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R$ 1,40 www.dcomercio.com.br São Paulo, sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 Ano 87 - Nº 23.793 Jornal do empreendedor Conclusão: 23h55 Página 4 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 7 9 3 BR4S1L C0M NUM3R05 3RR4D05 A revista volta à carga. Desta vez, ataca a "contabilidade criativa" utilizada para atingir as metas de superávit e inflação. Pág. 13 D1LM4, C0NTR4T3 UM C0NT4D0R! Paulo Pampolin/Hype William Volco/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo Depois da chuva, avenida do estado precário. Continuação da Av. do Estado vai por água abaixo. Pág.9 Renan presidente do Senado? Fundador do partido rejeita. A última da Marta Elza Fiúza/ABr Pedro Simon (PMDB) acha que "não seria a hora de um nome como o dele" (Renan, PMDB, que já renunciou ao cargo em meio a escândalo). "Se for, não voto nele." Pág.5 Navegação para motoristas Dicas para enfrentar a época de chuvas. Pág. 17 FAZENDAS DIVERTIDAS Na Capoava (foto), três séculos de história. Boa Viagem. Pág. 18 Antonella Salem/DC A escravidão nas telas do Oscar Jamie Foxx (acima), em Django Livre, é um ex-escravo feroz dirigido por Tarantino. Lincoln (à esq.), com os astro Daniel Day-Lewis, dirigido por Spielberg, ecoa a voz libertária do estadista. São dois filmaços dignos do Oscar. Mais: desenhos de Magy Imoberdorf (abaixo, esq.), Carpeaux em livros de bolso, rastros da gravadora Odeon. E a celebração da vida na Roda do Vinho. Sony Pictures/Divulgação Fox Film/Divulgação Divulgação ´ Festa hoje do Sescon e da Aescon no Clube Monte Líbano, para a posse das diretorias executivas das entidades no seu 64° aniversário. O novo presidente do Sescon-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior (foto), cujo mandato vai até 2015, diz que o contador tem hoje importância estratégica para as empresas, que viram suas obrigações tributárias crescerem nos últimos anos. Approbato substitui José Maria Chapina, que foi convidado pelo presidente da Associação Comercial de São Paulo, Rogério Amato, para ser um dos vice-presidentes da entidade. Pág. 11 d cultura Ministra da Cultura fala sobre o Vale-Cultura. Pág. 7

DC 18/01/2013

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Diário do Comércio

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R$ 1,40

www.dcomercio.com.br São Paulo, sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Ano 87 - Nº 23.793 Jornal do empreendedor

Conclusão: 23h55

Página 4

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23793

BR4S1L C0M NUM3R05 3RR4D05A revista volta à carga. Desta vez, ataca a "contabilidade criativa" utilizada para atingir as metas de superávit e inflação. Pág. 13

D1LM4, C0NTR4T3UM C0NT4D0R!

Paulo Pampolin/Hype

Will

iam

Vol

co/B

razi

l Pho

to P

ress

/Esta

dão

Con

teúd

o

Depois da chuva, avenidado estado precário.Continuação da Av. do Estado vai por água abaixo. Pág. 9

Renan presidente do Senado?Fundador do partido rejeita.

A últimada Marta

Elza Fiúza/ABr

Pedro Simon (PMDB) acha que "não seria a hora de umnome como o dele" (Renan, PMDB, que já renunciou ao

cargo em meio a escândalo). "Se for, não voto nele." Pág. 5

N ave g a ç ã opara motoristas

Dicas para enfrentar aépoca de chuvas. Pág. 17

FAZENDAS DIVERTIDASNa Capoava (foto), três séculos de

história. Boa Viagem. Pág. 18

Antonella Salem/DC

A escravidão nas telas do OscarJamie Foxx (acima), em Django Livre, é um ex-escravo feroz dirigido por Tarantino. Lincoln (à esq.), com osastro Daniel Day-Lewis, dirigido por Spielberg, ecoa a voz libertária do estadista. São dois filmaços

dignos do Oscar. Mais: desenhos de Magy Imoberdorf(abaixo, esq.), Carpeaux em livros de bolso, rastros dagravadora Odeon. E a celebração da vida na Roda do Vinho.

Sony Pictures/Divulgação Fox Film/Divulgação

Div

ulga

ção

´

Festa hoje do Sescon e da Aescon no Clube Monte Líbano, para a posse das diretorias executivas dasentidades no seu 64° aniversário. O novo presidente do Sescon-SP, Sérgio Approbato Machado

Júnior (foto), cujo mandato vai até 2015, diz que o contador tem hoje importância estratégica para as empresas, que viramsuas obrigações tributárias crescerem nos últimos anos. Approbato substitui José Maria Chapina, que foi convidado pelopresidente da Associação Comercial de São Paulo, Rogério Amato, para ser um dos vice-presidentes da entidade. Pág. 11

dcultura

Ministra daCultura fala sobre oVale-Cultura. Pág. 7

sexta-feira, 18 de janeiro de 20132 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Não há um horizonte para a lutacontra a al-Qaeda. Em parte

porque não se combate um país,mas uma ideia, que adota paísessó pela necessidade geográficade situar-se em algum lugar.

opinião

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Edito r-Ch efe : José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann ([email protected]), Carlos de Oliveira (coliveira@dcome rc io.co m. br ),chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar ([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]),Luiz Octavio Lima ([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e Marino Maradei Jr.([email protected]) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Fernando Porto([email protected]), Ricardo Ribas (rribas @dcomercio.com.br) e Vilma Pavani ([email protected]) Subeditores: Marcus Lopes eRejane Aguiar Redatores: Adriana David, Eliana Haberli e Evelyn Schulke, Ricardo Osman, Tsuli Narimatsu Repórter Especial: Kleber Gutierrez([email protected]), .Repórteres: André de Almeida, Fátima Lourenço, Guilherme Calderazzo, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira,Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cunha, , Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves,Sandra Manfredini, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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ROBERTO

FENDT

Dois eventos na se-mana passada pa-recem indicar mu-danças significati-

vas no combate ao terrorismojihadista. No primeiro, o presi-dente Barack Obama anunciouque os EUA estão transferindoa responsabilidade principalpara combater o Talibã no Afe-ganistão às forças armadas lo-cais. Essa mudança de estraté-gia constitui um passo impor-tante para a retirada das forçasamericanas do país.

No segundo, as forças arma-das france-sas iniciaramu m a i n t e r-venção mili-tar na repú-blica do Mali,s i t u a d a n oocidente daÁfrica. Essaintervençãose destina aimpedir queu m m o v i-mento j iha-dista tome o poder no país e seconstitua em ameaça diretaàs antigas colônias francesasna África – entre elas a Argélia,onde um braço da al-Qaedaatacou um campo de gás daBP, fazendo um grande núme-ro de vítimas.

Mudou o Natal, ou mudaramos EUA e a França? GeorgeFriedman, no sempre atentoboletim St r at fo r, mostrou quenão mudaram nem um nemoutro. Os Estados Unidos nãoestão se tornando "isolacionis-tas" ou os franceses "falcões".

Omovimento pró-isola-cionismo americanotem raízes antigas.

George Washington escreveuuma Carta ao povo dos EstadosU ni d os pouco antes do encer-ramento de seu segundo man-dato como presidente – docu-mento qualificado por muitoscomo uma afirmação clássicade republicanismo e uma dasmais memoráveis manifesta-ções políticas na história dosEstados Unidos.

O centro da carta consistiaem uma advertência aos ame-ricanos dos riscos políticos aserem enfrentados caso dese-jassem permanecer fiéis aosideais que haviam norteado acriação do novo país. Ao decli-nar a possibilidade de concor-rer a um terceiro mandato,Washington enfatizou a im-portância da União em mantera independência, a paz, a li-berdade e a prosperidade.

Sublinhou também a impor-

tância da manutenção da inde-pendência entre os poderes,estabelecida na Constituição,e o relacionamento internacio-nal país a país, sempre tendocomo foco da política os inte-resses dos EUA. Para Washing-ton, alinhamentos automáti-cos com as potências A ou B di-ficilmente serviram aos inte-resses americanos. Vem deuma interpretação literal dacarta de Washington a corren-te que defendeu, nos séculos19 e 20, um papel isolacionistapara a nova nação – personali-zada talvez na imagem proje-tada pelo presidente WoodrowWilson (1912-21).

Pode parecer estranhoque a França tenha ago-ra se interessado em

comprometer suas forças ar-madas no Mali. Contudo, há di-versos interesses em jogo, es-pecialmente nos países fran-cófonos vizinhos desse país.

Além disso, essa interven-ção não constitui novidade napolítica externa francesa re-

cente. Foram os franceses eingleses que iniciaram a inter-venção armada na Líbia, daqual redundou a deposição emorte de Muamar Kadafi. E foia impossibilidade de sucessoda empreitada franco-britâni-ca que acabou por envolver osEstados Unidos no conflito, eassim mesmo somente emsua etapa final.

A política externa america-na, pelo menos se levarmosem conta a experiência dasduas guerras mundiais, nãotem se alterado quando inte-resses de terceiros estão emjogo. Quando intervieram, osEUA pautaram sua atuaçãopor evitar o comprometimen-to imediato em conflitos euro-peus – envolvendo-se apenasdepois que as partes em con-tenda já haviam se desgasta-do mutuamente. Na primeiraguerra mundial, só o fizeramem 1917; na segunda, somen-te a partir de 1944.

A saída do Afeganistão temconotações distintas. Lá nãose trava uma guerra conven-

cional, como as duas guerrasmundiais, em que há uma ex-pectativa de horizonte para otérmino dos combates e a de-claração de um vencedor.

A luta contra a al-Qaeda nãosinaliza um horizonte para seufinal. Em parte porque não secombate um país, mas umaideia, que adota países ape-nas pela necessidade geográ-fica de situar-se em algum lu-gar. Pode estar hoje no Afega-nistão, amanhã no Paquistãoou simultaneamente no Iê-men e em um país africano.

Também não existe a fi-gura do vencedor, a di-tar condições para o

vencido. O melhor que os Esta-dos Unidos podem fazer nessetipo de conflito é minimizar apossibilidade de dano prove-niente da ação da al-Qaeda.

Para fazê-lo, torna-se ne-cessário lançar mão de instru-mentos de exceção, geral-mente aceitos pelos cidadãoscomo o preço a pagar para adefesa do país. Nesse cálculo,a sociedade leva sempre emconta que as medidas de exce-ção têm duração limitada,persistindo apenas até a vitó-ria no conflito.

Incapaz de isolar-se daameaça da al-Qaeda, o perigopara a liberdade nos EstadosUnidos mora em admitir medi-das de exceção que poderãotornar-se permanentes nocombate ao terrorismo.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

EYMAR

MASCARO

FERIDO, TUCANOAGONIZA NO NINHO.

O argumentoprincipal pararechaçar acandidatura deSerra é que otucano já perdeuduas eleiçõespresidenciais,uma para Lula eoutra para Dilma,ambos do PT.

dispõe de cacifeeleitoral mais forte doque o senador mineiro.

Também o governadorGeraldo Alckmin nãoconcorda que Serra troquede partido, por considerá-lo um dos melhoresquadros do PSDB, maso presidente SérgioGuerra anuncia que AécioNeves será o candidatoao Planalto em 2014.

A política externa norte-americana não tem se alterado quando interesses de terceiros estão em jogo.Roberto Fendt

M U DA N Ç ASG EO P O L Í T ICAS

Detalhe: a candidaturade Aécio foi lançada pelomelhor amigo de Serra, oex-presidente FernandoHenrique Cardoso. A teseque predomina entreserristas é que Serra teriamais chance de se elegerem 2014 do que em 2010,porque haverá maiscandidatos e a divisãode votos será maior.

Além de Dilma ou Lula,pelo PT, podem

vingar outrascandidaturas, como a deEduardo Campos peloPSB e a de Marina Silvapelo novo partido.Curiosamente, tambémo PT admite que seucandidato ou candidataserá beneficiado nasurnas se em 2014 onúmero de concorrentesao Planalto for superiorao de 2010, porqueo eleitorado petista"é fiel e cativo".

Dilma tem umapreocupação: perdervotos no Nordeste seEduardo Campos forcandidato. Em 2010,a presidente teve 70%dos votos nordestinos.

EYMAR MASC ARO É J O R N A L I S TA E

CO M E N TA R I S TA P O L Í T I CO

MASC ARO@B I G H O S T.CO M .BR

José Serra não vaiaceitar nenhuma dasduas opções que o

PSDB vai reservar paraele em 2014: voltar a serdeputado ou sercandidato ao Senado,concorrendo à vaga quese abrirá na Casa com otérmino do mandato dopetista Eduardo Suplicy.

Serra começou a sesentir isolado no partidoapós a derrota paraa Prefeitura, sabendoque o PSDB já escolheucandidatos ao governo doEstado e ao Planalto, quesão, respectivamente,Geraldo Alckmin,tentando a reeleição, eAécio Neves.

Como se sente emcondições de tentar

uma nova candidatura àpresidência da República,ele tem admitido quepode mudar de partido,assim que vencer aagonia no ninho. Umadas hipóteses seria sercandidato ao Planaltopelo PPS, a convite dopresidente do partido,deputado Roberto Freire.

Nem todos, porém,concordam no PPS queSerra ingresse no partidocom o carimbo natesta de "candidato apresidente". O vereadoreleito pelo PPS, em SãoPaulo, Ricardo Young,é contra a candidaturade Serra por achá-lorepresentante da"velha política'".

Young quer que oPPS apoie a candidaturapresidencial da ex-ministra Marina Silva, quejá esboça a criação deum novo partido. Outrosadvogam que o PPS deveapoiar a candidaturado governador dePernambuco, EduardoCampos, caso ele selance pelo PSB.

O argumentoprincipal para rechaçara candidatura de Serra éque o tucano paulista jáperdeu duas eleiçõespresidenciais, uma paraLula, outra para DilmaRousseff, ambos do PT.

A verdade, no entanto,é que quem decide tudono PPS é Roberto Freire,fundador do partido.Freire vem mantendoentendimentos comSerra e já declarou,em São Paulo, querecebe o tucano de"braços abertos".

Os aliados de Serrano PSDB não querem queele deixe o partidoe defendem a tese deque Serra deve disputar alegenda presidencialtucana com Aécio Neves,principalmente porque

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião

Lições das armas e um ganso

NICHOLAS

D. KRISTOF

Quando viajo ao exte-rior e converso comestrangeiros sobrea paixão dos Esta-

dos Unidos por armas, as pes-soas às vezes expressam umaconclusão que me deixa hor-rorizado: nos Estados Unidos avida é barata.

O presidente Barack Obamaanunciou uma fantástica sériede medidas de controle de ar-mas para mostrar que nós,com certeza, nos preocupa-mos em manter a vida.

Mas o destino dessas pro-postas, no fim, vai dependerdos norte-americanos centris-tas que estão sendo atingidos.Eles se preocupam com nú-mero de armas, mas tambémacham que é tranquilizadorter uma pistola Glock consigoquando se escuta um rangerde tábuas no andar de baixo.

Assim, para aqueles de vo-cês que estão indecisos, voulhes contar a história de umganso. Fui criado em uma fa-zenda em Yamhill (Oregon), ci-dade rural onde praticamentetodas as casas tinham armas.Meu pai me deu um rifle calibre22 no meu 12º aniversário e fuifazer um curso de segurançana Associação Nacional do Ri-fle (NRA, na sigla em inglês).

Entendo a afeição das zonasrurais pelas armas, e comparti-lho essa sensação de familiari-dade. Uma fazenda precisa deuma arma ou duas para lidarcom coiotes com preferênciapor cordeiros e, sinceramente,também é divertido atirar. Mastodas essas armas não nos dei-xam mais seguros.

Vejam o caso do ganso deum vizinho. Esse ganso anda-va pela propriedade de outrovizinho, e havia a chance doganso pular na água destina-da às ovelhas. O dono das ove-lhas ficou furioso com a ideiada água ficar suja e ameaçouatirar no ganso.

Provavelmente, estavaapenas usando de retórica,mas, como tinha uma arma àmão, ele a pegou e mirou noganso. Vendo isso, o dono da

NEILBOMBEIRO

FERREIRA

O DIREITO DE GRITAR "FOGO!" NUM TEATRO LOTADO.

MORTES COM ARMAS DE FOGO DEVEM ULTRAPASSAR LOGO MORTES NO TRÂNSITO NOS EUA.

ave (que estava chegando pa-ra pegar o ganso) percebeu anecessidade de proteger suapropriedade e também sacousua arma. Eles se enfrentaram– por causa de um ganso!

Nossos vizinhos erampessoas boas, admirá-veis, cumpridores das

leis, mas suas armas o levarama uma confrontação perigosa.A NRA poderá dizer que as ar-mas não matam as pessoas –gansos matam pessoas – massem armas de fogo eles nãoiriam ameaçar um ao outrocom machados ou martelos.

A esposa do dono das ove-lhas terminou convencendoos dois homens a se acalmar.O bom senso prevaleceu e oganso sobrev iveu, comotambém os vizinhos.

Mas eu lembro esse episó-dio porque ele ressalta o papelque as armas muito frequen-

temente desempenham emnossa sociedade: um instru-mento não de proteção, masde escalada.

Namorados jogam pratosum no outro e um deles, indig-nado, pega uma arma – talvezsó para assustar o outro. Masmuito frequentemente, algodá errado.

Uma pesquisa, divulgadapelo Southern Medical Journalem 2010, revelou que uma ar-ma tem 12 vezes mais probabi-lidade de provocar a morte deum morador da própria casa ouconvidado do que a morte deum intruso. Outro estudo, este

de de 1993, mostrou que pos-suir uma arma praticamentetriplica o risco de um homicídiona casa do proprietário.

Muitos norte-americanossão como Nancy Lanza, queprovavelmente pensava quesuas armas a deixariam maisprotegida – e foi morta por elas.Algo parecido ocorreu em Yam-hill, onde um adolescente per-turbado pegou a arma de suamãe e a baleou até a morte.

A NRA está certa ao dizer quea maioria das armas é usada deforma segura, mas também éverdade que as armas têmmais probabilidade de causar

tragédias do que de evitá-las.

Obama disse que houve900 mortes violentascom armas desde San-

dy Hook, mas ele cometeu umerro. Ele talvez estivesse fa-lando só sobre homicídios comarmas, mas também deveriaincluir os suicídios com armas– que são ainda mais comuns ecertamente qualificados co-mo mortes violentas causa-das por armas de fogo.

O Centro para Prevenção eControle de Doenças calculaque há anualmente mais de 11mil homicídios com armas ecerca de 19 mil suicídios. São30 mil mortes por ano nos Es-tados Unidos. Por esses núme-ros, houve mais ou menos2.500 mortes violentas por ar-mas desde Sandy Hook.

David Hemenway, um espe-cialista em saúde pública deHavard, afirma que ter uma ar-

ma em casa aumenta o riscode haver um suicídio, nessacasa, de duas a quatro vezes.

Para reduzir as mortes pro-vocadas por automóveis, ado-tamos uma abordagem desaúde pública que pode serchamada de "controle de car-ros" – licenças para motoris-tas, air bags, cintos de segu-rança, registros de veículos...O resultado é uma quedaconstante nas mortes em aci-dentes de carro.

Em breve as mortes comarmas de fogo devem ul-trapassar as mortes no

trânsito, pela primeira vez nahistória moderna dos EUA. Nãohá solução mágica para o mas-sacre com armas nos EstadosUnidos. Mas, no mesmo espíritoque nos moveu para tornar oscarros mais seguros, Obamaestá tomando medidas cuida-dosas e brandas, que não vãosolucionar a epidemia da vio-lência das armas nos EstadosUnidos, mas devem reduzi-la.

Se conseguirmos diminuiras mortes por armas em 25%,isso significaria 7.500 vidassalvas por anos. A não ser quea vida nos Estados Unido sejarealmente barata, isso vale apena.

NICHOL AS D. KR I S TO F É CO LU N I S TA

DO NE W YRO K TIMES. CO N TATO CO M

ELE EM FAC E B O O K .CO M /KR I S TO F,TWIT TER.CO M /NICKKR I S TO F

Tradução: Rodrigo Garcia

Brian Blanco/Reuters

Comprador escolhe modelos em uma loja de armamentos enquanto Obama fala sobre medidas de controle nos Estados Unidos.

Sem fogo ou com fogo,gritar "Fogo!" numambiente fechado

e lotado cria pânico quepode gerar mortes; é atocriminoso e terrorista.O direito à livre expressãodo pensamento é cláusulapétrea do EstadoDemocrático de Direito, masnão dá direito à prática deatos terroristas de qualquerespécie. Gritar "Fogo !"num teatro, cinema ouavião, lotados ou comapenas um passageiroou um só espectador, équase assassinato.

Aconteceu casosemelhante num túnel dometrô de São Paulo, estasemana, não sei se vocêficou sabendo. Um débilmental maluco (nãoacredito) berrou mais oumenos o seguinte: "Vãoatirar!", ou: "Estão atirando!" De imediato estabeleceu-se o pânico, que se propagoucomo fogo num rastilho depólvora. Ninguém ia atirarnem estava atirando. Onzepessoas ficaram feridas.

Por sorte ninguém morreujogado nos trilhos dos trensou esmagado. Por sortenão havia crianças; sehouvesse, então Deus,Jeovah e Allah tinham feitocom competência o seutrabalho em equipe.

Não acredito em "obrade débil mental maluco"porque soube direitinhoprovocar pavor intensonuma multidão pega de

surpresa e desaparecersem deixar vestígios. Obrade terrorista bem treinado.

Você vai dizer pra mime com razão: "Você nãoacredita que tenha sidoum débil mental malucomas acredita que foi umterrorista, o que é a mesmacoisa". Não vou repetir queduvido que um débil mentalmaluco tenha tido tantaaptidão pra criar o pânico edesaparecer (repeti).

Não estou me referindoa um fato concreto, mas àminha opinião, a qualtenho o direito de expressarcom liberdade, já que nãocoloco a vida de ninguémem risco de morte.

Vivemos, porém, no paísdos "mais de 80%" e dosmensaleiros; é possível queum bom advogado de umterrorista me processe porcalúnia, injúria e difamaçãoe exija milhões emreparação por danos morais.

Você retrucaria comalguma ironia: "Você

é paranoico". (Sou). Meuterapeuta diagnosticou essecomportamento, que elenão chama de "doença". Naopinião dele, não há bolinhaque dê jeito; há outros meiospra desentortar o cérebro.

Sou da "Geração Rivotril",que ele não receita nem apau; é contra qualquer tarjapreta, até mesmo contrao miraculoso Johnnie WalkerBlack Label. Apelidei-ode "Sig", mas não sabe se

estava me referindo aSigmund Freud ou ao Sig,o ratinho símbolo dodefunto Pa s q u i m . Ele éjovem, nem deve saber oque seja (era) o Pa s q u i m .

Acho que ninguémaqui sabe – meus

leitores, se os tenho, sãomais jovens do que eu – meue-mail é neil.ferreira1804@etc, sendo 1804 o anoem que nasci.

Disse-me (o terapeuta)que não era "Linha Freud",era "Linha *** " (esqueci);fixei-me na convicção deque as "Linhas" referiam-seà Umbanda, da qual tudodesconheço, mas respeito.Levei em consideração a"Linha 10%", do BispoEdir Macedo e a "Linha dePesca", do Bispo Crivella.

Estabelecido por ambasas partes (eu e você) que souparanoico, deixo registradonesta assentada que nada

impede um paranoicode ser verdadeiramenteperseguido. Sou perseguido;se estivesse naquele túneldo metrô, tomado pelopânico por causa de um falsoalarme, teria certeza de queaquilo era uma armaçãopessoal contra mim. (Era).

Acho que isso aí foi obrada Cut; eu sei que a Cut

sabe que eu sei que a culpa édela em todas essasencrencas recentes havidasno metrô. Tirei isso da minhaparanóia; não tenhonenhuma prova de que a Cuttenha culpano cartório dos ocorridos, equalquer cara pode acharque o que estou falandoé produto da minhaimaginação. (É). A realidadeé produto da imaginação.

Se o sujeito imaginaque sentiu cheiro de fumaçae grita "Fogo!" num cinemalotado, o fogo da suaimaginação ou instintoassassino passa a serrealidade para a multidãoque se empurra e se esmaga,buscando as portas de saída.

Antes da eleição,eram umas três ocorrênciaspor semana no metrô –culpa do Serra e do FHC,prejudicando milhões depassageiros. Uma, na ZonaLeste, impediu trêsmilhões de trabalhadoresde chegar ao trabalho.

Eu tinha (tenho) certezade sabotagem feita porsindicalistas; a Cut é uma

Central de "Trabalhadores",braço sindical do PT. Ou oPT é braço político da Cut,isso anda de tal maneiraenrolado que não sei maisquem é o quê de quem.

Uma coisa e outra sãoa mesma coisa; as duasjuntas são outra, a terceiraé diferente mas igual, ummais um, igual a cinco –todas unidas num vale-tudobem sucedido praconquistar e manter opoder. A cambada unidajamais será vencida. (Será).

Ganharam aPrefeitura, penúltimobastião de resistência àinvasão dos bárbaroshunos, vindos do "país dosmais de 80%". O últimoé o governo do Estado.

A paranoia é a força que memantém saudável. A eleiçãode 2014 já começou. A Cutdestrói Alckmin, atropelando-o com os trens do metrô. Abola está rolando.

Se sou saudável osuficiente pra saber que

sou paranoico, saudável quesou recuso a imputabilidade,porque sou paranóico.E grito "Fogo!" na sede daoposicinha. Não sepreocupe, ninguém correrisco nenhum; comosempre, a sede está vazia.

É fogo no boné do guarda!Até o Trem das Onze estádescarrilando.

NEIL FERREIR A É PUBLICITÁRIO

Calcula-se que ocorram mais de 11 milhomicídios e cerca de 19 mil suicídios por ano

nos Estados Unidos por meio de armasde fogo. São 30 mil mortes anuais.

SXC

sexta-feira, 18 de janeiro de 20134 DIÁRIO DO COMÉRCIO

CHARGE DO DIA

Gabeira 2014333 Os novos programas do PVforam estrelados pelo ex-deputadofederal Fernando Gabeira (RJ), queaté anunciou que seu nome está àdisposição do partido para disputar aseleições presidenciais de 2014.Também a vice-prefeita de ACM Netoem Salvador, Célia Sacramento,

ganhou seu espaço. Os verdes perderam seu maior patrimôniopolítico, Marina Silva, hoje avulsa e tentando armar um partido.Nas eleições para governador, Gabeira foi bem votado e o PVacha que, para o Planalto, ele consegue carregar votos doscariocas dados para Marina à Presidência.

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 Não será apenas Lula que vaicolocar o pé da estrada, em novacaravana, para defender seu legado:também Dilma Rousseff, queandou viajando mais para o

Exterior do que pelo país, começa a organizar uma turnê nacio-nal – se bem que sem conseguir se desligar dos problemas dacrise de energia. Nos dois primeiros anos de mandato, Dilmafez 98 viagens internas e 56 para o Exterior. O campeão foi SãoPaulo: 24 vezes em dois anos. Para o Nordeste, apenas 22 idase é nessa região que ela quer aumentar sua presença. Primeiro,porque foi onde teve mais votos em 2010; segundo, porque élá que o reinado de Eduardo Campos anda aumentando.

333 Modelo e atleta paraguaia(ela é detentora do recordede lançamento de dardo emseu país, com 56m18), LerynFranco, que chamou a atenção

dos fotógrafos na Olimpíada de Londres, vem ao Brasil nocarnaval. Vai cobrir a folia no Rio de Janeiro, transformada emrepórter de uma televisão de Assunção. Leryn tem 30 anos, viveposando para ensaios fotográficos repletos de sensualidade (epouca roupa, claro) e foi considerada pela revista Men’sHealth como “a desportista mais sexy de todos os tempos”. Ela jámandou avisar que gostaria muito de desfilar para algumaescola – e até posar para revistas brasileiras.

MAIS: poderão chegar a 50mil superando as mascarasde Neymar, Lula, Ronaldo,José Dirceu e do mascote daCopa, o discutido Fuleco.

MISTURA FINA

O mundo gira333 “O mundo gira e a Luzitanaroda” – era slogan de uma antigae famosa empresa de mudanças,estampado em todos seuscaminhões. Agora, o governoportuguês, com sua economiarolando ladeira abaixo eaumento de desemprego, estáreclamando da dificuldade deengenheiros lusitanos obteremautorização para exercer aprofissão no Brasil. Há duasdécadas, quem enfrentavaesse drama (chegaram a seraté perseguidos e eramacintosamente segregados)eram os dentistas brasileiros quetentavam se radicar em Portugal.

READEQUAÇÃO333 A transexual Carol Marraestá irada: “Descobri que meucorpo pertence ao Estado.Precisodeautorizaçãolegalparame readequar”. Readequaçãoé como ela chama cirurgiade troca de sexos, que, noBrasil, necessita de longoacompanhamento psicoló-gico, laudos emitidos porendocrinologistas eacompanhamento de assistentesocial para avaliar como é o diado paciente e se, realmente,leva vida de mulher. E tudo issodemora muito tempo.

A mascara de JoaquimBarbosa será a maisvendida do Carnaval.Até agora, já saíram dafábrica 30 mil delas.

Fotos: Paula Lima

Nova campanha333 Por conta da tragédiana escola de Newtown, nosEstados Unidos, com a mortede 20 crianças e seis adultos, aCampanha do Desarmamentono Brasil voltará a ser dinamizada.No ano passado, foram entregues61 mil armas e 265 mil munições,gerando indenizações deR$ 12 milhões. Só que, nosúltimos meses, caiu o ritmo derecolhimento em comparaçãoa 2011. Para quem nãosabe: o número de armasdisponíveis no Brasil soma20 milhões de unidades.

EXCESSO333 DepoisdeGiseleBündchene Juliana Paes, apontadaspor estudos de institutos deopiniãopublica,como“figurascom excesso de exposição” epor isso,comreduzidaschancesde alavancarem produtos (amaternidade e gravidez dasduas trataram de tirá-las domercado), agora é a vez deGrazi Massafera atravessarperíodo semelhante. Porpesquisa,ninguémconsegueidentificá-la, rapidamente,com algum produto do qualseja garota-propaganda.

