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Contrato nº 594655DE11562011GRC
Diretor-adjunto:Miguel Peixoto de Sousa
Diretor:Peixoto de Sousa
4,00 euros (IVA incl.)
NESTE NÚMERO • CPPT e LGT: alterações (Lei nº 13/2016, de 23 de maio)
JUNHO • 1ª QUINZENA ANO 84º • 2016 • No 11
1 - EnquadramentoA Lei nº 7-A/2016, de 30 de março (Orçamento
do Estado para 2016), consagra as principais medidas introduzidas na legislação em matéria tributária. De facto, este diploma contém algumas alterações de caráter transversal às várias áreas da atividade económica, fi -
O que muda em sede de IRC com a Lei do OE para 2016
SUMÁRIO
nanceira e fi scal. Neste breve texto, abordaremos apenas algumas alterações introduzidas em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC).
Importa desde logo salientar que as alterações in-troduzidas em sede de IRC são, sobretudo, dirigidas às grandes empresas e grupos societários, excluindo das principais alterações as PME. 2 - Prazo de dedução dos prejuízos fi scais
No caso dos prejuízos fi scais, o prazo de reporte é reduzido de 12 para 5 anos. No entanto, e no caso das Pequenas e Médias Empresas (PME) abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro (abrange as micro, pequenas e médias empresas), o prazo para dedução mantém-se nos 12 anos. De acordo com as disposições transitórias, esta alteração aplica-se aos prejuízos fi scais apurados em períodos de tributação iniciados em ou após 1 de janeiro de 2017, momento a partir do qual a dimensão da empresa releva para efeitos de contagem do prazo de reporte dos prejuízos, sendo por isso relevante evidenciar a condição de PME, even-tualmente através da certifi cação emitida pelo IAPMEI.
LegislaçãoLei. nº 13/2016, de 23.5 (CPPT e LGT - alterações - protege a casa de morada de família no âmbito de processos de execução fi scal) ............................. 365Port. nº 125/2016, de 6.5 (Produtores de leite de vaca e produtores de carne de suíno - dispensa parcial do pagamento de contribuições em 2016) ............... 371Port. nº 137/2016, de 13.5 (IRS e IRC - instituições de crédito e sociedades fi nanceiras - comunicação de operações transfronteiras - decl. Mod. 38) ......... 366Port. nº 141/2016, de 16.5 (Autoridade Tributária e Aduaneira - afetação de receitas ao Fundo de Estabilização tributária) ...................................... 370Decl. Retifi c. nº n.º 10/2016 (OE para 2016 - imposto de selo - IUC – taxas - declaração de retifi cação à Lei n.º 7-A/2016, de 30.3) .................................... 368Resoluções AdministrativasIRS: benefícios fi scais - regime de tributação dos organismos de investimento coletivo - preenchimento
dos anexos E e G da declaração Mod. 3 de IRS ...... 359Código Aduaneiro da União: entrada em vigor; STADA-Importação; codifi cação de documentos de origem ......................................................... 361 e 363IVA: consignação de mercadorias ............................... 364Obrigações fi scais do mês e informações diversas 350 a 358Trabalho e Segurança SocialLegislação, informações diversas, jurisprudência e regulamentação do trabalho ........................ 371 a 378Sumários do Diário da República ............................ 380
(Continua na pág. 353)
Boletim do Contribuinte350JUNHO 2016 - Nº 11
IRSDeclaração Mensal de Remunerações
Entrega, até ao dia 13, da Declaração Mensal de Remu-nerações, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, nos termos dos artigos 2.º e 12.º do Código do IRS, para comunicação daqueles rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.
IRSComunicação de rendimentos e retenções
Quando haja criação ou aplicação, em benefício de traba-lhadores ou membros de órgãos sociais, de planos de opções, de subscrição, de atribuição ou outros de efeito equivalente, a entidade patronal é obrigada a declarar a existência dessa situação, cujo conhecimento se presume em todos os casos, através de modelo 19, a enviar via internet, até 30 de junho do ano seguinte (Art. 119º, nº 8, do Código do IRS).
Instituições de crédito e sociedades fi nanceiras
Operações como instrumentos fi nanceiros
As instituições de crédito e sociedades fi nanceiras devem entregar à Autoridade Tributária (AT), via internet, até 30 de junho, a declaração modelo 13 relativamente a:
a) operações efetuadas com a sua intervenção, relativamente a valores mobiliários e “warrants” autónomos;
b) resultados apurados nas operações efetuadas com a sua intervenção relativamente a instrumentos fi nanceiros derivados (Art. 124º do Código do IRS).
IVADeclaração periódica
Envio, até ao dia 13, da Declaração Periódica, por trans-missão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em abril.
PAGAMENTOSEM JUNHO
OBRIGAÇÕESEM JUNHO
I R S – Entrega do imposto retido no mês de maio sobre rendi-
mentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS. (Até ao dia 20 de junho)
(Arts. 98º, nº 3, e 101º do Código do IRS)
– Entrega do imposto retido no mês de maio sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pen-sões – com excepção das de alimentos (Categorias A, B e H, respetivamente). (Até ao dia 20 de junho)
(Al. c) do nº 3º do art. 98º do Código do IRS)
I R C– Entrega das importâncias retidas no mês de maio por retenção na fonte de IRC, nos termos do art. 84º do Código do IRC. (Até ao dia 20 de junho) (Arts. 106º, nº 3, 107º e 109º do Código do IRC)
I V A - Pagamento do IVA, a efetuar nos balcões dos serviços de fi nanças ou dos CTT ou ainda (para importâncias não superiores a € 100 000,00), através do multibanco, correspondente ao imposto apurado na declaração respeitante a novembro do ano anterior, pelos sujeitos passivos abrangidos pela periodicidade mensal do regime normal. (Até ao dia 13 de junho)
O pagamento pode ser efetuado nas estações dos CTT, no Multibanco ou numa Tesouraria de Finanças com o sistema local de cobrança até ao último dia do prazo.
SEGURANÇA SOCIAL (De 11 a 20 de junho)- Pagamento de contribuições e quotizações referentes ao mês de maio de 2015.
IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 30 de junho)
– Liquidação, por transmissão eletrónica de dados, e paga-mento do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de junho.
IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 20 de junho)– Entrega do imposto arrecadado no mês de maio. O
Imposto do Selo é pago mediante Documento de Cobrança de modelo ofi cial (Declaração de pagamento de retenções de IRS/IRC e de IS).
Registe-se e acompanhe as Registe-se e acompanhe as novidades, novidades, lançamentos, campanhas lançamentos, campanhas
e outrase outras iniciativas. iniciativas.
Publicações especializadas Edições técnicas Formação e eventos
Boletim do Contribuinte 351JUNHO 2016 - Nº 11
IVADeclaração recapitulativa
Entrega, até ao dia 20 de junho, da Declaração Recapi-tulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas, nos termos do art.º 6.º do CIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50.000.
Entrega da Declaração Recapitulativa por transmissão ele-trónica de dados, pelos sujeitos passivos isentos ao abrigo do art.º 53.º que tenham efetuado prestações de serviços noutros Estados-Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do art.º 6.º do CIVA
IVAComunicação de faturas emitidas em maio
Comunicação, até ao dia 27 de junho, por transmissão eletrónica de dados dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pessoas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fi scal em território português e que aqui pratiquem operações sujeitas a IVA.
IVAPedido de restituição do imposto
- Durante o mês de junho deverá ser efetuada a entrega, por transmissão eletrónica de dados, do pedido de restituição do IVA pelos sujeitos passivos cujo im-posto tinha sido suportado, no ano civil anterior ou no próprio ano, noutro Estado Membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a € 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos.
- Durante o mês de junho e até ao dia 30 de setembro deve ser feita a entrega, por transmissão eletrónica de dados, do pedido de restituição de IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto tenha sido suportado, no ano civil anterior, noutro Estado membro ou país terceiro (neste caso, em suporte de papel), desde que o montante a reembolsar seja igual ou superior a € 50.
(Cfr. DL nº 186/2007, de 12.8, no Boletim do Contribuinte, 2009, pág. 562, que aprovou o regime de reembolso do IVA a sujeitos passivos não estabelecidos no Estado-membro de reembolso)
IRCContribuição sobre o setor bancárioEntrega, até ao dia 30 de junho, da Declaração Modelo
26, referente ao apuramento da contribuição sobre o setor bancário, calculada por referência à média anual dos saldos fi nais de cada mês que tenham correspondência nas contas aprovadas no próprio ano em que é devida a contribuição.
IMTEntrega da declaração modelo 11
Os notários e outros funcionários ou entidades que desempe-nhem funções notariais, bem como as entidades e profi ssionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, devem submeter, até ao dia 15 de cada mês, à Autoridade Tributária e Aduaneira, os seguintes elementos:
a) Em suporte eletrónico (Modelo11), uma relação dos atos ou contratos sujeitos a IMT, ou dele isentos, efe-tuados no mês antecedente, contendo, relativamente a cada um desses atos, o número, data e importância dos documentos de cobrança ou os motivos da isenção, nomes dos contratantes, artigos matriciais e respetivas freguesias, ou menção dos prédios omissos;
b) Cópia das procurações que confi ram poderes de alienação de bens imóveis em que, por renúncia ao direito de revo-gação ou cláusula de natureza semelhante, o representado deixe de poder revogar a procuração, bem como dos respetivos substabelecimentos, referentes ao mês anterior;
c) Cópia das escrituras ou documentos particulares auten-ticados de divisões de coisa comum e de partilhas de que façam parte bens imóveis.
OBRIGAÇÕESEM JUNHO
Comunicações das Câmaras MunicipaisEnvio, até ao dia 30 de junho, pelas câmaras muni-
cipais, por transmissão eletrónica, dos elementos relativos à constituição, aprovação, alteração ou receção, ocorridas no mês anterior:
- Alvarás de loteamento, licenças de construção, plantas de arquitetura das construções correspondentes às telas fi nais, licenças de demolição e de obras, pe-didos de vistorias, datas de conclusão de edifícios e seus melhoramentos ou da sua ocupação, bem como todos os elementos necessários à avaliação dos prédios;
- Plantas dos aglomerados urbanos à escala disponível donde conste a toponímia;
- Comunicações prévias de instalação, modifi cação ou encerramento de estabelecimentos previstos no n.º 1 do artigo 2.º do Dec-Lei n.º 48//2011, de 1 de abril, efetuadas nos termos daquele diploma;
- Licenças de funcionamento de estabelecimentos afetos a atividades industriais
Boletim do Contribuinte352JUNHO 2016 - Nº 11
Preços especiais para assinantes do Grupo Vida Económica e Contabilistas Certificados (OCC).Protocolo com STI e APIT.
Nome Nº Contribuinte
Morada
C. Postal E-mail
Solicito o envio do livro DIREITO TRIBUTÁRIO - 18º EDIÇÃO
Pago por transferência bancária para o IBAN PT50 0033 0000 4531 3889 1130 5 (é necessário enviar comprovativo)
Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o , no valor de € ,
Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).
ASSINATURA
(recortar ou fotocopiar)
R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c • 4000-263 PORTO
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DIREITO TRIBUTÁRIO
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NOVA EDIÇÃO 2016.
REVISTA E MELHORADA COM TODAS AS NOVIDADES E ALTERAÇÕES DECORRENTES DA LEI DO ORÇAMENTO DO ESTADO DE 2016
TODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
UMA OBRA DE REFERÊNCIA ATUALIZADA EM MAIO DE 2016
EDIÇÃO REVITALIZADA E OBJETO DE UMA EXTENSA REVISÃO GERAL
Esta nova versão, 2016, contou com a colaboração do Dr. Nuno de Oliveira Fernandes, Inspetor Tributário e mestrando em Contabilidade que desenvolve a sua atividade na Autoridade Tributária e Aduaneira como Coordenador de Equipa de Gestores de Devedores Estratégicos e Formador da AT.
JÁ DISPONÍVEL
A 18ª edição foi alvo de profundas alterações: • As Anotações foram melhoradas e, nalguns casos, incorporam o conteúdo das instruções administrativas.
• A Legislação Complementar foi reanalisada quanto à sua importância e recolocada no final de cada “bloco de tributação” ou “Parte”;
• No final, uma parte com legislação avulsa diversa;
• As Remissões foram revistas e melhoradas;
• Quanto aos Índices optou-se por incorporá-los no início de cada código.
INFORMAÇÕESDIVERSAS
Boletim do Contribuinte 353JUNHO 2016 - Nº 11
O que muda em sede de IRC com a Lei do OE para 2016
(Continuação da pág. 349)
O prazo para a dedução dos prejuízos fi scais tem sofrido, ao longo dos tempos, sucessivas alterações, que se resumem no quadro infra:
Ano do prejuízo Prazo para dedução
Ano limite para dedução
2008 6 anos 2014
2009 6 anos 2015
2010 4 anos 2014
2011 4 anos 2015
2012 5 anos 2017
2013 5 anos 2018
2014 12 anos 2026
2015 12 anos 2027
2016 12 anos 2028
20175 anos 2022 se não for
PME
12 anos 2029 se for PME
É importante salientar que, nos termos previstos no n.º 15 do artigo 52.º do CIRC, na dedução dos prejuízos aplica-se a fórmula do “FIFO”, ou seja, devem ser deduzidos em 1.º lugar os prejuízos fi scais apurados há mais tempo, podendo originar situações de caducidade de prejuízos mais recentes, face aos mais antigos.
No que concerne às pessoas coletivas e outras entidades residentes que não exerçam, a título principal, atividade comer-cial, industrial ou agrícola (as designadas Entidades do Setor Não Lucrativo), verifi ca-se que é realizada a harmonização da taxa aplicável ao rendimento global destas entidades com a taxa normal de IRC de 21% (anteriormente a taxa era de 21,5%). Também o prazo de reporte para estas entidades é re-duzido de 12 para 5 anos, sendo aplicável aos prejuízos fi scais e às menos-valias apuradas em ou após 1 de janeiro de 2017. 3 - Isenções e exclusões de tributação relacionadas com o regime de participation exemption
No caso dos lucros e reservas pagos a entidades não residentes em território português, é alterada a percentagem mínima de participação para efeitos da aplicação da isenção. Assim, passa apenas a ser aplicável quando a participação no capital social ou nos direitos de voto detida, de forma direta ou direta e indireta, pela entidade estrangeira recetora na en-
tidade portuguesa que atribui os dividendos não seja inferior a 10% (anteriormente era 5%) e se verifi que a detenção da participação por um período mínimo ininterrupto de um ano (anteriormente era 24 meses), anteriormente à colocação à disposição dos dividendos.
São ainda alterados os limites mínimos para efeitos da aplicação do regime de “participation exemption”, ao nível da eliminação da dupla tributação económica de lucros e reser-vas distribuídos, passando a exigir-se cumulativamente uma participação, direta ou direta e indireta, pela entidade recetora residente em território português não inferior a 10% do capital social ou direitos de voto da entidade que distribui os lucros ou reservas, exigindo-se ainda que a participação tenha sido detida, de modo ininterrupto, durante o ano anterior à distri-buição ou, se detida há menos tempo, seja mantida durante o tempo necessário para completar aquele período, de modo a que os lucros e reservas distribuídos a sujeitos passivos de IRC não concorram para a determinação do seu lucro tributável.
Neste domínio, também não concorrem para a determi-nação do lucro tributável dos sujeitos passivos de IRC com sede ou direção efetiva em território português as mais-valias e menos-valias realizadas mediante transmissão onerosa, qual-quer que seja o título por que se opere e independentemente da percentagem da participação transmitida de partes sociais detidas ininterruptamente por um período não inferior a um ano, desde que, na data da respetiva transmissão, o sujeito passivo alienante residente em território português detenha uma participação, direta ou direta e indireta, não inferior a 10% do capital social ou direitos direitos de voto da partici-pada, não seja tributado pelo regime de transparência fi scal e a participada não tenha residência ou domicílio em país, território ou região sujeito a um regime fi scal claramente mais favorável constante de lista aprovada por portaria do membro do Governo responsável pela área das fi nanças.
Esta exclusão de tributação para as mais-valias e menos--valias supra referidas não é aplicável quando o valor dos bens imóveis ou dos direitos reais sobre bens imóveis situados em território português, com exceção dos bens imóveis afetos a uma atividade de natureza agrícola, industrial ou comercial que não consista na compra e venda de bens imóveis, represente, direta ou indiretamente, mais de 50% do ativo da participada.
Estes novos requisitos aplicam-se às participações detidas à data da entrada em vigor da Lei do OE para 2016 (31 de março de 2016), contando-se o novo período mínimo de detenção desde a data de aquisição da percentagem de 10% do capital social ou dos direitos de voto.4 - Lucros e prejuízos de estabelecimento estável situado fora do território português
São também introduzidas alterações no que toca ao regime de tributação de estabelecimento estável situado fora do terri-tório português. Assim, relativamente aos lucros e prejuízos de estabelecimento estável situado fora do território português, é reduzido de 12 para os 5 períodos de tributação anteriores o prazo de aplicação das regras de recaptura dos benefícios concedidos, por via da desconsideração dos lucros e prejuízos apurados por um estabelecimento estável.
