncia externa e mercado interno limitado, o comrcio deve necessariamente ser um pilar fundamental do desenvolvimento.

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    Como j foi descrito com preciso em diversos estudos e por organizaes internacionais, Cabo Verde uma histria de sucesso de desenvolvimento. Mais notvel que Cabo Verde um candidato improvvel para um desenvolvimento bem-sucedido, considerando as suas muitas debilidades estruturais sobrepostas e condies desfavorveis de partida. Como este e muitos outros estudos tm enfatizado, a primeira fase de desenvolvimento de Cabo Verde, desde a independncia at a graduao, em 2008, foi muito mais fcil do que ser a prxima fase de desenvolvimento. A primeira fase de desenvolvimento, envolveu principalmente um processo de quantidade, consistindo na acumulao de capital humano e fsico financiados pelo financiamento externo barato e de baixo custo. Atravs de uma combinao de trabalho duro e uma gesto prudente do Estado, a generosidade dos seus parceiros internacionais de desenvolvimento e do empenho da Dispora e tambm a boa sorte, o pas foi capaz de sair da categoria de Pas Menos Desenvolvido para a categoria de pas de rendimento mdio. Este um feito notvel. Mas a prxima fase de desenvolvimento ser muito mais difcil e mais exigente para Cabo Verde. A fase seguinte envolve um processo de qualidade e eficincia. Primeiro, a experincia comparativa e a teoria econmica diz-nos que a transio para o rendimento superior muito mais difcil, principalmente porque as presses da concorrncia so muito maiores e na economia global de hoje, h pouca oportunidade para novos pases (novos operadores) para competir na base de baixo custo, baixa qualificao e quantidade de massa. Se apenas um pequeno nmero de pases conseguiram a graduao a partir da lista PMD desde 1971, um nmero ainda menor se graduou todo o caminho at ao topo. Atingir o estatuto de rendimento mdio, como Cabo Verde tem feito hoje, pode ser histrica e comparativamente mais fcil. No entanto, entre 1960 e 2008, dos 101 pases de rendimento mdio que existiam em 1960 apenas 13 pases foram capazes de invadir a categoria de renda alta. Em segundo lugar, e de forma crtica, h um preo para o sucesso. Cabo Verde vai agora perder alguns dos ingredientes crticos que alimentaram o seu sucesso passado, especialmente a ajuda ao desenvolvimento e as remessas. Por outras palavras, a transio de sucesso e transformao de Cabo Verde num pas de rendimento mdio superior globalmente competitivo vai depender da sua capacidade interna para reunir a criatividade, inovao e eficcia dos seus cidados, instituies e empresas.

    2. Resumo dos Principais Constrangimentos e Falhas de Mercado Para construir uma capacidade comercial internacionalmente competitiva, fundada numa mistura diversificada e verstil de exportaes de alta qualidade de bens e servios, Cabo Verde tem que superar vrios constrangimentos ao nvel da produo, bem como o ambiente institucional. O trabalho pela frente ser difcil, complexo e exigente em termos de compromisso poltico e seguir adiante. Algumas dessas restries, como amplamente reconhecido, sero extremamente difceis de superar, independentemente do compromisso e dos recursos disponveis porque so originrios de falhas de mercado e debilidades que so estruturais para uma economia com o tipo de barreiras geogrficas, climticas e caractersticas fsicas de Cabo Verde. As tecnologias de informao etrias e a globalizao dos conhecimentos baseados em servios oferecem a pases como Cabo Verde a possibilidade de escapar dessas limitaes estruturais. Por agora, estas restries estruturais criam maiores e diferentes obstculos s atividades empreendedoras do que o contrrio encontrado noutros pases distorcem o funcionamento normal da economia e, portanto, tambm alteram drasticamente a relao tradicional entre o Estado e a economia, o papel dos sectores pblico e privado. Os desafios so assustadores. Esses problemas podem ser divididos em duas categorias relacionadas. O primeiro pode ser chamado de desafios de "transio", ou melhor, desafios gerais de nvel macro que

