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ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 8 0 9 Página 4 R$ 1,40 www.dcomercio.com.br São Paulo, terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 2013 Ano 87 - Nº 23.809 Jornal do empreendedor Conclusão: 23h50 O adeus está marcado para 20h, dia 28. Então, Bento se recolherá a um convento para orar e refletir, inteiramente dedicado a Deus e não mais à Igreja. Cardeais no mundo todo já iniciaram consultas informais para eleger o sucessor. Pág. 10 A DEUS GIBA UM Por um erro técnico, o Giba Um de segunda-feira repetiu o publicado um mês antes. Pedimos desculpas aos leitores e ao Giba Um. Tal pai, tal filho: Kim Jong-un testa bomba e o mundo. O terceiro teste nuclear, o primeiro de Kim Jong-un, há 14 meses no poder, uniu o mundo no Conselho de Segurança contra a Coreia do Norte. Novas sanções, porém, esperam a posição da China, habitual aliada de Pyongyang com poder de veto na ONU. Pág.9 O enredo da Mocidade era sedução. Seduziu. Bicampeã, mas no sufoco. A Rosas de Ouro só deixou o empate no último quesito, o enredo. A Mocidade Alegre desfilou "A sedução me fez provar...", e seduziu. Ao lado, a festa da vitória. Pág.7 Kim Hong-Ji/Reuters Ao Congresso dividido, Obama fala de armas e retirada. A foto de Obama pela metade foi feita assim mesmo. Veja-o completo, com o que ele propôs ao Congresso, ontem, na Pág. 9. Metade das tropas no Afeganistão vai voltar. Yuri Gripas/Reuters Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

DC 13/02/2013

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Diário do Comércio

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ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23809

Página 4

R$ 1,40

www.dcomercio.com.br São Paulo, terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 2013

Ano 87 - Nº 23.809 Jornal do empreendedor

Conclusão: 23h50

O adeus está marcado para 20h, dia 28. Então,Bento se recolherá a um convento para orar erefletir, inteiramente dedicado a Deus e não maisà Igreja. Cardeais no mundo todo já iniciaramconsultas informais para eleger o sucessor. Pág. 10

A DEUS

GIBA UMPor um erro técnico, oGiba Um de segunda-feirarepetiu o publicado um mêsantes. Pedimos desculpasaos leitores e ao Giba Um.

Tal pai, tal filho:Kim Jong-un testabomba e o mundo.O terceiro teste nuclear, o primeiro de Kim Jong-un,há 14 meses no poder, uniu o mundo no Conselho deSegurança contra a Coreia do Norte. Novas sanções,porém, esperam a posição da China, habitual aliadade Pyongyang com poder de veto na ONU. Pág. 9

O enredo da Mocidade era sedução. Seduziu.

Bicampeã, masno sufoco. ARosas de Ourosó deixou oempate noúltimo quesito,o enredo. AM ocidadeAlegre desfilou"A sedução mefez provar...", eseduziu. Aolado, a festa davitória. Pág. 7

Kim Hong-Ji/Reuters

Ao Congressodividido, Obamafala de armas e retirada.

A foto de Obama pela metade foi feita assimmesmo. Veja-o completo, com o que elepropôs ao Congresso, ontem, na Pág. 9.

Metade das tropas no Afeganistão vai voltar.

Yuri Gripas/Reuters

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 20132 DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

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Outro vespeiro no qual a ministra mete a mão é o do financiamento das campanhas eleitorais.José Márcio Mendonça

Uma visão críticado sistema político

JOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇA

A ministra Carmem Lúcia, do STF, defende uma série de mudanças no sistema eleitoral e partidário nacional.

Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Não teve a repercus-são que deveria – tal-vez por ter sido con-cedida a uma revista

e um site especializados, Con -sultor Jurídico"– uma longa en-trevista da ministra do STF, Car-mem Lúcia, presidente do Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE)na semana passada. Ela co-mandou as eleições municipaisdo ano passado, com êxito re-conhecido, percorreu o País emdiversas latitudes para a obser-var de perto os procedimentosda Justiça Eleitoral e, nessescontatos, mais a vivência diáriano dois tribunais dos quais fazparte, formou uma visão muitocrítica tanto do sistema de elei-ções no Brasil quanto do siste-ma político nacional.

A entrevista, sem bem lida nomundo político (é de se duvidar,não só por sua escassa dissemi-nação, mas também por ter saí-do na fase pré-carnavalesca)certamente causaria alvoroço.E provocaria bem mais irritaçãodo que aplausos.

Um dos pontos apontadospor Carmem Lúcia, e que tam-bém foi recentemente aborda-do neste espaço, diz respeito àaparente "apolitização" do ci-dadão brasileiro: "Eu temo queos jovens não tenham interessepela política. Porque a política éa opção à guerra. Ou nós prati-camos a política de maneira éti-ca, séria, responsável para queas coisas andem, ou então aspessoas de bem, que ainda hojese dedicam à política, a cargospúblicos, daqui a pouco não vãomais querer. E esse é um dadomuito grave."

Apresidente do TSE, po-rém, ressalta que, nopériplo pré-eleitoral

que fez por 20 Estados brasi-leiros para preparar as elei-ções de 2012, encontrou umeleitor contestador, interes-

sado em informar-se bem arespeito daqueles que bus-cam seu voto– no caso, quemse propunha a administrarsua cidade.

A conclusão óbvia que sepode tirar é que, mesmo de-sencantado com a política, ocidadão não está desatento equem não mudar de compor-tamento – e de discurso – po-de ficar falando sozinho. Aseleições de 2014 (não é o quea ministra diz, mas o que sepode inferir de algumas desuas afirmações) podem tra-zer muitas surpresas desa-gradáveis para quem estáhoje com mandato e se julgacom a vida ganha.

Naturalmente, com a expe-riência adquirida, Carmem Lú-cia defende uma série de mu-danças no sistema eleitoral epartidário nacional. Ela acredi-ta, por exemplo, que em razão

de um melhor equilíbrio nas dis-putas políticas, seria mais ra-zoável que no Brasil não hou-vesse o instituto da reeleição.Ou que, pelo menos, os candi-datos a um segundo mandatono Executivo – prefeito, gover-nador, presidente da República– se afastassem do cargo paraconcorrer.

Importante também é a posi-ção da presidente do STF emrelação ao controle rígido

que os meios de comunicaçãosofrem durante o período elei-toral: ela acha que as proibi-ções e exigências atuais, que li-mitam a ação da imprensa, de-vem ser repensadas. O eleitortem o direito de saber o maispossível sobre os candidatospara fazer uma escolha correta.Também aqui ela não vai agra-dar: partidos e candidatos pre-ferem a coisa edulcorada do ho-

rário obrigatório no rádio e natelevisão e a camisa de forçaque tornar sensaborão o deba-te entre eles.

Outro vespeiro no qual a mi-nistra mete a mão é o do finan-ciamento das campanhas, fon-te permanente de corrupção ede troca de favores, de um pe-rigoso conluio entre o político eo financiador, origem dos men-salões – o nacional do PT e o mi-neiro dos tucanos – e outrasaberrações menos votadas.

No caso, vale a pena trans-crever o diálogo de Carmem Lú-cia com a equipe do Conjur. Per-guntada se era a favor dasatuais regras de financiamentode campanhas, respondeu:"Nós precisamos colocar emdiscussão, de maneira séria, aquestão de financiamento. Emprimeiro lugar, para afastar al-gumas ilusões. O financiamen-to pode ser feito por particular e

tem uma parte que é o financia-mento público de fundos parti-dários, e que não é pequeno.Existe o tempo de televisão queé público, que é caro. Temos,portanto, que afastar a ideia deque aqui no Brasil praticamen-te não temos financiamentopúblico das campanhas, ao la-do do privado."

Quanto ao financiamentopor empresas, disse ela:"O financiamento preci-

sa ter uma ligação direta com aescolha daquele que é o doadorda campanha. Qual a razão deser do financiamento por em-presas? A empresa não é eleito-ra, não vota. Obviamente, osempresários têm interesses,mas podem atuar como cida-dãos. A questão do financia-mento precisa ser pensada emuma ligação direta com a figurado doador, pela razão de que ao

lado do financiamento há outrodado que me causa preocupa-ção como cidadã e como juíza,que é a questão de controle efiscalização das contas partidá-rias, das contas de campanha,das contas em geral. Por issoconstituí uma comissão exter-na para ver como podemospensar a fiscalização e o contro-le de contas. Já o julgamentodas contas, que até há poucotempo era administrativo, ago-ra é judicial."

Certamente a entrevista deCarmen Lúcia não fará o menorsucesso em um dos prédios daPraça dos Três Poderes em Bra-sília. As fantasias por lá discuti-das a respeito de uma reformapolítica que nunca sai dos mi-crofones, não passa nem pertodas observações críticas da mi-nistra. Se algo mudar nessecampo, é para fingir que se mu-dou alguma coisa, mas deixan-do tudo igual – ou pior.

Em tempo: pelo rodízio de mi-nistros no TSE, Carmem Lúcianão estará no comando da Jus-tiça Eleitoral nas eleições doano que vem. A função será doministro Dias Tofolli.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

ROBERTO

MATEUS

ORDINE

O PESO DASMULTAS FISCAIS

Seguindo a Históriada Civilização vamosencontrar, no passado,

o contribuinte sendomassacrado por uma cargatributária desumana, a pontode surgirem no imagináriopopular figuras do tipoRobin Hood parasalvar a humanidade dosarbítrios fiscais.

Excluindo a fantasiadiante da insatisfaçãoconfiscatória do passado, averdade é que na Idade Médiahouve alguns marcoshistóricos, comoa CartaMagna de 1215, no episódioque limitou o poder de "Joãosem Terra", rompendo odireito absoluto dos senhoresfeudais e estabelecendoalguns princípios de

proteção tributária, queprevalecem até hoje.

No Brasil colonialtambém tivemos, no episódioda Inconfidência Mineira,a luta contra o confiscotributário, quando um grupode rebeldes se insurgiu contrao "quinto dos infernos"exigido pelo reino português.

É verdade que oresultado não foi tão positivopara os insurgentes presose para Tiradentes, que foienforcado. Mas de algummodo o fato contribuiu paraque as autoridades da épocafossem com menos sedeao pote do brasileiro.

Diante do passadonegro na História da

Civilização, poucos poderiam

imaginar que nos temposmodernos uma sociedadeatual poderia reviver a figurado excesso de exaçãofiscal, com a previsão demultas confiscatórias.

Infelizmente, porém,as pesadas multas fiscaisainda subsistem em nossosistema tributário, causandograndes dificuldadesaos contribuintes queincorrerem em infração.

É preciso que se ressalteque não estamos tratandoaqui das multas previstaspara fraude fiscal esonegação de impostos. Paraestas hipóteses, as multasdevem continuar elevadas,punindo o infrator de má fé.

Referimo-nos a outrashipóteses de infração fiscal,

tais como: um simplesatraso no recolhimento detributo; a falta deescrituração fiscal ou, ainda,por mera interpretação legaldivergente, um fato possíveldiante de legislação fiscalampla e confusa.

No período que se seguiuà implantação do Código

Tributário Nacional, alegislação fiscal previa multasde valores mais coerentescom a realidade brasileira. Jánas décadas seguintes o Paísfoi atingido por uma inflaçãoperversa, chegando a índiceshoje inimagináveis. Naquelaépoca e até com certa razão,os valores das multas foramcorrigidos para patamaresmais elevados, mas ainda

assim, próximos daquelatriste realidade econômica.

Para a felicidade da Nação,em 1994 foi implantadoo Plano Real, corrigindo asdistorções inflacionáriasdo período negro e a inflaçãofoi dominada, permitindoao Brasil conhecer uma novarealidade econômica, maissaudável e menos predatória.

Esqueceu-se, porém,de corrigir o valor dasmultas, que continua comíndices percentuais elevados,muito acima da realidadeeconômica atual.Infelizmente, a legislaçãofiscal ainda não procedeuàs devidas correções,revisando os índices parauma economia real, seminflação. De modo que hoje as

autuações fiscais lavradascontra os contribuintes deboa fé estão trazendo grandetranstorno financeiro paraas empresas que incorreremem infrações fiscais denatureza mais leve.

Épreciso, com urgência,que as autoridades

responsáveis revisem essadistorção, sob pena depresenciarmos a volta dafigura do confisco. Casocontrário, só restaráaos pobres contribuintesreviverem o pesadeloda Idade Média – e sem aproteção de um Robin Hood!

RO B E RTO MAT E U S ORDINE

P E RT E N C E AO CONSELHO SUPERIOR

DA ACSP E É JUIZ DO TIT

Page 3: DC 13/02/2013

terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 2013 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião

A VERDADESOBRE O CARF

IVES

GANDRA

MARTINS

Ação baseada em umainterpretação personalíssima

das normas tributárias,processuais e administrativas,

pretende a revisão de decisõesdefinitivas do CARF.

Dois cidadãos, mari-do e mulher, entra-ram, com dezenasde ações popula-

res contra as decisões defini-tivas do CARF (Conselho Ad-ministrativo de Recursos Fis-cais) proferidas a favor decontribuintes, sob a alegaçãode que tais decisões teriamcausado lesão ao erário.

O fato de os autores esta-rem respondendo a ação pe-nal, por transferência de bensde pessoa jurídica devedorado Fisco para seu patrimôniopessoal e de ter sido, o mari-do, demitido da Procuradoriada Fazenda Nacional, a bemdo serviço público, por impro-bidade administrativa, é irre-levante. Todos os cidadãosbrasileiros têm direito de pro-por ações populares contraatos lesivos ao Estado, à mo-ralidade administrativa, aomeio ambiente e ao patrimô-nio histórico e cultural.

Relevante, para o presenteartigo, é conhecer os funda-mentos da ação que, baseadaem interpretação personalís-sima das normas tributárias,processuais e administrati-vas, pretende a revisão de de-cisões definitivas do CARF, noâmbito de uma ação popular.

Já decidiu o Superior Tribu-nal de Justiça que as deci-sões do CARF, órgão do

Ministério da Fazenda, quan-do proferidas a favor do con-tribuinte, são definitivas, des-cabendo à Procuradoria daFazenda Nacional reabrir, noJudiciário, o que a própriaUnião, por meio daquele ór-gão, reconheceu, definitiva-mente, não ter direito de co-brar. Cabe aos contribuintescontestar judicialmente asdecisões administrativas quelhes são contrárias, mas care-ce a União de legitimidade ati-va para pleitear em juízo aqui-lo que ela própria, pelo órgãomáximo da administração su-perior, considerou inexisten-te ou indevido. É esta a pacífi-ca jurisprudência dos Tribu-nais superiores.

Por outro lado, o CARF é ór-gão que goza de grande res-peitabilidade entre os tribu-nais administrativos do País ena comunidade jurídica brasi-leira, sendo suas decisõessempre citadas, em trabalhosdoutrinários de professoresde direito das diversas uni-versidades, e mesmo em sen-

tenças ou acórdãos judiciais.

Constituído por mem-bros da Fazenda Nacio-nal e representantes

dos contribuintes indicadospelas confederações nacio-nais – composição paritáriado Fisco e contribuinte – temprestado relevantes serviçosao país, confirmando o lança-mento tributário, quandoisento de ilegalidades, o queocorre na grande maioria doscasos – as decisões favorá-veis aos contribuintes, sãoem número bem menor – eevitando, ao anular lança-mentos ilegais, que o Fisco in-gresse em juízo, promovendoexecuções, em que certa-mente o erário seria lesadopela condenação nos honorá-rios de sucumbência.

Nas referidas ações popu-lares, em nenhum momentoargumenta-se com o desviode conduta dos conselheiros,nem que o processo adminis-trativo não tenha sido regu-lar. O direito de defesa doscontribuintes e a atuação daProcuradoria da Fazenda Na-cional, no sentido de respal-dar os autos lavrados, foramassegurados e o devido pro-cesso legal rigorosamenteseguido.

O único argumento é que,na visão dos autores, a teseda Procuradoria seria melhorque a esposada na decisão doCARF, razão pela qual teriamque ser anuladas, via ação po-pular, nada obstante a pacífi-ca jurisprudência do STJ de

que são decisões definitivas.Ora, o que não pode a Pro-

curadoria da Fazenda Nacio-nal fazer, ou seja, executar ocontribuinte para dele exigirtributo que o CARF reconhe-ceu indevido, pretendem, osautores, alcançar via ação po-pular, como se fossem maishabilitados para fazer preva-lecer a tese que a Procurado-ria da Fazenda Nacional nãoconseguiu fosse vitoriosa noTribunal Administrativo doMinistério da Fazenda! Tal es-drúxulo procedimento repre-senta atentado às normas doprocesso administrativo fis-cal e à mansa e pacífica juris-prudência do STJ, firmes ematestar que as decisões doCARF são definitivas.

Opior, entretanto, é quetal pretensão, se viá-vel – o que não é – ge-

raria uma insegurança jurídi-ca absoluta, pois nenhumadecisão definitiva seria defi-nitiva, e não mais os procura-dores da Fazenda Nacional –que são os advogados habili-tados para executar os crédi-tos da Fazenda – mas qual-quer cidadão brasileiro pode-ria transformar-se em "pro-curador substituto" exigindo,via ação popular, créditosconsiderados inexistentespelo CARF.

Mais ainda: nenhum conse-lheiro sentir-se-ia à vontade,nem independente para jul-gar de acordo com suas con-vicções. Professores renoma-dos, juristas consagrados que

compõem o órgão por indica-ção do fisco e das Confedera-ções, dele não desejarãomais participar, para não ter oaborrecimento de – sem qual-quer desvio de conduta – res-ponder a ações populares.