No entanto, mantém-se o prazo de aplicação das regras de recaptura de 12 anos para sujeitos passivos que estejam abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro
(Continua na pág. seguinte)
INFORMAÇÕESDIVERSAS
Boletim do Contribuinte354JUNHO 2016 - Nº 11
- Pequenas e Medias Empresas (PME). No caso em que se deixe de aplicar o regime de isenção de lucros ou prejuízos de um estabelecimento estável em virtude da transformação do mesmo em sociedade, os lucros e reservas distribuídos, bem como as mais-valias decorrentes da transmissão onerosa das partes de capital ou liquidação dessa sociedade não poderão benefi ciar do regime de “participation exemption”, até ao montante dos lucros e reservas do estabelecimento estável que não tenham sido incluídos no lucro tributável do sujeito passivo nos 5 períodos de tributação anteriores. Mantém-se o prazo de 12 anos para sujeitos passivos que estejam abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro. Dever-se-á ter em especial atenção que as novas regras são apenas apli-cáveis aos períodos de tributação que se iniciem a partir de 1 de janeiro de 2017. 5 - Crédito de imposto por dupla tributação económica internacional
No regime de crédito de imposto por dupla tributação eco-nómica internacional, nas situações em que não seja aplicável o regime de “participation exemption”, é também ajustada a percentagem mínima de participação de 5% para 10% do capi-tal social ou direitos de voto, bem como o requisito de aquela participação ter permanecido na titularidade do benefi ciário no ano anterior à distribuição ou ser mantida posteriormente pelo tempo necessário para completar esse período. Este re-gime aplica-se às participações detidas à data da entrada em vigor da Lei do Orçamento do Estado para 2016, contando-se o período mínimo de detenção desde a data de aquisição da percentagem mínima de 10%. 6 - Regime especial de tributação dos grupos de sociedades (RETGS)
No âmbito do Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS), exige-se agora que a renúncia à apli-cação de uma taxa de IRC inferior à taxa normal mais elevada, para efeitos de aplicação do RETGS, deve manter-se por um período mínimo de três anos. Ao mesmo tempo, é introduzida uma norma transitória relativamente aos resultados internos gerados durante a aplicação do anterior regime de tributação pelo lucro consolidado. Assim, os resultados internos gerados durante a aplicação do anterior regime de tributação pelo lucro consolidado (vigorou até 2000), cuja tributação se encontre ainda pendente no último dia do período de tributação de 2015, por não terem ocorrido os factos até à data que determinam a sua tributação, devem ser considerados em um quarto para efeitos do apuramento do lucro tributável do Grupo (ao abrigo do RETGS), no período de tributação que se inicie em ou após 1 de janeiro de 2016. Para este efeito, deverá ser efetuado um pagamento por conta autónomo no mês de julho de 2016 ou, em caso de períodos de tributação não coincidentes com o ano civil, no 7.º mês do período de tributação de 2016, cor-respondente à aplicação da taxa de IRC sobre um quarto do respetivo montante, o qual será dedutível ao imposto a pagar
na liquidação relativa ao período de tributação de 2016. Em caso de cessação do RETGS, durante o período de reposição do montante dos referidos resultados internos, o valor pen-dente de reconhecimento deve ser incluído no último período de tributação em que aquele regime se aplique. Releva-se também que os sujeitos passivos deverão incluir no dossier fi scal informação relativa aos resultados internos pendentes de tributação no último dia do período de tributação de 2015.7 - Taxas de tributação autónoma
No que respeita ao incumprimento das condições para a não sujeição a tributação autónoma dos prémios pagos a gestores, administradores ou gerentes em virtude de o seu pagamento estar subordinado ao diferimento de uma parte não inferior a 50% por um período mínimo de três anos, o montante correspondente à tributação autónoma que deveria ter sido liquidada é adicionado ao valor do IRC liquidado do período de tributação em que se verifi que esse incumprimento. No âmbito da aplicação do RETGS, o agravamento das taxas de tributação autónoma terá por base o lucro tributável apurado pelo Grupo. Assim, a liquidação das tributações autónomas em IRC é efetuada nos termos das demais componentes do IRC, excluindo a possibilidade de efetuar quaisquer deduções ao montante global apurado. Esta questão é de mera natureza interpretativa.8 - Obrigações contabilísticas e declarativas
Delimita-se a dispensa de apresentação da declaração pe-riódica de rendimentos (Declaração Modelo 22) às entidades não residentes, fi cando apenas dispensadas as entidades não residentes sem estabelecimento estável em território português e que neste território apenas aufi ram rendimentos isentos ou sujeitos a retenção na fonte a título defi nitivo.
O prazo para conservação em boa ordem dos livros, registos contabilísticos e respetivos documentos de suporte, assim como do processo de documentação fi scal (v.g. dossier fi scal), é reduzido para 10 anos a partir do exercício de 2017, tal como já sucedia anteriormente à reforma do IRC em 2014 (o prazo atual era de 12 anos).9 - Informação fi nanceira e fi scal de grupos multinacionais
As entidades residentes que integrem grupos multinacio-nais passam a estar obrigadas a apresentar uma declaração de informação fi nanceira e fi scal que englobe, de forma agregada, por cada país ou jurisdição fi scal de residência das entidades que os integrem ou de localização de estabelecimentos está-veis, um conjunto alargado de informação, devendo esta ser reportada até ao fi m do décimo segundo mês posterior ao termo do período de tributação a que se reporta, por transmissão eletrónica de dados.
Esta obrigação aplica-se às entidades que detenham ou controlem, direta ou indiretamente, uma ou mais entidades em países ou jurisdições fi scais distintas, quando os rendimentos apresentados nas demonstrações fi nanceiras consolidadas sejam iguais ou superiores a 750.000.000 € no exercício ime-diatamente anterior.10 - Autorizações legislativas
Por último, foram consagradas várias autorizações legis-lativas, as quais permitirão: Alterar o regime de isenção parcial para os rendimentos
de patentes e outros direitos de propriedade intelec-tual, previsto no artigo 50.º-A do CORC, de modo a
(Continuação da pág. anterior)
INFORMAÇÕESDIVERSAS
Boletim do Contribuinte 355JUNHO 2016 - Nº 11
garantir que os benefícios fi scais atribuídos apenas abranjam rendimentos relativos a atividades de inves-tigação e desenvolvimento do próprio sujeito passivo benefi ciário. Assim, o regime anterior deverá deixar de ser aplicável a patentes e a desenhos ou modelos industriais registados a partir de 30 de junho de 2016, embora salvaguardando a manutenção da aplicação até 30 de junho de 2021 para os intangíveis registados até àquela data, para além de dever ser consagrado um novo regime aplicável aos ativos em apreço.
Alterar, com natureza interpretativa, as regras relati-vas à obrigação de entrega do pagamento especial por conta devido por cada uma das sociedades do grupo sujeito ao RETGS, determinando que o montante do pagamento especial por conta é calculado para cada uma das sociedades do grupo, deduzindo o montante dos pagamentos por conta que seria obtido a partir dos dados resultantes da declaração periódica individual.
Determinar que, quando for aplicável o RETGS e alguma das sociedades do grupo apresente uma de-claração periódica de rendimentos de substituição, a sociedade dominante deve obrigatoriamente proceder à substituição da declaração do Grupo.
Estabelecer um regime facultativo de reavaliação do ativo fi xo tangível e das propriedades de investimento, de molde a:a) Permitir que em 2016 os sujeitos passivos de IRC ou
de IRS, com contabilidade organizada, reavaliem o seu ativo fi xo tangível afeto ao exercício de uma ati-vidade comercial, industrial ou agrícola, bem como as propriedades de investimento, cuja vida útil remanescente seja igual ou superior a cinco anos, existentes e em utilização na data da reavaliação;
b) Prever que tal reavaliação seja efetuada por apli-cação, ao custo de aquisição ou equivalente, dos coefi cientes de desvalorização monetária estabe-lecidos por portaria do membro do Governo que tutela a área das fi nanças, tendo como limite o valor de mercado de cada elemento;
c) Consagrar que a subsequente reserva de reavaliação fi ca sujeita a uma tributação autónoma especial de 14%, a pagar em partes iguais nos anos 2016, 2017 e 2018;
d) Ajustar as regras de determinação das mais-valias e menos-valias aplicáveis aos ativos abrangidos por este regime;
e) Estabelecer regras relativas à detenção dos ativos rea-valiados, bem como os procedimentos de controlo.
abril 2016João Gomes e Jorge PiresTécnicos do grupo Moneris
IRSTabelas de retenção mensal para 2016
De acordo com o Despacho nº 6201-A/2016, de 10.5 (II série do DR), as tabelas de retenção mensal na fonte de IRS, a aplicar no Continente aos rendimentos do trabalho dependente e pensões, vigoram a partir de 11 de maio do ano corrente, devendo ser conjugadas com as tabelas de retenção da sobretaxa de IRS, aplicadas desde 9 de janeiro passado (Cfr. Despacho nº 352-A/2016, de 8.1 – II série do DR – Bol. do Contrib., 2016, pág. 81).
Nos termos do mesmo despacho, emitido pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, e reproduzido no ultimo número do Boletim do Conribuinte, as tabelas agora aprovadas refl etem as alterações introduzidas pela Lei do Orçamento do Estado (Lei nº 7-A/2016, de 30.3), designadamente a eliminação da consideração do número de dependentes na determinação do quociente familiar, os aumentos da dedução fi xa por dependente e da dedução por dependente defi ciente e a atualização em 0,5% dos quatro primeiros escalões da tabela de taxas gerais prevista no art. 68º do Código do IRS.
Refi ra-se, ainda, que as tabelas de retenção mensal na fonte de IRS, aplicadas na Região Autónoma da Madeira, vigoram desde 27 de janeiro, tendo sido aprovadas pelo Desp. nº 1/2016/M, de 26.1 (2ª série do DR) e transcritas no Bol. do Contribuinte, 2016, pág. 82.
Realização de acertosNas situações em que o processamento dos rendimen-
tos foi efetuado em data anterior à da entrada em vigor das novas tabelas de retenção na fonte de IRS (11 de maio) e o pagamento ou a colocação à disposição venha a ocorrer já na sua vigência, no decurso do mês de maio de 2016, devem as entidades devedoras ou pagadoras dos rendimentos proceder, até fi nal do mês de junho de 2016, aos acertos decorrentes da aplicação àqueles rendimentos das novas tabelas de 2016, efetuando, em simultâneo, os acertos respeitantes à retenção na fonte da sobretaxa em sede de IRS efetuada em maio de 2016.
Nestas situações, caso a retenção na fonte a efetuar em junho não seja sufi ciente para realizar o acerto, este é efetuado na liquidação fi nal do imposto.
Reembolso e restituição de imposto – taxas de jurosNos termos da redação do art. 102º-A do Código do IRS,
aditado pela Lei nº 82-E/2014, de 31.12 (Lei da Reforma do IRS) – referente ao direito à remuneração no reembolso, verifi cando-se, na liquidação anual de IRS, que foi retido ou pago por conta imposto superior ao devido, os sujeitos passivos têm direito a uma remuneração sobre a diferença, que corresponde a 72% da taxa de referência EURIBOR a 12 meses, a 31 de dezembro de 2016 (ano em que se efetuam as retenções na fonte ou os pagamentos por conta).
Por seu lado, segundo o art. 102º-B do Código do IRS, aditado pela mesma Lei nº 82-E/2014 – relativo à restituição de imposto, a taxa de juros indemnizatórios por atraso na res-tituição do imposto retido ou pago em excesso é equivalente à taxa dos juros legais fi xados nos termos do art. 559º do Código Civil, ou seja, 4%.
Tabelas aplicadas na Região Autónoma dos AçoresPor sua vez, as tabelas de retenção mensal de IRS, a apli-
car na Região Autónoma dos Açores, foram aprovadas pelo (Continua na pág. seguinte)
INFORMAÇÕESDIVERSAS
Boletim do Contribuinte356JUNHO 2016 - Nº 11
Desp. nº 6635-A/2016, de 19.5 (2ª série do DR) e publicadas na página 338 e seguintes do último número.
Estas tabelas vigoram a partir de 20 de maio, devendo ser conjugadas com as tabelas de retenção da sobretaxa.
Relativamente à realização de acertos, à semelhança do que acontece para o Continente, devem as entidades devedoras ou pagadoras dos rendimentos proceder, até fi nal do mês de junho de 2016, aos acertos decorrentes da aplicação àqueles rendimentos das novas tabelas de 2016.
Finalmente, é de relembrar que as mesmas tabelas de re-tenção mensal para aplicação na Região Autónoma daMadeira constam do Despacho nº 1/2016, de 26 de Janeiro, transcrito no Boletim do Contribuinte, 2016, pág. 82.
Títulos de compensação extrassalarial Vales de refeição, infância e educação
Obrigações acessórias
A Lei do Orçamento do Estado para o ano corrente (Lei nº 7-A/2016, de 30.3) procedeu ao alargamento das obrigações acessórias, anteriormente previstas para as entidades emitentes e utilizadoras de vales de refeição, às entidades que emitam e/ou utilizam quaisquer outros vales sociais, agora reunidos sob o conceito de títulos de compensação extrassalarial (vales de refeição, vales-infância ou vales-educação).
Segundo a nova redação do art. 126º do Código do IRS, consideram-se títulos de compensação extrassalarial todos os títulos, independentemente do seu formato, designadamente em papel, em cartão eletrónico ou integralmente desmaterializados, que permitam aos seus detentores realizar pagamentos, sempre que à utilização destas formas de compensação corresponda um desagravamento fi scal.
De acordo com aquele preceito do Código do IRS, as entidades emitentes dos títulos de compensação extrassalarial devem emitir fatura ou fatura-recibo nos termos do Código do IVA de todas as importâncias recebidas das entidades ad-quirentes no âmbito da prestação de serviços, ou pelo valor facial dos títulos emitidos e possuir registo atualizado do qual conste, pelo menos, a identifi cação das entidades adquirentes bem como dos respetivos documentos de alienação e do cor-respondente valor facial.
As empresas que comercializam estes títulos de compen-sação fi cam obrigadas a comunicá-los anualmente à Admi-nistração Fiscal. Assim, as entidades emitentes são obrigadas a enviar à Autoridade Tributária e Aduaneira, até ao fi nal do mês de maio de cada ano, a identifi cação fi scal das entidades adquirentes de títulos de compensação extrassalarial, bem como o respetivo montante discriminado por tipo de compensação extrassalarial.
Por seu lado, os empregadores que os atribuem têm de ter registo exato dos mesmos, do qual conste, pelo menos, a identifi cação das entidades emitentes, bem como dos res-petivos documentos de aquisição ou comprovativos do pré--carregamento ou crédito disponibilizado, mencionando os respetivos formatos, montantes atribuídos e tipos de título de compensação extrassalarial.
Importa ter presente que o valor dos títulos de compensação extrassalarial que forem adquiridos ou pré-carregados e não sejam atribuídos ou disponibilizados a nenhum colaborador (isto é, havendo dissonância entre o registo do número de vales comprados e o número de vales atribuídos) fi cam sujeitos ao regime das despesas confi denciais, sendo tributados a uma taxa autónoma de 50% de IRC.
Refi ra-se que, segundo o art. 2º do Código do IRS [nº 3, al. b), 2)] – por força do art. 126º –, considera-se rendimento do trabalho dependente (categoria A), logo tributado em IRS, o montante do subsídio de refeição que exceda o limite legal (€ 4,27) em 60% (€6,83).
IRSConsignação de IRS a favor de instituições
culturais
A Lei nº 7-A/2016, de 30.3 (Lei do OE para 2016), veio prever a consignação de IRS a favor de instituições culturais com estatuto de utilidade pública.
Segundo o novo art. 152º do Código do IRS, aditado por aquela lei, uma quota equivalente a 0,5% do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, liquidado com base nas declarações anuais, pode ser destinada pelo contribuinte a uma pessoa coletiva de utilidade pública que desenvolva atividades de natureza e interesse cultural, por indicação na declaração de rendimentos.
Fica estabelecido que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) publica na página das declarações eletrónicas (www.portaldasfi nancas.gov.pt), até ao primeiro dia do prazo de entrega das declarações de rendimentos, todas as entidades que se encontram em condições de benefi ciar desta consig-nação fi scal.
Da nota demonstrativa da liquidação de IRS deve constar a identifi cação da entidade benefi ciada, bem como o montante consignado.
Determina-se ainda que as verbas destinadas pelo sujeito passivo de IRS às entidades dedicadas a atividades culturais, respeitantes a IRS liquidado com base nas declarações de rendimentos entregues dentro do prazo legal, devem ser trans-feridas para as entidades benefi ciárias até 31 de março do ano seguinte ao da entrega da referida declaração.
Deve ter-se presente que esta consignação fi scal não é cumulável com a consignação fi scal prevista no nº 4 do art. 32º da Lei nº 16/2001, de 22.6 (Lei da Liberdade Religiosa) – uma quota equivalente a 0,5% do IRS, destinada pelo con-tribuinte para fi ns religiosos ou de benefi cência, a uma igreja ou comunidade religiosa.
Aquela consignação também não pode ser cumulada com a consignação fi scal prevista na Lei nº 35/98, de 18.7 (estatuto das organizações não governamentais de ambiente), constituindo alternativa face a outras consignações.
(Continuação da pág. anterior)
INFORMAÇÕESDIVERSAS
Boletim do Contribuinte 357JUNHO 2016 - Nº 11
(Continua na pág. seguinte)
Branqueamento de capitaisAuditores, técnicos de contas externos
e consultores fi scais, notários e advogadosNovas obrigações para agentes económicos
no âmbito do reforço da vigilância e da comunicação de transações suspeitas A Diretiva (UE) n.º 2015/849 do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 20 de maio de 2015, visa prevenir a utilização do sistema fi nanceiro para efeito de branqueamento de capitais ou de fi nanciamento do terrorismo.
Portugal deverá proceder à sua transposição até 26 de Junho de 2017.
As novas regras começarão a aplicar-se a partir dessa data e todos os Estados-membros terão de garantir a proibição do branqueamento de capitais e do fi nanciamento do terrorismo nos novos termos.
A nova directiva vai aplicar-se às instituições de crédito e instituições fi nanceiras, a pessoas que comercializam bens que impliquem pagamentos em numerário a partir dos 10.000 euros (numa ou várias operações), bem como às seguintes pessoas sin-gulares ou coletivas, no exercício das suas atividades profi ssionais:
- Auditores, técnicos de contas externos e consultores fi scais;- Notários e outros membros de profi ssões jurídicas inde-pendentes, quando participem, quer atuando em nome e por
conta do cliente numa operação fi nanceira ou imobiliária, quer prestando assistência ao cliente no planeamento ou execução de operações de:
1) Compra e venda de bens imóveis ou entidades comerciais;2) Gestão de fundos, valores mobiliários ou outros activos
pertencentes ao cliente;3) Abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança ou
de valores mobiliários;4) Organização de entradas ou contribuições necessárias
à criação, exploração ou gestão de sociedades;5) Criação, exploração ou gestão de fundos fi duciários
(trusts), sociedades, fundações ou estruturas análogas;- Prestadores de serviços a sociedades ou trusts que não
estejam já abrangidos no grupo anterior;- Agentes imobiliários;- Prestadores de serviços de jogo.A diretiva aposta num reforço da vigilância e da comunica-
ção de transações suspeitas, por parte das entidades obrigadas, defi nindo as condições em que a denúncia deve ser realizada.
E neste contexto, são também defi nidas as medidas de dili-gência a adotar pelas entidades obrigadas (onde se encontram as medidas referentes à identifi cação do cliente e do benefi ciá-rio efetivo), bem como estabelecidos regimes diferenciados consoante o risco identifi cado.
A informação obtida através das medidas de diligência quanto à clientela e os registos das transações efetuadas deverão ser conservados, pelo menos, durante cinco anos.
Inovadora é a proteção que os Estados Membros fi cam obrigados a assegurar a quem denuncie suspeitas de branqueamento de capitais ou de fi nanciamento do terrorismo – incluindo aos funcionários e representantes da entidade obrigada, e em particular quanto a quaisquer medidas laborais desfavoráveis ou discriminatórias.
