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Direito Processual civil PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

D i r e i t o C i v i l Parte Geral - Faculdade Legaledessa palavra, mas somente aqueles a quem foi dado. Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados

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Direito Processual civil

PROCEDIMENTOS

ESPECIAIS

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Direito Processual Civil

No começo dos tempos os institutos do divórcio e casamento estavamintimamente ligados, porquanto pela posição de inferioridade damulher, bastava o homem repudia-la a qualquer momento nomatrimônio a possibilitar seu afastamento do seio doméstico, postoque, naquela época, o casamento interessava somente no âmbitoeconômico. Somente com o advento das regras religiosas criou-se aindissolubilidade do matrimônio.

Em Roma três eram os motivos que punham fim ao casamento: a)morte; b) perda da capacidade; c) perda do affectio maritalis.

Com o cristianismo retornou o casamento à condição deindissolubilidade de dantes.

O Concílio de Trento de 1563 consagrou o dogma do sacramento domatrimônio e a impossibilidade de sua extinção.

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Direito Processual Civil

“Os fariseus vieram perguntar-lhe para pô-lo à prova: É permitido a umhomem rejeitar sua mulher por um motivo qualquer? Respondeu-lhes Jesus:Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: Por issoo homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os doisformarão uma só carne? Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto,não separa o homem o que Deus uniu. Disseram-lhe eles: Por que, então,Moisés ordenou dar um documento de divórcio a mulher, ao rejeitá-la? Jesusrespondeu-lhes: É por causa da dureza de vosso coração que Móises haviatolerado o repúdio das mulheres: mas no começo não foi assim. Ora eu vosdeclaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso dematrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele quedesposa uma mulher rejeitada, comete também adultério. Seus discípulosdisseram-lhe: Se tal é a condição do homem a respeito da mulher é melhornão casar! Respondeu ele: Nem todos são capazes de compreender o sentidodessa palavra, mas somente aqueles a quem foi dado. Porque há eunucos queo são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dohomem e há eunucos que a si mesmos, se fizeram eunucos por amor ao Reinodos Céus. Quem puder compreender, compreenda.” Evangelho segundo Lucas(São), 19, 3 a 12.

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Direito Processual civil

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

Ações de Família

Teoria geral CPC

Princípio da resolução consensual

Ritualização

Ministério Público

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Direito processual civil

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

Embargos de Terceiro

Conceito – Prazo – Competência - Decisão

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Direito processual civil

EMENTA: APELAÇÃO. EMBARGOS DE TERCEIRO.PENHORA. IMÓVEL. USUFRUTO VITALÍCIO.POSSIBILIDADE DA PENHORA DA NUA PROPRIEDADE.RESGUARDADOS OS DIREITOS DO USUFRUTUÁRIO. Épossível a penhora da nua propriedade desde queresguardado o usufruto existente.

(TJ-MG - AC: 10637160012620002 MG, Relator: RogérioMedeiros, Data de Julgamento: 04/07/2019, Data dePublicação: 12/07/2019)

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Direito processual civil

EMBARGOS DE TERCEIRO. PENHORA. IMÓVEL. EXECUÇÃO POR TÍTULOEXTRAJUDICIAL. SUSPENSÃO DE MEDIDAS CONSTRITIVAS. 1. Nostermos do art. 678 do CPC, a decisão que reconhecer suficientementeprovado o domínio ou a posse determinará a suspensão das medidasconstritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos. 2. Osdocumentos apresentados aos autos conferem probabilidade dodireito invocado. Demonstram que a compra e venda dos imóveisocorreu antes mesmo da distribuição da execução, e que houvepagamento integral de seu valor no ato da compra. Com isso,suficientemente demonstrado o domínio, para fins de suspensão deatos constritivos. 3. Recurso provido.*

(TJ-SP - AI: 20862998220198260000 SP 2086299-82.2019.8.26.0000,Relator: Melo Colombi, Data de Julgamento: 04/06/2019, 14ª Câmarade Direito Privado, Data de Publicação: 04/06/2019)

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AÇÕES

LOCATÍCIAS

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LOCAÇÕES – DESPEJO

DISPOSIÇÕES GERAIS DAS AÇÕES LOCATÍCIAS

Art. 58. Ressalvados os casos previstos no parágrafo único do art. 1º, nas ações dedespejo, consignação em pagamento de aluguel e acessório da locação, revisionaisde aluguel e renovatórias de locação, observar - se - á o seguinte:

I - os processos tramitam durante as férias forenses e não se suspendem pelasuperveniência delas;

II - é competente para conhecer e julgar tais ações o foro do lugar da situação doimóvel, salvo se outro houver sido eleito no contrato;

III - o valor da causa corresponderá a doze meses de aluguel, ou, na hipótese doinciso II do art. 47, a três salários vigentes por ocasião do ajuizamento;

IV - desde que autorizado no contrato, a citação, intimação ou notificação far-se-ámediante correspondência com aviso de recebimento, ou, tratando - se de pessoajurídica ou firma individual, também mediante telex ou fac-símile, ou, ainda, sendonecessário, pelas demais formas previstas no Código de Processo Civil;

V - os recursos interpostos contra as sentenças terão efeito somente devolutivo.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

Art. 5º Seja qual for o fundamento dotérmino da locação, a ação do locadorpara reaver o imóvel é a de despejo.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo, as ações de despejo terão orito ordinário.

