Danilo Maciel Carneiro - Ervas ayurvédicas

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    PROF. DANILO MACIEL CARNEIRO 1

    Curso de Especializao

    PLANTAS NATURAIS

    UFG / HMA

    ERVAS AYURVDICAS

    Danilo Maciel Carneiro

    YURVEDAFITOTERAPIA

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    Introduo ao Tema e Conceitos

    Fundamentais em Fitoterapia CONCEITO DE FITOTERAPIA

    Fito PlantasTerapia Tratamento

    HISTRICO E EVOLUOTempos antigos X tempos modernos

    Oriente X OcidenteViso mgica X viso cientficaNaturalismo X FarmacologiaAlternativa X Oficialidade

    DIFERENTES FACES DA FITOTERAPIA- Fitoterapia Popular- Fitoterapia Naturista ou Alternativa- Fitoterapia Ayurvdica- Fitoterapia Chinesa

    - Fitoterapia Tradicional de outros pases- Fitoterapia Cientfica Regional e Nacional- Fitoterapia Cientfica Mundial

    A VISO HOLSTICA E A VISO SINTOMTICA- A cura enquanto um equilbrio dinmico X Alvio de sintomas locais- Tratamento do paciente X Tratamento de doenas

    ABORDAGEM HOLSITICA

    A viso do Todo em relao a : Ao Ser Humano Sade Cura Terapia Medicina Vida

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    RACIONALIDADES MDICAS e FITOTERAPIACIENTFICA :

    RACIONALIDADES MDICAS

    * Conjunto de conhecimentos e idias integradas entre si de maneira lgica e racional.* Corpo de saber sobre estruturas de conhecimentos relacionados ao corpo humano, fisiologia e fisiopatologia, ao entendimento do Ser Humano e sobre como integr-los paraaliviar e curar.* A Fitoterapia Cientfica uma Racionalidade Mdica, uma Fitoterapia Racional, poispreconiza o uso de Plantas Medicinais com base em evidncias cientficas, nos paradigmascientficos vlidos nos dias atuais.

    FITOTERAPIA CIENTFICA :TEM POR OBJETIVOS :

    A validao cientfica de plantas tradicionais. Estudos de plantas medicinais ainda no pesquisadas. Regulamentao e oficializao da Fitoterapia. Incluso da Fitoterapia nos meio acadmico Insero da Fitoterapia dos Servios Pblicos de Sade Integrao da Fitoterapia no meio cientfico moderno Servir medicina como um instrumento eficaz e eficiente, tanto na preveno e cura de

    doenas como tambm na promoo de longevidade com sade. Prover medicamentos naturais, de alta efetividade e baixa toxicidade, oferecendo

    medicina uma opo teraputica segura, harmnica e confivel.

    CONHECIMENTO CIENTFICO EM FITOTERAPIA :

    O conhecimento cientfico em Fitoterapia originado a partir de diversas reas depesquisa.

    A Fitoterapia uma cincia de carter multi-disciplinar e inter-disciplinar. Cada profissional dessa rede multidisciplinar tem a sua rea de atuao e todas

    apresentam o mesmo grau de importncia dentro do contexto global da fitoterapia

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    Caracterstica Interdisciplinar e Multiprofissional da Fitoterapiacom tica e Res onsabilidade

    Seleo e identificao das espcies Estudos das espcies e seus melhoramentos

    Cultivo e manejo Coleta e manejo

    Preparao da matriaprima Fitoterpica

    Acondicionamento ealmoxarifado

    Controle de qualidade emTodos os nveis

    FarmacotcnicaPesquisas em todos os nveis

    Farmciade

    manipulao

    Orientaes higieno-dietticas

    Informaes Tcnicas Prescrio MdicaCorreta

    Orientaes ao pacientequanto ao medicamento

    Adeso e conscincia do paciente

    Continuidade do tratamento com acompanhamento

    Melhores Resultados Aproveitamento Mximo do Potencial da Fitoterapia

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    CINCIAS HUMANAS Antropologia, sociologia, Lingstica, etc.

    ETNOFARMACOLOGIA QUIMIOTAXONOMIAETNOBOTNICA

    BOTNICA : Sistemtica, morfologia, fisiologia

    FARMACOLOGIA QUMICA

    Ecologia

    Agronomia

    ToxicologiaFarmacologia detalhada

    Farmacotcnica

    Controle de Qualidade

    Exper.-Pr-clnicos-Clnicos

    Produo e Comercializao

    FILOSOFIA : Adequao de objetivos e propostas

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    Diferentes Nveis deEvidncias Cientficas em Fitoterapia

    Nvel EtnomdicoNvel Etnofarmacolgico

    NvelFarmacolgico

    Nvel Fitoqumico

    NvelPrClnico

    Nvel ClnicoNvel de Segurana ToxicolgicaNvel de Controle de Qualidade

    NvelMetanaltico

    Validao Cientfica De Plantas Medicinais

    OMS : TRADITIONAL MEDICINE PROGRAMME Recomenda o uso da Medicina Tradicional e da Fitoterapia como um mtodo eficiente e

    eficaz. (Conferncia de Alma Ata - 1978). 80% da populao mundial (4 bilhes de habitantes) usam a medicina tradicional como

    tratamento primrio. Incentiva o estudo, pesquisa e incluso da Fitoterapia dentro de programas sociais Considera o uso tradicional, seguido de estudos fitoqumicos e de um efetivo controle

    de qualidade como suficientes para uma validao do uso das plantas.

    VALIDAO CIENTFICA SEGUNDO A OMS : As diretrizes da OMS para a validao de plantas medicinais defendem o

    reconhecimento de que o uso histrico prolongado de uma erva em uma medicinatradicional constitui uma hiptese de segurana,a menos que alguma pesquisacientfica moderna a contradiga.

    (The Complete German Comission E Monographs).

    RELATRIO DA OMS :

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    No caso das medicinas tradicionais, as exigncias de provas de eficcia para otratamento de desordens menores e para indicaes no-especficas, merecem algumrelaxamento, levando-se em considerao a extenso do uso tradicional ; as mesmas

    consideraes se aplicam para o uso profiltico. Experincias com relatos de casosindividuais feitos por mdicos, terapeutas tradicionais, ou pacientes tratados devem serlevados em considerao. Onde o uso tradicional ainda no foi estabelecido, evidnciasclnicas apropriadas devem ser levadas em conta . (OMS - 1991).

    A COMISSO - E ALEM : 1976 : A Repblica Federal da Alemanha definiu os FITOTERPICOS da mesma

    maneira que os outros remdios, considerando-se as PLANTAS MEDICINAIS

    como um medicamento nico (apesar de sua composio qumica complexa ---diferentemente do que ocorre com os princpios ativos isolados).

    A Agncia Federal de Sade da Alemanha (atual Federal Institute for Drugs andMedical Device) estabeleceu um comit de experts em medicamentos fitoterpicos,composto por 24 membros propostos por associaes de profissionais de sade dediversas reas (medicina, farmcia, farmacologia, toxicologia, bio-estatstica,terapias alternativas ; e representantes das indstrias farmacuticas .

    50% desses membros eram especialistas no campo teraputico ou clnico.

    FITOTERAPIA RACIONAL / COMISSO - EREGRAS BSICAS PARA A FITOTERAPIA RACIONAL

    De acordo com a Comisso-E, a Fitoterapia Racional pode ser baseada em quatro regrasbsicas :

    Relao Dose-Resposta e Estabelecimento da Dose :

    OOss FFiittooffrrmmaaccooss,, nnaa rreeaa tteerraappuuttiiccaa,, ppooddeemm sseerr aapplliiccaaddooss ddee uumm mmooddoo eemm qquueeffiiqquuee ccllaarraa aa rreellaaoo eennttrree aa ddoossee aaddmmiinniissttrraaddaa ee eeffiicciinncciiaa ddaa rreessppoossttaa.. PPoossssvveeiiss eeffeeiittoossaaddvveerrssooss ddoossee--ddeeppeennddeenntteess nnoo ddeevveerriiaamm sseerr iinntteerrpprreettaaddooss ccoommoo eeffeeiittooss hhoommeeooppttiiccoossee nneemm sseemmpprree ppooddeemm sseerr ccoonnssiiddeerraaddooss ccoommoo aaggrraavvaaeess iinniicciiaaiiss nnoorrmmaaiiss nnoossttrraattaammeennttooss nnaattuurraaiiss.. DDeevveemmooss nnooss lleemmbbrraarr qquuee,, aallgguummaass vveezzeess,, uummaa vvaarriiaaoo nnaa ddoosseeddee uumm FFiittooffrrmmaaccoo ppooddee pprroodduuzziirr eeffeeiittooss ddiiffeerreenntteess nnoo oorrggaanniissmmoo hhuummaannoo ee iissttoo ppooddee sseerrddeevviiddoo rreellaaoo ddoossee--rreessppoossttaa,, qquuee ppooddee sseerr mmooddiiffiiccaaddaa ccoomm oo aauummeennttoo oouu ddiimmiinnuuiiooddaa ddoossaaggeemm ddaaqquueellee mmeeddiiccaammeennttoo.. PPoorr eexxeemmpplloo,, aa GGllyyccyyrrrrhhiizzaa ggllaabbrraa ((AAllccaauuzz ddaaEEuurrooppaa)) eemm ppeeqquueennaass ddoossaaggeennss ppooddee nnoo aapprreesseennttaarr qquuaallqquueerr eeffeeiittoo tteerraappuuttiiccoo oouu nnoommxxiimmoo uumm aallvviioo ddee iirrrriittaaeess lleevveess ddaa ggaarrggaannttaa oouu ddoo eessttmmaaggoo.. EEmm ddoosseesstteerraappuuttiiccaass,, eellee tteemm aaoo ccoommpprroovvaaddaa nnaa cciiccaattrriizzaaoo ddee llcceerraass ggaassttrroodduuooddeennaaiiss;; mmaasseemm ddoosseess mmaaiiss aallttaass oouu oo uussoo pprroolloonnggaaddoo ppooddeemm pprroovvooccaarr eeffeeiittooss ttiippoo

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    mmiinneerraallooccoorrttiicciiddeess,, ccoomm rreetteennoo ddee ssddiioo ee gguuaa ee ppeerrddaa ddee ppoottssssiioo,, oo qquuee ppooddee sseeaaccoommppaannhhaarr ddee hhiippeerrtteennssoo,, eeddeemmaa ee hhiippooccaalleemmiiaa..

