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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA PRÁTICAS DE PRESERVAÇÃO
DA ÁGUA
Autora: Maria Rosangela de Oliveira Bonin1
Orientador: Prof. Dr. Edson Aparecido Proni2
RESUMO
O referido trabalho desenvolveu práticas aplicadas em sala de aula para estimular a conscientização de alunos da Escola Estadual Antonio Garcez Novaes de Arapongas PR, em relação ao consumo e economia de água na escola e comunidade. Para tal, foram realizadas sete ações interligadas para melhor compreensão dos alunos como: vídeos, criação de slogans, análise de contas de água, aplicação de questionário, mostra de profissões, montagem de mapas conceituais e confecção de camisetas e panfletos com o tema do slogan selecionado. Os resultados obtidos mostraram a participação de todos os alunos, os quais não apenas empreenderam as atividades propostas, mas também se propuseram a divulgar as mesmas para outras escolas da cidade. Palavras-chave: Consumo de água, economia de água, água.
ABSTRACT
This work has developed practices used in the classroom to stimulate the awareness of students of Antonio Garcez Novaes State School - Arapongas/PR, in relation to the practice of consumption and saving water at the mentioned school and also in the community. For this purpose, seven interconnected actions for the students´ better understanding were carried out, such as videos, brainstorming of slogans, analysis of water bills, questionnaires, profession displays, assembly of concept maps and making T-shirts and flyers with the theme of the slogan selected. The results showed the participation of the all students, who not only undertook the activities brought forward but also propose make them public at other schools in the city. . Keywords: Water consumption, saving water, water.
1 Professora da Rede Pública do Estado do Paraná, participante do Programa
de Desenvolvimento da Educação (PDE). e-mail: [email protected]
2 Professor Dr. orientador do Departamento de Biologia Animal e Vegetal,
Universidade Estadual de Londrina, e-mail: [email protected]
1 INTRODUÇÃO
É inegável a importância da água para a manutenção das formas de
vida na terra, sendo o ser humano dependente deste bem para realizar suas
atividades. Segundo dados da FAO, divulgados por CLARKE & KING (2005), o
volume de água doce na terra é fixo, não pode aumentar nem diminuir, por isso
há que se atentar para a qualidade da água. Das águas do planeta, apenas
2,5% são doces e mais de dois terços não estão disponíveis para o uso
humano. A maior parte da água consumida no mundo, principalmente nas
regiões mais secas, é utilizada para a agricultura, ou seja, 69%. Em segundo
lugar vem o uso industrial que corresponde a 21% do uso da água no mundo.
O uso doméstico conta com apenas 10% da água utilizada.
Diante do problema de escassez de água, poluição e degradação
ambiental, é preciso desenvolver uma cultura em relação aos recursos
ambientais, pois a preservação do ambiente depende de uma consciência
ecológica, cuja formação relaciona-se com a educação (GADOTTI, 2000).
Segundo CUBERO (1998) a aprendizagem significativa só ocorre
quando quem aprende constrói sobre uma experiência e conhecimentos
anteriores, incorporando o novo conjunto de idéias que se dispõe a assimilar.
Entende-se que a aprendizagem é significativa, para o aluno, se ele se utilizar
de seus conhecimentos já adquiridos, juntamente com as novas idéias
propostas para um melhor entendimento e aplicabilidade do processo em
questão.
De acordo com AZEVEDO (1999) uma das preocupações mais atuais
quando se trata do tema meio ambiente, são com as estratégias, técnicas,
maneiras adequadas de se abordar a temática, geralmente o professor busca
algo pronto. Assim, se propõe que o professor juntamente com os alunos crie
as formas mais adequadas e o melhor caminho para abordagem do tema.
