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DáDivacms.cm-loule.pt/upload_files/client_id_1/website_id_1/Programa EMA... · um programa totalmente dedicado a Johann Sebastian Bach, ... suites e cantatas do genial mestre

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DáDiva para o futuro

Vitor Aleixo

(Presidente dA CâmArA muniCiPAl de loulé)

Sem música a vida seria um erro! como dizia Nietzche, é essa sensação que te-nho quando depois de 16 anos de Encontros de Música Antiga, que tive o gosto de apoiar na sua génese de criação, venho agora apoiar na construção da sua maturidade. Apostar numa programação de qualidade, fora da dita “época alta”, que permitisse trazer ao Algarve os melhores intérpretes de música antiga, foi o desafio que o Prof. Francisco Rosado, Diretor Artístico do Festival, desde a primeira hora, nos lançou e que consideramos que seria uma dádiva para o futuro e por isso dissemos sim.

Este XVI Encontro de Música Antiga apresenta uma programação reforçada e uma maior descentralização, estendendo-se por todo o concelho – o Encontro passará por Quarteira, Querença, Alte, Almancil, Boliqueime e cidade de Loulé. Recebemos pela primeira vez em Loulé Jordi Savall o grande estudioso, peda-gogo e criador de novos projetos de valorização da música antiga, assim como uma conferência do musicólogo Rui Vieira Nery, e encerramos com o nosso En-semble de Flautas de Loulé, num verdadeiro diálogo entre nacional, internacio-nal e regional.

A nossa aposta consiste em aliar o apoio à criação cultural com uma programa-ção cultural multifacetada de qualidade, durante todo o ano, que permita aos louletanos uma diversidade de oferta, e que a mesma contribua para a criação de massa critica e de públicos para a cultura.

As nossas últimas palavras são de agradecimento ao mentor e Diretor Artístico dos Encontros de Música Antiga pela sua persistência, resiliência e competência para, a cada ano, nos surpreender e nos brindar com uma programação de excelência.

Desejo a todos uns excelentes Encontros de Música Antiga.

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xvi encontro De música antiga De LouLé

Desde o primeiro momento que os Encontros de Música Antiga de Loulé se têm afirmado no panorama musical português como um pólo de referência para solistas e grupos que pretendem divulgar repertório situado entre a Idade Média e finais do século XVIII.

O I Encontro teve lugar em 1999 e esboçou uma perspectiva que se tem vindo a desenvolver ao longo dos Encontros seguintes: juntar num mesmo evento grupos e solistas nacionais e estrangeiros preocupados com interpretações historica-mente informadas, tanto a nível da música vocal como da instrumental.

Na abertura do Encontro deste ano, vamos ter o ensemble Contágio Barroco, que nos apresentará um programa preenchido na íntegra com sonatas do com-positor Johann Ernst Galliard.

As Cantigas de Amigo de Martim Codax e Música da Diáspora e ”torna viagem” constituem a programação do agrupamento Sete Lágrimas, no segundo con-certo deste festival.

A 11 de outubro o flautista Michael Form e o cravista Dirk Börner interpretarão um programa totalmente dedicado a Johann Sebastian Bach, com peças que derivam das sonatas, partitas, suites e cantatas do genial mestre barroco.

Os madrigais italianos nos livros de vihuela quinhentistas constituem a temática do programa de concerto do duo de canto e vihuela formado por Délia Agun-dez & Manuel Minguillón Nieto.

É com enorme satisfação que este ano teremos – pela primeira vez na história dos Encontros – a presença do prestigiado instrumentista Jordi Savall, figura de destaque no panorama internacional da Música Antiga. Com participação do percussionista Pedro Estevan, interpretará um programa intitulado Orient/Occi-dent: Dialogue des Musiques Anciennes & des Musiques du Monde.

A encerrar o Encontro deste ano, um concerto com os jovens do Ensemble de Flautas de Loulé e do Ensemble de Música Antiga do Conservatório Nacional (EMCN), com um programa designado Per sonar com ogni sorte di stromenti.

Ainda neste Encontro estão agendadas uma Masterclass de flauta solo orienta-da por Michael Form e uma Palestra sobre Jordi Savall pelo conceituado musi-cólogo Rui Vieira Nery.

Um bom Encontro para todos!

