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Hospital Universitário de Santa Maria Serviço de Radiologia e Diagnóstico por Imagen DOENÇAS PULMONARES DIFUSAS R1 Henrique da Rosa Sobrinho

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Hospital Universitário de Santa MariaServiço de Radiologia e Diagnóstico por Imagen

DOENÇAS PULMONARES DIFUSAS

R1 Henrique da Rosa Sobrinho

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Doenças Pumonares Difusas TCAR do Interstício Pulmonar Doenças Pulmonares Intersticias

Crônicas Doenças por Inalação Doenças Granulomatosas

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TCAR do Interstício Pulmonar Anatomia Normal- Rede contínua de fibras de tecido conjuntivo, que

começa no hilo pulmonar e estende-se periféricamente até a pleura visceral

- Interstício Centrolobular- Interstício Periférico ou subpleural- Intersticio Intralobular, parenquimatoso ou alveolar

- Lóbulo Pulmonar Secundário – Subsegmento de pulmão suprido por 3 a 5 bronquíolos terminais e separado dos lóbulos pulmonares adjacentes por tecido conjuntivo interveniente (septos interlobulares)

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Achados Normais na TCAR Os septos interlobulares têm normalmente 0,1mm de

espessura e podem ser vistos na periferia do pulmão. As artérias centrolobulares (1 mm de diâmetro) são

estruturas em forma de V ou Y, vistas a 5 a 10 mm da superfície pleural. As vias aéreas normais são vistas até 3 cm de distância da pleura.

As veias pulmonares (0,5 cm) às vezes são vistas como estruturas lineares ou puntiformes a menos de 1 a 2 cm da pleura

Os compartimentos intersticiais peribroncovascular, centrolobular e intralobular normalmente não são visiveis na TCAR

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Sinais de Doença Na TCAR Linhas Interlobulares (septais)- O espessamento septal é visto mais freqüentemente

como linhas finas e curtas, de 1 a 2 cm, orientadas perpendicularmente à pleura costal e fazendo interseção com ela.

- São mais grossas e mais numerosas em indivíduos com patologias afetando basicamente o interstício interlobular como: edema intersticial pulmonar, fibrose pulmonar idiopática e carcinomatose linfangítica.

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Sinais de Doença Na TCAR Linhas Intralobulares- Retículo de linhas finas na parte central dos lóbulos pulmonares, irradiando-se para fora em direção as bordas lobulares espessadas.- “Roda com aros” ou “teia de aranha”- Fibrose pulmonar Idiopática (FPI) e Pneumonia

Intersticial Usual (PIU)- Proteinose Alveolar Pulmonar (PAP)

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Sinais de Doença Na TCAR Fissuras Espessadas- Geralmente é uma extensão direta do espessamento dos

septos interlobulares envolvendo o intersticio subpleural do pulmao

- Liso: praticamente indistingüível de uma pequena quantidade de liquido pleural dentro da fissura, associado a edema pulmonar.

- Nodular: Nódulos se situam dentro dos canais linfáticos subpleurais, visto comumente na sarcoidose e na carcinomatose linfangítica

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Sinais de Doença Na TCAR Estruturas Broncovasculares

Espessadas- Resultam do espessamento do interstício peribroncovascular, o que produz aumento aparente das estruturas vasculares periilares e o espessamento das paredes brônquicas. Um espessamento nodular ou irregular pode ser visto na sarcoidose.

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Sinais de Doença Na TCAR Anormalidades Centrolobulares- Proeminência anormal da arteríola centrolobular

“puntiforme” ou ramificada- Edema pulmonar, carcinomatose linfangítica e a PIU. - Nódulo Centrolobulares – acometimento do bronquíolo e

parenquima adjacente. Podem ser vistos na Pneumonite por Hipersensibilidade Aguda e na pneumonia criptogênica em organização.

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Sinais de Doença Na TCAR Linhas Subpleurais- Opacidades curvilíneas de 5 a 10cm de comprimento são

encontradas a menos de 1 cm da pleura, paralelas a parede torácica.

- Relacionadas a abestose e mais raramente a FPI- Faixas no Parênquima – opacidades lineares que não se

afilam progressivamente

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Sinais de Doença Na TCAR Faveolamento- Pequenos espaços císticos com paredes espessas- Representa o estágio terminal da fibrose pulmonar por diversas etiologias- Cistos revestidos de epitélio bronquiolar e resultam de bronquietasia.- FPI, Pneumonite por hipersensibilidade e sarcoidose.

