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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS KLABIN - anefac.com.br · café eacomercialização de alimentos paraanimais domésticos.Estamos nos preparando para omomento de retomada do crescimento

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DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRASKLABIN2016

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Klabin S.A.2 0 1 7

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Relatório da Administração

Mensagem da AdministraçãoO ano de 2016 será lembrado como aquele em que concretizamos o maior investimento dahistória da Klabin. Aquele no qual iniciamos a produção de celulose de mercado e quando, pelaprimeira vez, o Brasil passou a contar com um produtor de celulose fluff a partir da fibra longa dopínus. O ano em que nossa operação florestal alcançou o patamar de maior do mundo em umúnico site. Em 2016, adquirimos duas fábricas e passamos a produzir embalagens de papelãoondulado em Estados nos quais não tínhamos esse tipo de operação. Desenvolvemos novosmercados para sacos industriais, ampliando nosso portfólio de produtos. E como consequência,mesmo com todos os desafios impostos pelo cenário macroeconômico brasileiro e mundial,entregamos nosso 22º trimestre consecutivo de crescimento dos resultados.Após 24 meses de obras, precisamente dentro do cronograma e do orçamento previstos, inicia-mos no dia 4 de março de 2016 a produção de celulose na Unidade Puma, nossa nova fábricalocalizada em Ortigueira, no Paraná. Maior investimento privado já realizado no Estado e omaior dos 117 anos de existência da companhia, esta é uma das fábricas mais sustentáveisdo mundo, capaz de dobrar o tamanho da Klabin e de alçar toda a companhia à condição deautossuficiência energética. A nova operação acrescenta 1,5 milhão de toneladas de celuloseà nossa capacidade de produção anual, das quais 1,1 milhão de toneladas são de celulose defibra curta e 400 mil toneladas de celulose de fibra longa. Parte da fibra longa é convertida emcelulose fluff, matéria prima que era 100% importada e que se destina a um dos segmentos debens de consumo que mais crescem no Brasil, o de fraldas. Em 2017, primeiro ano de operaçãoplena da nova fábrica, nosso objetivo é alcançar a liderança nesse segmento, com uma fatia de50% do mercado nacional.Desde 2011, quando iniciamos nosso ciclo projetado de 10 anos de crescimento, temos tra-balhado na redução de custos operacionais e administrativos e investido no desgargalamentode capacidades produtivas e melhoria do mix de produtos e mercados. No segmento de sacosindustriais, antes altamente dependente da construção civil, criamos novas oportunidades decrescimento com o desenvolvimento de embalagens para setores como o de exportação decafé e a comercialização de alimentos para animais domésticos. Estamos nos preparando parao momento de retomada do crescimento da economia brasileira com as recentes aquisições deoperações para a produção de embalagens de papelão ondulado em Manaus, no Amazonas, eRio Negro, no Paraná. Essa iniciativa aumenta nossa capacidade de integração da produção depapéis e amplia nosso portfólio de setores e clientes.Na base da expansão dos negócios estão nossos mais de 235 mil hectares de florestas plan-tadas com pínus e eucalipto que apresentam os maiores índices de produtividade florestal doBrasil. A alta produtividade combinada às baixas distâncias médias entre as plantações e nossasfábricas gera grandes vantagens competitivas em qualquer mercado em que atuemos.A Klabin sempre se destacou no cenário empresarial brasileiro por ter em sua cultura o com-promisso com o desenvolvimento sustentável. Em 2016, esse reconhecimento veio por meio dotítulo de “Empresa Mais Sustentável do Ano”, segundo o Guia Exame de Sustentabilidade. Esteprêmio, muito almejado por nós, representou uma grande conquista para a Klabin, pois atestanosso compromisso com o longo prazo e com os novos tempos que virão.Também apresentamos, pelo terceiro ano consecutivo, pontuação crescente no CDP (CarbonDisclosure Project), instituição internacional que analisa os esforços das empresas para mini-mizar e gerir os impactos ambientais de suas atividades, sendo referência para investidores detodo o mundo. Em 2016, a Klabin figurou entre as empresas reconhecidas pelas boas práticas nagestão do capital natural, com classificação nível “Líder” para Mudanças Climáticas e Florestas,além do ótimo desempenho em Gestão da Água.Na Klabin, as conquistas se constroem com foco, planejamento, visão de longo prazo e, princi-palmente, muito trabalho. Por isso, agradecemos nossos mais de 16 mil colaboradores diretose indiretos que, mesmo diante de inúmeros desafios, fizeram de 2016 um ano histórico para acompanhia. Agradecemos também os controladores da Klabin e seu Conselho de Administraçãopor zelarem pelos valores e compromissos que estão na essência desta grande empresa. Enosso obrigado aos investidores, clientes e parceiros que construíram conosco mais um ano deconquistas, cujos frutos seguiremos colhendo em 2017.

Considerações IniciaisDestaques de 2016

Início da Produçãode Celulose

Unidade Puma

• Em março, foi iniciada a produção de celulose na UnidadePuma, em Ortigueira(PR), dentro do cronograma e orça-mento estabelecidos.

Volume de Vendasde Papéis e Embalagens

1.852 mil toneladas

• Volume de vendas de papéis e embalagens totalizou 1.852mil toneladas em 2016, aumento de 1% na comparação com2015.

Volume de Vendasde Celulose

797 mil toneladas• O volume de vendas da celulose evoluiu ao longo dos últimos

trimestres e totalizou 797 mil toneladas em 2016.

Receita de Vendas

R$ 7.091 mi• Receita líquida de vendas foi de R$ 7.091 milhões em 2016,

crescimento de 25% em relação a 2015, devido principal-mente ao início das vendas de celulose.

EBITDA Ajustado

R$ 2.288 mi• O EBITDA Ajustado foi de R$ 2.288 milhões no ano, cresci-

mento de 16% na comparação com 2015.

Aquisições emPapelão Ondulado

Manaus (AM) eRio Negro (PR)

• Durante 2016, a Klabin concretizou a aquisição dos ativos deconversão de caixas de papelão ondulado da empresa Hevi,em Manaus (AM), em setembro e da empresa Embalplan,em Rio Negro (PR), em outubro.

Sumário de 2016A deterioração da atividade econômica no Brasil verificada ao longo de 2015 se prolongoudurante o ano de 2016. A crise política que levou ao processo de impeachment no primeirosemestre avançou durante a segunda metade do ano com a revelação periódica e praticamenteininterrupta de novos escândalos, dificultando a aprovação de reformas e ampliando a crisede confiança no país. Tais fatores refletiram diretamente na piora do cenário econômico, comaumento do desemprego e redução dos investimentos e na grande volatilidade nos mercadosde ações e câmbio, postergando a expectativa da retomada do crescimento que era esperadaao final de 2015. Neste contexto de alta volatilidade, a taxa de câmbio que chegou a atingir aR$ 4,24/US$ no início do ano fechou 2016 com cotação de R$ 3,26/US$.O ano também foi de volatilidade no cenário global. No primeiro semestre, incertezas sobre aatividade econômica nos Estados Unidos e na Europa prolongaram o período de baixas taxasde juros mantidas por bancos centrais de grandes economias mundiais. Além disso, o turbulentocenário político na Europa, com o plebiscito que selou a saída do Reino Unido da União Euro-peia, o menor ritmo de crescimento chinês, e as controversas campanhas eleitorais nos EstadosUnidos ampliaram o sentimento de incerteza ao longo dos últimos 6 meses do ano.O cenário de continuidade da desaceleração da economia brasileira e volatilidade nas taxas decâmbio durante 2016 impactou os mercados de papéis e embalagens, que refletiram a menoratividade em seus números. A Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO) indicou novaqueda de 2% na expedição de papelão ondulado em 2016 na comparação com o ano anterior,que já havia apresentado queda de 3% em relação a 2014. Dados divulgados pela IndústriaBrasileira de Árvores (IBÁ – antiga Bracelpa) sinalizaram queda de 3% no mercado de cartões(excluindo cartões para líquidos) na comparação com 2015. Em celulose, os preços internacio-nais iniciaram o ano em patamares elevados e com taxas de câmbio favoráveis aos produtoresbrasileiros. Todavia, com a reversão da taxa de câmbio e pressão nos preços, principalmentenos mercados asiáticos, o segundo semestre apresentou um cenário menos favorável para osprodutores nacionais.Para a Klabin, o ano de 2016 foi de grandes desafios e de crescimento. No dia 4 de março,exatamente no prazo e no orçamento definidos, foi iniciada a produção de celulose na novaUnidade Puma em Ortigueira (PR), marcando o acréscimo de 1,5 milhão de toneladas de celu-lose à capacidade de produção total da Companhia, que se tornou a única empresa brasileira afornecer, simultaneamente, celuloses branqueadas de fibra curta, fibra longa e fluff produzidasem uma fábrica inteiramente projetada para essa finalidade. No segundo semestre, a Klabinanunciou a aquisição da empresa Embalplan Indústria e Comércio de Embalagens S.A., em RioNegro (PR), e dos ativos de conversão da Hevi Embalagens da Amazônia Ltda. em Manaus (AM)ampliando em 10% sua capacidade de produção de caixas de papelão ondulado.Os novos crescimentos em capacidade ampliam a flexibilidade da linha de produtos da Klabin,que aliada à posição exclusiva de competitividade de custos, foi fator fundamental no desafiode enfrentar um ano que apresentou um ambiente de incertezas e volatilidade, com várias con-figurações de mercado ao longo dos doze meses. Mais uma vez, o crescimento consistente deresultados em condições adversas de mercado e em um ano marcado pelo início de operaçõesda Unidade Puma destacam o foco e a grande capacidade de execução da Klabin.O cenário de preços internacionais de celulose em declínio e taxa de câmbio desfavorável nacomparação com as expectativas do início do ano se aprofundou ao longo do segundo semes-tre, mesmo período em que os volumes de produção de celulose da Klabin cresciam seguindoa evolução da nova fábrica em sua curva de aprendizagem. Todavia, mesmo com a piora dosmercados, os novos volumes e a resiliência da Klabin impulsionaram o EBITDA da Klabin, quetotalizou R$ 2,3 bilhões em 2016, crescimento de 16% sobre 2015.Dentre os principais resultados operacionais e financeiros do ano, destacam-se o volume devendas de 1,9 milhão de toneladas de papéis e embalagens e 797 mil toneladas de celulose,R$ 7,1 bilhões de receita líquida e R$ 2,3 bilhões de EBITDA ajustado.

Desempenho dos NegóciosUnidade de Negócio FlorestalA nova operação de celulose, iniciada em março, ampliou também os esforços da Unidade Flo-restal. Durante o ano de 2016, a Klabin movimentou aproximadamente 14,4 milhões de tonela-das de toras e cavacos de pinus e eucalipto e resíduos para energia, um crescimento de 32% emrelação as 10,9 milhões de toneladas transportadas ao longo do ano anterior. A maior demandainterna gerada pela nova Unidade Puma em Ortigueira (PR) também influenciou o montante demadeira vendido para serrarias e laminadoras em 2016. As vendas de toras para terceiros noano totalizou 2,5 milhões de toneladas, ante 3,2 milhões de vendidas em 2015.Todavia, a menor disponibilidade de madeira direcionada às vendas para terceiros e a influênciada taxa de câmbio que beneficiou a exportação de produtos de madeira dos clientes da Klabinprincipalmente no primeiro semestre de 2016, compensaram em parte o menor volume vendidoe a receita líquida com vendas de madeira atingiu R$ 319 milhões, 12% abaixo de 2015.As terras da Companhia em dezembro de 2016 totalizavam 497 mil hectares, sendo 229 milhectares de florestas plantadas de pínus e eucalipto e 215 mil hectares de florestas nativas pre-servadas. No ano foram plantados 17 mil hectares, em terras próprias e em terras de terceiros(programa de fomento).Unidade de Negócio CeluloseO segundo trimestre de 2016 marcou o início das vendas de celulose da Unidade Puma, após oinício de operações da fábrica em março. O start up das operações da fábrica ocorreu de acordocom o planejado e o crescimento da produção da celulose evoluiu dentro da curva de aprendi-zado estabelecida pela Klabin, principalmente ao longo da segunda metade do ano.O volume total vendido em 2016 foi de 797 mil toneladas, das quais 591 mil toneladas de fibracurta e 206 mil toneladas de fibra longa e fluff. As vendas de fibra curta foram ancoradas prin-cipalmente pelo acordo celebrado com a Fibria em maio de 2015. Por este contrato a Klabinfornecerá à Fibria 900 mil toneladas anuais de celulose de fibra curta que será vendido comexclusividade pela Fibria em países fora da América do Sul.A evolução do ramp up da produção de celulose da Klabin impulsionou as vendas no segundosemestre de 2016, período em que os preços globais de celulose estiveram sob pressão e emque a taxa de câmbio impactou as receitas em reais obtidas pelos exportadores brasileiros. Ospreços de celulose de fibra curta, cuja média na Europa divulgada pela FOEX era de US$ 693/tno 2T16, caiu para US$ 655/t no último trimestre do ano. A média do preço da celulose de fibra

longa por sua vez era de US$ 796/t no trimestre inicial da Unidade Puma e foi para US$ 809/tno 4T16.Os menores preços globais das celuloses de fibra curta, aliados a uma taxa de câmbio média deR$ 3,51/US$ no 2T16 e que no 4T16 caiu para R$ 3,29/US$, impactaram as receitas de vendasde celulose na exportação e no mercado interno. Dessa forma, a receita total de celulose, con-templando fibra curta, longa e fluff, totalizou R$ 1.247 milhões ao longo de 2016.Durante o mês de dezembro de 2016, a produção total de celulose da fábrica de Ortigueiraatingiu o nível de 89% da capacidade nominal, ressaltando a evolução operacional durante todoo segundo semestre do ano. Destaca-se que as vendas de celulose fluff vêm evoluindo bemapós o período inicial de homologação e já contam com clientes regulares no mercado nacio-nal. Esta tendência se acelerará nos próximos meses à medida que a fábrica vá atingindo suacapacidade nominal.Unidade de Negócio PapéisAo longo de 2016, a flexibilidade e a competitividade de sua linha de produtos mais uma vezpermitiram à Klabin se adaptar às diferentes configurações de mercado durante o ano. A menorcompra de papeis de terceiros e a maior utilização de papéis nas fábricas de conversão reduziuo volume de vendas de kraftliner, que foi em parte compensado pelo aumento nas vendas decartões revestidos. Assim, o volume de vendas de papeis para embalagens e cartões revestidosem 2016 foi de 1.092 mil toneladas, estável na comparação com o volume de vendas de 2015.A receita líquida de papéis para embalagens também se manteve estável em relação ao ano de2015, puxado por um lado por maiores volumes de vendas de cartões e taxa média de câmbiomais alta, e por outro por menores volume e preços de kraftliner, que em dezembro teve a cota-ção em dólares mais baixa desde 2009 de acordo com dados divulgados pela FOEX na Europa.Nos mercados de cartões, mesmo com retração de 3% em relação a 2015 do mercado brasi-leiro, excluindo cartões para líquidos, divulgada pela IBÁ – antiga Bracelpa, a Klabin aumentou ovolume no mercado interno comprovando a resiliência das vendas nesse segmento. No mercadoexterno também foi possível verificar um leve aumento no volume de vendas, beneficiadas pelamaior cotação da moeda brasileira em relação ao dólar.Em relação às vendas de kraftliner, a Klabin, utilizando-se de sua flexibilidade e do bom posi-cionamento nos mercados de conversão, direcionou parte das vendas deste produto para suasfábricas de papelão ondulado e sacos industriais. Isso foi observado principalmente a partir dosegundo semestre do ano após a valorização do real e da queda mais acentuada nos preços dekraftliner nos mercados internacionais. Desta forma, o volume de vendas e a receita foram 5% e7% respectivamente mais baixas em relação ao verificado no ano anterior.Unidade de Negócio ConversãoAcompanhando a deterioração da atividade econômica brasileira, os dados de mercado deexpedição de caixas divulgados pela Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO) tam-bém mostraram decréscimo de 2,3% em 2016. No mesmo sentido, o mercado de construção civilcontinuou fraco, impactando as vendas de sacos de cimentos no mercado doméstico. A Klabinpor sua vez, valendo-se de sua flexibilidade e da resiliência de seus mercados fechou o ano comdados positivos tanto de volume quanto de receita, mesmo em condições bastante adversas.No mercado de papelão ondulado, a Klabin beneficiou-se de sua atuação com grandes clientesdo setor de alimentos, como os de frutas no Nordeste e o mercado de frigoríficos. Vale ressal-tar também a aquisição por parte da Klabin da empresa Embalplan Indústria e Comércio deEmbalagens S.A., cuja planta está localizada no município de Rio Negro no Estado do Paraná,e das instalações industriais para produção de caixas de papelão ondulado da empresa HeviEmbalagens da Amazônia Ltda. localizada em Manaus, no Estado do Amazonas. Estas novascapacidades já adicionaram um pequeno volume de vendas ao final do ano de 2016.Já no mercado de sacos industriais, o segmento de construção civil em 2016 continuou enfra-quecido impactando diretamente as vendas de cimento no Brasil. Números do Sindicato Nacio-nal da Indústria de Cimento (SNIC) indicam queda de 12% nas vendas de 2016 na comparaçãocom 2015. Neste contexto, e aproveitando-se do câmbio médio mais alto, a Klabin destinoumaior volume de vendas à exportação, obtendo êxito na estratégia de desenvolvimento denovos mercados fora do Brasil, principalmente no México e EUA. Outro impacto positivo em2016 adveio do aumento nas vendas de sacos para outros usos que não de construção civil, taiscomo fertilizantes, ração animal, café entre outros.Desta forma, mesmo nesse cenário de crise econômica no Brasil e volatilidade nas diferentesvariáveis de mercado, o volume de vendas da Klabin de produtos convertidos foi 3% maior emrelação ao verificado em 2015, com aumento de receita de 6% na mesma comparação.

Desempenho Econômico-Financeiro

R$ Milhões 2016 2015 2016/2015Volume de vendas (mil t) 2.650 1.833 45%Mercado interno 1.316 1.205 9%Exportação 1.333 627 112%% Mercado interno 50% 66% -16 pp.Receita Bruta 8.204 6.746 22%Receita Líquida 7.091 5.688 25%Mercado interno 4.230 3.841 10%Exportação 2.861 1.846 55%% Mercado interno 60% 68% -8 pp.Variação do valor justo dos ativos biológicos 533 536 -1%Custo dos Produtos Vendidos (5.227) (3.982) 31%Lucro Bruto 2.397 2.242 7%Margem Bruta 34% 39% -7 pp.Vendas (586) (429) 37%Gerais & Administrativas (467) (338) 38%Outras Receitas (Despesas) Operacionais 5 (13) n/aTotal Despesas Operacionais (1.048) (780) 34%EBITDA ajustado 2.288 1.975 16%Margem EBITDA 32% 34% -2 pp.Resultado Líquido 2.482 (1.253) n/aEndividamento Líquido 12.005 12.411 -3%Endividamento Líquido/EBITDA 5,2x 6,3xNotas:Algumas cifras dos quadros e gráficos apresentados poderão não expressar um resultadopreciso em razão de arredondamentos.A margem EBITDA é calculada sobre a receita líquida pró-forma, que inclui a receita da Vale do

Corisco.Resultado OperacionalO volume de vendas (excluindo madeira) totalizou 2.650 mil toneladas em 2016, crescimentode 45% em relação a 2015, devido principalmente ao início das vendas de celulose da UnidadePuma a partir do segundo trimestre do ano, que totalizou 797 mil toneladas. Mesmo em umcenário desafiador e com os grandes esforços no início e evolução da produção da celulose aolongo do ano, o volume de vendas de papeis e embalagens foi de 1.851 mil toneladas, 1% acimado ano anterior, devido à flexibilidade da linha de produtos da Klabin, que permitiu à Companhiadirecionar volumes aos melhores mercados, dentro e fora do Brasil, face às diversas combina-ções de taxa de câmbio e preços ao longo dos meses.Com as vendas de celulose, volume total exportado no ano foi de 1.333 mil toneladas e passou arepresentar 50% do volume total vendido, frente 34% em 2015. O volume de vendas de celuloseao mercado externo foi de 694 mil toneladas em 2016, enquanto as exportações de papéis eembalagens foram de 639 mil toneladas, crescimento de 2% na comparação com ano anterior.A receita líquida (incluindo madeira) totalizou R$ 7.091 milhões, 25% superior a 2015, devidoprincipalmente às vendas de celulose. É valido ressaltar que, as vendas da celulose se concen-traram no segundo semestre do ano, quando os preços internacionais sofreram maior pressão ea taxa de câmbio média apresentou queda, refletindo em menores receitas nos produtos expor-tados. Assim, a receita de exportações foi de R$ 2.861 milhões no ano, representando aumentode 55% contra 2015.O início das vendas de celulose também influenciou os custos da Companhia a partir de marçode 2016. O custo caixa unitário total, que contempla a venda de todos os produtos da Compa-nhia e inclui as despesas com vendas e gerais e administrativas foi de R$ 1.830/t, 11% inferiorao verificado em 2015. Além do efeito da diluição por conta do grande crescimento do volumevendido, a redução do custo caixa por tonelada nos períodos reflete o impacto da adição dosmenores custos por tonelada da produção da celulose na comparação com os custos de produ-ção de papéis e de produtos convertidos dentro do custo total da Companhia.O efeito líquido não caixa referente ao valor justo dos ativos biológicos (variação do valorjusto das florestas subtraído da exaustão) no EBIT foi positivo em R$ 27 milhões, comparado aum efeito positivo de R$ 69 milhões em 2015. A variação se deve substancialmente ao menoraumento nos preços utilizados na avaliação em 2016, quando comparado ao aumento apresen-tado em 2015.As despesas com vendas em 2016 foram de R$ 586 milhões, 37% acima de 2014 em funçãodo crescimento da receita líquida e principalmente do maior volume exportado com as novasvendas de celulose ao longo do ano. Ainda assim, as despesas com vendas em 2015 represen-taram 8% da receita liquida, em linha com o observado no ano anterior.As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 467 milhões em 2016, 38% superioresao ano de 2015, decorrente principalmente da adequação das estruturas para fazer frente àsnovas operações de celulose e da re-oneração da folha de pagamentos ocorrida a partir dedezembro de 2015, além de dissídios ao longo dos 12 meses.A geração operacional de caixa (EBITDA Ajustado) em 2016 atingiu R$ 2.288 milhões, omelhor resultado histórico da Companhia e 16% superior ao ano de 2015, com margem EBITDAde 32%.Resultado financeiro e endividamentoO endividamento bruto consolidado ao final do ano era de R$ 18.469 milhões, R$ 447 milhõesacima do valor verificado ao final de 2015. O aumento do endividamento bruto em 2016 foi feitopor meio da contratação de linhas de longo prazo e a custos competitivos, com a finalidade degarantir os recursos necessários para o investimento no Projeto Puma, além de garantir umcolchão de liquidez em um ano marcado por grande instabilidade econômica.O caixa e as aplicações financeiras em 31 de dezembro somavam R$ 6.464 milhões, aumentode R$ 853 milhões em relação ao final de 2015 mesmo com os desembolsos efetuados ao longodo ano relacionados à construção da nova fábrica de celulose. Isso foi possível devido à fortegeração de caixa da Companhia e à contratação de financiamentos para o funding do ProjetoPuma.O endividamento líquido consolidado totalizou R$ 12.005 milhões, redução de R$ 406 milhõesno ano, influenciado pelos investimentos no Projeto Puma que foram mais do que compensa-dos pela forte geração de caixa e pela queda da taxa de câmbio de R$3,90/US$ ao final de2015 para R$3,26/US$ ao final de 2016, gerando impacto sobre a parcela da dívida em moedaestrangeira. Assim, a relação dívida líquida/EBITDA ajustado fechou o ano em 5,2 vezes, contra6,3 vezes observada ao final de 2015. Com a finalização dos investimentos na Unidade Puma eo aumento na geração de caixa proveniente da nova fábrica de celulose, esperamos continuarobservando a redução da alavancagem ao longo de 2017.Resultado líquidoO resultado líquido foi influenciado pela boa geração de caixa da Companhia em 2016 e peloimpacto não caixa na dívida da apreciação do real em relação ao dólar, totalizando um resultadopositivo de R$ 2.482 milhões no ano, versus R$ 1.253 milhões de resultado negativo em 2015.

InvestimentosR$ Milhões 2016 2015Florestal 136 97Continuidade operacional 405 348Projetos especiais 296 59Expansão 24 71Projeto Puma 1.707 4.053Total 2.567 4.628

No ano de 2016 a Klabin investiu R$ 2.567 milhões em suas operações, sendo R$ 1.707 milhõesdestinados à nova planta de celulose, unidade Puma, que iniciou suas operações em março.Além da nova planta, R$ 405 milhões foram destinados à continuidade operacional das fábricas,R$ 136 milhões tiveram como destino as operações florestais e R$ 296 milhões foram aplica-dos em projetos especiais, especialmente na aquisição dos ativos de conversão de caixas depapelão ondulado da empresa Hevi em Manaus (AM), que consta dos investimentos realizadosno período.Em março de 2016, a Companhia iniciou as operações da sua nova fábrica de celulose (“Uni-dade Puma”), com capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose, dos quais1,1 milhão de toneladas de celulose branqueada de fibra curta (eucalipto) e 400 mil toneladasde celulose branqueada de fibra longa (pínus), parte convertida em celulose fluff, sendo a únicaunidade industrial do mundo projetada para a fabricação das três fibras. O investimento total noprojeto foi da ordem de R$ 8,5 bilhões, incluindo infraestrutura, impostos e correções contratu-ais, e deste valor resta em aberto o montante de aproximadamente R$ 120 milhões a ser pagono ano de 2017.No ano de 2016, a Klabin adquiriu a empresa Embalplan Indústria e Comércio de Embala-gens S.A. (“Embalplan”), cuja planta está localizada no município de Rio Negro no Estado doParaná, assim como as instalações industriais para produção de caixas de papelão ondulado daempresa Hevi Embalagens da Amazônia Ltda. (“Hevi Embalagens”), localizada em Manaus noEstado do Amazonas. Juntas as aquisições representam aumento da capacidade total de produ-ção de caixas de papelão ondulado da Klabin em 70 mil toneladas anuais (incremento de 10%da capacidade atual). O valor combinado dessas transações foi de R$ 187 milhões. A comprada Embalplan e dos ativos da Hevi Embalagens está alinhada com a estratégia de crescimentoconsistente da Klabin nos mercados onde atua e marca o início da operação de conversão decaixas pela empresa nos Estados do Paraná e Amazonas.

