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I
Materiais de Construção
Derivados de Madeira
série MATERIAIS
joão guerra martins
antónio vieira
1.ª edição / 2004
II
Apresentação
Este texto resulta inicialmente do trabalho de aplicação realizado pelos alunos da disciplina de
Materiais de Construção I do curso de Engenharia Civil, sendo baseado no esforço daqueles que
frequentaram a disciplina no ano lectivo de 1999/2000, vindo a ser anualmente melhorado e
actualizado pelos cursos seguintes.
No final do processo de pesquisa e compilação, o presente documento acaba por ser, genericamente, o repositório da
Monografia do Eng.º ANTÓNIO VIEIRA que, partindo do trabalho acima identificado, o reviu totalmente,
reorganizando, contraindo e aumentando em função dos muitos acertos que o mesmo carecia.
Pretende, contudo, o seu teor evoluir permanentemente, no sentido de responder quer à
especificidade dos cursos da UFP, como contrair-se ainda mais ao que se julga pertinente e alargar-
se ao que se pensa omitido.
Esta sebenta insere-se num conjunto que perfaz o total do programa da disciplina, existindo uma por
cada um dos temas base do mesmo, ou seja:
I. Metais
II. Pedras naturais
III. Ligantes
IV. Argamassas
V. Betões
VI. Aglomerados
VII. Produtos cerâmicos
VIII. Madeiras
IX. Derivados de Madeira
X. Vidros
XI. Plásticos
XII. Tintas e vernizes
XIII. Colas e mastiques
Embora o texto tenha sido revisto, esta versão não é considerada definitiva, sendo de supor a
existência de erros e imprecisões. Conta-se não só com uma crítica atenta, como com todos os
contributos técnicos que possam ser endereçados. Ambos se aceitam e agradecem.
João Guerra Martins
Aglomerados de Madeira
3
ÍNDICE
ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................................... 6
ÍNDICE DE FIGURAS............................................................................................................ 7
SUMÁRIO................................................................................................................................. 9
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10
CAPÍTULO I – A MADEIRA COMO “MATÉRIA-PRIMA DOS DERIVADOS” ....... 12
1.1. - HISTORIAL DA MADEIRA...................................................................................................12 1.2. – CONCEITO DE MADEIRA ...................................................................................................13 1.3. – NOMENCLATURA DA MADEIRA......................................................................................14
1.3.1. – ÁRVORES RESINOSAS ................................................................................................14 1.3.2. – ÁRVORES FOLHOSAS..................................................................................................15
1.4. – ESTRUTURA DA MADEIRA................................................................................................17
CAPÍTULO II – PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA .............. 21
2.1. – PREÂMBULO.........................................................................................................................21 2.2. – PROPRIEDADES FÍSICAS....................................................................................................21
2.2.1. – HUMIDADE ....................................................................................................................22 2.2.2. – DENSIDADE...................................................................................................................24 2.2.3. – RETRACTILIDADE .......................................................................................................24 2.2.4. – HETEROGENEIDADE...................................................................................................25 2.2.5. – ANISOTROPIA ...............................................................................................................25 2.2.6. – HIGROMETRICIDADE..................................................................................................26 2.2.7. – POROSIDADE.................................................................................................................26 2.2.8. – DUREZA..........................................................................................................................26 2.2.9. – COR..................................................................................................................................27 2.2.10. – BRILHO.........................................................................................................................27 2.2.11. – ODOR E GOSTO...........................................................................................................28 2.2.12. – CONDUTIBILIDADES ELÉCTRICA, TÉRMICA E SONORA.................................28
2.3. – PROPRIEDADES MECÂNICAS ...........................................................................................28 2.3.1. – RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO, À TRACÇÃO E À FLEXÃO................................29 2.3.2. – ELASTICIDADE, FLUÊNCIA E FADIGA....................................................................29 2.3.3. – A MADEIRA PERANTE A TEMPERATURA E O FOGO...........................................29
CAPÍTULO III – PERCURSO DA MADEIRA ATÉ AOS SEUS DERIVADOS ........... 32
3.1. – GENERALIDADES................................................................................................................32 3.2. – CRESCIMENTO E PRODUÇÃO ...........................................................................................33 3.3. – EVOLUÇÃO DO SECTOR DAS MADEIRAS EM PORTUGAL .........................................36
CAPÍTULO IV – DERIVADOS DA MADEIRA................................................................ 38
4.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS...................................................................................................38 4.2. – TIPOS DE DERIVADOS DE MADEIRA...............................................................................39
4.2.1. - AGLOMERADOS............................................................................................................40 4.2.1.1 - DEFINIÇÃO E PROCESSO DE FABRICO..............................................................40
Aglomerados de Madeira
4
4.2.1.2. – TIPOS DE AGLOMERADOS E SUAS APLICAÇÕES .........................................42 4.2.2. – CONTRAPLACADOS ....................................................................................................63
4.2.2.1. – DEFINIÇÃO E PROCESSO DE FABRICO............................................................63 4.2.2.2. - TIPOS DE CONTRAPLACADOS E SUAS APLICAÇÕES ...................................66 4.2.2.3. – FORMAS DE COLOCAÇÃO DOS CONTRAPLACADOS...................................70 4.2.2.4. – VANTAGENS DOS CONTRAPLACADOS...........................................................71
4.2.3. - FOLHEADOS...................................................................................................................73 4.2.3.1 - DEFINIÇÃO E PROCESSO DE FABRICO..............................................................73
4.2.4. – TERMOLAMINADOS....................................................................................................74 4.2.4.1. – DEFINIÇÃO E PROCESSO DE FABRICO............................................................74 4.2.4.2. - TIPOS DE TERMOLAMINADOS E SUAS APLICAÇÕES...................................76
4.2.5. - PLACAS DE FIBRAS DE MADEIRA (PLATEX).........................................................78 4.2.6 – PAINÉIS DE MADEIRA RECONSTITUÍDA.................................................................79
4.2.6.1 – DEFINIÇÃO E PROCESSO DE FABRICO.............................................................79 4.2.6.2. - PAINÉIS DE MADEIRA RECONSTITUÍDA E SUAS APLICAÇÕES.................80
4.2.7. – CORTIÇA ........................................................................................................................80 4.2.7.1. - DEFINIÇÃO E PROCESSO DE FABRICO.............................................................80 4.2.7.2. - TIPOS DE CORTIÇA................................................................................................82
CAPÍTULO V – A MADEIRA E DERIVADOS FACE A OUTROS MATERIAIS ....... 84
5.1. - CONSIDERAÇÕES GERAIS..................................................................................................84 5.2. – A MADEIRA NATURAL FACE A OUTROS MATERIAIS ESTRUTURAIS .....................85 5.3. – A MADEIRA NATURAL FACE AOS SEUS DERIVADOS.................................................87 5.4. – PRODUÇÃO E CONSUMO DOS DERIVADOS DA MADEIRA.........................................88 5.5. – PREÇOS COMPARATIVOS DE DERIVADOS DE MADEIRA ..........................................89 6.1. – GENERALIDADES................................................................................................................94 6.2. – PROCESSOS DE TRATAMENTO ........................................................................................95
6.2.1. – SECAGEM.......................................................................................................................95 6.2.2. – DESENSEIVAMENTO OU LIXIVIAÇÃO....................................................................95 6.2.3. – CONSERVAÇÃO DA MADEIRA EM OBRA ..............................................................96
6.3. – AGENTES DETERIORADORES...........................................................................................96 6.3.1. - FUNGOS...........................................................................................................................97 6.3.2. – INSECTOS XILÓFAGOS ...............................................................................................97 6.3.3. – XILÓFAGOS MARINHOS.............................................................................................98
6.4. – PRODUTOS DE MANUTENÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS .....................................98 6.5. – PROCESSOS DE APLICAÇÃO .............................................................................................99
6.5.1. – PROCESSO COM PRESSÃO (IMPREGNAÇÃO PROFUNDA) ...............................100 6.5.2. – PROCESSO SEM PRESSÃO (IMPREGNAÇÃO SUPERFICIAL).............................100
6.5.2.1. – POR ABSORÇÃO ..................................................................................................100 6.5.2.2. – POR CAPILARIDADE...........................................................................................101
CONCLUSÕES .................................................................................................................... 103
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 106
SITES DA INTERNET........................................................................................................ 108
ANEXOS ............................................................................................................................... 111
Aglomerados de Madeira
5
ANEXO I – ESPECIFICAÇÕES COMERCIAIS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE AGLOMERADOS................................................................................................................ 112
A. AGLOMERADOS .....................................................................................................................113 B. MDF............................................................................................................................................114 C. PLATEX.....................................................................................................................................115 D. CONTRAPLACADOS .............................................................................................................116 E. LAMELADOS............................................................................................................................117 F. TERMOLAMINADOS ..............................................................................................................118
ANEXO II – ESPECIFICAÇÕES COMERCIAIS DE ALGUNS TIPOS DE AGLOMERADOS................................................................................................................ 120
1. AGLOMERADO DE FIBRAS DE MADEIRA DE DENSIDADE MÉDIA (MDF) PARA UTILIZAÇÃO GERAL EM AMBIENTE SECO ...........................................................................121 2. AGLOMERADO DE FIBRAS DE MADEIRA DE DENSIDADE MÉDIA (MDF) PARA PAVIMENTOS ...............................................................................................................................122 3. AGLOMERADO DE FIBRAS DE MADEIRA DE DENSIDADE MÉDIA (MDF) LEVE, PARA USOS GERAIS ....................................................................................................................123 4. AGLOMERADO DE FIBRAS DE MADEIRA DE DENSIDADE MÉDIA (MDF) PARA UTILIZAÇÃO GERAL EM AMBIENTES OCASIONALMENTE HÚMIDOS...........................124 GAMA.............................................................................................................................................124 5. AGLOMERADO DE FIBRAS DE MADEIRA DE DENSIDADE MÉDIA (MDF) PARA LACAGEM .....................................................................................................................................125 6. AGLOMERADO DE FIBRAS DE MADEIRA DE DENSIDADE MÉDIA (MDF) MOLDÁVEL ..................................................................................................................................126 8. AGLOMERADO DE PARTÍCULAS DE MADEIRA COMPACTO PARA APLICAÇÕES INTERIORES DE SOFT E POSTFORMING E USO EM CONDIÇÕES SECAS.........................128 9. AGLOMERADO DE PARTÍCULAS DE MADEIRA COMPACTO PARA APLICAÇÕES INTERIORES, INCLUINDO MOBILIÁRIO, PARA UTILIZAÇÃO EM CONDIÇÕES OCASIONALMENTE HÚMIDAS.................................................................................................129 10. LAMINADO STANDARD PARA UTILIZAÇÃO GERAL EM APLICAÇÕES HORIZONTAIS ..............................................................................................................................130 11. LAMINADO “POST-FORMÁVEL” PARA UTILIZAÇÃO GERAL EM APLICAÇÕES HORIZONTAIS ..............................................................................................................................131 12. LAMINADO COM SUPERFÍCIE METÁLICA.......................................................................132 13. LAMINADO PARA PAVIMENTOS .......................................................................................133 14. ISOPLY .....................................................................................................................................134 15. LAMÉPLY ................................................................................................................................136 16. TRIPLY .....................................................................................................................................138
ANEXO III – NORMALIZAÇÃO DE MADEIRAS E SEUS DERIVADOS................. 140
Aglomerados de Madeira
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ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1 – ÁREA DE ALGUMAS ESPÉCIES OCUPADAS EM TERRITÓRIO CONTINENTAL, NOS ANOS DE
1980 E 1992 ...................................................................................................................... 37 TABELA 2 – MATERIAIS ESTRUTURAIS – DADOS COMPARATIVOS ........................ 85 TABELA 3 – APLICAÇÕES DOS TIPOS DE MADEIRA E DOS SEUS DERIVADOS ...... 88 TABELA 4 - PREÇOS DOS AGLOMERADOS DE MADEIRA POR ESPESSURAS E TIPOS
.......................................................................................................................................... 90 TABELA 5 – PREÇOS DOS CONTRAPLACADOS POR ESPESSURAS E TIPOS............. 91 TABELA 6 – PREÇOS DE FOLHEADOS POR ESPESSURAS E TIPOS............................. 92 TABELA 7 – PREÇOS DE FOLHA DE MADEIRA NATURAL........................................... 92 TABELA 8 – PREÇOS DE MDF FOLHEADO FINO POR ESPESSURAS E TIPOS............ 93
Aglomerados de Madeira
7
ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1 – IMAGEM DE UM TIPO DE PINHO: “CASQUINHA”…………………………………..15 FIGURA 2 – EXEMPLO DE UMA ÁRVORE FOLHOSA: “FAIA”…………………………………...17 FIGURA 3 –SECÇÃO TRANSVERSAL DO TRONCO DE UMA ÁRVORE, MOSTRANDO AS PRINCIPAIS
COMPONENTES DO LENHO E DA CASCA (IN MOREY, 1978, P. 49) ....................................... 18 FIGURA 4 – DIAGRAMA DE SECTOR CIRCULAR DO CAULE DE CINCO ANOS DE IDADE DE UMA . 19 FIGURA 5 – DIRECÇÕES FUNDAMENTAIS DA MADEIRA............................................................ 20 FIGURA 6- IMAGEM DE DUAS ÁRVORES DA MESMA ESPÉCIE, COM ANÉIS DE CRESCIMENTO DIFERENTES……………………………………………………………………………………26 FIGURA 7- IMAGEM DE UM INCÊNDIO………………………………………………………...31 FIGURA 8 – PINUS PINASTER -PINHEIRO MARÍTIMO ................................................................. 32 FIGURA 9 - ILUSTRAÇÃO DA TORAGEM, FALCAS E TOROS (IN SANTOS, 1991, P. 62)................ 34 FIGURA 10 -TOROS DE MADEIRA DESFIADA (IN SANTOS, 1991, P. 63) ................................... 35 FIGURA 11 – CORTE ATRAVÉS DE UMA SERRA DE FITA SEM-FIM (CHARRIOT) (IN SANTOS, 1991,
P. 63) ................................................................................................................................. 35 FIGURA 12 – AGLOMERADOS (IN SANTOS, 1991, P .75) .......................................................... 40 FIGURA 13 – AGLOMERADO DE FIBRAS (MDF) (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) .................... 42 FIGURA 14 – MDF STANDARD ( IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) ............................................. 43 FIGURA 15 – PAVIMENTO MDF (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) ............................................ 44 FIGURA 16 – MDF BAIXA DENSIDADE (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) ................................. 44 FIGURA 17 – MDF RESISTENTE À HUMIDADE (MR) (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) .............. 45 FIGURA 18 – MDF SUPERLAC (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) ............................................... 46 FIGURA 19 – MDF MOLDURAS E PERFIS (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA)............................... 46 FIGURA 20 – MDF MOLDÁVEL (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) ............................................. 47 FIGURA 21 – AGLOMERADOS REVESTIDOS COM PAPEL MELAMÍNICO (IN SITE DA SONAE
INDÚSTRIA) ....................................................................................................................... 48 FIGURA 22 – AGLOMERADOS REVESTIDOS COM FOLHA DE MADEIRA (IN SITE DA SONAE
INDÚSTRIA) ....................................................................................................................... 48 FIGURA 23 – AGLOMERADO OSB (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) ......................................... 50 FIGURA 24 – OSB 2 MACHEADO (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA)........................................... 50 FIGURA 25 – OSB 2 (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) .............................................................. 51 FIGURA 26 E FIGURA 27 – OSB 3 (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA)....................................... 52 FIGURA 28 E FIGURA 29 – OSB 4 (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA)....................................... 53 FIGURA 30 E FIGURA 31 – OSB 4 MACHEADO (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) ................... 53 FIGURA 32 – OSB 4 LAMBRIM (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) .............................................. 53 FIGURA 33 – PISO LAMINADO (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA)................................................ 56 FIGURA 34 – AGLOMERADO PARTÍCULAS STANDARD (ST) (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) .. 57 FIGURA 35 – AGLOMERADO DE PARTÍCULAS POSTFORMING (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA). 58 FIGURA 36 – AGLOMERADO DE PARTÍCULAS RESISTENTE À HUMIDADE (MR) (IN SITE DA SONAE
INDÚSTRIA) ....................................................................................................................... 59 FIGURA 37 – AGLOMERADO PINTADO (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA)................................... 60 FIGURA 38- FORMAS DE CORTE DA MADEIRA (IN VALENTE, 1988, P. 52) ............................... 63 FIGURA 39 - OBTENÇÃO DE UM CONTRAPLACADO (IN SANTOS, 1991, P. 76).......................... 64 FIGURA 40 – FOLHA DESENROLADA E FIGURA 36A – CORTE POR SERRA OU LÂMINA ....... 65 FIGURA 41 – CORTE DE FOLHA (IN PATTON, P.206)..................................................... 66 FIGURA 42 – ALMA................................................................................................................. 66
Aglomerados de Madeira
8
FIGURA 43 – CONTRAPLACADO COMUM (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) ............................... 66 FIGURA 44 – USO DO CONTRAPLACADO DE RESINOSAS (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA)........ 68 FIGURA 45 – MÉTODOS DE OBTENÇÃO DOS FOLHEADOS......................................................... 73 FIGURA 46 -ESTRUTURA DOS TERMOLAMINADOS................................................................... 75 FIGURA 47 – TERMOLAMINADO (IN SITE DASONAE INDÚSTRIA) ............................................. 75 FIGURA 48 - TERMOLAMINADO PARA APLICAÇÕES HORIZONTAIS/VERTICAIS (IN SITE DA SONAE
INDÚSTRIA) ....................................................................................................................... 76 FIGURA 49– TERMOLAMINADO METÁLICO (IN SITE DA SONAE INDÚSTRIA) ........................... 77 FIGURA 50 – TERMOLAMINADO DE ELEVADA RESISTÊNCIA-PAVIMENTOS (IN SITE DA SONAE
INDÚSTRIA) ..................................................................ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO. FIGURA 51 – PLACAS DE PLATEX............................................................................................ 78 FIGURA 52 – AGLOMERADO EXPANDIDO PURO (IN SITE DE AMORIM ISOLAMENTOS).............. 81 FIGURA 53 – AGLOMERADO EXPANDIDO PURO (IN SITE DE AMORIM ISOLAMENTOS).............. 82 FIGURA 54 – CORTIÇA EM FOLHA (IN SITE DE AMORIM ISOLAMENTOS).................................. 83 FIGURA 55 – IMAGEM DE MADEIRA EM DESPARASITAÇÃO……………………………………98
Aglomerados de Madeira
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SUMÁRIO
A floresta em Portugal tem um valor económico e social importantíssimo, uma vez que a
respectiva indústria dos produtos florestais, que abrange a transformação da madeira e a produção
dos seus derivados, tem já um peso proporcional elevado na formação do produto interno e na
balança comercial do País.
Procura-se assim abordar, neste trabalho monográfico, a variedade dos derivados de
madeira que mais têm contribuído para o desenvolvimento da economia nacional, nomeadamente
no sector da construção civil e do mobiliário.
Deste modo, começa-se pelo historial da madeira como matéria-prima dos seus derivados,
com referência não só à sua nomenclatura, estrutura, propriedades e características, como
também ao percurso habitualmente seguido na indústria desde a árvore até à obtenção dos
derivados da madeira.
Desenvolve-se o tema principal (Derivados de Madeira), de forma prolongada, embora
não exaustiva, identificando os principais produtos deste grupo, caracterizando-os e apresentando
o seu processo de fabrico, bem como as suas principais aplicações.
Por último, conclui-se com a análise e estudos de mercado sobre a comparação entre a
madeira e respectivos derivados, sem esquecer o problema da sua conservação e manutenção.
Incluem-se, ainda, dois conjuntos de anexos: um visando uma extrema sintetização dos
principais tipos de Derivados de Madeira, outro com algumas soluções comerciais, colocadas na
forma de quadros resumo.
Aglomerados de Madeira
10
INTRODUÇÃO
A presente monografia subordinada ao tema “Derivados da Madeira” circunscreve-se no
âmbito de uma disciplina final demonstrativa de conhecimentos adquiridos e capacidades
desenvolvidas pelo seu autor, como parte dos requisitos para obtenção do grau de licenciado em
Engenharia Civil na Universidade Fernando Pessoa.
As árvores, muito delicadas enquanto jovens, são prodigiosos seres vivos que crescem
vigorosamente quando as condições de solo e de ambiente são propícias, atingindo algumas vezes
dimensões colossais. Portugal apresenta a taxa mais elevada de floresta dos Países Europeus,
tendo cerca de três milhões de hectares e possivelmente capacidade para o dobro.
Reconhece-se hoje o valor da árvore, quer como matéria-prima da economia industrial,
quer como elemento fundamental do espaço natural, ou melhor, daquele onde impera a vida em
toda a sua complexidade de formas e relações.
As madeiras constituem um material complexo com características muito diferentes dos
outros materiais de construção. A origem dessas diferenças reside sobretudo na sua estrutura
fibrosa heterogénea e anisotrópica.
A madeira tem sido desde sempre um dos principais materiais utilizados na construção.
No entanto, estruturalmente, perdeu o seu protagonismo a partir da Revolução industrial, sendo
substituída primeiro pelo ferro e depois pelo betão armado, materiais que constituem hoje em dia
a estrutura da maior parte dos edifícios.
A tecnologia, por sua vez, fez surgir uma série de derivados da madeira como alternativa
à madeira maciça ou natural. Estes materiais, como os aglomerados e os contraplacados, têm
características próprias que os distinguem entre si.
Aglomerados de Madeira
11
A madeira maciça, considerada, por vezes erradamente, um material melhor do que os
seus derivados, é obtida do tronco da árvore através do corte circular transversal ou em quartos.
Necessita de um período de secagem alargado, entre um a dois anos, sendo que as resinosas
secam mais depressa. Durante este processo ocorre, inevitavelmente, alguma deformação. O facto
de a madeira que se adquire para trabalhos de marcenaria raramente estar bem seca, leva-a a
acusar os efeitos da humidade e da temperatura, podendo vir a sofrer de diversas patologias e
defeitos.
Para remediar essa tendência natural surgiram os dois grandes grupos de derivados de
madeira estratificada, os Aglomerados e os Contraplacados, a par de outros produtos seus
sucedâneos existentes no mercado, dos quais se salientam os Folheados, os Termolaminados, as
Placas de Fibras de Madeira (Platex), os Painéis de Madeira Reconstituída e a Cortiça.
Enquanto os “contraplacados” surgem através das colagens de finas folhas de madeira,
umas sobre outras, cruzando o seu veio na vertical e na horizontal, alternadamente, os
“aglomerados" são fabricados a partir de pequenas aparas misturadas com uma resina sintética,
sendo depois esta pasta prensada a alta temperatura, não apresentando no final quaisquer veios.
Tanto num caso como noutro, para lhes conferir a aparência atractiva da madeira, a peça
resultante é coberta com uma folha especificada desse material, chamando-se “folheado” a este
processo de acabamento, o qual pode ser feita com madeira ou com laminados diversos.
A madeira, mesmo tendo sido substituída por outros materiais, continua a ser um dos
eleitos, quer pela sua beleza, quer pela sua maleabilidade. Contudo, por questões práticas e de
orçamento, é cada vez mais substituída pelos seus derivados, os quais são hoje de capital
importância para o sector da construção civil e do mobiliário
De notar que se sentiu algumas dificuldades na obtenção de material de pesquisa, dada a
modesta existência de bibliografia neste domínio.
No final deste trabalho são referidas as fontes de informação e a bibliografia.
Aglomerados de Madeira
12
Apesar das dificuldades referidas, e na certeza de que fica ainda muito por dizer,
perspectiva-se de algum modo contribuir para o enriquecimento pessoal de quem se interessar por
este assunto, tão diversificado como actual.
CAPÍTULO I – A MADEIRA COMO “MATÉRIA-PRIMA DOS DERIVADOS”
1.1. - HISTORIAL DA MADEIRA
Desde o aparecimento do homem sobre a terra até aos nossos dias, a técnica e a arte de
trabalhar a madeira tem evoluído desde o processo manual e primitivo, até à vasta e engenhosa
indústria moderna contemporânea. A madeira esteve sempre ao alcance do homem desde os
tempos remotos, o qual através da sua imaginação sempre soube tirar proveito dela para execução
de inúmeros objectos e produtos. Foi, portanto, um dos primeiros materiais utilizados pelo
homem, não só para sua defesa (como arma ou fazendo parte dela), como para se aquecer,
cozinhar e iluminar, para construção dos primeiros abrigos, das primeiras jangadas e barcos, etc.
Com o decorrer dos tempos, o homem começa a utilizar a madeira para edificar as
cabanas e choupanas, fazendo as paredes de ramos entrelaçados, rebocados ou não, com terra
argilosa. Mais tarde, substitui as paredes com pedra ou tijolo cozido ao sol, aplicando a madeira
não só na sua cobertura, portas e janelas, bem como na decoração interna e externa.
A evolução consegue, entretanto, novos materiais, mas a madeira e seus derivados
continuam a ser usados em larga escala. Nos nossos dias, além de material de grande utilidade
que continua a ser, a madeira é também a fonte de muitos produtos usados na indústria, de onde
se destaca o papel como grande responsável pelo avanço da nossa Civilização.
Aglomerados de Madeira
13
1.2. – CONCEITO DE MADEIRA
Um estudo desta natureza deve começar por fazer uma breve abordagem sobre o conceito
de “madeira”. É extremamente importante proceder-se à delimitação deste campo de estudo,
antes mesmo de se abordar o conceito de “derivados”.
Recorrendo a uma noção de “enciclopédia”1, a noção de “madeira” é apresentada como
sendo a “substância compacta, sólida, fibrosa, que se diz lenhosa, que compõe as raízes, o tronco
(fuste, haste ou caule) e os ramos de certos vegetais”. Descrevem-se assim duas noções neste
mesmo local: uma oriunda da “botânica” e outra da “silvicultura”.
Na noção oriunda da “botânica”, a madeira define-se como uma “porção de lenho de
dimensões suficientes para poder ser transformada depois de trabalhada com qualquer objecto
útil” (página 841). Devido ao crescimento do diâmetro do “cilindro central” do caule das
gimnospérmicas e dicotiledóneas, é que se obtém a madeira em bruto, matéria-prima, para ser
utilizada nas mais variadas aplicações. O crescimento deste “cilindro central”, chamado de
“câmbio”, é uma zona que fica no meio do “líber” e do “lenho” das plantas gimnospérmicas e
dicotiledóneas. Para produzir madeira é importante o “câmbio”, com os tecidos virados na
direcção do interior (incluindo o “lenho” e os raios medulares). Mas este “câmbio” de raiz
também pode dar madeira.
Em relação à “silvicultura”, a madeira é perspectivada como resultado da natureza,
assumindo três formas: - a madeira, enquanto tal, a “lenha” e a “rama”. Estas formas são
variáveis no diâmetro que a árvore possui, e em função da sua idade e localização vegetativa. O
processo de produção da madeira, propriamente dita, aparece a partir do “eixo principal” da
árvore, ao qual também se dá o nome de “fuste”. Este processo de produção confina-se até ao
diâmetro de 0,20 metros. A partir deste, para menos, passamos a ter a “lenha” até às formações
terminais da árvore designadas por “rama”. É a parte mais importante para o desenvolvimento da
árvore.
1 Ver “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (GEPB)1, volume XV, página 841.
Aglomerados de Madeira
14
Parece que podemos, então, concluir que a madeira, aquela que se extrai como matéria-
prima bruta da natureza, é definida segundo estas duas perspectivas – a “botânica” e a associada à
“silvicultura”.
1.3. – NOMENCLATURA DA MADEIRA
A nomenclatura existente sobre madeira corresponde à classificação das árvores de onde a
obtemos, resumindo-se, fundamentalmente, a dois grandes grupos: as árvores resinosas (ou
“coníferas”) e as árvores folhosas (ou “caducas”).
1.3.1. – ÁRVORES RESINOSAS
As árvores resinosas têm naturalmente resina, sendo as folhas do tipo persistente, com
maior durabilidade, possuindo forma em agulha. São próprias das zonas frias e temperadas,
pertencem às melhores e mais apreciadas madeiras de construção pelas suas características de
trabalho e resistência mecânica. Apodrecem facilmente se não forem devidamente tratadas.