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    Cabo Verde enfrenta, pois faz a sua transio ao estatuto de rendimento mdio alto. A segunda categoria composta por desafios especficos para o sector do comrcio, com foco no lado da oferta e fatores institucionais. Primeiro, as metas de desenvolvimento que o pas estabeleceu para si so ambiciosas: a transformao econmica baseada no crescimento rpido e inclusivo, dirigido por um sector privado competitivo e inovador, pela modernizao do Estado, da sociedade e das infraestruturas, e garantindo ao mesmo tempo, a sustentabilidade, o desenvolvimento humano, e a coeso social. A viso linda e ambiciosa. A tarefa difcil. Segundo, para concretizar esta viso e agenda ambiciosa, existem obstculos crticos no caminho hoje - alm dos desafios atuais representados pela crise global e as ameaas macroeconmicas de espao fiscal reduzido e crescente dvida nacional: (a) a diversificao das bases produtivas da economia e mitigao dos riscos de superespecializao e uma economia de monocultura, (b) a diversificao do produto turstico, juntamente com a necessidade urgente de curto prazo de melhorar a qualidade do produto existente, bem como o desafio de mdio prazo de fomentar maiores encadeamentos para o futuro do setor para o resto da economia, (c) o desenvolvimento de um capital humano relevante e capaz de competir numa economia global do sculo XXI, (d) a construo rpida da capacidade de organizao e competitividade do sector privado, e (e) construo da capacidade organizacional e poltica das instituies pblicas para criar o ambiente propcio, para gerir e implementar a Agenda para Transformao e, sobretudo, para gerir de forma eficaz os desafios macroeconmicos que a transio para o rendimento mdio superior trar. O setor privado ser o determinante de transformao do pas. o motor. No entanto, a capacidade do setor pblico igualmente crtica. No s deve o setor pblico aumentar rapidamente a sua capacidade e eficincia para promover um ambiente favorvel, mas deve tambm construir rapidamente as capacidades e recursos institucionais e humanos para garantir e gerir a estabilidade macroeconmica, especialmente nas reas de gesto da dvida do pas pois ele v-se obrigado a depender cada vez mais na concesso de financiamentos externos, bem como a gesto de investimentos pblicos, a fim de garantir a eficincia e maior retorno econmico. Isto um desafio futuro crtico, embora esquecido. Em termos do sector do comrcio, os desafios so igualmente assustadores, como revelado nos captulos individuais abaixo. A realidade desagradvel no momento que Cabo Verde no tem uma base de exportao ou qualidade do produto consistente com as ambies de transio do pas. Cabo Verde tem uma exportao restrita excessivamente concentrada na estrutura de comrcio. as suas exportaes de servios de turismo tiveram um crescimento impressionante, mas suas exportaes de mercadorias, basicamente, continua limitada pesca, que compreende mais de 80% das exportaes de mercadorias. Em resumo, os desafios comerciais de Cabo Verde incluem:

    Expanso da quantidade e melhoria da qualidade das exportaes de mercadorias existentes. O desafio da qualidade enorme, para existir, assim como potenciais novos produtos e servios, e uma garantia de qualidade nacional autnoma e quadro regulamentar, nem um sistema de normas nacionais e de medio (metrologia), ainda no foi totalmente implementado;

    Diversificando e ampliando o cabaz de bens e servios de Cabo Verde, que pode exportar, olhando especificamente para oportunidades de desenvolver produtos de nicho e fomentar a exportao de servios que capitalizam na posio geoestratgica do pas, os seus recursos humanos e culturais, bem como aproveitar as oportunidades abertas pela globalizao e tecnologias de informao e comunicaes;

    Diversificar e multiplicar o nmero de mercados de exportao e destinos, especialmente na sub-regio;

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    Aprofundar a sua penetrao de mercados de destino existentes, especificamente em termos de desenvolvimento de novos segmentos (nicho, orgnica, tnica, e da Dispora) nos seus mercados tradicionais na Unio Europeia e nos Estados Unidos;

    Subir a cadeia de valor, tanto de mercadorias como de servios tais como o turismo.