§ 1º Conceder-se-á liminar para desocupação em quinze dias, independentemente daaudiência da parte contrária e desde que prestada a caução no valor equivalente atrês meses de aluguel, nas ações que tiverem por fundamento exclusivo:

I - o descumprimento do mútuo acordo (art. 9º, inciso I), celebrado por escrito eassinado pelas partes e por duas testemunhas, no qual tenha sido ajustado o prazomínimo de seis meses para desocupação, contado da assinatura do instrumento;

II - o disposto no inciso II do art. 47, havendo prova escrita da rescisão do contrato detrabalho ou sendo ela demonstrada em audiência prévia;

III - o término do prazo da locação para temporada, tendo sido proposta a ação dedespejo em até trinta dias após o vencimento do contrato;

IV - a morte do locatário sem deixar sucessor legítimo na locação, de acordo com oreferido no inciso I do art. 11, permanecendo no imóvel pessoas não autorizadas porlei;

V - a permanência do sublocatário no imóvel, extinta a locação, celebrada com olocatário.

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VI – o disposto no inciso IV do art. 9o, havendo a necessidade de se produzir reparaçõesurgentes no imóvel, determinadas pelo poder público, que não possam ser normalmenteexecutadas com a permanência do locatário, ou, podendo, ele se recuse a consenti-las;

VII – o término do prazo notificatório previsto no parágrafo único do art. 40, semapresentação de nova garantia apta a manter a segurança inaugural do contrato;

VIII – o término do prazo da locação não residencial, tendo sido proposta a ação em até 30(trinta) dias do termo ou do cumprimento de notificação comunicando o intento deretomada;

IX – a falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no vencimento, estando ocontrato desprovido de qualquer das garantias previstas no art. 37, por não ter sidocontratada ou em caso de extinção ou pedido de exoneração dela, independentemente demotivo.

2º Qualquer que seja o fundamento da ação dar - se - á ciência do pedido aos sublocatários,que poderão intervir no processo como assistentes.

§ 3o No caso do inciso IX do § 1o deste artigo, poderá o locatário evitar a rescisão da locaçãoe elidir a liminar de desocupação se, dentro dos 15 (quinze) dias concedidos para adesocupação do imóvel e independentemente de cálculo, efetuar depósito judicial quecontemple a totalidade dos valores devidos, na forma prevista no inciso II do art. 62.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

Art. 60. Nas ações de despejo fundadas no inciso IV do art. 9º, inciso IV do art. 47 e inciso II do art. 53, a petição inicialdeverá ser instruída com prova da propriedade do imóvel ou do compromisso registrado.

IV - para a realização de reparações urgentes determinadas pelo Poder Público, que não possam ser normalmente executadas com a permanência dolocatário no imóvel ou, podendo, ele se recuse a consenti - las.

IV - se for pedido para demolição e edificação licenciada ou para a realização de obras aprovadas pelo Poder Público, que aumentem a área construída,em, no mínimo, vinte por cento ou, se o imóvel for destinado a exploração de hotel ou pensão, em cinqüenta por cento;

II - se o proprietário, promissário comprador ou promissário cessionário, em caráter irrevogável e imitido na posse, com título registrado, que hajaquitado o preço da promessa ou que, não o tendo feito, seja autorizado pelo proprietário, pedir o imóvel para demolição, edificação, licenciada oureforma que venha a resultar em aumento mínimo de cinquenta por cento da área útil.

Art. 61 Nas ações fundadas no § 2º do art. 46 e nos incisos III e IV do art. 47, se o locatário, no prazo da contestação,manifestar sua concordância com a desocupação do imóvel, o juiz acolherá o pedido fixando prazo de seis meses para adesocupação, contados da citação, impondo ao vencido a responsabilidade pelas custas e honorários advocatícios de vintepor cento sobre o valor dado à causa. Se a desocupação ocorrer dentro do prazo fixado, o réu ficará isento dessaresponsabilidade; caso contrário, será expedido mandado de despejo.

§ 2º Ocorrendo a prorrogação, o locador poderá denunciar o contrato a qualquer tempo, concedido o prazo de trinta diaspara desocupação

II - se for pedido para uso próprio, de seu cônjuge ou companheiro, ou para uso residencial de ascendente oudescendente que não disponha, assim como seu cônjuge ou companheiro, de imóvel residencial próprio;

IV - se for pedido para demolição e edificação licenciada ou para a realização de obras aprovadas pelo Poder Público, queaumentem a área construída, em, no mínimo, vinte por cento ou, se o imóvel for destinado a exploração de hotel oupensão, em cinqüenta por cento;

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LOCAÇÕES – DESPEJO

Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de aluguel e acessórios dalocação, de aluguel provisório, de diferenças de aluguéis, ou somente de quaisquer dos

acessóriosda locação, observar-se-á o seguinte:

I – o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o pedido de cobrança dosaluguéis e acessórios da locação; nesta hipótese, citar-se-á o locatário para responder aopedido de rescisão e o locatário e os fiadores para responderem ao pedido de cobrança,devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito;

II – o locatário e o fiador poderão evitar a rescisão da locação efetuando, no prazo de 15(quinze) dias, contado da citação, o pagamento do débito atualizado, independentemente decálculo e mediante depósito judicial, incluídos:

a) os aluguéis e acessórios da locação que vencerem até a sua efetivação;

b) as multas ou penalidades contratuais, quando exigíveis;

c) os juros de mora;

d) as custas e os honorários do advogado do locador, fixados em dez por cento sobre omontante devido, se do contrato não constar disposição diversa;

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LOCAÇÕES – DESPEJO

III – efetuada a purga da mora, se o locador alegar que a oferta não é integral, justificando a diferença, o locatário poderá complementar o depósito no prazo de 10 (dez) dias, contado da intimação, que poderá ser dirigida ao locatário ou diretamente ao patrono deste, por carta ou publicação no órgão oficial, a requerimento do locador;

IV – não sendo integralmente complementado o depósito, o pedido de rescisão prosseguirá pela diferença, podendo o locador levantar a quantia depositada;

V - os aluguéis que forem vencendo até a sentença deverão ser depositados à disposição do juízo, nos respectivos vencimentos, podendo o locador levantá -los desde que incontroversos;

VI - havendo cumulação dos pedidos de rescisão da locação e cobrança dos aluguéis, a execução desta pode ter início antes da desocupação do imóvel, caso ambos tenham sido acolhidos.

Parágrafo único. Não se admitirá a emenda da mora se o locatário já houver utilizado essa faculdade nos 24 (vinte e quatro) meses imediatamente anteriores à propositura da ação.

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Art. 63. Julgada procedente a ação de despejo, o juiz determinará a expedição de mandado de despejo, que conterá o prazo de 30 (trinta) dias para a desocupação voluntária, ressalvado o disposto nos parágrafos seguintes.

§ 1º O prazo será de quinze dias se:

a) entre a citação e a sentença de primeira instância houverem decorrido mais de quatro meses; ou

b) o despejo houver sido decretado com fundamento no art. 9o ou no § 2o do art. 46.

§ 2° Tratando-se de estabelecimento de ensino autorizado e fiscalizado pelo Poder Público, respeitado o prazo mínimo de seis meses e o máximo de um ano, o juiz disporá de modo que a desocupação coincida com o período de férias escolares.

§ 3º Tratando-se de hospitais, repartições públicas, unidades sanitárias oficiais, asilos, estabelecimentos de saúde e de ensino autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, bem como por entidades religiosas devidamente registradas, e o despejo for decretado com fundamento no inciso IV do art. 9º ou no inciso II do art. 53, o prazo será de um ano, exceto no caso em que entre a citação e a sentença de primeira instância houver decorrido mais de um ano, hipótese em que o prazo será de seis meses.

§ 4° A sentença que decretar o despejo fixará o valor da caução para o caso de ser executada provisoriamente.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITAPEVI – SP.

..........., por seus procuradores (doc. anexo), vêm, respeitosamente, perante Vossa Excelência, aforar a presente

AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA DE ALUGUEL E ENCARGOS COM PEDIDO DE LIMINAR

em face de ..............., que faz com supedâneo na Lei n. 8245/91 e pelas razões de fato e de direito que, a seguir, articuladamente, passam a aduzir.

Os autores locaram aos réus, para fins não residenciais, a partir de 15 de dezembro de 2016, o imóvel da rua Dr. José, 161 a 163, Bairro Jardim, mediante contrato escrito (doc. anexo), pelo prazo de 36 (trinta e seis) meses e aluguel inicial de R$ 3.000,00 (três mil reais), cabendo, ainda, aos locatários, o pagamento dos encargos descritos no contrato.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

Ocorre que os réus estão em mora desde maio de 2014, sendo certo que a parcela de maio foi paga em 24 de junho de 2014, apena no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), remanescendo R$ 500,00 (quinhentos reais).

Deste modo, os réus são devedores do valor linear de 30.000,00 (trinta mil reais), sendo sete parcelas de R$ 2.500,00 (entre junho de 2014 a dezembro 2014), que totalizam R$ 17.500,00, bem como quatro parcelas de R$ 3.000,00 (entre janeiro de 2015 a abril de 2015), que totalizam R$ 12.000,00 (doze mil reais), acrescidos do valor de R$ 500,00 (remanescente do mês de maio de 2014).

O débito atual é de R$ 30.185,55, conforme discriminação em planilha anexa (doc. anexo).