Mercado de CapitaisNo ano de 2016, as Units da Klabin (KLBN11) apresentaram desvalorização de 24%, contrauma valorização de 39% do IBOVESPA. As Units da Companhia foram negociadas em todos ospregões da BM&FBovespa, registrando 2,2 milhão de operações que envolveram 730 milhõesde títulos e um volume médio diário negociado de R$ 51,9 milhões ao final do período.O capital social da Klabin é representado por 4.733 milhões de ações, das quais 1.849 milhõesde ações ordinárias e 2.884 milhões de ações preferenciais. As ações da Klabin também sãonegociadas no mercado norte-americano. Como ADRs Nível I, os títulos são listados no OTC(“over-the-counter”), mercado de balcão, sob o código KLBAY.Pelo terceiro ano consecutivo, a Klabin integra o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE),da BM&FBovespa. A nova carteira, que entrou em vigor em 2 de janeiro de 2017, reúne açõesde 34 companhias que se destacam pelo alto grau de comprometimento com a sustentabilidadedos negócios e do país. Essa conquista reforça o compromisso histórico da Klabin, pioneira nascertificações do setor de celulose e papel e no manejo da biodiversidade, com o desenvolvi-mento sustentável.A Companhia manteve o rating grau de investimento “BBB-” (Investment Grade) na escala globalda agência Fitch Ratings, que reconheceu a liquidez da Companhia, forte posição de caixa eredução gradual da alavancagem no decorrer de 2017. Todavia, a agência Standard & Poor’s– S&P rebaixou o rating grau de investimento da Companhia de “BBB-” para “BB+” na escalaglobal e de “brAA+” para “brAA” na escala nacional, com perspectiva estável, devido ao ritmomais lento na redução de seu endividamento líquido.

SustentabilidadeEm 2016, a Klabin foi eleita a “Empresa Mais Sustentável do Ano” pelo Guia Exame de Sustenta-bilidade. Com metodologia elaborada pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da FundaçãoGetúlio Vargas de São Paulo (GVces), o Guia é uma das mais relevantes publicações sobresustentabilidade do mercado. Essa conquista reforça o compromisso da Klabin em colocar emprática projetos e processos que asseguram um negócio sustentável para investidores, colabo-radores, parceiros de negócios e comunidades em que atua.A Klabin também obteve classificação nível Leadership pelo Carbon Disclosure Project (CDP)nos seus resultados anuais para Mudanças Climáticas e Florestas, ao alcançar pontuação A-,que caracteriza as melhores práticas na plataforma e indica que a companhia implementou umasérie de ações para gerenciar mudanças climáticas nas operações próprias e de terceiros. Noprograma Água, a companhia atingiu classificação nível Management, com pontuação “B”. OCDP, organização internacional sem fins lucrativos, analisa e reconhece os esforços de empre-sas no mundo para gerir os impactos ambientais de suas atividades.Pela quarta vez consecutiva, a Klabin integrou o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)da BM&FBovespa, que reúne as ações das companhias que se destacaram pelo alto grau decomprometimento com a sustentabilidade dos negócios e do país. As empresas integrantes sãoselecionadas anualmente, com base em critérios estabelecidos pela Escola de Administraçãode Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV). A Klabin faz parte dacarteira vigente até janeiro de 2018.AmbientalCom a Unidade Puma, inaugurada neste ano, em Ortigueira, no Paraná, a Klabin investiu paraconstruir uma das fábricas mais sustentáveis do mundo. A nova fábrica de celulose da compa-nhia conta com tecnologia ambiental de ponta em termos de consumo de água, tratamento deefluentes, emissões atmosféricas e redução de uso de insumos, atingindo padrões elevados decontrole ambiental, mais rigorosos do que os previstos na legislação vigente.Com capacidade de produção de 270 MW de energia, a Unidade Puma eleva a Klabin à con-dição de autossuficiência em energia elétrica. Do montante gerado, 120 MW destinam-se àfábrica e 150 MW excedentes são disponibilizados para o Sistema Elétrico Brasileiro. A energiaproduzida pela Unidade Puma é inteiramente proveniente de duas caldeiras: a caldeira de recu-peração, que utiliza o licor negro (resíduo do cozimento da madeira), e a caldeira de biomassa.São, portanto, fonte de energia renovável.A operação também conta com um sistema de tratamento de efluentes mais complexo do que defábricas convencionais, com a inclusão de uma terceira etapa para o polimento final do rejeito,garantindo padrões de emissões facilmente absorvíveis pelo corpo hídrico. Utiliza menos águapor tonelada produzida e, assim, gera um volume menor de efluente por tonelada de celulose ecom melhor qualidade no retorno.Outro diferencial da nova Unidade é a Central de Processamento de Resíduos Sólidos, comcapacidade de processar 44 mil ton/mês de resíduos. Na central, são reciclados 90% dos resí-duos da operação da Unidade Puma e a meta é chegar a 94% com o desenvolvimento deaplicações dos resíduos como fertilizantes, corretivos de solo e recuperação de lodo primário erejeito de fibras para reincorporação no processo de produção de papel.SocialPara contribuir na formação de uma sociedade mais justa, a Klabin implementa e apoia pro-gramas de desenvolvimento local e educação que envolvem as comunidades nas quais estápresente. Ao longo de 2016, a Companhia investiu mais de R$13 milhões em projetos socioam-bientais e culturais, como:• Ações de capacitação e geração de renda, que beneficiam pequenos produtores e comuni-

dades;• Iniciativas para a inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência;• Projetos de monitoramento, conservação e educação ambiental;• Iniciativas de fomento e popularização da cultura, como patrocínio a exposições e associações.Como destaque, o projeto Puma pela Infância, em parceria com a organização Childhood Brasil,promoveu a sensibilização do público interno da Klabin (diretos e indiretos) e o engajamento deatores que compõe a Rede de Proteção dos Direitos das Crianças e Adolescentes dos muni-cípios paranaenses de Ortigueira, Imbaú e Telêmaco Borba (municípios da área de influênciadireta do Projeto Puma) contra a violência sexual. O programa pactuou os compromissos decada município por meio do Seminário Regional Puma pela Infância, que reuniu profissionaisque atuam em diversas áreas, como saúde, assistência social, educação, organizações dasociedade civil, conselhos tutelares, poder judiciário, Ministério Público e segurança, que propu-seram um plano de ação para combate à violência infantil em cada município.Outra iniciativa foi o apoio a pequenos produtores rurais, por meio do projeto Planejando Pro-priedades Sustentáveis, realizado em parceria com as organizações Apremavi, The NatureConservancy Brasil e Sebrae. O projeto beneficiou, no ano passado, mais de 200 famílias deOrtigueira e Imbaú, que receberam auxílio na adequação ambiental, legal e paisagística desuas propriedades e no planejamento e diversificação da produção por meio da agricultura fami-liar. Com isso, iniciativas de associação e cooperativismo são fortalecidas e o acesso às novasoportunidades de mercado é facilitado. A meta é que mais 100 famílias sejam atendidas peloprograma em 2017.Ainda em 2016, a Klabin estabeleceu as bases de um projeto transformador de Educação quecontemplará 29 escolas estaduais de Ortigueira e Telêmaco Borba, por meio da contratação doInstituto Falconi Educação. A iniciativa visa melhorar a qualidade educacional nessas cidades,por meio da formação continuada aos gestores das escolas e técnicos da Secretaria Estadualde Educação na implantação de sistema de gestão de resultados.

Pesquisa, Desenvolvimento e InovaçãoA evolução da competitividade da Klabin, desde a performance de suas florestas e de seusprocessos produtivos até a gestão do impacto de seus produtos, está intrinsecamente ligadaaos investimentos constantes em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Com os mercadosde papéis e embalagens cada vez mais desafiadores e a entrada no novo mercado mundial decelulose com o início de produção da fábrica de Ortigueira (PR), a Companhia tem ampliado osinvestimentos em P&D&I.Com olhar mais amplo e ação mais estratégica, a área de P&D&I atua em diversos elos dacadeia de produção:• Aprimoramento de processos de plantio e manejo de pínus e eucalipto para aumento da pro-

dutividade;• Desenvolvimento de novos produtos e melhorias nos projetos existentes para adaptá-los a

necessidades de clientes ou a um melhor desempenho econômico e ambiental;• Otimização de processos de fornecedores para melhorar a flexibilidade das Unidades nas

compras de insumos e serviços;• Soluções para questões das propriedades físicas das embalagens, como barreiras (água,

vapor, gordura, pragas), porosidade, permeabilidade e rugosidade, e na conversão (corte, vin-cagem, colagem, fechamento e impressão);

• Avaliação do desempenho dos produtos em aspectos ambientais, de qualidade, produtividade,saúde e segurança.

Também como parte da ampliação do foco em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação parafazer frente a uma Klabin maior, a Companhia realiza o maior investimento concentrado em umcurto período de sua história nessa área. Além do investimento na formação das novas equipes,o investimento em P&D&I, entre 2015 e 2018, será de R$ 70 milhões, incluindo convênios cominstitutos de pesquisa, a estruturação física do laboratório, compra de equipamentos, e formaçãodo pessoal.O novo Centro de Tecnologia está em construção na Unidade Monte Alegre e será responsávelpor grande parte desse investimento. Com inauguração prevista para o início de 2017, atuaráem cinco rotas:• Desenvolvimento da matéria-prima florestal para a celulose;• Otimização de papéis e novas aplicações;• Biocombustível/bioquímicos (usos múltiplos da base florestal);• Redução de consumo – meio ambiente, emissões, reuso de produtos gerados no processo,

redução do consumo de água, energia e vapor;• Nanotecnologia – frações da celulose em micro ou nanoescala e aplicação em novos produtos.Para uma atuação mais eficiente, a área de P&D&I mantém parcerias com fornecedores deequipamentos e insumos, além de contar com o apoio de institutos de pesquisa e universidadesno Brasil e exterior.

São Paulo-SP, 02 de janeiro de 2017.

A Administração

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Klabin S.A.2 0 1 7

continua …www.klabin.com.br

Demonstrações do Resultado para os exercíciosfindos em 31 de dezembro de 2016 e 2015(Em milhares de reais, exceto o lucrobásico/diluído por ação)

Nota Controladora ConsolidadoExplicativa 2016 2015 2016 2015

Receita líquida de vendas 19 7.009.262 5.619.567 7.090.798 5.687.589Variação do valor justo dos ativosbiológicos 13 120.363 464.699 532.911 536.113

Custo dos produtos vendidos 20 (5.198.866) (3.942.883) (5.227.023) (3.981.502)Lucro bruto 1.930.759 2.141.383 2.396.686 2.242.200Despesas/receitas operacionaisVendas 20 (570.081) (397.075) (586.075) (428.902)Gerais e administrativas 20 (453.286) (329.364) (466.493) (338.013)Outras, líquidas 20 (1.440) (16.093) 4.707 (13.104)

(1.024.807) (742.532) (1.047.861) (780.019)Resultado de equivalência patrimonial 11 586.945 70.316 49.321 29.641Lucro antes do resultado financeiroe dos tributos 1.492.897 1.469.167 1.398.146 1.491.822

Resultado financeiro 21 1.865.706 (3.453.453) 1.816.789 (3.439.630)Lucro (prejuízo) antes dos tributossobre o lucro 3.358.603 (1.984.286) 3.214.935 (1.947.808)

Imposto de renda e contribuição social. Corrente 10 (177.665) (15.699) (190.023) (30.210). Diferido 10 (698.992) 746.788 (542.966) 724.821

(876.657) 731.089 (732.989) 694.611Lucro (prejuízo) líquido do exercício 2.481.946 (1.253.197) 2.481.946 (1.253.197)Lucro (prejuízo) básico/diluído poração ON – R$ 23 0,4722 (0,2383) 0,4722 (0,2383)

Lucro (prejuízo) básico/diluído poração PN – R$ 23 0,4722 (0,2383) 0,4722 (0,2383)

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquidopara os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015(Em milhares de reais)

Controladora e ConsolidadoReserva

de Reservas de lucrosreava- Investi-

Reservas liação Incen- mentos Ajustes de Ações Resul-Capital de De ativos tivos De ativos Dividendos e capital avaliação em tadossocial capital próprios Legal Fiscais biológicos propostos de giro patrimonial tesouraria acumulados Total

Em 31 de dezembro de 2015 2.383.104 1.293.962 48.705 1.513 31.175 715.474 – – 1.064.181 (185.774) – 5.352.340Lucro líquido do exercício – – – – – – – – – – 2.481.946 2.481.946Outros resultados abrangentes do período – – – – – – – – (30.918) – – (30.918)Resultado abrangente total do período – – – – – – – – (30.918) – 2.481.946 2.451.028Conversão de debêntures mandatórias conversíveis em ações 1.380 (1.380) – – – – – – – – – –Aquisição de ações para tesouraria – – – – – – – – – (24.262) – (24.262)Plano de Outorga de Ações:. Alienação de ações em tesouraria – 4.447 – – – – – – – 1.769 – 6.216. Concessão de outorga de ações em tesouraria – – – – – – – – (2.185) 2.185 – –. Reconhecimento da remuneração do plano de ações – – – – – – – – 7.380 – – 7.380. Vencimento do plano de ações – 4.878 – – – – – – (4.878) – – –Pagamento Dividendos Reserva de Lucros – AGO – – – – – (120.015) – – – – – (120.015)Participação lucros de debêntures mandatórias conversíveisem ações – – – – – (17.735) – – – – – (17.735)

Destinação do lucro do exercício:. Constituição de reserva legal – – – 124.097 – – – – – – (124.097) –. Realização de reserva de ativos biológicos (próprios) – – – – – (341.116) – – – – 341.116 –. Realização de custo atribuído de terras (próprios) – – – – – – – – (5.342) – 5.342 –. Constituição de reserva de ativos Biológicos (próprios) – – – – – 79.440 – – – – (79.440) –. Constituição de reserva de ativos Biológicos (controladas) (*) – – – – – 553.810 – – – – (553.810) –. Constituição de reserva de incentivos fiscais – – – – 44.601 – – – – – (44.601) –Participação lucros de debêntures mandatórias conversíveis

em ações – – – – – – – – – – (47.128) (47.128)Dividendos antecipados do exercício de 2016 – – – – – – – – – – (327.488) (327.488). Dividendos complementares exercício 2016 propostos – – – – – – – – – – (180.000) (180.000). Constituição de reserva de investimentos e capital de giro – – – – – – – 1.471.840 – – (1.471.840) –Em 31 de dezembro de 2016 2.384.484 1.301.907 48.705 125.610 75.776 869.858 – 1.471.840 1.028.238 (206.082) – 7.100.336

(*) O efeito é líquido entre a constituição, reversão ou realização dos saldos contidos no resultado de equivalência patrimonial.

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras

Demonstrações do Resultado Abrangentepara os exercícios findosem 31 de dezembro de 2016 e 2015(Em milhares de reais)

Controladora e Consolidado2016 2015

Lucro (prejuízo) líquido do exercício 2.481.946 (1.253.197)Outros resultados abrangentes:. Ajustes de conversão para moeda estrangeira (i) (24.730) (5.044). Atualização do passivo atuarial (ii) (6.188) 6.452Resultado abrangente total do período, líquido de impostos 2.451.028 (1.251.789)(i) Efeitos que podem futuramente impactar o resultado.(ii) Efeitos que não impactarão o resultado

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras

Demonstrações dos Fluxos de Caixapara os exercícios findosem 31 de dezembro de 2016 e de 2015(Em milhares de reais)

Controladora Consolidado2016 2015 2016 2015

Caixa líquido de atividades operacionais 1.262.333 1.467.585 1.202.849 1.739.996Caixa gerado nas operações 1.338.020 2.065.481 1.360.848 2.167.727Lucro (prejuízo) líquido do exercício 2.481.946 (1.253.197) 2.481.946 (1.253.197)Depreciação e amortização 791.670 311.735 748.221 313.424Variação do valor justo dos ativos biológicos (120.363) (464.699) (532.911) (536.113)Exaustão dos ativos biológicos 617.417 676.044 674.891 685.303Imposto de renda e contribuição social diferidos 698.992 (746.788) 542.966 (724.821)Juros e variação cambial sobre empréstimos efinanciamentos (1.486.175) 3.734.741 (1.486.137) 4.004.843

Juros, variação monetária e participaçãode resultados de debêntures 60.166 416.815 60.166 416.815

Amortização ajuste a valor presente de debêntures 29.016 40.891 29.016 40.891Pagamento de juros de empréstimos e financiamentos (969.215) (606.105) (970.694) (765.019)Provisão de juros – REFIS 48.777 47.653 48.777 47.653Resultado na alienação de ativos (44.670) (6.910) (44.670) (6.910)Resultado de equivalência patrimonial (586.945) (70.316) (49.321) (29.641)Imposto de renda e contribuição social pagos (130.446) (13.657) (134.244) (16.326)Outras (52.150) (726) (7.158) (9.175)Variações nos ativos e passivos (75.687) (597.896) (157.999) (427.731)Contas a receber de clientes e partes relacionadas (9.678) (512.929) (124.281) (352.423)Estoques (180.904) (117.075) (175.789) (137.417)Tributos a recuperar (335.468) (1.117.316) (327.644) (1.118.961)Títulos e valores mobiliários (34.160) (59.539) (34.160) (59.539)Outros ativos (249.412) (58.320) (249.208) (53.057)Fornecedores 628.062 1.085.138 637.094 1.081.199Obrigações fiscais 11.174 (10.269) 8.243 (9.737)Obrigações sociais e trabalhistas 61.634 54.589 62.363 55.470Outros passivos 33.065 136.589 45.383 164.916Caixa líquido atividades de investimento (2.618.087) (4.659.896) (2.648.153) (4.595.526)Aquisição de bens do ativo imobilizado (2.387.647) (4.514.138) (2.421.779) (4.526.734)Custo plantio ativos biológicos (112.467) (70.069) (144.868) (100.471)Recebimento na alienação de ativos 10.799 14.672 10.799 14.672Aquisição invest. e integralização emcontroladas (caixa) (130.440) (112.268) (93.063) –

Resultados recebidos de empresas controladas 1.668 21.907 758 17.007Caixa líquido atividades de financiamento 2.567.690 3.192.544 2.264.301 2.663.420Captação de empréstimos e financiamentos 4.855.343 5.503.704 4.505.275 4.925.579Amortização de empréstimos e financiamentos (1.371.964) (1.563.319) (1.371.314) (1.514.105)Pagamento de juros das debêntures e variaçãomonetária (450.140) (342.486) (450.140) (342.486)

Aquisição de ações para tesouraria (24.262) (32.623) (24.262) (32.623)Alienação de ações mantidas em tesouraria 6.216 5.263 6.216 5.263Entrada de investidores SCPs – – 65.000 –Pagamento dividendos SCP’s – – (18.971) (213)Dividendos pagos (447.503) (377.995) (447.503) (377.995)Aumento (redução) de caixa e equivalentes 1.211.936 233 818.997 (192.110)Saldo inicial de caixa e equivalentes 4.031.184 4.030.951 5.053.723 5.245.833Saldo final de caixa e equivalentes 5.243.120 4.031.184 5.872.720 5.053.723

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras

Demonstrações do Valor Adicionadopara os exercícios findosem 31 de dezembro de 2016 e 2015(Em milhares de reais)

Controladora Consolidado2016 2015 2016 2015

Receitas. Venda produtos 8.315.257 6.858.048 8.423.584 6.962.629. Variação no valor justo dos ativos biológicos 120.363 464.699 532.911 536.113. Outras receitas 10.801 14.289 10.799 14.286. Perdas estimadas com créditos de

liquidação duvidosa (3.261) 7.269 (3.273) 7.2728.443.160 7.344.305 8.964.021 7.520.300

Insumos adquiridos de terceiros. Custo dos produtos vendidos (2.980.911) (2.410.400) (3.018.659) (2.439.472). Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (1.284.734) (1.007.007) (1.279.843) (1.047.572)

(4.265.645) (3.417.407) (4.298.502) (3.487.044)Valor adicionado bruto 4.177.515 3.926.898 4.665.519 4.033.256Retenções. Depreciação, amortização e exaustão (1.409.087) (987.779) (1.423.112) (998.727)Valor adicionado líquido produzido 2.768.428 2.939.119 3.242.407 3.034.529Valor adicionado recebido em transferência. Resultado de equivalência patrimonial 586.945 70.316 49.321 29.641. Receitas financeiras, incluindo variação cambial 644.848 934.148 717.935 975.186

1.231.793 1.004.464 767.256 1.004.827Valor adicionado total a distribuir 4.000.221 3.943.583 4.009.663 4.039.356Distribuição do valor adicionado:Pessoal. Remuneração direta 899.316 665.300 922.464 692.376. Benefícios 255.168 179.309 256.227 180.048. FGTS 70.917 54.777 71.072 54.930

1.225.401 899.386 1.249.763 927.354Impostos, taxas e contribuições. Federais 1.357.359 (239.613) 1.220.435 (199.023). Estaduais 143.964 138.885 143.964 138.885. Municipais 13.667 10.521 13.667 10.521

1.514.990 (90.207) 1.378.066 (49.617)Remuneração de capitais de terceiros. Juros (1.220.858) 4.387.601 (1.098.854) 4.414.816

(1.220.858) 4.387.601 (1.098.854) 4.414.816Remuneração de capitais próprios. Dividendos e participação resultados

debêntures 6ª emissão 512.365 332.085 512.365 332.085. Lucros retidos (prejuízo absorvido) do exercício 1.968.323 (1.585.282) 1.968.323 (1.585.282)

2.480.688 (1.253.197) 2.480.688 (1.253.197)4.000.221 3.943.583 4.009.663 4.039.356

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras

As Notas Explicativas da Administração estão sendo apresentadas em milhares de reais,exceto quando indicado de outra forma