Ainsensatez das referi-das ações contra asdecisões definitivas do

CARF, atingindo a honorabili-dade da instituição, de seusconselheiros e do próprio Mi-nistério da Fazenda, é de talordem que se, argumentandopelo absurdo, fosse aceita,criar-se-ia o caos absoluto.

Um dos cinco fundamentosmaiores dos direitos indivi-duais na Constituição, que é asegurança jurídica (caput doart. 5º), seria pulverizado,criando-se, em matéria tribu-tária, a insegurança máxima,sujeita aos humores de cadacidadão, que, a seu exclusivoalvitre, passaria a ingressarem juízo, a pretexto de fazervaler a "sua" justiça e de ava-liar melhor do que os órgãoscompetentes, o que repre-senta dano ao erário.

Sendo o Ministro da Fazen-da, pelos artigos 19 e 20 doDecreto-lei nº 200/67, res-ponsável pelo órgão, sujeito àsua área de competência, talfato levaria a ter que compornecessariamente o polo pas-sivo da demanda, algo quedeslocaria a competência dojulgamento da ação popularpara o Superior Tribunal deJustiça, onde a jurisprudênciaé pacífica a favor da definitivi-dade das decisões do CARF.

Espero, como velho advo-gado e professor universitá-rio, com 56 anos de exercícioprofissional, que o bom sensodos eminentes magistradosfederais de Brasília – fui exa-minador de dois concursos damagistratura federal e sei dacompetência dos que são ne-les aprovados– ceifem, na ori-gem, a pretensão de tais cida-dãos, para que volte a imperara ordem e o "due processo ofLaw", nos processos adminis-trativos tributários federais.

IVES GANDR A DA SI LVA MA RT I N S É

J U R I S TA E, ENTRE O U T RO S T Í T U LO S , É

P RO F E S S O R E M É R I TO DAS

UNIVERSIDADES MAC K E N Z I E E UN I P,DAS

ESCOL AS DE COMANDO E ES TA D O

MAIOR DO EX É RC I TO E SUPERIOR

DE GUERR A E M E M B RO N ATO DO

CONSELHO SUPERIOR DA ASSOCIAÇÃO

CO M E RC I A L DE SÃO PAU LO.

AÇÕES CONTRA AS DECISÕES DEFINITIVAS DO CARF ATINGEMHONORABILIDADE DA INSTITUIÇÃO.

PAULO

SAAB

OS DESMANDOSÀ VISTA DE TODOS

Já fui uma voz solitáriapregando no deserto.Houve um tempo,

e não faz tanto tempo,ainda nas gestões deLula, que eu pensavacomigo mesmo e commeu leitor, testemunhado que agora escrevo."Será que só eu vejo?Será que só eu entendoassim? Estarei errado,sendo injusto?" Nãoestava. Agora outrosdizem o que há anosescrevo. Os governos deLula e Dilma não passamde enganações.

Gostaria de estarerrado. Que Dilmaestivesse indo bem. OBrasil precisa de acertos.Mas o governo Dilma,assim como o de Lula,comete muito mais errosdo que acertos.

Aparentando estarno rumo certo, ficaporém evidenciado quecaminha em direçãoerrada, muitas vezes semcapacidade de retorno.Agora a mídia em geralcomeça a denunciar oque há anos, aqui no meucanto, digo alto e bomsom: é falácia. É mentira.É jogo de encenação.É propaganda.

É preciso notar que ogoverno Lula – e Dilmasegue o mesmo caminho– simplesmentecomprou, comrecursos doTesouro Público,literalmente, aoposição, a mídia,as centrais, ossindicatos, osestudantes em seusdiretórios, os partidos eos políticos. Mas tiro ageneralização porquepode ser injusta.

Talvez isso explique olongo silêncio. Os bonstempos da economiainternacional e interna,favorecidos pelo Real –criado por Itamar Francoe Fernando Henrique(embora negado por Lulae por Mantega nonascedouro) ajudarama parecer que ocrescimento alcançadono governo Lula fossefruto de sua gestão, e eleapropriou-se da criaçãode outrem.

Para não ser injusto, ébom ressalvar quealgumas coisas boasdevem ter sido feitas soba ótica distorcida dosgovernos Lula/Dilma. Maseles, ao contrário docélebre discurso deLincoln, em Gettysburg,em 1863– que pregava ogoverno do povo, pelopovo, para o povo –governam por si, para si epara sua manutençãoeterna no poder.

Agora não souapenas eu. Os

editoriais e artigos dosjornais, ao menos os queaparentam não ter sidocomprados pelosrecursos da Petrobrás, doBanco do Brasil, da CEF,dos Correios etc., estãoapontando, finalmente, arealidade do estiloLula/Dilma de governar.Os avanços no governoLula viriam mesmose um poste estivesseno Planalto, desde queseguisse – como Lulaseguiu – a diretrizeconômica de FHC,

O ministro da Fazenda,

Guido Mantega (passadodas mãos de Lula paraas de Dilma), ao serlançado o Plano Real,escreveu que este nãoduraria 90 dias. Lulae o PT não apoiaramo plano que pôs o Brasilna rota de deixar osubdesenvolvimento(agora Lula se jactadisso). O mesmoMantega, agora, merecea seguinte síntese, emartigo de Marco AntonioVilla no Estadão: "Não hácontabilidade criativaque esconda o óbvio: ogoverno Dilma Rousseff éum fracasso".

Denis Rosenfieldescreveu no mesmojornal: "O atual governo,do ponto de vistapolítico-eleitoral, nãoestá baseado num tripéeconômico, massocial, associado afinanciamentos eleitoraise políticos de grandesgrupos econômicos queestão sendo beneficiadospor diferentes privilégios,como subsídios,financiamentos doBNDES e desoneraçõestributárias".

São outros que estãodizendo. Diz ainda

uma matéria sobre asmanipulações dogoverno que estão noslevando (minha opinião)de volta à década de 80do século passado,assinada por Marcelo deMoraes e RenatoAndrade, de Brasília:"As manobras poucoortodoxas lançadas pelogoverno para fechar ascontas provocaram muitomais do que uma onda decríticas. O movimentoafetou a credibilidadeda política econômicado governo Dilma,como reconheceminterlocutores do Paláciodo Planalto. Por causadisso, o ministro daFazenda, Guido Mantega,começou a estruturar jáno início deste ano osmecanismos quepoderão ser utilizadospara fazer um esforçofiscal menor, e aindaassim, cumprirlegalmente a metaprevista para 2013".

Tradução livre:mascarar a realidademais uma vez. A massanão vai acordar. Vaipagar, cedo ou tarde, avolta ao passado, em quea inflação, Sarney, Collore outros pontificavam.Lula e Dilma, que sebeneficiaram da viradadada pelo Plano Realaparentam ser o bem,mas na verdade, são omal para o País.

PAU LO SAAB É J O R N A L I S TA

E E S C R I TO R

SXC

Paulo Zilberman

Page 4: DC 13/02/2013

terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 20134 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ABC de sextremista333 Quatro brasileiras, lideradas por SaraWinter, representantes do grupo ucranianoFemen, famoso por manifestações detopless, fizeram um protesto no Galeão,chamando a atenção para o turismo sexualdurante o carnaval. Aos gritos de “O Brasilnão é bordel” foram retiradas por seguran-

ças. Agora, as ativistas querem abrir uma casa no Rio para treinamentodas sextremistas (a definição é delas). Haverá preparação “acadêmicae psicológica” e as futuras candidatas devem estar preparadaspara perder emprego, se afastar da família e “lídar com canta-das”. Detalhe: haverá também uma seleção estética de poitrines.

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 A recomendação de Lula paraa presidente Dilma Rousseff, feitana ultima reunião que tiveram emSão Paulo, antes do carnaval, deque ela deveria descentralizar as

decisões, dando maior campo de ação para os ministros, deve-se,em grande parte, às reclamações de diversos titulares de Pastas eSecretarias, de que ela controla tudo e que nenhum deles temcoragem de enfrentá-la. A Chefe do Governo até se comprometeucom o padrinho que iria tentar. Só que contou a Lula episódios deenganos, tropeções e pouca eficácia de ministros que justificam ocontrole dela – e que deixaram o ex-presidente um tanto atônito.

333 Depois de ter aconteci-do, nos dois anos anteriores,no Cais do Porto e no JockeyClub, a Feijoada do Amaral,tradição do período de

carnaval, desta vez, foi no Museu de Arte Moderna e, quemsabe, em 2014, pode ser no Parque Lage. Todos os anos, acamiseta que dá direito à entrada e deve ser usada o tempotodo, é trocada (e cada vez com estampas mais complicadaspara evitar cópias). Entre muitos lá, Carla Prata, a festejadarainha da bateria da Grande Rio (esquerda), a atriz FernandaMachado (centro) e Ricardo Amaral, criador da feijoada,com Boni e Lou de Oliveira (direita).

MAIS: será sobre a vida deJosé Bonifácio de OliveiraSobrinho, o Boni, umdos responsáveis pelaascenção da Rede Globo.

MISTURA FINA

Quase escolhido333 A ex-ministra Marina Silva jáescolheu (mesmo assim não édefinitivo) o nome do partido queestá criando e que só sairá dopapel se ela conseguir 500 milassinaturas, que serão mais doque conferidas pelo TribunalSuperior Eleitoral: Rede EcoBrasil.Não quer usar a expressão partidoe nem iniciais. Se até dia 16 nãosurgir outro nome, vai esse mesmoque deverá ser anunciado,com pompa e circunstância – eainda poucos seguidores –numa reunião em Brasília, quedará o pontapé inicial a novaagremiação.

CARNAVAL HQ333 Bonecos-gigantessempre foram as atrações docarnaval de Recife e Olinda, doGalo da Madrugada ao Homemda Meia-Noite. Este ano,entraram em cena os super-heróis, mais os vilões dashistórias em quadrinhos,nas fantasias dos foliões,parecendo até que havia umagrande combinação. Nas ruasde Olinda, o que mais se viaera Super-Homem, Batman,Mulher-Gato,Pingüim,Curinga,Charada, Mandrake e até umHome-Aranha que escalouum prédio de 19 andares.

Nem bem acabou ocarnaval deste ano, aBeija-Flor já tem pratica-mente escolhido o seuenredo para 2014.

Fotos: Paula Lima

Contra os 10%333 A Confederação Nacionalda Indústria vai se mobilizar,este ano, pelo fim do adicionalde 10% sobre os depósitos doFundo de Garantia do Tempo deServiço (FGTS), pago em casosde demissão sem justacausa. Dados da CaixaEconômica Federal, gestoradestes recursos, revelam queas empresas gastaram R$ 3,1bilhões no ano passado com opagamento. A despesa poderianão ter passado de R$ 1,5 bilhãocaso o Congresso tivesseaprovado a extinção da conta emjulho, conforme recomendaçãoda própria Caixa. Trocando emmiúdos: R$ 1,6 bilhão poderia tersido usado em investimentos.

TUDO DE NOVO333 Longas filas e demoranas pericias na Previdência,que pareciam ter sidoresolvidas pelo ministério,estão de volta e foram atégravadas por associaçõesde classe em todo o país quetrataram de enviar o materialaoPlanalto.OministroGaribaldi Alves Filho recebeudeterminação direta de DilmaRousseff para que o problemaseja solucionado da maneiramais rápida possível. A Chefedo Governo sabe – e Garibalditambém – que esse tipo dematerial pode ser remetidoaos telejornais e, no ano quevem, virar munição preciosapara os adversários do PT.

Cadeiras marcadas333 No sábado de carnaval,André de Montigny, cônsul doBrasil em Mônaco, ofereceu umjantar num restaurante de SantaTereza, no Rio, para gruporeduzido de convidados emtorno do príncipe Albert II queestava na cidade. À mesa, entreos convidados, RonaldoNazário e a namorada PaulaMorais, Marluce Dias da Silvae o marido Eurico Carvalhoda Cunha, Liège Monteiro, otécnico de voleibol femininoJosé Roberto Guimarães, omaestro João Carlos Martinse Marcos Falcão, cônsul deMônaco no Brasil. Ronaldocontava – e até falando umitaliano competente – quequando morava em Milão, iamuito a Mônaco de carro, sedivertir e jogar nos cassinos.

SONHO MEU333 A atriz Megan Fox, queganhou R$ 3 milhões paraser a estrela do camarote daBrahma no sambódromo doRio, confessou, em suaestada por aqui, um desejosurpreendente. Mesmo játendosidoapontada,porduasvezes, como “a mulher maissexy do mundo”, não deixoupor menos: “Quem dera fossebrasileira e tivesse o bumbumde brasileira”. Tambémfreqüenta uma churrascariabrasileira em Los Angeles,onde conheceu – e é entusiasta–derodízio.Sófica longedequalquer coisa com leite: “Elesinjetam hormônios nas vacas”.

“O Brasil estava com vontade de sediar a Copa do Mundo e, para isso,em outras palavras, abriu as pernas. E o povo brasileiro, depois de 2014,vai pagar por isso.”

Queimandoo filme

Feijoadafamosa

Carnavaldo Copa

333 Quase mil convidadoslotavam os salões e a varandado Copacabana Palace, emseu tradicional Baile de Galade Carnaval, que marca o

inicio da folia no Rio de Janeiro. Desta vez, a decoração era todainspirada nas Mil e Uma Noites e a festa ganhou o nome deSherazade Magic Ball. Entre tantos e tantas, da esquerda para adireta, a italiana e exuberante Monica Bellucci (o marido VincentCassel estava junto); a atriz Chris Vianna, a rainha do baile; ValMarchiori, usando Roberto Cavalli; a veterana Rogéria, que agoravai entrar na novela Lado a Lado e, de quebra, o príncipe AlbertII de Mônaco, que veio sem a mulher Charlene Wittstock.

Olho no porto333 O governo está identificando de onde brotam as reaçõescontra a MP dos Portos e a maior delas estaria sendo coorde-nada pelo banqueiro Daniel Dantas. Através do Opportunity, elecontrola, ao lado de fundos de pensão, a Santos Brasil, o maiorterminal privado de containeres do país e o Planalto querquebrar o monopólio dos concessionários de todos os portosbrasileiros, abrindo o mercado. Com Dantas, estaria agindo aForça Sindical, pilotada pelo deputado Paulinho Pereira daSilva (PDT-SP), defendendo os trabalhadores de praticagem.

333 NÃO foi apenas a reaçãoda comunidade cientifica quefez Dilma Rousseff desistir denomear Gabriel Chalita para oMinistério de Ciência eTecnologia: às vésperas docarnaval, todos os secretáriosda Pasta comandada por MarcoAntonio Raupp, que assumiu porindicação de Aloísio Mercadante,fizeram chegar ao Planalto aameaça de demissão coletiva,caso a nomeação de Chalitase efetivasse.

333 QUANDO Dilma Rousseffanunciou, em rede nacional derádio e televisão, a redução nascontas de luz, dias antes doaumento da gasolina (e vemmais por aí), o discurso tinha sidopreparado já com a orientação domarqueteiro João Santana, quecuidou da reeleição de Lula, daeleição de Dilma e de FernandoHaddad, em São Paulo.

333 O CINEASTA Spike Lee,que foi ver de perto o carnaval emSalvador e fez mais entrevistaspara seu documentário Go Brazil,Go! e que dias antes, acusaraQuentin Tarantino de racistapelo uso da palavra nigger emDjango, reclamou com GilbertoGil que, embora a capital baianatenha uma população predomi-nante negra, nunca elegeu umnegro prefeito, governador ousenador. Gil ponderou que outrascidades brasileiras já tiveramprefeitos negros (“Inclusive amaior de todas, São Paulo”) eFlora, à distância, brincou: “OGil já foi vereador aqui”.

333 JOSÉ Wilker vai dirigirversão teatral de Rain Man(1988), que fez grande sucessocom Dustin Hoffman como umautista (ganhou um Oscar) e TomCruise, como seu irmão. NoBrasil, o papel ficará por contade Marcelo Serrado

333 O VICE-presidente MichelTemer passou os feriados decarnaval em Miami, para ondevoou dia 7 e já está voltando, comsua família. Todas suas despesaspessoais e de familiares forampagas pelo próprio vice-presiden-te, menos despesas comseguranças. A legislação permiteque também vice-presidentesrecebam proteção do Estado emquaisquer viagens, mesmoque não estejam em atividade.

IN OUTh

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Champanhe compedras de gelo.

Champanhe compicolé dentro.

ROMÁRIO // (PSB-RJ), sobre os gastos superfaturados nas obras.

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 2013 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

CONTAGEM CONTRA CONTRA RENANA petição no site Avaaz pelo impeachment do

presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL)já alcançou mais de 1.440.000 assinaturas.

http://www.avaaz.org/p o/p etition/Imp eachment_do_Presidente_do_S enado_Renan_Calheiros/?slideshow.

política

Câmara gastouMINHA CASA, MINHA VIDA DOS DEPUTADOS

R$ 290 mi em reformas.E deve gastar + R$ 170 mi

ACâmara dos Depu-tados gastou, nosúltimos dez anos,R$ 290 milhões em

reformas e conservação dos432 apartamentos funcio-nais colocados à disposiçãodos parlamentares. O valorsupera o orçamento do proje-to de reurbanização da ter-ceira maior favela de SãoPaulo, a Gleba São Francisco,com gasto total previsto emR$ 260 milhões.

Entre 2003 e 2006, a médiaanual de gastos foi de poucomenos de R$ 13 milhões. Apartir de 2007, porém, o volu-me de dinheiro liberado paraobras nos imóveis funcionaistriplicou, chegando a umamédia de aproximadamenteR$ 39 milhões por ano.

Os apartamentos estão si-tuados em 18 prédios de pro-priedade da Câmara. Cadaedifício tem 24 moradias dequatro quartos e cerca de200 metros quadrados cada.