MÊS ANO VALOR IGPM VALOR FINAL

JUNHO 2014 2.500 0,74% 2.518,50

Segue abaixo planilha com a aplicação da multa de 10% (dez por cento), prevista contratualmente (parágrafo segundo da Cláusula 6ª):

APLICAÇÃO DA MORA DE 10%

500,65 10% 50,07

2.518,50 10% 251,85

3018,37

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LOCAÇÕES – DESPEJO

FUNDAMENTOS JURÍDICOS

A nova redação do artigo 59, §1º, IX da Lei 8.245/91 é taxativa:

“Art. 59 Com as modificações constantes deste Capítulo, as ações de despejo terão o rito ordinário.

§1º Conceder-se-á liminar para desocupação em quinze dias, independentemente da audiência da parte contrária e desde que prestada caução no valor equivalente a três meses de aluguel, nas ações que tiverem por fundamento exclusivo:

(...)

IX – a falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no vencimento, estando o contrato desprovido de qualquer das garantias previstas no art. 37, por não ter sido contratada ou em caso de extinção ou pedido de exoneração dela, independentemente de motivo.”

Excelência escuda-se essa ação nesse dispositivo, isto é, os locatários estão em mora com o aluguel e acessórios da locação!

MEDIDA LIMINAR

Diante dos fatos acima narrados os demandantes fazem jus ao deferimento de medida liminar, inaudita altera pars, determinando-se que os réus desocupem o imóvel objeto desta ação ou purguem sua mora integralmente, no prazo quinze dias, pena de não o fazendo, ser compelida a fazê-lo de forma coercitiva, nos termos da lei.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

CITAÇÃO E PEDIDO

Posto isto, requer os autores:

a) deferir liminarmente inaudita altera pars, o despejo dos réus, determinando a expedição do mandado de despejo para que os mesmos desocupem o imóvel objeto desta ação ou purguem sua mora integralmente, no prazo quinze dias, deixando-o em perfeito estado de conservação e limpeza, com todas as benfeitorias eventualmente nele introduzidas, uma vez foram incorporadas ao imóvel (Cláusulas 8ª, parágrafo único), pena de não o fazendo, serem compelidos a fazê-lo de forma coercitiva, nos termos da Lei;

b) após o deferimento da liminar aqui pleiteada mandar citar os réus no endereço constante do preâmbulo desta, para (i) querendo evitar a rescisão da locação, purgar a mora, depositando em juízo a quantia de R$33.203,92 (trinta e três mil duzentos e três reais e noventa e dois centavos), referente aos aluguéis e encargos (doc.anexo), a ser devidamente atualizado e acrescido das custas e despesas pagas, além dos aluguéis e encargos que se vencerem até a efetiva purgação da mora, com o depósito total do débito, (ii) ou vir responder aos termos desta ação, contestando-a, se quiserem, devendo, a final, ser julgada inteiramente procedente, com o despejo dos locatários e eventuais ocupantes, e consequentemente, decretada a rescisão do contrato de locação em questão, com a condenação dos réus no pagamento dos alugueres objeto desta ação e daqueles que se vencerem até prolação da sentença, tudo sempre com condenação da demandada no pagamento das custas judiciais e dos honorários de 20% sobre o montante devido, custas e honorários esses que deverão ser corrigidos monetariamente e executados nestes próprios.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

PROVAS

Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente por documentos, oitiva de testemunhas oportunamente arroladas, além do depoimento pessoal da Ré, que desde já se requer, pena de confissão.

VALOR DA CAUSA.

Dá-se à causa, o valor de R$33.203,92 (trinta e três mil duzentos e três reais e noventa e dois centavos).

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LOCAÇÕES – DESPEJO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITAPEVI – SP.

PROCESSO

e OUTRO, já qualificados, vêm, respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos autos da AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA DE ALUGUEL E ENCARGOS COM PEDIDO DE LIMINAR que tramita em face de e OUTRO, expor e requerer o quanto segue.

Tendo em vista o cumprimento do mandado de imissão na posse do imóvel locado, requer os autores que o processo prossiga unicamente em face dos pedidos de: 1) declaração da rescisão do contrato de locação objeto da demanda; 2) condenação dos réus no pagamento dos alugueres objeto desta ação e daqueles que se vencerem até prolação da sentença, tudo sempre com condenação dos demandados no pagamento das custas judiciais e dos honorários de 20% sobre o montante devido, custas e honorários esses que deverão ser corrigidos monetariamente e executados nestes próprios.

Termos em que, pedem deferimento.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITAPEVI – SP.

PROCESSO URGENTE

e OUTRO, já qualificados, vêm, respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos autos da AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA DE ALUGUEL E ENCARGOS COM PEDIDO DE LIMINAR que tramita em face de e OUTRO, expor e requerer o quanto segue.

Chegou ao conhecimento dos requerentes que o imóvel objeto da presente ação de despejo encontra-se vazio e com placa de “Mudou-se”.

Posto isto, vem os autores requerer a expedição de Mandado de Constatação e Imissão de Posse, COM URGÊNCIA, tendo em vista que o imóvel está à mercê de invasões e depredações.

Termos em que, pedem deferimento.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

SÚMULAS STFSÚMULA 65

A cláusula de aluguel progressivo anterior à L. 3.494, de 19.12.58, continua em vigor em caso de prorrogação legal ou convencional da locação.