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Faveolamento

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Sinais de Doença Na TCAR Micronódulos- Opaciadades arredondadas com margens nítidas e 1-3 mm de tamanho, constituem aglomerados de granulomas ou células tumorais no interstício.- Sarcoidose, GE, silicose, TB miliar ou histoplasmose

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Sinais de Doença Na TCAR Opacidade em vidro fosco- Aspecto granular, com manutenção da visibilidade dos vasos pulmonares e ausência de broncogramas aéreos.- Produzida pelo espessamento dos septos alveolares- Pneumonia intersticial descamativa (PID), pneumonia por Pneumocistis Jiroveci, pneumonite por hipersensibilidade aguda, pneumonia intersticial inespecífica (PII) e o edema intersticial pulmonar

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Opacidade em vidro fosco

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Sinais de Doença Na TCAR Distorção da Arquitetura e

Bronquiectasia por Tração- Fibrose traciona as paredes brônquicas, ocasionando dilatação irregular- FPI, pneumonia intersticial usual

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Condensação- Aumento da densidade pulmonar que obscurece os vasos pulmonares subjacentes, broncogramas aéreos estão comumente presentes. - Pode ser visto em qualquer processo que preencha os espaços aéreos, mas asa vezes ocorre em doenças intersticiais, como pneumonia intersticial usual e sarcoidose;

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DOENÇAS PULMONARES INTERSTICIAIS CRÔNICAS Edema Pulmonar Intersticial Crônico- Elevação crônica da pressão venosa pulmonar pode exacerbar a trama intersticial em radiografia simples.- Distenção dos vasos linfáticos e edeme intersticial crônico podem levar a fibrose.- Mais comum em pacientes com estenose mitral de evolução longa ou insuficiência de VE.- Redistribuição do fluxo sangüíneo aos lobos superiores (HAP)

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Doenças do Tecido Conjuntivo- Associadas a Inflamação e dano imunológicamente mediado aos tecidos conjuntivos em todo o corpo

Doença Pulmonar Reumatóide- Na artrite reumatóide manifestações extra-articulares são vistas em até 75% dos pacientes.- Envolvimento pulmonar mais comum em homens- Manifestação radiológica mais comum é de fibrose e pneumonite intersticial.- Ocorre alveolite (opacificações finas em vidro fosco) que evolui para fibrose pulmonar terminal (faveolamento)

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Doenças do Tecido Conjuntivo Lupus Eritematoso Sistêmico- Mulheres jovens, meia idade- O acometimento torácico pode ser o local inicial do envolvimento.- Limita-se freqüentemente a pleura e ao pericárdio embora o pulmão, o

coração e o diafragma e os músculos intercostais sejam afestados em até 1/3 dos pacientes.

- Pneumonite Lúpica: aparecimento rápido de febre, dispnéia e hipoxemia

- Dano alveolar difuso, edema intraalveolar exudativo, com formação de membranas hialinas.

- Raio-X: opaciadades bilaterais / elevação do hemidiafragma / volumes pulmonares diminuidos / áreas bibasais de atelectasia linear

- TCAR: opacidade em vidro fosco

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LES

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Doenças do Tecido Conjuntivo Esclerodermia Inflamação e fibrose da pele, do esôfago, do sistema músculo-

esquelético, coração, pulmôes e rins em mulheres jovens e de meia idade.

Acometimento pulmonar grave reflete-se num padrão reticular grosseiro ou retículo-nodular.

HAP com artérias centrais dilatadas e dilatação do VD é vista em até 50% dos paciente apresentando esclerodermia e pode ser observada na ausêcia de fibrose intersticial

Achados adicionais na radiografia de tórax: calcificação em casca de ovo dos linfonodos mediastinais (mais comum na sarcoidose e silicose), esôfago dilatado e cheio de ar.

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Esclerodermia

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Doenças do Tecido Conjuntivo Dermatomiosite e polimiosite - Evolvem inflamação auto-imune e destruição dos

músculos esqueléticos, produzindo dor e fraqueza musculares proximais (polimiosite) e associando-se ocasionalmente a exantema (dermatomiosite).

- As manisfestações torácicas incluem fraqueza de músculos respiratórios e faríngeos e pneumonite intersticial associada.