Flores frescas333 Elton John (ele e DavidFulnish já tem um filho geradopor barriga de aluguel e estãoesperando outro) canta dia 25 defevereiro em São Paulo, depoissegue para Chile, Argentina eUruguai, retornando dia 5 demarço para espetáculos emPorto Alegre, dia 8 em Brasíliae dia 9 em Belo Horizonte.Terminada a turnê, ele querdescansar uns dias em Paraty,onde pretende tomar banho decachoeira. Mais: Elton exigeuma parede viva com rosasvermelhas e brancas em todosos camarins que ocupar noBrasil. E não podem parecer –nem de longe – murchas.

ESTRATÉGIA333 Para desfazer quaisquerrumores de problemasdomésticos, o ex-presidenteLula tem ligado a políticosamigos e sempre ao lado da ex-primeira-dama Marisa Letícia.Muitas vezes, dependendode quem esteja do outro ladoda linha, a própria galega vaiao telefone para dar umapalavrinhacomointerlocutor.

EstiloLincoln333 Antes do final do mês, chegaas livrarias brasileiras Lincoln,da historiadora Doris KearnsGoodwin, que serviu de basepara o filme homônimo deSteven Spielberg, que estrearáno Brasil no próximo dia 25,com Daniel Day-Lewis comoprotagonista – e candidatíssimoao Oscar. O livro faz uma análisedo estilo de liderança de AbrahanLincoln, da maneira como eleentendia o comportamentohumano e das alianças queconstruiu em seu governo, queo transformou num dos maisemblemáticos presidentesdos Estados Unidos.

“Haddad precisa tomar cuidado para não se tornar o subprefeitode Lula.”

Caravanade Dilma

Recordistado dardo

Famosas evendedoras

333 Elas vendem de tudo, deperfumes a bolsas, de sapatosa acessórios de moda e foramas grandes atrações da 40ªedição da Feira Internacional

de Calçados, Artefatos de Couro e Acessórios de Moda –Couromoda que, desta vez, atraiu mais de 85 mil visitantes queforam conhecer produtos de 1.100 expositores, incluindo-secompradores de 64 países. Da esquerda para a direita, dandoforça a seus lançamentos, Ana Hickmann (é a recordista dosegmento, com 11 licenciados e será madrinha da bateria daVai-Vai); Maria Melilo, ex-Casseta & Planeta vai Fundo; IsabeliFontana; Claudia Leitte; e Adriane Galisteu.

IN OUTh

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Pó com efeito bronze.Protetor solar em óleo.

Na garganta333 A presidente Dilma Rousseff está com o ex-ministro(com quem sempre conversa sobre economia brasileira)Delfim Netto engasgado na garganta, por conta de artigo queele publicou condenando as manobras fiscais do governo, querotulou de “deplorável operação de alquimia”. Na opinião deDelfim, o governo teria construído “uma relação incestuosa”entre o Tesouro, Petrobras, BNDES, Banco do Brasil e CaixaEconômica Federal”, “destruindo a transparência da magnífi-ca Lei de Responsabilidade Fiscal”. Pior: jornais de econo-mia e negócios de todo o mundo, incluindo o Financial Times,republicaram o que Delfim escreveu.

333 NA CONTRAMÃO dopresidente nacional do PSDB,Sérgio Guerra e do ex-presiden-te Fernando Henrique Cardoso,o governador Geraldo Alckminestá iniciando sua campanha nadefesa de primárias do partidopara escolha de nomes para2014: Alckmin, de certa forma,reza na cartilha de José Serra,que é contra a candidatura deAécio Neves e, dependendo,defende até o nome dogovernador de São Paulopara enfrentar Dilma.

333 A MODELO IsabeliFontana, que deverá estrelarnova campanha do ShoppingIguatemi de São Paulo, fotogra-fada por Mario Testino, está, denovo, circulando com seu ex-namorado Falcão, do grupo ORappa. Entre o rompimento e arecaída, ela teve um affair com ofilho de Bob Marley, Rohan, queé a cara de Falcão. O brasileironão se importa com nada disso:só avisou que não vale trocar denome em determinadas horas.

333 PARA sobreviver dianteda crise que assola o país,Portugal vende o que aindatem, da elétrica EDP parachineses e a aérea TAP paraquem der mais. Aeroportosdeverão passar para a conces-são privada e os estaleirosde Viana do Castelo serãoprivatizados, como também oscanais de TV RTP 1 e 2. Dequebra, sobrou também paraa população: a contribuiçãoprevidenciária aumentou.

333 DEPOIS da Daslu, que fezparceria com a Riachuelo, agoraé a 284, de Helena Bordon edois irmãos Bernardino, Lucianae Marcella Tranchesi assinaremuma coleção (106 peças, entreroupas e acessórios, masculinase femininas) para a C&A. Preçomáximo: R$ 199. Chega à rededia 26 de fevereiro.

333 O DIRETOR de assuntosInstitucionais da GM, Luiz Moan,foi ao Planalto comunicar ademissão de 1.800 funcionáriosda fabrica da montadora emSão José dos Campos, interiorde São Paulo. E, para surpresade muita gente, estava à bordode um Honda Civic.

ANDREA MATARAZZO // vereador (PSDB-SP), sobre a reunião do ex-presidentecom o secretariado do novo prefeito de São Paulo.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

É ISSO AÍPedro Simon falado Senado que nãomuda. Sai Sarneye volta Renan.

ATR ASADODeputado precisoude 11 mandatospara virar suspeitoe presidente.

política

Pedro Simon rejeita Renan presidenteSenador defende que não é a hora nem o nome certo para o momento político. E sugere uma candidatura alternativa, que agregue forças e fortaleça o Congresso.

Osenador Pedro Si-mon (RS), um dosf u n d a d o r e s d oPMDB, disse ontem

que é contra a volta do líder deseu partido, Renan Calheiros,à presidência do Senado, apartir de fevereiro. Para Si-mon, não seria a hora de umnome como o dele comandar aCasa. Renan renunciou ao car-go em 2007, para evitar a cas-sação do mandato em plená-rio, depois de denúncias de terpatrimônio maior do que o de-clarado. O processo ainda estána fila do Supremo TribunalFederal (STF).

O parlamentar gaúcho su-geriu que os chamados sena-dores independentes e a opo-sição lancem candidatura úni-ca para contrapor à do líder doPMDB. Para ele, um só nomena disputa "galvaniza os esfor-ços". O PSDB, por exemplo, re-chaça apoiar o senador Ran-dolfe Rodrigues (PSol-AP) etem insuflado o nome do sena-dor Pedro Taques (PDT-MT). Simon defendeu a es-colha de "um presidenteque represente a tranquili-dade e que faça as modifi-cações que devem e preci-sam ser feitas".

Um nome – O parlamentarexplicou que o Congressotem de achar um nome. "ORenan já foi presidente eem meio a um processo decassação, renunciou", lem-brou Simon. "Não seria a ho-ra de um nome como o dele,seria o momento de o PMDBapresentar uma candidatu-ra que integrasse todomundo. Se for ele, eu nãovoto nele", garantiu,

De acordo com Simon, "émuito claro" que ninguémquer fazer um movimentode oposição ao governo. "Oque se quer, dentro do pos-sível, é fazer um movimen-to de Congresso revigora-do." Ele citou o manifestodo senador Cr i s tovamBuarque (PDT-DF) comouma proposta muito clarade mudança, numa refe-rência ao documento divul-gado no início da semana,que cobra uma série de al-terações legislativas e ad-

ministrativas no Senado.Falta de autoridade – O sena-

dor do PMDB afirmou que, en-quanto o STF vem se consoli-dando como um importantepoder da República, o Con-gresso "não cumpre o seu pa-pel" de fazer as "leis funda-mentais" de que o País precisa,como as reformas política e tri-butária. Ele disse também quefalta autoridade ao Legislativoao criticar o Judiciário quandoatua em vácuos deixados peloCongresso. "Quando o STF re-gulamentou que perde o man-dato o parlamentar que mudade partido, tomou uma atitudeque era nossa, pois nós perde-mos a autoridade de fazer."

Apesar das divergências, eledisse que continuará no parti-do. "Não vejo motivos parasair, o PMDB é mais meu do quede muitas pessoas que estãoaí. Estou desde o início e muitagente veio depois", disse Si-mon, que no dia 31 completa83 anos. (Estadão Conteudo)

Jonas Pereira/Ag. Senado – 26/6/2012

Pedro Simon, senador peemedebista, defende que a eleição seja o resultado de um Congresso renovado.

Não seria a horade um nomecomo o dele. É omomento de oPMDBapresentar umacandidatura queintegrassetodos. Se for ele,não voto.

PEDR O SIMON

Randolfe: críticas do PT e PSDB.

Leonardo Prado/Ag. Câmara – 03.07.12

Para Randolfe,tucanos e Dirceusão semelhantes.

Numa reação às críticasao lançamento de seu

nome para a presidência doSenado, Randolfe Rodri-gues (PSol-AP) afirmou on-tem que os tucanos e o ex-ministro da Casa Civil, JoséDirceu, condenado no pro-cesso do Mensalão, fazempolítica de forma seme-lhante, mesmo estando emcampos políticos opostos.

O líder do PSDB no Sena-do, Álvaro Dias (PR), disserecentemente que a candi-datura de Randolfe era "iso-lada" e que não deveria tero apoio dos tucanos, quetendem a apoiar o senadorPedro Taques (PDT-MT), ca-so ele seja candidato.

Iguais – Já Dirceu, publi-cou em seu blog na quarta-feira, que o nome do PSoltem como "único objetivodesorganizar a base deapoio do governo e a maio-ria parlamentar construídano Senado." A reação deRandolfe às críticas foi ime-diata. "Ambos, PSDB e Dir-ceu são cada vez mais pare-cidos na forma de atuar."

Na versão do senador doPSol, o lançamento de suacandidatura conseguiu ex-por o acordo feito na CPI doCachoeira pelos tucanoscom o líder do PMDB, sena-dor Renan Calheiros, paraderrotar o relatório final dodeputado Odair Cunha (PT-MG) e livrar o governadorMarconi Perillo (PSDB-GO)de qualquer indiciamento.

A fatura – A cobrança, naopinião de Randolfe, vemagora, com a eleição de Re-nan para comandar o Sena-do. "Está claro que estavaem curso um acordo entre oPT e o PSDB, fazendo doisextremos se unirem", afir-mou. "A nossa candidaturajá causou uma vítima, osgrandes partidos." Para oPSol, Dias foi omisso em re-lação a uma candidatura in-dependente. (Agências)

Propostas de candidatosnão agradam Executivo

Uma antiga reivindica-ção dos deputados, aobrigatoriedade de o

governo liberar os recursos daUnião por meio das emendasparlamentares, volta ao cen-tro de discussão na eleição pa-ra a presidência da Câmara.

A proposta incomoda o go-verno e consta do programade gestão do candidato oficialdo PMDB, Henrique EduardoAlves (RN), e da candidata Ro-se de Freitas (PMDB-ES), vice-presidente da Câmara.

Com o chamado orçamentoimpositivo para emendas par-lamentares, a presidente Dil-ma Rousseff não poderia maissegurar a liberação de dinhei-ro do Orçamento, quando setratasse das emendas indivi-duais aprovadas na lei. Os de-

putados e os senadores pode-riam destinar, cada um, R$ 15milhões para programas eobras de interesse dos prefei-tos ou dos governadores pormeio de emendas. Esses re-cursos, que somam R$ 8,91 bi-lhões, estão incluídos no valortotal de R$ 2,276 trilhões doOrçamento de 2013.

Além desse tema, que pro-voca constante atrito entregoverno e parlamentares, ofavorito Alves tem outras pro-postas que o colocam em con-fronto com o Executivo. Elequer mudar o pacto federati-vo, concedendo mais autono-mia para Estados e municí-pios, e permitir que os parla-mentares apresentem emen-das às medidas provisórias dogoverno. (Estadão Conteúdo)

Andre Dusek/Estadão Conteúdo – 13/12/2012

Rose de Freitas: candidata com sugestões que incomodam o governo.

Temer e Alckmin defendemo nome de Henrique Alves

Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

Ovice-presidente da Re-pública, Michel Temer(PMDB), defendeu on-

tem que a eleição do deputadofederal Henrique Eduardo Al-ves (PMDB-RN) para a presi-dência da Câmara, atende aoprincípio da proporcionalida-de. "Na Câmara, pelo princí-pio, a presidência cabe agoraao PMDB e, no Senado, como opartido tem a maior bancada,cabe a presidência", disse. Te-mer lembrou que "há um rodí-zio" entre o PT e o PMDB e ago-ra "é a vez" do seu partido.

Temer acompanhou Alvesem reunião de quase uma ho-ra com o governador de SãoP a u l o , G e r a l d o A l c k m i n(PSDB), no Palácio dos Bandei-rantes. Cinco secretários es-taduais e seis deputados doPSDB e do PMDB também par-ticiparam do encontro.

Alckmin afirmou que o apoioa Alves respeita a bandeira doPSDB de defender a proporcio-nalidade na composição daMesa da Câmara. Por essa ra-zão, o PSDB apoia uma candi-datura do PMDB. "Eu sempredefendo a proporcionalidadena mesa. Acho que a disputapolítica se faz no plenário, sefaz no voto e nas posições po-líticas", disse o governador.

À noite, Temer também par-ticipou de jantar a Eduardo Al-ves no qual eram esperados

Geraldo Alckmin recebe Michel Temer e Henrique Alves: apoio fechado.

50 políticos – a maior partecompõe a bancada paulista. Odeputado negou mais umavez seu envolvimento nas de-núncias de que emendas par-lamentares de sua autoria te-riam beneficiado o ex-asses-sor Aluizio Dutra de Almeida."São apenas questionamen-tos", afirmou antes do jantar.

Um dos presentes, o depu-tado federal Paulo Maluf (PP-SP) garantiu que não tinha ne-nhum constrangimento emapoiar Alves. "Não constrangeporque você vê que tem muitopadre acusado de pedofilia enem por isso eu deixo de sercatólico", afirmou. Maluf disseque acredita "plenamente nainocência de Henrique Alves."

Também o líder do PSDB na

Câmara, deputado BrunoAraújo (PE), defendeu o apoiode seu partido ao indicado pe-lo PMDB. Os tucanos tambémnão se sentem constrangidosem apoiar um candidato alvode denúncias. "A explicaçãode Alves não é ao PSDB, é à so-ciedade brasileira", afirmou.

No Rio – Henrique Alves,que também esteve no Rio deJaneiro, pediu aos parlamen-tares que analisassem osseus "11 mandatos e os 42anos como deputado" e nãoum "fato ou outro". No encon-tro, que teve a presença dogovernador Sérgio Cabral edo prefeito Eduardo Paes, am-bos do PMDB, ele falou para25 deputados de seis partidosdiferentes. (Agências)

sexta-feira, 18 de janeiro de 20136 DIÁRIO DO COMÉRCIO

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3ABERTURA DE LICITAÇÕESEncontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões:PREGÃO ELETRÔNICO 004/2013-SMS.G, processo 2012-0.137.312-0, destinadoao registro de preço para fornecimento de GUARDANAPO DE PAPEL, para aDivisão Técnica de Suprimentos, SMS-3/Grupo Técnico de Compras, GTC/ÁreaTécnica de Odontologia, do tipo menor preço unitário. A abertura/realização dasessão pública de pregão ocorrerá através do sítio www.comprasnet.gov.br,a partir das 11 horas do dia 29 de janeiro de 2013, a cargo da 1ª ComissãoPermanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.PREGÃO ELETRÔNICO 532/2012-SMS.G, processo 2012-0.291.001-3, destinadoao registro de preços para fornecimento de LIDOCAÍNA CLORIDRATO +NOREPINEFRINA, HEMITARTARATO SOL. INJETÁVEL 20 MG/ML + 0,02MG/ML (2% 1:100.000), PRILOCAÍNA CLORIDRATO + FELIPRESSINA SOL.INJETÁVEL 30 MG/ML (3%) + 0,03 UI/ML, para a Divisão Técnica de Suprimentos,SMS-3/Grupo Técnico de Compras, GTC/Área Técnica de Odontologia, do tipomenor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá atravésdo sítio www.comprasnet.gov.br, a partir das 9h30min do dia 31 de janeiro de2013, a cargo da 4ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipalda Saúde.RETIRADA DE EDITAISOs editais dos pregões acima poderão ser consultados e/ou obtidos nos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, www.comprasnet.gov.br, ou,no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3ºandar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento detaxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documentode Arrecadação do Município de São Paulo.DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICOOs documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresasinteressadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema,www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.

SECRETARIA DA SAÚDE

Nem todos os casos de passaporte diplomático são imorais; ilegítima é a falta de critério para sua concessão.Paulo Roberto Kramer, professor na UnB.política

PT aposta em redução das multasA participação na "vaquinha", para ajudar condenados no processo do Mensalão, é individual. É o que o governador Marcelo Déda, de Sergipe, promete fazer.

Ogovernador de Ser-gipe, Marcelo Dé-da, disse estar dis-posto a ajudar os di-

rigentes petistas condenadospelo Supremo Tribunal Fede-ral (STF) na Ação Penal 470, oprocesso do mensalão, a pa-gar as multas estabelecidaspelo tribunal. Para ele, é umaquestão de “generosidade” e“solidariedade”.

Questionado por jornalistasse iria ontem a um jantar emBrasília que a juventude do PTda capital federal organizoupara arrecadar fundos paraajudar no pagamento das mul-tas, ele negou, mas disse quesolidarizar-se com amigos nãosignifica apoiar eventuais er-ros comet i-dos por eles.Afirmou ain-da estar dis-posto a con-tribuir para opagamentodas multas domensalão, sefor procura-do. O preçodos convitesvariavam deR$ 100 a R$ 1mil.

A advoga-da Marília Gabriela de Faria foia única a protestar na porta dorestaurante contra a reunião.

So lida rie dade – "Eu sou deuma geração", afirmou Déda,"que aprendeu a valorizar a so-lidariedade. Solidarizar-se comum companheiro, com um ami-go, que eventualmente sofreuuma condenação criminal, nãosignifica nenhum tipo de ade-são a um possível erro que foicometido. É um dos aspectosmais belos da vida humana: sercapaz de solidarizar-se com umcompanheiro que não deixoude ser amigo porque eventual-mente foi condenado", disseDéda, em entrevista após en-contro com a presidenta DilmaRousseff no Palácio do Planaltona quarta-feira.

“Eu, se procurado, contri-buirei nos limites da minha so-lidariedade com aqueles quesão meus amigos. Forammeus companheiros de 20, 30anos e que eventualmente es-

tão condenados pelo STF”,acrescentou.

O governador chegou a citarum trecho da Bíblia para argu-mentar a favor da solidarieda-de e generosidade. “Há umtrecho em Mateus que precisaser lido com mais frequência.É aquele em que o evangelistadiz que Jesus relatara que no fi-nal dos tempos ele agradece-ria às pessoas que o visitaramquando estava doente, que fo-ram à prisão quando ele esta-va preso. Eles dirão: 'Mas eununca te vi na prisão, nunca tevi doente'. Ele disse: 'Aquelepreso a quem foste visitar,aquele doente a quem visitas-te era eu'. Isso, não precisa serreligioso para entender.”

Recurso – Opresidente doPT nacionalRu i Fa lcão ,em entrevistaao portal iG,defendeu aredução dovalor das mul-tas aplicadasa José Dirceu,José Genoino,Delúbio Soa-r e s e J o ã oPaulo Cunha."Os compa-

nheiros têm que ter amplo di-reito de defesa por meio de em-bargos infringentes e declara-tórios", disse. "Acredito na re-v i s ã o d a s p e n a s ,principalmente as pecuniá-rias."

As multas aplicadas aos pe-tistas condenados no julga-mento do mensalão somamquase R$ 2 milhões.

Segundo dirigentes do PT, ojantar em Brasília, é uma ini-ciativa isolada, e a direção na-cional do partido não deve to-mar atitudes formais para so-correr os condenados. "A par-t i r de agora , o que tem ésolidariedade pessoal", disseum dirigente.

A maior preocupação dopartido, agora, é com a possi-bilidade de que a execuçãodas penas dos condenadosocorra apenas no ano eleito-ral de 2014 e possam desgas-tar o partido e afetar candida-turas. (Agências)

Pedro Ladeira/Estadão Conteúdo

Militantes do PT de Brasília, reunidos num restaurante, para arrecadar ajuda para os condenados no Mensalão.Divulgação

Toni Reis: "Sevão dar atodos ospastoresevangélicos,nós tambémqueremos. Equeremos comos respectivoscônjuges,como eles."

Solidarizar-se comum amigo quesofreu condenaçãocriminal nãosignifica adesão aum possível errocometido

MAR CELO DÉDA

Lewandowski ganha notade solidariedade da USP

Oministro do SupremoTribunal Federal (STF)Ricardo Lewandowski

recebeu ontem um "voto desolidariedade" da Faculdadede Direito da Universidade deSão Paulo (USP) pela "dedica-ção, independência e impar-cialidade" que teria demons-trado na corte.

O voto foi aprovado pelaCongregação da faculdade,um colegiado que reúne re-presentantes dos alunos, dosprofessores e dos funcioná-rios e representa a instânciamáxima de decisões.

Lewandowski é professor ti-tular da faculdade e teve suaatuação no STF em evidênciano ano passado como revisorda ação penal do Mensalão, amaior já julgada pelo tribunal.

A atuação de Lewandowskidurante o julgamento do Su-premo chegou a ser conside-rada polêmica. Ele discordouem diversos pontos do voto dorelator, o ministro JoaquimBarbosa, com quem protago-nizou discussões sobre o mé-todo do julgamento e a sufi-ciência de provas para conde-nar os réus. ( Fo l h a p r e s s )

Agora, gays também querempassaportes diplomáticos.

Divulgação

R.R. Soares, um dos agraciados.

Primeiro, o Itamaraty con-cedeu passaportes di-plomáticos a seis líderes

religiosos de igrejas evangéli-cas. Agora, a Associação Bra-sileira de Lésbicas, Gays, Bis-sexuais, Travestis e Transe-xuais (ABGLT) quer os mes-mos direitos e enviou ofício aoministro Antonio Patriota (Re-lações Exteriores).

"Claro que a regra diz queesse passaporte é uma excep-cionalidade. Mas, se vão dar atodos os pastores evangéli-cos, nós também queremos. Equeremos com os respectivoscônjuges, assim como os bis-pos e pastores", explicita ToniReis, presidente da ABGLT.

Po l ê m i c a – A questão do pas-saporte diplomático está sen-do discutido em outros meios.O professor do Departamentode Ciência Política da Universi-dade de Brasília (UnB) PauloRoberto Kramer diz que o de-bate não deve levar à genera-lização dos casos, mas à libe-ração do documento a pes-soas que "de fato" represen-tem missões diplomáticas, enão interesse próprio.

"O assunto é polêmico, poisé difícil comprovar se aqueleque recebe o passaporte di-plomático cumprirá uma mis-

são diplomática ou irá ao exte-rior para negócios privados,recreio ou turismo. Isso deveser esclarecido", ressaltouKramer. Para ele, é fundamen-tal que as autoridades escla-reçam à "população e, portan-to, aos contribuintes", as ra-zões que levam algumas pes-soas a terem passaportediplomático. "Não diria que to-dos os casos são imorais, maso ilegítimo, ao meu ver, é a fal-ta de critério para a concessãodo documento."

Le is – As regras para a con-cessão do documento são de-finidas no Decreto 5.978, de4/12/2006. O Artigo 6º do de-creto relaciona as pessoas

que têm direito ao documen-to: presidente da República eseu vice, ex-presidentes, mi-nistros, governadores, diplo-matas, militares, parlamenta-res e magistrados de tribunaissuperiores. Mas o mesmo arti-go, no 3º parágrafo, permite aemissão do documento "àspessoas que, embora não re-lacionadas nos incisos do arti-go, devam portá-lo em funçãodo interesse do País".

Ag raci ados – De terça-feiraaté ontem, o Ministério das Re-lações Exteriores, Itamaraty,concedeu passaporte diplo-mático a seis líderes evangéli-cos. O argumento foi o "cará-ter de excepcionalidade".

Ontem, foram publicadas asportarias referentes à conces-são do documento para Romil-do Ribeiro Soares – o R.R. Soa-res, fundador da Igreja Inter-nacional da Graça de Deus esua mulher, Maria MagdalenaBezerra Soares; Samuel Cás-sio Ferreira e Keila CamposCosta, da Igreja EvangélicaAssembleia de Deus. No dia14, foram concedidos passa-portes diplomáticos para Val-demiro Santiago de Oliveira eFrancileia de Castro Gomes deOliveira, da Igreja Mundial doPoder de Deus. (Agências)

UNE terá Comissão da Verdade

AComissão da Verdadeda União Nacional dosEstudantes (UNE) pode-

rá se tornar mais uma parceirada Comissão Nacional da Ver-dade (CNV). Amanhã, a UNElança comissão própria para in-vestigar, apurar e esclarecercasos de morte e tortura de pelomenos 46 dirigentes da entida-de. O coordenador da CNV,Cláudio Fonteles, estará pre-sente no lançamento da comis-são da UNE para conhecer as di-retrizes do grupo.

Caso se torne parceira, o quefor apurado pela comissão daUNE poderá servir de subsídio Honestino Guimarães

para o relatório final da CNV,que deverá ser entregue atémaio de 2014, para que o Esta-do tome as providências cabí-veis para as punições.

"O silêncio é alimentado pe-lo tempo, tem sede da própriavelhice. Quanto mais demora,mais forte e poderoso se tor-na'', diz a UNE em nota. É paracombater esse tempo e poderque a instituição decidiu in-vestigar crimes cometidos du-rante a ditadura militar (1964-1985) contra os estudantes,como Honestino Guimarães,ex-presidente da UNE desapa-recido. (Agências)

Reprodução

Promotoriavai investigar

a Bonacci

OMinistério Públicodo Rio Grande doNorte anunciou

ontem que instaurou in-quérito para investigar ocontrato que a BonacciEngenharia fechou com aprefe i tura de CampoGrande (RN), a 265 quilô-metros de Natal, para aconstrução da praça daCriança. A empresa temcomo sócio Aluizio Dutrade Almeida, ex-assessordo deputado federal Hen-r ique Eduardo A lves(PMDB-RN), suspeito debeneficiar com emendasa empresa de Almeida.

Henrique Alves tam-bém é o favorito para apresidência da Câmarapara um mandato de doisanos. Ele também é acu-sado de ter destinado, em2009, R$ 200 mil de suasemendas parlamentarespara a construção da pra-ça. Por escrito, Alves pe-diu a liberação do dinhei-ro ao Ministério do Turis-mo. O convênio foi assi-nado e, no ano seguinte, aprefeitura usou o recursopara contratar a Bonacci.

Informações – Na porta-ria publicada ontem, apromotora Beatriz Aze-vedo de Oliveira pediuque a prefeitura entregueem dez dias os documen-tos do contrato e tambémrequisitou à Junta Comer-cial informações sobre aBonacci.

Denúncia da Folha de S.Paulo mostrou, no domin-go, que pelo menos trêsprefeituras do estado, àépoca governadas peloPMDB, contrataram a Bo-nacci para fazer obrascom recursos de emen-das propostas por Henri-que Alves. O jornal reve-lou que o DepartamentoNacional de Obras Contraa Seca (Dnocs), órgãocontrolado por Alves, fe-chou convênios no valorde R$ 1,2 milhão com pre-feituras que contratarama Bonacci. ( Fo l h a p r e s s )

Brizola tentatirar Lupi

do BNDES

Demitido em dezembrode 2011 do Ministériodo Trabalho e Emprego,

o presidente do PDT Carlos Lupiainda integra o Conselho de Ad-ministração do Banco Nacionaldo Desenvolvimento Econômi-co e Social (BNDES), em 2012,mas não compareceu a umaúnica reunião. No entanto, re-cebeu remuneração por "parti-cipação" até setembro. Os pa-gamentos, de R$ 6 mil men-sais, são trimestrais, o que ga-rantiu ao ex-ministro R$ 54 milpelos três primeiros trimestresdo ano passado.

Em entrevista à Folha de S.Pa u l o , nesta quinta-feira, o ex-ministro afirmou que, mesmodepois de demitido, continuoua participar de reuniões doconselho. O BNDES nega.

Ontem, o ministro do Traba-lho, Brizola Neto, iniciou novatentativa de tirar o cargo deseu antecessor e adversáriopolítico, sinalizando que faránova indicação para o cargo. Onome mais cotado é o de outropedetista, o ex-prefeito de Ma-ceió e ex-governador de Ala-goas Ronaldo Lessa.

Of ic ia lmente, o BNDESaguarda novo conselheiro pa-ra substituir Lupi. (Agências)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Se ele quiser comprar revista de quinta categoria com o vale, assim ou assado, pode.Marta Suplicy, ministra da Cultura.política

Dilma pede apoio aCampos para a

reeleição em 2014Presidente se aproxima do criador do PSB, de olho na reeleição em 2014.

Apresidente DilmaRousseff, em con-versa com o gover-nador de Pernam-

buco Eduardo Campos (PSB)disse que concorrerá à reelei-ção em 2014 e pediu apoio aoaliado socialista, disseramduas fontes do partido.

A conversa entre Dilma eCampos na noite de segunda-feira foi franca, e a presidentedisse ao governador que com-preende os movimentos dopartido aliado, o crescimentoeleitoral da legenda, mas queisso não interfere na relaçãocom o governo, segundo rela-to de um dirigente socialista,que pediu anonimato.

Depois de fazer esse preâm-bulo, Dilma disse ao aliado queconcorrerá à reeleição e gos-taria de continuar contandocom o apoio do PSB, presididopor Campos. Essa disposiçãode Dilma foi confirmada poroutro socialista, que tambémpediu para não ter seu nomerevelado e conversou comCampos depois do encontrocom a presidente.

Desde que chegou à Presi-dência, Dilma nunca assumiupublicamente que concorre-ria à reeleição. Mas o fato deafirmar que será candidata aum aliado que poderia ser seuadversário, ela demonstraque começou a montar sua es-tratégia de reeleição. Masdentro do PT sempre se man-teve a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula daSilva tentar voltar em 2014.