    Relao Eficcia / Constituintes QumicosA eficcia (experimentalmente demonstrada por estudos clnicos) ou a eficincia (observada em um

    paciente em um levantamento clnico) podem ser deduzidas, na maioria dos casos, a partir dos

    componentes qumicos do Fitofrmaco. Esses constituintes qumicos encontrados na planta so co-

    determinantes da eficincia . Na verdade, na maioria dos casos no apenas um, mas dois ou mais

    diferentes constituintes da planta so reconhecidamente responsveis pela eficincia observada. Por

    exemplo, a atividade do Hypericum perforatum (Erva-de-So-Joo) no tratamento de pacientes

    portadores de casos leves a moderados de depresso mental atualmente atribuda a pelo menos trs tipos

    de substncias encontradas nas flores a folhas : a hipericina, a hiperforina e os flavonides.

    Extrato total X Constituintes isolados- Tipicamente, os Fitofrmacos constitudos por extratos padronizados compostos pelos seus componentes ativos primrios, oscomponentes secundrios e mais os cofatores (compostos acompanhantes) manifestam melhores efeitos e uma maior rea deabrangncia teraputica do que medicamentos base de compostos isolados (ou seja, drogas convencionais), alm de apresentarem

    uma ao mais harmnica do medicamento, com menos possibilidade de reaes adversas ou efeitos colaterais. Por exemplo, aRauwolfia serpentina uma planta cientificamente aprovada, em sua forma integral, para casos de hipertenso essencial leve,especialmente com elevada tenso do sistema nervoso simptico. Contudo a administrao isolada de um dos seus mais famososprincpios ativos, a reserpina, revelou-se em pouco tempo uma terapia de difcil controle e permeada de efeitos colaterais, queatingiam os sistema circulatrio, nervoso, digestivo e at o sistema imunolgico.

    Controle de Qualidade FarmacuticaFitofrmacos com um alto nvel de qualidade farmacutica e medicinal so o requisito bsico para o

    sucesso da Fitoterapia. Por exemplo, alguns relatos de medicamentos fitoterpicos que produziram

    resultados negativos puderam ser atribudos administrao de materiais inadequados , os quais, aps

    exames especializados , foram considerados de baixa qualidade.

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    AYURVEDAA ORIGEM DO AYURVEDA

    O Ayurveda considerado um dos ramos dos Vedas. Mais comumente ele relacionado como um veda acessrio do Rigveda ou do Atharva-veda, mas,segundo o Charaka Samhita, ele , na verdade, uma corrente de conhecimentoque vem de gerao a gerao desde a eternidade, paralelamente com a literaturavdica. Por isto, na ndia se diz que o Ayurveda originou-se diretamente do prprioCriador (Brahma), antes mesmo da criao do Universo. O Ayurveda considerado eterno porque ningum realmente sabe em que poca ele ainda no

    existia. Tudo isto mostra sua longa tradio e a sua profunda ligao com acultura Indiana.

    INTRODUO

    - CONCEITOS FUNDAMENTAIS

    O termo "AYURVEDA", que define esse completo sistema vdicode medicina, do ponto de vista da gramtica, composto por dois radicais : Ayus

    e Veda. Ayus significa vida, enquanto que Veda pode ser traduzido comocincia ou conhecimento. Assim, encontramos na literatura ocidental algumastradues para esse termo, tais como : A "Cincia da Vida "; a Cincia daLongevidade, o "Conhecimento da Vida", ou at algumas definies maiscomplexas como o "Conhecimento do Ciclo da Vida" ou da "Dinmica da Vida".

    A vida (Ayus),segundo o Ayurveda, uma manifestao complexa edeve ser definida como a combinao de corpo (Sarira) , sentidos (Indriajas) ,mente (sattva) e Esprito (Atma - o princpio vivente {eterno}.

    O Ayurveda afirma que o ,corpo quando desprovido dos sentidos, da

    mente e do esprito, est morto e no pode ser definido como vida, pois falta-lheo princpio anmico ou espiritual.

    - OBJETIVOS E REAS DE ATUAO

    A viso metafsica que o Ayurveda tem da vida e da sade confere-lhe uma aproximao mais humanista do Ser Humano, motivo pelo qual dizemosque ele lida de modo muito especial com as pessoas, e no apenas com adoena. Isto significa que a abordagem ayurvdica do ser humano maisintegral do que essa a que estamos acostumados na chamada medicinatecnolgica, na qual muitas vezes o contato humano substitudo por exames

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    laboratoriais e procedimentos tcnicos e o paciente dividido em partesseparadas, para as quais existem mdicos e especialidades diferentes, sem apossibilidade de uma compreenso global do seu sofrimento ou de sua

    problemtica.

    Bem, isto no quer dizer que o mdico ayurvdico no utilize osrecursos diagnsticos e teraputicos da medicina moderna, o que seria tambmuma contradio para uma cincia que se considera integral. Tudo o que amedicina moderna tem de vlido e positivo para contribuir, seja na preveno, nodiagnstico ou na cura dos pacientes, o mdico Ayurvdico pode integrar em suaprtica, sem perder de vista, evidentemente, a viso global do Ser Humano, dasade e da vida.

    Na verdade, enquanto um sistema filosfico e prtico, podemos dizerque o Ayurveda revela-se como uma completa Cincia da Vida e no meramente

    como um tratado sobre medicamentos ou sobre o tratamento de doenas.De acordo com esses conceitos e pontos de vista acima expostos, o

    Ayurveda prope-se trs objetivos principais, que podemos assim descrever :- primeiramente , o Ayurveda visa preservar a sade das pessoas saudveis eprevenir as doenas ;- em segundo lugar, tem o objetivo de promover, lapidar a sade dessas pessoassaudveis- e em terceiro lugar, contribuir para a cura dos pacientes enfermos.

    Como pode soar bem essa viso preventiva do Ayurveda nosouvidos das pessoas sensveis questo da sade humana. Quantas vezes, ser,

    ouvimos em nossas escolas mdicas o conceito de promoo da sade daspessoas sadias ? Bem poucas ou talvez jamais ! Quantas vezes nos deparamoscom pesquisas da cincia moderna sobre os mtodos de preveno de doenasde modo geral e preservao da sade ? Bem poucas, pelo menos em relao aonmero de pesquisas altamente dispendiosas que se realizam no encalo denovas drogas qumicas contra antigas doenas da nossa histria. Essas mesmasdoenas poderiam estar sendo prevenidas e as pessoas poderiam estar muitomais saudveis a custos muito inferiores, se houvesse interesse poltico dosgovernos e da cincia em investir em mtodos preventivos e promotores desade, como o Ayurveda e outras medicinas tradicionais, como tem sugerido hanos a Organizao Mundial de Sade.

    OS CINCO GRANDES ELEMENTOS(Pancha Maha Bhutas)

    De acordo com a filosofia vdica, o Universo composto por CincoGrandes Elementos, que so a base material do Universo e o fundamento de todaa criao fsica. Os Cinco Grandes Elementos formam todo e qualquer tipo demanifestao material existente no universo, todos os corpos presentes nestemundo, sejam eles animados ou inanimados. No snscrito original eles so

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    denominados Pancha Maha Bhutas : Pancha significa cinco ; Maha, significagrande e Bhutas pode ser traduzido como elemento ou substncia.

    Os Cinco Elementos bsicos da natureza so os seguintes : ter, Ar,Fogo, gua e Terra. No esquema abaixo mencionamos os nomes originais emsnscrito e alguns sinnimos encontrados na literatura :

    1- CU ou TER ou ESPAO KHA ou AKASHA

    2- AR VAYU

    3- FOGO AGNI ou TEJAS

    4- GUA AMBU, AP ou JALA

    5- TERRA KSMA ou PRTHVI

    P R A K R I T I - A Constituio Psico-Fsica

    Prakriti ou Constituio Psico-Fsica uma dos pontos bsicos e caractersticosdo Ayurveda. Trata de um tema desconhecido da cincia e medicina ocidentais, que aquesto das caractersticas individuais de cada pessoa em termos de sade, tendncias aadoecer e modos de reagir diante de fatores externos, fatores ambientais, alimentos,medicamentos e os modos reacionais internos. Em resumo, versa a respeito dobiopsicotipo individual de cada pessoa, ou seja, das peculiaridades fsicas e emocionaisde cada um. Alguns textos, ao tratarem do tema Prakriti, referem-se ao "tipo de corpo"ou "tipo de personalidade" , mas na verdade o Prakriti relaciona-se a ambos osaspectos, fsico e psquico, do indivduo.

    O Ayurveda postula que a Constituio (Prakriti) herdada geneticamente, poisela gerada pelos trs Doshas inerentes ao espermatozide (sukra) e ao vulo, assementes masculina e feminina respectivamente. Estas duas sementes unidas

    (fertilizao) formam o embrio e este o comeo da vida. As sementes masculina efeminina (espermatozide e vulo) contm os trs Doshas (Tridoshas). No momento daunio das duas sementes, os Doshas sofrem modificaes em suas proporesoriginais, de modo que eles podem permanecer iguais propores, ou dois deles podemse tornar predominantes ou ainda qualquer um deles isoladamente pode se tornarpredominante em relao aos outros. Estas condies influenciam --- mas nodeterminam ---de modo definitivo a natureza do embrio e as suas caractersticas, quepassam a ser conhecidas como Prakriti ( Constituio Humana Natural ).