FrAnCisCo rosAdo

(direCtor ArtístiCo dos enContros de músiCA AntigA)

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3 outubro (6ª FeirA) 21h30igrejA de nª srª dA ConCeição, QuArteirA

contágio BarrocoJohann Ernst Galliard

A flauta de bisel e o fagote

FiliPA oliVeirA FlAutA de bisel

hugues KestemAn FAgote bArroCo

rémi KestemAn ViolonCelo bArroCo

joão jAneiro CrAVo

sonAtA V em ré menor PArA FAgote e bAixo Contínuo

adagio — allegro spiritoso — alla ciciliana — allegro assai

sonAtA iV em Fá mAior PArA FlAutA de bisel, e bAixo Contínuo

largo / allegro — sarabanda largo — allegro — presto

sonAtA iV em mi menor PArA FAgote e bAixo Contínuoadagio / allegro è staccato / adagio — allemanda a tempo giusto — corrente

spiritoso – tempo di minuet moderato

sonAtA ii em ré menor PArA FlAutA de bisel e bAixo Contínuo

grave — allegro — largo — vivace et affetuoso

sonAtA Vi em dó mAior PArA FAgote e bAixo Contínuo

larghetto — alla breve — sarabanda —minuet alternativ

sonAtA Vi em lá menor PArA FlAutA de bisel e bAixo Contínuograve — allegro — adagio — giga vivace

Contágio Barroco é um agrupamento de música antiga que nasceu do desafio proposto pelo aclamado fagotista Hugues Kesteman para divulgar a obra de Johann Ernst Galliard, compositor praticamente desconhecido do grande públi-co. A eficácia e a energia contagiante da sua escrita musical motivou imedia-tamente os membros deste quarteto a assumir o compromisso de gravar em CD as suas sonatas para fagote e flauta de bisel e baixo contínuo após um ciclo de apresentações em concerto.

Johann Ernst Galliard foi um compositor de origem alemã contemporâneo de Johann Sebastian Bach. Nascido provavelmente na cidade de Celle entre 1666 e 1687, pouco tempo após ter integrado a orquestra desta cidade emigrou para Inglaterra onde veio a ser um músico muito activo. Exímio executante de oboé e de flauta, escreveu abundantemente para teatro, tendo feito várias experiên-cias singulares em termos de coordenação entre a orquestra e a cena. Mas a sua produção não se resumiu à música de cena, em Março de 1740 escreveu um concerto grosso para 24 fagotes e violoncelo, obra verdadeiramente singu-lar, que infelizmente se encontra perdida. Da sua composição avultam sobretu-do um conjunto de sonatas para fagote e baixo contínuo, de escrita muito idio-mática, e um conjunto de sonatas para flauta de bisel e baixo contínuo. Ambos os conjuntos são de uma riqueza composicional extraordinária, revelando uma preferência pela concepção cíclica e um sentido de unidade de obra muito evidente. Galliard desempenhou um papel significativo na vida musical londrina setecentista. Foi membro fundador da Academy of Musica (1726) e da Royal Society of Musicians (1738). Traduziu também para língua inglesa o importante tratado de Tosi dedicado ao Canto, tendo aditado notas relevantes para a ex-plicitação da execução vocal.

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4 outubro (sábAdo) 21h30igrejA de nª srª dA Assunção, QuerençA

sete LágrimasCantigas de Amigo de Martim CodaxMúsica da Diáspora e “torna viagem”

FiliPe FAriA Voz

sérgio Peixoto Voz

Pedro CAstro FlAutAs e ChArAmelA

tiAgo mAtiAs VihuelA, tiorbA e guitArrA bArroCA

mário FrAnCisCo ContrAbAixo

rui silVA PerCussão históriCA

tururu FArArA Com son Gaspar Fernandes (*1565-1629)

miA hirmAnA FremosA

Martim Codax (s.XIII)

bAstiAnA

Tradicional, Macau

Ai deus, se sAb’orA meu Amigo

Martim Codax (s.XIII)

mAi FAli éTradicional, Timor

eno sAgrAdo en Vigo

Filipe Faria (n.1976) e Sérgio Peixoto (n.1974)s/ Martim Codax

xiCoChi Conentzitle

Gaspar Fernandes (?1565-1629)