Ex-chefe de gabinete de Lu-la entre 2003 e 2010, o minis-tro da Secretaria-Geral da Pre-sidência, Gilberto Carvalho,chegou a afirmar que Lula es-tava no "banco de reservas" epoderia ser convocado.

Depois de ouvir de Dilmaseus planos, Campos lembroua longa parceira do PSB com oPT e afirmou que é legítimo oanseio de seu partido, diantedo crescimento eleitoral, devislumbrar a possibilidade deum projeto próprio de poder,segundo as fontes.

"Mas ele foi sincero e disse àpresidente que o partido conti-

nuará sendo fiel à aliança, queajudará o governo a enfrentaras dificuldades, mas que as-suntos sobre 2014 só deve-riam ser tratados em 2014",disse uma das fontes ouvidaspela agência Reuters.

Na saída do encontro no Pa-lácio do Planalto, Camposusou o mesmo discurso de dei-xar 2014 para 2014 ao serquestionado por jornalistas,esquivando-se de falar sobrequalquer compromisso dealiança para a reeleição.

O nome de Campos para adisputa presidencial ganhouforça após as eleições munici-pais em 2012, quando o PSBelegeu mais de 440 prefeitos echegou ao comando de cincocapitais. Desde então, a presi-dente já se reuniu pelo menosquatro vezes com o governa-

paço do PSB no governo petis-ta. A presidente vem manten-do reuniões mais regularescom o vice-presidente MichelTemer e com o presidente doSenado, José Sarney (PMDB-AP), um movimento que tam-bém pode indicar a articula-ção de Dilma para 2014.

Horas antes do encontrocom Campos, por exemplo,Dilma se reuniu com os doispeemedebistas. Temer teriainclusive incentivado a presi-dente a se manter próxima deCampos, segundo um inte-grante do PMDB que tambémpediu anonimato.

Esse mesmo peemedebistadisse, depois da conversa en-tre a presidente e o governa-dor de Pernambuco, que Dil-ma ainda não manifestou cla-ramente a Temer a decisão deconcorrer à reeleição, masque desde o ano passado, de-pois das eleições municipais,vem manifestando desejo deque em 2013 o governo come-ce a apresentar resultados epreencher sua vitrine semprede olho em 2014.

Nessas conversas, segundoesse peemedebista anônimo,Dilma não verbalizou que se-ria candidata.

A perspectiva de ter Eduar-do Campos como adversáriona disputa pela Presidênciaem 2014 já faz com que petis-tas pensem em um acordo noqual o PT abriria mão de enca-beçar a chapa em 2018, privi-legiando Campos.

"Acho que vamos ter que fa-zer uma negociação forte como PSB sobre as perspectivas dese manter dentro da (atual)aliança", disse um membro dacúpula do PT no ano passado,sob condição de anonimato.

Essa negociação, segundo afonte, envolveria o apoio do PTa Campos para a Presidênciaem 2018, quando a presidenteDilma Rousseff completariaseu segundo mandato – isso,se reeleita em 2014.

As fontes do PSB ouvidas pe-la Reuters, no entanto, nãodisseram se Dilma chegou afazer essa proposta a Camposdurante a reunião. (Reuters)

Alan Marques/Folhapress – 27/12/2012

Dilma recebeu Eduardo Campos no Palácio do Planalto. O encontro foi marcado por ela durante as férias.

Acho que vamos terque fazer umanegociação fortecom o PSB sobre asperspectivas de semanter dentro da[atual] aliança.

PE T I S TA ANÔNIMO

dor pernambucano. A conver-sa de segunda-feira foi agen-dada pela presidente, aindadurante suas férias na Bahia,período em que os dois tam-bém se encontraram.

Preferência do PMDB – Antesdo desempenho acima do es-perado nas eleições munici-pais, os socialistas articula-vam para que Campos conse-guisse ocupar o lugar de vicena chapa de Dilma em 2014, ti-rando o posto do PMDB. No en-tanto, essa articulação per-deu força depois do desempe-nho do PSB nas eleições muni-cipais e do fortalecimento daaliança entre PT e PMDB no pe-ríodo eleitoral.

Dentro da atual aliança, oPMDB continua sendo o par-ceiro preferencial do governo,limitando um aumento de es-

Marta: com Vale-Cultura, podecomprar "revista porcaria".

Aministra da CulturaMarta Suplicy afirmouontem que o usuário do

Vale-Cultura tem liberdadepara escolher o que vai com-prar com o valor do benefício.

Em dezembro, a presidenteDilma Rousseff sancionou leique concede R$ 50 por mês atrabalhadores contratadosem regime Consolidação dasLeis do Trabalho (CLT) que re-cebem até cinco salários míni-mos (R$ 3,39 mil, consideran-do salário a partir de 2013) pa-ra gastar em eventos ou pro-dutos culturais.

O dinheiro poderá ser gastona compra de ingressos parashow, cinema, teatro e tam-bém na aquisição de livros,DVDs e revistas.

"Se ele quiser comprar re-vista de quinta categoria, as-sim ou assado, pode. Vai po-der comprar o que quiser. O

bom disso é a liberdade do tra-balhador. Ele vai fazer o con-sumo como desejar", disseMarta, em entrevista ao pro-grama Bom Dia Ministro, daempresa estatal EBC.

A ministra disse "não sercensora" e afirmou que o "tra-balhador decide se quer com-

prar revista porcaria ou não".Só receberão o benefício os

empregados das empresasque aderirem ao projeto, e otrabalhador terá um descontode até 10% (R$ 5) do valor dovale. O funcionário pode optarpor não receber o valor. Cercade 17 milhões de pessoas es-tão aptas a receber o vale, deacordo com a ministra.

Segundo Marta, a lei será re-gulamentada assim: "Temosque apresentar uma regula-mentação até 26 de fevereiro,de uma forma bem genérica edepois fazer as portarias deta-lhadas aos poucos. O site doMinistério da Cultura está re-cebendo opiniões para aper-feiçoarmos o vale".

O governo vai desembolsarcerca de R$ 500 milhões nesteano em incentivos. A quantiapassará a ser recebida a partirde julho de 2013. (Agências)

Marta: liberdade para gastar.

Elza

Fiú

za/A

Br

Políticos na Lavagem do Bonfim

Oprefeito de Salvador,ACM Neto, participoupela primeira vez da

Lavagem do Bonfim como pre-feito da cidade. Outras autori-dades locais, como Nélson Pe-legrino (principal adversáriode Neto nas últimas eleições)e o vice-governador Otto Alen-car marcaram presença. Empolítica, o evento funciona co-mo uma espécie de termôme-tro de popularidade.

Após o culto interreligioso,que abriu os festejos, Neto se-guiu em cortejo rumo à ColinaSagrada. Durante a passa-gem, ele recebeu o carinhodos praticantes e foi reveren-ciado pelos f iéis. Neto foiacompanhado por políticoscomo Geddel Vieira Lima e opresidente do PMDB, LucioVieira Lima.

Ao lado da vice-prefeita Cé-lia Sacramento em vistoso

vestido de baiana, Neto, emtradicional vestimenta bran-ca, lembrou o tempo em ia àfesta com o avô, o senador An-tonio Carlos Magalhães, fa-zendo todo o trajeto: "Desdeque ele se foi, continuo a tradi-ção de vir aqui acompanhar ocortejo. Essa é uma das festasmais importantes da nossa ci-dade, que faz parte do calen-dário de festas e da cultura daBahia". (Agências)

ACM Neto e outros políticos testam sua popularidade em uma das festas mais tradicionais da Bahia

Juarez Matias/Ag.BAPress/Folhapress

sexta-feira, 18 de janeiro de 20138 DIÁRIO DO COMÉRCIO

VENEZUEL ANovo chanceler dizque Chávez está'no comando etoma decisões'

IRÃProcurador proíbeopositores de disputareleição presidencialem junhonternacional

França mexe no grandevespeiro chamado ÁfricaGrupos islamitas são o novo pesadelo de Hollande. Fora de controle, intervenções terminam em tragédia, como na Argélia.

Somália, Mali e agoraArgélia. Militantes is-lamitas na África seuniram contra a Fran-

ça, que se viu obrigada a agir. Areação dos rebeldes, porém, foiainda maior e levou a uma daspiores crises internacionais en-volvendo reféns nas últimasdécadas. Em uma ação unilate-ral, o Exército da Argélia atacouontem de surpresa o campo deexploração de gás em que mili-tantes islamitas mantinham 41estrangeiros reféns e um nú-mero de argelinos que poderiachegar a 600. A Argélia admitiuque a ação deixou "mortos e fe-ridos". O número de estrangei-ros mortos pode chegar a 34,segundo relatos. Entre os mili-tantes, as vítimas seriam 15.

A ação no campo de In Ame-nas, na fronteira entre Argélia eLíbia, resultou na morte de pelomenos sete reféns estrangei-ros, disse a Reuters, citando fon-tes no governo argelino.

Mas uma agência de notí-cias da Mauritânia, que diz tercontato com os terroristas, co-locou a cifra em 34 estrangei-ros mortos e afirmou aindaque 15 militantes morreram.

Entre os reféns havia norte-americanos, noruegueses,britânicos e japoneses, entreoutras nacionalidades.

Não havia confirmação de ar-gelinos mortos. Oficialmente, ogoverno da Argélia disse que aoperação de resgate foi con-cluída ontem. Mas fontes ofi-ciais revelaram que os militan-tes ainda mantêm reféns, dissea agência estatal APS.

Reação - A ação foi recebidacom críticas por governos depaíses com reféns no campo.

O Reino Unido reclamou denão ter sido avisado da opera-ção. "Os argelinos sabem quepreferíamos ter sido consulta-dos com antecedência", afir-mou o porta-voz do primeiroministro David Cameron.

O Japão criticou a Argélia,pedindo que a operação mili-tar fosse interrompida "ime-diatamente". Já os EUA disse-ram que pediriam "esclareci-mentos" ao governo.

Segundo um porta-voz dosmilitantes, entre os islamitasmortos pelo ataque está Abual Barra, líder da operação.

A crise foi iniciada quando osmilitantes do grupo Signatáriospor Sangue, ligado à Al-Qaeda,atacaram o campo de explora-ção de gás, na quarta-feira, di-zendo ser uma represália aoataque francês contra islamitasque controlam o norte do vizi-nho Mali. A Argélia teria viradoalvo porque autorizou o uso deseu espaço aéreo pela França.

De acordo com o governoargelino, o chefe do grupo éMokhtar Belmokhtar. Ele nãoparticipou da operação.

Apesar dos militantes teremameaçado atacar alvos naFrança, a crise dos reféns naArgélia levou o presidentefrancês, François Hollande, adefender a operação no Mali.

"O que está acontecendo naArgélia fornece mais evidên-cia de que minha decisão deintervir no Mali foi justificada",afirmou. (Agências)

O islamitaMokhtarBelmokhtar (àesq.), líder dossequestradoresna Argélia, setornou um dosmaioresinimigos deHollande.

Mais um resgate quenão terminou bem

Allex foi mantido em cativeiro pelos radicais por três anos

Ogrupo radical islâ-mico Al-Shabab, li-gado à Al-Qaeda,

afirmou ontem que ma-tou o agente do serviçosecreto francês Denis Al-lex, sequestrado pelo gru-po em 2009 na Somália. Amorte foi anunciada cincodias após uma operaçãofrustrada de resgate.

Em mensagem no Twit-ter, o grupo anunciou queele foi morto na quarta-feira passada, após maisde três anos de "exausti-vas negociações".

Os militantes extremis-tas afirmaram ainda quedecidiram matar Allex em

retaliação à operação nofinal de semana.

Mas a França acreditaque Allex foi mortona ope-ração de sábado passado eacusou os militantes demanipularem a mídia comas recentes declarações.

O Al-Shabab controla ocentro-sul somali, incluin-do a capital Mogadiscio.

Além dos reféns na Ar-gélia, a França possui oitocidadãos sequestradosna África, dos quais cincoestão no Níger, dois emMali e outro na Nigéria, e amaioria deles em mãos daAl-Qaeda no Magreb Islâ-mico. (Agências)

Maxppp/EPA/EFE - 12/01/13

Homs: tragédia sem fim.Por todos os lados: Damasco também é alvo de bombas do regime.

Grupos de oposição dis-se ram on tem quealiados do regime sí-

rio foram responsáveis porum massacre ocorrido na ci-dade de Homs, na regiãocentral da Síria, na última ter-ça-feira. Segundo os ativis-tas, o número de mortos naação varia entre 37 e 106, in-clundo mulheres e crianças.

Caso confirmada, a açãoaconteceu no mesmo dia emque 87 pessoas morreram emum atentado à Universidadede Alepo, no norte do país.

A estimativa mais alta sobreo massacre de Homs é do Ob-servatório Sírio de Direitos Hu-manos, sediado em Londres.Segundo ativistas, pelo me-nos 106 pessoas morreram no

bairro de Basatin al Hasamiyaapós um ataque de uma milí-cia armada vinculada ao pre-sidente Bashar al-Assad, co-nhecida como shabbiha.

Os Comitês de Coordena-ção Local, que estão dentroda Síria, também confirma-ram a ação, mas disseramque 37 civis foram mortos. Aorganização disse que o últi-mo levantamento foi feito naquarta-feira e que o númerode mortos pode ser maior.

Uma autoridade em Da-masco negou os relatos, ao di-zer que ninguém foi morto. "OExército protege os civis esuas propriedades", disse ooficial, acusando "terroristas"de usarem civis como "escu-dos humanos". (Agências)

Goran Tomasevic/Reuters

No Mali, é um por todos.

Após uma se-mana de in-t e r v e n ç ã o

mil i tar no Mal i , aFrança ainda não viusinais concretos derecuo dos rebeldesislamitas que con-trolam o norte dopaís. No entanto, ogoverno de FrançoisHollande garanteque sua operação épositiva. "Sem a ação fran-cesa, não haveria mais o Ma-li", disse ontem o chancelerda França, Laurent Fabius,citando colegas europeus.

Fabius salientou ontem emBruxelas que, embora a Fran-ça tenha sido "precursora" naintervenção no Mali, a neces-sidade que outros Estados seunam de alguma maneira àoperação está justificada pe-lo fato de que "todos os paí-ses europeus se veem afeta-

dos pelo terrorismo".Por causa da atuação iso-

lada, o governo da Françavem recebendo crít icasdentro do próprio pais.

O respaldo ocorreu duran-te a reunião em Bruxelas dos27 países-membros da UniãoEuropeia, que entraram emacordo para acelerar o enviode tropas do bloco para trei-nar o Exército do Mali.

A solidariedade europeiase resume ao plano político e

logístico: cerca de500 soldados serãoenviados à regiãoaté fevereiro.

Neste momento,o Exército local só écapaz de garantir asegurança no sul doMali, onde fica a ca-pital Bamako.

Cerco - Ontem,soldados francesescercaram a cidade

de Diabaly, no Mali, manten-do presos rebeldes que a to-maram quatro dias atrás.

Os franceses hesitaramlançar um ataque total à cida-de, já que os militantes liga-dos à Al-Qaeda haviam se re-fugiado nas casas de civis.

As forças francesas agorasomam cerca de 1.400 sol-dados, disse o ministro daDefesa, Jean-Yves Le Drian,e esse número deve subirpara 2.500. (Agências)

Malinenses acenam para blindados franceses

Joe Penney/Reuters

Ian Langsdon/EFE Divulgação/EFE

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

BIU Participações S.A.CNPJ no 08.845.753/0001-00- NIRE 35.300.341.988Ata Sumária da Assembleia Geral Extraordinária

realizada em 20.11.2012Data, Hora e Local: Em 20 de novembro de 2012, às 18h, na sede social, Cidade de Deus, PrédioPrata, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900. Mesa: Presidente: Domingos Figueiredode Abreu; Secretário: Luiz Fernando Peres. Quórum de Instalação: Totalidade do Capital Social.Presença Legal: Representantes dos Acionistas da Sociedade e da Probus Prime SoluçõesContábeis e Empresariais Ltda., empresa avaliadora. Edital de Convocação: Dispensada apublicação, de conformidade com o disposto no § 4o do Art. 124 da Lei no 6.404/76. Deliberações:aprovadas as propostas da Diretoria da Sociedade, registradas na Reunião daquele Órgão, de19.11.2012, para: a) Cisão de Parcela do Patrimônio da Sociedade para a acionista EmbaúbaHoldings Ltda., visando a promover a reorganização societária com o objetivo de extinguir o negócioconjunto entre a Organização Bradesco e o Grupo Itaú Unibanco em relação a participação naSerasa S.A. detida pela Sociedade, com a transferência de ativos da referida parcela para amencionada acionista; b) alteração da redação do Artigo Nono do Estatuto Social, relativamente àforma de representação da Sociedade, o qual passa a ter a seguinte redação: “Artigo Nono - Arepresentação da Companhia em juízo ou fora dele, assim como a prática de todos os atos referidosno Artigo Oitavo competem a: (i) 2 (dois) Diretores em conjunto; (ii) 1 (um) Diretor em conjunto com1 (um) procurador; ou (iii) 1 (um) procurador, na forma indicada nos respectivos instrumentos demandato.”; Tendo em vista a aprovação da proposta para Cisão Parcial com Versão de Parcela doPatrimônio em Sociedade Existente: I) ratificar a nomeação da Probus Prime Soluções Contábeis eEmpresariais Ltda., sociedade simples estabelecida na Avenida dos Autonomistas, no 3.191, 4o

andar, Centro, Osasco, SP, registrada no Conselho Regional de Contabilidade no Estado de SãoPaulo sob o no 2SP 025800/O-5 e inscrita no CNPJ no 11.091.208/0001-80, como responsável pelaavaliação do Patrimônio Líquido da Sociedade; II) aprovar o “Instrumento de Protocolo eJustificação de Cisão Parcial com Versão de Parcela do Patrimônio em Sociedade Existente”,firmado pelas Sociedades em 19.11.2012, bem como o Laudo de Avaliação e seu anexo, tanto naforma como no teor em que foram redigidos, especialmente quanto aos números neles contidos,cuja transcrição foi dispensada, o qual, rubricado pelos componentes da Mesa, será levado aregistro na Junta Comercial do Estado de São Paulo, ficando arquivado na Sociedade, nos termosda alínea “a” do Parágrafo Primeiro do Artigo 130 da Lei no 6.404/76. III) alterar o “caput” do ArtigoQuinto do Estatuto Social, para refletir a redução do seu capital social, passando esse deR$73.998.672,67 para R$48.953.954,95, mediante o cancelamento de 312.342 ações ordinárias,nominativas, sem valor nominal, de titularidade da Embaúba Holdings Ltda., reduzindo-se de922.865 ações para 610.523 ações, passando o referido “caput” a assim se redigir: “O capitalsocial é de R$48.953.954,95 (quarenta e oito milhões, novecentos e cinquenta e três mil,novecentos e cinquenta e quatro reais e noventa e cinco centavos), representado por 610.523(seiscentas e dez mil, quinhentas e vinte e três) ações, sendo todas ordinárias, nominativas, semvalor nominal.”; IV) autorizar: a) que a administração da Sociedade pratique todos os atos e firmetodos os documentos necessários à implementação e formalização das deliberações ora aprovadas,conforme previsto na legislação em vigor; b) a alienação da totalidade das ações detidas pelaSociedade de emissão da Serasa S.A., conforme determina o Parágrafo Segundo do Artigo Décimodo Estatuto Social; V) aprovar a consolidação do Estatuto Social da Sociedade contemplando asalterações ora aprovadas, na forma rubricada pelos acionistas, o qual passa a fazer parte integranteda presente ata; VI) registrar o pedido de renúncia ao cargo de Diretor da Sociedade, formuladopelo senhor Luiz Fernando Peres, em carta desta data (20.11.2012), cuja transcrição foidispensada, a qual ficará arquivada na sede da Sociedade, para todos os fins de direito,consignando-se, nesta oportunidade, agradecimentos pelos serviços prestados durante sua gestão.Em consequência, a Diretoria da Sociedade fica assim composta: Diretores: Sérgio Ribeiro daCosta Werlang, brasileiro, casado, engenheiro, RG 04.590.754-0/IFP-RJ, CPF 506.666.577-34,com domicílio na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100, CEIC - Centro Empresarial Itaúsa,Torre Olavo Setubal, Piso Itaú Unibanco, São Paulo, SP; e Caio Ibrahim David, brasileiro, casado,engenheiro, RG 12.470.390-2/SSP-SP, CPF 101.398.578-85, com domicílio na Praça AlfredoEgydio Aranha, 100, Torre Eudoro Villela, Piso Zero, São Paulo, SP. Quórum das Deliberações:Unanimidade de votos. Documentos Arquivados: arquivada na sede e autenticada pela Mesa daAssembleia a Proposta da Diretoria. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhorPresidente esclareceu que para as deliberações tomadas o Conselho Fiscal da Companhia não foiouvido por não se encontrar instalado no período e como ninguém se manifestou, foi a Ata lavradano livro próprio e lida, sendo aprovada por todos e assinada. (aa) Presidente: Domingos Figueiredode Abreu; Secretário: Luiz Fernando Peres; Acionistas: Embaúba Holdings Ltda., representada porseu Diretor, senhor Domingos Figueiredo de Abreu; Itaú Unibanco S.A., representado por seusDiretores, senhores Sérgio Ribeiro da Costa Werlang e Caio Ibrahim David; e Dibens Leasing S.A.- Arrendamento Mercantil, representado por seus Diretores, senhores Luís Otávio Matias e MarcosVanderlei Belini Ferreira; Empresa Avaliadora: Probus Prime Soluções Contábeis e EmpresariaisLtda., representada pelo senhor Sidney Pires de Oliveira. Declaração: Declaro para os devidos finsque a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, asassinaturas nele apostas. a) Luiz Fernando Peres – Secretário. Certidão - Secretaria deDesenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - Junta Comercial do Estado de São Paulo -Certifico o registro sob número 19.109/13-1, em 10.1.2013. a) Gisela Simiema Ceschin - SecretáriaGeral. “Anexo da Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 20.11.2012. - BIUPARTICIPAÇÕES S.A. - ESTATUTO SOCIAL - CAPÍTULO I - Da Denominação, Sede, Objeto eDuração - ARTIGO PRIMEIRO - A BIU PARTICIPAÇÕES S.A. é uma sociedade anônima que rege-se por este Estatuto Social e pelas demais disposições legais que lhe forem aplicáveis. ARTIGOSEGUNDO - A Sociedade tem sede na Cidade de Deus, Prédio Prata, 4o andar, Vila Yara, noMunicípio de Osasco, Estado de São Paulo, CEP 06029-900, e foro no mesmo Município. ARTIGOTERCEIRO - A Companhia tem por objeto social específico a participação acionária na SerasaS.A., sociedade inscrita no CNPJ/MF sob nº 62.173.620/0001-80, não podendo participar, comosócia ou acionista, de quaisquer outras sociedades. ARTIGO QUARTO - A Sociedade terá prazoindeterminado de duração. CAPÍTULO II - Do Capital - ARTIGO QUINTO - O capital social é deR$48.953.954,95 (quarenta e oito milhões, novecentos e cinquenta e três mil, novecentos ecinquenta e quatro reais e noventa e cinco centavos), representado por 610.523 (seiscentas e dezmil, quinhentas e vinte e três) ações, sendo todas ordinárias, nominativas, sem valor nominal.Parágrafo Primeiro - Cada ação corresponde a um voto nas deliberações sociais. ParágrafoSegundo - As ações provenientes de aumento de capital serão distribuídas entre os acionistas, naforma da lei, no prazo que for fixado pela Assembléia que deliberar sobre o aumento de capital.CAPÍTULO III - Da Assembléia Geral - ARTIGO SEXTO - A Assembléia Geral reunir-se-á,ordinariamente, nos 4 (quatro) primeiros meses após o encerramento do exercício social, e,extraordinariamente, sempre que os interesses sociais o exigirem. Parágrafo Primeiro - AAssembléia Geral será presidida por acionista escolhido entre os presentes, que convidará osecretário dos trabalhos. Parágrafo Segundo - As deliberações das Assembléias Gerais Ordináriase Extraordinárias, ressalvadas as exceções previstas em lei e em acordo de acionistas arquivado nasede social, sem prejuízo do disposto neste Estatuto Social, serão tomadas por maioria absoluta devoto, não computando os votos em branco. CAPÍTULO IV - Da Administração - ARTIGO SÉTIMO -A administração da Companhia será exercida por uma diretoria, composta por 3 (três) membros,todos com a designação de diretores, podendo ser acionistas ou não, residentes no país, eleitospela Assembléia Geral para um mandato de 2 (dois) anos, permitida a reeleição. Vencido omandato, os diretores continuarão no exercício de seus cargos, até a posse dos novos eleitos.Parágrafo Primeiro - Os diretores ficam dispensados de prestar caução e seus honorários serãofixados pela Assembléia Geral que os eleger. Parágrafo Segundo - A investidura dos diretores noscargos far-se-á por termo lavrado no livro próprio. ARTIGO OITAVO - A Diretoria é o órgãoexecutivo da Companhia, cabendo-lhe assegurar o funcionamento regular desta, tendo poderespara praticar todos e quaisquer atos relativos aos fins sociais, exceto aqueles que por Lei, poracordo de acionistas arquivado na sede social, ou pelo presente Estatuto Social dependam deprévia aprovação da Assembléia Geral. ARTIGO NONO - A representação da Companhia em juízoou fora dele, assim como a prática de todos os atos referidos no Artigo Oitavo competem a: (i) 2(dois) Diretores em conjunto; (ii) 1 (um) Diretor em conjunto com 1 (um) procurador; ou (iii) 1 (um)procurador, na forma indicada nos respectivos instrumentos de mandato. Parágrafo Primeiro - Nahipótese de representação nos termos do Artigo Nono (i) acima, o Diretor que não praticou o atodeve ser imediatamente comunicado pelos demais Diretores. Parágrafo Segundo - Na hipótese derepresentação nos termos do Artigo Nono (ii) acima, o procurador deverá ser nomeado por pelomenos 1 (um) dos Diretores que não praticarão o ato conjuntamente com ele e o Diretor que nãohouver participado do ato deverá ser imediatamente comunicado. Parágrafo Terceiro - Quando oato for praticado sem a participação de qualquer dos Diretores, diretamente ou por meio de umprocurador por ele indicado em conjunto com outro Diretor, tal Diretor deverá ser imediatamentecomunicado após a prática do ato. ARTIGO DÉCIMO - A nomeação de procurador(es) dar-se-ápela assinatura de 2 (dois) diretores em conjunto, devendo os instrumentos de mandatoespecificarem os poderes conferidos aos mandatários e serem outorgados com prazo de validadenão superior a um ano, exceto em relação às procurações “ad judicia”, as quais poderão seroutorgadas por prazo indeterminado. Parágrafo Primeiro - É vedada a prestação de avais, fiançase outras garantias em favor de terceiros. Parágrafo Segundo - Será vedada à administração daCompanhia a alienação de qualquer ação de emissão da Serasa S.A. detida pela Companhia, sem aprévia e expressa aprovação da totalidade dos Acionistas. Parágrafo Terceiro - É expressamentevedado e será nulo de pleno direito o ato praticado por qualquer administrador, procurador oufuncionário da Companhia que a envolva em obrigações relativas a negócios e operações estranhosao objeto social, sem prejuízo da responsabilidade civil ou criminal, se for o caso, a que estarásujeito o infrator deste dispositivo. CAPÍTULO V - Conselho Fiscal - ARTIGO DÉCIMO PRIMEIRO- A companhia terá um Conselho Fiscal, de funcionamento não permanente que, quando instalado,deverá ser composto de 3 (três) membros efetivos e igual número de suplentes, acionistas ou não.Parágrafo Único - Os membros do Conselho Fiscal serão eleitos pela Assembléia Geral Ordináriapara um mandato de 1 (um) ano, permitida a reeleição. CAPÍTULO VI - Disposições Gerais -ARTIGO DÉCIMO SEGUNDO - O exercício social da companhia coincide com o ano civil,encerrando-se em 31 de dezembro de cada ano. Quando do encerramento do exercício social, acompanhia preparará um balanço patrimonial e as demais demonstrações financeiras exigidas porLei. ARTIGO DÉCIMO TERCEIRO - Os lucros apurados em cada exercício terão o destino que aAssembléia Geral lhes der, conforme recomendação da diretoria, depois de ouvido o ConselhoFiscal, quando em funcionamento, e depois de feitas as deduções determinadas em Lei. ARTIGODÉCIMO QUARTO - Nos termos do artigo 204 da Lei nº 6.404/76, (i) a Diretoria poderá levantarbalanço semestral e, com base em tais balanços, os acionistas poderão declarar dividendos à contade lucro apurada nesse balanço; e (ii) os acionistas poderão declarar dividendos intermediários àconta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes, com base no último balanço anualou semestral. ARTIGO DÉCIMO QUINTO - A companhia distribuirá, como dividendo obrigatório emcada exercício social, o percentual mínimo previsto e ajustado nos termos da legislação aplicável.ARTIGO DÉCIMO SEXTO - A Assembléia Geral poderá aprovar o pagamento ou crédito de jurosaos acionistas, a título de remuneração do capital próprio destes, observada a legislação aplicável.As eventuais importâncias assim desembolsadas podem ser imputadas ao valor do dividendoobrigatório previsto neste Estatuto Social. Parágrafo Único - Em caso de crédito de juros aosacionistas no decorrer do exercício social e sua atribuição ao valor do dividendo obrigatório, osacionistas devem ser compensados com os dividendos a que têm direito, sendo-lhes assegurado opagamento de eventual saldo remanescente. Na hipótese de o valor dos dividendos ser inferior aoque lhes tenha sido creditado, a companhia não pode cobrar dos acionistas o saldo excedente.ARTIGO DÉCIMO SÉTIMO - A companhia entrará em liquidação nos casos previstos em lei ou pordeliberação da Assembléia Geral, com o quorum de acionistas representando a totalidade do capitalsocial, a qual determinará a forma de sua liquidação, elegerá os liquidantes e fixará a suaremuneração. ARTIGO DÉCIMO OITAVO - Qualquer ação entre os acionistas ou deles contra aCompanhia, baseada neste estatuto social, será proposta no foro da Comarca de São Paulo, Estadode São Paulo. ARTIGO DÉCIMO NONO - A companhia deve observar os acordos de acionistasarquivados em sua sede, se houver, sendo vedado o registro de transferência de ações e o cômputode votos proferidos em Assembléia Geral contrários aos seus termos. ARTIGO VIGÉSIMO - Oscasos omissos ou duvidosos deste Estatuto Social serão resolvidos pela Assembléia Geral, a elesaplicando-se as disposições legais vigentes. Declaramos que a presente é cópia fiel do EstatutoSocial desta Empresa, contendo a deliberação aprovada na AGE de 20.11.2012. BIU ParticipaçõesS.A. aa) Caio Ibrahim David e Luiz Fernando Peres.”.