Do total de unidades, 30%estão desocupadas atual-mente, a maioria em razão darealização de obras.

O aumento de gastos em2007 coincide com o ponta-pé inicial de um programa dereforma em metade dos pré-dios. Nos últimos seis anos,seis prédios ficaram pron-tos. Outros três permane-cem em obras.

Os apartamentos ganha-ram novos pisos e revesti-mentos, além de itens deconforto, como banheiras dehidromassagem.

Caberá ao presidente daCasa, Henrique Eduardo Al-ves (PMDB-RN), eleito no últi-mo dia 4, liberar recursos pa-ra reformar os nove prédiosrestantes – a estimativa ofi-cial é que os gastos adicio-nais superem R$ 170 milhõesnos próximos anos.

R$ 460 mi

Verba já utilizada nos apartamentosfuncionais colocados à disposição dosparlamentares supera o orçamento do projetode reurbanização da terceira maior favelade São Paulo. E esse valor ainda vai crescer.

Ricardo Marques/Folhapress - 07/01/2009

Apartamentos funcionais de deputados em Brasília. Caberá ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), liberar mais recursos.

Um bairronovo porR$ 260 mi

AGleba São Franciscoé um antigoconglomerado de

conjuntos habitacionais naregião de Sapopemba, naZona Leste, que, 40 anosapós o início da suaocupação, tornou-se aterceira maior favela deSão Paulo, com 7,9 mildomicílios e cerca de 29 milhabitantes, segundo aSecretaria Municipal deHabitação. A Gleba SãoFrancisco será a primeirafavela de São Paulo apassar por um projetourbanístico completo – obairro ganhará ruas,rede de saneamento,calçadas alargadas,mobiliário urbano,quadras de esporte, trêsparques, novas linhasde ônibus e obras depaisagismo nas encostas.

As obras na regiãodeverão custar, no total,R$ 260 milhões, e serãodivididas em dois lotes.O primeiro já foiconcluído – foram feitas arede de saneamentobásico, canalização decórregos, contençãode encostas, urbanizaçãode vias e 584 unidadeshabitacionais. Na segundafase, que está em obrase deverá ser concluídaneste ano, outros844 apartamentos estãocontemplados, alémda construção dosparques e de novasobras de urbanização,saneamento e drenagem.

R$ 1,2 mi só de luz. E daí?Assim, o custo da conser-

vação e remodelação dosprédios desde 2003 e até ofim das obras pode chegar aR$ 460 milhões.

Para se ter um termo decomparação, a transforma-ção da favela paulistana Gle-ba São Francisco em bairrodeve custar R$ 260 milhões.Lá vivem cerca de 29 mil pes-soas, de acordo com dadosda Prefeitura.

O valor se refere a obras desaneamento básico, canali-zação de córregos, conten-ção de encostas, urbaniza-ção de vias, construção deparques e entrega de cercade 1.400 apartamentos. (E s-tadão Conteúdo)

Os deputados contem-plados com aparta-mentos funcionais

não precisam se preocuparcom gastos de manutenção.Nem mesmo a conta de luzos incomoda.

Contratos publicados nainternet mostram que a Câ-mara paga R$ 1,2 milhãopor ano à Companhia Ener-gética de Brasília pelo for-necimento de energia "àsáreas comuns e privativasdos blocos de apartamen-tos funcionais".

Outros R$ 166 mil por anosão reservados para pagar ofornecimento de gás às mes-mas unidades residenciaisocupadas pelos deputados.

Também para a confec-ção das chaves dos aparta-mentos a Câmara reservarecursos: são R$ 24 mil atéo fim de 2013, em um con-trato de um ano com a em-presa Fumanchu Chaves eSegurança Eletrônica.

A eliminação de parasitasnos apartamentos dos par-lamentares também está

contemplada: R$ 67 mil es-tão reservados para "servi-ços de desinsetização e des-ratização".

A série histórica dos gastoscom reformas e conservaçãodos imóveis funcionais dosdeputados foi calculada combase em dados do SistemaInformatizado de Acompa-nhamento da Execução Or-çamentária da União (Siafi).Para permitir comparações,os dados anteriores a 2012foram corrigidos pela infla-ção. (Estadão Conteúdo)

Dilma na Baía de Todos os SantosEd Ferreira/Estadão Conteúdo

Apresidente DilmaRousseff, que passao Carnaval na BaseNaval de Aratu, nos

arredores de Salvador, tro-cou, nos últimos tempos, osbanhos de mar, na praia deInema, onde está hospedada,pelos passeios de lancha.

Foi assim no final do anopassado, quando visitou o lo-cal para os festejos da viradade ano, e agora, no descansode Carnaval. A presidentechegou à Inema na tarde da úl-tima sexta-feira.

Na manhã de ontem, ela foivista acompanhada de fami-liares, seguranças da Presi-dência da República e inte-grantes da Marinha, por voltado meio-dia, retornando deum passeio pela Baía de Todosos Santos, a bordo da lanchaAmazônia Azul, de proprieda-de da Marinha.

Com a filha Paula e o netoGabriel, 2, ela aproveitou amanhã ensolarada para pas-sear de barco pela baía de To-dos os Santos.

A presidente saiu antes das7h30 (locais, sem horário deverão) e retornou às 10h45, abordo da lancha AmazôniaAzul, da Marinha.

Dilma estava com um cha-péu de praia e uma roupa levebranca. Ficou sentada na po-pa, a parte traseira da embar-

cação. Ela não passou pelapraia. A lancha ancorou nocais da base naval, e a presi-dente entrou em um dos qua-tro carros de sua comitiva.

A lancha é a mesma utiliza-da pela presidente em outrasoportunidades em que se hos-pedou em Inema. A embarca-

ção parte de um píer reserva-do, avistado apenas do mar,sob intensa fiscalização daGuarda Costeira.

As expectativas são as deque Dilma encontre o gover-nador da Bahia, Jaques Wag-ner, nesta quarta-feira, paraum café da manhã. A informa-

ção partiu do próprio governa-dor. Ele revelou, ao prestigiaros desfiles de blocos de trio,ter sido convidado a tomar ocafé da manhã com a presi-dente em Inema.

Logo depois ela deverá re-tornar a Brasília, onde já teráagenda oficial à tarde

Por ser um local reservado,a praia de Inema, na Base daMarinha, serviu de refúgio avários presidentes da Repúbli-ca. Foi o mesmo local escolhi-do por Fernando HenriqueCardoso e Luiz Inácio Lula daSilva, quando estavam no co-mando da Nação. (Agências)

A presidenteDilma efamiliaresaproveitaramo último dia deCarnaval,ontem, parapassear debarco na costade Salvador.Ela volta hojea Brasília.

Senadodiscuterefor ma

AMesa Diretorado Senado sereunirá na pró-

xima terça-feira paradar andamento à im-plementação das me-didas de contenção dedespesas da reformaadministrativa da Ca-sa. O texto foi aprova-do na semana passa-da, ainda pela Mesaanterior, presidida pe-lo senador José Sarney(PMDB-AP).

"Nós temos compro-missos óbvios com re-lação à austeridade, àtransparência, e nósnão vamos perder tem-po no sentido de mate-rializá-las", disse o no-vo presidente do Sena-do, Renan Calheiros(PMDB-AL), sobre asmedidas aprovadas.

O relator da matéria,Ciro Nogueira (PP-PI),disse que o Senado vaieconomizar R$ 83 mi-lhões com as mudan-ças, que incluem extin-ção de órgãos, implan-tação de planejamentoestratégico e racionali-dade administrativa.

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 20136 DIÁRIO DO COMÉRCIO

política

A caminhada de EduardoCampos rumo ao Planalto

Armando C. Serra Negra

Adiscussão política neste início de 2013 já mira aeleição presidencial do ano que vem. Nestecenário, surge um nome que desponta como umcoringa: o governador de Pernambuco, Eduardo

Campos, presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB).E ele dispõe de amplo leque de cartas para participar dojogo. A cartada principal pode ser a sua candidatura àPresidência. Neto do ex-deputado federal e ex-governadorMiguel Arraes (1916-2005) e dono de um currículoexemplar, conhecimento político não lhe falta. À frente dopartido que mais cresceu nas últimas eleições, Campos

investiu em Pernambuco R$ 3 bilhões só em 2012.Formado em Economia pela Universidade Federal dePernambuco, foi convidado para fazer mestrado nosEstados Unidos, mas optou pela vida política. Aos 47 anos,casado com Renata e pai de quatro filhos – Maria Eduarda,João, Pedro e José Henrique –, Campos dedica os momentoslivres à família e não abre mão da leitura. Instaladoprovisoriamente no Centro de Convenções doSalgadinho – a sede do Governo de Pernambuco, nomagnífico Palácio do Campo das Princesas, do século XIX,está em restauro –, Campos falou com o Diário do Comércio.

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Hoje, tudo o que sefala é de eleição,enquanto o Paísfica sangrando,ouvindo umdebate desprovidode propósitos.

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Diário do Comércio – Que liçõesguardou de seu avô, o ex-deputado eex-governador Miguel Arraes?

Eduardo Campos – Ele me dei-xou muitos ensinamentos namaneira de ver a sociedade, asensibilidade com o sofrimentoda população carente e a deter-minação de procurar sempremelhorar sua condição de vida.As maiores lições foram a da co-ragem, da coerência e da digni-dade como nos entregamos àluta pelo povo, mesmo em si-tuações limites.

DC – Trabalhou com ele?Campos – Desde a adolescên-

cia, quando chegou do exílio.Passei a acompanhá-lo comosecretário particular. Fui chefede gabinete (1988/90), secretá-

rio de Governo (1995/96) e daFazenda (1996/97). Tivemosconvivência intensa no PSB eaprendi muito com um chefeexigente e generoso.

DC – Seu correligionário, o go-vernador do Ceará, Cid Gomes,defende a sua candidatura ao Pla-nalto para 2018. Nesse caso, nãodeixaria passar a oportunidadede montar o cavalo selado?

Campos – E quem monta o ar-reio?

DC – O PSB foi o partido quemais cresceu nas últimas elei-ções, saltando de 310 para 440prefeituras, e vitorioso em 700 co-ligações, principalmente em SãoPaulo, com Fernando Haddad(PT), e no Rio, com Eduardo Paes(PMDB). Um aumento de 42% emrelação a 2008. Que estratégia ga-rantiu esse crescimento?

C a m p o s – É fruto da aprova-ção da população diante do nos-so novo modelo de governo, im-plantando sistema de metas,monitoramento de resultados,meritocracia no serviço públicoe eficiência nos gastos. Um mo-delo construído com participa-ção popular e com foco nas ne-cessidades da sociedade.

DC – Como foi o desempenhode Pernambuco em relação à eco-nomia nacional em 2012?

Campos – Estamos consoli-dando um processo que devol-veu ao estado o protagonismona Região Nordeste. Isso acon-tece devido ao planejamento demetas estabelecidas, monito-ramento de resultados e enga-

jamento dos gestores públicos,funcionários e da sociedade.Ampliamos a média de investi-mentos públicos, de R$ 600 mi-lhões até 2006, para mais deR$ 3 bilhões. São recursos bemaplicados, com o princípio deampliar o potencial de investi-mento do dinheiro público. Nainiciativa privada isso é comum.Costuma-se dizer que o empre-sário que tem R$ 1 bilhão de re-cursos próprios para investirpode, na verdade, contar compelos menos o dobro, captandoa diferença no mercado finan-ceiro. O gestor público precisaaprender isso: gastar melhorseus recursos, multiplicandoseu poder de investimento. Oesforço para descentralizar osinvestimentos é grande, tam-

bém visando o interior do Esta-do, para reduzir as desigualda-des. Mesmo suscetíveis às cri-ses internacionais, temos man-tido o crescimento acima damédia nacional, o que é bom. Eteremos resultados ainda me-lhores quando o Brasil reencon-trar o caminho do crescimento.

DC – O senhor tem fortalecidoas relações nos meios financeiroe empresarial...

Campos – Pretendemos deba-ter nossos projetos e trocar ex-periências, contribuindo paraconstruir no País um novo mo-delo de gestão pública, adotan-do ferramentas de controle eprodutividade comuns nainiciativa privada, masainda muito raras na ad-ministração pública. Eatuar com eles na cons-trução de novas parce-rias em outras esferasgovernamentais.

DC – Nas últimas elei-ções, o PSB apoioumais o PT (11 cidades)do que o PT o PSB(uma cidade). En-quanto a liberaçãomédia de emendas,a cada um dos par-lamentares doPSB foi de R$ 3milhões, as doPT e do PMDBforam de R$10 milhões.

C a m po s –Não apo ia-m o s o g o-v e r n o e m

troca de emendas parlamenta-res, mas em nome de um proje-to de transformação da socie-dade brasileira. Claro que oapoio da União para os projetosdos estados é essencial, sobre-tudo em um momento de quedade receitas como o enfrentadohoje por governadores e prefei-tos. O ideal é repactuar a distri-buição dos recursos, incluindoaí os Fundos de Participaçãodos Municipios (FPM) e dos Es-tados (FPE), royalties e verbaspara educação, ciência e tecno-logia – áreas capazes de levar oPaís a entrar em novo patamar,com nova perspectiva de futu-ro. Isso deve estar inserido emoutro debate, sobre as bases deum novo federalismo, e não écoisa que se defina em uma vo-

t a ç ã o n oCongresso.

D C – H áp os si bi li da dede uma chapacom Dilma?

C a m p o s –Ninguém po-de dizer o queacontecerá em2014. Nem a presi-dente, a quem cabeliderar o processo. O

que devemos é cuidar agorados desafios atuais, para con-solidar as conquistas dos últi-mos 20 anos.

DC – Manter os cargos que oPSB detém no governo federalembolaria eventual lançamentode sua candidatura à eleição pre-sidencial?

C am p o s – Não há planos dedeixarmos a base do governo,nem entregar nossos cargos.Estamos ajudando a construiresse projeto para o País, desde aeleição do presidente Lula. Nãopretendemos discutir 2014 an-tes de 2014 chegar. O que preci-samos é ajudar a presidente Dil-ma a colocar o País novamenteno rumo do crescimento.

DC – Fala-se em uma dobradi-nha de segundo turno entre PSB ePSDB para enfrentar o PT na elei-ção de 2014...

Campos – Essas especulaçõessurgem por causa da relação deamizade minha com o Aécio Ne-ves (PSDB-MG). Mas é só. O pre-sidente do PSDB, o deputado fe-deral Sérgio Guerra, foi secretá-rio de meu avô, Miguel Arraes, enem por isso o PSDB esteve co-nosco nas últimas eleições. Aju-damos a eleger a presidente Dil-ma e estamos na base de sus-tentação do governo. É o fato, orestante são versões.

DC – Contudo, o ex-presidenteFernando Henrique Car-

doso articula para co-locar mais candi-

datos para con-c o r r e r n o p r i-m e i r o t u r n odas e le içõesp r e s i d e n-c i a i s , p a r av a p o r i z a ros votos doPT e contacom sua...

C a m-pos – Prefi-

ro não falarde 2014 an-t e s d e c h e-gar. Anteci-

p a r o d e-

bate eleitoral não interessa aoPaís. Acabamos de sair de umaeleição e já está se debatendo apróxima. Hoje, tudo o que se fa-la é de eleição, enquanto o Paísfica sangrando, ouvindo um de-bate desprovido de propósitos.

DC – Como espera ajudar o go-verno a enfrentar a crise financei-ra global?

Campos – É preciso discutir oque precisa ser feito para o Bra-sil sair desta situação. Lá fora,os países desenvolvidos vivemuma crise sem precedentes,implicando novos padrões pa-ra o capitalismo global. As for-ças políticas e o empresariadoprecisam se unir para ajudar oBras i l . A pres idente D i lmaRoussef e os líderes que a ante-cederam adotaram as medidasmais urgentes, como desone-rar a produção e incentivar oconsumo por exemplo. Mas aresposta não tem sido a mes-ma. Agora, ela está mexendonos juros e nos marcos regula-tórios de diversos setores. E sóhá uma maneira de sair da cri-se: definindo e implantando asmedidas necessárias.

DivulgaçãoARRAES, A INSPIRAÇÃO. Declarando"não trair a vontade dos que o elegeram", em1964, o então governador de Pernambuco,Miguel Arraes de Alencar (1916-2005), doantigo Partido Social Trabalhista (PST), negouentregar o cargo ao governo militar que seimpunha. E foi para a cadeia. Seu governo eraconsiderado de esquerda por forçar os usineiros edonos de engenho a estender o benefício dosalário mínimo aos trabalhadores rurais e apoiara criação de sindicatos, associações comunitáriase ligas camponesas. Libertado um ano depois, porhabeas corpus concedido pelo Supremo TribunalFederal (STF), exilou-se por 14 anos na Argélia.Nesse período, foi condenando à revelia, em1967, a 23 anos de prisão pelo crime de

"subversão". Favorecido pela anistia, retornou ao Brasil, em 1979. Foi deputado federal em 1982, peloPMDB, e novamente governador de Pernambuco, em 1986. Um dos políticos mais populares da história doBrasil, filiou-se ao PSB em 1990, elegendo-se novamente governador de Pernambuco, em 1994.Em 2002, aos 86 anos de idade, voltou à Câmara Federal. Na eleição presidencial apoiou Lulano segundo turno. Morreu em 2005, por infecção respiratória e insuficiência renal. (ACSN)

Ninguém pode dizer o que acontecerá em 2014. Nem a presidente, a quem cabe liderar o processo.Governador Eduardo Campos (PE) sobre sucessão presidencial

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 2013 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

C RU Z E I ROCorpo do arquiteto Luciano de Lucca,30, que desapareceu em Santos apóscair do 11º andar do cruzeiro MSCFantasia no sábado, foi localizado.cidades

Mocidade: bicampeã em São Paulo.Mocidade Alegre é a grande vencedora do Carnaval 2013, repetindo feito do ano passado, quando também ficou na frente da Rosas de Ouro.