Ai ondAs Que eu Vin VerreFilipe Faria e Sérgio Peixoto

s/ Martim Codax

Ko le le mAi

Tradicional, Timor

mAndAd’ei Comigo

Martim Codax

FArAr FAr

Tradicional, Goa/India

QuAntAs sAbedes AmAre Amigo

Martim Codax

YemAnjá ôtô

Tradicional, Brasil

YAmuKelAAnon.(Africa do Sula/Moçambique, s/ arr. Pe. Arnaldo Taveira Araújo

OFM (n. 1929))

ondAs do mAr de VigoMartim Codax

Para lá de caravelas e de Boa-Esperança - e muito antes delas - a relação da Península Ibérica com o mundo nasce no mar, do lado de cá e do lado de lá da água imensa... afere-se na partida e na chegada. Somos diferentes na própria viagem e em cada um dos seus portos e diferentes regressamos, com maior ou menor vontade de partir novamente. As cantigas medievais de Martim Codax são cantigas de saudade, cantadas por alguém que vê partir e com vontade de ir... e de ficar. São cantigas de um amor real ou imaginário, daquele amor que parece ficar melhor com a distância, que esquece... São cantigas de quem olha o mar e as ondas do mar. 300 anos depois parece que ouvimos ecos dessa saudade, do torna-viagem que faz com que os povos ibéricos sejam tão especiais... partir com a vontade de levar mas sempre disponível para trazer. E os ecos que podemos ouvir são ecos de terras distantes em línguas distantes, pontualmente compreensíveis... Esta é a proposta, uma viagem que começa no século 13 e que fica suspensa 300 anos, à espera do que pode trazer o regresso...Filipe Faria, Lisboa

Assumindo o nome da famosa e inovadora colecção de danças do compositor renascentista John Dowland, Filipe Faria e Sérgio Peixoto definiram o mote que preside ao destino de Sete Lágrimas, consort vocal e instrumental fundado, em Lisboa, no ano 2000.Profundamente dedicados aos diálogos da música antiga com a contempora-neidade bem como da música erudita com as tradições seculares, Filipe Faria e Sérgio Peixoto juntam ao Sete Lágrimas músicos de diferentes horizontes musicais e enorme talento em torno dos seus projectos conceptuais animados por pro-fundas investigações musicológicas mas também por reconhecíveis processos de inovação, irreverência e criatividade em torno dos sons, instrumentário e me-mórias da música antiga.Nestes projectos são identificáveis três fios condutores: os diálogos entre a músi-ca erudita e a popular, entre a música antiga e a contemporânea e a secular diáspora portuguesa dos descobrimentos e o eixo latino mediterrânico converti-dos em som através da fiel interpretação dos cânones interpretativos da música antiga ou de uma aproximação a elementos definidores da música tradicional ou do jazz.

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11 outubro (sábAdo) 21h30igrejA de nª srª dA Assunção, Alte

micHaeL form & DirK BÖrner

Bach remixed“Novas” sonatas para flauta e cravo

miChAel Form FlAutA

dirK börner CrAVo

Prima Pars

i ouVerture in d minorOuverture - from Suite No 5 c minor for violoncello solo BWV 1011Andante - 3rd form Sonata No 2 a minor for violin solo BWV 1003

Anglaise - from French Suite No 3 B minor BWV 814Scherzo - form Partita No 3 A minor BWV 827

Polonaise & Double - from Notebook for Anna Magdalena Bach / BWV Anh. 17

ii sonAtA dA ChiesA g mAjorLargo - from Sonata No 3 C major for violin solo BWV 1005

Fuga. Presto - from Sonata G major for violin & basso continuo BWV 1021Andante - from Pastorella F major for organ BWV 590

Allegro - from Praeludium, Fuge & Allegro E flat major for lute BWV 998

iii suite A-durAllemande - from French Suite No 6 E major BWV 817

Courante - from French Suite No 4 E flat major BWV 815Sarabande - from Suite No 4 E flat major for violoncello solo BWV 1010

Bourrée - from Suite E flat major for harpsichord BWV 819Menuet I & II - from English Suite No 3 F major BWV 809

Gigue - from French Suite No 6 E major BWV 817

sECONDa Pars

iV PArtitA C minor AFter bWV 997Preludio

FugaSarabande

Gigue & Double

V CAntAtA Per FlAuto e bAsso g-mollAndante • after Aria «Der Ewigkeit saphirnes Haus» from Funeral Ode BWV 198

Fuga • from Sonata C minor for violin & basso continuo BWV 1024(attributed to Bach, presumably by Johann Geog Pisendel)

Aria Affettuoso • after Aria «Bist du bei mir» from Notebook for Anna Magdalena Bach

