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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PMGRIS Dados Preliminares

Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADADE RESÍDUOS SÓLIDOS - PMGRIS

Dados Preliminares

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Expediente

GET – Grupo especial de Trabalho – Elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRSSecretaria de Serviços Municipais (SSM): Leesander Alves da CruzSuplente: Sidney Ribeiro de PauloSecretaria de Meio Ambiente (SEMEA): Rubens Negrini Pastorelli JúniorSuplente: Lorenzo Pfeil SighonifiSecretaria de Defesa do Cidadão (SEDEC): Julio Francisco Fernandes de OliveiraSuplente: Alexandre TanakaSecretaria de Assuntos Jurídicos (SAJ): Thais Veras SilvaSuplente: Marcos Jaques de MoraesUrbanizadora Municipal S.A: Boanésio Cardoso RibeiroSuplente: Célio Cristiano de Oliveira Garcia

Equipe técnica de apoio:Bruno Mendonça PistilliCarolina Dell'Aquila SiqueiraVera AssisPriscila Veiga VinhasEstela Guimarães - estagiáriaJoyce Nogueira de Freitas - estagiária

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SUMÁRIO

1. Apresentação ................................................................................................................................................................................................................................................... 3

2. Introdução ........................................................................................................................................................................................................................................................ 4

3. Panorama geral ................................................................................................................................................................................................................................................ 4

4. Dados de Gestão .............................................................................................................................................................................................................................................. 5

4.1. Serviços realizados ................................................................................................................................................................................................................................... 5

4.2. Coletas realizadas ..................................................................................................................................................................................................................................... 6

4.3. Coleta dos Resíduos de Serviço de Saúde .............................................................................................................................................................................................. 11

4.4. Tratamento, triagem e recicláveis .......................................................................................................................................................................................................... 12

4.4.1. Urbam e cooperativas .................................................................................................................................................................................................................... 12

4.4.2. Estabelecimentos que trabalham com recicláveis e sucata ........................................................................................................................................................... 12

4.5. Resíduos de Construção Civil (RCC) ........................................................................................................................................................................................................ 13

4.5.1. Macroestrutura do Sistema............................................................................................................................................................................................................ 13

4.5.2. Ponto de Entrega Voluntária (RCC) ................................................................................................................................................................................................ 15

4.6. Logística Reversa .................................................................................................................................................................................................................................... 16

4.7. Outros Resíduos ..................................................................................................................................................................................................................................... 18

4.8. Passivos ambientais................................................................................................................................................................................................................................ 18

4.9. Despejos ilegais ...................................................................................................................................................................................................................................... 19

4.10. Taxa de Lixo ........................................................................................................................................................................................................................................ 21

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Indice de tabelas e figuras

Tabela 1 - Dados referentes aos serviços realizados, sua descrição, abrangência, frequência, executor, custo e outras informações (2013) _________________________________________ 5

Tabela 2 - Dados referentes a coletas realizadas, sua descrição, abrangência, frequência, destino, executor, custo e outras informações (2013) _____________________________________ 6

Figura 1 - Mapa de frequência das coletas de resíduos comum ______________________________________________________________________________________________________ 9

Figura 2 - Mapa da frequência da coleta seletiva _________________________________________________________________________________________________________________ 10

Tabela 3 - Resíduos de saúde (2013) ___________________________________________________________________________________________________________________________ 11

Tabela 4 - Comparativo entre as empresas e cooperativas que comercializam materiais recicláveis ________________________________________________________________________ 12

Tabela 5 - Estabelecimentos regulares e irregulares que comercializam materiais recicláveis no município __________________________________________________________________ 13

Figura 3 - Infográfico dos resíduos sólidos de construção civil _______________________________________________________________________________________________________ 14

Tabela 6 - Número envolvidos no sistema de gestão de resíduos (2013) ______________________________________________________________________________________________ 15

Tabela 7 -Resíduos de Construção Civil recebido pelos PEV´s ________________________________________________________________________________________________________ 15

Tabela 8 - Dados relativos a logística reversa no município _________________________________________________________________________________________________________ 16

Tabela 9 - Itens recebidos por cada PEV (Un.)____________________________________________________________________________________________________________________ 18

Tabela 10 - Locais, tipo e períodos de utilização dos "entulhódromos" e aterros de inerte. ________________________________________________________________________________ 19

Tabela 11 - Áreas utilizadas como despejos ilegais e suas regiões ___________________________________________________________________________________________________ 20

Tabela 12 – Volume de resíduos de poda e capina destinados a ATT Miracema ________________________________________________________________________________________ 20