    2.1 Resumo Das Principais Limitaes Do Lado Da Oferta Os captulos individuais analisam setores econmicos especficos e reas temticas transversais, e fornecem uma anlise detalhada das restries e oportunidades. Esta seo destaca aqui apenas algumas dessas restries. No entanto, o leitor deve estar ciente de dois pontos crticos. Primeiro, no est no mbito e no objetivo deste Relatrio, nem em nenhuma seo, nem nos captulos individuais, examinar e fornecer uma lista exaustiva de todas as restries que os setores e a economia enfrentam. O relatrio centra-se deliberadamente apenas em algumas questes consideradas crticas ou negligenciadas por outros relatrios, dando prioridade a restries que esto sujeitas a medidas de reforma e intervenes implementveis a curto prazo (2-3 anos). O presente Relatrio no acredita que seja til recordar os muitos fatos e limitaes conhecidas da economia cabo-verdiana, nem para repetir os resultados dos vrios estudos publicados sobre o assunto. Estas restries, tanto estruturais e de mercado, so frequentemente citadas nos estudos, incluindo: o custo e a fiabilidade do transporte inter-ilhas, de pequena escala e o elevado grau de fragmentao da produo, especialmente em setores primrios como a agricultura e as pescas, a fraqueza de uma cadeia logstica nacional, incluindo o armazenamento a frio, custos elevados de transporte internacional induzidos pela insularidade, custos de fatores elevados, tambm a qualidade e fiabilidade da infraestrutura bsica e servios pblicos, as distores do mercado de trabalho e a escassez de habilidades. Como tal, h diversas restries macroestruturais e constrangimentos relacionados com a produo que este Relatrio no analisar de forma aprofundada, porque ambos so amplamente conhecidos e tratados com ateno exclusiva em muitos outros relatrios. No entanto, compreender e reconhecer essas limitaes fundamental para qualquer anlise das possibilidades e limitaes da economia cabo-verdiana. Os

    Limitaes estruturais conhecidas na economia cabo-verdiana

    Geografia Fsica: a fragmentao geogrfica e, assim, a descontinuidade do mercado interno; tamanho micro; clima rido, terra arvel limitada; insularidade;

    Dotes naturais: solo pobre e fertilidade marinha, a falta de recursos naturais explorveis alm do oceano vasto e recursos renovveis, como energia elica e solar;

    Infraestrutura Econmica: incluindo estradas, portos, telecomunicaes, energia, gua, saneamento, reconhecidos por todos como uma restrio crtica, e vrios relatrios foram produzidos sobre este assunto. O pas investe pesadamente na construo da sua infraestrutura econmica, mas h um grave deficit em termos de qualidade, suficincia, fiabilidade e custo;

    Sistema nacional de logstica: o foco limitado tem sido o transporte inter-ilhas, mas a partir de um ponto de vista econmico e de transao do mercado, o transporte apenas um dos vrios pontos crticos num sistema maior de logstica nacional de movimentao, transferncia e distribuio de pessoas, matrias-primas e insumos e mercadorias interna e externamente. Por exemplo, dada a fragmentao geogrfica do pas e terreno hostil nas principais ilhas produtoras, uma cadeia nacional de armazenagem e armazenamento a frio reconhecida como fundamental para o setor das pescas e agrcola para o mercado interno, bem como para as exportaes.

    Box 1 Limitaes estruturais conhecidas na economia cabo-verdiana

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    constrangimentos estruturais de Cabo Verde, as deficincias de desenvolvimento, do origem a mltiplas falhas de mercado e distores que no so comuns noutras economias. Algumas dessas restries no so discutidas exaustivamente no presente Relatrio - como infraestrutura e transporte, ou, mais precisamente, o sistema de logstica nacional - so to importantes que se ficarem sem soluo, as recomendaes polticas feitas neste Relatrio no tero qualquer impacto. Porque estes constrangimentos estruturais so discutidos noutros estudos, no nos debruamos sobre eles neste Relatrio. Estas restries so conhecidas, e esto listadas no Quadro 1. Os principais constrangimentos do lado da oferta para o desenvolvimento comercial citados neste relatrio incluem, entre outros:

    o Fragmentao da produo, tanto em termos de geografia fsica, bem como o tamanho das unidades de produo no sector agrcola e das pescas;

    o M qualidade e falta de gesto da qualidade ao longo da cadeia de produo at ao consumo; o Sistema nacional de logstica Fraco ou insuficiente, especialmente nas reas de armazenagem,

    armazenamento a frio, processamento e distribuio; o Alto custo dos insumos bsicos; o Escassez de mo-de-obra qualificada e especializada e deficit geral de capital humano consistente

    com as exigncias da competio global e a Agenda de Transformao do pas. Em geral, a infraestrutura de conhecimento de Cabo Verde, no est devidamente alinhada com as necessidades atuais da economia e os requisitos de longo prazo da Agenda.

