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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · utilização dos materiais coletados; A Unidade 4 trabalhará também com criação e construção de estruturas para que os alunos componham

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

MARGARETE SCHAFFER

ARTE CONTEMPORÂNEA

E AS ARTES PLÁSTICAS NO ENSINO

CADERNO PEDAGÓGICO

Curitiba - 2010

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAISPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

Professora PDE - MARGARETE SCHAFFER

PROJETO PDE: Arte Contemporânea e as Artes Plásticas no ensino.

TÍTULO DO PROJETO: A Arte Contemporânea e a utilização de materiais alternativos nas Artes Plásticas

Material Pedagógico para

Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica no Colégio Estadual PR-CEP.

Orientadora: Professora Dulcinéia Galliano Pizza Faculdade de Artes do Paraná

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CURITIBA2010

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................04

1. UNIDADE 1 – ARTE CONTEMPORÂNEA...................................................05

1.1 Contexto Teórico......................................................................................... 051.2 Arte Contemporânea e a Escultura............................................................. 111.3 Artistas Brasileiros.......................................................................................131.4 Artistas Extrangeiros....................................................................................171.5 Atividade: Exposição do Tema e Discussões em Grupo.............................191.6 Atividade: Pesquisas e Seminários............................................................. 19

2. UNIDADE 2 – ESTUDO DOS MATERIAIS..................................................19

2.1 Pesquisa de Materiais utilizados em arte contemporânea..........................192.2 Materiais Recicláveis para apreciação e estudo......................................... 202.3. Coleta de Materiais.....................................................................................212.4 Apreciação dos materiais pelo desenho......................................................22

3. UNIDADE 3 – PROPOSTAS BIDIMENSIONAIS..........................................26

3.1 Desenho e colagem utilizando formas geométricas....................................26 3.2 Técnica mista de recorte e colagem utilizando formas orgânicas...............26

4. UNIDADE 4 – PROPOSTAS TRIDIMENSIONAIS .......................................27

4.1 Montagem de formas...................................................................................27 4.2 Construção de Estruturas............................................................................29

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................30

6. LISTA DE FIGURAS.....................................................................................31

7. REFERÊNCIAS ............................................................................................32

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Caderno Pedagógico apresentado ao Programa de Desenvolvimento

da Educação Estadual do Paraná – PDE, para compor a proposta do Projeto

de Intervenção Pedagógica que será aplicada para os alunos do ensino médio

do Colégio Estadual do Paraná – CEP em Curitiba em 2010. O tema a ser

trabalhado é “Arte Contemporânea e as Artes Plásticas” que objetiva permitir

aos alunos compreenderem as principais vertentes deste movimento artístico e

também lhes possibilitar o conhecimento das idéias e conceitos e dos materiais

utilizados pelos artistas que representam este movimento.

O desenvolvimento das atividades será baseado no uso de uma

metodologia com os conceitos de pesquisa e ação, proposta por FRANCO

(2005), levando em consideração um planejamento para uma construção

prática desta proposta em quatro etapas, num propósito de permitir que estes

elementos essenciais auxiliem o desenvolvimento e a prática das atividades.

As quatro etapas do trabalho serão apresentadas em unidades: A

Unidade 1 será trabalhada com os alunos através de exposição visual e

pesquisa teórica dos conceitos, dos artistas e dos materiais utilizados na Arte

contemporânea; A Unidade 2 será desenvolvida com planejamento e pesquisa

prática que possibilite aos alunos a coleta de materiais alternativos para análise

e posterior utilização; A Unidade 3 prevê a criação de propostas e de

composições a serem trabalhadas pelos alunos no plano bidimensional com a

utilização dos materiais coletados; A Unidade 4 trabalhará também com

criação e construção de estruturas para que os alunos componham trabalhos

explorando a tridimensionalidade dos materiais alternativos coletados.

A metodologia a ser aplicada será composta de abordagens teóricas de

pesquisa e de atividades práticas que se complementarão no desenvolvimento

do trabalho. Na pesquisa e nos seminários serão utilizados textos, imagens de

obras e de exposições, filmes, depoimentos de artistas sobre suas atividades

de produção, com a utilização dos recursos didáticos: livros, mídias como cd’s

ou dvd’s, e internet disponíveis. Nas atividades práticas serão utilizados

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INTRODUÇÃO

desenhos para a expressão bidimensional e construções tridimensionais com a

utilização de materiais alternativos coletados e avaliados pelo seu potencial

plástico e modelável.

Esta é uma proposta de encaminhamento para o professor, que vem

acompanhada de sugestões de atividades a serem desenvolvidas pelos alunos,

com propostas de pesquisa, de ação e de interatividade entre o professor e os

alunos e pelos alunos entre si, pautada num estudo teórico e prático da Arte

Contemporânea.

Muitas são as formas possíveis de combinação da arte ao ensino como

um todo sob forma de metodologias de pesquisa e educação, uma vez que a

arte abre possibilidades de manter alianças interdisciplinares com outras áreas

do saber, reforçando a sua aplicabilidade junto aos princípios da educação

ambiental e as novas estratégias de ensino propostas pelo MEC. Nesta linha

de pensamento serão ainda lembradas as questões pertinentes o meio

ambiente e a sustentabilidade ambiental nos quesitos dos três R’s, reaproveitar

reciclar e reutilizar, os materiais disponíveis no meio e descartados pelo

sistema de vida atual de consumo.

1.1 Contexto Teórico

A partir da segunda metade do século passado o desenvolvimento

de novas tecnologias, alterou todo o sistema de produção de bens humanos. E

com a Guerra Fria entre USA e URSS, a humanidade se deparou com a efetiva

possibilidade de sua total destruição. Estes fatos desencadearam para os

artistas um impedimento em seguir com suas poéticas nas diretrizes dos

movimentos clássicos, no sentido de se conceber uma ordem do mundo. Se a

Modernidade foi um período que iniciou com o otimismo do progresso, o

período contemporâneo, também chamado de pós-moderno, é o período da

desilusão e da perda do idealismo. Frutos de um processo em constante

transformação e avaliação, os objetos artísticos passaram a refletir as

profundas transformações sociais que atingem as mais diversas civilizações,

como por exemplo, o aumento na disseminação e troca de informações, as

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1. UNIDADE 1 – ARTE CONTEMPORÂNEA

quais colocam muito mais rapidamente os artistas em contato com a produção

global. A industrialização e o capitalismo englobaram todos os conceitos de

vida e se apropriam da arte para a produção e definição daquilo que tem valor.

Se, na modernidade, o artista podia manter um distanciamento da sociedade,

hoje ele tem que se esforçar para dialogar com os apelos do mercado, sem

comprometer seu processo reflexivo sobre este mesmo mundo, no qual a linha

que define o que é ou não arte parece ser cada vez mais tênue.