COMÉRCIO PAULISTANOObra de João Castanho Dias

conta um pouco da evolução docomércio paulistano através doconsumo do trigo. Em O GrãoRei, leitor ficará sabendo, porexemplo, como os imigrantesportugueses começaram no

ramo de padarias.

cidades

Livro revela uma cidade movida a trigoEscritor mostra a importância do grão dourado para a história do comércio e da indústria paulista. Das 63 mil padarias brasileiras, 13 mil ficam no Estado de São Paulo.

Boa parte da históriado comércio paulis-tano passa pelo tri-go. E isso não é ne-

nhum exagero. Basta lembrarque, das 1,5 milhão de pizzasconsumidas diariamente noBrasil, os paulistanos devo-ram 800 mil, ou 53% do consu-mo nacional.

Das 63 mil padarias brasi-leiras, 13 mil ficam em terraspaulistas, na Capital e no in-terior. "Embora o Estado deSão Paulo não seja um gran-de produtor de trigo, é neleque se concentra o maiormercado consumidor de de-rivados do grão do País", ex-plica o jornalista e escritorJoão Castanho Dias, que aca-ba de lançar O Grão Rei ( E d i t o-ra Barleus, 164 páginas).

O livro, que conta a história ea importância do trigo no Bra-sil, acaba sendo um deliciosopasseio pela história do co-mércio e da indústria de SãoPaulo. Pouca gente sabe, porexemplo, como os portugue-ses entraram no ramo das pa-darias e tornaram-se referên-cia quando o assunto é pão.

Laticínios – Os primeiros pa-deiros portugueses, explicaCastanho, surgiram na déca-da de 1920 e eram funcioná-rios dos laticínios que abaste-ciam a cidade de São Paulo.Todos os dias, eles entrega-vam o leite, que vinha de tremdo Vale do Paraíba, nos domi-cílios paulistanos.

"Por que não aproveitar afreguesia vendendo não ape-nas le i te , mas também opão?", explica o autor, em en-trevista ao Diário do Comércio."E lá foram os portuguesesmontar padarias em São Pau-lo criando uma tradição quese mantém até hoje. Em resu-mo, por causa do leite os por-tugueses viraram padeiros",conta o escritor.

Em menor número, os italia-nos também descobriram umnovo filão e passaram a fabri-car por aqui o famoso pão ita-liano. Primeiro para a comuni-dade italiana, depois para to-da a população.

Basilicata – Alguns estabele-cimentos resistem até hoje,como a padaria Basilicata, nobairro do Bixiga. Ela foi funda-da pelo italiano Domenico An-tonio Laurenti, que já possuíaalguma experiência em pani-ficação vendendo pão nasruas da capital paulista.

Em 1934, ele aposentou acarroça e abriu a Basilicata,que em pouco tempo se tor-naria uma das padarias italia-nas mais tradicionais da cida-de. Hoje, o negócio é conduzi-do por seus descendentes,que preservam as tradições(e receitas) herdadas do fun-dador, que morreu em 1997,aos 93 anos.

Nos tempos bicudos da Se-gunda Guerra Mundial, as difi-culdades para a importaçãodo trigo acabaram se refletin-do na produção de pão. Todosos dias, longas filas se forma-vam nas padarias e empóriosatrás de gêneros de primeiranecessidade.

Para tentar contornar a si-tuação, foi criado o "pão deguerra", que substituía a fari-nha de trigo pela de milho. Aaceitação, porém, foi muitobaixa, pois as pessoas alega-vam que a textura da farinhade milho dava ao alimento umgosto parecido com areia. A si-tuação só foi normalizadaapós o conflito e o aumento daprodução agrícola brasileira,nas décadas seguintes.

No livro, Castanho, espe-cialista em temas agrope-cuários, conta toda a trajetó-ria do trigo no Brasil, lem-brando que os pr imei ros

grãos chegaram a São Vicen-te nas naus de Martim Afonsode Sousa, no século 16. Ven-cidas as dificuldades de ma-nejo nos séculos seguintes, otrigo caiu no gosto da popula-ção e entrou definitivamenteno cardápio brasileiro.

Moinhos– E se para ter pão énecessário farinha, para terfarinha é preciso haver ummoinho. Na época em que São

Paulo era uma cidade indus-trial havia vários deles, como odas Indústrias Reunidas Fran-cisco Matarazzo (IRFM).

O tempo passou, mas ospaulistas ainda mantêm a li-derança no processamento dotrigo. "Atualmente quatro dosmaiores moinhos de trigo doPaís, Ocrim, Anaconda, Bungee Pacífico, estão localizadosem São Paulo", diz Castanho.

À esq., Padaria Alemã, em Santo Amaro, em 1900. Bairro éconhecido pela colônia germânica. Acima, fila para o pão nadécada de 1940, em Barretos (SP). À dir., o livro O Grão Rei.

Marcus Lopes

Acima, a padariaitaliana Basilicata,

no bairro doBixiga, fundada

em 1934 e quefunciona até

hoje (ao lado).

Logotipodo MoinhoMatarazzo,quefuncionavana capitalpaulista.

Ó RBITA

PIRANHASPiranhas atacambanhistas no rio

Negro, em Manaus.Praias serãomonitoradas.

SÓ EM ABRIL PM ASSASSINADO

CATA-BAGULHOAs subprefeituras

da cidade vãorealizar amanhã

operação"Cata-Bagulho" .

Ogovernador Geraldo Al-ckmin disse ontem que

as tarifas do metrô e daCPTM podem não ser reajus-tadas neste trimestre. O au-mento só deverá ocorrer apartir de abril. Historica-mente , o preço dessestransportes sobe em feve-reiro. O pedido para que astarifas não subam agoraveio do ministro da Fazen-da, Guido Mantega. A inten-ção do é reduzir impactos daalta das tarifas na inflação.(Estadão Conteúdo)

Um sargento reformado daPolícia Militar foi morto a

tiros no início da tarde de on-tem no Itaim Bibi, bairro da zo-na sul de São Paulo. Segundo aPM, a vítima foi morta apósdeixar uma agência bancária -crime conhecido popular-mente como "saidinha" debanco. Ninguém foi preso. APM informou que o sargentofoi abordado quando saía dobanco por volta das 12h, narua Ministro Jesuíno Cardoso.Ele reagiu, lutou com o suspei-to e foi baleado. (Fo l h a p r e s s )

CHUVA PROVOCA MAIS UM DESABAMENTO

Uma faixa da Rua ManuelPereira da Silva (foto),

continuação da avenida doEstado, sentido Centro, des-moronou por volta das 20h daquarta-feira. A via já passavapor intervenções da CET.Com as chuvas, o asfalto ce-

deu ainda mais. Três das qua-tro faixas da rua estão interdi-tadas. Ninguém se feriu como desmoronamento. Comoduas faixas da via já estavaminterditadas, o trânsito ficouainda mais complicado com oincidente. (Estadão Conteúdo)

Fotos: Reprodução

Alessandro Valle/ABCDigipress/Estadão Conteúdo

Ilustração de Debret mostra uma típica padaria carioca no século 18

Newton Santos/Hype - 17/08/2010

sexta-feira, 18 de janeiro de 201310 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

U FC

Após boato, evento é confirmado.

D IVERSÃO

Panquecas hollywoodianasNathan Shields tem

transformado panquecas em artee feito a diversão de seus filhos.

Vira e mexe ele homenageiapersonagens de filmes. Esta

semana o tema foi O Hobbit: UmaJornada Inesperada.

D ISTRITO FEDERAL

Brasileira tenta trazerfilhos da Nigéria

Uma cabeleireira deRecanto das Emas, no entornodo Distrito Federal, buscouajuda da Polícia Civil há cercade um ano para trazer os filhosde volta ao Brasil. Eles foramlevados para a Nigéria noinício de 2011 pelo entãomarido de Cíntia Cristina deSouza, o nigeriano CollinsObinna James, 45.

A polícia concluiu agora ainvestigação sobre o caso evai encaminhar o inquéritopara a Justiça Federal. James,que está foragido, é autor degolpes financeiros contramulheres e gays em SãoPaulo e Minas Gerais.

F UTEBOL

São Paulo apresentacamisa para 2013

O São Paulo apresentouontem sua camisa para atemporada 2013 com umaestrela na manga. Ahomenagem é alusiva aos20 anos da conquista doMundial Interclubes de 1993,no Japão, quando o timetricolor venceu o Milan por3 a 2. A decisão foi conjuntacom a Penalty, que assumea confecção dos uniformessão-paulinos e também eraa fornecedora de materialesportivo na época daconquista do título. O acordocom a empresa foi fechadoem R$ 35 milhões por ano derenda para o clube.

A MAZON

Quiosque venderáe - re a d e r Kindle

Com a chegada de doismodelos de e -reader daKobo, via Livraria Cultura, aAmazon não perdeu tempo.A empresa anunciou ainstalação de quiosques deseu leitor, o Kindle, emquatro shoppings: Morumbie Iguatemi, em São Paulo, eBarra e Leblon, no Rio. Aversão disponível no Brasil éa mais simples: R$ 299.

G OOGLE EM LONDRES

Nova sede vai valerum bilhão de libras

O Google estáconstruindo uma novasede britânica que podevaler até 1 bilhão de libras(US$ 1,6 bilhão) quandoconcluída. A gigante dainternet comprou umterreno no projeto de KingsCross Central, um dosmaiores programas derevitalização de Londres,onde vai construir umescritório de 1 milhãode metros quadrados,disseram osdesenvolvedores depropriedade por trás doprojeto ontem.

E STRADAS PAULISTAS

Novas opções de pedágioApós quatro meses de

atraso, começará afuncionar um novoserviço de pedágio

eletrônico nas rodovias paulis-tas. Hoje, só uma operadora – aSem Parar – oferece a opção deos motoristas passarem direta-mente pelas praças de cobran-ça. A primeira concorrente seráa Auto Expresso, a partir do dia28. Em 4 de março, a ConectCartambém estará à disposição.

Com o aumento da oferta, aexpectativa do governo é di-minuir o preço do serviço e fa-cilitar promoções para atrairconsumidores com mais pla-nos pré e pós-pagos. Todas as142 praças de pedágio das es-tradas estaduais terão as no-vas operadoras. Serão benefi-ciados usuários de vias comoAnchieta, Imigrantes, Anhan-guera, Bandeirantes, AyrtonSenna e Castelo Branco.

Nas rodovias federais quecortam o Estado, como Dutrae Fernão Dias, a DBTrans, res-ponsável pelo serviço AutoExpresso, e a ConectCar ain-da terão de negociar com asconcessionárias a adoção dosnovos serviços. Veículos comtag (dispositivo que registra acobrança) da Auto Expresso eda ConectCar usarão as mes-mas faixas destinadas hoje aoSem Parar. (Agências)

Mauro Akin Nassor/Estadão Conteúdo

FÉ - Milhares de baianos e turistas participaram ontem da tradicional Lavagem do Bonfim em Salvador.Antes das 9h, uma multidão já estava reunida à frente da Igreja da Conceição da Praia fazendo orações epedidos. Depois, participaram da caminhada até a Colina Sagrada, no bairro do Bonfim.

A TÉ LOGO

Mais de 90% dos paulistanos acham pouco seguro viver na capital

Emissão de passaporte é normalizada após pane em sistema da PF

Mulher de 33 anos é morta ao reagir a assalto na zona sul de São Paulo

O Ministério Público doEstado de São Paulo emitiucomunicado anunciando uminquérito para investigarpossíveis irregularidades nopatrocínio da prefeitura dacapital ao evento do UFCamanhã. Por conta disso,surgiram até rumores de que oshow no Ginásio do Ibirapuerapudesse ser cancelado,hipótese refutada pelo diretorde assuntos internacionais daorganização, MarshallZelaznik, ontem à tarde.

O diretor fez a declaraçãodurante a coletiva deimprensa oficial do UFC SP.

Mas quem roubou a atenção equase antecipou o evento deamanhã à noite na zona sulforam Vitor Belfort, MichaelBisping, Daniel Sarafian e CBDollaway. Os lutadoresreservaram fortes emoçõespara os fãs de MMA quandoforam para a encarada oficial.

Sobrou provocação paratodos os lados. O clima ficoutenso quando o brasileiroDaniel Sarafian e CB Dollaway,que lutam no coeventoprincipal, tocaram os rostos,com olhares ameaçadores eum sorriso sarcástico porparte do americano.

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Concurso 3097 da QUINA

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www.dcomercio.com.br

História sempé ou cabeça

Uma história bizarra tomou asmanchetes de esporte dos EUA.O principal envolvido é MantiTe'o, jogador de futebolamericano apontado como umadas maiores promessas doesporte. Ele passou por umdrama familiar em setembro:sua avó e sua namorada teriammorrido no mesmo dia, em meioa uma sequência de vitórias deseu time. O problema é que asuposta namorada do atletanunca existiu, descobriu o siteDeadspin após investigação.Te'o, no entanto, jura de pé juntoque a moça era de carne e osso.

Bala que não mata, mas engorda.O kit para fazer projéteis de

chocolate custa US$ 15. Vemcom forma para produção de10 balas de cada vez. Deve

virar sucesso entre as criançasque estão entediadas em casa.Não é politicamente correto,

pelo menos nos EstadosUnidos, mas é 100% seguro.http://thegadgetflow.com/por tfolio/

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Um tiro na audiçãoEste revólver, apesar de

não funcionar como umaarma, é capaz de fazer um

baita de um estrago nos seusouvidos. O barulho emitidopor ele é equivalente a um

trem em movimentopassando pertinho de você.http://designyoutr ust.com/2013/01/

deaf-leopard-gun

Luiz Fernando Menezes/Estadão Conteúdo

Daniel Sarafian e CB Dollaway se encaram durante coletiva ontem

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

E N E RG I AChuvas recuperamo nível dosreservatórios do Sule Sudeste do País

SOJAA safra brasileira de2012/13 deve serde 84 milhõesde toneladaseconomia

Sérgio Approbato Machado Júnior assume a presidênciado Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis doEstado de São Paulo (Sescon-SP) com a certeza de que oprofissional é hoje peça-chave para as companhias.Ele fala aqui dos desafios do setor.

Ocontador e admi-nistrador de em-presas Sérgio Ap-probato Machado

Júnior assumiu neste mês apresidência do Sindicato dasEmpresas de Serviços Contá-beis do Estado de São Paulo(Sescon-SP). É seu primeiromandato, e tem duração até2015. A sua presidência, dizele, será pautada pela valori-zação do profissional contábil,figura que ganha cada vezmais importância nas deci-sões estratégicas das empre-sas no Brasil.

Outra frente de Approbatoserá a busca pela redução daburocracia e da carga tributá-ria. Um desafio e tanto, vistoque as últimas grandes em-preitadas do governo no cam-po tributário, como a criaçãodo Sistema Público de Escritu-ração Digital (Sped), só fezcrescer as obrigações às quaisas empresas, e consequente-mente os contadores, estãosujeitos. O novo presidente doSescon-SP concedeu entre-vista exclusiva ao Diário do Co-mercio. Leia a seguir:

Diário do Comércio – O profis-sional de serviços contábeis temhoje importância estratégicapara as empresa. O empresaria-do reconhece esse novo papel?

Sérgio Approbato MachadoJúnior– Hoje o empresário re-conhece mais esse papel es-tratégico do profissional con-tábil. Muito disso por causa domaior controle que o governofaz sobre as empresas, inclusi-ve sobre as de porte menor.Costumo dizer que o contadorestá para o empresário comoum médico de família está pa-ra os entes familiares. Mais doque executar funções, ele éum consultor. E sua importân-cia só tende a aumentar à me-dida que as empresas e os pro-cessos se sofisticam.

DC – Como o Sescon vai con-tribuir nesse processo de valori-zação?

Sérgio Approbato – Além deajudar na formação do conta-dor, estamos trabalhando nodesenvolvimento de ferra-mentas de gestão que facili-tem o trabalho desses profis-sionais. Já temos os caminhos

para estas ferramentas, agoraestamos desenvolvendo atecnologia. Quando estive-rem mais maduras darei maisdetalhes.

DC – No momento, qual é aprincipal dor de cabeça do pro-fissional contábil?

Sérgio Approbato – O Sped(Sistema Público de Escritura-ção Digital) sem dúvida foi umdivisor de águas. Ele é hoje omaior desafio no campo con-tábil para as empresas e, con-sequentemente, para os con-tadores. O governo criou umsistema que realmente traztransparência, mas implantouo modelo de maneira equivo-cada. Há cinco anos foi feitoum piloto do Sped, mas ape-nas grandes corporações fo-ram consultadas. Para elas, adigitalização das informaçõesfoi importante, porque tinhamum grande custo com a guar-da de documentos. O proble-ma é que mais de 80% das em-presas do País são de médio epequeno porte. Estas não fo-ram consultadas, nem infor-madas adequadamente dasmudanças que o Sped trariaem suas atividades.

agora são exigidos detalha-mentos, é preciso atender apeculiaridades de legislaçõesestaduais distintas, de tribu-tações específicas de produ-tos. Para piorar, o governo fe-deral tem um projeto de incluiras empresas do Simples noSped fiscal. As empresas me-nores deveriam ter suporte,ter subsídio do governo paraadequação.

DC – A impressão que temos éque, na busca da simplificação, ogoverno complica cada vez maisa vida das empresas. O que o sr.acha?

Sérgio Approbato – São inte-resses regionais. Estamos fa-lando de um País continental,com regiões distintas preocu-padas em defender seus inte-resses particulares. Isso ficouclaro na questão dos royaltiesdo petróleo. È difícil que os es-tados coloquem a União emprimeiro plano. De qualquermaneira, realmente se anali-sarmos o que o governo fez nocampo tributário nos últimosanos, vamos ver que acaboucriando mais burocracia. A Re-solução 13, por exemplo, cria-da para coibir a guerra dos por-tos, acabou trazendo novasobrigações às empresas. Ago-ra devemos ter pela frente oSped Social, que vai controlartodo o departamento pessoaldas empresas. Dá para imagi-nar os problemas que virão pe-la frente. Quando algo dessasproporções vai ser implantadotem de estar funcionando comperfeição, não pode ter bre-chas como nos projetos ante-riores do Sped.

DC – Nesse sentido, a luta doSescon-SP em prol da simplifi-cação tributária e desburocrati-

zação será dura.Sérgio Approbato – Sem dú-

vida. A reforma tributária am-pla seria fundamental, mascertamente é muito difícil deela acontecer por causa dosinteresses individuais dos es-tados. Uma reforma ampla se-ria importante para reduzir aburocracia tributária, o queajudaria a atrair mais investi-dores estrangeiros, que colo-

cariam mais dinheiro no País.

DC – O Sescon-SP participoude mobilizações como a quecriou o Simples Nacional, queacabou com a CPMF e obrigou adiscriminação do imposto nanota. Quais são as próximas?

Sérgio Approbato– O Sesconé engajado em mobilizaçõesque defendam o interesse so-cial, não apenas a classe con-

tábil. Nesse sentido, vamosbuscar meio de reduzir a buro-cracia e a carga tributária,unindo forças com movimen-tos que busquem estes mes-mos objetivos. Estou envolvi-do com estas lutas há pelo me-nos 15 anos. Especificamentepara os profissionais contá-beis, uma frente importante éa questão da delação – o Con-selho de Controle das Ativida-des Financeiras (Coaf) obri-gou os contadores, entre ou-tros profissionais que prestemserviços de consultoria em-presarial, a denunciarem cri-mes cometidos pelas empre-sas que atendem. O Sescon,diferente de outras entidadesque só estão criticando a me-dida, tem dialogado com oCoaf.

DC – Será uma pressão e tantoem cima do contador.

Sérgio Approbato – Sim. Foiuma medida que veio da pres-são internacional sobre o go-verno, que acabou cedendo.

O NOVO PAPELE ST RAT É GIC ODO CONTADOR

Paulo Pampolin/Hype

Segundo opresidente doSescon-SP, aspequenas emédiasempresas nãoforamconsultadassobre o Sped.

Renato Carbonari Ibelli

O contador estápara o empresáriocomo um médico defamília está para osentes familiares.Mais do queexecutar funções,ele é um consultor.

DC – Por que depois de todoesse tempo o Sped continua aser um grande desafio?

Sérgio Approbato – Acabeide conversar com um amigoque atende uma empresa quetrabalha com 35 mil itens ven-didos em 25 estados. Por mêssão feitas 22 milhões de tran-sações no cadastro desta em-presa, cada uma com suas pe-culiaridades. Erros inevitavel-mente podem acontecer nes-s e p r o c e s s o , e e l e s s ã opunidos com rigor pela Recei-ta Federal. A adequação aoSped é algo caro, que mexecom a gestão da empresa,com a forma de fazer os con-troles, os cadastros. Antes sefazia relatórios resumidos,

Chapina é vice na ACSP

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Conselheiro tem novos desafios

O contador éhoje o guru dasempresas. Issomostra aimportância determos o JoséMaria Chapinaem nossaestrutura.

ROGÉRIO AM ATO,PRESIDENTE

José Maria Chapina, ex-presidente do Sindicatodas Empresas de

Serviços Contábeis doEstado de São Paulo(Sescon-SP), tornou-se vice-presidente da AssociaçãoComercial de São Paulo(ACSP).

Ele assume o cargo aconvite de Rogério Amato,presidente da ACSP e daFederação das AssociaçõesComerciais do Estado deSão Paulo (Facesp).

"O contador éresponsável por decisõesestratégicas das empresas.Ele é hoje o guru dasempresas. Isso mostra aimportância de termos oJosé Maria Chapina emnossa estrutura atuandocomo um conselheiropermanente", disse Amato.

Chapina já atua à frentedo Conselho deliberativo edo Conselho de Serviços daACSP, que passou a serchamado de Conselhos deAssuntos Tributários,Contábeis e de Serviços.Como vice-presidente,fortalecerá os objetivos da

ACSP de oferecer serviçosque simplifiquem ocotidiano do empresário.

"Os ideais da ACSP sãoparecidos com os doSescon. Vamos continuar abusca pela simplificaçãotributária, além de criarmecanismos que facilitem avida das empresas. Emespecial das pequenasempresas", disse Chapina.

CMPF – O novo vice-presidente da ACSP deixa oSescon-SP após seis anos àfrente da entidade. Comolegado, ele destaca a lutapelo fim da ContribuiçãoProvisória sobreMovimentação Financeira(CPMF), a criação dauniversidade corporativa –que ajuda na formação doprofissional decontabilidade –, aestruturação do SesconSolidário, que trabalha pelainclusão do jovem noprimeiro emprego, além dedestacar o sucesso nainteriorização dasatividades do Sescon peloEstado de São Paulo, pormeio de 35 regionais. (RCI)

sexta-feira, 18 de janeiro de 201312 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

Mudar a meta seria uma maneira melhor de fazer isso do que recorrer à contabilidade criativa.The Economisteconomia

Boeing -787: sem licença para decolar.A proibição da agência

reguladora dos EUAcriou um efeito cascata

no mundo. Ninguém quero risco de ter problemas

e estar sem seguro.

Agências regulado-ras de av iação ecompanhias aéreaspelo mundo segui-

ram ontem a decisão de Esta-dos Unidos e Japão de suspen-der operações do Boeing-787Dreamliner. As medidas acon-tecem em sequência aos pro-blemas com um avião da ANA(All Nippon Airways), obrigadoa fazer um pouso de emergên-cia na última quarta-feira, porfalhas na bateria.

A agência reguladora dosEUA, FAA, proibiu o uso do mo-delo, abriu uma investigação esó irá liberar o Dreamlinerapós comprovar que as bate-rias são seguras e confiáveis.

Ontem, a agência de avia-ção europeia (EASA) decidiuseguir a decisão da instituiçãosimilar americana e informouque aguarda apuração sobreos riscos potenciais do proble-ma com a bateria.

Não voam – Entre as compa-nhias aéreas que tambémconfirmaram a suspensão es-tão a LAN, do Chile, a Polish Air-lines, da Polônia e a Air Índia,da Índia. JAL (Japan Arlines) eANA já haviam suspendido aoperação do modelo.

Uma das grandes apostasda Boeing, o 787 Dreamlinerfoi concebido como "o comer-cial mais avançado do mundo"e apresentado em setembrode 2011, após mais de trêsanos de adiamentos que cus-taram milhões de dólaresà empresa.

O m o d e l o , q u e c u s t aUS$ 200 milhões, foi lançadoprometendo economia de20% de combustível, graçasao uso de materiais compos-tos e fibra de carbono. Há 800encomendas no mundo.

O incidente com a ANA, quenão deixou feridos graves, é osexto envolvendo o modelo, omais moderno da empresaamericana, em dez dias.

A ANA e a JAL, as maiores dosetor aéreo japonês, contam

com 24 dos 49 Dreamlinersem operação no mundo. NosEUA, apenas a United Airlinesutiliza o jato, com seis aerona-ves. Na América do Sul, a chi-lena LAN é a única a operarcom o Dreamliner – são trêsunidades e nenhuma delasrealiza voos para o Brasil.

Proibição de voar – A agênciade aviação dos EUA lançouuma proibição mundial de voosobre todos os Boeing-787Dreamliner, uma dura decisãopara a companhia, já que as in-vestigações sobre a seguran-ça dos modelos podem levarsemanas. "É uma decisão pou-

Desconfiança:na última quarta-feirao Boeing 787Dreamliner dajaponesa ANA teveque fazer um pousode emergência ,35 minutos depois dadecolagem, e acendeuum sinal de alertano mundo.A bateria queimou(veja ao lado) e perdeuboa parte da estrutura.

Fotos: Kyoto/ Reuters

Bateria 'queimada como carvão'

Expansão dosetor aéreo

AAssociação Brasileira de EmpresasAéreas (Abear) espera umcrescimento de 9 a 9,5% na

demanda do setor aéreo brasileiro em2013, dependendo do desempenho daeconomia nacional.

"Se nós ficamos com 7% crescimento em2012, imagino que a gente pode chegar a 9ou 9,5%, sempre condicionado aocrescimento do Produto Interno Bruto(PIB)", disse Eduardo Sanovicz, presidenteda Abear, em coletiva de imprensa ontem.Ele acrescentou que a expectativaconsidera um crescimento de cerca de 3%do PIB do Brasil.

Em 2012, a demanda cresceu 7,14% ante2011, segundo a associação, que consideraos dados de Avianca, Azul, Trip, Gol e TAM.Em dezembro, a demanda cresceu 7,1%,ante novembro . Já a oferta de assentosteve alta de 3,12% em 2012, e de 5,1% emdezembro, ante novembro.

Entre as empresas, a Azul teve alta de15,95%, enquanto a TAM registrouaumento de 6,64%. A Gol, em processo deredução de oferta após o fim dasoperações da WebJet, teve queda de 0,14%no período.

Sanovicz acredita que Gol e TAM devemseguir ajustando a oferta neste ano,enquanto Azul e Trip, em processo de fusão,tendem a ampliar, assim como a Avianca,que registra aumento na frota.

Segundo a Abear, a taxa de ocupação dasempresas associadas ficou em 72,96% em2012, com o embarque de 75 milhõesde passageiros.

Valor das passagens – O preço médio dapassagem aérea nacional caiu mais de 40%nos últimos dez anos, segundo a AgênciaNacional de Aviação Civil (Anac).

O valor da Tarifa Aérea Média DomésticaReal referente ao período de janeiro asetembro de 2012 foi de R$ 273,32. Issorepresenta uma queda de 0,15% emrelação à tarifa média de R$ 273,74apurada em igual período de 2011.Significa, também, um valor 41,69%inferior ao de igual período em 2002, deR$ 468,71. Os valores foram corrigidos peloÍndice Nacional de Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA).

De acordo com a Anac, 68,89% dosassentos comercializados de janeiro asetembro do ano passado foram vendidoscom valores inferiores a R$ 300,00. Tarifasinferiores a R$ 100,00 representaram15,63% em igual período. Passagens comvalor superior a R$ 1.500,00 representaram0,23% dos bilhetes vendidos. (Agências)

Revista cita 'números errados' do BrasilAadmiração da opinião

pública internacionalpela economia brasilei-

ra parece cada vez menor. Naedição que chegou ontem àsbancas na Europa, a revistaThe Economist lança mais umasérie de duras críticas ao go-verno de Dilma Rousseff. Aoquestionar os recentes artifí-cios usados pela equipe eco-nômica nas contas públicas, arevista diz que "a mudança nameta (de superávit primário)se-ria uma alternativa melhor doque recorrer à contabilidadecriativa".

Com o título "Números erra-dos", a reportagem da revistadiz que os dados econômicos"decepcionantes" não paramde ser divulgados no Brasil.Depois do fraco Produto Inter-no Bruto (PIB) apresentadoem novembro, o governo de

Dilma Rousseff agora "admiteque só atingiu a meta de supe-rávit primário" após "omitir al-gumas despesas em infraes-trutura", "antecipar dividen-dos de estatais" e "atacar ofundo soberano".

Além disso, a revista diz queoutra má notícia veio com a in-f lação que,agora , t raza inda ma i s" e sc u r i dã o "ao cenár io .P a r a a T h eEconomist , seo g o v e r n onão tivesse segurado os pre-ços da gasolina e do transpor-te público, a inflação de 2012teria chegado "mais perto de6,5%", o teto da meta do regi-me de inflação no Brasil. "Em2013, esses preços tendem asubir", diz a reportagem.