Em uma apuração dis-putada e decidida noúltimo quesito, a Mo-cidade Alegre repe-

tiu o feito de 2012 e saiu comoa grande vencedora do Car-naval, com 268,9 pontos.

Este é o nono título da Moci-dade. A quadra da escola, nobairro do Limão (zona norte deSão Paulo), foi tomada por inte-grantes comemorando o título.

A agremiação terminou em-patada com a Rosas de Ouro,mas pelo primeiro critério dedesempate das notas, o Enre-do, acabou levando o troféu.

Na outra ponta da tabela, a

Vila Maria e Mancha Verde fo-ram rebaixadas. Pérola Negrae Leandro de Itaquera volta-ram ao Grupo Especial.

Com a proibição das torci-das na apuração do Carnavalde São Paulo, as notas anun-ciadas pelo locutor foram se-guidas de um silêncio, muitodiferente dos anos anteriores,quando as torcidas Gaviões daFiel, Mancha Verde e Dragõesda Real lotavam a arquibanca-da do Anhembi.

Em 2012, a Império de CasaVerde foi o epicentro de umabriga na apuração. Um deseus torcedores invadiu a

área reservada e destruiu ascédulas com as notas das es-colas. A invasão provocou umtumulto que se estendeu pa-ra a área externa do sambó-dromo com carros alegóricosdestruídos.

Repeteco –No ano passado, aMocidade Alegre conquistou otítulo de campeã, também so-bre a Rosas de Ouro, após a con-fusão que interrompeu a apura-ção do Carnaval de São Paulo. Aagremiação desfilou com enre-do baseado no livro Tenda dosMilagres, de Jorge Amado, paratratar de temas como a escravi-dão e a cultura afro-brasileira, e

foi a única a tirar nota 10 em to-dos os quesitos.

Neste ano, o enredo A Sedu-ção Me Fez Provar, Me Entregar àTentação... Da Versão Original,Qual Será o Final? mostrou queos pecados podem levar aocéu, e não ao inferno.

A comissão de frente, "o po-der da sedução", veio acompa-nhada pelo abre-alas, com 30metros de comprimento e 10metros de largura. Um homemsegurava a maçã que conde-nou Adão e Eva. Ao todo, a Mo-cidade levou 3.200 pessoas àavenida, divididos em cincocarros alegóricos e 25 alas.

A presidente da Rosas deOuro, Angelina Basílio, disseque não entendeu algumadas notas dadas pelos jura-dos, mas não lamentou o se-gundo lugar no Carnaval. "ARosas de Ouro foi perfeita.Não é 0,1 que vai tirar o brilhoda escola", afirmou.

O terceiro lugar foi muitocomemorado por integran-

Agremiação levou 3.200 pessoas à avenida, divididas em cinco carros alegóricos e 25 alas. A quadra da Mocidade ficou lotada de integrantes comemorando o título.

tes da Águia de Ouro, que ter-minou com 268,7 pontos. Aagremiação perdeu 1,1 pon-to por ter estourado o tempodo desfile em um minuto.

"Teve um gostinho de pri-meiro lugar. Se a gente nãoperde esse ponto no começo,a gente era campeão com so-bra", declarou Juca, mestre debateria da escola. (Agências)

Carro alegórico da Sangue Jovem bateu na fiação da rede elétrica, provocando uma descarga elétrica.

Eduardo Anizelli/Folhapress

Quatro morrem em Santos

Um carro alegórico daescola de samba San-gue Jovem, de San-

tos, pegou fogo no sambó-dromo da cidade e matouquatro pessoas por volta da1h20 de ontem. O desfile foisuspenso. Segundo o Corpode Bombeiros, o último carroda agremiação bateu na fia-ção da rede elétrica e provo-cou uma descarga elétricana área de dispersão dosambódromo. Três pessoas

que empurravam o carromorreram no local.

Uma vizinha do sambódro-mo, que acompanhava o des-file da calçada, morreu apósser atingida pelo veículo. Elateria tentado salvar a filha, deacordo com testemunhas.

Das nove pessoas que fo-ram encaminhadas para aSanta Casa em decorrênciado acidente, quatro tiveramalta e cinco permaneciam in-ternadas. A Sangue Jovem faz

parte da torcida organizadado Santos Futebol Clube.

O prefeito Paulo Alexan-dre Barbosa disse que nãohá clima para nenhum tipode festa. Segundo ele, o focoé atender os feridos e as fa-mílias das vítimas.

Em 2011, 16 pessoas mor-reram durante as festas pré-carnaval de Bandeira do Sul(MG) após um trio elétrico seratingido por uma correnteelétrica. (Fo l h a p r e s s )

Vila Isabel levantou a Sapucaí. A escola foi destaque na segunda noite dos desfiles do Grupo Especial.

Ricardo Moraes/Reuters

Crias Vianna, rainha da bateria da Imperatriz Leopoldinense.

Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Rio: campeãsai hoje.

Imperatriz Leopoldinense eUnidos de Vila Isabel foram

os destaques do segundo – eúltimo – dia de desfiles do Gru-po Especial. Já a Mangueira,uma das escolas mais tradi-cionais do Rio, deve perderpontos após diversos proble-mas na evolução e em carrosalegóricos. A apuração das es-colas é hoje, às 16h, na Mar-ques de Sapucaí. (Fo l h a p r e s s )

Levi Bianco/Estadão Conteúdo

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 20138 DIÁRIO DO COMÉRCIO

3setor

º

P ro j etoestimula odireito debrincar

Criado em 2010, na África do Sul, oprograma A Chance to Play – O

Direito de Brincar, chega ao Brasil.

O projeto A chance do Play - O Direito deBrincar deve beneficiar 70 mil crianças eadolescentes em 12 programas sociaisdiferentes. As ações, de brincadeiras e

futebol, acontecem até 2014.

Fotos: Divulgação

Kelly Ferreira

Oprojeto A Chance to Play – O Direito de Brin-car , criado pelo Comitê Mundial dos Tra-ba lhadores da montadora a lemãVolkswagen, chegou enfim ao Brasil. Cria-

do em 2010, na África do Sul, durante a Copa do Mun-do, o programa tentará oferecer um futuro diferentepara 70 mil crianças e adolescentes brasileiros.

Realizado em parceria com a ONG Terre des Hom-mes – Alemanha e com o apoio da Volkswagen, oprograma terá um investimento inicial de 1,5 milhãode euros, que pode ser ampliado com arrecadaçõesnas unidades da Volkswagen do Brasil. Os recursosserão distribuídos em 12 projetos sociais inéditos,que terão o futebol – em razão da Copa das Confe-derações este ano e da Copa do Mundo em 2014 – e obrincar como ferramentas de transformação socialpara promover a educação, cidadania e a cultura depaz. As ações acontecem neste e no próximo ano.

O projeto A Chance to Play – O Direito de Brincar fir-mou parcerias com organizações sociais que já sãoreconhecidas pelos trabalhos que desenvolvemcom crianças e adolescentes. Na África do Sul, du-rante a Copa, em 2010, as ações beneficiaram 40 milpessoas. No Brasil, a expectativa é atender 70 milcrianças e adolescentes. A versão brasileira do pro-grama terá como padrinho o desenhista e cartunistaMauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica.

DIREITO DE BRINCAR

A Chance to Play – O Direito de Brincar é patrocinadopor doações voluntárias dos empregados em arre-cadações internas, como o programa mundial UmaHora para o Futuro. Nele, os trabalhadores doam ovalor equivalente a uma hora de trabalho. "Quere-mos chamar atenção para o direito de brincar dacriança e do adolescente. Brincar e jogar futebol ébom, mas o objetivo, além disso, é criar ferramentasque contribuam para a consolidação de uma culturade não violência e paz”, disse Tuto Beat Wehrle, co-ordenador do A Chance to Play – O Direito de Brincar .

Doze projetos sociais já foram aprovados e serãorealizados em comunidades das cidades onde aVolks tem suas quatro fábricas: São Bernardo, Tau-baté e São Carlos, em São Paulo, e São José dos Pi-nhais, no Paraná. O projeto permitirá ainda capaci-tar as ONGs parceiras para realizarem os trabalhossociais com excelência. A Fundação Volkswagenparticipará do trabalho de capacitação.

A Fundação Futebol e Desenvolvimento, de More-no, na Argentina, é uma das ONGs participará do AChance to Play – O Direito de Brincar . Responsável porarticular a rede latino-americana de Futebol de Rua.A fundação multiplicará a metodologia no Brasil. OFutebol de Rua utiliza o esporte como elemento edu-cativo, permitindo que as crianças e os adolescen-tes sejam os protagonistas das atividades.

Nele, o jogo tem três tempos. No primeiro, os par-ticipantes discutem quais serão as regras da parti-da, com ações de cidadania, como respeito aos ad-versários. O segundo tempo é o jogo de futebol. O úl-timo tempo é uma discussão, onde o resultado não écontabilizado apenas pela quantidade de gols mar-cados, mas também pelo respeito às regras.

Já a Associação de Apoio à Criança em Risco(Acer), de Diadema, que busca a integração social,irá capacitar adolescentes e jovens para que orga-nizem dias dedicados a brincadeiras em suas comu-nidades, fortalecendo a integração, a educação e acidadania. A Associação Desportiva do Sindicatodos Metalúrgicos de São Carlos (ADSM), ligada aoSindicato dos Metalúrgicos de São Carlos, desenvol-verá o projeto "+ que Futebol” para crianças e ado-lescentes de bairros periféricos da cidade.

Centro de Libertação de Vidas (Celivi), creche co-munitária de Santo André, comandará o projeto Brin-calar, que capacitará pais de crianças atendidas paraque multipliquem a proposta pedagógica da creche,que tem foco no direito de brincar. Ainda em SantoAndré, a Federação das Entidades Assistenciais deSanto André (Feasa), que atua na articulação e namobilização da rede de entidades sociais, será res-ponsável pelo projeto Brincar é Coisa Séria, capacitan-do organizações sociais da cidade para que incorpo-rem o direito do brincar a seus projetos.

Atividadesde culturae arte

Voltado para a áreacultural, o CentroCultural Afro-

brasileiro FranciscoSolano Trindade, de SãoBernardo, tambémparticipa do A Chance toPlay – O Direito de Brincar. Oinvestimento será emferramentas culturaisbrasileiras – percussão,capoeira, danças típicas emanifestações folclóricas– como instrumentosociopedagógico.

A ONG Projeto deMeninos e Meninas de Rua,de São Bernardo, mas queatua também em Diademae Guarulhos, montará umbloco infanto-juvenil deCarnaval, trabalhando ostemas educativos como aauto-organização decrianças e adolescentes derua e a importância dodiálogo.

Em Sapopemba, nazona leste, o Cedeca, umcentro de defesa dosdireitos humanos decrianças e adolescentes,apostará no projetoBrincando se Faz Direito,com oficinas lúdicas,esportivas e culturaispara adolescentes quetiveram conflito com a lei.Já o Instituto CulturalGotas de Flor com Amor,no Brooklin Novo, zonasul, que atende crianças ejovens de comunidades,fará oficinas lúdicas eesportivas.

A IPA Brasil (AssociaçãoBrasileira pelo Direito deBrincar), que forma playworkers (agentes dobrincar), implantará umabrinquedoteca no Centrode Integração daCidadania (CIC) doJabaquara. O ProjetoEsperança São PedroApóstolo ofereceráoficinas esportivas eculturais a crianças eadolescentes de Taubaté,por meio do projetoEsporte nasComunidades.

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 2013 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

FRANÇA APROVA CASAMENTO HOMOSSEXUALOs deputados franceses aprovaram ontem a lei do casamento entre

pessoas do mesmo sexo, que pode entrar em vigor dentro de dois meses.O texto recebeu 329 votos a favor, 229 contra, e dez abstenções.

nternacional

ONU prevê novassanções à Coreia

Medida seria resposta aprimeiro teste nuclear

realizado por Kim Jong-un

OConselho de Segurança da ONU seuniu ontem à condenação unânimeda comunidade internacional dian-te da última "ameaça" da Coreia do

Norte, que realizou um novo teste nuclear (oprimeiro desde que Kim Jong-un chegou ao po-der há quatorze meses), e abriu caminho paranovas sanções contra o país. A adoção de san-ções, principalmente econômicas, seria "ques-tão de tempo", segundo fontes diplomáticasque afirmaram que qualquer decisão precisaaguardar a posição da China, país com poderde veto e habitual aliado de Pyongyang.

O teste foi feito na madrugada de ontem e foio terceiro realizado com um dispositivo "me-nor" e "altamente explosivo", o que indicariaum grande avanço tecnológico do militarizadoregime de Kim Jong-un.

O presidente dos Estados Unidos, BarackObama, conversou com o presidente da Coreiado Sul, Lee Myung-bak, sobre o teste nuclear,que foi considerado provocativo, e a proposta éadotar medidas para impedir a continuaçãodos programas de mísseis nucleares e balísti-cos da Coreia do Norte.

Reunidos de urgência e a portas fechadas apedido da Coreia do Sul, Estados Unidos e Fran-ça, os quinze membros do principal órgão dedecisão da ONU pactuaram após duas horas denegociações uma declaração de condenação

ao regime norte-coreano. "O Conselho de Se-gurança condena energicamente o último tes-te, uma violação de anteriores resoluções doConselho que representa uma clara ameaçapara a paz e a segurança internacional", leudiante da imprensa o ministro das Relações Ex-teriores sul-coreano, Kim Sung-hwan.

Ao término das discussões, a embaixadoranorte-americana na ONU, Susan Rice, disseaos jornalistas que o objetivo agora não é só en-durecer as atuais sanções, mas principalmen-te "aumentá-las", e mencionou concretamen-te que um dos campos a serem privilegiadosserá o financeiro.

Justificativa – A Coreia do Norte disse ontemque o teste atômico foi um "sucesso" e que de-monstra "a excelente capacidade do poder dis-suasório nuclear" do país. O regime comunistajustificou os testes como parte de medidas pa-ra se defender da "brutal hostilidade" dos Esta-dos Unidos.

O país também ameaçou realizar novos tes-tes nucleares e de maior intensidade caso osEstados Unidos mantenham sua política, se-gundo informou a agência oficial norte-corea-na KCNA.

A porta-voz do Departamento de Estado nor-te-americano, Victoria Nuland, informou que aCoreia do Norte havia avisado o órgão de sua in-tenção de "levar a cabo um teste nuclear, sem

citar nenhum momento específico". A porta-voz explicou que o aviso chegou através de "ca-nais frequentes", mas se negou a dizer quandoWashington recebeu a notificação.

Bra s i l – O Itamaraty de-monstrou preocupação com oteste nuclear realizado pelaCoreia do Norte e divulgou on-tem uma nota oficial em quepede ao governo do país queaceite as resoluções das Na-ções Unidas para criar as con-dições necessárias para umanegociação pacífica.

O Brasil é um dos poucospaíses a possuir uma embai-xada na capital norte-corea-na, Pyongyang – no total, ape-nas 23 nações têm represen-tações diplomáticas na Coreiado Norte –, mas a relação polí-

tica entre os dois países é pequena e o Brasiltem pouca representatividade na região. As re-lações se concentram basicamente em ajudahumanitária. (Agências)

Susan Rice: EUA querem aumentar punições econômicas

Eduardo Muñoz/Reuters

Kim Hong-Ji/Reuters

Obama anuncia retorno de 34 milsoldados do Afeganistão

O número de mor-tos na Síria se aproxi-ma dos 70 mil, com oscivis pagando o preçopela inação do Conse-lho de Segurança daONU em quase doisanos de conflito, disseontem a alta comissá-ria da ONU para os di-reitos humanos, NaviPillay. Ela repetiu seuapelo para que a Síria seja encaminhada ao Tri-bunal Penal Internacional.

"A falta de consenso sobre a Síria e a inaçãoresultante vem sendo desastrosa e os civis detodos os lados pagaram o preço", disse ela. "Se-

remos julgados pelatragédia que se de-senrolou diante denossos olhos". Em 2de janeiro, ela haviaalertado que mais de60 mil pessoas já ha-viam sido mortas de-pois que as forças dopresidente Bashar al-Assad decidiram "es-magar" os protestos

contra seu governo. Ontem, 13 pessoas morre-ram na explosão de um micro-ônibus na fron-teira entre Turquia e Síria. Na foto, familiareschoram no enterro de uma das vítimas, Ali Sille,um jovem de 26 anos. (Agências)

Mortes na Síria já se aproximam de 70 milUmit Bektas/Reuters

Ativistas anti-Pyongyang protestam em embaixada dos EUA em Seul

Em discurso realizado ontem no Congres-so, a fim de declarar os compromissos deseu segundo mandato, o presidente dosEUA, Barack Obama, anunciou a retirada,ainda em 2013, de cerca de 34 mil soldadosdo Afeganistão, o que reduzirá a presençamilitar americana no país à metade.

"As reduções adicionais do contingentecontinuarão até o fim de 2014 à medida queos afegãos assumirem a responsabilidadeplena por sua defesa", informou a CasaBranca, ao confirmar a informação divulga-da previamente por veículos de imprensacomo as redes de televisão ABC e NBC.

Atualmente há no Afeganistão por voltade 70 mil soldados americanos e o presiden-te prometeu que o papel de combate dessastropas terminará no final de 2014. Em 2009,Obama ordenou um aumento de 30 mil sol-dados no contingente americano no Afega-nistão, e em 2011 prometeu que a campa-nha de guerra estaria concluída em 2014.