SÚMULA 123

Sendo a locação regida pelo D. 24.150, de 20.4.34, o locatário não tem direito à purgação da mora prevista na L. 1.300, de 28.12.50.

SÚMULA 171

Não se admite, na locação em curso, de prazo determinado, a majoração de encargos a que se refere a L. 3.844, de 15.12.60.

SÚMULA 172

Não se admite, na locação em curso, de prazo determinado, o reajustamento de aluguel a que se refere a L. 3.085, de 29.12.56.

SÚMULA 178

Não excederá de cinco anos a renovação judicial de contrato de locação, fundada no D. 24.150, de 20.4.34.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

SÚMULA 370

Julgada improcedente a ação renovatória da locação, terá o locatário, para desocupar o imóvel, o prazo de seis meses, acrescido de tantos meses quantos forem os anos da ocupação, até o limite total de dezoito meses.

SÚMULA 375

Não renovada a locação regida pelo D. 24.150, de 20.4.34, aplica-se o direito comum e não a legislação especial do inquilinato.

SÚMULA 376

Na renovação de locação, regida pelo D. 24.150, de 20.4.34, o prazo do nôvo contrato conta-se da transcrição da decisão exequenda no Registro de Títulos e Documentos; começa, porém, da terminação do contrato anterior, se esta tiver ocorrido antes do registro.

SÚMULA 411

O locatário autorizado a ceder a locação pode sublocar o imóvel.

SÚMULA 442

A inscrição do contrato de locação no Registro de Imóveis, para a validade da cláusula de vigência contra o adquirente do imóvel, ou perante terceiros, dispensa a transcrição no Registro de Títulos e Documentos.

SÚMULA 481

Se a locação compreende, além do imóvel, fundo de comércio, com instalações e pertences, como no caso de teatros, cinemas e hotéis, não se aplicam ao retomante as restrições do art. 8º, e, parágrafo único, do Decreto nº. 24.150, de 20.4.34.

SÚMULA 482

O locatário, que não fôr sucessor ou cessionário do que o precedeu na locação, não pode somar os prazos concedidos a este, para pedir a renovação do contrato, nos termos do Decreto nº 24.150.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

SUMULAS STJ

Súmula 214

O fiador na locação não responde por obrigações resultantes de

aditamento ao qual não anuiu.

Súmula 335

Nos contratos de locação, é válida a cláusula de renúncia à

indenização das benfeitorias e ao direito de retenção.

Súmula 486

É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja

locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja

revertida para a subsistência ou a moradia da sua família.

Súmula 549

É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de

contrato de locação.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

FIADOR

Renuncia ao benefício de ordem

Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir queprimeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesmacomarca, livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamenteà penhora.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

CPC Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regrasdeste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza daobrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.

§ 1o O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagarquantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento doexequente.

§ 2o O devedor será intimado para cumprir a sentença:

§ 5o O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em facedo fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiverparticipado da fase de conhecimento.

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LOCAÇÕES – DESPEJO

CPC Art. 779. A execução pode ser promovida contra:

I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;

II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;

III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo;

IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;

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LOCAÇÕES – RENOVATÓRIAArt. 71. Além dos demais requisitos exigidos no art. 282 do Código de Processo Civil, a petição inicial daação renovatória deverá ser instruída com:

I - prova do preenchimento dos requisitos dos incisos I, II e III do art. 51;

II - prova do exato cumprimento do contrato em curso;

III - prova da quitação dos impostos e taxas que incidiram sobre o imóvel e cujo pagamento lhe incumbia;

IV - indicação clara e precisa das condições oferecidas para a renovação da locação;

V – indicação do fiador quando houver no contrato a renovar e, quando não for o mesmo, com indicaçãodo nome ou denominação completa, número de sua inscrição no Ministério da Fazenda, endereço e,tratando-se de pessoa natural, a nacionalidade, o estado civil, a profissão e o número da carteira deidentidade, comprovando, desde logo, mesmo que não haja alteração do fiador, a atual idoneidadefinanceira;

VI - prova de que o fiador do contrato ou o que o substituir na renovação aceita os encargos da fiança,autorizado por seu cônjuge, se casado for;

VII - prova, quando for o caso, de ser cessionário ou sucessor, em virtude de título oponível aoproprietário.

Parágrafo único. Proposta a ação pelo sublocatário do imóvel ou de parte dele, serão citados o sublocadore o locador, como litisconsortes, salvo se, em virtude de locação originária ou renovada, o sublocadordispuser de prazo que admita renovar a sublocação; na primeira hipótese, procedente a ação, oproprietário ficará diretamente obrigado à renovação.

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LOCAÇÕES – RENOVATÓRIA

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DO FORO REGIONAL DE SANTANA – SP.

(docs. anexos), por intermédio do seu procurador devidamente constituído (doc. anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 51 e seguintes, artigo 58, 71 e seguintes da Lei 8.245/91, propor a presente

AÇÃO RENOVATÓRIA DE LOCAÇÃO COMERCIAL

em face de, consubstanciado nas razões de fato e de direito a seguir expostas.

