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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SÓCIOAMBIENTAIS NO ALTO CURSO DA BACIA
DO RIBEIRÃO SÃO TOMÉ, CIANORTE – PR
Ivonete de Souza Mareti1
Dr. Hélio Silveira2
RESUMO
No espaço geográfico as manifestações da natureza e as atividades humanas ocorrem como resultado da ação e reação de uma sobre a outra. A humanidade tem por necessidade o domínio da natureza para produzir e acumular riquezas, assim expropria os bens naturais e muitas vezes, não possibilita uma recuperação de áreas degradadas. Esse trabalho teve por objetivo avaliar os impactos socioambientais provocados pela ocupação antrópica no alto curso da bacia hidrográfica do Ribeirão São Tomé, bem como estabelecer co-relação entre o conhecimento científico e a realidade socioambiental local dos alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Primo Manfrinato, Cianorte. A área de estudo, situa-se no município de Cianorte, região Noroeste do Estado do Paraná, localizada entre os paralelos 23°36'33" e 23°40'03" de latitude Sul, e os meridianos de 52°35'57" e 52°38'39", de longitude Oeste. Abrange uma superfície de 17 km². O método utilizado nesse trabalho fundamenta-se nos estudos e propostas de Simielli (1999) e Ross (1994), por meio do levantamento e correlação das principais características do meio físico e da realidade sócio-econômica. Após análise de dados e correlação dos mesmos notaram-se áreas de Baixa vulnerabilidade e/ou fragilidade são encontradas em locais elevados e ocupadas por áreas rurais. As áreas de Média vulnerabilidade e/ou fragilidade são encontradas em áreas rurais e urbanas contínuas. No entanto verificou-se a ocorrência de áreas predominantes com Forte vulnerabilidade e/ou fragilidade ambiental decorrentes da forte declividade, do argissolo vermelho eutrófico e dos efeitos da ocupação urbana. Há áreas com Muito Forte vulnerabilidade e/ou fragilidade com a presença de sulcos, ravinas e voçorocas, descargas de galerias pluviais e acúmulo de resíduos – lixo classe 2 e 3. A urbanização tem propiciado intensas transformações sobre o meio natural e acarretado impactos socioambientais sobre o alto curso da bacia do ribeirão São Tomé em Cianorte.
Palavras chave: impacto socioambiental; urbanização; bacia hidrográfica; Cianorte.
1 Especialista em Organização do espaço e meio ambiente, Licenciada em Geografia, Professora do Colégio Estadual Primo Manfrinato Ensino Fundamental e Médio.2 Hélio Silveira – Professor Doutor do Departamento de Geografia – UEM – PR.
1 INTRODUÇÃO
No espaço geográfico as manifestações da natureza e as atividades
humanas ocorrem como resultado da ação e reação de uma sobre a outra. A
humanidade que tem por necessidade o domínio da natureza para produzir e
acumular riquezas expropria os bens naturais muitas vezes de forma que não
possibilita sua recuperação (LEFT, 1998).
Cianorte caracteriza-se por traços históricos marcantes resultantes da
colonização da Companhia de Terras Norte do Paraná, atualmente a Companhia
Melhoramentos Norte do Paraná. Sendo uma empresa particular com fins lucrativos
o seu processo de loteamento foi organizado e planejado forma a valorizar as
propriedades urbanas e rurais do município de Cianorte (COMPANHIA
MELHORAMENTOS NORTE DO PARANÁ, 1977). Como resultado de um processo
de ocupação capitalista o desmatamento foi à primeira alternativa para ocupação do
solo e produção econômica nessa região de atuação da Companhia. Percebe-se que
de acordo com as necessidades emergentes a devastação ambiental da floresta
estacional semidecidual foi intensa, e as áreas de preservação atualmente são
quase inexistentes em toda região de Cianorte.
Em face do tipo de ocupação do solo e a devastação ambiental, surge, no
final do século XX, a preocupação com a qualidade de vida. Assim, preservar áreas
verdes dentro de espaços urbanos ou em seu entorno passa a ser uma necessidade
para a vida do homem. Dentro do contexto preservacionista é criado em Cianorte o
Parque Municipal do Cinturão Verde em 28 de abril de 2000 pela lei nº 2067/2000.
Sendo uma Unidade de Proteção Integral a área passou a ser símbolo de qualidade
de vida para os moradores e para a região (BALDO; SILVEIRA, 2009).
Quando criado, o Parque Municipal do Cinturão Verde representava de fato
um cinturão ao redor da área urbana de Cianorte, porém com o desenvolvimento das
ações antrópicas o Parque passou a ser envolto por novas áreas urbanas que
originaram devido ao grande desenvolvimento econômico municipal.