Ainda em seu discurso, o presidente Oba-ma abordou a proposta de limitar a posse dearmas por civis e os rumos econômicos deseu segundo mandato. (Agências)

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 201310 DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMISSÃOPERMANENTEDELICITAÇÃOAcha-se aberta a licitação em epígrafe à Rua Dr. Diogo de Faria 1247 - sala 318 -VilaClementino.PREGÃO PRESENCIAL Nº 01/SME/2013 - 2012-0.331.661-1 - REGISTRODE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE TÊNIS PARA KIT UNIFORME ESCOLARLOTES 01, 02 E 03, DESTINADO AOS ALUNOS DA RME DA PREFEITURADOMUNICÍPIODE SÃOPAULO.O credenciamento e os envelopes nº 01 (proposta) e envelopes nº 02(documentação) deverão ser entregues até às 10:30 horas do dia 26/02/2013na sala 318 A, situado na Rua Dr. Diogo de Faria, 1247 - 2º andar - Vila Clementino.O Edital e seus Anexos poderão ser obtidos, até o último dia que anteceder aabertura, mediante recolhimento de guia de arrecadação, ou através a apresentaçãode CD ROM gravável no Setor de Licitação - CONAE 151 - sala 318, ou no sitehttp://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, bem como, as cópias do Editalestarãoexpostasnomural doSetordeLicitação.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3ABERTURA DE LICITAÇÕESEncontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões:PREGÃO ELETRÔNICO 035/2013-SMS.G, processo 2013-0.004.275-0, destinadoao registro de preço para o fornecimento de AMÁLGAMA 1 PORÇÃO EAMÁLGAMA 2 PORÇÕES, para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/GrupoTécnico de Compras - GTC/Área Técnica de Odontologia, do tipo menor preço.A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horasdo dia 27 de fevereiro de 2013, pelo endereço www.comprasnet.gov.br, a cargoda 3ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.RETIRADA DE EDITAISOs editais dos pregões acima poderão ser consultados e/ou obtidos nos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br,quando pregão eletrônico; ou, no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde, naRua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010,mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital,através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICOOs documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresasinteressadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema,www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.

SECRETARIA DA SAÚDE

Analistas políticos acreditam que atenção da mídia à renúncia do papa Bento XVI pode prejudicardesempenho do ex-premiê Silvio Berlusconi nas eleições legislativas italianas deste mês.

nternacional

Vaticano inicia busca por novo líderCardeais de todo o mundo já realizam discussões informais paralevantar nomes de possíveis líderes da Igreja durante o período

de crise inaugurado pela renúncia de Bento XVI.Novo papa deve ser eleito apenas em meados de março.

Tony Gentile/Reuters

Federico Lombardi

Cardeais em todo omundo já iniciaramseus contatosinformais para

discutir quem deverá ser opróximo líder da Igreja porum período de crise.Enquanto isso, o Vaticanoinformou que planeja umagrande despedida para oPapa Bento XVI.

Em uma coletiva deimprensa realizada ontemsobre os rumos da Igreja e asações do papa nas próximasduas semanas, o Vaticanotambém revelou umainformação que vinha sendomantida em sigilo: BentoXVI, de 85 anos de idade,utiliza um marca-passocardíaco desde antes de sereleito papa, em 2005. Masnenhuma doença específicalevou o papa a renunciar,segundo o Vaticano. Arenúncia se deve a seu

enfraquecimentomental e físico.

Também foidito que o papanão irá assumirnenhum papelna Igreja depoisda efetivação desua renúncia, às20h do dia 28 defevereiro. "Opapa disse emsua declaraçãoque usará seu tempo paraoração e reflexão e não teránenhuma responsabilidadena condução da Igreja, ouqualquer responsabilidadeadministrativa ougovernamental", disse oporta-voz do Vaticano, padreFederico Lombardi.

O anúncio chocante levouo Vaticano a buscar mudarlocais de algumas atividadespapais para que maispessoas possam vê-lo antes

da renúncia.Sua última

audiência geral,marcada parao dia 27, foitransferida dosalão deaudiências doVaticano, quetem umacapacidadede cerca de10 mil pessoas,

para a Praça São Pedro,que suporta centenas demilhares de fiéis.

Depois de deixar o cargo,em 28 de fevereiro, o papairá primeiramente àresidência de verão papal nosul de Roma e depois para oconvento enclausuradodentro dos limites doVaticano, trocando o PalácioApostólico do século XVIpara uma residência sóbriae moderna.

Conclave – Em meados demarço, cerca de 115cardeais entrarão na CapelaSistina a fim de eleger opróximo líder dos cerca de1,2 bilhão de católicosromanos.

Enquanto o Vaticanoinicia as preparaçõespara o último dia do papaBento XVI, fontes da igrejadisseram que consultasformais ao telefone etambém em almoçosou via correspondênciascomeçaram entre oscardeais sobre que tipode perfil deverá ter opróximo papa.

Depois de uma série deescândalos, os especialistasdizem que os cardeais daIgreja estão buscandoalguém que não seja apenasum homem santo, mastambém um bomadministrador. (Reuters)

Renúncia foi atitude de humildade

Reproduções/NYTRenúncia de Bento XVI foi temade charges em todo o mundo.No alto da página, caricaturapublicada na Albânia e visão deartista holandês sobre a saídapapa. Ao lado, jornal do Canadátransformou papamóvel emcarrinho de golfe. Cartunistaitaliano mostrou apenas abengala do papa, pendurada.

Anotícia da renúnciade Bento XVII aopapado colheu atodos de surpresa.

Afinal, somente um caso derenúncia tinha sido registradoanteriormente na históriada Igreja católica, no ano de1294, quando o mongeCelestino V, papa por seismeses, resolveu retomar a suavida eremítica, julgando-sepouco afeito às funções depastor universal. Os demaiscasos de renúncias (Ponciano,no século III e Gregório XII, noséculo XV) foram devidos acircunstâncias críticas, semnenhuma relação com a atualsituação.

De fato, a única razãoalegada por Bento XVI é suaidade avançada (85 anos) e osproblemas que começam aabalar sua saúde. Quem o viunas celebrações natalinas

percebeu claramente que ele jádava sinais de profundadebilidade física, emboraguarde impressionante lucidez.

Deve ter pesado na suadecisão a situação precedente,a do papa João Paulo II que,mesmo moribundo, insistia empermanecer à frente da Igreja,quando todos sabiam quequem governava a Igrejaefetivamente eram dois ou trêscardeais, liderados pelo entãocardeal Ratzinger. Antes quesucedesse com Bento XVI amesma e embaraçosa situação,preferiu se antecipar. Umexemplar gesto deracionalidade, fruto de totalliberdade.

De um lado, o gesto darenúncia, aliás previsível noDireito da Igreja, mostra quenem mesmo o papa éinsubstituível, podendoperfeitamente se retirar dogoverno da Igreja, porque elaprosseguirá seu cursonormalmente, sem traumas.

Trata-se também de um gestode desapego e de humildade,reconhecendo que outrocardeal poderá desempenhar amissão até melhor do que ele.É uma crença lastreada na féteologal, isto é, a Igreja temuma assistência divina queindepende das feições destaou daquela pessoa.

Historicamente, a renúncia ésignificativa, pois os papas vêmdesempenhando cada vez maisuma função de elevadamoralidade: eclesialmente,intenso trabalho de purificaçãoda Igreja; mundialmente, firmepregação da justiça, defesa davida e da paz, com especialatenção para as nações maispobres. Um novo papa, commais condições de intensificaresses trabalhos, só poderá sermuito bem-vindo. Daí a razãode todos se interessarempela eleição do substitutode Bento XVI.

Na Páscoa, certamente, oscatólicos romanos já terão um

novo líder, que darácontinuidade às boas iniciativasdos últimos papas, mas quenão terá obrigação de ser ummero repetidor de fórmulas,contando com liberdade eapoio das forças vivas da Igrejapara promover as reformasque se fazem necessáriasdentro dela, para o bem detodas as nações.

Provavelmente, a primeiragrande viagem do novo papaserá ao Brasil, para cumpriro compromisso já assumidopela Igreja católica com aJornada Mundial da Juventude,que acontecerá no próximomês de julho, na cidade doRio de Janeiro.

Oxalá o gesto de Bento XVIsirva também de exemplo paramuitos governantes, a começarpelo nosso País, que – mesmonão tendo chegado aos 80 anos– estão há décadas nocomando de cidades, regiões,estados, agências, parlamentose partidos.

Domingos Zamagna

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 2013 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

CHORINHO NO PALCOTexto de Fauzi Arap, com Claudia Mello e Denise Fraga. História

de encontros de uma solteirona aposentadae uma moradora de rua em uma praça. Livraria Cultura - Teatro

Eva Her. Avenida Paulista, 2073 (Conjunto Nacional).Tel.: 3170-4079. Terça e quarta, 21h. R$ 60. Até 27/2.

O pensadorda liberdade:

a poesia éuma

re l i g i ã o .

Renato Pompeu

Paulo Whitaker/Folhapress

Octavio Paz: idealista.

Eis aqui uma obra que oleitor deve ler em atitudede prece, tendo à frente o

livro inclinado como nas igrejas,balbuciando de si para si, como seas estivesse beijando, cadapalavra entoada como se fossenum cântico. Trata-se de O Arco ea Lira, uma grande ensaísticasobre os significados maisprofundos da poesia, elaboradapelo grande poeta, ensaísta epensador mexicano Octavio Paz(1914-1998), Prêmio Nobel de1990, publicada no original em1967, agora lançada no Brasilpela CosacNaify em conjunto como Fondo de Cultura Económica,célebre editora do México

Pois para Paz – e ele nosconvence disso – a poesia é umareligião, uma fé do tipo maisevoluído de religião que ahumanidade desenvolveu, osalvacionismo. Pela poesia, dizPaz, salvamos a nossa alma,libertando-a das peripécias decada vida humana, esta sempreregida por acidentes e pelosofrimento, pela ilusão dosprazeres dos sentidos. Senão ummeio de alcançar a Deus, umpoema é um meio de nosaproximarmos e nosidentificarmos com o que temosde mais íntimo, mais essencial emenos contingencial em nósmesmos. Imbuídos do significadode cada poema em particular,que é o mesmo significado dapoesia em geral, nos salvamosdas misérias deste mundo e nosaproximamos do que há de maispuro dentro de nós, o que vem aser, afinal de contas, a essênciado ser, a alma da própria matéria.

Como em toda religião, nareligião poética de Paz, asalvação, que vem a ser umestado de transcendência, ouseja, de desligamento em relaçãoao que há de inautêntico na vida,as suas peripécias ilusórias, e deidentificação com o que há de

mais perfeito em cada um de nós,tem de ser alcançada por meio deum ritual, que é desempenhadonum primeiro momento pelosacerdote e em seguidaassimilado pelo crente. Osacerdote dessa religião é opoeta, que se identifica com aessência do seu ser e do ser emgeral, no momento em que cria opoema – e elaborar um poema éum ato que exige compunção econtenção. O crente é o leitor dopoema, no momento em querealmente compreende o poema,ou melhor, o “sente”, momentoem que o leitor alcança o mesmoestado de graça que o autor tinhaatingido ao criar o poema.

Tal concepção da poesia está,de um lado, aparentada com asreligiões salvacionistas orientais,que Paz tanto estudou econheceu, principalmente ohinduísmo e o budismo; de outrolado, com o surrealismo que eleconheceu de perto e praticou; efinalmente, numa terceiravertente, com as filosofiasexistencialistas do alemão MartinHeidegger e do francês Jean-PaulSartre. Mas o principal é que essapoética transcendentalista estáligada à própria mexicanidade dePaz, que ele tanto evocou em suaobra mais conhecida, O Labirintoda Solidão, de 1950, umadissertação sobre a solidão emque, no fundo, vive cada serhumano, e em particular cadaser humano mexicano,deserdado de sua cultura maisancestral, a indígena.

Se naquela obra Paz haviadiagnosticado o que podemosconsiderar o mal-estarcaracterístico do ser humano, asua solidão, em O Arco e a Lira elecomo que nos apresenta aterapêutica, a salvação pelapoesia. Mas, como todotratamento terapêutico tem suasregras próprias (e como todoestado religioso, mesmo os mais

extáticos, exige uma ritualísticaespecífica), o livro de Paztambém discute as técnicas dofazer poético. Assim, a par dediscorrer sobre o momento emque ultrapassamos ascontingências da vida paraatingir a essência do ser, elediscute também em que consistea essência da poesia, porexemplo; o ritmo é essaessência? Poderia haver poesiasem ritmo? Só o ritmo já garantea poeticidade?

Paz nasceu na Cidade doMéxico, numa família da altasociedade; seu pai havia sido umpolítico influente na Revoluçãodo começo do século XX. Masdepois a família empobreceu – ofuturo Nobel chegou a viver numquarto em que uma das paredesera apenas uma cortina que nãoprotegia das intempéries lá fora –e ele acabou sendo criado portios no interior. Publicou seusprimeiros poemas em 1933, aos19 anos, e foi logo lutar pelosrepublicanos na Guerra CivilEspanhola, desiludiu-se com asatrocidades cometidas porordem de dirigentesrepublicanos, e radicou-se emParis, onde se irmanou artística epoliticamente com ossurrealistas, esquerdistas que,ao contrário da maioria dosesquerdistas da época,atacavam duramente osmétodos repressivos do lídersoviético Iussuf Stalin e seusadeptos. Interessado pelasculturas orientais, morou noJapão para estudar. Embaixadorna Índia, em 1968 renunciou aocargo, em protesto contra ochamado massacre de Tlatelolco,em que centenas de estudantesesquerdistas foram chacinadospor soldados governamentaisdurante manifestação nessapraça da capital mexicana. Era,rigorosamente, um idealista,como mostra em O Arco e a Lira.

FESTIVAL DE BERLIMO sofrimento de Camille Claudel

Tributo a Tom JobimO documentário A Luz do Tom(Brasil, 2012, 84 minutos, cen-sura livre), do cineasta NelsonPereira dos Santos, mostra a vi-

da do mestre Tom Jobim narradapor uma série de vozes femini-nas, as favoritas do compositor.Os depoimentos inéditos são da-

dos por três mulheres impor-tantes na vida do músico: Hele-na Jobim, Thereza Hermanny eAna Lontra Jobim.

Ana Lontra: a bênção, Tom.

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Rui Martins

Os atores Michel Piccoli(Habemus Papam),Anthony Quinn (As

Sandálias do Pescador) e JeremyIrons (Os Borgias) retratam comevidente convicção a figura doSumo Pontífice em situações quepoderiam ser verdadeiras. Emrazão da renúncia de Bento XVI, oo jornal italiano La Repubblicalembrou as palavras dopersonagem interpretado pelo

ator Michel Piccoli em HabemusPapam (2011), do cineasta NanniMoretti: "Peço ao Senhor perdãopelo gesto que estou prestes acometer (renúncia). Eucompreendi que não sou capazde suportar a missão para a qualfui escolhido". Já o desempenhode Anthony Quinn é impetuoso eintrigante em As Sandálias doPe s c a d o r , filme dirigido porMichael Anderson/1968. Baseado

no livro homônimo de MorrisWest, tem como pano de fundo aGuerra Fria e narra a história deum bispo russo, preso na Sibéria,levado ao Vaticano porinterferência da Igreja. Lá,chegou a cardeal e foi eleitopapa, especialmente paracumprir a dura tarefa deintermediar conflitos entre o seupaís e a China. Jeremy Iron, porsua vez, encarna Rodrigo Borgia,

eleito Alexandre VI (1492), nasérie de TV Os Borgias (2011), soba direção de Neil Jordan. Ocinema, especialmenteHollywood, tem investido tempo,dinheiro e talento em trabalhosgrandiosos dedicados aespeculações históricas sobre omundo fechado (e fascinante) doVaticano. Do romance Agonia eÊxtase, de Irving Stone, nasceu ofilme homônimo de Carol Reed

(1965), no qual o Papa Julio II (RexHarrison) encomenda aMichelangelo (Charlton Heston) apintura do teto da Capela Sistina.No triller Amém, de Costa-Gavras,um químico e militar alemãodescobre que um produto quedesenvolveu para limpeza detanques durante a SegundaGuerra Mundial foi utilizado paramatar judeus na câmara de gás.Daí, resolve pedir a interferência

do Papa Pio XII na esperançabarrar a escalada daquela açãocriminosa. Exceto HabemusPa p a m , disponível em DVD nalocadoras, os outros filmes,editados também em DVD, sãoprodutos raros a seremgarimpados. Mas, nessemomento de mudanças noVaticano, é possível que voltemaos estandes das lojas e sejamprogramados pela TV. (MMJ)

Anthony Quinn: em AsSandálias do Pescador:papa político. Jeremy

Irons: Papa Alexandre VIem Os Borgias.

O papa com glamour de HollywoodSob o foco da indústria do cinema, o papa inspira grandes atores e diretores.

Moretti e Michel Piccoli: Habemus Papam.

Fotos: Arquivo DC

Internada num manicômiocom 30 anos e morta aos78, a maior parte da vida da

escultora francesa CamilleClaudel se passou entre os lou-cos. Na época de seu interna-mento como psicótica, com ba-se em uma lei, muitas arbitra-riedades - justificadas por essalei - foram praticadas. E diver-sos artistas, inclusive o escul-tor Auguste Rodin, tentaramintervir em seu favor.

Embora Camille Claudel ti-vesse sido reconhecida comoartista de grande talento, tendomesmo influenciado Rodin, oreconhecimento pleno de seuvalor foi póstumo. Por isso, es-perava-se, no Festival de Ber-lim, com curiosidade qual teriasido o ângulo da vida da escul-

tora escolhido pelo cineastaBruno Dumont.