Presto • Sinfonia from Cantata «Geist und Seele wird verwirret» BWV 35

Cinco novas sonatas de Johan Sebastian Bach para flauta? Que fantástica descoberta isso seria, melhor do que poderíamos imaginar, contudo não mais do que, provavelmente, produto da nossa esperança. É ainda mais lamentável a sua não existência quando consideramos a beleza e o virtuosismo das 25 cantatas, interpretadas por este instrumento, já para não falar do seu uso nos Bradenburg Concertos. As sugestões de que a flauta é um instrumento limitado e amador podem, instantaneamente, ser esquecidas com a audição destas peças. Inspirados nesta visão partimos numa aventura baseados nas possibilidades do “e se?”. “E se” o terrível fogo de Wihelmsburg em 1744, onde, provavelmente, centenas de composições de Bach, do seu tempo em Weimar (1708-1717), foram destruídas, não tivesse ocorrido “e se” entre essas composições tivessem sobrevivido algumas sonatas para flauta – uma suposição altamente provável, uma vez que Bach só começou a compor para flauta transversal em 1720, antes dessa data Bach apenas compunha para a sua “irmã mais velha” a flauta.

MICHAEL FORM Natural de Mainz (Alemanha), MICHAEL FORM é considerado um dos principais executantes de flauta de Bisel. Atribuíram-lhe bolsas de estudo de Heinrich-S-trobel-Stiftung (SWF, Baden-Baden), Studienstiftung des deutschen Volkes, Cité Internationale des Arts (Paris) e Deutscher Akademischer Austauschdienst DAAD. Como executante de flauta, foi premiado em competições importantes, como Internationaler Musikwettbewerb der ARD (Munique), Concours de musique con-temporaine ICARE 88 (Paris) e Concours Musica Antiqua (Bruges). Como solista, já actuou com várias orquestras, tais como NDR Radio-Philharmo-nie Hannover e L’Orchestre de Chambre de Genève. Nos últimos 15 anos, tem vindo a realizar recitais em duo com o cravista alemão Dirk Börner. Os seus espe-táculos ao vivo foram gravados por quase todas as estações de rádio alemãs. Os seus CDs para Raumklang Musikproduktion, Alpha e Edição Ambronay rece-beram vários prémios como o Diapason d’Or e Choc du Monde de la Musique. Em 2002 Michael Form iniciou uma segunda carreira como maestro de ópera e orquestra. Ele dirigiu o Ensemble Barroco du Léman, o Luzerner Sinfonieorchester, o Niedersächsische Staatsphilharmonie Hannover e o Folkwang Kammerorches-ter Essen. Em 2012, dirigiu a «Alessandro» por Handel no 35º Händel-Festspiele Karlsruhe.

DIRK BÖRNEREstudou piano no Conservatório Nacional Regional, em Estrasburgo. Apresenta-se regularmente com os seguintes conjuntos: Stylus Phantasticus, The Rare Fruits Council, Cafe Zimmermann e Aux Pieds du Roy. Estudou cravo com Andreas Staier e Jesper Christensen no Schola Cantorum, na Basileia. Tem dado concertos por toda a Europa, Estados Unidos e Israel. Tem vários CDs editados (C.PH. E. Bach, J. Mattheson, D. Buxtehude, J. M. Hotteterre, J.P. Erlebach, Joh. Seb. Bach, F. Mancini) pelas editoras Alpha, Harmonia Mundi France, Astrée-Naï-ve, K 617, Accent e pela Raumklang Musikproduktion. Além disso tem gravações ao vivo nas principais estações de rádio de países como a Suiça, França, Áustria e Alemanha. É professor de cravo na Hochschule der Künste Bern e ensina con-trabaixo no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Lyon.

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17 outubro (6ª FeirA) 21h30igrejA de s. lourenço, AlmAnCil

DéLia agunDeZ & manueL minguiLLÓn nieto

Canto & vihuelaMadonna per voi ardo - madrigais italianos nos livros de vihuela

deliA Agúndez soPrAno mAnuel minguillón nieto VihuelA

o gelosiA de AmAnti

lA VittA Fugge PAVAnA de AlexAndre Y gAllArdA (instrumentAl)

itene A l’ombrA Alonso Mudarra, 1546

rugier (instrumentAl) gloriAr mi Poss’io donne

VitA de lA miA VitA FAntAsiA Que ContrAhACe A lA mAnerA del milAnés (instrumentAl)

soneto lombArdo (instrumentAl) mAdonnA QuAl CertezA

Enriquez Valderrabano, 1552

mAdonnA Per Voi Ardo tiento Y FAntAsiA (instrumentAl)

o FeliCi oCChi miei QuAndo ti Vegio

Miguel de Fuenllana, 1554

A QuAnd’A QuAnd’hAVeVA sPArCi sPArCium (instrumentAl)

mAdonnA miA FA mi bonnA oFertA o bene mio FA FAmmúno FAVore

Diego Pisador, 1552

QuAnto siA lietA il giorno o sio Potessi donnA

FAntAsiA (instrumentAl) il biAnCo e dolCe signo

Miguel de Fuenllana

dormendo un giorno Amor tu sAY

CAnCion Adieu mes Amours (instrumentAl) soneto benediCto seA il giorno (instrumentAl)