Para além de se prever que os profi ssionais independentes, como advogados, notários e técnicos de contas que facilitem
IRCTaxas gerais – retifi cação
EntidadesEntidades ContinenteContinente MadeiraMadeira AçoresAçoresEntidades residentes e estabelecimentos está-veis de entidades não residentes (1) (2) 21% 21% 16,8%
Entidades residentes e estabelecimentos está-veis de entidades não residentes, classifi cadas como pequena ou média empresa (1) (2)
17% (para os primeiros 15.000€
de matéria coletável)
21% (para matéria coletável
remanescente)
17% (para os primeiros 15.000€
de matéria coletável)
21% (para matéria coletável
remanescente)
13,6% (para os primeiros 15.000€
de matéria coletável)
16,8% (para matéria coletável
remanescente)Entidades residentes que não exerçam, a título principal, atividade comercial, industrial ou agrícola
21% 21% 16,8%
No Boletim do contribuinte da 1ª quinzena de Maio passado, pág. 295, foram publicadas as taxas de IRC apli-cáveis ao exercício de 2016. Por lapso foi indicada a taxa de 23% a entidades residentes e estabelecimentos estáveis
(1) Sobre esta taxa poderá incidir derrama, a favor da Câmara Municipal, até 1,5% do lucro tributável antes da dedução de prejuízos fi scais. A genera-lidade dos municípios da Madeira não tem lançado derrama. (2) Sobre esta taxa pode incidir derrama estadual.
de entidades não residentes, classifi cadas como pequena ou média empresa, quando a taxa aplicável é 21%. Pelo lapso, apresentamos as nossas desculpas.
Assim, as taxas são as constantes da tabela seguinte:
INFORMAÇÕESDIVERSAS
Boletim do Contribuinte358JUNHO 2016 - Nº 11
ou aconselhem a execução do que seja considerado branquea-mento, nomeadamente operações fi nanceiras ou imobiliárias, serão responsabilizados, qualquer transferência ocasional de fundos de montante superior a 1000 euros vai ser controlada.
Sobre as ações societárias, esta diretiva contempla a obrigação de cada sociedade manter atualizado um registo central onde, em cada momento, identifi ca os seus acionistas e benefi ciários efetivos. Este registo central deverá poder ser consultado pelas entidades de prevenção do branqueamento de capitais, pelo sistema fi nanceiro e por outras partes que invoquem interesse legítimo.
Ora, no que se refere ao destino das acções ao portador, tudo dependerá da forma como a diretiva vai ser transposta para a legislação nacional.
De acordo com o projeto de lei do Bloco de Esquerda, os títulos representativos de ações ao portador e a sua existência física já não fazem sentido atualmente, devendo passar a ser tratados como valores mobiliários nominativos (com a identi-fi cação dos seus titulares), escriturais (sem existência física) e movimentados em sistemas de contas registadas. Este registo permitirá combater o branqueamento de capitais, a fraude e a evasão fi scal, assegurando mais transparência nos negócios privados, no comércio jurídico, na proteção legal de credores e herdeiros legitimários e no exercício de funções de adminis-tração e fi scalização de sociedades comerciais.
Este projeto de lei inclui alterações ao Código das Socie-dades Comerciais (CSC) e ao Código dos Valores Mobiliários (CVM).
Segundo o projeto de lei (Projeto de Lei n.º 205/XIII, de 29.04.2016 (BE), devem ser defi nidos prazos adequados para a conversão dos valores mobiliários ao portador e para a transformação de todos os valores mobiliários em valores mobiliários escriturais, sob pena de serem aplicados processos por contraordenação.
As sociedades emitentes de valores mobiliários terão 60 dias após a entrada em vigor da lei para criar os novos sistemas de registo de valores mobiliários escriturais, quando deles não disponham.
Devem ainda registar na Conservatória do Registo Co-mercial o anúncio da criação do seu registo e publicitá-lo em dois jornais diários de circulação nacional. O incumprimento do registo e a conversão de valores mobiliários constitui con-traordenação punível com a coima de 5000 a 500 000 euros.
ArrendamentoContratos de arrendamento registados
através do Portal das Finanças
A comunicação do contrato de arrendamento às fi nanças deve ser feita até ao fi m do mês seguinte ao do início do arrendamento, subarrendamento, das alterações, da cessação ou, no caso de promessa, da disponibilização do bem locado.
Com a comunicação dos contratos de arrendamento através do Portal das Finanças, deixa de ser obrigatória a apresentação de um exemplar do contrato no serviço de fi nanças.
Para registar o contrato de arrendamento basta entrar no Por-tal das Finanças e aceder à área arrendamento. Após submeter o contrato, aparecerá a guia de pagamento do Imposto do Selo.
Se houver mais locadores, os restantes serão notifi cados para efetuar o pagamento no prazo de 30 dias.
De acordo com a tabela geral do Imposto do Selo, terá de pagar 10% do valor de uma renda.
Recorde-se que o registo dos contratos de arrendamento, antigos e novos, no portal das Finanças passou a ser obriga-tória para inquilinos com menos de 65 anos e com rendas superiores a 70 euros.
Os restantes proprietários continuam a poder entregar os recibos em papel e fi cam obrigados a apresentar uma só de-claração anual, o Modelo 44, com todas as rendas recebidas no ano anterior.
Ou seja, a declaração modelo 2 deve ser entregue através da Internet, no Portal das Finanças, no endereço electrónico www.portaldasfi nancas.gov.pt.
Poderão optar por cumprir esta obrigação em qualquer ser-viço de fi nanças os locadores e sublocadores que reúnam, cumulativamente, os seguintes requisitos:
- Não possuam, nem estejam obrigados a possuir, caixa postal eletrónica, nos termos do artigo 19.º da Lei Geral Tributária;
- Não tenham auferido, no ano anterior, rendimentos da categoria F em montante superior a duas vezes o valor do IAS (*) ou, não tendo auferido naquele ano qualquer rendimento desta categoria, prevejam que lhes sejam pagas ou colocadas à disposição rendas em montante não superior àquele limite (Em 2015 – €419,22*2 =€838,44)
- tenham idade igual ou superior a 65 anos.Recibos de renda eletrónicosSalienta-se que, desde 1 de novembro de 2015, os senhorios
têm de emitir obrigatoriamente os recibos das rendas por via eletrónica, através do Portal das Finanças.
Os proprietários de imóveis arrendados que não emitam os recibos de renda eletrónicos e não comuniquem os seus contratos de arrendamento através do Portal das Finanças arriscam-se a uma multa que pode variar entre 150 e 3750 euros.
Exceções- senhorios com 65 anos ou mais de idade, que terão de
entregar uma declaração até ao fi m de janeiro do ano seguinte a que respeitam as rendas recebidas;
- senhorios que recebam menos de 838,44 euros por ano de rendas e que não tenham – nem estejam obrigados a ter – uma caixa postal eletrónica;
- proprietários que sejam abrangidos pelo Regime de Ar-rendamento Rural.
Os proprietários dispensados devem entregar uma de-claração, através do portal das fi nanças, relativa às rendas obtidas no ano anterior. Devem fazê-lo até 31 de janeiro do ano seguinte. Assim, os proprietários que obtenham rendas durante 2016 deverão entregar a declaração até 31 de janeiro de 2017. A declaração será entregue com a informação sobre os valores anuais recebidos, individualizados com a identifi cação do imóvel e o número de contribuinte dos inquilinos. Para o efeito, devem preencher o modelo 44.
(Continuação da pág. anterior)
Boletim do Contribuinte 359JUNHO 2016 - Nº 11
RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS
IRSBenefícios fi scais
Regime de tributação dos organismos de investimento coletivo
Preenchimento dos anexos E e G da declaração Mod. 3 de IRS
I - EnquadramentoO Decreto-Lei nº 7 /2015(1), de 13 de janeiro, procedeu à
reforma do regime de tributação dos organismos de investimento coletivo (OIC), alterando o Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 215/89, de 1 de julho, o Código do Imposto do Selo, aprovado pela Lei nº 150/99, de 11 de novembro, e a Lei n. º 64-A/2008, de 31 de dezembro.
O novo regime é aplicável aos rendimentos obtidos após 1 de julho de 2015 por fundos de investimento mobiliário, fun-dos de investimento imobiliário, sociedades de investimento mobiliário e sociedades de investimento imobiliário que se constituam e operem de acordo com a legislação nacional (cfr. nº 1 do artigo 7.2 do Decreto-Lei nº 7 /2015).
Na ótica dos participantes/sócios dos OIC, o novo regime de tributação dos rendimentos das unidades de participação ou das participações sociais por aqueles auferidos encontra-se consagrado no artigo 22º-A do EBF e incide apenas sobre a parte dos rendimentos gerados a partir de 1 de julho de 2015 (cfr. nº 9 do artigo 7º do Decreto-Lei nº 7/2015).
Para além das alterações introduzidas pelo decreto-lei antes mencionado, no âmbito da Reforma do IRS operada pela Lei nº 82-E/2014, de 31 de dezembro, e com relevância para o enquadramento jurídico-tributário dos rendimentos pagos por OIC aos seus participantes, pessoas singulares, foram introdu-zidas alterações nas normas de incidência das Categorias E e G.
Com o objetivo de divulgar as características essenciais do novo regime dos OIC e esclarecer eventuais dúvidas de interpretação suscitadas pelo mesmo, foi divulgada a Circular nº 6/2015, de 17 de junho(2).
Verifi cando-se, contudo, que subsistem ainda algumas dúvidas quanto ao correto enquadramento jurídico-tributário dos rendimentos pagos por OIC aos seus participantes, pes-soas singulares residentes em território português, bem como quanto ao cumprimento das obrigações declarativas (Anexos E, F e G da Declaração Modelo 3 do IRS), procede-se à divulgação do entendimento sancionado por despacho da Senhora Diretora-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, de 2016-02-15, e esclarecem-se alguns aspetos relacionados com o preenchimento da declaração Modelo 3 de IRS no que se refere aos rendimentos em causa.
II - Tributação dos rendimentos de unidades de partici-pação ou participações sociais nos OIC obtidos por pessoas
singulares residentes em território português, fora do âmbito de uma atividade comercial, industrial ou agrícola
1. Os rendimentos de unidades de participação ou de parti-cipações sociais obtidos por pessoas singulares residentes em território português, fora do âmbito de uma atividade comercial, industrial ou agrícola, são, em conformidade com o disposto no artigo 22.º-A do EBF, tributados em IRS nos seguintes termos:
i. No caso de rendimentos distribuídos. por retenção na fonte à taxa prevista no nº 1 do artigo 71.º do Código do IRS, ou seja, 28%, tendo esta retenção caráter de-fi nitivo (cfr. artigo 22.º-A, n.º 1, al. a), al. i), do EBF);
ii. No caso de rendimentos decorrentes do resgate de unidades de participação ou de participações sociais, por retenção na fonte a título defi nitivo, à taxa prevista no n.2 1 do artigo 72.º do Código do IRS, ou seja, à taxa de 28% (cfr. artigo 22º-A, nº 1, al. b) do EBF);
iii. Nos restantes casos, nos termos previstos no Código do IRS (cfr. artigo 22º-A, nº 1, al. e) do EBF).
2. Não obstante a natureza defi nitiva conferida pela lei à retenção na fonte, os sujeitos passivos de IRS residentes em território português, que obtenham aqueles rendimentos fora do âmbito de uma atividade comercial, industrial ou agrícola, podem optar nos termos do n.º 2 do artigo 22.º-A do EBF, pelo respetivo englobamento, caso em que o imposto retido tem a natureza de imposto por conta, nos termos do artigo 78.º do Código do IRS.
3. Quanto à qualifi cação dos rendimentos obtidos pelos par-ticipantes dos OIC e gerados após 1 de julho de 2015, importa atender ao tipo de OIC (fundos de investimento mobiliário/sociedades de investimento mobiliário ou fundos de investi-mento imobiliário/sociedades de investimento imobiliário) de onde provêm os rendimentos.
4. Assim, tratando-se de rendimentos de unidades de partici-pação em fundos de investimento imobiliário e de participações sociais em sociedades de investimento imobiliário, incluindo as mais-valias que resultem da respetiva transmissão onerosa, resgate ou liquidação, os mesmos são considerados rendimentos de bens imóveis, nos termos do nº 13 do artigo 22º-A do EBF.
5. Consequentemente, os rendimentos das unidades de participação em fundos de investimento imobiliário e das par-ticipações sociais em sociedades de investimento imobiliário, a que seja aplicável o regime do artigo 22º-A do EBF, aditado pelo Decreto-Lei nº 7 /2015, de 13 de janeiro (em vigor a partir de 1 de julho de 2015), são considerados:
i. Rendimentos prediais (Categoria F), tratando-se de rendimentos distribuídos;
ii. Mais-valias ou menos-valias imobiliárias (Categoria G), no caso de rendimentos decorrentes do resgate ou da liquidação;
iii. Mais-valias ou menos-valias imobiliárias (Categoria G), tra-tando-se de rendimentos decorrentes da transmissão onerosa de unidades de participação ou de participações sociais.
6. Tratando-se de rendimentos de unidades de participação em fundos de investimento mobiliário e de participações em sociedades de investimento mobiliário, estes são considerados:
i. Rendimentos de capitais (Categoria E) no caso de ren-dimentos distribuídos [alínea j) do nº 2 do art. 5º do Código do IRS];
(Continua na pág. seguinte)
360 Boletim do Contribuinte
RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS
JUNHO 2016 - Nº 11
ii. Mais-valias ou menos-valias mobiliárias (Categoria G), no caso de rendimentos decorrentes do resgate ou da liquidação [Subalínea 5) da alínea b) do nº 1 do art. 10º do Código do IRS];
iii. Mais-valias ou menos-valias mobiliárias (Categoria G), tratando-se de rendimentos decorrentes da transmissão onerosa de unidades de participação ou de participações sociais (alínea b) do nº 1 do art. 10º do Código do IRS).
III - Preenchimento dos Anexos E, F e G7. A Portaria n.º 404/2015(3), de 16 de novembro, aprovou
os novos modelos de impressos da declaração Modelo 3 e respetivas instruções de preenchimento, para o cumprimento das obrigações declarativas no ano de 2016, por referência ao ano fi scal de 2015.
8. No caso específi co dos rendimentos dos OIC, foram introduzidas alterações relevantes nos Anexos E, F e G da Declaração Modelo 3 do IRS, importando defi nir os termos em que devem ser cumpridas as obrigações declarativas.
9. Assim, no caso de rendimentos a que seja aplicável o regime previsto no artigo 22º do EBF na redação em vigor até 30 de junho de 2015 (artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 7/2015, de 13 de janeiro), deverá observar-se o seguinte:
i. Tratando-se de rendimentos distribuídos por fundos de investimento (mobiliário ou imobiliário) ou sociedades de investimento (mobiliário ou imobiliário), quando o sujeito passivo pretenda exercer a opção pelo respeti-vo englobamento, os mesmos devem ser inscritos no Quadro 48 do Anexo E, com o Código E30;
ii. As mais-valias e as menos-valias decorrentes de ope-rações de resgate ou de liquidação de unidades de participação ou de participações sociais em fundos de investimento (mobiliário ou imobiliário) ou em sociedades de investimento (mobiliário e imobiliário), quando o sujeito passivo pretenda exercer a opção pelo seu englobamento, devem ser inscritas no Quadro 10 do Anexo G, com o Código G30;
iii. As mais-valias e as menos-valias decorrentes da trans-missão onerosa de unidades de participação ou de participações sociais devem ser inscritas no Quadro 09 do Anexo G, com os Códigos G22 ou G21, consoante se trate, respetivamente, de fundos ou sociedades de investimento mobiliário ou de fundos ou sociedades de investimento imobiliário, podendo o sujeito passivo optar pelo englobamento destes rendimentos (no Quadro 15 do Anexo G).
10. Tratando-se de rendimentos a que seja aplicável o re-gime previsto no artigo 22.º-A do EBF, ou seja, rendimentos gerados após 1 de julho de 2015, deve observar-se o seguinte:
10.1 Rendimentos respeitantes a unidades de participação ou a participações sociais em fundos de investimento mobiliário ou em sociedades de investimento mobiliário, respetivamente:
i. No caso de rendimentos distribuídos, quando o respetivo titular pretenda optar pelo englobamento, devem os mesmos ser inscritos no Quadro 4B do Anexo E, com o Código E31;
ii. As mais-valias e as menos-valias decorrentes de opera-ções de resgate ou de liquidação de unidades de parti-cipação ou de participações sociais naquelas entidades, quando o sujeito passivo pretenda exercer a opção pelo seu englobamento, devem ser inscritas no Quadro 10 do Anexo G, com o Código G31;
iii. As mais-valias e as menos-valias decorrentes da trans-missão onerosa de unidades de participação ou de parti-cipações sociais em fundos de investimento mobiliário ou em sociedades de investimento mobiliário, devem ser inscritas no Quadro 09 do Anexo G, com o Código G22, podendo o sujeito passivo optar pelo respetivo englobamento (no Quadro 15 do Anexo G).
10.2 Rendimentos respeitantes a unidades de participação ou a participações sociais em fundos de investimento imobiliário ou em sociedades de investimento imobiliário, respetivamente:
i) No caso de rendimentos distribuídos, quando o respetivo titular pretenda optar pelo englobamento, devem os mesmos ser inscritos no Quadro 8 do Anexo F;
ii) As mais-valias e as menos-valias decorrentes de opera-ções de resgate ou de liquidação de unidades de parti-cipação ou de participações sociais naquelas entidades, quando o sujeito passivo pretenda exercer a opção pelo seu englobamento, devem ser inscritas no Quadro 11B do Anexo G, com o Código G41;
iii) As mais-valias e as menos-valias decorrentes da transmissão onerosa de unidades de participação ou de participações sociais em, respetivamente, fundos de investimento imobiliário ou sociedades de investi-mento imobiliário devem ser inscritas no Quadro 11A do Anexo G, com o Código G40. Estas mais-valias e menos-valias são de englobamento obrigatório, sendo--lhes aplicáveis as regras de tributação previstas nos artigos 42.º e seguintes do Código do IRS.
11. Por último, considerando razões de simplifi cação e agilização do preenchimento do Quadro 9 do Anexo G, man-tém-se a possibilidade de declarar as operações de alienação onerosa de outros valores mobiliários que não sejam partes sociais agregando os valores mobiliários por ano de aquisição
(Ofício Circulado nº 20190/2016, de 16.5.2016, do gabinete da subdiretora-geral do IR e das Relações Internacionais, da AT)
N.R. 1 – O DL nº 7/2015, de 13.1, foi oportunamente publicado no Boletim do Contribuinte, 2015, pág. 103.
2 – A Circular nº 6/2015, foi publicada o Bol. do Contribuinte, 2015, pág. 451
3 – A Portaria nº 404/2015, de 16.11, foi publicada no Bol. do Contribuinte, 2015, pág. 847.
4 – De referir que pelo Despacho nº 11485/2015, de 14 de Outu-bro, no Bol. do contribuinte, 2015, pág. 772,foi aprovado o modelo 27 – RFI, acompanhado das respetivas instruções para preenchi-mento, destinado a permitir o reembolso total ou parcial de imposto português que tenha sido retido na fonte sobre rendimentos pagos por organismos de investimento coletivo a sócios e participantes não residentes em território português.
