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ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 8 2 0 R$ 1,40 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013 Ano 87 - Nº 23.820 Jornal do empreendedor Conclusão: 23h45 AGORA, LULINCOLN DA SILVA. A boa notícia é que Lula está "lendo muito" (convidados da festa de 30 anos da CUT gargalharam, ao ouvi-lo). A ruim é que ele agora encarna o presidente Abraham Lincoln. Pág.5 Ele já encarnou Getúlio Vargas Gandhi Juscelino Jesus Cristo Mandela Tiradentes ... SPED para 1,4 milhão Este é o número de pequenas e médias empresas que passam a prestar contas ao Leão digital em março. Pág. 49 Ed Ferreira/Estadão Conteúdo Veja o PT censurando o cartaz do Mensalão Para comemorar seus 33 anos, o PT expõe no Congresso uma série de fotos com a cronologia dos seus feitos, do metalúrgico Lula à mulher- presidente Dilma. Mas (por que será?), pulou 2005. Didática, a oposição inaugurou ontem um painel avulso, mostrando que 2005 foi justamente o ano do estouro do Mensalão. Foi uma confusão só. Até que assessores do PT levaram a placa para os porões. Pág. 12 Tiririca canta Brasília Inspiração: o carro ou a Câmara? Pág.6 Mar agitado: e o Senhor parecia dormir. Despedida: papa "navega" no mar da Galileia. Pág. 16 Dolly canta e dança no país tropical Versão brasileira do clássico da Broadway, Alô, Dolly (à dir.) estreia nesta semana em São Paulo. Com a veterana Marília Pêra e Miguel Falabella. Aposta de sucesso na página 19. Caio Gallucci/Divulgação Michael Kappeler/EFE Página 4 Chalita perde ministério. PMDB, não. Pág. 6 Arte de Paulo Zilberman sobre foto de Helvio Romero/Estadão Conteúdo

DC 28/02/2013

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Diário do Comércio

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    rSo Paulo, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

    Ano 87 - N 23.820Jo

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    Concluso: 23h45AG O R A ,LULINCOLNDA SILVA.A boa notcia que Lula est "lendo muito" (convidados dafesta de 30 anos da CUT gargalharam, ao ouvi-lo). A ruim que ele agora encarna o presidente Abraham Lincoln. Pg. 5

    Ele jencarnouGetlio VargasG andhiJ uscelinoJesus CristoM andelaTiradentes ...

    SPEDpara 1,4milhoEste o nmero de pequenase mdias empresas quepassam a prestar contasao Leo digital emmaro. Pg. 49

    Ed Ferreira/Estado Contedo

    Veja o PTc e n s u ra n d oo cartaz doMensaloPara comemorar seus 33 anos, o PT expe noCongresso uma srie de fotos com a cronologiados seus feitos, do metalrgico Lula mulher-presidente Dilma. Mas (por que ser?), pulou 2005.Didtica, a oposio inaugurou ontem um painelavulso, mostrando que 2005 foi justamente o ano doestouro do Mensalo. Foi uma confuso s. At queassessores do PT levaram a placa para os pores. Pg. 12

    Tir ir icacanta

    B ra s l i aInspirao: o carro

    ou a Cmara? Pg. 6

    Mar agitado: eo Senhor

    parecia dormir.Despedida: papa "navega"no mar da Galileia. Pg. 16

    Dolly cantae dana no

    pas tropicalVerso brasileira do

    clssico da Broadway, Al,Dolly ( dir.) estreia nesta

    semana em So Paulo.Com a veterana MarliaPra e Miguel Falabella.

    Aposta de sucesso napgina 19.

    Caio Gallucci/Divulgao

    Michael Kappeler/EFE

    Pgina 4

    Chalitaperde

    ministr io.P M D B,

    n o.Pg. 6

    Arte de Paulo Zilberman sobre foto de Helvio Romero/Estado Contedo

  • quinta-feira, 28 de fevereiro de 20132 DIRIO DO COMRCIO

    A contribuio da agriculturae da pecuria extremamente

    importante no somentepara o abastecimento interno

    como para o resultadoda balana comercial.

    opinio

    Fundado em 1 de julho de 1924

    Pre s i d e nteRogrio Amato

    V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz Kogutrico Sodr Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoo de Almeida Sampaio FilhoJoo de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLus Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

    CONSELHO EDITORIAL Rogrio Amato, Guilherme Afif Domingos, Joo Carlos Maradei, Joo de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsvel Joo de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redao Moiss Rabinovici ([email protected])

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    Aplicar s cortes nos oramentos no prov os estmulos ao crescimento da oferta que viriam de reformas estruturais.Roberto Fendt

    ROBERTOFENDT

    AS LIES DA ELEIO ITALIANAPela via do voto, oseuropeus vinham, atagora, referendandoe dando apoio s polticasde austeridade postasem prtica nos pases dazona do euro, identificadaspor alguns como "pr-europeias". Foi assimcom as eleies legislativastanto em Portugal comona Irlanda. Em Portugal,os socialistas foramidentificados peloseleitores como osresponsveis pela extensoda crise portuguesa eapeados do poder. Algosimilar ocorreu tambmnas eleies irlandesas.

    Na Grcia, o pasmais atingido pela crise,o processo de referendopelo voto de programas deausteridade no foi tosimples, mas ao cabode duas eleies foi possvelformar-se no pas umacoalizo que ps emprtica esses programas.

    E assim ocorreuem quase todos os pasesem que acontecerameleies legislativas, aincludas as votaes naEspanha, Holanda e Chipre.Se na Frana o eleitoradovotou socialista e, portanto,anti-austeridade, uma vezno poder Franois Hollandeaplicou uma versogaulesa das mesmaspolticas visveis no restanteda zona do euro.

    Oresultado das eleiesitalianas, porm,diverge dessa tendncia.O eleitorado enviou umaclara mensagem de que nopretende arcar mais comos custos do programa de

    austeridade do pas.Um quarto do eleitorado

    votou no Movimento dasCinco estrelas de BeppeGrillo. A absteno foitambm recorde. E SlvioBerlusconi, que muitosjulgavam sepultadopoliticamente, ressurgedas cinzas eleitoraiscom capacidade deinviabilizar qualquercoalizo que sustente aausteridade na Itlia.

    O grande nmero deabstenes provavelmentetem mais a ver com acombinao da idadeavanada do eleitorado mais de 20% dos eleitorestm mais de 65 anos comum rigoroso inverno. E aItlia j atravessou perodosde maior dificuldade de

    formao de governosestveis do que aparentaser o caso agora.

    Adespeito disso,no h como ignorarque o partido do primeiroministro Mario Monti, oexecutor da disciplinamacroeconmica, saiu-semuito mal na eleio e queo vencedor, Pier LuigiBersani, no ser capaz deformar uma consistentemaioria e governar.

    Por que a austeridadefoi repudiada pelo eleitoritaliano? As explicaesso muitas, sendo a maisbvia a de que medidasdessa natureza jamais seropopulares e aceitas peloseleitores, a menos queestejam convencidos de

    que elas constituem o malmenor, que seus nus sopartilhados por todos e quetenham durao curta.

    No esse o casoda Itlia, em recesso hseis trimestres e com o PIBno mesmo nvel em queestava em 2000. A rigor,nenhum dos pases daperiferia da zona do eurorecuperou-se da crisede 2007, a despeito deprogramas de austeridadeem vigor em todos eles.

    No se trata de umproblema que afligesomente a zona do euro.No Reino Unido, a disciplinamacroeconmica da atualcoligao no poder segueo mesmo figurino de suascongneres do continente.Na base da poltica est a

    crena deque basta umadisciplinamacroeconmicaforte o suficientepara que serestabeleamas condiesde solvnciado pas.

    Contudo,depois decinco anos deausteridade,em toda aEuropa no sefez qualquerprogressoaprecivel nosentido dasustentabilidadeeconmica.Salvaram-seos sistemasbancrios,especialmentedepois damudana da

    misso do Banco CentralEuropeu. Mas algo ficoufaltando para permitiro retorno do crescimento,indispensvel para garantiro emprego e para melhoraras condies de solvncia.

    Oque faltou, nocontinente e noReino Unido, foram reformasestruturais que permitiriamum choque positivo deoferta e a retomada docrescimento. A agenda conhecida e similar nossa: maior flexibilidadeno mercado de trabalho,remoo de barreiras concorrncia, estabilidadeinstitucional, efetivaresponsabilidade fiscal.

    Aplicar apenas cortesnos oramentos no prov

    os necessrios estmulosao crescimento da ofertaque adviriam de reformasestruturais. A disciplinamacroeconmica temapenas provocado acontrao do investimento,justamente no momentoem que ele maisnecessrio para aretomada da economia.

    Tambm aqui temosproblemas similares,apresentados sob outraroupagem. Apenas expandira demanda tambm no criaos estmulos necessriospara a retomada doaumento da oferta. Faltamaqui as mesmas reformasque paralisam ocrescimento europeu.

    A austeridade,j enjeitada na Itlia, sertambm recusada nasprximas eleies gregas epoder espalhar-se emtoda a periferia do euro.O que a substituir, seno a fora polticacapaz de levar adiante asreformas indispensveispara a recuperao docrescimento?

    RO B E RTO FENDT E C O N O M I S TA

    NOSSA POSIO

    SUCESSOS E DIFICULDADESDO SETOR AGRCOLA

    Uma das grandes preocupaes dos or-ganismos internacionais, especial-mente da FAO, com o crescimentoda populao e da renda e, em conse-quncia, da necessidade de aumento da produ-o de alimentos em ritmo capaz de atender demanda adicional. O Brasil tem sido apontadoem diversos estudos como o pas com melhorescondies para incrementar sua produo dealimentos e contribuir para o atendimento des-sa crescente demanda, alm de poder colabo-rar ainda para o aumento de fontes de energiaalternativas de origem agrcola.

    O agronegcio brasileiro vem corresponden-do a essas expectativas, com um aumentoconstante da produo, graas ao uso cada vezmais intensivo de tecnologia, que propicia sig-nificativos ganhos de produtividade. Segundoestimativa da Conab, a safra de gros deveratingir 185 milhes de toneladas em 2013, comaumento de 11,3% em relao ao anterior, ge-rando um valor da produo da ordem de 450bilhes de Reais.

    A contribuio da agricultura e da pecuria extremamente importante no apenas para oabastecimento interno como para o resultadoda balana comercial, cujo saldo positivo vemsendo obtido graas s exportaes do setor.