YtAliA miA Enriquez Valderrabano

(instrumentAl) io mi Voglio lAmentAre

guArdA donnA il mio tormento l’Amor donnA Chio te Porto

Cancionero de Palacio, early 16th century

DELIA AGÚNDEZ Nascida em Cáceres. Obteve o título de Grau Superior de Canto no Conserva-tório do Liceo de Barcelona sob a tutela da prestigiada professora Carmen Bus-tamante. Como complemento à sua formação, empreendeu cursos de aper-feiçoamento com Richard Levitt, Ana L. Chova, Gerd Türk, Carlos Mena, María Espada, Jordi Domènech, Gloria Fabuel, Eduardo López Banzo e Peter Philips. No que concerne ao canto, foi soprano solista da Orquestra da Radiotelevisión Es-pañola, da Orquestra de Cadaqués, da Orquestra Sinfónica da Região de Mur-cia, da Orquestra Barroca da Catalunha e da Orquestra Santa Cecilia. Foi solista da Companhia Jovem de Ópera do Conservatório do Liceu representando com êxito El Empresario de Mozart e a opereta Le Docteur Miracle de Bizet. Também interpretou a Belinda na ópera Dido e Eneas de Purcell. Encarnou a persona-gem principal do Espíritu na obra benemérita Vidas Melódicas, pelo qual obteve grande reconhecimento por parte da Casa Real Espanhola.

MANUEL MINGUILLON NIETO Nasceu em Madrid, Espanha, onde estuda com Gerardo Arriaga e obtém o títu-lo de professor de Guitarra. Atraído por instrumentos de corda pulsada do renas-cimento e do barroco, continua os seus estudos musicais com Jesús Sánchez, ob-tendo o título de professor nesta especialidade em Madrid. De seguida muda-se para Basileia, Suíça, para estudar com o maestro Hopkinson Smith. Posteriormen-te ingressa na Eastman School of Music em Rochester, Nova York, onde obtém um Mestrado e um Doutoramento em interpretação de instrumentos antigos de corda pulsada com o maestro Paul O’Dette. Manuel Minguillón atuou como so-lista, ou em grupo, em numerosos países como Espanha, Portugal, França, Reino Unido, Itália, Suíça, Polónia, Eslovénia, Estados Unidos, Canadá, México e Austrá-lia, tocando nos principais festivais e auditórios desses países. Manuel colabora com grupos como Gabrieli Consort & Players, Monteverdi Choir, English Baroque Soloist, Florilegium, Saraband Consort, The Little Baroque Company, Royal Philar-monic Orchestra, Galan, The Kings Singers, com quem gravou as, recentemente descobertas, Visperas de Pachelbel, e Charivari Agreable com quem gravou as Visperas de Monteverdi em conjunto com o New College Oxford Choir. As suas interpretações foram retransmitidas pela Rádio Nacional de Espanha, RTP de Portugal e pela BBC Inglesa. Para mais informação visitar www.manuelminguillon.com

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18 outubro (sábAdo) 21h30igrejA mAtriz de loulé

JorDi savaLL & peDro estevan

Orient - Occident Dialogue entre les musiques instrumentales de l’ancienne Espagne chrétienne,

juive et musulmane, de l’Italie médiévale et celles du Maroc, d’Israël, de Perse, d’Afghanistan d’Arménie et de l’ancien empire Ottoman

AlbA (CAstellón / berbère)Menk kadj tohmi (Traditionnel arménien)

Danza del Viento (Berbère)Saltarello (CSM 77-119) Alfonso X Le Sage

Der Makām-i «Uzzäl usüles Darb-i feth» - Dervis Mehmed (209)

A lA unA Yo nACí – séFArAde La Quarte Estampie Royal - Le Manuscrit du Roi (Paris, XIIIe siècle)

Plainte “Pax in nomine Domini” - Improvisation/Marcabru Der makām-ı Uzzäl Sakîl “Turna” Semâ’î - Mss. D. Cantemir (324)

rotundellus - AlFonso x le sAge (Csm 105)