    2.2 Resumo Dos Principais Condicionalismos Institucionais Cabo Verde est dotado de boa governao, instituies credveis e de um ambiente macroeconmico estvel, fornecendo assim um fundamento essencial para negcios e investimentos. As reformas esto em curso, e esto a ser efetuados progressos. A agenda de reformas est a mover-se na direo certa, mesmo se no for suficientemente rpido ou abordar as prioridades certas na viso dos crticos. Os condicionalismos institucionais persistem, no entanto, e esto tornar a economia cabo-verdiana e os seus negcios no competitivos. Este arrastar institucional sobre a competitividade do pas, bem como o arrastar de um clima de pr-crescimento de negcios revelado em cada grande pesquisa internacional. A mquina do Estado, e o quadro institucional e regulamentar geral, continuam a ser caracterizados por baixa capacidade, ineficincia no funcionamento e na capacidade de resposta, persistncia de normas e procedimentos antiquados, uma mentalidade orientada para o processo, em vez de resultados e solues, e m coordenao. O relatrio identifica vrias restries institucionais para o desenvolvimento comercial em Cabo Verde. Como as restries do lado da oferta, muitos destes condicionalismos institucionais tambm so muito conhecidos e tm sido debatidos em vrios fruns e estudos. Os principais condicionalismos institucionais ao comrcio e exportaes identificados no relatrio so:

    o Baixa capacidade organizacional entre o sector privado e do sector pblico o Baixa capacidade na formulao de polticas, implementao, monitoramento e avaliao de

    polticas, recolha estatstica e tratamento, e a formulao de polticas baseadas em evidncias, especialmente entre as principais instituies envolvidas no comrcio e investimento

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    o Clima de fazer de negcios no concorrencial, principalmente relacionado com o acesso ao financiamento e ineficincias e lacunas burocrticas

    o Alfndega e portos adversos e ineficientes, e outros procedimentos administrativos e formalidades

    o Poltica e coordenao institucional pobres o Limitaes de recursos humanos, tanto em termos de falta de pessoal de agncias chave, bem

    como competncias e especializao Ao examinar o potencial de comrcio de Cabo Verde, dois temas comuns so tratados ao longo deste Relatrio. O primeiro o conhecido handicap estrutural que o pas enfrenta no seu desenvolvimento - a ausncia de um mercado nacional unificado e a falta de uma logstica nacional e uma cadeia de abastecimento. A questo centra-se muitas vezes na disponibilidade, custo e qualidade do transporte inter-ilhas. Mas, como os captulos deste relatrio deixam claro, e como empresas, agricultores e empresrios sempre insistiram, o problema vai alm do transporte para incluir consolidao e distribuio, armazenamento frio, armazenamento, processamento e manuseio. A escala e a eficincia da logstica e cadeias de abastecimento so fundamentos essenciais da economia global de hoje. So ainda mais crticos para um pas como Cabo Verde caracterizado pela descontinuidade geogrfica, a falta de um mercado unificado nacional, a fragmentao da produo, e a proliferao de produtores de pequena escala. Devemos ter em mente que o agricultor e empresrios enfrentam grandes obstculos ao "exportar internamente" de uma ilha para a outra. difcil e caro mover pessoas e bens em Cabo Verde. A segunda questo fundamental a qualidade. A questo da qualidade aparece cada vez mais em todas as discusses e em todas as anlises. Do lado da oferta, muito trabalho precisa ser feito para melhorar a qualidade e os padres. Tem sido feito algum progresso para implementar componentes de um sistema nacional de qualidade, mas necessrio e urgente mais trabalho nesta rea. Sem qualidade, no h exportaes. to simples quanto isso. Para apreciar a importncia crtica da qualidade, suficiente considerar que Cabo Verde tem o privilgio de beneficiar de acordos de acesso preferencial ao mercado para os dois maiores mercados mundiais. Juntamente com o mercado preferencial regional na frica Ocidental, esses trs acordos de acesso preferencial do economia cabo-verdiana e aos seus exportadores um mercado total de quase mil milhes de consumidores. No entanto, o acesso ao mercado no suficiente. O que importante a