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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · Mourão - Pr, no que se refere ao fenômeno da urbanização e circulação de pessoas e mercadorias; entendendo as vias urbanas como espaço

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

EDUCAÇÃO PARA SEGURANÇA NO TRÂNSITO

NO ENSINO DE GEOGRAFIA

Professor PDE: Rosimeire Tânia Reis Carneiro

Área PDE: Geografia

NRE: Campo Mourão

Professor Orientador IES: Me. Sandra Terezinha Malysz

IES vinculada: Universidade Estadual de Maringá – UEM/ Universidade

Estadual do Paraná – Campus FECILCAM.

Escola de Atuação:

Colégio Est. Unidade Pólo. Ens. Fundamental, Médio e Profissionalizante.

Público alvo: Alunos da 5ª e 6ª série do Ensino Fundamental

Tema de estudo: Educação para o Trânsito

Campo Mourão, 2011

EDUCAÇÃO PARA SEGURANÇA NO TRÂNSITO NO ENSINO DE

GEOGRAFIA1

Rosimeire Tânia Reis Carneiro2

Sandra Terezinha Malysz3

Resumo O presente artigo busca promover a reflexão crítica sobre a responsabilidade coletiva do sistema caótico em que se encontra o nosso trânsito e, legitimar a urgente necessidade de educar nossas crianças e jovens para o resgate aos valores e a cidadania. Analisando o comportamento de condutores de veículos automotores, ciclistas, motociclistas e pedestres, e verificando os atos inconsequentes que provocam um grande número de acidentes envolvendo veículos automotores e pedestres, a educação escolar tem papel fundamental no conhecimento sobre a organização do sistema viário e na reflexão das atitudes de cada um em relação ao comportamento no trânsito, sendo necessário trabalhar educação para o trânsito na escola paralelamente aos conteúdos disciplinares. Neste sentido, desenvolvemos nas aulas de geografia em parceria com órgãos responsáveis pelo trânsito no município, um trabalho com as crianças e os adolescentes da 5ª e 6ª série do Ensino Fundamental, para que estes compreendam o funcionamento do sistema viário; percebam a importância do planejamento do espaço para circulação dos veículos automotores no transporte de pessoas e mercadorias; identifiquem atitudes de agressão ao ambiente provocadas no trânsito, conheçam seus direitos e deveres e o papel de cada um e da coletividade na prática de atitudes racionais nas vias públicas que se convertam em um trânsito mais ameno com a redução de conflitos e de acidentes graves. A partir do trabalho realizado com as crianças e os adolescentes, foi possível atingir a comunidade escolar e as famílias dos alunos no projeto de educação para um trânsito mais seguro. Palavras-Chave: Segurança no Trânsito; Educação Básica; Cidadania; Ensino de

Geografia.

1 Projeto de implementação pedagógica do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da

Secretaria de Educação do Estado do Paraná. 2 Professora PDE Turma 2009. [email protected]

3 Orientadora . FECILCAM. sandramalysz@hotmailicom

1 INTRODUÇÃO

Refletir sobre a mobilidade urbana significa repensar o modelo

rodoviário que, ao longo do século XX, comprometeu gravemente as condições

socioambientais das grandes metrópoles espalhadas pelo mundo. Isso

representou profundas e significativas modificações no espaço geográfico com

o crescimento horizontal e vertical das cidades, aumento das redes de

transporte e maiores fluxos de pessoas e mercadorias.

As grandes cidades atraem pessoas para viver nelas com uma aparente

impressão de que oferecem as melhores condições de vida em termos de

emprego, moradia, comodidades de transportes, de comunicação, de lazer e

entretenimento, de cultura e de expressão política. Contraditoriamente, elas

trazem consigo muitos problemas que a princípio as pessoas não se dão conta,

como falta de infra-estrutura e trabalho para todos, muitas filas e um trânsito

caótico.

A urbanização aumentou a circulação de pedestres e de veículos

automotores particulares e públicos para atender a demanda crescente da

população. Infelizmente e conseqüentemente, a grande frota de veículos no

Brasil trouxe consigo um dos piores registros do mundo em segurança no

trânsito. De acordo com informações do DETRAN/ PR (Departamento Estadual

de Trânsito, 2006) “Mais de 30 mil pessoas morrem no trânsito todos os anos.

São mais de 80 pessoas por dia ou 1 a cada 18 minutos”.

Dados fornecidos pelo DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito,

2007), referentes ao ano de 2005, informam que dos 26.409 mortos em

acidentes de trânsito no Brasil, 7.132 tinham entre 18 e 29 anos (27%) e dos

526.421 motoristas envolvidos em acidentes de trânsito, 186.615 estavam

nessa faixa etária (35,44%). Estes dados confirmam a tese de que “O trânsito é

a principal causa de morte entre os jovens no mundo, mais do que as guerras”.

O Paraná está entre os cinco estados do país com os piores índices de

mortes em acidentes de trânsito (Sistema de Informações de Mortalidade do

Ministério da Saúde, 2008), estando em situação melhor apenas do que

Roraima, Tocantins, Santa Catarina e Mato Grosso. Enquanto nos países

desenvolvidos registra-se a morte de 5 pessoas por grupo de 100 mil

habitantes, no Brasil este índice chega a quase 19. A taxa paranaense em

2008 foi de 28,3 mortes para um grupo de 100 mil habitantes.

Nesse momento estas tragédias estão acontecendo com pessoas do

mundo inteiro, de nosso país e de nossa cidade e é um fato que modifica

completamente a vida das pessoas e de suas famílias. Para esse caos foram

necessárias leis e normas de gestão que viabilizassem uma melhor fluidez no

trânsito e políticas públicas para solucionar os conflitos do cotidiano. No

entanto, tais normas e leis nem sempre são cumpridas, tanto pelos pedestres,

quanto pelos motoristas, quanto pelos gestores das cidades.

Devemos promover uma reflexão crítica sobre a responsabilidade

coletiva pelos acidentes no trânsito, de modo a atingir a principal meta das

ações educativas, a redução de acidentes e mortes nas vias, discutindo sobre

comportamentos que repercutem em inúmeros aspectos da vida do cidadão,

incentivando a vivência de experiências cooperativas em nosso meio.

Neste contexto, este artigo resulta do projeto de implementação

pedagógica do Programa PDE, intitulado “Educação para o trânsito no Ensino

de Geografia”, tendo como proposta fomentar a discussão sobre os problemas

relacionados ao trânsito no país, com enfoque para a cidade de Campo

Mourão-Pr, local onde está localizado o colégio no qual o projeto foi

implementado (Colégio Estadual Unidade Pólo). O projeto nasceu da

preocupação com os índices alarmantes de acidentes de trânsito ocorridos no

Brasil, do descaso de muitas pessoas com o meio em que vivemos e a falta de

respeito entre elas, e que não é diferente em nossa cidade.