(Continuação da pág. anterior)
Boletim do Contribuinte 361JUNHO 2016 - Nº 11
Quadro-síntese - rendimentos pagos por OICAno 2015 – Rendimentos de Organismos de Investimento Coletivo (OIC)
IRS – Sujeitos passivos de IRS Residentes (fora do âmbito da uma atividade comercial, industrial ou agrícola)
Legenda: (1) Artigo 5º, nº 2, al. j), do CIRS;(2) Artigo 22º, nº 1, al. a), 1) e 2), e nº 2, do E8F, na redação em vigor até 2015-06-30 (artigo 7º do Decreto-Lei nº 7/2015, de 13 de janeiro);(3) Artigo 22º-A, nº 1, al. a), subalínea i), do EBF, aditado pelo Decreto-lei nº 7/ 2015, de 13 de janeiro (em vigor a partir de 2015-07-01);(4) Artigo 22º-A, nº 2, do E8F, aditado pelo Decreto-lei nº 7 /2015, de 13 de janeiro (em vigor a partir de 2015-07-01);(5) Artigo 10º, nº 1, aº. b), 5), do CIRS;(6) Artigo 22º, nº 1, al. c), e nº 2, do EBF, na redação em vigor até 2015-06-30 (artigo 7º do Decreto-lei nº 7 / 2015, de 13 de janeiro);(7) Artigo 22º-A, nº 1, al. b), do EBF, aditado pelo Decreto-lei nº 7 /2015, de 13 de janeiro (em vigor a partir de 2015-07-01);(8) Artigo 10º, nº 1, al. b), do CIRS;(9) Artigo 22º-A, nº 1, alínea e) do EBF, aditado pelo Decreto-lei nº 7 /2015, de 13 de janeiro (em vigor a partir de 2015-07-01);(10) Artigo 22º, nºs 6 e 7, do EBF, na redação em vigor até 2015-06-30 (artigo 7º do Decreto-lei nº 7 / 2015, de 13 de janeiro);(11) Artigo 8º do CIRS conjugado com o artigo 22º-A, nº 13 do EBF, aditado pelo Decreto-Lei nº 7 / 2015, de 13 de janeiro (em vigor a partir de 2015-07-01);(12) Artigo 10º, nº 1, al. a), do CIRS conjugado com o artigo 22º-A, nº 13 do EBF, aditado pelo Decreto-Lei nº 7 / 2015, de 13 de janeiro (em vigor a partir de 2015-07-01);(13) Artigo 10º, nº 1, al. b) e artigo 12º, do Código do IRS;(14) Artigo 22º-A, nº 1, al. e), do EBF e Artigos 10º, nº 1, al. b), e 12º do Código do IRS;(15) Artigo 22º-A, nº 1, al. e), e nº 13 do EBF e Artigo 10º, nº 1, al. a), do Código do IRS.
Código Aduaneiro da UniãoEntrada em vigor
STADA-IMPORTAÇÃO
Considerando o quadro legislativo a aplicar a partir de 1 de maio de 2016.
Considerando a necessidade de se adequarem os STADA--Importação a esta nova realidade, comunica-se:
1. STADA-Importação – Declaração EletrónicaSerá implementada em produção uma vertente associada
à tramitação de declarações aduaneiras de importação que irá levar em linha de conta as seguintes situações:
1.1. Fim da exclusividade da atribuição da modalidade de representação direta aos despachantes ofi ciais
A designação do estatuto do representante que age em representação direta na aceção do artigo 18.º n.º1, primeiro parágrafo do Código Aduaneiro da União (CAU) continuará a ser identifi cada pelo código 2 nas declarações aduaneiras.
O referido código passa a poder ser declarado por repre-sentantes aduaneiros que não são titulares de cédulas do tipo R mantendo-se inalteradas as demais obrigações declarativas
inerentes à modalidade da representação direta.1.2. Prazo para sujeição de uma mercadoria a um
regime aduaneiroO artigo 149.º do CAU determina que as mercadorias não
UE em depósito temporário são sujeitas a um regime aduaneiro ou reexportadas no prazo de 90 dias.
Durante os primeiros 90 dias de aplicação do CAU, coexis-tirão as três seguintes situações distintas ao nível da contagem de prazo de depósito temporário:
• Mercadorias cuja data da declaração para depósito tem-porário (data de apresentação) ocorre a partir de 01 de maio (inclusive) terão um prazo de 90 dias.
• Mercadorias que em 1 de maio se encontram em situação de depósito temporário e cuja data da declaração para depósito temporário ocorreu em momento anterior (dentro do prazo dos 45 dias para a via marítima ou dos 20 dias para as restantes vias, previstos no Art.º 49º do CAC) terão igualmente 90 dias para sujeição a um regime aduaneiro ou reexportação. Contudo, ao prazo de 90 dias será descontado o prazo que decorreu até 1 de maio.
(Continua na pág. seguinte)
362 Boletim do Contribuinte
RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS
JUNHO 2016 - Nº 11
(Continuação da pág. anterior)• Mercadorias que em 1 de maio se encontram abandonadas
(mercadorias cujo prazo de depósito temporário termi-nou antes do dia 1 de maio – 45 dias para a via marítima e 20 para as restantes vias), nos termos do Art.º 639º n.º 2 do Regulamento das Alfândegas, estão sujeitas ao pagamento de uma taxa de 5% do valor aduaneiro.
Deixa de existir a possibilidade de prorrogação do prazo de depósito temporário. Todavia, caso a prorrogação tenha sido solicitada e concedida antes de dia 1 de maio na subsequente declaração aduaneira será invocado esse facto, isto é, será invocado que foi concedida uma prorrogação desse prazo nos moldes que estão defi nidos para esse efeito (código de docu-mento 9F04, número, data de emissão e respetivo número de dias de prazo concedido).
Se a prorrogação concedida implicar que o prazo terminará para além do prazo de 90 dias (uma vez mais, descontando, o prazo que decorreu antes de 1 de maio), então a prorrogação deverá ser tida em consideração.
Por outro lado, se a prorrogação concedida implicar que o prazo termine antes do prazo de 90 dias, então tal facto não pode prejudicar o novo direito resultante do CAU de se poder declarar, tempestivamente, dentro desse prazo de 90 dias. Ou seja, nestes casos os efeitos decorrentes da prorrogação serão irrelevantes.
1.3. Fim da utilização do código de regime 49 associado à União Aduaneira estabelecida entre a União Europeia e a Turquia
A utilização da associação código de regime 49 e a prefe-rência 4XX associado à União Aduaneira estabelecida entre a UE e a Turquia deixa de ser representada por aquela asso-ciação, passando a ser representada pelo código de regime 40 e a preferência 4XX.
1.4. Reajustamento ao tipo de declaração “EU” para os países contratantes das Convenções «Trânsito Comum» e «Simplifi cação das Formalidades no Comércio de Mer-cadorias», com exclusão dos Estados-membros da União Europeia.
O tipo de declaração “EU” passa a ser utilizado no âmbito do comércio com as partes contratantes da Convenção de Simplifi cação das Formalidades no Comércio de Mercadorias (CH, IS, LI, MK, NO, TR e XS).
1.5. Fim da utilização do regime de Aperfeiçoamento Ativo – Sistema de Draubaque (código 41) como regime de sujeição
A utilização do código de regime 41 como regime soli-citado deixa de ser possível, mantendo-se a possibilidade de utilização deste regime como regime precedente.
O recurso ao regime de Aperfeiçoamento Ativo (código de regime 51) poderá ter por base uma autorização de Aperfei-çoamento Ativo – Sistema de Draubaque válida emitida antes do dia 01.05.2016.
1.6. Fim da utilização do regime de Transformação sob Controlo Aduaneiro (código 91) como regime de sujeição
A utilização do código de regime 91 como regime soli-
citado deixa de ser possível, mantendo-se a possibilidade de utilização deste regime como regime precedente.
O recurso ao regime de Aperfeiçoamento Ativo (código 51) poderá ter por base uma autorização de Transformação sob Controlo Aduaneiro válida emitida antes do dia 01.05.2016.
1.7. Identifi cação dos entrepostos aduaneiros em termos declarativos
No preenchimento da declaração aduaneira de importação e no que concerne à identifi cação dos entrepostos aduaneiros, dever-se-á utilizar os novos códigos aquando da especifi cação do tipo de local, ainda que nas respetivas autorizações válidas e emitidas antes de dia 01.05.2016 permaneça a codifi cação constante do artigo 525.º das DACAC.
A identifi cação do entreposto mantém a estrutura atual de preenchimento composta por três subdivisões:
Subdivisão – Tipo - Deve ser introduzida a especifi cação do tipo de local, utilizando a nova confi guração:
Entrepostos Privados: código U (congrega os atuais tipos C, D e E)
Entrepostos Públicos: Tipo I – código R (atual tipo A), Tipo II – código S (atual tipo B), Tipo III – código T (atual tipo F).
Subdivisão – Número - Deve ser introduzido o número de identifi cação atribuído por cada Estado-membro aquando da emissão da respetiva autorização, com um limite máximo de 14 caracteres (não sofre alterações).
Subdivisão – País - Deve ser introduzido o código do país onde se situa o local em causa (não sofre alterações).
1.8. Fim da utilização dos códigos de regime 4010 e 4210 para caracterizar o “Retorno”
A utilização dos códigos de regime 40 e 42 como regime solicitado quando o regime precedente é o código de regime de exportação (código 10) deixa de ser utilizada para representar as situações de retorno das mercadorias.
A utilização das combinações 4010/ F01, F02 ou F03 ou 9RP, podendo a estes estar associado o código 9ET, cessa, passando a ser utilizadas as combinações 61 10 / F01, F02 ou F03 ou 9RP podendo a estes estar associado o código 9ET.
A utilização das combinações 4210/ F01, F02 ou F03 ou 9RP, podendo a estes estar associado o código 9ET, cessa, passando a ser utilizadas as combinações 63 10 / F01, F02 ou F03 ou 9RP podendo a estes estar associado o código 9ET.
2. STADA-Importação – Utilização do DAUEste sistema não será reajustado no dia 01.05.2016 às
situações identifi cadas no ponto anterior, pelo que mantêm-se as regras de preenchimento atuais.
3. Eventuais constrangimentos informáticos4. Na eventualidade de ocorrerem constrangimentos infor-
máticos que inviabilizem o processamento das declarações, dever-se-á ter presente o disposto no Plano de Contingência publicado no ofício circulado n.º 15433/2016 de 2016-01-07 nomeadamente no que respeita à possibilidade de tramitar declarações no STADA-Importação – Utilização do DAU quando não for possível a tramitação das mesmas no STADA--Importação – Declaração Eletrónica, bem como o eventual recurso à tramitação das declarações em suporte papel, utili-zando o Documento Administrativo Único em respeito pelo quadro legislativo em vigor a 01.05.2016.
(Ofício Circulado nº 15477/2016, de 29.4.2016, de Direção de Serviços de Regulação Aduaneira, da AT)
Boletim do Contribuinte 363JUNHO 2016 - Nº 11
RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS
Código Aduaneiro Codifi cação de documentos de origem
Os serviços da Comissão Europeia, no âmbito da entrada em vigor do novo Código Aduaneiro da União, promoveram alterações à codifi cação de alguns dos documentos compro-vativos da origem das mercadorias.
Atendendo a que os documentos em apreço e a sua cor-respondente codifi cação têm por fi nalidade particular a sua utilização nos sistemas declarativos, dá-se conhecimento das supramencionadas alterações.
As alterações em causa entrarão em vigor no dia 01.05.2016. De salientar que, embora a eliminação do código N862, que presentemente é utilizado no âmbito do Acordo UE-Coreia, ocorra somente a 30.06.2016, deverão desde já utilizar-se os novos códigos N864 (exportador autorizado) ou U162 (qualquer exportador nos casos em que o montante da remessa não exceda €6000).
Importa referir que as traduções dos descritivos em português ainda não foram disponibilizadas. Os descritivos abaixo resultam de uma tradução livre efectuada pela DSTA, a qual, embora possa não vir a corresponder exactamente ao descritivo traduzido pela Comissão Europeia, terá, no entanto, o mesmo signifi cado.
1. Documentos com novos descritivos
Código Descritivo antigo
Novo descritivo Observações
U004 Prova estabe-lecida em con-formidade com os artigos 55.º a 65.º do Regula-mento (CEE) N° 2454/93.
Certifi cado de origem para produtos im-portados para a União Europeia ao abrigo de um tratamento não preferencial espe-cial estabelecido em conformidade com o artigo 57º do Regulamento de Execução (UE) 2015/2447 da Comissão.
O seu âmbito passa a incluir o teor dos códigos U003 e N861.
N864 Certifi cado de origem preferen-cial (declaração de origem prefe-rencial na factura; EUR.2).
Declaração de origem preferen-cial na fatura ou noutro documen-to comercial.
Esta decla-ração corres-ponde às que são feitas por exportadores autorizados. Por exemplo, no âmbito do Acordo EUCo-reia do Sul.
Código Descritivo antigo
Novo descritivo Observações
U048 Declaração na factura EUR-MED.
Declaração de origem preferen-cial EUR-MED na fatura ou noutro docu-mento comercial efectuada por um Exportador Auto-rizado.
Esta decla-ração corres-ponde às que são feitas por exportadores autorizados no caso particular do Acordo EURMED.
2. Criação de novos documentosCódigo Descritivo Observações
U161 Declaração de origem preferencial na fatura ou noutro
documento comercial efetuada por qualquer exportador no âmbito do SPG.
Este tipo de declaração pode ser feito por qual-quer exportador desde que no âmbito do SPG e nos casos em que o montante da remessa não exceda €6000.
U162 Declaração de origem preferencial na fatura ou noutro
documento comercial efetuada por qualquer exportador que não
ao abrigo do SPG nem do Acordo EUR-MED.
Este tipo de declaração pode ser feito por qual-quer exportador. Não pode ser utilizado no contexto do SPG nem do Acordo EUR-MED e nos casos em que o montante da remessa não exceda €6000 (no caso dos países e ter-ritórios ultramarinos, esse limite é de €10000).
U163 Declaração de origem preferencial EUR-MED na fatura ou noutro
documento comercial efectuada por qualquer exportador.
Este tipo de declaração pode ser feito por qual-quer exportador desde que no âmbito do Acordo EUR-MED e nos casos em que o montante da remes-sa não exceda €6000.
U500 Formulário EUR.2 Anteriormente estava incluído no descritivo do código N864.
3. Eliminação de documentosCódigo Descritivo Observações
N861 Certifi cado de origem universal
O teor deste certifi cado foi incluído no âmbito do código U004.
N862 Declaração de origem As declarações de origem no âmbito do Acordo com a Coreia deverão passar a ser feitas com base nos documentos N864 ou U162.
U003 Certifi cado de origem que satisfaça as condições previstas no artigo 47 do Regulamento (CEE) n.º 2454/93
O teor deste foi incluído no âmbito do código U004.
(Ofício Circulado nº 15476/2016, de 29.4.2016, Divisão de Nomenclatura e Gestão Pautal, da AT)
364 Boletim do Contribuinte
INFORMAÇÕESVINCULATIVAS
JUNHO 2016 - Nº 11
IVAConsignação de mercadorias
FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVA; RITIArtigo: n.º 1 do art. 7.º do RITI conjugado com as als. a) e
c) do art. 14.º do mesmo RegimeAssunto: Consignação - Mercadorias remetidas para um EM,
onde fi cam à guarda de operadores/distribuidores, mantendo-se inalterado o direito de propriedade, o que só ocorrerá aquando da sua transmissão.
Processo: nº 10205, por despacho de 2016-03-31, do SDG do IVA, por delegação do Diretor Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.
Conteúdo: A Requerente solicita informação vinculativa nos termos do artigo 68.º da Lei Geral Tributária (LGT) sobre o regime do IVA a aplicar às obri-gações fi scais a que está obrigada pelo envio de mercadorias para um Estado Membro A, onde fi cam à guarda de operadores/distribuidores, mantendo-se inalterado o direito de propriedade, o que só ocorrerá aquando da sua transmissão.
Adianta a Requerente, como o envio de mercado-rias “à consignação” entre Estados-Membros deve ser analisado atendendo ao previsto no Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias (RITI), as transferências de bens entre o consignante e o consignatário são assimiladas a transmissões de bens, benefi ciando, por isso, da isenção do IVA prevista na alínea a) do artigo 14.º do RITI.
Pretende, assim, a Requerente saber quais as obrigações fi scais a cumprir em Portugal, fazendo notar que tem de se registar para efeitos do IVA em Estado Membro A.
Sobre o assunto, cumpre informar nos seguintes termos:
1. De acordo com o direito civil português, o envio de mercadorias sob o regime comercial da consig-nação não implica a transferência de propriedade, o que só virá a acontecer com a venda efetiva dos bens pelo consignatário aos seus clientes. Ou seja, os bens fi cam à guarda do consignatário, a quem compete promover a venda, na medida em que os poderá devolver a quem detém o direito de propriedade, ao comitente.
2. Nesse sentido, pode dizer-se que as vendas à consignação apenas são reconhecidas como proveitos obtidos aquando da venda efetiva das mercadorias, pelo consignatário, aos seus clientes.
3. No entanto, em sede de IVA, as transferências do comitente para o comissário consubstanciam
uma transmissão de bens nos termos do n.º 1 do artigo 3.º do Código do IVA (CIVA), por força do disposto na alínea c) do n.º 3 do mesmo preceito legal.
4. Nesse sentido, parece, pois, concluir-se que o envio de mercadorias para outro Estado-Membro rege-se pelo regime das transações intracomuni-tárias.
5. Tendo como pressuposto de facto o registo da Requerente, para efeitos do IVA, no Estado Membro A válido no Sistema de Intercâmbio de Informações sobre o IVA (VIES), à semelhança do que se verifi ca com o número IVA português, o envio de mercadorias de Portugal para o Estado Membro A confi gura uma transmissão de bens efetuada a título oneroso, isenta do imposto nos termos do artigo n.º 1 do artigo 7.º do RITI, con-jugado com a alínea a) do artigo 14.º do mesmo Regime.
6. Efetivamente, enquanto o n.º 1 do artigo 7.º do RITI, assimila a uma transmissão de bens efetuada a título oneroso a transferência de bens móveis corpóreos expedidos ou transportados pelo sujeito passivo ou por sua conta, com destino a outro Estado-Membro, para as necessidades da sua empresa (no caso, a transmissão de tais bens no território Estado Membro A), a alínea c) do artigo 14.º do citado diploma isenta do imposto tais transferências.