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

1. Apresentação

A Prefeitura de São José dos Campos deu início à elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS, instrumento que consolidará as diretrizes para a gestão ambientalmente responsável dos resíduos no município, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Esta publicação apresenta dados preliminares da gestão integrada implantada atualmente, cuja cadeia operacional envolve desde os serviços de varrição, capina e roçada de vias públicas, os serviços de coleta domiciliar e seletiva, as coletas especiais de resíduos hospitalares, eletrônicos, os pontos de entrega voluntária de resíduos da construção civil, até o tratamento e a destinação final destes materiais, que envolve a separação para a reciclagem ou sua disposição em aterro sanitário.

São José dos Campos possui um sistema pioneiro de gestão integrada de resíduos, com boas práticas que servem de modelo para outras cidades brasileiras. Temos um dos aterros sanitários públicos mais bem avaliados do Estado e um do programa de coleta seletiva que atinge 95% dos bairros.

Mesmo assim, tal como qualquer outra cidade do planeta, São José dos Campos se depara com o desafio de assimilar tratamento adequado para um volume de resíduos que não para de crescer. Alguns dados apontam inclusive que o aumento da geração de lixo já supera o crescimento populacional urbano.

A política nacional de resíduos sólidos trouxe como princípio norteador a responsabilidade compartilhada sobre a gestão dos resíduos. Ou seja, ela veio disciplinar a responsabilidade de todos os atores sociais envolvidos no ciclo de geração de resíduos: cidadãos, indústrias, empresas e poder público.

O presente diagnóstico vem balizar este debate. A partir dele esperamos que todos os setores da sociedade e cidadãos participem ativamente da elaboração do plano municipal, fazendo uso dos canais de participação social abertos no decorrer deste processo construtivo (fóruns de discussão e audiências públicas), apontando e opinando sobre as soluções propostas.

Soluções estas que devem caminhar em direção à produção e o consumo consciente, ao estímulo à reciclagem, à promoção social dos catadores, aos mecanismos de logística reversa, ao combate a todas as formas de desperdício e minimização da geração de resíduos.

Este momento de reflexão e planejamento contribuirá para a mudança de atitudes e paradigmas, para a construção de políticas públicas e pactos sociais, fundamentais para preservação dos recursos da natureza, para o bem estar desta e das futuras gerações.

Andréa Francomano Secretária de Meio Ambiente de São José dos Campos

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2. Introdução

O Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos –

PMGIRS - é uma necessidade e obrigatoriedade definida pela Lei Federal

12.305/2010 para municípios do porte de São José dos Campos, bem como o

protagonismo social em seu processo de construção.

Esta publicação tem por objetivo sintetizar e sistematizar os dados

levantados da gestão dos resíduos do município, servindo de base para o

diagnóstico da gestão integrada dos resíduos sólidos e buscando o nivelamento

de informações importante para a participação qualificada da sociedade civil, de

outros atores e da administração pública no processo de elaboração do PMGIRS

de nosso município.

Não se trata de um documento conclusivo, mesmo por que as etapas

posteriores para a elaboração do PMGIRS enriquecerão o diálogo e

consequentemente o desenho dos cenários futuros e desejáveis.

O PMGIRS é o principal instrumento que norteará a política de gestão de

resíduo em São José dos Campos, na estruturação de programa de

conscientização e educação ambiental voltada ao tema, em programas

governamentais direcionados a limpeza pública, coleta, tratamento e destinação

final dos resíduos sólidos, a política tarifária, a reformulação da legislação

municipal e de projetos e ações estruturadas visando captação de recursos e

cooperações intermunicipais e das esferas estaduais e federais.

3. Panorama geral

São José dos Campos ocupa uma área de 1.099,6 km², sendo que cerca

de 30% estão em perímetro urbano e os 70% restantes constituem a zona rural.

A cidade de São José dos Campos é uma das sub-regiões da região metropolitana

do Vale do Paraíba com 629.921 pessoas residentes, segundo dados do IBGE

apurados no censo de 2010, São José dos Campos é a sétima cidade de São Paulo

em tamanho populacional. Sua população representa 1,52% dos moradores do

estado e 27,81% da população da região administrativa do Vale do Paraíba

Paulista. Os dados censitários de 2010 indicam para São José dos Campos uma

taxa de urbanização de 97,6%.