1A Klabin S.A. (“Companhia”) e suas controladas atuam em segmentos da indústria de papel e celulosepara atendimento aos mercados interno e externo: fornecimento de madeira, papéis para embalagem,sacos de papel, caixas de papelão ondulado e celulose. Suas atividades são plenamente integradasdesde o florestamento até a fabricação dos produtos finais. A Klabin é uma sociedade anônima decapital aberto com ações e certificados de depósitos de ações (“Units”) negociados na BM&F Bovespa– Bolsa de Valores de São Paulo. A Companhia está domiciliada no Brasil e sua sede está localizadaem São Paulo.A Companhia controladora (“Klabin S.A.”) também possui investimentos em Sociedades em Conta deParticipação (“SCPs”), com o propósito específico de captar recursos financeiros de terceiros para pro-jetos de reflorestamento. A Companhia, na qualidade de sócia ostensiva, tem contribuído com ativosflorestais, basicamente florestas e terras, através da concessão de direito de uso e os demais sóciosinvestidores contribuído em espécie para as referidas SCPs. Essas SCPs asseguram à Klabin S.A. odireito de preferência para aquisição de produtos florestais a preços e condições de mercado.A Companhia também tem participação em outras sociedades (notas explicativas 3 e 11), cujas ativida-des operacionais estão relacionadas aos seus próprios objetivos de negócio.A emissão dessas Demonstrações Financeiras da Klabin S.A. (“Companhia”) e de suas controladasforam aprovadas pelo Conselho de Administração em 31 de janeiro de 2017.1.1 Início das operações de celulose (“Projeto Puma”)No mês de março de 2016 foi dado o início das operações da sua nova fábrica de celulose (“unidadePuma”) no município de Ortigueira no Paraná. Este projeto é responsável pelas operações do segmentode Celulose da Companhia, avançando em diferentes mercados, fornecendo celuloses branqueadas defibra curta, de fibra longa e fluff.O primeiro fardo de celulose foi produzido em 4 de março de 2016, já com a certificação FSC-ForestStewardship Council. A comercialização da celulose teve início em abril de 2016 e o ramp up da fábricaevoluiu conforme planejado, atingindo ao final de 2016 85% da capacidade nominal da fábrica.1.2 Contrato de comercialização de celuloseEm 4 maio de 2015, a Companhia em conjunto com a Fibria Celulose S.A. (“Fibria”) comunicou ao mer-cado o acordo firmado para o fornecimento de celulose de fibra curta, que está sendo produzida na novafábrica de celulose, na cidade de Ortigueira no Estado do Paraná.O contrato iniciou no segundo trimestre de 2016 e tem prazo de seis anos, podendo ser renovadomediante acordo entre as partes. Fica estabelecido o compromisso de compra de um volume mínimode 900 mil toneladas anuais pela Fibria nos primeiros quatro anos, com redução gradual nos dois anosseguintes, para comercialização em países fora da América do Sul. O preço será o médio líquido prati-cado pela Fibria no mercado.A operação comercial resultante desse contrato é uma inovação no mercado global de celulose, quetrará benefícios para ambas as empresas à medida que alia a expertise comercial da Fibria com a reco-nhecida competência industrial da Klabin.1.3 Constituição de subsidiária integral Klabin ÁustriaEm 22 de junho de 2016, a Companhia constituiu uma subsidiária integral sediada na Áustria, denomi-nada Klabin Áustria, com o objetivo de melhorar a gestão sobre suas exportações, internalizando ativi-dades de logística de distribuição na Europa, administração e conservação dos estoques, pagamento defornecedores e recebimento de clientes.1.4 Criação de Sociedade em Conta de Participação HarmoniaEm 5 de agosto de 2016, a Companhia constituiu uma nova Sociedade em Conta de Participação(“SCP”), denominada Harmonia, com o propósito específico de captar recursos financeiros de terceirospara projetos de reflorestamento.Para constituição da nova sociedade, a Companhia, na qualidade de sócia ostensiva, aportou R$ 102milhões em ativos florestais e direito de uso de terras, enquanto sócios investidores aportaram R$ 65milhões em caixa na sociedade. A SCP assegura à Companhia o direito de preferência para aquisiçãode produtos florestais a preços e condições de mercado.1.5 Aquisição de ativos industriais da HeviEm 01 de agosto de 2016, a Companhia concluiu a aquisição de ativos industriais da Hevi Embalagensda Amazônia Ltda. (“Hevi”), correspondentes a máquinas e instalações para a produção de caixas depapelão ondulado em Manaus (AM), com capacidade de 22 mil toneladas/ano incrementando as opera-ções da unidade de negócio de conversão, atendendo a estratégia de crescimento consistente estabe-lecida pela Administração, contando com uma nova filial em nova localidade.O valor da aquisição dos ativos totalizou aproximadamente R$ 60 milhões. O modelo da operação foifeito através da aquisição de parte dos ativos da Hevi, sem aquisições de ações ou controle da empresaHevi. A Administração da Companhia, aplicando os conceitos do CPC 15 – Combinação de Negócios,entendeu que a referida operação se caracterizava nos conceitos da norma, portanto procedeu com aanálise da alocação do preço de compra (purchase price allocation), atribuindo valores econômicos,obtidos com laudo de terceiros especializados, aos ativos adquiridos. A apuração do preço de compragerou o montante de R$ 2.900 de ganho por compra vantajosa, registrados no resultado do exercício,como outras receitas operacionais.No exercício findo em 31 de dezembro de 2016, a nova operação, desde a aquisição, apurou R$ 16.739de receita líquida de vendas e resultado operacional antes do resultado financeiro equivalente ao preju-ízo de R$ 3.190, alocados no segmento de Conversão.1.6 Aquisição de unidade industrial da Embalplan S.A.Em 25 de outubro de 2016, a Companhia adquiriu a empresa Embalplan Indústria e Comércio de Emba-lagens S.A. (“Embalplan), cuja planta está localizada no município de Rio Negro (PR), com capacidadede produção de 50 mil toneladas/ano de caixas de papelão ondulado, pelo valor de R$ 124 milhões. Aoperação foi caracterizada como “Combinação de Negócios” nos termos do CPC 15. A data de aquisiçãoefetiva, onde o controle da empresa foi passado para a Companhia deu-se em 01 de dezembro de 2016.Dado o curto período de aquisição frente a preparação das referidas Demonstrações Financeiras, aAdministração ainda não concluiu a alocação do preço de compra para os valores justos dos ativos epassivos adquiridos e composição de eventual ágio de rentabilidade futura (goodwill), devendo este serconcluído total ou substancialmente até 31 de março de 2017.Revisões de normas contábeis e interpretações entraram em vigor em 2016 e não tiveram impactorelevante sobre as demonstrações financeiras da Companhia, incluindo a revisão da IAS 41/CPC 29 queintroduziu a distinção entre plantas de produção e outros ativos biológicos. Essa revisão não impacta aCompanhia pois suas florestas são colhidas e replantadas, não há um segundo corte.Os dados da adquirida apresentados nas Demonstrações Financeiras de 31 de dezembro de 2016representam valores provisórios na melhor estimativa da Administração. Assim que concluída a alocaçãodo preço de compra os valores serão ajustados de forma retrospectiva.Os valores contábeis da adquirida, atual subsidiária integral da Companhia, estão reconhecidos no nobalanço consolidado da Companhia em 31 de dezembro de 2016 como segue:

2016Ativo Circulante 22.714Ativo Não Circulante 12.898Ágio (Intangível) (i) 93.063Passivo Circulante (4.293)Passivo Não Circulante –

124.382(i) corresponde à diferença entre o valor pago e o valor contábil dos ativos da adquirida, ainda a serem

alocados entre mais valia de ativos e rentabilidade futura.

Do total do preço de aquisição, o valor de R$ 70.400 foi retido em uma conta de depósito em garantia(escrow account) a ser utilizada como meio de pagamento de eventuais obrigações de indenizações quevenham a se tornar devidas.A aquisição deste investimento está em linha com a estratégia da Administração da Companhia decrescimento sustentável. A operação foi devidamente aprovada pelo CADE (Conselho Administrativo deDefesa Econômica) em 16 de novembro de 2016.

2

2.1 Base de apresentação das Demonstrações FinanceirasA Companhia apresenta as Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas de acordo com aspráticas contábeis adotadas no Brasil incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronuncia-mentos Contábeis (CPC), as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS – International Finan-cial Reporting Standards), emitidas pelo IASB – International Accounting Standards Board e evidenciamtodas as informações relevantes próprias das Demonstrações Financeiras, e somente elas, as quaisestão consistentes com as utilizadas pela Administração na sua gestão.A preparação das Demonstrações Financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas etambém o exercício de julgamento por parte da Administração da Companhia no processo de aplicaçãodas políticas contábeis da Companhia e suas controladas. Aquelas áreas que requerem maior nívelde julgamento e têm maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas sãosignificativas para as demonstrações financeiras estão divulgadas na nota 2.2.r.As Demonstrações Financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor,que, no caso de ativos financeiros disponíveis para venda, outros ativos e passivos financeiros e ativosbiológicos são ajustados para refletir a mensuração ao valor justo.2.2 Sumário das principais práticas contábeis adotadasAs principais práticas contábeis adotadas pela Companhia e suas controladas estão definidas abaixo eforam aplicadas de modo consistente nos exercícios apresentados.Revisões de normas contábeis e interpretações entraram em vigor em 2016 e não tiveram impactorelevante sobre as demonstrações financeiras da Companhia, incluindo a revisão da IAS 41/CPC 29 queintroduziu a distinção entre plantas de produção e outros ativos biológicos. Essa revisão não impacta aCompanhia pois suas florestas são colhidas e replantadas, não há um segundo corte.a) Moeda funcional e conversão de moedas estrangeirasAs Demonstrações Financeiras são apresentadas em reais (R$), sendo essa a moeda funcional e deapresentação da Companhia e de suas controladas, exceto da controlada Klabin Argentina (nota expli-cativa 3) que tem como moeda funcional o Peso Argentino (A$) e a Klabin Finance (nota explicativa 3)que tem como moeda funcional o dólar norte-americano (USD).(i) Transações e saldosAs transações em moeda estrangeira são inicialmente registradas à taxa de câmbio em vigor na data datransação. Os ganhos e perdas resultantes da diferença entre a conversão dos saldos ativos e passivos,em moeda estrangeira, no fechamento do exercício são reconhecidos na demonstração do resultadoda Companhia.(ii) Controladas no exteriorAs controladas no exterior com características de filial têm a mesma moeda funcional da Companhia.A controlada que tem moeda funcional diferente à da Companhia, tem suas diferenças cambiais resul-tantes da conversão de suas Demonstrações Financeiras contabilizadas separadamente em conta dopatrimônio líquido, denominada “ajustes de avaliação patrimonial” (resultado abrangente). No momentoda venda de uma controlada no exterior, o valor diferido acumulado reconhecido no patrimônio líquidoreferente a essa controlada no exterior é reconhecido na demonstração do resultado.Os ativos e passivos dessa controlada no exterior são convertidos pela taxa de fechamento da datado balanço. As receitas e despesas são convertidas pelas taxas de câmbio das datas das operações.b) Caixa e equivalentes de caixaCaixa e equivalentes de caixa incluem os numerários em espécie, depósitos bancários disponíveis eaplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, as quais são prontamente conversíveis em mon-tante conhecido de caixa sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.c) Instrumentos financeirosOs instrumentos financeiros são inicialmente registrados ao seu valor justo, acrescido, no caso de ativofinanceiro ou passivo financeiro que não seja pelo valor justo por meio do resultado, dos custos detransação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão de ativo financeiro ou passivofinanceiro. Sua mensuração subsequente ocorre a cada data de balanço de acordo com a classificaçãodos instrumentos financeiros nas seguintes categorias: 1) ativos financeiros: (i) mensurados pelo valorjusto no resultado, (ii) empréstimos e recebíveis e (iii) disponíveis para venda; 2) passivos financeiros: (i)mensurados a valor justo no resultado e (ii) outros passivos financeiros.(i) Títulos e valores mobiliáriosOs títulos e valores mobiliários possuem característica de disponíveis para venda e estão registradosacrescidos dos rendimentos financeiros (resultado), correspondentes ao seu valor justo.(ii) Empréstimos e financiamentosO saldo de empréstimos e financiamentos corresponde ao valor dos recursos captados, acrescidosdos juros e encargos proporcionais ao período incorrido, deduzidos das parcelas amortizadas. Se apli-cável, os saldos de empréstimos e financiamentos contemplam a variação cambial reconhecida sobreo passivo.(iii) DebênturesO saldo de debêntures mandatoriamente conversíveis em ações, definidas como instrumentos financei-ros híbridos (compostos) por conta de sua natureza, sendo segregada na sua emissão em componentesde dívida e patrimônio líquido, representados no passivo os valores dos juros que serão pagos aosdebenturistas até a data de conversão, mensurados a valor presente, sendo acrescidos de variaçãomonetária reconhecida sobre o passivo, quando aplicável.As debêntures que não são mandatoriamente conversíveis são representadas no passivo pelo valorcorrespondente ao montante dos recursos captados, acrescidos dos juros e encargos proporcionais aoperíodo incorrido, deduzidos das parcelas amortizadas e juros pagos.Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no balanço patrimonialquando há um direito legal de compensar os valores reconhecidos e há a intenção de liquidá-los emuma base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. O direito legal não deve sercontingente em eventos futuros e deve ser aplicável no curso normal dos negócios e no caso de inadim-plência, insolvência ou falência da empresa ou da contraparte.d) Contas a receber de clientesSão registradas e mantidas pelo valor nominal dos títulos decorrentes das vendas de produtos, acresci-dos de variações cambiais, quando aplicável. As perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa(“PECLD”) são constituídas com base em análise individual dos valores a receber e em montante con-siderado pela Administração necessário e suficiente para cobrir prováveis perdas na realização dessescréditos, os quais podem ser modificados em virtude da recuperação de créditos junto a clientes deve-dores ou mudança na situação financeira de clientes.O ajuste a valor presente do saldo de contas a receber de clientes não é relevante devido ao curto prazode sua realização.e) EstoquesOs estoques são demonstrados pelo custo médio das compras, líquido dos impostos compensáveisquando aplicáveis, e valor justo dos ativos biológicos na data do corte, sendo inferior aos valores derealização líquidos dos custos de venda. Os estoques de produtos acabados são valorizados pelo custo

Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2016 e 2015(Em milhares de reais)

Nota Controladora ConsolidadoExplicativa 2016 2015 2016 2015

AtivoCirculanteCaixa e equivalentes de caixa 4 5.243.120 4.031.184 5.872.720 5.053.723Títulos e valores mobiliários 5 591.303 557.143 591.303 557.143Contas a receber:. Contas a receber de clientes 6 1.421.418 1.171.540 1.666.626 1.539.071. Perdas estimadas com créditos

de liquidação duvidosa 6 (41.168) (37.907) (41.246) (37.972)Partes relacionadas 7 534.405 771.344 – –Estoques 8 794.715 613.811 876.915 701.126Tributos a recuperar 9 794.628 723.748 803.355 736.501Outros ativos 189.009 124.002 190.362 126.152Total do ativo circulante 9.527.430 7.954.865 9.960.035 8.675.744

Não circulanteRealizável a longo prazoDepósitos judiciais 17 84.249 75.956 85.704 77.391Tributos a recuperar 9 1.554.672 1.159.638 1.554.672 1.159.638Outros ativos 386.559 221.246 385.706 219.820

2.025.480 1.456.840 2.026.082 1.456.849Investimentos:. Participação em controladas/

controladas em conjunto 11 2.192.633 1.399.292 544.401 495.839. Outros 10.944 11.436 10.944 11.436Imobilizado 12 12.737.303 11.758.931 12.995.407 12.009.146Ativos biológicos 13 2.397.462 2.857.142 3.656.596 3.606.389Intangíveis 27.171 12.746 120.264 12.777

17.365.513 16.039.547 17.327.612 16.135.587Total do ativo não circulante 19.390.993 17.496.387 19.353.694 17.592.436

Total do ativo 28.918.423 25.451.252 29.313.729 26.268.180

Nota Controladora ConsolidadoExplicativa 2016 2015 2016 2015

Passivo e Patrimônio LíquidoCirculanteEmpréstimos e financiamentos 14 2.588.259 1.700.494 2.593.029 1.716.306Debêntures 15 245.080 329.810 245.080 329.810Fornecedores 16 619.902 696.277 634.856 702.199Obrigações fiscais 47.558 36.384 53.643 45.400Obrigações sociais e trabalhistas 253.873 192.239 257.712 195.349Dividendos a pagar 180.000 – 180.000 –Adesão – REFIS 17 66.884 61.772 66.884 61.772Outras contas a pagar e provisões 120.113 91.870 112.460 111.459Total do passivo circulante 4.121.669 3.108.846 4.143.664 3.162.295Não circulanteEmpréstimos e financiamentos 14 14.721.740 14.450.876 14.765.982 14.834.935Debêntures 15 864.456 1.140.679 864.456 1.140.679Imposto de renda e contribuição socialdiferidos 10 1.376.262 717.724 1.476.866 954.269

Provisões fiscais, previdenciárias,trabalhistas e cíveis 17 70.483 65.797 70.483 65.796Contas a pagar – investidores SCPs – – 229.315 143.116Adesão – REFIS 17 340.364 361.240 340.364 361.240Outras contas a pagar e provisões 323.113 253.750 322.263 253.510Total do passivo não circulante 17.696.418 16.990.066 18.069.729 17.753.545Total do passivo 21.818.087 20.098.912 22.213.393 20.915.840Patrimônio líquidoCapital social 2.384.484 2.383.104 2.384.484 2.383.104Reservas de capital 1.301.907 1.293.962 1.301.907 1.293.962Reserva de reavaliação 48.705 48.705 48.705 48.705Reservas de lucros 2.543.084 748.162 2.543.084 748.162Ajustes de avaliação patrimonial 1.028.238 1.064.181 1.028.238 1.064.181Ações em tesouraria (206.082) (185.774) (206.082) (185.774)Total do patrimônio líquido 18 7.100.336 5.352.340 7.100.336 5.352.340Total do passivo e patrimônio líquido 28.918.423 25.451.252 29.313.729 26.268.180

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras

das matérias-primas processadas, mão de obra direta e outros custos de produção.Quando necessário, os estoques são deduzidos de perdas estimadas, constituída em casos de desvalo-rização de estoques, obsolescência de produtos e perdas de inventário físico. Adicionalmente, em decor-rência da natureza dos produtos da Companhia em casos de obsolescência de produtos acabados, osmesmos podem ser reciclados, para reutilização na produção.f) Imposto de renda e contribuição socialA Companhia calcula o imposto de renda (IRPJ) e a contribuição social (CSLL), corrente e diferido combase nas alíquotas de 15% acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240para imposto de renda e 9% para contribuição social, sobre o lucro líquido auferido. Os saldos são reco-nhecidos no resultado da Companhia pelo regime de competência.Os valores de imposto de renda e contribuição social diferidos são registrados nos balanços pelos mon-tantes líquidos no ativo ou no passivo não circulante.As controladas têm os seus tributos calculados e provisionados de acordo com a legislação de seupaís e/ou seu regime tributário específico, incluindo, em alguns casos, lucro presumido. A provisão paraimposto de renda e contribuição social corrente do exercício é apresentada nos balanços patrimoniaislíquida dos adiantamentos de imposto pagos durante o exercício.

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Klabin S.A.2 0 1 7

continua …www.klabin.com.br

… continuação das Notas Explicativas da Administração estão sendo apresentadas em milhares de reais, exceto quando indicado de outra formag) InvestimentosSão representados por investimentos em empresas controladas e empresas com controle comparti-lhado, avaliadas pelo método de equivalência patrimonial, em decorrência da participação da Com-panhia nestas empresas. As Demonstrações Financeiras das controladas e controladas em conjuntosão elaboradas para o mesmo período de divulgação que o da controladora. Quando necessário, sãoefetuados ajustes para que as políticas contábeis estejam de acordo com as mesmas adotadas pelaCompanhia.Os ganhos e perdas não realizados, resultantes de transações entre a Companhia e as controladas econtroladas em conjunto, são eliminados para fins de equivalência patrimonial, no balanço individual, epara fins de consolidação.A Companhia determina, em cada data de fechamento do balanço patrimonial, se há evidência objetivade que o investimento nas controladas e controladas em conjunto sofreu perda por desvalorização. Seassim for, a Companhia calcula o montante da perda por desvalorização e reconhece o montante nademonstração do resultado.A variação cambial sobre o investimento em entidades controladas no exterior reconhecida no “Resul-tado Abrangente” é classificada como ajuste de avaliação patrimonial no patrimônio líquido e realizadomediante a realização do investimento a que se refere.Nas Demonstrações Financeiras consolidadas da Companhia, a participação de sócios investidores nasSociedades em Conta de Participação (notas explicativas 3 e 11) é apresentada no balanço patrimonialno passivo, sob a rubrica de “Outras contas a pagar – investidores SCPs”, por tratar-se de passivosfinanceiros e não instrumentos patrimoniais, conforme CPC 39 – Instrumentos Financeiros: Apresen-tação.A Administração da Companhia qualifica as Sociedades em Conta de Participação, como entidades devida própria com característica de subsidiárias, as quais são registradas nas demonstrações financeirasindividuais da Companhia pela avaliação de investimentos em controladas pelo método da equivalênciapatrimonial.h) ImobilizadoO ativo imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição ou construção, deduzido dos impostos com-pensáveis, quando aplicável, e da depreciação acumulada. Adicionalmente, com base na opção exercidapela Companhia na adoção inicial do IFRS, foram avaliados a valor justo (deemed cost) os custos daclasse de imobilizado de terras, com base na adoção do custo atribuído aos ativos desta classe.A Companhia utiliza o método de depreciação linear definida com base na avaliação da vida útil esti-mada de cada ativo, determinada com base na expectativa de geração de benefícios econômicos futu-ros, exceto para terras, as quais não são depreciadas. A avaliação da vida útil estimada dos ativos érevisada anualmente e ajustada se necessário, podendo variar com base na atualização tecnológica decada unidade. As vidas úteis dos ativos da Companhia são demonstradas na nota explicativa 12.Os gastos com manutenção dos ativos da Companhia são alocados diretamente ao resultado do exercí-cio conforme são efetivamente realizados. Encargos financeiros são capitalizados ao ativo imobilizado,quando incorridos sobre imobilizações em andamento, se aplicáveis.i) Redução do valor recuperável de ativos (“impairment”)O saldo de imobilizado, ágio por rentabilidade futura (“goodwill”) e outros ativos são revistos anualmentepara se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventosou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando estefor o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda nestes ativos.O valor recuperável corresponde ao maior valor entre o valor líquido de venda e o valor em uso de umativo ou de sua unidade geradora de caixa, sendo determinado individualmente para cada ativo, a menosque o ativo não gere entradas de fluxo de caixa que sejam independentes daqueles de outros ativos ougrupos de ativos. Na estimativa do valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontadosao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto que reflita as avaliações de mercado atuais dovalor temporal do dinheiro e riscos específicos inerentes ao ativo.Quando houver perda identificada, ela é reconhecida no resultado do período pelo montante em que ovalor contábil do ativo ultrapassa o valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e ovalor em uso de um ativo.j) Ativos biológicosOs ativos biológicos correspondem a florestas de eucalipto e pinus, as quais são destinadas para produ-ção de papéis para embalagem, sacos de papel, celulose, caixas e chapas de papelão ondulado, alémde venda de madeira para terceiros. O processo de colheita e replantio tem um ciclo aproximado de7 – 14 anos, variável com base na cultura e material genético a que se refere. Os ativos biológicos sãomensurados ao valor justo, deduzidos dos custos estimados de venda no momento da colheita.As premissas significativas na determinação do valor justo dos ativos biológicos estão demonstradasna nota explicativa 13.A avaliação dos ativos biológicos é feita trimestralmente pela Companhia, sendo o ganho ou perda navariação do valor justo dos ativos biológicos reconhecidos no resultado do período em que ocorrem,em linha específica da demonstração do resultado, denominada “Variação do Valor Justo dos AtivosBiológicos”. O valor da exaustão dos ativos biológicos é mensurado pela quantidade de madeira cortada,avaliada por seu valor justo.k) Ativos e passivos não circulantesCompreendem os bens e direitos realizáveis e deveres e obrigações vencíveis após doze meses subse-quentes à data base das referidas Demonstrações Financeiras, acrescidos dos correspondentes encar-gos e variações monetárias incorridas, se aplicável, até a data do balanço.l) FornecedoresAs contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridosno curso normal dos negócios. São inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente,mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros, caso aplicável.m) ProvisõesAs provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente legal ou implícitacomo resultado de eventos passados ou expectativa de eventos futuros, sendo provável a saída derecursos para liquidar determinada obrigação, mensurada com base numa estimativa confiável do valorprovisionado.A despesa relativa a qualquer provisão é apresentada na demonstração do resultado, líquida de qual-quer reembolso. Se o efeito temporal do montante for significativo, provisões são descontadas utilizandouma taxa de desconto, que reflita, quando for o caso, os riscos específicos inerentes à obrigação.Dentre as provisões levantadas pela Companhia, se encontram as provisões para riscos fiscais, previ-denciárias, trabalhistas e cíveis, as quais são provisionadas quando os processos judiciais são avaliadoscomo perda provável, pelos assessores jurídicos e pela Administração da Companhia. Essa avaliaçãoé efetuada considerando a natureza dos processos em questão, similaridades com causas julgadasanteriormente e andamento do julgamento das causas.Quando a Companhia espera que o valor de uma provisão seja reembolsado, em todo ou em parte,este ativo é reconhecido somente quando sua realização for considerada líquida e certa, sem haver aconstituição de ativos sob cenários de incerteza.n) Receita de vendasA receita de vendas é apresentada líquida dos impostos incidentes, descontos e abatimentos conce-didos, sendo reconhecida quando todos os riscos e benefícios relevantes inerentes ao produto sãotransferidos ao comprador, na extensão em que for provável que benefícios econômicos serão geradose fruirão para a Companhia e suas controladas e controladas em conjunto e quando possa ser medidade forma confiável, medida com base no valor justo da contraprestação recebida ou a receber, excluindodescontos, abatimentos e impostos ou encargos sobre vendas.o) Benefícios a empregados e plano de previdência privadaA Companhia concede aos empregados benefícios que envolvem seguro de vida, assistência médica,participação nos lucros e outros benefícios, os quais respeitam o regime de competência em sua conta-bilização, sendo cessados ao término do vínculo empregatício com a Companhia.Adicionalmente, a Companhia concedeu plano de previdência privada e assistência médica a ex-funcio-nários aposentados até 2001. Para esses benefícios faz-se o reconhecimento do passivo e do resultadomensurados com base na avaliação atuarial, preparado por perito independente. Os ganhos e perdasauferidos na avaliação atuarial dos benefícios gerados por alterações nas premissassão contabilizados no patrimônio líquido em conta denominada “ajustes de avaliação patrimonial” (resul-tado abrangente), conforme requerido pelo CPC 33 (R1) – Benefícios a Empregados.p) Plano de outorga de açõesO plano de outorga de ações oferecido pela Companhia é mensurado pelo valor justo na data da outorgae sua despesa é reconhecida no resultado durante o período no qual o direito de outorga é adquiridocontra o patrimônio líquido no grupo de “ajustes de avaliação patrimonial”.q) Subvenção governamentalAs subvenções governamentais cedidas para a Companhia são reconhecidas na medida em que ascondições relacionadas a obtenção da subvenção são cumpridas. No caso de subvenções recebidaspara compensação de despesas, as mesmas são reconhecidas como redução das despesas que sepretende compensar.No caso de subvenções governamentais para investimentos em ativos, os benefícios são registradosno balanço na forma que foram cedidos pelo órgão governamental, podendo ser registrado no passivocomo receita diferida, reconhecido como receita na base sistemática durante a vida útil do ativo adqui-rido, ou deduzido do ativo relacionado com a subvenção, sendo reconhecido como receita por meio decrédito à depreciação registrada como despesa no resultado.No caso de haver dependência de não-distribuição aos sócios dos benefícios recebidos na forma desubvenção governamental, os respectivos valores são reclassificados a partir da destinação do resul-tado do exercício para conta específica de “Reserva de Incentivos Fiscais” no patrimônio líquido.r) Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativasNa elaboração das demonstrações financeiras foram utilizados julgamentos, estimativas e premissascontábeis para a contabilização de certos ativos e passivos e outras transações, e no registro das recei-tas e despesas dos períodos. A definição dos julgamentos, estimativas e premissas contábeis adotadaspela Administração é elaborada com a utilização das melhores informações disponíveis na data dasreferidas Demonstrações Financeiras, envolvendo experiência de eventos passados, previsão de even-tos futuros, além do auxílio de especialistas, quando aplicável.As Demonstrações Financeiras incluem várias estimativas, tais como, mas não se limitando, a realizaçãodos créditos tributários diferidos, avaliação do valor justo dos ativos biológicos, provisões para riscosfiscais, previdenciários, cíveis e trabalhistas e ajuste a valor presente de saldos.Os resultados reais dos saldos constituídos com a utilização de julgamentos, estimativas e premis-sas contábeis, quando de sua efetiva realização, podem ser divergentes, podendo a Companhia estarexposta a perdas que podem ser materiais.s) Demonstração do valor adicionado (“DVA”)A legislação societária brasileira requer para empresas de capital aberto a apresentação da demons-tração do valor adicionado como parte do conjunto das Demonstrações Financeiras apresentadas pelaCompanhia. Esta demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela Companhia e suadistribuição durante os exercícios apresentados.O IFRS não requer a apresentação dessa demonstração. Como consequência, essa demonstração estáapresentada como informação suplementar, sem prejuízo do conjunto das demonstrações financeiras.2.3 Novos pronunciamentos técnicos, revisões e interpretações ainda não em vigorForam aprovadas e emitidas as seguintes novas normas pelo IASB, as quais ainda não estão em vigên-cia e não foram adotadas de forma antecipada pela Companhia. A Administração avalia os impactos desua adoção conforme mencionado abaixo:(i) IFRS 15 – Receita de Contratos com Clientes (CPC 47 – Receita de Contrato com Cliente)A norma traz os princípios que uma entidade aplicará para determinar a mensuração da receita equando ela é reconhecida. Entra em vigor em 1º. de janeiro de 2018 e substitui o IAS 11 – “Contratosde Construção”, o IAS 18 – “Receitas” e correspondentes interpretações. As alterações estabelecemos critérios para mensuração e registro das vendas, na forma que efetivamente foram realizadas com adevida apresentação, assim como o registro pelos valores que a Companhia tenha direito na operação.Essa norma entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2018.A Administração avaliou essa nova norma e em sua opinião não deve ter efeito relevante em suasdemonstrações financeiras, considerando a natureza de suas transações de venda, onde as obrigaçõesde performance são claras e a transferência do controle dos bens e serviços não é complexa.(ii) IFRS 9 – Instrumentos Financeiros (CPC 48 – Instrumentos Financeiros)A norma aborda a classificação, a mensuração e o reconhecimento de ativos e passivos financeiros. Asprincipais alterações que o IFRS 9 são os novos critérios de classificação de ativos financeiros em duascategorias (mensurados ao valor justo e mensurados ao custo amortizado) dependendo da caracterís-tica de cada instrumento podendo ser classificado em resultado financeiro ou resultado abrangente, onovo modelo de impairment para ativos financeiro sendo um híbrido de perdas esperadas e incorridas,em substituição ao modelo atual de perdas incorridas, e flexibilização das exigências para adoção dacontabilidade de hedge. Essa norma entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2018.A Administração avaliou o novo pronunciamento e, considerando as suas transações atuais, não identifi-cou mudanças que pudessem ter impacto relevante sobre as demonstrações financeiras da Companhia.(iii) IFRS 16 – Operações de Arrendamento Mercantil (ainda não tem o CPC equivalente emitido)A nova norma substitui o IAS 17 – “Operações de Arrendamento Mercantil” e correspondentes inter-pretações e determina que os arrendatários passam a ter que reconhecer o passivo dos pagamentosfuturos e o direito de uso do ativo arrendado para praticamente todos os contratos de arrendamentomercantil, incluindo os operacionais, podendo ficar fora do escopo dessa nova norma determinadoscontratos de curto prazo ou de pequenos montantes. Os critérios de reconhecimento e mensuraçãodos arrendamentos nas demonstrações financeiras dos arrendadores ficam substancialmente mantidos.Essa norma entre em vigor apartir de 1º. de janeiro de 2019.A Administração está em processo de avaliação dos impactos, principalmente relacionados às opera-ções de arrendamento de terras de terceiros, correspondentes a 77 mil hectares de terras florestais ecompromissos futuros de R$ 167 milhões (vide nota explicativa 16). Por ora, o entendimento é de que opotencial efeito seja o reconhecimento de um valor próximo desse como ativo e como passivo, com umadistribuição de despesa maior no início e menor no final, se comparado com a contabilização atual dasdespesas de arrendamento. Dada a complexidade do tema, pode ser que, até a adoção inicial dessanorma, haja revisão da conclusão.Não há outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em vigor que poderiamter impacto significativo sobre as demonstrações financeiras da Companhia.