Teixeira Coelho em seu livro “Moderno e Pós-Moderno” comenta um

pensamento de Hegel, para quem um dos traços básicos do que pode ser

entendido como pós-modernidade é que as artes estão tocando suas

essências, estão alcançando a estética, tornam-se processos estéticos. Isso

implica um abandono da tática de servir como veículo para outra coisa (para o

ético, para a legislação, para o público), o ponto de rompimento com a

modernidade vem da idéia de que servindo a si mesma a arte poderá servir

melhor ao restante. É o rompimento definitivo com as ilusões perdidas, para

assumir o compromisso com a realidade total, tensionada, multifacetada, mas

vista sempre sob o foco da arte. Segundo Teixeira Coelho num momento pós-

modernista, a tendência é a busca da separação entre saber e poder: o saber

não deriva do poder, o saber está à deriva em relação ao poder. O poder não é

a meta, o que se busca é a autonomia, a autonomia sob os mais variados

aspectos, do estético ao social, e praticada nos mais diferentes graus. A

questão é que é ainda uma tendência imaginária, mas é bom que pelo menos

no imaginário haja uma renovação dos paradigmas modernistas.

Com a mudança do eixo das artes de Paris para New York, durante a

Segunda Guerra Mundial, a produção artística da América do Norte foi

extremamente beneficiada.

Mas o valor intrínseco da obra de arte, onde encontrá-lo? Com a

ampliação da rede de informações, hoje se torna um verdadeiro desafio

apontar as obras de arte efetivamente relevantes, principalmente se tentarmos

relacionar a produção de arte e os destinos humanos.

A Arte Contemporânea começou a aparecer a partir dos anos 1950, quando

importantes mudanças no mundo e na relação de tempo e espaço

transformaram globalmente os seres humanos. Entre os movimentos de arte

contemporânea mais célebres estão o Expressionismo Abstracto, a Op Art, a

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Internet Art, a Pop Art, a Arte Conceitual, a Arte Povera, o Minimalismo, a Body

Art a Land Art, o Fotorrealismo, a Performance, a Street Art, a arte das ruas

baseada na cultura do Grafiti e inspirada faccionalmente na geração hip-hop,

tida muitas vezes como vandalismo.

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Expressionismo Abstrato

O Expressionismo Abstrato, ou Escola de Nova York foi representado por Jackson Pollock , Mark Rothko , Clifford Still, Barnett Newman, e outros cuja pesquisa poética foi difundida pela Europa. Nas obras destes artistas, as grandes dimensões das telas e a falta de resposta para as angústias do mundo assumem um caráter reflexivo para a sociedade contemporânea diante das angústias geradas pelo momento histórico.

Op Art

Surge, enfim a Op Art, baseada na «geometrização» da arte. Os trabalhos de op art são em geral abstratos, e muitas das peças mais conhecidas usam apenas o preto e o branco. Quando são observados, dão a impressão de movimento, clarões ou vibração, ou por vezes parecem inchar ou deformar-se.

Apesar de ter ganho força na metade da década de 1950, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamente lento. Ela não tem o ímpeto atual e o apelo emocional da Pop Art; em comparação, parece excessivamente cerebral e sistemática, mais próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da tecnologia. Bridget Riley é talvez a mais conhecida dos artistas de op art. Inspirando-se em Vasarely, pintou uma série de quadros só com linhas pretas e brancas. Outros artistas importantes da op art são Alexander Calder, e Youri Messen-Jaschin.

Internet Art

Web arte ou webarte é uma categoria de arte computacional que somente pode ocorrer em redes de computadores. Sua principal característica estética envolve a interatividade, por meio da qual o interagente, atuador ou usuário modifica o conteúdo do trabalho, em tempo real, de modo a transformar o evento em função de sua participação. Ao criar um trabalho de arte para a rede, parte-se do princípio de estabelecer relações com a sensibilidade do internauta, tornando a navegação, uma experiência insólita, cômica, hermética, repetitiva, labiríntica, estética etc. Aqui existe uma busca de resultados subjetivos, intimamente ligados com a experiência do visitante vivenciada no trabalho, que por sua vez, se presta a um grande número de leituras particulares que serão resultado direto da ação do repertório visual do interpretante.

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Pop Art

Na contramão da subjetividade presente no Expressionismo Abstrato, a Pop Art vai trazer o assunto do banal e do comercial para a cena artística. Cansados do hermetismo da arte da Escola de Nova York, Jasper Johns, Roy Lichtenstein e, principalmente Andy Warhol, trarão para a esfera da arte as histórias em quadrinhos, as embalagens de sabão e as divas do cinema americano.

As imagens em serigrafia de Marilin Monroe, executadas na Factory - ateliê de Warhol - são tão famosas na história da arte quanto a aura que envolve a própria atriz. O mercado de consumo atinge a esfera da arte, que almeja ser compreendida por todos, e não apenas por uma elite que detém o conhecimento dos códigos desta linguagem.

Este processo, todavia, traz em seu cerne uma espécie de cinismo, de desconsolo diante do mundo. É curioso o fato de que os trabalhos de Andy Warhol com a imagem da Sopa Campbell valesse muito mais que a própria sopa e fossem adquiridos por pessoas que passavam longe deste alimento popular.

Arte Conceitual

A obra de arte é construída a partir de uma idéia. Os artista conceituais priorizam este aspecto do processo criativo. O movimento chamado Arte Conceitual caminha em direção à desmaterialização da arte, transformando-a em postulado e/ou filosofia. A relação entre a matéria (a obra de arte) e o conceito (processo criativo) é potencializada. Neste momento, diminui a possibilidade de se delimitar matéria e pensamento.

Joseph Kossuth realizou uma obra exemplar cujo título é: Três Cadeiras. Composta por três elementos, um deles é um objeto cadeira, outro é uma foto de uma cadeira e o terceiro é um cartaz com a definição do dicionário do que é uma cadeira. São três cadeiras, um fato que em princípio poderia parecer óbvio, mas que nos leva a refletir sobre os conceitos que extraímos das coisas do mundo.

O conceitualismo vai permear todos os outros movimentos de produção contemporânea, sejam eles pintura, escultura, instalação, performance, ou ainda, obras baseadas nas novas mídias.

Arte Povera

Arte Povera, significa Arte Pobre foi um movimento artístico italiano que se desenvolveu na segunda metade da década de 60. Seus adeptos usavam materiais de pintura não convencionais, como por exemplo a areia, madeira, sacos, jornais, cordas, terra, e trapos) com o intuito de empobrecer a pintura e eliminar quaisquer barreiras entre a arte e o dia-a-dia das pessoas. Esta corrente num momento, nos anos 70, em que artistas se voltam para a natureza ou derivados, rompendo com os processos industriais, mostrando o empobrecimento de uma sociedade guiada pelo acumular de riquezas materiais.

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Minimalismo

O Minimalismo busca trabalhar com a essência da arte, a partir de materiais industrializados afastando o artista do fazer manual e incorporando os produtos da tecnologia, tais como: acrílico, placas de metal já prontas e outros. Carl André, Donald Judd, Frank Stella e mais tarde Eva Hesse e Richard Serra, são artistas que seguem estes princípios.

Body Art

É uma manifestação das artes visuais onde o corpo do artista é utilizado como suporte ou meio de expressão. O espectador pode atuar não apenas de forma passiva mas também como voyeur ou agente interativo, as obras de body art como criações conceituais, são um convite à reflexão.