Os tipos de árvores enquadradas neste grupo são o pinho e diversos tipos congéneres. As
árvores a partir das quais se obtém o pinho são os pinheiros bravos e os pinheiros mansos. A
madeira de pinho existe praticamente em toda a parte do mundo, sendo usada nas obras públicas
e construção civil, para além dos sectores do mobiliário e da construção naval.
Podemos referir alguns tipos particulares de “pinho”:
• “Pinho bravo” - É uma árvore que dá madeira de boa qualidade, muito embora não
seja muito utilizada. Obtém-se a partir do “pinheiro bravo”;
• “Pinho marítimo” - Também conhecida por “pinus pinaster”, é uma árvore típica dos
países mediterrânicos como Portugal, Espanha, França e alguns países de África. Encontra-se na
Aglomerados de Madeira
15
Europa em altitudes médias (de 0 a 400 metros) e elevadas (de 400 a 900 metros), bem como na
África em alturas até 2000 metros;
• “Pinho manso” - Caracteriza-se por ter ramificações e nodos;
• “Casquinha” - Encontra-se um pouco por toda a Europa, designadamente na
Escandinávia, bem como em Portugal (Serra do Marão).
FIGURA 1 – Imagem de um tipo de pinho: “casquinha”
1.3.2. – ÁRVORES FOLHOSAS
As árvores folhosas são próprias de zonas temperadas tropicais, produzindo madeiras
desde as mais suaves e brandas até às duras. Pertencem às madeiras aptas também para a
marcenaria devido ao seu aspecto, acabamento e qualidade, sendo por isso mais indicadas para
fins decorativos.
Aglomerados de Madeira
16
São na sua maioria de folha caduca e entre os seus vários tipos temos:
• O “carvalho” - É geralmente um tipo de árvore que, segundo GEPB (2000, p. 67),
tem aquilo que se designa por “amentilhos masculinos delgados interrompidos, pendentes com
uma flor na axila de cada bráctea”. Existem 200 espécies de árvores com este nome. Na madeira
extraída desta árvore, os raios medulares são diferentes quanto à sua espessura, existindo uns
delgados e outros com maior largura. Quanto ao tipo de folha, os carvalhos resumem-se a dois
tipos: de folha caduca (ou folha marcescente, assim caracterizada por morrer no Outono mas cair
só na Primavera seguinte) e de folha persistente. Nos de folha caduca os vasos possuem maior
diâmetro do que os de folha persistente. O carvalho de folha caduca, quando atinge grandes
dimensões, destina-se a ser utilizado preferencialmente no fabrico da aduela e na marcenaria,
para além das decorações de casas e construção civil. Já o carvalho de folha persistente, de maior
densidade, é muito usado para produzir carvão;
• O “castanho” - É o nome porque é conhecido a madeira do castanheiro. Quanto à
espessura e comprimento, são diferentes não tendo um padrão próprio. Aplica-se na tanoaria, na
marcenaria e na construção civil;
• O “eucalipto” - É uma árvore da família das “mirtáceas”. Existem 230 espécies
diferentes. Estas árvores caracterizam-se pela sua altura e crescimento rápido, muito embora
algumas apenas sejam “arbustos”;
• O “álamo” - Trata-se de uma espécie de choupo. Porém, é possível extrair desta
árvore boa madeira, podendo ter os destinos mais diversos;
• A “nogueira” - É uma árvore de altura elevada, tendo a casca acinzentada e a copa
grande com folhas de 7 a 9 folíolos. A sua madeira utiliza-se muito na marcenaria;
• A “faia” - Caracteriza-se por possuir um porte esbelto, com cerca de 30 metros de
altura, as folhas arredondadas, e uma considerável densidade. É utilizada na produção de
Aglomerados de Madeira
17
carruagens, caixas de ressonância de pianos, utensílios de desporto e também em objectos de
maior requinte e precisão. A “faia” é um exemplo de árvore das florestas dos climas temperados,
da família das fagáceas, de córtex liso, cuja madeira branca, resistente e flexível é muito
empregada em marcenaria;
FIGURA 2 – Exemplo de árvore folhosa: “faia”
1.4. – ESTRUTURA DA MADEIRA
No que respeita à estrutura da “madeira”, existem também diferenças consoante a origem
das árvores. Geralmente, qualquer que seja o tipo de árvore, o crescimento dá-se sempre pela
sobreposição de camadas sucessivas, concêntricas e periféricas, provenientes do “câmbio” (zona
geratriz compreendida entre o “líber” e o “lenho”). Este crescimento designa-se por “anel de
crescimento” e varia conforme a localização das árvores nas várias regiões do globo. Durante o
seu processo de evolução os “anéis de crescimento”, à medida que se desnvolvem, vão os mais
antigos sendo substituídos pelos mais novos, deixando os primeiros de participar na evolução
fisiológica que, basicamente, se identifica com o armazenamento e transporte das substâncias
químicas que alimentam a árvore.
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18
Nesta modificação aparece-nos o “cerne”, conjunto dos anéis de crescimento, ou seja, a
camada concêntrica da árvore situada entre a parte interna designada por “medula”, e a parte mais
nova situada na periferia, sob a casca, constituída pelas últimas camadas anuais de madeira ainda
vivas, designada por “alburno”.
O “cerne” é de cor escura, mais seco e duro que as restantes camadas da árvore,
desempenhando funções estruturais. A parte designada por “alburno” tem a cor mais clara do que
o “cerne”, sendo a principal função das suas células contribuir para a alimentação da árvore.
FIGURA 3 – Secção transversal do tronco de uma árvore, mostrando as principais componentes
do lenho e da casca (in Morey, 1978, p. 49)
Importa referir ainda que os “anéis de crescimento” permitem conhecer não só a idade
de uma árvore como também estudar a característica da anisotropia da madeira, propriedade
física que depende da direcção segundo a qual é avaliada. A avaliação da qualidade da madeira
pode ser feita através da “performance” física e mecânica dos “anéis de crescimento”, segundo
três direcções possíveis: a “direcção tangencial” (ou direcção transversal tangencial), a “direcção
radial” (ou direcção transversal radial) e a “direcção axial” (no sentido das fibra e longitudinal ao
caule), tal como se representa na figura 3.
Lenho
Casca
Aglomerados de Madeira
19
A estrutura celular das árvores possui “veios”, que são de toda a importância na extracção
e serração das madeiras, visto que estas operações deverão ser efectuadas de maneira a que os
“veios” fiquem sempre paralelos ao plano do corte. Se este aspecto não for tido em conta, dá
origem a que se reduza significativamente a resistência da madeira, o que torna praticamente
impossível obter uma peça de dimensão e qualidade aceitáveis. Os “veios” são de dois tipos: os
“abertos” e os “fechados”. A diferença entre os dois está em que, no primeiro caso, os poros da
árvore cobrem toda a superfície exposta, e no segundo, isso já não sucede, não sendo também
visíveis a “olho nu”.
Do ponto de vista “anatómico”, a madeira possui várias espécies que se encontram
relacionadas com o “lenho”. O “lenho” pode ser de dois tipos: um “inicial” e outro mais “tardio”.
As diferenças principais estão na fase do processo de crescimento do “lenho”, sendo o primeiro
aquele que aparece na fase de nascimento e o segundo na fase terminal. As figuras seguintes (1 e
2) representam duma forma esquemática, respectivamente, a secção tranversal do tronco de uma
árvore e os aspectos principais da sua estrutura lenhosa.
FIGURA 4 – Diagrama de sector circular do caule de cinco anos de idade de uma
Folhosa, indicando os aspectos principais da estrutura lenhosa (in Rendle, 1937, p. 49)
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FIGURA 5 – Direcções fundamentais da madeira (In Carvalho, 1996, p. 29)
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CAPÍTULO II – PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA
2.1. – PREÂMBULO
As madeiras e seus derivados, de um modo geral, para além das suas características
químicas, possuem importantes propriedades físicas e mecânicas, cuja diferença básica reside no
facto de as físicas serem características intrínsecas da madeira, independentemente da sua
utilização, ao passo que as mecânicas encontram-se associadas às diversas qualificações da
madeira para as respectivas finalidades ou utilizações.
Nem toda a madeira é igual. Cada variedade apresenta propriedades específicas. Há
madeiras muito duras e resistentes e outras mais brandas e menos resistentes. Pegando num
pouco de madeira, verifica-se que a sua estrutura é fibrosa, ou seja, formada por fibras. As fibras
estão orientadas segundo uma direcção determinada, o que faz com que a madeira não tenha as
mesmas propriedades em qualquer direcção, sendo mais fácil separar as fibras umas das outras no
sentido dos veios do que no sentido perpendicular a eles. Esta particularidade que a madeira nos
oferece exige que se tenha atenção ao projectar e ao trabalhar com ela.
Como é heterogénea a constituição celular das árvores no seu processo de crescimento,
não é de estranhar que o comportamento físico e mecânico da madeira que se extrai das árvores, e
o seu desempenho, sejam díspares.
2.2. – PROPRIEDADES FÍSICAS
As propriedades físicas essenciais na madeira são a Humidade, a Densidade e a
Retractilidade, havendo, no entanto, outras que se encontram de certa forma relacionadas com
elas, pelo que se referenciam as seguintes:
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• A Heterogeneidade, a Anisotropia, a Higrometricidade, a Porosidade, a Dureza, a
Cor, o Brilho, o Odor e o Gosto, bem como as Condutibilidades eléctrica, térmica e sonora.
2.2.1. – HUMIDADE
A humidade é o teor de água existente na madeira. Sem a água não é possível haver
madeira. Se apenas o “lenho” possuir água, de um ponto de vista técnico, diz-se que a árvore não
possui humidade. Se apenas as paredes das fibras possuírem água, então dizemos que este tipo de
água é de “impregnação”. Se forem as próprias fibras que possuem a água, esta designa-se de
água “livre”. A maior parte da madeira é constituída por celulose, sendo esta substância
sobejamente conhecida pelo facto de necessitar de muita água para crescer. A quantidade de água
absorvida pela madeira afecta o seu crescimento. Os “anéis de crescimento”, na retracção da
madeira do tipo “transversal tangencial”, são de dimensões não regulares, podendo variar o seu
grau de humidade entre 5% a 10% na passagem da madeira do tipo “seco” para madeira do tipo
“saturada”.
Após a extracção da madeira da árvore, podem advir complicações devido ao seu grau
de humidade, designadamente, empenamentos, fissuras, etc.
Segundo Carvalho (1996, p. 40), quanto ao teor de água a madeira pode classificar-se
em:
• “Madeira saturada” – com o teor de água (humidade) acima dos 70%;
• “Madeira verde” – com o teor de água entre 30 e 70%.
• “Madeira semi-seca” – com o teor de água entre 23 e 30%.
• “Madeira comercialmente seca” – se o teor de água for de 18 a 22%.
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• “Madeira seca ao ar (sob coberto)” – se o teor de água for de 13 a 17%.
• “Madeira muito seca” – com o teor de água entre 8 e 12%.
• “Madeira completamente seca” – com 0% de teor de água.
O conteúdo de humidade “H” da madeira define-se também como sendo a massa de
água contida na madeira expressa como percentagem da massa seca. Dado que a massa se
determina mediante pesagens, esta definição resulta equivalente se utilizarmos o peso em vez da
massa, pelo que temos:
1002
21×
−=
PPPH
Sendo P1 o peso inicial da amostra, e P2 o peso seco da amostra obtido por secagem em
estufa a uma temperatura de 1030 C ± 20 C.
A madeira recém-cortada tem um conteúdo de humidade compreendido entre 50 e
110%, reduzindo-se a valores entre 16 e 18% por secagem ao ar livre. Para se conseguir
conteúdos de humidade inferiores a 16 e 18%, temos de recorrer à secagem artificial.
Ainda no respeitante à humidade temos a considerar a presença da água na madeira sob
três formas: a água que faz parte intrínseca da matéria lenhosa da madeira e cuja eliminação só é
possível com a destruição da própria madeira, dizendo-se neste caso que o teor em humidade é
nulo; a água retida nas próprias paredes das fibras que é designada por água de impregnação ou
água de saturação; e finalmente a água no interior das fibras que aparece quando as suas paredes
já se encontram saturadas, chamada água livre, e que existe naturalmente na madeira verde.
O teor de humidade da madeira nas árvores é de cerca de 50%. Se a madeira estiver sob
imersão, o teor em humidade pode chegar aos 200%.
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2.2.2. – DENSIDADE
A densidade é uma propriedade que está relacionada com a humidade da madeira,
através do indicador “Massa Específica Aparente” (MEA). Este indicador permite determinar o
peso que a madeira tem por cada unidade de volume aparente, a partir do teor de humidade que
serve de base ao cálculo do mesmo, traduzindo também a compacidade da madeira, ou seja, a
maior ou menor concentração do tecido lenhoso por unidade de volume.
Esta importante propriedade física da madeira é muito variável nas espécies comerciais,
não só devido às condições climáticas do ambiente de crescimento, mas também pela humidade
ou teor de água que apresentam e ainda pela quantidade de infiltrações no lenho cerneiro. Com o
fim de identificação, a densidade é apreciada por sopesagem comparativa de peças de madeira de
idênticas dimensões e estados de humidade.
2.2.3. – RETRACTILIDADE
A retractilidade é a propriedade da madeira que consiste em variar de dimensões quando
o seu teor de água se modifica. Ela expande-se ao absorver água, e contrai-se ao perdê-la.
Define-se coeficiente de retractilidade como a variação de volume da madeira em função
da variação de 1% do seu teor em humidade, e pode ser classificada em dois tipos:
• Retracção transversal – a que respeita ao atravessamento do diâmetro da árvore,
podendo ser uma “retracção transversal tangencial” ou “retracção transversal radial”;
• Retracção longitudinal – a que respeita ao comprimento (altura) da árvore.
Carvalho, (1996, p. 55), apresenta a seguinte classificação respeitante ao “coeficiente de
retractilidade”:
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• “Madeira muito nervosa” – se o valor do coeficiente variar entre 0,75% e 1%;
• “Madeira nervosa” – se o valor variar entre 0,55 e 0,75%;
• “Madeira medianamente nervosa” – se o valor variar entre 0,35 e 0,55%;
• “Madeira pouco nervosa” – se o valor variar entre 0,15 e 0,35%.
2.2.4. – HETEROGENEIDADE
A heterogeneidade consiste no facto de duas peças extraídas da mesma madeira nunca
serem iguais uma à outra, ainda que sejam da mesma árvore. Esta diferenciação da madeira
resulta do facto de as células das árvores serem diferentes, pelo que a madeira também é
necessariamente diferente, ou seja, a madeira é um material orgânico. Os tecidos em questão são
aqueles que dizem respeito aos “anéis de crescimento”. Estes apresentam diferenças conforme
respeitarem à Primavera ou ao Outono. No que diz respeito ao “cerne” nota-se, de igual modo,
também diferenças a nível dos tecidos. Esta heterogeneidade, conjugada com outras
características (a referir mais à frente), tem como consequência o facto de a madeira ter também
uma diferente dureza, uma diferente densidade e uma cor diferente.
FIGURA 6 – Imagem de duas árvores da mesma espécie com anéis de crescimento diferentes
2.2.5. – ANISOTROPIA
A anisotropia tem a ver com o facto de as propriedades físicas e químicas da madeira
variarem conforme as direcções ou sentidos que a árvore conheceu ao longo do seu processo de
crescimento natural. Liga-se, por conseguinte, a questões que se prendem com a composição das
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26
fibras e a sua disposição formal. Carvalho (1996, p. 20) procede à apresentação de uma
classificação dos vários tipos de madeira segundo esta propriedade, em “baixa”, “média” e “alta”,
consoante assuma os valores de menor de 1,5, entre 1,5 a 2 e maior do que 2, em percentagem.
2.2.6. – HIGROMETRICIDADE
A higrometricidade é uma característica que a madeira possui de absorver a água e de a
perder por evaporação.
A madeira é um material orgânico e higroscópico, como tal muito sensível à influência
da variação do grau de humidade ambiente, de tal forma que a cada par de valores higrotérmicos
do ar (temperatura e humidade relativa) lhe corresponde um determinado valor de humidade,
denominado humidade de equilíbrio higroscópico.
Este valor deverá ser indicativo para a humidade de serviço da madeira em função da
sua utilização, para que não venha a sofrer alterações dimensionais da sua estrutura, o mesmo é
dizer do seu volume.
2.2.7. – POROSIDADE
A porosidade é uma característica da madeira que permite deixar passar mais ou menos
organismos ou elementos voláteis na sua constituição material. Como noutros materiais, também
está ligada à maior ou menor aptência para absorver água.
2.2.8. – DUREZA
A dureza é uma propriedade intimamente associada à ideia da resistência que a madeira
possui, e varia com a sua idade e duração, sendo também diferente conforme se trate do “cerne”
ou do “borne” da madeira.
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A dureza da madeira é um indicador corrente das suas propriedades físicas, uma vez que
depende sobretudo da espessura das paredes celulares ou do tamanho do lúmen (espaço interno
entre as suas paredes), variando, consequentemente, com a densidade. É possível ter uma ideia
aproximada da dureza pela dificuldade de riscar com um bico metálico, ou mesmo com uma
unha, uma superfície longitudinal da peça de madeira. A sua rigorosa determinação requer
equipamento e metodologia próprias. A dureza também surge, portanto, associada ao conceito de
deformabilidade.
2.2.9. – COR
A cor é a propriedade característica da tonalidade que apresenta cada tipo de madeira
(branca, rosada, avermelhada, acastanhada, amarelada), sendo variável de acordo com a idade da
madeira.
A cor da madeira é devida aos denominados extractivos, embora os principais
componentes da parede celular, com excepção da celulose, também possam contribuir para a
tonalidade do tecido lenhoso exposto por corte, em virtude de naturais oxidações. A cor da
madeira varia não apenas com as espécies lenhosas, mas com indivíduos da mesma população,
inclusive em zonas ou áreas da árvore. Este facto, em conjugação com certas singularidades
características, tais como o fio e o veio da madeira, confere uma imagem específica a cada peça
deste material, valorizando-o em qualidades decorativas.
2.2.10. – BRILHO
O brilho é a propriedade que os corpos têm de reflectir luz incidente, ou seja, a
propriedade de exibirem lustro. Consequentemente, uma madeira possui mais ou menos brilho
consoante a sua capacidade de refletância, classificando-se por isso em baças ou lustrosas. A
mais importante causa do brilho é a natureza das infiltrações no lenho, pelo que o cerne é mais
lustroso que o borne. Contudo, há madeiras com modesta quantidade de extractivos e lustrosas,
nomeadamente quando são de natureza oleosa ou gomosa.
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2.2.11. – ODOR E GOSTO
O odor depende da presença, sobretudo no borne, de produtos infiltrados de diversa
origem, desigandamente, os extractivos ou de metabolismo no cerne, e os metabolitos resultantes
do desenvolvimento nos tecidos lenhosos, de microflora, mais frequente no borne, em virtude da
sua maior assimilabilidade de substâncias aí contidas, como os amidos. Nas madeiras portuguesas
são particularmente aromáticos certos pinhos, inclusive o pinho bravo, com pronunciado cheiro a
resina, e o pinho manso com característico cheiro a pinhão. Claro que nem todos os cheiros são
aromáticos, depende dos extractivos. Associa-se o odor ao gosto, mas este apenas pode ter
verdadeiro interesse diagnóstico.
2.2.12. – CONDUTIBILIDADES ELÉCTRICA, TÉRMICA E SONORA
As condutibilidades eléctrica, térmica e sonora são propriedades que identificam a
madeira como sendo boa isoladora da electricidade, de ter uma baixa condutividade térmica
devido à escassez de electrões livres e à sua porosidade. É também um bom isolante acústico,
ressalvando que, neste caso, é mais ou menos isolante conforme a quantidade de ar que ela é
capaz de ter no seu interior, para além da sua compactação. Acresce referir a sua capacidade de
absorção sonora, o que permite melhorar as condições acústicas dos locais públicos em que se
use a madeira ou seus derivados, reduzindo o efeito da reverberação.
2.3. – PROPRIEDADES MECÂNICAS
Para se compreender o comportamento mecânico da madeira é preciso ter presente a sua
constituição anatómica, que pode considerar-se como um material anisotrópico formado por
tubos ocos com uma estrutura especificamente desenhada para resistir a tensões paralelas à fibra.
As resistências e os módulos de elasticidade, na direcção paralela à da fibra, são sempre muito
mais elevados que na direcção perpendicular.
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29
2.3.1. – RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO, À TRACÇÃO E À FLEXÃO
A resistência à compressão tem a ver com o comportamento da madeira quando está
exposta a pressões a partir das suas extremidades, e de forma a diminuir o seu comprimento.
Conforme a direcção da compressão for paralela às fibras, ou perpendicular, ou ainda oblíqua,
assim o efeito e as reacções da madeira também serão diferentes. Também quanto maior for o
grau de humidade, maior é a vulnerabilidade da madeira e, portanto, menor a sua resistência à
compressão.
A resistência à tracção relaciona-se com o facto de nos seus topos, e segundo o seu eixo,
entrarem em acção forças iguais mas opostas, cujo objectivo é o de tentar fazer com que o seu
comprimento aumente. Se o esforço de tracção incidir no sentido paralelo ao das fibras, conclui-
se que a sua resistência é dupla da resistência à compressão.
A resistência à flexão consiste na capacidade de reacção às cargas uniformemente
distribuídas em todo o comprimento da madeira, ou em pontos variados e isolados uns dos outros.
2.3.2. – ELASTICIDADE, FLUÊNCIA E FADIGA
A elasticidade consiste na sua resistência à deformação por alongamento ou por
encurtamento da madeira sob tracção ou compressão uniformes. A fluência e fadiga
correspondem à deformação ou redução da resistência com o tempo (caso da fluência) às
solicitações que se efectuam sobre a madeira, ou quando a mesma é sujeita de forma cíclica (caso
da fadiga) a solicitações.
2.3.3. – A MADEIRA PERANTE A TEMPERATURA E O FOGO
O efeito da temperatura na resistência da madeira é muito pequeno. Com temperaturas
inferiores a 00 C, os valores característicos da resistência à flexão e compressão são ligeiramente
maiores que à temperatura normal. A madeira submetida a temperaturas muito elevadas pode
Aglomerados de Madeira
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sofrer uma perda de resistência, porém, quando está submetida de forma contínua a temperaturas
de 370 C, alcançando ocasionalmente os 500 C, está provado que a sua resistência não é afectada.
Acima desta temperatura (500 C) a resistência tenderá a reduzir-se.
FIGURA 7 – Imagem de um incêndio
Quanto ao comportamento da madeira perante o fogo, sabe-se que a reacção ao fogo da
madeira e seus derivados depende muito da sua espessura, da humidade e da sua própria espécie.
Um incêndio é uma combustão incontrolada que se desenvolve no espaço e no tempo, e que
necessita para a sua evolução de uma acumulação de materiais combustíveis. É por isso que a
legislação sobre a matéria pretende limitar a quantidade e a natureza dos materiais combustíveis
existentes nos locais dos edifícios, já que a sua estrutura, propriamente dita, contribui muito
pouco para o desenvolvimento do fogo.
Apesar da madeira ser um material inflamável a temperaturas mais baixas relativamente
às que se produzem num incêndio, é menos perigoso do que se julga, principalmente pelas
seguintes razões:
1. A baixa condutibilidade térmica da madeira faz com que a temperatura diminua até ao seu
interior;
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2. A carbonização superficial que se produz dificulta por um lado a saída dos gases e por
outro a penetração do calor, por ter uma condutibilidade térmica ainda menor que a
própria madeira;
3. A sua dilatação térmica não provoca deformações perigosas.
Aglomerados de Madeira
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CAPÍTULO III – PERCURSO DA MADEIRA ATÉ AOS SEUS DERIVADOS
3.1. – GENERALIDADES
Como referimos anteriormente, a madeira é extraída a partir de várias espécies de árvores.
Tudo começa com a escolha do solo que reúna as condições apropriadas para uma árvore ser
plantada, crescer e dar madeira, a qual se poderá transformar depois num seu produto derivado
(aglomerado, contraplacado, folheado, lamelado, placas de fibra de madeira “platex”, folha de
madeira natural, termolaminado, madeira reconstituída, etc.)
As zonas mais apropriadas para plantar árvores que permitam extrair madeira, são as que
possuem climas e solos que não sejam de extremos. Geralmente, a árvore nasce através do
lançamento da semente à terra, embora não seja este o único método. A semente utilizada deve
ser oriunda de uma área com características ecológicas similares àquela onde vai ser lançada. A
melhor forma de a semente florescer é a existência de um bom meio ambiente, proporcionado por
um solo que não possua quaisquer outros tipos de plantas que consumam a água e os nutrientes
necessários ao desenvolvimento das árvores que se pretendem, como se pode ver na figura 4.
FIGURA 8 – Pinus pinaster - pinheiro marítimo
Aglomerados de Madeira
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3.2. – CRESCIMENTO E PRODUÇÃO
O crescimento das árvores não pode ser acelerado e, ainda que a produção possa ser
aumentada por meio de repovoamentos florestais, não é possível abastecer com madeira natural
todas as necessidades cada vez maiores da indústria. Para satisfazer as exigências postas pelos
construtores e fabricantes de mobiliário, desenvolveu-se um novo tipo de material, os derivado da
madeira, que permitem utilizar quase integralmente não só os ramos, as lenhas e os toros de
pequeno diâmetro produzidos pelas matas, mas também os desperdícios de madeira, as aparas e
as serraduras provenientes das serrações.
Diferentes técnicas de fabrico permitiram, desde 1950, realizar industrialmente diversos
tipos de painéis que são constituídos, sobretudo, por aparas ou partículas aglomeradas por meio
de resinas sintéticas sob pressão e temperatura elevadas. Este sistema permite obter placas
dotadas de grande estabilidade dimensional em qualquer direcção, uma vez que se destruiu, pelo
processo indicado, a organização natural do material lenhoso que conferia a este desiguais
retracções e propriedades mecânicas, consoante a orientação considerada.
As árvores ao crescerem desenvolvem-se naturalmente devido à existência de quatro
factores primordiais: o clima, o solo, o ar e a forma de povoamento.
O clima, porque está intimamente relacionado com a quantidade de água das chuvas e
com o sol, essencialmente. O solo porque é dele que as árvores retiram os sais minerais
imprescindíveis à alimentação, designadamente, os fosfatos, o calcário, o potássio, etc. O ar que é
fundamental para as trocas gasosas da função respiratória da árvore. Por último, a forma de
povoamento florestal, visto que, segundo Santos (1991, p. 35), “uma distribuição equilibrada do
número de árvores por uma determinada superfície conduz a um aproveitamento mais racional
dos elementos do solo e da luz solar”.
O tempo necessário, desde que a semente é lançada à terra até que se possa extrair a
madeira da árvore, é variável de árvore para árvore. Por exemplo, no caso do sobreiro de onde se
Aglomerados de Madeira
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extrai a cortiça, Fabião (1996, p. 71), por imperativo legal o tempo de “descortiçamento” é de 9
anos, numa mesma árvore.
Após abate, as árvores de qualquer natureza são limpas no local onde floresceram, ou
são submetidas a diversas operações tais como, desrama, desponta, toragem (ou traçagem) e
falquejamento (ou falqueamento). A “desrama” consiste no corte de todos os ramos com folhas; a
“desponta” é a denominação do corte dos ramos mais grossos; a “toragem” é o corte do tronco
em comprimentos standardizados (12 palmos equivalentes a 2,64 metros), sendo de admitir
outras dimensões de acordo com o diâmetro e a sua utilização; e, por fim, o falquejamento que
consiste em retirar da parte exterior do toro, depois de descascado, quatro peças de madeira, com
uma só face completa, obtendo-se uma só peça esquadriada (denominada no jargão técnico de
“falca”). Esta “falca” pode ser de dois tipos: aresta viva ou meia quadra, tal como se pode ver na
figura 5.