3As controladas são integralmente consolidadas a partir da data de aquisição do controle, e continuama ser consolidadas até a data em que esse controle deixar de existir, exceto as controladas que pos-suem controle compartilhado (joint venture) com outras entidades, as quais são avaliadas pelo métodode equivalência patrimonial tanto nas Demonstrações Financeiras individuais quanto nas consolidadas.As Demonstrações Financeiras das controladas são elaboradas para o mesmo período de divulgaçãoque as da controladora, utilizando políticas contábeis consistentes com as políticas adotadas pela con-troladora. Para a consolidação, os seguintes critérios são adotados: (i) eliminação dos investimentosem empresas controladas, bem como os resultados das equivalências patrimoniais e (ii) os lucros pro-venientes de operações realizadas entre as empresas consolidadas, assim como os correspondentessaldos de ativos e passivos são igualmente eliminados. As Demonstrações Financeiras consolidadasabrangem as da Klabin S.A. e as de suas controladas em 31 de dezembro de 2016 e 2015, comoseguem:

Participação – %

País Sede AtividadePartici-pação 2016 2015

Empresas controladas:Klabin Argentina S.A. Argentina Sacos industriais Direta 100 100Klabin Ltd. Cayman

IslandsParticipação em

outras companhiasDireta 100 100

. Klabin Trade Inglaterra Comercialização deprodutos próprios no

mercado externo

Indireta 100 100

Klabin Forest Products Company EstadosUnidos

Comercialização deprodutos próprios no

mercado externo

Direta 100 100

IKAPÊ Empreendimentos Ltda. Brasil Hotelaria Direta 100 100Klabin do Paraná ProdutosFlorestais Ltda.

Brasil Fabricação de pro-dutos fitoterápicos

Direta 100 100

Klabin Florestal Ltda. Brasil Plantio de florestas Direta 100 100Monterla Holdings S.A. Brasil Participação em

sociedadesDireta 100 100

Klabin Finance S.A. Luxemburgo Financeira Direta 100 100Klabin Áustria GmbH Áustria Comercialização de

produtos próprios nomercado externo

Direta 100 –

Embalplan Indústria e Comérciode Embalagens S.A.

Brasil Embalagens Direta 100 –

Sociedades em Conta de Participação:Correia Pinto Brasil Reflorestamento Direta 91 89CG Forest Brasil Reflorestamento Direta 83 77Monte Alegre Brasil Reflorestamento Direta 80 76Harmonia Brasil Reflorestamento Direta 74 –Empresas com controle compartilhado (não consolidadas):Florestal Vale do Corisco S.A. Brasil Reflorestamento Direta 51 51Investimento em entidades controladas em conjunto (joint ventures)O investimento na Florestal Vale do Corisco S.A., considerando suas características, está classificadocomo entidade controlada em conjunto (joint venture) e está registrada pelo método da equivalênciapatrimonial, nas Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas.

4A Companhia seguindo suas políticas de aplicações de recursos tem mantido suas aplicações finan-ceiras em investimentos de baixo risco, mantidos em instituições financeiras as quais a Administraçãoentende que sejam de primeira linha tanto no Brasil como no exterior, de acordo com o rating divulgadopelas agências de classificação de risco divulgado na nota explicativa 25. A Administração tem consi-derado esses ativos financeiros como equivalentes de caixa devido à sua liquidez imediata junto àsinstituições financeiras, com risco insignificante de mudança de valor.

Controladora Consolidado2016 2015 2016 2015

Caixa e bancos – moeda nacional 29.578 20.416 33.591 21.590Caixa e bancos – moeda estrangeira (i) – – 7.985 34.921Aplicações – moeda nacional 4.807.936 3.661.827 4.979.048 3.767.021Aplicações – moeda estrangeira (i) 405.606 348.941 852.096 1.230.191

5.243.120 4.031.184 5.872.720 5.053.723(i) Em dólares norte-americanos

As aplicações financeiras em moeda nacional, correspondentes a Certificados de Depósitos Bancários– CDBs e outras operações compromissadas, são indexadas pela variação do Certificado de DepósitoInterfinanceiro – CDI, com taxa média anual de remuneração de 13,76% (14,32% em 31 de dezembro de2015), e as aplicações em moeda estrangeira, correspondentes a operações de Time Deposit firmadosem dólar e over night, possuem taxa média de remuneração anual de 0,53% (0,55% em 31 de dezembrode 2015), com liquidez imediata garantida pelas instituições financeiras.

5São representados por Letras Financeiras do Tesouro Nacional (“LFT”) e Título do Tesouro Direto (“NTN-B”). A LFT possui remuneração indexada à variação da SELIC e vencimentos em 2020 e a NTN-B éremunerada pela variação do IPCA + 6% com vencimentos em 2020 e 2022.Em 31 de dezembro de 2016 o saldo desses títulos, controladora e consolidado, é de R$ 591.303(R$ 557.143 em 31 de dezembro de 2015), os quais a Administração classificou como ativos financeirosdisponíveis para venda. Esses títulos têm um mercado ativo de negociação. Considerando suas caracte-rísticas, o valor justo é basicamente o valor do principal acrescido dos juros originalmente estabelecidosnesses títulos.Os títulos e valores mobiliários se enquadram no Nível 1 da hierarquia de mensuração pelo valor justo,de acordo com a hierarquia do CPC 46 (equivalente ao IFRS 13) – Mensurações do Valor Justo, portratar-se de ativos com preços cotados em mercado.

6Controladora Consolidado

2016 2015 2016 2015Clientes. Nacionais 1.101.562 920.171 1.111.455 920.232. Estrangeiros 319.856 251.369 555.171 618.839Total de clientes 1.421.418 1.171.540 1.666.626 1.539.071Perdas estimadas com créditos deliquidação duvidosa (“PECLD”) (41.168) (37.907) (41.246) (37.972)

1.380.250 1.133.633 1.625.380 1.501.099

Vencidos 65.039 91.490 69.880 92.594% Total da Carteira (sobre PECLD) 1,68% 4,57% 1,72% 3,55%01 a 10 dias 6.128 4.685 6.128 4.68511 a 30 dias 9.448 10.483 14.211 10.87531 a 60 dias 7.217 6.961 7.217 7.60861 a 90 dias 168 14.344 168 14.344+ de 90 dias 42.078 55.017 42.156 55.082A Vencer 1.356.379 1.080.050 1.596.746 1.446.477Total de Clientes 1.421.418 1.171.540 1.666.626 1.539.071

O prazo médio de recebimento de contas a receber de clientes corresponde a aproximadamente 78 diaspara as vendas realizadas no mercado interno e aproximadamente 135 dias para vendas realizadas nomercado externo, havendo cobrança de juros após o vencimento do prazo definido na negociação. Con-forme mencionado na nota explicativa 25, a Companhia tem normas para o monitoramento de créditose duplicatas vencidas e de risco de não recebimento dos valores decorrentes de operações de vendasa prazo.A perda estimada com créditos de liquidação duvidosa (“PECLD”) é considerada suficiente para cobrireventuais perdas sobre os valores a receber em aberto. A movimentação das perdas estimadas estádemonstrada abaixo:

Controladora ConsolidadoSaldo em 31 de dezembro de 2014 (45.177) (45.245)Perdas estimadas do período (16.349) (16.347)Reversões das perdas estimadas 1.750 1.750Baixa definitiva 21.869 21.870Saldo em 31 de dezembro de 2015 (37.907) (37.972)Perdas estimadas do período (20.885) (20.898)Reversões das perdas estimadas 12.003 12.003Baixa definitiva 5.621 5.621Saldo em 31 de dezembro de 2016 (41.168) (41.246)O saldo da perda estimada com créditos de liquidação duvidosa corresponde substancialmente a dupli-catas vencidas há mais de 90 dias. A despesa com a constituição da perda estimada é registrada nademonstração do resultado, sob a rubrica de “Despesas/receitas operacionais – com vendas”.

7a) Saldos e transações com partes relacionadas

Controladora2016 2015

Sociedade ContaKlabin Klabin de Participação Monteiro Klabin

Klabin Trade Argentina Finance Correia Pinto Aranha S.A. Irmãos & Cia. BNDES Outras Total Total(i) e (vi) (i) (vi) (ii) e (v) (iii) (iii), (iv) (vi) (i), (ii), (iii), (v) e (vii)

Tipo de relação Controlada Controlada Controlada Acionista Acionista AcionistaSaldosAtivo circulante 505.046 11.729 – 2.012 – 917 – 28.573 548.277 772.425Ativo não circulante – – – – – – – 1.894 1.894 1.799Passivo circulante – – 33.495 993 673 3.283 746.101 16.504 801.049 457.287Passivo não circulante – – 1.580.664 – – – 3.909.635 852 5.491.151 5.285.610TransaçõesReceita de vendas 1.041.354 79.988 – 8.470 – – – 20.291 1.150.103 1.169.715Compras – – – (7.127) – – – (48.875) (56.002) (12.439)Despesa de juros s/ financiamento – – (103.154) – – – (340.773) – (443.927) (288.786)Despesa Comissão de aval – – – – – (30.226) – – (30.226) (22.266)Despesa de royalties – – – – (7.389) (36.062) – (5.799) (49.250) (46.555)(i)Saldo a receber de operações de vendas de produtos realizadas a preços e prazos nas condições estabelecidas entre as partes;(ii) Compra de madeira realizada a preços e prazos nas condições usuais de mercado;(iii) Licenciamento de uso de marca;(iv) Despesa antecipada sobre comissão de aval, calculado sobre o saldo de financiamentos do BNDES de 1% ao semestre;(v) Fornecimento de mudas, sementes e serviços a preços e prazos nas condições usuais de mercado;(vi) Captação de financiamento nas condições usuais de mercado;(vii) Adiantamento para futura subscrição de capital;

Consolidado2016 2015

Monteiro KlabinAranha Irmãos

S.A. & Cia. BNDES Outras Total Total(i) (i), (ii) (iii) (i)

Tipo de relação Acionista Acionista AcionistaSaldosAtivo circulante – 917 – – 917 1.081Passivo circulante 673 3.283 746.101 991 751.048 425.044Passivo não circulante – – 3.909.635 – 3.909.635 3.723.450TransaçõesDespesa de juros sobrefinanciamento – – (340.773) – (340.773) (220.085)

Comissão de aval – despesa – (30.226) – – (30.226) (22.266)Despesa de royalties (7.389) (36.062) – (5.799) (49.250) (46.555)(i) Licenciamento de uso de marca;(ii) Despesa antecipada sobre comissão de aval, calculado sobre o saldo de financiamentos do BNDES

de 1% ao semestre;(iii) Captação de financiamento nas condições usuais de mercado;b) Remuneração e benefícios da Administração e Conselho FiscalA remuneração da Administração e Conselho Fiscal é fixada pelos acionistas em Assembleia Geral Ordi-nária – AGO, de acordo com a legislação societária brasileira e o estatuto social da Companhia. Dessaforma, foi proposto na AGO realizada em 10 de março de 2016 o montante global da remuneração anualda Administração e do Conselho Fiscal, fixado em até R$ 56.100 para o exercício de 2016 (R$ 41.700para o exercício de 2015).O quadro abaixo demonstra a remuneração da Administração e do Conselho Fiscal:

Controladora e ConsolidadoCurto prazo Longo prazo Total dos benefícios

2016 2015 2016 2015 2016 2015Administração e conselho fiscal 32.212 30.332 5.558 5.100 37.770 35.432A remuneração da Administração contempla os honorários dos respectivos conselheiros, honorários eremunerações variáveis dos diretores. Os benefícios de longo prazo referem-se às contribuições feitaspela Companhia no plano de previdência e apuração de plano de outorga de ações. Referidos montantesestão registrados substancialmente na rubrica “Despesas operacionais – administrativas”.Adicionalmente, a Companhia concede aos diretores estatutários e outros executivos um Plano deOutorga de Ações, descrito na nota explicativa 22.

8Controladora Consolidado

2016 2015 2016 2015Produtos acabados 161.499 124.413 212.632 162.899Matérias-primas 219.019 170.026 241.930 203.596Madeiras e toras 214.153 150.842 214.153 150.842Material de manutenção 195.527 161.956 200.485 167.478Perdas estimadas (13.481) (13.633) (13.481) (13.862)Outros 17.998 20.207 21.196 30.173

794.715 613.811 876.915 701.126

Os estoques de matérias primas incluem bobinas de papel transferidas das unidades produtivas depapel para as unidades de conversão.A variação principal no saldo dos estoques deve-se à formação dos estoques de celulose e de madeiranecessários para a operação do Puma.A despesa com a constituição das perdas estimadas com estoques é registrada na demonstração doresultado, sob a rubrica de “Custo dos produtos vendidos”.A Companhia não tem estoques dados em garantia.

92016 2015

Ativo Ativo não Ativo Ativo nãoCirculante Circulante Circulante Circulante

ICMS 188.865 1.174.309 122.397 1.048.897PIS 35.265 14.117 40.056 10.897COFINS 153.595 77.314 179.329 62.578IR/CS 366.564 – 324.041 –IPI 20.968 271.742 19.145 –Outros 29.371 17.190 38.780 37.266Controladora 794.628 1.554.672 723.748 1.159.638

Controladas 8.727 – 12.753 –Consolidado 803.355 1.554.672 736.501 1.159.638

A Companhia registrou créditos de impostos e contribuições incidentes nas aquisições de ativo imo-bilizado conforme legislação vigente, além de subvenção governamental de ICMS concedida peloGoverno do Paraná por conta do Projeto Puma, os quais vêm sendo utilizados para compensação comimpostos a pagar da mesma natureza ou outros impostos, desde que aplicável. Os créditos de ICMScréditos do Projeto Puma estão indexados pelo FCA – Fator de Conversão e Atualização monetáriado Estado do Paraná.No mês de maio de 2016 a Companhia registrou créditos de IPI decorrentes de decisão favorável emprocesso tributário, transitado em julgado, substancialmente alocados no resultado financeiro, uma vezque somente o valor original foi alocado à despesa de IPI. Os créditos já estão disponíveis para compen-sação nos termos da legislação tributária em vigor.

O PIS/COFINS e o ICMS mantidos no curto prazo estão previstos para serem compensados com essesmesmos tributos a recolher nos próximos 12 meses, conforme estimativa da Administração.A Companhia, com base em análises e projeção orçamentária aprovada pela Administração não prevêriscos de não realização desses créditos tributários, desde que as projeções orçamentárias se concre-tizem.

10a) Natureza e expectativa de realização dos impostos diferidosOs saldos dos impostos diferidos ativos e passivos são compostos como segue:

Controladora Consolidado2016 2015 2016 2015

Provisões fiscais, previdenciárias,trabalhistas e cíveis 23.964 24.556 23.964 24.556

Prejuízos fiscais e bases negativas 801.307 892.392 801.363 892.392Passivo atuarial 30.212 20.314 30.212 20.314Outras diferenças temporárias 169.107 71.282 169.107 71.366Ativo não circulante 1.024.590 1.008.544 1.024.646 1.008.628

Valor justo dos ativos biológicos 532.081 692.340 560.120 856.369Revisão vida útil imobilizado (Lei 12.973/14) 370.625 322.032 370.625 322.032Custo atribuído ao ativo imobilizado (terras) 486.426 489.178 559.047 561.798Ajuste a valor presente de saldos 43.938 45.641 43.938 45.641Juros capitalizados (Lei 12.973/14) 166.269 131.939 166.269 131.939Variação cambial diferida (i) 749.303 – 749.303 –Outras diferenças temporárias 52.210 45.138 52.210 45.118Passivo não circulante 2.400.852 1.726.268 2.501.512 1.962.897Saldo líquido no balanço (passivo) 1.376.262 717.724 1.476.866 954.269

(i) A Administração optou pelo critério de reconhecimento fiscal das variações cambiais de seus direitose obrigações com base no regime de caixa para o exercício de 2016, gerando diferenças temporáriasde variação cambial, as quais serão tributadas em função da liquidação dos débitos e obrigaçõesdenominados em moeda estrangeira.

A Administração, com base em orçamento aprovado, estima que os créditos fiscais provenientes dasdiferenças temporárias sejam realizados conforme demonstrado a seguir:

2016Controladora Consolidado

2017 292.492 292.4922018 205.722 205.7222019 168.675 168.6752020 275.286 275.2862021 82.415 82.471

1.024.590 1.024.646

A projeção de realização do saldo, considera, especialmente quanto aos prejuízos fiscais e bases nega-tivas, a limitação de compensação de 30% do lucro real do exercício. Adicionalmente, a projeção podenão se concretizar caso as estimativas utilizadas na preparação das referidas demonstrações financei-ras sejam divergentes das efetivamente realizadas.As informações da Companhia acerca dos tributos em discussão judicial estão demonstradas na notaexplicativa 17.b) Composição do imposto de renda e da contribuição social do resultado

Controladora Consolidado2016 2015 2016 2015

Resultado de imposto corrente (164.008) (15.699) (176.366) (30.210)Ajuste do exercício anterior (13.657) – (13.657) –Corrente (177.665) (15.699) (190.023) (30.210)

Reversão de diferenças temporárias (612.782) (145.564) (582.219) (189.499)Constituição de crédito de base negativa – 892.392 – 892.392Reavaliação vida útil imobilizado 48.593 45.389 48.593 45.390Variação de valor justo e exaustão de ativos biológicos (134.803) (45.429) (9.340) (23.462)Diferido (698.992) 746.788 (542.966) 724.821

c) Conciliação do imposto de renda e da contribuição social com o resultado da aplicação diretada alíquota dos respectivos tributos sobre o resultado

Controladora Consolidado2016 2015 2016 2015

Resultado antes do imposto derenda e da contribuição social 3.358.603 (1.984.286) 3.214.935 (1.947.808)

Imposto de renda e contribuição social àalíquota de 34% (1.141.925) 674.657 (1.093.078) 662.255

Efeito tributário sobre diferenças permanentes:Diferença de tributação – empresas controladas (i) – – 292.238 3.136Resultado de equivalência patrimonial 199.561 23.907 16.769 10.078Outros efeitos 65.707 32.525 51.082 19.142

(876.657) 731.089 (732.989) 694.611Imposto de renda e contribuição social. Corrente (177.665) (15.699) (190.023) (30.210). Diferido (698.992) 746.788 (542.966) 724.821Despesa de imposto de renda e contribuiçãosocial no resultado (876.657) 731.089 (732.989) 694.611

(i) O efeito da diferença de tributação de empresas controladas deve-se substancialmente às diferençasentre o Regime de Lucro Real adotado pela Companhia para o Regime de Lucro Presumido adotadopor algumas de suas controladas.