Frente ao quadro de escassez de água potável, exploração de recursos
naturais, consumo exagerado, degradação ambiental, entre outros problemas,
a Educação ambiental se constitui num novo olhar sobre a realidade, um
caminho para reinterpretar o mundo, e também, capacitar para a cooperação
na procura de novos paradigmas sociais. Uma educação que propicie
condições em que os estudantes possam refletir sobre os problemas que
afetam não só a sua vida, mas também a do planeta, e desenvolvam sua
capacidade de atuação. (NUNES & LEVY, 2003).
Na Escola Estadual Antonio Garcez Novaes de Arapongas, PR,
constatou-se que o consumo de água poderia ser amenizado, uma vez que o
mesmo estava em torno de 210.000 litros por mês. Sendo assim tornou-se
necessário incrementar uma mudança de comportamento junto aos alunos
através de práticas e ações referentes ao tema. Portanto, este trabalho teve
como objetivos principais diminuir tal consumo através de práticas de consumo
racional e preservação hídrica.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
No Planeta Terra, 97% de toda água existente são salgadas; do
restante, água doce, apenas 0,03% disponíveis nos rios, lagos e superfícies.
No caso particular do Brasil, 20% de toda água doce disponível no planeta,
está na bacia Amazônica, distante das grandes concentrações urbanas e
industriais (PORTUGAL, 1991).
Ainda, segundo o mesmo autor, o homem é o grande consumidor de
água doce. Em números aproximados, o consumo de uma família na cidade é
seis vezes maior que no campo. Uma descarga sanitária equivale a doze litros,
e para encher uma banheira ou lavar uma quantidade de roupas em máquina,
o consumo é de 120 litros. Desta forma, torna-se imprescindível reutilizar a
água doce através de técnicas e projetos de preservação.
Educação ambiental é um processo que consiste em propiciar as
pessoas uma compreensão critica e global do ambiente, para elucidar valores e
desenvolver atitudes que lhes permitam adotar uma posição consciente e
participativa (MEDINA, 2002).
LUCK (1995) conceituou educação ambiental como sendo um
processo contínuo da capacitação que, sem sacrificar a necessidade de
desenvolvimento, participa ativamente da conservação do meio ambiente
contribuindo para a melhoria da qualidade de vida.
A preservação ambiental é uma unanimidade na sociedade
contemporânea. No entanto, é preciso refletir criticamente sobre como este
consenso vem se construindo, particularmente nas atividades de Educação
Ambiental formal e na práxis do movimento ambientalista, explicitando as
contradições que estão por detrás do discurso hegemônico de salvação da
natureza e do planeta. Esta necessidade se faz premente ao se observar que a
atuação dos educadores ambientalistas conduz suas iniciativas, quando se
limitam à instrumentalização e á sensibilização para a problemática ecológica,
a serem mecanismos de promoção de uma modernidade capitalista que busca
se afirmar verde e universal em seu processo de reprodução (BAETA &
BETAL, 2008)
Ainda segundo o mesmo autor, no momento em que rumamos para a
mercantilização da natureza, a privatização dos meios que asseguram a
liberdade individual e a banalização da vida coletiva, os autores reafirmam que
a realização humana só pode ser o produto do trabalho coletivo, da ação
política articulada e vinculada às praticas educativas que almejam a
concretização da cidadania plena e ecológica. A importante e vigorosa defesa
teórica de uma perspectiva transformadora da educação ambiental favorece o
reconhecimento dos recursos naturais como bens coletivos e do ambiente
como resultante de múltiplos fatores históricos, sociais e naturais cujos modos
de apropriação e gestão são objetos de debate público, orientados pelos
anseios de crescente democratização dos processos decisórios.