Assim, o projeto PDE “educação para o trânsito no ensino de Geografia”

objetivou a princípio estudar criticamente com os alunos da 5ª série do Ensino

Fundamental do Colégio Estadual Unidade Pólo – Ensino Fundamental, Médio

e Profissionalizante, a organização do espaço geográfico da cidade de Campo

Mourão - Pr, no que se refere ao fenômeno da urbanização e circulação de

pessoas e mercadorias; entendendo as vias urbanas como espaço público,

discutindo o direito de todos de ir e vir e a importância do planejamento destes

espaços e de regras e normas que organizam a dinamicidade do trânsito. A

partir deste estudo, pretendemos possibilitar a adoção de atitudes de respeito e

cooperação às normas e regras do trânsito, de preservação do ambiente e de

respeito à vida; propondo alternativas de melhoria no sistema de transporte;

visando a redução de acidentes com o envolvimento gradual da comunidade

escolar no projeto.

Optamos em desenvolver o projeto com alunos da quinta e sexta série,

por acreditar que se orientarmos as crianças em relação à organização do

trânsito e a direção defensiva, estaremos contribuindo para a diminuição do

alarmante índice de acidentes. Trabalhando com os alunos, as noções básicas

de segurança no trânsito e sensibilizando-os da importância de garantir sua

integridade física e das outras pessoas, estamos investindo na formação de

futuros motoristas conscientes sobre suas responsabilidades perante o trânsito,

seu entorno e ao seu semelhante.

2 O TRANSPORTE RODOVIÁRIO É SEGURO?

Segundo Silva (2010), o trânsito, mais do que simples deslocamento de

pessoas e veículos sobre determinados espaços representa parte da dinâmica

das cidades e da vida de seus moradores. Na verdade, os deslocamentos de

veículos e pessoas se relacionam a certas características socioeconômicas

(idade, renda, local de moradia, de trabalho, de estudos, etc.) e, também, a

uma disputa pelo espaço protagonizada por agentes políticos que

desempenham papéis transitórios (pedestres, passageiros, motoristas, etc.).

Vasconcellos (1988, p.34), entende trânsito como:

“O trânsito é uma disputa pelo espaço físico, que reflete uma alteração pelo tempo e pelo acesso aos equipamentos urbanos, é uma negociação, dadas às características de nossa sociedade, não se dá entre pessoas iguais: a disputa pelo espaço tem uma base ideológica e política; depende de como as pessoas se vêem na sociedade e de seu acesso real ao poder”.

Todavia, o desafio mais imediato, é contribuir para a diminuição do

índice assustador de mortes e acidentes graves existentes em nosso país, e

que deixam muitas pessoas mutiladas e famílias desorientadas, essa questão

implica a mobilidade do cidadão no espaço social, centrada nas pessoas que

transitam e ocupam o espaço público de maneira a conviver socialmente de

uma forma responsável, não pensando apenas no capital e sim no nosso bem

maior que é a vida.

Antes da década de 1950, a elite brasileira já apoiava o modelo

rodoviário. O presidente Washington Luiz, em 1926, no seu discurso de posse,

diria que "Governar é abrir estradas". Mas foi no governo de Juscelino

Kubitschek (1956-60), a partir do "Plano de Metas: 50 anos em 5", que esse

modelo deu um grande salto, impulsionado pelas indústrias automotivas, que

pressionavam o governo a construir estradas e, ao mesmo tempo, estimulavam

o uso de veículos (o que, é claro, aumentou o consumo de combustíveis

derivados de petróleo).

“A indústria automobilística passou a participar ativamente do processo de urbanização das cidades. E mais do que isso, reformulou a noção de espaço-tempo, determinou hábitos de transporte individuais e modificou o comportamento social, com sérias conseqüências socioambientais” (SILVA, 2010).

Silva (2010), para falar dos problemas do transporte automobilístico, se

remete a Marcos Cintra, da Fundação Getúlio Vargas, o qual afirma que:

“(...) uma das consequências de se privilegiar esse tipo de transporte é o prejuízo econômico, que chega a 27 bilhões de reais por ano em São Paulo, que é uma das maiores cidades do Brasil e do mundo; e considerando apenas as questões ambientais, as emissões de gases poluentes na atmosfera das áreas metropolitanas e que têm como principal responsável os veículos automotores que causam sérias ameaças à saúde de seus habitantes. A poluição mata pelo menos 10 pessoas por dia em São Paulo, já que a exposição de duas horas no trânsito equivale a fumar dois cigarros” (CINTRA, 2008 apud SILVA, 2010).

Deveríamos optar pela utilização de veículos alternativos como a

bicicleta, e ter um maior investimento no transporte coletivo, uma vez que ele

pode transportar várias pessoas ao mesmo tempo, enquanto um automóvel

particular geralmente transporta apenas uma pessoa, intensificando a poluição,

os congestionamentos, o stress e os conflitos provocados pelo grande número

de veículos circulando nas vias públicas.

Além disso, o modelo de transporte rodoviário, predominante no Brasil,

está carente de investimentos em planejamento, conservação das estradas,

educação preventiva e fiscalização, o que aumenta ainda mais os gastos

públicos e o número de acidentes. Os pavimentos da maioria das estradas

nacionais têm comprometido de forma significativa a vida útil dos veículos e

também a vida dos motoristas, havendo aumento em relação ao consumo de

combustível, ao custo do transporte e ao nível de poluição, consequentemente,

à degradação ambiental.

Cerca de 170 mil quilômetros de estradas que há no Brasil, mais de 90

mil estão sob a responsabilidade do DNIT (Departamento Nacional de

Infraestrutura de Transportes), são as chamadas rodovias federais. De acordo

com o relatório gerencial da pesquisa rodoviária da Confederação Nacional dos

Transportes - CNT/2010, 43,9% das rodovias brasileiras estão em perfeito

estado; 32,9% aparentavam desgaste, mas sem buracos; 19,8% tinham trincas

ou remendos, mas sem buracos; 3,2% apresentavam afundamentos,

ondulações e buracos e 0,9% estavam totalmente destruídos. Continuando as

pesquisas do CNT, com relação às estradas do Estado do Paraná, metade das

rodovias federais e estaduais que cruzam nosso Estado apresentam boas

condições de trafegabilidade, principalmente as pedagiadas, e a outra metade

está em situação regular, ruim ou péssima.

No Brasil, existem várias obras que estão em andamento, mas num

ritmo muito lento, vamos demorar décadas para conseguir ter uma malha

rodoviária próxima dos níveis internacionais.

Em Nova Iorque, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o

período 2011-2020 como a Década Mundial de Ações de Trânsito. O trânsito é

considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como problema de

saúde pública, responsável por 1,3 milhão de mortos e 50 milhões de feridos

por ano.

O espaço geográfico é produzido e organizado segundo os interesses de

alguns, sendo determinado pelas relações de poder, tanto político, econômico,

religioso, como também militar, produzindo-se ao longo da história.