    Apesar destas consideraes acerca dos tipos constitucionais, salientamos aquique os Doshas so princpios vitais dinmicos, vivos e em movimento --- e o seu lder,Vata, a prpria essncia do movimento. Dessa forma, os Doshas esto sempremovimento e entrelaados entre si em mirades de formas, em uma dinmica infinita. Por

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    isto, pode-se defender a tese de que a proporo dos Doshas no momento daconcepo no algo cristalizado e imutvel para toda a vida da pessoa, embora algunstextos Ayurvdicos afirmem que a Constituio original imutvel. Na prtica, observa-se

    que muitos fatores internos e externos podem introduzir variveis imprevistas e mudanasfsicas ou psquicas podem ocorrer em decorrncia disto. Embora seja verdadeiro que astendncias constitucionais no so mutveis com facilidade e no se modificamrapidamente, no devemos nos prender a rtulos ou categorias de tipos constitucionais ;no devemos estabelecer caricaturas de constituies e carimbar as pessoas (ou nosrotularmos a ns mesmos) com estampas ou com estigmas estticas, como se os outros(ou ns mesmos) no fossemos passveis de transformaes. O grande objetivo doestudo das constituies psico-fsicas do Ayurveda a busca do auto-conhecimento, adescoberta das nossas tendncias fsicas e psicolgicas, de nossas tendncias deadoecer e nossa sensibilidade aos fatores externos e internos, conferidas por um modonatural de funcionamento. Todavia, devemos manter em mente que mas que nossaconstituio passvel de evoluo e aprimoramento, de acordo com as diretrizes

    marcadas pela Conscincia interior que vive em cada um de ns.Segundo o Ayurveda, a combinao dos Doshas no momento da concepopode definir sete tipos de Constituies (Prakriti) , que so as seguintes :

    Constituies com predominncia de um s Dosha (Ekadosaja Prakriti )

    Constituio Vata Constituio Pitta Constituio Kapha

    Constituies Mistas, com predominncia de dois Doshas ( DwandwajaPrakriti)

    4- Constituio Vata-Pitta 5- Constituio Vata-Kapha 6- Constituio Pitta-Kapha

    Constituio com equivalncia dos trs Doshas (Sannipata ou MammisraPrakriti )

    7- Constituio Vata-Pitta-Kapha

    1- Constituio Vata2- Constituio Pitta3- Constituio Kapha4- Constituio Vata-Pitta5- Constituio Vata-Kapha6- Constituio Pitta-Kapha7- Constituio Vata-Pitta-Kapha (Sannipata)

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    Entre todas as Constituies, qualquer uma com a predominncia de um nico

    Dosha considerada uma Constituio delicada, pois exige mais cuidados; com doisDoshas predominantes, a Constituio considerada moderada ; e a combinao dostrs Doshas (Sannipata) a mais fcil de administrar e de manter-se em equilbrio. Atmesmo entre as Constituies com predomnio de um s Dosha, diz-se que a primeiraConstituio, Vata, mais instvel; a segunda, Pitta, moderada e a terceira, Kapha, a mais estvel entre as trs.

    Obviamente a Constituio Psico-Fsica de uma pessoa no a encerra emum rtulo imutvel, e to pouco estabelece um destino marcado do ponto de vista doprocesso sade-doena. Entretanto, um timo indicativo das tendncias mrbidas dapessoa e oferece um valioso guia para o auto-conhecimento no tangente s tendnciasde comportamento psquico. Sem dvidas , estes fatores contribuem grandemente noestabelecimento de um estado de sade mais plena e refinada, com uma conscincia

    cada vez mais ampla do processo dinmico que envolve a produo e promoo doequilbrio holstico.Vejamos a seguir algumas das caractersticas mais importantes dos tipos

    constitucionais descritos pelo Ayurveda :

    CARACTERSTICAS DA CONSTITUIO V A T A =( Temperamento Nervoso )

    As pessoas nascidas com a predominncia do Dosha Vata apresentam comoncleo do seu biopsicotipo a instabilidade, a mutabilidade, a inconstncia, tanto a nvelfsico como a nvel mental e emocional. Devido ao predomnio dos elementos ter e Ar,os tipos Vata apresentam em sua fisiologia as caractersticas relativas a esses elementos: Leve, sutil , frio , seco, spero , mvel. Alm disto, o Dosha Vata o regulador de todoo movimento que se processa no organismo, desde os movimentos musculares earticulares, passando por toda a circulao de substncias, at a transmisso de impulsosno sistema nervoso. Este bitipo longilneo apresenta dificuldade para engordar ;geralmente comem vontade e no ganham peso. Seus ossos, tendes e vasossangneos superficiais so salientes. Sua caracterstica mais marcante airregularidade, que pode evidenciar-se, algumas vezes, na estrutura fsica, quando aspartes do corpo apresentaro variaes anatmicas incomuns. Quando o Dosha Vataest particularmente alterado, podem surgir sintomas como tremores, abalos e espasmosmusculares e dores.

    Vejamos outras tendncias fsicas das pessoas do tipo Vata :

    - Porte fsico magro e alto (longilneo), estrutura esguia e leve.- Cabelos e pele secos, quebradios e sem brilho.- Produzem sons ("cracks") nas articulaes aos movimentos (tornozelos, joelhos,...)- Movimentos corporais instveis e irregulares (marcha e etc.)- Os olhos tendem a ser redondos e mais secos .- No toleram omitir refeies, podendo com isto sentir dores de cabea ou ansiedade.- Digesto instvel, s vezes boa, s vezes no. Fome irregular, a qualquer hora..- Tendncia constipao intestinal, com fezes ressecadas e gases.- Preferem o hbito de comidas doces, cidas, salgadas e quentes.- Indivduos friorentos ; no toleram o clima frio.- Possui pequena reserva de fora vital , cansa-se com facilidade.- Pequena expectativa de vida , quando em desequilbrio.

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    - Voz fraca e obstruda, interrompida (gagueira), instvel ou rouca.

    Do ponto de vista psquico, o tipo Vata tambm mutvel. So pessoas maisimprevisveis que os outros tipos, e podem demonstrar perodos de explosesinstantneas de energias, tanto fsicas quanto psquicas ou emocionais, mas com duraofugaz, revelando uma tendncia falta de estabilidade. Estas pessoas , quando emdesequilbrio, tendem a apresentar as chamadas doenas psicossomticas, nas quais ocomponente psicolgico predominante, e tambm comeam a manifestar a instabilidadena ao, deixando por terminar as atividades que comearam. Nesta situao dedesequilbrio, os Vata podem estar insatisfeitos e confusos, com tendncia aoconsumismo e ao desperdcio material, psquico e emocional.

    Vejamos algumas outras caractersticas sutis de Vata.

    - Personalidade instvel, principalmente em relao vontade e coragem.

    - Muito excitvel e humor varivel, inconstante.- Tendncia preocupao excessiva, ansiedade e depresso.- Indeciso, dvidas, excesso de pensamentos, discusses mentais.- Tendncia a apresentar exploses de energia fsica e mental, mas se cansa facilmente.- Apresenta exploses de emoes, mas que so facilmente esquecidas.- Tende a falar em excesso, coisas irrelevantes, prolixidade.- Despende muita energia para realizar as tarefas.- Natureza entusiasmada, vivaz e criativa, mas de pouca persistncia ; volvel, instvel.- Memria e pensamentos instveis.- Capta e entende com rapidez as novas informaes, mas as esquece com facilidade.- Desenvolve suas atividades com rapidez, anda e fala com rapidez.- Instabilidade nas amizades, na postura e na percepo da coisas.

    - Apresentam gosto pela msica e pelo humor.- Podem apresentar dificuldades em controlar os sentidos.- s vezes podem comportar-se como pessoas pouco civilizadas (brutalidade, grosseria,descortesia).- Geralmente tm poucos filhos.- As plpebras tendem a permanecer semi-abertas durante o sono.- Sono irregular, superficial e entrecortado. s vezes insnia por preocupaes ouansiedade.- Sonhos : vagando errante por montanhas ; duelando em rvores e movendo-se pelocu.

    Muitas dessas caractersticas descritas para o tipo Vata podem estar

    minoradas ou equilibradas quando o indivduo consegue a harmonizao do seu sistemaTridosha, uma vez que, desse modo, o predomnio excessivo do Dosha Vata sercompensado pelo equilbrio com os outros Doshas.

    Nesse caso, estando em harmonia, uma pessoa do tipo Vata bastanteagradvel e contagiante, pelo seu entusiasmo e criatividade ; ela demostrar uma mentelcida, vivaz e perspectiva. Poder ser vibrante e muito comunicativa .

    Por outro lado, quando um tipo Vata entra em desequilbrio, aumentandoainda mais o Dosha Vata em seu sistema, tais caractersticas podem se exacerbar, e ossintomas de Vata perturbado podem tomar conta da fisiologia do indivduo.

    sempre bom lembrar que o Dosha Vata o grande lder do sistemaTridosha, considerado o "chefe" dos outros Doshas, pois sabe-se que ele comanda os

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    processos de desequilbrio e reequilbrio dos outros Doshas. Por isto, o cuidadosoequilbrio de Vata de fundamental importncia para todas as pessoas.

    Para chegar a tal situao de equilbrio, a chave mestra dos tipos Vata

    chama-se "regularidade". Ser regular na descanso, no repouso, nas atividadesprofissionais, nas atividades fsicas e emocionais, evitando os excessos e irregularidadesem todos os sentidos. Deste modo, as pessoas Vata estaro preservado o instintonatural de equilbrio concedido pelo Dosha Vata.

    CARACTERSTICAS DA CONSTITUIO P I T T A =( Temperamento Bilioso )As pessoas nascidas com predominncia do Dosha Pitta exibem um

    domnio do elemento Fogo em sua constituio, pois Pitta o prprio fogo ou originadodo fogo. O Dosha Pitta o princpio vital que governa, em cada ser vivo, todo o

    processo de metabolismo e transformao. As pessoas Pitta apresentam como ncleode seu biopsicotipo a impulsividade, a intensidade, a ardncia e a biliosidade do elementoFogo. O predomnio do Dosha Pitta confere a esta constituio um "fogo digestivo" forte,uma digesto aguda e um grande apetite, algumas vezes com uma sede exacerbada.Por isto, os tipos Pitta tm grande dificuldade em omitir uma refeio, ou atras-lademais, sob pena de se tornarem irritados, mal-humorados ou sentirem dores gstricas.

    Fisicamente, as pessoas do tipo Pitta caracterizam-se marcadamentepelas seguintes caractersticas :

    - Constituio fsica mediana, vigor e resistncia fsica medianos.- Peso instvel, com facilidade para engordar ou para emagrecer rapidamente.- Caminha com passos firmes e determinados.