    As expressivas conquistas do agroneg-cio, aumentando a produo e a produ-tividade, acabam, no entanto, em parte,sendo neutralizadas quando da sada dos pro-dutos das fazendas, devido s imensas dificul-dades criadas pelas deficincias da infraestru-tura, as quais se acentuam quanto maior for osucesso da produo, a comear pela disponi-bilidade de armazenagem.

    O governo destinouum oramento da or-dem de R$ 5,5 bilhespara a "compra de es-toques, aquisio deprodutos e garantia esustentao de pre-os" e anunciou a cria-o de Conselho Inter-ministerial de Esto-ques Pblicos de Ali-mentos (CIEP) quefar "o clculo do preo de liberao de esto-ques", alm de outras atribuies.

    Quando se anuncia que a criao do CIEP nomomento em que os alimentos vm pressio-nando a inflao, fica uma dvida se sua atua-o no ser influenciada por situaes con-junturais, o que poderia afetar decises do se-

    tor quanto ao que plantar. Espera-se que a in-terveno direta do governo no abastecimentono repita experincias do passado, em que al-guns rgos que deveriam regularizar o abas-tecimento acabavam contribuindo para a re-duo da produo. A agricultura precisa deprevisibilidade e tranquilidade para trabalhar.

    Alm da falta de capacidade de armazena-gem de gros, o que implica dificuldades para a

    comercializao e pa-ra a logstica da safra,os custos do transpor-te rodovirio aindamuito relevante para oescoamento da produ-o aumentou de for-ma significativa emvirtude da nova legis-lao de trabalho re-centemente aprova-da, e cujo impacto j

    vem se fazendo sentir. Esse aumento de cus-tos, somados situao precria de muitas es-tradas, tem influncia nos preos dos produtosque chegam mesa dos consumidores, bemcomo sobre as exportaes, que sofrem aindapor conta da incapacidade dos portos de darvazo produo crescente da agropecuria.

    Felizmente, o governo parece estar decididoa incorporar o setor privado para reduzir os pro-blemas das rodovias, ferrovias e dos portos. Asas decises de investimento e a realizao dasobras ainda levaro bastante tempo ainda pa-ra surtir resultados, mas asseguram um hori-zonte que permite ao agronegcio continuarinvestindo no aumento da produo e da pro-dutividade, garantindo ao Brasil um papel dedestaque no cenrio mundial como um grandeprodutor de alimentos.

    Apesar dessa importante contribuio dosetor agrcola, constata-se a atuao dedeterminados grupos, alguns com vin-culaes externas, que se empenham em pro-vocar instabilidade no campo seja com as ten-tativas de derrubada do Cdigo Florestal, coma demarcao de terras indgenas e de quilom-bolas sem o devido debate, seja com as inva-ses do MST e a falta de uma definio clara doque seja "trabalho escravo".

    A agricultura brasileira vem respondendoaos desafios de tornar o Pas um "celeiro domundo" e merece reconhecimento. Mas embo-ra Pero Vaz de Caminha tenha dito que aqui"em se plantando, tudo d" preciso investi-mento, tecnologia e muito trabalho para isso.

    Max Rossi/Reuters

    Eleitores italianos mostraram que no querem mais arcar com os custos do programa de austeridade do pas.

  • quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013 3DIRIO DO COMRCIO

    opinio A CULTURA DE REUNIES EXCESSIVAS AFETA FUNCIONRIOS DE TODOS OS NVEIS .O PESO DAS REUNIES

    CARSONTATE

    OLAVO DECARVALHO

    REGISTRO PARA A HISTRIA

    Voc j precisou fazerreunies no banhei-ro do escritrio? Ad-ministro uma empre-sa de consultoria e uma denossas clientes passou por es-sa situao. Com um alto car-go em uma grande empresa,ela descobriu que sua agendaestava lotada de reunies pre-senciais e por telefone. Umavez que os funcionrios ti-nham dificuldades para en-contr-la em sua mesa, come-aram a segui-la at o banhei-ro, com pastas nas mos, es-pera de respostas para suasperguntas. (Na verdade, s asmulheres podiam fazer isso, claro. Os homens ficavam es-perando do lado de fora.)

    Assim como minha cliente,a maioria dos executivos pas-sa uma parte significativa dodia em reunies e quanto maisalto o cargo, pior a situao.Grandes executivos carre-gam a maior parte do peso,mas a cultura de reunies ex-cessivas afeta funcionrios detodos os nveis. Basta olhar aoredor no escritrio. Onde esttodo mundo?

    A cultura de reunies corpo-rativas tornou-se insustent-vel e pouco produtiva. A quan-tas reunies sem uma pautaprvia voc foi na semana pas-sada? Quantas resultaram emuma nova ideia? Quantas ve-zes voc se perguntou o queestava fazendo ali?

    Otempo uma merca-doria. Portanto, todo otempo gasto em reu-nies deveria gerar um retor-no sobre o investimento. Mascom que frequncia pensa-mos dessa maneira a respeitodo tempo e estabelecemosexpectativas para reuniesque produzam resultadosreais? De acordo com a minhaexperincia a resposta : rara-mente. Esse apenas um dosresultados de uma cultura dereunies excessivas.

    chegado o momento de fa-

    zer uma revoluo nas reu-nies. Em lugar de aceitar au-tomaticamente o prximo pe-dido de reunio, pare e pensea respeito do retorno sobre oinvestimento.

    Essa reunio o ajudar defato a conquistar seus objeti-vos? De que maneira o objeti-vo da reunio pois esperoque ao menos o objetivo tenhasido declarado se alinha comas prioridades estratgicas daempresa? Participar a me-lhor forma de gastar seu tem-po neste momento? Se as res-postas forem negativas, re-volte-se e no aceite o pedi-do de reunio.

    Se no houver maneirade evitar sua presena ea reunio t iver s idoagendada de ltima hora,questione sua durao. O gru-po precisa mesmo de uma ho-ra inteira para uma atualiza-o do status do projeto? Nos-so desenvolvedor de websi-tes, por exemplo, agendatelefonemas de atualizaode apenas 25 minutos. Conse-guimos fazer todo o necess-rio nesse tempo e, ento, so-bram cinco minutos para abor-dar algum assunto que no es-t e j a n a p a u t a , o u p a r adesenvolver novas ideias.

    Existem outras formas deencurtar as reunies, ou de eli-

    minar sua necessidade. O as-sunto poderia ser abordadopor meio de outro formato, co-mo e-mail ou mensagens ins-tantneas? Pense em investirem tecnologias que permitemque colegas compartilhem do-cumentos na tela do computa-dor, sem a necessidade deuma reunio.

    Para reunies presenciais,sugira que todos fiquem emp. Isso extremamente efi-caz, uma vez que a fadiga logoataca as pernas e todos se sen-tem incentivados a fazer reu-nies mais curtas.

    Ao diminuir a durao dasreunies, o foco automatica-mente limitado. Em minhaempresa, chamamos isso deespremer o recipiente ou se-

    ja, encurtar as coisas. Comoresultado, eliminamos boaparte das "rebarbas" da reu-nio, incluindo nisso todo o pa-po desnecessrio que nos des-via do tpico.

    medida que se estreita ofoco da reunio, torna-se mui-to mais fcil se concentrar nosresultados que desejamos ob-ter. Em todas as nossas pau-tas, aps identificarmos o as-sunto, inclumos uma lista depontos que detalham os resul-tados que esperamos da reu-nio. Em qualquer momento,qualquer participante pode le-vantar esses pontos e ver seainda estamos fazendo pro-gresso. Essa conversa vai noslevar aos resultados deseja-dos? Se a resposta for negati-

    va, podemos mudar de rumoimediatamente.

    Ao dar uma pauta aos parti-cipantes, possvel manter ocontrole da reunio em rela-o aos objetivos declarados,fazendo com que os funcion-rios se concentrem nos assun-tos em questo. Incluir os re-sultados desejados ajuda osenvolvidos a se preparar paraa reunio da maneira que fun-ciona melhor para cada um.

    Uma revoluo na ma-neira como as reuniesso feitas criar umanova cultura corporativa. Paracomear, obviamente ocorre-ro menos reunies. Alm dis-so, as reunies restantes se-ro mais curtas e concentra-

    das, produzindo um retornoclaro ao investimento.

    No caso da executiva sniorque no podia fazer uma pau-sa em paz, ela acabou lideran-do a revoluo das reuniesem sua empresa. Tenho o pra-zer de informar que agora elaconsegue finalmente ir desa-companhada ao banheiro.

    CARSON TAT E ESCREVEU PA R A ONEW YORK TIMES.

    THE NEW YORK TIMES NEWSSE RV I C E /SY N D I C AT E

    O"Consenso Nacionalda Vaca Amarela", aque me referi no artigoCausa mortis, consiste na aplicaogeral e infalvel da regra baixadapelo comissrio do povo,Milton Temer, para todos osmilitantes, simpatizantes e puxa-sacos do comunismo na mdiabrasileira: No comentemo Olavo de Carvalho (verhttp://www.fazendomedia.com/fm0023/entrevista0023.htm).

    No tive, claro, a honrade ser o nico objeto dessamedida preventiva, j existente,alis, antes que o sr. Temer acondensasse nessa frmulaimortal. Entre meus antecessoresilustres contam-se Gustavo Coroe Antnio Olinto, dois dos maioresescritores brasileiros de todos ostempos. O primeiro, morto h 34anos, continua a desfrutar de umaconfortvel inexistncia miditica;o segundo s saiu dela quando lhesobreveio em 1997 a punioainda maior de ser eleito para aAcademia Brasileira de Letras.

    H tambm versesmenores do pacto, aplicadas emdomnios profissionais especficose mais restritos. Geraldo Vandre Juca Chaves foram vtimas daVaca Amarela no show business.Gilberto Freyre esteve proibidona USP at o seu centenrio,em maro de 2000: tive a ocasiode testemunhar pessoalmentea abertura solene das boquinhasseladas, em cerimnia oficiada nono salo nobre da universidade,mas num discreto barraco,como se fosse um encontro furtivode amantes ilcitos.

    Minha insero na listafoi devida ao vexamesofrido em 1996 por uma dezenade intelectuais de esquerda, que

    caram de paus epedras sobre o meulivro O Imbecil Coletivoe se deram muitomal, nada mais tendoconseguido provarseno que a obraera a respeitodeles prprios.

    Esse vexamehistrico levou-os concluso de quea atitude maisprudente a observarcom relao ao autorera a mais rigorosaboca-de-siri. Taldeciso foi tomada naesperana de que,excludo da mdia, eudesapareceria doreino do ser, de vezque essas pessoas,no tendo substncia senomiditica, julgam que os outros socompostos de idntica matria esofrem de vazio existencial quandoO Globo e a Fo l h a no falam deles.