A cidadania está amplamente relacionada ao fazer Educação
Ambiental. Articular o exercício da cidadania ao enfrentamento da questão
ambiental não pressupõe penas a conscientização dos deveres individuais
determinados pela moral ecológica, mas, sobretudo, a conscientização dos
direitos coletivos definidos pela negociação política, criando a nova cultura da
Gestão Ambiental participativa. Isso implica reconhecimento de que a crise
ambiental contemporânea, mais do que uma questão individual e privada é
uma questão coletiva e pública. Implica reconhecer, ainda, que os seres
humanos não compartilham em igualdades de condições tanto das
responsabilidades como dos efeitos da crise ambiental. (BAETA, et. al, 2008)
A Educação Ambiental, segundo SATO (2003), “tem sido identificada
como transdisciplinar, isto é, deve permear todas as disciplinas do currículo
escolar”, mesmo porque dificilmente encontra-se um profissional de formação
polivalente que detenha todos os conhecimentos inerentes à
multidimensionalidade associada à questão ambiental. Também ressaltou que
há diferentes formas de incluir a temática ambiental nos currículos escolares,
como atividades artísticas, experiências práticas, atividades fora da sala de
aula, produção de materiais locais, projetos ou qualquer outra atividade que
conduza os alunos a serem reconhecidos como agentes ativos no processo
que norteia a política ambientalista. Em conseqüência da convicção de que a
Educação Ambiental está relacionada somente à ecologia, os conteúdos a
serem desenvolvidos são de cunhos científicos difíceis de serem
operacionalizados em sala de aula.
Além disso, o referido autor afirmou também que os professores de
outras áreas não se sentem seguros em desenvolver esta temática no âmbito
de suas respectivas disciplinas. Da mesma forma quando professores
elaboram o conteúdo, escolhem o livro didático, ou utilizam determinadas
metodologias de ensino, há um engajamento dentro de um processo político
que conduz a uma escolha ideológica por isso a neutralidade da educação não
pode existir. Cabe aos professores, por intermédio de prática disciplinar, propor
novas metodologias que favoreçam implementar a Educação Ambiental
sempre considerando o ambiente imediato, relacionando a exemplos de
problemas ambientais atualizados.
Segundo JÚNIOR & PELICIONE (2002) o educador precisa estar
preparado para reconhecer as causas e as conseqüências dos problemas
ambientais e ter uma visão critica da realidade na qual está inserido. Desta
forma, de acordo com REIGOTA (1998), os professores exercem um papel
muito importante no processo de construção de conhecimento dos alunos, nas
modificações dos valores e condutas pró-ambientais, de forma crítica,
responsável e contextualizada
Para JACOBI (1997) a educação ambiental deve atuar no sentido de
buscar a solidariedade, à igualdade e o respeito á diferença através de formas
democráticas de atuação baseadas em práticas interativas e dialogadas.
Nesses casos, o objetivo é criar no educando, novas posturas e
comportamentos frente ao consumo da nossa comunidade escolar, como
também estimular na mudança de valores individuais e coletivos. Assim, a
escola pode transformar-se no espaço em que o aluno terá condições de
analisar a natureza em um contexto levando-o a práticas sociais.
O nome do nosso planeta é Terra, mas poderia muito bem se chamar
Água, já que ela cobre a maior parte da superfície. Porém, isso não significa
abundância de recursos, já que boa parte da água está congelada nos pólos ou
é salgada. No Brasil, o desperdício de água chega a 70% e nas residências
temos até 78% do consumo de água sendo gasto no banheiro. Tudo isso pode
se alterar com simples mudanças de hábitos, assim como: no banho
demorado, na escovação dos dentes, ao lavar as louças, ao lavar as calçadas
e ao lavar o automóvel. A palavra do momento é economizar. Afinal, cada gota
economizada é um ponto a mais na luta para que o planeta não seque. O
desperdício residencial é o campeão. As maiores vilãs domésticas são as
válvulas convencionais de descarga. Elas usam 40% da água de toda a casa.