Assim, o alto curso da bacia hidrográfica do Ribeirão São Tomé que se
encontra inserida dentro dessa unidade de conservação (Parque do Cinturão Verde),
esta numa área de franca expansão urbana e vem a cada ano que passa sofrendo
os impactos negativos desse novo tipo de ocupação. Dessa forma a avaliação dos
impactos socioambientais torna-se uma ferramenta fundamental para a
compreensão das intervenções antrópicas sobre os espaços naturais.
Dessa forma acredita-se que a pesquisa, o conhecimento científico serão
instrumentos que poderão sensibilizar o educando para o processo ensino-
aprendizagem, proporcionando o acesso desses educandos a conhecimento
elaborado, no sentido de formar cidadãos que possam propor soluções diante das
situações e/ou problemas pertinente a suas realidades, relacionado-as a escalas
locais, regionais e globais, indicando ações que venham a minimizar e/ou
transformar a situação de prejuízo ambiental da atual sociedade.
Portanto o objetivo geral desse trabalho é avaliar os impactos
socioambientais provocados pela ocupação antrópica (urbano/rural) no alto curso do
Ribeirão São Tomé, Cianorte – PR e discutir os resultados adquiridos junto aos
educandos para que os mesmos consigam estabelecer co-relação entre o
conhecimento científico e a realidade local. Esses conhecimentos visam ainda
contribuir no Projeto de Implementação Pedagógica, desenvolvido pelo Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE, junto aos alunos do 2º ano do Ensino Médio,
do Colégio Estadual Primo Manfrinato.
2 ESBOÇO METODOLÓGICO
A área de estudo corresponde alto curso do Ribeirão São Tomé localizado no
município de Cianorte, entre os paralelos 23°36'33" e 23°40'03" de latitude Sul e os
meridianos de 52°35'57" e 52°38'39" de longitude Oeste e abrange uma superfície
de 17 km² , conforme Figura 1.
A implementação do projeto pedagógico de avaliação dos impactos sócio-
ambientais no alto curso bacia do ribeirão São Tomé foi implementado no Colégio
Estadual Primo Manfrinato e atendeu 25 alunos do 2º ano do Ensino Médio do
período matutino, estes por sua vez desenvolveram as atividades do projeto no
período vespertino e noturno nos dias úteis, e aos sábados em período vespertino.
Figura 1 – Localização da área de estudo
A implementação pedagógica do projeto de ensino é essencial para
desenvolvimento de novos estudos, teorias e atividades práticas elaboradas pelo
professor PDE enquanto pesquisador. Ressalta-se, no entanto, que o objeto maior é
o processo ensino-aprendizagem, direcionado a formação do aluno.
Os conteúdos desenvolvidos no Projeto de Ensino estavam correlacionados
aos conteúdos curriculares desenvolvidos no período matutino, estes por sua vez
compunham a Proposta Política Pedagógica do Colégio e são integrantes dos
Conteúdos Estruturantes das Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, que foram
abordados de forma contextualizada e por meio de aulas práticas.
A temática ambiental abordada pelos conteúdos foi trabalhada de forma
sistêmica procurando interligar conteúdos relativos ao aspecto físico e conteúdos
relativos aos aspectos socioeconômicos
Resquícios da dicotomia entre a Geografia Física e Humana são perceptíveis
no atual Ensino da Geografia. O aluno necessita saber relacionar conhecimentos
geográficos físicos com a realidade que o cerca, para assim poder avaliar as
condições ambientais, que possibilitaram o surgimento das áreas degradadas ou das
áreas preservadas.
Deste modo, como instrumentalizar e orientar o aluno para a identificação de
uma área como degradada ou preservada? Como utilizar o conhecimento geográfico
e suas respectivas metodologias para analisar a situação socioambiental, existente
na bacia do ribeirão São Tomé, na porção do Parque Municipal do Cinturão Verde?
Com a finalidade de responder a estas questões foram traçadas e utilizadas
estratégias de ação, como: aulas expositivas, discussões e debates, análises de
imagens, análises cartográficas e textuais, aulas de campo e análise de dados. Para
a implementação das estratégias de ação foram utilizadas técnicas, que
instrumentalizaram os alunos e professor para o estudo da área.
Deste modo, fotos, desenhos e filmes do alto curso do Ribeirão São Tomé,
textos, produtos cartográficos, fichas de observação e coleta de dados do campo,
entrevistas, relatórios, entre outros foram técnicas relevantes para a Implementação
Pedagógica na Escola.