Percebemos que enquanto no Brasil investiu-se prioritariamente no

transporte rodoviário, privilegiando os veículos de carga, utilitários e

automóveis, em detrimento de outros meios de transportes, nos países de

primeiro mundo, na sua grande maioria investe-se em outros tipos de

transporte, como o ferroviário, através dos trens, trens bala e metrôs. A China

inaugurou no dia 28/06/2011, um trem bala com a maior linha do mundo,

ligando Xangai a Pequim, com uma velocidade média de 300km/h, unindo

menor custo, segurança, conforto e rapidez. O transporte ferroviário, apesar do

alto custo de investimento viabiliza o desenvolvimento de pólos regionais ao

longo da ferrovia, estimulando a geração de diversos empregos diretos e

indiretos, possibilitando melhor distribuição da população e da produção,

reduzindo a aglomeração das grandes metrópoles, com boa competitividade de

preço e qualidade em comparação às viagens aéreas. O transporte ferroviário

também é capaz de aliviar os sistemas aeroportuários, rodoviários e urbanos,

reduzindo o congestionamento e o tempo das viagens, com baixa probabilidade

de atrasos, a emissão de carbono e o número de acidentes nas rodovias.

De acordo com o Ministério da Saúde Brasileiro, o número de

motociclistas mortos nas ruas e estradas do país aumentou vertiginosamente,

passando de 300, em 1990, para cerca de 9 mil em 2008, com jovens entre 20

e 29 anos correndo o maior risco. Segundo Vasconcellos (2005) especialista

em segurança no trânsito em países em desenvolvimento e consultor da ANTP

(Associação Nacional de Transportes Públicos) no Brasil, “atualmente, essa

situação está piorando em todos os lugares, pois o número de motocicletas

está crescendo”.

É visto que esse assunto é de suma importância para todos, devido aos

fatos que se agravam a cada dia, pois os dados com acidentes envolvendo

motociclistas e ciclistas também são preocupantes no município de Campo

Mourão e, em muitos casos envolvendo alunos e parentes de nossos alunos,

pois esse é um dos meios utilizados para a vinda de muitos para a escola. É

preciso fazer algo para evitar que esse número aumente ainda mais.

Segundo o colunista Ely Rodrigues (CRN - Central Regional de Notícias,

2009), em Campo Mourão o trânsito em 2008 foi mais violento do que em 2007

e os acidentes com motos cresceram 50%. Os dados são do levantamento

feito a partir do relatório do Corpo de Bombeiros, que revelou que no ano de

2008 aconteceram em Campo Mourão 1.035 acidentes de trânsito com

pessoas feridas contra 807 ocorrências registradas em 2007. Foram 228

acidentes a mais, o que representa um crescimento de quase 30%. Em 2007 o

Corpo de Bombeiros de Campo Mourão encaminhou aos hospitais 967

pessoas feridas em acidentes já em 2008, a quantidade de feridos aumentou

para 1.286 pessoas. Destes, 23 pessoas morreram no local das colisões e

várias faleceram nos hospitais. Em 2008 foram 562 acidentes com motocicletas

contra 384 acidentes em 2007. Em 2009 foram 976 acidentes de trânsito e até

outubro de 2010, dos 788 acidentes atendidos pelo Pelotão de Trânsito e

Corpo de Bombeiros no município de Campo Mourão, 460 envolveram motos.

As motos representam 20% da frota de Campo Mourão, mas estão envolvidas

em 58 por cento dos acidentes registrados de janeiro a outubro de 2010. Um

fator muito importante na ocorrência de graves acidentes é o excesso de

velocidade e a imprudência

Considerando os problemas no transito da cidade, a Secretaria de

Planejamento do município de Campo Mourão realizou reuniões com

autoridades e especialistas sobre o tráfego atual da área central da cidade. A

partir dessas reuniões organizou-se um grupo de trabalho para a realização de

um estudo com medidas emergenciais para melhorias na área central da

cidade. O arquiteto Eloy Silvestre Kockanny, especialista em trânsito, ressaltou

que são necessárias mudanças no trânsito da cidade de Campo Mourão.

Primeiramente ele sugere a realização de uma avaliação determinando

prioridades para evitar acidentes e transtornos materiais para os condutores, e

posteriormente um acompanhamento com metas definidas, como: a melhoria

na sinalização nas vias rápidas para evitar acidentes, implantação de

semáforos em ruas da cidade, estacionamento para motociclistas, localização

da faixa de pedestres, mini-rotatórias e o estacionamento rotativo. O arquiteto

ressaltou a importância de uma via que cruze do centro para os bairros

facilitando assim o deslocamento dos veículos nestes dois sentidos

(PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO MOURÃO, 2007).

Recentemente foi implantado no município de Campo Mourão, o

DIRETRAN (Departamento Regional de Trânsito do Município), que se

responsabiliza por assuntos relacionados ao trânsito da cidade, como multas,

sinalização, estacionamento pago, dentre outros assuntos dessa área.

Refletindo sobre a problemática do transito no município, não podemos

ficar inquietados, sabendo que muitas pessoas estão morrendo a cada minuto,

grande parte, inocentes, pela falta de conhecimentos, educação e respeito

mútuo. É fundamental a realização de campanhas com ações educativas no

município de Campo Mourão, visando a redução do número de acidentes,

sobretudo envolvendo motocicletas.

Nesse contexto, é relevante, a adoção de medidas preventivas eficazes,

pautadas na formação do cidadão consciente. A escola precisa construir

espaços de reflexão e de alguma forma fazer a sua parte para tentar reverter

ou amenizar esse quadro e promover a mudança de hábitos e comportamentos

que reflitam em um trânsito mais seguro. A educação é um processo histórico

de construção e criação do homem para a sociedade e, simultaneamente, de

modificação da sociedade para o benefício do homem, esta formação deve ser

completa e voltada aos problemas enfrentados diariamente pelos estudantes.

3 A EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

No nosso meio, devemos respeitar o direito do outro, para que o nosso

direito não seja desrespeitado. Esse, entre outros ensinamentos e valores, nós

como educadores devemos repassar para os alunos, pois as crianças

crescerão sabendo que para uma convivência social equilibrada e harmoniosa

é necessário colocar em prática o respeito, a tolerância, além de ações para

um planejamento do trânsito com segurança. Compreendendo sobre a

organização do trânsito, eles serão multiplicadores, possibilitando terem no

futuro, comportamentos e hábitos adequados para um trânsito mais seguro.

No espaço geográfico se realizam as manifestações da natureza e as

atividades humanas. No lugar onde vivemos produzimos modificações, logo

este espaço está em permanente (re) construção; as ruas, os meios de

transportes, o trânsito, as indústrias, as cidades, a agricultura, os rios, os solos,

o clima, a população e muitos outros elementos. A geografia permite o

conhecimento do lugar onde se vive para compreender e planejar o espaço.

Planejar o espaço engloba também planejar o espaço da circulação de

pessoas e mercadorias.