Casa segundo que a pessoa permanece com o dedo na descarga são dois
litros de água desperdiçados. (CAETNEWS-HOME, 2007)
Quando o desperdício é observado à níveis econômicos, percebe-se
que quem desperdiça não é necessariamente economicamente rico. O povo
americano (rico) desperdiça muito, o povo brasileiro (pobre) também
desperdiça. O japonês (rico) não desperdiça. Onde estariam os motivos da
discrepância? A conclusão foi que nos países onde há abundancia de espaço e
abundancia de recursos minerais, agrícola e outros de origem física, química e
biológica, não existem uma preocupação embutida de poupança desses
recursos, em segundo lugar conclui-se que aqueles países que não sofreram
guerra em seus próprios territórios, não sentiram a necessidade de se defrontar
com uma economia de guerra, em grau muito forte, para a sustentação de seus
povos e também, para a reconstrução daquilo que foi destruído nos seus
territórios, em termos de bens materiais. Dessa forma, o Japão e muitos países
da Europa, que passaram por guerras em seus territórios, têm uma consciência
maior no combate ao desperdício. (PORTUGAL, 1991)
De acordo com o esse autor, é interessante tentar, junto aos alunos,
levantar soluções para economizar água nas nossas atividades cotidianas,
como por exemplo, varrer a calçada com uma vassoura e não com água,
fechar a torneira ao escovar os dentes, evitar banhos demorados.
Segundo a Agencia Nacional de Águas (ANA), 40% da água retirada
no país é desperdiçada. Os próprios números comprovam o tamanho do
problema. São retirados dos rios e do subsolo no Brasil 840 mil litros de água a
cada segundo. Ao dividir esse número pela população de 188,7 milhões de
brasileiros, chega-se a conclusão que cada habitante consumiria em média,
384 litros de água por dia. Quando se leva em conta o relatório de
desenvolvimento humano 2006, divulgado pelo programa das Nações Unidas
para o desenvolvimento (PNUD), o gasto médio diário do brasileiro cai para
185 litros. Parte da diferença (199 litros) foi utilizada na agricultura, na
pecuária, na indústria, mas a maior parte, em torno de 150 litros, foi
desperdiçada. (O GLOBO CIENCIA, 2007)
3 MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho desenvolvido foi efetuado por sete ações (anexos 1, 2 e 3)
diferentes interligadas entre si, essa divisão foi feita para uma melhor
compreensão dos alunos, visto que o tema já é de conhecimento de toda a
população, no entanto, poucos têm consciência da dimensão do problema que
a falta de água poderá causar. Foi selecionada uma das oitavas séries do
colégio com alunos com faixa etária entre 14 e 16 anos, matriculados no
período matutino, a sala possuía 40 alunos, os quais participaram dessas
ações. Na terceira ação apenas 30 alunos levaram as contas de luz, no entanto
todos participaram das analises das mesmas. Os motivos para que os alunos
não levassem a conta de água foram: alunos que moravam na zona rural, pais
que não permitiram que as contas fossem levadas, por morarem em
apartamentos e por ter a conta de água coletiva. Dessa forma 30 contas foram
computadas.
Foram desenvolvidas as seguintes ações:
1 - Esta ação teve como principal objetivo a interação e inspiração dos
alunos com o tema. Foram apresentados alguns dois vídeos: Água Vídeos com
duração de 1:30h, e Água na Boca com Duração de 1:43h. Esses vídeos foram
gentilmente enviados pela SABESP. Nesta etapa também houve uma palestra
de aproximadamente 45min, onde uma Bióloga relatou com recursos
audiovisuais como fotos a importância do não desperdício de água.
2 - Nessa os mesmos criaram slogans, onde houve a seleção de uma
frase e um desenho dos quais foram feitos posteriormente panfletos e
camisetas que foram usadas nas outras fases do trabalho.
3 - Essa terceira ação correspondeu à análise das contas de água das
respectivas residências, essa análise foi observada não apenas em uma etapa,
mas durante os quatro meses que ocorreu todo o trabalho com o intuito de
alertá-los em relação ao desperdício e economia em suas residências. Para tal
procedimento foi preenchido uma ficha contendo dados de consumo mensal e
o nome dos referidos alunos.