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Klabin S.A.2 0 1 7

continua …www.klabin.com.br

… continuação das Notas Explicativas da Administração estão sendo apresentadas em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma11

Klabin Sociedade Conta Sociedade Conta Sociedade Conta Sociedade Conta FlorestalFinance de Participação de Participação de Participação de Participação Vale do Corisco

S.A. Correia Pinto CG Forest Monte Alegre Harmonia S.A. (i) Outras TotalEm 31 de dezembro de 2014 (25.382) 463.605 68.403 118.763 – 483.204 135.066 1.243.659Aquisição e integralização de capital 109.880 – – – – – 2.388 112.268Dividendos distribuídos – (4.900) – – – (17.007) – (21.907)Equivalência patrimonial (ii) (30.378) (1.007) 14.647 34.708 – 29.642 22.705 70.317Variação cambial de investimento no exterior (iii) – – – – – – (5.045) (5.045)Em 31 de dezembro de 2015 54.120 457.698 83.050 153.471 – 495.839 155.114 1.399.292Aquisição e integralização de capital – – – – 102.354 – 130.440 232.794Dividendos distribuídos – – (910) – – (758) – (1.668)Equivalência patrimonial (ii) (597) 294.005 49.573 103.496 83.277 49.321 7.870 586.945Variação cambial de investimento no exterior – – – – – – (24.730) (24.730)Em 31 de dezembro de 2016 53.523 751.703 131.713 256.967 185.631 544.402 268.694 2.192.633Resumo das demonstrações financeiras das controladas em 31 de dezembro de 2016Ativo total 1.716.688 916.824 162.661 330.426 261.930 1.434.183Passivo total 1.663.165 89.968 4.767 10.479 11.298 366.731Patrimônio líquido 53.523 826.856 157.894 319.947 250.632 1.067.452Resultado do período 12.407 301.800 68.526 116.478 83.277 102.378(i) Por tratar-se de uma joint venture (vide nota explicativa 3), a Vale do Corsico não é consolidada, sendo o único investimento apresentada nos balanços consolidados como investimento com reconhecimento

de equivalência patrimonial.(ii) Inclui efeitos de variação e realização do valor justo de ativos biológicos (nota explicativa 13).(iii) Filial

12 Imobilizadoa) Composição do imobilizado

2016 2015Depreciação Depreciação

Controladora Custo Acumulada Líquido Custo Acumulada LíquidoTerrenos 1.832.779 – 1.832.779 1.776.761 – 1.776.761Edifícios e construções 1.955.929 (298.540) 1.657.389 676.240 (238.052) 438.188Máquinas, equipamentos e instalações 10.559.205 (2.798.607) 7.760.598 4.986.462 (2.268.151) 2.718.311Obras e instalações em andamento 972.136 – 972.136 6.620.794 – 6.620.794Outros (i) 921.453 (407.052) 514.401 442.080 (237.203) 204.877

16.241.502 (3.504.199) 12.737.303 14.502.337 (2.743.406) 11.758.931ConsolidadoTerrenos 2.066.047 – 2.066.047 2.008.613 – 2.008.613Edifícios e construções 1.964.206 (300.534) 1.663.672 682.058 (240.478) 441.580Máquinas, equipamentos e instalações 10.600.003 (2.828.346) 7.771.657 5.007.468 (2.281.382) 2.726.086Obras e instalações em andamento 973.342 – 973.342 6.627.185 – 6.627.185Outros (i) 929.021 (408.332) 520.689 444.261 (238.579) 205.682

16.532.619 (3.537.212) 12.995.407 14.769.585 (2.760.439) 12.009.146(i) Saldo correspondente a classes de imobilizado como benfeitorias, veículos, móveis e utensílios e equipamentos de informática.As informações dos ativos imobilizados dados em garantia de operações firmadas pela Companhia constam na nota explicativa 14.b) Movimentação sumária do imobilizado

ControladoraMáquinas, Obras e

Edifícios e equipamentos instalações emTerrenos construções e instalações andamento Outros Total

Saldo 31 de dezembro de 2014 1.784.065 449.862 2.740.247 2.948.566 188.727 8.111.467Adições (i) 7.348 (4.563) – 3.687.304 1.426 3.691.515Baixas (20.951) (790) (3.060) – (582) (25.383)Depreciação – (21.107) (274.241) – (32.069) (327.417)Transferências Internas 6.299 14.954 255.860 (324.106) 46.993 –Juros capitalizados (ii) – – – 313.971 – 313.971Outros – (168) (495) (4.941) 382 (5.222)Saldo 31 de dezembro de 2015 1.776.761 438.188 2.718.311 6.620.794 204.877 11.758.931Adições (i) 34.290 – (79) 1.650.269 (1.270) 1.683.210Baixas (16.041) (7.734) (71.453) (148) 51.430 (43.946)Depreciação – (61.831) (635.363) – (87.708) (784.902)Transferências Internas 40.908 1.303.963 5.762.030 (7.505.427) 398.526 –Juros capitalizados (ii) – – – 130.640 – 130.640Outros (3.139) (15.197) (12.848) 76.008 (51.454) (6.630)Saldo 31 de dezembro de 2016 1.832.779 1.657.389 7.760.598 972.136 514.401 12.737.303(i) Líquido dos impostos recuperáveis (vide nota explicativa 9).(ii) Juros capitalizados ao ativo imobilizado relacionado aos financiamentos captados para custeio de projetos de investimeno, como Projeto Puma, vide notas axplicativas 14, 15 e 21.

ConsolidadoMáquinas, Obras e

Edifícios e equipamentos instalações emTerrenos construções e instalações andamento Outros Total

Saldo 31 de dezembro de 2014 2.013.562 453.484 2.745.677 2.949.530 189.134 8.351.387Adições (i) 9.737 (4.482) 4.330 3.692.435 2.091 3.704.111Baixas (20.951) (789) (3.077) – (488) (25.305)Depreciação – (21.268) (275.562) – (32.276) (329.106)Transferências Internas 6.299 14.954 255.860 (324.106) 46.993 –Juros capitalizados (ii) – – – 313.971 – 313.971Outros (34) (319) (1.142) (4.645) 228 (5.912)Saldo 31 de dezembro de 2015 2.008.613 441.580 2.726.086 6.627.185 205.682 12.009.146Adições (i) 35.881 3.996 23.789 1.648.987 4.689 1.717.342Baixas (16.041) (7.734) (71.453) (148) 51.526 (43.850)Depreciação – (61.955) (655.942) – (87.935) (805.832)Transferências Internas 40.908 1.303.963 5.780.037 (7.463.811) 338.903 –Juros capitalizados (ii) – – – 130.640 – 130.640Outros (3.314) (16.178) (30.860) 30.489 7.824 (12.039)Saldo 31 de dezembro de 2016 2.066.047 1.663.672 7.771.657 973.342 520.689 12.995.407(i) Líquido dos impostos recuperáveis (vide nota explicativa 9).(ii) Juros capitalizados ao ativo imobilizado relacionado aos financiamentos captados para custeio de projetos de investimeno, como Projeto Puma, vide notas axplicativas 14, 15 e 21.

A depreciação foi substancialmente apropriada ao custo de produção do exercício.Conforme mencionado na nota explicativa 1, com o início das operações do Projeto Puma em abril de2016 o montante de R$ 7.233.660 foi transferido para as contas definitivas dando início à sua deprecia-ção que em 2016 totalizou R$ 395.621, com isso, a capitalização de juros ao imobilizado foi interrompida.c) Vida útil e método de depreciaçãoO quadro abaixo demonstra as taxas anuais de depreciação pelo método linear que foram aplicáveisaos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, definida com base na vida útil econômicados ativos:

Taxa – %Edifícios e construções 2,86 a 3,33Máquinas, equipamentos e instalações 2,86 a 10 (i)

Outros 4 a 20(i) Taxa predominante de 8%.d) Obras e instalações em andamentoEm 31 de dezembro de 2016, o saldo de obras e instalações em andamento refere-se aos seguintesprincipais projetos: (i) finalização da nova fábrica de celulose (“Projeto Puma”), (ii) construção do Centrode Tecnologia de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos no Paraná e (iii) outros investimentos corren-tes nas operações da Companhia.e) Perdas pela não recuperabilidade de imobilizado (impairment)A Companhia não identificou indicadores de que o valor contábil exceda o valor recuperável de seusativos em 31 de dezembro de 2016 e 2015.

13Os ativos biológicos da Companhia compreendem o cultivo e plantio de florestas de pinus e eucaliptopara abastecimento de matéria-prima na produção de celulose de fibra curta, longa e fluff ,bem como utilizada no processo de produção de papel e vendas de toras de madeira para terceiros. Em31 de dezembro de 2016, considerando sua participação na área florestal da sua controlada em conjuntoFlorestal Vale do Corisco, a Companhia tem 232 mil hectares (235 mil hectares em 31 de dezembro de2015) de florestas plantadas, desconsiderando as áreas de preservação permanente e reserva legal quedevem ser mantidas para atendimento à legislação ambiental brasileira.O saldo dos ativos biológicos da Companhia, ao valor justo, pode ser assim demonstrado:

Controladora Consolidado2016 2015 2016 2015

Custo de formação dos ativos biológicos 832.519 836.726 1.181.274 1.103.596Ajuste ao valor justo dos ativos biológicos 1.564.943 2.020.416 2.475.322 2.502.793

2.397.462 2.857.142 3.656.596 3.606.389A avaliação dos ativos biológicos por seu valor justo considera certas estimativas, tais como: preço demadeira, taxa de desconto, plano de colheita das florestas e volume de produtividade, as quais estãosujeitas a incertezas, podendo gerar efeitos nos resultados futuros em decorrência de suas variações.a) Premissas para o reconhecimento do valor justo dos ativos biológicosA Companhia reconhece seus ativos biológicos a valor justo adotando as seguintes premissas em suaapuração:(i) Serão mantidas a custo histórico as florestas de eucalipto até o terceiro ano de plantio e florestas

de pinus até o quinto ano de plantio, em decorrência do entendimento da Administração de quedurante esse período, o custo histórico dos ativos biológicos se aproxima de seu valor justo, alémde ser possível de realizar os inventários para avaliação de crescimento e expectativa de produçãoda floresta somente após este período;

(ii) As florestas, após o terceiro e quinto ano de plantio, de eucalipto e pinus respectivamente, são valo-rizadas por seu valor justo, o qual reflete o preço de venda do ativo menos os custos necessáriospara colocação do produto em condições de venda ou consumo;

(iii) A metodologia utilizada na mensuração do valor justo dos ativos biológicos corresponde à projeçãodos fluxos de caixa futuros descontados de acordo com o ciclo de produtividade projetado dasflorestas, levando-se em consideração as variações de preço e crescimento dos ativos biológicos;

(iv) A taxa de desconto utilizada nos fluxos de caixa corresponde ao custo médio de capital ponderadoda Companhia, o qual é revisado anualmente pela Administração;

(v) Os volumes de produtividade projetados das florestas são definidos com base em uma estratifica-ção em função de cada espécie, material genético, regime de manejo florestal, potencial produtivo,rotação e idade das florestas. O conjunto dessas características compõe um índice denominadoIMA (Incremento Médio Anual), expresso em metros cúbicos por hectare/ano utilizado como basena projeção de produtividade. O plano de corte das culturas mantidas pela Companhia é variávelprincipalmente entre 6 e 7 anos para eucalipto e entre 14 e 15 anos para pinus;

(vi) Os preços dos ativos biológicos (madeira em pé), denominados em R$/metro cúbico são obtidospor meio de pesquisas de preço de mercado, divulgados por empresas especializadas. Os preçosobtidos são ajustados deduzindo-se os custos de capital referente a terras, em decorrência detratar-se de ativos contribuintes para o plantio das florestas e demais custos necessários paracolocação dos ativos em condição de venda ou consumo;

(vii) Os gastos com plantio referem-se aos custos de formação dos ativos biológicos;(viii) A apuração da exaustão dos ativos biológicos é realizada com base no valor justo dos ativos bio-

lógicos colhidos no período;(ix) A Companhia definiu por efetuar a reavaliação do valor justo de seus ativos biológicos trimestral-

mente, sob o entendimento de que esse intervalo é suficiente para que não haja defasagem sig-nificativa do saldo de valor justo dos ativos biológicos registrado em suas informações financeiras.

b) Reconciliação e movimentação das variações de valor justoControladora Consolidado

Saldo em 31 de dezembro de 2014 3.010.395 3.667.085Plantio 70.069 100.471Exaustão:. Custo histórico (77.728) (79.814). Ajuste ao valor justo (598.316) (605.489)Variação de valor justo por:. Preço 11.950 36.114. Crescimento 452.749 499.999Alienação de ativos (11.977) (11.977)Saldo em 31 de dezembro de 2015 2.857.142 3.606.389Plantio 112.467 144.868Exaustão:. Custo histórico (100.575) (114.509). Ajuste ao valor justo (516.842) (560.382)Variação de valor justo por:. Preço 2.376 (3.355). Crescimento 117.987 536.266Compra de ativos 81.263 81.263Alienação de ativos (33.944) (33.944)Constituição de controlada (i) (122.412) –Saldo em 31 de dezembro de 2016 2.397.462 3.656.596(i) Constituição de Sociedade em Conta de Participação descrita no item 1.4.A exaustão dos ativos biológicos dos exercícios apresentados foi substancialmente apropriada ao custode produção, após alocação nos estoques mediante colheita das florestas e utilização no processoprodutivo ou venda para terceiros.

c) Análise de sensibilidadeDe acordo com a hierarquia do CPC 46 (equivalente ao IFRS 13) – Mensurações do Valor Justo, o cál-culo dos ativos biológicos se enquadra no Nível 3, por conta de sua complexidade e estrutura de cálculo.Dentre as premissas utilizadas no cálculo destaca-se a sensibilidade aos preços utilizados na avaliaçãoe a taxa de desconto utilizada no fluxo de caixa descontado. Os preços praticados referem-se aos preços praticados nas regiões onde a Companhia está alocada, já a taxa de desconto corres-ponde ao custo médio de capital, levando em conta a taxa básica de juros (Selic) e níveis de inflação.Aumentos (reduções) significativos nos preços utilizados na avaliação resultariam em acréscimo(decréscimo) na mensuração do valor justo dos ativos biológicos. O preço médio ponderado utilizadona avaliação do ativo em 31 de dezembro de 2016 foi equivalente a R$59/m3 (R$57/ m3 em 31 dedezembro de 2015).Sobre a taxa de desconto, os efeitos significativos de elevação (redução) da taxa utilizado na mensu-ração do valor justo dos ativos biológicos, acarretaria em queda (elevação) dos valores mensurados. ACompanhia atualiza seu custo médio de capital ponderado anualmente, sendo utilizada a nova taxa àpartir da primeira avaliação trimestral de cada exercício, permanecendo a mesma utilizada no cálculo doprimeiro trimestre para os demais. A taxa de desconto utilizada na avaliação do ativo biológico em 31 dedezembro de 2016 foi de 6,4% em moeda constante (5,9% em 31 de dezembro de 2015).

14a) Composição dos empréstimos e financiamentos

2016Não

Juros anuais % Circulante Circulante TotalEm moeda nacional. BNDES – Projeto Puma 6,0 a TJLP + 2,48 275.339 1.840.803 2.116.142. BNDES – Outros TJLP + 4,82 e

cesta(i) + 2,06 171.488 526.220 697.708. BNDES – FINAME 2,5 a 10,28 102.389 210.599 312.988. Notas de crédito à exportação (em R$) CDI 79.415 942.500 1.021.915. Outros 1,0 a 6,8 55.020 57.224 112.244. Comissões (1.588) (7.589) (9.177)

682.063 3.569.757 4.251.820Em moeda estrangeira (ii). BNDES – Projeto Puma USD + 6,6 154.950 1.068.765 1.223.715. BNDES – Outros USD + 1,71 a 6,7 41.935 263.248 305.183. Pré pagamentos exportação USD + Libor 6M

+ 1,7 a 6,4 1.105.909 5.554.579 6.660.488. Notas de crédito à exportação USD + 2,0 a 8,0 441.995 896.253 1.338.248. Pré pagamentos exportação

com controladas USD + 3,1 a 5,7 33.495 1.580.664 1.614.159. BID USD + Libor 6M

+ 1,4 a 1,78 7.057 847.366 854.423. Finnvera USD + Libor 6M + 1 a 3,4 133.506 1.031.148 1.164.654. Outros USD + 1,9 8.158 32.591 40.749. Comissões (20.809) (122.631) (143.440)

1.906.196 11.151.983 13.058.179Total Controladora 2.588.259 14.721.740 17.309.999Nas Controladas:Em moeda estrangeira (ii). Bonds (Notes) USD + 5,2 38.980 1.629.550 1.668.530. Comissões (715) (4.644 (5.359). Eliminação de Pré-pagamentos

com controladas (33.495) (1.580.664) (1.614.159)4.770 44.242 49.012

Total Consolidado 2.593.029 14.765.982 17.359.011(i) Cesta composta substancialmente por dólares norte-americanos(ii) Em dólares norte-americanos

2015Não

Em moeda nacional Juros anuais % Circulante Circulante Total. BNDES – Projeto MA1100 TJLP + 2,0

e cesta(i) + 1,5 40.947 507 41.454. BNDES – Projeto Puma 6,0% a TJLP + 2,48 46.742 1.692.054 1.738.796. BNDES – Outros TJLP + 4,82 e

cesta(i) + 2,06 162.233 441.669 603.902. BNDES – FINAME 2,5% a 10,28% 107.882 312.311 420.193. Notas de crédito à exportação (em R$) CDI 219.679 961.500 1.181.179. Outros 1,0 a 6,8 72.693 155.995 228.688. Comissões (2.174) (4.040) (6.214)

648.002 3.559.996 4.207.998Em moeda estrangeira (ii)

. BNDES – Projeto Puma USD + 6,6 12.558 992.042 1.004.600

. BNDES – Outros USD + 1,71 a 6,7 50.182 284.867 335.049

. Pré pagamentos exportação USD + Libor 6M+ 1,7 a 6,4 492.904 5.347.602 5.840.506

. Notas de crédito à exportação USD + 2,0 a 8,0 415.180 1.581.444 1.996.624

. Pré pagamentos exportaçãocom controladas USD + 3,1 a 5,7 30.122 1.561.920 1.592.042

. Finnvera USD + Libor 6M+ 1 a 3,4 58.756 1.116.365 1.175.121

. Outros USD + 1,9 27.721 116.671 144.392

. Comissões (34.931) (110.031) (144.392)1.052.492 10.890.880 11.943.372

Total Controladora 1.700.494 14.450.876 16.151.370Nas Controladas:Em moeda estrangeira (ii)

. Bonds (Notes) USD + 5,2 46.790 1.952.400 1.999.190

. Comissões (856) (6.421) (7.277)

. Eliminação de Pré-pagamentoscom controladas (415.180) (1.581.444) (1.996.624)

(369.246) 364.535 (4.711)Total Consolidado 1.331.248 14.815.411 16.146.659BNDESA Companhia tem contratos com o BNDES que tiveram por finalidade o financiamento de projetos dedesenvolvimento industrial, como financiamento para a construção da nova máquina de papel em Cor-reia Pinto (SC), construção da nova máquina de reciclados em Goiana (PE), projeto de expansão dosegmento de papéis, denominado MA 1100 e projeto de construção de unidade de celulose denominadaProjeto Puma, com liquidação prevista para 2025. A amortização do financiamento está sendo realizadamensalmente com os respectivos juros.

Pré-pagamentos exportação e notas de crédito à exportaçãoAs operações de pré-pagamentos e notas de crédito à exportação foram captadas com a finalidade deadministração do capital de giro e desenvolvimento das operações da Companhia. A liquidação doscontratos está prevista para até fevereiro de 2024.Bonds (Notes)A Companhia, por meio de sua subsidiária integral “Klabin Finance S.A.” emitiu títulos representativos dedívida (Notes) no mercado internacional com listagem na Bolsa de Luxemburgo (Euro MTF). Os títulosperfazem um total de USD 500 milhões com prazo de vencimento de 10 anos, com cupom de 5,25%pagos semestralmente, com tipo de emissão Senior Notes 144A/Reg S.A. A captação foi concluída em16 de julho de 2014, tendo como objetivo de financiar as atividades da Companhia e de suas controladasdentro do curso normal dos negócios e atendendo os respectivos objetos sociais.Finnvera (Agência de crédito de exportação da Finlândia)Como parte do funding necessário para execução do Projeto Puma, a Companhia firmou contrato paracaptação de recursos, para utilizar no financiamento dos ativos adquiridos do Projeto Puma. O valordo compromisso é de até USD 460 milhões, divididos em duas tranches, sendo a primeira de até USD414 milhões com juros de 3,4% a.a. e a segunda tranche de até USD 46 milhões com juros de Libor6M + 1%a.a., sendo que dois desembolsos ocorreram em 2015 totalizando USD 325,7 milhões e umúltimo desembolso de USD 38,6 milhões foi liberado no quarto trimestre de 2016, totalizando USD 364,3milhões. O valor captado em USD foi menor que o inicialmente previsto devido o lastro das importaçõesser em Euro e da valorização do dólar frente ao Euro no período.BIDO valor do compromisso é de USD 300 milhões, dividido em duas tranches, sendo a primeira de USD150 milhões com juros de Libor 6M + 1,8% a.a. e a segunda tranche de USD 150 milhões com juros deLibor 6M + 1,4%. Em 2016 foram feitas três liberações totalizando USD 260 milhões. O restante seráliberado em 2017.b) Cronograma dos vencimentos não circulantesO vencimento dos financiamentos da Companhia em 31 de dezembro de 2016 classificados no passivonão circulante no balanço consolidado é demonstrado da seguinte forma:

2024 emAno 2018 2019 2020 2021 2022 2023 diante TotalValor 2.258.600 2.434.800 2.402.700 2.444.800 1.921.600 963.700 2.339.782 14.765.982c) Movimentação sumária dos empréstimos e financiamentos

Controladora ConsolidadoSaldo em 31 de dezembro de 2014 8.818.356 9.640.108Captações 5.503.704 4.925.579Provisão de Juros 783.758 889.295Variação cambial e monetária 3.264.954 3.429.519Amortizações e pagamento de juros (2.169.424) (2.279.124)Transferências comissões (49.978) (54.136)Saldo em 31 de dezembro de 2015 16.151.370 16.551.241Captações 4.855.343 4.505.275Provisão de Juros 989.976 980.258Variação cambial e monetária (2.345.511) (2.335.755)Amortizações e pagamento de juros 2.122.165 2.123.462Saldo em 31 de dezembro de 2016 17.309.999 17.359.011d) GarantiasOs financiamentos junto ao BNDES são garantidos por terrenos, edifícios, benfeitorias, máquinas, equi-pamentos e instalações das fábricas de Otacílio Costa-SC, Telêmaco Borba-PR e Ortigueira-PR, objetodos respectivos financiamentos, além de depósitos em garantia, bem como por avais dos acionistascontroladores Klabin Irmãos & Cia.O financiamento junto ao Finnvera é garantido pelas plantas industriais de Angatuba-SP, Lages-SC,Piracicaba-SP, Betim-MG e Goiana-PE.O financiamento junto ao BID é garantido pelas plantas industriais de Correa Pinto-SC, Jundiaí/DistritoIndustrial-SP e Jundiaí/Tijuco Preto-SP.Os empréstimos de crédito de exportação, pré-pagamentos de exportações e capital de giro não pos-suem garantias reais.e) Cláusulas restritivas de contratosA Companhia e suas controladas não têm quaisquer contratos de financiamentos mantidos na data dasreferidas informações financeiras que possuam cláusulas restritivas que estabeleçam obrigações quantoà manutenção de índices financeiros sobre as operações contratadas cujo descumprimento torne auto-maticamente exigível o pagamento da dívida.

15a) 6ª emissão de debênturesA companhia concluiu em 7 de janeiro de 2014 a subscrição e integralização da totalidade de 27.200.000debêntures emitidas em colocação privada, de valor unitário de R$62,50, totalizando R$1,7 bilhão. Asdebêntures são mandatoriamente conversíveis em ações, da espécie subordinada, em série única, semgarantias e em moeda nacional. A conversão das debêntures se dará na proporção de uma debênturepara 5 (cinco) “Units”, sendo esta o certificado de depósito de ações composto de 1 (uma) ação nomina-tiva ordinária – ON e 4 (quatro) ações preferenciais nominativas – PN.Cabe aos debenturistas a possibilidade de conversão das debêntures em “Units” de forma antecipadaa qualquer momento, após o período de lock up, correspondente a 18 meses após a emissão. Cabeà Companhia a conversão antecipada somente após a conclusão das obras do Projeto Puma comatingimento de níveis operacionais. Os recursos obtidos na emissão das debêntures foram destinados àconstrução da planta de celulose relacionada ao Projeto Puma.As debêntures terão prazo de vigência de 5 (cinco) anos, com vencimento em 8 de janeiro de 2019 eremuneração de 8% a.a., somada a variação monetária de reais por dólares americanos.Conforme aviso aos debenturistas publicado em 02/08/2016 a Companhia comunicou que atingiu o níveloperacional da fábrica de celulose de acordo com o previsto no item 4.6.3 da Escritura de Emissão, coma produção e comercialização de 300 mil toneladas de celulose.Desta forma, a Companhia realizará, em 31 de janeiro de 2018, a conversão da totalidade das debên-tures em circulação em “Units”.Adicionalmente, as debêntures participam em qualquer distribuição de resultado aos acionistas da Com-panhia, sendo calculada como se as ações que serão convertidas futuramente já existissem. Tais distri-buições tem seu valor deduzido do patrimônio líquido por conta de sua natureza como instrumento depatrimônio. A partir do dia 07 de julho de 2015, as debêntures começaram a ser negociadas na BM&FBovespa com o código KLBN-DCA61.De acordo com o CPC 39 – Instrumentos Financeiros Apresentação, a Companhia contabilizou as refe-ridas debêntures como instrumento composto (híbrido), tendo sido determinado o valor presente dosjuros até a conversão e reconhecido como passivo financeiro, e o valor contábil do instrumento patrimo-nial contabilizado pelo valor líquido, ou seja, o valor total das debêntures deduzido o valor presente dosjuros a pagar e deduzidos os custos de emissão do título, registrado em conta de “Reserva de Capital”no Patrimônio Líquido.b) 7ª emissão de debênturesA companhia concluiu em 23 de junho de 2014 a 7ª emissão de debêntures sendo emitidas 55.555.000debêntures simples, com garantia fidejussória, conjugadas com bônus de subscrição, pelo valor nominalunitário de R$ 14,40, totalizando R$ 800 milhões, divididas em duas séries de 27.777.500 debênturescada de forma simultânea.

Valor Valor Total Bônus deQuantidade Unitário em R$ mil Taxa de Juros Vencimento Amortização Juros Natureza subscrição

Sem Dívida1ª série 27.777.500 14,40 399.996 IPCA + 7 ,2 5% 15/06/2020 amortização Semestral conversível Sim2ª série 27.777.500 14,40 399.996 IPCA + 2 ,5 0% 15/06/2022 Semestral Semestral Dívida Não

55.555.000 799.992(i) 1ª Série – As Debêntures da 1ª Série têm vencimento em 15 de junho de 2020, terão rendimento de

IPCA + 7,25% ao ano, com pagamento de juros semestralmente com dois anos de carência, semamortização do principal, e têm natureza de dívida conversível, haja vista que podem ser utilizadasa qualquer tempo até o vencimento, a critério do titular, para subscrever e integralizar em ações deemissão da Companhia na forma de “Units” (composta por 1 ação ordinária – ON e 4 ações preferen-ciais – PN), na proporção de 1 (uma) Unit para cada Debênture, por meio do exercício dos bônus desubscrição que serão atribuídos como vantagem adicional aos debenturistas.