Foi na década de 1960 que essa forma de arte se popularizou e se espalhou pelo mundo. Há casos em que a body art assume o papel de ritual ou apresentação pública, apresentando, portanto, ligações com o Happening e a Performance. Outras vezes, sua comunicação com o público se dá através de documentação, por meio de videos ou fotografia.

Suas origens encontram referências na premissa de Marcel Duchamp em que "tudo pode ser usado como uma obra de arte", inclusive o corpo. Além de Duchamp, podem ser considerados precursores da body art o francês Yves Klein, que usava corpos femininos como "pincéis vivos", o americano Vito Acconci e o italiano Piero Manzoni.

Land Art

A Land Art utiliza a terra como suporte. A arte não é mais vista apenas em museus e galerias e pode ser apreciada por aqueles que tem acesso ao local de construção da obra. É trabalhada em diversas mídias como fotografia, vídeo etc.

Importante ressaltar que a arte contemporânea procura refletir sobre pertinentes questões sociais. Por vezes se afasta das questões da contemplação e busca uma interação mais efetiva com o observador.

Artistas como Robert Smithson, Michel Heizer e Walter de Maria são alguns dos expoentes deste movimento.

Fotorrealismo

O hiper-realismo, também conhecido como realismo fotográfico ou fotorrealismo é um estilo de pintura e escultura, que procura mostrar uma abrangência muito grande de detalhes, tornando a obra mais detalhada do que uma fotografia ou do que a própria realidade. As obras hiper-realistas, por apresentarem uma exactidão de detalhes bastante minuciosa e impessoal, geram um efeito de irrealidade, formando o paradoxo: "É tão perfeito que não pode ser real". Teve início em 1968, expandindo-se no início dos anos 70, tendo grande popularidade em Inglaterra e nos Estados Unidos.

PerfomanceArtistas performáticos são os que usam seu corpo como suporte da obra

e podem transformar a obra de arte num processo interativo. Joseph Beuys é um exemplo a ser citado. Nascido na Alemanha foi

professor da Bauhaus e teve sua vida transformada em lenda, quando retornou de um acidente aéreo enquanto era piloto na Segunda Guerra Mundial. Atuante até sua morte, seu último trabalho foi plantar quatro mil pés de carvalho em torno do prédio da Dokumenta de Kassel, uma das exposições mais representativas do circuito artístico internacional.

Louise Bourgeois, artista francesa radicada em New York, tem sua poética estruturada na infância, nas questões femininas e psicanalíticas; Cindy Shermann , com a fotografia reconstrói obras de arte onde ela é parte integrante da cena. Andres Serrano une a imagem de Cristo com elementos profanos.

O número de artistas é grande, dificultando ainda mais uma compreensão definitiva daquilo que se considera Arte Contemporânea.

Os movimentos circunscritos àquilo que se denomina por Arte Contemporânea são inúmeros, pois desdobramentos da optical art, intervenção urbana, grafitte, retorno da pintura, desenho, obra de arte eletrônica, convivem harmoniosamente ou não no panorama das artes. As transformações parecem dar indício de que não estão nem próximas de uma estabilidade. Equilibrar-se neste mundo é vital, e ter critérios de discernimento é fundamental para não cairmos nos perigos do excesso de subjetividade do gosto pessoal.

Já que as fontes de informação são inesgotáveis, se tivermos alguns pontos cardeais poderemos nos situar com menor dificuldade, Este texto não busca uma definição completa do assunto abordado, mas foi construído com o intuito de fornecer alguns dados básicos para evitar os descaminhos no labirinto da pós modernidade.

Street ArtA expressão Arte Urbana ou street art refere-se a manifestações

artísticas desenvolvidas no espaço público, distinguindo-se da manifestações de caráter institucional ou empresarial, bem como do mero vandalismo.

A princípio, um movimento underground, a street art foi gradativamente se constituindo como forma do fazer artístico, abrangendo várias modalidades de grafismos - algumas vezes muito ricos em detalhes, que vão do Graffiti ao Estêncil, passando por stickers, cartazes lambe-lambe (também chamados poster-bombs), intervenções, instalações, flash mob, entre outras.

A expressão Arte Urbana surge inicialmente associada aos pré-urbanistas culturalistas como John Ruskin ou William Morris e posteriormente ao urbanismo culturalista de Camillo Sitte e Ebenezer Howard.

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1.2Arte Contemporânea e a Escultura

Ao apresentar a arte contemporânea para os alunos, é importante recordar

alguns conceitos da arte moderna, em especial o movimento cubista

representado pelo grande artista Picasso e seguido por Braque. Estes dois

artistas começaram a inserir materiais como madeira, metal e papel, colados

nas telas e nos suportes de madeira. Nas três primeiras décadas do século XX

a escultura sofreu uma radical transformação, surgiram pesquisas no campo da

expressão do objeto: as construções com vários materiais cubistas e futuristas.

Na segunda metade do século XIX houve certa continuidade no

desenvolvimento da escultura figurativa numa fase da história da arte marcada

por padrões abstratos. Mas foi a partir do cubismo, que a escultura afirmou-se

como presença criadora. Para que a revitalização da escultura fosse possível

houveram mudanças nos seus aspectos estéticos, técnicos e materiais. A

escultura adquiriu consciência de si mesma, porém com menos presença

quantitativa do que a obra bidimensional. Para os escultores do modernismo há

uma sintaxe formal regida pelo espírito, uma busca de estética abstrata, que

substitui a relação “artista-natureza” pela relação “artista-pesquisa interior da

forma”, o que abre um campo fértil de expressão para o escultor. Como

exemplo serve a reestruturação da figura proposta pelos cubistas com os

exemplos de Matisse, Picasso, Brancusi e Moore. A procura de uma realidade

auto-suficiente fenomenológica para a arte, faz do cubismo uma ponte que

conduz a referências figurais exteriores. As questões de espaço e tempo

dominantes no pensamento construtivista encontraram meios de solução

através de uma escultura que suprimiu sua materialidade maciça. No

construtivismo é relevante ver a obra de Tatlin onde o artista usou materiais

reais e aproveitou os recursos industriais, iniciando o preparo de uma arte

tecnológica que seria mais tarde desenvolvida com a preocupação da obra

múltipla destinada ao grande consumo. O meio urbano em que a máquina se

torna fator poderoso para a liberação de novos conteúdos e formas de vida e

arte, agirá em muitos artistas situados em diferentes áreas de expressão. A

escultura e a pintura absorveram a realidade do mundo transformado pela

máquina.