    OConsenso corresponde,esquematicamente, quiloque a sociloga alem ElizabethNoelle-Neumann definiucomo "espiral do silncio", com adiferena, porm, de que o silncios observado na grande mdia,ao passo que, nas salas de aulae outros crculos de influncia,longe da possibilidade de umrevide, os signatrios e aderentesdo pacto se empenham numzunzum dos diabos, atribuindo-metodas as intenes que no tenhonem posso ter como a de instalarum governo teocrtico, mandarhomossexuais fogueira ou fazerressurgir da tumba o generalFrancisco Franco , de modoa atiar contra mim a imaginaode estudantes que sentem nisso

    um frisson indescritvel.Mal acabava eu de dar

    duas provas da contnua vignciadaquele acordo clebreem pleno ano de 2013, quandologo em seguida me veiomais uma. Em artigo publicadono jornal Valor Econmico(http://www.valor.com.br/cultura/3000238/o-fim-de-um-tempo-no-jornalismo-cultural), um cidado denome Flvio Moura, professandodar um breve panorama dojornalismo cultural no Brasil atual,menciona ali todos os nomes,inclusive alguns dos mais bvioscontinuadores do meu trabalho,omitindo, claro, o de algumque no s atuou muito mais queeles nessa rea (e em algumasmais altas), mas ainda ps emcirculao uma infinidade deautores essenciais esquecidos oununca antes mencionados nanossa mdia cultural, como LouisLavelle, Eugen Rosenstock-Huessy,Constantin Noica, mile Boutroux,

    Eric Voegelin, Lipot Szondi e nosei quantos outros, coisa que porsi j ultrapassa as contribuies,conquanto meritrias, dosjornalistas referidos no artigo.

    claro que omisses como essano me ferem no mais mnimoque seja (afinal, no foi por af denotoriedade que s estreei comoopinador na mdia aos 48 anos),mas registr-las estritamenteobrigatrio porque documentam,mais que quaisquer outros indcios,o estado presente da inculturabrasileira, fenmeno to inditoe deprimente que j comeaa incomodar at mesmo osseus prprios pais e responsveis.O sr. Mino Carta que o diga.

    Tambm fato, atestadopara alm de qualquer dvidapossvel por meus livros O Jardimdas Aflies, Aristteles em NovaPe r s p e c t i v a , A Dialtica Simblica ouA Filosofia e Seu Inverso, bem comopela massa inabarcvel

    dos cursos e conferncias doSeminrio de Filosofia(www.seminariodefilosofia.org) oupelo material reproduzido no sitewww.theinteramerican.org, queminhas ambies e esforos estomuito acima do jornalismo cultural,e que seria at uma ofensadesignar-me to-somente por umlugarzinho nessa rea. Mas negar-me at mesmo esse lugarzinho spode ser coisa de quem, como o sr.Temer e similares, assustado antea abrangncia e complexidade deuma obra que escapa ao seuhorizonte de compreenso, prefirabater em adversrios menorespor saber que no tem musculaturapara briga de gente grande.

    Que esse monstruoso e alisjustssimo complexo deinferioridade se camufle sobafetaes de desprezo olmpico storna o fenmeno mais grotesco,macunamico e sociologicamentemais significativo. Entre atentao de responder ao sr. Mourana mesma moeda, da qual alisno disponho, e o risco de queme acusem pela milsima vez debater em crianas, escolho estaltima hiptese e registro poisaqui o seu nome para garantir,na modesta medida das minhasforas, que os futuroshistoriadores da misria mentalbrasileira no se esquecero dele.

    OL AVO DE CA RVA L H O E N S A S TA , J O R N A L I S TA EP RO F E S S O R DE FI LO S O F I A

    A cultura de reuniescorporativas insustentvel e poucoprodutiva. O tempo uma mercadoria.Portanto, todo o tempogasto em reuniesdeveria gerar um retornosobre o investimento.

    Yellow Cow, deFranz Marc/ Reproduo

  • quinta-feira, 28 de fevereiro de 20134 DIRIO DO COMRCIO

    Sonho ou pesadelo333 A famlia Gomes no fede e nemcheira e, ao contrrio de sonho, Cirovive um pesadelo. A frase atribu-da ao governador Eduardo Campos,de Pernambuco, que tem total controledo PSB (ocupa grande parte do

    Nordeste), depois de saber do acordo que Cid e Ciro Gomes, osdois do mesmo PSB, teriam feito com Lula, para apoiar Dilma noano que vem. O ex-presidente teria prometido a Ciro o Ministrio daFazenda, caso a Chefe do Governo seja reeleita. J por conta, Ciroresolveu dizer que Eduardo Campos no est preparado para serpresidente. Ciro sonha com o Ministrio da Fazenda desde1994 quando FHC ganhou as eleies presidenciais.

    [email protected] 3 3

    k

    Colaborao:Paula Rodrigues / A.Favero

    333 O senador Acio Neves (PSDB-MG), pr-candidato ao Planalto, noqueria antecipar o debate eleitoral.FHC que convenceu o mineiro,prometendo que tambm participaria

    de uma caravana nacional a seu lado. Acio sabe que ainda terde enfrentar problemas dentro de seu partido e nem aposta queconseguir se eleger presidente do PSDB. Tem plena noo deque h muito cho pela frente e que, se as eleies presidenciaisfossem hoje, Dilma levaria no primeiro turno, o que nem Lulaconseguiu (Serra em 2002 e 2010 e Alckmin, em 2006, levarameleies para o segundo turno). Ou seja: a prioridade empur-rar a final para o segundo turno tambm no ano que vem.

    MAIS: ela tambm lanar odocumentrio A Estrela daCano, com imagens dosanos 50, 60 e 80. E no final,claro, ela canta Babalu.

    MISTURA FINA

    Novo fenmeno333 O Harlem Shake umamsica que virou um hit nainternet (originalmente, docantor e produtor americanoBaauer): na rede, pessoas domundo inteiro, danam ao ritmoda batida eletrnica, fantasiadasou mascaradas. Comea comapenas uma delas danando e,de repente, uma multido emcoreografias curiosas enchem atela. No YouTube, h um festivalde vdeos que j teve mais de 12mil verses desde o comeo defevereiro e j foram vistas maisde 175 milhes de vezes.

    DOCE,DOCE,DOCE333 Na lista da InternationalFederationofthePhonographicIndustry sobre campees davenda em todo o mundo, em2012, no bloco dos singles,Michel Tel aparece na sextacolocao, com 7,2 milhesde copias comercializadas.Enquantoisso,aduplaMunhoze Marino, que faz sucessopor aqui com o refro Agora,eu fiquei doce, doce, doce,est emplacando, para valer,Camaro Amarelo nas rdios eemissoras de TV dos EstadosUnidos. E j fizeram trs shows,todos com lotao esgotada,em Atlanta e Boston.

    Angela Maria, 84 anos,est se reunindo comCauby Peixoto, 82 anos:escolhem repertrio parao terceiro CD juntos.

    Fotos: BusinessNews

    Dinheirama333 Neste ano, a Cmara dosDeputados e o Senado Federaldevero gastar, juntos, R$ 8,5bilhes, equivalentes a R$ 23milhes por dia. O valor semelhante a todo o oramentoautorizado para a cidade de BeloHorizonte no ano passado (R$8,8 bilhes) e aos dispndiosintegrais de seis ministrios:Cultura, Pesca, Esporte, Turismo,Meio Ambiente e RelaesExteriores. Esto includos ossalrios dos 15.647 servidoresefetivos e comissionados daCmara e dos 6.345 do Senado,mais aposentadorias, penses,indenizaes, compra demateriais de consumo, serviosterceirizados e outros.

    DISCRETA333 A primeira palestra darodadainternacionaldogovernobrasileiroapresentando seupacote de concesses nosetor infraestrutura correupor conta do ministro GuidoMantega, da Fazenda, no HotelWestin, em Nova York, nestasemana. Eram cerca de 300pessoas no road show e numadas ltimas fileiras estava aex-ministra Zlia Cardoso deMelo, 59 anos, que mora emManhattan com os filhos deseu casamento com ChicoAnsio.Nofoi reconhecida,no perguntou nada, saiucomo entrou de culosescuros e muito magra.

    AeroSogra333 O governador Cid Gomes, doCear, queria comprar um jatoCitation Sovereign, fabricadopela Cessna, com autonomiaintercontinental, no valor de US$15 milhes. O episdio de IveteSangalo e o desabamento departe do hospital de Sobral queela inaugurou teriam feito o irmode Ciro Gomes adiar a compra.Mesmo assim, em Fortaleza, tologo saram as primeiras noticiassobre a aquisio, o avio jhavia ganhado um apelido:AeroSogra. Tudo por conta dofamoso passeio de 2008 pelaEuropa, em jato fretado e pagopelo governo, quando levou todaa famlia e a sogra tambm para uma villegiatura l fora.

    PRAZO MAIOR333 Todos os rus condenadosno processo do mensaloquerem pedir prazo maior parao Supremo para apresentaremrecursos,depoisdapublicaodoacrdodasentenaqueoscondenou,incluindopriso.que o prazo para embargos de apenas cinco dias e omaterial a ser examinado temmais de duas mil pginas.Outros querem pedir acessoa todo o processo at antesda publicao do acrdo, oque o Supremo no permitir.Nessa fase de embargos, osministrosdoSTFpodemrevisare at reduzir a dosimetria dassentenas. Ou tambm podemreafirm-las inteiramente.

    Elas perderam a mo. H um excesso de musculatura. So mu-lheres pererecas: cintura fina, coxa grossa e perna fina.

    Muitocedo

    Desantosa metaleiros

    333 Tinha de tudo, com muitotalento e criatividade, na Semanade Moda de Milo: de estampasque reproduziam vitrais de santosda Catedral Monreale, em Palermo

    (Dolce&Gabbana) a aplicaes metalizadas, taxas e correntesgarantindo um estilo chic & rock Nroll, dentro da irreverncia dosmetaleiros (Roberto Cavalli). Na platia, entre tantas, da esquerdapara a direita, Fergie; Lana del Rey (3 milhes de cpias);Olivia Palermo, mix de socialite e atriz; e atriz; a poderosaAnna Wintour, de Vogue America; e a princesa Charlenede Mnaco, mulher do prncipe Albert, que adora Armani.