O título do filme tem a data de19 15, época que em CamilleClaudel foi transferida para omanicômio de Montdevergues,perto de Avignon. E asurpresa revelada édecepcionante - o fil-me, quase sem diálo-gos, praticamentesem som, é, na ver-dade, um mergulhonum asilo de loucos,com alguns delestransformados ematores. E é nesse meio deliranteque se vê Camille, com a qual aatriz Juliette Binoche tem gran-de semelhança.

Ali Camille escreveu muitasdas cartas ao irmão Paul Clau-

del, única pessoa da família quea visitava. E não se sabe, ao sairdo filme, qual a intenção exatado cineasta Bruno Dumont - se-ria a de mostrar o asilo de loucosno qual a escultora Camille

Claudel viveu 48anos de sua vida? Éverdade que o reali-zador Bruno Nuyttenjá havia feito em 87,um filme sobre a Ca-mille Claudel, vividapor Isabelle Adjani,que terminava justa-mente no momento

em que a escultora era interna-da no hospício.

Rui Martinsé enviado especial ao Festival

de Cinema de Berlim

Gravuras no MASP

OMuseu de Arte de São Paulo (MASP) exibe partede seu acervo na mostra Papéis Estrangeiros:

Gravuras da Coleção. A exposição, com curadoria deTeixeira Coelho e Denis Molino, apresenta ao públicoas principais obras em papel do acervo da instituição.(ao lado, O Negro, de Max Backmann).

Entre os pintores e ourives presentes na mostraestão obras do espanhol Goya, do alemão Dürer, dosholandeses Rembrant, Jan van Vliet e Lucas vanLeiden e do argentino Leon Ferrari.

Museu de Arte de São Paulo (MASP). Av. Paulista,1578. Tel.: 3251-5644. Terças a domingos e feriados,das 10h às 18h. Quintas, das 10h às 20h. R$ 15.(grátis as terças).Jo

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 201312 DIÁRIO DO COMÉRCIO

T RANSPORTE

Esqueça o estacionamento

E NERGIA

Notívago na janela GloBoy é uma luminária que"dorme" durante o dia paraestar pronta para a ação ànoite. O gadget deve sercolocado próximo a uma janelaonde possa receber a luz do sol.A energia solar será acumuladae transformada em luz duranteà noite. Tem capacidade paraarmazenar o necessário para 6horas de luz. Por seu rostinhosimpático e sorridente, é idealpara o quarto das crianças.

http://bit.ly/XUZhx2

C ELEBRIDADES

Mamãe de novoA atriz espanhola

Penélope Cruz, de 38 anos,casada com o também atorJavier Bardem, 43,anunciou ontem a gravidezde seu segundo filho.Penélope não revelou otempo de gestação.O casal teve o primeirofilho, Leonardo, em janeirode 2011. (EFE)

E SPAÇO

Metal em Marte? Até agora, não.

Ao realizar a primeirae bem-sucedidaperfuração do solomarciano, concluída

há cerca de quatro dias, ojipe-sonda Curiosity, da Nasa,deixou os astrônomosansiosos. A sonda (na imagemao lado se preparando para aperfuração) fotografou umobjeto de aparência metálicasemelhante a uma maçanetaquando realizava aperfuração de 6,4centímetros de profundidadee 1,6 centímetros dediâmetro. Já havia genteespeculando que o objeto

seria uma evidência dealguma antiga civilizaçãoquando, depois de analisar asamostras de rochasrecolhidas por meio decomandos recebidos dosastrônomos da Nasa, aCuriosity forneceuinformações que resolveramo mistério. O objetoencontrado não é de metal.

Segundo a Nasa, asinformações enviadas pelaCuriosity revelam que, porser muito dura e de grãosfiníssimos, a rocha foi polidapelo vento, ganhando seubrilho metálico.

Reut

ers

SOBREVIVÊNCIA - Homem umidece cobras antes de retirar sua pele em Kapetakan, Indonésia. A carneserá processada para a produção de medicamentos e a pele usada para confeccionar sapatos e bolsas.

O grupo húngaro de desing Antro resolveu oproblema de milhares de pessoas que não

querem se preocupar com um lugar para pararseu veículo. Eles criaram uma scooter dobrável,que você pode carregar – fazendo uma forcinha –para qualquer lugar. A scooter MOVEO pesa 24quilos. Ela atinge 45 km/h e leva dois minutos

para dobrar e desdobrar. Deve chegar aomercado por algo eem torno de US$ 3 mil.

w w w. s o l o - d u o . h u

www.dcomercio.com.br

D OPING

China, onde tudo começa.Praticamente todas as

matérias-primas utilizadaspor grupos criminosos emtodo o mundo para produzirsubstâncias ilegais paradoping no esporte vêm daChina, disse o diretor-geralda Agência MundialAntidoping (Wada, na siglaem inglês), David Howman,ontem. "Noventa e nove porcento das matérias-primasque são adquiridas pelainternet para fazersubstâncias na cozinha ou nolaboratório de quintal são

provenientes da China",disse Howman, em Londres.Dois anos atrás, Howmancausou tumulto em umaconferência de doping,também em Londres, aoafirmar que o submundo docrime controlava uma grandeparte de esporte mundial.Ontem ele disse acreditar,com base em informaçõessólidas, que pelo menos 25%do esporte internacional éatualmente controlado "emum grau ou outro" pelosubmundo. (Reuters)

M EIO AMBIENTE

Nada sobra, tudo se transforma.

O equipamentoWM07, desenhado eproduzido pelacompanhia coreanaConway, transformatodo o lixo orgânico desua casa emfertilizante natural emapenas 4,5 horas.

http://bit.ly/14D5mm7

Kerek Wongsa/Reuters

BONS DE REBOLADOExatas 4.483 pessoas participaram

ontem da tentativa de reunir o maiornúmero de pessoas fazendo bambolê

num mesmo local. O grupo se reuniu noestádio da Universidade Thammasat,

na província de Pathum Thani, periferiade Bangcoc, na Tailândia. Todos

rebolaram juntos durante 7 minutos econquistaram o recorde mundial.

Nasa/Reuters

Tesouros cotidianosA artista canadense Nathalie

Trépanier faz de objetoscotidianos inutilizados matérias-

primas para suas esculturas.A escultora, que se considera umacaçadora de tesouros, vasculhaprincipalmente praias em busca

de objetos inutilizadose displicentemente jogados nomar ou na areia para dar a eles

uma nova utilidade:a contemplação.

w w w. n a t h a l i e t r e p a n i e r. c o m

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 2013 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

AUMENTO DE CAIXAO orçamento dos Estados Unidosteve superávit de US$ 3 bilhõesem janeiro, acima das projeçõesde déficit de US$ 2 bilhões.economia

QUER PAGAR MENOS

Instituições de fomento, como o BNDESe a Agência de Fomento Paulista,

oferecem juros menores. Mas a empresaprecisa estar bem preparada.

Burocrático, mas pos-sível. Assim os espe-cialistas definem ocrédito de baixo cus-

to oferecido por instituições fi-nanceiras de fomento. Para aspequenas e médias, o cami-nho para acessar linhas dessetipo passa primeiro pela orga-nização da própria empresa e,depois, por muita pesquisa nainternet antes de ir aos bancoscomerciais de relacionamen-to – que também distribuem ocrédito subsidiado do BancoNacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES),principal instituição de fomen-to do País.

Espec ialis-t a s d i z e mque, antes dei r atrás doscrédito subsi-d i a d o e d ebaixo custo,o empreen-dedor precisade p lane ja-mento, infor-mações e do-cumentos or-ga n i z ado s ,além de estar com todas asobrigações fiscais e tributá-rias em ordem. Para isso, o Diá-rio do Comércio preparou uma"trilha" para o empresário sepreparar (veja no quadro).

O passo seguinte é pesqui-sar e comparar as taxas das li-nhas subsidiadas com as de li-nhas comerciais e regularesdos bancos. "Verifique se operfil dos recursos oferecidospelo banco ou agência de fo-mento é diferente de alterna-tivas oferecidas por outrasinstituições do mercado", re-comenda o diretor técnico doSebrae Nacional, Carlos Alber-to dos Santos. O crédito de me-nor custo vai exigir mais infor-

mações e documentos e, coma redução de taxas promovidapelos bancos desde o ano pas-sado, a diferença no custo po-de não ser tão grande, depen-dendo da finalidade do crédi-to. Em muitos casos, os ban-cos acabam oferecendo maiso crédito da própria instituiçãodo que o subsidiado.

Por isso, a pesquisa na inter-net é muito importante. Tantono site do BNDES quanto no daAgência de Fomento PaulistaDesenvolve SP, o empreende-dor pode verificar a possibili-dade de contratar linhas espe-cíficas a juros bem baixos. No

caso específi-co do BNDES,a p e s q u i s atem de ser se-guida de umav i s i t a a umbanco comer-cial creden-ciado. "No si-te do BNDES épossível pes-quisar e, no fi-nal, imprimiras condiçõese i n f o r m a-

ções da linha de interesse. Éimportante levar essas infor-mações na hora de conversarcom o gerente do banco cre-denciado. Às vezes ele não co-nhece a linha e, com o papel,não pode dizer ao correntistaque ela não existe", afirma ochefe de departamento daárea de operações indiretasdo BNDES, Edson Moret.

Corte de repasses – As linhasdo BNDES podem ser contra-tadas em bancos credencia-dos pela instituição de fomen-to – que nem sempre ofere-cem o recurso subsidiado aocorrentista. Segundo dadosdo próprio BNDES, no ano pas-sado, os maiores bancos pri-

vados reduziram o volume derepasse de linhas do BNDESpara pequenas e médias em-presas na comparação com2011. No Itaú Unibanco a que-da foi de 18%, e o volume pas-sou de R$ 6,7 bilhões paraR$ 5,5 bilhões. Já no Bradesco,a redução no volume foi de17,7%, passando de R$ 10 bi-lhões para R$ 8,3 bilhões. En-tre os bancos comerciais e pri-vados, o Santander manteve o

volume de crédito subsidiadocom uma leve alta de 0,3%,embora o volume seja menor,de R$ 839,6 milhões. Nos ban-cos públicos aumentou o mon-tante de crédito subsidiado doBNDES. No Banco do Brasil(BB), a alta foi de 43%, saltan-do de R$ 10,5 bilhões paraR$ 15 bilhões. Na Caixa, o au-mento foi de 14,3%, de R$ 1,1bilhão para R$ 1,29 bilhão.

No caso da Desenvolve SP, o

empresário terá contato dire-to com a agência ao longo doprocesso de aprovação. Poratender apenas empresaspaulistas, a agência tem umporte menor do que os bancoscomerciais e isso também de-ve ser levado em conta peloempresário. "O DesenvolveSP, como as demais agênciasde fomento, possui estruturareduzida de pessoal e de pon-tos de atendimento, o que po-

de limitar a maior abrangênciade sua atuação", observa San-tos, do Sebrae Nacional.

Para cada escolha – se ban-co comercial, crédito subsi-diado ou agência de fomento –haverá prós e contras, que po-dem ser mais exigências de in-formações e taxas menores,por exemplo. De qualquer ma-neira, especialistas dizem quevale a pena pesquisar e com-parar as opções.

Agência financia investimentos BNDES facilita busca na internet

Com linhas de financia-mento subsidiadas edistribuídas em ban-

cos comerciais e de varejocredenciados, o Banco Na-cional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES)disponibilizou em sua páginainicial na internet ( ww w.b n-d e s . g o v. b r ) , em janeiro, o link"Mais BNDES", que leva ousuário a uma busca perso-nalizada por linhas de finan-ciamento. Segundo o chefede departamento da área deoperações indiretas do ban-co, Edson Moret, a ferramen-ta tem o objetivo de ampliar oacesso à informação sobre oque a instituição oferece aosmicro, pequenos e médiosempresários.

Ao clicar na página, o em-preendedor é direcionadopara um menu no qual teráde informar estado, setor deatividade, Classificação Na-cional de Atividades Econô-micas do Instituto Brasileirode Geografia e Estatística(CNAE) e linha de financia-mento que deseja. Antes de

PELO CRÉDITO?SIGA OS PASSOS.

Rejane Tamoto

No site do BNDES épossível pesquisare, no final, imprimiras condições einformações dalinha de interesse.

EDSON MO R E T, DA ÁREA

DE OPER AÇÕES I N D I R E TA S

DO BNDES

Aagência dedesenvolvimentopaulista Desenvolve

SP oferece créditosubsidiado apenas aempresas do Estado deSão Paulo com faturamentoanual maior que R$ 360 mil emenor que R$ 300 milhões.Hoje, o empresáriointeressado nas linhas decrédito tem de acessar o sitew w w. a g e n c i a d e f o m e n t opaulista.com.br e pesquisaras linhas de interesse,como capital de giro,compra de máquinas eequipamentos, abertura defranquias e projetos deinvestimentos (implantaçãode empresas, expansão,modernização). As linhasde investimento sãomais competitivas eresponderam por 80% dosdesembolsos feitos pelaagência de fomento no anopassado. Para se ter umaideia, a taxa de juros parao financiamento demáquinas e equipamentoscomeça em 3% ao ano.

O gerente de negócios eoperações da DesenvolveSP, Rodolfo BorellaAssunção, diz que o primeiropasso é pesquisar a linha decrédito que se encaixa nanecessidade da empresa. Alinha de capital de giro, porexemplo, tem prazo de24 meses e custo de 1,12%ao mês (ou 14,3% ao ano).

A pesquisa e a solicitaçãode financiamento podem serfeitas no próprio portal. Aempresa deve enviar obalanço patrimonial dos trêsúltimos anos. Depois dessaetapa, é preciso apresentaros demais documentos eestar em dia com asobrigações, inclusivecertidões negativas dedébitos com entes federais(FGTS e INSS).

Análise e visita – SegundoAssunção, o Desenvolve SPfaz uma análise daadministração e gestão daempresa durante uma visitatécnica, na qual sãorecolhidos demaisdocumentos. A visita só é

realizada se as informaçõesenviadas anteriormente,pela internet, estiverem emordem. "Nossa agilidadedepende disso", afirmaAssunção. Se o recurso forpara um projeto deinvestimento, o bancotambém pede um plano denegócios, que contenha aestratégia para os próximosdez anos. "Realizamos umaanálise da viabilidadeeconômica da empresa eorientamos a preencher osdados do plano de negócios.No site disponibilizamosmodelos", diz.

Se a empresa não estivercom o pagamento deimpostos em dia, isso podeafetar a classificação decrédito. "O impacto podeocorrer no prazo, limite egarantia para a operação."As garantias podem serimóveis, máquinas eequipamentos, fiançabancária ou seguro decrédito. "Quanto menor orisco menos garantiasexigimos", afirma. (RT)

buscar o crédito, o empresá-rio precisa estar em dia comobrigações fiscais e tambémcom licenças ambientais ouquaisquer outras que sejampróprias da atividade.

As principais linhas ofere-cidas são o crédito rotativodo cartão BNDES, máquinase equipamentos, projetos,qualificação de mão de obrae soluções e serviços tecno-lógicos. O principal produto éo cartão BNDES. No ano pas-sado, o desembolso para ocartão foi de R$ 8,7 bilhões,15,5% superior ao volume de2011. O plástico permite acompra de equipamentos,m á qu i n as ,s e r v i ç o s ep r o d u t o s ,mas o crédi-to é direcio-nado. A taxaé de 0,86%a o m ê s(10,82% aoano). O pra-zo varia detrês a 48 me-ses. Até o fi-

nal do ano passado foramemitidos 594 mil cartões,90% da base para micro, pe-quenas e médias empresas.Segundo Moret, a liberaçãode recursos a micro e peque-nas empresas (que faturamaté R$ 16 milhões) tem au-mentado nos últimos anos.Em 2007, foram liberadosR$ 5,8 bilhões. O valor subiuano a ano e atingiu, em 2012,R$ 27,1 bilhões – o mesmonúmero de 2011. "O valor foiigual por causa da antecipa-ção de compra de cami-nhões, que migraram no anopassado para a tecnologiaeuro 5." (RT)

Reprodução da internet

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 201314 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 2013 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

Não é novidade que as grandes e médias empresas têm maior acesso ao crédito e se beneficiam de taxas de juros menores.Emilio Alfieri, economista da ACSPeconomia

Recua falência de grandes empresasNúmero de pedidos de grandes e médias companhias em dificuldades diminuiu em janeiro deste ano. Mas, entre as pequenas, as falências aumentaram.

Newton Santos/Hype

Pesquisa da Boa Vista Serviços, que administra o SCPC: recorde de pedidos de falências é de 2006.

Sílvia Pimentel

Aineficiência de gestão,os efeitos da crise in-ternacional e a desa-celeração da econo-

mia brasileira podem explicar oaumento de 87,5% no númerode pedidos da falência das pe-quenas empresas no mês de ja-neiro, na comparação com igualperíodo de 2012. O dado é daBoa Vista Serviços, que admi-nistra o Serviço Central de Pro-teção ao Crédito (SCPC).

Os pedidos de falência envol-vendo as micro empresas au-mentaram, no período, 51,9%.Considerando todos os portesde empresa, houve um avançode 25% no indicador.

O critério usado para classifi-car o porte empresarial é o mes-mo do Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e So-cial (BNDES). As pequenas sãoaquelas com faturamento entreR$ 2,4 milhões a R$ 16 milhões.Já as microempresas faturamaté R$ 2,4 milhões.

Na divisão por tamanho, ocontraste de números chama aatenção. Enquanto as micro epequenas empresas aparecemcomo alvos principais dos pedi-dos de falência, as grandes e asmédias apresentam recuo no in-dicador, respectivamente de87,5% e 21,4%. "A liquidez nãoestá chegando nas empresasmenores, que se ressentemmuito mais da crise internacio-nal. Não é novidade que as gran-des e médias têm maior acessoao crédito e se beneficiam de ta-xas de juros menores", analisa oeconomista da Associação Co-mercial de São Paulo (ACSP),Emilio Alfieri.