Por isso, compreender o espaço geográfico nos remete a idéia de que

estudar geografia de uma maneira dinâmica e trazendo-a para os problemas do

dia-a-dia, é de suma importância para o entendimento de vários fatores sociais

que ocorrem no espaço geográfico e é essencial para a formação da criança e

de todo o cidadão.

A educação depende da família e de todos que estão a nossa volta, vem

de muito cedo, quando crianças. E na escola, não é caracterizada apenas por

compromissos que vão além da mera transmissão de informações, mas por

todo o contexto social. Rios (2003, p.26) afirma que:

“A tarefa fundamental da educação, da escola, ao construir, reconstruir e socializar o conhecimento, é formar cidadãos, portanto contribuir para que as pessoas possam atuar criativamente no contexto social de que fazem parte, exercer seus direitos e, nessa medida, ser, de verdade, pessoas felizes.”

Para Freire (1999), a teoria não será identificada se não houver um

caráter transformador, pois só assim estará cumprindo sua função de reflexão

sobre a realidade concreta, que se dá através da práxis pedagógica.

“Por isso é que, na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem, que se pode melhorar a próxima prática” (FREIRE, 1999, p.43)

Os professores são mediadores ou ainda mobilizadores, que alavancam

as mudanças sociais, portanto, formadores de opiniões e, assim, com a

responsabilidade de estimular o pensamento crítico dos alunos. A educação

escolar deve ser significa, contextualizar a realidade que norteia a vida dos

alunos, pois eles já têm uma vida social que antecede a escola, precisam

apenas do apoio para desenvolver seu raciocínio crítico.

O homem é entendido como um organismo capaz de modificar

consideravelmente o espaço natural, através da tecnologia, da modernidade e

da forma que o mesmo age. É preciso fazer uma avaliação desses

comportamentos perante o espaço onde vivemos, como são seus meios de

locomoção, seus movimentos e deslocamentos, o respeito e os hábitos diários

que os mesmos têm, com relação à preservação do ambiente. A geografia

pode contribuir para a formação de cidadãos participativos em sua cidade,

através de confrontos de conhecimentos para construir conhecimentos

geográficos sobre ela.

De acordo com Milton Santos (1988), de posse de uma rica visão social

crítica, na qual impera a justiça sócio-espacial, com a globalização reconstruída

sem desigualdades, mas com diferenças culturais respeitadas, entende o

espaço geográfico como o território usado, a cidadania e as formulações

teóricas a respeito da natureza da geografia, residindo no conceito de formação

espacial, tendo a geografia no seio das ciências focalizadas no homem,

tratando não apenas de delimitação da identidade da geografia, mas da

afirmação de um olhar que, sem deixar de ser econômico, social, político e

cultural, reúne, ao contrário, todas essas dimensões no espaço, ao mesmo

tempo reflexo e condição da sociedade por meio de suas formas, enquanto

objetos resultantes de ações engendradas pela sociedade visando a sua

existência e reprodução, acompanhada de uma profunda preocupação com a

vida, com a cidadania plena de todos.

Conforme as Diretrizes Curriculares de Geografia do Estado do Paraná

(SEED, 2008, pg.68) “a Geografia deve estimular o cidadão a pensar e a

analisar de forma crítica os fatos que estão à sua volta, ou seja, a relação das

sociedades com os espaços que ocupam”. Especificamente preparar o aluno

para que seja um cidadão que busque e organize informações e

conhecimentos, critique e participe de forma efetiva na sociedade,

considerando que o espaço geográfico ao qual está inserido é fruto ou produto

das ações humanas sobre a natureza e das relações entre os seres humanos.

Cabe destacar que a geografia nos leva a contribuir para a compreensão

do mundo, revela tudo o que une entre os homens e a visão do todo, deixa-nos

com espírito de observação e de precisão, fazendo-nos pensar, refletir, criticar

e escolher qual decisão devemos tomar perante os dados apresentados,

fazendo sempre a relação entre os fatos existentes a esta observação,

desenvolvendo assim, a compreensão da noção de tempo e evolução, a

entender a relação do hoje e do ontem, e que tudo está em constante

transformação, que somos produtos do passado e que no presente plantamos

o futuro, devemos ter senso de realidade e esse sentimento de evolução,

compreensão da complexidade das relações entre as sociedades e a natureza,

somos os seres vivos em meios naturais, e atuantes na vida social do país.

Como diz Hobsbawm (1998, p.22):

“Ser membro de uma comunidade humana é situar-se em relação ao seu passado (ou da comunidade), ainda que apenas para rejeitá-lo. O passado é, portanto, uma dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana”.

Em síntese, o passado é indispensável para a compreensão do

presente, referenciando-nos a uma geografia explicativa, ligada à realidade,

indicando os problemas e as tendências de toda a sociedade, e o trânsito,

objeto desta pesquisa, com certeza faz parte desses problemas e que nos

afeta no dia a dia.

Atualmente o trânsito é regido pelo CTB – Código de Trânsito Brasileiro.

A lei é bastante rígida, mas nem sempre é cumprida e muitos acidentes ainda

acontecem.

A Organização Mundial de Saúde – OMS e as pesquisas comprovam

que o trânsito é uma das maiores causas de mortes no mundo e no Brasil. Isso

acontece principalmente por causa da imprudência e

distração das pessoas.

Todos temos o direito a contemplar a liberdade de ir e vir, de se atingir o

destino desejável, como também de satisfazer as necessidades de trabalho, de

saúde, de educação, de lazer entre outras necessidades, mas a compreensão

da dimensão do significado expresso na palavra trânsito aborda uma visão

mais ampla, de sem dúvida alguma, sabermos nossos deveres, pois vivemos

em uma sociedade estabelecendo regras, que muitas vezes são esquecidas e

não cumpridas em detrimento das relações entre as pessoas e o espaço, assim

como as relações das pessoas entre si.

O CTB (1997), fundamenta seu conteúdo na segurança do trânsito, no

respeito pela vida e na defesa e preservação do meio ambiente. A

possibilidade de desenvolvermos intervenções educativas comprometidas com

a melhoria da qualidade de vida e as mudanças de comportamentos no trânsito

tem por base a formação das consciências de cada cidadão, nesse sentido, as

práticas educativas escolares ocupam lugar de destaque, em vista de sua

importância.

O lugar da experiência imediata dos alunos é a escola. As práticas

sociais e espaciais dentro da cidade têm sido indicadas como referência

constante para encaminhar as atividades do ensino de geografia, segundo

vários autores, que discutem o ensino, como Castrogiovanni (1999 e 2000),

Callai (2003) e Cavalcanti (1998, 2000 e 2002), na perspectiva de que o

estudante construa seu conhecimento a partir da sua interação com a

realidade mediada por instrumentos simbólicos, na qual o papel do ensino é

favorecer a reformulação dos conceitos originários do cotidiano em conceitos

científicos.

O aluno deve aprender a construir uma visão de mundo que lhe permita

orientar-se teórica e praticamente no seu contexto e na sociedade, e o trânsito

faz parte deste contexto, como também a educação para o trânsito, que é parte

integrante dessa educação para toda a sociedade.