    - Olhos pequenos, castanhos e inquietos .- As pestanas tendem a ser finas e escassas .- Calvcie precoce e testa descoberta, com entradas frontais .- Desenvolver cabelos precocemente grisalhos tpico de Pitta.- Possuem articulaes e msculos soltos (frouxos) e magros .- Podem apresentar suor carregado, emitindo mau odor do corpo .- Intestino tende a ser mais solto , evacuando mais vezes ao dia .- Pessoas de Constituio Pitta possuem expectativa de vida mediana.- Tm uma fora fsica , energia vital e vigor medianos.- Averso ao clima quente e ao calor do sol ; preferem estar ao abrigo do sol.- Mos e p quentes ; sensao calor no corpo.- Tendncia a apresentarem ardor nos olhos, na pele, no estmago ou outras partes do

    corpo- Em geral, tm boa digesto e, na juventude, podem comer "de tudo".

    Nas pessoas e grupos tnicos de pele e cabelos mais claros, os tipos Pittapodem revelar algumas caractersticas marcantes nestes tecidos :- Cabelos lisos, finos, ruivos , castanhos ou precocemente grisalhos e escassos .- O corpo geralmente tem uma pele suave, clara e uma temperatura mais alta (maisquente) ;- Possuem colorao avermelhada ou rosada na pele, nas palmas das mos, sola dosps e face ;- Rugas e manchas avermelhadas ou roxas na pele ; freqentemente apresentam sardas.

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    - A pele clara torna-se rapidamente avermelhada durante a raiva ou exposio ao sol ;Contudo, estas caracterstica de pele e cabelo no so confiveis nos grupos

    tnicos cujas caractersticas genticas so de pele e cabelos de tonalidades mais

    escuras. Nestes casos , outras caractersticas devem ser levadas em considerao noestabelecimento da constituio.

    Do ponto de vista psicolgico, Pitta muito intenso, muito emotivo e tmum carter fortemente combativo, ainda que algumas vezes tal caracterstica estejalatente. Contudo, muitas vezes as pessoas com predomnio de Pitta tm aqueletemperamento chamado "esquentado", "bilioso", "cabea quente", apresentandotendncia s discusses, com momentos de ira, clera ou cimes. Estes aspectosnegativos da personalidade Pitta surgem especialmente quando provocados pelo stressepelas contrariedades do cotidiano. A impacincia e a exigncia aliadas a um senso deorganizao que beira o perfeccionismo fazem dos tipos Pitta pessoas irritveis eexplosivas, principalmente quando esto em uma fase desequilbrio, situaes em que

    podem ser excessivamente rspidos, crticos ou sarcsticos.Por outro lado, quando se expressam equilibradamente, as pessoas Pittaapresentam uma inteligncia aguda e penetrante, boa capacidade de concentrao, boaoratria, grande poder de persuaso e um refinado senso de organizao. Comunicam-se com clareza e preciso e defendem com firmeza a sua opinio. Nessas condies, aspessoas Pitta podem ser grandes lderes e empreendedores, dotados de uma saudvelambio e um gosto pelos desafios que conferem a eles um grande potencial de sucessono campo profissional. Vejamos alguns outros tpicos que so caractersticos dapersonalidade Pitta.

    - Em geral procuram ser pessoas bem instrudas .- Geralmente so sinceros e diretos, objetivos e pragmticos.

    - Tendem a cultivar o bom comportamento e a boa higiene .- Tendncia raiva e ao cime ; a serem bravos (valentes) e orgulhosos (altivos,arrogantes) ;- Ambio por grandeza (nobreza) ; gosto por coisas finas ; mas temem desconforto .- Possuem habilidade mental para lidar com o medo e com as inimizades .- Podem ser muito inteligentes ; inteligncia aguada .- Gosto pela aventura e desafios ; corajosos.- Impacientes, consultam o relgio a todo momento, com sensao de perda de tempo ;- Preocupados, tendem a assumir o controle das situaes (ou culpam-se por noassumirem).- Preferem alimentos de sabor doce, adstringente e amargo ; preferem comidas frias ;- Sede e fome agudas, intensas .

    - Comem e bebem muito (vinhos) .- Nos sonhos : flores, florestas em chamas , meteoros (estrelas cadentes), relmpagosluminosos, raios brilhantes de sol e fogo .

    - O sono dos Pitta geralmente bom, mas pode ser perturbado por sensaes de calorou por excesso de envolvimento com o trabalho, quando esto em desequilbrio.- Desejo por conforto e clima frio . Averso ao calor.- Ordeiros, organizados, principalmente no uso do dinheiro.

    O emocional um dos pontos-chaves das pessoas de Pitta, por suasreaes muito extremadas. Podem transitar entre a paixo e o dio intenso com muitarapidez, e so muito susceptveis aos fatores que afetam o seu lado emocional.

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    Algumas de suas marcas emocionais so :

    - Apreciadores e dedicados a mulheres ; galantes, perfumados e vaidosos.

    - Afetivos com os seus dependentes, mas podem se tornar muito ciumentos.- Emoes ardentes, amorosos, calorosos e entusisticos.

    A manuteno do equilbrio das pessoas de constituio Pitta dependemuito da moderao e do controle das toxinas alimentares , ambientais e emocionais.Quando mais puros e balanceados forem os seus hbitos de vida e o seu meio ambiente,mais chance tero de se manterem em equilbrio. Estas so qualidades importantestambm ao equilbrio do Dosha Pitta, vital sade de todos os tipos constitucionais.

    CARACTERSTICAS DA CONSTITUIO K A P H A( Temperamento Fleumtico )

    Kapha "soma" (lunar, frio, suave). Os tipos Kapha apresentam um predomniodos elementos gua e Terra, o que confere ao seu fsico uma constituio mais densa,slida e consistente. No ncleo do biopsicotipo Kapha esto a estabilidade, a constnciae a tranqilidade. O Dosha Kapha o princpio vital da estrutura e da forma, da fora,coeso e estabilidade material. As caractersticas de Kapha sobressaem-se naconstituio dessas pessoas, e por isto a sua conformao corporal apresenta-se maispesada, sua energia vital mais duradoura e o seu vigor fsico mais potente. Quando emequilbrio, os tipos Kapha tm boas chances de manter o seu sistema dentro de umaestvel e duradoura condio de sade.

    Quando em desequilbrio, entretanto, a estabilidade de Kapha pode se transformarem uma lentido excessiva, provocando uma digesto muito demorada, um metabolismovagaroso e uma tendncia obesidade. Uma constituio Kapha em desequilbrio podesofrer tambm de males como o acmulo de secrees nas mucosas do corpo, areteno de lquidos nos tecidos, distrbios e dores no sistema steo-articular e lentidodo sistema nervoso central.

    Todavia, pessoas tipo Kapha podem apresentar peso e constituio medianos oumais leves , dependendo da combinao com os outros Doshas.

    Alm disso, as pessoas nascidas com predominncia do Dosha Kaphageralmente apresentam ainda as seguintes caractersticas fsicas :

    - Braos longos ; trax grande e elevado ; quadris e ombros largos.- Testa larga ; cabelos negro-azulados, grossos, macios e simtricos .- Articulaes e msculos untuosos e bem unidos, coesos (estveis) ;- Corpo bem definido e de aparncia robusta ; linhas corporais mais cheias.- Grande vigor fsico ; dificilmente se cansam ; smen abundante .- Disposio para trabalhos fsicos mais pesados.- Digesto mais lenta ; podem omitir refeies sem se afetarem emocional ou fisicamente.- Podem comer em menor quantidade e ainda assim permanecem fortes .- Tendncia obesidade, com facilidade de ganhar peso e dificuldade de perd-lo.- Tendncia a acumular gorduras nos quadris e coxas.- Seus olhos so avermelhados nos ngulos, untuosos, grandes e compridos, com aesclertica e a ris bem desenhadas e com pestanas abundantes .- Pele lisa e oleosa ; grossa , porm macia .- Energia constante, gestos vagarosos e graciosos.- Andar suave e rtmico ; voz suave, grossa e potente ;

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    Psicologicamente, os tipos Kapha tendem a ter uma personalidade maisserena e calma. Devido sua estabilidade, dificilmente liberam emoes de ira ou cleracomo os Pitta, tampouco se mostram ansiosos e agitados como os Vata. Quando em

    equilbrio, externam grande tolerncia e pacincia, so afetuosos e carismticos, alm depoderem revelar uma serenidade admirvel. . Em geral, so generosos e maternais .Entretanto, em situaes de desequilbrio, podem tornar-se complacentes,

    possessivos e excessivamente letrgicos. Em tais circunstncias, a estabilidade pode setransformar em passividade, indolncia e insensibilidade geral, envoltos em umaobstinao irredutvel.

    Vejamos alguns outros rasgos da personalidade Kapha :

    - Natureza suave ; virtuosa e benevolente ; no costumam falar de modo grosseiro ouabusivo .- Fazem amigos com facilidade ; evitam a inimizade e tendem a ter uma naturezaperdoadora .

    - So perseverantes, humildes e no se lamentam em excesso, mesmo na infncia .- Possuem boa memria e gostam de se aprofundar nos assuntos, mas demoram mais aabsorver as informaes novas.- No so vorazes, gulosos, voluptuosos ou insaciveis .- Preferem alimentos amargos, adstringentes , picantes , quentes ou secos .- Costumam falar menos ; tm menos desejos por bebidas (vinhos), comidas ouatividades .- Gostam de presentear ; so caridosos, dignos , civilizados .- No so muito perturbados pela fome, sede, infelicidade (problemas), esforos ou pelocalor .- Dotados com inteligncia, retido de atitudes e veracidade .- Tendem a ser pessoas gratas, direitas, honestas, instrudas .

    - Geralmente so pessoas tmidas. Em desequilbrio, podem ser obstinadas e embotadas.- Gostam de pensar bastante antes de uma deciso, mas podem s vezes adiar demais,tornando-se muitos lentos, procrastinadores.- Costumam ser obedientes aos professores e s pessoas mais velhas ;- Nos sonhos, aparecem reservatrios de gua, revoadas de pssaros e nuvens .- O sono profundo , pesado e prolongado. Tendem sonolncia excessiva.- O despertar lento e demoram a se levantar e a iniciar as atividades pela manh.