Primeiramente foi realizada uma aula expositiva com a finalidade de
apresentar o projeto aos alunos. Foi esclarecido o funcionamento do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE –, e a necessidade de implantação de um
Projeto de Ensino que possibilite ao professor a aplicação de metodologias e o
desenvolvimento de conteúdos, por meio de estratégias de ação, que os leve a
avaliar os impactos socioambientais no alto curso do ribeirão São Tomé. Ressaltou-
se a inserção dos conteúdos curriculares aos conteúdos do Projeto, objetivando a
aplicabilidade dos mesmos na prática pedagógica por meio das aulas no período
contrário, sendo estas teóricas e de campo.
Após a apresentação cartográfica da área de estudo, foi apresentado um
mapa do município de Cianorte com a divisão dos bairros, cada aluno localizou neste
mapa a sua residência.
O recorte espacial da área de estudo, por meio de delimitação de uma parte
da bacia hidrográfica do ribeirão São Tomé, permite um estudo mais minucioso
sobre os impactos socioambientais. A análise de bacias hidrográficas tem
proporcionado um estudo detalhado dos impactos ambientais em diversos locais.
Foram utilizadas imagens de radar (TOPODATA3 e Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais) e imagens do Software Google Earth de Cianorte.
Para a elaboração das cartas temáticas foram utilizadas imagens de satélite
adquiridas através do Software Google Earth, elaboradas no programa Global
Mapper 11, Corel Draw 13, ENVI e Arc GIS. Através dessas informações foram
produzidas as cartas de rede de drenagem, declividade, hipsometria, tipos de solos,
limite dos bairros (ruas e quarteirões), impermeabilização, despejo de galerias
pluviais, escoamento superficial e empréstimo de terra, floresta ciliar e resíduos
urbanos. Com base nestas cartas ocorrerá a produção de uma carta de correlação
dos dados e a produção de uma carta síntese que tratará dos níveis de fragilidade e
vulnerabilidade da área.
No entanto, para conseguir elaborar a carta síntese, terceiro nível de
pesquisa cartográfica proposto por Simielli (1999), se faz necessário o método
proposto por Ross (1994) de fragilidade e vulnerabilidade dos ambientes naturais.
Para proporcionar a elaboração da síntese, ocorrerá uma adaptação do
método de Ross (1994), sendo atribuídos valores a cada variante a ser analisada na
área de estudo, de acordo com as características de impacto geradas pela ação
antrópica. Deste modo, serão estabelecidas classes correspondentes aos valores
variando de Muito Fraca (1) a Muito Forte (5).
Análise desses atributos do meio físico e socioeconômico possibilitam uma
avaliação da bacia hidrográfica de forma a adequar qual a melhor forma de uso da
bacia estudada (NEVES, et al., 1998).
Na segunda estratégia de ação ocorreu uma discussão do grupo para
averiguação de quais as informações que o grupo possuía sobre a área. Os alunos
foram questionados sobre informações relativas à área de estudo, como:
• Vocês sabiam que o Ribeirão São Tomé tinha esse nome?
• Qual o nome pelo qual vocês o conhecem?
• Quais as características do lugar?
• Vocês já foram até o Ribeirão São Tomé?
• Quem mora próximo ao Ribeirão São Tomé?
• Vocês conhecem a nascente?
3 Banco de Dados Geomorfométricos do Brasil - Projeto que oferta dados topográficos e suas derivações básicas em cobertura nacional, elaborados a partir dos dados do Shuttle Radar Topography Mission.
• A mata ciliar está preservada?
• Qual o nome oficial dado a área do ribeirão São Tomé?
• A área da Bacia Hidrográfica é preservada?
• O que é preservação?
• A área da Bacia Hidrográfica do Ribeirão São Tomé é urbana ou rural?
• Quais as áreas rurais que vocês conhecem?
• Quais bairros compõem a área urbana?
• O crescimento urbano interfere na Bacia Hidrográfica? Como?
• As áreas rurais interferem na Bacia Hidrográfica? Como?
• Existem dejetos no Ribeirão São Tomé? Quais?
• Há algum outro tipo de problema na área do alto curso do Ribeirão São
Tomé?
3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Durante a discussão a primeira indagação referiu-se ao nome, pois os
alunos não sabiam que o ribeirão chamava-se São Tomé, mas sim o reconhecia com
o nome de “Fantasminha”, referência essa, a crendice popular de um fantasma na
área.
Apenas duas alunas possuíam um conhecimento maior sobre o rio, pois
participavam de um projeto relacionada a Prefeitura Municipal, Projovem: “Guardiões
do Fantasminha”, estas alunas relataram a poluição presente no rio e o processo de
limpeza que ocorria sobre a área.