Para a revista, a resposta dogoverno brasileiro ao cenárionegativo alimenta temores deque o Brasil pode estar ingres-sando em um período de infla-ção mais alta com crescimen-to baixo. "Atingida pela crítica,Dilma Rousseff ressalta que oBrasil ainda cresce mais rápi-

do que a Eu-ropa. Isso éverdade, masa maioria dasoutras econo-mias emer-g e n t e s , i n-c l u i n d o a

América Latina, está melhor",pondera a publicação.

A manobra nas contas públi-cas desaponta, diz a revista,mas não chega a ser uma sur-presa. A reportagem lembraque a equipe econômica jáusou expediente semelhante

em 2010 em uma "complicadatroca de títulos entre o Tesou-ro Nacional e a Petrobras" que"magicamente adicionou0,9% do PIB ao superávit"."Provavelmente, o Brasil po-deria executar um superávitprimário menor sem arriscarsua reputação duramenteconquistada com a sobrieda-de fiscal. Mudar a meta seriauma maneira melhor de fazerisso do que recorrer à contabi-lidade criativa".

A revista demonstra, ainda,preocupação com um possívelenfraquecimento da Lei deResponsabi l idade F isca l(LRF). O risco, diz o texto, é quecom uma eleição presidencialem 2014 "as autoridades fa-rão o que for preciso paraatender sua previsão de cres-cimento de 4% este ano". (Es-tadão Conteúdo)

co frequente", declarou umporta-voz da Agência Euro-peia de Segurança Aérea. Se-gundo ele, apenas o país de fa-bricação da aeronave pode to-mar uma decisão semelhanteem nível mundial.

Sem certificação e seguro –Como a Boeing é americana, éa FAA que faz a certificação deseus aviões. A decisão daagência, portanto, invalida acertificação, mesmo que oavião voe em outro país.

A FAA não pode determinarregras em outro país, mas coma sua decisão as seguradoras,por exemplo, deixam de cobrir

acidentes que por venturapossam acontecer com umavião em operação.

As próprias companhias aé-raes, portanto, não colocarãoseus Boeing-787 Dreamlinerem operação, mesmo que forados EUA.

Além disso, a própria fabri-cante, após a decisão da agên-cia americana, enviou comu-nicado a seus clientes avisan-do que os aviões devem per-manecer em terra.

Incidente – O voo da ANA,com 129 passageiros e oito tri-pulantes, fazia o trajeto Ube-Tóquio quando teve que retor-nar ao solo, na cidade de Taka-matsu, após apenas 35 minu-tos da decolagem.

Os indicadores da cabinedetectaram um problema emuma das baterias.

A Boeing informou apenasque irá cooperar com as auto-ridades e com a ANA no pro-cesso de investigação.

Há uma semana, regulado-res dos EUA informaram queirão realizar uma ampla revi-são nos sistemas do 787.

Em janeiro do ano passado,o superjumbo A380 da Airbustambém apresentou falhas,com rachaduras em suas asasna Europa. Toda a frota foi ins-pecionada. ( Fo l h a p r e s s )

As autoridades japonesas desegurança da aviação afirmaramontem que o interior da bateria do

Boeing 787 Dreamliner que na quarta-feira fez um pouso de emergência nosudoeste do Japão parecia queimada e"inchada". "Estava como carvão", disseHideyo Kosugi, um dos cincoinvestigadores enviados ao local em que oavião operado pela All Nippon Airwayspousou. Segundo ele, o interior da bateriaparecia inflamável.

O pouso de emergência foi provocadopor diversos alarmes indicando

emergência e possível presença defumaça no local onde a bateria estavainstalada. Kosugi afirmou que, apesar deainda não estar claro se o problema foi dabateria ou da fiação, ficou aparente quehavia maior corrente elétrica e calorgerados do que o ideal. Ele disse tambémque a bateria estava pesando quase cincoquilos a menos do que seu peso original,provavelmente devido ao vazamento defluidos. Segundo Kosugi, sua equipe devedivulgar um relatório sobre o pouso deemergência em um prazo entre novemeses e um ano. (Estadão Conteúdo)

sexta-feira, 18 de janeiro de 201314 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Agora é mais difícil. Não basta ir à festa. É preciso inovar e oferecer algo esp ecial.Lisa Su, vice-presidente sênior da Advanced Micro Deviceseconomia

Envie informações para esta coluna.

E-mail: carlosfranco@revistapublicitta. com.br

BACARDINAS RUAS

RETRÔ

APanamericana Escola de Artee Design, que em 2013 come-

mora 50 anos de história, lançacampanha assinada pela Al-mapBBDO para atrair mais alu-nos. Volta no tempo, em estilo re-trô, para mostrar o quanto temcontribuído na formação de talen-tos em São Paulo. O belo comer-cial pode ser conferido em

h t t p : / / w w w. y o u t u b e . c o m /

watch?v=mjSLodhaBBM

ABacardi Brasil dá continui-dade ao conceito Liberdade

para os sentidos, lançado em2012, com a veiculação de umacampanha nacional para cele-brar a chegada do verão. Comfoco no público jovem, a estra-tégia foi elaborada pela Peraltae é composta por filme, anún-cios, ações em redes sociais emateriais para pontos de ven-da. O objetivo é explorar a opor-tunidade de consumo existen-te antes da balada, o conhecido"esquenta". Uma carreta B ige s qu e n ta percorrerá bares deSão Paulo, Rio de Janeiro, BeloHorizonte e Ribeirão Preto (SP)para apresentar o Bacardi BigApple, rum com sabor de maçãverde.

TALENTOS em São Paulo

RISCO E FACILIDADE

O laptop'conversível'

Notebooks, netbooks, tablets e smartphones vão ficar muito parecidos.

Os fabricantes decomputadorespessoais, tentandocombater a mania

dos tablets que estáreduzindo suas vendas, estãoagora envolvidos naqueleque pode ser seu últimoesforço para reconquistar osconsumidores e, para isso,estão tentando imitar osaparelhos rivais.

Muitos dos laptops queserão lançados no mundo nospróximos meses serãohíbridos ou conversíveis –máquinas que alternam comfacilidade as funções detablet portátil e laptop plenocom teclado, dizem osanalistas.

A onda dos híbridos chegano momento em que a Intel ea Microsoft, por muito tempoas duas líderes do setor decomputadores, se preparampara anunciar resultados,nesta semana e na seguinte.Wall Street está prevendopouco ou zero crescimento nareceita das duas empresas, oque expõe os problemas deum setor que enfrentadificuldades para inovar. Em2013, há quem estejaesperando que isso mude.

Com o lançamentoWindows 8, sistemaoperacional da Microsoft quefoi repaginado e agora operatambém com telas de toque,em outubro, e de chips demenor consumo de energiapela Intel, os fabricantes decomputadores estãotentando promover ocrescimento ao concentrarsua atenção em laptops finoscom telas de toque quepodem ser convertidos emtablets, ou vice-versa.

A Microsoft, se expandindo

para além de seu negóciotradicional de venda desoftware, deve lançar estemês o tablet Surface Pro,compatível com o softwarepara computadores que eladesenvolveu ao longo dedécadas.

Esse é um importanteargumento de vendas paraclientes empresariais como aprodutora alemã de softwarede gestão SAP, que planejacomprar o Surface Pro para osfuncionários que desejarem,disse Oliver Bussmann, vice-presidente de informação dacompanhia. "O modelohíbrido é atraente para váriosusuários", disse Bussmann nasemana passada. "O iPad nãovai substituir o laptop. É difícilcriar conteúdo com ele. Esseé o nicho que a Microsoft querocupar." O iPad da Applecomeçou a roubar demandados laptops em 2010, umataque acelerado pelolançamento do AmazonKindle Fire e aparelhosequipados com o sistemaoperacional Google Android,como o Note, da Samsung.

Com as vendas decomputadores caindo em2012 pela primeira vez desde2001, neste ano pode ver umrenascimento do design e dainovação, por parte defabricantes que antes seconcentravam em reduzircustos, em lugar de emadicionar recursos queatraiam os consumidores. "Aspessoas costumavam chegarà festa e se dar bem sóporque o mercado nãoparava de crescer", disse LisaSu, vice-presidente sênior daAdvanced Micro Devices,concorrente da Intel. "Agora émais difícil. Não basta ir à

festa. É preciso inovar eoferecer algo especial".

Na feira ConsumerElectronics Show, umasemana atrás em Las Vegas,os aparelhos exibidos pelaIntel e outras empresas eramprova dos planos do setor decomputadores de apostar noslaptops conversíveis. GerrySmith, presidente da Lenovona América do Norte, disseque na temporada de festassua empresa esgotou osestoques do "Yoga", umlaptop com tela que pode serdobrada para trás do teclado,e do "ThinkPad Twist", outrolaptop leve com uma telaflexionável.

A Intel mesma mostrou oprotótipo de um laptophíbrido chamado "NorthCape", uma tela fina de tabletafixada magneticamente aum discreto teclado. E a Asusapresentou um avantajadocomputador com tela de 18polegadas e Windows 8 quepode funcionar como umtablet acionado pelo Android.

Lenovo e Asus, quereceberam críticas positivasaos seus lançamentos nosúltimos meses, registraramcrescimento de 14% e 17%em seus embarques de PC noano passado,respectivamente, segundo aGartner. "O número desistemas únicos que nossosparceiros desenvolverampara o Windows quasedobrou desde o lançamento.Isso oferece uma indicaçãoda inovação que vemacontecendo no mercado decomputadores pessoais",disse Tami Reller, vice-presidente de finanças dadivisão Windows daMicrosoft. (Reuters)

PROMOÇÃOMILIONÁRIA

AKibon lança neste ve-rão a promoção Vo c ê

de fér ias para sempre , amaior da história da marcano Brasil. Até 4 de abril, osconsumidores que compra-rem picolés da linha Frutta-re e encontrarem um protó-tipo de um sorvete, com ta-manho e peso idênticos aosoriginais, ganharão na horaprêmios de R$ 100, além deum número de série paraconcorrerem ao prêmio fi-nal de R$ 1 milhão.

A promoção foi desenvol-vida pela Open, braço deativação da Borghi/Lowe —responsável pela criaçãodo filme de divulgação dainiciativa.

Pesquisa realizada pela Bur-son-Marsteller, giganteglobal de relações públi-

cas, aponta que 88% das empre-sas nacionais de grande porte jáfazem uso de pelo menos umadas redes sociais – Facebook,Twitter, YouTube, Google+ eblogs – na comunicação comseus clientes, percentual acimada média lat ino-americana(65%) e mundial (87%). No Bra-sil, 52% das grandes empresasestão no Facebook, onde a médiade seguidores das companhiasavaliadas é de 515 mil — na Amé-rica Latina é de 67 mil.

Essas novas e tecnológicasplataformas de comunicação so-cial, conforme relatório divulga-do pela Burson-Marsteller, estãopermitindo, de forma rápida e efi-caz, que as empresas executempolíticas de engajamento comseus principais interlocutores, oschamados stakeholders.

Para Aurora Yasuda, diretorada Millward Brown, parceira doIbope no Brasil, o crescimentovertiginoso dos smartphones eos tabletes, cada vez mais usa-dos, inclusive em escolas, tornarealidade a tendência profetiza-da há poucos anos de que seriapremente uma conexão 360graus com os consumidores eque a forma de se comunicar iriamudar radicalmente. "Chegou avez do que podemos chamar deera do mobile marketing (o mar-keting via internet nas mais diferen-tes plataformas)".

Mas se há facilidade nessa co-municação, ela implica riscos. É oterritório sobre o qual se debru-çam as grandes e as pequenasagências de publicidade. Há me-canismos que estão sendo testa-dos em todo o mundo, como amarca oferecer um prêmio ou umdesconto para quem curti sua pá-gina numa rede social ou algumapromoção relâmpago para se-

guidores no Twitter. Na Inglater-ra, algumas grandes empresaspagam custos de torpedos ouprovedores em parceria com a gi-gante Vodafone para aquelesque querem, digamos assim, terum relacionamento mais diretocom marcas e redes de varejo.

O segredo dessa comunicação,onde o consumidor além de recep-tor de conteúdo também é gera-dor, está na capacidade de criar la-ços, o chamado pertencimento –exatamente como pertencemos auma família, um ciclo de amigos,uma empresa ou grupo profissio-nal. Mecanismos que asseguramaos produtos e às redes de varejouma experiência positiva de mar-ca, como se o perfume X ou a mar-ca de roupas Y pudessem ser amarca de uma pessoa e, assim,inspirando valor. O mecanismo decompra, todos o sabem, é emocio-nal, como sentir o cheirinho de pãoao entrar numa padaria ou o de umcarro novo. É essa a sensação po-sitiva que a vodca Smirnoff testoucom eficácia ao promover baladas

ao redor do mundo com o mote Euestive lá, despertando o desejo.

No mercado de publicidadenão se inventa, como Nobel, apólvora, mas se pode reinventaruma comunicação de resultados.Aquele sabonete que passava demãe para filha e que traz justa-mente a sensação de pertenci-mento, de prazer, de positivalembrança. E essa experiência,agora com a força em tempo realdas novas plataformas, que seespalha como um rastro de pól-vora. O risco existe, mas tambéma oportunidade, tanto que, assi-nala Aurora Yasuda, o maior ban-co de dados de marcas do gigan-te grupo publicitário inglês WPP(controlador entre outras dasagências Ogilvy, Y&R e JWT) mos-tra claramente que as marcasque criam uma experiência posi-tiva, diferente e relevante com osconsumidores conseguem maiorlealdade e preços mais altos queos concorrentes. O esforço dasagências está em transformarem números a tese.

As inscrições para o Cannes Lions 2013 come-çam em 24 de janeiro e inauguram duas

áreas que brindarão com leões de ouro, pra-ta e bronze agências e publicitários. Sãoelas, Mobile e Branded Content & Enter-tainment, que passam a integrar a es-treante categoria Inovattion, a 16ª doFestival Internacional de Publicidadede Cannes. Nessa 60ª edição, Cannesse curva à realidade que está ao redore desafia a criatividade. O júri será for-mado por especialistas em tecnologia,bem como em hardware, aplicativos,produtos e softwares. "Grandes ideiasque são executadas usando formas inova-doras de tecnologia, como o projeto Ni-ke+Fuelband, vencedor do Grand Prix de Tita-nium em 2012, já são reconhecidos e premiadosem Cannes. Mas o Innovation Lions é dife-rente. Ele funcionará como um tribu-to à tecnologia", diz, em nota, o pre-sidente do Cannes Lions, Terry Sava-ge, chairman do Lions Festivals. OLHOS atentos à tecnologia

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oMAIS UM LEÃO

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 ECONOMIA/LEGAIS - 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

Requerente: Premiata Industrial de Tintas Ltda. Requerido: Aquarius SBC Editora Gráfi ca Ltda. Avenida Alexandre Colares, 420 – Parque Anhanguera - 1ª Vara de Falências. Requerente: CCN Automação Ltda. Requerido: Fábio Tranchesi Engenharia Ltda.Alameda Casa Branca, 1.170 - Conjunto 01 – Cerqueira César - 1ª Vara de Falências.Requerente: Total Comércio, Importação e Exportação de Termoplásticos Ltda. Requerido: Riplastic Indústria e Comércio de Plásticos Ltda. Rua Manoel Antônio da Luz, 160 – Santo Amaro - 1ª Vara de Falências. Requerente: Banco Safra S/A. Requerido: Monreal Recuperação de Ativos e Serviços Ltda. Largo da Misericórdia, 20 - 1° e 4° Andares - Centro - 2ª Vara de Falências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIALConforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados

no dia 17 de janeiro de 2013, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recupe-ração extrajudicial e recuperação judicial:

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:Comunicado

A Fundação Para o Desenvolvimento da Educação - FDE comunica a todos os interessados em licitar e contratar naárea de Obras, Serviços de Engenharia, Outros Serviços, Fornecimento de Material e/ou Equipamentos Diversos, queseu Departamento de Cadastro encontra-se permanentemente aberto para novas inscrições, bem como para atuali-zação dos registros existentes. A retirada dos procedimentos cadastrais poderá ser feita na sede da FDE – Av. SãoLuís, 99 – República – 5º andar, das 8:30 às 17:00 horas nos dias úteis, ou ainda via Internet: www.fde.sp.gov.br.

O Sindicato do Comércio Atacadista de Louças, Tintas e Ferragens no Estado de São Paulo - SINCAF, com sede naRua Major Sertório nº 88 - 4º andar - salas 402/403 - Vila Buarque, nesta Capital do Estado de São Paulo, CEP: 01222-000,devidamente inscrito no CNPJ/MF sob nº 62.809.777/0001-59, com base em todo Estado de São Paulo, informa, a todasas empresas integrantes da categoria econômica do comércio atacadista de louças, tintas e ferragens (1º Grupo - ComércioAtacadista - Plano CNC Artigo 577 CLT), que o vencimento da Contribuição Sindical Patronal relativa ao exercício de 2013,de acordo com a tabela progressiva por faixa de capital social, conforme obrigatoriedade estabelecida pelos arts. 578/591da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, será no dia 31 de janeiro de 2013. Informações sobre valores da tabela e guiasde recolhimento poderão ser obtidas através dos telefones (11) 3311.7663; (11) 3313.2190 ou pelo e-mail:[email protected]. São Paulo, 17 de janeiro de 2013. RENALDO PIZZIMENTI - Presidente.

EDITAL PARA RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL 2013Considerando o disposto no artigo 605 da CLT, ficam todas as empresas pertencentesà categoria econômica representada pelo SINDICATO DAS EMPRESAS DE ENGE-NHARIA SUBAQUÁTICAS, OPERAÇÃO DE VEÍCULOS DE CONTROLE REMOTO,ATIVIDADES SUBAQUÁTICA E AFINS – SIEMASA, sejam matrizes, filiais ou sucur-sais, NOTIFICADAS DE QUE DEVERÃO RECOLHER A CONTRIBUIÇÃO SINDICALPATRONAL de 2013 de acordo com os valores estipulados na tabela contida no artigo580, inciso III, da CLT. O RECOLHIMENTO DEVERÁ SER EFETUADO ATÉ O DIA 31/01/2013, em favor do SIEMASA, mediante guia própria que poderá obtida no endereçoeletrônico: http://www.caixa.gov.br/Voce/contribuicao_sindical/index.asp ou solicitadaao próprio Sindicato. Maiores informações, se necessárias, poderão ser obtidas direta-mente junto ao SIEMASA, pelos telefones: (21) 2215 7119 ou (21) 2215 7120. O nãorecolhimento da contribuição sindical patronal no prazo acima estipulado implicaránas penalidades previstas nos artigos 598, 600, 606 e seguintes da CLT. Rio de Janei-ro, 17 de janeiro de 2012. MARCOS SANTOS, Presidente do SIEMASA.

PREFEITURADO MUNICÍPIO DEANGATUBAObjeto: Aquisição de produtos para limpeza, higiene e descartáveis a serem utilizadosem diversos setores da Prefeitura. Encerramento: 31 de janeiro de 2013 às 09:00 horas.Informações: (15) 3255-9500 – ramal 516 ou 518. Angatuba, 16 de janeiro de 2013

PREGÃO Nº 006/2013 – PROCESSO Nº 010/2013

Objeto: Aquisição de materiais escolares e materiais para escritório. Encerramento:01 de fevereiro de 2013 às 9.00 horas. Informações (15) 3255-9500 – Ramal 516 ou518. Angatuba, 17 de janeiro de 2013

PREGÃO Nº 007/2013 – PROCESSO Nº 012/2013

ALLIANCE INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A.CNPJ/MF 08.440.746/0001-28 - NIRE 35.300.364.741

ÇATA DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 01 DE JUNHO DE 2010

Data, Hora e Local: 01/06/2010, 9hs, sede. Convocação: Dispensada. Quorum: 100%. Mesa: José Manoel BiagiAmorim, Presidente e Cláudio Monteiro da Costa, Secretário. Deliberação Unânime: Autorizada Diretoria da Cia.aprovar à sociedade controlada Coomex Operadora do Mercado Energético Ltda, Jucesp NIRE 35.219.344.204 em14/12/2004, CNPJ 07.133.52210001-00, contrair empréstimos e/ou financiamentos, bem como realizar quaisquerformas de operações financeiras junto às instituições financeiras, nos valores: R$ 25.000.000,00 p/Banco ltaú--Unibanco; R$ 25.000.000,00 p/Banco Rural; R$ 20.000.000 p/Bicbanco; R$ 15.000.000,00 p/Banco Industrial; R$10.000.000,00 p/Banco Pine; R$ 10.000.000,00 p/Banco Safra; R$ 10.000.000,00 p/Banco Máxima; e R$ 10.000.000,00p/Banco do Brasil, desde que a celebração de tais empréstimos, financiamentos e/ou operações financeiras sejarealizada até 31/12/2010.Encerramento:Lavrada, lida, aprovada e assinada no inteiro teor. SP, 01/6/2010. JoséManoel Biagi Amorim:Presidente e Cláudio Monteiro da Costa: Secretário. Jucesp nº 210.967/10-9 em 18/06/2010.

FDE AVISA:

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

PREGÃO ELETRÔNICO DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 21/00663/12/05OBJETO: FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE DIVISÓRIAS

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A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha abertalicitação para: Fornecimento e Instalação de Divisórias.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 18/01/2013, no endereço eletrônicowww.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - SãoPaulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet noendereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia01/02/2013, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos doprocesso em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico,após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A datado início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 18/01/2013, até o momento anterior ao início da sessão pública.

Herman Jacobus Cornelis VoorwaldRespondendo pela Presidência

Decreto s/nº de 03/10/2012

FDE AVISA:

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

CONCORRÊNCIAA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que seacha aberta licitação para execução de Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento, Instalação,Licenciamento e Manutenção de Elevador e Reforma (Restauro) de Prédio Escolar:CONCORRÊNCIA Nº - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/

ç ( )

PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)Ç ( )

73/01431/12/01 - EE Cons. Antonio Prado - Rua Vitorino Carmilo, 621 - Cep: 01153-000 - Barra Funda - São Paulo/SP - 360 - 402,30 - R$ 473.093,00 - R$ 47.309,00 - 09:30 - 20/02/2013.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos eComposição do BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001- São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 18/01/2013, na SEDE DA FDE, desegunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00(cinquenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão deLicitações da FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues,juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e agarantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutosantes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com odisposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA ODESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital.

Herman Jacobus Cornelis VoorwaldRespondendo pela Presidência

Decreto s/nº de 03/10/2012

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SPPregão nº 001/2013

RESUMO DE EDITALARNALDO SHIGUEYUKI ENOMOTO, Prefeito de Pereira Barreto, Estadode São Paulo, faz saber que se acha aberta nesta Prefeitura de PereiraBarreto, até as 14h do dia 30/01/2013, a licitação na modalidade PREGÃOPRESENCIAL nº 001/2013, do tipo menor preço por item, objetivando aSeleção para obtenção da proposta mais vantajosa para AdministraçãoPública Municipal, pelo critério de julgamento de menor preço por item,fornecimento de gêneros alimentícios perecíveis (carnes bovina, frango,suína, em cortes e processadas, linguiça tipo calabresa, salsicha de peru,pão de queijo tipo lanche e creme vegetal) para uso no Programa Municipalde Merenda Escolar, conforme especificações constantes do Anexo I, deacordo com a Lei Federal 10.520/2002. Para maiores informações ou oedital completo, os interessados poderão procurar o Departamento deLicitações desta Prefeitura Municipal, ou pelo telefone/fax (18)3704-8505, no horário de expediente normal, ou acessar o sitewww.pereirabarreto.sp.gov.br, ou ainda enviar e-mail [email protected]

Pereira Barreto, 17 de janeiro de 2013.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - PREFEITO

Rosset Artes Gráficas e Editora S.A.CNPJ/MF: 57.593.832/0001-86 – NIRE: 35.300.419.316 - Assembleia Geral Extraordinária

Ata de reunião de sócios, 12/11/12, 9hs do dia 12/11/12, dispensada convocação, reuniram-se na sede os sócios represen-tando a totalidade, abaixo qualificados: I. Bolissa Viviana Rosset, RNEW 193.517-1 SE/DPMAF e CPF/MF nº 134.404.528-10;II. Rafael Rosset, RG nº 9.158.898-4 e CPF/MF nº 063.621.048-03; III. Ricardo Ezequiel Rosset, RG nº 9.158.900-9 e CPF/MFnº 173.334.878-65, Ordem do Dia: Alteração do Art. 18 do Estatuto Social da Cia. e consolidação do estatuto social, bem como aeleição daDiretoria por novomandato:Nova redação:Art. 18-ADiretoria será composta por até 03membros, os quais serão eleitose destituídos a qualquermomento.OsDiretores nomeados não terão designação específica e deverão residir noBrasil, podendo serou não acionistas da Cia.. § 1º.Os Diretores terão mandato de 03 anos e poderão ser reeleitos.Omandato do Diretor será automa-ticamente prorrogado até que seja eleito seu substituto. § 2º.Os Diretores serão investidos em seus cargos mediante assinatura dotermo de posse no livro de Atas das Reuniões de Diretoria. § 3º. A remuneração global dos Diretores será fixada pela AssembleiaGeral.Os Sócios elegem, para exercer os cargos deDiretores da Sociedade as seguintes pessoas:a) BolissaVivianaRosset, supraqualificada; b) Rafael Rosset, supra qualificado; c) Ricardo Ezequiel Rosset, supra qualificado. Os diretores eleitos declaram nãoestarem incursos em nenhum crime que os impeçam de desempenhar atividade mercantil e, ainda, não estarem inabilitado paratanto, nos termos da lei. A posse dos diretores eleitos dar-se-á mediante assinatura do respectivo Termo de Posse no competentelivro.Encerramento:Nadamais.SP, 05/11/12. - BolissaVivianaRosset - Presidente e Silvia HarumiTanaka - Secretário.Posse dosDiretores:OsDiretores foram investidosnosseuscargos,medianteassinatura.MandatodaDiretoria:OmandatodaDiretoria eleita,conformedisposições estatutárias, vigorará pelo prazo de 3 anos, até 4/11/15.Nadamais.SP (SP), 12/11/12.BolissaVivianaRosset- Presidente; Silvia Harumi Tanaka - Secretária. Jucesp nº 543.793/12-6 em 19/12/2012.Gisela Simiema Ceschin-Secretária Geral.

A indústria brasileira tem que se preparar porque teremos encomendas em grandes quantidades.Magda Chambriard, diretora-geral da ANPeconomia

ANP quer o dobro de petróleoO objetivo para os próximos dez anos é que o Brasil duplique sua produção e reservas de petróleo

Usineiros esperam poraumento de álcool anidro

Oaumento de 20% para25% da quantidade deetanol anidro na gaso-

lina deve ser anunciado oquanto antes, disse ontem adireção da União da Indústriade Cana-de-Açúcar (Unica),para que os produtores pos-sam se preparar para a próxi-ma safra (2013/2014).

A declaração foi dada após adiretora-geral da Agência Na-cional do Petróleo (ANP), Mag-da Chambriard, afirmar que oaumento ocorrerá no fim dasafra atual (2012/2013) da ca-na, que ocorre em março.

A direção da Unica afirmouque o aumento não era umareivindicação do setor su-croalcooleiro, mas destacouque "caso a decisão seja for-malizada, não haverá qual-quer problema para fornecer oanidro porque o setor está pre-parado".

A entidade ressaltou que,quanto antes o setor for avisa-do, melhor os produtores po-derão planejar sua produção

na próxima safra, "já pensan-do em 25% de anidro", porquea mudança implica em mu-danças na "calibragem" dasusinas de cana para a produ-ção de mais álcool anidro emenos hidratado.

Para o presidente do Sindi-cato Nacional das Distribuido-ras de Combustíveis e Lubrifi-cantes (Sindicom), Alísio Vaz,as estimativas para produçãode etanol em 2013 indicamque será suficiente para au-mentar o percentual de 20%para 25% na gasolina.

"A mudança é esperada. Danossa parte, estamos prepa-rados", afirmou.

O preço da gasolina, segun-do Alísio Vaz, poderá cair como maior percentual de etanol,mas a redução não deve pro-porcionar margem para a Pe-trobras aumentar o preço dagasolina. "Uma coisa indepen-de da outra. Mas as importa-ções de gasolina devem dimi-nuir com a medida", disse.

(Agências)

Venda de autos cai em janeiro

As vendas de automóveise comerciais leves so-maram 151.192 unida-

des na primeira quinzena dejaneiro (entre os dias 2 e 16),queda de 16,75% sobre igualperíodo de dezembro e alta de26,73% ante a primeira meta-de de janeiro de 2012, infor-mou ontem a Federação Na-cional da Distribuição de Veí-culos Automotores (Fenabra-ve). Na primeira metade dejaneiro, as vendas de cami-

nhões e ônibus somaram7.150 unidades, queda de20,92% em relação a igual pe-ríodo de dezembro e aumentode 1,52% sobre a primeiraquinzena de janeiro de 2012.

Se forem somados motoci-cletas, implementos rodoviá-rios, máquinas agrícolas e ou-tros veículos emplacados, ototal comercializado na pri-meira quinzena de janeiro de2012 chegou a 231.724 unida-des, baixa de 15,24%. (EC)

Chevron vaivoltar a operarno campo deFrade, localondeocorreram doisgrandesvazamentosem 2011.

ABr

OBrasil deve dobrara produção e as re-servas de petróleonos próximos dez

anos graças ao pré-sal e setornar um grande exportadorda commodity, disse ontem adiretora-geral da Agência Na-cional do Petróleo (ANP),Magda Chambriard.

"Se isso acontecer confor-me o planejado e o desenvol-vimento pretendido pelo pré-sal, nós seremos capazes deexportar 1,5 milhão de barrisde petróleo por dia", disse aexecutiva. "Isso nos colocarácomo exportadores do porteda Noruega, por exemplo."

Ela disse que a produção e oconsumo nacional de óleodiesel também devem dobrarem uma década.

Chambriard discursou noEstaleiro Mauá, em Niterói(RJ), durante evento de lança-mento de navio petroleiro Rô-mulo Almeida, da Transpetro– subsidiária da Petrobras.