    Do ponto de vista emocional, os tipos Kapha so muito afetivos egenerosos, conciliadores e respeitosos, e geralmente esto felizes com a situao em quevivem. Todavia, quando em desequilbrio emocional, pode apresentar-se letrgicos,passivos e com tendncia bulimia (comer compulsivamente por desconsolo emocional).

    O ponto estratgico no equilbrio e manuteno da sade de um Kapha omovimento, a dinmica, a evoluo. Deve procurar sempre fatores que estimulem o seuprogresso, para no entrar em letargia, estagnao ou inrcia. O caminho do equilbrio deKapha o desapego e o desprendimento de todo o status quomaterial ou emocional ;evitar a rotina excessiva, a gula e a bulimia, o sedentarismo e as comidas frias e frias ecolocar mais calor vital e dinamismo em sua vida. Com isto, o Dosha Kapha estar aptoa cumprir o seu importante papel de conferir estabilidade, segurana e tranqilidade.

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    AAFROSinonmia: Curcuma , Aafro-da-terra ; Aafroeira ; aafroeiro-da-ndia,Nome cientfico : Curcuma longa , L.Famlia : ZingiberaceaeOutros Idiomas :

    - Ingls : Turmeric- Chins : Jiang huang- Snscrito : Haridra

    Partes usadas : Tubrculos (rizoma, bulbo)Preparaes e Doses:

    - P : 250 - 350 mg 2 a 3 x / dia, com gua, mel ou leite.- Ch : 1 chvena 2 a 3 x / dia- Decoco : 1 chvena 2 a 3 x / dia, fervido com gua ou leite.- Leite medicado , Ghee medicado.- Usos Externos : leos medicados, ps finos, cataplasmas, compressas, banhos.

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Amargo adstringente - picante- Vipaka: Picante- Potncia : Quente- Ao nos Doshas : Pacifica Kapha ; Aumenta Pitta e Vata (se em excesso)

    Indicaes :* Aes :

    - Digestiva, carminativa- Imunizante, anti-alrgica; anti-inflamatria- Potente ao anti-oxidante.- Anti-microbiana; cicatrizante e anti-sptica no uso tpico.- Estimulante de Pitta e Agni.- Atua beneficamente sobre os sistemas digestivo , circulatrio e respiratrio.

    * Usos :

    - Digesto fraca e demorada (Kapha).- Anti-oxidante nos casos de m-circulao e dficit de oxigenao dos tecidos.- Estados alrgicos, condio de baixa imunidade. Alergias e pruridos.- Bronquites, faringites, sinusites, tosses e nas infeces de vias areas em geral.- Dores reumticas.- Anemias e convalescenas, com baixo calor vital.- Fluxo menstrual escasso (potncia quente)- No uso tpico, como anti-inflamatrio e cicatrizante, os banhos, chs, leos

    medicados e at o p fino so usados sobre os processos inflamatrios, feridas, lceras eeczemas.

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    Nas assaduras de crianas, banhos com a decoco do Aafro so de uma eficciaextrema e imediata.

    Precaues :- Deve ser evitado nos casos de gravidez, ictercia aguda e hepatite, com agravao

    de Pitta.

    ACARIOBASinonmia: Acariroba, Erva-do-Capito, barbarosaNome cientfico : Hidrocotille umbellata , L. ; H. asiaticaFamlia : UmbelliferaeOutros Idiomas :

    - Ingls : Gotu Kola- Chins : Man t'ien hsing- Snscrito : Brahmi, Mandukaparni

    Partes usadas : Folha . Toda a planta.Preparaes e Doses:

    - P seco : 250 mg a 1 grama 2 a 3 vezes ao dia, com gua ou leite.- Suco fresco : 1 chvena 2 a 3 vezes ao dia ( 5 folhas batidas com gua ou leite)- Ghee medicado : 1 c. ch 2 a 3 vezes ao dia.- Ch ou Fervida no leite : 1 chvena 2 a 3 vezes ao dia (batida com gua ou leite)- Usar em saladas : Picar 5 a 10 folhas na salada, com outras folhas e hortalias.

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Doce - amargo- Vipaka: Doce- Potncia : Fria- Ao nos Doshas : Pacifica os trs Doshas (Tridosha)

    Indicaes :* Aes :

    - Eutnica do sistema nervoso central e do crebro; ansioltica leve;- Diurtica; depurativa da pele e sistema urinrio- Cicatrizante- Promove a longevidade e retarda o envelhecimento precoce (Rasayana).

    Atua beneficamente sobre os sistemas nervoso, circulatrio e digestivo.

    * Usos :- Distonia do sistema nervoso, estress, estafa, irritabilidade, insnia e dificuldade

    de memorizao, ateno e concentrao.- Pode ser usada para crianas em idade escolar, com o objetivo de melhorar o

    rendimento nos estudos (ghee medicado e leite medicado).- Nas pessoas hipertensas, contribui com seus efeitos ansioltico e diurtico, ao lado

    dos medicamentos anti-hipertensivos prescritos por especialistas.

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    - Seu efeitoRasayana um dos mais apreciados no Ayurveda para os casos desenilidade , envelhecimento precoce, queda de cabelos, perda de memria e outros sintomasde desgaste psicofsico.

    - Uma das mais importantes ervas medicinais do Ayurvdica usadas comorejuvenecedoras e revitalizantes do sistema nervoso e do crebro. Ativa as funes sutis docrebro, tais como a inteligncia e memria.

    Precaues :Em doses elevadas, pode causar cefalias temporrias, tonturas, desmaios, nuseas,

    vmitos, e agravao de pruridos na pele.

    ALFAVACASinonmia: Alfavaquinha, alfavaca-cheirosa, alfavaca-de-cheiro.

    Alfavaca-da-amrica

    Nome cientfico : Ocimum gratissimum , Ocimum sanctumOutros Idiomas :

    - Ingls : Sweet basil- Snscrito : Tulasi ; Surasa

    Famlia : LabiataePartes usadas : Toda a planta / partes areas

    Folhas e sumidades floridas

    Preparaes e Doses:Uso interno* Infuso : 20 g da planta seca p/ 1 litro de gua fervente. Abafar e coar. Tomar 3 xcara de

    ch morno ao dia* P : 1 a 2 g por dose , 2 a 3 vezes ao dia

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Picante , Amargo- Vipaka: : Picante- Potncia : Quente- Ao nos Doshas : Pacifica Vata e Kapha, em excesso aumenta Pitta

    Indicaes :* Aes :

    - Anti-espasmdica, carminativa , tnica estomacal.- Combates espasmos do estmago e os gases digestivos.- Relaxante muscular, facilita o sono em casos de insnia por tenso muscular.- Estimula a secreo do leite materno.- Anti-tussgena. Sudorfica, febrfuga.

    Atua beneficamente nos sistemas respiratrio, digestivo e no sistema nervoso central.

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    * Usos:Uso Interno :

    - Dores e espasmos gstricos, indigesto, flatulncia.

    - Clicas intestinais por gases.- Afeces respiratrias (tosse, bronquite, faringite).- Estomatites, aftas , otites (uso tpico).- Insnias por tenso muscular, enxaquecas, dispepsias nervosas.- Diminuio do leite materno em nutrizes.- Estafa mental, intelectual ou nervosa (tnica do SNC).

    Uso Externo :* Dores de garganta / aftas

    - Gargarejo com a infuso* Rachadura no bico dos seios (nutrizes)

    - Ch das folhas ou seu suco ou sementes em macerao, aplicando-se compressa sobre obico do seio afetado

    Contra-Indicaes* No recomendado na gravidez

    ALHOSinonmia: Alho-hortense, alho-comumNome cientfico : Allium sativum, L.Famlia : LiliaceaeOutros Idiomas :

    - Ingls : Garlic- Chins : Da suan- Snscrito : Lasunah , Lasuna , Rashona

    Partes usadas : Bulbo (rizoma)

    Preparaes e Doses:- P : 100 mg at 1 g , 2 a 3 vezes ao dia- Infuso fria ou quente : 1/2 copo 2 a 3 x / dia- Chs e decoces : 1 xcara 2 a 3 vezes ao dia- Suco fresco : 1 c. ch 2 a 3 x / dia, com gua ou leite- Alho fresco : At 4 g ao dia

    - leo de alho : 250 a 500 mg , 2 a 3 x / dia- Uso Externo : leo medicado, compressas

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Todos os sabores, exceto o sabor cido. Sabor principal : picante.- Vipaka: Picante- Potncia : Quente- Ao nos Doshas : Pacifica Vata e Kapha ; aumenta Pitta.

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    Indicaes :* Aes :

    - Digestiva, carminativa; anti-helmntica; anti-espasmdica;

    - Aumenta o fluxo menstrual;- Tnica e estimulante geral.- Imunizante; anti-inflamatria, anti-reumtica.- Expectorante; anti-microbiana, anti-sptica;- Anti-lipmica; hipotensora ; anti-adesivo-plaquetria- Anti-oxidante; desintoxicante-Rasyana.

    Atua sobre os sistemas circulatrio, respiratrio, digestivo, reprodutor e nervoso

    * Usos :- Digesto fraca, comAgni baixo e lentido no funcionamento.

    - Parasitoses intestinais.- Afeces das vias areas: resfriados, gripes, tosses, bronquites, por sua ao

    expectorante e imunizante.- um dos principais remdios da Fitoterapia Ayurveda no tratamento dos

    reumatismos e dores articulares.- Regulariza a circulao e combate a arteriosclerose ao abaixar os nveis

    excessivos das gorduras saturadas no sangue ("colesterol ruim").- Diminui a sobrecarga do corao, melhora sintomas de palpitaes e taquicardias

    e contribui no tratamento da hipertenso arterial.- O Ayurveda indica largamente o alho nos casos de doenas inflamatrias crnicas

    da pele.

    - considerado uma timaRasayana para Vata, tonificando e retardando os efeitosdo envelhecimento sobre as pessoas desta constituio.

    - Age como um poderoso desintoxicante, removendo toxinas ,Ama e Kapha, dacirculao sangnea e linftica.

    - Alguns textos Ayurvdicos atribuem ao alho uma qualidade rajsica ; outros,mencionam qualidades Tamsicas ; entretanto , quase unnime a contra-indicao destaplanta para os praticante deyoga ou meditao, devido aos seus referidos efeitos sobre osDoshas mentais.