Mas preocupa o fato de o seg-mento liderar as contrataçõesde mão de obra. De acordo comdados do Cadastro Geral de Em-pregados e Desempregados(Caged), de janeiro a outubro de2012, a participação média dasmicro e pequenas empresas nageração de empregos no País foide 79,2%. Na opinião do econo-mista, não sem razão, a presi-dente Dilma Rousseff estuda acriação de um ministério volta-do ao segmento. "Por meio dosbancos oficiais, o governo pode-ria criar linhas de crédito dire-

tra um avanço de 30% no núme-ro de requerimentos no mesmoperíodo. O crescimento, entre-tanto, não preocupa, na avalia-ção de Emílio Alfieri, porque nãoé um recorde analisando-se asérie histórica. O maior númerode pedidos de falência foi regis-trado em 2006, quando o indica-dor chegou a 63%, mais do que odobro do dado de janeiro desteano. Com o aperfeiçoamento daLei de Falências, houve uma re-dução significativa no númerode pedidos. "A expansão de 30%reflete o cenário mundial e de-

Mantega vai ao G20 na RússiaDida Sampaio/Estadão Conteúdo

Alexandre Tombini, presidente do BC (à esq.), e o ministro.

Oministro daFazenda, GuidoMantega, e o

presidente do BancoCentral, AlexandreTombini, participam nestasexta-feira da Reunião deMinistros de Finanças ePresidentes dos BancosCentrais do G20, emMoscou, na Rússia. O gruporeúne as 20 maioreseconomias do mundo.

Na ocasião, Mantega e osdemais ministros terão umencontro, no Kremlin, como presidente da Rússia,Vladmir Putin, que presideatualmente o G20.

O encontro continuará nosábado, quando serãodiscutidos, entre outrostemas, o atual estágio dacrise econômica mundial eas medidas que estãosendo adotadas pelosgovernos dos paísesintegrantes do grupo paraenfrentar os problemas.Após os trabalhos, serádivulgado um comunicado

Expedição comercial à Arábia

OMinistério doDesenvolvimento,Indústria e

Comércio Exterior e aAgência Brasileira dePromoção de Exportações eInvestimentos (Apex-Brasil) organizam missãoempresarial ao OrienteMédio com cerca de 30empresas dos setores dealimentos e bebidas, casa econstrução e máquinas eequipamentos. A viagemestá prevista para asemana que vem, de 18 a21 de fevereiro, comrodadas de negócios emDubai, nos EmiradosÁrabes, e em Jedá, naArábia Saudita.

No dia 18, em Jedá, serárealizado o primeiroencontro com aparticipação de cerca de 70

compradores de váriascidades da Arábia Saudita.Em Dubai, a missão terádois dias de rodadas denegócios, com cerca de120 compradores locais ede outros países, como oCatar, Kuwait, Líbano,Bahrain, Omã, a Jordânia eo Iraque.

Segundo o ministério,em 2012 o Brasil exportouUS$ 3 bilhões para aArábia Saudita, sendo queo grupo de alimentos ebebidas foi responsávelpor US$ 2,3 bilhões. Oministério tambéminformou que o país é amaior economia da regiãoe o maior produtormundial de petróleo. Com20% da população dospaíses do Oriente Médio, étambém o maior mercado

consumidor e maiorparceiro comercial do Brasilna região.

Sobre os EmiradosÁrabes, os técnicos dogoverno consideram queapresentam vantagenspara os exportadoresbrasileiros, como alto graude abertura comercial e amelhor infraestrutura doOriente Médio paradistribuição a paísesvizinhos. Em 2012, asexportações brasileiraspara a região foram US$ 2,5bilhões, com crescimentode 13,3% sobre os númerosde 2011. A Apex vai realizarainda dois seminários paraatrair investimentos naregião e promover reuniõesindividuais com osrepresentantes brasileiros.(Agência Brasil)

oficial do G20.A expectativa é que seja

apresentado, durante oencontro, o relatório daOrganização para aCooperação e oDesenvolvimentoEconômico (OCDE) sobre ocrescimento dos países. Odocumento seráapresentado pelosecretário-geral daorganização, Angel Gurría,

e pelo ministro dasFinanças da Rússia, AntonSiluanov.

A OCDE informou que orelatório anual destaca osprogressos nas políticasestruturais dos países daorganização (desde 2005)e os países do Brics – grupoformado pelo Brasil, aRússia, Índia, China e Áfricado Sul – (desde 2011).(Agência Brasil)

cionadas para as micro e peque-nas empresas", afirma.

Gestão – Para o diretor da Par-con Consultoria Empresarial,Pedro Martins Pereira, os pedi-dos de falência poderiam recuarse as empresas de menor porteajustassem suas organizações."É preciso investir em ferramen-tas de gestão, como o planeja-mento e controle dos custos, for-mação adequada de preços, ge-renciamento de processos e im-plantação de indicadores dedesempenho", recomenda.

A expansão de 25% dos pedi-dos de falência em janeiro desteano considerando todos os por-tes de empresa, de abrangêncianacional, se aproxima dos da-dos relativos à Capital paulista.Um levantamento da ACSP mos-

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vemos levar em conta que o go-verno vem adotando medidasde estímulos fiscais para reati-var a economia", analisa.

Falências decretadas– O núme-ro de falências decretadas, deacordo com os dados da Boa Vis-ta, aumentou 77,8% em janeiro,na comparação com igual mêsdo ano passado. Sobre o mês dedezembro, o crescimento foi de17,1%. No caso da pequena em-presa, o aumento foi expressi-vo, de 266,7%.

Mas o economista da ACSP ob-serva que esse indicador não é omelhor termômetro para medira insolvência no País. Por envol-ver decisão da Justiça, as varia-ções podem estar mais relacio-nadas à rapidez ou à demora dosjulgamentos.

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terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 201316 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO

EDITAL DE CITAÇÃO - PRAZO DE 30 DIAS. PROCESSO Nº 0234925-08.2009.8.26.0007 O(A)Doutor(a) Jurandir de Abreu Júnior, MM. Juiz(a) de Direito da 4ª Vara Cível, do Foro Foro Regional VII -Itaquera, da Comarca de de SÃO PAULO, do Estado de São Paulo, na forma da Lei, etc. Citação. Prazo30 dias. Proc.nº 0234925-08.2009.8.26.0007. O Dr. Jurandir de Abreu Junior, MM. Juiz de Direito da 4ª VaraCível do Foro Regional VII - Itaquera, na forma da lei, etc. Faz saber ao co-réu José Manuel de FreitasPantaleão, RNE nº W577015-Q, CPF/MF nº 394.760.068-20 que, José Casimiro Rodrigues, lhe ajuizouação de Despejo por Falta de Pagamento c/c Cobrança do imóvel localizado à Rua Rio Veríssimo, 99, Jd.Marabá, Itaquera, Capital-SP, referente aluguéis e encargos locatícios não pagos nos meses de maio àdezembro/2008 e janeiro à outubro/2009, num total de R$ 37.959,60 (10/2009). Estando o co-réu supramencionado em local ignorado, foi deferida sua citação por edital, para que no prazo de 15 dias, a fluir apósos 30 dias supra, conteste o feito ou requeira prazo para purgação da mora, sob pena de decretação dodespejo. Será o edital, afixado e publicado na forma da lei. São Paulo, 17 de janeiro de 2013.

Edital - Citação -Prazo20dias -Proc. 0005747-65.2012.8.26.0565 (565.01.2012.005747-0) nº deOrdem353/2012.O(A)Doutor(a)CARLOSALEXANDREAIBAAGUEMI,MM.Juiz(a)Substitutoda4ª.VaraCívelda Comarca de São Caetano do Sul, do Estado de São Paulo, na forma da lei. Faz Saber a Leonilda deSouzaSantosMe,CNPJ05.788.461/0001-94, napessoadeseu repres. Legal, eMaurícioSouzaSantos,brasileiro, casado, profissão desconhecida, RG 18127396, CPF 105.427.168-28, que Banco Santander(Brasil) S.A., ajuizou Ação Monitória, objetivando o recebimento de R$ 42.443,51 (02/2012), acrescidosde juros e correçãomonetária. Estando os requeridos em lugar ignorado, foi deferida a citação por edital,para que em 15 dias, a fluir após os 20 dias supra, paguem o valor supra devidamente corrigido, que ostornarãoisentosdascustasehonoráriosadvocatíciosouembarguem,sobpenadeconversãodomandadode citação em execução. Será o presente edital, afixado e publicado na forma da lei. NADAMAIS. Dadoe passado nesta cidade e comarca de São Caetano do Sul, 22 de janeiro de 2013. B. 11e13/02

Citação e intimação prazo 20 dias proc 0012147-55.2000.8.26.0003 (003.00.012147-1). A Dra. Ana Luiza VillaNova, Juíza de Direito da 3° Vara Cível Foro Regional III Jabaquara faz saber a Luiz Antônio Marcatrozo,RG 8.160.984, CPF 667.953.388-00 que Ahmad Orra ajuizou uma ação de cumprimento de Título ExecutivoJudicial para cobrança de R$ 17.358,87 (abril de 2011). Estando o executado em lugar ignorado, foi deferidaa citação por edital para que, em 03 dias, pague o débito atualizado ou em 15 dias, embargue, ou reconheçao crédito exequente, comprovando o depósito de 30% do valor da execução, inclusive custas e honorários,podendo requerer que o pagamento restante seja feito em seis parcelas mensais, atualizadas, prazos estesque começarão a após os 20 dias supra, sob pena de não o fazendo, ser convertido em penhora o arresto nosautos de n° 0011551-37.2001.8.26.0003, em trâmite na 2° Vara Cível do Foro Regional III Jabaquara, cujo ovalor de R$ 18.558,56 já foi transferido a este juízo, conforme comprovante juntado às fls. 223. Será o presenteedital, por extrato, afixado e publicado na forma da lei. B. 11 e 13/02

EDITAL DE CITAÇÃO - PRAZO DE 20 DIAS. PROCESSO Nº 0000566-23.2011.8.26.0176. O(A) Doutor(a) DanielaNudeliman Guiguet Leal, MM. Juiz(a) de Direito da 3ª Vara Judicial, do Foro Foro de Embu das Artes, da Comarca de deEmbu das Artes, do Estado de São Paulo, na forma da Lei, etc. FAZ SABER a(o) Maria Elvira Souza Santos, José Genarodos Santos, que lhe foi proposta uma ação de Procedimento Ordinário por parte de Rosa Thereza Basile, alegando emsíntese: haver transferido o contrato de venda e compra aos requeridos, do imóvel assim descrito: Lote 02-A, quadra I,do loteamento Nossa Senhora de Fátima Embu das Artes, porém eles se encontram inadimplentes. Encontrando-se osréus em lugar incerto e não sabido, foi determinada a sua CITAÇÃO, por EDITAL, para os atos e termos da ação propostae para que, no prazo de 15 (quinze) dias, que fluirá após o decurso do prazo do presente edital, apresente resposta.Não sendo contestada a ação, presumir-se-ão aceitos, pelo(a)(s) ré(u)(s), como verdadeiros, os fatos articulados pelo(a)(s) autor(a)(es). Será o presente edital, por extrato, afixado e publicado na forma da lei, sendo este Fórum localizadona Avenida Joao Batista Medina, 333, Jardim Maranhao - CEP 06840-000, Fone: 4871-2522, Embu das Artes-SP. SãoPaulo, 17 de janeiro de 2013. B. 11 e 13/02

EDITAL DE CITAÇÃO - PRAZO DE 20 DIAS - PROCESSO nº 0025526-43.2012.8.26.0100 - Pedido de Falência. ODoutor Caio Marcelo Mendes de Oliveira, MM. Juiz de Direito da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, do ForoCentral Cível, da Comarca de São Paulo, do Estado de São Paulo, na forma da Lei, etc. FAZ SABER a Taif InternacionalIndustria e Comércio de Roupas Ltda, CNPJ/MF nº 07.087.478/0001-40, que BANCO SAFRA S/A. ajuizou um Pedidode Falência por ser credora da quantia de R$ 445.307,71 (valor principal), representada por cédula de crédito bancário(Mútuo) de nº 2161249, devidamente protestadas. Estando a ré em lugar ignorado, foi deferida a citação por edital, paraque em 10 dias, a fluir após os 20 dias supra, apresente defesa, podendo, nos termos do art. 98, parágrafo único daLei 11.101/2005 - depositar a quantia correspondente ao total do crédito reclamado, acrescida de custas, despesasprocessuais e honorários advocatícios fixados em 10% do débito sob pena de decretação da falência. Será o presenteedital, por extrato, afixado e publicado na forma da lei, sendo este Fórum localizado na Praça João Mendes s/nº, 16ºandar - salas 1618/1624, Centro - CEP 01501-900, Fone: 2171-6506. São Paulo, 29 de janeiro de 2013. B. 11 e 13/02

1ª Vara Cível do Foro Regional XI - PinheirosEDITAL DE CITAÇÃO - PRAZO DE 20 DIAS. Proc. nº 0018055-83.2011.8.26.0011. O Dr. RégisRodrigues Bonvicino, Juiz de Direito da 1ª Vara Cível do Foro Regional XI - Pinheiros. Faz Saber aHeslei Paes Fomin, CPF. 051.372.278-54, que Banco Citibank S/A lhe ajuizou uma ação de ritoOrdinário, objetivando a cobrança de R$ 36.394,56 (novembro/2010), acrescida de correçãomonetária, juros de mora 1% ao mês, além das custas processuais e honorários advocatícios,referente ao contrato de prestação de serviços, ao qual o réu aderiu ao cartão de crédito nº4524.0700.0057.4295, sendo que ao aderir ao contrato, o réu adquiriu o direito de utilizar-se dediversos serviços. Ocorre que o réu realizou diversas despesas, deixando, no entanto, de efetuar odevido e respectivo pagamento à autora. Estando o réu em local ignorado, foi deferida sua citaçãopor edital, para que em 15 dias, a fluir após os 20 dias supra, conteste o feito, sob pena depresumirem-se verdadeiros os fatos alegados. Será o edital, afixado e publicado na forma da lei.São Paulo, 08 de Fevereiro de 2013.

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economia

Notas começam a ser rastreadasFerramenta utilizada pela Sefaz-SP identifica a emissão de documentos fiscais em nome de sua empresa. Iniciativa é reivindicação da ACSP e do Sescon-SP.

Sílvia Pimentel

É um mecanismo dedefesa porque oempresário poderáchecar se a nota estácorreta e se de fatofoi emitida.

MAR CEL SO L I M E O, ACSP

ASecretaria daFazenda do Estadode São Paulo(Sefaz-SP)

desenvolveu um aplicativoque deve coibir o usoindevido de cadastros nastransações comerciais. Aferramenta está disponívelhá duas semanas noendereçow w w. f a z e n d a . s p . g o b . b r / n f e epermite às empresasconferirem pela internet arelação de notas fiscaiseletrônicas emitidas contra oseu CNPJ.

Com o Aplicativo deManifestação doDestinatário, que pode serbaixado gratuitamente, asempresas destinatárias denotas fiscais poderão validaros documentos emitidos e,caso contrário, informaraquelas não autorizadas.

Essa possibilidade derastreamento no ambientevirtual como forma de trazersegurança ao empresário éuma reivindicação daAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP) e do Sindicatodas Empresas de ServiçosContábeis no Estado de SãoPaulo (Sescon-SP). "É um

mecanismo de defesa porqueo empresário poderá checarse a nota está correta e se defato foi emitida. Equivale àantiga assinatura do canhotodo recebimento damercadoria da época dosdocumentos de papel",explica o economista-chefeda ACSP, Marcel Solimeo.

De acordo com o supervisorde fiscalização de

documentos digitais daSecretaria da Fazendapaulista, Marcelo Fernandez,ao entrar no sistema, oempresário poderá confirmarou não a emissão dasnotas fiscais emitidas nosúltimos 15 dias.

Fernandez explica que ofisco está desenvolvendouma nova versão daferramenta, com mais

funcionalidades. Entre asnovidades estão apossibilidade de fazerdownload dos arquivos XMLdas notas fiscais confirmadaspelos destinatários.

A partir de 1º de março, ouso do aplicativo seráobrigatório para osdistribuidores decombustíveis, que deverão semanifestar sobre a validadeda emissão dos documentos.Em julho, a obrigação atingeos postos de combustíveis. "Épossível que outros setoreseconômicos passem a serobrigados a utilizar o sistemano futuro", adiantou o técnicoda Sefaz-SP. Por enquanto, sóhá definição para o setor decombustíveis.

A partir de 1º de março, o uso do aplicativo seráobrigatório para os distribuidores de combustíveis.

Só 24% das empresasdarão aumento real afuncionários no Brasil

Estudo daconsultoria eauditoria Grant

Thornton revela que24% das empresasbrasileiras planejam daraumentos reais de salárioaos seus funcionários nospróximos 12 meses. Apesquisa ouviu 12,5 milcompanhias privadas em44 países durante oquarto trimestre do anopassado.

À frente do Brasil estãoSuécia, onde 42% dosempregadores devemelevar os salários acimada inflação, Chile (33%),Tailândia (27%), Índia ePeru (26%).

No Brasil, o percentualde empregadores queaumentarão salários nospróximos 12 mesescresce para 88% seconsiderados osreajustes iguais ouabaixo da inflação.