7. Por força do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 23.º do RITI conjugado com os n.ºs 2, 3, 4 e 5 do artigo 27.º do mesmo Regime, a Reque-rente está obrigada a emitir, com o número IVA precedido da sigla ‘PT’, uma fatura nos termos do artigo 36.º do CIVA, devendo, neste caso, indicar como motivo justifi cativo da não liquidação do imposto o “artigo 14.º do RITI”.
8. Cumprida a obrigação de faturação, a Reque-rente está, ainda, vinculada ao cumprimento das demais obrigações decorrentes da aplicação do regime das transações intracomunitárias, do CIVA e legislação complementar, nomeadamente o envio de declaração recapitulativa das transmissões de bens isentas nos termos do artigo 14.º do RITI, conforme prevê a alínea c) do n.º 1 do artigo 23.º do mesmo Regime.
9. Face ao exposto, conclui-se que as normas do direito interno previstas para as vendas à con-signação apenas são aplicáveis às efetuadas no território português, conforme defi nido na alínea a) do n.º 2 do artigo 1.º do CIVA.
10. No que se refere às obrigações a cumprir no Estado Membro A, caberá, pois, às autoridades tributárias daquele Estado-Membro prestar a infor-mação nos termos da legislação interna aplicável, quando solicitada.
11. Como nota fi nal, refere-se que a transmissão de bens situados fora do território nacional é uma operação fora do campo de incidência territorial do imposto em Portugal, por aplicação a contrario do n.º 1 do artigo 6.º do CIVA.
Boletim do Contribuinte 365JUNHO 2016 - Nº 11
LEGISLAÇÃO
Código de Procedimento e de Processo Tributário e Lei Geral Tributária
AlteraçõesProteção da casa de morada de família
no âmbito de processos de execução fi scalLei n.º 13/2016, de 23 de maio
(in DR nº 99, I série, de 23.5.2016)
A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
ARTIGO 1.ºObjeto
A presente lei protege a casa de morada de família no âmbito de processos de execução fi scal, estabelecendo restri-ções à venda executiva de imóvel que seja habitação própria e permanente do executado.
ARTIGO 2.ºAlteração ao Código de Procedimento e de Processo
Tributário
Os artigos 219.º, 231.º e 244.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, passam a ter a seguinte redação:
“ARTIGO 219.º[...]
1 - ........................................................................................2 - ........................................................................................3 - ........................................................................................4 - ........................................................................................5 - A penhora sobre o bem imóvel com fi nalidade de habi-
tação própria e permanente está sujeita às condições previstas no artigo 244.º
6 - (Anterior n.º 5.)
ARTIGO 231.º[...]
1 - ........................................................................................2 - ........................................................................................3 - ........................................................................................4 - ........................................................................................5 - A penhora de imóveis pode também ser efetuada nos
termos do Código de Processo Civil, com as especifi cidades previstas na presente lei.
ARTIGO 244.º[...]
1 - (Anterior corpo do artigo.)2 - Não há lugar à realização da venda de imóvel destinado
exclusivamente a habitação própria e permanente do devedor ou do seu agregado familiar, quando o mesmo esteja efetivamente afeto a esse fi m.
3 - O disposto no número anterior não é aplicável aos imóveis cujo valor tributável se enquadre, no momento da penhora, na
taxa máxima prevista para a aquisição de prédio urbano ou de fração autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente a habitação própria e permanente, em sede de imposto sobre as transmissões onerosas de imóveis.
4 - Nos casos previstos no número anterior, a venda só pode ocorrer um ano após o termo do prazo de pagamento voluntário da dívida mais antiga.
5 - A penhora do bem imóvel referido no n.º 2 não releva para efeitos do disposto no artigo 217.º, enquanto se mantiver o impedi-mento à realização da venda previsto no número anterior, e não impe-de a prossecução da penhora e venda dos demais bens do executado.
6 - O impedimento legal à realização da venda de imóvel afeto a habitação própria e permanente previsto no n.º 2 pode cessar a qualquer momento, a requerimento do executado.”
ARTIGO 3.ºAlteração à Lei Geral Tributária
O artigo 49.º da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, passa a ter a seguinte redação:
“ARTIGO 49.º[...]
1 - ........................................................................................2 - ........................................................................................3 - ........................................................................................4 - ........................................................................................a) ........................................................................................b) ........................................................................................c) ........................................................................................d) Durante o período de impedimento legal à realização da
venda de imóvel afeto a habitação própria e permanente.5 - ...................................................................................... ”
ARTIGO 4.ºConcretização da venda na sequência de penhora ou
execução de hipoteca
1 - Quando haja lugar a penhora ou execução de hipoteca, o executado é constituído depositário do bem, não havendo obrigação de entrega do imóvel até que a sua venda seja con-cretizada nos termos em que é legalmente admissível.
2 - Enquanto não for concretizada a venda do imóvel, o executado pode proceder a pagamentos parciais do montante em dívida, sendo estes considerados para apuramento dos montantes relevantes para a concretização daquela venda.
ARTIGO 5.ºAplicação no tempo
As alterações introduzidas pela presente lei têm aplicação imediata em todos os processos de execução fi scal que se encontrem pendentes à data da sua entrada em vigor.
ARTIGO 6.ºEntrada em vigor
A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
N.R. Ver declaração de retifi cação nº 10/2016, de 25 de Maio, que é reproduzida na págs. 368 a 370 deste número do Boletim do Contribuinte e que que retifi ca a Lei do Orçamento do Estado para 2016, e inerentes normas alteradas, nomeadamente ao nível da fi scalidade (Imposto do Selo, Taxas do IUC e CPPT, entre outras normas).
Boletim do Contribuinte366JUNHO 2016 - Nº 11
LEGISLAÇÃO
IRS e IRCInstituições de crédito e sociedades fi nanceiras
Comunicação de operações transfronteirasDeclaração Modelo 38 e instruções
Portaria n.º 137/2016de 13 de maio
(in DR nº 93, I série, de 13.5.2016)
A nova redação do artigo 63.º-A da Lei Geral Tributária torna necessário efetuar alterações ao modelo de declaração previsto n.º 2 do artigo 63.º-A da LGT, aprovado pela Portaria n.º 1066/2009(1), de 18 de setembro.
Nesta declaração devem ser comunicados os envios de fundos e as transferências que tenham como destinatário entidade localizada em país, território ou região com regime de tributação privilegiado mais favorável que não sejam relativas a pagamentos de rendimentos sujeitos a algum dos regimes de comunicação para efeitos fi scais já previstos na lei ou operações efetuadas por pessoas coletivas de direito público.
O n.º 2 do artigo 63.º-A da Lei Geral Tributária, para além da
obrigação de comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) pelas instituições de crédito e sociedades fi nanceiras, passou também a consagrar esta obrigação para as demais entidades que prestem serviços de pagamento. A atual redação deste número au-menta ainda a abrangência das operações obrigadas a comunicação, passando a incluir os envios de fundos.
O n.º 6 do mesmo artigo estende a obrigação de comunicação às operações fi nanceiras efetuadas através das respetivas sucur-sais localizadas fora do território português ou de entidades não residentes com as quais exista uma situação de relações especiais, nos termos do n.º 4 do artigo 63.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.
Assim:Manda o Governo, pelo Secretário de Estado dos Assuntos
Fiscais, nos termos dos nºs 2 e 6 do artigo 63.º-A da Lei Geral Tri-butária, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, o seguinte:
ARTIGO ÚNICO1 - É aprovado o novo modelo de declaração e respetivas
instruções, designado por Declaração de Operações Transfron-teiras (Modelo 38), para cumprimento da obrigação referida nos nºs 2 e 6 do artigo 63.º-A da Lei Geral Tributária.
2 - A declaração a que se refere o número anterior deve ser apresentada, por transmissão eletrónica de dados, para a comuni-cação de operações relativas a transferências e envios de fundos efetuados a partir de 1 de janeiro de 2015 e anos seguintes.
N. R. 1 - A Port. nº 1066/2009, de 30.9, foi publicada no Bol. do Contribuinte, 2009, pág. 655. Refi ra- se que o novo modelo surge na se-quência da alteração ao art. 63º-A da LGT pela Lei nº 82-B/2014, de 31.12.
2 - O novo modelo 38 e instruções de preenchimento são reprodu-zidas na página seguinte.
Autores: Filipa Matias Magalhães e Maria Leitão Pereira
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Boletim do Contribuinte 367JUNHO 2016 - Nº 11
0604030201
ANOCÓDIGO DO SERVIÇO
DE FINANÇAS DA SEDE OU DOMICÍLIO FISCAL
3 4 5 DADOS DA DECLARAÇÃO2 NUMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCALDO CONTABILISTA CERTIFICADO
1 NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DO DECLARANTE
TIPO DE DECLARAÇÃO
6
11VALOR
DA OPERAÇÂO
13 14
RELAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS E ENVIOS DE FUNDOS EFETUADOS
DECLARAÇÃO(N.º 2 e n.º 6 do artigo 63.º-A da LGT)
MODELO 38DECLARAÇÃO DE OPERAÇÕES TRANSFRONTEIRAS
07 IBAN (INTERNATIONAL BANK
ACCOUNT NUMBER)
09
NOME
08 12MOTIVO
DA OPERAÇÃONIF DO
ORDENANTE
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10
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PRIMEIRA 1
05
ASSINALE COM X SE NÃO FORAM EFETUADAS TRANSFERÊNCIAS//ENVIOS DE FUNDOS
SUBSTITUIÇÃO 2
3
IBAN BICDATA - VALOR
DA OPERAÇÃOPAÍS
DESTINO
PAÍS SUCURSAL / ENTIDADE INTERVE-NIENTE
IDENTIFICAÇÃO DO BENEFICIÁRIO
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Boletim do Contribuinte368JUNHO 2016 - Nº 11
LEGISLAÇÃO
Orçamento do Estado para 2016 Imposto de Selo
Imposto Único de Circulação – taxasDeclaração de retifi cação à Lei n.º 7-A/2016,
de 30.3Declaração de Retifi cação n.º 10/2016,
de 25 de maio(in DR nº 101, I série, de 25.5.2016)
Para os devidos efeitos, observado o disposto no n.º 2 do artigo 115.º do Regimento da Assembleia da República, declara-se que a Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, Orçamento do Estado para 2016, publicada no Diário da República, n.º 62, 1.º suplemento, 1.ª série, de 30 de março de 2016, saiu com as seguintes incorreções, que assim se retifi cam:
No n.º 4 do artigo 9.º:Onde se lê: «O Governo fi ca autorizado a efetuar as altera-
ções orçamentais, do orçamento do Ministério da Saúde para o orçamento do Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, que se revelem necessárias ao pagamento das dívidas à Caixa Geral de Aposentações, I. P. (CGA, I. P.) e ao pagamento, até 1 de agosto de 2012, das pensões comple-mentares previstas no Decreto-Lei n.º 141/79, de 22 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de fevereiro, relativas a aposentados que tenham passado a ser subscritores da CGA nos termos do Decreto-Lei n.º 124/79, de 10 de maio, alterado pelos Decretos-Leis nºs 210/79, de 12 de julho, e 121/2008, de 11 de julho, e dos Decretos-Leis nºs 301/79, de 18 de agosto, e 295/90, de 21 de setembro.»
Deve ler-se: «O Governo fi ca autorizado a efetuar as al-terações orçamentais, do orçamento do Ministério da Saúde para o orçamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que se revelem necessárias ao pagamento das dívidas à Caixa Geral de Aposentações, I. P. (CGA, I. P.) e ao pagamento, até 1 de agosto de 2012, das pensões comple-mentares previstas no Decreto-Lei n.º 141/79, de 22 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de fevereiro, relativas a aposentados que tenham passado a ser subscritores da CGA nos termos do Decreto-Lei n.º 124/79, de 10 de maio, alterado pelos Decretos-Leis nºs 210/79, de 12 de julho, e 121/2008, de 11 de julho, e dos Decretos-Leis nºs 301/79, de 18 de agosto, e 295/90, de 21 de setembro.»
No n.º 6 do artigo 9.º:Onde se lê: «Fica o Governo autorizado a transferir do
orçamento Ministério da Economia para o da Justiça o mon-tante de € 150 000 e para a Agência para a Modernização Administrativa, I. P. (AMA, I. P.), o montante de € 246 800, visando a adaptação dos sistemas informáticos resultantes da
alteração ao Decreto-Lei n.º 8/2007, de 17 de janeiro, alterado pelos Decretos-Leis nºs 116/2008, de 4 de julho, 292/2009, de 13 de outubro, e 209/2012, de 19 de setembro, e 10/2015, de 16 de janeiro.»
Deve ler-se: «Fica o Governo autorizado a transferir do orçamento do Ministério da Economia para o da Justiça o montante de € 150 000 e para a Agência para a Modernização Administrativa, I. P. (AMA, I. P.), o montante de € 246 800, visando a adaptação dos sistemas informáticos resultantes da alteração ao Decreto-Lei n.º 8/2007, de 17 de janeiro, alterado pelos Decretos-Leis nºs 116/2008, de 4 de julho, 292/2009, de 13 de outubro, e 209/2012, de 19 de setembro, e 10/2015, de 16 de janeiro.»
Na alínea h) do n.º 3 do artigo 12.º:Onde se lê: «Ao abrigo de protocolo celebrados com fun-
dações que não tenham recebido transferências suscetíveis de integrar o disposto nos nºs 1 e 2 ou que respeitem a apoios pontuais.»
Deve ler-se: «Ao abrigo de protocolos celebrados com fundações que não tenham recebido transferências suscetíveis de integrar o disposto nos nºs 1 e 2 ou que respeitem a apoios pontuais.»
Na alínea d) do n.º 14 do artigo 35.º:Onde se lê: «As aquisições de serviços fi nanceiros, desig-
nadamente de transação, liquidação, custódia e comissões por parte do IGFSS, I. P., no âmbito das suas atribuições e da gestão e administração do património dos fundos sob a sua gestão;»
Deve ler-se: «As aquisições de serviços fi nanceiros, de-signadamente de transação, liquidação, custódia e comissões por parte do IGFCSS, I. P., no âmbito das suas atribuições e da gestão e administração do património dos fundos sob a sua gestão;»
No n.º 3 do artigo 62.º:Onde se lê: «O aumento dos pagamentos em atraso, em
resultado do disposto no número anterior, não releva para efeitos do artigo 11.º da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, alterada pelas Leis nºs 20/2012, de 14 de maio, 64/2012, de 20 de dezembro, e 66-B/2012, de 31 de dezembro, e 22/2015, de 17 de março.»
Deve ler-se: «O aumento dos pagamentos em atraso, em resultado do disposto no número anterior, não releva para efeitos do artigo 11.º da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, alterada pelas Leis nºs 20/2012, de 14 de maio, 64/2012, de 20 de dezembro, 66-B/2012, de 31 de dezembro, e 22/2015, de 17 de março.»
No artigo 70.º:Onde se lê: «Ao abrigo do disposto na Lei n.º 112/97, de 16
de setembro, que estabelece o regime jurídico da concessão de garantias pessoais pelo Estado ou por outras pessoas coletivas de direito público, alterada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de de-zembro, e pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, fi ca o FEFSS autorizado a prestar garantias sob a forma de colateral em numerário ou em valores mobiliários pertencentes à sua carteira de ativos, sendo gerido em regime de capitalização pelo IGFSS, I. P.»
Deve ler-se: «Ao abrigo do disposto na Lei n.º 112/97, de 16 de setembro, que estabelece o regime jurídico da concessão
Boletim do Contribuinte 369JUNHO 2016 - Nº 11
de garantias pessoais pelo Estado ou por outras pessoas coleti-vas de direito público, alterada pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, fi ca o FEFSS autorizado a prestar garantias sob a forma de colateral em numerário ou em valores mobiliários pertencentes à sua carteira de ativos, sendo gerido em regime de capitalização pelo IGFCSS, I. P.»
No n.º 1 do artigo 72.º:Onde se lê: «É aplicável aos contribuintes devedores à
segurança social a divulgação de listas prevista na alínea a) do n.º 5 do artigo 64.º da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro»
Deve ler-se: «É aplicável aos contribuintes devedores à segurança social a divulgação de listas prevista na alínea a) do n.º 5 do artigo 64.º da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro.»
Na alínea b) do artigo 77.º:Onde se lê: «0,5 % em relação ao 3.º escalões de rendi-
mentos.»Deve ler-se: «0,5 % em relação ao 3.º escalão de rendi-
mentos.»
No artigo 78.º:Onde se lê: «A bonifi cação por defi ciência do abono de
família para crianças e jovens, prevista no artigo 7.º do Decreto--Lei n.º 133-B/97, de 30 de maio, é objeto de uma atualização de 3 % através de portaria dos membros do Governo respon-sáveis pelas áreas das fi nanças e administração pública e da solidariedade e da segurança social.»
Deve ler-se: «A bonifi cação por defi ciência do abono de família para crianças e jovens, prevista no artigo 7.º do Decreto--Lei n.º 133-B/97, de 30 de maio, é objeto de uma atualização de 3 % através de portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das fi nanças e da segurança social.»
No n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de dezembro, constante do artigo 79.º:
Onde se lê: «O valor de referência do complemento é de € 5059/ano, sendo objeto de atualização periódica, por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e do Trabalho e da So-lidariedade Social, tendo em conta a evolução dos preços, o crescimento económico e a distribuição de riqueza.»
Deve ler-se: «O valor de referência do complemento é de € 5059/ano, sendo objeto de atualização periódica, por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e do Trabalho, Solida-riedade e Segurança Social, tendo em conta a evolução dos preços, o crescimento económico e a distribuição de riqueza.»
No artigo 154.º:Onde se lê: «As redações dadas ao n.º 1, n.º 3 e alínea b)
do n.º 5, todos do artigo 2.º, ao n.º 8 do artigo 4.º, ao n.º 7 do artigo 7.º do Código do Imposto do Selo e à verba 17.3.4 da Tabela Geral do Imposto do Selo têm carácter interpretativo.»
Deve ler-se: «As redações dadas ao n.º 1, n.º 3 e alínea b) do n.º 5, todos do artigo 2.º, ao n.º 8 do artigo 4.º e ao n.º 7 do artigo 7.º do Código do Imposto do Selo e à verba 17.3.4 da Tabela Geral do Imposto do Selo têm carácter interpretativo.»
Na Tabela do artigo 12.º do Código do Imposto Único de Circulação, constante do artigo 168.º:
Onde se lê:Veículos a motor de peso bruto igual ou superior a 12t
Deve ler-se:Veículos a motor de peso bruto igual ou superior a 12t
Na alínea c) do n.º 2 do artigo 172.º:Onde se lê: «Prever, para o transporte de mercadorias, que
o limite previsto no n.º 1 do artigo 92.º do Código do IRC não
(Continua na pág. seguinte)
Boletim do Contribuinte370JUNHO 2016 - Nº 11
LEGISLAÇÃO
é aplicável à majoração referida na alínea anterior e permitir que a mesma seja considerada no cálculo dos pagamentos por conta previstos no artigo 104.º do Código do IRC.»