    - Externamente, massagens com leos medicados ou compressas quentes comalho podem ser aplicadas sobre partes do corpo acometidas por dores, inflamaes oureumatismos.

    Precaues :- Deve ser usado com moderao nos excessos de Pitta e evitado nas doses

    teraputicas na presena de hiperacidez gstrica, gastrites agudas, lceras gstricas ativas enos casos de hemorragia.

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    CAMOMILASinonmia : Camomila-nobre , camomila-romanaNome cientfico : Chamomilla recutitaOutros Idiomas :

    Ingls : ChamomileFamlia : CompositaePartes usadas : FloresPreparaes e Doses :

    P : 250 mg a 1 d por dose, 2 a 3 vezes ao dia/Infuses, chs : 1 chvena 2 a 3 vezes ao dia.

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Amargo e picante.- Vipaka: Picante.- Potncia : Fria- Ao nos Doshas : Pacifica Kapha e Pitta

    Em excesso, aumenta Vata.

    Indicaes :* Aes :

    - Calmante, estomquica, anti-espasmdica. Atua beneficamente sobre os sistemas nervoso, digestivo e respiratrio.

    * Usos :- Indigesto, gastrites e colites, flatulncia- Clicas gastrintestinais, clicas biliares

    - Diarrias (reconstituio da flora).- Cefalias digestivas e tensionais.- Tenses do sistema nervoso, dores nervosas- Melhora sono e o relaxamento psquico.- Planta Sattvica, auxilia no equilbrio das emoes- til para todas as constituies quando usada em doses moderadas --- embora seja

    uma planta especialmente indicada para os tipos Pitta.- Distrbios digestivos e nervosos de crianas : agitao, insnia, clicas intestinais,

    flatulncia.

    Uso Externo

    Eczemas, dermatites e lceras de perna.O banho dos olhos com o ch promove alvio e desinflamao locais.Compressas quentes sobre nervos e msculos doloridas aliviam dores e inflamaes.

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    CANELASinonmia: Canela-do-Ceilo ; caneleira .Nome cientfico : Cinnamomum zeylanicum , BreynFamlia : LauraceaeOutros Idiomas :

    - Ingls : Cinnamon- Chins : Gui- Snscrito : Twak , Tvac , Dalchini.

    Partes usadas : Casca , FolhasPreparaes e Doses:

    - P : 500 mg a 1 g , 2 a 3 vezes ao dia- Infuses : 1 chvena 2 a 3 vezes ao dia- Ch e decoces : 1 chvena 2 a 3 vezes ao dia, fervida com gua ou leite.- Leite medicado , Ghee medicado.

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Picante doce - adstringente- Vipaka: Doce- Potncia : Quente- Ao nos Doshas : Pacifica Vata e Kapha . Aumenta Pitta , embora as partes

    mais doces da planta possam pacificar tambm Pitta.

    Indicaes :*Aes :

    - Digestiva, carminativa ;; anti-diarrica e anti-disentrica.- Diafortica; expectorante; diurtica

    - Analgsica; eutnica do sistema nervoso; ao tnica geral . Atua beneficamente nos sistemas urinrio, respiratrio, digestivo e circulatrio.

    * Usos :- Diarrias e disenterias, devido ao seu efeito adstringente.- Indigesto com fraqueza de Pitta e baixoAgni.- Afeces das vias areas, resfriado, tosse, congesto dos seios da face, bronquites.- Dores articulares e tenses musculares (analgsica).- Em associao com outras ervas Ayurvdicas, a canela usada no tratamento das

    clicas menstruais, especialmente quando o fluxo menstrual escasso.- Anorexia, fraqueza geral , perodos de convalescena, espermatorria e

    constituies fracas so condies que se beneficiam pelos efeitos tonificantes da canela.- Fortalece o corao, melhora a funo dos rins e promove a ao deAgni.- Suas qualidades Sttvicas fazem desta planta uma timaRasayana para pessoas do

    tipo Vata. E ela apresenta uma ao importante sobre esse Dosha, especialmente sobre osubdosha Vyana Vayu, responsvel pelo fortalecimento e harmonizao do fluxocirculatrio.

    Precaues :- Deve ser evitado nos excessos de Pitta e na vigncia de hemorragias.

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    CAPIM - SANTOSinonmia: Capim-limo, capim-cidreira, erva-cidreira-de-capim, erva-cidreira-de-ramo.Nome cientfico:Andropongoncitratus ; Cymbopogon citratus.Outros Idiomas :

    - Ingls : Lemon grass, True-Lemon-Grass- Snscrito : Dhyamaka ; Bhustrina

    Famlia : GraminaePartes usadas : Folhas , razes (toda a planta).Preparaes e Doses :

    P - 500 mg a 2 g por dose, 2 a 3 vezes ao diaInfuso ou ch : 120g para 750 ml de gua. Tomar 1/2 a 1 chvena, 2 a 4 x ao dialeo essencial : 3 a 6 gotas, com ch ou mel, 2 x / dia.Leite medicado , Ghee medicado.

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor: Picante, amargo- Vipaka: Picante- Potncia : Fria

    - Ao nos Doshas : Pacifica Pitta e Kapha ; neutro para Vata.

    Indicaes :* Aes :

    - Sudorfica, sedativa, carminativa, anti-espasmdico. Atua beneficamente sobre os sistemas digestivo, nervoso e circulatrio.

    * Usos :

    - Excelente digestivo para crianas (combinar com gengibre, canela e mel ou acarmascavo).

    - Sudorfico em casos de febres.- Juntamente com pimenta-do-reino nos casos de irregularidades menstruais e nas

    formas congestivas e neurlgicas de clicas menstruais.- refrescante, carminativa, tnica da mucosa gastro-intestinal e til nos vmitos e

    diarrias. Sua infuso composta com folhas de hortel, pimenta-do-reino e gengibre seco,adoada com acar mascavo, til em casos de clicas gastrointestinais, flatulncia,febres, obstruo nasal e infeces das vias areas superiores.

    CAVALINHASinonmia : EquisetoNome cientfico : Equisetum arvenseOutros Idiomas :

    Ingls : HorsetailChins : Mu zei

    Famlia : EquisetaceaePartes usadas : Partes areas.

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    Preparaes e Doses :P : de 1 a 5 g ao dia, em 3 tomadas por dia.Ch : 100 a 500 ml ao dia

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Amargo e doce- Vipaka : Picante- Potncia : Fria- Ao nos Doshas : Pacifica Pitta e Kapha / Aumenta Vata

    Indicaes :* Aes :

    - Diurtica- Remineralizante (Silcio, Clcio, Selnio, ...)

    Atua beneficamente nos sistemas urinrio, osteomuscular, circulatrio.

    * Usos :- Reteno de lquidos, inchaos.- Suporte nas cistites, clculos renais, enurese noturna.- Suporte nas prostatites e sintomas de prostatismo.- Auxlio na osteoporose, fraturas sseas (recalcificao).- Sua ao pacificadora sobre o Dosha Pitta alivia o excesso de fogo no corpo, no

    fgado e vias biliares, tornando-a eficaz inclusive na remoo de clculo biliares.Precaues :

    Precaues- Devido aos seus efeitos abrasivos e irritantes, a Cavalinha deve ser usada dentro

    das doses normais (no exceder 5 g do p ao dia).

    COENTRONome cientfico : Coriandrum sativum , L.Famlia : UmbelliferaeOutros Idiomas :

    - Ingls : Coriander- Chins : Yan shi- Snscrito : Dhanyak , dhanyaka

    Partes usadas : Frutos , sementes , folhas .Preparaes e Doses :

    - P : 250 mg at 1 g , 2 a 3 vezes ao dia- Infuso fria ou quente : 1/2 copo 2 a 3 vezes ao dia- Ch : 1/2 copo 2 a 3 vezes ao dia

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Amargo , picante- Vipaka: Picante- Potncia : Fria

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    - Ao nos Doshas : Pacifica Vata, Pitta e Kapha, embora em algumas situaes deagravao prvia de Vata ele possa aumentar este Dosha.

    Indicaes :* Aes :

    - Carminativa, estomquica, digestiva, anti-biliosa, alcalinizante- Anti-alrgica;- Diurtica; diafortica.- Atua beneficamente nos sistemas urinrio, respiratrio e digestivo.

    * Usos :- Em decorrncia de suas aes diurticas e alcalinizantes, coadjuvante nos casos

    de cistites, queimaes uretrais, infeces no trato genito-urinrio.- Urticrias, rashes cutneos , alergias , rinites , queimaes na pele e na garganta

    so aliviados pela ao anti-alrgica do coentro.- Indigesto, especialmente com gases , clicas , nuseas e vmitos.- Diarrias e disenterias, especialmente com caractersticas de Pitta- Muito eficaz, especialmente em associao com cominho e o funcho.- Trata-se de um providencial remdio caseiro para muitos distrbios de Pitta, em

    especial aqueles ligados aos sistemas digestivo e urinrio.

    Precaues : uma planta bastante incua, mas pode ser usada com moderao nos casos de

    agravao prvia de Vata , com comprometimento do tecido nervoso.

    COMINHONome cientfico : Cuminum cyminumFamlia : UmbelliferaeOutros Idiomas :

    - Ingls : Cumin seed- Snscrito : Jiraka ; jirak ; jeerak

    Partes usadas : FrutosPreparaes e Doses :

    - P : 500 mg a 1 g 2 a 3 vezes ao dia

    - Infuses : 1 chvena 2 a 3 vezes ao dia- Ch : 1 chvena 2 a 3 vezes ao dia

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Picante - amargo- Vipaka: Picante- Potncia : Fria- Ao nos Doshas : Pacifica Vata, Pitta e Kapha

    Indicaes :* Aes :

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    - Digestiva, carminativa, anti-diarrica ; anti-espasmdica.- Tnica e estimulante do sistema nervoso.- Tnica do tero ; anti-pirtica.

    - Atua beneficamente nos sistemas digestivo, nervoso e reprodutor feminino.* Usos :

    - Diarrias, disenterias, gastro-enterites, dispepsias , flatulncia, desconfortoabdominal, intoxicaes alimentares e , de modo especial, nas clicas de recm-nascidos..

