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COTAS RACIAIS E SOCIAIS: O QUE ISSO SIGNIFICA? DEDC Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário CGRID Coordenação-Geral de Relações Étnico-Raciais Inclusão e Diversidades Em 29 de agosto de 2012, a Presidenta Dil- ma Rousseff sancionou a Lei nº 12.711, que dispõe sobre o ingresso nas universidades fe- derais, cefets, institutos federais e Colégio Pe- dro II. Essa Lei é regulamentada pelo Decreto Presidencial nº 7.824, de 11/10/2012, e pela Portaria Normativa nº 18, de 11/10/2012, do Ministério da Educação. A política de cotas parte do princípio de que é urgente e necessário, no Brasil, criar as condi- ções para que se efetive a inclusão educacio- nal, a justiça curricular, a permanência, o su- cesso acadêmico e a realização educacional de todos os segmentos da sociedade brasileira. O CEFET-MG AGORA TEM COTAS RACIAIS E SOCIAIS. O QUE ISSO SIGNIFICA?

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COTAS RACIAIS E SOCIAIS: O QUE ISSO SIGNIFICA?

DEDCDiretoria de Extensão

e Desenvolvimento Comunitário

CGRIDCoordenação-Geral de Relações Étnico-RaciaisInclusão e Diversidades

Em 29 de agosto de 2012, a Presidenta Dil-ma Rousseff sancionou a Lei nº 12.711, que dispõe sobre o ingresso nas universidades fe-derais, cefets, institutos federais e Colégio Pe-dro II. Essa Lei é regulamentada pelo Decreto Presidencial nº 7.824, de 11/10/2012, e pela Portaria Normativa nº 18, de 11/10/2012, do Ministério da Educação.

A política de cotas parte do princípio de que é urgente e necessário, no Brasil, criar as condi-ções para que se efetive a inclusão educacio-nal, a justiça curricular, a permanência, o su-cesso acadêmico e a realização educacional de todos os segmentos da sociedade brasileira.

O CEFET-MG AGORA TEM COTAS RACIAIS E SOCIAIS. O QUE ISSO SIGNIFICA?

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QUAIS SÃO OS REQUISITOS PARA PARTICIPAR DA POLÍTICA DE COTAS INSTITUÍDA POR LEI ?

A Lei nº 12.711/2012 institui que metade das vagas oferecidas pela instituição (nos cursos de ensino supe-rior ou técnicos de nível médio) seja de ampla concor-rência, já a outra metade seja reservada com base em critérios sociais (renda familiar igual ou inferior a 1 sa-lário mínimo e meio per capita), étnico-raciais (pretos, pardos e indígenas) e rede de ensino (ter frequentado integralmente a escola pública).

A cota racial está dentro da cota social que equivale a 50% das vagas ofertadas. Isso é, os candidatos da cota racial devem também preencher o requisito de ter cur-sado o ensino médio em escola pública – no caso de vaga no ensino superior – e o ensino fundamental em escola pública – no caso de vaga no ensino médio. Es-tudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas terão cotas proporcionais ao número desse grupo de pessoas que vivem no estado onde está localizada a ins-tituição, com base em dados do último censo do IBGE, não importando a renda per capita do candidato.

A LEI VALE PARA OS PROCESSOS SELETIVOS DE 2013?

De acordo com a Lei 12.711/12, as instituições federais públicas de ensino são obrigadas a implementar, nos cursos técnicos de nível médio, a integralidade da cota ainda no ano de 2013. Já para os cursos superiores, a lei permite a sua aplicação em quatro etapas, cada uma re-presentando uma porcentagem mínima anual de 25% da cota, de modo a atingir sua integralidade no ano de 2016.

FRASES MARCANTES

Frases marcantes sobre a Política de Cotas ditas no Su-premo Tribunal Federal, que decidiu, por unanimidade, sobre a constitucionalidade da reserva de vagas:

“Justiça social, mais que simplesmente distribuir rique-zas, signifi ca distinguir, reconhecer e incorporar valores. Esse modelo de pensar revela a insufi ciência da utili-zação exclusiva dos critérios sociais ou de baixa renda para promover inclusão, mostrando a necessidade de incorporar critérios étnicos” Ricardo Lewandowski Ministro do Supremo Tribunal Federal

“Se a quantidade de brancos e negros nas instituições públicas fosse equilibrada, poderia se dizer que o fator cor não é relevante. Não parece razoável reduzir a desi-gualdade social brasileira ao critério econômico.” Rosa Maria WeberMinistra do Supremo Tribunal Federal

“Ações afi rmativas se defi nem como políticas públicas voltadas à concretização do princípio constitucional da igualdade material e a neutralização dos efeitos per-versos da discriminação racial, de gênero, de idade, de origem. [...] Essas medidas visam a combater não so-mente manifestações fl agrantes de discriminação, mas a discriminação de fato, que é absolutamente enraiza-da na sociedade e, de tão enraizada, as pessoas não a percebem.” Joaquim BarbosaMinistro do Supremo Tribunal Federal

ATRIBUIÇÕES

Dentre as atribuições da Coordenação-Geral de Rela-ções Étnico-Raciais, Inclusão e Diversidades (CGRID), destacamos:

• Assessorar a implementação de políticas de cotas so-ciais e raciais na instituição. Assim como, propor polí-ticas, programas e projetos de inclusão educacional, permanência e equidade em uma perspectiva de gê-nero, etnia e classe social.

• Monitorar iniciativas e ações institucionais referentes às ações afi rmativas das quais as políticas de cotas fazem parte.

CONTATOS E INFORMAÇÕES

Diretoria de Extensão e Desenvolvimento ComunitárioCoordenação Geral de Relações Étnico-Raciais, Inclusão e Diversidades

Tel.: 31-3319-7026E-mail: [email protected]