A Secretaria de Serviços Municipais (SSM) gerencia os serviço de coleta,

manejo, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos produzidos, parte é

realizada de forma direta pela SSM, parte terceiriza com a URBAM e outras

empresas. Os regramentos que envolvem a gestão de resíduos estabelecem

definições quanto à origem e periculosidade do resíduo gerado, a

responsabilidade do poder público e do gerador, além de todos os aspectos que

envolvem o manejo, tratamento e destinação adequada dos resíduos sólidos.

Este documento síntese exporá os dados de origem e da

responsabilidade da geração, coleta, manejo, volumes produzidos e custos de

operação envolvidos diretamente e indiretamente pela Municipalidade, a partir

dos dados levantados na primeira etapa de reelaboração do PMGIRS – SJC. Os

dados tabulados são de 2013 e foram coletados pela equipe técnica responsável

pela reelaboração do PMGIRS junto aos diversos setores envolvidos na operação

e gestão de resíduos no município.

Page 7: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

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4. Dados de Gestão

4.1. Serviços realizados

Trata-se de serviços de limpeza pública estabelecidas pela Lei Municipal

nº 7.815/09 em sua seção I art.7º. Na tabela 1 a descrição do serviço, sua

abrangência e frequência, o agente executor, o custo unitário do serviço e o total

de serviço realizado no ano de 2013. Os serviços prestados de forma direta pela

administração pública (através da Secretaria de Serviços Municipais) não foi

possível mensurar devido aos recursos humanos e de infraestrutura envolvidos

na limpeza pública são compartilhados com outras atividades da mesma

secretaria.

Tabela 1 - Dados referentes aos serviços realizados, sua descrição, abrangência, frequência, executor, custo e outras informações (2013)

SERVIÇOS DESCRIÇÃO ABRANGÊNCIA FREQUÊNCIA EXECUTOR CUSTO TOTAL SERVIÇOS

Varrição Varrição de ruas, guias, sarjetas, vias, pontos de ônibus; esvaziamento de lixeiras públicas; limpeza de feiras-livres;

capinação e raspagem. Serviços localizados apenas em locais pavimentados.

100% bairros pavimentados e

regularizados

Variável conforme características de

circulação e localização (plano de

varrição)

URBAM R$ 86,05/km - 384.000 km/ano

Raspagem de bueiros

Remoção através de raspagem manual dos resíduos sólidos e semissólidos das bocas de lobo

100% bairros pavimentados e

regularizados

Sob demanda SSM regionais

Não mensurado Não mensurad

o

Limpeza de valas e valetas de drenagem

Remoção de pedras, folhas, galhos e mato 100% bairros pavimentados e

regularizados

Sob demanda SSM regionais

Não mensurado Não mensurad

o

Capina e roçada Capina e roçada nos jardins, canteiros centrais e laterais das vias públicas, margens dos córregos, taludes, área

próximas as rodovias, terrenos municipais. Remoção de vegetação existente nas juntas entre pavimentos, sarjetas

e calçadas. Capina seletiva para remoção de pragas

Os 9.202.904,01 m

2 áreas verdes

No tempo seco é mensal e mais

frequente no período das chuvas

SSM e terceirizadas

(controle pelas

regionais)

R$ 0,12 m2

(referente ao serviço + coleta)

Não mensurad

o

Poda, corte de raízes e

supressão de árvores

Podas de manutenção, cortes de raízes e supressão de árvores de logradouros públicos

Todo o município

Conforme planejamento,

demanda e intempéries

SSM e terceiros

através de licitação

Poda: Um árvore R$ 10,09 Corte raízes: R$ 300,00

Supressão: Um. Árvore varia de acordo com DAP (R$ 334,30 a R$

623,49). Referente a serviço+coleta

Page 8: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

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4.2. Coletas realizadas

Trata-se de serviços de coleta pública estabelecidas pela Lei

Municipal nº 7.815/09 nas seções II e III. Na tabela 2 é apresentada a

descrição da coleta, sua abrangência, frequência, o destino do resíduo

coletado, o agente executor, o custo do serviço e a volume gerado por ano. A

coleta regular e o transporte segundo a legislação supracitada estabelecem

os parâmetros quanto a origem e volumes admitidos, que são:

“ I - Provenientes de atividades domésticas;

II - originários das feiras-livres, mercado municipais, parques municipais,

cemitérios e edifícios de uso público em geral;

III - provenientes das atividades comerciais, industriais e de prestação de

serviços até o limite de 500 litros, acondicionados em recipientes de

capacidade superior a 100 litros;

IV - restos de limpeza e de podas dos jardins, acondicionados em recipientes

de capacidade de até 50 litros;

V - restos de móveis, de colchões, de utensílios de mudanças e outros

similares, acondicionados em recipientes de capacidade de até 100 litros;

§1º....

