4
Dados lntcrnrciontis de Catalogeção na Publicação (CIP) (Câmara Brasilcira do Livro. SP BrasiÌ) Indiccs para catáloÉlo sisremiitico; L Arte: Crítica; História :01 . I 2. Crítica cle arte: História r01.llJ G) Ârthur C. Danto Todos os clireitos dcsta eclição resen'ados O 200(r Odysseus Editora LtJa. Ecìitor responsáveÌ: Stylianos T\irakis Tiaduçáo: Strulo Krieger Preparação cle texto: Martha Roscn-rbcrg Revisão técniczr l: Virgínia H. Â. Aita Revisão ti-cnica 2: ÌvÍarco i\urélio \\'erÌe Revisão final: DanieI Seraphim Projeto gráfìco e capa: Odysseus Edrtora c- DuppÌa Dcsign Dirgrameção: Suzana Moraes Brrros la Rcimpressão: 2010 ISBN: li5-l 1.1-0932-2 (ELlusp) ISBN: S5-8fJ023-42-3 (Odysseus Editora) Edusp Editora da Universidade cle São Paulo Ar'. Prof. Lucìrrno Gualberto, Travessa J, 316 6" andar Ed. da Antiga Reitoria Ciclade Universitária 0t508-900 Sao Paulo SP tsrasil Divisiro ComerciaÌ: tel. (Oxx1 1) 309 l-,1008 I 3091-1110 SAC 10xxl1) 3091-291Ì Fax (Oxxl l) .ì091-1151 wu'w usp. br/ed usp e- mail : eclusp(;. edr,r. usp. br Odysser.rs Editora Rua clos NÍacunis, 495 CEP 05444-00l São PauÌo SP Brasil 'fel./f:rr: ( l1) 3tl l6 0815 wwu'.odysseus.con-r.br e-mail: editora(q. odysscus.co.m. br Jn((r, ^rt Apcis o Fim cla Artc: Â Àrte Contemporânea e os LintÌtes da História / Arthur C. Danto: trad. SruÌo Krieger. São Paulo: C)dysseus Editora, 2006. -fítuÌo original: Afier the end ol- art: conremporary art and the pale of history. 1. Artc HistoriocrÌfia l. Crírica de .Lrt Filosofia 1. Pós- modcrnismo l. Trtulo. Ì1. Título: a arte contemporânea c os lirnires cla hist<iria. 0)-4i14 cDD-101 . l8 Para Ftoben e para B.tr:.

Danto - Após o fim da Arte

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Fragmento de "Após o fim da arte".

Citation preview

  • Dados lntcrnrciontis de Catalogeo na Publicao (CIP)(Cmara Brasilcira do Livro. SP Brasi)

    Indiccs para catlolo sisremiitico;L Arte: Crtica; Histria :01 . I t

    2. Crtica cle arte: Histria r01.llJ

    G) rthur C. Danto

    Todos os clireitos dcsta eclio resen'adosO 200(r Odysseus Editora LtJa.

    Ecitor responsve: Stylianos T\irakisTiaduo: Strulo Krieger

    Preparao cle texto: Martha Roscn-rbcrgReviso tcniczr l: Virgnia H. . Aita

    Reviso ti-cnica 2: varco i\urlio \\'ereReviso final: DanieI Seraphim

    Projeto grfco e capa: Odysseus Edrtora c- Duppa DcsignDirgrameo: Suzana Moraes Brrros

    la Rcimpresso: 2010

    ISBN: li5-l 1.1-0932-2 (ELlusp)ISBN: S5-8fJ023-42-3 (Odysseus Editora)

    Edusp Editora da Universidade cle So PauloAr'. Prof. Lucrrno Gualberto, Travessa J, 316

    6" andar Ed. da Antiga Reitoria Ciclade Universitria0t508-900 Sao Paulo SP tsrasil

    Divisiro Comercia: tel. (Oxx1 1) 309 l-,1008 I 3091-1110SAC 10xxl1) 3091-291 Fax (Oxxl l) .091-1151

    wu'w usp. br/ed usp e- mail : eclusp(;. edr,r. usp. br

    Odysser.rs EditoraRua clos Nacunis, 495 CEP 05444-00l So Pauo SP Brasil

    'fel./f:rr: ( l1) 3tl l6 0815wwu'.odysseus.con-r.br e-mail: editora(q. odysscus.co.m. br

    Jn((r, ^rtApcis o Fim cla Artc: rte Contempornea e os Linttes da

    Histria / Arthur C. Danto: trad. Sruo Krieger.So Paulo: C)dysseus Editora, 2006.