FIGURA 9 - Ilustração da toragem, falcas e toros (in Santos, 1991, p. 62)
Após a obtenção dos toros, procede-se ao seu desfiamento, isto é, à execução de “cortes”
ou “fios longitudinais” (figura 6), com destino à indústria de transformação no caso de grandes
quantidades.
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FIGURA 10 -Toros de Madeira Desfiada (in Santos, 1991, p. 63)
Porém, se o destino for a sua utilização em quantidades de retalho, então os toros são
transportados até às serrações para aqui serem serrados com recurso a serras manuais ou serras
mecânicas. No caso destas últimas, como por exemplo as serras de lâminas oscilantes, circulares
e as serras de fita sem-fim (figura 7), o corte do toro é mais rápido e rigoroso, havendo também
menor desperdício.
FIGURA 11 – Corte Através de uma Serra de Fita Sem-Fim (Charriot) (in Santos, 1991, p. 63)
Para que se possa retirar o máximo aproveitamento do toro é, então, primordial conhecer-
se o destino a dar ao mesmo, seja na indústria onde vai ser utilizado, seja no tipo de produto final.
É essencial este aspecto, pois permite escolher o melhor corte de entre os vários tipos possíveis:
radial, primitiva, “cantibay”, “moreau”, holandesa, com falquejamento, etc.
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3.3. – EVOLUÇÃO DO SECTOR DAS MADEIRAS EM PORTUGAL
No território de Portugal continental, até ao século XIX, pouco ou nada se conhecia
quanto à quantidade de árvores, tipos de árvores e suas características, bem como a qualidade das
mesmas, pelo que era muito difícil conhecer-se a madeira que era possível extrair. Segundo
Fabião (1996, p. 122), desde o século XIX até à actualidade, as características mais importantes
da evolução deste domínio podem ser traduzidas pela “progressiva ocupação de terrenos incultos
sem vocação agrícola e na prodigiosa expansão da área de pinheiro bravo, que é hoje a nossa
principal produtora de madeira”.
Não obstante, as espécies de árvores que vem a ser as mais plantadas são o “carvalho”, o
“castanheiro” e o “eucalipto”. Nas décadas mais recentes, pode-se observar que há um aumento
célere da superfície plantada de eucalipto com diminuição constante e ténue da superfície do
azinho.
De acordo com Fabião (1996, p. 123), a evolução da ocupação em termos de floresta do
Continente, desde 1980 até ao ano de 1992 (o mais recente disponível) é a constante na tabela 1.
Como se pode constatar, do ano de 1980 para o ano de 1992, o pinheiro bravo,
principalmente, e a azinheira, mais aquele do que esta, diminuíram no que se refere à área
florestal ocupada. O eucalipto, o sobreiro e as demais árvores referidas no quadro, conheceram
uma evolução ascendente no período considerado.
Na opinião de Fabião (1996, p. 127), pela informação disponível até à actualidade, há
uma ideia base que é possível retirar, e que se consubstancia no carácter profundamente artificial
da floresta portuguesa. Esta ideia insere-se no crescimento desorganizado, casuístico e não
planeado da nossa floresta, ditado por razões que têm a ver com os interesses de quem decide nas
diversas localidades florestais do território.
Aglomerados de Madeira
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FLORESTA, POR TIPOS DE ÁRVORES, EM HECTARES E PERCENTAGEM OCUPADA DE
ÁREA FLORESTAL EM PORTUGAL CONTINENTAL (1980 e 1992)
TABELA 1 – Área de algumas espécies ocupadas em território continental, nos anos de 1980 e 1992
(in Fabião, 1996, p. 123)
1980 1992
MILHARES DE
HECTARES
PERCENTAGEM
DE ÁREA
FLORESTAL
MILHARES
DE
HECTARES
PERCENTAGEM
DE ÁREA
FLORESTAL
PINHEIRO BRAVO 1300 42.7 845 30.7
PINHEIRO MANSO 35 1.1 6 na
OUTRAS RESINOSAS 35 1.1 91 3.3
EUCALIPTO 295 9.7 438 15.9
SOBREIRO 655 21.5 664 24.1
AZINHEIRA 536 17.6 465 16.9
CARVALHOS 66 2.2 112 4.1
CASTANHEIRO 30 1.0 31 1.1
OUTRAS FOLHOSAS 68 2.2 77 2.8
Aglomerados de Madeira
38
CAPÍTULO IV – DERIVADOS DA MADEIRA
4.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
A madeira natural, na sua forma maciça, era outrora aplicada em todos os tipos de
trabalhos de construção e mobiliário sem ter em conta que se tratava de um material orgânico e
higroscópico, portanto sujeito a variações dimensionais da sua estrutura e, consequentemente, do
seu volume, quando exposto a variações de temperatura e de humidade ambientes. Assim,
quando uma madeira perde humidade sofre fenómenos de retracção e quando absorve água fica
sujeita a um entumecimento.
Tais alterações de volume são geralmente acompanhadas de empenos no plano normal às
fibras. Assim, é pouco aconselhável utilizar a madeira natural em grandes superfícies, pois as
deformações podem tornar-se importantes e prejudicar o aspecto da obra e até a sua função de
utilização.
Surge então a técnica da conversão da madeira, a partir da divisão dos toros em pranchas
ou tabuados cujas faces apresentam aspectos distintos consoante o plano de corte efectuado se
aproxima da medula (corte radial) ou se afasta bastante desta (corte tangencial). A conversão
posterior destas pranchas ou tabuados permite a obtenção de peças com diferentes secções e
comprimentos.
Por conseguinte, se obtivermos outros materiais que, por via de específicas operações de
transformação, visem melhorar estes aspectos e/ou atenuar as condições sub-óptimas de
quantidades de madeira, em termos de qualidade, resistência e duração, então podemos contar
com a existência de madeira não só em maior quantidade como também de melhor qualidade.
Estas específicas operações de transformação dão origem àquilo a que se designa por
“derivados da madeira”, que não são mais do que uma forma de rearranjar as fibras existentes,
especialmente do tecido do “lenho”. A ideia é obter, após transformação das estruturas de raiz da
madeira, essencialmente os seguintes benefícios:
Aglomerados de Madeira
39
• Homogeneidade de composição e razoável isotropia no comportamento físico e
mecânico;
• Maiores possibilidades de secagem e tratamento de preservação e ignifugação,
quando o material, antes da aglomeração, está reduzido a lâminas finas ou pequenos fragmentos;
• Melhoria de algumas características físicas, como sejam a retractilidade e a massa
específica, e também de características mecânicas em relação à madeira natural, por meio de
alternativas nos processoa de fabrico;
• Fabricação de produtos novos, com dimensões que a natureza não produz e melhores
características (adequadas à tecnologia moderna de pré-fabricação modulada, entre outros
aspectos);
• Possibilitarem um aproveitamento praticamente integral de todo o material lenhoso
que se consegue extrair das árvores e, simultaneamente, mais economias na utilização da madeira
como “matéria-prima” dos seus derivados.
4.2. – TIPOS DE DERIVADOS DE MADEIRA
Existem vários tipos de derivados de madeira. No âmbito desta Monografia, pretende-se
efectuar uma caracterização dos aspectos principais de alguns deles, em especial dos que se
consideram ser mais importantes no actual panorama nacional. Assim sendo, salientam-se os dois
grandes grupos de estratificados de madeira, os “aglomerados” e os “contraplacados”,
subdividindo-se depois os outros produtos derivados, seus sucedâneos mais correntes,
em“folheados”, “termolaminados”, “placas de fibras de madeira (platex)”, “painéis de
madeira reconstituída” e ”cortiça”.
Aglomerados de Madeira
40
4.2.1. - AGLOMERADOS
4.2.1.1 - DEFINIÇÃO E PROCESSO DE FABRICO
Segundo Santos (1991, p. 75), os aglomerados “são placas especiais de madeira,
construídas a partir de pequenas árvores e ramos, provenientes de abates florestais”. Após serem
descascados e cortados em reduzidas dimensões, são objecto de um tratamento adequado em
câmaras apropriadas para a sua “humidificação”, sendo depois reduzidos a pequenas partículas
através de máquinas desfibradoras, e transportados em tapetes rolantes a secadores rotativos para
eliminação de toda a sua humidade. Após esta fase, as partículas são conduzidas a máquinas
misturadoras que procedem à impregnação de resina, passando depois para tabuleiros apropriados
em camadas previamente estabelecidas, para serem prensadas a uma temperatura que ascende aos
200º centígrados e uma pressão de 200 toneladas, afim de obterem a resistência e a forma final.
Posteriormente, são levadas para máquinas de acabamento de forma a serem esquadriadas
e polidas para o aglomerado ficar com as medidas standardizadas. Um exemplo do produto final
pode ser observado na figura 8.
FIGURA 12 – Aglomerados (in Santos, 1991, p .75)
Estas placas possuem resistência e durabilidade, sendo por isso utilizadas nos mais
diversos fins dos quais podemos destacar o revestimento de tectos, paredes e mobiliário. De entre
Aglomerados de Madeira
41
os vários tipos de aglomerados que existem salientam-se dois tipos: “o aglomerado standard” e o
“aglomerado hidrófugo”.
Em relação ao aglomerado standard é de referir que se trata de um painel de partículas
de madeira de pinho aglomeradas com resina química e que, geralmente, não possui qualquer
revestimento nas faces. Este tipo de aglomerado é especialmente talhado para a construção civil,
indústria do mobiliário e decoração de quaisquer domínios. A forma de utilização tanto pode ser
em bruto (ou em cru), como revestido a papel ou a folha de madeira.
No referente ao aglomerado hidrófugo, este é também um painel de partículas de
madeira de pinho sem revestimento nas faces, mas fabricado com resinas especiais (não
químicas) de tal forma que possa resistir à humidade, sendo por isso adequado para o fabrico de
mobiliário a colocar em ambientes húmidos e para a construção civil. Também pode ser utilizado
no seu estado bruto para efeitos de lacagem ou de revestimento.
Cabem também na designação de aglomerados de madeira, as placas ou painéis de fibra
que são constituídos por partículas obtidas por cocção de madeira fragmentada mecanicamente,
ligada sob fortes pressões e altas temperaturas, utilizando a lenhina da própria madeira como
aglutinante.
Os painéis de partículas, segundo o seu fabrico, podem classificar-se em:
♦ Painéis comuns – formados por uma só camada, também designados por
homogéneos por serem constituídos por partículas sensivelmente das mesmas dimensões
em toda a espessura ou por várias camadas, geralmente três, em que a central é formada
por partículas de maiores dimensões e as superficiais por material mais fino.
♦ Painéis folheados – de constituição análoga e revestidos nas suas duas faces por
folhas decorativas. Os painéis de espessura superior a 30 mm podem ser obtidos por
Aglomerados de Madeira
42
outros processos de fabrico que deixam perfurações tubulares no seu interior, de que
resulta uma diminuição do seu peso. São conhecidos no mercado por painéis extrudidos.
Os painéis de partículas apresentam-se com uma larga gama de dimensões, tendo
espessuras geralmente de 4 a 30 mm, com larguras e comprimentos variáveis entre 1,00m e
2,13m por 2,00m e 2,80m, respectivamente.
4.2.1.2. – TIPOS DE AGLOMERADOS E SUAS APLICAÇÕES
4.2.1.2.1 - AGLOMERADO DE FIBRAS (MDF)
Hoje em dia, falar em produtos derivados de madeira é falar de MDF – Aglomerados de
fibras de densidade média ou “Médium Density Fibreboard”. Apresentando-se como o produto
derivado de madeira com melhores condições para substituir de facto a madeira maciça, o seu
consumo mundial tem vindo a aumentar continuamente, sendo perfeitamente adequado para
responder aos requisitos das aplicações de mobiliário ou pavimentos, a necessidades de
resistência à humidade ou ao fogo, de baixa densidade ou moldabilidade ou mesmo para
utilizações na construção. O MDF apresenta uma superfície macia ideal para lacagem, de elevada
maquinabilidade e homogeneidade, tal como se vê na figura 9.
FIGURA 13 – Aglomerado de Fibras (MDF) (in site da Sonae Indústria2)
2 Retirado do site da Internet da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama1.asp?id_prodnivel1=2> em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
43
Apresenta-se a seguir alguns produtos de Aglomerado de Fibras MDF existentes no
mercado e suas principais aplicações:
♦ MDF “Standard (ST)”: Com uma superfície macia, sem descontinuidades e uma
estrutura que o torna extremamente fácil de trabalhar. O MDF standard é muito
versátil, tendo sido concebido especialmente para o fabrico de móveis e componentes
com exigências elevadas de maquinabilidade e acabamento. A sua ampla gama de
espessuras assegura uma excelente cobertura das necessidades da indústria de mobiliário
(ver figura 10).
FIGURA 14 – MDF Standard ( in site da Sonae Indústria3)
Dimensões e espessuras existentes no mercado (mm):
Dimensões: 1220 / 1830 x 2440 Espessuras standard: 2,5 -3 -4 -5 -6 -8 -10 -12 -15 -16 -18 -19 -22 -25 -28 -30 Dimensões: 1220 / 2440 x 3660 Espessuras standard: 8 – 10 – 12 – 15 – 16 – 18 – 19 – 22 – 25 – 28 - 30
♦ MDF “Pavimentos”: A estrutura e densidade deste tipo de MDF tornam-no na
solução adequada para aplicações que exigem características de resistência mecânica e
que estão sujeitas a elevado desgaste, como é o caso dos pavimentos. As suas superfícies
macias e uniformes permitem o revestimento com qualquer tipo de material para
pavimentos (ver figura 11).
3 Ver site da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=2&id_prodnivel23=11> em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
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FIGURA 15 – Pavimento MDF (in site da Sonae Indústria4)
MDF “Pavimentos resistentes à humidade (MR)”: Combinando a estrutura e
densidade típicas de um produto para pavimentos com características especiais de
resistência à humidade, este tipo de MDF é uma solução acertada para aplicações de
pavimento em áreas mais sensíveis a humidades ocasionais.
Dimensões e espessuras existentes no mercado (mm):
Dimensões: 1830 x 2440 Espessuras standard: 6 - 7 - 8
♦ MDF “Baixa densidade”: Aglomerado de fibras leve mas muito resistente, é a
solução ideal para a fabricação de portas de guarda-roupa de grandes dimensões ou para
todas as situações em que é necessária a performance mecânica e física de um MDF,
mas com restrições especiais de peso. É muito utilizado na montagem e decoração de
lojas, mesmo quando são especificados sistemas especiais de fixação dos painéis,
especialmente em situações em que é necessária uma qualidade elevada e consistente do
material (ver figura 12).
FIGURA 16 – MDF Baixa Densidade (in site da Sonae Indústria5)
4 Ver site da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=2&id_prodnivel23=12> em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
45
Dimensões e espessuras existentes no mercado (mm):
Dimensões: 1830 x 2440 Espessuras standard: 12 - 16 - 19 – 22
♦ MDF “Resistente à humidade (MR)”: Combinando um excelente desempenho
em termos de maquinagem com a sua elevada resistência à humidade, é uma solução
ideal para designs especiais de mobiliário de cozinha e casa de banho. Além disso, este
MDF resistente à humidade, pela sua excepcional aptidão para operações de
maquinagem, lixagem e acabamento, é um material de referência para a fabricação de
caixilhos de portas e janelas, lambrins e outros componentes para a construção (ver
figura 13).
FIGURA 17 – MDF resistente à humidade (MR) (in site da Sonae Indústria6)
Dimensões e espessuras existentes no mercado (mm):
Dimensões: 1830 x 2440 Espessuras standard: 12 - 15 - 16 - 18 - 19 - 25 - 30
♦ MDF “Superlac”: Para situações especiais como, por exemplo, portas de cozinha
lacadas, o MDF superlac, com características especiais de aptidão da superfície à
lacagem, permite uma redução bastante significativa nos tempos de acabamento e no
consumo de lacas, garantindo, ao mesmo tempo, uma excelente qualidade da superfície
(ver figura 14).
5 Ver site da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=2&id_prodnivel23=15> em 26/01/2004. 6 Ver site da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=2&id_prodnivel23=16> em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
46
FIGURA 18 – MDF Superlac (in site da Sonae Indústria7)
Dimensões e espessuras existentes no mercado (mm):
Dimensões: 1830 x 2440 Espessuras standard: 12 - 16 - 19 - 22
♦ MDF “Molduras e perfis”: No âmbito dos acabamentos existe este MDF com
determinados tipos cuja utilização se destina à aplicação em molduras e perfis, quer
como complemento na indústria da construção, para portas e pavimentos, quer para a
produção de certos elementos integrantes do mobiliário (ver figura 15).
FIGURA 19 – MDF Molduras e Perfis (in site da Sonae Indústria8)
♦ MDF “Moldável”: Este tipo de MDF apresenta-se com uma das faces ranhurada
para utilização em aplicações que exijam a flexibilidade do material, permitindo a
execução de formas mais ousadas, inexequíveis com outro tipo de material, como é o
caso de curvas, ondulações e desenhos arredondados (ver figura 16).
7 Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=2&id_prodnivel23=23> em 26/01/2004. 8 Ver site da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=2&id_prodnivel23=24> em 26/01/2204.
Aglomerados de Madeira
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FIGURA 20 – MDF Moldável (in site da Sonae Indústria9)
Dimensões e espessuras existentes no mercado (mm):
Dimensões: 2800 x 1030 Espessuras standard: 8 – 10
4.2.1.2.2. – AGLOMERADOS REVESTIDOS COM PAPEL MELAMÍNICO
Os aglomerados revestidos com papéis melamínicos oferecem uma variada gama de
soluções para o mobiliário e decoração de interiores, no que respeita a cores, padrões, texturas e
tamanhos disponíveis, com garantias de uma elevada resistência à abrasão e a outros agentes
mecânicos. O aglomerado de partículas, o MDF e mesmo o aglomerado de fibras duro,
valorizados pelo revestimento com papel melamínico decorativo, são bem conhecidos como
materiais para aplicações de mobiliário de cozinha e casa de banho, casa e escritório, bem como
portas, divisórias, revestimento de paredes e outras utilizações na decoração doméstica ou de
áreas públicas, com várias opções de cores, brilhos, padrões e texturas (fig. 16).
Os revestimentos melamínicos atingiram hoje uma qualidade e durabilidade que já os
permite utilizar em tampos de mesa e balcões em hotelaria, com a possibilidade de serem
impressos com qualquer tipo de grafismo.
9 Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=2&id_prodnivel23=25> em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
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FIGURA 21 – Aglomerados Revestidos com Papel Melamínico (in site da Sonae Indústria10)
4.2.1.2.3. – AGMOLERADOS REVESTIDOS COM FOLHA DE MADEIRA
A personalidade e beleza da madeira natural, disponível em painéis de variados
tamanhos e espessuras, possibilitam a concretização dos conceitos mais tradicionais ou o
desenvolvimento do design mais arrojado para mobiliário ou decoração da casa ou do escritório.
A qualidade ímpar deste produto advém da própria madeira, nascida da selecção criteriosa da
folha e da sua junção precisa, recriando a madeira na sua forma natural, em painéis de belos e
nobres padrões e dimensões adequadas. O aglomerado de partículas de madeira ou o MDF foram
os materiais escolhidos como os melhores substratos para este produto de elevada qualidade,
dada a facilidade de transformação e versatilidade dos mesmos.
Técnicas controladas de prensagem e acabamento complementam a qualidade superior das
matérias-primas, resultando num fiável, versátil e esteticamente incomparável painel revestido a
folha de madeira (ver figura 18).
FIGURA 22 – Aglomerados Revestidos com Folha de Madeira (in site da Sonae Indústria11)
10 Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama1.asp?id_prodnivel1=8> em 26/01/2004. 11 Ver site da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama1.asp?id_prodnivel1=9> em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
49
4.2.1.2.4. – AGLOMERADOS DE PARTÍCULAS LONGAS E ORIENTADAS (OSB)
Os painéis de OSB, aglomerado de partículas de madeira longas e orientadas ou
“Oriented Strand Board”, são especialmente adequados para o uso em situações estruturais ou
não-estruturais, na indústria de construção. A sobreposição de três camadas de lâminas de
madeira longas, orientadas de forma perpendicular umas em relação às outras, forma um painel
com excelentes valores no Módulo de Elasticidade e de Resistência à Flexão.
Os formatos do OSB asseguram uma grande versatilidade na construção de paredes. Os
painéis condicionados têm uma maior estabilidade e resistência, para além de se tornarem
económicos e de fácil utilização.
A sua característica de resistência à humidade significa que o OSB pode ser usado em
tectos quentes ou frios. Este produto suporta praticamente todos os tipos de cobertura incluindo
betumes, tijoleira e telhas.
Combinado com madeira maciça para formar junções em I, torna a construção pesada
mais económica e simples. O OSB é ainda um óptimo material para pavimentos, desde o seu uso
em condições domésticas secas até ao uso em condições de humidade na indústria pesada,
apresentando-se com o sistema macho-fêmea de 2 ou 4 extremidades para pavimentos fixos ou
piso flutuante.
O OSB oferece um vasto leque de opções decorativas, dado o seu padrão natural de
madeira e a sua facilidade de envernizamento e de adopção de outras texturas. Na indústria da
embalagem, quer se trate de condições secas ou húmidas, o OSB permite uma maior
rentabilização do custo-benefício, dada a sua resistência, leveza, e disponibilidade em grandes
dimensões.
Aglomerados de Madeira
50
Por último, mas não menos importante, o OSB é de facto uma opção eco-eficiente com
um excelente comportamento mecânico utilizando como sua matéria-prima rolaria de pequena
dimensão proveniente de espécies de madeira de rápido crescimento (ver figura 19).
FIGURA 23 – Aglomerado OSB (in site da Sonae Indústria12)
Apresenta-se a seguir alguns produtos de Aglomerado OSB existentes no mercado e
suas principais aplicações:
♦ OSB 2 macheado: Com as características técnicas de uma placa standard, o OSB
2 macheado está preparado com o sistema de encaixe macho-fêmea, tornando-o
adequado para a utilização em aplicações como pavimentos, estruturas e vigas, etc.
(figura 20).
♦
FIGURA 24 – OSB 2 Macheado (in site da Sonae Indústria13)
12 Ver site de “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama1.asp?id_prodnivel1=5>, em 26/01/2004. 13 Ver site da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=5&id_prodnivel23=40> em 26/01/2204.
Aglomerados de Madeira
51
Dimensões e espessuras existentes no mercado (mm):
Dimensões: 2500 / 5000 x 1250 / 5000 x 2500 Espessuras standard: 6 - 8 – 10 – 12 – 15 – 18 - 22
♦ OSB 2: O OSB 2 é aconselhado para usos gerais em condições secas, sendo
considerado, pelas suas características mecânicas, um dos derivados de madeira com
melhor desempenho. É especialmente indicado para utilização no domínio da
embalagem, especialmente para embalagens de curta duração ou não sujeitas à
exposição à humidade. É também usual a sua utilização em pavimentos e arquitectura de
interiores (figura 21).
FIGURA 25 – OSB 2 (in site da Sonae Indústria14)
♦ OSB 3: Utilizado em aplicações interiores para paredes ou pavimentos, o OSB 3
deve ser usado em condições normais de humidade. Não deve, por isso, ser aplicado em
ambientes exteriores expostos às intempéries. Existe também na forma OSB 3
macheado com o sistema de encaixe macho-fêmea, tornando-o adequado para a
utilização em pavimentos, estruturas e vigas, em condições de humidade normais (ver
figuras 22 e 23).
14 Ver site da “Sonae Insdústria” http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=5&id_prodnivel23=41 em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
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FIGURA 26 e FIGURA 27 – OSB 3 (in site da Sonae Indústria15)
♦ OSB 4: O OSB 4 é um painel de elevada performance que ultrapassa largamente
muitos dos requisitos da respectiva norma europeia. Excelente resistência à humidade,
pressão e impacto fazem do OSB 4 a escolha ideal para aplicações com necessidade de
suporte de cargas elevadas, em condições húmidas. É utilizado em estruturas de madeira,
juntamente com madeira maciça, para fazer traves e pórticos, encontrando-se também
casos de aplicações em armações de telhados como suporte directo da
impermeabilidade, em paredes e pavimentos, carpintaria e decoração (ver figuras 24 e
25). Existe ainda nas versões OSB 4 macheado, preparado com o sistema de encaixe
macho-fêmea, tornando-o adequado para a utilização em aplicações estruturais na
construção em madeira, nomeadamente pavimentos sujeitos a cargas (ver figuras 26 e
27), e também na versão OSB 4 lambrim, decorativo com ranhura arredondada para
remates (ver figura 28).
15 Ver site da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=5&id_prodnivel23=43> em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
53
FIGURA 28 e FIGURA 29 – OSB 4 (in site da Sonae Indústria16)
FIGURA 30 e FIGURA 31 – OSB 4 Macheado (in site da Sonae Indústria17)
FIGURA 32 – OSB 4 Lambrim (in site da Sonae Indústria18)
16 Ver site da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=5&id_prodnivel23=45> em 26/01/2004. 17 Ver site da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=5&id_prodnivel23=44>, em 26/01/2004. 18 Ver site da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=5&id_prodnivel23=46>, em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
54
4.2.1.2.5 – PAVIMENTOS LAMINADOS
A produção de pavimentos laminados nasceu há aproximadamente duas décadas na
Suécia. O objectivo era fabricar um sistema de revestimento leve, durável e mais fácil de manter
que os revestimentos empregados até então (carpete, madeira, PVC, cortiça).
Combinam vários factores, entre os quais se destaca a versatilidade dos desenhos a
imitar diferentes tipos de madeira, como as suas excelentes qualidades mecânicas, a sua
facilidade de manutenção e a sua fácil instalação.
Os pisos laminados são um revestimento de piso formado por uma camada superficial
consistente em uma ou mais lâminas finas de um material fibroso (normalmente papel)
impregnado com resinas aminoplásticas, termo-endurecidas (normalmente melaminas).
Através da acção combinada de calor e pressão, as lâminas são prensadas em conjunto e
coladas com colas de melamina sobre um substracto de painel de fibras de densidade média
(MDF), de fibras de alta densidade (HDF), ou de painéis aglomerados também de alta densidade.
O conjunto assim formado vai encaixando em todo o seu perímetro, pousando como piso
flutuante, isto é, sem fixar de nenhuma forma ao suporte, apoiado unicamente sobre uma espuma
de polietileno de 2 ou 3mm de espessura de maneira analógica, tal como se coloca o parquet
flutuante.
As dimensões padrões dos laminados são 1200mm de comprimento por 200mm de
largura e 8mm de espessura. Os laminados são colados entre si, em toda a sua área, embora
tenham surgido no mercado sistemas de encaixe autoblocantes que não necessitam de utilização
de adesivos.
Mas é segundo a técnica de pressão do revestimento plástico, adiante caracterizado, que
se distinguem os laminados entre si, tal como segue:
Aglomerados de Madeira
55
• HPL - laminados de alta pressão, constituídos por várias camadas de material fibroso
(normalmente papel) impregnadas por resinas termo-estáveis e unidas por calor e
pressão, trazendo a camada superficial impresso um desenho ou motivo decorativo;
• CPL - laminados de baixa pressão em contínuo;
• DPL - laminados de pressão directa.
O referido revestimento plástico é caracterizado por incluir na sua estrutura as seguintes
camadas, tendo cada uma delas uma função específica, a saber:
1. Lâmina transparente (Overlay), para proteger o desenho impresso da camada
inferior contra a abrasão, raiado, manchas, etc;
2. Papel decorativo com o desenho impresso através da tinta que penetra por
capilaridade no papel, culminando um processo de gravação que vai desde a
transformação da imagem real num arquivo informático, até à finalização sobre
um equipamento especial (gravadora rotativa). Na prática, os fabricantes utilizam
nos seus desenhos imitações dos materiais tradicionais de revestimento de pisos,
basicamente a madeira, em todas as suas diversas espécies, tons e texturas;
3. Uma ou mais camadas de papel Kraff impregnado de melamina, para reforço
mecânico e resistência ao impacto;
4. Camada de contrabalanço (normalmente de papel), para compensar as tensões
que são produzidas por todas as camadas juntas e evitar a deformação do
laminado.