Em 1913, Pablo Picasso concebe a obra “Guitarra”, uma pintura que

aconteceu da forma como a conhecemos, com uso de papel colado, carvão,

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giz, nanquim, porque houve modificações na percepção da pintura ao longo da

história. Se Eugène Delacroix não tivesse, antes de Picasso, decomposto a

tinta em sua paleta e refletido sobre o mecanismo de visão e de percepção das

cores, bem como se Èdouard Manet não tivesse criado um mecanismo capaz

de deslocar o olhar do observador de seus trabalhos, criando uma nova relação

com a arte, possivelmente Picasso não teria conseguido dar tão importante

contribuição à arte. Outra obra do mestre espanhol a se destacar leva o mesmo

nome do quadro, é a escultura “Guitarra”. Esta é considerada por alguns

críticos como a escultura mais importante para a história da arte moderna pois

trata-se de um objeto feito de colagens. São recortes de metal montados como

uma instalação no espaço, como algo que se monta e desmonta a qualquer

momento. Sobre ela, Tassinari escreveu: “É muito semelhante à pintura do

mesmo título”. A colagem dos recortes de folhas de metal também segue o

duplo movimento de desmontar e remontar o motivo para o olhar do

espectador. Assim, Picasso rompe com o contorno original da escultura para

criar outro que a deixasse livre, solta, simples no espaço. Uma escultura aberta

como se o espaço fosse parte dela. “[…] A única, mas importante, semelhança

com uma escultura naturalista é que o contorno geral da guitarra, bem mais do

que na colagem pictórica presa, quase não é desfeito”. E realmente não é. Se

naquela era possível perceber partes de várias guitarras, diferentes, ou partes

de uma única, mas com escalas diferentes, nesta percebe-se a unidade dada

pela coerência das formas. Com as colagens, Pablo Picasso avança um pouco

mais e deixa lado a lado o espaço real e o espaço da arte. (TASSINARI p.44).

Em seguida pode-se passar pelos outros movimentos da arte moderna

como a op art, pop art, abstracionismo, fauvismo; mas ao trabalhar com o

surrealismo, e com o dadaísmo pode-se então iniciar os conceitos da arte

contemporânea, pois Macel Duchamp vai abrir uma porta para as

manifestações conceituais ao conceber seu trabalho a "Fonte". Os objetos

Dadaístas e Surrealistas representam a ruptura com o dogma das categorias

técnico-estilístico tradicionais pela introdução de recursos de organização mais

flexíveis para a linguagem prática. Dadaístas e Surrealistas exploraram novos

recursos criando como, por exemplo, os “ready made” de Marcel Duchamp, o

“Merzbau” de Schrvitters e as “construções espaciais” de Giacimetti, ampliando

os limites da imaginária arte.

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Para HEGEL, a escultura disciplina-se por regras mentais e operacionais

estritas, condicionada ao “elemento sensível, o material na sua forma material

ampla”. Os materiais utilizados pelos escultores mesmo os de natureza

tecnológica tem implicações econômicas que podem dificultar o acesso ao

artista. A imaginação do escultor delimita-se na própria contingência da

substancia concreta do material que se serve.

A escultura da primeira fase do modernismo abriu a disponibilidade para

novos sistemas formais e uma qualidade experimental um tanto complexa, mas

que afirmou uma linguagem própria do tempo que a condicionou. Abriu uma

proposição de possibilidades de transformação para os anexos seguintes.

1.1 Artistas Brasileiros

Com o intuito de aproximarmos este estudo da realidade brasileira, este módulo abordará os aspectos das artes visuais que caracterizam a produção nacional. A arte contemporânea brasileira é formada, inicialmente, por artistas modernos que transformaram seu trabalho no transcorrer dos anos.

A Pop-art norte-americana influenciou a produção nacional a partir da década de 1960, através do trabalho de alguns artistas que formaram um movimento chamado Nova Figuração. A relação com as histórias em quadrinhos ou com os produtos de consumo, entretanto, se diferenciava das obras norte-americanas por estarmos vivendo um momento de ditadura política. Enquanto os estadunidenses faziam uma apologia crítica ao consumo, o que se operava no Brasil era uma tentativa contínua de driblar a censura. Nelson Leirner, Antônio Dias e Rubens Guerchman são artistas que iniciaram sua carreira com trabalhos vinculados à pop-art, mas desenvolveram uma linguagem própria, que não pode ser enquadrada em uma categoria específica. A dificuldade de definição de estilos é uma das características da arte contemporânea.

A inovação gerada a partir da utilização de suportes alternativos, na esteira da arte povera italiana, descarta os materiais tradicionais como tela ou bronze, fazendo com que alguns artistas pensem seus trabalhos mais próximos de uma realidade pública, o que faz com que as obras transformem sua relação com o espaço expositivo. São as chamadas instalações, que mesclam diversos elementos e formam um ambiente onde o observador faz parte do trabalho. A poética de Regina Silveira é um exemplo deste tipo de obra, sendo que alguns de seus trabalhos são realizados diretamente no espaço público, em meio ao trânsito das grandes cidades.

Waltércio Caldas trata de forma sintetizada a sua produção artística. Tanto os trabalhos realizados para espaços urbanos quanto as obras destinadas a espaços expositivos convencionais, dialogam com o vazio e instauram uma reflexão irônica sobre o ato perceptivo.

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A arte brasileira, com a Geração 80 sofreu grande transformação. Após duas décadas de uma arte hermética e de difícil compreensão, acontece o ressurgimento da pintura. Em toda parte do mundo, e isto inclui o Brasil, diversos grupos de artistas abraçam a bandeira da liberdade de criação e resgatam o fazer pictórico que havia sido desvalorizado. No mundo pós-moderno, globalizado e ligado por novas redes de comunicação, a percepção do tempo se altera, mitos antigos são retomados, e a proximidade da mudança do milênio gera uma série de reflexões a este respeito, as quais alteram substantivamente os processos de criação, agora menos idealista e mais ligado às questões do hedonismo. Em São Paulo surgem artistas que trabalham com pinturas de grandes dimensões, pinceladas soltas e cores fortes. Ainda muito jovens, suas obras foram exibidas na Bienal de São Paulo e figuraram lado a lado com os grandes expoentes da pintura internacional. A chamada grande tela, um corredor de pintura expressionista que foi criado no espaço expositivo, validou o retorno da pintura na arte contemporânea. Nuno Ramos, Marco Giannotti, Fábio Miguez, Paulo Pasta e Leda Catunda, compõem o corpo de artistas paulistas que, desde então, foram reconhecidos pela qualidade de seus trabalhos. A exposição Como vai você, Geração 80, realizada no Parque Lage (RJ) reuniu obras de mais de cem artistas que pregavam o retorno da liberdade expressiva, distante dos ditames conceitualistas. Daniel Senise e Beatriz Milhazes são representantes deste momento da história da arte brasileira. Senise com suas telas trata a pintura como metáfora e inclui em seu repertório citações da história da arte; o Beijo do elo perdido, uma de suas pinturas consagradas, demonstra sua intensa preocupação com as origens e o destino dos homens. Milhazes lança um novo olhar sobre o barroco brasileiro e vê, a cada dia que passa um maior reconhecimento público de seu trabalho. A partir dos anos 1990, o que se percebe na cena artística é o convívio, harmonioso ou não de tendências díspares e contraditórias. A pintura convive com pesquisas tecnológicas, as intervenções urbanas passam a se alojar nas paredes dos museus e o conceitualismo cria obras de difícil compreensão. Se muitos artistas afirmam que a arte deveria estar ao alcance de todos, outros tantos esclarecem que para se compreender a arte é necessário um processo de iniciação. O fato é que criar obras de arte é articular uma linguagem específica e, na medida em que estudamos, algumas portas se abrem para a compreensão. Se nos parece mais fácil compreender aquilo que já passou, isto não deve funcionar como um impedimento para que lancemos um esforço no sentido de compreender o tempo presente, pois é justamente isso que faz com que os artistas contemporâneos pesquisem e estruturem suas poéticas.