§2º Comércios, indústrias e prestadores de serviço que gerem volumes de

resíduos dia acima do estabelecido serão considerados grandes geradores e

deverão contratar serviços particulares específicos.”

Tabela 2 - Dados referentes a coletas realizadas, sua descrição, abrangência, frequência, destino, executor, custo e outras informações (2013)

COLETA DESCRIÇÃO ABRANGÊNCIA FREQUÊNCIA DESTINO DO

RESÍDUO EXECUTOR CUSTO

VOLUME GERADO

Varrição

Coleta dos sacos amarelos em caminhão basculante, realizados sequencialmente ao

serviço de varrição, seguindo o mesmo itinerário e frequência

100% bairros pavimentados e regularizados

Variável conforme

características de circulação e

localização (plano de varrição)

Aterro sanitário municipal

URBAM

Distrito de São Francisco Xavier:

R$ 201,52/ton 13.200

ton/ano Núcleo sede de SJC

e distrito de Eugênio de Melo:

R$ 211,46/ton

Raspagem de bueiros

Coleta de material retirado na sequência do serviço

100% bairros pavimentados e regularizados

Sob demanda Aterro

sanitário municipal

SSM Não mensurado Não

mensurado

Capina e roçada Coleta de resíduo predominantemente

orgânico proveniente do serviço de capina e roçada.

Os 9.202.904 m2

No tempo seco é mensal e

mais frequente no período das

chuvas

ATT Miracema Duas

empresas terceirizadas

R$ 0,12/m2

(referente ao serviço + coleta)

30.234 m

3/ano

Page 9: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

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Poda, corte de raízes e

supressão de árvores

Coleta do material proveniente do serviço 120.000 árvores é o

universo da arborização urbana

Conforme planejamento,

demandas e intempéries

ATT Miracema

Equipe própria da SSM + empresas

terceirizadas

Poda/árvore: R$ 10,09

Corte raíz: R$ 300,00

Supressão: de R$ 334,30 a R$ 623,49

(de acordo com DAP. Ref. a

serviço+coleta

Animais mortos de pequeno

porte

Animais são ensacados e coletados conforme a legislação referente aos resíduos sólidos de

serviço de saúde (RSSS)

Animais de pequeno porte em residências, clínicas e

vias públicas

Sob demanda via 156

Para incineração

URBAM

Custo R$ 3,4 por animal.

Gratuito para munícipe

9,90 ton/ano

Animais mortos de grande porte

Equipe específica da SSM Em vias e terrenos públicos Sob demanda

via 156 Aterro

sanitário SSM Não mensurado

24 animais/ano

Seletiva de recicláveis

Coleta específica de resíduos potencialmente recicláveis, separados na fonte geradora

São Francisco Xavier: área central e áreas adjacentes

mais próximas

SFX: na área urbana as

terças-feiras e na área rural

Centro de triagem da Estação de

tratamento de resíduos sólidos

URBAM R$ 211,546/ton

55,2 ton/ano

(SFX)

14.943,29 ton/ano

(SJC)

Núcleo sede de SJC e distrito de Eugênio de

Melo: 95% do município (porta a porta)

Núcleo sede de SJC e distrito

de Eugênio de Melo: de seg. a sáb., variando de 1 a 3 X por

semana

Page 10: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

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Comum porta a porta

Coleta regular de resíduo domiciliar de pequeno gerador, realizado porta-a-porta na área urbana e na área rural através de lixeiras

distribuídas na zona rural.

São Francisco Xavier

SFX urbana: as segundas, quartas e sábados e rural: de

segunda a sábado

Aterro sanitário municipal

URBAM R$ 75,08/ton

967,2 ton/ano

(SFX)

Núcleo sede de SJC e distrito de Eugênio de

Melo: 100 % do município

Núcleo sede de SJC e distrito

de Eugênio de Melo: de seg. a sáb., variando de 1 a 3 X por

semana

160.613,23 ton/ano

(SJC)

Resíduos de construção civil (RCC) gerados

pela PMSJC

Resíduos provenientes de construções, reformas, demolições de obras públicas e municipais e dispostos de forma irregular.

100 % município sob demanda Empresa de reciclagem

SSM R$ 200,00/5m2

Não mensurado

Entregues nos PEV´s (Ponto de entrega voluntária)

11 PEV´s distribuídos em toda cidade

Não se aplica Empresa de reciclagem

SSM Não mensurado 10140

caçambas/ano

Especiais (eletrônicos)

Coleta de resíduos gerados pelo consumo doméstico que exige coleta específica,

estruturada através de acordos setoriais para logística reversa ou pelo próprio município.