Esta estrutura é a apresentada normalmente pelos laminados de alta pressão (HPL) e
também pelos laminados de baixa pressão em contínuo (CPL), enquanto que nos laminados de
pressão directa (DPL) as camadas de papel Kraff foram suprimidas, ficando somente uma
Aglomerados de Madeira
56
estrutura com overlay e papel decorativo. Esta opção torna-o mais frágil, portanto, perante as
necessidades mecânicas e resistência ao impacto.
Em Portugal existem já hoje unidades industriais equipadas com a tecnologia mais
avançada do sector, com uma gama completa de pavimentos laminados para os segmentos
comercial e residencial adequados aos vários níveis de utilização (ver figura 29).
FIGURA 33 – Piso laminado (in site da Sonae Indústria19)
4.2.1.2.6 – AGLOMERADO DE PARTÍCULAS
Sendo provavelmente o mais comum dos produtos derivados de madeira, o aglomerado
de partículas é muito versátil no respeitante às suas potenciais aplicações. Adequado para uma
utilização generalizada em mobiliário e na construção, o aglomerado de partículas é um painel de
três camadas, com uma superfície macia, uniforme e plana. Os diversos tipos de aglomerado
garantem um comportamento equilibrado, tanto em condições secas como quando existe o risco
de humidade ou eventuais exigências de resistência ao fogo.
Contudo, em geral, estes materiais têm mau comportamento ao contacto com água no
estado líquido ou atmosfera com elevados valores de humidade (excepção que deverá ser feita ao
Aglomerado de Partículas do tipo MR).
Na utilização dos painéis de partículas deve adoptar-se algumas precauções para
obtermos resultados satisfatórios. As ligações utilizadas para a colocação dos painéis não devem
19 Ver site da “Sonae Indústria” <http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama1.asp?id_prodnivel1=14>, em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
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ser realizadas demasiado próximas dos seus bordos ou das suas extremidades, a fim de não
diminuir a sua resistência.
Deve evitar-se o uso de pregos para a fixação, que deverá ser feita de preferência por
parafusos especiais filtrados até à cabeça e com o maior comprimento possível. Se a ligação tiver
de suportar grandes esforços deve incrustar-se no painel uma peça de madeira dura ou de nylon
para receber os parafusos. Quando se trata de realizar ligações empregando colas, deve forrar-se
os cantos de cada painel com ripas de madeira maciça. Os acabamentos com pintura, folheado ou
estratificado exigem que este trabalho se efectue nas duas faces para que o painel fique
equilibrado e não venha a empenar ao secar.
Apresenta-se a seguir alguns produtos de Aglomerado de partículas existentes no
mercado e suas principais aplicações:
Standard (ST): Adequado para as utilizações mais diversas no fabrico de mobiliário, o
aglomerado de partículas de madeira standard apresenta uma superfície macia e muito
uniforme. Disponível numa gama alargada de tamanhos e espessuras standard, pode ser
utilizado em cru ou revestido com folha de madeira, papel, PVC, etc. Fabricado de
acordo com os requisitos e procedimentos das Normas Europeias, as suas características
permitem a utilização generalizada em aplicações interiores e mobiliário, sendo de
destacar o seu excelente comportamento ao corte, fresagem, lixagem e acabamento (ver
figura 30).
FIGURA 34 – Aglomerado de Partículas Standard (ST) (in site da Sonae Indústria20)
20 Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=1&id_prodnivel23=1>, em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
58
Dimensões e espessuras existentes no mercado (mm):
Dimensões: 1220x2440/1830x2440/1830x2130/1830x2750/1830x3660/1830x4880 /1830x5700/1880x2500/2100x2440/2100x2750/2100x3660/2100x4880/2100x5700 Espessuras standard: 8/10/12/13/15/16/18/19/22/25/28/30/32/35/40
Compacto: Para algumas aplicações de mobiliário em que são necessários altos ou
baixos-relevos ou qualquer outro tipo de formas arredondadas, o aglomerado compacto é
uma óptima solução. A sua estrutura de elevada densidade garante também um excelente
desempenho quando utilizado em aplicações especiais como portas de cozinha ou como
núcleo para painéis de soft e postforming.
Dimensões e espessuras existentes no mercado (mm):
Dimensões: 1830 x 3660 Espessuras standard: 10/12/13/15/16/18/19/22/25/30
Postforming: Para aplicações que necessitem de operações especiais de maquinagem,
nomeadamente no caso da fabricação de tampos com bordos arredondados, é
aconselhável a utilização de aglomerado de partículas postforming. Dotado de
características técnicas adequadas à maquinagem, é um produto normalmente utilizado
em mobiliário de cozinha, banho, escritório e na decoração de interiores (ver figura 31)
FIGURA 35 – Aglomerado de Partículas Postforming (in site da Sonae Indústria21)
Dimensões e espessuras existentes no mercado (mm):
21 Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=1&id_prodnivel23=3>, em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
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Dimensões: 1830 x 2750 / 2100 x 2750 / 2100 x 3660 Espessuras standard: 10/12/14/15/16/18/19/20/22/25/28/30/35/38/40
Homogéneo: O aglomerado de partículas de madeira homogéneo é, seguramente, a
escolha certa para a utilização em portas interiores ou em superfícies arredondadas em
mobiliário, dada a sua excelente maquinabilidade, sendo a sua superfície também
adequada para qualquer tipo de revestimento.
Dimensões e espessuras existentes no mercado (mm):
Dimensões: 1830 x 2750 / 2100 x 2750 Espessuras standard: 10/12/15/16/18/19/22/25/28/30/32
Resistente à humidade (MR): O aglomerado de partículas resistente à humidade
garante um comportamento adequado de resistência a situações de humidade ambiente
ou humedecimento ocasional, como as facilmente verificadas em aplicações de
mobiliário de cozinha ou casa de banho. A sua performance em aplicações de construção
é também elevada, podendo, com o revestimento adequado, ser utilizado em cofragens,
apainelamento de paredes ou outras aplicações (fig.32).
FIGURA 36 – Aglomerado de Partículas Resistente à Humidade (MR) (in site da Sonae Indústria22)
Dimensões e espessuras existentes no mercado (mm): 22 Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=1&id_prodnivel23=6>, em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
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Dimensões: 1220x2440/1830x2440/1830x2750/1830x3660/1830x4880/1830x5700 /2100x2440/2100x2750/2100x3660/2100x4880/2100x5700
Espessuras standard: 10/12/15/16/18/19/22/25/28/30/32
4.2.1.2.7 – AGLOMERADOS PINTADOS
Com uma base MDF ou aglomerado de fibras duro, adiante apresentado, esta é a solução
adequada para traseiras de mobiliário, fundos de gavetas, revestimento de paredes e divisórias, ou
para portas. Os painéis pintados, leves, resistentes e flexíveis, estão disponíveis na indústria do
ramo em várias dimensões e contam com uma superfície unicolor ou impressa com padrões de
madeira, perfeitamente combinada e integrada com produtos decorativos (fig.33).
FIGURA 37 – Aglomerado Pintado (in site da Sonae Indústria23)
4.2.1.2.8 – AGLOMERADOS REVESTIDOS COM PAPEL FINISH-FOIL
O revestimento de aglomerado de madeira ou MDF com papéis especiais (FF ou "finish-
foil") permite obter uma superfície decorativa com uma textura agradável e um "toque" muito
natural. Tratando-se de um produto claramente vocacionado para aplicações decorativas não
submetidas a grande desgaste, é muito utilizado em mobiliário.
O revestimento de MDF fino com papéis "finish-foil" origina um produto adequado à
aplicação em superfícies curvas ou nas partes traseiras de armários, com a vantagem adicional de
poder ser obtido exactamente no mesmo padrão dos papéis melamínicos. 23 Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama1.asp?id_prodnivel1=13>, em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
61
4.2.1.2.9 – AGLOMERADOS REVESTIDOS COM PAPEL FENÓLICO
Para aplicações exteriores especiais, nomeadamente para cofragens, o revestimento de
aglomerado ou contraplacado com papel fenólico, permite uma desmoldagem fácil e rápida e
aumenta o número de reutilizações dos painéis, garantindo, ao mesmo tempo, um bom
acabamento da obra.
4.2.1.2.10 – AGLOMERADOS DE FIBRAS DURO
Fazendo parte da gama de painéis de fibras, o aglomerado de fibras duro mais utilizado é
de eucalipto, revestido ou lacado, sendo uma óptima solução para as partes traseiras de elementos
de mobiliário, para fundos de gavetas, revestimento de portas, tampos e muitas outras aplicações,
incluindo pavimentos. O aglomerado de fibras duro também é produzido com pinho marítimo
para algumas aplicações. Isento de emissões de formaldeído e disponível numa diversidade de
espessuras, a sua alta densidade, suavidade da superfície e elevada resistência mecânica fazem
deste aglomerado o material ideal no domínio das aplicações de placas finas.
Os painéis de fibras são constituídos por fibras de madeira obtidas por cocção e
aglomeradas sob fortes pressões e elevadas temperaturas sem o emprego de cola. Segundo o
processo de fabrico utilizado pode obter-se painéis duros e painéis destinados ao isolamento
termoacústico (painéis isolantes), tal como se referencia a seguir:
Painéis Duros: São obtidos sob elevadas pressões, que lhes conferem maior ou menor
densidade consoante aquelas são mais altas ou mais baixas. Apresentam-se com uma
face lisa e outra rugosa, com bom acabamento e com espessuras que oscilam entre 2,5
mm e 10 mm, tendo a vantagem de as suas superfícies não necessitarem de lixa nem de
preparação antes de serem pintadas ou lacadas. Embora sejam pouco deformáveis,
quando apresentam espessuras reduzidas podem encurvar-se para se adaptarem a um
armação ou estrutura de suporte arredondado. Os painéis de faces esmaltadas ou
estratificadas podem ser utilizados como revestimento mural, mesmo em dependências
Aglomerados de Madeira
62
húmidas como as casas de banho. É frequente revestir as paredes ou um pavimento com
painéis duros, a fim de dissimular as irregularidades de uma parede ou de um parquet
antigo, apresentando para o efeito uma das faces revestida com um estratificado, ou com
uma impressão decorativa que imita diferentes tipos de madeira, o que lhes confere
melhor apresentação. Estes painéis dispõem nos bordos de ranhuras que permitem
encaixá-los uns nos outros. Se estas não existirem, a ligação pode realizar-se com
grampos aplicados sobre uma armadura de perfis metálicos previamente aparafusada à
parede. Este processo permite desmontar os painéis, que podem assim ser recuperados e
utilizados em qualquer outro local.
Painéis Isolantes: São produzidos utilizando uma fraca compressão das fibras de
madeira previamente misturadas com o feltro. Este processo de fabrico permite obter
painéis com uma estrutura porosa e de baixa densidade que lhes confere boas
características de isolamento. No entanto, são suficientemente rígidos para poderem ser
trabalhados com as ferramentas tradicionais. Existem painéis de diferentes dimensões
com espessuras que variam entre 10 mm e 30 mm. Os painéis isolantes podem ser
utilizados como revestimento mural. Porém, devido ao seu aspecto pouco decorativo, é
preferível colocá-los por baixo de outros materiais, como solução económica para os
problemas de isolamento acústico e térmico. Assim, são utilizados sob parquetes e
soalhos, como revestimentos interiores de paredes divisórias antes da colocação de um
material decorativo, e como isolantes de telhados e tectos.
Os preços em termos de produto final dos aglomerados podem ser vistos na tabela 4 do
Capítulo 5, a título meramente ilustrativo. Como se pode observar, à medida que aumenta a
espessura da madeira, podemos ver que o seu preço é superior, como era de esperar. Tal prende-
se com o carácter mais refinado dos aglomerados, pelo que os seus custos de produção são
superiores e, consequentemente, o seu preço também como produto final.
Aglomerados de Madeira
63
4.2.2. – CONTRAPLACADOS
4.2.2.1. – DEFINIÇÃO E PROCESSO DE FABRICO
Designa-se por “contraplacado”, segundo Valente (1991, p. 52), o “painel constituído por
um número ímpar de folhas coladas umas sobre as outras, prensadas, conferindo-lhe uma certa
rigidez. É formado por três elementos constitutivos: a “folha”, a “alma” e a “cola”.
A “folha” que se aplica na obtenção dos contraplacados pode obter-se para utilização
mediante o chamado “desenrolamento” de um pedaço de madeira (normalmente um toro), na
posição rotativa, após se ter feito um “corte” do mesmo pedaço da madeira com uma lâmina. Este
corte pode ser feito segundo duas técnicas: “plano longitudinal” ou por “serragem”. A figura 34
permite visualizar esta forma de corte.
A “alma” é, na definição que é proposta por Valente (1991, p. 53), a “camada central do
contraplacado, de espessura superior à das folhas que a revestem, e que é formada por painéis de
blocos, painéis de fibras, desperdícios de cortiça, lã de vidro, etc.”. Também segundo o mesmo
autor Valente (1991, p.53), a “cola” é o “ligante utilizado para unir as folhas de madeira entre si
ou à alma”.
FIGURA 38 - Formas de Corte da madeira (in Valente, 1988, p. 52)
Aglomerados de Madeira
64
Os contraplacados são placas que se constroem a partir de folhas de madeira natural fina,
por via de processos que evitem deformações. A partir dos toros de madeira, cortam-se camadas
finas que se designam por folhas. Estas são cortadas em determinadas dimensões e sobrepostas
com o fio alternadamente cruzado, de forma a serem coladas com resinas sintéticas e sob fortes
pressões, em prensas especiais, sendo o número de camadas sempre ímpar para se obter uma
estrutura simétrica de cada um dos lados (ver figura 35).
FIGURA 39 - Obtenção de um Contraplacado (in Santos, 1991, p. 76)
Quando se obtém ou se constrói um “contraplacado”, o objectivo é satisfazer não só as
necessidades da procura por parte dos seus utilizadores, mas também ter um outro tipo de
material substituto da madeira, para ir de encontro às necessidades do sector produtivo.
Por outro lado, no caso do “contraplacado”, existe a possibilidade, como refere Santos
(1991, p. 74), de se “utilizar quase integralmente não só os ramos, as lenhas e os toros de
pequeno diâmetro produzido pelas matas, como também os desperdícios de madeira, as aparas e
as serraduras provenientes das serrações”, o que contribui positivamente para a economia e meio
ambiente.
Aglomerados de Madeira
65
Para evitar as possíveis deformações da madeira natural e conseguir o maior
aproveitamento dos toros, estes são cortados com máquinas especiais – desenroladoras – em que
uma lâmina de corte ataca a madeira tangencialmente às camadas de crescimento de forma a
destacar do toro, por rotação contínua, uma delgada camada de material lenhoso (fig.36, 36A
e37):
FIGURA 40 – Folha desenrolada FIGURA 16A – Corte por Serra ou lâmina
FIGURA 41 – Corte de folha (in Patton, p.206)
Em qualquer dos casos as folhas obtidas são cortadas segundo determinadas dimensões e
sobrepostas de cada um dos lados da camada central, denominada alma (ver figura 38), como se
referiu.
Aglomerados de Madeira
66
FIGURA 42 – Alma
Desta maneira se obtém os painéis ou placas de contraplacado, que se caracterizam pela
sua grande resistência à flexão e às deformações por empenamento, devido à disposição cruzada
das fibras de camada para camada. Estes painéis são fáceis de trabalhar e tornam-se muito mais
económicos do que a madeira maciça.
4.2.2.2. - TIPOS DE CONTRAPLACADOS E SUAS APLICAÇÕES
4.2.2.2.1. - CONTRAPLACADOS COMUNS
São contraplacados normais (três folhas) ou múltiplos, compostos por folhas de 1mm a
3mm de espessura, devendo esta em qualquer caso ser uniforme para todas as folhas
componentes de uma mesma placa. Existem placas de 3mm a 25mm de espessura, com
dimensões que podem variar de 900mm a 1830mm para a largura e de 1220mm a 3100mm para o
comprimento, sendo no entanto a dimensão mais frequente 1220 x 2440mm (fig.39).
FIGURA 43 – Contraplacado comum (in site da Sonae Indústria24)
24 Ver site da “Sonae Indústria” < Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama1.asp?id_prodnivel1=13>, em 26/01/2004.>, em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
67
Geralmente a sua qualidade é indicada por uma denominação ou simbologia que
caracteriza a natureza da cola empregue e, consequentemente, define os tipos de utilização (para
interiores ou para exteriores), bem como a espécie de madeira empregue no fabrico, sendo as
mais usuais o mogno, a tola, o carvalho, o freixo, a faia e o castanho.
No caso dos contraplacados que se destinam para o interior das habitações, temos o
“contraplacado desenrolado” e o “contraplacado decorativo/listado”. O “contraplacado
desenrolado” é formado por placas constituídas por folhas cruzadas de madeira natural coladas
com resina química, sendo as faces em “folha” de madeira desenrolada, designada por “corte
contínuo”. O “contraplacado decorativo/listado” é também formado por placas constituídas por
folhas cruzadas de madeira natural coladas com resina química, mas as faces são em folha de
madeira listada, designada de “corte plano”.
No caso dos contraplacados cuja utilização é para o exterior das habitações, temos
essencialmente três tipos de contraplacados: o “contraplacado marítimo”, o “contraplacado
marítimo form” e o “contraplacado marítimo desk”.
O primeiro pode definir-se como sendo constituído por folhas cruzadas de madeira
natural e, por conseguinte, com as mesmas características do “contraplacado desenrolado”. É
resistente à água, em geral, e também ao envelhecimento, tendo de igual modo as faces em
“folha” de madeira desenrolada.
Quanto ao “contraplacado marítimo form” é constituído por partículas de pinho
marítimo que se encontram aglomeradas com resina química, sendo também resistente à
humidade mas por acção da pressão e da temperatura. As suas faces caracterizam-se por serem
revestidas com filme fenólico de ambos os lados e topos selados com resina acrílica.
Por fim, o contraplacado marítimo “desk” é constituído por placas de folhas cruzadas de
madeira natural com uma resistência mecânica elevada, coladas com resina resistente à humidade
em geral. Os primeiros dois tipos de contraplacado são apropriados para o sector produtor de
Aglomerados de Madeira
68
carroçarias, para aplicar em ambientes caracterizados por exposição a grande humidade,
construção civil e embarcações. O terceiro tipo é muito utilizado em cofragens.
Resumindo, apresenta-se a seguir alguns produtos existentes no mercado:
Contraplacado de resinosas – Contraplacado utilitário para uso exterior em cofragens,
embalagens e edifícios (figura 40).
FIGURA 44 – Uso do Contraplacado de Resinosas (in site da Sonae Indústria25)
Contraplacado de resinosas decorativo – Contraplacado ranhurado destinado a ser
utilizado em interiores e em exteriores, conferindo o aspecto de um apainelado tradicional para
uma colocação muito mais rápida.
Contraplacado de folhosas temperadas – Painéis em Choupo, Faia ou Bétula para
aplicações em ambientes secos ou húmidos com topos protegidos, na decoração de interiores de
autocarros e transportes ferroviários.
Contraplacado de folhosas temperadas especiais – Painéis para aplicações de grande
precisão ou de exigências elevadas em termos mecânicos, de moldagem, etc.
25 Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=4&id_prodnivel23=127>, em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
69
Contraplacado de folhosas exóticas – Painéis com superfície em madeira exótica
(Okoumé) especialmente adaptados para organização de espaços interiores ou exteriores.
Contraplacado decorativo de folhosas exóticas – Contraplacado ranhurado destinado a
ser utilizado em interiores e exteriores, conferindo o aspecto de um apainelado tradicional para
uma colocação muito mais rápida, ou painel com superfície destinada a ser revestido com
acabamento transparente (verniz, laca, etc.).
Contraplacado de folhosas exóticas especiais – Painéis para aplicações de grande
precisão, construção naval, cercas, pavimentos, pista de skate e outras.
Conforme as folhas que se podem colocar sobre a “alma” do contraplacado, temos:
Placas engradadas – formadas por alma de grande espessura constituída por sarrafos ou
ripas de secção quadrada ou rectangular dispostas em grade. As suas faces externas são revestidas
com placas de contraplacado comum.
Placas lameladas – nas quais a alma do painel é constituída por lamelas de espessura
variável, geralmente, não superior a 25 mm, colocadas lado a lado e coladas umas às outras. As
suas faces externas são revestidas com folhas de madeira mais rica e com acabamento mais
cuidado que o contraplacado comum.
Placas alveoladas – que apresentam uma alma constituída por uma estrutura de réguas
de pequena espessura feitas de madeira, de painéis de fibra ou até de cartão leve, formando
alvéolos que são recobertos de ambos os lados por placas de contraplacados decorativos. São
utilizadas geralmente para fabrico de portas planas.
Placas moldadas – que são fabricadas utilizando moldes contra os quais se aperta por
prensagem as folhas de madeira com cola e afim de se obter perfis encurvados de formas diversas
destinados ao fabrico de móveis, revestimentos, etc.
Aglomerados de Madeira
70
Placas decorativas – formadas por contraplacados revestidos exteriormente por madeira
fina. Entre as suas variedades figuram painéis em que uma das faces é sulcada ou esculpida, de
forma a apresentar relevos discretos.
4.2.2.3. – FORMAS DE COLOCAÇÃO DOS CONTRAPLACADOS
4.2.2.3.1. – COLOCAÇÃO POR COLAGEM
As placas ou painéis podem ser directamente colocados sobre a parede por meio de colas
de neoprene ou borracha natural. Este sistema permite obter uma superfície lisa sem marcas de
pregos, sempre que o suporte seja plano, não tenha manchas de humidade e se apresente com o
acabamento cuidado. A natureza do suporte deve ser compatível com a cola utilizada, pelo que é
aconselhável seguir as indicações do fabricante.
Com frequência, torna-se necessário realizar uma aplicação prévia de cola nas superfícies
que vão contactar.
Para esse efeito, aplica-se com um rolo, no paramento a revestir e na contraface do painel,
a cola diluída no seu dissolvente numa percentagem de 30%. Decorrido o tempo de secagem, ou
seja, quando os dissolventes contidos na cola se evaporarem, aplica-se cola novamente no suporte
e no painel, sem desta vez utilizar diluente.
Coloca-se, então, o painel na posição exacta e martela-se toda a sua superfície a fim de se
obter uma completa aderência. Para evitar que a face do painel se deteriore interpõe-se um
pedaço de madeira entre aquele e o martelo.
4.2.2.3.2. – COLOCAÇÃO POR PREGAGEM
Neste processo de colocação é necessário preparar uma armação de madeira e fixá-la à
parede para receber o painel de revestimento. A armação é composta por pequenas fasquias de
Aglomerados de Madeira
71
secção variável (40 x 15 mm ou 50 x 25 mm), presas verticalmente à parede e distanciadas entre
si 40 a 50 cm, sendo conveniente aplicar transversalmente peças de madeira com a mesma secção
de forma a constituir uma grade. Sobre esta estrutura prega-se o contraplacado, podendo o espaço
entre as fasquias ficar vazio para permitir a circulação do ar, ou ser preenchido com material
isolante. No primeiro caso aconselha-se a praticar furos ou rasgos nas réguas para que se garanta
o arejamento interior.
Os painéis de contraplacado tradicionais podem receber qualquer tipo de acabamento.
Depois de bem acabados, é possível pintá-los, encerá-los, atapetá-los ou envernizá-los, utilizando
as mesmas técnicas aplicadas a qualquer outro tipo de madeira. Os painéis de alta qualidade,
revestidos com folhas de madeira ricas de desenho e cor, destinados para decorações murais, são
adquiridos inteiramente acabados, em geral.
Dependendo portanto do tipo de colagem e da espécie da folha de madeira, o
contraplacado pode ser utilizado em condições interiores secas ou exteriores húmidas. O
contraplacado é, assim, a escolha adequada para um sem número de aplicações, da indústria à
arquitectura e construção. Os produtos acabados incluem elementos de carpintaria, mobiliário,
pavimentos para comboios e autocarros, revestimento exterior, cofragem, acabamentos,
aplicações em edifícios públicos com exigências de resistência ao fogo e, na generalidade, todo o
tipo de aplicações de painéis em interior ou exterior. Quando revestido com folha de madeira ou
outras superfícies decorativas é muito utilizado na indústria de caravanas. Produzido com resinas
especiais é um produto aconselhado para a construção naval.
4.2.2.4. – VANTAGENS DOS CONTRAPLACADOS
O uso dos contraplacados tem consideráveis vantagens em relação às madeiras naturais,
destacando-se as seguintes:
1- Diminuição da retracção e das deficiências mecânicas, devido ao cruzamento das
folhas segundo ângulos regulares.
Aglomerados de Madeira
72
2- Diminuição da higroscopicidade, pelo facto de os planos de colagem impedir a
penetração de humidade.
3- Realização de superfícies de grande dimensões, diminuindo não só o preço de fabrico
como também as despesas de trabalho.
4- Criação de novos materiais por combinação dos folheados e das madeiras maciças
(painéis de lâminas, painéis de blocos, painéis de sarrafos).
5- Possibilidade de aplicar novas técnicas às madeiras, por exemplo, a moldagem em
forma, originando superfícies curvas.
6- Facilidade em proceder a melhorias na madeira sob vários pontos de vista,
designadamente, na ignifugação (que não arde), preservação e endurecimento por
impregnação.
7- Possibilidade de fazer baixar o preço dos objectos acabados, devido à redução do peso
(sem diminuir as propriedades mecânicas), fazer menos desperdícios de fabricação,
com incorporação no interior do painel de produtos menos valiosos, fabricação em
séries industriais, etc.
De uma forma geral os contraplacados têm qualidades superiores às dos aglomerados,
podendo ser usados em situações de emprego mais severo. Contudo, as comparações devem ser
realizadas caso a caso, sendo a ideia ventilada no período anterior meramente indicativa a título
de balanço global do desempenho destes dois derivados de madeira natural.
Aglomerados de Madeira
73
4.2.3. - FOLHEADOS
4.2.3.1 - DEFINIÇÃO E PROCESSO DE FABRICO
Os folheados são folhas finas de madeira natural, geralmente utilizados em
revestimentos decorativos e derivados de madeira. O uso dos folheados data do tempo dos
romanos, existindo mesmo algumas peças tais como cofres e arcas do tempo dos Faraós,
confeccionados com madeira reduzida a lâminas finas, formando ainda embutidos e figuras em
relevo.
São extraídos de toros de madeira de várias espécies, preparados e escolhidos para se
conseguir um maior aproveitamento da madeira, sendo depois colocados em máquinas especiais
desenroladoras, onde uma máquina de corte corta a madeira tangencialmente às camadas de
crescimento, de forma a destacar do toro e por rotação contínua, uma delgada camada de material
lenhoso, a folha (ver figura 41).
FIGURA 45 – Métodos de obtenção dos folheados
Conforme atrás exposto, o painel aglomerado folheado é constituído por um conjunto de
partículas de madeira aglomeradas (standard ou hidrófugo), com faces revestidas a folha de
madeira natural. As aplicações do aglomerado folheado são a indústria do mobiliário e decoração.
Nas duas últimas décadas, com a mecanização da indústria da madeira, os folheados
tiveram um desenvolvimento notável com a fabricação dos contraplacados e aglomerados, tal
Aglomerados de Madeira
74
como foi já referido atrás nos itens próprios. È conveniente que as madeiras para os folheados
atrás mencionados sejam de preço pouco elevado para não encarecerem os produtos finais, afim
de poderem ser postos no mercado por preços relativamente baixos.
4.2.4. – TERMOLAMINADOS
4.2.4.1. – DEFINIÇÃO E PROCESSO DE FABRICO
De um modo genérico, termolaminados são folhas de papel Kraft impregnadas de
resinas sintéticas termo-endurecíveis. Depois de secas, são empilhadas e metidas sob uma prensa
a quente, que exerce uma pressão de 100 kg/cm2 durante uma hora e meia. A temperatura dos
pratos quentes sobe a 150º durante 30 minutos. As placas são em seguida cortadas em
comprimento e largura, tornando-se depois irregular à superfície de colagem (figura 42).