Alagyeaz & Khnki tsar - Traditionnel arménienNastaran (Naghma instr.) - Afghanistan traditionnelleLamento di Tristano - Trecento mss. (Italie, XIIIe siècle)

Der makām-ı Hüseynī Sakīl-i Ağa Rıżā - Mss. D. Cantemir (89)

el reY nimrod - séFArAde (istAnbul)O’h intsh anush - Anonyme, traditionnel arménien

Danza de las espadas (Alger, El Kantara)Ductia (CSM 248) Alfonso X Le Sage

Saltarello - Trecento mss. (Italie, XIIIe siècle)

jordi sAVAll lire d’ArChet & rebAb

Pedro esteVAn PerCussion

JORDI SAVALL (Igualada, 1941)Jordi Savall é uma das personalidades musicais mais polivalentes da sua geração. Com mais de quarenta anos difundindo pelo mundo as maravilhas musicais abandonadas na obscuridade, na indiferença e no esquecimento. Dedicado à investigação dessas músicas antigas, lê-as e interpreta-as com a sua viola de gamba ou como maestro. As suas atividades como interprete, pedagogo, investigador e criador de novos projetos, tanto musicais como culturais, colocam-no entre os principais artífices da revalorização da música histórica. É fundador, junto com Montserrat Figueras, dos grupos musicais Hespèrion XXI (1974), La Capella Reial de Catalunya (1987) e Le Concert des Nations (1989) com os quais explora e cria um universo de emoções e beleza que projeta por todo o mundo e para milhões de amantes da música antiga. Segundo o jornal The Guardian (2011), «o que de verdade o distingue são as suas incursões no templo da alta cultura. Trovador omnívoro, interessa-o resgatar tradições musicais, o que o leva desde as bibliotecas de Manchester até às aldeias colombianas, com gravações que vão desde os ritmos berberes até ao êxtase do reggae, desde a serena emoção de um lamento arménio até à vivacidade de uma gallarda isabelina».

PEDRO ESTEVAN Músico eclético, dedica-se especialmente à música antiga - Hespèrion XXI, Le Concert des Nations, Laberintos Ingeniosos – e à música contemporânea com os Rarafonía. Como solista atuou com a Orquestra de Câmara Nacional de Espanha e com a Orquestra Reina Sofía.Participou em diversas peças teatrais de Luís Pasqual e de Núria Espert. Compôs a música para «Alesio» de Ignacio García May e para «La Gran Sultana» de Cervantes, dirigidos por Adolfo Marsillach. Foi diretor musical na peça « El Caballero de Olmedo » de Lope de Vega, dirigido por Lluís Pasqual para o Odeon-Théâtre de l’Europe.É professor de Percussão Histórica na ESMUC (Escola Superior de Música da Catalunha).

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25 outubro (sábAdo) 21h30igrejA de s. sebAstião, boliQueime

ensemBLe De fLautas De LouLé & ensemBLe De música antiga

Da escoLa De música Do conservatÓrio nacionaL

Per sonar com ogni sorte di stromentiModerne, Holborne, Marini, Corelli, Purcell, Telemann

ENSEMBLE DE FLAUTAS DE LOULÉO Ensemble de Flautas foi constituído em Dezembro de 1994 por alunos da Escola de Música do Município de Loulé, sob orientação do professor Francisco Rosado.Gravou até ao momento três cds, com peças da Idade Média ao século XX, com apoio da Câmara Municipal de Loulé e tem participado em todas as edições do Encontro de Música Antiga, que anualmente se realiza neste concelho. Tocou em dezenas de concertos em vários locais do Algarve e em momentos musicais integrados no Festival MED de 2008, 2009, 2010, 2011 e 2014, bem como no Festival Clássica em Cacela de 2009 e mais recentemente no Convento dos Remédios em Évora e na Igreja de San Alberto em Sevilha.Alguns elementos do grupo participaram em master classes leccionadas por destacados flautistas – Bart Spanhove, Paul Lenhouts, Pamela Thorby, Kerstin de Witt, Dorothee Oberlinger, Peter Holtslag e Maria Martinez Ayerza - quer a solo, quer a nível da música de consort.