Após o término das discussões os alunos redirigiram um pequeno texto em
formulário próprio – Primeiras Impressões – apresentando qual o conhecimento que
possuíam sobre área sem um prévio estudo da mesma, conforme mostra a Figura 2.
Figura 2 – Primeiras impressões relatadas pela aluna do segundo 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Primo Manfrinato, 2010.
Fonte: 2º Ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Primo Manfrinato, 2010.
Durante a terceira estratégia de ação através das novas informações
apresentadas pelo professor, os alunos debateram e ressaltaram quais as
semelhanças, divergências e relevâncias, entre o conhecimento prévio que
possuíam e o conhecimento inicial apresentado pelo professor, compondo a quarta
estratégia de ação. Notaram que suas informações coincidiam com as apresentadas
pelo professor e que existem locais muito poluídos no alto curso da bacia do ribeirão
São Tomé, porém, ressaltaram que já imaginava que deveria ter um alto nível de
poluição no rio por este apresentar próximo a área urbana. Após o debate ocorreu o
registro de informações, conforme mostra a Figura 3.
Figura 3 – Analise Comparativa entre as primeiras impressões dos alunos e apresentação da área pelo professor.
Fonte: 2º Ano Ensino Médio – Colégio Estadual Primo Manfrinato, 2010.
Considerando que o ribeirão São Tomé, é parte primordial da bacia
hidrográfica em estudo, é relevante entender quais impactos ambientais foram
identificados sobre a área em questão.
Segundo Lessa (2009) ao realizar o estudo da bacia hidrográfica percebe-se
que os impactos ambientais que são identificados em grandes cidades não surgem
rapidamente, mas, são resultados de vários fatores naturais e antrópicos que
atingiram a região através do seu desenvolvimento histórico e econômico. Da
mesma forma o autor destaca que minimizar ou corrigir os impactos torna-se uma
tarefa social através de um viés educacional. Avaliar e interferir nas áreas
impactadas envolve mudanças estruturais à formação humana.
Pozza e Silveira (2009) destacam como os elementos naturais interferem na
área da bacia hidrográfica, mas as interferências socioeconômicas conseguem
sobressair. Comprova-se que a qualidade ambiental está fortemente relacionada ao
uso do solo, sendo fundamental o estudo dos elementos naturais, mas são
totalmente relevantes as interferências socioeconômicas sobre a área.
Nesta perspectiva, o foi executada a quinta estratégia de ação, que compõe
a Implentação Pedagógica na Escola, através do estudo cartográfico e textual.
O estudo cartográfico e textual foi direcionado com a utilização do material
pedagógico produzido pelo professor PDE no 2º período de estudos, um Folhas
denominado de “Vulnerável pela própria natureza”. Nesse material foi possível dar as
os subsídios referentes às características históricas, naturais, socioeconômicas e
socioambientais do local, na utilização de cartas temáticas para análise cartográfica
da área de estudo.
O problema inicial abordado no Folhas levou o aluno a questionar se os
problemas ambientais apresentados nas imagens conforme mostra a (figura 4) são
resultados da ação natural ou da ação antrópica, ou até das duas
concomitantemente.
Consideramos que a utilização dos recursos naturais tem provocado sérios
prejuízos financeiros e notadamente ambientais para toda a humanidade. Para que
os recursos naturais possam ser utilizados é necessário entender que o ambiente
natural é composto por vários elementos interdependentes, tais como as rochas, o
solo, o clima, a fauna, a flora, entre outros. Quando um desses elementos sofre com
ações antrópicas, outros elementos naturais também sofrem com os resultados
dessa ação. Por exemplo, sendo, os solos atingidos por ações antrópicas
inadequadas, como a retirada da cobertura vegetal e uso agrícola sem
acompanhamento técnico adequado, toneladas de solos férteis são removidos e
provocam assoreamentos em mananciais, diminuindo por consequência à
quantidade de água (SOUSA; SILVA, 2009).
Figura – 4 – Vista parcial do cruzamento das Avenidas Espírito Santo e Bahia (A), calçada com bueiro na Avenida Bahia (B), ribeirão São Tomé, após chuva (C), afluente do ribeirão São Tomé (D),
voçoroca no alto curso da bacia do ribeirão São Tomé (E) e voçoroca no alto curso da bacia do ribeirão São Tomé (F).
As ações antrópicas têm atingido bacias hidrográficas com grande
intensidade, pois são estes os resultados da ocupação econômica do solo pelo
homem. Desta forma, o acesso a informações sobre o município de Cianorte pode
contribuir para a avaliação dos impactos sócio-ambientais no alto curso do ribeirão
São Tomé.