O laminado decorativo de alta pressão (HPL – High Pressure Laminate) é a solução
indicada para superfícies horizontais de mobiliário, como balcões de cozinha e tampos de
secretária, para aplicação em mobiliário de elevado desgaste de escolas, hotéis, restaurantes e, em
geral, para aplicações decorativas horizontais ou verticais que requeiram elevadas performances
físicas, mecânicas e químicas.
Especialmente concebido para uso generalizado nas mais exigentes condições de
desgaste e impacto, normalmente como revestimento de substratos, o termolaminado tem uma
excelente capacidade decorativa e uma elevada versatilidade de padrões e texturas, permitindo-
lhe responder adequadamente a elegantes soluções de mobiliário e decoração.
Uma colecção moderna e com tendências de unicolores fortes ou mais suaves e padrões
de imitação de granitos, mármores, madeiras e outros fazem do termolaminado decorativo uma
alternativa perfeita aos acabamentos em madeira maciça e às aplicações de minerais (ver figura
43).
Aglomerados de Madeira
75
FIGURA 46 -Estrutura dos termolaminados
FIGURA 47 – Termolaminado (in site daSonae Indústria26)
26 Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama1.asp?id_prodnivel1=7> em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
76
4.2.4.2. - TIPOS DE TERMOLAMINADOS E SUAS APLICAÇÕES
Apresenta-se a seguir alguns produtos de Termolaminados existentes no mercado e suas
principais aplicações:
Termolaminado para aplicações horizontais e verticais: Normalmente usado como
revestimento de substratos de derivados de madeira, para aplicações com perfil
rectilíneo ou do tipo “post-forming”, permite a obtenção de soluções atractivas em
termos de mobiliário. O termolaminado é uma excelente alternativa económica ao
acabamento em madeira maciça, mármore ou granito, pois, além da sua extraordinária
resistência física e química, apresenta uma colecção moderna de variadas cores, padrões,
bem como diversas texturas. Devido à sua resistência, estabilidade dimensional e
facilidade de limpeza, o termolaminado para aplicações horizontais e verticais é
normalmente utilizado em superfícies de trabalho de mobiliário de cozinha, tampos de
alguns tipos de electrodomésticos, tampos de secretária, na decoração de interiores de
caravanas, ou no interior de autocarros e transportes ferroviários. Está disponível no tipo
standard para aplicações com bordo plano e no tipo postforming para aplicações com
bordo arredondado (ver figura 44).
FIGURA 48 - Termolaminado para aplicações horizontais/verticais (in site da Sonae Indústria27)
27 Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=7&id_prodnivel23=51> em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
77
Termolaminado Metálico: É um termolaminado revestido com folha de alumínio ou
cobre, criado para aplicação em situações especiais de decoração de interiores (ver
figura 45).
FIGURA 49 – Termolaminado Metálico (in site da Sonae Indústria28)
Termolaminado de Elevada resistência – Pavimentos: Uma utilização cada vez mais
frequente e muito decorativa do termolaminado é a produção de pavimentos flutuantes e
sobreelevados (access flooring), principalmente devido à sua excelente resistência ao
desgaste, aos riscos e ao impacto, associados à enorme facilidade de limpeza e
manutenção. No que diz respeito aos pavimentos flutuantes, a aplicação do
termolaminado sobre MDF ou aglomerado de fibras duro é uma solução esteticamente
muito agradável em quartos, salas de jantar e de estar e corredores.
FIGURA 50 – Termolaminado de Elevada Resistência-Pavimentos (in site da Sonae Indústria29)
Com características adicionais de resistência, este tipo de termolaminado é igualmente
adequado a espaços públicos de grande circulação e desgaste, tais como escolas, jardins-
de-infância, centros comerciais, lojas, escritórios, etc. Nos pavimentos sobrelevados, o
28 Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=7&id_prodnivel23=53> em 26/01/2004. 29 Ver site da “Sonae Indústria” < http://www.sonae-industria-tafisa.com/port/produtos_gama2.asp?id_prodnivel1=7&id_prodnivel23=54> em 26/01/2004.
Aglomerados de Madeira
78
substrato utilizado é usualmente o aglomerado de partículas, sendo um produto ideal
para escritórios, salas de “hardware” informático e edifícios públicos (ver figura 46).
4.2.5. - PLACAS DE FIBRAS DE MADEIRA (PLATEX)
As placas de platex são fabricadas a partir das fibras de madeira resinosa comprimidas a
alta temperatura e elevadas pressões, tratadas e climatizadas em câmaras especiais. São
constituídas por fibras celulósicas cujas propriedades adesivas e de empastamento permitem uma
boa ligação dos materiais, Normalmente aparecem no mercado com cor castanha, tendo uma
superfície lisa e outra rugosa, nas variedades compacta e perfurada. Apesar da sua pouca
durabilidade e resistência, aplica-se no revestimento de tectos, mobiliário económico, na
construção de pavilhões publicitários, etc..
Antes de o platex ser utilizado deve ser humedecido, espalhando água na face rugosa,
evitando que a água molhe a face lisa. O seu armazenamento é feito sobre uma superfície plana,
num local arejado, e com as placas na posição horizontal, sempre com a face rugosa contra face
rugosa (ver figura 47).
As placas devem ser sempre aplicadas entre as 24 e 48 horas a seguir ao seu
humedecimento, cujo grau de humidade deverá ser superior àquele a que possam vir a estar
sujeitas depois de fixadas.
FIGURA 51 – Placas de Platex
Aglomerados de Madeira
79
4.2.6 – PAINÉIS DE MADEIRA RECONSTITUÍDA
4.2.6.1 – DEFINIÇÃO E PROCESSO DE FABRICO
São assim denominadas as chapas obtidas pela aglomeração das fibras celulósicas –
separadas e dispersas – extraídas do lenho das madeiras. São denominados de painéis de madeira
reconstituída os painéis que utilizam madeira sob a forma de cavacos como matéria-prima mais
relevante.
O desfibramento, último estágio de fragmentação física do tecido lenhoso, pode ser
conduzido por procedimentos mecânicos ou pelo processo Mason, de explosão.
No primeiro procedimento, a matéria-prima (cavacos, sobras de serração), depois de
saturada e amolecida com água fervente, é reduzida, pela passagem em moendas, a uma polpa de
fibras dispersas. No processo Mason, os fragmentos de madeira são autoclavados em vapor de
água sob alta pressão, onde o súbito relaxamento da pressão na autoclave ocasiona a expansão
(explosão) do vapor contido no tecido lenhoso e o seu consequente desfibramento.
A reaglomeração das fibras, lavadas, peneiradas e esparramadas, é realizada em prensas
ou rolos aquecidos, sob largo espectro de pressões. Os aglomerantes são resinas sintéticas
fenólicas ou a própria resina natural da madeira (a lignina) remanescente na matéria-prima e
preservada, ou mesmo reactivada, para actuar como aglomerante.
Na prensagem de chapas de madeira reconstituída, de dimensões e espessuras diversas,
alterando-se as condições de pressão e aquecimento, obtém-se materiais de peso e características
diferentes. As mais leves (desde 0,16 g/dm3), ainda denominadas softboards, têm aplicação em
revestimentos, forros e entre pisos.
Aglomerados de Madeira
80
4.2.6.2. - PAINÉIS DE MADEIRA RECONSTITUÍDA E SUAS APLICAÇÕES
Os principais tipos de painéis de madeira reconstituída existentes no mercado são os
painéis de madeira aglomerada (particle board), o MDF (medium density fiberboard) e as chapas
de fibra ou chapas duras (hardboard). Na verdade, neste tipo de derivados de madeira, dada a sua
génese ser bastante sobreponível, em definição, à dos aglomerados, podem alguns destes
produtos ser indistintamente classificados com as duas designações (caso do MDF).
São empregados, usualmente, em graus diversos de associação, tanto na fabricação de
móveis como na indústria da construção (rodapés, pisos, portas, divisórias, elementos estruturais
de casas, etc.) e, de acordo com as suas características específicas, oferecem vantagens e
desvantagens quando comparados com a madeira maciça.
4.2.7. – CORTIÇA
4.2.7.1. - DEFINIÇÃO E PROCESSO DE FABRICO
A cortiça, extraída da casca do sobreiro, é um produto natural, leve e com uma infinidade
de espaços ocos internos microscópicos. Esta constituição determina uma grande
impermeabilidade e uma forte capacidade isoladora, tanto no aspecto térmico como acústico.
A cortiça natural pode ser “virgem” (a primeira a ser extraída), “secundeira” (extraída 9
anos depois) e “amadia” (extraída cerca de 18 anos depois). Esta cortiça “amadia”, tal como o
aglomerado, é utilizada para fins industriais.
Os aglomerados provêm do tratamento industrial da cortiça, existindo os aglomerados
expandidos puros e os aglomerados compostos.
Os aglomerados expandidos puros, cuja matéria-prima (Falca - cortiça extraída dos
troncos dos sobreiros proveniente das podas), são primeiramente reduzidos a grânulos.
Aglomerados de Madeira
81
Posteriormente, por efeito de temperatura e pressão, e graças à própria resina da cortiça, os
grânulos aglutinam-se, formando os aglomerados expandidos puros, um excelente material de
isolamento térmico, acústico e anti-vibrático, imputrescível, resistente à compressão e de grande
estabilidade dimensional (ver figura 48).
FIGURA 52 – Aglomerado expandido puro (in site de Amorim Isolamentos30)
Nos aglomerados compostos a cortiça granulada é aglutinada por substâncias estranhas
ao sobreiro, tais como borracha, plástico, asfalto, cimento, gesso, caseína, resinas naturais e
sintéticas, colas e químicos, aprovados pelas normas internacionais da FDA (Food and Drugs
Administration), daí se obtendo uma grande diversidade de produtos, para múltiplos fins: juntas
para as estruturas de edifícios, revestimentos de solos, paredes e tectos, juntas para motores,
componentes para calçado, artigos decorativos, engarrafamento, etc. (ver figura 49).
30 Ver site da Corticeira Amorim http://www.amorim.pt/corticaindustria.html, visto em 27/01/2004.
Aglomerados de Madeira
82
FIGURA 53 – Aglomerado expandido puro (in site de Amorim Isolamentos31)
4.2.7.2. - TIPOS DE CORTIÇA
A cortiça apresenta-se sob diferentes formas comerciais conforme o fim a que se destine,
destacando-se as seguintes:
• Painéis e placas – para pavimentos e tectos lisos, de cortiça natural ou aglomerada
com asfalto, colofónio, cartão alcatroado e outros produtos.
• Tacos – rectangulares ou quadrados, com uma espessura máxima de 15mm e
superfície de 30 x 30 cm a 50 x 50 cm.
• Ladrilhos – de cortiça triturada e ligada por diferentes tipos de cimento – para
construção de tabiques, revestimentos de câmaras frigoríficas e cabinas telefónicas.
• Papel dourado e em cores – para revestimentos de paredes.
31 Ver site da Corticeira Amorim <http://www.amorim.pt/corticanatural.html> visto em 27/01/2004.
Aglomerados de Madeira
83
• Semicilindros – de cortiça aglomerada, destinados a revestirem canalizações para
amortecer os ruídos produzidos pela água ou pelos gases de circulação.
• Cortiça granulada – para fazer betões leves e com qualidades isoladoras.
• Lã, apara e serradura – para preencher cavidades em paredes e divisórias, com
grande capacidade de isolamento acústico.
A cortiça é, sem dúvida alguma, um bom isolador térmico e acústico. Por outro lado,
produz uma sensação de calor que aumenta as suas possibilidades de aplicação como elemento
decorativo. Também usada como sub-pavimento, em forma de folha (ver figura 50), a cortiça
aglomerada reduz significativamente os ruídos de impacto e contribui para uma significativa
poupança de energia, um bem global a defender.
FIGURA 54 – Cortiça em folha (in site de Amorim Isolamentos32)
32 Ver site da Corticeira Amorim http://www.amorim.pt/corticanatural.html, em 27/01/2004.
Aglomerados de Madeira
84
CAPÍTULO V – A MADEIRA E DERIVADOS FACE A OUTROS MATERIAIS
5.1. - CONSIDERAÇÕES GERAIS
A madeira é empregada com frequência para fins estruturais, na solução de problemas
relacionados com coberturas (residenciais, comerciais, industriais), cimbramentos para estruturas
de betão armado, travessia de obstáculos (pontes, viadutos, passarelas), armazenamento (silos
verticais e horizontais), linhas de transmissão (energia eléctrica, telefonia), benfeitorias rurais,
entre outros. Embora se reconheça que tem sido substituída em muitas destas funções, sendo hoje
em dia mais usada como revestimento, no que toca à construção civil.
Contudo em algumas áreas o seu emprego tem sido crescente, apesar dos conhecidos
preconceitos inerentes à madeira, sempre relacionados com a insuficiente divulgação das
informações sobre projectos específicos já desenvolvidos por profissionais habilitados. Os
problemas daí decorrentes incentivam a formação de um mentalidade distorcida por parte dos
utilizadores. Ao mesmo tempo, outras ideias erróneas são divulgadas, como a que associa o uso
da madeira à devastação de florestas, fazendo parecer que o referido uso constitui uma perigosa
ameaça ecológica. Não quer isto dizer que se defenda aqui a exploração irracional e predatória. O
que se almeja é a aplicação de um manejo silvicultural inteligente, fundamentado em técnicas há
muito tempo dominadas por engenheiros florestais e profissionais de áreas correlacionadas, que
poderá garantir a perenidade das nossas reservas florestais. Trata-se apenas de um procedimento
largamente difundido nos chamados países de Primeiro Mundo.
É importante lembrar também que o crescimento, a extracção e a transformação das
árvores envolvem baixo consumo de energia, além de não provocarem prejuízo ao meio
ambiente, desde que providenciada a respectiva reposição. Outros materiais estruturais, como o
aço e o betão, são produzidos por processos altamente poluentes e antecedidos por diversas
agressões ambientais. Os referidos processos requerem alto consumo energético e a matéria-
prima retirada da natureza jamais será reposta. Porém, com a madeira isso já não acontece, visto
que se renova mesmo sob rigorosas condições climáticas.
Aglomerados de Madeira
85
5.2. – A MADEIRA NATURAL FACE A OUTROS MATERIAIS ESTRUTURAIS
Apresenta-se a seguir alguns dados comparativos de materiais estruturais (tabela 2):
TABELA 2 – MATERIAIS ESTRUTURAIS – DADOS COMPARATIVOS
A
Densidade
B
Energia consumida
C
Resistência
D
Módulo
Elasticidade
E
Relação
Energia/
Resistência
B/C
F
Relação
Resistência/
Densidade
C/A
G
Relação
Módulo Elasticidade/
Densidade
D/A
MATERIAL
KN/m3
MJ/m3
MPa
KN/m3
BETÃO
24 1920 20.3 2000 96 0.83 833
AÇO
78 234000 250.4 21000 936 3.21 2692
MADEIRA
RESINOSA 6 600 50.5 10000 12 8.33 1667
MADEIRA
FOLHOSA 9 630 90.5 25000 7 10 2778
Sendo:
A: Densidade do material, kN/m³ (na madeira, valor referente à humidade de 12%).
B: Energia consumida na produção, MJ/m³.
C: Resistência, MPa (para o betão o valor citado refere-se à resistência característica à
compressão, produto fabricado; para o aço trata-se da tensão de escoamento do tipo ASTM A-36;
para a madeira são os valores médios da resistência à compressão paralela às fibras, referida à
humidade de 12%).
Aglomerados de Madeira
86
D: Módulo de elasticidade, MPa (a mesma descrição da coluna C).
E: Razão entre os valores da energia consumida na produção e da resistência.
F: Razão entre os valores da resistência e da densidade.
G: Razão entre os valores do módulo de elasticidade e da densidade.
Conforme consta desta tabela, um aspecto que favorece as madeiras é a sua resistência
em relação à densidade, sendo essa razão cerca de três e dez vezes superior ao aço e ao betão,
respectivamente, sabendo que o valor da densidade, nas madeiras, é referente à humidade de
12%.
Além disso, a madeira apresenta um aspecto visual muito interessante e pode ser
trabalhada sem maiores dificuldades, o que viabiliza a definição de diversificadas formas e
dimensões, as quais são limitadas apenas pela geometria dos toros a desdobrar.
Apesar da sua inflamabilidade¸ as peças estruturais de madeira evidenciam um
conveniente desempenho ou performance a altas temperaturas, melhor que o de outros materiais
em condições severas de exposição. Na realidade, a carbonatação superficial das peças
transforma-se numa espécie de “barreira de isolação térmica”.
Sendo a madeira um mau condutor de calor, a temperatura interna cresce mais
lentamente, não provocando maior comprometimento da região central das peças que, deste
modo, podem manter-se em serviço nas condições onde o aço, por exemplo, já teria entrado em
colapso, mesmo não sendo um material inflamável.
Embora susceptível ao apodrecimento e ao ataque de organismo xilófagos em
circunstâncias específicas, a madeira tem a sua durabilidade natural prolongada quando,
previamente, é tratada com substâncias que possibilitam a manutenção. Mais ainda, a madeira
Aglomerados de Madeira
87
tratada requer cuidados de manutenção menos intensos. Deve ser salientada, neste ponto, a
importância do projecto estrutural ser desenvolvido de modo a serem previstos pormenores
construtivos que garantam maior durabilidade à madeira impregnada, evitando-se a exposição
excessiva aos raios solares e à humidade proveniente da água da chuva, bem como aquela própria
dos apoios em alvenaria de pedra.
Diante do exposto é possível concluir que a madeira tem significativo potencial para o
emprego na construção civil, particularmente na construção de estruturas. É evidente que a
disseminação das estruturas de madeira está condicionada à garantia da sua competitividade com
outros materiais. Todavia, isto poderá ser obtido com a elaboração de projectos adequadamente
fundamentados e com a construção segundo critérios de qualidade envolvendo material e mão-
de-obra, já adaptados para as estruturas de aço e de betão armado.
Como será óbvio, nem tudo são vantagens no emprego da madeira, sendo uma das suas
principais fraquezas a sua significativa deformabilidade no tempo (uma equivalência à fluência
no betão e ao relaxamento no aço).
5.3. – A MADEIRA NATURAL FACE AOS SEUS DERIVADOS
A madeira, bem como qualquer outro dos seus derivados, pode ser utilizada nas mais
diversas finalidades, seja no âmbito de uma actividade produtiva seja no contexto de
proporcionar conforto, como é o caso da utilização para construção de habitações.
A madeira propriamente dita tem como destino principal as indústrias de transformação.
Dependendo em larga medida das espécies consideradas, bem como do respectivo diâmetro, a sua
aplicação, de uma forma geral, esgota-se não só nas indústrias de celulose e de derivados de
madeiras (primordialmente os aglomerados), como também nas serrações para produção de
tábuas, barrotes, ripas, etc.
Aglomerados de Madeira
88
Os toros, citando Santos (1991, p. 66), sendo de reduzidas dimensões e de valor
económico baixo, são em geral destinados “a material de queima (aquecimento)”. Se
considerarmos os pequenos troncos de madeira, após serem colocados em condições de ser
utilizados, o seu destino mais frequente é o da construção civil e estacaria.
Apresenta-se a seguir na tabela 3 uma síntese das aplicações dos vários tipos de madeira e
seus derivados, segundo o destino de utilização mais frequente.
TABELA 3 – APLICAÇÕES DOS TIPOS DE MADEIRA E DOS SEUS DERIVADOS
MÓVEIS
BASES
DO
CHÃO
BASES E
COBERTURA
DIVISÕES
INTERIORES
REVESTIMENTOS
PRODUÇÃO
DE VIGAS
ESTRUTURAL
PORTAS
CONTRAPLACADOS
× × × × × × × ×
AGLOMERADOS × × × ×
FOLHEADOS × × × ×
LAMELADOS × × × × × × ×
FOLHA DE MADEIRA
NATURAL × × ×
TERMOLAMINADOS × × × × × ×
PLACAS DE FIBRAS
DE MADEIRA
(PLATEX)
× × × × ×
MADEIRA
RECONSTITUÍDA × × ×
5.4. – PRODUÇÃO E CONSUMO DOS DERIVADOS DA MADEIRA
De entre todos os derivados da madeira, os painéis de madeira aglomerada (ou
simplesmente aglomerado, como é mais conhecido) são os mais largamente consumidos no
mundo, considerando os diferentes painéis de madeira reconstituída existentes, razão porque
analisaremos neste domínio da produção e consumo apenas os aglomerados.
Aglomerados de Madeira
89
Assim, a produção mundial de aglomerados alcançou 84 milhões de m3 em 2000, último
ano conhecido, destacando-se como maior fabricante os Estados Unidos, responsável por 25%
desse volume (Gráfico 1).
Neste gráfico, Portugal integra o grupo de “Outros” com 38% no total, posicionando-se
com uma produção muito reduzida à escala mundial, apesar do forte crescimento da indústria nos
últimos 10 anos.
GRÁFICO 1 – Produção Mundial de Aglomerado: 2000
(construção a partir de diversos dados)
Produção: 84 milhões m3
5.5. – PREÇOS COMPARATIVOS DE DERIVADOS DE MADEIRA
Do ponto de vista económico, indicam-se a seguir os preços médios de alguns derivados
de madeira mais correntes, em tabelas obtidas por pesquisa no mercado respectivo (tendo como
referência o ano de 2003):
Aglomerados de Madeira
90
TABELA 4 - PREÇOS DOS AGLOMERADOS DE MADEIRA POR ESPESSURAS E TIPOS
Ag l o m e ra d o s d e M a d e i ra ( P r e ç o s em E u r o s / m 2 s e m I VA) E s p e s s u r a s e m m i l í m e t r o s St an dard H i dró fug o D i m e n s õ e s
4 1.79 - 5 2.16 - 6 2.54 -
2 1 5 0 * 1 5 0 0
8 3.09 - 1 0 3.39 4.71 1 2 3.64 4.98 1 4 3.89 - 1 5 3.91 - 1 6 4.04 5.46 1 9 4.61 6.18 2 2 5.38 7.33 2 5 6.13 8.42 2 8 6.95 - 3 0 7.50 10.25
2 5 0 0 * 1 8 8 0
2 7 5 0 * 1 8 3 0
3 6 6 0 * 1 8 3 0
Comparando as duas tabelas anteriores (n.º 4 e 5) de aglomerados e contraplacados,
verifica-se que o preço médio dos aglomerados é naturalmente inferior ao preço correspondente
dos contraplacados, devido não só ao ao respectivo processo de fabrico, como também ao tipo de
matéria-prima utilizada em cada caso, tal como foi já referido nos capítulos em apreço, e daí o
maior crescimento da indústria neste último ramo dos derivados de madeira (contraplacados), já
bastante diversificado.
Dentro do mesmo raciocínio, podemos concluir também pelas tabelas seguintes de
folheados (n.º 6, 7 e 8), que o preço médio destes derivados é ainda mais elevado, dependendo no
entanto da espécie de madeira utilizada nas folhas.
Aglomerados de Madeira
91
TABELA 5 – PREÇOS DOS CONTRAPLACADOS POR ESPESSURAS E TIPOS
Co n t r a p l a ca d o s (Pr e ç o s em E u r o s /m 2 s e m I VA) E s p e s s u r a s e m mm 4 5 6 8 1 0 1 2 1 5 18 21 2 4 2 7 3 0De se nr o lad o Pinho B/C 5.86 7.63 8.70 10,97 13.34 15.76 19,37 22,96 27,45 30.05 34.59 37.40
Eucalipto B/C 4.33 5.83 6.78 8,82 10.89 12.91 15,88 18,92 22,02 25.08 28.18 30.85
Div. Africanos B/C 5.68 6.98 8.32 10,74 13.11 15.61 19,90 23,69 27,45 31.22 35.04 38.80
Tola B/C 6.53 7.88 9.12 11,52 13.96 15.01 20,25 24,98 28,58 31.32 35.96 38.90
Mogno B/C 6.28 7.63 8.87 11,27 13.71 16.26 20,00 23,71 28,33 31.07 35.71 38.65
L i s tado Freijó/Kambala A/C 7.23 8.37 9.12 11,32 13.51
Castanho/Carvalho A/C 11.22 12.37 13.51 15,96 18.44
Faia A/C – Mutene A/C 8.62 9.62 10.42 12,17 14.26
Afizélia A/C – Cerejeira A/C 12.01 12.96 14.16 16,73 19.35
Face A/A +2,5 POR M2
1.50 POR MILÍMETRO M a r í t i m o W BP DAF (int DAF) B/C 5.68 6.98 8.32 10,74 13.11 15.61 19.90 23.69 27.45 31.22 35.04 38.80
Pinho (int Pinho) B/C - 5.23 - 7,73 8.23 10.00 14.46 15.96 18.15 20.94 - 24.74
Mogno B/C +1,74 QUE O MOGNO B/C DESENROLADO
Tola B/C +1,74 QUE O TOLA B/C DESENROLADA
Form STD Cofragem - - - - - 16.23 18.95 21.99 25.13 29.05 - 35.91
Deck STD Carroçarias - - - - 15.71 19.27 22.67 27.23 30.65 34.51 38.35 43.47
D i m e n s õ e s m a i s u s a d a s :
D e s e n r o l a d o : 2 5 0 0 * 1 2 5 0 - 2 5 0 0 * 1 5 0 0 L i s t a d o : 2 5 0 0 * 1 2 5 0 M a r í t i m o W B P : 2 5 0 0 * 1 2 5 0 - 2 5 0 0 * 1 5 0 0
Aglomerados de Madeira
92
TABELA 6 – PREÇOS DE FOLHEADOS POR ESPESSURAS E TIPOS
Fo l he ad os d e Ma de i r a ( Preço s e m Eu ro s / m 2 se m IVA) E s p e s s u r a s e m m i l í m et r o s 8 1 0 1 2 14 1 6 19 2 2 2 5 30Castanho A/C – Carvalho A/C 11.97 12.32 12.51 12.69 12.89 13.49 14.26 14.83 16.13
Câmbala A/B 11.97 12.32 12.51 12.69 12.89 13.49 14.26 14.83 16.13
Tola A/B – Freijó A/B 9.20 9.52 9.72 9.95 10.10 10.67 11.39 12.02 13.24
Mogno A/B 10.02 10.37 10.57 10.79 10.92 11.52 12.27 12.96 14.16
Pinho A/B 6.88 7.20 7.40 7.60 7.78 8.35 9.07 9.60 10.89
Castanho A/B – Carvalho A/B 7.78 8.10 8.30 8.52 8.67 9.25 9.92 10.57 11.09
Cerejeira A/B – Sucupira A/B 14.46 14.81 14.91 15.16 15.31 15.81 16.51 17.10 18.30
Afizélia A/B 15.16 15.46 15.61 15.91 16.01 16.46 17.20 17.80 18.95
Eucalipto A/B 6.33 6.63 6.85 7.05 7.20 7.80 8.52 9.17 10.32
Faia A/B – Mutene A/B 10.97 11.29 11.49 11.72 11.87 12.44 13.16 13.76 14.91
Hidrófugo - - +1.80 O b s er v a çõ e s A /A + 10%
D i m e n s õe s m ai s usa d a s : 2 750 *1 83 0 ; 2 50 0* 18 80
TABELA 7 – PREÇOS DE FOLHA DE MADEIRA NATURAL
F o l h a d e M a d e i r a N a t u r a l ( Pr e ç o s em E u r o s / m 2 s e m IVA)
F o l h a P r e ç o Mogno – Tola 1 , 8 5
Pinho – Câmbala 2 , 2 0
Faia – Mutene 2 , 8 0
Carvalho – Castanho 3 , 5 0
Aglomerados de Madeira
93
TABELA 8 – PREÇOS DE MDF FOLHEADO FINO POR ESPESSURAS E TIPOS
Quanto ao platex (tabela 9), continua a ser o derivado da madeira mais económico.