Paulo Sergio Dortas,

especialista da GrantThornton do Brasil,afirma que os aumentosreais devem ocorrer noBrasil, principalmente,para os cargos ocupadospor profissionaisqualificados. A AméricaLatina é a região do globoque mais aumentou onúmero de funcionáriosem 2012, de acordo como levantamento

42por cento dos

empregadores naSuécia vão ter alta

real nos salários nospróximos 12 meses,segundo estudo da

Grant Thornton.

Page 17: DC 13/02/2013

terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 2013 ECONOMIA/LEGAIS - 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMERCIAL LEOPOLDINA IMP. E EXP. LTDA.COMUNICADO À PRAÇA

Comunicamos que, no dia 07/02/2013, fomos vítima de roubo de carga e das notas fiscais que acompanhavam as mesmas,os números das Notas: 8065 e 8068, conforme descritos no B.O. 406 e 407/2013 do 01º D.P. de Embu das Artes.

Allis Participações S.A.CNPJn°08.648.295/0001-19–NIRE35.300.337.867–CompanhiaAberta

EditaldeConvocaçãodeAssembléiaGeralExtraordináriaFicamconvocadososSrs.AcionistasdaALLISPARTICIPAÇÕESS.A. (“Cia”)asereunirememAssembléiaGeralExtraordinária(“AGE”)aserrealizadaem28.02.2013,às16h30,nasededaCia,naAv.Brig.FariaLima,1.355,15°andar,SP/SP,paradeliberaremsobreaseguinteordemdodia: (a)Exame,discussãoeaprovaçãodapropostadeencerramentodo1ºPlanodeOpçãodeCompradeAçõesdaCompanhia;(b)Exame,discussãoeaprovaçãodapropostade instituiçãodo2ºPlanodeOpçãodeCompradeAçõesdaCompanhia,bemdosProgramasqueaeleserãovinculados. (c)Conhecere ratificaroorçamentoanual relativoaoanode2013.InformaçõesGerais: (a)Osdocumentose informaçõespertinentesàsmatériasaseremdeliberadas,bemcomooutrosrelevantesparaoexercíciododireitodevotonaAGEeosdemaisprevistosnaInstruçãoCVMnº481,poderãoserencontradosnosítiodaCVM(www.cvm.gov.br), bemcomonasedesocial daCia; (b)OAcionistaouseurepresentante legaldeverácompareceràAGEmunidodedocumentoquecomprovesuaidentidade.Solicita-sequeos instrumentosdemandatocompoderesespeciaispararepresentaçãonaAGE(comreconhecimentodefirmadoacionistaoutorgante)aqueserefereopresenteeditalsejamdepositados,nasededaCia,até48horasantesdadatadaAGE,entre9hse18hs,desegundaasexta,excluídosferiados;(c)ExclusivamenteparafinsdocumprimentodaInstruçãoCVMnº165/91,alteradapelaInstruçãoCVMnº282/98,aCia informaaosSrs.Acionistasqueopercentualmínimodocapital votanteparaexercíciododireitodevotomúltiploéde10%.

SãoPaulo,06defevereirode2013.DaniloGamboa-PresidentedoConselhodeAdministração

(13,14e15/02/2013)

Mesmo depois de pararmos de lhes vender, eles mantinham meu retrato na parede.Earl Kluft, dono da E.S. Kluft & Co.economia

Guia para fazer negócios na ChinaConheça os percalços e as soluções encontradas por pequenos empreendedores que se dispuseram e se arriscaram a vender seus produtos para os chineses

Aexemplo de muitasempresas norte-americanas tentan-do manter os preços

competitivos, a Vision QuestLighting se voltou para a Chinaseis anos atrás. Agora, ela im-porta de lá quase um sexto dascerca de 30 peças necessáriaspara fazer suas luminárias. Hápouco tempo, no entanto, aempresa de Long Island, NovaYork, começou a ver a Chinasob um prisma diferente: alvode vendas. A economia cres-cente do país mais populosodo mundo era perfeita para asluminárias da Vision Quest,muitas feitas sob encomendapara cadeias de hotéis e res-taurantes, como Hilton e KFC.

Quando um desses clientes,um varejista de roupas, pediu1.500 luminárias para cincolojas, Larry Lieberman, presi-dente da empresa, decidiuque fazia sentido começar afabricá-las na China. Para ele,sem sombra de dúvida, outrosclientes norte-americanos co-meçariam a fazer pedidos si-milares conforme suas ca-deias passassem a tirar pro-veito do mercado consumidorde mais rápido crescimentodo mundo. E como os produtosde alta qualidade do Ocidentesão cobiçados na China, Lie-berman também imaginouseus produtos sendo exibidosem showrooms chineses.

Mesmo assim, vender pro-dutos na China não é fácil. Lie-berman fez as 1.500 luminá-rias somente para vê-las acu-mular pó num depósito emCantão por mais de quatro se-manas porque ainda não ha-via criado uma empresa localautorizada a efetuar vendas.

LarryLieberman,

presidente dafabricante de

lumináriasVision Quest,

contratou umaconsultoria

especializadapara ingressar

no mercadochinês.

se chegar ao ponto em que es-tivermos deixando de embol-sar dinheiro demais, podemoscogitar a possibilidade de fa-zer algo diferente."

Não seja pirateadoViolação do produto e pira-

taria são riscos na China. Em

Porém, após várias viagens àChina, ele passou a ver menosdos seus produtos em exposi-ção – e mais de outras marcasmuito semelhantes à dele."Mesmo depois de pararmosde lhes vender, eles manti-nham meu retrato na parede",relembra.

Após entrar em contato comum amigo, Kluft fechou con-trato com a divisão chinesa deuma empresa indonésia que,com cautela, restabeleceu umcanal de vendas com mínimoinvestimento adiantado. "Aideia é tocar esse negócio. Nóscobramos royalties deles, oequivalente a um ano de usode nosso nome nas lojas deles,que compram o produto comum desconto especial."

Harris, o advogado, aconse-lha a começar procurando

a ver se existe mercado paraseu produto na China e a pen-sar em todos os aspectos."

O auxílio inclui o uso dos es-critórios do Tennessee na Chi-na para reuniões com sóciospotenciais e ajuda para encon-trar empresas afins através doprograma de comércio inter-

nacional que faz uma buscacuidadosa nas dez maiores ci-dades chinesas. Embora oti-mista, Ali insiste em repetirmantras como: "Não entre rá-pido demais. Não entre às ce-gas. Não deixe o bom sensoem casa."

* The New York Times

consideração o trânsito de Pe-quim, você tinha de matar trêshoras porque alguém queriaver seu rosto."

Em vez de enviar um repre-sentante da matriz na Califór-nia para abrir uma filial em Pe-quim, Hoffman atrasou a ex-pansão por quase um ano. Ele

John Grossmann*Chester Higgins/ The New York Times

contratou uma funcionáriachinesa e a deixou no escritó-rio em San Jose por dez mesespara ela aprender a cultura daagência e, depois, levá-la paracasa. "Nós queríamos alguémcapaz de entrevistar as pes-soas no idioma nativo, com acapacidade de unir as cultu-ras, coisa que ela conseguiafazer", contou Hoffman.

Deixe a porta ser aberta poroutras pessoas

A Cabot Hosiery Mills, pro-dutora de meias esportivassofisticadas de Northfield,Vermont, infiltrou-se no mer-cado chinês. Procurada porum distribuidor chinês numafeira de negócios nos EUA, aempresa trocou um pouco dolucro potencial para testar ademanda por produtos feitosnos EUA sem montar uma ope-ração de vendas. "Agora, ébastante objetivo e pequeno,menos de um por cento denosso volume", disse Ric Ca-bot, presidente da compa-nhia, proprietária da marcaDarn Tough Vermont. "Porém,

resultado, Earl Kluft, dono daE.S. Kluft & Co., de Rancho Cu-camonga, Califórnia, produto-ra de colchões de luxo comcusto ent re US$ 3.500 eUS$ 70.000, viu sua primeiratentativa de explorar o inte-resse chinês por marcas no-bres ocidentais dar em nada.

"Um grande fabricante depoltronas reclináveis e col-chões pequenos nos procu-rou, e demos início a um pro-grama sob seu nome", contouKluft, explicando que o acordocomeçou com seis tipos de col-chões batizados com nomesde cidades norte-americanas.

Relatório da McKinsey: China será o maior mercado do mundo por anos.

Eu não me sentiaapenas em outropaís, mas em outrouniverso. Não con-seguíamos nego-ciar nem por fax.

LOU HOFFMAN,CEO DA HOFFMAN AGENCY

"O cliente não conseguiacomprar os produtos porqueainda estávamos tentando es-tabelecer alguma coisa paraque pudessem comprá-loscorretamente, pagando o im-posto certo", disse ele.

Com a ajuda de um consul-tor experiente, Lieberman pôsfim ao impasse vendendo pormeio de uma empresa local jáestabelecida, e permanece in-teressado em entrar no mer-cado chinês, igualzinho a mui-tos donos de pequenas em-presas. Afinal, segundo rela-tório da McKinsey & Co., de2012, "Da massa ao grandemercado", a China será o mer-cado de maior crescimento domundo durante anos.

Este guia para pequenasempresas oferece dicas paraquem quiser começar basea-do nas experiências de em-preendedores e pequenasempresas que já tentaramvender na China.

Bilíngue não é biculturalLou Hoffman é fundador e

CEO da Hoffman Agency, emSan Jose, Califórnia, consulto-ria de comunicação que geramais de 50% da receita naÁsia. Hoffman colocou suabandeira na China em 1999."Eu não me sentia apenas emoutro país, mas em outro uni-verso", ele contou. "Começapelo idioma, mas vai muitomais fundo. Não conseguía-mos negociar nem pelo telefo-ne nem pelo fax. Nosso primei-ro anúncio classificado demo-rou 14 horas para ser feito. Tí-n h a m o s d e f a z e r t u d opessoalmente e, levando em

Não entrerápido demais.Não entreàs cegas.Não deixe obom sensoem casa.

SAMAR ALI, CO N S U LTO R

parceiros confiáveis na China."Encontre-os por meio de gen-te que conhece, depois dedi-que-se com a devida diligên-cia para garantir que fez a es-colha certa. E faça tudo issoantes de começar a negociarcom eles", orienta.

Procure primeiro no local an-tes de dar o salto

Para alguns empreendedo-res, a ajuda pode estar surpre-endentemente por perto. Mui-tos Estados dos EUA contamcom programas de negocia-ção internacional que ofere-cem orientação.

"Para nós, é complicadouma empresa pequena quenunca esteve na China desco-brir tudo sozinha", disse Sa-mar Ali, assistente do diretorde assuntos internacionais noTennessee. "Nós as ajudamos

Reinhard Kraus/ Reuters

Page 18: DC 13/02/2013

terça-feira e quarta-feira, 12 e 13 de fevereiro de 201318 DIÁRIO DO COMÉRCIO

nformática

n

Prêmiopara mentesbrilhantes

O Pogie Awards é o 'Oscar' das melhoresideias de tecnologia criado pelo

colunista de informática do The New YorkTimes. Algumas estrelas deste ano são

aplicativos para smartphones.

Galaxy S III, daSamsung, com a

câmera queprocura pelos

olhos. Abaixo, oKid's Cornerquevem no Windows

Phone 8.

Div

ulga

ção

David Pogue, do The New York Times

Bem-vindo a The Dal-les, Oregon! Aqui norefeitório da escolaJames A. Garf ie ld

Middle School nos encontra-mos anualmente para o maiorevento de tecnologia: os Prê-mios Pogie!

Não entregamos o cobiçadotroféu aos melhores produtosdo ano. Os Pogies celebram asmelhores ideias do ano: inven-ções engenhosas que de algu-ma forma passaram por advo-gados e comitês avarentos,tornando-se dispositivos tec-nológicos de verdade.

Pose inteligente – No celularGalaxy S III, da Samsung, a câ-mera frontal procura por seusolhos. Quando você não estáolhando para a tela, ela escu-rece para economizar bateria.Quando você volta o olhar, elaacende de novo. Inteligente!

Soneca – A maioria dos lap-tops do mundo faz apenasuma coisa quando você fechaa tampa: adormece. Todas asoutras atividades param. Masa Apple se perguntou: por quea atividade de rede não podecontinuar em execução mes-mo com a tampa fechada? Porque o laptop não pode conti-nuar fazendo backup, baixan-do e-mails e sincronizandoseus dados online (calendário,notas, lembretes, fotos)?

Essa foi a ideia por trás doPower Nap, recurso do OS XMountain Lion que funcionanos modelos mais recentes doMacBook da Apple.

Cycloramic – Justo quandovocê pensa que ninguém ja-mais poderia ter outra ideianova para um aplicativo de ce-lular, o Cycloramic (US$ 1 nosEUA) grava vídeos panorâmi-

cos em 360 graus – sem um tri-pé ou apoio giratório.

Você coloca o telefone de pée toca no botão "Go". Incrivel-mente, o aparelho começa agirar sobre si mesmo, equili-brando-se. Só funciona em su-perfícies lisas como vidro, gra-nito polido ou madeira lamina-da (como mesas), e apenas oiPhone possui o equilíbrio per-feito. É de cair o queixo.

Coleira eletrônica – O CiagoiAlert e o Cobra Tag são cha-veiros Bluetooth que se comu-nicam com seu iPhone ou celu-lar Android. Quando você ficaa 9 metros de distância de seucelular, o chaveiro começa aapitar, como se dissesse: "Vo-cê está deixando seu celularcaríssimo para trás, seu idio-ta". Também funciona para ooutro lado, o telefone apita sevocê se afastar das chaves. Na

prática, esses chaveiros sãode construção barata e, se ascríticas da internet forem ver-dadeiras, nem sempre sãoconfiáveis. Mas lembre-se: nanoite dos prêmios Pogie, o queconta é a ideia.

Modo veicular – Se você temum fone de ouvido ou carrega-dor de carro Motorola, seu ce-lular autodetecta quando vo-cê está dirigindo. Nesse pon-to, o telefone define a campai-nha para Alto, l iga o GPS,

anuncia por voz os nomes dequem liga e responde automa-ticamente as mensagens detexto com "Estou dirigindo – li-go depois". Pura genialidade.

Não perturbe – Aqui está ou-tro recurso brilhante que co-meçou como uma Smart Ac-tion da Motorola e atingiu umpúblico muito mais amplo noiOS 6, o mais novo software doiPhone. No modo Não Pertur-be, seu telefone não toca, vi-bra ou se acende. É como um

modo avião, mas você podedesignar certas pessoas cujaschamadas e mensagens serãopermitidas. Que incrível confi-guração do sono: enquantovocê dorme, as pessoas maisimportantes podem falar comvocê se for importante, mas

telemarketings idiotasvão direto para a caixade mensagens. Paramelhorar ainda mais,no iOS 6, você pode de-finir horários para oNão Perturbe – ele seativa e desativa auto-maticamente nos ho-rários especificados.

Uma caixa de sele-ção especial, Chama-das Repetidas, l idacom situações urgen-tes. Se alguém tenta li-gar mais de uma veznum espaço de três mi-nutos, pode haver ur-gência. Nesses casos,o Não Perturbe permi-tirá que seu telefonetoque.

Canto das crianças – O pro-blema: seus filhos imploramque você lhes dê seu celular.No software Windows Phone8, com um rápido deslizar datela de bloqueio para a es-querda, você abre o Kid's Cor-ner, uma versão higienizadado sistema operacional comapenas aplicativos, músicas evídeos que você selecionouanteriormente. Navegação naweb, e-mail e chamadas ficambloqueados.

NÃO PERTURBEO telefone não toca, vibra nem se acende no modo

Não Perturbe do celular. Você pode designar as pessoascujas chamadas e mensagens serão permitidas.

GADGETS

Tentáculos no escritório

ADabee, plataforma que ajuda a comprar produtos quenão chegaram ainda ao Brasil, continua atraindo

compradores de produtos divertidos, próprios da comunidadegeek. Um dos mais bizarros é o Tentáculo USB, que transformaseu PC em um "kraken": um tentáculo eletrônico que ganhavida uma vez conectado ao seu computador. Preço no site:R$ 143,67 ou 12 x de R$ 13,58 (sujeito a alteração).Site: w w w. d a b e e . c o m . b r

DIVERSÃO

Tomador de decisões

Umpro duto

maluco daDabee é oTomador deDecisões. Foibaseado noexper imentode Schrödinger,

que pretendia demonstrar os estados desuperposição quântica com um gato preso emuma caixa contendo veneno e umcontador Geiger (que poderia ou não seracionado e poderia ou não causar amorte do gato). Para utilizar o produto ,basta fazer sua pergunta, a qual possaser respondida por 'sim' ou 'não', e abrir aportinha. Um gato vivo corresponde aum 'sim' e morto correspondente àresposta 'não'.Por: R$ 140,04 (sujeito a alteração).Site: w w w. d a b e e . c o m . b r

CONFORTO

Cobertor comaquecimento via USB

Este cobertor é a resposta para quem sofre com o frio em casaou no escritório. Basta conectá-lo a uma porta USB no

computador e usar enquanto trabalha como cobertor para aspernas, ou posicioná-lo nos ombros. Tem até um botão para quese mantenha fixo no lugar. Há duas variações de temperatura:uma porta USB para o nível mais leve e duas para o mais alto.Por: R$ 172,73 (sujeito a alteração). Site: w w w. d a b e e . c o m . b r

GADGETS

AdaptadorAtari para iPad

Esse gadget da Dabee é para reviver aemoção de ação de todos os antigos jogos

do saudoso console, incluindo Asteroids,Centipede e Missile Command. Basta conectar oiPad para o sistema Atari Arcade e fazerdownload dos melhoresjogos vintage. Bonstempos do joystick ebotões. Por: R$ 243,01.(preço sujeito aa l te ra ç ã o ) .Site: w w w. d a b e e .com.br