A arte conceitual, todavia, interessava os artistas locais, compondo, por exemplo, o repertório de Lygia Clark e Hélio Oiticica. Com a hegemonia do conceitualismo, que aconteceu nos anos 1970, as manifestações artísticas se tornam mais imateriais, dando primazia ao processo e à experiência adquirida na formação da obra. O efêmero traduz um mundo que se vê, gradativamente, indo de encontro à sua própria destruição. Diminui a força das ideologias, e em seu lugar surge o cinismo ou a ironia, que caracterizam a pós-modernidade.

Um dos olhares mais atentos quando se trata de uma análise das operações sociais, destaca-se o Cildo Meirelles; suas Inserções em circuitos comercias, suas notas de zero dolar ou zero cruzeiro subverteram o circuito de distribuição

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no mercado, ironizando o sistema capitalista. Sua produção atual alia estranheza e deslumbramento: Babel, Cruzeiro do Sul e Marulho.

Ligya Clark – Para esta artista as obras querem ganhar o espaço. O trabalho com a pintura resulta na construção do novo suporte para o objeto. Destas novas proposições nascem os “Casulos, 1959”. Feitos em metal, o material permite que o plano seja dobrado, assumindo uma busca da tridimensionalidade pelo plano, deixando-o mais próximo do próprio espaço do mundo. Em 1960, Lygia cria a série “Bichos”: esculturas, feitas em alumínio, possuidoras de dobradiças, que promovem a articulação das diferentes partes que compõem o seu “corpo”. O espectador, agora transformando em participador, é convidado a descobrir as inúmeras formas que esta estrutura aberta oferece. Com esta série, Clark torna-se uma das pioneiras na arte participativa mundial. Em 1961, ganha o prêmio de melhor escultura nacional na VI Bienal de São Paulo, com os “Bichos”. A trajetória de Lygia Clark faz dela uma artista atemporal e sem um lugar muito bem definido dentro da História da Arte. Tanto ela quanto sua obra fogem de categorias ou situações em que podemos facilmente embalar; Lygia estabelece um vínculo com a vida, e podemos observar este novo estado nos seus "Objetos sensoriais, 1966-1968”: a proposta de utilizar objetos do nosso cotidiano (água, conchas, borracha, sementes), já aponta no trabalho de Lygia, por exemplo, uma intenção de desvincular o lugar do espectador dentro da instituição de Arte, e aproximá-lo de um estado, onde o mundo se molda, passa a ser constante transformação.

Hélio Oiticica - em sua obra realiza uma pesquisa sistematica. Esta é organizada pela intenção de ativar o espaço pela inclusão do tempo e da cor estrutural: é a busca das “estruturas-cor no espaço e no tempo”, a qual visa “eliminar toda relação de representação e conceituação que porventura haja carregado em si a arte”1. Citando Celso Favaretto: Essa “experiência da “estrutura-cor no espaço e no tempo” supõe uma pesquisa sobre as propriedades materiais da cor, visando à determinação de suas virtualidades expressivas, isto é, da capacidade de pulsação; passagem do estado puramente pigmentário (estático, opaco) para o dinâmico (cor-luz). Mas diz Oiticica, é antes de tudo a expressão de uma concepção metafísica: a “dimensão infinita da cor” (…) marcada pelo caráter de “indeterminação” e estabelece-se na relação entre estrutura, cor, espaço e tempo "2

Algumas obras dos artistas citados no texto acima estão apresentadas na Figura 01, a seguir.

1 Hélio Oiticica, Aspiro ao Grande Labirinto (AGL) - seleção de textos de Hélio Oiticica, Rio, Rocco, 1986.

2 Celso Favaretto, A Invenção de Hélio Oiticica, São Paulo.

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Imagem 1 – ‘Bicho” de Lygia Clark Imagem 2 – “Parangolés” de Hélio Oiticica

Imagem 3 – “A Torre” de Franz Weismann Imagem 4 – “Brasileira” de Iole de Freitas

Imagem 5 – “Ser Urbano” de Sérgio Camargo Imagem 6 –“Múltiplo” de Waltércio Caldas

Imagem 7 – “Vaso” de Nuno Ramos Imagem 8 – “Menino llimpando sapatos” de Vik Muniz

Imagem 9- “Natura” de Franz Krajcberg Imagem 10 – “Babel” de Cildo Meireles

FIGURA 01- Imagens de algumas Obras de Artistas Brasileiros Contemporâneos.

FONTE: PESQUISA DAS IMAGENS DA INTERNET 2010 (Montagem da Autora).

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1.4 Artistas Extrangeiros

A crítica especializada, usualmente, denomina por Arte Contemporânea as obras realizadas a partir da segunda metade do século XX até a atualidade. Frutos de um processo em constante transformação e avaliação, os objetos artísticos refletem as profundas transformações sociais que atingem as mais diversas civilizações, como por exemplo, o aumento na disseminação e troca de informações, as quais colocam muito mais rapidamente os artistas em contato com a produção global, observados nas Figuras 02 e 03.

O deslocamento da função da arte, aliada ao desenvolvimento de novas tecnologias, altera todo o sistema de produção de bens humanos. A partir da Segunda Guerra Mundial, bem como com a tensão gerada pela Guerra Fria entre USA e URSS, deparamo-nos com a efetiva possibilidade da total destruição da humanidade. Estes fatos impedem que a poética do artista siga as diretrizes dos movimentos clássicos, no sentido de se conceber uma ordem do mundo. Se a Modernidade foi um período que iniciou com o otimismo do progresso, o período contemporâneo, também chamado de pós-moderno, é o período da desilusão e da perda do idealismo.

Andy Warhol. Marilyn Monroe 22Screenprint on white paper. 1967

Louise Bourgeois Cell VII 1998 (interior view)Photo by Peter Bellamy; Courtesy of Cheim & Reid, New York, NY

Michael Heizer Thailand 1977, Sculptures Teak, Contact Gallery for Price

Robert Smithson. Chalk And Mirror Displacement 1969, 6 mirrors / chalk from Quarry in Oxted, England

FIGURA 02 – Algumas Obras de artistas contemporâneos estrangeirosFONTE: WIKIPÉDIA 2010, (Montagem da Autora).

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Jackson Pollock Oil, enamel, and aluminum paint on canvas. 1949

Three Flags, 1958Encaustic on canvas

Clifford StillPastel on paper, 1952

Roy Lichtenstein Sweet Dreams Baby 1965, Screenprint

Donald Judd. Untitled, 1969anodized aluminum, ten elements

Joseph Kossuth. One and Three Chairs.1965A chair, a photograph of this chair, and an enlarged dictionary definition of the word “chair”.