(ii) 2ª Série – As Debêntures da 2ª Série têm vencimento em 15 de junho de 2022, terão rendimentode IPCA + 2,50% ao ano, pagos semestralmente juntamente com a amortização do principal, comdois anos de carência, e não têm natureza de dívida conversível, estando, portanto desatreladas dosBônus de Subscrição.

O adquirente da 1ª Série obrigatoriamente deve adquirir debêntures da 2ª Série. Foi alocado ao patri-mônio líquido, o montante de R$ 28.503 decorrente do bônus de subscrição das debêntures emitidas.Cabe aos debenturistas a possibilidade de conversão das debêntures em “Units” de forma antecipadaa qualquer momento.Foram subscritas pelo BNDES 98,86% das debêntures e o restante pelos demais acionistas no mercado.c) Composição do saldo de debêntures

Controladora e Consolidado Controladora e Consolidado2016 2015

6ª 7ª 6ª 7ªEmissão Emissão Total Emissão Emissão Total

Passivo circulante. Principal – 61.538 61.538 – 61.538 61.538. Juros 136.000 69 136.069 69.700 175.913 245.613. Correção monetária/

Participação resultados 47.473 – 47.473 22.659 – 22.659183.473 61.607 245.080 92.359 237.451 329.810

Passivo não circulante. Principal – 676.881 676.881 – 738.419 738.419. Juros 136.000 – 136.000 272.000 – 272.000. Ajuste a valor presente de juros (15.093) – (15.093) (44.114) – (44.114). Correção monetária/

Participação resultados 62.799 32.372 95.171 184.076 18.801 202.877. Bônus subscrição – (28.503) (28.503) – (28.503) (28.503)

183.706 680.750 864.456 411.962 728.717 1.140.679Patrimônio líquido – reservade capital

. Debênture emitida 1.691.552 – 1.691.552 1.692.932 – 1.692.932

. Juros até o vencimento avalor presente (410.119) – (410.119) (410.119) – (410.119)

. Bônus subscrição – 28.503 28.503 – 28.503 28.503

. Custo emissão da debênture (29.841) – (29.841) (29.841) – (29.841)1.251.592 28.503 1.280.095 1.252.972 28.503 1.281.475

Total 1.618.771 770.860 2.389.631 1.757.293 994.671 2.751.964Foram pagos em 2016 o montante de R$ 112.981 de juros das debêntures da 6ª Emissão e o montantede R$ 337.159 de juros das debêntures da 7ª Emissão.Em decorrência do exercício do direito de conversão requerido por parte dos debenturistas da 6ªEmissão, 135.172 debêntures foram convertidas desde o fim do período de lock-up em 6 de julho de2015. Deste total, 22.082 debêntures foram convertidas em 2016.

16Controladora Consolidado

2016 2015 2016 2015Moeda nacional 590.754 524.819 591.234 524.889Moeda estrangeira 29.148 171.458 43.622 177.310

619.902 696.277 634.856 702.199A Companhia, em geral, opera com prazo médio de pagamento junto a seus fornecedores operacionaisde aproximadamente 36 dias. No caso de fornecedores de ativos imobilizados os prazos seguem nego-ciação comercial de cada operação.a) CompromissosPor conta do Projeto Puma de construção da planta de celulose, foram negociados contratos com os for-necedores participantes do projeto relacionados às principais máquinas, equipamentos e serviços commontante de aproximadamente R$ 150 milhões compromissados em 31 de dezembro de 2016, devendoser desembolsados ao longo de 2017.A Companhia possui diversos contratos de arrendamento de terras para desenvolvimento da atividadeflorestal no cultivo de pinus e eucalipto firmado com terceiros nos estados de São Paulo, Paraná e SantaCatarina com vencimento até 2041. O arrendamento é calculado com base no real/hectare acordadoentre as partes pelos prazos definidos.O quadro a seguir demonstra a projeção dos valores que serão desembolsados ao longo dos anos.

2016Consolidado

2017 21.6682018 19.9452019 19.3102020 17.3792021 13.8872022 – 2026 41.8012027 – 2031 22.0082032 – 2036 9.6382037 – 2041 1.401

167.037A Companhia e suas controladas não têm na data dessas demonstrações financeiras outros compromis-sos futuros relevantes firmados que já não estejam divulgados.

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Klabin S.A.2 0 1 7

continua …www.klabin.com.br

… continuação das Notas Explicativas da Administração estão sendo apresentadas em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma17

a) Riscos provisionadosCom base na análise individual dos processos impetrados contra a Companhia e suas controladas esuportadas por opinião de seus consultores jurídicos, foram constituídas provisões no passivo não circu-lante, para riscos com perdas consideradas prováveis, demonstradas a seguir:

2016Depósitos Depósitos

Montante Judiciais Passivo JudiciaisNa controladora: Provisionado Vinculados Líquido sem vínculoTributárias:. PIS/COFINS – – – 28.366. ICMS/IPI – – – 22.320. IR/CS (3.573) 3.573 – 139. OUTRAS (1.546) 1.546 – 2.499

(5.119) 5.119 – 53.324Trabalhistas (54.386) 21.475 (32.911) –Cíveis (10.978) 4.331 (6.647) –

(70.483) 30.925 (39.558) 53.324Nas controladas:Outras – – – 1.455Consolidado (70.483) 30.925 (39.558) 54.779

2015Depósitos Depósitos

Montante Judiciais Passivo JudiciaisNa controladora: Provisionado Vinculados Líquido sem vínculoTributárias:. PIS/COFINS – – – 27.194. ICMS/IPI – – – 22.319. IR/CS (3.573) 3.573 – 1.116. OUTRAS (1.890) 1.890 – 1.959

(5.463) 5.463 – 52.588Trabalhistas (50.662) 16.174 (34.488) –Cíveis (9.672) 1.731 (7.941) –

(65.797) 23.368 (42.429) 52.588Nas controladas:Outras 1 – 1 1.435Consolidado (65.796) 23.368 (42.428) 54.023Em 31 de dezembro de 2016, os riscos provisionados pela Companhia correspondem a processosde natureza tributária principalmente de questionamentos acerca de tributação de imposto de rendae contribuição social sobre correções monetárias da Lei 8.200/91, processos de natureza trabalhista,correspondentes, em sua maioria, de ações ingressadas por ex-empregados das plantas da Companhiae versam sobre pagamento de direitos trabalhistas (verbas rescisórias, horas extras, adicionais de peri-culosidade e insalubridade), indenizações e responsabilidade subsidiária, além de ações de naturezacível, concentrados, em sua maioria, em ações de indenização por danos materiais e/ou morais decor-rentes de acidentes.b) Movimentação sumária do montante provisionado

ConsolidadoExposição

Tributárias Trabalhistas Cíveis líquidaSaldo em 31 de dezembro de 2014 (1.332) (44.768) (6.906) (53.006)Provisão/Novos Processos (965) (8.200) (902) (10.067)Baixas e Reversões 2.297 12.448 – 14.745Atualização Monetária (5.463) (10.142) (1.864) (17.469)Movimentação de Depósito 5.463 16.174 1.731 23.368Saldo em 31 de dezembro de 2015 – (34.488) (7.941) (42.429)Provisão/Novos Processos – (5.707) (1.439) (7.146)Baixas e Reversões – 5.148 1.568 6.716Atualização Monetária (5.119) (19.339) (3.165) (27.623)Movimentação de Depósito 5.119 21.475 4.330 30.924Saldo em 31 de dezembro de 2016 – (32.911) (6.647) (39.558)c) Provisões fiscais, previdenciárias, trabalhistas e cíveis não reconhecidasEm 31 de dezembro de 2016, a Companhia e suas controladas tinham outros processos tributários,trabalhistas e cíveis envolvendo riscos de perda avaliados como “possíveis” que totalizam aproximada-mente e respectivamente: R$1.599.834, R$242.175 e R$112.967. Com base na análise individual doscorrespondentes processos judiciais e suportados por opinião de seus consultores jurídicos, a Adminis-tração entende que estes processos tem os prognósticos de perda avaliados como “possíveis” e, dessaforma, não são provisionados.d) Processos ativosEm 31 de dezembro de 2016 a Companhia figurava em processos judiciais envolvendo causas ativas,para as quais não existem valores reconhecidos em suas informações financeiras, sendo os ativosreconhecidos somente após o trânsito em julgado dos processos e que o ganho seja virtualmente certo.De acordo com a opinião de seus consultores jurídicos alguns processos são avaliados como “prováveis”de ganho de causa. Dentre os referidos processos, destaca-se o requerimento ao crédito presumidode IPI sobre as aquisições de energia elétrica, óleo combustível e gás natural utilizados no processoprodutivo.e) Adesão ao REFISEm 31 de dezembro de 2016, o saldo a pagar do REFIS (Lei 11.941/09 e Lei 12.865/13) registrado nacontroladora e no consolidado, totaliza R$ 407.248, sendo R$ 66.884 contabilizado no curto prazo eR$ 340.364 no longo prazo (R$ 423.012 em 31 de dezembro de 2015, sendo R$ 61.772 no curto prazoe R$ 361.240 no longo prazo). Estes valores são atualizados pela taxa efetiva de juros que consideraos valores futuros e a variação da Selic, sendo pagos em parcelas mensais, com liquidação previstapara 2029.

18a) Capital socialO capital social da Klabin S.A., subscrito e integralizado, em 31 de dezembro de 2016 está dividido em4.733.181.140 ações (4.732.629.090 em 31 de dezembro de 2015), sem valor nominal, correspondentea R$ 2.384.484 (R$ 2.383.104 em 31 de dezembro de 2015), assim distribuído:

2016 2015Ações Ações Ações Ações

Acionistas ordinárias preferenciais ordinárias preferenciaisBNDESPAR 42.573.128 170.292.512 49.425.928 197.703.712The Bank of New YorkDepartament 57.901.224 231.604.896 57.891.204 231.564.816

Capital World Investors 58.026.600 232.106.400 63.474.000 253.896.000Monteiro Aranha S/A 49.290.692 197.194.218 70.290.789 281.163.156Klabin Irmãos & Cia 941.837.080 – 941.837.080 –Niblak Participações S/A 142.023.010 – 142.023.010 –Outros 525.670.981 1.924.921.399 493.234.594 1.795.207.301Ações em tesouraria 31.947.800 127.791.200 30.983.500 123.934.000

1.849.270.515 2.883.910.625 1.849.160.105 2.883.468.985Além das ações ordinárias e preferenciais nominativas, a Companhia negocia certificados de depósitode ações, denominados “Units”, correspondentes ao lote de 1 (uma) ação ordinária – ON e 4 (quatro)ações preferenciais – PN.O capital autorizado da Companhia é de 5.600.000.000 de ações nominativas ordinárias – ON e/ounominativas preferenciais – PN aprovado em Assembleia Geral Extraordinária de 20 de março de 2014.Aumento de capital pelo exercício do direito de conversão das debênturesEm decorrência do exercício do direito de conversão requerido pelos debenturistas da 6ª Emissão, oConselho de Administração da Companhia em Reunião Extraordinária realizada em 26 de abril de 2016homologou o aumento de capital social subscrito e integralizado, dentro do limite do capital autorizado,no valor de R$9.562, com emissão de 765 ações ordinárias e 3.060 ações preferenciais, corresponden-tes à conversão de 153 debêntures.Com a conversão de debêntures supra mencionada, o capital social subscrito e integralizado da Com-panhia passa para R$ 2.384.484, dividido em 4.733.181.140 ações nominativas e sem valor nominal,sendo 1.849.270.515 ações ordinárias e 2.883.910.625 ações preferenciais.b) Ações em tesourariaEm 31 de dezembro de 2016 a Companhia mantém em tesouraria 159.739.000 ações de sua própriaemissão, correspondente a 31.947.800 “Units”. O preço em 29 de dezembro de 2016 em negociação naBolsa de Valores de São Paulo foi de R$ 17,72 por “Unit” (código KLBN11 na BM&FBovespa).Em maio de 2016 a Companhia efetuou a recompra de 400.000 “Units”, com preço médio de R$16,50por “Unit” e valor total de recompra equivalente a R$6.601. Em julho e setembro de 2016 a Companhiaefetuou a recompra de 160.000 “Units”, com preço médio de R$16,20 por “Unit” e valor total de recompraequivalente a R$2.593. No quarto trimestre a Companhia efetuou a recompra de 1.064.500 “Units”, compreço médio de R$ 14,16 por “Unit” e o valor total de recompra equivalente a R$ 15.068.De acordo com o Plano de Outorga de ações, descrito na nota explicativa 22, concedido como remu-neração de longo prazo aos executivos da Companhia, em fevereiro e março de 2016 foram alienadas1.475.000 ações mantidas em tesouraria, correspondentes a 295.000 “Units”, e concedido em regimede outorga o usufruto de 3.006.000 ações, correspondentes a 601.200 “Units”, baixadas de tesouraria.c) Ajustes de avaliação patrimonialCriado pela Lei 11.638/07, o grupo de “Ajustes de avaliação patrimonial” mantido no patrimônio líquidoda Companhia comporta ajustes de avaliações com aumentos e diminuições de ativos e passivos,quando aplicável.O saldo mantido pela Companhia corresponde à adoção do custo atribuído do ativo imobilizado (“dee-med cost”) para as terras florestais, opção exercida na adoção inicial dos novos pronunciamentos con-tábeis convergentes aos IFRS em 1º de janeiro de 2009; variação cambial de controladas mantidas noexterior com moeda funcional diferente da controladora; saldos referentes ao plano de outorga de açõesconcedido aos executivos (nota explicativa 22); e atualizações do passivo atuarial.

Controladora e Consolidado2016 2015

Custo atribuído imobilizado (terras) 1.085.208 1.090.550Variação cambial controlada exterior (56.505) (31.778)Plano de outorga de ações 4.115 3.801Passivo atuarial (4.580) 1.608

1.028.238 1.064.181A variação cambial de controlada no exterior será realizada contra o resultado somente no caso dealienação ou perecimento da investida. Os demais itens que compõem o saldo de ajuste de avaliaçãopatrimonial, por conta de sua natureza e força de norma contábil, não serão realizados contra o resul-tado, mesmo na sua realização financeira.d) DividendosOs dividendos representam a parcela de lucros auferidos pela Companhia, que é distribuído aos acionis-tas a título de remuneração do capital investido nos exercícios sociais. Todos os acionistas têm direito areceber dividendos, proporcionais a sua participação acionária, conforme asseguradopela legislação societária brasileira e o Estatuto Social da Companhia. Também é previsto no EstatutoSocial, a faculdade da Administração de distribuir dividendos intermediários durante o exercício de formaantecipada, “ad referendum” da Assembleia Geral Ordinária destinada a apreciar as contas do exercício.A base de cálculo do dividendo obrigatório definida no Estatuto Social da Companhia é ajustada pelaconstituição, realização e reversão, no respectivo exercício, da “Reserva de Ativos Biológicos”, outor-gando aos acionistas da Companhia o direito ao recebimento a cada exercício de um dividendo mínimoobrigatório de 25% do lucro líquido anual ajustado. Adicionalmente, é facultado à Companhia a distribui-ção de dividendos com saldos de “Reservas de Lucros” mantidos no Patrimônio Líquido.A distribuição do lucro do exercício de 2016 está disposta da seguinte forma:

Controladora(=) Lucro líquido do exercício 2.481.946(-) Constituição de reserva legal (5% do lucro líquido) (124.097)(+) Realização da reserva de ativos biológicos – próprios 341.116(-) Constituição da reserva de ativos biológicos – próprios (79.440)(-) Constituição da reserva de ativos biológicos – controladas (*) (553.810)(-) Constituição de reserva de incentivos fiscais (44.601)(+) Realização de custo atribuído imobilizado (terras) 5.342(=) Lucro base para distribuição do dividendo obrigatório 2.026.456(=) Dividendo mínimo obrigatório conforme Estatuto Social (25%) 506.614Dividendos intermediários distribuídos do resultado do exercício de 2016Abril (pagos em 11 de maio de 2016). R$ 22,37 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais 102.500. R$ 111,86 por lote de mil “Units”Julho (pagos em 10 de agosto de 2016). R$ 23,58 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais 107.988. R$ 117,91 por lote de mil “Units”Outubro (pagos em 14 de novembro de 2016). R$ 25,56 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais 117.000. R$ 127,76 por lote de mil “Units”

327.488

Proposta de dividendos complementares do exercício de 2016para aprovação AGO

. R$ 39,36 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais 180.000

. R$ 196,79 por lote de mil “Units”(-) Total dos dividendos sobre o resultado de 2016 distribuídos 507.488(-) Participação de lucros de debêntures mandatóriasconversíveis em ações 47.128

(-) Constituição de reserva para investimento e capital de giro 1.471.8402.026.456

(*) Contido no resultado de equivalência patrimonial.A Administração da Companhia apresentará na Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada em 8 demarço de 2017, juntamente com a aprovação das contas do exercício, proposta para distribuição de divi-dendos complementares do exercício de 2016 equivalentes a R$ 180.000, correspondentes a R$ 39,36por lote de mil ações ON e PN e R$ 196,79 por lote de mil “Units”, distribuídos com parcela do resultadodo exercício (vide Nota Explicativa 28). O total dos dividendos propostos do resultado do exercício de2016 perfaz o montante de R$ 507.488.Durante o exercício de 2016, foram efetivamente pagos R$ 447.503, entre R$ 327.488 em dividendosintermediários do exercício de 2016 e R$ 120.015 a título de Reservas de Lucros.

e) Participação de lucros de debêntures mandatóriasConforme mencionado na nota explicativa 15, é cabível aos detentores das debêntures mandatoria-mente conversíveis em ações da 6ª emissão, participação nos lucros quando da distribuição de dividen-dos aos acionistas da Companhia.O montante é calculado considerando a quantidade de ações que serão futuramente convertidas, cor-respondentes a 135.324.140 ações ordinárias e 541.296.560 ações preferenciais, após as conversõesantecipadas realizadas até 31 de dezembro de 2016. Em 2016 foram efetivamente pagos R$ 64.863 departicipação nos lucros para os debenturistas da 6ª emissão.

19A receita líquida da Companhia é composta como segue:

Controladora Consolidado2016 2015 2016 2015

Receita bruta de vendas de produtos 8.081.481 6.604.846 8.204.424 6.745.775Descontos e abatimentos (34.464) (21.195) (61.718) (57.885)Impostos incidentes sobre vendas (1.037.755) (964.084) (1.051.908) (1.000.301)

7.009.262 5.619.567 7.090.798 5.687.589. Mercado interno 4.218.569 3.856.795 4.229.957 3.841.390. Mercado externo 2.790.693 1.762.772 2.860.841 1.846.199Receita líquida de vendas 7.009.262 5.619.567 7.090.798 5.687.589

20Controladora Consolidado

2016 2015 2016 2015Custos variáveis (matérias primas emateriais de consumo) (2.511.917) (2.029.016) (2.455.915) (2.016.991)

Gastos com pessoal (1.289.910) (896.603) (1.302.939) (905.660)Depreciação, amortização e exaustão (1.409.087) (987.779) (1.423.112) (998.727)Fretes (334.182) (255.591) (340.808) (261.921)Contratação de serviços (399.661) (272.523) (403.698) (275.276)Receita na alienação de ativos imobilizados 105.289 17.400 105.289 17.400Custo na alienação e baixa deativos imobilizados (60.619) (10.490) (60.619) (10.490)

Outras (323.586) (250.813) (393.082) (309.856)(6.223.673) (4.685.415) (6.274.884) (4.761.521)

21Controladora Consolidado

2016 2015 2016 2015Receitas financeiras. Rendimento sobre aplicações financeiras 605.476 519.554 624.599 535.637. Pis/Cofins sobre receitas financeiras (53.081) – (53.081) –. Outras (i) 307.414 19.273 307.427 46.262

859.809 538.827 878.945 581.899Despesas financeiras. Juros financiamentos e debêntures (1.101.086) (947.960) (1.095.332) (967.716). Juros REFIS (ii) (48.777) (47.653) (48.777) (47.653). Juros capitalizados noimobilizado (iii) 130.640 313.971 130.640 313.971

. Amortização Ajuste ValorPresente Debêntures (29.016) (40.891) (29.016) (40.891)

. Aval financiamentos – partes relacionadas (30.226) (22.266) (30.226) (22.266)

. Remuneração de investidores – SCPs – – (39.729) (13.052)

. Outras (114.338) (54.732) (118.648) (69.892)(1.192.803) (799.531) (1.231.088) (847.499)

Variação cambial. Variação cambial de ativos (214.961) 395.069 (214.090) 393.287. Variação cambial de passivos 2.413.661 (3.587.818) 2.383.022 (3.567.317)

2.198.700 (3.192.749) 2.168.932 (3.174.030)Resultado financeiro 1.865.706 (3.453.453) 1.816.789 (3.439.630)(i) Vide informações na nota explicativa 9 relativas ao crédito de IPI apurado em ganho do processo

tributário.(ii) Vide informações na nota explicativa 17.(iii) Vide informações na nota explicativa 12.

22Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 10 de julho de 2012, foi aprovado o Programa deOutorga de Ações (“Plano”) como benefício a membros da diretoria e colaboradores estratégicos daCompanhia.A CVM autorizou a Companhia, através do OFICIO/CVM/SEP/GEA-2/No 221/2012 a realizar as opera-ções privadas abrangidas pelo plano de incentivo a seus diretores e funcionários, excluído os acionistascontroladores, de realizar transferência privada de ações mantidas em tesouraria.De acordo com o referido Plano, a Companhia estabeleceu que os diretores estatutários e não estatutá-rios poderão utilizar um percentual de 25% a 70% de sua remuneração variável para aquisição de açõesmantidas em tesouraria, onde a Companhia concederá o usufruto de mesma quantidade de ações aoadquirente por três anos em regime de outorga, passando a propriedade nua das ações aos mesmosapós 3 anos, desde que cumpridas as cláusulas estabelecidas no Plano.Para os colaboradores estratégicos da Companhia, o Plano não prevê aquisição de ações por parte doscolaboradores, somente a concessão do usufruto de um determinado número de ações em regime deoutorga por 3 anos, passando a propriedade nua dessas ações ao beneficiário, desde que cumpridasas cláusulas estabelecidas.O usufruto concede ao beneficiário o direito aos dividendos distribuídos no período em que o benefícioestiver válido.O valor de aquisição das ações em tesouraria pelos beneficiários do Plano será obtido pela média dascotações de valor de mercado dos últimos 60 pregões das ações da Companhia, ou de sua cotação nadata de aquisição, dos dois o menor. O valor das ações concedidas em usufruto corresponde à cotaçãodas ações em negociação na Bolsa de Valores de São Paulo no dia da operação.As cláusulas para que a transferência das ações outorgadas seja consumada, estabelecem a perma-nência do beneficiário na Companhia e não alienação das ações adquiridas na adesão do Plano. Asações outorgadas também podem ser imediatamente cedidas em caso de demissão por iniciativa daCompanhia, aposentadoria ou falecimento do beneficiário, neste último caso passando o direito dasações ao espólio.As ações outorgadas e a despesa proporcional ao prazo de outorga, reconhecida no resultado é acu-mulada no patrimônio líquido no grupo de “Ajustes de Avaliação Patrimonial”, até o fim da outorga, sejapelo vencimento do prazo de três anos, ou qualquer outra cláusula do Plano que encerre a outorga.

O quadro abaixo apresenta as informações dos planos pactuados:a) Diretores estatutários e não estatutários

Plano 2011 Plano 2012 Plano 2013 Plano 2014 Plano 2015 TotalData início do plano 01/03/2012 01/03/2013 01/03/2014 01/03/2015 01/03/2016 –Data término da outorga 01/03/2015 01/03/2016 01/03/2017 01/03/2018 01/03/2019 –Ações em tesouraria adquiridas pelos beneficiários (i) 2.375.000 1.904.500 2.302.500 1.855.000 1.475.000 9.912.000Valor de compra por ação (R$) (i) 1,56 2,57 2,34 2,84 4,23 –Ações em tesouraria concedidas em usufruto (i) 2.375.000 1.904.500 2.302.500 1.855.000 1.475.000 9.912.000Valor do usufruto por ação (R$) (i) 1,75 2,67 2,29 3,26 4,30 –Despesa acumulada do plano – desde o início 4.166 5.089 4.971 3.869 1.762 19.857Despesa do plano – 1/1 à 31/12/2015 694 1.696 1.754 1.681 – 5.825Despesa do plano – 1/1 à 31/12/2016 – 283 1.783 2.189 1.762 6.017b) Colaboradores estratégicos

Plano 2012 Plano 2013 Plano 2014 Plano 2015 TotalData início do plano (ii) 01/03/2013 30/04/2014 30/04/2015 30/03/2016 –Data término da outorga 01/03/2016 30/04/2017 30/04/2018 30/03/2019 –Ações em tesouraria concedidas em usufruto (i) 682.500 542.500 372.500 351.000 1.948.500Valor do usufruto por ação (R$) (i) 2,67 2,30 3,36 4,34 –Despesa acumulada do plano – desde o início 1.824 1.164 800 380 4.168Despesa do plano – 1/1 à 31/12/2015 608 423 342 – 1.373Despesa do plano – 1/1 à 31/12/2016 101 423 457 380 1.361(i) Considera o desdobramento de ações mencionado na nota explicativa 1 da DF de 31/12/2015.(ii) O Plano de 2012 foi concedido em junho de 2013 de forma retrospectiva.