    Hablase espaol333 Na semana passada, brasileiros que embarcavam de NovaYork para So Paulo e Rio pela TAM, eram atendidos no balcoda companhia, no aeroporto John Fitzgerald Kennedy, apenaspor funcionrios falando espanhol. No havia ningum quefalasse portugus. A empresa criada pelo comandante RolinAmaro, em Marlia, hoje nitidamente uma companhia chilena.Mais: amigo desta coluna que voou, no domingo, de Campinaspara Braslia, ganhou bordo um pacotinho de amendoim, comdata vencida h mais de ms e procedente da Costa Rica.

    333 A MINISTRA Marta Suplicy,da Cultura, est avisando amigos,admiradores e o pessoal do PTque no tem a menor inteno dese candidatar a nada no ano quevem. At 2018 tem mandato desenadora, est entusiasmadacom seu ministrio e, com Dilmareeleita, quer permanecer lpor mais quatro anos. O Vale-Cultura, que Marta lanou, atagora no decolou, dependede adeso voluntria e temproblemas de formato.

    333 O BRASIL receber esteano dois espetculos sobrea Disney, que j receberamautorizao para captar mais deR$ 6,5 milhes pela Lei Rouanet.Um Disney Live!; outro, DisneyOn Ice. A montagem de ReiLeo no conta: produooriginal da Disney, s que no exatamente sobre a Disney.

    333 QUEM diria: at o filmeCidade de Deus, de FernandoMeirelles, vai virar musicalem So Paulo e a produtoraj foi autorizada a captar, viaLei Rouanet, nada menos doque R$ 14,7 milhes.

    333 O EX-ministro do Trabalhoe presidente nacional do PDT,Carlos Lupi, que no conseguederrubar Brizola Neto de seuamigo ministrio, resolveu mudarsuas reivindicaes de maiorparticipao no governo. Agora,quer uma diretoria da Petrobras.No Planalto, ministros do principalncleo do governo, achamque Lupi est de gozao.

    333 OLIVIA Wilde, que ganhoupopularidade pelo seriadoHouse, passou um dia em Sopaulo: veio para participar dolanamento da coleo deinverno da Bo.B, da qual contratada, ficou na loja da OscarFreire por uma hora, depois foijantar com amigos no Bagatellee embarcou de volta, na manhseguinte, para Nova York.

    333 A ATRIZ Patrcia Pillar, aConstancia de Lado a Lado, queest terminando, viciada etorcedora do Flamengo emfutebol pela televiso. capaz detrocar um filme ou uma srie paraacompanhar jogos do Barcelona,Real Madrid e Milan. E considerao BBB um lixo porque s mostrao que a gente tem de pior.

    IN OUTh

    h

    Lisos e pintados moBrocados e pedras coloridas.

    LUIZA BRUNET // 50 anos, sobre as chamadas gostosas da nova gerao.

    333 Eleita uma das mais sexiesna relao anual da Askmen euma das mais bem vestidas pelaUS Weekly, Jennifer Lawrence,22 anos, que acaba de ganhar o

    Oscar de melhor atriz por seu desempenho em O Lado Bom daVida, a nova estrela da campanha Primavera/Vero 2013da Miss Dior, incluindo acessrios. A coleo uma volta aopassado e at voilettes so revisitadas. As fotos so de WillyVanderperre e a campanha estar nas revistas em abril. Na festado Oscar, Jennifer usava um branco da grife Dior Couture.

    EstreladeMiss Dior

  • quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013 5DIRIO DO COMRCIOpoltica

    PERSONAGENS MARCANTES NO CURRCULO: LULA TA M B M J SE C O M PA RO U A

    O ex-presidente Lula incorpora o personagem e afirma receber da imprensaa mesma cobrana sofrida pelo ex-presidente norte-americano. Ele escolheu

    o cenrio ideal a cerimnia de comemorao dos 30 anos da CUT.Aproveitou para atacar adversrios e, claro, defender Dilma. Vale um Oscar?

    Oex-presidente LuizIncio Lula da Silvaaproveitou a ceri-mnia de comemo-rao dos 30 anos da Centralnica dos Trabalhadores(CUT), realizada ontem no No-votel Jaragu, no Centro deSo Paulo, para criticar seusadversrios e a imprensa. Afir-mou que eles tm "bronca" de-le e da presidente Dilma Rous-seff e avaliou que a oposio eos formadores de opinio p-blica nunca quiseram a elei-o dos dois. De quebra, Lulase comparou ao ex-presiden-te norte-americano AbrahamLincoln (1861-1865) em rela-o, segundo ele, aos ataquessofridos na imprensa.

    "Eu fiquei impressionado co-mo a imprensa batia no Lincolnem1860, igualzinhobatememmim. E o coitado no tinha nemcomputador. Ia para o telex fi-car esperando. Ns aqui poda-mos xingar o outro em temporeal. Quantos no j esto a: 'OLula est falando demais, o Lulaest falando demais, para'.Quantos j esto tuitando a?",disse o ex-presidente, contan-

    do que est lendo a biografia doex-presidente dos Estados Uni-dos. "Hoje a resposta em tem-po real. Eu quero parar de recla-mar dos que no gostam demim e no do espao. Eu noconvido eles para minha festa eno sou convidado."

    Para Lula, os adversrios e"os formadores de opinio p-blica" foram os ltimos a ade-rir, na dcada de 80, ao movi-mento pelas eleies diretaspara presidente e, na dcadaseguinte, campanha peloimpeachment do ento presi-dente Fernando Collor, hojesenador. "Essa gente nuncaquis que eu e a Dilma ganhs-semos as eleies, que a gen-te fosse progressista. A bron-ca que eles tinham de mim era(em relao ao) meu sucesso eagora o sucesso da Dilma."

    O ex-presidente reclamouainda da falta de espao para omovimento sindical na impren-sa e cobrou um mapeamentode toda a mdia do setor paraque esse segmento se organi-ze. Disse que os sindicalistasdevem deixar de reclamar doespao que no conseguem na

    mdia e organizar a sua prpria.Dos 30 minutos que usou paradiscursar, cerca de 15 se con-centraram em crticas a adver-srios e imprensa. " uma ar-ma poderosa, mas totalmentedesorganizada. Por que a genteno organiza a nossa mdia, dformatao, um pensamentocoletivo, mais unitrio?"

    Ele citou ainda uma conversaque teve com o ento publisherda Folha de S.Paulo, OctavioFrias de Oliveira (1912-2007)."O velho Frias, que era a melhorpessoa que eu conheci na Fo l h a ,ele me dizia assim: 'Lula, os doandar de cima nunca vo deixarvoc chegar l. Eles vo sem-pre trabalhar para voc ficar noandar de baixo'. Eu dizia: 'Frias,ns vamos chegar no andar decima'. Ns chegamos, e gosta-mos. E provamos que sabemosmorar no andar de cima e fazermais coisas do que eles." Se-gundo o ex-presidente, houveuma inverso de papis. "Nsagora estamos no andar de ci-ma olhando para povo que es-t l embaixo e ns queremosque eles subam tambm os de-graus da vida deste Pas."

    Arte de Max

    Lula pediu umamudana de posturada CUT, cobrou que acentral sindical e seus di-rigentes saiam s ruas,deixem os prdios e viajemmais pelo Pas. Recomen-dou ainda que conversemmais com a presidente Dilma"porque mulher sempre tratamelhor que o homem". Apsmanifestaes da plateia so-bre a fama de rgida da presi-dente, Lula emendou: "Mesmoquando a mulher mais dura, mais flexvel que o homem." Oex-presidente aproveitou parapedir compreenso aos movi-mento sindicais caso o governofederal no consiga atenderreivindicaes. "Eu sei que mui-tas vezes o movimento sindicalfica nervoso, fica irritado e comrazo. Mas eu acho que o maisimportante no apenas o re-sultado, o fato de o governo,da forma mais democrticapossvel, como a presidenta Dil-ma vem fazendo, sentar com omovimento e discutir",

    Ainda em tom de crtica aosadversrios, Lula defendeu agesto de Dilma os dez anos do

    PT no governo federal. "Eu sintoorgulho em saberque este Pasmudou. Ainda falta fazer coisa,obviamente que falta. Mas umPas que passou 500 anos sufo-cando os pobres no vai recu-perar em dez anos." A fala deLula foi mais um captulo na tro-ca de acusaes entre petistase tucanos, que ocorre desde asemana passada, quando Lulalanou Dilma candidata ree-leio em 2014 no evento decomemorao dos 33 anos decriao do PT e dez anos do par-tido no governo federal.

  • quinta-feira, 28 de fevereiro de 20136 DIRIO DO COMRCIO

    Dia: 4 de maro de 2013, segunda-feiraHorrio: 10 horas

    Local: Rua Boa Vista, 51 - 9 andar - Centro - SP

    ReunioConselho de Economia - COE

    Informaes, Debates e Busca de Solues

    TEMA:

    As Parcerias Pblico Privadas do Estado de So Paulo

    PALESTRANTE:

    GUILHERME AFIF DOMINGOSVice-governador do Estado de So Paulo e Presidente doCGPPP - Conselho Gestor de Parcerias Pblico Privadas,

    do governo estadual

    Eu cheguei no poder, todo mundo est vendo/ Eu cheguei no poder e agora estou po dendoDeputado Tiririca (PR-SP)poltica

    Intitulado Direto de Braslia,osexto e ltimo lbum de Ti-ririca chega 8 anos depoisdo ltimo CD. Ontem, o depu-tado Tiririca (PR-SP) apresen-tou seu lbum de 13 faixascomposto paralelamente ssuas atividades polticas.

    Na principal delas, "Estouno poder", ele conta um pou-

    co de sua trajetria na Cma-ra. Tiririca que j anunciouque vai deixar a vida polticaquando encerrar o mandato faz da msica o seu desabafocontra os que criticam a suaconduta como poltico.

    "Eu cheguei no poder, todomundo est vendo/ Eu che-guei no poder e agora estou

    podendo/ Me criticaram bas-tante, disseram que eu nosabia ler/ Fizeram muitas fo-focas, que eu no sabia es-crever/ Fiz o teste, passei e to-do mundo viu/ E os que me cri-ticaram vo para...", diz a le-tra. Nas outras canes, elemantm a sua marca pessoal stira ao cotidiano e s rela-es amorosas.

    Na faixa "O nome dele Ju",Tiririca conta o amor de umhomem por sua jumenta. "Eusou um cara inspirado, apai-xonado. Voc me diz uma pa-lavra e eu j fao uma msica.

    Deus me deu esse tom". Acano, diz, uma respostaaos que criticam sua atuaoparlamentar. " um desabafopara a galera que me critica otempo todo. O que vendeaqui porrada no deputado,no os seus projetos".