Para Medeiros (2006), o trânsito, por definição, “é tido como um espaço

físico comum a toda sociedade (...) um movimento essencialmente social (...)” .

Para o autor, a configuração deste espaço físico está relacionada ao espaço

geográfico das vias públicas rurais e urbanas, com isso devemos levar em

consideração a prudência quando andarmos a pé, ao conduzirmos veículos,

inclusive os não automotores, e sermos cavaleiros nos diferentes tipos de

configuração geográfica, para acima de tudo resguardarmos nossas vidas, já

que estamos inseridos nesse meio e a educação para o trânsito, dará antes de

mais nada, uma noção exata da importância de agirmos preventivamente, os

direitos e deveres diante do trânsito para cada cidadão, com isso,

demonstrando as atitudes corretas.

A educação para o trânsito está contemplada no capítulo VI do CTB

(1997), em 6 artigos, que deverá ser instrumentalizada através de ensino

público, sendo posta pela educação formal, que será inserida na pré-escola, no

ensino primário, secundário e terciário, como também na educação informal,

através de campanhas educativas públicas de caráter permanente.

Andrade (2007), visualiza no CTB uma tríplice promessa pedagógica

preventiva: a) pelas normas; b) pela educação formal; c) pela educação

informal. Assim enfatiza-se a necessidade de as escolas refletirem sobre a

importância da Educação para o Trânsito, inserindo em projetos educativos,

promovendo estudos e troca de experiências entre a sociedade, a escola e

entre instituições responsáveis, proporcionando também benefícios no

exercício da cidadania.

A educação para o trânsito é tão necessária que um projeto do Governo

Federal a nível interdisciplinar e extracurricular está em discussão para a

implementação da educação para trânsito nas escolas. Trata-se da Resolução

do CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito, nº 65, de 14/12/2007,

publicada em 14/02/2008, que dispõe sobre a formação teórica-técnica do

processo de habilitação de condutores de veículos automotores elétricos como

atividade extracurricular no ensino médio e define os procedimentos para

implementação nas escolas interessadas, com uma carga horária mínima de

90 (noventa) horas-aula presenciais (BRASIL, 2008).

Educarmos nossos jovens para prevenção de acidentes e humanização

no trânsito implica na preservação da vida, onde cada ser humano é único e

insubstituível para sua família e seus amigos e devemos ter a consciência de

que todos temos direitos e deveres no trânsito, inclusive os pedestres. De fato

a conscientização do jovem durante sua formação escolar, tem tudo para torná-

lo responsável na sua futura condição de condutor de veículos (MITIDIERO,

2005).

4 METODOLOGIA

A metodologia para a realização desse trabalho consistiu em

levantamentos bibliográficos e de dados sobre o tema e áreas afins, com o

intuito de estabelecer bases conceituais que permitissem uma melhor

compreensão do objeto de estudo.

A partir disso elaboramos um projeto de ensino e material didático com o

tema “Educação para o Trânsito no Ensino de Geografia” para o

desenvolvimento com alunos da 5ª série no Ensino Fundamental. O projeto de

implementação pedagógica foi apresentado à comunidade escolar no mês de

setembro de 2010. Em seguida realizamos o planejamento das aulas em uma

perspectiva crítica.

Foram abertas 30 vagas, divididas em 02 turmas de 15 alunos em cada,

trabalhando com o tema 02 vezes por semana, por 08 encontros de 02hs/a

cada turma, assim 04hs/a por dia, totalizando 32hs/a nos encontros sempre

nas 3ª e 4ª feiras, dos meses de março e abril de 2011. O trabalho foi realizado

em contra-turno, com algumas atividades no período normal de aula (por

orientação da equipe pedagógica e direção da escola), assim teríamos um

maior rendimento e aproveitamento nos trabalhos.

As atividades com os alunos consistiram em:

• Atividades desenvolvidas com os alunos em sala de aula, biblioteca e

laboratório de informática: aulas expositivas, pesquisas bibliográficas,

trabalho com vídeos, recorte de figuras, colagem e materiais avulsos.

• Palestras realizadas na escola por profissionais do Pelotão de Trânsito, do

Corpo de Bombeiros e CIRETRAN (Circunscrição Regional de Trânsito).

• Cantinho do trânsito: essa atividade foi desenvolvida parte em sala de aula

e efetivada em um cantinho do espaço do pátio da escola, em forma de

oficina com simulações da circulação de veículos e pedestres em vias,

utilizando-se de sinalizações verticais e horizontais, semáforo e outros

componentes do trânsito.

• Visitas de Estudo com os alunos, acompanhadas de palestras no 11º

Batalhão da Polícia Militar, à CIRETRAN, ao Corpo de Bombeiros de

Campo Mourão e ao Parque Joaquim Teodoro de Oliveira.

• Multas simbólicas aplicadas pelos alunos do projeto, quando estes

constatassem desrespeito as normas e regras do trânsito.

• Blitz Educativa realizada pelos alunos com o apoio do Pelotão de Trânsito

na frente do Colégio, com abordagem aos motoristas pelos policiais e

pelos alunos, distribuição de panfletos e orientação sobre um trânsito mais

seguro.

• Socialização do aprendizado do projeto com os demais alunos das turmas.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO:

As ações para implementação do projeto na escola foram iniciadas em

agosto de 2010, no retorno das aulas. A pedido da direção, fizemos as

apresentações dos projetos do PDE, na semana de formação continuada,

antes dos alunos retornarem das férias, assim abrangemos todos os

professores, funcionários, direção e equipe pedagógica, tivemos uma ótima

receptividade e entusiasmo por parte de todos, inclusive depoimentos de várias

pessoas relacionando o assunto a acontecimentos vivenciados pelos mesmos

e demonstrando a satisfação de tal ação para a importância de projetos

relacionados a esse tema. Logo em seguida fizemos as apresentações para os

alunos, e também percebemos grande entusiasmo vindo das crianças, por

saberem que fariam estudos e trabalhos diferenciados.

Em fevereiro de 2011, com o inicio do ano letivo. realizamos reuniões

com autoridades dos órgãos competentes do trânsito e encaminhos ofícios de

pedidos de apoio para Secretaria de Educação da Prefeitura de Campo

Mourão, setor de transportes, ao 11º Batalhão da Polícia Militar, à

CIRETRAN/DETRAN/PR e ao Corpo de Bombeiros. Ao visitarmos

antecipadamente esses órgãos e comandos para a entrega dos pedidos e

ofícios, fomos mui bem recepcionados, podendo assim mostrar e apresentar o

projeto, dialogando com o comando sobre a implantação de futuros trabalhos

desta natureza e que a escola pudesse ser incluída.

Nos meses de março e abril de 2011, demos continuidade aos trabalhos

com atividades na quinta e sexta série do ensino fundamental. A seleção dos

alunos foi aleatória, envolvendo 5 turmas de quinta e sexta- séries do colégio.