Assim, os alunos realizaram um estudo textual, por meio de leitura
interpretação e realização de atividades, considerando as principais características
do município de Cianorte: localização, área, relevo, geologia, clima e vegetação
natural. Apresentamos a seguir estas características:
Outro fator determinante para a compreensão das ações antrópicas sobre
as bacias hidrográficas é a compreensão histórica da ocupação do solo realizada
pelos primeiros habitantes e os traços marcantes que se perpetuam sobre o
município atualmente.
A organização espacial realizada pela Companhia de Terras Norte do
Paraná apresenta seus traços no planejamento urbano e na especulação imobiliária,
presentes no município até o momento atual.
Sendo uma empresa particular com fins lucrativos, o processo de
loteamento organizado e planejado, foi à forma escolhida pela empresa, para
valorizar as propriedades urbanas e rurais do município de Cianorte. (COMPANHIA
MELHORAMENTOS NORTE DO PARANÁ, 1977).
Atualmente, o alto desenvolvimento econômico do Município de Cianorte tem
provocado expansão de áreas urbanas e cultivos intensos em áreas rurais. É
nitidamente expressa pela história a relevância da bacia hidrográfica do ribeirão São
Tomé, por sua vegetação, pela disponibilidade de água ou por ser parte de uma área
urbana intensamente ocupada.
Quando uma bacia hidrográfica apresenta uma alteração em qualquer de
seus elementos naturais todo o seu funcionamento poderá apresentar alterações.
Para compreender essas alterações sobre o alto curso da bacia hidrográfica
do ribeirão São Tomé foram analisados os diversos componentes que a envolvem,
tais como os rios, ou canais de escoamento, as redes de drenagem, a bacia de
drenagem e todos os processos de alteração provocados pela ação direta da água.
Essa complexidade fica visível por meio da Figura 5, pois apresenta os cursos
d’água, as diferenças altimétricas e a ocupação urbana sobre a área.
Figura 5 – Modelo digital do alto curso da bacia hidrográfica do ribeirão São Tomé
As bacias de drenagem possuem uma área de abrangência maior, pois se
referem aos canais de escoamento e as áreas que mantêm o abastecimento dos
mesmos (CHRISTOFOLETTI, 1981, p.138).
Segundo Rodrigues e Adami (2009, p. 148) “[...] rede de drenagem é
composta por todos os rios de uma bacia hidrográfica hierarquicamente interligados”.
Assim, temos o ribeirão São Tomé, como rio principal, e o Córrego Imbituva como
um afluente, conforme Figura 6.
Figura 6: Carta da rede de drenagem do alto curso da bacia do ribeirão São Tomé.
A caracterização física da área contribuiu para avaliação, pois as caracteriza
o objeto de estudo fornecendo dados de hipsometria, declividade, tipos de solos, uso
do solo e impermeabilização do solo. Esses dados foram apresentados aos alunos
por meio de cartas, conforme mostra a Figura 7.
Figura 7 – Carta da hipsometria do alto curso da bacia do ribeirão São Tomé ( A ); Carta de declividade do alto curso do ribeirão São Tomé ( B ); Carta de tipos de solos do alto curso do ribeirão São Tomé ( C ); Carta de uso do solo do alto curso do ribeirão São Tomé ( D ).
Os alunos desenvolveram atividades de interpretação cartográfica que
contribuíram para a compreensão das cartas.
O mapa hipsométrico (figura 7 – A) apresenta uma variação altimétrica de 100
metros considerando a altitude mínima de 440 metros e a máxima de 540 metros. A
variação é representa por meio da sequência de cores e das curvas de nível. As
curvas de nível apresentam uma equidistância de 20 metros. Com o uso desse
material, os alunos entenderam como as curvas de nível são utilizadas nos mapas,
para demonstrar as variações altimétricas.
Através da carta da declividade, apresentada na Figura 7 – B, notou-se
quais são as áreas que apresentam as classes de relevo suave onduladas,
onduladas a forte onduladas e plana. As áreas que possuem maior declividade no
terreno encontram-se próximas aos canais de drenagem denominada como forte
ondulada (20 a 45%), e as áreas de menor declividade, estão nas áreas mais
elevadas (3 a 20%), que variam de planas a onduladas.
Na carta dos tipos de solos, conforme figura 7 – C, destaca-se a presença
de duas classes de solos: o Latossolo Vermelho Distrófico e o Argissolo Vermelho
Eutrófico, ambos originados do Arenito da Formação Caiuá.