    - Como desintoxicante, pode ser usado em casos de alergias de pele.- O Ayurveda descreve aes do cominho no equilbrio hormonal da mulher e, por

    isto, ele indicado nos distrbios da funo uterina , especialmente quando associados adistonias do sistema nervoso.

    Precaues : uma erva incua nas doses teraputicas, pacificadora do sistema Tridosha.

    CRAVO-DA-NDIASinonmia : Cravo-aromticoNome cientfico : Eugenia caryophyllata , Thunb. ; Syzygium aromaticum , (L.) ,Merril et Perry

    Famlia : MyrtaceaeOutros Idiomas :

    - Ingls : Cloves- Chins : Ding xiang- Snscrito : Lavanga , lavang

    Partes usadas : Botes floridos secos

    Preparaes e Doses :- P : 250 a 500 mg 2 a 3 x / dia- Infuses : 1 chvena 2 a 3 vezes ao dia- Ch : 1 chvena 2 a 3 x / dia , fervido com gua ou leite.- Decoco : 1 chvena `2 a 3 x / dia , fervido com gua ou leite- leo essencial : 3 a 5 gotas em gua ou ch, 2 a 3 vezes ao dia- Botes floridos secos- uso direto: Chupar e mascar 2 a 3 cravos, 2 a 3 vezes ao dia.- Uso Externo : Massagens com o leo essencial.- Leite medicado , Ghee medicado.

    Caractersticas Ayurvdicas :

    - Sabor : Picante- Vipaka: Picante- Potncia : Quente- Ao nos Doshas : Pacifica Vata e Kapha ; Aumenta Pitta

    Indicaes :* Aes :

    - Digestivo, estomquico; carminativo;- Anti-sptico, analgsico- Tnico e estimulante geral e circulatrio .

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    Atua beneficamente nos sistemas digestivo, respiratrio, circulatrio e reprodutivo.

    * Usos :- Resfriados, gripes, tosses, faringites, laringites com dores e irritao locais.

    Coadjuvante no tratamento de bronquites.- Dispepsia, nuseas, vmitos, soluos, clicas e espasmos gastrointestinais.- Seus efeitos aromticos tonificam os pulmes e o estmago.- Sua potncia quente dissipa estados de calafrios, resfriamentos do corpo e

    hipotenso, descongestionando os vasos linfticos, estimulando a circulao e a pressosangnea .

    - Estimulante suave, inclusive do sistema reprodutor masculino, e um coadjuvanteno tratamento de certos casos de impotncia.

    - O seu leo essencial muito aromtico e altamente analgsico. Pode seu usadointernamente, em pequenas doses, com os mesmos efeitos teraputicos.

    - No uso externo, o leo essencial aplicado em casos de dores locais, commassagem suave.

    - Estas flores apresentam uma potncia muito quente e um efeito energizante quepode tornar-se um tanto irritante para o Dosha Pitta, devido s suas qualidades rajsicas.

    Precaues :- Deve ser usado com cautela na vigncia de processos inflamatrios agudos, nos

    casos de hipertenso arterial e nos excessos de Pitta.

    ERVA DE SANTA - MARIASinonmia: Erva formigueira, erva vomiqueira, matruz, mastruo, mentruz, ambrosia,

    No norte: matri, mentrei, apazote, uzaidela.Nome cientfico : Chenopodium ambrosioides LinnOutros Idiomas :

    - Ingls : Mexican tea ou Jerusalam oak.- Snscrito : Sugandha vastuka

    Famlia : ChenopodiaceaePartes usadas : Folhas e sementesPreparaes e Doses:

    P : 1 a 2 g com mel ou gua morna, 2 vezes ao dia, durante 7 a 10 diasInfuso : 1 xcara de ch, 2 vezes ao dia.

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Picante e Amargo- Vipaka: Picante- Potncia : Quente- Ao nos Doshas : Pacifica os trs Doshas (Tridosha).

    Indicaes :* Aes :

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    - A ao vermfuga deve-se a uma substncia chamada ascaridol (ascarisina), capazde provocar excitao, paralisia e morte de diversos vermes.

    - Estimula Agni, elimina Ama.

    - Ao antiespsmdica, emenagoga.

    * Usos :* Uso Interno

    - Verminose. Flora intestinal prejudicada por um baixo Agni.- Doenas da pele relacionadas ao acmulo da Ama.

    - Levemente laxante, coadjuvante no tratamento de hemorridas.

    * Uso Externo- Um cataplasma com as folhas e sementes pode ser aplicado sobre contuses, para

    evitar inchaos, aliviar a dor e acelerar a recuperao dos tecidos.

    Precaues :Em doses inadequadas pode ser abortiva.Seus efeitos txicos incluem irritao da pele e mucosas, vmitos, vertigens, cefalia.Desaconselha-se o uso do leo, devido a alta toxicidade do ascaridol.

    FUNCHOSinonmia : Erva-doce, erva doce brasileiraNome cientfico : Foeniculum vulgare Gaetn , MillerOutros Idiomas :

    - Ingls : Fennel seeds , fennel fruits- Chins : Xiao hue xiang

    - Snscrito : Shatapushpa , satapushpa, madhurika.Famlia : UmbelliferaePartes usadas : Frutos (sementes)Preparaes e Doses :

    - P : 250 mg at 1 g , 2 a 3 vezes ao dia- Infuses : 1 chvena 2 a 3 x / dia- Chs : 1 chvena 2 a 3 vezes ao dia- Leite medicado , Ghee medicado.

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Doce - picante- Vipaka: Doce- Potncia : Fria (levemente)

    Ao nos Doshas : Pacifica Vata e Pitta (principalmente)Kapha (menos)

    Indicaes :* Aes :

    - Digestiva , carminativa , anti-espasmdica,

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    - Dores abdominais, inapetncia, dispepsias atnicas, cefalias digestivas.- Artrites, artralgias, dores musculares.- Resfriados, gripes, bronquites, laringites, tosses.

    Precaues :Evitar seu uso no primeiro trimestre da gravidez.

    HORTELSinonmia: Hortel-pimenta ; menta.Nome cientfico : Mentha pipperita ; Mentha spp.Outros Idiomas :

    Ingls : Mentha ; PeppermintSnscrito : Phudina

    Famlia : LabiataePartes usadas : Planta toda ; folhas , sumidades floridas.Preparaes e Doses :

    P : 250 mg a 1 g , 2 a 3 vezes ao diaInfuso fria ou quente (no ferver) : 1 chvena 3 vezes ao diaGhee medicado , leite medicado.

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Picante- Vipaka: Picante- Potncia : Fria (levemente)

    - Ao nos Doshas : Pacifica Pitta e Kapha ; em excesso, aumenta Vata

    Indicaes :* Aes

    - Digestiva, carminativa, eupptica, colagoga, estomquica, antiemtica, vermfuga,antiespasmdica, analgsica.

    - Estimulante, tnica, diafortica.- Anti-sptica, antifngica, antiviral, antibacteriana.- Broncodilatadora, expectorante.

    Atua beneficamente nos sistemas digestivo, circulatrio, nervoso e respiratrio.

    * Usos- Atonias digestivas, gases, dores de estmago, nuseas e vmitos (inclusive

    vmitos gravdicos), intoxicaes de origem intestinal, diarrias, disenterias, verminoses(especialmente amebas e girdia).

    - Disfunes hepticas e biliares.- Febres, gripes, resfriados, dores de ouvido, dores de garganta, sinusites, laringites,

    bronquites e asmas.- Cefalias, agitao nervosa, clicas menstruais, neuralgias por frio.

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    *** Existem mais de 30 espcies de mentas (hortels) , incluindo algumas espcies hbridasde difcil identificao botnica. Em Fitoterapia elas tm usos muito semelhantes e podemser aplicadas com as mesmas finalidades acima mencionadas.

    A Hortel, assim como outras mentas, contm grandes quantidades do elementoter, que tem uma ao refrescante, clarificadora e expansiva. Atravs de sua naturezaetrea e sttvica, a Hortel ajuda a aliviar as tenses e congestes mentais e emocionais.

    Precaues :Pessoas com excesso de Vata , com calafrios severos ou neurastenia intensa devem

    usar esta planta sob orientao mdica e com precaues, pois ela pode agravar o Vata.

    JURUBEBASinonmia : Jubeba, juribeba, jupeba.Nome cientfico : Solanum paniculatumOutros Idiomas :

    - Snscrito : KantakariFamlia : SolanaceaePartes usadas : Toda a plantaPreparaes e Doses :

    - Decoco : 10 a 20 ml 2 a 3 x/dia, com acar e mel- Suco fresco (frutos) : 10 a 20 ml 2 vezes ao dia- P : 1 a 2 g 3 vezes ao diaCaractersticas Ayurvdicas :

    - Sabor : Amargo , Picante- Vipaka: Picante- Potncia : Quente- Ao nos Doshas : Pacifica Vata e Kapha

    Indicaes :* Aes :

    - Digestiva, tnica heptica- Purifica o primeiro Tecido (Rasa Dhatu).

    Atua beneficamente nos sistemas digestivo, respiratrio e circulatrio.

    * Usos :- Bronquite e asma brnquica (preventivo).- Faringites cnicas, de repetio.- Indigesto, sobrecarga ou intoxicao heptica.

    MAMONANome cientfico : Ricinus communis L.Outros Idiomas :

    - Snscrito : Eranda , erumba

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    MELO - DE - SO - CAETANOSinonmia : Erva-de-so-caetano, erva-de-so-vicente.Nome cientfico : Momordica charantia L.Outros Idiomas :- Ingls : Bitter gourd

    - Snscrito : KarellaFamlia : CucurbitaceaePartes usadas : Folhas / Frutos / SementesPreparaes e Doses:

    P : 1 a 2 g 3 vezes ao dia, em gua morna.Suco da planta : 15 a 20 ml 2 vezes ao dia.Caractersticas Ayurvdicas :

    - Sabor : Amargo e Picante- Vipaka : Picante- Potncia : Quente- Ao nos Doshas : Pacifica Kapha e Pitta.

    Indicaes :* Aes :

    - Estimulante de Agni, digestivo, desobstruente- Purifica o primeiro Dhatu (Rasa)- Hipoglicemiante (sementes, extratos ou decocto das folhas e suco da planta).