Todo município Conforme

agendamento do munícipe

Comercializado

Realizado por empresa

terceirizada Não mensurado

Não mensurado

Pilhas, baterias e pneus

Recolhido nos PEV´s e enviados a Urbam e no caso dos pneus também enviados diretamente

a Urbam pelos borracheiros Todo município Não se aplica

Empresas do setor

recolhem para destinação adequada

Urbam Não mensurado Não

mensurado

Page 11: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

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Figura 1 - Mapa de frequência das coletas de resíduos comum

Page 12: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

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Figura 2 - Mapa da frequência da coleta seletiva

Page 13: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

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4.3. Coleta dos Resíduos de Serviço de Saúde

Os Resíduos de saúde são de responsabilidade do serviço público de limpeza

urbana estabelecida pela Lei Municipal nº 7.815 na seção VII, enquadrados nos

Grupos de “A” e “E”, conforme Resolução ANVISA 306/2007. Todos os geradores

dos resíduos de saúde devem elaborar Planos de Gerenciamento dos Resíduos de

Serviços de Saúde (PGRSS). Constitui as classificações de risco para manejo e

gestão dos resíduos de serviço de saúde:

Grupo A – risco de infecção.

Grupo B – risco a saúde pública ou ao meio ambiente.

Grupo C – possui Radionuclídeos.

Grupo D – Não apresenta risco químicos, biológicos ou radiológicos.

Grupo E – Materiais perfurocortantes

Tabela 3 - Resíduos de saúde (2013)

TIPO DE

COLETA

DESCRIÇÃO ABRANGÊNCIA FREQUÊNCIA DESTINO EXECUTOR CUSTO VOLUME/ANO

Resíduos de

Serviços de

Saúde (RSS)

Coleta de resíduos do

grupo A (infectante ou

biológico), grupo E

(perfurocortantes),

resíduos sépticos do

terminal rodoviário e

exumação de cadáveres

dos 5 cemitérios. Destino

final é terceirizado

21 hospitais, 52 UBS, 171

clinicas médicas e

laboratórios, 104

ambulatórios, 120

farmácias, 472 clínicas

odontológicas, 109 clínicas

veterinárias e petshops e

54 tatuadores, podólogos e

esteticistas (total de 1103,

referente a todos os

geradores)

Baseada no

volume

gerado, pode

ser diária,

semanal ou

quinzenal.

Incineração

terceirizado e

cinzas

encaminhadas ao

aterro industrial

(responsabilidade

terceirizada)

URBAM (coleta),

terceirizada

(tratamento e

destino cinzas)

R$ 3.357,90/ ton

Gratuito para os

estabelecimentos

1049,4 ton/ano

Page 14: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

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4.4. Tratamento, triagem e recicláveis.

4.4.1. Urbam e cooperativas

Dos resíduos produzidos no município, parte é originada de embalagens

diversas e inservíveis e parte por materiais potencialmente recicláveis. A

segregação e o beneficiamento desses materiais são fundamentais para retorna-

los a cadeia produtiva, no entanto a diversidade envolvida quanto ao tipo e

origem do material demanda um sistema de coleta específico e diversificado,

bem como uma cadeia de atores que participam no beneficiamento e

comercialização. Por ser um mercado bastante ativo a comercialização direta

ocorre com catadores independentes, empresas e geradores privados. A tabela 4

apresenta os valores comparativos entre os recicláveis coletados e beneficiados

pelo poder público e das duas cooperativas que atuam no município, os dados

que representam os volumes comercializados dos catadores independentes não

foram aferidos.

Tabela 4 - Comparativo entre as empresas e cooperativas que comercializam materiais recicláveis

MATERIAL Urbam (ton/mês) Coop. São Vicente (ton/mês) Coop. Futura (ton/mês)

Plástico 106,75 6,9 12,37

Papel 302,94 27 39,3

Vidro 46,3 3 5,37

Metal 61,1 1 32,1

Sucata de eletrônicos 36,5 - 5,28

Diversos 6,38 - 6,61

* Isopor, chapas de raio X, óleo queimado, líquido revelador, liquido fixador, pára-choque, calota

4.4.2. Estabelecimentos que trabalham com recicláveis e sucata

Levantamento realizado junto a diversas secretarias da Prefeitura Municipal de São José dos Campos dos estabelecimentos que trabalham com comércio de

recicláveis e sucata Tabela 05.