23O cálculo do resultado básico por ação é efetuado através da divisão do lucro do exercício atribuível aos detentores de ações ordinárias - ON e preferenciais – PN da Companhia, pela quantidade média ponderadade ações disponíveis durante o período. A Companhia possui debêntures mandatoriamente conversíveis em ações (vide nota explicativa 15) registradas no patrimônio líquido, portanto, na quantidade de açõesjá é considerada a conversão futura das debêntures em ações na quantidade total de ações.As ações oriundas da eventual futura conversão em ações da 7ª emissão de debêntures (vide nota explicativa 15) não foram consideradas no cálculo do lucro por ação diluído por não ter efeito diluidor. Comisso, o resultado diluído por ação é igual ao resultado básico por ação.Conforme mencionado na nota explicativa 18, as movimentações sobre o saldo de ações em tesouraria afetam a média ponderada da quantidade de ações preferenciais em tesouraria no cálculo do exercíciofindo em 31 de dezembro de 2016, sendo a média ponderada utilizada no cálculo do resultado por ação apurada da seguinte forma:Quantidade ponderada de ações em Tesouraria – 31 de dezembro de 2016 (i)

Jan Fev Mar a Mai Jun Jul Ago a Out Nov Dez 12 Meses 2016

154.917.500 x 1/12 + 151.967.500 x 1/12 + 151.616.500 x 3/12 + 153.616.500 x 1/12 + 154.116.500 x 1/12 + 154.416.500 x 3/12 + 156.739.000 x 1/12 + 159.739.000 x 1/12 = 154.099.583(i) Visto que a Companhia possui somente “Units” em tesouraria, a divisão entre ações ON e PN é feita conforme composição de “Units”.O quadro abaixo, apresentado em R$, reconcilia o resultado apurado nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 no cálculo do resultado por ação básico e diluído:

Controladora e Consolidado1/1 à 31/12/2016

Ordinárias (ON) Preferenciais (PN) TotalDenominadorMédia ponderada da quantidade de ações total 1.849.270.515 2.883.910.625 4.733.181.140Quantidade de ações a serem convertidas nas debêntures 135.324.140 541.296.560 676.620.700Quantidade de ações em tesouraria ponderada (30.819.917) (123.279.667) (154.099.583)Média ponderada da quantidade de ações circulantes 1.953.774.738 3.301.927.518 5.255.702.257% de ações em relação ao total 37,17% 62,83% 100%NumeradorResultado líquido atribuível a cada classe de ações (R$) 922.648.042 1.559.297.958 2.481.946.000Média ponderada da quantidade de ações circulantes 1.953.774.738 3.301.927.518 5.255.702.257Resultado por ação básico e diluído (R$) 0,4722 0,4722

Controladora e Consolidado1/1 à 31/12/2015

Ordinárias (ON) Preferenciais (PN) TotalDenominadorMédia ponderada da quantidade de ações total 1.849.160.105 2.883.468.985 4.732.629.090Quantidade de ações a serem convertidas nas debêntures 135.434.550 541.738.200 677.172.750Quantidade de ações em tesouraria ponderada (30.238.958) (120.955.833) (151.194.792)Média ponderada da quantidade de ações circulantes 1.954.355.697 3.304.251.352 5.258.607.048% de ações em relação ao total 37,16% 62,84% 100%NumeradorResultado líquido atribuível a cada classe de ações (R$) (465.749.327) (787.447.673) (1.253.197.000)Média ponderada da quantidade de ações circulantes 1.954.355.697 3.304.251.352 5.258.607.048Resultado por ação básico e diluído (R$) (0,2383) (0,2383)

24a) Critérios de identificação dos segmentos operacionaisA Companhia procedeu com a segmentação de sua estrutura operacional levando em consideração a forma com a qual a Administração gerencia o negócio. Os segmentos operacionais definidos pela Adminis-tração são demonstrados abaixo:(i) Segmento Florestal: envolve as operações de plantio e cultivo florestal de pinus e eucalipto para abastecimento das fábricas de papéis e celulose da Companhia e venda de madeiras (toras) para terceiros

no mercado interno.(ii) Segmento de Papéis: envolve substancialmente a produção e as operações de venda de bobinas de papel cartão, papel kraftliner e papel reciclado nos mercados interno e externo.(iii) Segmento de Conversão: envolve a produção e as operações de venda de caixas de papelão ondulado, chapas de papelão ondulado e sacos industriais, nos mercados interno e externo.(iv) Segmento de Celulose: envolve a produção e comercialização de celulose de fibra curta, longa e fluff nos mercados interno e externo.b) Informações consolidadas dos segmentos operacionais

1/1 à 31/12/2016Corporativa/

Florestal Papéis Conversão Celulose Eliminação Total ConsolidadoReceitas líquidas:.Mercado interno 324.361 1.559.274 2.163.545 185.449 (2.672) 4.229.957.Mercado externo – 1.530.321 264.428 1.066.092 – 2.860.841Receita de vendas para terceiros 324.361 3.089.595 2.427.973 1.251.541 (2.672) 7.090.798Receitas entre segmentos 1.101.307 1.219.165 18.335 13.615 (2.352.422) –Vendas líquidas totais 1.425.668 4.308.760 2.446.308 1.265.156 (2.355.094) 7.090.798Variação valor justo ativos biológicos 532.911 – – – – 532.911Custo dos produtos vendidos (1.621.872) (2.847.660) (2.059.276) (1.075.843) 2.377.628 (5.227.023)Lucro bruto 336.707 1.461.100 387.032 189.313 22.534 2.396.686Despesas/ receitas operacionais (45.170) (421.517) (309.707) (245.085) 22.939 (998.540)Resultado operacional antes do resultado financeiro 291.537 1.039.583 77.325 (55.772) 45.473 1.398.146Venda de produtos (em toneladas).Mercado interno – 553.071 659.394 103.874 – 1.316.339.Mercado externo – 590.875 48.955 693.414 – 1.333.244.Entre segmentos – 763.464 2.975 9.040 (775.479) –

– 1.907.410 711.324 806.328 (775.479) 2.649.583Venda de madeira (em toneladas).Mercado interno 2.461.870 – – – – 2.461.870.Entre segmentos 11.922.206 – – – (11.922.206) –

14.384.076 – – – (11.922.206) 2.461.870Investimentos no período 284.644 311.162 228.844 1.726.589 15.408 2.566.647Depreciação, exaustão e amortização (724.057) (273.467) (51.663) (368.549) (5.376) (1.423.112)Ativo total – 31/12/2016 7.293.614 5.612.131 1.489.221 8.605.092 6.313.671 29.313.729Passivo total – 31/12/2016 1.562.441 601.323 244.223 330.453 19.474.953 22.213.393Patrimônio líquido – 31/12/2016 5.731.173 5.010.808 1.244.998 8.274.639 (13.161.282) 7.100.336

1/1 à 31/12/2015Corporativa/

Florestal Papéis Conversão Celulose Eliminação Total ConsolidadoReceitas líquidas:.Mercado interno 364.095 1.421.589 2.055.407 – 299 3.841.390.Mercado externo – 1.610.977 235.222 – – 1.846.199Receita de vendas para terceiros 364.095 3.032.566 2.290.629 – 299 5.687.589Receitas entre segmentos 627.865 1.102.500 23.669 – (1.754.034) –Vendas líquidas totais 991.960 4.135.066 2.314.298 – (1.753.735) 5.687.589Variação valor justo ativos biológicos 536.113 – – – – 536.113Custo dos produtos vendidos (1.261.060) (2.572.652) (1.904.581) – 1.756.791 (3.981.502)Lucro bruto 267.013 1.562.414 409.717 – 3.056 2.242.200Despesas/ receitas operacionais (53.875) (413.565) (270.378) – (12.560) (750.378)Resultado operacional antes doresultado financeiro 213.138 1.148.849 139.339 – (9.504) 1.491.822

Venda de produtos (em toneladas).Mercado interno – 551.589 653.800 – – 1.205.389.Mercado externo – 591.923 35.470 – – 627.393.Entre segmentos – 713.588 4.065 – (717.653) –

– – 1.857.100 693.335 – (717.653) 1.832.782Venda de madeira (em toneladas).Mercado interno 3.203.721 – – – – 3.203.721.Entre segmentos 7.682.025 – – – (7.682.025) –

10.885.746 – – – (7.682.025) 3.203.721Investimentos no período 201.624 297.350 68.722 4.052.895 6.614 4.622.446Depreciação, exaustão e amortização (709.611) (246.515) (48.856) – 6.255 (998.727)

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Klabin S.A.2 0 1 7

continua …www.klabin.com.br

… continuação das Notas Explicativas da Administração estão sendo apresentadas em milhares de reais, exceto quando indicado de outra formaO saldo na coluna Corporativa/Eliminações envolve substancialmente despesas da unidade corporativanão rateada aos demais segmentos e as eliminações referem-se aos ajustes das operações entre osdemais segmentos.As informações do resultado financeiro e impostos sobre o lucro não foram divulgadas por segmento emrazão da não utilização pela Administração dos referidos dados de forma segmentada, pois os mesmossão gerenciados e analisados de forma consolidada em sua operação.c) Informações das receitas líquidas de vendasA tabela abaixo demonstra a distribuição da receita liquida de 2016 e 2015:

Consolidado1/1 à 31/12/2016

País Receita Total (R$/milhões) % na Receita Líquida TotalÁustria 884 12,5%Argentina 501 7,1%China 308 4,3%Cingapura 236 3,3%Itália 152 2,1%Equador 130 1,8%Turquia 60 0,8%França 52 0,7%Bélgica 51 0,7%Peru 48 0,7%Outros pulverizados 439 6,2%

2.861 40%Consolidado

1/1 à 31/12/2015País Receita Total (R$/milhões) % na Receita Líquida TotalArgentina 574 10,1%China 325 5,7%Cingapura 195 3,4%Itália 123 2,2%Equador 83 1,5%Turquia 54 0,9%França 41 0,7%México 36 0,6%Chile 32 0,6%Nigéria 31 0,5%Outros pulverizados 352 6,2%

1.846 32%No exercício findo em 31 de dezembro de 2016, no segmento de papéis, um único cliente de cartões foiresponsável por aproximadamente 19% da receita líquida da Companhia, correspondente a aproxima-damente R$ 1.347.252 (sendo R$ 1.251.270 em 31 de dezembro de 2015 ou 22%). O restante da basede clientes da Companhia é pulverizada, de forma que nenhum dos demais clientes, individualmente,concentra participação relevante (acima de 10%) da receita líquida de vendas.

d) Receitas líquidas de vendas pró-formaConforme mencionado na nota explicativa 3, a Companhia possui uma joint-venture de controle conjunto,operando no segmento florestal, denominada Florestal Vale do Corisco, a qual não é consolidada, sendoreconhecida pelo método da equivalência patrimonial, considerando sua participação no investimento.Caso a controlada em conjunto fosse consolidada nas Demonstrações Financeiras da Companhia,a receita líquida de vendas pró-forma no exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 seria deR$7.158.000 (R$ 5.749.000 no exercício de 2015).

25a) Gerenciamento de riscosA Companhia e suas controladas participam de operações envolvendo instrumentos financeiros, todosregistrados em contas patrimoniais, que se destinam a atender as suas necessidades operacionais, bemcomo a reduzir a exposição a riscos financeiros, principalmente de crédito e aplicações de recursos,riscos de mercado (câmbio e juros) e risco de liquidez, aos quais entende que está exposta, de acordocom sua natureza dos negócios e estrutura operacional.A administração desses riscos é efetuada por meio da definição de estratégias elaboradas e aprovadaspela Administração da Companhia, atreladas ao estabelecimento de sistemas de controles e determi-nação de limite de posições. Não são realizadas operações envolvendo instrumentos financeiros comfinalidade especulativa.Adicionalmente, a Administração procede com a avaliação tempestiva da posição consolidada da Com-panhia, acompanhando os resultados financeiros obtidos, avaliando as projeções futuras, como formade garantir o cumprimento do plano de negócios definido e monitoramento dos riscos aos quais estáexposta.Os principais riscos da Companhia estão descritos a seguir:Risco de MercadoO risco de mercado é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento finan-ceiro flutue devido a variações nos preços de mercado. No caso da Companhia, os preços de mercadosão afetados por dois tipos de risco: risco de taxa de juros e risco de variação cambial. Instrumentosfinanceiros afetados pelo risco de mercado incluem aplicações financeiras, contas a receber de clientes,contas a pagar, empréstimos a pagar, instrumentos disponíveis para venda.(i) Risco de exposição às variações cambiaisA Companhia mantém operações denominadas em moedas estrangeiras (substancialmente dólaresnorte americanos) que estão expostas a riscos de mercado decorrentes de mudanças nas cotaçõesdas respectivas moedas estrangeiras. Qualquer flutuação da taxa de câmbio pode aumentar ou reduziros referidos saldos. A composição dessa exposição é como segue:

Consolidado2016 2015

Conta corrente e aplicações financeiras 860.081 1.265.112Contas a receber (líquido de PECLD) 555.093 618.774Outros ativos e passivos (29.100) (154.400)Empréstimos e financiamentos (13.107.191) (12.376.000)Exposição líquida (11.721.117) (10.646.514)

O saldo por ano de vencimento em 31 de dezembro de 2016 dessa exposição líquida está dividido da seguinte maneira:

Ano 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 em diante Total

Valor (373.317) (1.540.900) (1.834.500) (1.748.900) (1.936.800) (1.504.300) (2.782.400) (11.721.117)Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia não tem derivativos contratados para proteção da exposição cambial de longo prazo. Para fazer frente a tal exposição passiva líquida, a Companhia tem plano devendas cujo fluxo projetado de receitas de exportação de aproximadamente USD 800 milhões anuais e seus recebimentos, se forem concretizados, superam, ou se aproximam, do fluxo de pagamentos dosrespectivos passivos, compensando o efeito caixa dessa exposição cambial no futuro.

(ii) Risco de taxa de jurosA Companhia tem empréstimos indexados pela variação da TJLP, LIBOR, IPCA e do CDI, e aplicaçõesfinanceiras indexadas à variação do CDI, Selic e IPCA, expondo estes ativos e passivos às flutuaçõesnas taxas de juros conforme demonstrado no quadro de sensibilidade a juros abaixo. A Companhia nãotem pactuado contratos de derivativos para fazer “hedge”/ “swap” contra a exposição desses riscos demercados.A prática adotada é de monitoramento contínuo das taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliara eventual necessidade de contratação de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidadedessas taxas. Adicionalmente, a Companhia considera que o alto custo associado à contratação detaxas pré-fixadas sinalizadas pelo cenário macroeconômico brasileiro justifica a sua opção por taxasflutuantes.A composição do risco de taxa de juros é como segue:

Consolidado2016 2015

Aplicações financeiras – CDI 4.979.048 3.767.021Aplicações financeiras – Selic 187.594 557.143Aplicações financeiras – IPCA 403.709 –Exposição ativa 5.570.351 4.324.164Financiamentos – CDI (1.021.915) (1.181.179)Financiamentos – TJLP (2.813.850) (2.384.152)Financiamentos – Libor (8.679.565) (1.996.624)Debêntures – IPCA (742.357) (966.168)Exposição passiva (13.257.687) (6.528.123)Risco de aplicação de recursosA Companhia está sujeita ao risco quanto a aplicação de recursos, incluindo depósitos em bancos einstituições financeiras, transações cambiais, aplicações financeiras e outros instrumentos financeiroscontratados. O valor exposto pela Companhia corresponde substancialmente às aplicações financeirase operação de títulos e valores mobiliários, com valores descritos nas notas explicativas 4 e 5, respec-tivamente.Em relação a qualidade dos ativos financeiros da Companhia aplicados em instituições financeiras, éutilizada política interna para aprovação do tipo de operação que está sendo acordada e análise dorating, conforme agências classificadoras de risco, para avaliar a viabilidade da aplicação de recursosem determinada instituição, deste que esta esteja enquadrada nos critérios de aceitação da política.

O quadro abaixo demonstra os recursos de caixa, equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliáriosaplicados pela Companhia, classificando os montantes de acordo com a classificação nacional da agên-cia de rating Fitch das instituições financeiras:

Consolidado2016 2015

Rating nacional AAA(bra) (i) 6.161.557 5.465.466Rating nacional AA+(bra) 302.466 145.400

6.464.023 5.610.866

(i) Considerado neste grupo as LFTs e NTN-Bs por conta do baixo risco atrelado a operação.

Risco de créditoO risco de crédito é o risco de a contraparte de um negócio não cumprir uma obrigação prevista em uminstrumento financeiro ou contrato com cliente, o que levaria ao prejuízo financeiro. Adicionalmente àsaplicações de recursos referidas acima, a Companhia está exposta ao risco de crédito em suas ativida-des operacionais (principalmente com relação a contas a receber).Em 31 de dezembro de 2016, o valor máximo exposto pela Companhia ao risco de crédito das contas areceber de clientes equivale aos saldos apresentados na nota explicativa 6.A qualidade do risco de crédito nas atividades operacionais da Companhia é administrado por normasespecíficas de aceitação de clientes, análise de crédito e estabelecimento de limites de exposição porcliente, os quais são revisados periodicamente. O monitoramento de duplicatas vencidas é realizadoprontamente para buscar o seu recebimento, sendo registrada perdas estimadas com crédito de liquida-ção duvidosa para itens com risco de não recebimento.

Risco de liquidezA Companhia acompanha o risco de escassez de recursos, administrando seu capital por meio de umaferramenta de planejamento de liquidez recorrente, para que haja recursos financeiros disponíveis parao devido cumprimento de suas obrigações, substancialmente concentrada nos financiamentos firmadosjunto a instituições financeiras.O quadro abaixo demonstra o vencimento dos passivos financeiros contratados pela Companhia, nobalanço consolidado, onde os valores apresentados incluem o valor do principal e dos juros futuros inci-dentes nas operações, calculados utilizando-se as taxas e índices vigentes na data de 31 de dezembrode 2016:

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 em diante TotalFornecedores (634.856) – – – – – – (634.856)Financiamentos/ Debentêntures (3.202.386) (3.428.765) (3.131.687) (3.051.447) (3.045.721) (2.513.259) (3.510.730) (21.883.995)Total (3.837.242) (3.428.765) (3.131.687) (3.051.447) (3.045.721) (2.513.259) (3.510.730) (22.518.851)A projeção orçamentária para os próximos exercícios aprovada pela Administração demonstra capacidade de cumprimento das obrigações.

Gestão de capitalA estrutura de capital da Companhia é formada pelo endividamento líquido, composto pelo saldo deempréstimos e financiamentos (nota explicativa 14) e debêntures (nota explicativa 15), deduzidos pelosaldo de caixa, equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários (notas explicativas 4 e 5), e pelosaldo do patrimônio líquido (nota explicativa 18), incluindo o saldo de capital emitido e todas as reservasconstituídas.O índice de endividamento líquido sobre o patrimônio líquido da Companhia é composto da seguinteforma:

Consolidado2016 2015

Caixa, equivalentes caixa e títulos e valores mobiliários 6.464.023 5.610.866Empréstimos, financiamentos e debêntures (18.468.547) (18.021.730)Endividamento líquido (12.004.524) (12.410.864)Patrimônio líquido 7.100.336 5.352.340Índice de endividamento líquido (1,69) (2,32)b) Instrumentos financeiros por categoriaA Companhia tem os seguintes instrumentos financeiros por categoria:

Consolidado2016 2015

Ativo – empréstimos e recebíveis. Caixa e equivalentes de caixa 5.872.720 5.053.723. Contas a receber de clientes (líquido de PECLD) 1.625.380 1.501.099. Outros ativos 661.772 423.363

8.159.872 6.978.185Ativo – disponível para venda. Títulos e valores mobiliários 591.303 557.143

591.303 557.143Passivo – ao custo amortizado. Empréstimos, financiamentos e debêntures 18.468.547 18.021.730. Fornecedores 634.856 702.199. Demais contas a pagar 1.087.383 809.670

20.190.786 19.533.599Empréstimos e recebíveis e outros passivos financeiros ao custo amortizadoOs instrumentos financeiros incluídos nesse grupo são saldos provenientes de transações comunscomo o contas a receber, fornecedores, empréstimos e financiamentos, aplicações financeiras e caixae equivalente de caixa mantido pela Companhia. Todos estão registrados pelos seus valores nominaisacrescidos, quando aplicável, de encargos e taxas de juros contratuais, cuja apropriação das despesase receitas é reconhecida ao resultado do período.Ativos financeiros disponíveis para vendaA Companhia classificou os títulos e valores mobiliários que são representados por Letras Financeirasdo Tesouro e Títulos do Tesouro Direto (LFT e NTN –B) (nota explicativa 5) como ativos financeiros dis-poníveis para venda, pois poderão ser negociados no futuro, sendo contabilizados pelo valor justo, que,na prática, corresponde ao valor aplicado acrescido dos juros reconhecidos no rendimento da operação.c) Análise de sensibilidadeA Companhia apresenta a seguir os quadros de sensibilidade para os riscos de variações cambiais ede taxas de juros a que está exposta considerando que os eventuais efeitos impactariam os resultadosfuturos tomando como base as exposições apresentadas em 31 de dezembro de 2016, sendo os efeitosno patrimônio basicamente os mesmos do resultado.(i) Exposição a câmbioA Companhia tem ativos e passivos atrelados à moeda estrangeira no balanço de 31 de dezembro de2016 e para fins de análise de sensibilidade, adotou como cenário I a taxa de mercado futuro vigente noexercício de elaboração destas Demonstrações Financeiras. Para o cenário II esta taxa foi corrigida em25% e para o cenário III em 50%.É importante salientar que os vencimentos dos financiamentos, conforme cronograma de vencimentodemonstrado na nota explicativa 14, não ocorrerão substancialmente em 2017, sendo assim, a variaçãocambial não terá efeito no caixa decorrente desta análise. Em contrapartida, as exportações da Compa-nhia deverão ter o impacto da variação cambial no caixa a medida que ocorrem.A análise de sensibilidade da variação cambial foi calculada sobre a exposição cambial líquida (basi-camente por empréstimos e financiamentos, contas a receber de clientes e fornecedores a pagar emmoeda estrangeira), não sendo considerado o efeito nos cenários sobre a projeção de vendas de expor-tação que de certa forma, como mencionado anteriormente, fará frente a eventual perda cambial futura.Desta forma, mantidas as demais variáveis constantes, o quadro abaixo demonstra simulação do efeitoda variação cambial no patrimônio líquido e no resultado futuro de 12 meses (consolidado) considerandoos saldos em 31 de dezembro de 2016:

Saldo31/12/2016 Cenário I Cenário II Cenário III

R$ R$ R$ganho ganho ganho

US$ Taxa (perda) Taxa (perda) Taxa (perda)AtivosCaixa e caixa equivalentes 263.901 3,21 (12.958) 4,01 198.164 4,82 411.924Contas a receber,líquido de PECLD 170.321 3,21 (8.363) 4,01 127.894 4,82 265.854

Outros ativos e passivos (8.929) 3,21 438 4,01 (6.705) 4,82 (13.937)Financiamentos (4.021.721) 3,21 197.467 4,01 (3.019.910) 4,82 (6.277.504)Efeito líquido noresultado financeiro 176.584 (2.700.557) (5.613.663)

(ii) Exposição a JurosA Companhia tem aplicações financeiras e empréstimos e financiamentos atrelados a taxa de jurospós-fixada do CDI, TJLP, IPCA, Selic e Libor. Para efeito de análise de sensibilidade a Companhia ado-tou taxas vigentes em datas próximas a da apresentação das referidas Demonstrações Financeiras,utilizando para Selic, Libor, IPCA e CDI a mesma taxa em decorrência da proximidade das mesmas, naprojeção do cenário I, para o cenário II estas taxas foram corrigidas em 25% e para o cenário III em 50%.Desta forma, mantidas as demais variáveis constantes, o quadro a seguir demonstra simulação do efeitoda variação das taxas de juros no patrimônio líquido e no resultado futuro de 12 meses (consolidado)considerando os saldos em 31 de dezembro de 2016:

Saldo31/12/2016 Cenário I Cenário II Cenário III

R$ R$ R$ganho ganho ganho

R$ Taxa (perda) Taxa (perda) Taxa (perda)Aplicações financeirasCDB’s CDI 4.979.048 14,00% 24.895 18,13% 205.386 21,75% 385.876LFT’s Selic 187.594 13,75% (1.407) 16,25% 4.690 19,50% 10.787NTN – B IPCA 403.709 6,29% – 7,86% 6.348 9,44% 12.697FinanciamentosNotas crédito à expor-tação(R$) CDI (1.021.915) 14,00% (5.110) 18,13% (42.154) 21,75% (79.198)

BNDES TJLP (2.813.850) 7,50% – 9,38% (52.760) 11,25% (105.519)Debêntures IPCA (742.357) 6,29% – 7,86% (11.674) 9,44% (23.347)Pré-pagamento deexportação Libor (1.338.248) 1,69% 8.859 1,28% 5.434 1,54% 2.009

Efeito líquido no resultadofinanceiro 27.237 115.270 203.305

26A Companhia concede a seus empregados benefícios de seguro de vida, assistência médica e plano deaposentadoria. A contabilização desses benefícios obedece ao regime de competência e a concessãodestes cessa ao término do vínculo empregatício.Em 2016 o total de despesas com esses planos de contribuição definida foi de R$ 19.738 (R$ 12.901em 2015).a) Previdência privadaO plano de previdência privada da Klabin – Plano Prever, administrado pelo Itaú Vida e Previdência S.A.,foi instituído em 1986 sob a modalidade de benefício definido. A partir de 1998 houve uma reestruturaçãoque resultou na conversão do plano para a modalidade de contribuição definida.Em novembro de 2001, foi instituído um novo plano de previdência privada o Plano de AposentadoriaComplementar Klabin – PACK, administrado pelo Bradesco Vida e Previdência S.A. e estruturado noconceito de PGBL – Plano Gerador de Benefícios Livres.Aos participantes do Plano Prever foi dada a opção de migração para o novo plano. Em ambos os planosnão é assumida pela Companhia responsabilidade pela garantia de níveis mínimos de benefícios aosparticipantes que venham a se aposentar.b) Assistência médicaA Companhia, por meio de acordo firmado com o Sindicato da Indústria de Papel, Celulose e Pastade Madeira para Papel do Estado de São Paulo, assegura o custeio de assistência médica (HospitalSEPACO, principal plano) de forma permanente aos seus ex-funcionários que se aposentaram até2001, bem como para os seus dependentes até completarem a maioridade e cônjuge, de forma vitalíciaestando vedada a novas adesões.A Companhia entende que a referida assistência médica caracteriza um plano de benefício definido.