Por serem solos formados a partir da alteração do Arenito da Formação
Caiuá, apresentam textura média/arenosa, alta porosidade e baixa capacidade de
retenção de água em períodos de estiagem. Devido a textura média/arenosa, nota-
se que em áreas com maior inclinação do relevo, há uma facilidade maior para o
agravamento do processo erosivo (BIGARELLA; MAZUCHOWSKI, 1985).
Estabelecendo relação entre as cartas de hipsometria, declividade e tipos de
solos os alunos notaram que as áreas próximas ao ribeirão São Tomé a ao Córrego
Imbituva apresentavam terrenos ondulados, com declividade de 8 a 20%, e algumas
poucas áreas forte ondulado onde as altitudes variam entre 440 a 500 metros com a
predominância de Argissolo que apresenta alta predisposição aos processo erosivos.
Ao relacionar os dados anteriores com a carta de uso do solo, (Figura 7 – D), os
alunos perceberam que ali havia a presença de floresta, como a Mata Ciliar, assim
puderam avançar a discussão para a necessidade de preservação da área,
buscando no futuro evitar a erosão no local.
Nas áreas de 480 a 500 metros de altitude perceberam que a declividade do
terreno é menor, variando de um relevo plano a suave ondulado (de 0 a 8%), e onde
há predominância de Latossolo. Observaram que por esses solos serem muito
profundos, bem drenados e presentes nas áreas mais elevadas e de baixa
declividade, que corresponde ao alto curso do ribeirão São Tomé, possuem menor
suscetibilidade ao processo erosivo.
Utilizando ainda da carta de uso do solo, (Figura 7 – D), os alunos notaram
que a ocupação urbana, realizada pela Companhia Melhoramentos, se preocupou
com a demarcação das áreas urbanas, em pontos elevados do relevo.
Quando discussão foi direcionada para o espaço urbano e de seu
crescimento espacial dentro da bacia hidrográfica do alto curso do ribeirão São
Tomé, o principal enfoque foi dado à questão da impermeabilização do solo na área,
conforme apresenta a Figura 8.
Figura 8 – Impermeabilização do solo no alto curso da bacia do ribeirão São Tomé.
A área de impermeabilização do alto curso do ribeirão São Tomé é
relativamente pequena. No entanto, os alunos notaram que a carta não condiz
essencialmente com a realidade, pois eles acompanham o crescimento urbano de
Cianorte, e sabem que é extremamente rápido. Observaram que novos bairros
surgiram após a produção dessa carta, e contribuem para a impermeabilização de
novas áreas. Alguns bairros que estavam à margem esquerda do ribeirão São Tomé
têm apresentado maior impermeabilização, por meio de calçamento e pavimentação
asfáltica conforme mostra a Figura 9.
Figura 9 – Impermeabilização do solo na margem esquerda do alto curso da bacia do ribeirão São Tomé, Cianorte – PR.
A maior parte das águas das chuvas durante o ano, e principalmente nas
épocas mais chuvosas, não tem encontrado espaço suficiente para infiltrar no solo.
Para escoar essas águas pluviais, são construídas as galerias, que devem levar
essas águas para locais onde elas possam infiltrar no solo ou escoar. As galerias
não têm suportado o volume de água de algumas precipitações pluviométricas, como
resultado, área de baixas altitudes, dentro do espaço urbano, tem sofrido com
pequenas inundações. Também, essas mesmas galerias, muitas vezes estão
obstruídas por resíduos sólidos como o lixo, o que vem a aumentar os problemas de
vazão e descarga de águas pluviais.
Esse problema de descarga de águas pluviais afeta diretamente o ribeirão
São Tomé, tendo em vista que todas as águas escoadas pelas galerias pluviais das
áreas urbanas da bacia hidrográfica possuem como destino a calha de drenagem, o
ribeirão.
Fundamentado no estudo textual e cartográfico do alto curso da bacia
hidrográfica de São Tomé, os alunos puderam realizar as aulas de campo, para
averiguação de novas informações e constatação das informações já recebidas.
Nota-se que para a realização dessa estratégia de ação os alunos utilizaram à
observação, o registro de fotos, desenhos e filmes do local, bem como, o
mapeamento de erosões; e de qualquer intervenção antrópica sobre a área.
As aulas de campo permitiram aos alunos descobrirem na prática escolar a
área de estudo. Vários pontos foram observados e localizados na carta do alto curso
do ribeirão São Tomé. Ao realizar a localização dos pontos observados durante as
aulas os alunos solicitaram a demarcação destes na carta de uso do solo, conforme
se observa na Figura 10.