Page 15: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

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Tabela 5 - Estabelecimentos regulares e irregulares que comercializam materiais recicláveis no município

ESTABELECIMENTOS NÚMERO

Regulares e irregulares

103

4.5. Resíduos de Construção Civil (RCC)

4.5.1. Macroestrutura do Sistema

O processo de urbanização e renovação da cidade gera grandes

quantidades de Resíduos da Construção Civil (RCC). A coleta regular (comum e

seletiva) não absorve a demanda gerada, pois os volumes produzidos mesmo que

em pequenas obras, superam as quantidades máximas admitidas. Entre 100 e

1000 litros (1 m3) de RCC gerado o munícipe pode destinar diretamente seu

resíduos aos PEVs. Acima deste volume é considerado grande gerador, sendo

responsável pela geração, transporte e destino final adequado. A Lei Federal nº

12305/2007 e a Resolução CONAMA nº 307/2002 e suas alterações (348/2004,

431/2011 e 448/2012) estabeleceram a obrigatoriedade do município gerir o

manejo destes resíduos. A Lei municipal 7146/2006 dispõe sobre a gestão

integrada dos resíduos de construção civil e para isso, através da lei municipal nº

8696/2012, faz o controle de resíduos de construção civil por sistema eletrônico.

Os Resíduos da construção Civil são composto em sua maior parte de materiais

inertes, mas também possui materiais potencialmente recicláveis, potenciais

contaminantes e rejeitos e precisam ser corretamente manejados para sua

destinação adequada. Na figura abaixo é apresentada uma síntese do sistema de

manejo de resíduos no município de São José dos Campos

.

Page 16: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

14

Figura 3 - Infográfico dos resíduos sólidos de construção civil

Page 17: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

15

Tabela 6 - Número envolvidos no sistema de gestão de resíduos (2013)

Nº DE GERADORES

Nº DE TRANSPORTADORES

ATT E DESTINO FINAIS

VOLUME TOTAL m³/ ano

AUTORIZAÇÃO DE TRANSP.

5790 117 42 134.475,70 26.851

4.5.2. Ponto de Entrega Voluntária (RCC)

Os Pontos de Entrega Voluntária – PEVs são partes integrantes do

sistema de gestão de resíduos da construção civil. Localizados em áreas públicas,

eles atendem determinação da Resolução Federal 307/2006, do Conselho

Nacional do Meio Ambiente, e da Lei Municipal 7.146/2006. O objetivo é evitar

despejo de entulho em áreas impróprias e direcionar esse material para a

reciclagem.

O PEV é estruturado e equipado para receber resíduos específicos em

pequenas quantidades (até um metro cúbico, que equivale ao volume de uma

carroça pequena, um porta-malas de carro de passeio ou caçamba de um

utilitário pequeno).

Recebe restos de obras de construção (tábuas, tijolos, telhas, tubulações,

pisos), móveis e equipamentos domésticos (sofás, cadeiras, geladeiras), pilhas,

baterias, lâmpadas fluorescentes inteiras, restos de poda, tinta e óleo de cozinha.

Tabela 7 - Resíduos de Construção Civil recebido pelos PEV´s

Quant. PEV LOCAL SITUAÇÃO VOLUME DE

CAPTAÇÃO ANO (M3)