I - FATOS

O autor recebeu em locação comercial o imóvel descrito no anexo instrumento de locação (docs. anexos), firmado originariamente em 27 de setembro de 2.001, consistente em imóvel

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LOCAÇÕES – RENOVATÓRIA

Nos termos do aludido contrato, a locação originariamente passou a vigorar a partir de 01 de outubro de 2.001, por prazo determinado de 5 (cinco) anos, com término previsto para o dia 30 de setembro de 2.006.

Por força de decisão judicial, transitada em julgado, proferida pela 4ª Vara Cível desse Fórum Regional em ação renovatória de locação (Processo nº 001.06.106226-2), referido contrato foi prorrogado nas mesmas condições anteriores e por igual prazo, ou seja, 5 (cinco) anos, com inicio em 01 de outubro de 2006 e término previsto para 30 de setembro de 2011 (docs. anexos).

O imóvel foi edificado e adaptado para destinar-se exclusivamente à exploração do comércio de venda de produtos derivados de petróleo e demais atividades afins, conforme previsto na cláusula 5ª.

No decorrer do contrato o imóvel foi mantido, pelo autor, modernizado e identificado pelo “lay out” e imagens características da bandeira “BR”, em decorrência dos contratos de licença de uso da marca e promessa de compra e venda mercantil, firmados com a Petrobrás Distribuidora S/A, os quais encontram-se em vigor, inclusive com cláusulas penais pelo descumprimento dos mesmos.

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LOCAÇÕES – RENOVATÓRIA

A exploração e refino do petróleo até regulamentação da lei ordinária configura-se em monopólio estatal conferido a Petróleo Brasileiro S/A, sendo certo que a distribuição e revenda são rigidamente controladas através de portarias, resoluções, decretos e leis em especial da A.N.P (Agência Nacional do Petróleo), que por sua vez substituiu o antigo Departamento Nacional de Combustíveis.

De se ressaltar que o autor realizou e realiza manutenção e atualização do imóvel por ele recebido em locação, mantendo, inclusive, vigente seguro (docs. anexos), prestando ininterruptamente assistência técnica aos equipamentos, substituindo-os quando necessário, modernizando-os e informartizando-os, bem como promovendo todas as adequações, investimentos e reformas necessárias no respectivo imóvel (docs. anexos).

Como se denota, o autor sempre cumpriu fielmente com todas as obrigações exsurgentes do contrato, sendo certo, ainda, que como determina a lei, vem exercendo ininterruptamente o mesmo ramo de atividade e comércio por mais de 3 (três) anos consecutivos, ou seja, posto de serviços e abastecimento de veículos automotores, preenchendo, pois, os requisitos do artigo 51, I, II e III, e 71 da lei 8.245/91 (docs. anexos).

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LOCAÇÕES – RENOVATÓRIA

Com o intuito de demonstrar a boa fé e a firme intenção na renovação, por parte do autor, este propõe, conforme determina o artigo 71, IV, adequações do mesmo à nova realidade mercadológica da atividade, mantidas as principais condições do contrato atualmente em vigor entre as partes, notadamente prazos de vigência, índices e periodicidade de correção e valor dos alugueres.

Assim, o autor propõe a manutenção do valor de R$ 5.775,02 (Cinco mil, setecentos e setenta e cinco reais e dois centavos) a título de alugueres pagos atualmente, encontrando-se em observância aos valores das locações de imóveis na região explorada e, ainda, em conformidade com o laudo de avaliação do perito judicial nomeado nos autos do processo anterior (doc. anexo).

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LOCAÇÕES – RENOVATÓRIA

Uma vez preenchida a condição do inciso IV do artigo 71, com a oferta supra, o autor indica como fiadores os Srs. que concordam e aceitam figurar na qualidade de fiadores com todos os encargos daí advindos, bem como possuem idoneidade financeira, conforme declaração e cópias das escrituras e demais documentos anexos.

O autor anexa à presente, ainda, comprovação de preenchimento das condições da ação e do exercício ininterrupto do fundo de comércio comum, no último triênio, protestando, desde já, pela complementação no decorrer da instrução caso seja necessário (docs. anexos).

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LOCAÇÕES – RENOVATÓRIA

Por oportuno, esclarece, o autor, que conquistou uma vasta clientela pela excelente prestação de serviços nestes anos ininterruptos de exercício das atividades previstas em seu contrato social.

No tocante aos alugueres, o autor esclarece que os mesmos estão sendo pagos pontualmente, conforme combinado com os locadores, ora réus, através de depósito/transferência em conta corrente de depósito, conforme comprovam os demonstrativos anexos à presente (docs. anexos).

Os impostos devidos também estão sendo pagos regularmente, conforme demonstram documentos anexos (docs. anexos).

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LOCAÇÕES – RENOVATÓRIA

II - PEDIDOS

A procedência do pedido, sem dúvida há de ser decretada, pois estão atendidas as exigências legais, como se conclui da documentação ofertada, mormente quanto ao cumprimento das obrigações contratuais, pagamentos pontuais de alugueres, impostos, taxas, quer no aspecto do direito substantivo, quer no adjetivo, restando, também o pleito judicializado no semestre que antecede ao término do contrato.