O navio é o quarto de umaencomenda de 49 navios doPrograma de Modernização eExpansão da Frota (Promef)da estatal.

As descobertas já feitas nopré-sal garantem um volumeadicional nas reservas brasi-leiras de 15 bilhões de barrisde petróleo, o que pratica-mente dobra as reservasatuais, disse a executiva."Nossas perspectivas sãomaravilhosas. O Brasil tem8.000 km de costa, com indí-cio de petróleo e gás de Nortea Sul."

O secretário de petróleo,gás natural e combustíveisrenováveis do (Ministério deMinas e Energia (MME), Mar-co Antonio Martins Almeida,disse que o Brasil teve "enor-mes" descobertas nas áreasdo pré-sal e tem um potencialmuito grande além dessas re-giões.

Almeida destacou a políti-ca de conteúdo nacional pro-gressiva adotada pelo gover-no federal incluindo os forne-cedores de bens e serviços dosetor. "A indústria brasileiratem que se preparar porqueteremos encomendas emgrandes quantidades."

Licitação de blocos – Magdatambém demonstrou entu-siasmo com o anúncio da 11ª

rodada de licitação de blocosexploratórios de petróleo egás, em maio, e também da1ª rodada de blocos específi-cos da área do pré-sal, marca-do para novembro. "Minhaexpectativa é de muita pro-cura por essas áreas, depoisde quatro anos sem rodadas.As empresas estão reiteran-do o interesse pelo Brasil",disse.

Deve haver também umalicitação apenas para blocosde gás em terra. "A encomen-da da presidente é para queocorra neste ano ainda", dis-se Chambriard. "Nossos estu-dos indicam que a gente nãopode deixar gás em terra pa-ra trás." Segundo Magda, ba-cias mapeadas pela ANP ain-

da precisam receber investi-mentos para confirmar as ex-pectativas sobre volumes."Sabemos as áreas que po-dem ser produtoras, mas ain-da não temos certeza."

Chevron – A diretora-geraldisse também que a Chevrondeve voltar a produzir "embreve" no campo de Frade, nabacia de Campos. A compa-nhia americana interrompeua produção no início do anopassado após um segundovazamento de óleo no local. Oprimeiro ocorreu em novem-bro de 2011. Segundo ela, aempresa americana deveráentregar documentos queprovem a aptidão da empre-sa em voltar a produzir comsegurança. ( Fo l h a p r e s s )

sexta-feira, 18 de janeiro de 201316 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO

O S&P 500 fechou em seu maior nível desde dezembro de 2007 e agoraestá a apenas 5,6% de sua máxima histórica de 1.565 pontos.economia

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8º Oficio Cível dOficio ve o Foro RForo egionalegiona de Santde Santo Amaro/SPAmaro/SPFororo Ro Regional II Segional II anto Amaro Comarcaant Amar Comarc de São Pde aulo Juiz:aul Juiz Lidia RegiLidi Regina Rna odrigodrigues Mues onteirontei o Co CabriniabrinProcesso nº 0154415-57.2008.8.26.0002 Classe: Assunto: Procedimento Ordinário Requerente:Condomínio Edifício Tirreno Requerido: Athayde Rosa e outro EDITAL DE INTIMAÇÃO - PRAZO DE20 DIAS. PROCESSO Nº 0154415-57.2008.8.26.0002. O(A) Doutor(a) Alexandre Batista Alves, MM.Juiz(a) de Direito da 8ª Vara Cível, do Foro Foro Regional II, - Santo Amaro, da Comarca de SÃOPAULO, na forma da Lei, etc. Faz Saber a Athayde Rosa RG.1.369.141 SSP/SP e Dilma TherezaLombardi Rosa RG. 3.471.537SSP/SP e CPF/MF 002.673.928-34, que Condomínio Edifício Tirrenolhe ajuizou ação Ordinária, em fase de execução, p/cobrança de R$ 49.122,99 (11/12). Estando osréus em local ignorado expede-se edital de intimação, para que no prazo de 15 dias, a fluir após oprazo supra, paguem o débito atualizado, ou no mesmo prazo apresente impugnação, sob pena deser acrescido 10 % de multa no caso de inadimplência, conforme Artigo 475-J, § 1, da Lei 11.232/05,na ausência dos quais prosseguirá a ação até final da arrematação. será o edital, afixado e publicadona forma da lei, sendo este Fórum localizado na Rua Alexandre Dumas, 206 - CEP 04717-000, SãoPaulo-SP. São Paulo, 19 de dezembro de 2012.

www.dcomercio.com.br

CSN faz oferta por siderúrgica no RioA Companhia Siderúrgica Nacional oferece US$ 3,8 bilhões pela Siderúrgica do Atlântico, a usina construída pelo grupo alemão Thyssen Krupp no litoral fluminense.

AArcelorMittal e aCompanhia Side-rúrgica Nacional(CSN) surgiram na

liderança entre os interessa-dos pelas usinas de aço que aThyssenKrupp tem nos Esta-dos Unidos e no Brasil, afirmouontem uma fonte próxima dasnegociações. A ArcelorMittal,maior grupo siderúrgico domundo, fez oferta de US$ 1,5bilhão pela usina laminadorade aço da Thys-senKrupp noAlabama, en-quanto a CSNestá ofertandoU S $ 3 , 8 b i-lhões pela uni-d a d e e p e l ausina siderúr-gica do grupoalemão no Riode Janeiro, aCompanhia Si-derúrgica doAtlântico.

O Wall Street Journal p u bl i-cou mais cedo ontem que a si-derúrgica norte-americanaNucor também ofereceuUS$ 1,5 bilhão pela planta noAlabama, mas tem menoschance de ser bem sucedidana oferta.

As duas usinas formam aunidade Steel Americas, cujoobjetivo era permitir à Thys-senKrupp o ingresso em novosmercados. Mas o projeto teveproblemas com excessos decusto, fraca gestão adminis-trativa e queda na demandapor aço gerada pela crise eco-nômica global.

Pr e j u í z o – A Thyssen teve defazer uma baixa contábil quecortou praticamente à meta-de o valor das usinas, para 3,9bilhões de euros. As instala-ções registraram prejuízo decerca de 1 bilhão de euros noano fiscal encerrado em se-tembro de 2012.

Duas fontes próximas daoperação afirmaram que asofertas finais pelas usinas de-vem ser feitas até o fim de fe-

vereiro.T h y s s e n-

Krupp, CSN eA rc el o rM i tt al ,que afirmou nasemana pas-sada que tinhafeito oferta pa-ra comprar ati-vos do grupoalemão, nãocomentaram oassunto.

A c o m p a-n h i a a l e m ã

promove hoje uma reuniãoanual de acionistas, quando opresidente do conselho dogrupo, Gerhard Cromme, de-ve sofrer críticas por ter permi-tido a continuação do desas-troso projeto Steel Americas.

A empresa investiu ao longodos anos cerca de 12 bilhõesde euros nas usinas, mas tevede fazer baixa contábil nessevalor porque as ofertas pelaunidade foram menores doque o esperado, causandogrande prejuízo em 2012.

O valor de 3,9 bilhões de eu-ros inclui os 27% da CSA con-trolados pela Vale. (Reuters)

Boas notícias animaram ontem o pregão da bolsa de Nova York

Bank of Americae Citigroupdivulgam lucros

OBank of America Mer-rill Lynch divulgou

ontem que o lucro doquarto trimestre caiu nacomparação anual por terregistrado mais despe-sas por problemas rela-cionados a hipotecas, naesteira da crise financei-ra. O segundo maior ban-co dos Estados Unidos te-ve lucro de US$ 700 mi-lhões, ou US$ 0,03 poração, no trimestre passa-do, ante resultado positi-vo de US$ 2 bilhões, ouUS$ 0,15 por papel, nomesmo período do anoanterior.

O resultado do bancofoi impulsionado por umamenor provisão para em-préstimos "podres", quecaíram para US$ 2,2 bi-lhões ante US$ 2,9 bi-lhões no ano anterior.

Ci ti gr oup – O Citigroupregistrou encargos deUS$ 2,32 bilhões por de-missões e ações judiciaisna primeira divulgaçãode resultados sob coman-do do novo presidente-executivo, Michael Cor-bat. Mas, apesar dos en-cargos, o banco teve lu-cro maior no quarto tri-mestre, de US$ 1,2 bi-lhão. (Reuters)

Bolsa nos EUA tem máxima de cinco anos

Dados mais fortes que oesperado sobre o mer-cado imobiliário e pedi-

dos de seguro-desempregonos Estados Unidos impulsio-naram as ações pelo terceiropregão consecutivo em WallStreet, elevando o índice S&P500 a sua máxima em cincoanos ontem. O índice Dow Jo-nes, referência da bolsa de No-va York, avançou 0,63%, para

13.596 pontos. O índice Stan-dard & Poor's 500 teve valori-zação de 0,56%, para 1.480pontos. O termômetro de tec-nologia Nasdaq subiu 0,59%,para 3.136 pontos.

O S&P 500 fechou em seumaior nível desde dezembrode 2007 e agora está a apenas5,6% de sua máxima históricade 1.565 pontos.

A ação da fabricante de

chips Intel avançou no after-market após a companhia pro-jetar margens brutas melho-res do que o esperado para oprimeiro trimestre.

O papel da companhia já ha-via fechado com alta de 2,6%,a US$ 22,68. O setor de semi-condutores na bolsa teve va-riação positiva de 2%, encer-rando em seu maior nível emoito meses. (Reuters)

Brendan McDermid/Reuters

12bilhões de euros

foram investidos pelogrupo alemão no

projeto SteelAmer icas.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARRNº 449

HONDA NC 700X

Para andar bem na cidadeBoa para nosso trânsito, por R$ 27.490. Com ABS, R$ 29.990. E a Honda comemora 18 milhões de motos brasileiras.

MÁRIO TONOCCHI

O híbrido Prius, da Toyota, já está avenda no Brasil, por R$ 120.830,00.Com dois motores, um elétrico (650 Volts)e outro a gasolina (1.8), já vendeu maisde 3,5 milhões de unidades em todo o mundodesde que foi lançado, em 1997.

ENCHENTES

Não deixe seu carro morrer afogadoO Cesvi, entidade que realiza estudos variados sobre a vida do automóvel, dá boas dicas para evitar danos ou perda do seu xodó.

Todo ano, no verão, é amesma ladainha: ca-lor (que neste anotem abusado das al-

tas temperaturas), chuva ealagamentos. E a cada anomais vítimas, a maioria dos ca-sos com perda quase total dosseus bens e, pior, de vidas. En-tre estes prejuízos está o veí-culo, seja de qualquer modelo,tamanho ou ano.

Além de colocar em risco avida dos ocupantes, surgemdanos no acabamento e naparte mecânica, muitas ve-zes irreversíveis. Por isso, oCesvi Brasil (Centro de Expe-rimentação e Segurança Viá-ria), único centro de pesquisabrasileiro dedicado à segu-rança viária e veicular, dá al-gumas dicas importantes pa-ra seguir numa emergência.

M o t o r m o r r e u ? Se i s soacontecer durante a traves-sia de trecho alagado, jamaistente dar a partida. Mante-nha-o desligado e remova ove ícu lo a té uma o f i c ina .Diante da possibilidade deadmissão de água, essa prá-tica reduz o risco de danoscausados ao motor por umcalço hidráulico.

O ideal é não se aventurarem terreno com água, mas senão houver outro jeito, obser-ve a altura do nível de água dotrecho e siga o manual do pro-prietário: a maioria das mon-tadoras estabelece uma altu-ra máxima para essas traves-sias, que nunca excede o cen-tro da roda.

Nos alagados, dirija sempreem baixa velocidade, manten-do uma rotação constante domotor, em torno de 2.500 rpm.Isto diminui a variação do nívelda água e evita que ela respin-gue no motor e nos elementoseletrônicos do carro.

Carro automático? Neste ca-so, a troca de marchas deveser feita manualmente, sele-cionando a posição "1". Assimseu carro não desenvolverávelocidade acima do necessá-rio e você poderá imprimir ro-tação maior ao motor. Outradica do Cesvi é manualmentealternar a troca de marchasentre "N" e "1", de modo amanter a velocidade do veícu-lo baixa durante o trecho ala-gado, sem descuidar da rota-ção do motor, sempre em tor-no de 2.500 rpm.

Calma. Isto mesmo, se nãohouver como escapar da en-chente, mantenha a calma ca-so constate situações como oaumento de esforço ao ester-çar (direção hidráulica) ouacionar os freios, variação naluminosidade das luzes do pai-nel de instrumentos, alertassonoros, flutuação dos pontei-ros, luzes de anomalia da inje-ção eletrônica, bateria e ABS(se disponível) acesas. Podeocorrer também a interrupçãodo funcionamento da tração4X4 (veículos diesel), pois to-do esse quadro pode ser cau-sado pela perda de aderência

entre a correia auxiliar e asrespectivas polias da bombada direção hidráulica, alterna-dor e bomba de vácuo (veícu-los diesel). Mas, repetindo,mantenha a calma porque, namaioria das vezes, é um fatopassageiro que não impede adirigibilidade. Apenas reforcea cautela e mantenha o menornúmero possível de equipa-mentos ligados.

Passe calor. Desligue o ar-condicionado. Melhor passarum pouco de calor e reduzir orisco de calço hidráulico. Comisso impede-se que algunscomponentes joguem água na

tomada de ar do motor. Quan-to aos veículos rebaixados eturbinados eles apresentamos maiores riscos de sofrer cal-ço hidráulico. Se o seu carro éum deles, redobre a atençãoaos procedimentos sugeridos.

Ficou na enchente? Se nãodeu para escapar do alaga-mento e o seu carro foi invadi-do pelas águas, o Cesvi reco-menda fazer um check-up,corrigindo, por exemplo, pos-síveis alterações do sistemade injeção eletrônica. Elas, namaioria dos casos, são muitosimples e imperceptíveis nes-sa fase inicial, como maus con-

tatos, mas que posteriormen-te podem gerar grandes trans-tornos e prejuízos.

Além disso, podem ocor-rer, entre outros, a contami-nação do cânister, do óleo datransmissão, do eixo diferen-cial, ou eixos, no caso de veí-culos com tração traseira oumesmo 4x4. Com isso, pode-se reduzir da vida útil doscomponentes desses conjun-tos, além de riscos de falhasna embreagem, suspensão efreios. Faça uma avaliaçãodesses itens.

Não se esqueça de mandarverificar e limpar o sistema de

ventilação, que estará sujeitoa contágios por fungos, micro-organismos e bactérias, que,com o passar do tempo, po-dem trazer doenças para to-dos os que usam o veículo.

Para saber mais sobre o tra-balho da entidade como, porexemplo, os índices de cadamodelo brasileiro nos itens Se-gurança, Visibilidade, Danosde Enchente e CAR Group (quecompara veículos de umamesma categoria quanto à fa-cilidade e o custo de seu repa-ro), acesse o site do Cesvi:

h t t p : / / w w w. c e s v i b r a s i l . c o m . b r /

indices/comparativo.aspx.

Versátil e com torque vi-goroso em baixas rota-ções (6,4 kgfm a 4.750

rpm) nas bem curtas primei-ras três das seis marchas, aHonda NC 700X é uma motopara os afazeres urbanos, co-mo ir ao trabalho, escola e atépequenas compras.

A bici l índrica, de motor700cc e 8 válvulas que rende52,5 cv, tem lugar para umcapacete no lugar do tanquede combustível, que foi des-locado para debaixo do ban-co do garupa.

Conforto – No trânsito pe-sado de São Paulo, ela, com ocentro de gravidade baixo,oferece o conforto de umaposição de pilotagem ereta eposicionamento confortáveldos pedais, no melhor estilodas motos trail. Os preços sãoatrativos: R$ 27.490, a stan-dart, e R$ 29.990, com ABS.

Quem está acostumado aacelerar, mesmo na cidade,estranha um pouco o compor-tamento da NC. Ela atinge os

100 km/h próximo dos 6 se-gundos, mas corta o giro aospoucos 6.500 rpm.

Na estrada, respeitando-seos 120 km/h da rodovia dosBandeirantes, a NC vai bem,mas falta retomada principal-mente com um garupa. Em sex-ta marcha, ela perde potência.

Lado bom – O consumo ani-ma. Com tanque de 14,1 litrospode fazer média de 30 km/lnas viagens e 23 ou 24 km/l nacidade. O câmbio tem engatesmacios e o sistema de freio ébem dimensionado para asproporções da moto. O painelé simples e com bom visual.Ela conta com pequeno para-brisa, que não faz efeito paraquem tem mais de 1,80 metro.O design é bem italiano. Boni-to para quem gosta do estiloe da ponta tipo bico de patoavançando sobre ofarol. Um recursoestilístico muito co-m u m n a s m o t o strail de hoje.

A NC 700 X, lançadaoriginalmente na Euro-pa e apresentada aqui

pela Honda no ano passado,tem no Brasil uma forte concor-rência. Além da Honda XL 700VTransalp, da própria marca,compete com a Kawasaki Ver-sys 650, BMW G 650 GS, SuzukiDL 650 V-Strom e Yamaha XT660Z Ténéré. Todas girandoem torno de R$ 30 mil.

18 milhões – A Honda produ-ziu ontem a moto de número18 milhões no Brasil. A histó-ria no Paísl começou há 36anos, na maior fábrica damarca no mundo. A primeiraHonda brasileira foi uma CG125 (foto abaixo), laranja,que teve o rei Pelé como garo-to propaganda, em 1977. Ho-je, a marca produz uma motobrasileira cada 8 segundos.

sexta-feira, 18 de janeiro de 201318 DIÁRIO DO COMÉRCIO

urismotTEMPORADAHISTORICANA FAZENDA

A 90 quilômetrosde São Paulo, aFazenda Capoava temquase três séculosde história e recebeseus hóspedes commuita diversão.

Fotos: Antonella Salem

Programaçãocom os "tios"inclui trilhas e

banho de cachoeira(abaixo) e tem

como ponto altoo Passeio dos Bichos(acima e ao lado),

durante o qualhá a interaçãocom espécies

selvagens, comoa jiboia.

Divulgação

Propriedadetambémse dedicaà criação

de cavalos(acima).

Antiga senzalaabriga quatrodos 25 chalés

(ao lado).Espaço

Memóriaconta umpouco do

passado dafazenda

e do Estado.

Antonella Salem

Édomingo de manhã ea criançada está reu-nida no Passeio dosBichos. Atrás do ca-

sarão datado de 1750, noquintal perto da horta, os"tios" mostram os jabutis efalam com expertise sobre oanimal e seus hábitos al i-mentícios. Tio Ayo é biólogo etreinou bem sua equipe. Ospequenos turistas nem pis-cam, ávidos por informação.Depois é a hora de alimentaros tucanos, as araras e papa-gaios, e ver a Ilha dos Maca-cos, da espécie prego, quepulam de galho em galhodiante de um dos cincograndes lagos. En-tão, liberta-se acoruja branqui-nha e de pêlo tãomacio como al-godão. Pode pas-sar a mão, um de ca-da vez. E a história de umtucano machucado e recém-chegado comove o grupo.Vem a jiboia. Até os mais me-drosos – pais e filhos – são ca-pazes de posar para foto coma cobra no pescoço. Momen-tos histórico.

O programa de interaçãocom os bichos selvagens é umdos pontos altos da viagem àFazenda Capoava. No interiorde São Paulo, em Itu, a proprie-dade tem quase três séculos eacolhe com serviço impecávele muita diversão.

Na casa-sede do períodode engenho de açúcar, cons-truída em taipa de pilão e mo-biliada com peças rústicas, épossível comer na grandemesa de jantar ao lado de ou-tros hóspedes. Faz-se ami-gos facilmente entre umagarfada e outra das especia-lidades da cozinha brasileirae típica do interior paulista.Pão de abobrinha, leitoa a pu-ruruca, peixe assado, tigela-da de chuchu, cuscuz... tudodá água na boca na pequenasala do bufê, que funcionaem um antigo e charmoso fo-

gão a lenha desativado.Uma seleção de vinhosdo País para acompa-nhar e, na sobremesa,doce de leite e outrasdelícias caseiras.

A hora da refeição é umadas mais esperadas, mas ocalendário de at iv idadestambém é farto. Trilha ecoló-gica até a cachoeira, pescaesportiva, futebol, tênis naquadra da fazenda, piqueni-que, piscina e brincadeirascom os "tios". Sem falar nasaulas de equitação e nas ca-valgadas. Já é tradicional porlá o roteiro a cavalo ao luar.

Se não quiser fazer nada,entretanto, sente-

se no terraço docasarão e relaxe.

Museu – A pou-cos metros, uma

casa de pau a pi-que no estilo bandei-

rista abriga o EspaçoMemória, que conta um pou-co do passado da fazenda edo Estado de São Paulo. Emexibição, peças curiosas co-mo uma máquina de benefi-ciamento de café de 1930,movida por roda d'água, al-gemas de escravos e utensí-lios domésticos. Em meadosdo século XVIII, a Capoava foium dos engenhos deaçúcar de maiord e s t a q u e d oPaís. Em 1881,foi vendida erebatizada deFazenda Japãoe passou ao Ci-clo do Café. Em1941, foi nova-mente vendida eas plantações substi-tuídas por pastagem para ga-do leiteiro e gado de corte,a t i v i dade p ra t i cada a té1979. Em 2000, já nas mãosdo atual proprietário Paulode Almeida Prado, 50 alquei-res da propriedade foramdestinados para o turismo e orestante para a criação de ca-valos crioulos, sua paixão.

A antiga senzala junto à se-de acolhe quatro dos

25 chalés – todoscom lareira – e oscha lés- colôn ia,est i lo dup lex ,ocupam as anti-gas residências

dos imi-gr ant esi t a l i a-nos que

vieram a partir da abolição.Parte da fazenda passa porrevitalizações pelo arquitetoAlfredo Hermínio Barbosa Ju-nior. Dez novos chalés estãoa caminho e devem estarconcluídos em 24 meses,mantendo a atmosfera acon-chegante da fazenda. A Ca-poava fica logo ali, a 90 quilô-metros da São Paulo, e é pos-sível visitá-la por um dia.

Fazenda Capoava: km 89,9 da Rodovia Dom Gabriel Paulino BuenoCouto (Antiga Rodovia Marechal Rondon). De São Paulo, acesso nasaída 59 da Rodovia dos Bandeirantes. Tel. (11) 2118-4100,www.fazendacapoava.com.br. Diárias a partir de R$ 918 por casal(janeiro e fevereiro), com pensão completa – cortesia para umacriança de até 5 anos. No feriado de 25 de janeiro, três diárias a partirde R$ 2.754 (duplo). O Day Use custa R$ 353, com direito ao uso dapiscina, sauna, lazer e um chalé por um dia, e o programa Passantespermite visitar e pagar só o que for consumido.

Mais hotéis-fazenda no interior paulistaFotos: Divulgação

Na antigafazenda deAmacioMazzaropi,parqueaquático emonitoria.

Casarão de 1872: Fazenda Dona Carolina.

Hotel Fazenda Mazzaropi: eleitopela revista 'Viagem e Turismo' oMelhor Hotel Fazenda do Brasilpela quinta vez consecutiva(2012/2013), o hotel em Taubatéocupa a área da fazenda quepertenceu a Amacio Mazzaropinos anos 70. Na infra-estrutura,piscinas, sauna, academia deginástica, quadra de vôlei deareia, campo de futebol, bocha,mini golfe, quadra de tênis, lagocom pedalinhos, parque aquáticoinfantil e muito mais. Diáriascomeçam em R$ 504 (a partir de27/1). No período do feriado de25 de janeiro, a partir de R$ 648por dia (mínimo quatro diárias).Tel. 0800/ 117877,www.mazzaropi.com.br.

Hotel Fazenda Dona Carolina: em Itatiba,uma fazenda de 1872, uma das pioneirasdo movimento abolicionista no Brasil,transformada em hotel de luxo. Além dasacomodações confortáveis, há centrohípico, programação de lazer – que incluiordenha da vaquinha –, tour histórico edo café e uma cachaçaria própria.Diárias a partir de R$ 881 (a partir de27/1). No feriado do dia 25, pacote apartir de R$ 2.493. Tel. (11) 4534-9100,www.donacarolina.com.br/.

Hotel Fazenda FonteColina Verde: o destinoaqui é São Pedro. Emmeio a 200 mil metrosquadrados de verde, ohotel é o paraíso dolazer. Abriga oitopiscinas, saunas, campode futebol, vôlei deareia, quadra de tênis,lago para pesca,playgrounds, cavalospara montaria, vacaspara ordenha, carneiros,patos, gansos e outrosanimais, além de horta.Diárias a partir deR$ 450 (a partir de 27/1).No feriado, três diárias apartir de R$ 1.740. Tel.0800/ 131009,www.hotelcolinaverde.com.br.

Hospedaria Águas Claras:uma autêntica fazendacafeeira do século XIX a 20km de Itapira. O charmosohotel adaptado no antigocasarão tem entre seusdestaques o RoteiroHistórico do Café e curso debarista. Outras atividadesincluem desde cavalgada eordenha de vacas a banho decachoeira. Diárias a partir deR$ 590,40. No feriado, trêsdiárias a partir de R$ 2.667.Site www.fazendaaguasclaras.com.br.

*Preços são por casal compensão completa e todos oshotéis têm tarifas especiais oucortesia (dependendo daidade) para crianças no mesmoquarto dos pais

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 19DIÁRIO DO COMÉRCIOFotos: Sony Pictures/Divulgação

O caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz) e Django (Jamie Foxx), escravo recém-libertado com um plano de vingança.

Tiros, piadas. E mais tiros.Quentin Tarantino acerta na mosca com Django Livre, inspirado nos faroestes italianos de Sergio Leone.

Lúcia Helena de Camargo

Sangue e tiros, muitasmortes, um homem embusca de vingança, tudo

isso entremeado por situaçõesprosaicas e ótimos diálogos. ÉDjango Livre (Django Unchained,2012, EUA, 165 minutos), comroteiro e direção de QuentinTarantino, que estreia nestasexta (18). A marca registrada docineasta – violência extrema quepermeia todo o filme – está lá. Edesta vez ele foi buscarinspiração nos velhos faroestesdos italianos Sergio Leone eSergio Corbucci.

Jamie Foxx encarna o escravoDjango, libertado pelo caçador derecompensas alemão Dr. KingSchultz (Christoph Waltz) em

troca de informações que olevam até seus antigos donos, osirmãos Brittle. Django se revelaextremamente talentoso para atarefa. Não apenas ajuda comocomeça a participar de maneiraentusiasmada da atividade deSchultz. As recompensas sãopagas se os procurados forementregues vivos ou mortos. Poruma questão de estilo, a duplaprefere levá-los mortos.

Django tem um objetivo:reencontrar a mulher,Broomhilda (Kerry Washington,foto) comprada por outrosproprietários há muitos anos.Schultz aceita o desafio de ajudá-lo. Ao longo da busca eles vãoparar em Candyland,

propriedade de Calvin Candie(Leonardo DiCaprio), que fazquestão de ser chamado demonsieur e instrui a empregadapara receber as visitas à portacom um efusivo bonjour!O passatempo de Candie étreinar escravos paralutas de vida ou morte.Esse será o mote daaproximação doscaçadores derecompensa. Porém,o escravo Stephen(Samuel L.Jackson), 100% lealao amo Candie, vaidificultar a tarefada dupla.

Em certos

momentos, o sangue que jorra àmaneira de Kill Bill (filmado porTarantino em 2003, comsequência em 2004). Assim,Django Livre abandona averossimilhança e embarca em

um ritmo no qual as mortesparecem absolutamentenecessárias para afluência da trama. Quaseenxergamos ali o atorGiuliano Gemma,grande intérprete decowboys na décadade 1960.

As músicas deEnnio Morricone(The Braying Mule;Un Monumento;Ancora Qui, entre

outras) dão o tom. Toda a trilha,aliás, é muito boa, com exceção araps (The Payback/ Untouchable,James Brown e 2Pac) queTarantino deve ter consideradoadequados ao momento do filme,mas incomodam os ouvidos.

São quase três horas de sessãoque – acredite – passamrapidamente. Há ação na horacerta e sequências cômicas quenão deixam o espectador perdero interesse. É de rolar de rir adiscussão entre os mascaradosencarregados de trucidar Djangoe Schultz sobre os furos para osolhos feitos no capuz que usam.

Como sempre, o diretor (àdireita) reserva para suaparticipação especial um

personagem meio pateta. E nofinal há incongruências eexageros que parecem gritar"não me levem a sério demais".Embora o longa tenha aescravidão como tema central, ofinal feliz é mais do que esperado.

A mais jovem atriz e a mais velha disputam. Longa austríaco concorreem cinco categorias, incluindo melhor filme. E o Oscar de

melhor direção não vai para Ben Afleck nem Kathryn Bigelow.

dcultura

Nesta ediçãoJ.K. Rowling, criadora de Harry Potter, agora escreve para adultos.

Teatro: espaço para comédias. Música: a centenária gravadora Odeon. Erudição: obras de Otto Maria Carpeaux em livros de bolso.Visuais: desenhos de Magy Imoberdorf. E Lincoln (foto à dir.), filme com mais indicações ao Oscar.

Não parece coincidênciaque, no ano da reeleiçãodo primeiro presidente

negro dos EUA,, dois dos princi-pais filmes americanos abordem aescravidão. Django Livre, de Quen-tin Tarantino, concorre a cincoprêmios Oscar. E Lin coln, dirigidopor Steven Spielberg e estreladopelo favorito Daniel Day-Lewis, é orecordista do ano com 12 indica-ções, abrangendo filme, ator, di-reção e atriz coadjuvante, paraSally Field. Na principal categoriaconcorrem ainda Indomável So-

nhadora; O Lado Bom da Vida; A Ho-ra Mais Escura; Os Miseráveis; AsAventuras de Pi; Amor e Argo, ven-cedor do Globo de Ouro de filme ediretor, para Ben Afleck, que nãofoi indicado ao Oscar de direção.