TABELA 9 – PREÇOS DE PLATEX POR ESPESSURAS E TIPOS
MDF Fo lheado F ino (Preços e m E u r o s / m 2 s e m I V A )
Folha 3 m mA/C
5mm A/ C
2 face s A /A
1 f aceA
Mogno 5 , 0 5 6 , 0 0 + 1 , 0 0 - 0 , 6 0
Pinho 6 , 2 5 7 , 2 0 + 1 , 2 5 - 0 , 6 0
Kambala – Tola 7 , 2 0 9 , 0 0 + 2 , 5 0 - 0 , 6 0
Faia 3 , 2 0 9 , 0 0 + 2 , 5 0 - 0 . 6 0
Cerejeira - Castanho – Carvalho 1 1 , 4 0 1 2 , 9 0 + 3 , 2 5 - 0 , 6 0
D i m en s õe s m a i s usa das :2 50 0* 18 8 0
P l a t e x ( Pr e ç o s em E u r o s / m 2 s em I VA
Es pes suras em mm Ti po Di m en s ões m a i s usa das P re ç o2 , 5 Euca 2 44 0 * 1 70 0 / 1 83 0 1.99
Standard 2 75 0 * 1 25 0 / 1 22 0 1.99
2 13 0 * 1 70 0 / 1 83 0 2 44 0 * 1 70 0 / 1 83 0 2 75 0 * 1 70 0 / 1 83 0
1.99
Ret a lh o 170 0 * Vá r i o s 1.34
Euca
P e r fu r a d o 2 4 40 * 1 70 0 2.59
B r a n c o 2 75 0 * 1 25 0 2.64
B r a n c o P e r fu r a d o 2 75 0 * 1 25 0 3.49 AcabadosM ov i p l ac 27 50 * 1 2 20 3.79
3 , 2
Portas 2 01 5 * 5 80 / 6 3 0 / 680 / 7 3 0 / 78 0 / 8 3 0 1.64
Standard 2 75 0 * 1 25 0 / 1 22 0 2.84
Euca 2 44 0 * 1 70 0 3.54 5 Acabados B r a n c o 2 75 0 * 1 25 0 4.68
Aglomerados de Madeira
94
Pelo facto de ser mais económico, o Platex é assim mais usado em forros e fundos de
mobiliário, bem como na construção de menor qualidade.
CAPÍTULO VI – MANUTENÇÃO DA MADEIRA E SEUS DERIVADOS
6.1. – GENERALIDADES
Fazer a manutenção ou conservação das madeiras e dos derivados significa proporcionar
o aumento da sua resistência perante os diversos agentes deterioradores, através de diversos
tratamentos e posterior aplicação de produtos preservantes. A selecção destes produtos é
fundamental para conferir uma protecção válida e aumentar a durabilidade natural destes
materiais. Nenhum produto poderá conferir protecção satisfatória se não for correctamente
aplicado. Os critérios de selecção dos produtos de manutenção e métodos de aplicação exigem,
obrigatoriamente, o conhecimento real das condições de agressividade biológica a que a madeira
e seus derivados estão expostos.
Sendo um material orgânico, a madeira ou qualquer outro seu derivado estão sujeitos a
ser utilizados como fonte de alimentação dos agentes deterioradores, desde que as condições lhes
sejam favoráveis. As condições mais adequadas ao ataque destes agentes são a presença de
oxigénio (os agentes são aeróbicos), o maior volume de “alburno” em relação ao “cerne”, a
temperatura ambiente entre 20 e 30º centígrados, uma humidade interna alta (superior a 20% -
ponto de saturação das fibras) e o contacto com a terra, água ou a humidade, onde o PH se situa
entre 4,5 e 5,5.
Os factores de degradação da madeira podem dividir-se em biológicos, químicos e
físicos, sendo os biológicos, naturalmente, os mais importantes, devido ao ataque dos fungos,
insectos e bactérias da madeira.
Se bem que a madeira no estado natural é mais propícia a estar sujeita a este tipo de
deteriorações, os seus derivados não estão de tal isentos, pelo que se acha pertinente a abordagem
Aglomerados de Madeira
95
desta temática, ainda que significativamente comprimida e incompleta (um desenvolvimento
superior terá o seu lugar no estudo da própria madeira aplicada na forma serrada).
6.2. – PROCESSOS DE TRATAMENTO
Logo após o abate das árvores, toda a madeira deverá ser objecto de tratamento específico
para a sua conservação, a fim de aumentar significativamente a sua vida útil.
Fundamentalmente, existem três métodos de conservação: o da secagem, o do
desenseivamento ou lixiviação e o da conservação da madeira aplicada em obras em qualquer
utilização ou acabamentos.
6.2.1. – SECAGEM
A secagem faz-se normalmente por evaporação ou solidificação da seiva, evitando-se
assim fermentações que favoreceriam o desenvolvimento dos insectos, tal como segue:
• Secagem natural (evaporação da seiva) - A madeira, após ser descascada, é
empilhada em ambiente ventilado, livre da acção do calor e de fortes correntes de ar,
em camadas sobrepostas e cruzadas, afastadas. O tempo de secagem natural é de 1 a
2 anos, voltando-se a madeira de tempos a tempos.
• Secagem artificial (solidificação da seiva) - É feita em estufas de 30º a 50º
centígrados onde a seiva solidifica: a madeira é depois colocada em armazém para
adquirir humidade, o que permite aumentar a sua resistência, embora fique mais
difícil de trabalhar e de mais fácil empeno, sendo por isso mais desvantajosa em
relação à secagem natural.
6.2.2. – DESENSEIVAMENTO OU LIXIVIAÇÃO
São conhecidos dois métodos, a saber:
Aglomerados de Madeira
96
O natural (diluição da seiva) - Quando a madeira é imersa em água cerca de 4 meses,
sendo depois seca em lugar abrigado de correntes de ar.
O artificial – Quando a madeira é sujeita à acção de vapor de água, sendo depois
também seca em lugar abrigado de correntes de ar.
6.2.3. – CONSERVAÇÃO DA MADEIRA EM OBRA
Usualmente, a conservação é feita da seguinte forma:
Aplicação de revestimentos – Pintura a alcatrão, óleo de linhaça, tinta de óleo ou
verniz, e com as demãos necessárias em função do melhor acabamento.
Injecção de produtos antisépticos – Principalmente em madeiras expostas às
intempéries.
Carbonização – Usada em peças que tenham de ficar enterradas, visto que mata os
organismos deterioradores e forma uma camada incorruptível.
De notar que, além de não se terem abordado todos os processos de tratamento, se deve
realçar a caducidade dos mesmos, ou seja, não há métodos definitivos e irreversíveis, apenas com
mais ou menos duração no seu efeito, pois que todos são efémeros.
6.3. – AGENTES DETERIORADORES
Além da modificação da sua constituição anatómica, a madeira pode transformar-se pela
acção de agentes mecânicos como o impacto e o atrito, agentes físicos como o fogo, agentes
químicos como produtos ácidos alcalinos ou oxidantes, e em especial pelos agentes biológicos
denominados fungos, insectos xilófagos e animais marinhos, abaixo referidos.
Aglomerados de Madeira
97
6.3.1. - FUNGOS
Os fungos podem ser agrupados em mofos ou bolores (fungos superficiais),
manchadores e fungos xilófagos ou destruidores. A presença dos fungos superficiais e
manchadores não chega a comprometer o valor comercial da madeira, pois não costumam atingir
a sua parede celular. Já os fungos xilófagos são destruidores. Desde que disponham de substrato,
oxigénio, humidade e temperatura favoráveis, produzem filamentos denominados hifas, em cujas
extremidades se desenvolvem enzimas que atacam a parede celular, modificando seriamente a
sua resistência mecânica. Há dois tipos de fungos xilófagos que originam a destruição das
células, conhecidos por “podridão branca” e “podridão parda”. Os primeiros digerem a celulose e
decompõem a lignina, deixando a madeira ou qualquer outro seu derivado com aspecto
esbranquiçado.
FIGURA 55 – Imagem de madeira em desparasitação
6.3.2. – INSECTOS XILÓFAGOS
Os insectos furadores da madeira e derivados dividem-se em coleópteros, himenópteros
e isópteros. Os coleópteros (mais conhecidos por besouros) depositam os ovos na madeira, os
quais eclodem e viram larvas conhecidas por brocas, que se alimentam de celulose, deixando
como sinal um resíduo de pó fino. Os himenópteros correspondem às formigas carpinteiras, que
utilizam a madeira como habitação e não como alimentação, deixando túneis no interior da
Aglomerados de Madeira
98
madeira, pelo que fica imprestável. Os mais temíveis de todos os insectos são os cupins (existem
em toda a parte), um tipo de insecto social, conhecido na sua forma alada por aleluia ou siriri,
visto que, fecundado, reproduz-se com enorme facilidade. O siriri faz o seu voo nupcial, depois
perde as asas, penetra na madeira e cria nova colónia com cupins de três castas: reprodutores,
soldados e operários.
6.3.3. – XILÓFAGOS MARINHOS
Estes agentes biológicos enquadram-se na categoria dos moluscos e crustáceos, que
perfuram e destroem a madeira e derivados em contacto com a água salgada ou salubre. Os
moluscos e as suas larvas atacam a madeira submersa, fazendo pequenos buracos onde se
prendem os crustáceos. Não existe madeira que seja imune à incidência de xilófagos marinhos, e,
pelo que se sabe, só o óleo creosoto preserva eficazmente a madeira do ataque destes xilófagos.
6.4. – PRODUTOS DE MANUTENÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS
Embora esta tema não possa, para derivados de madeira, ser aplicado com a abrangência
que teria no caso de madeira natural, não deixa de ser apropriada a sua inclusão.
Um produto químico só poderá ser eficaz na manutenção das madeira e derivados se
apresentar as seguintes características:
• Características Essenciais – Ser tóxico aos organismo xilófagos como fungos e
insectos; não ser de utilização perigosa no momento do tratamento; ter efeito residual
alto na madeira, isto é, ser quimicamente estável e resistir a perdas por evaporação e/ou
lixiviação; não alterar negativamente as propriedades físicas e mecânicas da madeira e
apresentar custos razoáveis a fim de assegurar a competitividade da madeira preservada
em relação a outros materiais.
Aglomerados de Madeira
99
• Características Acessórias – Não conferir à madeira preservada toxidade em
relação ao Homem (condição imperativa); não aumentar a inflamabilidade e a
combustibilidade da madeira; não deixar odores persistentes na madeira nem alterar a
sua aparência natural, impossibilitando-a de receber o acabamento desejado.
É por isso que a escolha de um produto de manutenção se torna uma tarefa complicada,
visto que é muito difícil qualquer produto reunir todas as características mencionadas, porém, o
conhecimento da literatura disponível, a experiência e o bom senso são factores muito
importantes a considerar.
Os produtos de manutenção de madeira podem ser agrupados em três categorias:
• Oleosos - produtos essencialmente representados pelos derivados do alcatrão de
hulha, como por exêmplo o óleo creosoto, com uma acção longa e resistente.
• Oleossolúveis - produtos contendo misturas complexas de agentes fungicidas e
insecticidas, à base de compostos de natureza orgânica e/ou organometálicas.
• Hidrossolúveis - produtos contendo misturas mais ou menos complexas de sais
orgânicos metálicos e não metálicos, como por exêmplo o “Arseniato de Cobre
Cromado” (CCA) e o “Borato de Cobre Cromado” (CCB).
6.5. – PROCESSOS DE APLICAÇÃO
A aplicação dos produtos de manutenção das madeiras e derivados depende sempre das
condições de agressividade biológica a que está sujeito o material, podendo ser efectuada com
base nos seguintes processos:
Aglomerados de Madeira
100
6.5.1. – PROCESSO COM PRESSÃO (IMPREGNAÇÃO PROFUNDA)
Consiste na aplicação dos produtos de tratamento através da utilização de equipamentos
especiais (autoclaves), sob o efeito de vácuo e pressão, sendo um processo bastante complexo,
pelo que não será desenvolvido neste trabalho (muito embora seja o mais durável, eficiente e
recomendável).
6.5.2. – PROCESSO SEM PRESSÃO (IMPREGNAÇÃO SUPERFICIAL)
Refere-se à aplicação dos produtos de tratamento através de métodos caseiros, mais
simples e práticos, como o pincelamento, aspersão ou imersão do material, seja por absorção ou
por capilaridade, tal como se refere a seguir:
6.5.2.1. – POR ABSORÇÃO
O que ocorre quando a madeira a tratar está com baixo teor de humidade, praticamente
seca. Nessas condições, torna-se mais higroscópica e absorve a solução preservadora até ao ponto
de saturação.
Inicialmente a absorção é bastante rápida, diminuindo até atingir o equilíbrio.
Os principais factores que afectam a absorção são a humidade inicial da madeira – quanto
menor a humidade inicial da madeira, maior e melhor será a absorção da solução preservativa; a
natureza da madeira – espécie, idade, densidade, forma, relação cerne/alburno; dimensões das
peças – quanto maior o comprimento e diâmetro das peças, mais demorado é o tratamento; a
viscosidade da solução – quanto mais fluida a solução, mais rápida a absorção; a tensão
superficial – ela dificulta a penetração da solução preservadora; e a temperatura – quanto mais
elevada for, maior e mais rápida será a absorção.
Este método utiliza normalmente óleos contendo creosoto e alcatrão, sendo aplicado por:
Aglomerados de Madeira
101
• Pincelamento – consiste na pintura das peças a preservar, sendo porém um método
deficiente, visto que penetra pouco no material (cerca de 5mm de profundidade),
limitando-se o seu emprego à madeira não exposta à luz solar, sendo necessário 3 a 6
demãos, no mínimo espaçadas de 12 horas entre elas.
• Imersão rápida e imersão prolongada a frio – a solução deve ser colocada num
tanque ou tambor. É um banho frio e toda a madeira deve receber o produto. Na imersão
rápida a madeira permanece submersa por algumas horas. Já no método de imersão
prolongada, a madeira deve ficar submersa com auxílio de pedras ou pedaços de ferro,
permanecendo nessas condições por maior período de tempo, entre 2 a 15 dias.
Evidentemente, quanto maior o período de imersão, maior será a profundidade de
penetração do produto.
• Imersão em banho quente e frio – consiste em submeter a madeira a imersões
sucessivas e consecutivas, em produtos de manutenção quentes e frios, respectivamente.
As peças de madeira a tratar devem estar descascadas e com teor de humidade abaixo de
30%.
6.5.2.2. – POR CAPILARIDADE
Esse processo (mais conhecido por substituição de seiva) é empregado no tratamento de
peças roliças obtidas de árvores vivas (mourões) até 2,50 m de comprimento e diâmetro variável,
utilizando-se para tal produtos Hidrossolúveis em qualquer recipiente.
No caso de se utilizar tambores de 200 litros de capacidade, convém proteger sua parede
interna, pintando-a com Neutrol.
As soluções são preparadas nesses recipientes em concentrações recomendadas pelos
fabricantes (normalmente 3 a 5% de concentração), devendo o nível da solução inicialmente
Aglomerados de Madeira
102
preparada nunca ultrapassar 2/3 da altura do recipiente, por questões de funcionalidade e
segurança.
Para o tratamento, os mourões devem ter o topo cortado em bisel e a base de preferência
chanfrada. É importante saber que os mourões devem ser tratados ainda verdes, no máximo 24
horas após o abate da árvore, e descascados exactamente na hora de serem submetidos ao
tratamento, o qual deverá ser efectuado sempre em local aberto, ventilado e coberto, protegido do
sol, bem como as peças postas a secar.
Aglomerados de Madeira
103
CONCLUSÕES
O tema desenvolvido pelo autor tem subjacente um objectivo principal que é dar a
conhecer a importância dos derivados da madeira no contexto da indústria nacional do mobiliário
e da construção civil.
Apesar de o tema não se esgotar com este trabalho, procurou-se fundamentalmente
mostrar que os derivados da madeira têm uma ligação natural à floresta, o verdadeiro “berço” da
madeira como matéria-prima dos seus derivados, e que têm um percurso na sua fabricação todo
virado ao aproveitamento dos seus resíduos em geral, contribuindo assim de uma forma muito
significativa não só para a preservação do nosso meio ambiente, o que só por si já seria altamente
meritório, mas também para o desenvolvimento de um importante sector da economia nacional,
consubstanciado no fabrico, comercialização e exportação dos derivados da madeira.
Outra importante vertente, que se julga ter ficado bem vincada, é a diversidade de
vantagens que advém da transformação da madeira natural, procurando e conseguindo-se
melhorar substancialmente algumas das suas características menos meritórias, como:
Heterogeneidade das suas propriedades mecânicas em função da orientação das suas
fibras;
Grande sensibilidade à humidade, líquida e vapor, com variações dimensionais
significativas e empenamentos;
Defeitos próprios da sua génese como material orgânico;
Menor durabilidade para serem eventual alvo de insectos xilófagos, fungos e outras
pragas;
Aglomerados de Madeira
104
Alterabilidade em ambientes exteriores, nomeadamente em alternâncias de situações
de tempo seco e húmido, bem como à incidência da radiação solar;
Limitações das dimensões a que as peças de madeira serrada estão sujeitas,
porquanto condicionadas pelas da própria árvore de origem;
Baixo rendimento económico e de aproveitamento, atendendo à forma circular
própria do toro, inadequada em termos da geometria correntemente mais usada em
construção e mobiliário (paralelepípedo).
Hoje, a tendência em todo o mundo empresarial é competir de forma a tornar-se superior
ao seu concorrente mais directo, e isso consegue-se com a modernização e a automação dos
respectivos processos de fabrico, desde a origem da respectiva matéria-prima até à embalagem do
produto acabado. Ao apresentar neste trabalho as diversas variedades de derivados da madeira
que já se fabricam em Portugal, pretende-se também transmitir a ideia do bom gosto que anda
associado a todos os acabamentos e utilizações que se desenhem para este tipo de material, seja
na indústria construção civil, seja na do mobiliário.
Acresce o facto de se ter aprofundado com este trabalho vários conhecimentos sobre o
tema, tanto nos domínios da produção, transformação e exploração do produto final, como na
constatação do aumento do conforto e da qualidade dos empreendimentos onde os derivados da
madeira se aplicam já em larga escala, não esquecendo a importância da sua manutenção e
conservação, principalmente no que concerne à sua vertente prática.
Como forma de sistematizar e comparar os diversos tipos de derivados de madeira
apresentado, junta-se anexo com as suas principais características.
Fica porém o desafio para continuarmos interessados e atentos a todas as novidades de
fabrico e aplicação destes materiais, dado o progresso imparável das transformações tecnológicas
Aglomerados de Madeira
105
em curso, a par da inerente problemática ambiental, razão mais que suficiente para que o seu
estudo seja enriquecido com outras iniciativas e preocupações específicas.
Aglomerados de Madeira
106
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Aglomerados de Madeira
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http://www.amorim.pt/corticaindustria.html
Aglomerados de Madeira
111
ANEXOS
Aglomerados de Madeira
112
ANEXO I – Especificações comerciais dos principais tipos de aglomerados
Aglomerados de Madeira
113
A. AGLOMERADOS
Painel produzido à base de partículas de Pinho marítimo aglomeradas com resina ureia-formol sob acção de pressão e temperatura.
FOLHEADO - Nas várias espécies de madeira:
• Mogno • Tola • Pinho • Kambala • Castanho • Carvalho • Faia • Eucalipto • Outras sob consulta.
Aplicação: Indústria Mobiliário, Carpintaria, Interiores e Decoração.
REVESTIDO MELAMINA - Várias cores e imitação das madeiras.
Aplicação: Indústria de Mobiliário e Decoração de Interiores.
DIMENSÕES (correntes):
• 2440x1220 mm • 3660x1830 mm • 2500x1880 mm • 2750x1830 mm
Espessuras de 8 mm a 40 mm.
Aglomerados de Madeira
114
B. MDF
Painel de média densidade produzido à base de fibras de madeira aglomeradas com resina ureia-formol por processos a seco e acção de pressão e temperatura.
FOLHEADO - Nas várias espécies de madeira:
• Mogno • Tola • Pinho • Kambala • Castanho • Carvalho • Faia • Eucalipto • Outras sob consulta.
Aplicação: Indústria Mobiliário, Carpintaria, Interiores e Decoração.
REVESTIDO MELAMINA - Várias cores e imitação das madeiras.
Aplicação: Decoração de Interiores.
HIDRÓFUGO - Resistente à humidade.
DIMENSÕES (correntes):
• 2440x1830 mm • 2500x1850 mm • 2750x1830 mm
Espessuras de 2,5 mm a 60 mm.
Aglomerados de Madeira
115
C. PLATEX
Placas de fibras de madeira de alta densidade tipo S-1-S produzidas por via húmida a partir de 100% de materiais lignocelulósicos sem adição de reservas ou outro tipo de aditivos.
Aplicação: Indústria Mobiliário.
DIMENSÕES (correntes):
• 2750x1250 mm • 2440x1830 mm • 2750x1830 mm
Espessuras de 3,2 mm a 5 mm.
Aglomerados de Madeira
116
D. CONTRAPLACADOS
Placas formadas por folhas de madeira seleccionadas e colocadas com direcção de veio alternadamente cruzada, coladas com resina ureia-formol. As faces são de folha de madeira seleccionada e podem ser de diferentes espécies:
• Mogno • Tola • Pinho • Castanho • Carvalho • Eucalipto • Outras sob consulta.
Aplicações:
Contraplacados Decorativos e Desenrolados (em algumas espécies): Industria Mobiliário, Carpintarias e Interiores.
Contraplacados Marítimos (colado c/ resinas sintéticas altamente resistentes à humidade aos fungos e ao tempo): Indústria Naval, Carpintarias exterior.
Contraplacados Cofragem (revestido a filme fenólico): Construção Civil.
Contraplacados Anti-derrapantes (revestido a filme fenólico anti-derrapante): Carroçarias e indústria automóvel.
DIMENSÕES (correntes):
• 2500x1500 mm • 2500x1250 mm
Espessuras de 4 mm a 30 mm.
Aglomerados de Madeira
117
E. LAMELADOS
Painel de lamelas de madeira de baixa densidade coladas e revestidas nas diversas folhas de madeira listada ou desenrolada (em algumas espécies). Podem ser produzidos em diferentes espécies de madeira:
• Mogno • Tola • Pinho • Castanho • Carvalho • Eucalipto • Kambala • Outras sob consulta.
Aplicações: Carpintaria interior e Indústria de mobiliário.
DIMENSÕES (correntes):
• 2500x1250 mm
Espessuras de 16 mm a 30 mm.
Aglomerados de Madeira
118
F. TERMOLAMINADOS
Várias camadas de papel kraft impregnado com resinas termo-endurecíveis, ligadas entre si por acção do calor e pressão.
DIMENSÕES (correntes):
• 250x125 • 305x130 • 366x161 • 420x161
Espessuras de 0,65 mm a 30 mm.
Aplicações: Revestimentos de interiores, exteriores e decoração.
ABET LAMINATI (marca exemplo)
Séries para decoração e revestimentos:
• STANDARD - Para revestimento de interiores , com diferentes padrões.
• DECORI SERIGRAFIA - O cliente pode desenhar o seu próprio padrão de papel decorativo, o que torna este padrão exclusivo do cliente.
• DIAFOS - Termolaminados translúcido.
• POSTFORMING - Pode ser post-formado com curvas côncavas ou convexas, devido ao facto de suportar temperaturas ente os 160 e 220 ºC.
• METALLI - Termolaminado com superfície metálica.
• STRATICOLOR - Termolaminado compacto com várias camadas de papel Kraft colorido revestido nas duas faces com papel decorativo. Produz um excelente efeito visual.
• MEG - Usado para revestimentos de exteriores,
Aglomerados de Madeira
119
resistente ao tempo. • LIMIPHOS - Termolaminado verde Florescente.
Aglomerados de Madeira
120
ANEXO II – Especificações comerciais de alguns tipos de aglomerados
Aglomerados de Madeira
121
1. AGLOMERADO DE FIBRAS DE MADEIRA DE DENSIDADE MÉDIA (MDF) PARA UTILIZAÇÃO GERAL EM AMBIENTE SECO
ESPESSURAS (MM) TOLERÂNCIAS (MM) 2.5 3-4 5-6 7-9 10-12 13-19 20-30 MÉTODO
DE ENSAIO LARGURA/COMPRIMENTO (MM) GAMA +/-
2,0 +/- 2,0
+/- 2,0
+/- 2,0
+/- 2,0 +/- 2,0
+/- 2,0 EN 324-1
ESPESSURA (MM) GAMA +/- 0,2
+/- 0,2
+/- 0,2
+/- 0,2
+/- 0,2 +/- 0,2
+/- 0,3 EN 324-1
ESQUADRIA (MM/M) GAMA +/- 2,0
+/- 2,0
+/- 2,0
+/- 2,0
+/- 2,0 +/- 2,0
+/- 2,0 EN 324-2
RECTILINIDADE DOS BORDOS (MM/M)
GAMA +/- 1,5
+/- 1,5
+/- 1,5
+/- 1,5
+/- 1,5 +/- 1,5
+/- 1,5 EN 324-2
ESPESSURAS (MM) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS 2.5 3-4 5-6 7-9 10-12 13-19 20-30 MÉTODO
DE ENSAIO RESISTÊNCIA À TRACÇÃO (N/MM2) MÍNIMA 0,90 0,90 0,90 0,65 0,65 0,60 0,60 EN 319 INCHAMENTO (24 H) (%)
MÁXIMO 45 35 30 15 12 10 8 EN 317
RESISTÊNCIA À FLEXÃO (N/MM2)
MÍNIMA 30 30 30 30 30 28 25 EN 310
MÓDULO DE ELASTICIDADE (N/MM2)
MÍNIMO N.A. N.A. 2700 2700 2500 2200 2100 EN 310
TEROR DE HUMIDADE (%)
GAMA 4 A 11
4 A 11
4 A 11
4 A 11
4 A 11 4 A 11
4 A 11
EN 322
VARIAÇÃO DE DENSIDADE (%)
NA MESMA PLACA
+/- 7 +/- 7 +/- 7 +/- 7 +/- 7 +/- 7 +/- 7 EN 323
TEOR DE FORMALDAÍDO (MG/100G)
MÁXIMO 40 40 40 40 40 40 40 EN 120
ESPESSURAS (MM) OUTRAS CARACTERÍSTICAS E TOLERÂNCIAS 2.5 3-4 5-6 7-9 10-12 13-19 20-30 MÉTODO
DE ENSAIO
DENSIDADE (KG/M3) GAMA 860 +/- 30
860 +/- 30
820 +/- 30
780 +/- 30
770 +/- 30
750 +/- 30
720 +/- 30
EN 323
MÍNIMA FACE N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. 1000 1000 EN 320 RESISTÊNCIA AO ARRANQUE DE PARAFUSO (N)
MÍNIMO TOPO N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. 800. 750
RESISTÊNCIA DA CAMADA EXTERNA (N/MM2)
MÍNIMO 1200 1200 1200 1200 1200 1200 1200 EN 311
MÁX. EM COMPRIMENTO
0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,40 0,40 EN 318 VARIAÇÃO DIMENSIONAL (%)
MÁX. ESPESSURA
15 15 15 12 10 8 150
ABSORÇÃO SUPERFICIAL (MM)
MÍNIMO NAS DUAS FACES
150 150 150 150 150 150 6 EN 382 – 1
TEOR DE SÍLICA (%) 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 ISO – 3340
TEOR DE FORMALDEÍDO – A PEDIDO ESTE PRODUTO PODE SER FORNECIDO COM BAIXO TEOR DE FORMALDEÍDO CLASSE A. OUTR A S CA RACTER ÍSTICAS E TOLERÂNCIAS – IN FOR MAÇÃ O S O B R E O U T R A S C A R A C T ER Í S T IC AS S E R Á F O R N E C I D A A P E D I D O .