Figura 10 - Pontos de observação das aulas de campo no alto curso da bacia do ribeirão São Tomé.
Durante o trabalho de campo os alunos apresentaram dificuldades para
localizarem na carta de drenagem os locais onde estavam realizando as aulas.
Tendo em vista esta dificuldade, foi sugerido aos alunos que utilizassem a carta de
uso de solo. Quando os alunos utilizaram à carta de uso do solo, a facilidade para
localização foi iminente. Conseguiam localizar-se cartograficamente de acordo com a
área onde estavam, pois a carta de uso de solo apresentava referências que
poderiam ser comprovadas visualmente pelos alunos, tais como: área de mata,
agricultura temporária, pastagens e áreas urbanas.
Na observação das aulas de campo os alunos realizaram várias
constatações relativas à área de estudo. Ressalta-se o trabalho do Viveiro Municipal,
que produzem mudas para a recomposição vegetal do Parque Municipal do Cinturão
verde e é responsável pela arborização urbana da cidade de Cianorte, assim como
da produção da compostagem utilizando-se de material da poda das árvores
reabilitação e reintrodução dos animais que sofrem acidentes fora da área do parque
realizado por uma organização não-governamental denominada de APROMAC.
No entanto, há algumas observações que levaram a constatação de que
algumas das áreas sofrem com impactos socioambientais, tais como: descarga de
águas pluviais, intensa poluição das águas do ribeirão São Tomé, por meio de
resíduos, atividade erosiva, com a presença de uma voçoroca e solapamento da
margem do curso d’água, ausência de do ribeirão. Observa-se na Figura 11 alguns
impactos identificados pelos alunos sobre vegetação ripária e a poluição atmosférica
notada pelo odor desagradável em algumas áreas do alto curso da bacia do ribeirão
São Tomé.
Figura 11 – Pontos de observação dos impactos socioambientais sobre o alto curso da bacia do ribeirão São Tomé
Os impactos sócio-ambientais diagnosticados na área pelos alunos,
conforme mostra a Figura 12, foram relevantes para as estratégias que procederam
aos trabalhos do Projeto de Intervenção Pedagógica. A sétima estratégia que
consistia nos relatos do trabalho de campo permitiram, por meio de descrições, fotos
e mapeamentos uma coletânea de informações que subsidiaram a análise de dados,
oitava estratégia. Por conseguinte, o Artigo de Opinião pode ser produzido pelo
aluno através de um estudo teórico e prático sobre a bacia do ribeirão São Tomé.
Figura 12 – Impactos socioambientais sobre o alto curso da bacia do ribeirão São Tomé.
A sétima, oitava, nona e décima estratégia de ação foram desenvolvidas em
conjunto, pois o aluno ao desenvolver seus relatórios já estabeleciam comparação
com as atividades desenvolvidas anteriormente. Quando estabelece relação, faz
comparações entre o conhecimento geográfico adquirido na sala e na aula de
campo. De forma argumentativa consegue dialogar com seus pares sobre os
impactos socioambientais e por consequência busca as causas e os resultados da
ocupação humana sobre a bacia hidrográfica.
Foi interessante notar o desenvolvimento cognitivo do aluno, o desejo de
mudanças que possibilitem qualidade de vida dele e do meio que faz parte. Quando
avalia o ambiente de estudo ele considera-se parte integrante desse meio, mesmo
não residindo na área, percebe-se como integrante e agente do meio. Percebe-se
como responsável pelo meio e procura minimizar os seus impactos sobre os locais
em que habita, sendo sua casa, colégio ou município.
A partir dessa nova perspectiva o aluno consegue produzir textualmente por
meio de uma resposta argumentativa a sua avaliação sobre a área de estudo. É com
base nessa produção textual que ele consegue desenvolver a produções de filmes e
apresentações de imagens que representem seu olhar sobre o alto curso do ribeirão
São Tomé considerando a área preservada ou frágil aos impactos socioambientais.
Ao considerar a área e suas fragilidades socioambientais, o aluno
estabeleceu um parâmetro analítico entre os diversos dados acessíveis ao seu
estudo, por meio da leitura cartográfica e textual, bem como os dados levantados em
campo por meio de observações e relatórios. Esse parâmetro evidencia-se quando
há correlação de cartas da área de estudo (drenagem, hipsometria, declividade, tipos
de solos, uso do solo, impermeabilização do solo e impactos sócio-ambientais),
proporcionando a correlação das informações, que por sua vez permitiram a
produção da carta síntese. A carta síntese denotará as classes de vulnerabilidade
e/ou fragilidade sócio-ambiental, conforme Figura 13.