Diante disso, mantém registrada a provisão para o passivo atuarial estimado no montante de R$ 88.860em 31 de dezembro de 2016 (R$ 59.746 em 31 de dezembro de 2015) no passivo não circulante narubrica de “Outras Contas a Pagar e Provisões”.Na avaliação atuarial foram utilizadas as seguintes hipóteses econômicas e biométricas: taxa de des-conto de 11,4% a.a. nominal, taxa de crescimento nominal dos custos médicos variável iniciando em2016 com 12,71% a.a. atingindo a 6,95% a.a. em 2028, inflação de longo prazo de 4,85 % a.a. e tábuabiométrica de mortalidade RP 2000. As atualizações atuariais são mantidas no patrimônio líquido nogrupo de “ajustes de avaliação patrimonial” (resultado abrangente), conforme requerido pelo CPC 33(R1) – Benefícios a Empregados.O aumento ou decréscimo de um ponto percentual nas taxas utilizadas no cálculo atuarial, não trazemefeitos relevantes nas demonstrações financeiras da Companhia.Este plano não possui ativos para divulgação.c) Outros benefícios aos empregadosA Companhia concede aos empregados, os seguintes outros benefícios: assistência médica, auxíliocreche, auxílio filho excepcional, convênio farmácia, kit escolar, plano odontológico, previdência privadae seguro de vida, além dos benefícios estabelecidos em lei (refeição, transporte, participação nos lucrose vale alimentação). Adicionalmente possui um programa de desenvolvimento organizacional de seuscolaboradores, sendo gastos no exercício findo em 31 de dezembro de 2016 o montante de R$11.221(R$9.461 no exercício findo em 31 de dezembro de 2015) em treinamentos.Todos estes benefícios respeitam o regime de competência em sua contabilização, sendo cessados aotérmino do vínculo empregatício com a Companhia.

27Para proteção de seus riscos operacionais, ativos e de suas responsabilidades, a Companhia mantémcobertura de seguros para diversos tipos de eventos que poderiam impactar o patrimônio e operações.Dentro das melhores práticas de mercado, a Companhia mantém contratadas apólices de seguro deRisco Operacional, no qual possui cobertura contra incêndio, raio, explosão, danos elétricos, lucroscessantes, quebra de máquinas e vendaval e outras coberturas, envolvendo todas suas instalaçõesindustriais, administrativas e estoque. A Companhia tem ainda outros seguros contratados, tais como,seguro de Responsabilidade Civil Geral, Responsabilidade Civil D&O, Transporte Nacional e Internacio-nal, Frota, onde a soma dos limites máximos de indenização e importância segurada destes principaisseguros chegam ao montante de R$ 2.817.152 em 31 de dezembro de 2016.Em virtude da natureza de suas atividades, da distribuição das florestas em diversas áreas distintas edas medidas preventivas adotadas contra incêndio e outros riscos florestais, a Companhia concluiu tec-nicamente pela não contratação de seguros contra danos causados às mesmas, optando pela adoçãode políticas de proteção, as quais, historicamente, têm se mostrado altamente eficientes sem que tenhahavido qualquer comprometimento às atividades e à condição financeira da Companhia. Desta forma,a Administração entende que sua estrutura de programa de Seguros, de gerenciamento dos riscose procedimentos adotados relacionados às atividades florestais, são adequados para a continuidadeoperacional da Companhia.

28Distribuição de dividendos intermediários do exercício de 2016Em Reunião Extraordinária do Conselho de Administração realizada em 31 de janeiro de 2017, foi apro-vada distribuição de dividendos intermediários do exercício de 2016 no montante de R$ 130.000 sendoR$ 28,43 por lote de mil ações ON e PN e R$ 142,12 por lote de mil “Units”, a serem pagos em 16 defevereiro de 2017. A aprovação será realizada ad referendum na Assembleia Geral Ordinária a ser rea-lizada em 08 de março de 2017.Referida distribuição faz parte do montante de R$ 180.000 de dividendos complementares do exercíciode 2016 os quais serão apresentados na destinação do resultado na Assembleia Geral Ordinária.Alteração na Diretoria Financeira e de Relações com InvestidoresEm 31 de janeiro de 2017, o diretor estatutário Eduardo de Toledo passa a responder pelas atribuiçõesde Diretor Financeiro e de Relação com Investidores em razão da aposentadoria do diretor AntonioSergio Alfano.

1. Divulgação do LAJIDA (EBITDA)Conforme instrução CVM 527/12, a Companhia aderiu a divulgação voluntária de informações de natu-reza não contábil como informação adicional agregada em suas demonstrações financeiras, apresen-tando o LAJIDA (EBITDA) – Lucros Antes dos Juros, Impostos sobre Renda incluindo ContribuiçãoSocial sobre o Lucro (Prejuízo) Líquido, Depreciação e Amortização, para os exercícios findos em 31 dedezembro de 2016 e de 2015.Em linhas gerais, o LAJIDA (EBITDA) representa a geração operacional de caixa da Companhia, cor-respondente ao quanto à empresa gera de recursos apenas em suas atividades operacionais, sem levarem consideração os efeitos financeiros e de impostos. Ressalva-se que este não representa o fluxo decaixa para os períodos apresentados, não devendo ser considerado obrigatoriamente como base paradistribuição de dividendos, alternativa para o lucro líquido, ou ainda, como indicador de liquidez.

Consolidado2016 2015

(=) Lucro (prejuízo) líquido do período 2.481.946 (1.253.197)(+) Imposto de renda e contribuição social 732.989 (694.611)(+/-) Resultado financeiro líquido (1.816.789) 3.439.630(+) Amortização, depreciação e exaustão no resultado 1.423.112 998.727LAJIDA (EBITDA) 2.821.258 2.490.549Ajustes conforme Instrução CVM 527/12(+/-) Variação do valor justo dos ativos biológicos (i) (532.911) (536.113)(+/-) Equivalência patrimonial (ii) (49.321) (29.641)(+) Realização de custo atribuído imobilizado – terras (iii) 8.094 8.430(+/-) LAJIDA (EBITDA) de controlada em conjunto (ii) 40.300 42.007LAJIDA (EBITDA) – ajustado 2.287.420 1.975.232Ajustes para definição do LAJIDA (EBITDA) – ajustado:(i) Variação do valor justo dos ativos biológicosA variação do valor justo dos ativos biológicos corresponde aos ganhos ou perdas obtidos na transfor-mação biológica dos ativos florestais até a colocação dos mesmos em condição de uso/ venda duranteo ciclo de formação.Por tratar-se de uma expectativa do valor dos ativos refletida no resultado da Companhia, calculada apartir de premissas incluídas em fluxo de caixa descontado, sem o efeito caixa no mesmo momento deseu reconhecimento, a variação do valor justo é excluída do cálculo do LAJIDA (EBITDA).(ii) Equivalência patrimonial e LAJIDA (EBITDA) de controlada em conjunto.A equivalência patrimonial contida no resultado consolidado da Companhia reflete o lucro/prejuízo aufe-rido pela controlada calculado de acordo com seu percentual de participação no investimento.O lucro/prejuízo da controlada em conjunto está influenciado com itens que são excluídos do cálculodo LAJIDA (EBITDA), tais como: resultado financeiro líquido, imposto de renda e contribuição social,amortização, depreciação e exaustão e variação do valor justo dos ativos biológicos. Por este motivo,o resultado de equivalência patrimonial é excluído do cálculo, sendo adicionado o LAJIDA (EBITDA)gerado na controlada em conjunto proporcional a participação da Companhia e calculado de maneiraconsistente com os critérios acima.(iii) Realização de custo atribuído imobilizado (terras)Os efeitos do custo atribuído das terras alocado ao ativo imobilizado na adoção inicial do IFRS são ajus-tados no EBITDA quando realizado mediante alienação dos ativos, por não tratar-se de um efeito caixaque compõe o custo do ativo alienado.2. Proposta de Orçamento de CapitalEm conformidade com o artigo 196 da Lei 6.404/76, a administração da Klabin S.A. vem apresentar apresente proposta de Orçamento de Capital.O orçamento dos investimentos para o ano de 2017, aprovado em reunião ordinária do Conselho deAdministração realizada em 08 de dezembro de 2016, totaliza R$ 1.019 milhões, assim distribuídos:

R$ MilhõesInvestimentosProjeto PUMA – Construção da planta de celulose 121Projetos especiais – Expansão 214Manutenção das operações 684

1.019Fontes de RecursosRecursos de TerceirosBNDES 360ECA – Finnvera (Agência Finlandesa de Crédito à Exportação) –IDB – Inter-American Development Bank 128Total de Financiamentos 488Recursos própriosRecursos em caixa e/ou geração de caixa das atividades operacionais no exercício 531

1.019A Administração da Companhia permanece à disposição dos Senhores Acionistas para prestar os escla-recimentos adicionais que julgarem necessários.3. Comentários sobre o Comportamento das Projeções EmpresariaisA Companhia divulga em seu Formulário de Referência no item 11 – Projeções, determinadas estima-tivas ao mercado sobre suas operações, tais como volume de vendas, alavancagem financeira e custocaixa de produção, da forma que devem incorrer após o início de produção da sua unidade de celulose,dada sua relevância.As estimativas demonstradas são dados hipotéticos extraídos das projeções orçamentárias aprovadaspela Administração e não constituem promessa de desempenho, podendo haver distorções quando dasua efetiva realização. As premissas utilizadas referem-se substancialmente ao desempenho opera-cional e financeiro da nova fábrica de celulose (“Projeto Puma”), com início de operação no 1º trimestrede 2016.Algumas variáveis consideradas nas projeções dependem de fatores internos da Companhia, tais como:cronograma de implantação do Projeto Puma, manutenção preventiva e corretiva de ativos, desempenhodo processo produtivo, cumprimento de planejamento financeiro, manutenção de perfil de dívida, dentreoutros. Por outro lado, existem determinadas variáveis que afetam as projeções apresentadas e nãosão de controle da Companhia, tais como: condições de mercado, câmbio, inflação e outras variáveismacroeconômicas, além de negociações envolvendo clientes e fornecedores.A Administração da Companhia apresenta as seguintes projeções com base no seu melhor julgamento:i) Índice de alavancagem financeira (Dívida Líquida/EBITDA) de 4,2x ao fim de 2016 e 3,2x ao fim de

2017;ii) Custo caixa de produção de celulose 25% menor ao fim de 2018 em relação ao custo de R$890 por

tonelada registrado no 2º trimestre de 2016.Conforme o parágrafo 2º do artigo 20 da Instrução CVM nº 480/09, as projeções devem ser revisadasperiodicamente no mínimo uma vez ao ano, assim como os resultados obtidos nas projeções deve serconfrontados quando realizados ou atingindo-se o período previsto.Em 31 de dezembro de 2016 índice de alavancagem financeira da Companhia encerrou o exercício em5,2x a relação (Dívida Líquida/EBITDA Ajustado), valor superior à premissa divulgada de 4,2x devido asmudanças no mercado que impactaram as operações da Companhia. Considerando os resultados do 4ºtrimestre de 2016, onde foi auferido um EBITDA Ajustado de R$ 653 milhões, que contemplam vendasde celulose em volumes pouco abaixo da capacidade como sendo o mais próximo do nível normal dosnegócios da Companhia para mensuração de um período de 12 meses ideal, o índice de alavancagemapresentaria a relação de 4,6x.Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, a estimativa de Custo Caixa de permaneceu inal-terada.

DiretoriaFabio Schvartsman – Diretor Geral

Antonio Sergio Alfano – Diretor Financeiro e de Relação com InvestidoresArthur Canhisares – Diretor

Cristiano Cardoso Teixeira – DiretorEduardo de Toledo – Diretor

Francisco Cezar Razzolini – Diretor

Conselho de AdministraçãoConselheirosPresidente

Paulo Sérgio Coutinho Galvão Filho Armando KlabinCelso Lafer

Daniel Miguel Klabin

Helio SeibelIsrael Klabin

Luís Eduardo Pereira de Carvalho

Pedro Franco PivaRoberto Klabin Martins Xavier

Roberto Luiz Leme Klabin

Rui Manuel de Medeiros D’Espiney PatrícioSergio Francisco Monteiro de Carvalho Guimarães

Vera Lafer

Conselho FiscalAntônio Marcos Vieira Santos

João Adamo JúniorJoão Alfredo Dias Lins

Maurício Tiomno TolmasquimWolfgang Eberhard Rohrbach

ControladoriaPedro Guilherme ZanCRC 1SP 168.918/O-9

ContabilidadeAngelo Ricardo BonasorteContadorCRC 1SP 168.200/O-6

Page 8: DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS KLABIN - anefac.com.br · café eacomercialização de alimentos paraanimais domésticos.Estamos nos preparando para omomento de retomada do crescimento

Klabin S.A.2 0 1 7

… continuação das Notas Explicativas da Administração estão sendo apresentadas em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

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Declaração dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores IndependentesDeclaramos, na qualidade de diretores da KLABIN S.A., sociedade por ações com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.600, 3º, 4º e 5º andares, Itaim Bibi, CEP 04538-132, inscrita no CNPJ sob o n º 89.637.490/0001-45, que revimos, discutimos e concordamoscom o conjunto das Demonstrações Financeiras, assim como com as opiniões expressas no relatório dos auditores independentes referente às demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31 de Dezembro de 2016, datado de 31 de janeiro de 2017.

São Paulo, 31 de janeiro de 2017.Fabio Schvartsman – Diretor Geral

Antonio Sergio Alfano – Diretor Financeiro e de Relação com InvestidoresArthur Canhisares – Diretor

Cristiano Cardoso Teixeira – DiretorEduardo de Toledo – Diretor

Francisco Cezar Razzolini – Diretor

Parecer do Conselho FiscalExaminamos as Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas de Klabin S/A, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado para oexercício findo nessa data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e as demais notas explicativas.Com base nesses documentos examinados, no relatório da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes sobre essas Demonstrações Financeiras, emitido sem ressalvas e nos esclarecimentos prestados pelos representantes da administração da Companhia, opinamos por unanimidade, que as referidasdemonstrações financeiras refletem adequadamente a situação patrimonial, a posição financeira e as atividades da Companhia no exercício findo em 31 de dezembro de 2016 e que, juntamente com o Relatório da Administração e com a proposta de destinação do resultado estão em condições de serem submetidosà apreciação da Assembleia Geral Ordinária dos Acionistas da Companhia.

Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Financeiras Individuais e ConsolidadasAos Acionistas e Administradores da Klabin S/AOpiniãoExaminamos as demonstrações financeiras individuais da Klabin S/A (“Companhia”), que compreen-dem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado,do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findonessa data, assim como as demonstrações financeiras consolidadas da Klabin S/A e suas controladas(“Consolidado”) que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2016 e asrespectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patri-mônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como as correspondentesnotas explicativas, incluindo o resumo das principais práticas contábeis.Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, emtodos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Klabin S/A e da Klabin S/A e suascontroladas em 31 de dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os seus respectivosfluxos de caixa, assim como o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixaconsolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasile as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Stan-dards Board (IASB).Base para opiniãoNossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nos-sas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada“Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas”.Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo com os princípios éticosrelevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidaspelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas con-forme essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada parafundamentar nossa opinião.Principais Assuntos de AuditoriaPrincipais Assuntos de Auditoria (PAA) são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram osmais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contextode nossa auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas como um todo e na forma-ção de nossa opinião sobre essas demonstrações financeiras individuais e consolidadas e, portanto, nãoexpressamos uma opinião separada sobre esses assuntos.a) Créditos tributários (Notas Explicativas 9 e 10)Porque é um PAAA Companhia mantém registrados créditos tributários oriundos de diferenças temporárias e prejuízosfiscais de imposto de renda e contribuição social e créditos de ICMS e IPI a recuperar. Substancialmente,esses créditos foram registrados na medida em que a Administração considera provável que a Compa-nhia e suas controladas irão gerar lucro tributário futuro e ICMS e IPI a pagar suficientes para compensaros saldos desses créditos. A relevância desses créditos, bem como o fato de que as projeções, de lucrostributários futuros e ICMS e IPI a pagar, contém diversas premissas de natureza subjetiva estabelecidaspela Administração, nos leva a concluir que esse assunto é relevante para nossa auditoria.A sistemática de compensação de prejuízos fiscais, limitada a 30% do lucro real, e o histórico de paga-mentos de ICMS da Companhia, indicam que a recuperação desses créditos pode vir a ocorrer em umtempo mais longo. No caso do IPI, considerando se tratar de decisão judicial recente, a determinaçãodo valor recuperável total final e o tempo de sua recuperação pode variar em razão da interpretação dalegislação aplicável. Consideramos essa uma área de foco de auditoria, pois a utilização de diferentespremissas nas referidas projeções, incluindo o preço futuro da celulose e eventuais isenções, poderiamodificar significativamente os prazos previstos para realização dos créditos tributários e impactar aafirmação de que sua recuperação é provável, especialmente à medida em que o prazo para sua recu-peração aumenta.Como o assunto foi conduzido em nossa auditoriaDentre outros procedimentos de auditoria, entendemos e avaliamos o desenho e a operação dos con-troles estabelecidos pela Administração para apuração e registro dos créditos tributários, bem como omodelo utilizado para as projeções de resultados.Envolvemos nossos especialistas em temas tributários, assim como os de avaliação de empresas, paranos auxiliar em teste dos cálculos dos créditos e em relação aos modelos e premissas críticas utiliza-dos pela Companhia. Comparamos essas premissas com informações macroeconômicas divulgadasno mercado, bem como comparamos informações dessas projeções com orçamentos aprovados pelaAdministração. Adicionalmente, analisamos os prazos de realização considerados nos estudos e osdados históricos da própria Companhia para corroborar a adequação e a consistência dessas esti-mativas de realização em relação aos utilizados nos exercícios anteriores. Finalmente, avaliamos asdivulgações relacionadas com o reconhecimento desses créditos tributários.Na aplicação dos procedimentos, não identificamos inconsistências no reconhecimento e na divulgaçãodesses créditos.b) Mensuração do valor justo de ativos biológicos (Nota Explicativa 13)Porque é um PAAOs ativos biológicos (florestas) da Companhia representam uma parcela relevante de seus negócios edo total do seu ativo.Conforme mencionado na Nota 13, na determinação do valor justo das florestas, algumas das premissasutilizadas pela Administração considera dados internos da Companhia, não observáveis no mercado,como, por exemplo, dados de crescimento de suas florestas, o que agrega subjetividade ao cálculo.Adicionalmente, o cálculo do valor justo utiliza um nível grande de detalhe, incluindo o sistema de con-trole por lote (talhão), que alimenta planilhas eletrônicas, o que é, na prática, um controle manual.

Essa foi uma área de foco de nossa auditoria uma vez que, adicionalmente ao risco associado às carac-terísticas descritas no parágrafo anterior, o uso de diferentes técnicas de avaliação e premissas podemproduzir estimativas de valor justo significativamente diferentes, com impacto imediato no resultado doexercício.Como o assunto foi conduzido em nossa auditoriaEm nossa auditoria, nossos procedimentos envolveram, entre outros, o entendimento do desenho etestes nos principais controles estabelecidos em relação à avaliação e mensuração desses ativos, bemcomo a análise do modelo utilizado para a estimativa do valor justo das florestas.Utilizamos nossos especialistas da área de valorização de ativos biológicos para avaliar a razoabili-dade das premissas utilizadas pela Administração, bem como o cálculo do valor justo. Comparamos,quando aplicável, os dados de mercado com fontes independentes, considerando a região em que afloresta se situa. Avaliamos as premissas e metodologias utilizadas pela Administração à luz de nossoconhecimento sobre práticas de valorização usualmente adotadas para esse tipo de ativo. Adicional-mente, observamos a consistência dos dados utilizados com os indicadores-chave de monitoramentoda Administração.Finalmente, comparamos os dados das avaliações feitas com as respectivas divulgações, incluindo adescrição dos principais fatores que podem influenciar na determinação e variação do valor justo dosativos biológicos da Companhia.Constatamos que as premissas utilizadas e a metodologia de avaliação dos ativos biológicos estãorazoavelmente consistentes com a prática do mercado, assim como em relação ao período anterior.c) Entrada em operação da planta de celulose (Notas Explicativas 1 e 12)Porque é um PAAEm 2016, a nova planta de celulose da Klabin (Ortigueira) entrou em operação. Essa planta demandouinvestimentos de aproximadamente R$ 8 bilhões de reais, com o objetivo inicial de produção de celulose.A venda de celulose é um novo negócio para a Companhia, representando, em plena atividade, umpercentual relevante de sua receita. Os controles e processos sobre a determinação e reconhecimentoda receita, bem sobre a apuração e apropriação dos custos de produção estão em fase de maturação e,por isso, em nosso entendimento é um principal assunto de auditoria esse ano.Como o assunto foi conduzido em nossa auditoriaOs procedimentos de auditoria para resposta a esse tema envolveram, entre outros, o entendimento dosprincipais controles e processos estabelecidos pela Administração para apuração do custo e receita,bem como testes de controles sobre apuração dos custos e teste de transações sobre as receitasEfetuamos a leitura dos contratos de venda de produtos, onde parte significativa das vendas foi realizadapor meio de contrato de parceria comercial assinado com empresa que já opera no mesmo segmento,especialmente com o objetivo de avaliar se a receita está adequadamente determinada.Verificamos se a apuração dos custos de produção e dos produtos vendidos foi realizada de formaadequada, considerando a apropriação de custos de matérias primas, da depreciação do ativo imobi-lizado, incluindo a determinação de vida útil dos ativos, por meio de testes sobre os controles e testesdetalhados.Finalmente, avaliamos as divulgações nas demonstrações financeiras dos aspectos mais relevantesrelacionados à nova planta de celulose.Na aplicação dos procedimentos acima não identificamos situações de inconsistências na apuração dareceita ou custos relacionados com a ativação dos investimentos feitos e com a operação da nova planta,bem como deficiências significativas de controles.Outros assuntosDemonstrações do Valor AdicionadoAs demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findoem 31 de dezembro de 2016, elaboradas sob a responsabilidade da Administração da Companhia eapresentadas como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas a procedimentos deauditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da Companhia. Paraa formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão conciliadas com as demonstra-ções financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordocom os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 – “Demonstração do Valor Adicionado”.Em nossa opinião, essas demonstrações do valor adicionado foram adequadamente elaboradas, emtodos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são con-sistentes em relação às demonstrações financeiras individuais e consolidadas tomadas em conjunto.Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras individuais e consolidadase o relatório do auditorA Administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Rela-tório da Administração.Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas não abrange o Relatórioda Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório.Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, nossa respon-sabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, deforma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtidona auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalhorealizado, concluirmos que há uma distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridosa comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras indivi-duais e consolidadasA administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demons-trações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasile com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting

Standards Board (IASB), e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitira elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se cau-sada por fraude ou erro.Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a administração é responsá-vel pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, osassuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboraçãodas demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia e suascontroladas ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encer-ramento das operações.Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles com responsabilidadepela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e con-solidadasNossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e con-solidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada porfraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nívelde segurança, mas, não, uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileirase internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distor-ções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmenteou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dosusuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria,exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras individuais e

consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedi-mentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada esuficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultantede fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os con-troles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

• Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedi-mentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opiniãosobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas controladas.

Avaliamos a adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis erespectivas divulgações feitas pela Administração.Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administração, da base contábil de continuidade ope-racional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação aeventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidadeoperacional da Companhia e suas controladas. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemoschamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstraçõesfinanceiras individuais e consolidadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações foreminadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a datade nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia e suas controladasa não mais se manterem em continuidade operacional.Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusiveas divulgações, e se as demonstrações financeiras individuais e consolidadas representam as corres-pondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das entida-des ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeirasconsolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo e,consequentemente, pela opinião de auditoria.Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcanceplanejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuaisdeficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigên-cias éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos oseventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência,incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamosaqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações financeirasdo exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descreve-mos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibidodivulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos queo assunto não deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comu-nicação podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para ointeresse público.

São Paulo, 31 de janeiro de 2017.

PricewaterhouseCoopers Tadeu Cendón FerreiraAuditores Independentes ContadorCRC 2SP 000.160/O-5 CRC 1SP 188.352/O-5

São Paulo, 31 de janeiro de 2017.

Antônio Marcos Vieira Santos João Adamo Júnior João Alfredo Dias Lins Maurício Tiomno Tolmasquim Wolfgang Eberhard Rohrbach