Deve ler-se: «Prever que o limite previsto no n.º 1 do artigo 92.º do Código do IRC não é aplicável à majoração referida na alínea anterior e permitir que a mesma seja considerada no cálculo dos pagamentos por conta previstos no artigo 104.º do Código do IRC.»
No artigo 175.º:Onde se lê:
«Alteração ao Código de Procedimento e de Processo Tributário
Os artigos 7.º, 75.º, 177.º-A, 190.º, 191.º, 210.º, 215.º, 223.º, 227.º e 269.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, republicado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, alterada pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, passam a ter a seguinte redação:»
Deve ler-se:«Alteração ao Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, e
ao Código de Procedimento e de Processo TributárioO artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 433/99 de 26 de outubro,
e os artigos 75.º, 177.º-A, 190.º, 191.º, 210.º, 215.º, 223.º,
227.º e 269.º do Código de Procedimento e de Processo Tri-butário (CPPT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, republicado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, alterada pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, passam a ter a seguinte redação:»
Na alínea b) do artigo 14.º da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, constante do artigo 192.º:
Onde se lê: «O produto da cobrança do imposto municipal sobre as transmissões onerosas e imóveis (IMT);»
Deve ler-se: «O produto da cobrança do imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (IMT);»
N.R. A Lei nº 7-A/2016, de 30.3, foi parcialmente publicada no Boletim do Contribuinte, 2016, 1ª quinzena de Abril, Suplemento.
Autoridade Tributária e Aduaneira Afetação de receitas ao Fundo de Estabilização
TributáriaPortaria n.º 141/2016
de 16 de maio(in DR nº 94, I série, de 16.5.2016)
O n.º 3 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 47/2005, de 24 de feve-reiro [mantido em vigor por força e nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 37.º do Decreto-Lei n.º 205/2006, de 27 de outubro, conjugado com a alínea b) do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 117/2011, de 15 de dezembro], regula a percentagem a afetar ao Fundo de Estabilização Tributário (FET) do montante das cobranças coercivas derivadas dos processos instaurados pelos serviços da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).
A referida percentagem é fi xada, anualmente, por portaria do Ministro das Finanças, após avaliação da execução dos objetivos defi nidos no plano de atividades dos serviços da Autoridade Tribu-tária e Aduaneira.
O elevado padrão de profi ssionalismo que os trabalhadores da AT demonstraram contribuiu decisivamente para o acréscimo de produtividade ocorrido em 2015 e para que fosse ultrapassado o objetivo de cobrança previsto no plano de atividades da AT de 2015.
Assim:Manda o Governo, pelo Ministro das Finanças, ao abrigo do n.º
3 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 47/2005, de 24 de fevereiro, e do n.º 5 do n.º 1.º da Portaria n.º 132/98, de 4 de março, o seguinte:
ARTIGO ÚNICOPercentagem a afetar ao Fundo de Estabilização
Tributário
A percentagem, a que se refere o n.º 3 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 47/2005, de 24 de fevereiro [mantido em vigor por força e nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 37.º do Decreto-Lei n.º 205/2006, de 27 de outubro, conjugado com a alínea b) do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 117/2011, de 15 de dezembro], é fi xada em 5 % do montante constante da declaração anual do diretor-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira de 18 de fevereiro de 2016, relativamente ao ano de 2015, elaborada nos termos do disposto no n.º 2 do n.º 1.º da Portaria n.º 132/98, de 4 de março.
(Continuação da pág. anterior)
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Boletim do Contribuinte 371
TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALJUNHO 2016 - Nº 11
Para responder às dificuldades que os setores da produção do leite e da produção de carne de suíno enfrentam, foi determinado no Orçamento do Estado para 2016 a preparação de medidas urgentes que se refl itam positiva-mente no quotidiano destes produtores e na atividade do setor no imediato. Importa assim, com a presente portaria, concretizar uma medida de caráter temporário que se consubs-tancia numa isenção parcial do pagamento de contribuições por um período de nove meses relativamente ao universo dos destinatários abrangidos, enquanto produtores enquadrados no regime dos trabalhadores independentes e respetivos cônjuges, e na qualidade de enti-dades empregadoras relativamente aos traba-lhadores ao serviço das explorações pecuárias de bovinos para produção de leite e para a produção de carne de suíno que desenvolvem a atividade no território nacional, sujeita sempre aos limites fi nanceiros de ajudas em matéria de auxílios de Estado.
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte à sua publicação e produz efeitos a partir de 1 de abril de 2016 por se tratar de uma situação de excecional interesse público, nos termos previstos no artigo 40.º da Resolu-ção do Conselho de Ministros n.º 95-A/2015, de 17 de dezembro, que prevê também que normalmente os atos normativos que alterem o enquadramento jurídico das empresas ape-nas podem entrar em vigor, semestralmente, a 1 de janeiro ou a 1 de julho de cada ano.
Assim:Ao abrigo do disposto no artigo 214.º
da Lei n.º 7-A/2016(1), de 30 de março, que aprovou o Orçamento do Estado para 2016, e no artigo 100.º do Código dos Regimes Contri-butivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, aprovado pela Lei n.º 110/2009, de 16 de setembro, manda o Governo, pelos Minis-tros das Finanças, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, o seguinte:
ARTIGO 1.ºObjeto
A presente portaria estabelece uma dispensa parcial do pagamento de contri-
buições para a segurança social, aplicável aos produtores de leite cru de vaca e aos produtores de carne de suíno, para o ano de 2016.
ARTIGO 2.ºÂmbito de aplicação
1 - São dispensadas parcialmente do pagamento de contribuições para a segu-rança social, referentes aos meses de abril a dezembro de 2016, as entidades empre-gadoras e os trabalhadores independentes das explorações pecuárias de bovinos e de suínos ativas no Sistema Nacional de Informação e Registo Animal (SNIRA) à data da produção de efeitos da presente portaria, que desenvolvem a atividade em território nacional e realizaram entregas ou vendas diretas de leite cru de vaca no ano de 2015 ou apresentaram, até à data de produção de efeitos da presente porta-ria, a declaração de existências de suínos referente a dezembro de 2015.
2 - A dispensa parcial do pagamento de contribuições a que se refere o número anterior aplica-se, observados os condi-cionalismos previstos no artigo 10.º, nos seguintes termos:
a) Redução de 50 % da taxa contribu-tiva dos trabalhadores independentes inscritos no regime de segurança social;
b) Redução de 50 % da taxa contribu-tiva da responsabilidade da entidade empregadora, relativamente aos tra-balhadores ao serviço da exploração, abrangidos pelo regime geral dos trabalhadores por conta de outrem.
ARTIGO 3.ºÂmbito pessoal
São dispensados parcialmente do pa-gamento de contribuições, relativamente
às explorações que preencham os requi-sitos previstos no n.º 1 do artigo anterior:
a) Os produtores carne de suíno e de leite cru de vaca e os cônjuges que com eles exerçam efetiva e regu-larmente atividade profi ssional na exploração, enquadrados no regime dos trabalhadores independentes pelo exercício exclusivo da ativi-dade agrícola;
b) As entidades empregadoras rela-tivamente aos trabalhadores que exerçam atividade ao seu serviço nas referidas explorações.
ARTIGO 4.ºCondição de acesso
1 - Sem prejuízo do disposto no núme-ro seguinte, é condição de acesso à dispen-sa contributiva que os requerentes tenham a sua situação regularizada perante a administração fi scal e a segurança social.
2 - Em caso de regularização da si-tuação contributiva e tributária durante o período de isenção parcial previsto no n.º 1 do artigo 2.º, a dispensa produz efeitos a partir do mês seguinte ao da regularização, e mantém-se pelo período remanescente.
ARTIGO 5.ºCausas de cessação da dispensa
parcial
A dispensa parcial do pagamento de contribuições cessa quando se verifi que uma das seguintes circunstâncias:
a) Termo do período de concessão;b) Falta de entrega, no prazo legal,
das declarações de remunerações, ou falta de inclusão de quaisquer traba-lhadores nas referidas declarações;
c) Falta de pagamento no prazo legal das contribuições, quando devidas, e das quotizações relativas aos tra-balhadores;
d) Deixem de ter a situação contri-butiva ou tributária regularizadas;
e) Atinjam o limite máximo de mini-mis de auxílios do Estado, previstos no artigo 10.º
ARTIGO 6.ºRequerimento
1 - A dispensa parcial do pagamento de contribuições prevista na presente
PRODUTORES DE LEITE DE VACA E PRODUTORES DE CARNE DE SUÍNODispensa parcial do pagamento de contribuições
em 2016Portaria n.º 125/2016
de 6 de maio(in DR nº 125, I série, de 6.5.2016)
Boletim do Contribuinte372
TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALJUNHO 2016 - Nº 11
portaria depende de requerimento a apresentar nos serviços competentes do Instituto da Segurança Social, I. P. (ISS, I. P.), no prazo de 20 dias a contar da data de entrada em vigor da presente portaria.
2 - A apresentação do requerimento suspende a obrigação do pagamento par-cial das contribuições objeto de dispensa, até à decisão do pedido.
3 - O requerimento é apresentado em modelo próprio, que integra todos os elementos necessários à identifi cação dos requerentes e das explorações.
ARTIGO 7.ºInstrução
1 - Compete ao Instituto de Finan-ciamento da Agricultura e Pescas, I. P. (IFAP, I. P.), disponibilizar aos serviços da Segurança Social a informação rela-tiva aos produtores de leite cru de vaca e aos produtores de carne de suíno, para efeitos de verifi cação do direito à dispen-sa parcial do pagamento de contribui-ções, bem como do respetivo montante máximo a atribuir, em conformidade com o disposto nos artigos 2.º e 10.º
2 - Para efeitos do número anterior, fi ndo o prazo de apresentação dos reque-rimentos, o ISS, I. P., envia ao IFAP, I. P., no prazo de 10 dias, um fi cheiro contendo os elementos necessários à identifi cação e validação dos requerentes, em formato a estabelecer entre os dois institutos.
3 - O IFAP, I. P., procede à certifi ca-ção e comunica ao ISS, I. P., toda a infor-mação necessária, incluindo a informação relativa ao montante máximo de minimis a atribuir por exploração, no prazo de 10 dias após a receção do fi cheiro.
4 - O ISS, I. P., profere decisão sobre o pedido no prazo máximo de 10 dias após a receção da informação do IFAP, I. P.
5 - Compete ao ISS, I. P., identifi car os trabalhadores abrangidos nas situa-ções em que se verifi que o deferimento da dispensa parcial do pagamento de contribuições face aos limites de minimis indicados pelo IFAP, I. P.
6 - Para efeitos de contabilização do valor de minimis de cada requerente, o ISS, I. P., informa o IFAP, I. P., dos montantes de contribuições efetivamente dispensadas.
ARTIGO 8.ºEfeitos da decisão de indeferimento
No caso de indeferimento do reque-rimento, não são exigíveis juros de mora pelo valor das contribuições não pagas desde que as mesmas sejam regularizadas no prazo de 30 dias a contar da data em que tenha sido notifi cado o indeferimento.
ARTIGO 9.ºFalsas declarações
As falsas declarações tornam exigí-veis as contribuições relativas ao período
em que tenha vigorado a isenção parcial de pagamento das mesmas, sem prejuízo da aplicação das sanções legais previstas para o respetivo ilícito.
ARTIGO 10.ºAuxílios de Estado
A dispensa parcial do pagamento de contribuições prevista na presente por-taria enquadra-se no âmbito do Regula-mento (UE) n.º 1408/2013, da Comissão, de 18 de dezembro, relativo à aplicação dos artigos 107.º e 108.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia aos auxílios de minimis no setor agrí-cola, e é cumulável com outros auxílios de minimis, não podendo o respetivo montante, acumulado durante o período de três exercícios fi nanceiros, exceder € 15.000,00 por benefi ciário.
ARTIGO 11.ºRegiões Autónomas
A competência atribuída ao Instituto da Segurança Social, I. P., é feita sem prejuízo das competências próprias das instituições de segurança social das Re-giões Autónomas.
ARTIGO 12.ºEntrada em vigor e produção
de efeitos
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e produz efeitos a 1 de abril de 2016.
N.R. 1 - A Lei nº 7-A/2016, de 30.3, foi publicada no Boletim do Contribuinte, 2016, 1ª quinzena de Abril, Suplemento. Chama-se, no entanto, a atenção a atenção dos inte-ressados para a declaração de retifi cação nº 10/2016, de 25 de Maio, que é reproduzida na págs. 368 a 370, que retifi ca diversas disposi-ções contidas na Lei do Orçamento do Estado para o corrente ano, com impacto ao nível das alterações aos Códigos do Imposto do Selo e e do Imposto Único de Circulação, assim como ao CPPT, entre outras normas legais.
2 – Sobre a presente portaria os interessa-dos podem consultar a informação síntese que foi publicada no último número do Boletim do Contribuinte, pág. 345.
3 – Pela Resolução da. Assembleia . República. n.º 87/2016, de 20 de maio a Assembleia da Republica recomenda ao Governo um conjunto de medidas para enfrentar os problemas atuais do setor da suinicultura.
Anotado e comentado, inclui legislação complementar em que destacamos a Lei n.º 62/2012, de 10 de dezembro e a Lei n.º 63/2012, de 10 de dezembro (relati-vas à Bolsa Nacional de Terras) e ainda minutas, resenha de jurisprudência e tabela de correspondências.
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O Contrato de Arrendamento Rural
Boletim do Contribuinte 373
TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALJUNHO 2016 - Nº 11
No âmbito da entrega e validação da declaração de remunerações na Segurança Social Direta, o Instituto da Segurança Social implementou o processo de rejeição da Declaração de Remunerações que apre-sente erros no seu preenchimento.
De forma a minimizar o impacto na entrega das declarações, o processo de rejeição da declaração de remunerações com erros é realizado em três fases, sendo que a primeira decorreu entre os dias 1 e 10 de maio (declaração referente ao mês de abril).
Na segunda fase, que decorre entre os dias 1 e 10 de junho com a entrega da declaração de remunerações referente ao mês de maio, não serão aceites aquelas que, ao serem submetidas, apresentem os seguintes erros:
• estabelecimento da entidade empre-gadora já se encontra encerrado;
• o somatório das remunerações de membros de órgãos estatutários é superior a 12 vezes o valor do salário mínimo (€6360), para remunerações com referência anterior a janeiro de 2014;
• o somatório das remunerações de membros de órgãos estatutários é inferior a 1 vez o valor do Indexante dos Apoios Sociais (€419,22);
• entrega de declaração de remunera-ções no mesmo mês para correção de elementos constantes de declaração já submetida para o mesmo ano/mês de referência;
• o número de dias declarado para o trabalhador com contratos de trabalho a tempo parcial, ou de muito curta duração, ou intermitente, tem valor decimal diferente de meio-dia (0,5).
Na terceira, e última fase, que decorre entre os dias 1 e 10 de setembro com a entrega da declaração de remunerações relativa ao mês de agosto, não serão aceites aquelas que, ao serem submetidas, apresen-tem os seguintes erros:
• o somatório das remunerações é diferente do total das remunerações declarado;
• a taxa contributiva declarada pela entidade empregadora para o traba-lhador é diferente da existente no Sistema de Informação da Segurança Social.
DECLARAÇÃO MENSAL DE REMUNERAÇÕES COM ERROS
Considera-se despedimento por ex-tinção de posto de trabalho a cessação de contrato de trabalho efetuada pelo em-pregador e fundamentada nessa extinção, quando seja devida a motivos de mercado (redução da atividade da empresa provo-cada pela diminuição previsível da pro-cura de bens), estruturais (desequilíbrio económico-fi nanceiro) ou tecnológicos (alterações nas técnicas ou processos de fabrico), relativos à empresa.
Requisitos para efetuar o despedimentoO despedimento por extinção de pos-
to de trabalho só pode verifi car-se desde que preenchidos os seguintes requisitos:
os motivos invocados não sejam devi-dos a conduta culposa do empregador ou do trabalhador;
seja praticamente impossível a sub-sistência da relação de trabalho;
não existam, na empresa, contratos de trabalho a termo para tarefas correspon-dentes às do posto de trabalho extinto;
não seja aplicável o despedimento co-letivo.
Critérios a observar inerentes ao trabalhador
Havendo na secção em causa uma pluralidade de postos de trabalho com funções idênticas, para determinação do posto de trabalho a extinguir, a de-cisão do empregador deve observar, por referência aos respetivos titulares, a seguinte ordem de critérios relevantes e não discriminatórios:
pior avaliação de desempenho, com parâmetros previamente conhecidos pelo trabalhador;
menores habilitações académicas e profi ssionais;
maior onerosidade pela manutenção do vínculo laboral do trabalhador para a empresa;
menor experiência na função; menor antiguidade na empresa.
Nota: O despedimento por extinção do posto de trabalho só pode ocorrer desde que, até ao fi m do prazo de aviso prévio, seja posta à dis-posição do trabalhador a compensação devida,
bem como os créditos vencidos e os exigíveis por efeito da cessação do contrato de trabalho.
Conteúdo da decisãoA decisão de despedimento é pro-
ferida por escrito, tendo de constar da mesma o motivo da extinção do posto de trabalho, a confi rmação dos requisitos acima indicados para o despedimento por extinção de posto de trabalho, a prova da aplicação dos critérios de determinação do posto de trabalho a extinguir, caso se tenha verifi cado oposição a esta, a data da cessação do contrato, bem como o montante, forma, momento e lugar do pagamento da compensação e dos crédi-tos vencidos e dos exigíveis por efeito da cessação do contrato de trabalho.
Prazo para proceder à comunicaçãoO empregador comunica a decisão
com antecedência mínima, relativamente à data da cessação do contrato, de:
15 dias no caso de trabalhador com antiguidade inferior a um ano;
30 diastratando-se de trabalhador com antiguidade igual ou su-perior a um ano e inferior a cinco anos;
60 diasno caso de trabalhador com antiguidade igual ou superior a cinco anos e inferior a 10 anos;
75 diastratando-se de trabalhador com antiguidade igual ou su-perior a 10 anos.
Nota: o pagamento da compensação, dos créditos vencidos e dos exigíveis por efeito da cessação do contrato de trabalho deve ser realizado até ao fi nal do prazo de aviso prévio.
(Código do Trabalho, arts. 359º, 367º, 368º, 371º e 372º)
EXTINÇÃO DE POSTO DE TRABALHORequisitos e critérios para despedir
Boletim do Contribuinte374
TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALJUNHO 2016 - Nº 11
A medida Cheque-Formação, criada pela Portaria nº 229/2015, de 3.8 (Bol. do Contrib., 2015, pág. 624), constitui uma modalidade de fi nanciamento di-reto da formação a atribuir aos utentes inscritos na rede de centros de emprego e de centros de emprego e formação profi ssional do Instituto do Emprego e Formação Profi ssional (IEFP) - entida-des empregadoras, ativos empregados e desempregados.