    -ftuo original: Afier the end ol- art: conremporary art and thepale of history.

    1. Artc Historiocrfia l. Crrica de .Lrt Filosofia 1. Ps-modcrnismo l. Trtulo. 1. Ttulo: a arte contempornea c os lirnirescla hist

  • neira negativa, que estariam livres da luta de classes qr-re havia sido a foracondutora da histria. Eles sentiam que a histria em cemo sentido pararia seas contradies de classes fossem todas resolvidas, e que o perodo ps-hist-rico seria, de alguma maneira, Lltpico. Um tanto quanto cautelosan-ente,eles ofereceram uma viso da vida na sociedacle ps-histrica em uma famosapassagem de seu A ideologia aletn. Em vez de indivduos sendo fbrados a"Lrma esfera de atividade exclusivamente particular", escreveram eles, "todospodem se realizar em qualquer canpo que desejarem". Isso "torna possvelqle eu faa uma coisa hoje e ourra no dia seguinte, caar pela manh, pescar tarde, alimentar o gado ao anoitecer, criticar aps o jantar, a meu bel-pra-zer, sem jamais ter de me tornar caador, pescador, pasror ou crtico".t" Emuma entrevista de 1963, Warhol expressou o esprito dessa maravilhosa pre-viso da seguinte forma: "Como se pode dizer que Llm estilo melhor do queoutro? Voc deve poder ser um expressionista abstrato na semana cue vem,ou um artista da pop ttrt't, ou um realista, sem achar que esr desistindo dealguma coisa."l" E \arhol disse muito bem. Essa foi uma resposta arte dosmanifestos, em qLre a principal crtica de seus adeptos a ourras artes consistiano fato de que no tinham o "estilo" certo. Warhol est dizenclo que issodeixou de fazer sentido: todos os estilos possllem igual mrito, nenl-rum "melhor" do que o outro. buio que isso deixa abertas as opes de crtica.No iniplica que toda a arte seja igual e indiferentemenre boa. penas querdizer qlle ser uma arte boa ou ruim no uma questo de perrencer ao estilocerto, ou de subsumir ao manifesto certo.

    a isso cue lle refiro com "fim da ate". Refiro-rne ao final cle certanarrativa que foi desvelada na histria cla trrte no decorrer dos sculos, e quechegou a sell fim em meio a certa liberdade de conflitos que eram inescapveisna Era dos Manifstos. E claro que existem ciuas maneiras de se rer umaliberdade de cor-rflitos. Uma delas realnente eliminar tudo o que no seadapte a determinado manifesto. Politicamenre, isso assumiu uma forma delimpeza tnica. Quanclo no l-rouver mais tr-rtsis, no haver n-rais conflitosentre tutsis e hutus. Quando no restarem mais bsnios, no l-raver rnaisconf-litos entre eles e os srvios. A outra forma e conviver sem a necessidade delimpeza, de dizer qr-ral a diferena que faz voc ser o qlre , seja tutsi ou hurg,

    bsnio ou srvio. O que i;,sobrevive na era do mui:::na era do pluralismo.

    At que ponro minh,. :basta olhar sua vota. Qpluralista de nosso prese:-cos que esro por virl

    t'' N{arx, K. a Engcls, F. "The Gcrman\irrk: \X/. \) Nortorr, 197t3), p. l(r0."'Ss'cnsr)n, G. R. "\lhat is PoP Arti,:l9(r j ), p. lr.