Aglomerados de Madeira
122
2. AGLOMERADO DE FIBRAS DE MADEIRA DE DENSIDADE MÉDIA (MDF) PARA PAVIMENTOS
ESPESSURAS (MM) TOLERÂNCIAS (MM) 6 7 E 8 MÉTODO DE
ENSAIO ESPESSURA (MM) GAMA +/- 0,2 +/- 0,2 EN 324-1 COMPRIMENTO/LARGURA (MM) GAMA +/- 2,0 +/- 2,0 EN 324-1 ESQUADRIA (MM/M) GAMA +/- 2,0 +/- 2,0 EN 324-2 RECTILINIDADE DOS BORDOS (MM/M) GAMA +/- 1,5 +/- 1,5 EN 324-2
ESPESSURAS (MM) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS 6 7 E 8 MÉTODO DE
ENSAIO RESISTÊNCIA À TRACÇÃO (N/MM2) MÍNIMA 1,7 1,7 EN 319 INCHAMENTO (24 H) (%)
MÁXIMO 25 15 EN 317
RESISTÊNCIA À FLEXÃO (N/MM2)
MÍNIMA 50 50 EN 310
MÓDULO DE ELASTICIDADE (N/MM2)
MÍNIMO 4000 4000 EN 310
TEOR DE HUMIDADE (%)
GAMA 4 A 11 4 A 11 EN 322
VARIAÇÃO DE DENSIDADE (%)
NA MESMA PLACA
+/- 7 +/- 7 EN 323
TEOR DE FORMALDAÍDO (MG/100G)
MÁXIMO 40 40 EN 120
ESPESSURAS (MM) OUTRAS CARACTERÍSTICAS E TOLERÂNCIAS 6 7 E 8 MÉTODO DE
ENSAIO DENSIDADE (KG/M3) GAMA 880 +/- 30 880 +/- 30 EN 323 TEOR CE SÍLICA (%)
MÁXIMO 0,05 0,05 ISSO 3340
TEOR DE FORMALDEÍDO – A PEDIDO DEST PRODUTO PODE SER FORNECIDO COM BAIXO TEOR DE FORMALDEÍDO CLASSE A. OUTR A S CA RACTER ÍSTICAS E TOLERÂNCIAS – IN FOR MAÇÃ O S O B R E O U T R A S C A R A C T ER Í S T IC AS S E R Á F O R N E C I D A A P E D I D O .
Aglomerados de Madeira
123
3. AGLOMERADO DE FIBRAS DE MADEIRA DE DENSIDADE MÉDIA (MDF) LEVE, PARA USOS GERAIS
ESPESSURAS (MM) TOLERÂNCIAS (MM) 12 16-19 22 MÉTODO DE
ENSAIO ESPESSURA (MM) GAMA +/- 0,2 +/- 0,2 +/- 0,2 EN 324-1 COMPRIMENTO/LARGURA (MM) GAMA +/- 2,0 +/- 2,0 +/- 2,0 EN 324-1 ESQUADRIA (MM/M) GAMA +/- 2,0 +/- 2,0 +/- 2,0 EN 324-2 RECTILINIDADE DOS BORDOS (MM/M) GAMA +/- 1,5 +/- 1,5 +/- 1,5 EN 324-2
ESPESSURAS (MM) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS 12 16-19 22 MÉTODO DE
ENSAIO RESISTÊNCIA À TRACÇÃO (N/MM2) MÍNIMA 0,65 0,60 0,60 EN 319 INCHAMENTO (24 H) (%)
MÁXIMO 16 13 11 EN 317
RESISTÊNCIA À FLEXÃO (N/MM2)
MÍNIMA 30 28 25 EN 310
MÓDULO DE ELASTICIDADE (N/MM2)
MÍNIMO 2200 2200 2200 EN 310
TEOR DE HUMIDADE (%)
GAMA 4 A 11 4 A 11 4 A 11 EN 322
VARIAÇÃO DE DENSIDADE (%)
NA MESMA PLACA
+/- 7 +/- 7 +/- 7 EN 323
TEOR DE FORMALDAÍDO (MG/100G)
MÁXIMO 40 40 40 EN 120
ESPESSURAS (MM) OUTRAS CARACTERÍSTICAS E TOLERÂNCIAS 12 16-19 22 MÉTODO DE
ENSAIO DENSIDADE (KG/M3) GAMA 610 +/- 30 610 +/- 30 610 +/- 30 EN 323 TEOR DE SÍLICA (%) MÁXIMO 0,05 0,05 0,05 ISO - 3340 TEOR DE FORMALDEÍDO – A PEDIDO DEST PRODUTO PODE SER FORNECIDO COM BAIXO TEOR DE FORMALDEÍDO CLASSE A. OUTR A S CA RACTER ÍSTICAS E TOLERÂNCIAS – IN FOR MAÇÃ O S O B R E O U T R A S C A R A C T ER Í S T IC AS S E R Á F O R N E C I D A A P E D I D O .
Aglomerados de Madeira
124
4. AGLOMERADO DE FIBRAS DE MADEIRA DE DENSIDADE MÉDIA (MDF) PARA UTILIZAÇÃO GERAL EM AMBIENTES OCASIONALMENTE HÚMIDOS
ESPESSURAS (MM) TOLERÂNCIAS (MM)
12 13-19 20-30 MÉTODO DE ENSAIO
LARGURA/COMPRIMENTO (MM) GAMA
+/- 2,0 +/- 2,0 +/- 2,0 EN 324-1
ESPESSURA (MM) GAMA +/- 0,2 +/- 0,2 +/- 0,2 EN 324-1 ESQUADRIA (MM/M) GAMA +/- 2,0 +/- 2,0 +/- 2,0 EN 324-2 RECTILINIDADE DOS BORDOS (MM/M) GAMA +/- 1,5 +/- 1,5 +/- 1,5 EN 324-2
ESPESSURAS (MM) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS 12 13-19 20-30 MÉTODO DE
ENSAIO RESISTÊNCIA À TRACÇÃO (N/MM2) MÍNIMA 1,00 0,90 0,90 EN 319 INCHAMENTO (24 H) (%)
MÁXIMO 7 7 6 EN 317
RESISTÊNCIA À TRACÇÃO – TESTE CÍCLICO (N/MM2)
MÍNIMA 0,25 0,20 0,15 EN 321
INCHAMENTO – TESTE CÍCLICO (%)
MÁXIMO 16 15 15 EN 321
RESISTÊNCIA À FLEXÃO (N/MM2)
MÍNIMO 37 32 30 EN 310
MÓDULO DE ELASTICIDADE (N/MM2)
MÍNIMO 2700 2700 2200 EN 310
TEOR DE HUMIDADE (%)
GAMA 4 A 11 4 A 11 4 A 11 EN 322
VARIAÇÃO DE DENSIDADE (%)
NA MESMA PLACA
+/ - 7 +/ - 7 +/ - 7 EN 323
TEOR DE FORMALDAÍDO (MG/100G)
MÁXIMO 40 40 40 EN 120
ESPESSURAS (MM) OUTRAS CARACTERÍSTICAS E TOLERÂNCIAS
12 13-19 20-30 MÉTODO DE ENSAIO
DENSIDADE (KG/M3) GAMA 770 +/ - 30 800 +/ - 30 730 +/ - 30 EN 323 MÍNIMA FACE N.A. 1000 1000 RESISTÊNCIA AO ARRANQUE DE
PARAFUSO (N)
MÍNIMO TOPO N.A. 800 750 EN 320
RESISTÊNCIA DA CAMADA EXTERNA (N/MM/2)
MÍNIMO 1200 1200 1200 EN 311
MÁXIMO EM COMPRIMENTO
0.40 0.40 0.30 VARIAÇÃO DIMENSIONAL (%)
MÁXIMO EM ESPESSURA
6.0 6.0 5.0
EN 318
ABSORÇÃO SUPERFICIAL (MM)
MÁXIMO NAS DUAS FACES
150 150 150 EN 382-1
TEOR DE SÍLICA (%) MÁXIMO 0,05 0,05 0,05 ISO - 3340 TEOR DE FORMALDEÍDO – A PEDIDO DEST PRODUTO PODE SER FORNECIDO COM BAIXO TEOR DE FORMALDEÍDO CLASSE A. OUTR A S CA RACTER ÍSTICAS E TOLERÂNCIAS – IN FOR MAÇÃ O S O B R E O U T R A S C A R A C T ER Í S T IC AS S E R Á F O R N E C I D A A P ED I D O .
Aglomerados de Madeira
125
5. AGLOMERADO DE FIBRAS DE MADEIRA DE DENSIDADE MÉDIA (MDF) PARA LACAGEM
ESPESSURAS (MM) TOLERÂNCIAS (MM) 12 16-19 22 MÉTODO DE
ENSAIO LARGURA/COMPRIMENTO (MM) GAMA +/- 2,0 +/- 2,0 +/- 2,0 EN 324-1 ESPESSURA (MM) GAMA +/- 0,2 +/- 0,2 +/- 0,3 EN 324-1 ESQUADRIA (MM/M) GAMA +/- 2,0 +/- 2,0 +/- 2,0 EN 324-2 RECTILINIDADE DOS BORDOS (MM/M) GAMA +/- 1,5 +/- 1,5 +/- 1,5 EN 324-2
ESPESSURAS (MM) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS 12 16-19 22 MÉTODO DE
ENSAIO RESISTÊNCIA À TRACÇÃO (N/MM2) MÍNIMA 1,05 1,00 1,00 EN 319 INCHAMENTO (24 H) (%)
MÁXIMO 12 10 9 EN 317
RESISTÊNCIA À FLEXÃO (N/MM2)
MÍNIMA 30 28 25 EN 310
MÓDULO DE ELASTICIDADE (N/MM2)
MÍNIMO 2500 20700 2000 EN 310
TEOR DE HUMIDADE (%)
GAMA 4 A 11 4 A 11 4 A 11 EN 322
VARIAÇÃO DE DENSIDADE (%)
NA MESMA PLACA
+/ - 7 +/ - 7 +/ - 7 EN 323
TEOR DE FORMALDAÍDO (MG/100G)
MÁXIMO 40 40 40 EN 120
ESPESSURAS (MM) OUTRAS CARACTERÍSTICAS E TOLERÂNCIAS 12 16-19 22 MÉTODO DE
ENSAIO DENSIDADE (KG/M3) GAMA 770 +/ - 30 800 +/ - 30 720 +/ - 30 EN 323
MÍNIMA FACE N.A. 1000 1000 RESISTÊNCIA AO ARRANQUE DE PARAFUSO (N)
MÍNIMO TOPO N.A. 850 800 EN 320
RESISTÊNCIA DA CAMADA EXTERNA (N/MM/2)
MÍNIMO 1200 1200 1200 EN 311
MÁXIMO EM COMPRIMENTO
0.40 0.40 0.30 VARIAÇÃO DIMENSIONAL (%)
MÁXIMO EM ESPESSURA
7 6 5
EN 318
ABSORÇÃO SUPERFICIAL (MM)
MÁXIMO NAS DUAS FACES
180 180 180 EN 382-1
TEOR DE SÍLICA (%) MÁXIMO 0,05 0,05 0,05 ISO - 3340 TEOR DE FORMALDEÍDO – A PEDIDO ESTE PRODUTO PODE SER FORNECIDO COM BAIXO TEOR DE FORMALDEÍDO CLASSE A. OUTR A S CA RACTER ÍSTICAS E TOLERÂNCIAS – IN FOR MAÇÃ O S O B R E O U T R A S C A R A C T ER Í S T IC AS S E R Á F O R N E C I D A A P E D I D O .
Aglomerados de Madeira
126
6. AGLOMERADO DE FIBRAS DE MADEIRA DE DENSIDADE MÉDIA (MDF) MOLDÁVEL
ESPESSURAS (MM) TOLERÂNCIAS (MM) 8-10 MÉTODO DE ENSAIO
LARGURA (MM) MÁXIMO 5 EN 324-1 COMPRIMENTO (MM) MÁXIMO +/- 2 EN 324-1 ESPESSURA (MM) GAMA +/- 0,2 EN 324-1 ESQUADRIA (MM/M) GAMA +/- 2 EN 324-2 RECTILINIDADE DOS BORDOS (MM/M) GAMA +/- 1,5 EN 324-2
ESPESSURAS (MM) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS 8-10 MÉTODO DE ENSAIO
RESISTÊNCIA À TRACÇÃO (N/MM2) MÍNIMO 0.785 EN 319 INCHAMENTO (24 H) (%)
MÁXIMO 15* EN 317
RESISTÊNCIA À FLEXÃO (N/MM2)
MÍNIMO N.A. EN 310
MÓDULO DE ELASTICIDADE (N/MM2)
MÍNIMO N.A. EN 310
TEOR DE HUMIDADE (%)
GAMA 4 A 11 EN 322
VARIAÇÃO DA DENSIDADE (%)
GAMA +/ - 30
TEOR DE FORMALDAÍDO (MG/100G)
MÁXIMO (MÉDIA ANUAL)
6.5 EN 120
* VALOR PARA PLACA NÃO ACABADA
ESPESSURAS (MM) OUTRAS CARACTERÍSTICAS E TOLERÂNCIAS 8-10 MÉTODO DE
ENSAIO DENSIDADE (KG/M3) MÉDIA 770 EN 323
N.A. RESISTÊNCIA AO ARRANQUE DE PARAFUSO (N) N.A.
EN 320
RESISTÊNCIA DA CAMADA EXTERNA (N/MM/2) N.A EN 311 N.A VARIAÇÃO DIMENSIONAL
(%) N.A EN 318
ABSORÇÃO SUPERFICIAL (MM)
N.A EN 382-1
TEOR DE SÍLICA (%) MÁXIMO 0,05 ISO – 3340 TEOR DE FORMALDEÍDO – A PEDIDO ESTE PRODUTO PODE SER FORNECIDO COM BAIXO TEOR DE FORMALDEÍDO CLASSE A.
OUTRAS CARACTERÍSTICAS E TOLERÂNCIAS – INFORMAÇÃO SOBRE OUTRAS CARACTERÍSTICAS SERÁ FORNECIDA A PEDIDO.
Aglomerados de Madeira
127
7. AGLOMERADO DE PARTÍCULAS DE MADEIRA PARA APLICAÇÕES INTERIORES, NOMEDAMENTE MOBILIÁRIO, PARA UTILIZAÇÃO EM
CONDIÇÕES SECAS
ESPESSURAS (MM) TOLERÂNCIAS (MM) 8-13 15-19 22-25 28-32 35 MÉTODO DE
ENSAIO LARGURA (MM) GAMA +/- 5 +/- 5 +/- 5 +/- 5 +/- 5 EN 324-1 COMPRIMENTO (MM) GAMA +/- 5 +/- 5 +/- 5 +/- 5 +/- 5 EN 324-1 ESPESSURA (MM) GAMA +/- 0,3 +/- 0,3 +/- 0,3 +/- 0,3 +/- 0,3 EN 324-1 ESQUADRIA (MM/M) GAMA 2 2 2 2 2 EN 324-2 RECTILINIDADE DOS BORDOS (MM/M) GAMA 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 EN 324-2
ESPESSURAS (MM) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS 8-13 15-19 22-25 28-32 35 MÉTODO DE
ENSAIO RESISTÊNCIA À FLEXÃO (N/MM2)
MÍNIMA 14.0 13.0 12.5 12.0 11.0 EN 310
MÓDULO DE ELASTICIDADE (N/MM2)
MÍNIMO 1800 1600 1500 1350 1200 EN 310
RESISTÊNCIA À TRACÇÃO (N/MM2)
MÍNIMA 0.40 0.38 0.35 0.27 0.25 EN 319
RESISTÊNCIA DA CAMADA EXTERNA (N/MM2)
MÍNIMO 0.8 0.8 0.8 0.8 0.8 EN 311
TEOR DE HUMIDADE (%)
GAMA NA MESMA PLACA
5 A 13 5 A 13 5 A 13 5 A 13 5 A 13 EN 322
MÁXIMO 10 10 10 10 10 EN 120 TEOR DE FORMALDAÍDO (MG/100G) MÁXIMO
CLASSE 1 8 8 8 8 8 EN 120
OUTRAS CARACTERÍSTICAS E TOLERÂNCIAS – INFORMAÇÃO SOBRE OUTRAS CARACTERÍSTICAS SERÁ FORNECIDA A PEDIDO. TEOR DE FORMALDEÍDO (CLASSE 1) – A PEDIDO ESTE PRODUTO PODE SER FORNECIDO COM BAIXO TEOR DE FORMALDEÍDO CLASSE 1.
Aglomerados de Madeira
128
8. AGLOMERADO DE PARTÍCULAS DE MADEIRA COMPACTO PARA APLICAÇÕES INTERIORES DE SOFT E POSTFORMING E USO EM CONDIÇÕES
SECAS
ESPESSURAS (MM) TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS (MM) 10-12 13-20 21-25 26-30
LARGURA (MM) GAMA +/- 5 +/- 5 +/- 5 +/- 5 COMPRIMENTO (MM) GAMA +/- 5 +/- 5 +/- 5 +/- 5 ESPESSURA (MM) GAMA +/- 0,3 +/- 0,3 +/- 0,3 +/- 0,3
ESPESSURAS (MM) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS 10-12 13-20 21-25 26-30
RESISTÊNCIA À TRACÇÃO (N/MM2)
MÍNIMA 0.65 0.65 0.65 0.65
LINCHAMENTO MÁXIMO 4 4 4 4 RESISTÊNCIA À FLEXÃO (N/MM2) MÍNIMA 20 20 18 18 DENSIDADE (KG/M3) MÉDIA 720 720 700 660 TEOR DE HUMIDADE (%)
GAMA 5 A 13 5 A 13 5 A 13 5 A 13
TEOR DE FORMALDAÍDO (MG/100G)
MÁXIMO 20 20 20 20
ESPESSURAS (MM) PROPRIEDADES E TOLERÂNCIAS ADICIONAIS 10-12 13-20 21-25 26-30
ESQUADRIA (MM)
MÁXIMO 2 2 2 2
Aglomerados de Madeira
129
9. AGLOMERADO DE PARTÍCULAS DE MADEIRA COMPACTO PARA APLICAÇÕES INTERIORES, INCLUINDO MOBILIÁRIO, PARA UTILIZAÇÃO EM
CONDIÇÕES OCASIONALMENTE HÚMIDAS
ESPESSURAS (MM) TOLERÂNCIAS 8-13 15-19 22-25 28-32 MÉTODO DE
ENSAIO LARGURA (MM) GAMA +/- 5 +/- 5 +/- 5 +/- 5 EN 324-1 COMPRIMENTO (MM) GAMA +/- 5 +/- 5 +/- 5 +/- 5 EN 324-1 ESPESSURA (MM) GAMA +/- 0,3 +/- 0,3 +/- 0,3 +/- 0,3 EN 324-1 ESQUADRIA (MM/M)
MÁXIMO 2 2 2 2 EN 324-2
RECTILINIDADE DOS BORDOS (MM/M)
MÁXIMO 1.5 1.5 1.5 1.5 EN 324-2
ESPESSURAS (MM) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS 8-13 15-19 22-25 28-32 MÉTODO DE
ENSAIO RESISTÊNCIA À FLEXÃO (N/MM2)
MÁXIMA 19.0 18.0 16.0 14.0 EN 310
MÓDULO DE ELASTICIDADE (N/MM2)
MÍNIMO 2550 2400 2150 1900 EN 310
MÍNIMO 0.50 0.50 0.45 0.40 EN 319 RESISTÊNCIA À TRACÇÃO (N/MM2) APÓS TESTE
CÍCLICO 0.25 0.25 0.20 0.15 EN 321
MÁXIMO 7 6 6 6 EN 317 LINCHAMENTO (%) APÓS TESTE
CÍCLICO 11 11 10 10 EN 321
TEOR DE HUMIDADE (%)
GAMA 5 A 13 5 A 13 5 A 13 5 A 13 EN 322
TEOR DE FORMALDAÍDO (MG/100G)
MÁXIMO 30 30 30 30 EN 120
OUTRAS CARACTERÍSTICAS E TOLERÂNCIAS – INFORMAÇÃO SOBRE OUTRAS CARACTERÍSTICAS SERÁ FORNECIDA A PEDIDO.
Aglomerados de Madeira
130
10. LAMINADO STANDARD PARA UTILIZAÇÃO GERAL EM APLICAÇÕES HORIZONTAIS
1. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS CARACTERÍSTICA ESPESSURA (MM)
PROPRIEDADE UNIDADE ESPECIFICAÇÃO 0,6 – 0,8 – 1,0
1.2
DIMENSÕES LARGURA E COMPRIMENTO
MM -0 / +10
ESPESSURA MM +/- 0,10 +/- 0,15 RECTILINIDADE DOS BORDOS
MM MÁXIMO DESVIO 1,5 MM/M
ESQUADRIA MM MÁXIMO DESVIO 1,5 MM/M
EMPENO MM MÁXIMO DESVIO 60 MM/M
2. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS CARACTERÍSTICA PROPRIEDADE UNIDADE ESPECIFICAÇÃO RESISTÊNCIA AO IMPACTO (ESFERA DE PEQUENO DIÂMETRO)
FORÇA N >/=20
RESISTÊNCIA AO IMPACTO (ESFERA DE GRANDE DIÂMETRO)
ALTURA DIÂMETRO DA MARCA
MM MM
>/=1.000 </=10
ESTABILIDADE DIMENSIONAL A TEMPERATURA ELEVADA
SOMATÓRIO DA VARIAÇÃO DIMENSIONAL
% LONGITUDINAL TRANSVERSAL
</=0.55 </=1.05
DENSIDADE DENSIDADE G / CM3 >/=1.35 3. CARACTERÍSTICAS DA SUPERFÍCIE CARACTERÍSTICA PROPRIEDADE UNIDADE ESPECIFICAÇÃO RESISTÊNCIA À ABRASÃO RESISTÊNCIA À
ABRASÃO N.º DE VOLTAS PONTO INICIAL – IP
ABRASÃO MÉDIA >150 >350
RESISTÊNCIA AO RISCO FORÇA N </=2 RESISTÊNCIA À IMERSÃO EM ÁGUA EM EBULIÇÃO
ASPECTO GRAU ACABAMENTO BRILHANTE OUTROS ACABAMENTOS
>/=3 >/=4
RESIST~ENCIA AO CALOR SECO (180º)
ASPECTO GRAU ACABAMENTO BRILHANTE OUTROS ACABAMENTOS
>/=3 >/=4
RESISTÊNCIA AO VAPOR DE ÁGUA
ASPECTO GRAU ACABAMENTO BRILHANTE OUTROS ACABAMENTOS
>/=3 >/=4
RESISTÊNCIAS ÀS MANCHAS
ASPECTO GRAU GRUPOS 1 & 2 GRUPOS 3 & 4
>/=3 >/=4
RESISTÊNCIA À LUZ ARTIFICIAL (ARCO DE XENON)
CONTRASTE ESCALA DE CINZAS ESCALA DE CINZAS
>6 >4
RESISTÊNCIA AO CIGARRO
ASPECTO GRAU >/=3
RESISTÊNCIA À FISSURAÇÃO
ASPECTO GRAU >/=4
TO DA S A S C A RA C T E R Í ST I C A S S Ã O A NAL I S A D A S D E A C O R D O CO M O S M É T O D O S DE E N S A I O E N 4 3 8 - 2 : 1 9 1 , E X C E P T O A D EN S I DA DE – ISO 11 83 .
Aglomerados de Madeira
131
11. LAMINADO “POST-FORMÁVEL” PARA UTILIZAÇÃO GERAL EM APLICAÇÕES HORIZONTAIS
1. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS CARACTERÍSTICA ESPESSURA (MM)
PROPRIEDADE UNIDADE ESPECIFICAÇÃO
DIMENSÕES LARGURA E COMPRIMENTO
MM -0 / +10
ESPESSURA MM +/- 0,10 +/- 0,15 RECTILINIDADE DOS BORDOS
MM MÁXIMO DESVIO 1,5 MM/M
ESQUADRIA MM MÁXIMO DESVIO 1,5 MM/M
EMPENO MM MÁXIMO DESVIO 60 MM/M
2. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS CARACTERÍSTICA PROPRIEDADE UNIDADE ESPECIFICAÇÃO RESISTÊNCIA AO IMPACTO (ESFERA DE PEQUENO DIÂMETRO)
FORÇA N >/=20
RESISTÊNCIA AO IMPACTO (ESFERA DE GRANDE DIÂMETRO)
ALTURA DIÂMETRO DA MARCA
MM MM
>/=1,000 </=10
ESTABILIDADE DIMENSIONAL A TEMPERATURA ELEVADA
SOMATÓRIO DA VARIAÇÃO DIMENSIONAL
% LONGITUDINAL TRANSVERSAL
</=0.55 </=1.05
FORMABILIDADE RAIO MM ESPESSURA <0,8 ESPESSURA >0,8
>/=10 >/=15
RESISTÊNCIA ÀS BORBULHAS
TEMPO DE FORMAÇÃO DE BOLHAS
SEG >/= 1,35 >/=10 >/=15
DENSIDADE DENSIDADE G / CM3 >/=1,35 3. CARACTERÍSTICAS DA SUPERFÍCIE CARACTERÍSTICA PROPRIEDADE UNIDADE ESPECIFICAÇÃO RESISTÊNCIA À ABRASÃO RESISTÊNCIA À
ABRASÃO N.º DE VOLTAS PONTO INICIAL – IP
ABRASÃO MÉDIA >150 >350
RESISTÊNCIA AO RISCO FORÇA N >/=2 RESISTÊNCIA À IMERSÃO EM ÁGUA EM EBULIÇÃO
ASPECTO GRAU ACABAMENTO BRILHANTE OUTROS ACABAMENTOS
>/=3 >/=4
RESIST~ENCIA AO CALOR SECO (180º)
ASPECTO GRAU ACABAMENTO BRILHANTE OUTROS ACABAMENTOS
>/=3 >/=4
RESISTÊNCIA AO VAPOR DE ÁGUA
ASPECTO GRAU ACABAMENTO BRILHANTE OUTROS ACABAMENTOS
>/=3 >/=4
RESISTÊNCIAS ÀS MANCHAS
ASPECTO GRAU GRUPOS 1 & 2 GRUPOS 3 & 4
>/=5 >/=4
RESISTÊNCIA À LUZ ARTIFICIAL (ARCO DE XENON)
CONTRASTE ESCALA DE CINZAS ESCALA DE CINZAS
>6 >4
RESISTÊNCIA AO CIGARRO
ASPECTO GRAU >/=3
RESISTÊNCIA À FISSURAÇÃO
ASPECTO GRAU >/=4
TODAS AS CARACTERÍSTICAS SÃO ANALISADAS DE ACORDO COM OS MÉTODOS DE ENSAIO EN438-2:191, EXCEPTO A DENSIDADE – ISO1183.
Aglomerados de Madeira
132
12. LAMINADO COM SUPERFÍCIE METÁLICA 1. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS CARACTERÍSTICA ESPESSURA (MM)
PROPRIEDADE UNIDADE ESPECIFICAÇÃO
1.4
DIMENSÕES LARGURA E COMPRIMENTO
MM -0 / +10
ESPESSURA MM +/- 0,10 +/- 0,15 RECTILINIDADE DOS BORDOS
MM MÁXIMO DESVIO 1,5 MM/M
ESQUADRIA MM MÁXIMO DESVIO 1,5 MM/M
EMPENO MM MÁXIMO DESVIO 60 MM/M
2. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS CARACTERÍSTICA PROPRIEDADE UNIDADE ESPECIFICAÇÃO RESISTÊNCIA AO IMPACTO (ESFERA DE PEQUENO DIÂMETRO)
FORÇA N >/=30
ESTABILIDADE DIMENSIONAL A TEMPERATURA ELEVADA
SOMATÓRIO DA VARIAÇÃO DIMENSIONAL
% LONGITUDINAL TRANSVERSAL
</=0,55 </=1,05
DENSIDADE DENSIDADE G / CM3 >/=1,35 3. CARACTERÍSTICAS DA SUPERFÍCIE CARACTERÍSTICA PROPRIEDADE UNIDADE ESPECIFICAÇÃO RESISTÊNCIA À IMERSÃO EM ÁGUA EM EBULIÇÃO
ASPECTO GRAU >/=4
RESIST~ENCIA AO CALOR SECO (180º)
ASPECTO GRAU >/=4
RESISTÊNCIA AO VAPOR DE ÁGUA
ASPECTO GRAU >/=4
RESISTÊNCIAS ÀS MANCHAS
ASPECTO GRAU GRUPOS 1 & 2 GRUPOS 3 & 4
>/=5 >/=4
RESISTÊNCIA AO CIGARRO
ASPECTO GRAU >/=3
TO DA S A S C A RA C T E R Í ST I C A S S Ã O A NAL I S A D A S D E A C O R D O CO M O S M É T O DO S D E E N S A I O E N 43 8 -2 :1 9 1 , E X C E P T O A D EN S I DA D E – ISO 11 83 .