    Tiririca diz que vai guardar"boas lembranas" dos cole-gas e afirma que fazer mais impossvel: "Estou entre ossete deputados que nuncafaltaram nenhum dia. Aquelegaroto que passava fome noCear est fazendo um traba-lho maravilhoso." Esse o ttulo de seu novo Cd, que conta um pouco de sua trajetria l

    Dilma vontade, na 40 reunio do CDES, no Palcio do Planalto.

    Apres iden te D i lmaRousseff usou ontema reunio do Conselhode Desenvolvimento Econ-mico e Social, o "Conselho",para rebater crticas da opo-sio, da imprensa e de eco-nomistas, antecipando a es-tratgia para a campanhaeleitoral de 2014.

    Dilma reafirmou o que cha-ma de "pilares da estabilida-de" econmica e defendeusuas polticas. Em resposta aoposicionistas, em especialao ex-presidente FernandoHenrique Cardoso, disse queantes de o PT chegar ao poder"no existia" cadastro nicode programas sociais.

    Na semana passada, eladisse no ter herdado "nada"do antecessor tucano, ao queele respondeu dizendo queela "usurpou" seus projetos eque ela era "ingrata".

    Criado em 2001 por FHC, ocadastro foi ampliado repeti-das vezes durante os ltimos10 anos de gesto petista. por meio dele que o governodecide quem beneficiar porprogramas sociais como B o l-sa Famlia e Brasil sem Misria.

    A troca de farpas comeouna semana passada, quandoDilma foi lanada reeleio

    por Lula na festa dos 10 anosdo PT no poder federal.

    Dilma criticou tambm"as vozes que agora se ca-lam", que criaram "instabili-dade" anunciando o risco deapago no Pas quando o n-vel dos reservatrios che-gou a ndices crticos no co-meo do ano obrigando ouso de termoeltricas.

    "E a consequncia ne-nhuma, o que eu acho que irresponsabilidade. O queno admissvel que se crieinstabilidade onde no hinstabilidade", afirmou ela.

    Lula Marques/Folhapress

    Beto Barata/Estado Contedo

    Tir ir icadireto de Braslia

    Dilma desencavacadastro nico

    Acusado, Chalitaperde ministrio.

    OPlanalto decidiu ex-cluir o deputado Ga-briel Chalita (PMDB-SP) da reforma mi-nisterial preparada pela presi-dente Dilma Rousseff. Ele eracotado para assumir a pasta deCincia e Tecnologia aps terapoiado a candidatura de Fer-nando Haddad (PT) em SoPaulo no 2 turno, mas foi des-cartado aps as acusaes deque teria recebido propinaquando era secretrio da Edu-cao do Estado, na gesto Ge-raldo Alckmin (PSDB).

    Para compensar o PMDB, Dil-ma planeja pr o partido do vi-ce-presidente Michel Temer noMinistrio dos Transportes, ho-je comandado por Paulo Srgio

    Passos, do PR, embora a dire-o da legenda diga que ele in-tegra a "cota pessoal" da presi-dente. A ideia de Dilma colo-car o deputado Leonardo Quin-to, do PMDB-MG, no lugar dePassos, mas ela ainda no sedefiniu sobre a indicao.

    Quinto abriu mo da candi-datura a prefeito de Belo Hori-zonte, no ano passado, paraapoiar o petista Patrus Ana-nias, que perdeu a eleio pa-ra Mrcio Lacerda (PSB), alia-do do senador Acio Neves(PSDB). O deputado fez o ges-to atendendo a um pedido deDilma. Agora, o governo pode-r pagar a fatura.

    Ontem, o ex-diretor da FDE(Fundao para o Desenvolvi-

    mento da Educao) MiltonLeme disse que o acusador deGabriel Chalita, Roberto Grob-man, sugeriu que a equipe deJos Serra (PSDB) teria ofere-cido R$ 500 mil para que eleendossasse a verso de queum grupo educacional bancoua reforma do ento secretriode Educao. Depois, Leme foiao Ministrio Pblico prestardepoimento. Ele disse repor-tagem que teve um encontrocom Grobman e Walter Feld-man (PSDB), aliado de Serraque poca integrava a equi-pe do prefeito Gilberto Kas-sab, no shopping Higienpo-lis. Serra estava fazendo cam-panha no shopping e acenoupara o grupo, segundo Leme.

    Ele disse que no tem provasda acusao que faz contraGrobman. O ex-diretor da FDE ru num processo em que acusado de ter causado umprejuzo de R$ 4,08 milhesaos cofres do Estado com acompra de antenas parabli-cas para um dos programas deChalita, o Canal da Saber.

    Feldman confirmou que hou-ve o encontro, mas negou ofer-

    ta de dinheiro. "Falei para o Ro-berto (Grobman): 'Ns no tra-balhamos com esse tipo de acu-sao. O PSDB j foi vtima dedossis, como mostra o casodos aloprados. Se voc tem al-guma denncia, apresente aoMinistrio Pblico'."

    O ex-governador Serra tam-bm negou com veemnciaque tenha havido oferta de di-nheiro para sustentar acusa-

    es contra Gabriel Chalita."No conheo os fatos nem aspessoas citadas", disse Serrasobre Leme e Grobman.

    Grobman no comentou aacusao de Leme sobre a su-posta oferta de dinheiro. Ojornal Folha de S.Paulo revelouno sbado que Chalita in-vestigado em 11 inquritospelo Ministrio Pblico de SoPaulo. (Agncias)

    Deputado era cotado para Cincia e Tecnologia

    RobertoGrobman,acusador deChalita,entregou aoMP materialque provariasuas denncias

    Daniel Teixeira/Estado Contedo

    Marina descascaos outros pr-candidatos

    Aex-senadora MarinaSilva criticou ontem afalta de propostas dospr-candidatos Presidnciada Repblica em 2014.

    "Me sinto feliz de poder es-tar discutindo propostas,ideias. Quando voc fica fixa-do apenas na eleio e no votodas pessoas sem discutir as al-ternativas, faz com que a pol-tica fique estagnada", disse aex-senadora aps realizar oregistro de Pessoa Jurdica dopartido Rede Sustentabilida-de, em Braslia.

    Compareceram ao cartriopara o registro os deputadosAlfredo Sirkis (PV-RJ), WalterFeldman (PSDB-SP) e Domin-gos Dutra (PT-MA). O ato con-tou ainda com a participaodos deputados Alfredo Sirkis(PV-R J ) , Wal ter Fe ldman(PSDB-SP), Domingos Dutra(PT-MA) e militantes.

    A antecipao do debateeleitoral de 2014 se estabele-ceu aps o ex-presidente Lulalanar na ltima quarta-feira acandidatura reeleio dapresidente Dilma.

    Xadrex poltico No mesmodia, o senador Acio Neves(PSDB-MG), cotado para dis-putar a prxima eleio, lan-ou crticas ao governo aoapresentar "13 fracassos" doPT no governo.

    Tido com possvel advers-rio de Dilma, o presidente doPSB e governador de Pernam-buco, Eduardo Campos, viu

    tambm os irmos Ciro e CidGomes criticarem a possibili-dade de o partido deixar a ba-se do governo para encamparuma candidatura prpria.

    Descontentes Marina disseque seu partido difere dos de-mais por ser composto de mi-norias polticas: "A maior par-te das pessoas de cidad e ci-dado que no aguentammais o monoplio da polticaexercitado pelos partidos co-mo feito hoje".

    E pouco falou sobre propos-tas. Disse que um dos objeti-vos ter "lideranas multicn-tricas". No estatuto, ficou umabrecha sobre a Ficha Limpa.Entre as possibilidades de noaceitao de filiados esto oscasos em que a pessoa foi con-denada por participao emmovimentos sociais. Segundoo documento, uma comisso

    estabelecer as hiptesesadicionais de inelegibilidade como condenaes por cri-mes de corrupo, improbida-de administrativa ou trfico dedrogas, entre outros.

    Assinaturas Esse foi o pri-meiro passo para a criao dopartido. Para que a Rede saiado papel preciso a coleta decerca de 500 mil assinaturasem nove estados. Marina spoder disputar a prximaeleio pela Rede se conse-guir o registro oficial do Tribu-nal Superior Eleitoral at outu-bro deste ano. Segundo AndrLima, um dos coordenadoresda Rede, a at o fim de maio to-das as assinaturas devem es-tar coletadas. Desde o lana-mento (16 de fevereiro) atontem, 32.363 pessoas j bai-xaram a ficha para coleta deassinatura na internet.

    Marina Silva registrou em cartrio o programa poltico de seu partido

    Ronaldo Brando/Estado Contedo

  • quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013 7DIRIO DO COMRCIO

    continua...

    Banco Bradesco Financiamentos S.A.Empresa da Organizao Bradesco

    CNPJ 07.207.996/0001-50Sede: Cidade de Deus, s/n - Prdio Prata - 4 Andar - Vila Yara - Osasco - SP