FIGURA 03 – Algumas Obras de artistas contemporâneos estrangeirosFONTE: WIKIPÉDIA 2010 ( Montagem da Autora).

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1.5 ATIVIDADE: Exposição do Tema e Discussões em Grupo O professor promove a comparação dos conceitos existentes nos movimentos

artísticos da arte nos períodos: clássico, moderno e contemporâneo, com apresentação de imagens selecionadas destes períodos, para subsidiar a discussão entre os alunos, que deverão anotar as conclusões. Apreciação e leitura de obras de vários artistas representantes da Arte Contemporânea com o intuito de caracterizar este movimento através exemplos diversos com por exemplo Marcel Duchamp, Jackson Pollock, Andy Warhol. Recursos áudio visuais a serem utilizados: DVD e Pendrive na TV Multimídia3, livros e catálogos ilustrativos.

1.6 ATIVIDADE: Pesquisas e Seminários Os alunos serão separados em duplas, para que cada dupla efetue uma

pesquisa sobre um dos segmentos da Arte contemporânea, completando então dez pesquisas diferentes.. Haverá um momento para que cada dupla faça a explicação da sua pesquisa para os colegas em forma de seminário. Entregam para o professor em papel A4, o trabalho da pesquisa que fará parte de um painel colocado na sala de aula. Ao final do seminário todas as pesquisas ficarão expostas no painel para ilustrar a sala com os movimentos da Arte Contemporânea.Recursos a serem utilizados: Sala de informática como recurso de pesquisa, livros e catálogos, apresentação em DVD e Pendrive na TV Multimídia para aqueles que optarem por este recurso.

2. UNIDADE 2 – MATERIAIS

2.1 Pesquisa de Materiais utilizados em arte contemporânea

Tendo absorvido o conhecimento sobre os movimentos componentes da

Arte contemporânea e seus principais artistas representativos, encontram-se os

alunos aptos a identificar os principais materiais utilizados nas representações

e expressões poéticas destes movimentos.

As vanguardas artísticas como o Cubismo, Surrealismo, Suprematismo e

o Dadaísmo são responsáveis por iniciarem as experimentações e

investigações e uso de novas linguagens e materiais, rompendo assim com os

suportes tradicionais. Observamos nas obras de artistas modernos diferentes

3 TV Multimídia é a Televisão disponível nas salas de aula das escolas públicas do estado do Paraná, para que os professores possam ilustrar os conteúdos disciplinares com o seu material virtual, levado para a sala de aula em mídia móvel o Pendrive.

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2. UNIDADE 2 – ESTUDO DOS MATERIAIS

intervenções como exploração da espessura dos suportes e tintas, colagens,

inserção de objetos de uso cotidiano. Ao mesmo tempo em que desconstruíam

os princípios tradicionais da arte que foram preservados durante séculos, os

artistas de vanguarda reivindicavam a ampliação dos processos artísticos

tradicionais através da mediação de dispositivos tecnológicos e a incorporação

de novas tecnologias na produção artística. Essa mistura de materiais,

suportes e meios, disponíveis aos artistas e propiciada pela sobreposição

crescente e sincronização conseqüente das culturas artesanais, das indústrias

mecânica, eletrônica e teleinformática, é descrita por SANTAELLA (2003) como

um processo de hibridização das artes plásticas.

2.2 Materiais Recicláveis para apreciação e estudos

Muitos materiais foram sendo processados pelo conhecimento humano, a

partir de elementos naturais retirados da natureza, ao longo de seu processo

civilizatório. FIGURA Jornais velhos, papelão, papéis usados, embalagens

vazias, caixas de leite longa vida, garrafas plásticas, latinhas, retalhos, pedaços

de linhas, restos de tinta e outros objetos para muitos não passam de lixo, mas

aos olhos de Vanderlei ALVES e Leila GOYA representam matérias-primas e

oportunidades para criação. O artista plástico e a arteterapêuta encontram em

materiais alternativos toda a fonte de inspiração para os trabalhos que

desenvolvem. Isso, desde a construção do suporte até a arte final. São

quadros, esculturas, mandalas e enfeites elaborados com a disposição de

reconstruir e dar nova vida ao que, aparentemente, não tinha mais utilidade.

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FIGURA 04 - Materiais utilizados pelo homem e descartados, e seu tempo de decomposição na Natureza.FONTE: WIKIPEDIA 2010.

No ensino formal, ou seja, aquele realizado dentro do sistema escolar, a educação ambiental deve ser executada por uma equipe multidiciplinar e os temas tratados de forma transversal, ou seja, reunindo disciplinas em torno de um tema. OLIVEIRA (1998). A educação ambiental deverá fomentar a ação cooperativa entre indivíduos, os grupos sociais e as instituições e deve lançar mão de todos os recursos pedagógicos disponíveis, mais acentuar devidamente as atividades práticas. DIAS (2000).

2.3 Coleta de materiais

ATIVIDADE: Será feita uma coleta de materiais alternativos e usuais para ensino de arte, que serão utilizados na construção dos trabalhos em aulas práticas. Estes materiais poderão ser os vários tipos de embalagens encontradas no cotidiano em seus lares, como por exemplo: caixas de papel e papelão de vários tamanhos, papéis de embalagens coloridos, latinhas, tampas, garrafas pet, pratinhos, recipientes de isopor, barbantes retalhos, botões. Serão também utilizados: réguas, tesouras e estiletes para cortes dos materiais, fitas adesivas, colas, lixas e tintas para acabamento.

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FIGURA 05 - Fotografia de materiais alternativos a serem utilizados. FONTE: AUTORA

2.4 Apreciação dos Materiais pelo desenho das formas

Existem diversas figuras geométricas, e elas estão presentes em muitas

das formas tanto naturais como nos objetos criados pelo homem, e que

percebemos nos ambientes que freqüentamos no nosso dia a dia. A análise e a

apreciação das estruturas e da composição dos componentes que formam os

materiais coletados será uma atividade desenvolvida com desenhos e

elaboração do memorial descritivo dos materiais encontrados. Nesta fase será

possível recordar alguns conceitos de geometria, observando e desenhando as

figuras geométricas, dos poliedros regulares, dos prismas e das figuras de

revolução que normalmente formam os materiais e recipientes de embalagens

que encontramos.

FIGURAS 06 E 07 - Formas Geométricas

FONTE: WIKIPEDIA 2010

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ATIVIDADE: A análise das formas geométricas e dos elementos de composição dos objetos e materiais coletados se pautará em conceitos de geometria proporcionando uma atividade de reconhecimento e análise por parte dos alunos. O Trabalho prático será: Planificar um poliedro regular ou figura de revolução, utilizando material de caixas de embalagens.

Polígonos

Polígono é toda figura formada por uma linha poligonal fechada mais a sua região interna. Polígono regular: apresenta todos os lados iguais e todos os ângulos iguais. O gênero (n) de um polígono é dado pelo número de lados desse polígono. O número de lados é igual ao número de vértices.