A Baixa vulnerabilidade e/ou fragilidade ocorre em área essencialmente de
uso do solo voltado a agricultura temporária (cana-de-açúcar, mandioca e amora) e
pastagens/campo, localizam-se em área de topo com relevo plano. Estas áreas não
possuem impermebialização do solo, facilitando a infiltração das águas das chuvas
no solo e diminuindo a ocorrência dos processos erosivos no local.
Figura 13 – Vulneralibidade e/ou fragilidade socioambiental no alto curso do ribeirão São Tomé.
As áreas de Média vulnerabilidade e/ou fragilidade abrangem grandes
proporções na área de estudo. As principais características observadas para essa
classe relacionam-se ao intenso uso do solo. As áreas elevadas com ocupação
urbana contínua a leste do ribeirão São Tomé, apresentando intensa
impermeabilização do solo, e áreas a oeste do ribeirão São Tomé que se
apresentam agricultura temporária (mandioca) e algumas pequenas áreas isoladas
de Floresta Estacional Semidecidual que são mantidas como reservas legais de
propriedades rurais. Ressalta-se, no entanto que muitas dessas áreas rurais estão
sendo demarcadas e transformadas em área de expansão urbana do município.
Percebe-se que a área de estudo apresentada na Figura 13 encontra-se
aproximadamente com 40% Forte vulnerabilidade socioambiental, sendo que essas
áreas estão localizadas próximas aos cursos do ribeirão São Tomé e do córrego
Imbituva onde a declividade é ondulada a forte ondulada variando de 13 a 45%,
sendo o solo argissolo vermelho eutrófico predominante na área, nota-se a
fragilidade aos processos erosivos. Cumpri destacar que há mata revestindo em
média 75% da área aproximadamente. Porém, mesmo com parte do solo revestido
pela cobertura vegetal a fragilidade e vulnerabilidade tornam-se extremamente
acentuada devido aos intensos impactos socioambientais que interferem diretamente
na área.
Destaca-se também a ocorrência de áreas de vulnerabilidade e/ou
fragilidade consideradas como Muito Forte. Essas áreas apresentam-se como
resultados das ações antrópicas negativas, como acumulo de lixo classe 2 e 3,
descarga de galerias pluviais, solapamento de margens do curso d’água, ausência
de vegetação ripária, bem como problemas relativos ao uso inadequado do solo,
como processos erosivos e depósitos tectogênicos, e solos muito suscetíveis aos
processos erosivos conforme na Figuras 12 e 13.
O alto curso da bacia do ribeirão São Tomé recebe fortes impactos sócio-
ambientais considerando que se localiza em uma área de intenso uso do solo, área
que tem apresentado uma crescente ocupação urbana. Como resultado dessa
ocupação o espaço natural mesmo que preservado em determinadas áreas torna-se
suscetível às degradações ambientais de origem antrópica.
4 CONCLUSÃO
O alto curso da bacia do ribeirão São Tomé apresenta-se em meio a uma
área de expansão urbana. Deste modo, sofre diretamente os impactos sócio-
ambientais provocados por ações antrópicas.
As áreas próximas aos cursos d’água fazem parte do Parque Municipal do
Cinturão Verde formando a Mata Ciliar. No entanto, estas áreas não tem
possibilitado uma preservação dos cursos d’água pois detectou-se áreas de despejo
de galerias pluviais, lixo acumulado e odores que não permitem qualidade ambiental.
A ocorrência de processos erosivos como sulcos, ravinas e voçorocas em
áreas de declividade acentuada e com solos frágeis permitem que estas sejam as
áreas classificadas como vulnerabilidade e/ou fragilidade Muito Forte. Nessas áreas
foram observados descargas de águas pluviais que são canalizadas dos conjuntos
residenciais, pois os mesmos possuem áreas impermeabilizadas pela pavimentação
asfáltica e o calçamento não permitindo a infiltração das águas no solo.
A avaliação dos impactos socioambientais na área de estudo permite uma
percepção dos impactos do crescimento econômico sob áreas naturais. Quando há
desenvolvimento econômico uma das conseqüências é o crescimento urbano e, por
conseguinte o incremento de impactos socioambientais. Ao realizar o estudo de
parte da bacia hidrográfica do ribeirão São Tomé foi possível avaliar a situação de
vulnerabilidade e/ou fragilidade ambiental, para buscar possibilidades de
recuperação ambiental de áreas de classes Muito Forte e Forte. No entanto é
necessária a utilização da educação ambiental como ferramenta para formação de
sujeitos conscientes de seu papel social e ambiental perante a sociedade.
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