    BALANO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - Em Reais milATIVO 2012 2011CIRCULANTE ............................................................................................................................................... 45.140.692 42.574.388DISPONIBILIDADES (Nota 4) ....................................................................................................................... 172 164APLICAES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Nota 5a) .................................................................... 27.218.082 27.005.962Aplicaes no Mercado Aberto ..................................................................................................................... 177.717 125.597Aplicaes em Depsitos Interfinanceiros..................................................................................................... 27.040.365 26.880.365TTULOS E VALORES MOBILIRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 6) ......... 304.363 265.176Carteira Prpria ............................................................................................................................................. 223.704 190.364Vinculados Prestao de Garantias ........................................................................................................... 80.659 74.812RELAES INTERFINANCEIRAS............................................................................................................... 30.973 24.846Crditos Vinculados (Nota 7)......................................................................................................................... - 3.494Correspondentes........................................................................................................................................... 30.973 21.352OPERAES DE CRDITO (Nota 8)........................................................................................................... 15.763.222 13.735.297Operaes de Crdito - Setor Privado .......................................................................................................... 16.728.180 14.412.804Proviso para Operaes de Crdito de Liquidao Duvidosa..................................................................... (964.958) (677.507)OPERAES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Nota 8)....................................................................... (42.351) (86.576)Operaes de Arrendamentos a Receber - Setor Privado............................................................................ 280.491 540.800Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ........................................................................................... (262.836) (512.119)Proviso para Crditos de Arrendamento Mercantil de Liquidao Duvidosa .............................................. (60.006) (115.257)OUTROS CRDITOS.................................................................................................................................... 1.104.015 1.115.331Avais e Fianas Honrados............................................................................................................................. - 3.781Rendas a Receber (Nota 9a)......................................................................................................................... 169 323Negociao e Intermediao de Valores....................................................................................................... - 78Diversos (Nota 9b)......................................................................................................................................... 1.103.849 1.118.631Proviso para Outros Crditos de Liquidao Duvidosa............................................................................... (3) (7.482)OUTROS VALORES E BENS (Nota 10)........................................................................................................ 762.216 514.188Outros Valores e Bens................................................................................................................................... 214.030 165.144Provises para Desvalorizaes ................................................................................................................... (121.509) (72.949)Despesas Antecipadas.................................................................................................................................. 669.695 421.993REALIZVEL A LONGO PRAZO................................................................................................................. 24.123.376 21.953.359APLICAES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Nota 5a) .................................................................... 129.374 674.585Aplicaes em Depsitos Interfinanceiros..................................................................................................... 129.374 674.585TTULOS E VALORES MOBILIRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 6) ......... 218 -Carteira Prpria ............................................................................................................................................. 218 -OPERAES DE CRDITO (Nota 8)........................................................................................................... 19.334.634 17.884.719Operaes de Crdito - Setor Privado .......................................................................................................... 20.396.191 18.721.723Proviso para Operaes de Crdito de Liquidao Duvidosa..................................................................... (1.061.557) (837.004)OPERAES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Nota 8)....................................................................... (81.891) (155.817)Operaes de Arrendamentos a Receber - Setor Privado............................................................................ 138.821 454.482Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ........................................................................................... (137.123) (449.745)Proviso para Crditos de Arrendamento Mercantil de Liquidao Duvidosa .............................................. (83.589) (160.554)OUTROS CRDITOS.................................................................................................................................... 3.850.492 2.828.814Diversos (Nota 9b)......................................................................................................................................... 3.850.492 2.828.817Proviso para Outros Crditos de Liquidao Duvidosa............................................................................... - (3)OUTROS VALORES E BENS (Nota 10)........................................................................................................ 890.549 721.058Despesas Antecipadas.................................................................................................................................. 890.549 721.058PERMANENTE ............................................................................................................................................. 4.601.082 7.234.620INVESTIMENTOS (Nota 11) ......................................................................................................................... 459.372 476.297Participaes em Coligadas e Controladas:- No Pas........................................................................................................................................................ 455.967 472.926- No Exterior .................................................................................................................................................. 209 175Outros Investimentos..................................................................................................................................... 12.808 12.808Provises para Perdas .................................................................................................................................. (9.612) (9.612)IMOBILIZADO DE USO (Nota 12)................................................................................................................. 6.305 7.538Outras Imobilizaes de Uso......................................................................................................................... 19.255 24.632Depreciaes Acumuladas............................................................................................................................ (12.950) (17.094)IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO (Nota 8i) ........................................................................................... 4.098.557 6.719.864Bens Arrendados........................................................................................................................................... 4.904.722 7.387.494Depreciaes Acumuladas/Supervenincia de Depreciao........................................................................ (806.165) (667.630)DIFERIDO (Nota 13) ..................................................................................................................................... 229 933Gastos de Organizao e Expanso............................................................................................................. 7.681 7.730Amortizao Acumulada ............................................................................................................................... (7.452) (6.797)INTANGVEL (Nota 13).................................................................................................................................. 36.619 29.988Ativos Intangveis........................................................................................................................................... 57.606 41.338Amortizao Acumulada ............................................................................................................................... (20.987) (11.350)TOTAL ........................................................................................................................................................... 73.865.150 71.762.367

    PASSIVO 2012 2011CIRCULANTE ............................................................................................................................................... 20.051.434 19.532.729DEPSITOS (Nota 14a)................................................................................................................................ 16.436.279 16.189.720Depsitos Interfinanceiros ............................................................................................................................. 16.436.279 16.189.720OUTRAS OBRIGAES .............................................................................................................................. 3.615.155 3.343.009Cobrana e Arrecadao de Tributos e Assemelhados................................................................................. 7.249 15.685Sociais e Estatutrias.................................................................................................................................... 10.437 -Fiscais e Previdencirias (Nota 16a)............................................................................................................. 1.310.109 1.188.494Diversas (Nota 16b)....................................................................................................................................... 2.287.360 2.138.830

    EXIGVEL A LONGO PRAZO....................................................................................................................... 26.921.190 26.345.366DEPSITOS (Nota 14a)................................................................................................................................ 22.792.977 20.942.390Depsitos Interfinanceiros ............................................................................................................................. 22.792.977 20.942.390OUTRAS OBRIGAES .............................................................................................................................. 4.128.213 5.402.976Fiscais e Previdencirias (Nota 16a)............................................................................................................. 2.776.026 2.578.588Diversas (Nota 16b)....................................................................................................................................... 1.352.187 2.824.388

    RESULTADOS DE EXERCCIOS FUTUROS............................................................................................... 132.230 212.642Receitas de Exerccios Futuros..................................................................................................................... 132.230 212.642

    PATRIMNIO LQUIDO (Nota 17)................................................................................................................ 26.760.296 25.671.630Capital:- De Domiciliados no Pas ............................................................................................................................. 22.010.000 22.010.000Reservas de Lucros....................................................................................................................................... 4.750.055 3.661.857Ajustes de Avaliao Patrimonial................................................................................................................... 241 (227)

    TOTAL ........................................................................................................................................................... 73.865.150 71.762.367

    RELATRIO DA ADMINISTRAOSenhores Acionistas,

    Submetemos apreciao de V.Sas. as Demonstraes Contbeis do exerccio findo em 31 de dezembro de 2012, do Banco BradescoFinanciamentos S.A. (Bradesco Financiamentos), de acordo com as prticas contbeis adotadas no Brasil, aplicveis s instituies autorizadas a funcionarpelo Banco Central do Brasil.

    O Bradesco Financiamentos oferece linhas de financiamento de crdito direto ao consumidor para aquisio de veculos de passeio, de transporte eoutros bens e servios, alm de operaes de leasing e de emprstimos consignados, atuando como financeira do Bradesco.

    No segmento veculos, os servios so oferecidos por uma Rede conveniada, com mais de 17 mil parceiros em todo o Pas, formada por Revendase Concessionrias de veculos leves, de motos e de veculos de transporte. Para atendimento no segmento de emprstimos consignados, atua em todos osEstados brasileiros na captao de clientes, por meio de 1.301 Correspondentes, tanto no mercado quanto em Agncias do Banco Bradesco, e em folhas depagamento de empresas do Setor Privado, destacando-se a parceria com os segmentos Bradesco Empresas e Corporate.

    No seguimento de emprstimos consignados, a produo de novos negcios apresentou crescimento de 41,4% no 4 trimestre de 2012, emcomparao ao mesmo perodo de 2011, proporcionando crescimento de 50,0% na carteira de crdito consignado. Esse o resultado da estratgia e daestruturao de uma equipe dedicada ao atendimento de convnios junto ao INSS, rgos pblicos e empresas privadas, aumentando a concesso derecursos nessa modalidade.

    O Lucro Lquido do exerccio de 2012 foi de R$ 1,099 bilho e o Patrimnio Lquido de R$ 26,760 bilhes.Agradecemos o apoio e confiana dos nossos clientes e parceiros comerciais e o trabalho dedicado dos nossos funcionrios e demais colaboradores.

    Osasco, SP, 25 de janeiro de 2013.Diretoria

    As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Contbeis.

    DEMONSTRAO DO RESULTADO - Em Reais mil DEMONSTRAO DAS MUTAES DO PATRIMNIO LQUIDO - Em Reais mil

    RECEITAS DA INTERMEDIAO FINANCEIRA ........................................................ 6.600.198 13.136.924 12.327.037Operaes de Crdito (Nota 8g) ................................................................................... 4.285.041 8.251.273 6.587.796Operaes de Arrendamento Mercantil (Nota 8g)......................................................... 1.337.932 2.718.289 2.673.222Resultado de Operaes com Ttulos e Valores Mobilirios (Nota 6e) ......................... 977.215 2.167.281 3.065.855Resultado das Aplicaes Compulsrias (Nota 7b) ...................................................... 10 81 164DESPESAS DA INTERMEDIAO FINANCEIRA ...................................................... 4.299.267 8.554.512 7.688.122Operaes de Captaes no Mercado (Nota 14b)........................................................ 2.131.612 4.271.410 4.166.428Operaes de Arrendamento Mercantil (Nota 8g)......................................................... 1.226.261 2.480.125 2.390.913Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa (Notas 8c e f) .................................... 941.394 1.802.977 1.130.781RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAO FINANCEIRA....................................... 2.300.931 4.582.412 4.638.915OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ................................................... (1.461.006) (2.520.781) (1.403.736)Receitas de Prestao de Servios (Nota 18) .............................................................. 24.509 55.722 64.251Rendas de Tarifas Bancrias (Nota 18)......................................................................... 133.162 333.428 421.913Despesas de Pessoal (Nota 19) .................................................................................... (26.289) (53.232) (50.621)Outras Despesas Administrativas (Nota 20).................................................................. (434.518) (851.484) (864.119)Despesas Tributrias (Nota 21) ..................................................................................... (171.023) (326.234) (294.926)Resultado de Participaes em Coligadas Controladas (Nota 11a) ............................. (8.649) (16.905) (3.345)Outras Receitas Operacionais (Nota 22)....................................................................... 97.839 197.414 680.732Outras Despesas Operacionais (Nota 23)..................................................................... (1.076.037) (1.859.490) (1.357.621)RESULTADO OPERACIONAL ..................................................................................... 839.925 2.061.631 3.235.179RESULTADO NO OPERACIONAL (Nota 24) ............................................................ (93.386) (182.216) (100.004)RESULTADO ANTES DA TRIBUTAO SOBRE O LUCRO ...................................... 746.539 1.879.415 3.135.175IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIO SOCIAL (Nota 26) ................................... (309.481) (780.780) (842.464)LUCRO LQUIDO.......................................................................................................... 437.058 1.098.635 2.292.711Nmero de aes (mil) (Nota 17a) ................................................................................ 24.730.835 24.730.835 24.730.835Lucro por lote de mil aes em R$................................................................................ 17,67 44,42 92,71

    Saldos em 30.6.2012.............................................. 22.010.000 282.811 4.034.338 (252) - 26.326.897Ajustes de Avaliao Patrimonial............................. - - - 493 - 493Lucro Lquido........................................................... - - - - 437.058 437.058Destinaes: - Reservas.......................................... - 21.853 411.053 - (432.906) -

    - Dividendos Propostos...................... - - - - (4.152) (4.152)Saldos em 31.12.2012............................................ 22.010.000 304.664 4.445.391 241 - 26.760.296

    Saldos em 31.12.2010............................................ 22.010.000 135.097 2.294.049 (241) - 24.438.905Ajustes de Avaliao Patrimonial............................. - - - 14 - 14Lucro Lquido........................................................... - - - - 2.292.711 2.292.711Destinaes: - Reservas.......................................... - 114.635 1.118.076 - (1.232.711) -

    - Juros Sobre o Capital Prprio - Pagos - - - - (1.060.000) (1.060.000)Saldos em 31.12.2011............................................ 22.010.000 249.732 3.412.125 (227) - 25.671.630Ajustes de Avaliao Patrimonial............................. - - - 468 - 468Lucro Lquido........................................................... - - - - 1.098.635 1.098.635Destinaes: - Reservas.......................................... - 54.932 1.033.266 - (1.088.198) -

    - Dividendos Propostos...................... - - - - (10.437) (10.437)Saldos em 31.12.2012............................................ 22.010.000 304.664 4.445.391 241 - 26.760.296

    Exerccios findos em2 Semestre 31 de dezembro

    2012 2012 2011

    Ajustes deAvaliao

    Capital Reservas de Lucros Patrimonial LucrosEventos Social Legal Estatutrias Prprias Acumulados Totais

    As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Contbeis. As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Contbeis.