4 – Os alunos responderam a um questionário individual a respeito de
como foi o consumo de água em seus respectivos bairros e residências.
5 - Numa visita a uma Mostra Cultural de Profissões, no Colégio Prima
de Arapongas, PR, no dia 22/10/2010 os alunos puderam fazer perguntas
sobre o tema, além de observar projetos ecológicos que estavam sendo
desenvolvidos no stander de Engenharia Ambiental ali montado.
6 - Etapa que correspondeu a montagem de mapas conceituais
baseado nos conhecimentos até então adquiridos.
7 – Essa etapa foi a mais importante, sendo que todos utilizaram
camisetas com o desenho criado na primeira etapa. Os alunos fizeram grupos
de monitoramentos com a divulgação do consumo consciente abordando as
diferentes formas de economia e desperdício de água nas demais salas de
aula da escola, seguidamente com a distribuição de panfletos criados por eles
mesmos.
4 RESULTADOS
Ao assistirem os vídeos da SABESP, muitas idéias surgiram para a
criação do slogan, o qual vê por objetivo sensibilizar a comunidade sobre o
desperdício da água. Os alunos demonstraram muito interesse ao perceber
que a porcentagem de água para abastecimento existente no Planeta é muito
baixa, e, no entanto tem diminuído a cada dia. Isso provavelmente fomentou
grande empenho pelo desenvolvimento dos trabalhos em educação ambiental.
O tema escolhido para o desenvolvimento do projeto foi: “ÁGUA: USE
COM INTELIGÊNCIA E ECONOMIZE COM CONSCIENCIA”. Essa frase foi
selecionada para confecção dos panfletos e camisetas. Assim pela proposta
inicial, os alunos demonstraram criatividade e senso crítico, uma vez que a
escolha foi feita por parte dos próprios.
Através da conta de água mensal observou-se um parâmetro de como
era o consumo médio de água nas residências dos alunos. Foi muito
importante salientar uma informação concreta de quanto e como estão
economizando ou desperdiçando água.
Com a aplicação de um questionário sobre o cotidiano familiar em
relação ao uso de água, pode ser observado que houve grande desperdício na
maioria das residências. Os dados constam nas figuras 1, 2, 3 e 4.
A figura 01 mostrou o consumo e o desperdício, pois os alunos
marcaram mais de uma opção, o que demonstrou que o desperdício em suas
residências foi muito maior do que poderia ser considerado ideal.
Figura 1: Formas de desperdícios mais observadas em casa
Na figura 02 outro problema apresentado no questionário foi a falta de
diálogo em relação ao desperdício na residência, dos 40 alunos apenas 03
alunos, ou 12%, disseram que a família fala sobre o assunto com relativa
freqüência.
20
12
14
2
6
13
6
banho
escovando os dentes
lavando a roupa
jardim
limpeza geral da casa
lavagem (quintal, calçada)
outros
FORMAS DE DESPERDICIOS
Figura 2: Você discute com sua família o problema do desperdício?
Na figura 03, mostra o apoio que os alunos teriam, e ou tiveram caso
decidissem economizar e evitar o desperdício de água em suas residências
Figura 3: Postura para evitar o desperdício com o apoio da família.
Pode ser observado que todos os alunos citaram que teriam o apoio de
alguém, mas o mais interessante foi que a grande maioria respondeu que teria
mais apoio de toda a família e não apenas de um membro da mesma.
Na figura 04 constam a quantidade de alunos que estavam dispostos a
conscientizar não apenas a família, mas também a comunidade através de
reuniões para mostrar a economia hídrica.
3
10
15
12
0 10 20
Sempre
Quase sempre
Nunca
Não faz essa observação
DISCUSSÃO DO PROBLEMA (DISPERDICIO DE ÁGUA)
12
8
5
15
0 10 20
Mãe
Pai
Irmãos
Toda Familia
APOIO DA FAMILIA
Figura 4 quantidade de alunos dispostos a promover ações contra o desperdício de
água.