De acordo com o número de lados, cada polígono recebe um nome próprio que o identifica: N = 3 triângulo; N = 4 quadrilátero; N = 5 pentágono; N = 6 hexágono; N = 7 heptágono; N = 8 octógono; N = 9 eneágono; N = 10 decágono.

Existem cinco Poliedros regulares: tetraedro, hexaedro, octaedro, dodecaedro, icosaedro. Um poliedro convexo é chamado de regular se suas faces são polígonos regulares, cada um com o mesmo número de lados, e para todo vértice converge um mesmo número de arestas. FIGURA

Poliedro Planificação Elementos

Tetraedro

4 faces triangulares

4 vértices

6 arestas

Hexaedro

6 faces quadrangulares

8 vértices

12 arestas

Octaedro

8 faces triangulares

6 vértices

12 arestas

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Dodecaedro

12 faces pentagonais

20 vértices

30 arestas

Icosaedro

20 faces triangulares

12 vértices

30 arestas

FIGURA 08 - Planificação dos poliedros regularesFONTE: WIKIPEDIA 2010

O cone e o cilindro são sólidos geométricos cujas superfícies não são todas planas, integrando-se, por isso, no grupo dos chamados sólidos não poliedros e também chamados de figuras de revolução. FIGURAS

Retângulo de Revolução: Partindo de um retângulo, fazendo-o girar uma volta inteira sobre um de seus lados. Este lado é o eixo de rotação e corresponde à sua altura, isto é, à distância entre as duas bases do cilindro (Figura 1). A superfície lateral do cilindro é um retângulo em que o comprimento do retângulo é igual ao perímetro do círculo da base do cilindro, a largura do retângulo é igual à altura do cilindro. As bases do cilindro são círculos geometricamente iguais.

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FIGURA 09 - Planificação do Retângulo de revoluçãoFONTE WIKIPEDIA 2010 Cone de Revolução: é gerado pela revolução de um triângulo retângulo, em torno de um dos seus catetos (eixo de revolução), dando uma volta completa.Outra forma de construir o cone é através da revolução do triângulo retângulo sobre um eixo vertical.

FIGURA 10 - Planificação do Cone de revoluçãoFONTE: WIKIPEDIA 2010

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A atividade criativa é inerente ao ser humano por suas possibilidades de

múltiplas combinações de ideias, emoções e produções nas diversas áreas do

conhecimento. A arte mobiliza continuamente nossas práticas culturais e estas

mobilizam valores, ampliando a capacidade de perceber o nosso meio. Assim,

ao dar forma a alguma coisa, o homem também se transforma, pois está

interagindo constantemente com o ambiente, inclusive através da arte.

3.1 Desenho e colagem utilizando formas geométricas

ATIVIDADE: Trabalho bidimensional com utilização de figuras geométricas e uso de materiais alternativos.

MATERIAIS:Caixas e Retalhos de papelão, Embalagens de papelão e de isopor, Base de papelão, Lápis, borracha, Régua e Compasso, Tesoura, cola, pincel, tinta látex branca, tinta guache de diversas cores, verniz incolor.

DESENVOLVIMENTO:Os alunos desenvolverão o trabalho em duplas.Preparar a base em papelão no tamanho A3, e marcar a margem de 2,0 cm em todas as bordas. Passar uma camada de tinta branca látex em toda a base.Fazer a criação do trabalho sobre o papelão utilizando lápis, borracha, régua e compasso. Desenhar com o lápis as formas geométricas que preferir (utilizar no mínimo duas variações de formas). Cada equipe escolhe duas formas diferentes.Com o uso dos materiais alternativos, desenhe e recorte as figuras geométricas que estão propostas na base. Para dar cor pinte as formas com tinta guache. Posicionar as formas sobre a base, e colar uma junto ao lado da outra, respeitando a margem previamente marcada.Aplicar uma camada de verniz incolor em todo o painel inclusive as margens, e deixar secar.

3.2 Técnica mista de recorte e colagem utilizando formas orgânicas

ATIVIDADE: Pesquisa e desenho de formas orgânicas bidimensionais com inspiração em formas da natureza (Motivos: plantas, animais, figura humana).

MATERIAIS:Revistas usadas para recorte, Papel machê, Caixas e Retalhos de papelão,Papéis coloridos de embalagens, Base de papelão, papel branco tipo sulfite Tesoura,cola, pincel, tinta acrílica cores diversas, tinta guache de cores diversas, verniz incolor.

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3. UNIDADE 3 – PROPOSTAS BIDIMENSIONAIS

DESENVOLVIMENTO:Desenvolvimento do trabalho em duplas.Buscar em revistas formas orgânicas encontradas na natureza (Cada dupla define um, motivo). Recortar as figuras.Preparar a base em papelão no tamanho A3, e marcar a margem de 2,0 cm em todas as bordas. Passar uma camada de tinta branca látex em toda a base.Fazer a criação do trabalho sobre o papelão utilizando as figuras recortadas e os desenhos complementares. Colar as figuras. Utilize tinta guache colorida se necessário para algum acabamento. Aplicar uma camada de verniz incolor em todo o painel inclusive as margens, e deixar secar.

ATIVIDADE Opção para trabalho com papel machê:Criar formas orgânicas com papel machê sobre uma base de papelão. Secar. Aplicar uma camada de cola e um papel fino tipo “seda” para encapar, secar bem, e pintar com as cores desejadas. Fixar sobre uma base maior com texturas feitas com massa corrida.

Papel machê em formas de plantas Papel machê em formas de plantasFIGURA 11 - Papel Machê sobre papelão com texturas.FONTE Pesquisa de Trabalhos de Paulo Taboada.

Apresentação final dos trabalhos dos alunos em forma de exposição sobre suporte de papelão Paraná.

4.1 Montagem de Formas

ATIVIDADE: Criação de formas com Papel Machê MATERIAIS: Moldes diversos em Gesso ou argila (máscaras, plantas, animais), papel jornal e papel de embrulho, óleo de linhaça, fita adesiva, cola branca, pincéis, tinta acrílica de várias cores, verniz incolor, lixa, aguaplast, enfeites coloridos.DESENVOLVIMENTO:O trabalho será desenvolvido individualmente. Cada aluno usará um molde em gesso ou argila como base para seu trabalho. 1. Molhar bem os pedaços de papel jornal e espremer antes de usar;

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4. UNIDADE 4 – PROPOSTAS TRIDIMENSIONAIS

2. colocar o molde sobre uma bandeja ou prato e passar uma camada de óleo de linhaça sobre o molde;3. Fazer uma camada com os pedaços de papel jornal úmido sobre o molde e aplicar uma camada de cola abundante sobre o jornal;4. Fazer mais duas camadas de jornal úmido e cola;5. Ao redor do molde fazer uma auréola com papel jornal criando formas ovais, com pontas ou ondeadas e colar no molde, deixar secar;6. No caso de máscara marcar formas ovais no local dos olhos e recortar com estilete;7. com um pincel mais espesso faça uma base com a sua cor principal de cima para baixo, e depois no centro, deixe secar;8. Pinte as bordas com um tom mais escuro, e com pincel fino faças os detalhes de expressão com cores mais vivas e claras, deixe secar;9. Passar verniz em todo o trabalho e colocar os enfeites que desejar colar sobre o verniz molhado, deixe secar.10. promover a interação dos alunos usando as máscaras criadas por eles, como um “Happening” e com fundo musical.