    DEMONSTRAO DO FLUXO DE CAIXA - Em Reais mil DEMONSTRAO DO VALOR ADICIONADO - Em Reais milExerccios findos em

    2 Semestre 31 de dezembro2012 2012 2011

    Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais:Lucro Lquido antes do Imposto de Renda e Contribuio Social ......................... 746.539 1.879.415 3.135.175Ajustes ao Lucro Lquido antes dos Impostos:Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa......................................................... 941.394 1.802.977 1.130.781Depreciaes e Amortizaes..................................................................................... 321.323 766.505 1.566.080Constituies de Provises Cveis, Trabalhistas e Fiscais .......................................... 326.886 563.544 539.533Constituies/(Reverses) de Provises para Desvalorizao de Bens no de Uso Prprio 16.092 48.561 (20.773)Resultado de Participaes em Coligadas e Controladas........................................... 8.649 16.905 3.345Insuficincia/(Supervenincia) de Depreciao........................................................... 889.567 1.667.300 763.503(Ganho)/Perda na Venda de Investimento ................................................................... (2.827) (2.827) (32.671)(Ganho)/Perda na Venda de Imobilizado de Uso......................................................... 29 256 6(Ganho)/Perda na Venda de Bens no de Uso Prprio ............................................... 80.092 136.226 153.442Outros.......................................................................................................................... 109.204 198.585 127.751

    Lucro Lquido Ajustado antes dos Impostos ........................................................... 3.436.948 7.077.447 7.366.172(Aumento)/Reduo em Aplicaes Interfinanceiras de Liquidez ............................... (1.019.762) 385.212 (279.817)(Aumento)/Reduo em Ttulos para Negociao e Instrumentos Financeiros Derivativos (18.818) (38.624) (36.327)(Aumento)/Reduo em Relaes Interfinanceiras e Interdependncias.................... (7.407) (9.622) (21.300)(Aumento)/Reduo em Operaes de Crdito e de Arrendamento Mercantil ........... (1.591.914) (5.391.954) (7.633.353)(Aumento)/Reduo em Outros Crditos e Outros Valores e Bens............................. (191.850) (1.132.661) (1.012.820)(Aumento)/Reduo em Depsitos Compulsrios no Banco Central do Brasil ........... 1.477 3.494 (2.420)Aumento/(Reduo) em Depsitos.............................................................................. 793.416 2.097.145 3.930.314Aumento/(Reduo) em Outras Obrigaes ............................................................... (923.267) (1.332.001) (903.313)Aumento/(Reduo) em Resultados de Exerccios Futuros ........................................ (27.629) (80.412) 131.068Imposto de Renda e Contribuio Social Pagos ......................................................... (265.202) (1.526.019) (783.984)

    Caixa Lquido Proveniente/(Utilizado) das Atividades Operacionais..................... 185.992 52.005 754.220Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos(Aumento)/Reduo em Ttulos Disponvel para Venda .............................................. (328) (312) 429(Aumento)/Reduo em Ttulos Mantidos at o Vencimento....................................... - - 2.433Alienao de Bens no de Uso Prprio....................................................................... 109.847 193.141 242.614Alienao de Investimentos......................................................................................... 2.827 2.827 34.386Alienao de Imobilizado de Uso e Arrendamento...................................................... 159.181 362.281 643.349Aquisio de Bens no de Uso Prprio....................................................................... (226.440) (378.253) (290.968)Aquisio de Investimentos ......................................................................................... - (150) (2)Aquisio de Imobilizado de Uso e Arrendamento...................................................... (70.602) (163.477) (302.456)Aplicaes no Diferido/Intangvel................................................................................. (10.682) (16.253) (7.766)Dividendos e Juros sobre o Capital Prprio Recebidos .............................................. 319 319 301

    Caixa Lquido Proveniente/(Utilizado) nas Atividades de Investimentos............... (35.878) 123 322.320Fluxo de Caixa das Atividades de FinanciamentoDividendos e Juros sobre o Capital Prprio Pagos ..................................................... - - (1.071.472)

    Caixa Lquido Proveniente/(Utilizado) nas Atividades de Financiamentos ........... - - (1.071.472)Aumento/(Reduo) Lquida de Caixa e Equivalentes de Caixa ............................. 150.114 52.128 5.068Caixa e Equivalentes de Caixa - Incio do Perodo ....................................................... 27.775 125.761 120.693Caixa e Equivalentes de Caixa - Fim do Perodo .......................................................... 177.889 177.889 125.761Aumento/(Reduo) Lquida de Caixa e Equivalentes de Caixa ............................. 150.114 52.128 5.068

    2 Semestre Exerccios findos em 31 de dezembroDescrio 2012 % 2012 % 2011 %1 - RECEITAS ......................................................... 4.744.891 501,2 9.878.805 436,4 10.905.527 313,0

    1.1) Intermediao Financeira......................... 6.600.198 697,1 13.136.924 580,4 12.327.037 353,91.2) Prestao de Servios.............................. 157.671 16,7 389.150 17,2 486.164 14,01.3) Proviso para Crditos de Liquidao

    Duvidosa.................................................. (941.394) (99,4) (1.802.977) (79,7) (1.130.781) (32,5)1.4) Outras ........................................................ (1.071.584) (113,2) (1.844.292) (81,5) (776.893) (22,3)

    2 - DESPESAS DE INTERMEDIAO FINANCEIRA (3.357.873) (354,7) (6.751.535) (298,3) (6.557.341) (188,2)3 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS ....... (424.712) (44,9) (834.353) (36,7) (849.672) (24,4)

    Servios de Terceiros......................................... (316.849) (33,5) (627.234) (27,7) (605.104) (17,4)Propaganda, Promoes e Publicidade............. (7.691) (0,8) (13.639) (0,6) (75.459) (2,2)Processamento de Dados.................................. (29.198) (3,1) (50.529) (2,2) (37.842) (1,1)Comunicaes ................................................... (16.122) (1,7) (33.413) (1,5) (35.376) (1,0)Servios do Sistema Financeiro ........................ (5.738) (0,6) (10.391) (0,4) (9.473) (0,3)Viagens .............................................................. (4.681) (0,5) (6.843) (0,3) (5.384) (0,2)Transporte .......................................................... (2.747) (0,3) (4.370) (0,2) (4.093) (0,1)Materiais, Energia e Outros ............................... (1.101) (0,1) (1.841) (0,1) (2.460) (0,1)Arrendamento de Bens ...................................... - - (246) - (1.914) (0,1)Manuteno e Conservao de Bens ................ (521) - (1.026) - (853) (0,0)Outras ................................................................ (40.064) (4,3) (84.821) (3,7) (71.714) (1,9)

    4 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2-3).............. 962.306 101,6 2.292.917 101,4 3.498.514 100,45 - DEPRECIAO E AMORTIZAO ................. (6.854) (0,7) (12.748) (0,6) (11.493) (0,3)6 - VALOR ADICIONADO LQUIDO PRODUZIDO

    PELA ENTIDADE (4-5) .................................... 955.452 100,9 2.280.169 100,8 3.487.021 100,17 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM

    TRANSFERNCIA........................................... (8.649) (0,9) (16.905) (0,8) (3.345) (0,1)Resultado de Participaes em Coligadas eControladas...................................................... (8.649) (0,9) (16.905) (0,8) (3.345) (0,1)

    8 - VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (6+7)..... 946.803 100,0 2.263.264 100,0 3.483.676 100,09 - DISTRIBUIO DO VALOR ADICIONADO...... 946.803 100,0 2.263.264 100,0 3.483.676 100,0

    9.1) Pessoal ...................................................... 23.658 2,6 48.135 2,1 46.043 1,3Proventos.................................................... 9.169 1,0 17.748 0,8 18.607 0,5Benefcios ................................................... 3.783 0,4 7.029 0,3 6.142 0,2FGTS........................................................... 822 0,1 1.609 0,1 1.287 -Outros Encargos......................................... 9.884 1,1 21.749 0,9 20.007 0,6

    9.2) Impostos,Taxas e Contribuies ............ 483.135 51,0 1.112.111 49,1 1.141.968 32,8Federais ...................................................... 480.958 50,8 1.106.842 48,9 1.135.101 32,6Municipais ................................................... 2.177 0,2 5.269 0,2 6.867 0,2

    9.3) Remunerao de Capitais de Terceiros .. 2.952 0,3 4.383 0,2 2.954 0,1Aluguis ...................................................... 2.952 0,3 4.383 0,2 2.954 0,1

    9.4) Remunerao de Capitais Prprios ........ 437.058 46,1 1.098.635 48,6 2.292.711 65,8Dividendos .................................................. 4.152 0,4 10.437 0,5 - -Juros sobre o Capital Prprio ..................... - - - - 1.060.000 30,4Lucros Retidos no Perodo.......................... 432.906 45,7 1.088.198 48,1 1.232.711 35,4

    As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Contbeis. As Notas Explicativas so parte integrante das Demonstraes Contbeis.

    NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAO S DEMONSTRAES CONTBEIS1) CONTEXTO OPERACIONALO Banco Bradesco Financiamentos S.A. (Bradesco Financiamentos ou Instituio), uma Instituio financeira que tem como objetivo social aprtica de todas as operaes ativas, passivas e acessrias permitidas s instituies financeiras e inerentes s carteiras de banco comercial, dearrendamento mercantil e sociedade de crdito, financiamento e investimento, de acordo com as disposies legais e regulamentares em vigor. OBradesco Financiamentos parte integrante da Organizao Bradesco e suas operaes so conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresasque atuam nos mercados financeiros e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnolgicos, e suas Demonstraes Contbeisdevem ser entendidas neste contexto.