1 Campos dos Alemães Avenida dos Evangélicos, nº 601 Em operação 6.395

2 Jardim Interlagos Rua Ubirajara Raimundo de Souza, nº 21 Em operação 2.320

3 Galo Branco Avenida B. Luiz de Medeiros, nº 811 Em operação 2.435

4 Trinta e um de Março Rua Guidoval, nº 100 Em operação 5.930

5 Novo Horizonte Rua do Topógrafos, s/n Em operação 5.020

6 Alto de Santana Rua Alto do Rio Doce, nº 1075 Em operação 4.605

Page 18: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

16

7 Satélite Rua Estrela Dalva, nº 135 Em operação 8.125

8 Vila Jaci Rua Xavantes, nº 367 Em operação 3.705

9 Martins Pereira Rua Ana Gonçalves da Cunha, nº 370 Em operação 3.370

10 Dom Pedro II Rua Trinta e Sete, nº 130 Em operação 4.365

11 Residencial Gazzo Estrada Arcílio Moreira da Silva, s/n Em operação 6.550

12 Vista Verde Rua Cidade de Lima projetado -

13 Jardim Copacabana Praça J. F. de Andrade projetado -

14 Jardim Paraíso do Sol Rua Dr. João Gomes Batista Neto projetado -

15 Santa Inês previsto -

16 Nova América previsto -

17 Jardim das Indústrias previsto -

18 Jardim Santa Júlia previsto -

19 Campos São José previsto -

20 Pararangaba previsto -

21 São Francisco Xavier previsto -

TOTAL COLETADO ANO 52820

4.6. Logística Reversa

Tabela 8 - Dados relativos a logística reversa no município

TIPO DE MATERIAL PRECEITOS LEGAIS DESCRIÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA EM S. JOSÉ DOS

CAMPOS STATUS DA LOGISTICA REVERSA

Agrotóxicos , seus

resíduos e embalagens

Lei federal nº 12.305 de Agosto de 2010,

artº 33; Lei Federal nº 7.802 de julho de

Embalagem comprada anteriormente é devolvida ao

distribuidor no ato da nova compra.

Governo Federal instalou, no dia 17 de fevereiro de 2011, o

Comitê Orientador para implementação de Sistemas de

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1989; Decreto Federal nº 4.474, de janeiro

de 2002 que regulamenta a Lei nº 7.802/89.

Logística Reversa.

O Comitê é formado pelos ministérios do Meio Ambiente,

da Saúde, da Fazenda, da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento e do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior e tem por finalidade definir as regras

para devolução dos resíduos (aquilo que tem valor

econômico e pode ser reciclado ou reutilizado) à indústria,

para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos

produtivos.

O Grupo Técnico de Assessoramento (GTA), que funciona

como instância de assessoramento para instrução das

matérias a serem submetidas à deliberação do Comitê

Orientador, criou cinco Grupos Técnicos Temáticos que

discutem, desde o dia 5 de maio, a Logística Reversa para

cinco cadeias.

As cinco cadeias identificadas, inicialmente como

prioritárias, são: descarte de medicamentos; embalagens

em geral; embalagens de óleos lubrificantes e seus

resíduos; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e

mercúrio e de luz mista, e eletroeletrônicos.

Esses Grupos tem por finalidade elaborar propostas de

modelagem da Logística Reversa e subsídios para o edital

de chamamento para o Acordo Setorial.

Pilhas e Baterias

Lei federal nº 12.305 de Agosto de 2010,

artº 33.

Recolhidos por empresa especializada (com

agendamento) que cobra os custos do fabricante.

Pneus

Lei federal nº 12.305 de Agosto de 2010,

artº 33.

Recebido nos PEV´s e/ou encaminhado por

borracharias para ETR´s que armazenam para

recolhimento por empresas especializadas.

Óleos lubrificantes,

seus resíduos e

embalagens

Lei federal nº 12.305 de Agosto de 2010,

artº 33; Portarias Interministeriais

MMA/MME e com a Resolução Conama Nº

362/2005

Recolhido por empresas especializadas

Lâmpadas

fluorescentes, de

vapor de sódio e

mercúrio e de luz

mista

Lei federal nº 12.305 de Agosto de 2010,

artº 33.

Não realizado com participação da indústria de

acordo com resposta ao ofício n º290/13 SEMEA e

277/13 SEMEA (Havells Sylvania do Brasil Iluminação

Ltda. e Philips do Brasil Ltda. Respectivamente)

Produtos

eletroeletrônicos e

seus componentes

Lei federal nº 12.305 de Agosto de 2010,

artº 33.

Recolhido por coleta agendada ou nos PEV´s,

armazenado na ETR´s para recolhimento por

empresa especializada.

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18

4.7. Outros Resíduos

A operação cata-treco é realizada aos sábados em vários bairros da cidade e o volume coletado por ano é de 1000 toneladas. Além disso, os PEV´s também

recebem materiais desse tipo de acordo com a tabela abaixo.

Tabela 9 - Itens recebidos por cada PEV (Un.)