    - O suco da planta aumenta a tolerncia glicose e a absoro rpida da glicose nostecidos, juntamente com o aumento de glicognio nos tecidos e msculos.

    - Foram determinadas as atividades anti-tumoral, anti-viral e imunomoduladoras. Atua beneficamente nos sistemas digestivo, metablico e imunolgico.

    * Usos :- Digestivo, tnico heptico.- Tnico geral e munolgico.- Coadjuvante no Diabetes Mellitus tipo II.- Parasitoses intestinais, anorexia, dispepsia.- Auxilia no tratamento de doenas respiratrias, febre

    - Leucorrias e dismenorrias.- As sementes : pesquisadas como tnico imunolgico em pacientes HIV (+), com

    resultados animadores na reduo da carga viral e na negativao do exame em pacientesportadores assintomticos do vrus HIV.

    Precaues :Os frutos possuem substncias abortivas capazes de induzir teratognese em embries deratos e podem atuar como supressoras da imunidade por ao linfocitotxica.Dados Toxicolgicos : Alm de induzir teratognese e provocar leses testiculares em cesesta espcie induziu alteraes sobre parmetros sangneos de sunos.

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    NIM INDIANOSinonmia: Nim , margosa.Nome cientfico : Azadirachta indica A. Juss.Outros Idiomas :

    - Ingls : Neem, margosa.- Snscrito : Nim, neem, tamar, margosa

    Famlia : MeliaceaePartes usadas : Folhas, casca dos galhos, leo essencial.

    Em menor escala, usam-se as flores, as razes e a resina.Preparaes e Doses:

    P das folhas: 1 a 2 g por dose, 2 a 3 vezes ao diaCh das folhas : 1 xcara de ch 2 a 3 vezes ao diaDecoco das casca : xcara de ch 2 a 3 x / dia

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Amargo- Vipaka: Picante- Potncia : Fria- Ao nos Doshas : Pacifica Pitta e Kapha ; Aumenta Vata.

    Indicaes : * Aes:- Hepatoprotetora, hipoglicemiante.- Reduz a secreo de cido gstrico e tem efeito anti-lcera (estmago e duodeno)- Carminativa.- Diurtica, emenagoga.- Anti-inflamatria, anti-histamnica.- Anti-sptica, anti-viral, fungicida.- Anti-helmntica.

    Atua beneficamente nos sistemas digestivo, circulatrio, imunolgico e cutneo.

    * Usos :* Uso Interno- Disfunes digestivas, hiperacidez gstrica- lceras gastroduodenais (preveno ou tratamento)- Intoxicaes intestinais, parasitoses intestinais, helmintase.- Auxiliar nas dermatites e dermatoses em geral, incluindo dermatites crnicas,

    psorase, dermatites infecciosas e alrgicas, escabiose, micoses, pediculose, etc.- Auxiliar no tratamento da obesidade, diabetes mellitus tipo II e hiperlipidemia.- Reumatismos, artrites, dores articulares.- Disfunes imunolgicas, doenas auto-imunes e baixa imunidade.

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    * Uso Externo- Banhos com ch de folhas ou decoco da casca dos galhos so indicados para

    dermatites e dermatoses em geral, por seu efeito anti-bacteriano, anti-fngico, anti-inflamatrio e anti-alrgico.

    - Os mesmos banhos so usados para promover cicatrizao de feridas crnicas.- Diversos produtos para uso externo tm sido produzidos a partir dessa planta, para

    uso veterinrio e humano, alm do uso na agronomia como um controle biolgico depragas.

    - Pastas dentais, shampoos, loes repelentes contra insetos, sabonetes, cremes etinturas tm sido comercializadas com base nos efeitos acima mencionados.

    Precaues :- O uso oral contra-indicado durante a gestao e no planejamento de uma

    gravidez.- O uso excessivo, acima das doses recomendadas, pode causar sobrecarga aos rins.- Recomenda-se precauo na indicao oral para pessoas em estado de fadiga e asteniacrnicas e naquelas com presso arterial muito baixa.

    NOZ MOSCADANome cientfico : Myristica fragransOutros Idiomas :

    Ingls : NutmegSnscrito : Jatiphala

    Famlia : MyristicaceaePartes usadas : Fruto (semente)Preparaes e Doses :

    P : 250 mg a 1 g por dose, 2 a 3 vezes ao diaInfuso fria ou quente (no ferver) : 1 chvena 2 a 3 vezes ao diaLeite medicado , Ghee medicado.

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Picante- Vipaka: Picante

    - Potncia : Quente

    - Ao nos Doshas : Pacifica Vata e Kapha ; aumenta Pitta

    Indicaes :* Aes :

    - Carminativa, digestiva.- Sedativa suave.- Tnica, afrodisaca, estimulante.- Adstringente, anti-diarreica.

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    Atua beneficamente nos sistemas digestivo, nervoso e reprodutivo.

    * Usos :- Flatulncia, gases gstricos e intestinais, dores e distenses abdominais, diarrias,

    disenterias, m-absoro intestinal.- Insnia, tenses, cefalias.- Impotncia, incontinncia urinria, ejaculao precoce.- considerada um dos melhores temperos para aumentar a absoro no intestino

    delgado.- Auxilia a aliviar os excessos de Vata no clon e no sistema nervoso.- um dos melhores medicamentos para acalmar a mente, tomado na dose de 500

    mg , com leite morno, acalmando a mente e promovendo um sono mais profundo e

    reparador.- Todavia, sua natureza Tamsica e em excesso pode provocar torpor mental.

    Precaues :Usar com precauo na Gravidez e nos excesso de Pitta.Em doses altas, tem efeito narcotizante e depressor do Sistema nervoso central.

    PATA-DE-VACASinonmia: Moror, pata-de-boi, unha-de-boi, unha-de-vacaNome cientfico : Bauhinia variegata L ; B. forficata ; Bauhinia aculeata.

    Outros Idiomas :- Ingls : Moutain ebony- Snscrito : Kanchanara

    Famlia : LeguminosaePartes usadas : Folhas / CascaPreparaes e Doses:P : 1 a 2 g do p, em gua morna ou natural, 3 vezes ao dia.

    Decoco : Uma xcara de ch 3 vezes ao dia.leo medicamentoso : Uso externo

    Caractersticas Ayurvdicas :

    - Sabor : Adstringente- Vipaka: Picante- Potncia : Fria- Ao nos Doshas : Pacifica Pitta e Kapha

    Indicaes :* Aes :

    - Hipoglicemiante.- Antinflamatoria- Diurtica

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    - Cicatrizante, anti-sptica, antialrgica.- As flores so laxativas.

    Atua beneficamente sobre os sistemas endcrino, imunolgico e circulatrio.

    * Usos :Uso Interno :

    - Coadjuvante no tratamento do Diabetes Mellitus tipo II e da obesidade.- Corrimento vaginal, tendncias hemorrgicas.- Eczemas alrgicos, dermatites e adenites.- Estados alrgicos e inflamatrios.

    As flores auxiliam na normalizao do esvaziamento gstrico e intestinal.

    Uso Externo :- Como anti-inflamatrio, pode ser aplicado um cataplasma ou um banho com a decoco

    das folhas sobre as partes acometidas por inflamaes, dores, alergias e eczemas alrgicosou inflamatrios.- Com o mesmo objetivo, o leo de rcino ou de gergelim pode ser medicado com as folhasou casca da planta, para ser aplicado com massagem sobre as partes afetadas.- Como cicatrizante, o banho com a decoco das folhas ou casca pode ser aplicado sobrelceras e ferimentos crnicos.

    PIMENTA - DO - REINOSinonmia: Pimenta-pretaNome cientfico : Piper nigrumOutros Idiomas :

    Ingls : Black pepperSnscrito : Marich ; maricha.

    Famlia : PiperaceaePartes usadas : FrutosPreparaes e Doses :

    P : 100 a 500 mg, 2 a 3 vezes ao dia, com gua ou leite.Infuso / Ch : 1/2 chvena 2 a 3 vezes ao dia.

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Picante- Vipaka: Picante- Potncia : Quente- Ao nos Doshas : Pacifica Vata e Kapha ; aumenta Pitta

    Indicaes :*Aes :

    - Estimulante da digesto, carminativa.- Expectorante,- Anti-helmnitica,- Analgsica.

    Atua beneficamente sobre os sistemas digestivo, circulatrio e respiratrio.

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    * Usos :- Indigesto crnica, acmulo de toxinas nos clons- Obesidade

    - Sinusites, congestes nos seios da face e brnquios,

    - Febres (tipo vata), febres intermitentes,- Resfriados, gripes, frieza de extremidades.

    Precaues :Evitar o uso em pacientes com gastrites, lceras digestivas, inflamaes no trato

    intestinal, cistites e inflamaes renais. Evitar usar em pessoas com excesso de Pitta.

    QUEBRA - PEDRASinonmia: Erva Pombinha, Arrebenta-pedra, Arranca-pedra, Fura-parede.Nome cientfico : Phillanthus niruri L. ; P. amarus ; P. corcovadensis ; P.sellowianusOutros Idiomas :

    - Snscrito : BhumiamalakiFamlia : EuphorbiaceaePartes usadas : Planta todaPreparaes e Doses:

    P - 1 a 2 g , 2 a 3 vezes ao diaSuco fresco : 30 a 50 ml, 2 a 3 vezes ao diaCh ou Infuso : 1 a 2 copos 2 a 3 vezes ao dia

    Caractersticas Ayurvdicas :- Sabor : Amargo

    - Vipaka: Doce- Potncia : Fria- Ao nos Doshas : Pacifica Pitta e Kapha

    Indicaes :* Aes :

    - Diurtica- Analgsica- Hipoglicemiante- Antiespasmdica- Hepatoprotetora, desobstruente.

    - Espasmoltica sobre vasos, ductos e tero.- O extrato aguoso ativo contra o vrus da hepatite B (cspulas entricas).- Promove elevao da filtrao glomerular- Aumenta a excreo urinria de cido rico.

    * Usos :Uso Interno

    - Coadjuvante na litase urinria- Clicas renais e clicas biliares.- Aumento de cido rico

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    - O p da casca do fruto pode ser aplicado contra leucorrias, em forma de duchasvaginais.

    Precaues :Constipao intestinal.

    Danilo Maciel Carneiro