Optamos por formar 2 turmas de 15 alunos em cada, para trabalharmos todas

as terças e quartas feiras do mês de março e abril de 2011, no contra turno,

período da manhã, por 02 hs/a cada turma, realizando assim as 32 hs/a .

Em março de 2011, realizamos reuniões com os pais dos alunos

interessados, solicitando a autorização para a participação dos alunos no

projeto e realizarmos as inscrições.

Apresentamos o projeto para os alunos que fizeram as inscrições,

organizados em dois grupos e iniciamos as atividades com eles na segunda

quinzena de março de 2011.

A seguir, discutiremos as principais atividades desenvolvidas com os alunos:

1. Atividades em sala de aula, biblioteca e laboratório de informática:

Nos dias 15 e 16/03/2011, demos início às aulas propriamente ditas,

com a discussão do espaço urbano e espaço público, voltando à atenção para

a questão do trânsito, transporte urbano, mobilidade populacional, questão

ambiental, especialmente no que diz respeito aos complexos viários e sua

relação com a produção do espaço urbano, os valores e a cidadania.

As pesquisas na biblioteca e na sala de informática (fotos 1 e 2) visaram

envolver os alunos no projeto através da pesquisa. Na sala de informática,

orientamos a pesquisa em site do DETRAN entre outros e exploramos imagens

em fotografias sobre o tema, além do trabalho com vídeos. Verificamos na

expressão facial dos alunos a demonstração de vários sentimentos, como

espanto, tristeza, alegria, admiração e repúdio, dependendo das imagens

exploradas.

No vídeo do “Pateta no Trânsito”, os alunos observaram a diferença nas

ações do personagem, que antes de se apropriar de um veículo era um senhor

muito gentil e logo após, ele transforma-se totalmente, com uma soberba e

superioridade monstruosa. Foi nítida a percepção dos alunos com relação às

atitudes boas e más do motorista.

Além deste vídeo, trabalhamos com pequenos trechos de reportagens,

documentários e cenas com imagens de atitudes corretas e não corretas no

trânsito, além do depoimento de familiares de pessoas envolvidas em

acidentes de transito. Os alunos se entristeceram com depoimentos reais de

familiares de pessoas que perderam ou sofreram algum dano no trânsito.

Foto1. Estudos na Biblioteca sobre trânsito

Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

Foto 2. Pesquisas na sala de informática sobre educação para o trânsito e

vídeos direcionados Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

A partir dos vídeos, os alunos relataram seus sentimentos e

experiências, através de texto, elaboraram frases preventivas e educativas

sobre o assunto e história em quadrinhos que poderia ser real ou fictícia (fotos

3 e 4). Houve desempenho e imaginação nessas atividades, os alunos

relembraram fatos envolvendo acidentes de trânsito com parentes, se

emocionaram em ouvir um depoimento de um pai que perdeu seu filho em um

grave acidente, pois o motorista estava embriagado, e elaboraram frases sobre

direção defensiva e questões de cuidados com o meio em que vivemos.

Foto 3. Elaboração de frases, histórias em quadrinhos e confecção de cartazes

Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

Foto 4. Frases no pátio da escola Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

Segue abaixo algumas frases elaboradas pelos alunos:

- ”... o trânsito é muito infernal, e não é tão calmo e acontece muito assalto e as pessoas querem passar na faixa e os motoristas não deixam”.(G.R, aluno da 5ª série, 22/03/2011).

- “Se todos respeitassem as regras de trânsito, ele seria um pouco melhor”.(P.B.S., aluna da 6ª série, 22/03/2011).

- “Se você bebeu além da conta, então não dirija, porque você pode tirar sua vida e de outras pessoas”.(V.S., aluno da 6ª série, 22/03/2011).

- “A geografia ensina a cuidar do planeta, do trânsito, da saúde, etc.” (M.I.T.S., aluna da 5ª série, 22/03/2011).

Através dos textos, desenhos e frases elaboradas pelos alunos,

percebemos a preocupação dos mesmos com relação a segurança no trânsito.

Eles exploraram situações que vivenciam em seu dia a dia, nos deslocamentos

casa-escola-casa, desenvolveram atividades contextualizadas e significativas

ao tema, demonstrando comprometimento e valorização da vida.

2. Palestra na escola:

Houve palestra na escola, na sala de multimídia, com policiais do

Pelotão de Trânsito. A palestra abordou noções de legislação de trânsito,

primeiros socorros, cidadania e meio ambiente, com o objetivo de sensibilizar

os alunos para o entendimento, que eles são partes integrantes do ambiente e

do trânsito, orientando os mesmos para hábitos e costumes corretos no

trânsito, para que ajudem a repassar o que aprenderam, sendo multiplicadores

e fiscalizadores, e contribuindo para que sejam no futuro, bons motoristas.

Os alunos participaram ativamente das experiências com o

bafômetro/etilômetro, aprendendo mais sobre o uso do aparelho e a

importância de não dirigir alcoolizado. (Fotos 5, 6, 7 e 8).

Foto 5 Foto 6

Foto 7 Foto 8

Fotos 5,6,7 e 8. Palestras e alguns objetos utilizados(Bafômetro/Etilômetro) Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

3. Cantinho do trânsito:

Na oficina denominada “Cantinho do Trânsito” (foto 9), os alunos

vivenciaram o trajeto que percorrem da escola-casa e seu dia-a-dia, simulando

as vias e as atitudes que fazem parte do trânsito, com placas e sinalizações e

revezaram procedimentos que aprenderam com as pesquisas e com as

palestras.

Foto 9. Organização e montagem na simulação das vias

Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

4. Multas simbólicas aplicadas pelos alunos.

Durante as aulas foi explicado para os alunos que os erros cometidos no

trânsito, eram chamados de infrações e o infrator estaria sujeito as punições e

penalidades impostas nas Leis do CTB, que rege as normas de trânsito do

país, essas infrações são penalizadas através das multas e pontuadas de

acordo com sua gravidade e podendo ser leve (perde-se 3 pontos na CNH –

Carteira Nacional de Habilitação), média (4), grave (5) e gravíssima (7).

Para que a criança pudesse observar os erros cometidos pelos

motoristas e aplicar o que aprenderam sobre as multas, foi entregue para

cada aluno, um bloco de multas, elaborado e recebido pelo DETRAN/PR, com

o qual o aluno poderia relacionar com as infrações e pontuações reais,

penalizando os motoristas infratores com ações estipuladas neste bloco,

utilizando-as com seus pais, familiares e amigos e até mesmo no dia da blitz.

Com isso enriquecemos o aprendizado e estimulamos o senso de fiscalização

e de observação de nossos alunos, atingindo também a comunidades escolar

e a família.

5. Visitas de estudo:

No dia 30 de março de 2011, foram realizadas visitas ao 11º Batalhão da

Polícia Militar, à CIRETRAN, ao Corpo de Bombeiros de Campo Mourão e ao

Parque Joaquim Teodoro de Oliveira, sendo estruturadas explicações e

palestras em cada visita.