Esta medida tem por objetivo reforçar a qualifi cação e a empregabilidade dos ativos empregados e dos desempregados através da frequência de percursos de formação ajustados às necessidades das empresas e do mercado de trabalho.
As candidaturas funcionam em regime aberto (apresentação contínua), sendo a respetiva apresentação efetuada através do portal Netemprego, em www.netemprego.gov.pt, sendo necessário o registo prévio do titular da candidatura.
Destinatários São benefi ciários da formação apoia-
da pela medida Cheque-Formação:- ativos empregados, com idade
igual ou superior a 16 anos, in-dependentemente do seu nível de qualificação, cujas candidaturas podem ser apresentadas pelos pró-prios ou pelas respetivas entidades empregadoras;
- desempregados inscritos no Insti-tuto do Emprego e Formação Pro-fi ssional (IEFP) há, pelo menos, 90 dias consecutivos, com idade igual ou superior a 16 anos, detentores do nível 3 a 6 de qualifi cação. A forma-ção a apoiar deve corresponder ao defi nido no Plano Pessoal de Quali-fi cação (PPQ), obtido na sequência de um processo de reconhecimento, validação e certifi cação de compe-tências (RVCC) profi ssional.
As condições de elegibilidade dos benefi ciários são aferidas à data da apre-sentação da candidatura.
No caso de formandos desempre-gados mantém-se a obrigatoriedade da
procura ativa de emprego durante todo o período de formação, que deve decorrer fora dos horários da formação.
CandidaturasPodem apresentar candidaturas:• os benefi ciários diretos da forma-
ção;• as entidades empregadoras, rela-
tivamente aos seus trabalhadores, sendo consideradas para este efeito as pessoas coletivas ou singulares de direito privado, com ou sem fi ns lucrativos.
Requisitos da formaçãoA formação profi ssional a desenvol-
ver deve ser ministrada por uma entidade formadora certifi cada pela Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho, ou entidades que, pela sua natureza jurí-dica e âmbito de atuação, usualmente não carecem de requerer a certifi cação como entidade formadora, caso contemplem nos diplomas de criação ou autorização de funcionamento, o desenvolvimento de atividades formativas.
Quando necessário, a formação pode ser precedida pelo desenvolvimento de um processo de reconhecimento, valida-ção e certifi cação de competências dual ou profi ssional, e observar o defi nido no plano pessoal de qualifi cação dos bene-fi ciários, bem como, no caso das pessoas desempregadas, em articulação com o seu plano pessoal de emprego.
Apoios fi nanceiros
I. Ativos empregadosO apoio a atribuir, por trabalhador,
considera:• a duração máxima de 50 horas de
formação, no período de dois anos;
• um valor/hora de 4 euros, num mon-tante máximo que poderá atingir os 175 euros, sendo que o apoio a atribuir não pode exceder 90% do valor total da ação de formação, comprovadamente pago.
II. DesempregadosOs desempregados que frequentem
percursos de formação com uma duração máxima de 150 horas de formação, no período de dois anos, têm direito a um apoio fi nanceiro correspondente ao valor total da ação de formação, comprovada-mente pago, até ao montante máximo de 500 euros.
Nota: Aos apoios fi nanceiros mencio-nados pode acrescer bolsa de formação, subsídio de refeição e despesas de transporte, desde que solicitados em sede de candidatu-ra e se não forem atribuídos pela entidade formadora.
Período de validade do cheque--formação
Cada beneficiário, desempregado ou ativo empregado, pode benefi ciar do cheque-formação por um período de 2 anos, tendo como referência a data de submissão da primeira candidatura de-ferida. No caso de alteração da situação face ao emprego, os apoios e o prazo devem ser verifi cados à data da referida alteração.
Certifi cação da formaçãoA conclusão das ações de formação
dá lugar: - à emissão, através do Sistema de
Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO), de um certifi cado de qualifi cações ou de um certifi cado de formação profi ssional;
- ao registo da formação frequentada na caderneta individual de compe-tências, através do SIGO.
MEDIDA CHEQUE-FORMAÇÃOCandidaturas em regime aberto
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TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALJUNHO 2016 - Nº 11
No âmbito do combate ao trabalho precário, a Assembleia da República recomenda ao Governo o reforço dos meios e competências da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), garantindo a efi cácia da sua intervenção nesta área.
Assim, através da Resolução da Assembleia da República nº 90/2016, de 24.5, é recomendado ao Governo que, designadamente:
• a ACT fi scalize todas as denúncias relativas ao não reconhecimento da existência de contrato de trabalho, incluindo:- a utilização indevida de medidas
de inserção profi ssional como os estágios profi ssionais apoiados
pelo Instituto do Emprego e For-mação Profi ssional (IEFP);
- as medidas associadas ao trabalho socialmente necessário, tais como os contratos emprego-inserção;
- o recurso indevido ao volunta-riado e às “falsas bolsas” como mecanismo de preenchimento de necessidades permanentes;
• tome medidas para que a linha de contacto telefónico com a ACT seja de utilização gratuita;
• reforce o corpo de inspetores, dan-do cumprimento ao rácio defi nido pelo Comité de Peritos da OIT (Organização Internacional do Trabalho): um inspetor para cada 10 000 trabalhadores;
• no âmbito dos mecanismos con-sultivos da ACT, as confedera-ções sindicais e as associações de trabalhadores precários sejam consultadas relativamente aos planos de combate à precariedade a desenvolver por aquela entidade;
• promova a articulação sistemática do envio de informação, por parte da Direção-Geral do Tesouro e Fi-nanças, à ACT no que se refere às declarações de rendimentos do tra-balho dependente e independente;
• tome as medidas necessárias para o reforço dos serviços da ACT, nomeadamente abrindo concurso para colmatar as necessidades que se verifi cam, por exemplo, ao nível de técnicos superiores, iniciando um processo de diálogo com os representantes dos inspetores do trabalho e do restante pessoal desta entidade.
COMBATE AO TRABALHO PRECÁRIOReforço dos meios da ACT
O Executivo admitiu recentemente proceder à discussão em concertação social (com as associações sindicais e patronais) do regresso dos 25 dias úteis de férias em consonância com a assidui-dade do trabalhador.
A regra que permitia aumentar em três dias o período de férias, consoante a assiduidade do trabalhador, foi introdu-zida no Código do Trabalho em 2003. A norma começou a ser aplicada em 2005 mas acabou por ser revogada pelo anterior Executivo, em 2012, não permitindo então à generalidade dos trabalhadores gozar mais de 22 dias úteis. No entanto, passou a ser possível benefi ciar da majoração do período de férias nos casos de existência de instrumento de regulamentação cole-tiva de trabalho (ex. contrato coletivo de trabalho) que preveja tal regra.
Signifi ca que, apesar da revogação do nº 4 do art. 238º (pela Lei nº 23/2012, de 25.6), se o trabalhador estiver abran-
fi ns-de-semana: “Há limites a esta pos-sibilidade de juntar os feriados aos fi ns--de-semana. Ninguém está a imaginar que o dia de Natal ou o primeiro de maio possa ser móvel. Agora noutros feriados essa possibilidade existe noutros países. Se a sociedade portuguesa, através dos seus órgãos representativos, resolver dar esse passo, deve entregar a sua concre-tização à negociação coletiva”.
Agravamento da TSU nos contratos a termo
Sobre o agravamento da taxa contri-butiva para a Segurança Social, a cargo das entidades empregadoras, relativa-mente a trabalhadores vinculados com contrato a termo, o Ministro admite a discussão política sobre a aplicação di-ferenciada em função do tipo de contrato (contrato a termo/contrato por tempo indeterminado). No entanto, a acontecer, a medida nunca será colocada em prática antes de 2018.
No entanto, Vieira da Silva acres-centa que fi ca em aberto a exceção da redução da taxa contributiva para os trabalhadores com salários de montante até 600 euros. Esta medida poderá ser implementada já em 2017.
gido por um contrato coletivo de traba-lho que preveja o direito a, por exemplo, 25 dias úteis de férias, esse direito tem de ser mantido e cumprido. O número máximo de dias de acréscimo, bem como os critérios a considerar para apu-ramento do número de dias a gozar para além dos 22, terão de estar previstos no instrumento de regulamentação coletiva de trabalho aplicável aos trabalhadores em causa.
Para o ministro do Trabalho, Solida-riedade e Segurança Social, a reposição da majoração não deve ser efetuada unilateralmente pelo Governo, devendo antes fi car dependente do que resultar da negociação em sede de contratação coletiva.
Mobilidade de feriadosPosição semelhante tem o mesmo
Ministro no que diz respeito à mobili-dade de alguns feriados para junto dos
AUMENTO DA DURAÇÃO DO PERÍODO DE FÉRIAS
Governo vai discutir com parceiros sociais
Boletim do Contribuinte376
TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALJUNHO 2016 - Nº 11
O contrato individual de trabalho a bordo das embarcações de pesca é aquele pelo qual o inscrito marítimo, titular de cédula marítima válida, se obriga, mediante retribuição, a prestar a sua atividade profi ssional a um armador de pesca, sob a autoridade e direção deste ou do seu representante legal.
Considera-se que a prestação de trabalho do marítimo ocorre a bordo de embarcações de pesca e em terra, na execução de tarefas específi cas da atividade da pesca ou relacionadas com a embarcação.
Forma do contratoO contrato de trabalho está sujeito a
forma escrita, devendo ser assinado por ambas as partes, e conter, pelo menos, as seguintes indicações:
- nome ou denominação e residência de ambas as partes;
- categoria profi ssional e retribuição do marítimo;
- data de celebração do contrato e do início dos seus efeitos;
- duração do contrato ou, no caso de contrato a termo incerto, o nome do marítimo substituído;
- instrumento de regulamentação coletiva de trabalho aplicável.
A prorrogação do contrato a termo está igualmente sujeita a forma escrita.
O incumprimento da forma legal é imputável ao armador e a respetiva nulidade só é invocável pelo marítimo.
Duração O contrato de trabalho pode ser
celebrado sem termo, ou a termo, certo ou incerto.
A celebração de contrato a termo certo somente pode ter lugar quando se verifi que a natureza transitória ou tempo-rária do trabalho a prestar, ou nos casos de início de laboração de uma empresa armadora ou de contratação de marítimos à procura de primeiro emprego ou de desempregados de longa duração.
A duração do contrato a termo certo, haja ou não renovação, não pode ultra-
passar 3 anos, contando-se a antiguidade do marítimo desde o início da prestação de trabalho.
Por seu lado, a estipulação de termo incerto apenas pode ocorrer nas seguintes situações:
- substituição temporária de um marítimo;
- pesca sazonal;- pesca por campanha, cuja atividade
esteja condicionada à obtenção de quotas nacionais ou comunitárias ou licenças de pesca que não de-pendam do armador.
A substituição do trabalhador só é ad-missível perante a suspensão do contrato por impedimento prolongado devido a doença, acidente, licença sem retribui-ção, gozo de férias, folga, frequência de curso de formação profi ssional.
O contrato a termo incerto dura por todo o tempo necessário à substituição do marítimo ausente e até à conclusão da atividade da pesca sazonal ou por campa-nha para que o marítimo foi contratado.
Descanso diárioNa atividade da pesca, o descanso
diário não pode ser inferior a 8 horas, sendo 6 horas consecutivas.
O descanso diário a navegar não pode ser inferior a 12 horas, sendo 8 horas consecutivas.
Descanso semanalTodos os marítimos têm direito,
no mínimo, a um dia de descanso por semana, que coincidirá, em princípio, com o domingo.
Pode ser convencionado entre as par-tes para os diferentes tipos de pesca, em instrumento de regulamentação coletiva de trabalho ou em contrato individual de trabalho, o gozo de meio dia ou um dia complementar de descanso semanal.
RetribuiçãoConsidera-se retribuição a remune-
ração base e todas as outras prestações períódicas feitas, direta ou indiretamente, em dinheiro ou em espécie, e tudo aquilo que, nos termos do contrato, das normas
legais ou dos usos, o marítimo tem direito como contrapartida do seu trabalho.
Podem fazer parte da retribuição, consoante o tipo de pesca:
- o vencimento base, soldada fi xa ou parte fi xa;
- o estímulo de pesca, caldeirada ou quinhões;
- a percentagem de pesca, parte va-riável ou partes;
- as diuturnidades;- o subsídio de viagem;- o subsídio de gases ou compensação
por serviços tóxicos;- qualquer outra prestação decorrente
dos usos e costumes ou de instru-mento de regulamentação coletiva de trabalho.
Período experimentalO período experimental terá a dura-
ção de 60 dias, salvo acordo em contrá-rio. Este período considera-se cumprido logo que se completem 30 dias de mar.
Tal como sucede no regime geral, no período experimental qualquer das par-tes pode rescindir o contrato, sem aviso prévio nem invocação de justa causa, não havendo lugar a indemnização.
Suspensão do contrato por impedi-mento prolongado do marítimo
Quando o trabalhador desembarcado em porto estiver temporariamente impe-dido de embarcar por facto que não lhe seja imputável, designadamente doença ou acidente, e o impedimento se prolon-gue por mais de um mês ou que haja a certeza ou se preveja com segurança que o mesmo terá duração superior a este prazo, o contrato suspende-se e cessam os direitos, deveres e garantias das par-tes, na medida em que pressuponham a efetiva prestação de trabalho.
Seguro por incapacidade permanen-te absoluta ou morte
Para além do seguro por acidentes de trabalho (obrigatório por lei), o armador é obrigado a realizar um seguro para os casos de morte ou desaparecimento no mar ou incapacidade absoluta per-manente em favor do tripulante, que será pago ao próprio ou seus herdeiros, salvo se o tripulante tiver indicado outros benefi ciários.
(Lei nº 15/97, de 31.5 – regime jurídico do contrato individual de trabalho a bordo das em-barcações de pesca).
TRABALHO A BORDO DAS EMBARCAÇÕES DE PESCA
Regras do contrato de trabalho
Boletim do Contribuinte 377JUNHO 2016 - Nº 11
JURISPRUDÊNCIATRABALHO
Transferência de local de trabalhoResolução do contrato
1. Se o trabalhador não aceita a ordem de transferência de local de trabalho, pode impedi-la mediante providência cautelar, pode impugná-la ou, sendo a ordem ilícita, sim-plesmente desobedecer-lhe, mas não lhe é lícito continuar sistematicamente a apresentar-se e a pretender trabalhar no anterior local de trabalho.
2. Sendo a ordem de transferência lícita, a chamada da polícia para impedir que o trabalhador preste trabalho no an-terior local de trabalho não constitui uma violação do direito de ocupação efetiva do trabalhador, não gerando justa causa de resolução do contrato de trabalho pelo trabalhador.
(Acórdão do Tribunal da Relação do Porto, de 1 de fevereiro de 2016, publicado no número de março/2016, da revista Trabalho & Segurança Social e disponível em www.dgsi.pt)
Créditos laboraisPrivilégio imobiliário especial
1. Estabelece-se na al. b) do nº 1 do art. 333° do Código do Trabalho que os créditos laborais gozam de privilégio imobiliário especial sobre bem imóvel do empregador no qual o trabalhador presta a sua atividade.
2. O privilégio imobiliário especial, concedido aos crédi-tos laborais pelo referido art. 333º, nº 1, al. b), do Código do Trabalho, abrange todos os bens imóveis integrantes do patri-mónio da insolvente afetos ao desenvolvimento da respetiva atividade empresarial, exigindo-se uma conexão, em termos funcionais, entre a atividade dos trabalhadores reclamantes e a unidade empresarial da insolvente, integrada por tais imóveis.
(Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, de 14 de abril de 2016, disponível em www.dgsi.pt)
Acidente de trabalhoAcidente in itinere
1. Nos termos conjugados do art. 6º da Lei nº 100/97, de 13.9, e do art. 6º, nº 2, a), do Decreto-Lei nº 143/99, de 30.4, era considerado como acidente in itinere o ocorrido entre a residência habitual ou ocasional do sinistrado, desde a porta de acesso para as áreas comuns do edifício ou para a via pública, até às instalações que constituem o seu local de trabalho.
2. No entanto, a Lei nº 98/2009, de 4.9, atualmente em vigor, veio alargar o conceito de acidente de trabalho, ao esti-pular nos termos dos arts. 8º e 9º, nº 1, al. a), e nº 2, al. b), que
se considera acidente de trabalho o ocorrido entre a residência habitual ou ocasional e as instalações que constituem o local de trabalho do sinistrado.
3. Atentas as referidas alterações, deve-se interpretar os atuais normativos como integrando no seu âmbito de aplica-ção o acidente ocorrido nos espaços exteriores à habitação do sinistrado, ainda antes de se entrar na via pública, indepen-dentemente de se tratar de espaço próprio deste ou de espaço comum a outros condóminos ou comproprietários, bastando que para tal já tenha sido transposta a porta de saída da resi-dência, desde que a vítima se desloque para o local de trabalho, segundo o trajeto normalmente utilizado e durante o período de tempo habitualmente gasto pelo trabalhador.
(Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, de 18 de fevereiro de 2016, disponível em www.dgsi.pt)
Não pagamento da retribuiçãoCulpa
1. Não se verifi ca falta culposa do pagamento pontual da retribuição, numa situação em que o trabalhador não se deslocou ao local de cumprimento da obrigação para receber o que lhe era devido, como era prática usual, sem que se de-monstrasse que estivesse impedido de o fazer, nem solicitou à empregadora tal pagamento, não se prolongando a omissão do cumprimento por período de 60 dias.
2. Encontrando-se em dívida um valor remuneratório corres-pondente ao salário mensal, no âmbito de uma relação laboral que perdurava há mais de 24 anos, em que já haviam ocorrido atrasos no pagamento da retribuição, com os quais o trabalhador sempre se conformou e sem que o mesmo se tenha manifestado anterior-mente pela insustentabilidade da situação ou tenha reclamado o pagamento em falta ou tenha tentado ir receber o valor que lhe era devido ao local de cumprimento, não se verifi ca a impossibilidade de manutenção do contrato de trabalho.
(...)(Acórdão do Tribunal da Relação de Coimbra, de 28 de abril de
2016, disponível em www.dgsi.pt)
Despedimento ilícitoDever de obediência
(...) II - Resultando embora provado que a conduta global
da autora (trabalhadora) é censurável e assume relevância disciplinar, por violação, nomeadamente, dos deveres de obediência, zelo e diligência, se a mesma apenas se traduziu em factos que consubstanciam um conjunto de incúrias (não se tendo provado, para além do mais, que a conduta da autora tivesse provocado qualquer tipo de prejuízo à ré, nem que a mesma tivesse qualquer propósito ilícito), não é razoável nem proporcional sancioná-la com a mais grave das sanções disci-plinares, resultando, assim, ilícito o despedimento promovido pela ré (entidade empregadora).
(Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, de 7 de abril de 2016, disponível em www.dgsi.pt)
JUNHO 2016 - Nº 11
Boletim do Contribuinte378
REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO
Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nºs 19 e 20 de 2016
Combustíveis- Acordo de empresa entre a Petróleos de Por-
tugal - PETROGAL, SA e a Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes - COFESINT e outros - Alteração salarial e outras
(Bol. do TE, nº 20, de 29.5.2016)Comércio, Escritórios e Serviços
- Contrato coletivo entre a Associação Comer-cial, Industrial e de Serviços de Bragança - ACISB e a FEPCES – Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços - Alteração salarial e outras
(Bol. do TE, nº 19, de 22.5.2016)Eletricidade e Eletrónica
- Contrato coletivo entre a Associação Portu-guesa das Empresas do Sector Elétrico e Eletrónico e a Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - FETESE e outros - Alteração salarial e outras e texto consolidado
(Bol. do TE, nº 19, de 22.5.2016)Operadores Portuários
- Contrato coletivo entre a AOPL - Associa-ção de Operadores do Porto de Lisboa e o STP - Sindicato de Trabalhadores dos Portos de Lisboa e Setúbal (movimentação de cargas) - Integração em níveis de qualificação
(Bol. do TE, nº 19, de 22.5.2016)
Papel- Contrato coletivo entre a Associação Nacio-
nal dos Industriais de Papel e Cartão - ANIPC e a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas - FIEQUIME-TAL - Integração em níveis de qualificação
(Bol. do TE, nº 19, de 22.5.2016)- Acordo de empresa entre a Portucel, SA e a
Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - FETESE - Revisão global
(Bol. do TE, nº 20, de 29.5.2016)- Acordo de empresa entre a CELTEJO -
Empresa de Celulose do Tejo, SA e a Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes - COFESINT e outros - Alteração salarial e outras/texto consolidado
(Bol. do TE, nº 20, de 29.5.2016)
Siglase
Abreviaturas
Feder. - FederaçãoAssoc. - AssociaçãoSind. - SindicatoInd. - IndústriaDist. - DistritoCT - Comissão Técnica
CCT - Contrato Coletivo de TrabalhoACT - Acordo Coletivo de TrabalhoPRT - Port. de Regulamentação de TrabalhoPE - Port. de ExtensãoAE - Acordo de Empresas
Produtos Alimentares - Contrato coletivo entre a Associação dos
Distribuidores de Produtos Alimentares (ADIPA) e outras e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços - SITESE - Revisão global
(Bol. do TE, nº 19, de 22.5.2016)Produtos Químicos e Farmacêuticos- Contrato coletivo entre a GROQUIFAR -
Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos e a Federação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes - COFESINT e outra (produtos farmacêuticos) - Alteração salarial e outras
(Bol. do TE, nº 19, de 22.5.2016)- Contrato coletivo entre a GROQUIFAR -
Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços - SITESE (produtos farma-cêuticos) - Alteração salarial e outras
(Bol. do TE, nº 19, de 22.5.2016)Vidro
- Contrato coletivo entre a Associação dos Industriais Transformadores de Vidro Plano de Por-tugal e a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro - FEVICCOM e ou-tra - Alteração salarial e outras e texto consolidado
(Bol. do TE, nº 20, de 29.5.2016)
1 - Transcrito neste número.2 - A transcrever no próximo número.
1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - MAIO/2016
COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - MAIO (De 16 a 31 de maio 2016)
e das equipas de cuidados continuados integrados destinadas a cuidados pediátricos da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), por forma a implementar experiências-piloto das unida-des de internamento e de ambulatório de cuidados continuados pediátricos
Res. Assemb. Rep. n.º 84/2016, de 16.5 - Pela resolução urgente dos problemas do Hospital São João de Deus e melhoria dos cuidados de saúde no concelho de Vila Nova de Famalicão
Res. Assemb. Rep. n.º 85/2016, de 18.5 - Recomenda ao Governo que revogue a Port. n.º 82/2014, de 10 de abril, e o Despacho n.º 13427/2015, de 20 de novembro, bem como que defina os princípios para a reorganização hospitalar e proceda ao reforço dos meios humanos e materiais da rede dos serviços de urgência
Res. Assemb. Rep. n.º 92/2016, de 27.5 - Recomenda ao Governo que concretize um plano estratégico para a implementação dos rastreios oncológicos de base populacional
Res. Assemb. Rep. n.º 93/2016, de 30.5 - Reforço das respostas públicas na área da diabetes
Res. Assemb. Rep. n.º 94/2016, de 30.5 - Recomenda ao Governo o reforço do Programa Nacional de Vacinação
Dec. Legisl. Reg. n.º 22/2016/M, de 20.5 - Pri-meira alteração ao Dec. Legisl. Reg. n.º 11/2016/M,
(Continuação da pág. 380) de 9 de março, que estabelece a estrutura de orga-nização dos cuidados de saúde primários na Região Autónoma da MadeiraSaúde e segurança
Res. Assemb. Rep. n.º 88/2016, de 20.5 - Re-comenda ao Governo a promoção de um programa para verificação da presença de glifosatoSistema de Incentivos para a Competitividade Empresarial - Competir+
Dec. Legisl. Reg. n.º 9/2016/A, de 18.5 - Se-gunda alteração ao Dec. Legisl. Reg. n.º 12/2014/A, de 9 de julho, que cria o Sistema de Incentivos para a Competitividade Empresarial - Competir+Suinicultura
Res. Assemb. Rep. n.º 87/2016, de 20.5 - Recomenda ao Governo medidas para enfrentar os problemas atuais do setor da suiniculturaTabaco - produtos do tabaco e cigarros ele-trónicos
Port. n.º 148-A/2016, de 23.5 – (Supl.) - Es-tabelece os formatos comuns para a comunicação e disponibilização de informações sobre produtos do tabaco e cigarros eletrónicos e recargas, bem como o valor das taxas a pagar pelos fabricantes e importadores, relativamente à receção, con-servação, tratamento, análise e publicação das informações
TAP - Transportes Aéreos Portugueses - Pri-vatização
Res. Cons. Min. n.º 30/2016, de 23.5 - Aprova os instrumentos jurídicos a celebrar entre a PAR-PÚBLICA - Participações Públicas (SGPS), S. A., e a Atlantic Gateway, SGPS, Lda., nomeadamente as minutas do Acordo de Compra e Venda de Ações e do Acordo Parassocial e de Compromissos Estra-tégicos da TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S. A.Trabalho e Segurança Social
Port. n.º 148/2016, de 23.5 - Terceira alte-ração ao Regulamento Específico do Domínio do Capital Humano, aprovado em anexo à Port. n.º 60-C/2015, de 2.3
Res. Assemb. Rep. n.º 90/2016, de 24.5 - Recomenda ao Governo o reforço dos meios e competências da Autoridade para as Condições do Trabalho, garantindo a eficácia da sua intervenção no combate ao trabalho precárioTribunal Internacional de Justiça
Aviso n.º 25/2016, de 19.5 - Torna público que a República Helénica formulou uma declaração ao abrigo do n.º 2 do artigo 36.º do Estatuto do Tribu-nal Internacional de Justiça, pela qual reconhece a jurisdição obrigatória daquele Tribunal
Boletim do Contribuinte 379JUNHO 2016 - Nº 11
4 julho Lisboa5 julho Porto9h30-13h00 | 14h30-18h00
Organização:
Informações/Inscrições Patrícia Flores (Dep. Formação) Vida Económica - Editorial SA.Rua Gonçalo Cristóvão, 14 R/C4000-263 PortoTlf: 223 399 437/00 | Fax: 222 058 098Email: [email protected]
ENQUADRAMENTO
No contexto atual, a pressão sobre a tesouraria das empresas é bastante mais elevada, em virtude da restrição do crédito bancário às empresas, das dificuldades nas cobranças e a quebra na atividade da generalidade dos sectores. Os desequilíbrios financeiros, poderão então agravar-se, provocando situações de extrema gravidade na vida das empresas.É pois fundamental, identificar as causas que originam os problemas financeiros, com principal incidência nas questões de tesouraria, proporcionar soluções para a resolução dos mesmos e proceder a melhores negociações na obtenção dos recursos financeiros de que a empresa necessita.
FORMADOR Dr. Agostinho Costa
PROGRAMA
1. As causas da deterioração da tesouraria e as soluções do problema.
2. As previsões de tesouraria• O orçamento de tesouraria. A sua utilidade.• A construção do orçamento de tesouraria• A apresentação do plano deslizante
3. Os Produtos financeiros de apoio à de tesouraria• O crédito bancário• As garantias mais comuns• Os principais produtos financeiros de apoio e as
suas características
4. A análise de risco da empresa por parte da Banca• Os parâmetros através dos quais o banco avalia o
«risco empresa».• A relação risco versus taxa de juro• O acordo de Basileia e o crédito bancário• Sinais de alarme
5. Como uma PME deve Negociar com a Banca• A crise atual e as restrições de crédito bancário• A Escolha dos bancos com quem trabalhar• Aspectos que contribuem para reforçar a relação
bancária• A Preparação duma negociação bancária• A condução da negociação bancária
6. Os erros de gestão de tesouraria. Como evitá-los.
Gestão de Tesouraria
OBJETIVOS
• Manusear os elementos necessários para a melhoria da gestão de tesouraria em todas as suas componentes.
• Proceder á elaboração dum orçamento de tesouraria e ao seu acompanhamento e controle, de forma a melhorar a eficiência da gestão dos recursos financeiros da empresa.
• Identificar os meios de financiamento mais adequados ao financiamento da empresa
• Calcular custos e taxas efetivas de financiamento bancário.• Selecionar as técnicas adequadas, para uma Negociar com
a Banca
Preços:Público Geral: €140 + IVAAssinantes: €120 + IVA
DESTINATÁRIOS
• Responsáveis pela gestão de tesouraria• Diretores Financeiros• Contabilistas• Empresários de PME• Gestores de PME• Quadros das PME ligados às áreas
Administrativas e Financeiras
JUNHO 2016 - Nº 11
Boletim do Contribuinte380
1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - MAIO/2016
COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - MAIO (De 16 a 31 de maio 2016)
AçoresRes. Assemb. Legisl. da RA dos Açores n.º
9/2016/A, de 17.5 - Aprova o 1.º Orçamento Suplementar da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores para o ano de 2016
Dec. Legisl. Reg. n.º 9/2016/A, de 18.5 - Se-gunda alteração ao Dec. Legisl. Reg. n.º 12/2014/A, de 9 de julho, que cria o Sistema de Incentivos para a Competitividade Empresarial - Competir+Agricultura
Port. n.º 154-A/2016, de 31.5 – (Supl.) - Procede à terceira alteração à Portaria n.º 55/2015, de 27 de fevereiro, que estabelece o regime do apoio «Manutenção de raças autóctones em risco»Port. n.º 154-B/2016, de 31.5 – (Supl.) - Procede à quarta alteração à Portaria n.º 56/2015, de 27 de fevereiro, que estabelece o regime da ação n.º 7.3, «Pagamentos Rede Natura», inserida na medida n.º 7, «Agricultura e recursos naturais» do Programa de Desen volvimento Rural do Continente, abre-viadamente designado PDR 2020Agricultura e florestas
Port. n.º 145/2016, de 17.5 - Estabelece o re-gime de aplicação da operação n.º 2.1.1, «Ações de formação», inserida na ação n.º 2.1, «Capacitação e divulgação», da medida n.º 2, «Conhecimento», integrada na área n.º 1, «Inovação e conhecimen-to», do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente
Port. n.º 150/2016, de 25.5 - Estabelece o regime de aplicação da ação n.º 4.0.1, «Investi-mentos em produtos florestais identificados como agrícolas no anexo I do Tratado sobre o Funciona-mento da União Europeia (TFUE)», e da ação n.º 4.0.2, «Investimentos em produtos florestais não identificados como agrícolas no anexo I do TFUE», ambas inseridas na Medida n.º 4, «Valorização dos recursos florestais», do Programa de Desenvolvi-mento Rural do Continente
Port. n.º 151/2016, de 25.5 - Criação do Sistema de Aconselhamento Agrícola e Florestal (SAAF)
Port. n.º 152/2016, de 25.5 - Estabelece o regime de aplicação da ação n.º 10.2, «Implemen-tação das estratégias», integrada na medida n.º 10, «LEADER», da área n.º 4 «Desenvolvimento local», do Programa de Desenvolvimento Rural do Con-tinente, abreviadamente designado por PDR 2020Agricultura e pecuária
Res. Assemb. Rep. n.º 87/2016, de 20.5 - Recomenda ao Governo medidas para enfrentar os problemas atuais do setor da suiniculturaAmbiente e ordenamento do território
Port. n.º 142/2016, de 16.5 - Aprova a delimi-tação da Reserva Ecológica Nacional do Município de Figueiró dos Vinhos
Port. n.º 143/2016, de 16.5 - Aprova a delimi-tação da Reserva Ecológica Nacional do Município de Castanheira de Pêra
Port. n.º 144/2016, de 17.5 - Aprova a delimi-tação da Reserva Ecológica Nacional do Município de Marco de CanavesesAutoridade para as Condições do Trabalho
Res. Assemb. Rep. n.º 90/2016, de 24.5 - Recomenda ao Governo o reforço dos meios e competências da Autoridade para as Condições do Trabalho, garantindo a eficácia da sua intervenção no combate ao trabalho precárioAutoridade Tributária - Fundo de Estabiliza-ção Tributário
Port. n.º 141/2016(1), de 16.5 - Fixa a percen-tagem a afetar ao Fundo de Estabilização Tributário
BombeirosPort. n.º 143-A/2016, de 16.5 – (Supl.) - Aprova o Programa de Apoio Infraestrutural Carta de condução
Dec. Regul. n.º 1-A/2016, de 30.5 – (2º Supl.) - Determina as regras para a frequência de ação de formação de segurança rodoviária e para a realização de prova teórica do exame de condução, no âmbito do sistema de pontos e cassação do título de conduçãoCódigo de Procedimento e de Processo Tributário
Lei n.º 13/2016(1), de 23.5 - Altera o Código de Procedimento e de Processo Tributário, apro-vado pelo DL n.º 433/99, de 26 de outubro, e a Lei Geral Tributária, aprovada pelo DL n.º 398/98, de 17.12, e protege a casa de morada de família no âmbito de processos de execução fiscalDefesa do consumidor
Port. n.º 148-A/2016, de 23.5 – (Supl.) - Es-tabelece os formatos comuns para a comunicação e disponibilização de informações sobre produtos do tabaco e cigarros eletrónicos e recargas, bem como o valor das taxas a pagar pelos fabricantes e impor-tadores, relativamente à receção, conservação, tratamento, análise e publicação das informaçõesEnergia - mecanismo de intercâmbio de in-formações
Res. Assemb. Rep. n.º 89/2016, de 24.5 - Aprova parecer fundamentado sobre a violação do princípio da subsidiariedade pela Proposta de Decisão do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa à criação de um mecanismo de intercâmbio de informações sobre acordos intergovernamentais e instrumentos não vinculativos entre Estados mem-bros e países terceiros no domínio da energia e que revoga a Decisão n.º 994/2012/UEEnfermagem
Port. n.º 146/2016, de 18.5 - Altera o plano de estudos do curso de pós-licenciatura de especia-lização em Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, aprovado pela Port. n.º 157/2006, de 20 de fevereiroEnsino
Port. n.º 149/2016, de 25.5 - Cria um consór-cio entre a Universidade Nova de Lisboa, através do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I. P., e o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, com a denominação de AGRO-TECH Campus de OeirasImposto Único de Circulação e Imposto do selo
Declaração de Retificação n.º 10/2016(1), de 25.5 - Declaração de retificação à Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, Orçamento do Estado para 2016Incentivos
Port. n.º 148/2016, de 23.5 - Terceira alte-ração ao Regulamento Específico do Domínio do
Capital Humano, aprovado em anexo à Port. n.º 60-C/2015, de 2 de marçoLei Geral Tributária
Lei n.º 13/2016(1), de 23.5 - Altera o Código de Procedimento e de Processo Tributário, apro-vado pelo DL n.º 433/99, de 26 de outubro, e a Lei Geral Tributária, aprovada pelo DL n.º 398/98, de 17.12, e protege a casa de morada de família no âmbito de processos de execução fiscalMadeira
Dec. Regul. Reg. n.º 16/2016/M, de 19.5 - Altera o Dec. Regul. Reg. n.º 4/2015/M, de 18 de junho, que aprovou a orgânica da Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura, e o Dec. Regul. Reg. n.º 21/2015/M, de 30 de novembro, que aprovou a orgânica da Direção Regional da Cultura
Dec. Legisl. Reg. n.º 22/2016/M, de 20.5 - Pri-meira alteração ao Dec. Legisl. Reg. n.º 11/2016/M, de 9 de março, que estabelece a estrutura de orga-nização dos cuidados de saúde primários na Região Autónoma da MadeiraMarinha
Dec. Regul. n.º 1/2016, de 24.5 - Procede à primeira alteração ao Dec. Regul. n.º 10/2015, de 31 de julho, que aprovou a regulamentação das atribuições, competências e organização da estru-tura interna da Marinha, com vista a regulamentar o processo de designação, aumento e abate das unidades navaisMedicamentos
Port. n.º 154/2016, de 27.5 - Regula o regime de preços notificados dos medicamentos sujeitos a receita médica não comparticipados ou não com-participáveis, nos termos da Port. n.º 195-C/2015, de 30 de junhoOrçamento do Estado para 2016
Declaração de Retificação n.º 10/2016(1), de 25.5 - Declaração de retificação à Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, Orçamento do Estado para 2016Proteção Civil
DL n.º 21/2016, de 24.5 - Prorroga o regime transitório de nomeação, a título excecional, dos comandantes operacionais e respetivos adjuntos integrados na Autoridade Nacional de Proteção Civil até 31 de dezembro de 2016, procedendo à segunda alteração do DL n.º 73/2013, de 31 de maioPrograma Nacional de Vacinação
Res. Assemb. Rep. n.º 94/2016, de 30.5 - Recomenda ao Governo o reforço do Programa Nacional de VacinaçãoSaúde
Port. n.º 147/2016, de 19.5 - Estabelece o processo de classificação dos hospitais, centros hospitalares e unidades locais de saúde do Serviço Nacional de Saúde e define o processo de criação e revisão das Redes de Referenciação Hospitalar
Port. n.º 153/2016, de 27.5 - Altera a Port. n.º 343/2015, de 12 de outubro, que define as condições de instalação e funcionamento a que devem obedecer as unidades de internamento e de ambulatório de cuidados continuados integrados pe-diátricos, bem como das equipas de gestão de altas
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