Na visita à exposição cultural “MOSTRA DE PROFISSÕES” os alunos
conheceram o dia-a-dia da profissão de Engenheiro Ambiental, a qual é uma
carreira dedicada na preservação dos recursos hídricos da região.
Com a apresentação de mapas conceituais, os mesmos grupos deram
a dimensão da qual foi à aprendizagem, pois todos esboçaram a sua maneira,
tudo que lhes foi apresentado.
Alguns mapas conceituais surpreenderam na riqueza de detalhes,
sendo possível observar o empenho dos mesmos a respeito da temática
proposta.
Os alunos realizaram um monitoramento vestindo as camisetas com
referido slogan e foram de sala em sala fazendo a abordagem do referido tema
aos demais estudantes da escola. Durante essa fase o resultado obtido foi o
esperado e com grande êxito, pois os alunos puderam colocar em pratica tudo
que vinham preparando desde o inicio do trabalho, dando mini-palestras para
as salas. Entregaram os panfletos e tentaram passar para os demais um
pouco da experiência que tiveram. Houve uma interação de toda a comunidade
escolar a partir dessas praticas efetuadas.
O desenvolvimento dessas ações não se esgotou nas aulas de
ciências, como já foi mencionado anteriormente, mas a partir da aplicação das
inúmeras áreas do conhecimento e de um diálogo constante. Foi possível
8
15
5
12
0 10 20
Falaria Pessoalmente
Faria uma Reunião Comunitária
Levaria o problema aos órgãos publicos
Utilizaria de faixas panfletos e outros
SINAL DE ALERTA
chegar a uma sensibilização para a maioria dos estudantes de que a água é
um bem precioso e que deve ser consumido de forma racional porque,
futuramente, ela poderá se tornar rara caso continue ocorrendo o desperdício.
Todas as ações desenvolvidas foram relevantes na implementação
desse trabalho sendo que, o objetivo principal foi sensibilizá-los para o não
desperdício e que é possível diminuir através de práticas de consumo racional
e preservação hídrica.
5 DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
Dessa forma, foi nas atividades de interdisciplinaridade que
observamos que Educação Ambiental não abrangeu apenas a disciplina de
Ciências, afinal esse trabalho também teve auxílio da disciplina de Matemática,
ao fazer os cálculos do consumo de água residencial. Também pode-se dizer
que teve a participação da disciplina de Arte ao criar os slogans, Português
quando estava sendo debatidas e escolhidas as frases apresentadas como
tema do projeto e Geografia ao abordar as diferenças de consumo entre países
e culturas.
Assim, isso foi a base para que os alunos tivessem conhecimento e
argumento para estarem levando posteriormente as informações até as outras
salas de aula da escola, com um bom domínio do conteúdo abordado que
dessa forma tornou-se imprescindível.
As a pessoas muitas vezes necessitam mais que palavras para se
sensibilizarem em determinados problemas, afinal a escassez de água não é
algo que irá atingir o Planeta em curto prazo, sendo assim os argumentos
tornam-se abstratos e dessa forma quando o professor apenas fala, cria-se
uma incógnita se realmente todas as catástrofes propostas irão ter as mesmas
proporções que estão sendo apresentadas.
Ao demonstrar aos alunos de forma prática, vídeos, palestra e fotos,
houve uma conscientização e interação real dos alunos com esse problema
contemporâneo, ficando claro que essa preocupação com a escassez de
recursos hídricos só emergiu com o surgimento da vida moderna.
Portanto, devemos estar atentos aos problemas sócio-ambientais e
assumirmos compromissos em busca de uma nova ética que venha se basear
na educação ambiental para construção de um olhar com sustentabilidade.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ambiente em discussão. São Paulo: PUC, 1999.
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(Série Fundamentos, v.8), 1998.