O trabalho de campo é uma metodologia de trabalho que enriquece e

motiva o processo de ensino-aprendizagem, pois possibilita o conhecimento do

fenômeno estudado in lócus. Após as visitas de estudo, professor e alunos tem

um rico material para debates, e reflexões sobre o conteúdo estudado em sala

de aula.

No entanto uma visita de estudo necessita de planejamento e de

recursos. No planejamento é necessário prever o conteúdo, os objetivos, o

trabalho desenvolvido, o roteiro, a avaliação, o deslocamento, os profissionais

envolvidos, a autorização dos pais para a saída, a segurança dos alunos, a

dinâmica na escola para organizar a saída dos alunos (se será em contra-turno

ou no horário de aula, quem da equipe pedagógica vai auxiliar, etc).

Considerando as possibilidades da escola, as visitas ocorreram num único dia,

pois saímos uma única vez da escola e utilizamos um único ônibus.

• Visita ao 11º Batalhão da Polícia Militar:

A visita ao 11º Batalhão da Polícia Militar (fotos 10 e 11) ocorreu com o

objetivo de possibilitar aos alunos o conhecimento do trabalho dos policiais em

relação a o trânsito na cidade.

Os alunos conversaram com os policiais, conheceram as dependências

do quartel e um pouco do trabalho desenvolvido pelo Pelotão de Trânsito, pela

patrulha rural, florestal e de operações especiais.

Na visita in lócus no 11º Batalhão, os alunos conheceram também viaturas

diferenciadas para vários tipos de atividades e resgate, como Jet Sky, ônibus,

viaturas antigas e as mais novas, motos, os lugares onde os policiais realizam

as atividades físicas, de lazer e abastecem as viaturas. Aprenderam com os

policiais como é o procedimento quando as motos ou qualquer veículo é

apreendido, o uso de equipamentos de proteção e o perigo quando uma

criança tenta manipular uma arma. Os alunos também tiveram a oportunidade

de falar com os policiais que estavam nas ruas trabalhando, através de oktocks

e dos rádios internos do quartel, e também das viaturas.

O contato dos alunos com os policiais possibilitou uma maior aproximação

a estes profissionais e consequentemente respeito pelo trabalho dos mesmos.

Foto10 e 11. Visita ao 11º Batalhão da Polícia Militar e à CIRETRAN (Veículos

Apreendidos) Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

• Visita à CIRETRAN:

A visita na CIRETRAN objetivou aproximar mais os alunos do

conhecimento sobre a organização e a fiscalização do trânsito.

O Departamento de Trânsito do Paraná - DETRAN/PR é um órgão

vinculado à Secretaria de Estado da Segurança Pública, com sede na cidade

de Curitiba e jurisdição em todo o território do Estado. Tem a responsabilidade

de planejar, coordenar, fiscalizar, controlar e executar a política de trânsito,

bem como cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito no âmbito do Estado

do Paraná. As principais atividades do DETRAN/PR são: o registro de veículos

automotores e a habilitação de condutores. Para a prestação de serviços ao

Cidadão, utiliza-se de um modelo funcional baseado em Circunscrições

Regionais de Trânsito - CIRETRAN, distribuídas pelo o Estado e Postos de

Serviços de Trânsito a elas vinculadas, estando presente em quase todos os

municípios paranaenses (DETRAN, 2011).

Logo que saímos da 11º Batalhão da Polícia Militar, fomos com os

alunos para as dependências da CIRETRAN. Para maior segurança dos

alunos, estes estavam organizados em fila indiana.

Na CIRETRAN, os alunos tiveram palestra com 2 funcionárias do

DETRAN/PR, sobre os procedimentos para obtenção de uma Carteira Nacional

de Habilitação (CNH), sobre infrações, penalidades, as medidas

administrativas, como são feitos os exames de aptidão física e mental, os

cursos de atualizações e reciclagens para motoristas infratores, cadastro,

liberação, transferência e vistoria de veículos, verificação e recursos de multas,

e todas as competências estabelecidas no CTB dentro de uma circunscrição do

DETRAN.

Os alunos tiveram também a oportunidade de observar os testes

práticos e balizas que são realizados para obtenção da carteira de motorista,

receberam materiais informativos, caminharam pelas pistas e rampas,

observaram, foram fotografados dentro dos protótipos de teste e viram veículos

que serão leiloados.

Assim como à visita ao 11º Batalhão, a visita na CIRETRAN motivou os

alunos de forma que estes, durante todo o trabalho estavam disciplinados,

interessados e comprometidos com a aprendizagem.

• Visita ao Corpo de Bombeiros:

Continuando as visitas para conhecimento sobre o funcionamento, a

organização do trânsito e a prevenção de acidentes, os alunos foram conhecer

as dependências do Corpo de Bombeiros .

Entre as atividades realizadas destacamos:

- Conhecimento das dependências do Corpo de Bombeiros, das

viaturas, como caminhões, barco, ambulância e os demais veículos da

corporação;

- Conhecimento sobre as vestimentas de proteção contra incêndio e

aquática, atividade na qual, os alunos receberam explicações e puderam

colocar as roupas, botas e capacete utilizados na prevenção e combate a

incêndios.

- Informações sobre o aparelho “Lukas” (fotos 12 e 13): O soldado e o

sargento que nos receberam, ligaram o aparelho denominado “Lukas e

explicaram sobre o seu funcionamento. Este aparelho é usado para busca e

salvamento, onde em um acidente, com pessoas presas nas ferragens do

veículo, ele corta o ferro, sem que o socorrista precise fazer muita força.

- Aula de primeiros socorros com algumas simulações em bonecos, com

alguns procedimentos de emergência, que devem ser aplicados a uma pessoa

em perigo de morrer, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento,

até que ela receba assistência definitiva.

- Informações sobre o artigo 135 do Código Penal Brasileiro (que se uma

pessoa deixar de prestar socorro a uma vitima de acidente, estando à mesma

em perigo eminente, pode ser caracterizado como crime de omissão). Os

alunos foram orientados que ao participar ou presenciar algo assim, devem

chamar o socorro especializado, o socorrista do corpo de bombeiros ou da

própria via.

Como todas as visitas, essa foi mais uma atividade importante para fixar

o aprendizado para nos educarmos no trânsito e valorizarmos a vida.

Foto12 e 13. Visita ao Corpo de Bombeiros (Futuros Bombeiros e aprendendo sobre o aparelho chamado “Lukas”- utilizado para resgate e salvamento)

Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

Os alunos foram bem recebidos em todas as visitas, as explicações e

procedimentos utilizados pelos palestrantes possibilitaram uma maior

compreensão dos conteúdos já estudados em sala de aula. Para muitos está

foi uma oportunidade única de conhecer certos lugares e departamentos,

alguns mostrando até interesse de que quando crescerem seguirem tais

profissões.