    42 (.r\l,r r r'r-o tx)ts

    Idcologl"', ua TLrcke r, R. C. (ccl.) -l'/.tc 1\1,11.: -7,,r,(r Rt;rrlcr. (Ncu,

    Ansrvcrs from l'l Paintcrs, Partc 1".,^1r./ Ncrz'r 6. (novcr-nbro rlc

  • :.l;s L-lll Lllli. rc'elaaro cle cotl'to hzlveriicl dc ter'-rinrrr' A ninha trfrrr-rrrqtr

    . -.r.., furrlirt) e unl,c prcclio?ott uma profecitri E' o cl-re i torl-i legtirlrl se

    ,.: :i,,srrfi;rs sulrstr.,-rti.rzrs clir historia so ilegtirnirs/ Ben-r' devtl confcssar qLle

    s:., l.r()penso ir ter Lma vistl r-t-rais cariclos''r clas fllosofitls substilt-tciais cla

    ...-:: rL" ltlje cltl cltte 36 |!(li, quarnclo O n-clt livro fbi escrito. rros r.rltimtls,-:i-:-r!rs !1() alto positivismO. Mas issil porclLe r-tle pzlrcci"r c"rclzi

    vcz nais pliu-r-

    >.-..:. . cristr-cia cle estruturas I'ristricas obietivars - obietivas ntl sct-rticltl clc

    .-.--,. i-rJ Lsir o cxcmplo quc acabtl c1e ser citaclo' t-riio h'avilt' Ltua possibilic-la-

    -.- :.tire ce que as ol-rrars, rs qtr'.ris tlr''ris tirrcle tls colagens cle Gtttlrtitts c\e

    \l :...r*'cll I'ierirm a se assemelhar, pr-rclesse.r se aclecluilr estrutttrlr hist(lri-

    -':.:j.lgl.crtencizlmilsobrirscleMotlrcrrvell,sel]1C]Llehor-tvessenenhumtloclo--,::>i-rS Sc rdeqLlirem zs estrLrtLrras histtiricas

    clefinicl,.rs pel'tpttp' As estrutu-

    :..> :-.r>roricirs ..rnreriures clefiniam um'.r scric fechtrdir cle possibiliciacles' clas

    j--.,:rS crrr- exciucl..rs as possibiliclacles c]zr estruturl posterior' E' c()lllo se i

    ::::,-:Lr;i ltnterior fosse substittlcla pelir cstn-rtLrr' postcrior - ct)nl() sc ulll''I

    >::-: ic;-ttssibilidacles se abrissc, p'.ra s qr-reris ntl rilvizr o menor espilo n|

    ::il.|Lf;,.lnterior e' poft.(nto, ()utra vez, ecomO se lc-luvesSe Lrt-],.1 espcie cle

    -:) -.,ilrinr-rrclacle entte '.s dLts estrlttr''s' Lltlli clescontinr-riclircle aL-1.-iptir

    "r

    --- :-.: .. Lrn-r inclivcluo, mttdunclo cle umtr p"ra outra' puc]esse seltir (llle o

    -r----:---:, -.rtlr-ri. no ctlso' o muncltl cla

    arte -

    chegirra i Ltll' iitn' c (Lle oLrtro se

    .:-.,,.-:..,.: Filosofcrrmente, isso significa clue l-r r-rnr problema en] se trna'lisar

    r.:i.r i .r).rinLictrc1e qLtanto ,. "r.onti.ui: ':-irrtista africirno .1'lt'::erir clesctlnhccicl'r' :t :

    rrnericano oLi cLl'- l: --

    \\'iillilir. H. l" '. 'I l,'r rilscr t \crv \ -- .' \lrLtissc. H. "Stattr:-'t: :'l')- j ). tl.

    ( \l'l.l I l.() I l1.5

  • ssinr esbocadtr, a narrativa mestra da histria da arte -

    no Ocidenre, maspor fm ni1o s no Ocidente

    -

    a de que houve Llma era de imitao, seguidaLor Ln'i. erir de ideologia, segr-rida pela nossa era ps-histrica em qLre, comqu.r[rcaco. tr-rdo vale. Cada Lm desses perodos caracterizado por Llmaclrerente estrlltlra na respectiva crtica de arte. A crtica de arte, no pero--',:

    - :-lc-orS en n-rcr-r prtiprio lttrt'rtlt'e attt/ Ntter-Ettt/ugttts.s; d I