    2) APRESENTAO DAS DEMONSTRAES CONTBEISAs demonstraes contbeis foram elaboradas a partir das diretrizes contbeis emanadas das Leis ns 4.595/64 (Lei do Sistema Financeiro Nacional)e 6.404/76 (Lei das Sociedades por Aes) com alteraes introduzidas pelas Leis ns 11.638/07 e 11.941/09, para a contabilizao das operaes,associadas s normas e instrues do Conselho Monetrio Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN). Incluem, estimativas e premissas, taiscomo: a mensurao de perdas estimadas com operaes de crdito e de arrendamento mercantil; estimativas do valor justo de determinados instrumentosfinanceiros; provises cveis, fiscais e trabalhistas; perdas por reduo ao valor recupervel (impairment) de ttulos e valores mobilirios classificados nacategoria de ttulos disponveis para venda e ativos no financeiros; e outras provises. Os resultados efetivos podem ser diferentes daqueles estabelecidospor essas estimativas e premissas.As demonstraes contbeis foram aprovadas pela Administrao em 25 de janeiro de 2013.3) PRINCIPAIS PRTICAS CONTBEISa) Moeda funcional e de apresentaoAs demonstraes contbeis esto apresentadas em Real, que a moeda funcional da Instituio.b) Apurao do resultadoO resultado apurado de acordo com o regime de competncia, que estabelece que as receitas e despesas devem ser includas na apurao dos resultadosdos perodos em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. As operaescom taxas prefixadas so registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao perodo futuro so apresentadas em contaredutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira so contabilizadas pelo critrio pro rata dia e calculadas com baseno mtodo exponencial, exceto aquelas relativas a operaes no exterior que so calculadas com base no mtodo linear.As operaes com taxas ps-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras so atualizadas at a data do balano.As receitas de arrendamento mercantil so calculadas e apropriadas mensalmente pelo valor das contraprestaes exigveis no perodo (PortariaMF n 140/84, do Ministrio da Fazenda) e considera o ajuste a valor presente das operaes de arrendamento mercantil.c) Caixa e equivalentes de caixaCaixa e equivalentes de caixa so representados por disponibilidades em moeda, aplicaes em ouro, aplicaes no mercado aberto e aplicaes emdepsitos interfinanceiros, cujo vencimento das operaes, na data da efetiva aplicao, seja igual ou inferior a 90 dias e apresentem risco insignificante demudana de valor justo, que so utilizados pelo Banco para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo.

    d) Aplicaes interfinanceiras de liquidezAs operaes compromissadas realizadas com acordo de livre movimentao so ajustadas pelo valor de mercado. As demais aplicaes so registradas aocusto de aquisio, acrescidas dos rendimentos auferidos at a data do balano, deduzidas de proviso para desvalorizao, quando aplicvel.e) Ttulos e valores mobilirios - Classificao Ttulos para negociao - adquiridos com o propsito de serem ativa e frequentemente negociados. So registrados pelo custo de aquisio, acrescidos

    dos rendimentos auferidos e ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do perodo; Ttulos disponveis para venda - so aqueles que no se enquadram como para negociao nem como mantidos at o vencimento. So registrados pelo

    custo de aquisio, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do perodo e ajustados pelo valor de mercado em contrapartidaao patrimnio lquido, deduzidos dos efeitos tributrios, os quais s sero reconhecidos no resultado quando da efetiva realizao; e

    Ttulos mantidos at o vencimento - adquiridos com a inteno e capacidade financeira para sua manuteno em carteira at o vencimento. Soregistrados pelo custo de aquisio, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do perodo.

    Os ttulos e valores mobilirios classificados nas categorias de negociao e disponvel para venda, bem como os instrumentos financeiros derivativos, sodemonstrados no balano patrimonial pelo seu valor justo estimado. O valor justo geralmente baseia-se em cotaes de preos de mercado ou cotaes depreos de mercado para ativos ou passivos com caractersticas semelhantes. Se esses preos de mercado no estiverem disponveis, os valores justos sobaseados em cotaes de operadores de mercado, modelos de precificao, fluxo de caixa descontado ou tcnicas similares, para as quais a determinaodo valor justo possa exigir julgamento ou estimativa significativa por parte da Administrao.f) Instrumentos Financeiros Derivativos (ativos e passivos)So classificados de acordo com a inteno da Administrao, na data contratao da operao, levando-se em conta se sua finalidade para proteocontra risco (hedge) ou no.As operaes que envolvem instrumentos financeiros derivativos, destinam-se a atender as necessidades prprias para administrar a exposio global daInstituio, no sentido de administrar suas posies. As valorizaes ou desvalorizaes so registradas em contas de receitas ou despesas dos respectivosinstrumentos financeiros.g) Operaes de crdito, de arrendamento mercantil, outros crditos com caractersticas de concesso de crdito e proviso para crditos deliquidao duvidosaAs operaes de crdito, de arrendamento mercantil e outros crditos com caractersticas de concesso de crdito so classificadas nos respectivos nveisde risco, observando: (i) os parmetros estabelecidos pela Resoluo n 2.682/99 do CMN, que requerem a sua classificao de riscos em nove nveis,sendo AA (risco mnimo) e H (risco mximo); e (ii) a avaliao da Administrao quanto ao nvel de risco. Essa avaliao, realizada periodicamente,considera a conjuntura econmica, a experincia passada e os riscos especficos e globais em relao s operaes, aos devedores e garantidores.Adicionalmente, tambm so considerados os perodos de atraso definidos na Resoluo n 2.682/99 do CMN, para atribuio dos nveis de classificaodos clientes da seguinte forma:

  • quinta-feira, 28 de fevereiro de 20138 DIRIO DO COMRCIO...continuao...continuao

    continua...

    Banco Bradesco Financiamentos S.A.Empresa da Organizao Bradesco

    CNPJ 07.207.996/0001-50Sede: Cidade de Deus, s/n - Prdio Prata - 4 Andar - Vila Yara - Osasco - SP

    Perodo de atraso (1) Classificao do cliente de 15 a 30 dias................................................................................................................................................................. B de 31 a 60 dias................................................................................................................................................................. C de 61 a 90 dias................................................................................................................................................................. D de 91 a 120 dias............................................................................................................................................................... E de 121 a 150 dias............................................................................................................................................................. F de 151 a 180 dias............................................................................................................................................................. G superior a 180 dias........................................................................................................................................................... H(1) Para as operaes com prazos a decorrer superior a 36 meses realizada a contagem em dobro dos perodos de atraso, conforme facultado pela

    Resoluo n 2.682/99 do CMN.A atualizao (accrual) das operaes de crdito vencidas at o 59 dia contabilizada em receitas e, a partir do 60 dia, em rendas a apropriar, sendo quelo reconhecimento em receitas s ocorrer quando do seu efetivo recebimento.As operaes em atraso classificadas como nvel H permanecem nessa classificao por seis meses, quando ento so baixadas contra a provisoexistente e controladas em conta de compensao por no mnimo cinco anos.As operaes renegociadas so mantidas, no mnimo, no mesmo nvel em que estavam classificadas. As renegociaes que j haviam sido baixadas contraa proviso e que estavam controladas em contas de compensao, so classificadas como nvel H e os eventuais ganhos provenientes da renegociaosomente so reconhecidas quando efetivamente recebidos. Quando houver amortizao significativa da operao ou quando novos fatos relevantesjustificarem a mudana do nvel de risco, poder ocorrer a reclassificao da operao para categoria de menor risco.A proviso estimada para crditos de liquidao duvidosa apurada em valor suficiente para cobrir provveis perdas e leva em conta as normas einstrues do CMN e do BACEN, associadas s avaliaes realizadas pela Administrao na determinao dos riscos de crdito.A carteira de arrendamento mercantil constituda por contratos celebrados ao amparo da Portaria n 140/84, do Ministrio da Fazenda, que contm clusulasde: a) no cancelamento; b) opo de compra; e c) atualizao ps-fixada ou prefixada e so contabilizados de acordo com as normas estabelecidas peloBACEN, conforme segue:I - Arrendamentos a receberRefletem o saldo das contraprestaes a receber, atualizados de acordo com ndices e critrios estabelecidos contratualmente.II - Rendas a apropriar de arrendamento mercantil e Valor residual garantido (VRG)Registrados pelo valor contratual, em contrapartida s contas retificadoras de Rendas a apropriar de arrendamento mercantil e Valor residual a balancear,ambos apresentados pelas condies pactuadas. O VRG recebido antecipadamente registrado em Outras Obrigaes - Credores por Antecipao do ValorResidual at a data do trmino contratual. O ajuste a valor presente das contraprestaes e do VRG a receber das operaes de arrendamento mercantilfinanceiro reconhecido como supervenincia/insuficincia de depreciao no imobilizado de arrendamento mercantil, objetivando compatibilizar as prticascontbeis. Nas operaes que apresentem atraso igual ou superior a sessenta dias, a apropriao ao resultado passa a ocorrer quando do recebimento dasparcelas contratuais, de acordo com a Resoluo n 2.682/99 do CMN.III - Imobilizado de arrendamento registrado pelo custo de aquisio, deduzido das depreciaes acumuladas. A depreciao calculada pelo mtodo linear, com o benefcio de reduo de30% ao ano na vida til normal do bem, prevista na legislao vigente. As principais taxas anuais de depreciao utilizadas, base para esta reduo, so asseguintes: veculos e afins, 20% ao ano; mveis e utenslios, 10% ao ano; mquinas e equipamentos, 10% ao ano; e outros bens, 10% ao ano ou 20% ao ano.IV - Perdas em arrendamentosOs prejuzos apurados na venda de bens arrendados so diferidos e amortizados pelo prazo remanescente de vida til normal dos bens, sendo demonstradosjuntamente com o imobilizado de arrendamento. (Nota 8i)V - Supervenincia (insuficincia) de depreciaoOs registros contbeis das operaes de arrendamento mercantil so mantidos conforme exigncias legais, especficas para esse tipo de operao. Osprocedimentos adotados e sumariados nos itens II a IV acima diferem das prticas contbeis adotadas no Brasil, principalmente no que concerne ao regimede competncia no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil.Em consequncia, de acordo com a Circular BACEN n 1.429/89, foi calculado o valor presente das contraprestaes em aberto, utilizando-se a taxainterna de retorno de cada contrato, registrando-se uma receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida s rubricas de supervenincia ouinsuficincia de depreciao, respectivamente, registradas no Ativo Permanente, com o objetivo de ade