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LOCAÇÕES – RENOVATÓRIA

Posto isto, é a presente para requerer se digne V. Exa. julgar a ação totalmente procedente, declarando a renovação judicial do contrato de locação existente entre as partes, por novo período de 5 (cinco) anos a contar de 01 de outubro de 2.011 e término em 30 de setembro de 2016 , com o valor mensal de alugueres no importe R$ 5.775,02 (Cinco mil, setecentos e setenta e cinco reais e dois centavos), observados os índices e periodicidade de correção previstos no contrato original.

De outro lado, além da procedência do pedido formulado, requer o autor, outrossim, a condenação dos réus nas verbas da sucumbência e demais consectários legais, na hipótese de resistência.

Requer-se, ainda, a citação dos réus para, querendo, contestar a ação, sob pena de confissão e revelia, quando o pedido deverá ser julgado procedente, decretando-se a renovação forçada do contrato, por novo período de 5 (cinco) anos.

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LOCAÇÕES – RENOVATÓRIA

Protesta, outrossim, caso V. Exa. entenda necessário, sejam os fiadores do contrato de locação original cientificados da presente demanda, para todos os fins e efeitos de direito.

Protesta, finalmente, provar o alegado, por todos os meios de prova admitidos em juízo, não só pelos documentos acostados aos autos, mais ainda por outros que poderá juntar ao processo, provas periciais que desde já se requer, inquirição de testemunhas, depoimento pessoal dos réus, que fica desde já também expressamente requerido, sem prejuízo da produção de outras provas que se façam necessárias.

Dá-se à causa para fins fiscais o importe de R$ 69.300,24 (sessenta e nove mil, trezentos reais e vinte e quatro centavos), correspondentes a 12 vezes o último aluguel pago, nos termos da lei vigente.

Termos em que,

Pede e espera deferimento.

São Paulo

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LOCAÇÕES – REVISIONAL

Art. 19. Não havendo acordo, olocador ou locatário, após três anosde vigência do contrato ou do acordoanteriormente realizado, poderãopedir revisão judicial do aluguel, afim de ajustá-lo ao preço demercado.

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LOCAÇÕES – REVISIONAL

Art. 68. Na ação revisional de aluguel, que terá o rito sumaríssimo, observar-se-á o seguinte:

I - além dos requisitos exigidos pelo CPC, a petição inicial deverá indicar o valor do aluguel cuja fixação é pretendida;

II - ao designar a audiência de instrução e julgamento, o juiz, se houver pedido e com base nos elementos fornecidos peloautor ou nos que indicar, fixará aluguel provisório, não excedente a oitenta por cento do pedido, que será devido desde acitação;

III - sem prejuízo da contestação e até a audiência, o réu poderá pedir seja revisto o aluguel provisório, fornecendo oselementos para tanto;

IV - na audiência de instrução e julgamento, apresentada a contestação, que deverá conter contraproposta se houverdiscordância quanto ao valor pretendido, o juiz tentará a conciliação e, não sendo esta possível, suspenderá o ato para arealização de perícia, se necessária, designando, desde logo, audiência em continuação.

1° Não caberá ação revisional na pendência de prazo para desocupação do imóvel (arts. 46, parágrafo 2° e 57), ou quandotenha sido este estipulado amigável ou judicialmente.

2° No curso da ação de revisão, o aluguel provisório será reajustado na periodicidade pactuada ou na fixada em lei.

Art. 69. O aluguel fixado na sentença retroage à citação, e as diferenças devidas durante a ação de revisão, descontados osalugueres provisórios satisfeitos, serão pagas corrigidas, exigíveis a partir do trânsito em julgado da decisão que fixar o novoaluguel.

1° Se pedido pelo locador, ou sublocador, a sentença poderá estabelecer periodicidade de reajustamento do aluguel diversadaquela prevista no contrato revisando, bem como adotar outro indexador para reajustamento do aluguel.

2° A execução das diferenças será feita nos autos da ação de revisão.

Art. 70. Na ação de revisão do aluguel, o juiz poderá homologar acordo de desocupação, que será executado medianteexpedição de mandado de despejo.

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LOCAÇÕES – REVISIONAL

............., brasileiro, casado, profissão, residente e domiciliado à .........................................., por seu advogado, mandato incluso, com fundamento na Lei 8.245/91, vem propor a presente AÇÃO REVISIONAL DE ALUGUÉIS contra ..............., pelos fatos e fundamentos seguintes:

I. O imóvel objeto desta ação, de propriedade/posse do demandante, localizado na ..........................................., encontra-se alugado por força do contrato anexo, na modalidade residencial, para o demandado, pelo valor atual de R$ 1000,00 (um reais) mensais.

II. Durante todo o decorrer da locação o valor de locação não foi reajustado, salvo aqueles decorrentes de atualização monetária do valor mensal acordado.