Como os assuntos foram direcionados as questões do trânsito, primeiros

socorros, legislação, cidadania e meio ambiente, com muitas práticas exercidas

e a atenção dada pelas autoridades no assunto para com os alunos foi

admirável, ficando todos muito agradecidos.

• Visita ao Parque Joaquim Teodoro de Oliveira (foto14)

Após uma manhã repleta de atividades e palestras, os alunos puderam

descansar e brincar no parque, onde sentiram a brisa fresca vinda das árvores

e das águas, viram animais, aves e pessoas caminhando e se exercitando ao

redor do lago.

Ao observarem os vários elementos da natureza, os alunos foram

instigados a relembrar as questões estudadas sobre o transito e importância

que devemos dar a cada parte dessas maravilhas que compõe o ambiente,

entre elas, as pessoas, a vida.

Enquanto estavam sentados no tapete verde do parque, os alunos

relacionaram os assuntos aprendidos em sala, dando ênfase às questões

ambientais relacionadas ao trânsito como, por exemplo:

- a poluição atmosférica, pois os problemas gerados pela poluição do ar

nas grandes cidades, são fontes do monóxido de carbono produzidos

principalmente por indústrias e emitidos pela exagerada frota de veículos, cujo

crescimento resultou do desenvolvimento da indústria automobilística;

- a erosão, resultante do mau planejamento de estradas;

-as agressões contra o ambiente resultante de acidentes com transporte

de produtos tóxicos poluentes ou incêndios devastadores, pelo uso inadequado

de lugares de descanso às beiras das rodovias, ou pelo cigarro jogado pela

janela dos veículos;

-a poluição do hábitat natural, nos rios e matas, onde motoristas jogam

detritos nas rodovias e enchentes em vias urbanas, provocadas pelo acúmulo

de lixo deixado pelos usuários (motoristas e pedestres), em bueiros ou boca de

lobos, próximos aos rios e lagos;

- a morte de animais silvestres, provocadas por excesso de velocidade e

descaso à sinalização e estradas em meio a parques e reservas.

Num ambiente aberto e em contato com elementos naturais, os alunos

refletiram sobre as agressões ambientais provocadas pelo ser humano, de uma

forma irresponsável, e após discussão coletiva, apontaram medidas práticas

para a solução de muitos problemas diagnosticados. Vivenciaram a importância

da responsabilidade de cada um de nós, como usuários das vias públicas

rurais e urbanas, para o respeito ao ambiente em ações de planejamento para

as vias públicas e em relação ao comportamento no trânsito relacionado a

preservação do ambiente e da vida, inclusive do ser humano, também

integrante deste ambiente.

.

Foto14. Visita ao Parque Joaquim Teodoro de Oliveira Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

5- Blitz educativa:

Para complementar as atividades extra-classes, no dia 05/04/2011,

fizemos uma blitz educativa (fotos 15, 16, 17 e 18) com o apoio do Pelotão de

Trânsito, com policiais e viaturas, nas proximidades do Colégio, em horário de

pico (12h30 às 14h30), quando os pais e familiares estavam trazendo seus

filhos para a escola e muitos se dirigindo ao trabalho, abrangendo motoristas

de veículos de pequeno e grande porte, motociclistas, ciclistas e pedestres.

Motoristas e pedestres eram abordados pelos policiais e pelos alunos, que

distribuíam panfletos e orientavam sobre um trânsito mais seguro.

Foto15. Materias fornecidos pelo DETRAN/PR. e repassado na Blitz

Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

Foto16. Alunos e policiais abordando motoristas na blitz

Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

Foto17. Blitz nas proximidades do Colégio

Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

Foto18. Repassando informações e panfletos para veículos de pequeno e grande

porte Fonte: CARNEIRO, R.T.R., 2011.

6. Socialização da aprendizagem

O encerramento desta etapa do projeto ocorreu no dia 06/04/2011, com

a socialização do aprendizado dos alunos que participaram do projeto. Isto se

deu em depoimentos realizados pelos alunos do projeto nas salas de aulas,

repassando do que aprenderam para seus colegas de turma.

Após todas essas atividades avaliamos que os alunos estavam

entendendo um pouco mais sobre o trânsito e sua importância para a

sociedade.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Este estudo e as atividades relacionadas ao projeto contribuíram muito

para sensibilizar as crianças e jovens educandos, em relação ao trânsito e aos

problemas da falta de conhecimento da legislação do transito, do modelo de

organização e planejamento do sistema viário brasileiro, da imprudência dos

motoristas, ciclistas e pedestres, bem como às conseqüências da

desobediência às normas e regras de trânsito.

Somente se conseguirá de fato um trânsito melhor, com a participação

de todos os cidadãos e não apenas com uma parcela limitada da sociedade. É

importante que desde cedo os jovens desenvolvam o senso de

responsabilidade na disputa do espaço físico, entendendo a importância dos

deslocamentos e movimentos que diariamente fazem, pois o comportamento

do ser humano interfere nas vias e nos deslocamentos de outras pessoas,

influenciando a vida e a reação do outro, sendo necessário cumprir as regras

por questão de organização, respeito ao outro e sobrevivência.

Os encontros dos alunos para realização desse trabalho foram

prazerosos, voltamos na história, verificamos as diferentes formas de ocupação

do espaço e os comportamentos corretos ou não do ser humano com relação

ao trânsito e a natureza e suas conseqüências, estimulando a reflexão crítica

de cada aluno, mostrando a responsabilidade individual e coletiva, a

importância da direção defensiva, e a reflexão sobre os valores e os hábitos na

circulação viária e diária.

O trânsito faz parte das questões do cotidiano, abrindo um leque para

um melhor entendimento do espaço urbano, fornecendo subsídios que

permitam ao aluno compreender a realidade que os cercam em sua dimensão

espacial, tanto física quanto humana, e no contexto de suas transformações.

Estudar o espaço geográfico é de suma relevância e é uma oportunidade para

juntamente com os conteúdos, discutir ações para um trânsito mais seguro.

A educação, a fiscalização mais rigorosa e a punição são elementos

básicos para a mudança de hábitos e comportamentos no caos que se

encontra o trânsito e estamos fazendo nossa parte. Este trabalho desenvolvido

com os alunos da quinta e sexta série do Colégio Estadual Unidade Polo, foi

uma ótima experiência vivenciada por todos os envolvidos. Tivemos a

oportunidade de mediar a associação dos conhecimentos prévios com o

conhecimento empírico proporcionado pelas aulas práticas. Atingimos nossos

principais objetivos que eram: a compreensão da inter-relação trânsito,

homem/natureza, espaço geográfico, podendo entender os riscos que todos

corremos se não respeitarmos as regras, o meio, e as pessoas que

convivemos.

Através do trabalho desenvolvido com os alunos, possibilitamos que a

sensibilização e o conhecimento de atitudes corretas em relação ao trânsito

atingissem um grande número de pessoas, principalmente a comunidade

escolar e a família. A repercussão do projeto foi tão positiva que os alunos

querem continuar o projeto na escola.

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