Número de itens por ano

PEV Sofás Lâmpadas Tintas Pneus Pilhas Baterias Monitores Colchões

Campo dos Alemães 448 2361 0 2714 3401 291 10 344

Galo Branco 307 2212 0 999 5104 429 0 257

Interlagos 306 1031 0 425 3236 405 3 186

31 de Março 629 4757 0 837 6859 1090 0 574

Novo Horizonte 619 4090 0 1813 5971 165 1 439

Altos de Santana 531 2428 1 972 3541 190 0 438

Satélite 743 8491 17 2238 20309 3029 5 477

Jd. Jussara 379 1521 0 747 2768 1180 0 281

Vila Jaci 370 1662 0 272 1764 68 0 231

D. Pedro II 287 1069 0 1080 704 70 0 252

Res. Gazzo 669 2103 0 3289 3893 247 1 474

Total 5288 31725 18 15386 57550 7164 20 3953

4.8. Passivos ambientais

O município produz uma quantidade muito grande de resíduos de

Resíduos de Construção Civil – RCC e utilizava bota-foras e aterros licenciados

com intuito de nivelamento do terreno. Os resíduos eram provenientes de obras

públicas, dos pontos de entrega voluntária – PEVs e de limpeza de áreas de

despejos ilegais, manejados de forma inadequada, sem triagem prévia e

compartilhado com transportadores privados sem controle da procedência e tipo

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de resíduos, com risco de contaminação de solo e água e de instabilidade

geotécnica. Estes passivos requererão grandes recursos para recuperação, antes

de permitir a utilização destas áreas. A partir da regulamentação da política

municipal de Resíduos da construção Civil (lei nº 7.146/2006) o município foi

fechando estas áreas para uso privado e encerrando as operações, utilizando

opções mais adequadas de destinação.

Tabela 10 - Locais, tipo e períodos de utilização dos "entulhódromos" e aterros de inerte.

LOCAL TIPO PROPRIEDADE PERIODO DE

OPERAÇÃO

SITUAÇÃO ATUAL

Aterro do

Pinheirinho

Aterro licenciado Privada 2005 a 2011

Em processo de regularização

Aterro da Rua

Januária

Aterro licenciado Privada 2007 a 2009

Em processo de regularização

Januária área 1 Aterro irregular Privada 2007 a 2010 Em processo de regularização

Januária área 2 Aterro irregular Privada 2006 a 2009 Em processo de regularização

Rua Miracema Aterro irregular Pública 2005 a 2007 Em processo de regularização

Rua Messias

Palmeira

Aterro irregular Privada 2006 a 2010

Em processo de regularização

Vila Cândida Aterro irregular Pública 2006 a 2010 Encerrou o plano de recuperação da área

Kanebo Aterro irregular Pública a partir de

2012

Em processo de regularização

Rua Jorge Williams Aterro irregular Pública A partir de

2012

Em processo de regularização

4.9. Despejos ilegais

Embora os serviços públicos sejam ofertados parte destes resíduos são

descartados de forma inadequada e irregular em terrenos vazios ou em

logradouros públicos demandando limpeza continua pela municipalidade. Dado o

grande número de locais e a sazonalidade do despejo, compromete dispendiosos

recursos financeiros e humanos da Secretaria de Serviços Municipais que

atendem várias demandas de manutenção mais fundamentais para qualidade de

vida da população. A tabela 10 abaixo ilustra os pontos de despejos ilegais que

são monitorados e limpos frequentemente pela SSM realizados pelas regionais

respectivas.

Page 22: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

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Tabela 11 - Áreas utilizadas como despejos ilegais e suas regiões

REGIONAIS Nº de área

Regional Norte 23

Regional Leste I 19

Regional Leste II 18

Regional Sul I 16

Regional Sul II 30

Regional Centro 13

Regional Eugênio de Melo 37

Regional Satélite 5

TOTAL 161

Tabela 12 – Volume de resíduos de poda e capina destinados a ATT Miracema

Mês Total (m³)

Janeiro 4423

Fevereiro 4637

Março 4729

Abril 4394

Maio 4177

Junho 3367

Page 23: Dados preliminares da Gestão de Resíduos no Município

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Julho 3106

Agosto 3214

Setembro 2948

Outubro 2777

Novembro 2583

Dezembro 2845,5

Total (m³/ano) 43200,5

4.10. Taxa de Lixo

A lei complementar municipal nº 118/94 institui a Taxa de Coleta de Lixo

e de Limpeza Pública, para tanto a referida lei estabelece alíquotas de valores

relativo aos volumes gerados por tipo de imóvel sendo:

Imóveis residenciais - 5 alíquotas classificando o imóvel por tipo de A a E

(variando de 0,11 a 0,94 UFR/ano);

imóveis industriais - 5 alíquotas relacionado a metragem quadrada do imóvel

(variando de 2,06 a 465,85 UFR/ano); e

Para imóveis destinados ao comércio, a prestação de serviços em geral e

demais imóveis - 4 alíquotas relacionadas a metragem quadrada do imóvel

(variando de 0,39 a 23,71 UFR/ano).

O valor total lançado no ano de 2013 foi de R$ 9.325.302,43