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CAETENEWS – Home. O portal da cidade. Planeta água: Desperdício. Caeté,
24 de agosto de 2007. Disponível em: <HTTP:/WWW.cetenws.com.br>. Acesso
em 26 nov. 2009.
GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre. Artes Médicas
SUL, 2000.
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metodológicos. Vozes. Petrópoles, 1995.
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Social da Ciência, unindo saberes na Educação Ambiental. Vozes. Petrópolis.
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NUNES, M. T. O.; LEVY, M. I. C. Contribuindo à Ambientalização da Escola:
Conhecer as idéias dos alunos e trabalhar a partir e com elas. II Simpósio
Brasileiro de Educação Ambiental. UNIVALE/Itajai SC, dez. 2003
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295559263.asp. Acesso em: 12 de jan. 2010.
PHILIPPI, J. A.; PELICIONE, M. C. F. Educação Ambiental: Desenvolvimento
de Cursos e Projetos. 2a ed. São Paulo. Usp/Signus, 2002.
PORTUGAL, G. Home. Artigos Publicados. Curtas. Jun. 1991. Disponível em:
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REIGOTA, M. A floresta e a escola. São Paula. Cartaz.1998.
SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos. Rima. 2003.
ANEXOS
Anexo 01 Proposta de atividades ATIVIDADES DE PESQUISAS Durante algumas aulas, os alunos estarão respondendo algumas questões a respeito de desperdício de água. Abaixo, em anexo, existem alguns exemplos. Pesquise sobre a água e responda as questões abaixo: 1) Nosso planeta é coberto com......% de água; disponível é.......% a) 50%; 50%. b) 60%; 40%. c) 97%; 0,03%. d) 75%; 25% 2) Observe em sua casa, por alguns dias,e assinale abaixo qual (ais) alguma (as ) forma (as) de desperdício: ( ) banho ( ) escovando os dentes ( ) lavando roupa ( ) jardim ( ) limpeza geral da casa ( ) lavagem (quintal, calçada) ( ) outros 3) Você discute com sua família o problema de desperdício: ( ) sempre ( ) quase sempre ( ) nunca ( ) não faço essa observação 4) Caso tomasse uma postura de evitar o desperdício, em casa, de quem você teria maior apoio: ( ) mãe ( ) pai ( ) irmãos ( ) de toda a família
5) Na rua ou no bairro em que você mora, qual a maior forma de desperdício que você observa? ( ) jardim ( ) calçada ( ) carro ( ) vazamento 6) Sua família tem o hábito de usar um esguicho na extremidade da mangueira para controlar o fluxo de água? ( ) Sim ( ) Não 7) Como início de uma nova postura diante do desperdício de água em sua casa, rua ou bairro, o que você faria inicialmente em sinal de alerta? ( ) falaria pessoalmente. ( ) levaria o problema aos órgão públicos ( ) faria uma reunião comunitária ( ) utilizaria de faixas, panfletos e outros. 8) Na sua escola, qual (ais) a (as) matéria (as) que questiona (m) o tema desperdício de água: ( ) Português ( ) Ciências ( ) Geografia ( ) Matemática ( ) Ed.Física ( ) História ( ) Inglês ( ) Ed.Artística ( ) nenhuma 9) Das situações abaixo, qual é a fonte de maior desperdício no Brasil: ( ) residências. ( ) indústrias. ( ) irrigação ( ) pecuária 10) Você gostaria de trabalhar , em sua escola, como monitor no controle do consumo de água? ( ) Sim ( ) Não
Anexo 02
Modelos de mapas conceituais como forma de direcioná-los na construção de outros com o tema água.
Anexo 03 Figuras sobre o desenvolvimento das atividades desse trabalho.
Esclarecimentos sobre o PDE.
Vídeos sobre água.
Video sobre água
O slogan escolhido pela turma.
Camiseta usada, pelos alunos, nos monitoramentos.
Panfletos distribuídos durante os monitoramentos