- Avaliar presença de massa pulmonar - aumentado risco para carcinoma broncogênico

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Pneumonias Intersticiais Crônicas Idiopáticas Pneumonia Intersticial Usual- Provavelmente resulta de lesões repetidas do pulmão.- Estágio Inicial da Fibrose: Proliferação acentuada de

macrófagos nos espaços aéreos alveolares, associada ao espessamento leve e uniforme do interstício por células alveolares. Mais tardiamente espessamento do interstício alveolar por células inflamatórias mononucleares e tecido fibroso

- Opacidades reticulares finas a médias bibasais ou opacidades em vidro fosco

- Espessamento septal ou subpleural irregular, faveolamento, bronquiectasias por tração.

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Pneumonias Intersticiais Crônicas Idiopáticas

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Pneumonias Intersticiais Crônicas Idiopáticas Pneumonia Intersticial Aguda- Sídrome de Hamman-Rich, forma aguda e

agressiva.- Tosse, febre e dispnéia que evolui rapidamente

para hipoxemia grave e insuficiência respiratória.

- “SARA Idiopática”- Opacidade em vidro fosco difusa e consensação

com broncogramas aéreos.

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Pneumonias Intersticiais Crônicas Idiopáticas

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Pneumonias Intersticiais Crônicas Idiopáticas Pneumonia Criptogênica em

Organização (PCO)- Também designada como Bronquiolite Obliterante

Idiopática com Pneumonia em Organização (BOPO)- Caracteriza-se por depósitos generalizados de tecido de

granulação nos bronquíolos e nos espaços aéreos peribronquiolares.

- Doença subaguda com história de tosse improdutiva e dispnéia de alguns meses de duração

- Ex. físico: estertores ou roncos e sibilos.- Radiografia com opacidades dos espaços aéreos ou em

vidro fosco, esparsas bilaterais.

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Doenças Por Inalação Pneumoconioses- Reação não-neoplásica dos pulmões a partículas de pó

inorgânicas inaladas (asbesto, sílica ou carvão)- Fibrose (focal/nodular ou difusa/reticular)- Asbestose- Silicose- Pneumoconiose dos Mineradores de carvão

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Pneumoconioses

Asbestose - Fibrose difusa do interstício parenquimatoso causado pela inalação de fibras de asbesto.- Seu desenvolvimento depende tanto da duração quanto

da gravidade da exposição.- Maioria dos pacientes com doença pleuropulmonar

relacionada ao asbesto são assintomáticos- A inalção do asbesto pode causar doença na pleura, no

parênquima, nas vias aéreas e nos linfonodos.- As manisfestações da inalação de asbesto incluem

fibrose intersticial (asbestose), atelectasia e carcinoma broncogênico.

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AsbestoseReticulação fina –zonas pulmonares inferiores

Padrão reticular grosseiro

Acometimento zonas pulmonares médias e superiores, com obscuresimento progressivo das margens cardíacas e diafragmáticas

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Asbestose - TCAR

- Espessamento dos septos interlobulares e intralobulares, pequenas opacidades centrolobulares “puntiformes”.

Faveolamento

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Pneumoconioses SILICOSE Ocupações associadas: mineração, extração de pedras, trabalho com

cerâmica e aplicação de jatos de areia. Reaçoes hispatológicas : - Nódulos Silicóticos: medem de 1 a 10mm de diâmetro e são contituídos de densas lamelas concêntricas de colágeno. Mais numerorosos nos lobos superiores e nas regiões para-hilares. A coalescência desses nódulos produz áreas de fibrose maciça progressiva (FMP)

- Silicoproteinose: enchimento dos espaços alveolares por um material ipoproteináceo.

- Maior suscetibilidade à TB.

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Pneumoconioses Silicose- Exposição por 10 a 20 anos é necessária para o

desenvolvimento das alterações radiográficas da silicose.

- Múltiplos nódulos bem definidos com diâmetro variável de 1 a 10 mm, esses nódulos, que se calcificam em 20% dos casos, são difusos e predominam nas zonas superiores

- O aumento dos linfonodos hilares pode ser visto em qualque estágio, freqüentemente exigem calcificações periféricas em “casca de ovo”.

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Sarcoidose Doença granulomatose multissistêmica de etiologia

desconhecida. Caracterizada histologicamente por granulomas não-caseosos que podem evoluir para fibrose.

Os granulomas são encontrados mais comumente no intertício axial.

Em 20 % dos pacientes, tecido fibroso deposita-se na periferia dos granulomas e acaba por cresce internamente e substituílos, ocasionando fibrose intersticial.

QC: Dispnéia e tosse improdutiva, febre mal estar, uveíte e eritema nodoso

O aumento dos linfonodos hilares e mediatinais é encontrado em 80% dos pacientes com sarcoidose e se associa a pulmôes radiograficamente normais em mais da metade deles.

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