Embora para melhor filme pos-sam entrar até dez indicações, pa-ra direção são admitidos apenascinco nomes. Então há quemaponte injustiças. Além da ausên-cia de Afleck, entre as mais co-mentadas está a falta de KathrynBigelow, que comanda o polêmicoA Hora Mais Escura, sobre a caçada

ao líder da orga-nização terroris-ta Al Qaeda, Osa-ma bin Laden. Olonga (com duashoras de 37 mi-nutos) não fo imuito bem rece-bido pela comu-nidade de Hol-lywood. Já a atrizprincipal da his-

tória, Jessica Chastain,levou o Globo de Ouro econcorre ao Oscar.

As Aventuras de Pi, deAng Lee, que contaa envolvente his-tória sobre umnáufrago emum barco naco mpan hiade um tigre,é o segundo

mais indicado (11) pela Acade-mia de Ciências Cinematográ-fas, incluindo muitas categoriastécnicas, como efeitos visuais,

fotografia, montagem edireção de arte.

É d a d a c o m oquase certeira apremiação de Da-niel Day-Lewis, queconcorre com Den-zel Washington,

Hugh Jackman, Bra-dley Cooper e JoaquinP h o e n i x . E n t r e o scoadjuvantes a dispu-ta fica entre ChristophWaltz, Philip Seymour-Hoffman, Robert De Ni-ro, Tommy Lee Jones eAlan Arkin (foto). Já nocampo femin ino , acompetição se acirra.Estão no páreo NaomiWatts, Jessica Chastain, JenniferLawrence e Quvenzhane Wallis, amais jovem atriz a disputar um Os-car, pelo papel em Indomável So-nhadora. A menina tem nove anose tinha apenas seis quando rodouo filme. Este ano também concor-re a mais velha candidata a me-lhor atriz: Emmanuelle Riva, deAmor, de 85 anos.

Amor (ganhador do Festival deCannes 2012) foi nomeado tam-bém aos prêmios de melhor filme,roteiro, direção para o austríacoMichael Haneke e melhor filme em

língua estrangeira, ca-tegoria na qual venceuo Globo de Ouro. O prê-mio foi entregue peloconterrâneo ArnoldSchwarzenegger. O Pa-l ha ç o , de Selton Mello,representante brasi-leiro à vaga de filme es-trangeiro, não entroupara a lista de finalis-tas. O único represen-

tante latino entre os estrangeirosé No, do chileno Pablo Larraín, es-trelado por Gael García Bernal.

Os vencedores serão conheci-dos em 24 de fevereiro, na cerimô-nia que será apresentada por SethMacFarlane. Mais conhecido atrásdas telas, o comediante é o criadordo desenho Family Guy e do filmeTe d . A festa começa às 22h, trans-mitida ao vivo pela TNT, com co-mentários de Rubens Ewald Filho,e pela TV Globo. (LHC)

Emmanuelle Riva, de 85 anos: indicada mais idosa.

Anne Hathaway e Hugh Jackman, no musical Os Miseráveis.

Ang Lee:11 indicações.

Uni

vers

al/D

ivul

gaçã

o

Fox Film/Divulgação

Imovision/Divulgação

sexta-feira, 18 de janeiro de 201320 DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

A criadora de Harry Potterescreve para os adultos que já a liam

quando criançasRenato Pompeu

Arquivo DC

J.K. Rowling: como nos clássicos romances ingleses do século XIX.

Quando publicou oprimeiro dos sete livrosda saga infantil Harry

Potter, em 1997, a escritorainglesa J.K. Rowling tinha 32anos de idade. Quinze anos e450 milhões de exemplaresvendidos em 200 países depois,ela, aos 47 anos, num momentoem que seus primeiros leitoresjá tinham completado oscursos universitários e jáestavam trabalhando – setinham 10 anos em 1997 estãocom 25 agora –, ela lançou em2012 o seu primeiro romancepara adultos, chamado noBrasil de Morte Súbita (umatradução mais fiel teria sido"A vaga casual") e editadopela Nova Fronteira.

Poder-se-ia dizer que, como ocantor Roberto Carlos, quecomeçou arauto da JovemGuarda e acompanhou oamadurecimento de seus fãsvoltando-se para canções maislentas, ao mesmo tempo maissensuais e mais sentimentais,J.K. Rowling pretendeu tambémacompanhar o amadurecimentode seu público inicial. O resultadoé um romance bem ao estilo dosclássicos romances ingleses doséculo XIX, com suas dezenasde personagens envolvidasem tramas complicadas,intrigantes e bem armadas,que deixam o leitor ir passandode suspense em suspense,cada vez mais interessado emcontinuar lendo para saber acontinuação e, atravessandoo mais rapidamente quepuder as 500 páginas do livro,chegar ao desenlace final, oudesenlaces finais.

Trata-se da vida poucoedificante dos habitantes dacidadezinha aparentementeidílica de Pagford, situada naregião oeste da Inglaterra.Um típico quarentão da cidadesofre morte súbita e issodesencadeia uma série desituações surpreendentes,revelando-se como praticantesde sexo livre algumas daspessoas mais respeitadas dacomunidade, algumas dasquais chegam a consumirheroína e muitas das quaisfalam seguidamentepalavrões. Vigora ainda umchocante racismo contra etnias

não anglo-saxãs. A "vagacasual" do título original serefere à vaga aberta, pelamorte súbita do quarentão, nacomposição do conselhoparoquial. A trama principalcomeça a girar em torno dasmaquinações entre os gruposinteressados em preencher avaga com um dos seus.

J.K. Rowling sabe do queestá falando. Joanne Rowlingnasceu na cidadezinha deChipping Sodbury, que, como afictícia Pagford, localiza-se nooeste inglês. Seu pai era umengenheiro da fábrica de carrosde luxo e de motores de aviãoRolls-Royce; sua mãe era deascendência francesa eescocesa. Caçula de duasirmãs, quando Joanne tinhaseis anos, sua família mudoupara outra cidadezinhapróxima, Winterbourne, ondeficou amiga das crianças deuma família chamada Potter.

Foi quando passou a morarem Winterbourne, isto é, apartir dos seis anos de idade,que Joanne começou a escrevere, principalmente, a ler, tendosido uma garota tímida, queusava óculos de lentes grossase que ficava lendo todo o tempoque era possível – exatamentecomo Harry Potter. Em 1974,aos nove anos, a família de

Joanne mudou para Tutshill,também no oeste da Inglaterra,porém mais perto da fronteiracom o País de Gales. Quandoentrou para a faculdade,não saiu do ambiente decidade pequena: estudou naUniversidade de Exeter, cidadede 100 mil habitantes nosudoeste inglês, onde seformou em língua e literaturafrancesas em 1986, aos 21anos. Passou os anos seguintestrabalhando como secretáriaem várias firmas, inclusivenuma editora, onde eraencarregada de escrevercartas de rejeição a autores deoriginais não aprovados parapublicação. Tentou escrevervários romances para adultos,mas não terminou nenhum.

Em 1990, aos 25 anos, doisgrandes acontecimentos: numtrem entre Manchester eLondres, que atrasou e ficoumuito tempo parado, elateve pela primeira vez a ideiade um livro infantil com umpersonagem chamado HarryPotter. Logo depois, foi serprofessora de inglês emPortugal, onde casou e teveuma filha com o jornalista detelevisão Jorge Arantes. Ocasamento, sempretumultuado por brigas, duroupouco mais de dois anos e, em

1993, com uma filha de trêsmeses, Joanne voltou àGrã-Bretanha, mas não para aInglaterra, e sim paraEdimburgo, na Escócia,onde foi morar com a irmãmais velha, Diana.

Mãe solteira e sofrendo desurtos de depressão, Joanneescreveu à mão Harry Potter e aPedra Filosofal, pois não tinhadinheiro para comprar nemuma máquina de escreverusada, quanto mais umcomputador: ganhava poucocomo professora de francês ecomo bolsista do ConselhoEscocês de Artes. Depois de tersido recusado por váriaseditoras, finalmente, em 1996,o livro foi publicado pelaBloomsbury. Como seimaginava que um livro escritopor uma mulher não seria lidopor meninos, Joanne, que nãotinha o sobrenome do meio,recorreu ao K de sua avóKathleen e assinou "J.K.Rowling", nome literário quemanteve desde então.

Foi um sucesso enorme einesperado. Principalmentedepois de ter sido editado nosEUA, em 1998, o livro vendeumilhões de exemplares, deuinício à famosa saga eredundounuma série de filmesextremamente lucrativos. Masnão só isso: numa combinaçãorara, a série Harry Potter foinão só um sucesso de públicoinfantil como entre leitoresadultos e entre os críticosprofissionais mais exigentes.A marca Harry Potter éavaliada em US$ 15 bilhões;J.K. Rowling é a primeirapessoa no mundo a se tertornado bilionária escrevendolivros. O sétimo e último(pelo menos por enquanto)livro da saga é de 2007.

Agora, três semanasapós seu lançamento emsetembro último, MorteSúbita já tinha vendido ummilhão de exemplares, só eminglês. E a BBC já estáproduzindo uma série deTV baseada no romance,prevista para entrar no ar em2014. Um conto de fadas?

Comédias, um tom acima do simples cotidiano.Erik Almeida/Divulgação

Sérgio Roveri

O Terraço: surrealismo no ap.

Conhecido pelos textosdramáticos, como omonólogo Córtex e o

sucesso Camille e Rodin, em quedescreve o conturbadorelacionamento dos escultoresfranceses Auguste Rodin eCamille Claudel, o dramaturgoFranz Keppler aventura-se pelaprimeira vez na comédia.Divórcio! foi escrito há algunsanos e chega aos palcos nestasexta (18) no Teatro RaulCortez, sob a direção deOtávio Martins.

Não é o valor,a metrageme muito me-

nos a localização doapartamento que setorna foco da dispu-ta na separação docasal Madeleine eEtiènne – é o terraçodo imóvel, um miste-rioso recanto enso-larado que parececoncentrar tudo quea sociedade mani-festa de sensatez eloucura. Escrita peloautor e roteiristafrancês Jean-ClaudeCarrière, de 82 anos,a peça O Terraço ga -nha sua primeira en-cenação nacional,em cartaz a partir desta sexta(18), no Teatro Nair Bello doShopping Frei Caneca. O texto foitraduzido por Henrique Benja-min e a montagem é assinadapor Alexandre Reinecke.

Na trama, que tem início du-rante um corriqueiro café da ma-nhã, Madeleine (Vera Zimmer-mann) comunica ao maridoEtiènne (Marco Antonio Pâmio)seu desejo de pôr um fim ao casa-mento, com a consequente loca-ção do apartamento em que vi-vem. O imóvel, imediatamente,

começa a ser visitado por uma le-gião de tipos esquisitos, arregi-mentados por uma corretora efi-ciente e estranhamente eclética.Em comum entre os interessa-dos no imóvel há uma inexplicá-vel atração pelo terraço.

Os visitantes compõem umgrupo tão alegórico que os únicossinais de realidade são encontra-dos na figura do casal de morado-res. Há desde um general cegoque despenca do imóvel e retor-na à cena sem nada ter sofridoaté personagens que personifi-

cam a malandragem e a paixãodesenfreada.

Reinecke afirma que os perso-nagens de O Terraço parecem vi-ver um tom acima do restante dasociedade e que a peça pode serentendida como um eficienteduelo entre o real e o imaginário.

O Terraço. Sexta (18).Teatro Nair Bello. Rua FreiCaneca, 569. Terceiro piso.Tel.: 3472-2414.Sexta, 21h30. Sábado, 21h.Domingo, 19h. R$ 40 a R$ 60.Censura: 14 anos.

A peça tem como cenário osescritórios de advocacia, ondedois famosos (ou quase) estãoem processo de separação. Deum lado, o jogador de futebolCacau Melo (papel do ator PedroHenrique Moutinho). Do outro, acandidata à celebridade BrunaPrado (Nathália Rodrigues).Além do fato de seu processo deseparação despertar ointeresse de boa parte da mídia,o casal tem de conviver com umônus extra – os advogados queos representam também já

foram casadosum dia. E, paradar um contornomaiscomplicado àsituação, sesepararam pelosmesmosmotivosalegados agorapor seusclientes.

Representandoo jogador está aadvogada Cecília(Suzy Rego),obrigada aduelar, agoraprofissionalmentecom seu ex,Jurandir (JoséRubens Chachá),

que defende os interesses deBruna. Segundo o autor, a graçae a ironia da situação é queagora os advogados se veemobrigados a usar, a favor dos seusclientes, os mesmos argumentoscontra os quais, anos atrás,eles chegaram às vias de fato.

D ivórcio! Sexta (18).Teatro Raul Cortez.Rua Doutor Plínio Barreto, 285.Tel.: 3254-1631. Sexta, 21h30.Sábado, 21h. Domingo, 19h.R$ 50 a R$ 60.Censura: 14 anos.

N O TA S

Ópera ao vivo no cinemaOMetropolitan Opera Hou-

se (Met) de Nova York divi-de com o Alla Scala de Milão,L´Opéra de Paris e Ópera de Os-lo o título de o mais charmosotemplo da música lírica do pla-neta (na América do Sul o Colónde Buenos Aires é imbatível).Guiado também por um marke-ting de primeira - afinal, é patri-mônio dos EUA, esse grandiosoteatro chega ao vivo e em altadefinição aos cinemas de todosos continentes.

Aqui em São Paulo, a iniciati-va de cobrir as temporadas doMet é da Rede UCI. (Veja a pro-gramação no site www.ucic ine-mas.com.br/met-opera ) Nestesábado (19), às 15h55, será exi-bida a montagem de Ma r i aS tu a rd a , tragédia de GaetanoDonizetti (1797-1848), na foto,com libreto de Giuseppe Barda-ri, baseado em adaptação deAndrea Maffei à peça Ma r y

Stuart de Friedrich Schiller.Maria Stuarda narra a história

de Mary Stuart, Rainha da Escó-cia, no século XVI, que travouferoz batalha pelo poder comsua prima, a Rainha Elizabeth I,da Inglaterra. Prisioneira destadurante dezoito anos, Maryacabou decapitada.

Na versão do Met, fazem par-te do elenco as mezzo-sopra-nos Joyce DiDonato (que estevena Cidade no ano passado, aconvite da Cultura Artística) eElza van den Heever; e os solis-tas Francesco Meli (tenor);Joshua Hopkins (barítono) eMatthew Rose (baixo). Regen-te: Fabio Luisi. Jardim Sul UCI.Avenida Giovanni Gronchi ,5830. Tel.: 2164-7111. An ál iaFranco UCI. Avenida RegenteFeijó, 1739. Tel.: 2164-7790.Santana Parque UCI. Rua Conse-lhe i ro More i ra de Barros ,22780. Tel.: 3131-2211.

Filarmônica em HD

Oamericano Murray Pe-rahia (foto), hoje entre os

dez mais no ranking dos pianis-tas virtuoses, será o solista-re-gente da Orquestra Filarmôni-ca de Berlim (em 1º na lista dasdez mais do planeta) em con-certo que você poderá assistirao vivo, em HD. Esse projeto(ou megaprojeto) faz parte daampliação de eventos que os fi-larmônicos estão desenvol-vendo com abertura global jáde grande sucesso. As instru-

ções sobre acesso e programa-ção da orquestra estão no sitewww.digital-concert-hall.com enuma promoção da R ev i s t aConcerto de SP (w w w. c o n c e r-to.com.br/dch). As cotações pa-ra degustar os espetáculos eoutros eventos da Berlim são:48 horas, 9,9 euros; 30 dias, 29euros; 12 meses, 199 euros.(Euro: RS 2,70 em média paravenda.) Firlarmônica de Berlim.Murray Perahia - Piano e regên-cia. Repertório: Mozart - C o n-certo para Piano Nº 27; Schubert- Sonata para Piano a QuatroMãos em Dó Maior (Grand Duo),com orquestração do violinistaJoseph Joachim (célebre cola-borador de Brahms). Sexta (18).20h (17h em Brasília).

RECITAL DE PIANOA pianista Eudóxia de Barros interpreta pe-

ças de Debussy (foto). Ainda no programa,músicas de Ernesto Nazareth, em cujo reper-tório Eudóxia é especialista. Sociedade Brasi-leira de Eubiose. Av. Lacerda Franco, 1059.Tel.: 3208-9914. Sábado (19). 20h. R$ 20.

Divórcio!: clientes e advogados atrapalhados.

Otávio Dias/Divulgação

Marino Maradei Jr.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

ENTRE O POÉTICO E O COTIDIANORita Alves

Débora Branco/Divulgação

Posso DançarPra Você?:

espetáculo daCia. DomínioPúblico buscaincorporar arua como real

transformadorado espetáculo.

OProjeto Fora do Palco,planejado para exibirapresentações de dança

em espaços alternativos,apresenta até o fim deste mês noSesc Pinheiros o espetáculo Po s s oDançar Pra Você? da Cia. DomínioPúblico. As pessoas podemassistir à coreografia todas àsterças e quartas, às 20h30.

A apresentação dos bailarinosacontece na praça do Sesc e éembalada de forma especial. "Aúnica trilha sonora que temos noespetáculo são as músicascantadas pelos própriosbailarinos", explica MargaridaDuarte, produtora cultural dacompanhia. "São dois bailarinos eduas bailarinas no elenco. Emuma das cenas, eles disputam aatenção das bailarinas, cantandomúsicas românticas." Apesar dea seleção variar a cadaespetáculo, Edith Piaf e Beatlessempre fazem parte dorepertório sedutor da dupla. Opúblico também ajuda naconquista com algumassugestões. "Eles cantam o que aspessoas pedem e vãoimprovisando", conta. Orepertório, com cerca de 30canções, fica cada vez maispopular com o passar do tempo,incluindo até sucessos maispopulares como Ai Se eu Te Pego,

do cantor Michel Teló.Na plateia parte do público é

formada por crianças. E são elasque normalmente se dispõem adançar com os bailarinos. "Elasvão para o meio do espaço,dançam com eles, ficam muitoanimadas e interessadas", diz.

"Tem um público mais instruídoque entende logo de cara que éuma intervenção artística e quese trata de um espetáculo. Nessecaso, a reação dele é meio deobservador, mas que interage àmedida que vai ganhandointimidade com os bailarinos."

Em outras apresentações,feitas nas praças da cidade deCampinas, a resposta dosespectadores foi depreocupação. "Nós começamossem ter anunciado que era umespetáculo e muitos acharamque os bailarinos estavam

possuídos e que precisavam deajuda. Eles desmaiam em umaparte do espetáculo e nessemomento as pessoas ficarammuito aflitas tentando ajudar",afirma a produtora. Na ocasião,uma breve interrupção dosartistas com a frase "Estamos

dançando" foi suficiente paraacalmar a plateia. "Temosreações diversas, todas muitointeressantes e todas elasmodificam o espetáculo."

O processo de criação da Cia.Domínio Público sempre levouem conta o trabalho em duasvertentes: a sala de ensaio e osespaços públicos. "Sempre queeles trabalhavam algum roteirocoreográfico, elesexperimentavam na rua para vercomo era a reação das pessoasque não sabiam sobre aintervenção artística e comoessas intervenções mudavam oroteiro. A partir daí eles foramconstruindo o espetáculo", diz."O grupo trabalha em cima decomo o poético pode transformaro cotidiano. Como a pessoa quepassa na rua, correndo para irpara o trabalho ou para pegar acriança na escola, como ela podeparar para apreciar umaintervenção artística. Elesbuscam compreender limitesentre o cotidiano e o poético.Esse limite que muitas vezes nósnem percebemos, nósignoramos."

Sesc Pinheiros. Rua PaesLeme, 195, tel.: 3095-9400.Terças e Quartas, às 20h30,na Praça. Grátis. Censura livre.Até 31 de janeiro.

O inventor checo da nossa OdeonAndré Domingues

Até os mais anticapitalis-tas precisam aceitar quepopularidade da música

no Brasil de hoje só se tornou pos-sível porque, um dia, o imigrantecheco Frederico Figner resolveu,além de gravar discos – no que elefoi o pioneiro com sua Casa Edison–, fabricá-los no Rio de Janeiro. Osucesso foi tal, que, rapidamente,elevou o País ao 4° lugar no mer-cado mundial, dando início à vito-riosa jornada da indústria fono-gráfica brasileira.

Os requisitos da ousada em-preitada de Figner excediam, emuito, as possibilidades do bem-sucedido comerciante que era. Ocapital e o know-how vieram desua grande parceira comercial, aInternational Talking Machinealemã, que, curiosamente, usavacomo marca um nome inspiradono grande Théâtre Odéon de Pa-ris. Explica-se: a empresa tinhagrande parte de capital francês euma rixa acirrada com sua conter-rânea Zonophone.

A fábrica Odeon, instalada naVila Isabel, contava com 150 fun-cionários para operar uma maqui-naria importada de alta tecnolo-gia, capaz de produzir 125.000discos de 78 rpm por mês. Graçasa ela, Figner conquistou autono-mia, reduziu os custos e pôde am-pliar incrivelmente o alcance dosseus discos. Sintoma disso é a tira-gem inicial dos discos, que saltoude 250 para 600 exemplares

Em 1931 houve uma grande fu-

são internacional de gravadorasna Inglaterra que transformou aOdeon em EMI-Odeon. A mudançanão demorou a afastar o volunta-rioso, mas simplório Figner da con-dução dos negócios no Brasil. Umolhar mais atento sobre a gigan-tesca multinacional que se forma-va, porém, talvez pudesse preverque, com o tempo, o próprio nomeOdeon seria apagado, em prol damarca única EMI. No revolucioná-rio 78 rpm Chega de Saudade/BimBom, do bossa-novista João Gilber-to, a única logomarca visível ainda

era o pequeno templo clássico daOdeon. Já no álbum duplo Clube daEs qu in a, de 1972, feito por MiltonNascimento e Lô Borges, o retân-gulo de letras largas da EMI veiopor cima. Por fim, nos discos ini-ciais de Marisa Monte, na viradados anos 80 para os 90, via-se ape-nas a marca da EMI. O nomeOdeon, ali, restringia-se a umamenção em letras miúdas no selointerno. Pouco adiante, deixaria deser usado de vez. Restaram, ape-nas, suas valiosas memórias nosmicrossulcos da história da MPB.

1903: abre-alas para a MPB.

Alguns acontecimentos fun-damentais da música brasi-

leira se difundiram a partir da en-trada da Odeon no mercado, em1903, quando ainda produzia osdiscos da Casa Edison na Alema-nha. Em fins de 1916, por exem-plo, foram prensados ali os discosque levaram o samba baiano Pe l oTe l e f o n e , assinado por Donga eMauro de Almeida e cantado porBahiano, a se tornar o primeirosucesso popular do gênero. Noano seguinte, a Odeon traria asprimeiras gravações de Pixingui-nha tocando suas próprias obras,como o antológico disco que reu-niu as futuramente célebres S o-fres Porque Queres e Rosa.

Francisco Alves, prata da casa,fez lá um bom número dos seusprincipais registros. Em 1927, pôssua voz no primeiro disco brasileiroproduzido pelo inovador sistemaelétrico de gravação. Cinco anosdepois, gravou Se Você Jurar, um

dos mais bem-acabados exemplosdo samba carioca. O melhor, con-tudo, ficou para 1939, quandoeternizou o samba-exaltaçãoAquarela do Brasil, de Ary Barroso,emoldurado num refinado arranjodo maestro Radamés Gnatalli.

Noel Rosa foi outra revelaçãoda Odeon, onde fez suas raras gra-vações como intérprete, lançadaspelo selo afiliado Parlophon. Sãopreciosidades como Com Que Rou-pa, Conversa de Botequim e G ag oA p a i xo n a d o .

Ainda na fase inicial da grava-dora, Carmen Miranda, formadana concorrente RCA, deixou numabreve passagem o clássico O que Éque a Baiana Tem?, de 1939, canta-do ao lado do então estreante Do-rival Caymmi.

Anos adiante, o marco principalda modernização da MPB tambémcaberia à Odeon: o LP Chega deSaudade, de João Gilberto, que le-vou a bossa-nova para o Brasil e o

mundo em 1958. Outra obra capi-tal na história recente da músicabrasileira produzida pela grava-dora foi o álbum duplo Clube da Es-quina (1972), de Milton Nascimen-to e Lô Borges, com sua sofistica-da fusão de bossa, jazz, pop e mú-sica regional.

Até seu final definitivo, no iníciodos anos 90, a marca Odeonacompanhou acontecimentos im-portantes da MPB. Seus últimosgrandes feitos foram a escaladada onda de rock dos anos 80, a par-tir do LP As Aventuras da Bl i tz(1982), e o lançamento da influen-te cantora Marisa Monte, do finzi-nho da década. Fechou, assim,sua trajetória com chave e maisalguns discos de ouro. (Na verda-de, o álbum Mais, lançado por Ma-risa em 1991, foi além e superou500 mil cópias vendidas, ganhan-do a certificação ‘Disco de PlatinaDuplo’ da Associação Brasileirados Produtores de Discos).

CARPEAUXTrês mil anos no bolso

Sérgio Siscaro

Onde andará o "ho-mem renascentista" -capaz de discorrer

com segurança sobre temas di-ferentes, entendendo suas re-lações com o contexto de suaépoca? A resposta mais acerta-da é que ele foi morto pela espe-cialização nos estudos acadê-micos, mais inclinadas à publi-cação de trabalhos colaborati-vos. No entanto, um de seusrepresentantes mais expressi-vos está novamente disponívelnas prateleiras das livrarias.

A editora Leya lançou, no fi-nal do mês passado, a edição debolso, em dez volumes, da His-tória da Literatura Ocidental - otrabalho magno do austríaconaturalizado brasileiro OttoMaria Carpeaux (1900-1978).Nos dez volumes da obra, Car-peaux repassa a trajetória dasletras ocidentais, de Homero aTruman Capote, abarcando gê-neros tão diversos quanto épi-cos, romances, poesia, peçasteatrais e trabalhos de historio-grafia e até de filosofia, de umaforma clara e abrangente.

Apesar de seguir a ordemcronológica com a qual os dife-rentes estilos vão surgindo, oautor se mostra atento às ca-racterísticas específicas comos quais cada literatura nacio-nal os foi absorvendo, adaptan-do e modificando.

Um ponto que mostra a eru-dição de Carpeaux é sua capa-cidade não apenas de analisaras principais obras e autores,mas de contextualizá-los notempo e no espaço, revelandocausas que influenciaram acriação ou desenvolvimento dedeterminado estilo e, ao mes-mo tempo, explicitando a rela-ção do meio político e econômi-co. No caso do Romantismo,por exemplo, Carpeaux abordacomo as mudanças sociais tra-zidas pela Revolução Francesae pelas guerras napoleônicasafetaram as literaturas euro-peias - que, muitas vezes, recu-peraram histórias de seu folclo-re como forma de afirmar seucaráter nacional. Esse tipo deanálise ocorre ao longo de todaa História da Literatura Ocidental,acompanhada de notas de ro-dapé com a bibliografia dosmais de 3,7 mil autores aborda-

dos, muitas vezes acrescidasdos estudos críticos de cadaum. Um trabalho de fôlego, semdúvida.

Exílio tropical - Nascido naÁustria, Carpeaux teve umatrajetória movimentada antesde chegar ao Brasil: trabalhoucomo jornalista, publicou aná-lises da política exterior e,quando houve o Anchluss (ouseja, a anexação pela Alema-nha nazista, em 1938), foi le-vado ao exílio. Chegou ao Bra-sil em 1939, e somente no co-meço da década de 1940 pas-s o u a e s c r e v e r s o b r eliteratura para a imprensa.Aliás, foi entre 1942 e 1945que ele escreveu a História daLiteratura Ocidental - e pratica-mente de memória, já que suabiblioteca de referência ficouna Europa. No entanto, a obrasó iria ser publicada em 1959,pelas Edições O Cruzeiro.

Nesse meio tempo, Car-peaux escreveria livros de crí-tica literária, como A Cinza doPurgatório (1942), Retratos eLeituras (1953) e A LiteraturaAlemã (1964), além de U maNova História da Música (1958).Na década de 1960, ele voltousuas energias à política, anali-sando a situação brasileiranos livros A Batalha da AméricaLatina e O Brasil no Espelho doMundo (ambos de 1965). Em

seus últimos anos escreveuverbetes para a Encic lopédiaBarsa e colaborou com rese-nhas para a Revista Manchete.

Nova edição - A disponibili-dade da obra de Carpeaux tevealtos e baixos nas últimas dé-cadas. O resgate de suas obrascomeçou em 1999, quando aTopbooks se uniu à UniverCi-dade para lançar dois alenta-dos volumes de ensaios deCarpeaux. Pouco tempo de-pois a editora Record publicousuas resenhas da Manchete nosquatro volumes de Obras -Pri-mas que Poucos Leram. Já a H i s-tória da Literatura Ocidental teveum destino mais tortuoso.

A obra foi atualizada pelo au-tor para uma segunda edição,que começou a ser publicadaem 1978 pela editora Alham-bra, e depois disso saiu de catá-logo. A situação começou a mu-dar a partir de 2008, quandoJoaquim Campelo Marques,fundador da Alhambra, ocupa-va o cargo de vice-presidentedo Conselho Editorial do Sena-do - e editou a obra de Carpeauxem quatro volumes, comercia-lizados via internet. Foi exata-mente essa edição que foi lan-çada pela editora Leya, comvenda exclusiva nas lojas da Li-vraria Cultura, no final de 2011 -e que agora ganhou versão po-cket em dez volumes.