ENSEMBLE DE MÚSICA ANTIGA DA EMCNO Ensemble de Música Antiga da Escola de Música do Conservatório Nacional surgiu em 2012, na classe de Música Antiga (Música de Câmara) desta escola, orientada pela professora Helena Raposo. O agrupamento divide-se em várias formações, consoante a necessidade do repertório a apresentar em concerto. Estas formações estudam e executam repertório vocal, instrumental e vocal com acompanhamento instrumental, sendo utilizados instrumentos e práticas de execução históricas. O Ensemble tem surgido em concertos na cidade de Lisboa e no Algarve, tendo já apresentado um vasto repertório que abrange desde a Idade Média, passando pelo Renascimento até ao Barroco. Destacando as obras: Stabat Mater Pergolesi, Orfeu de Monteverdi e mais recentemente Bourgeois Gentilhomme de Lully.

PEr sONar COm OgNi sOrtE Di strOmENti

PAVAn(ed. 1599) - anthony Holborne (c. 1545-1602)mr. george WhiteheAd, his AlmAnd - John Dowland (1563-1626)

ENSEMBLE DE FLAUTAS DE LOULÉflauta soprano 1 – Helena Miranda; flautas alto e soprano 2 – Catarina Sardinha

flauta alto – Inês Pereira; flauta tenor – Beatriz Costa; flauta baixo – Patrícia Martins

brAnle de lA torChe - michael Praetorius (1612) sonAtellA - antonio Bertali (1605-1667)

ENSEMBLE DE FLAUTAS DE LOULÉ flauta soprano – Catarina Sardinha; flauta soprano – Inês Pereira; flauta alto – Beatriz Costa

flauta tenor – Helena Miranda; flauta baixo – Patrícia Martins

ChAConY em sol menor z. 730 - H. Purcell (1659-1695)ENSEMBLE DE MÚSICA ANTIGA DA EMCN

violino I - Leonor Palha; violino II - Jaime Jacob; viola - Magda Manuelvioloncelo - Noémi Adrião; contrabaixo - Sofia Pires; baixo contínuo – João Castelo Branco

PAVAnedes des dieux (ed. 1571) - Pierre Phalèse (c. 1510-1575) gAillArdeCe Qui m’est deu(ed. 1571) | Pierre Phalèse

ENSEMBLE DE FLAUTAS DE LOULÉ flauta soprano – Teresa Silva; flauta alto – Joana Fernandes

flauta tenor – Ana Beatriz Serafim; flauta baixo – Tatiana Fernandes

do duo 6 (Berlin Duos, c. 1752) - g. Ph. telemann (1681-1767)Andante com affetto - vivace

ENSEMBLE DE FLAUTAS DE LOULÉ flauta alto – Teresa Jerónimo e Morgana Santos

sonAtA soPrA AllA moniCA - Biagio marini (1594-1663)ENSEMBLE DE MÚSICA ANTIGA DA EMCN

violino I - Leonor Palha; violino II - Jaime Jacob; viola - Magda Manuelvioloncelo - Noémi Adrião; contrabaixo - Sofia Pires; baixo contínuo – João Castelo Branco

sonAtA Vi, oPus 4 - arcangelo Corelli (1653-1713)Preludio adagio – allegro – adagio – allegro – adagio – allemanda allegro –

giga allegro ENSEMBLE DE FLAUTAS DE LOULÉ

flauta soprano 1 – Morgana Santos; flauta soprano 2 – Joana Alhoflauta baixo – Tatiana Fernandes

PAVAne de musiCQue de joYe - ed Jacques moderne (c. 1540)gAillArde 15 de musiCQue de joYe | ed Jacques moderne (c. 1540)

ENSEMBLE DE FLAUTAS DE LOULÉ flauta soprano – Maria Beatriz Silva; flauta alto – Patrícia Martins

flauta tenor – Marta Rijo; flauta baixo – Catarina Sardinha; percussão – Joana Fernandes

trio sonAtA em do mAior (As heroínAs) - g. P. telemann (1681-1767) Grave-Vivace – Andante – Xantippe – Lucretia – Corinna – Clelia – Dido

ENSEMBLE DE MÚSICA ANTIGA DA EMCNflauta de bisel – Joana Ferreira; flauta de bisel – Leonor Ribeiro

guitarra barroca – Cristina Repas; viola da gamba – Amélia Martins; cravo – Duarte Silva

ensemble de FlAutAs de loulé Alunos do ProFessor FrAnCisCo rosAdo

ensemble de músiCA AntigA dA emCnAlunos dA ProFessorA helenA rAPoso

1918

mastercLass FlAutA solo Com miChAel Form

Antigo Edifício do Atlético, Rua 5 de Outubro - LouléDomingo, 12 outubro, 10h00 às 13h00; 15h00 às 18h00