III. O valor de mercado da locação do imóvel objeto da presente ação, conforme comprova-se pelos laudos de avaliações, em anexo, é de R$ 1000,00 (um mil reais), mensais.

IV. O autor debalde seus esforços tentou junto ao réu atualizar o valor da locação mediante composição, contudo sem exito.

V. Pretende, em decorrência, o autor a revisão da locação, nos termos da lei de locações, para R$ 1500,00 (um mil e quinhentos reais) mensais, ou no valor que definir a perícia judicial, se for o caso.

Posto isto, requer se digne Vossa Excelência determinar a citação do réu para comparecer à audiência designada, apresentando contestação, querendo, sob pena de revelia, e acompanhando a presente ação em todos os seus termos, até final sentença, que, julgando procedente o pedido, fixará o novo valor do aluguel, retroativo à data da citação, além de condená-lo nos ônus da sucumbência.

Requer ainda, considerados os laudos em anexo, sejam fixados desde já os Aluguéis Provisórios no valor R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reas), mensais, e que deverão vigorar a partir da citação do demandado.

Protestando e desde já requerendo a produção de provas em direito admitidas, especialmente pericial, dá-se à causa o valor de R$ 12000,00 (doze mil reais).

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CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Instituto jurídico posto à disposição do devedor para que ele, ante o obstáculo aorecebimento criado pelo credor ou por quaisquer outras circunstâncias impeditivasao pagamento, exerça, por depósito judicial da coisa devida, o direito de pagar,libertando-se do liame obrigacional.

NATUREZA JURÍDICA

A consignação por ser um depósito em juízo do objeto da prestação, tem suanatureza tida como mista ou híbrida, pois o instituto jurídico ao mesmo tempo emque é um meio de execução da obrigação, participa do Direito Processual Civil. –ARTIGO 334 do Código Civil

REQUISITOS DA VALIDADE DO PAGAMENTO POR CONSIGNAÇÃO

Diz o artigo 336 do Código Civil que a consignação para valer como pagamento,deve preencher todos os requisitos de validez deste, tendo em vista as pessoas, oobjeto, o modo e o tempo.

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CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Petição inicial –Contestação -Sentença

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CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ______ VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL I – SANTANA.

MICROGEAR INDÚSTRIA E COMERCIO DE PEÇAS LTDA, empresa regularmente inscrita no CNPJ/MF sob n. 63.073.670/0001-58, com sede na Rua Barão de São Luís, 70, Jardim Primavera, São Paulo, Capital, CEP 02756-090, por seu advogado infra-assinado (docs. 1 a 4), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

em face do ESPÓLIO DE LYDIA IANICELLI FRANCISCO, na pessoa de sua inventariante Mércia Francisco (doc. 5 e 7), Avenida Parada Pinto, 737, Bloco D, apartamento 84, São Paulo, Capital, CEP 02611-003, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir aduzidos.

O autor tem por objeto o comércio e indústria, mecânica em geral, importação e exportação, fabricação de peças, acessórios e afins, prestação de serviço em comércio, consertos e usinagens para terceiros, tendo iniciado suas atividades em 5 de abril de 1971, conforme comprovam os contratos sociais ora juntados.

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CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Em 19 de novembro de 2015, o autor firmou contrato de locação com a ré de imóvel para fins não residenciais, que foi levado a averbação na matrícula do imóvel, conforme documento anexo.

Ocorre que a empresa autora tem mantido vários contatos com o inventariante para pagamento das locações e com alguns dos herdeiros da falecida, para realização do pagamento das parcelas dos alugueres, sem sucesso.

As evasivas foram as mais diversas, desde a completa inércia e desatenção até mesmo o requerimento de valores superiores ao quanto estabelecido no contrato.

No dia 4 de novembro de 2009, o autor na pessoa do seu representante legal, enviou e-mail aos herdeiros para regularização da situação, mais uma vez sem êxito (doc. 9).

Portanto, caracterizada a mora do credor, no caso em litígio, com previsão legal no código civil artigo 335

Tendo em vista as especiais circunstâncias o autor optou por não realizar a consignação bancária, mas promover a presente demanda com vistas a se desonerar da obrigação prevista em seu contrato social consolidado.

O autor se vale também de dispositivos contidos na Lei de Locações, notadamente o artigo 67 e seguintes.

Tendo em vista que serão trinta parcelas a serem depositadas, conforme disposto no contrato, o autor às fará nestes autos, nos exatos termos da lei.

Presentes as condições da ação, isto é, legitimidade de parte, interesse e possibilidade jurídica do pedido, passa o autor a elencar a esse digníssimo juízo seus pedidos: 1) o depósito da quantia devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento; 2) autorização para continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até 5 (cinco) dias, contados da data do vencimento; 3) a citação do réu a ser realizada por intermédio de oficial de justiça, na pessoa do representante legal do espólio, para levantar o depósito ou oferecer resposta.

Para demonstrar o alegado, além das provas documentais ora juntadas e testemunhais que serão produzidas, requer o autor a prerrogativa de utilizar-se de todas as provas em direito admitidas, em especial a juntada de novos documentos, nos casos previstos em lei.