Obra de Otto Maria Carpeauxrepassando a história literária do Ocidente

ganha versão econômica

dcultura

sexta-feira, 18 de janeiro de 201322 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fugacidade depirilampo

José Guilherme R. Ferreira

mundo realmenteprecisa de outro livrosobre vinhos?”, per-

gunta Eric Asimov na primeira li-nha do seu novo livro... sobre vi-nhos How to Love Wine – a Memoirand Manifesto (Harper Collins Pu-blishers/2012). A provocação docrítico-chefe de vinhos do New YorkT i me s (nada mais do que "o carados vinhos", como ele próprio de-bocha da pomposidade do seu tí-tulo, responsável que é por umaseção de jornal de um homem só),tem muito a ver com a overdose depublicações do tipo "conheça-tu-do -sob re-v inho s-p ara- não- faze r-feio-na-festinha" ou aqueles ditoslivros mais sérios que prometem"desmistificar" a bebida em nãomais de 10 capítulos, e que quasesempre caem em desditosas sim-plificações. Mais que tudo, seu"manifesto" é, como costumamser seus artigos, um elegante tapa comluva de pelica na crítica esnobe e elitista.Pois, pasmem! Insuspeitamente, o cele-brado crítico Asimov diz, com todas as le-tras, que não é preciso conhecer nem to-da história, nem todo pretensioso jar-gão, nem toda a parafernália de saca-ro-lhas e cristais, muito menos os festivaisde rankings incensados pelo mercadopara ter prazer com o vinho. É claro quereconhece que a companhia do conheci-mento pode ajudar na amplificação dossentidos. Mas diz que isso não precisa virem primeiro lugar e tampouco pode serimposição inibidora. Seu livro está mes-mo do outro lado do balcão, atestando omote "a mesa antes do manual", refor-çando que o real prazer está em abrirgarrafas, de preferência diante de umacomida maravilhosa, compartilhando-as com amigos e familiares. Asimov cer-tamente entende o desafio da crítica e a

valoriza quando cumpre seu papel de in-dicar possibilidades nesse mercado quenunca antes teve tantos e bons vinhos aoferecer. Mas indicar não é, para ele,questão de decretos (só este ou só aque-le rótulo, só este châteaux, só aqueleprodutor histórico, não aquele apaixona-do, de garagem) e nem pode se basearexclusivamente em experiências re-quintadas e especiais. Como distantesestão as garrafas dos melhores e históri-cos Bordeaux e Borgonhas (cada vezmais raros e caros diante da fúria dos no-vos-ricos chineses e russos), é precisomostrar que há vida inteligente, porexemplo, fora dos châteaux e do VelhoMundo. E Asimov admite, sem subterfú-gios: o vinho degustado e descrito peloscríticos, o que estes encontraram naque-la taça do mais fino cristal, num dia "xis",num salão ou restaurante mais ou me-nos empoado e estrelado, pode estaranos-luz do vinho bebido pelo mortalapreciador de vinhos em sua mesa infor-mal, com amigos, pães e queijos, numataça não necessariamente Riedel. Semcontar que a "variação do gosto" pode sedar numa onda ainda mais curta, no pe-ríodo da refeição ou do encontro, quandoo vinho é capaz de vibrar e criar surpre-sas, epifanicamente, com a rapidez e afugacidade de um pirilampo.

José Guilherme R. Ferreiraé membro da Academia Brasileira

de Gastronomia (ABG) e autordo livro Vinhos no Mar Azul – Viagens

Enogastronômicas(Editora Terceiro Nome)

O tesouro de um poetaAquiles Rique Reis

Murilo Antunes é mineiro de Pe-dra Azul, Vale do Jequitinhonha.Poeta, ele integrou o Clube daEsquina – clube das esquinas

mineiras, mas também das esquinas domundo, posto que a música que delas brotanão tem fronteiras, tem laço carnal com abeleza, com o encantamento.

Como se a vida fosse música é seu DVD lan-çado pela Noir Filmes que lança foco sobre acarreira de um cara que, com seus versos e li-rismo, sintetiza a robustez das entranhas dasMinas Gerais. Murilo tem uma trajetória quebem merece o carinho dos de-poimentos, das imagens, doscantares e tocares (ótimos), edos arranjos (muito bons) queestão no DVD. Nele ele refletesobre poesia, vida e música, etem seus dons louvados porparceiros musicais e por com-panheiros de Pedra Azul, umentusiasmado e generosoelenco capacitado para saudaro poeta e suas palavras. Sua vi-da é escrita em versos e rimas;em prosa e verso; em força eluz; a ferro e fogo. Afinal, poeta ou letrista? Már-cio Borges afirma que, em Murilo, poemas e le-tras têm o mesmo e decidido valor.

O começo do filme mostra Murilo Antunesindo de carro para Pedra Azul. Lá, diante dascasas coloniais, onde o azul sobrepõe seu tomsobre as pedras das ruas, ele afirma que a poe-sia não se faz quando a gente deseja, masquando ela quer nascer. Entre cervejas e tira-gostos, ouvimos causos revelados por ele epelos conterrâneos Luiz Santiago e Lourinho.

A produção de Murilo Antunes começa asurgir aos borbotões. Vê-se, então, que o te-souro do poeta está na juventude das pala-vras que vêm à sua mente e chegam ao pa-

pel. Palavras que têm o dom de serem parasempre, nascidas que são para se perpetuareternas e joviais de espírito e fé.

Entre três poesias (Emanuel,Era um ramo demato secoeSolo em noite de lua), suas músicasecoam: Era Menino (Tavinho Moura, Beto Gue-des e Murilo Antunes), canta Beto Guedes; Ro -sário de Mariá (Tavinho e Murilo), canta Tavi-nho; Tesouro da Juventude (Tavinho e Murilo),canta Flavio Venturini; Era Uma Vez Por Toda aVida(Flávio Henrique e Murilo), canta PaulinhoPedra Azul; Ci r an da , Pi er r ot e S o li dã o ( F la vi oVenturini e Murilo), canta Venturini; Sa ud ad e

Eu Canto Assim (Tavinho e Mu-rilo), canta Tavinho; Ve r o (Na -tan Marques e Murilo), cantamMariana Nunes e Vitor Santa-na; Viva Zapátria (Sirlan e Muri-lo), cantam Sirlan, Pablo Cas-tro e Holly Holmes; Nem Nada(Beto Lopes e Murilo), cantaVander Lee; O Trem Tá Feio(Ta -vinho e Murilo), cantam Môni-ca Salmaso e Tavinho; Q ua-dros Modernos(Toninho Horta,Murilo Antunes e Flávio Henri-que), cantam Toninho Horta e

o grupo Cobra Coral; Findo Amor (TavinhoMoura e Murilo), canta Susana Travassos; Be -same (Flavio Venturini e Murilo), canta JoãoBosco; Viver, Viver (Lô Borges, Murilo e MárcioBorges), cantam Milton Nascimento e Lô; eNa sce nte (Venturini e Murilo), cantam PaulaSantoro e Venturini.

A poesia de Murilo Antunes transmite a vidade uma geração que se fez maior.

Aquiles Rique Reis,músico e vocalista do MPB4.

PS. O DVD pode ser compradopela internet: www.sonhosesons.com.br .

dcultura

Fotos: Artur Bragança/Divulgação

Chorizo Bonsmara acompanhado de batatas rústicas com molho de shitake e alho negro, a R$ 51.

Ambiente do restaurante Bodega Franca: arejado e com mesas a distâncias civilizadas umas das outras.

Acima, aloja devinhos,com 400rótulos

disponíveis.Ao lado,risoto delinguiça

portuguesa,com

redução devinho e

radicchio.

Carne sul-africanaservida na bodega

Lúcia Helena de Camargo

Ao entrar na casa, você vêapenas a loja de vinhos e oempório. Descendo uma

escada, chega-se ao restaurante.Arejado e com mesas a distânciascivilizadas umas das outras. Comserviço educado sem ser excessi-vo e comida que surpreende tantopela apresentação quanto pelosabor. É a Bodega Franca. Locali-zada na Alameda que lhe confereo nome, nos Jardins, não faz alar-de. Mas vale a visita para uma belarefeição no final de semana.

Cozinha - Quem comanda a co-zinha é a jovem e talentosa ThaísBulgareli, que prepara entradascomo ostras frescas com molho degengibre (R$ 55); carne crua pica-da, aromatizada com alho, limãosiciliano e azeite de trufas brancas(R$ 31) e pastel de massa folhadarecheado com lagosta e manteigade trufas (R$ 39), entre outras,que figuram na seção "para divi-dir" do cardápio.

Quer começar com uma sala-da? Uma opção pode ser o carpac-cio de magret com caramelo deporto (R$ 28): finas fatias de peitode pato cozido em baixa tempera-tura com caramelo de vinho doporto, acompanhado de miniagrião e mini rúcula. Ou saladaverde com jamón: mix de folhasverdes com presunto espanhol, fi-go grelhado e molho de SaintAgur, também vendida a R$ 28.

Se prefere uma refeição leve, fi-que com o peixe ao salmoriglio,servido acompanhado de risotode abobrinha e tomate cereja(R$ 62); ou atum com crosta, pre-parado mal passado em crosta decastanhas, cortado em finas fatiasacompanhado de mini legumes(R$ 58). Quer provar um clássicobem feito? Vá de rabada com po-lenta, servida cremosa, guarneci-da de mini agrião (R$ 42).

Para gente pequena, há os pra-tos kids, a R$ 25, com mudança demenu diariamente.

Carnes - As maiores estrelas domenu, no entanto, são as carnessul-africanas Bonsmara. Há trêsopções: noix de kobe (R$ 98), cho-rizo Bonsmara (R$ 51) e fraldinhaBonsmara (R$ 49). A carne éacompanhada de batata rústicacom molho de shitake e alho ne-gro. Para carnívoros, imperdível.

Há ainda confit de pato com pu-rê (R$ 59), prato com coxa e sobre-coxa de pato confitada com molhode laranja kinkan, acompanhadode escondidinhos de legumescom crocante de castanhas; alémde massas e risotos, como o risotode linguiça portuguesa, com redu-ção de vinho e radicchio (R$ 45).

Os vinhos para acompanharpodem ser escolhidos na cartaque inclui 400 rótulos, com gar-rafas das regiões viníferas do Ve-lho e Novo Mundo. Desde França,Espanha, Itália, Portugal, Hun-gria até Chile, Argentina, NovaZelândia, Austrália e Uruguai. Osrótulos são selecionados pelo só-cio Rodrigo Gomes, antigo pro-prietário da Casa do Porto, queestá há 20 anos trabalhando noramo de vinhos.

Doce - Na sobremesa, gateau denutella com sorvete de Bailey’s(R$ 19); panna cotta de lichia, queé um pudim de creme de leite comlichia e calda de frutas vermelhas(R$ 16), creme brulê (R$ 14) oufruta da estação (R$ 9).

Se na saída do almoço você qui-ser levar algo para o jantar, o em-pório oferece boa gama de secos emolhados. Há massas artesanais,trufas, queijos, peixes defuma-dos, linguiças, geleias, chocola-tes, carne de rã, king crabs, cus-cuz marroquino e bolo de rolo,além de cervejas, águas de váriasprocedências e cachaças. As car-nes sul-africanas servidas à mesapodem ser compradas.

Café - E também, para aprecia-dores, o café Jacu Bird, elabora-do a partir das fezes higieniza-das do pássaro natural da Serrada Cantareira, feito nos moldesdo famoso e caríssimo café Cive-ta, ou Kopi Luwak, da Indonésia.O Jacu Bird, com Denominaçãode Origem Controlada, é vendi-do na Bodega Franca por R$ 16cada xícara ou R$ 148 o pacotecom 250 gramas.

Bodega Franca. AlamedaFranca, 1045. Jardim Paulista.Tel.: 3081-3870.www.b o degafranca.com.br

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

Montilla Moriles e o Sol da AndaluziaCarlos Celso Orcesi da Costa

Como o dorso de um touroinvertido, a Andaluzia

espanhola quase toca a África,separadas pelo Estreito deGibraltar. Ao sul de Córdoba, umpouco à esquerda ou oesteencontra-se Jerez de la Frontera ea leste, na estreita faixa litorâneasob a Serra de Ronda (mais oumenos como a Serra do Mar emrelação ao nosso litoral), perto deMálaga, terra de Picasso, subindo10 kilómetros ao norte, aointerior, chega-se a Montilla-Morriles, região do tamanho deJerez (10 mil hectares) quetambém produz vinhosfortificados.

Fortificar é misturar álcool aovinho. Não exatamente álcooletílico, mas o chamado brandy,palavra derivada do holandês'brandewijn' que significa 'vinhoqueimado'. Como tantos outrosdestilados, esse difere por nãoser de cana como o rum e a pinga,nem de cereal e malte como owhisky, mas sim de uva. O vinho

casco mais baixo, aquele queestá no solo (suelo donde solera).Dirige-se à criadera da filaimediatamente superior e retira amesma quantidade,preenchendo o 1º casco que estáno solo. E repete a operação,tirando a mesma quantidade daterceira fila para preencher ocasco da segunda fila, e assimsucessivamente, completando acriadera mais alta com vinhonovo. O conjunto se tornahomogêneo, sendo obviamentede se presumir que o vinhoadicionado em 2011, ainda assimem pequenas quantidades, levevários anos para chegar ao solo,daí que há probabilidadematemática de bebermos, nestagarrafa daquela curiosa mistura,algum percentual mínimo devinho velho de 1927.

Robert Parker deu 96 pontosao Alvear 27. O resultado dessaSolera iniciada há quase 90 anosatrás, segundo suas palavras,"revela uma cor âmbar escura,

um extraordinário nariz de cremebrulê, nozes liquefeitas,marmelada e maple syrup(xarope de bordo, uma árvore).Grande e viscoso, doce nãosaturado nem pesado, é umprofundo esforço com ótimopreço. Deve ser tomado sozinhoao final da refeição". Aparecetambém no livro bobinho de NeilBeckett "1001 Vinhos para BeberAntes de Morrer". 1001 viagens,1001 filmes, de vez em quandose encontra algo prestável...como esse Alvear. O queimpressiona em Montilla-Morilesé o solo branco, de giz, rico emcalcário, sílica, carbonato decálcio, pobre de fertilidade ematerial orgânico, cáustico, secoaté de olhar, grelhado pelo solmediterrâneo (foto). Apesar dafama do Jerez de la Frontera(sherry), mais conhecido porseus destilados secos, paraaperitivo, esse exemplar daregião vizinha - olé - exala amística da Andaluzia.

é fervido (donde 'queimado'),desprendendo vapores que vãose acumulando nas paredes atéque "pingam" (daí o nome denossa aguardente), capturadosnum condensador até voltaremao estado líquido. Como o álcool eoutros componentes aromáticosvaporizam antes da água, àtemperatura mais baixa, oresultado da destilação é umabebida mais concentrada emálcool do que o vinho original, ouseja, passa a ser vinhofortificado. Os Jerez, Málaga eMontilla-Moriles são vinificados apartir das uvas Palomino ePedro Ximénez.

No ano passado abri meusegundo de quatro Alvear Solera1927 Pedro Ximénez (16º deálcool), a maior e mais tradicionaladega de Montilla. A história dosAlvear é interessante e se liga àAmérica do Sul. Para cá veioguerrear o aventureiro Carlos deAlvear, um dos filhos dopatriarca. Foi o braço direito do

General San Martin na Guerra delBrasil (ou para nós GuerraCisplatina), vencendo-nos nabatalha de Passo do Rosário, oque acabou levando o Brasil aperder a Província Cisplatina.Porém - no empate - também nãoa cedemos à Argentina, origemdo vizinho Uruguai. Marcelo T. deAlvear, neto de Carlos, foi

presidente argentino em torno de1922, dando nome à rua aonde sesitua a nossa embaixada emBuenos Aires.

Esse Montilla é amadurecidoem cascos pelo sistema de solera,algo como 14 grandes barris demadeira de 500 litrosempilhados. O chefe da adegaretira entre 100 e 150 litros do

Brasserie: estilo nos Jardins.

Newton Santos/Hype

Gentilmente intimistaArmando C. Serra Negra

Renaut com a grife da casa

Osorriso gentil da hostessCamila aguarda à porta.

Todo o time de serviço é nota10. Assim como a Brasseriedes Arts – nome inspirado emcasa de Saint-Tropez – que háseis meses bomba entre osbacanas. E os preços nãodiferem muito da média. A nãoser acomodando-se em um dosseis boots, para até oitopessoas: intimista, sofá e pufsde camurça, poltronas deestofado, de quarta-feira asábado a consumação mínimapara um grupo é de R$ 1 mil. “Éum modo de restringirmos aescolha do ambiente”, diz ogerente Frédéric (Fred)Renaut, 36 anos, circulandopelo lounge disputado.

Forte sotaque, ele mostra,orgulhoso, a garrafa dechampanha que leva seunome. Produzida na vinícola dafamília em Troyes, no centroda região francesa deChampagne. Onde o mongebeneditino Dom Pérignon(1639-1715) realizou suaborbulhante invenção.“Produzimos 60 mil litros porano, do tipo brüt (R$ 189) e rosé

(R$ 239), exclusivamente parao mercado brasileiro”, diz Fred,que se mudou de mala e cuiapara cá há oito anos. O produtotambém pode ser adquiridopelo site www.champagne -renaut.com.fr. Fino rótulo,design diferenciado – comotudo o mais no bar requintado –promete românticas e festivascelebrações.

Balcão central, mármorepreto e raiado, seisconfortáveis cadeirões,prateleiras discretas commostruário de garrafas devodca francesa Gray Goose(caipiroska – R$ 18) demarca aárea de sofisticadas refeições.O chef Xavier Torrentes veio doD.O.M. para sugerir nhoquecom presunto cru e rúcula (R$41), bife ancho (R$ 49), peixesvariados (R$ 49), tartar deatum com pupunha (R$ 37) ehot-dog com queijo brie (R$21). Mesas para duas pessoas,cadeiras de braço e palhinhaThonet antigas, toalha eguardanapo de linho branco,talheres de design avançado.

Como as luminárias e omobiliário da varanda de

entrada, do renomado designerparisiense Philippe Stark,importados exclusivamente.Ladeada por cercas vivas, toldobordô, segurança emanobristas na calçada, asmesinhas redondas parecemfeitas com material náutico, ecadeiras de estilo praiano derattan sintético, plastificado comcores e padronagens diferentesumas das outras, muito chiquese hightech. É o ambiente idealpara bebericardescontraidamente os drinquesde Marcelo Serrano, eleito pelarevista Gula o melhor barman de2012: Lafayette (gimHendricks, infusão de camomilae água de flor de laranjeira,servido em xícara de chá –R$ 29), Bloody Mary e DryMartini (R$ 25, cada), MoscowMule (vodca Stolichnaya, sucode limão, angostura e espumade gengibre feita na casa – R$25), Jack & Ginger (Jack Danielscom limão siciliano – R$ 29). Háum mezanino para 30 pessoas,com balcão de bar e duasmesas grandes, servidas pordois sofás, e reservado paraaniversários econfraternizações. “Colocamos

um bartender e umgarçom à disposição”,convida Fred. Suavinha participará, emjulho próximo, do Tourdu Champagne, emsua cidade natal:“Compra-se uma taçapor 10 euros, visita-se27 produtores ebebe-se quantoquiser”. Vo i l à !

Brasserie des Arts.Rua Padre JoãoManuel, 1231.J a rd i n s.Tel.: 3061-3325.

O Salão deBaileClärchensBallhausBerlin, umadas obras daexposição.

Anônimosna ponta do lápis.

Indo e vindo.Mostra reúne desenhos de

Magy Imoberdorf com

sobreposições interativas

Rita AlvesFotos: Divulgação

Exposição Layers, Camadas, Sobreposições Interativas na Mônica Filgueiras & Eduardo Machado Galeria.

Apartir da próxima terça(22) a artista plásticasuíça Magy Imoberdorf

estreia a exposição La y e r s ,Camadas, SobreposiçõesInterativas. Os trabalhos estarãoem cartaz na Mônica Filgueiras &Eduardo Machado Galeria.

A mostra apresenta 25desenhos que tratam do ir e virdas pessoas, cercadas de tantasoutras anônimas, todas sem sabero destino de cada uma. As obrassão exibidas em três tamanhos(29x42 cm, 42x60 cm e 60x88 cm)e cada uma apresenta diversasfolhas sobrepostas de poliéstertransparentes. Tal sobreposiçãopermite o rearranjo das folhas emordens diversas, alterando o focoda ação proposta por Magy.

A artista conta que desde oinício pensou em criar as

sobreposições interativas nosdesenhos. "Me fascina essassobreposições que eu já venhotrabalhando há algum tempoporque elas permitem dardistâncias e importâncias comfocos e fora de foco", diz.Segundo Magy, a interaçãoacontece a partir da mudança deordem das folhas desenhadasque mudam o todo.

A ideia de criar desenhosbaseados no vai e vem daspessoas nasceu em Berlim, naAlemanha, onde ela costumapassar parte do tempo quandonão está no Brasil. "Sentei numbanco e fiquei vendo as pessoaspassarem. Comecei a fotografá-las e observá-las."

Em 2012, Magy expôsdesenhos em Berlim comsobreposições de papéis de seda

e vegetal orgânico. "O EduardoMachado me pediu para fazeressa exposição na galeria deleem São Paulo. Mas era impossívelpois esses papéis não aguentama umidade do Brasil", explica.Magy encontrou a solução depoisde pesquisar sobre papéis aprova d'água e de umidade etambém após ouvir a sugestão daartista plástica Ana Kesselring."O desenho é em lápis fixado nopoliéster com fixador especialque o transforma quase emnanquim, as cores são de acrílico,lápis de cera ou nanquimcolorido", explica.

Mônica Filgueiras & EduardoMachado Galeria. Rua BelaCintra, 1533, tel.: 3082-5292.Segunda a sexta, das 10h às19h. Sábado, das 10h às 14h30.Grátis. Até 16 de fevereiro.

Newton Santos/Hype

sexta-feira, 18 de janeiro de 201324 DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

O presidente e a escravidãoLúcia Helena de Camargo

Fotos: Fox Film/Divulgação

Daniel Day-Lewis éLincoln.Abaixo,

Sally Field.

Daniel Day-Lewis ganhou oglobo de Ouro pela inter-pretação em L in c o ln . E

provavelmente levará também oOscar. Muito já se falou sobre ométodo obsessivo do ator inglêse não há dúvida de que ele encar-nou o 16º presidente americano àperfeição. Dirigido por StevenSpielberg, o filme estreou nos Es-tados Unidos em novembro echega nesta sexta (18) aos cine-mas brasileiros. Baseado no livroTeam of R iva ls : The Genius ofAbraham Lincoln, de Doris KearnsGoodwin, retrata os últimos me-ses da vida de Abraham Lincoln esua luta pelo fim da escravidão,em meio à Guerra Civil.

Também chamada de Guerrade Secessão, o conflito começaraem 1861 e já durava quatro anos,somando 600 mil mortes. A princi-pal causa da luta era a diferençade posição em relação à escrava-tura: os 11 estados confederadosdo sul a defendiam, enquanto os15 estados do norte se opunham.Os sulistas chegaram a se procla-mar outro país. Ao final, porém, osEUA voltariam a ser uma única na-ção. Abraham Lincoln não chegoua ver o fim do conflito (do qual onorte sairia vitorioso), em junhode 1895, pois morreu baleado emabril daquele ano.

Em janeiro, o presidente deci-de que é hora de pedir apoio do

congresso para extinguir a es-cravidão de uma vez por todas.Inicialmente, contrata emissá-rios. Quando a data da votação seaproxima, vai pessoalmente ten-tar convencer cada congressis-ta. E tem início uma série de con-versas em salas esfumaçadas(como fumam os políticos ameri-canos do século XIX), tentativasde firmar acordos e conchavos,maledicências, promessas decargos, além de chamadas àconsciência e discussões ideoló-gicas de variados calibres. Lin-coln segue firme e forte, de olhoem seu objetivo, manobrando econvencendo as mentes ao seuredor de que os negros não de-

vem receber tratamento diferen-te do dispensado aos brancos. Al-guns de seus interlocutores ad-mitem o preconceito, outros en-veredam por longas explicaçõespara tentar justificar a manuten-ção de escravos em casa.

Em um momento caloroso dadiscussão, um congressista con-trário à emenda discursa: "Se der-mos liberdade aos negros, o quevirá depois? Voto feminino?"

A batalha solitária do estadistaencontra uma bela tradução nacena em que ele, altíssimo e ma-gro, usando sua peculiar cartola,se afasta rumo à porta. A figuralonguilínea caminha na direçãooposta à de seus destratores.

Há muitos personagens sobreos quais é preciso conhecer índo-les e ações. Entre os principais,Sally Field (indicada ao Oscar deatriz coadjuvante) é Mary, esposaforte e um pouco angustiada. Da-v id S t ra tha i rn v ive Wi l l i amSeward, o secretário de estado ebraço direito do presidente. Tom-my Lee Jones (usando peruca) en-carna Thaddeus Stevens, políticocarrancudo que abdica de sua ver-ve para fazer a coisa certa na horacerta e alcançar o bem maior. E Jo-seph Gordon-Levitt é ofilho do presidente,Robert Todd L in-coln, que insiste emse alistar no exérci-

to, apesar dos apelos da mãe emcontrário. Com tanta gente paracaracterizar, Lin col n acabou com150 minutos de duração. Estamosem uma safra de filmes longos.Mas neste caso, torna-se um pou-co cansativo ver tantos meandrosque possuem apelo somente parao público americano, mesmo que

a s n o ç õ e s d eigualdade te-nham caráter

universal.

ESTADISTAA palavra, arma da liberdade.

José Márcio Mendonça

Arquivo DC Com seus mais de 1m90 de altura,distribuídos desajeitadamente emum corpo que parecia ter mais per-

nas do que o restante; com uma certa timidezinicial; órfão ainda garoto e com um pai quedava pouca importância à instrução, a pontode punir o filho quando, segundo ele, deslei-xava de suas atividades no campo para estu-dar e ler (primeiro quase a Bíblia, depois umpouco de quase tudo), era imprevisível queviesse a se tornar o homem público e o per-sonagem histórico que construiu. Mesmonum país como os Estados Unidos, onde oespaço para a ascensão social é quase infini-to, desde aquela época, para quem tem von-tade, talento e é dedicado, esforçado.

E foi com base nesses talentos queAbraham Lincoln (1809-1865), com muita féem Deus (mesmo tendo deixado cedo a prá-tica da religião anglicana de sua origem), nas-cida de uma família que ora vivia bem, ora so-brevivia, com um pai nômade e fracassado,transformou-se no 16º presidente dos Esta-dos Unidos (1861-1865), em um dos heróisda pátria americana e numa das figuras po-líticas mais respeitadas e acatadas do mun-do. Seu grande, extraordinário feito foi evitara desunião das ex-colônias britânicas ao sus-tentar e vencer a guerra contra os Estados su-listas, escravistas, que pensavam em se se-parar da União por não concordarem com aeliminação da escravatura. A luta custou a vi-da de Lincoln, assassinado por um fanáticosulino, o ator John Wilkes Booth, no TeatroFord em Washington, menos de uma sema-na depois da os exércitos por ele comanda-dos terem derrotado definitivamente os re-beldes confederados.

O sucesso de Lincoln, além das qualida-des de fé e obstinação, se deve a seu esfor-ço de autodidata. Foi homem do campo(daí a imagem de "lenhador"), trabalhadorno comércio, pequeno comerciante falido

e tornou-se advogado sem ter completadoum curso para tal. Com leituras de textosde direito foi aprovado na prova de uma es-pécie de Ordem dos Advogados de então.Com ajuda aperfeiçoou-se no idioma, quefalava claudicantemente. Nos tribunais,testou e evoluiu sua oratória, já conhecidanas rodas de parceiros pela capacidade deargumentar, pela lógica do raciocínio.

Pode-se dizer que venceu pela palavra,pelo discurso, pela capacidade de con-vencimento. Segundo seus contemporâ-neos, citados por seus inúmeros biógra-fos, sua argumentação e clarividênciaoratória eram quase irresistíveis. Algu-mas de suas peças oratórias são clássicasaté hoje. A mais citada é o discurso que fezna inauguração do cemitério de Gettys-burg, em 1863, criado para abrigar os mi-lhares de mortos em uma das batalhasmais sangrentas da Guerra de Secessão.

Embora advogasse com fervor, sua pai-xão era a política. Com base em lemas sim-ples: a defesa da liberdade, do princípio deque todos os homens nasceram iguais, enos objetivos de libertar os oprimidos, pro-mover o trabalho livre e aprimorar a espé-cie humana. Esta era a sua ideologia. Combase nela, foi legislador em Illinois, legisla-dor federal em Washington, chegou aabandonar a atividade política depois deter perdido o direito à reeleição dentro doPartido Republicano, para em seguida che-gar à Casa Branca num dos momentosmais decisivos da história dos Estados Uni-dos da América, o momento em que come-çou a se transformar na Nação que é hoje.

Foi um homem e uma lenda, foi tantos –Salvador, Homem do Povo, Mártir – queos mais de 15 mil livros escritos sobre elee suas ações ainda não desvendaram to-talmente, mais de 130 anos depois de seubrutal assassinato.

O IMORTAL DISCURSO DE GETTYSBURG"Há 87 anos, os nossos pais deram origem

neste continente a uma nova Nação, conce-bida na Liberdade e consagrada ao princípiode que todos os homens nascem iguais.

Encontramo-nos atualmente empe-nhados numa grande guerra civil, pondo àprova se essa Nação, ou qualquer outraNação assim concebida e consagrada, po-derá perdurar. Eis-nos num grande campode batalha dessa guerra. Eis-nos reunidospara dedicar uma parte desse campo aoderradeiro repouso daqueles que, aqui,deram a sua vida para que essa Nação pos-sa sobreviver. É perfeitamente convenien-te e justo que o façamos.

Mas, numa visão mais ampla, não pode-mos dedicar, não podemos consagrar, nãopodemos santificar este local. Os valenteshomens, vivos e mortos, que aqui combate-ram já o consagraram, muito além do quenós jamais poderíamos acrescentar ou dimi-nuir com os nossos fracos poderes.

O mundo muito pouco atentará e muitopouco recordará o que aqui dissermos,mas não poderá jamais esquecer o queeles aqui fizeram.

Cumpre-nos, antes, a nós os vivos, de-dicarmo-nos hoje à obra inacabada atéeste ponto tão insignemente adiantadapelos que aqui combateram. Antes, cum-pre-nos a nós os presentes, dedicarmo-nos à importante tarefa que temos pelafrente - que estes mortos veneráveis nosinspirem maior devoção à causa pela qualderam a última medida transbordante dedevoção - que todos nós aqui presentessolenemente admitamos que esses ho-mens não morreram em vão, que esta Na-ção com a graça de Deus venha gerar umanova Liberdade, e que o governo do povo,pelo povo e para o povo jamais desapare-cerá da face da terra."