Materiais para atividade em papel machêFONTE AUTORA

Colagem papel jornalFONTE AUTORA

Máscara após acabamento e pinturaFONTE AUTORA

Modelos de máscarasFONTE ESCOLA DE ARTE, 1988

FIGURA 12 – Confecção de Formas com Papel MachêFONTE AUTORA

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4.2 Construção de Estruturas

ATIVIDADE: Criação de elementos tridimensionais diversos para propor uma customização em modelo.

MATERIAIS: Retalhos de tecidos diversos, papel craft, papelão, jornal, embalagens de papel, de plástico e de isopor, garrafas “pet”, latinas, tampinhas, botões, enfeites diversos, fitas, molde humano do tipo manequim, Cabides, tintas de diversas cores, verniz incolor.

DESENVOLVIMENTO:Desenvolvimento do trabalho será individual para uma criação final coletiva.Um projeto coletivo será desenvolvido para vestir um modelo do tipo manequim. A pintura do manequim será feita com tinta opaca branca. Será feita a customização sobre o modelo utilizando os materiais diversos coletados pelos alunos. Cada aluno realizará uma parte do vestuário do modelo, como por exemplo: blusa, colete, calça, saia, calçados, meias, roupa de banho, e acessórios como por exemplo: luvas, chapéu, boné, bolsa, mochila, pulseiras, colares, relógios, óculos, celular, fones de ouvido, entre outros. A estrutura principal do vestuário será feita com papel firme do tipo “craft” e plástico. As texturas secundárias serão obtidas com papel recortado e pintado, os detalhes realizados em plástico, e metal retirado de latinhas, acabamentos com fitas, cordões, tampinhas e botões.Todas as peças deverão vestir o manequim, em foram de rodízio. Enquanto não estão sendo usadas ficarão expostas em um cabide.De forma coletiva os alunos desfilam usando as peças de vestuário criadas por eles, interagindo como uma “Performance”.

Modelo de manequimFONTE: WIKIPÉDIA

Manequins diversosFONTE: WIKIPÉDIA

FIGURA 13 - SUPORTES para customizaçãoFONTE: WIKIPÉDIA com Adaptação da Autora

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Camiseta customizadaFONTE enatabatata.wordpress.com

Uso de materiais alternativosFONTE ograndebolinho.blogspot.com

FIGURA 14 – Modelos de customizaçãoFONTE: WIKIPÉDIA com Adaptação da Autora

Durante toda a aplicação das atividades artísticas e pedagógicas realizadas com os alunos do ensino médio ocorrerão avaliações de forma contínua e progressiva, para que se possa observar a participação e a evolução dos alunos no desenvolvimento dos trabalhos. Haverá uma exposição final com os trabalhos dos alunos, que deverá acontecer com a participação interativa de todos. Neste momento especial os alunos vestem suas máscaras e seus objetos de customização e num envolvimento conjunto promovem um “happening ou performance” . Todos os trabalhos desenvolvidos pelos alunos serão registrados em mídia com fotografias e pequenos filmes para acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos. Serão apresentados em espaço apropriado para exposição na Escolinha de Arte do Colégio Estadual do Paraná CEP em Curitiba. Os trabalhos realizados em equipe, também serão expostos em painéis neste espaço de trabalho interativo.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

FIGURA 01 - Imagens de algumas Obras de Artistas Brasileiros Contemporâneos.

FIGURA 02 – Algumas Obras de artistas contemporâneos estrangeiros

FIGURA 03 – Algumas Obras de artistas contemporâneos estrangeiros

FIGURA 04 - Materiais utilizados pelo homem moderno e descartados

FIGURA 05 - Fotografia de materiais alternativos a serem utilizados

FIGURA 06 - Formas Geométricas.

FIGURA 07 - Formas Geométricas

FIGURA 08 - Planificação dos poliedros regulares

FIGURA 09 - Planificação do Retângulo de revolução

FIGURA 10 - Planificação do Cone de revolução

FIGURA 11 - Papel Machê sobre papelão com texturas

FIGURA 12 - Confecção de Formas com Papel Machê

FIGURA 13 - Suportes para customização

FIGURA 14 – Modelos de customização

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6. LISTA DE FIGURAS

ARNHEIN, Rudolf. Arte e percepção visual. São Paulo: Pioneira: Edusp. 1980. P 36.

CAUQUELIN, Anne. Arte Contemporânea – uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

DUARTE JUNIOR, João Francisco. Porque Arte-Educação? 10º ed., Campinas – São Paulo: Papirus, 2000.

FERRAZ M.H.C.T., FUSARI M.F.R. Metodologia do Ensino de Arte. Editora Cortez: S. Paulo, 1993, 135 p.

FRANCO, Maria Amélia Santoro. Pedagogia da pesquisa-ação. 2005 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a11v31n3.pdf

GOMBRICH, E. H. (Ernest Hans). A História da Arte. Tradução Álvaro Cabral. 16. Editora Rio de Janeiro: LTC, 2006.

NIETO A. M. escola de Artesanato: papelão e papel. Editora Século Futuro LTDA, S. Paulo 1988.

OSTROWER, F. Criatividade e Processos de Criação. 22. ed. – Petrópolis, Vozes, 2008.

PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Arte Para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.

PILLAR, Analice Dutra (org). A Educação do Olhar no Ensino das Artes. Porto Alegre: ed. Mediação,1999.

PISCHEL G. História da Arte. Arquitetura, Escultura, Pintura, Outras Artes, Volume 03. Companhia Melhoramentos de S.Paulo 1966.

PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo. Editora Ática S.A., 2010.

SANTAELLA, L. Culturas e artes do pós-humano: Da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003.

TABOADA P. como fazer trabalhos em papel machê. Ediouro S.A.São Paulo 1991.

TEIXEIRA COELHO NETO, José. Moderno e Pós Moderno. Modos e Versões. Editora Iluminuras, S.Paulo, 2001.

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7. REFERÊNCIAS

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ZANINI W. Tendências da Escultura Moderna. S. Paulo 1971. Ed. Cultrix S.P.

CILINDRO DE REVOLUÇÃODisponível: http://www.brasilescola.com/matematica/cilindro.htm

CONES DE REVOLUÇÃODisponível:http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&um=1&ie=UTF-8&source=univ&ei=sX0_TK39HMP98Aa-hu2bCw&sa=X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=4&ved=0CDIQsAQwAw&q=CONES%20DE%20REVOLU%C3%87%C3%83O&tbs=isch:1

PLANIFICAÇÃO DOS POLIEDROShttp://www.somatematica.com.br/emedio/espacial/espacial8.phphttp://blogalize.net/figuras-geometricas.html

POLIEDROSDisponível: http://www.somatematica.com.br/emedio/espacial/espacial8.php

MODELOS DE MANEQUINShttp://www.jrexpositores.com.brwww.movelaco.com/entrada_manequim_p.jpg

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