Rui Vieira Nery nasceu em Lisboa em 1957 e iniciou os seus estudos musicais na Academia de Música de Santa Cecília , prosseguindo-os no Conservatório Nacional de Lisboa. Licenciado em História pela Faculdade de Letras de Lis-boa (1980), doutorou-se em Musicologia pela Universidade do Texas em Austin (1990), que frequentou como Fulbright Scholar e bolseiro da Fundação Calous-te Gulbenkian e onde trabalhou, designadamente, com os Professores Robert Snow, Gérard Béhague, Douglass Green, Michael Tusa e Elliot Antokoletz. Profes-sor, entre 1985 e 2000, no Departamento de Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa e actualmente no Departamento de Músicas da Universidade de Évora, orientou um vasto número de mestrados e doutoramentos em univer-sidades portuguesas, espanholas e francesas. Foi Director-Adjunto do Serviço de Música (1992-2008) e é Director do Programa Gulbenkian Educação para a Cul-tura (desde 2008), na Fundação Calouste Gulbenkian. É investigador do Instituto de Etnomusicologia-Centro de Estudos de Música e Dança (INET-MD).Como musicólogo, é autor de diversos estudos sobre História da Música Portu-guesa, dois dos quais receberam o Prémio de Ensaismo Musical do Conselho Português da Música (1984 e 1992), bem como de largo número de artigos cientí-ficos publicados em revistas e obras colectivas especializadas, e exerce uma ac-tividade intensa como conferencista, no plano nacional como em vários países da Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. Os seus temas de investigação incluem a problemática do maneirismo e do barroco na música ibérica e os processos de interpenetração cultural na música portuguesa, do vilancico à modinha e ao fado. Tem tido também uma intervenção activa regular no campo da reflexão sobre Políticas Culturais, tanto por escrito como pela participação em acções de debate e formação avançada neste domínio.Como crítico e colunista musical, colaborou nos semanários Expresso e O Inde-pendente. É colaborador regular da Antena Dois da Radiodifusão Portuguesa, para a qual foi autor, entre outros, dos programas Sons Intemporais e Ressonân-cias (com Vanda de Sá), e actualmente do programa Matrizes. Foi consultor musical da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, da Régie Cooperativa Sinfonia e da Fundação de Serralves. De Novembro de 1991 a Junho de 1992 foi responsável pela concepção do pro-jecto artístico do Centro de Espectáculos do Centro Cultural de Belém. Entre 2005 e 2007 desempenhou as funções de Secretário de Estado da Cultura no XIII Governo Provisório. É presentemente vogal da Comissão Nacional para as Co-memorações do Centenário da República e do Conselho Nacional de Cultura.Foi-lhe concedida em 2004 pelo Presidente da República a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique por serviços prestados ao estudo da Cultura portuguesa. É Académico Correspondente da Academia Portuguesa da História.

paLestra sobre jordi sAVAll Por rui VieirA nerY

Alcaidaria do Castelo de Loulé Sábado, 18 outubro, 18h00

Natural de Mainz (Alemanha), MICHAEL FORM é considerado um dos principais executantes de flauta de Bisel. Atribuíram-lhe bolsas de estudo de Heinrich-S-trobel-Stiftung (SWF, Baden-Baden), Studienstiftung des deutschen Volkes, Cité Internationale des Arts (Paris) e Deutscher Akademischer Austauschdienst DAAD. Como executante de flauta, foi premiado em competições importantes, como Internationaler Musikwettbewerb der ARD (Munique), Concours de musique con-temporaine ICARE 88 (Paris) e Concours Musica Antiqua (Bruges). Como solista, já actuou com várias orquestras, tais como NDR Radio-Philharmo-nieHannover e L’Orchestre de Chambre de Genève. Nos últimos 15 anos, tem vindo a realizar recitais em duo com o cravista alemão Dirk Börner. Os seus espe-táculos ao vivo foram gravados por quase todas as estações de rádio alemãs. Os seus CDs para Raumklang Musikproduktion, Alpha e Edição Ambronay rece-beram vários prémios como o Diapason d’Or e Choc du Monde de la Musique. Em 2002 Michael Form iniciou uma segunda carreira como maestro de ópera e orquestra. Ele dirigiu o Ensemble Barroco du Léman, o Luzerner Sinfonieorchester, o Niedersächsische Staatsphilharmonie Hannover e o Folkwang Kammerorches-ter Essen. Em 2012, dirigiu a «Alessandro» por Handel no 35º Händel-Festspiele Karlsruhe. Em 2013, estreou-se com a sua própria ORCHESTRE ATLANTE na casa da Ópera de Frankfurt.

2020