Aglomerados de Madeira
133
13. LAMINADO PARA PAVIMENTOS 1. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS CARACTERÍSTICA ESPESSURA (MM)
PROPRIEDADE UNIDADE ESPECIFICAÇÃO
DIMENSÕES LARGURA E COMPRIMENTO
MM -0 / +10
ESPESSURA MM RECTILINIDADE DOS BORDOS
MM MÁXIMO DESVIO 1,5 MM/M
ESQUADRIA MM MÁXIMO DESVIO 1,5 MM/M EMPENO MM MÁXIMO DESVIO 60 MM/M 2. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS CARACTERÍSTICA ESPESSURA (MM)
PROPRIEDADE UNIDADE ESPECIFICAÇÃO 0,5
OUTRAS
RESISTÊNCIA AO IMPACTO (ESFERA DE PEQUENO DIÂMETRO)
FORÇA N >/=30
RESISTÊNCIA AO IMPACTO (ESFERA DE GRANDE DIÂMETRO)
ALTURA DIÂMETRO DA MARCA
MM MM
>/=1,600 </=10
ESTABILIDADE DIMENSIONAL A TEMPERATURA ELEVADA
SOMATÓRIO DA VARIAÇÃO DIMENSIONAL
% LONGITUDINAL TRANSVERSAL
</=0,65 </=1,15
DENSIDADE DENSIDADE G / CM3 >/=1,35
3. CARACTERÍSTICAS DA SUPERFÍCIE
ESPECIFICAÇÃO W3 W4 W5
CARACTERÍSTICA (CLASSES DE ABRASÃO) (CLASSES DE UTILIZAÇÃO – EN 685)
PROPRIEDADE UNIDADE
23 31 32 33
RESISTÊNCIA À ABRASÃO PONTO INICIAL – IP
RESISTÊNCIA À ABRSÃO
N.º DE VOLTAS >6000 >10.000 >15.000
RESISTÊNCIA AO RISCO FORÇA N >/=3 RESISTÊNCIA AO CALOR SECO (180º)
ASPECTO GRAU >/=4
RESISTÊNCIA AO VAPOR DE ÁGUA
ASPECTO GRAU >/=4
RESISTÊNCIAS ÀS MANCHAS
ASPECTO GRAU GRUPOS 1 & 2 GRUPOS 3 & 4
>/=5 >/=3
RESISTÊNCIA À LIZ ARTIFICIAL (ARCO DE XENON)
CONTRASTE ESCALA DE CINZAS ESCALA DE CINZAS
>6 >4
RESISTÊNCIA AO CIGARRO
ASPECTO GRAU >/=3
* O L AM I N A DO É E N C O L A D O C O M P VA C E M M D F D E E S P E S S U R A 6 + / - 0 .3 M M E D E N S IDA D E 8 5 0 +/ -5 0 K G / M3 , DE A C O RD O C OM A N OR MA E N 31 6 . TODAS AS CARACTERÍSTICAS SÃO ANALISADAS DE ACORDO COM OS MÉTODOS DE ENSAIO EN 438-2:191, EXCEPTO A DENSIDADE – ISO 1183.
Aglomerados de Madeira
134
14. ISOPLY DESCRIÇÃO DEFINIÇÃO: ISOPLY É UM PAINEL À BASE DE MADEIRAS RESINOSAS, CONSTITUÍDO POR LAMELAS FINAS, COMPRIDAS E ORIENTADAS. PERTENCE À FAMÍLIA DO OSB (ORIENTED STRAND BOARD), TIPO 2. APRESENTAÇÃO: ISOPLY PAINEL DE FORMATO SIMPLES ISOPLY RL 2 TOPOS: PAINEL COM ENCAIXES DE MACHO E FÊMEA. ISOPLY RL 4 TOPOS: MEDIANTE PEDIDO, OS PAINÉIS PODEM SER POLIDOS E REDIMENSIONADOS. ÁREA DE UTILIZAÇÃO AMBIENTE SECO: ESTE AMBIENTE CARACTERIZA-SE POR UMA HUMIDADE INTERNA DO PAINEL CORRESPONDENTE A UMA TEMPERATURA AMBIENTE DE 20ºC, NÃO EXCEDENDO OS 65% DE HUMIDADE RELATIVA. É POSSÍVEL UM AUMENTO PASSAGEIRO DE HUMIDADE DO AR DURANTE ALGUMAS SEMANAS POR ANO, DESDE QUE ESTA NÃO ULTRAPASSE OS 85%. APLICAÇÕES: PAVIMENTOS, EMBALAGENS, PRATELEIRAS E ESTANTES, REVESTIMENTO INTERIOR DE PAREDES, DECORAÇÃO, ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇOS. PARTICULARIDADES GRANDES FORMATOS. PAVIMENTO RESISTENTE A CARGAS A PARTIR DE 15 A 18 MM DE ESPESSURA. PAINEL DE COR CLARA, COLAGEM INCOLOR E NEUTRA. SUPERFÍCIE TOTALMENTE PLANA.
Aglomerados de Madeira
135
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-MECÂNICAS O ISOPLY PERTENCE À CLASSE DO OSB 2 SEGUNDO A NORMA EN 300. O ISOPLY POSSUI TAMBÉM UMA CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE INDIVIDUAL (CTBA MQ 83). ESTA DEFINE AS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS MÍNIMAS A SATISFAZER. EM TERMOS DOS VALORES MÉDIOS DE PRODUÇÃO, CERTAS CARACTERÍSTICAS DO ISOPLY ULTRAPASSAM AS EXIGÊNCIAS DA NORMA.
ESPESSURA CARACTERÍSTICAS UNIDADES 6-8-10 12-15 18-22
MÉTODOS DE ENSAIO
MASSA VOLÚMICA: KG/M3 620 +/- 40
600 +/- 40
580 +/- 40
EN 323
TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS:
ESPESSURA: COMPRIMENTO/LARGURA: ESQUADRIA:
MM MM
MM/M
+/- 0,8 +/- 2 +/- 2
+/- 0,8 +/- 2 +/- 2
+/- 0,8 +/- 2 +/- 2
EN 324-1 EN 324-1 EN 324-2
HUMIDADE INTERNA:
% 8 +/-2 8 +/-2 8 +/-2 EN 322
FLEXÃO MÓDULO LONGITUDINAL: TRASNVERSAL:
RESISTÊNCIA INICIAL LONGIT: TRANSVERSAL:
MPA
MPA
>/=4200 >/=1500
>/=26 >/=11
>/=4200 >/=1500
>/=24 >/=10
>/=4200 >/=1500
>/=22 >/=9
EN 310
EN 310
TRACÇÃO: RESISTÊNCIA INICIAL: MPA >/=0,34 >/=0,32 >/=0,30 EN 319 INCHAMENTO APÓS 24 HORAS DE IMERSÃO: % </= 20 </= 20 </= 20 EN 317 TEOR DE FORMALÍDEO: MG/100 G E 1 E TEOR >/= 5 EN 120 REACÇÃO AO FOGO: M4 M4 M3
P A R A T O DA S A S U T I L I Z A Ç ÕE S E M Q U E S E J A NE C E S S Á R I O S U B M E TE R O P AI N E L A E S F O R ÇO S D E F L E X Ã O , O I S O P LY D E V E S E R P O S I C I ON AD O L O N G I T UD I NA L M E N TE ( N O S E N T I DO D O C O M PR IM E N T O D O PA I N E L ) , P E R P E N D I C U LA R A O S A P O IOS . É A C O N S EL H ÁV E L R E S P E I T A R E S T E S E N T I D O DE U T I L IZ A ÇÃ O E M PA R T ICU L AR AP Ó S O CO R TE.
Aglomerados de Madeira
136
15. LAMÉPLY DESCRIÇÃO DEFINIÇÃO: O LAMÉPLY É UM PAINEL À BASE DE MADEIRAS RESINOSAS, CONSTITUÍDO POR LAMELAS FINAS, COMPRIDAS E ORIENTADAS. PERTENCE À FAMÍLIA DO OSB (ORIENTED STRAND BOARD), TIPO 3. APRESENTAÇÃO: LAMÉPLY PAINEL DE FORMATO SIMPLES LAMÉPLY RL 2 TOPOS: PAINEL COM ENCAIXES DE MACHO E FÊMEA. LAMÉPLY RL 4 TOPOS:
M E D I A NT E P ED ID O , O S P A IN É I S P O D E M SE R P O L ID O S E R E D I M E N SI O N AD O S . ÁREA DE UTILIZAÇÃO AMBIENTE HÚMIDO: ESTE AMBIENTE CARACTERIZA-SE POR UMA HUMIDADE INTERNA DO PAINEL CORRESPONDENTE A UMA TEMPERATURA AMBIENTE DE 20ºC, NÃO EXCEDENDO OS 85% DE HUMIDADE RELATIVA DURANTE ALGUMAS SEMANAS POR ANO. O LAMÉPLY NÃO PODE SER UTILIZADO NO EXTERIOR, EXPOSTO ÀS INTEMPÉRIES. APLICAÇÕES: PAVIMENTOS RESISTENTES OU FLUTUTANTES, REFORÇO DE VIGAS, CERCAS ABRIGADAS, REVESTIMENTOS MURAIS, TECTOS, DECORAÇÃO, PRATELEIRAS E ESTANTES, PAVILHÕES DE EXPOSIÇÃO... PARTICULARIDADES GRANDES FORMATOS. COMPATIBILIDADE COM OS ACABAMENTOS MAIS COMUNS: LACA, VERNIZ, PINTURA, REVESTIMENTOS DE PAVIMENTO. PAINEL DE COR CLARA, COLAGEM INCOLOR E NEUTRA.
Aglomerados de Madeira
137
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-MECÂNICAS O LAMÉPLY PERTENCE À CLASSE DO OSB 3 SEGUNDO A NORMA EN 300. O LAMÉPLY POSSUI TAMBÉM UMA CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE INDIVIDUAL (CTBA MQ 83). ESTA DEFINE AS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS MÍNIMAS A SATISFAZER. EM TERMOS DOS VALORES MÉDIOS DE PRODUÇÃO, CERTAS CARACTERÍSTICAS DO LAMÉPLY ULTRAPASSAM AS EXIGÊNCIAS DA NORMA.
ESPESSURA CARACTERÍSTICAS UNIDADES 6-8-10 12-15 18-22
MÉTODOS DE ENSAIO
MASSA VOLÚMICA: KG/M3 620 +/- 40
600 +/- 40
580 +/- 40
EN 323
TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS:
ESPESSURA: COMPRIMENTO/LARGURA: ESQUADRIA:
MM MM
MM/M
+/- 0,8 +/- 2 +/- 2
+/- 0,8 +/- 2 +/- 2
+/- 0,8 +/- 2 +/- 2
EN 324-1 EN 324-1 EN 324-2
HUMIDADE INTERNA:
% 9 +/-2 9 +/-2 9 +/-2 EN 322
FLEXÃO MÓDULO LONGITUDINAL: TRASNVERSAL:
RESISTÊNCIA INICIAL LONGIT: TRANSVERSAL:
RESISTÊNCIA APÓS V313 (LONGIT)
MPA
MPA
MPA
>/=4600 >/=1900
>/=28 >/=14 >/=12
>/=4600 >/=1900
>/=26 >/=13 >/=11
>/=4600 >/=1900
>/=24 >/=12 >/=10
EN 310
EN 310
EN 321 + EN 310
TRACÇÃO: RESISTÊNCIA INICIAL RESISTÊNCIA APÓS V313: OU RESISTÊNCIA APÓS V100:
MPA MPA MPA
>/=0,50 >/=0,18 >/=0,15
>/=0,45 >/=0,15 >/=0,13
>/=0,40 >/=0,13 >/=0,12
EN 319 EN 321 + EN
319 EN 1087-1 +
EN 319 INCHAMENTO APÓS 24 HORAS DE IMERSÃO: % </= 15 </= 12 </= 12 EN 317 TEOR DE FORMALÍDEO: MG/100 G E 1 E TEOR >/= 5 EN 120 REACÇÃO AO FOGO: M4 M4 M3 PARA TODAS AS UTILIZAÇÕES EM QUE SEJA NECESSÁRIO SUBMETER O PAINEL A ESFORÇOS DE FLEXÃO, O LAMÉPLY DEVE SER POSICIONADO LONGITUDINALMENTE (NO SENTIDO DO COMPRIMENTO DO PAINEL), PERPENDICULAR AOS APOIOS. É ACONSELHÁVEL RESPEITAR ESTE SENTIDO DE UTILIZAÇÃO EM PARTICULAR APÓS O CORTE.
Aglomerados de Madeira
138
16. TRIPLY DESCRIÇÃO DEFINIÇÃO: O TRIPLY É UM PAINEL À BASE DE MADEIRAS RESINOSAS, CONSTITUÍDO POR LAMELAS FINAS, COMPRIDAS E ORIENTADAS. PERTENCE À FAMÍLIA DO OSB (ORIENTED STRAND BOARD), TIPO 4. ESTE PAINEL É ADEQUADO PARA UTILIZAÇÕES SUJEITAS A EXIGÊNCIAS MUITO ELEVADAS. APRESENTAÇÃO: TRIPLY PAINEL DE FORMATO SIMPLES TRIPLY RL 2 TOPOS: PAINEL COM ENCAIXES DE MACHO E FÊMEA. TRIPLY RL 4 TOPOS:
M E D I A NT E P ED ID O , O S P A IN É I S P O D E M SE R P O L ID O S E R E D I M E N SI O N AD O S . ÁREA DE UTILIZAÇÃO AMBIENTE HÚMIDO: ESTE AMBIENTE CARACTERIZA-SE POR UMA HUMIDADE INTERNA DO PAINEL CORRESPONDENTE A UMA TEMPERATURA AMBIENTE DE 20ºC, PODENDO EXCEDER OS 85% DE HUMIDADE RELATIVA DURANTE ALGUMAS SEMANAS POR ANO. O TRIPLY NÃO PODE SER UTILIZADO NO EXTERIOR, EXPOSTO ÀS INTEMPÉRIES, DE FORMA PERMANENTE. APLICAÇÕES: ESTRUTURAS DE MADEIRA, VIGAS EM L, COBERTURAS DE VIGAS, PAVIMENTOS, CERCAS ABRIGADAS, ALPENDRES, PRATELEIRAS E ESTANTES, EMBALAGEM, DECORAÇÃO, ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇOS. GRANDES FORMATOS. PARTICULARIDADES RESISTÊNCIA MECÂNICA ELEVADA.
Aglomerados de Madeira
139
REDUZIDAS VARIAÇÕES DIMENSIONIAS. POSSIBILIDADE DE CLASSIFICAÇÃO M2, MEDIANTE APLICAÇÃO DE VERNIZ. APROVADO TECNICAMENTE PARA UTILIZAÇÃO EM CONTRAVENTAMENTOS, COM ESPESSURAS A PARTIR DE 8 MM. APROVADO TECNICAMENTE PARA UTILIZAÇÃO EM COBERTURAS INCLINADAS. CERTIFICADO DE RÓTULO ECOLÓGICO EXCELL. CARACTERÍSTICAS FÍSICO-MECÂNICAS O TRIPLY PERTENCE À CLASSE DO OSB 4 SEGUNDO A NORMA EN 300. ESTA DEFINE AS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MECÂNICAS MÍNIMAS A SATISFAZER. O TRIPLY POSSUI TAMBÉM UMA CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE INDIVIDUAL (CTBA MQ 83) QUE GARANTE, PARA A MAIORIA DAS CARACTERÍSTICAS, VALORES QUE ULTRAPASSAM AS EXIGÊNCIAS DA NORMA.
ESPESSURA CARACTERÍSTICAS UNIDADES 6-8-10 12-15 18-22
MÉTODOS DE ENSAIO
MASSA VOLÚMICA: KG/M3 720 +/- 40
700 +/- 40
670 +/- 40
EN 323
TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS:
ESPESSURA: COMPRIMENTO/LARGURA: ESQUADRIA:
MM MM
MM/M
+/- 0,8 +/- 2 +/- 2
+/- 0,8 +/- 2 +/- 2
+/- 0,8 +/- 2 +/- 2
EN 324-1 EN 324-1 EN 324-2
HUMIDADE INTERNA:
% 9 +/-3 9 +/-3 9 +/-3 EN 322
FLEXÃO MÓDULO LONGITUDINAL: TRASNVERSAL:
RESISTÊNCIA INICIAL LONGIT: TRANSVERSAL:
RESISTÊNCIA APÓS V313 (LONGIT)
MPA
MPA
MPA
>/=5200 >/=2100
>/=38 >/=17 >/=19
>/=5200 >/=2100
>/=36 >/=16 >/=18
>/=5200 >/=2100
>/=34 >/=15 >/=17
EN 310
EN 310
EN 321 + EN 310
TRACÇÃO: RESISTÊNCIA INICIAL RESISTÊNCIA APÓS V313: OU RESISTÊNCIA APÓS V100:
MPA MPA MPA
>/=0,60 >/=0,21 >/=0,17
>/=0,58 >/=0,17 >/=0,15
>/=0,55 >/=0,15 >/=0,13
EN 319 EN 321 + EN
319 EN 1087-1 +
EN 319 INCHAMENTO APÓS 24 HORAS DE IMERSÃO: % </= 10 </= 9 </= 8 EN 317 TEOR DE FORMALÍDEO: MG/100 G E 1 E TEOR >/= 5 EN 120 REACÇÃO AO FOGO: M4 M4 M3
P A R A T O DA S A S U T I L I Z A Ç ÕE S E M Q U E S E J A NE C E S S Á R I O S U B ME TE R O P A I N E L A E S F O R ÇO S D E F L E X Ã O , O T R I P LY D E V E S E R P O S I C I ON AD O L O N G I T UD I NA L M E N TE ( N O S E N T I DO D O C O M PR IM E N T O D O PA I N E L ) , P E R P E N D I C U LA R A O S A P O IOS . É A C O N S EL H ÁV E L R E S P E I T A R E S T E S E N T I D O DE U T I L IZ A ÇÃ O E M PA R T ICU L AR AP Ó S O CO R TE.
Aglomerados de Madeira
140
ANEXO III – Normalização de Madeiras e seus Derivados
Aglomerados de Madeira
141
I. NORMAS PORTUGUESAS (NP, NPEN) E PROJECTOS DE NORMAS PORTUGUESAS (prNP) NO
DOMINIO DA MADEIRA
I.1- MADEIRA – GERAL
⇒ NP 180: 1962 - Anomalias e defeitos da madeira.
⇒ NP 480: 1983 - Madeira serrada de resinosas - Dimensões - Termos e definições.
⇒ NP 481: 1983 - Madeira serrada de resinosas - Dimensões - Métodos de medição.
⇒ NP 482: 1988 - Madeira serrada de resinosas - Dimensões nominais.
⇒ NP 486:1983 - Madeira serrada de resinosas - Tolerância nas dimensões.
⇒ NP 614: 1973 - Madeiras - Determinação do teor em água.
⇒ NP 615:1973 - Madeiras - Determinação da retracção.
⇒ NP 616:1973 - Madeiras - Determinação da massa volúmica.
⇒ NP 617: 1973 - Madeiras - Determinação da dureza.
⇒ NP 618:1973 - Madeiras - Ensaio de compressão axial.
⇒ NP 619: 1973 - Madeiras - Ensaio de flexão estática.
⇒ NP 620: 1973 - Madeiras - Ensaio de flexão dinâmica.
⇒ NP 621: 1973 - Madeiras - Ensaio de tracção transversal.
⇒ NP 622: 1973 - Madeiras - Ensaio de fendimento.
⇒ NP 623: 1973 - Madeiras - Ensaio de corte.
⇒ NP 890: 1972 - Madeiras resinosas - Nomenclatura comercial.
⇒ NP 987:1973 - Madeiras serradas - Medição de defeitos.
⇒ NP 1877: 1990 - Madeiras redondas - Classificação por dimensões.
⇒ NP 1881: 1982 - Madeiras redondas - Métodos de medição.
⇒ NP 3229: 1988 - Madeiras redondas de resinosas - Classificação por qualidade.
I.2 - MADEIRA – EMBALAGENS
⇒ NP 710: 1968 - Embalagens de madeira - Classificação e terminologia.
Aglomerados de Madeira
142
⇒ NP 3226:1987 - Madeiras para embalagens em contacto com géneros alimentícios sólidos - Características -
Conservação.
⇒ NP 4099: 1991 - Peças serradas de pinho bravo para embalagens - Características e classificação.
I.3 - MADEIRA – PAVIMENTOS
⇒ NP 747: 1969 - Pavimentos de edifícios - Tacos de madeira - Definições e características gerais
⇒ NP 748:1969 - Pavimentos de edifícios - Tacos de pinho bravo - Características e classificação.
⇒ NP 749: 1987 - Madeiras - Painéis de parquete mosaico.
⇒ NP 750:1969 - Pavimentos de edifícios - Tacos de eucalipto comum - Características e classificação.
⇒ NP 751: 1969 - Pavimentos de edifícios - Tacos de castanho - Características e classificação.
⇒ NP 752:1969 - Pavimentos de edifícios - Tacos de azinho - Classificação.
⇒ NP 892: 1972 - Madeiras - Símbolos das espécies de madeiras a utilizar no revestimento de pavimentos.
⇒ NP 969:1973 - Tacos de madeiras tropicais para pavimentos - Características e classificação.
I.4 - MADEIRA - POSTES
⇒ NP 267: 1986 - Postes de madeira de pinheiro bravo para linhas eléctricas - Características, dimensionamento,
preparação e tratamento.
I.5 - MADEIRA PARA ESTRUTURAS
⇒ NP 4305: 1995 - Madeira serrada de pinheiro bravo para estruturas - Classificação visual.
I.6 - PRESERVAÇÃO DE MADEIRA
⇒ NP EN 48:1992 - Produtos preservadores de madeiras - Determinação da eficácia curativa contra larvas de
Anobium punetatum (De Geer) - Método laboratorial.
⇒ NP 2080: 1985 - Preservação de madeiras - Tratamento de madeiras para construção.
⇒ prNP 3153: 1986 - Produtos preservadores de madeiras - Determinação da eficácia preventiva contra Lyctus
brunneus (Stephens) - Método laboratorial.
Aglomerados de Madeira
143
⇒ prNP 3164: 1986 - Produtos preservadores de madeiras - Determinação da eficácia curativa contra larvas de
Hylotrupes bajulus - Método laboratorial.
⇒ prNP 3928: 1989 - Preservação da madeira - terminologia.
⇒ NP EN 21: 1991 - Produtos preservadores de madeiras - Determinação do limite de eficácia contra Anobium
punctatum (De Geer) por transferência lavar - Método laboratorial.
⇒ NP EN 46: 1989 - Produtos preservadores de madeiras - Determinação da eficácia preventiva contra larvas
recentemente eclodidas de Hylotrupes bajulus (Linnaeus) - Método laboratorial
⇒ NP EN 47:1992 - Produtos preservadores de madeiras - Determinação do limite de eficácia contra larvas de
Hylotrupes bajulus (Linnaeus) - Método laboratorial.
⇒ NP EN 73:1991 - Produtos preservadores de madeiras - Prova de envelhecimento acelerado de madeiras tratadas
antes dos ensaios biológicos - Prova de evaporação.
⇒ NP EN 84: 1992 - Produtos preservadores de madeiras - Prova de envelhecimento acelerado de madeiras
tratadas antes dos ensaios biológicos - prova de deslavagem.
⇒ NP EN 11 7: 1992 - Produtos preservadores de madeiras - Determinação do limite de eficácia contra
Reticulitermes santonensis de Feytaud - Método laboratorial.
⇒ NP EN 118: 1992 - Produtos preservadores de madeiras - Determinação da eficácia preventiva contra
Reticulitermes santonensis de Feytaud - Método laboratorial.
⇒ NP EN 152-1: 1993 - Métodos de ensaio dos produtos preservadores de madeiras - Método laboratorial para
determinação da eficácia preventiva de um tratamento de madeira aplicada contra o azulamento Parte 1:
Aplicação por pincelagem.
⇒ NP EN 212: 1988 - Produtos preservadores de madeiras - Guia de amostragem e preparação para análise de
produtos preservadores de madeira tratada.
⇒ NP EN 252: 1992 - Ensaio de campo para determinação da eficácia protectora de um produto preservador de
madeiras em contacto com o solo.
⇒ NP EN 335-1:1994 - Durabilidade da madeira e de produtos derivados - Definição das classes de risco de ataque
biológico - Parte 1: Generalidades.
⇒ NP EN 335-2:1994 - Durabilidade da madeira e de produtos derivados - Definição das classes de risco de ataque
biológico - Parte 2: Aplicação à madeira maciça.
⇒ NP EN 460: 1994 - Durabilidade da madeira e de produtos derivados - Durabilidade natural da madeira maciça -
Guia de exigências de durabilidade das madeiras na sua utilização segundo as classes de risco.
Aglomerados de Madeira
144
II - NORMAS EUROPEIAS (EN), PRÉ-NORMAS EUROPEIAS (ENV) E PROJECTOS DE NORMAS
EUROPEIAS (prEN) NO DOMINIO DA MADEIRA E SEUS DERIVADOS.
II.1- MADEIRA – GERAL
⇒ EN 844-1: 1995 - Round and sawn timber - Terminology - Part 1: General terms common to round timber and
sawn timber.
⇒ EN 844-2: 1997 - Round and sawn timber – Terminology - Part 2: General terms relating to round timber.
⇒ EN 844-3:1995 - Round and sawn timber- Terminology - Part 3: General terms relating to sawn timber.
⇒ EN 844-4: 1997 - Round and sawn timber - Terminology - Part 4: Terms relating to moisture content.
⇒ EN 844-5:1997 - Round and sawn timber - Terminology - Part 5: Terms relating to dimensions of round timber.
⇒ EN 844-6:1997 - Round and sawn timber - Terminology - Part 6: Terms relating to dimensions of sawn timber.
⇒ EN 844-7:1997 - Round and sawn timber - Terminology - Part 7: Terms relating to biological structure of
timber.
⇒ EN 844-8: 1997 - Round and sawn timber - Terminology - Part 8: Terms relating to features of round timber.
⇒ EN 844-9:1997 - Round and sawn timber - Terminology - Part 9: Terms relating to features of sawn timber.
⇒ EN 844-10:1997 - Round and sawn timber - Terminology - Part 10: Terms relating to stain and fungal attack.
⇒ EN 844-11:1997 - Round and sawn timber - Terminology - Part 11: Terms relating to degrade by insects.
⇒ prEN 844-12:1998 - Round and sawn timber- Terminology - Part 12: Additional terms and general index.
⇒ EN 975-1: 1995 - Wood - Hardwood sawn timber - Visual grading - Part 1: Oak and beech.
⇒ EN 1309: 1997 - Round and sawn timber - Method of measurement of dimensions: Part 1: Saw timber.
⇒ prEN 1309: 1998 - Round and sawn timber - Method of measurement of dimensions - Part 2: Round timber.
⇒ EN 1310: 1997 - Round and sawn timber - Method of measurement of features.
⇒ EN 1311: 1997 - Round and sawn timber - Method of biological degradations.
⇒ EN 1312: 1997 - Round and sawn timber - Determination of the batch volume of sawn timber.
⇒ EN 1313-1: 1997 - Round and sawn timber - Permitted deviations and preferred sizes. - Part 1: Softwood sawn
timber.
⇒ EN 1315-1: 1997 - Dimensional classification - Part 1: Hardwood rounds timber.
Aglomerados de Madeira
145
⇒ EN 1315-2:1997 - Dimensional classification - Part 2: Softwood rounds timber.
⇒ EN 1316-1: 1997 - Hardwood round timber - Qualitative classification - Part 1: Oale and beech.
⇒ EN 1316-2: 1997 - Hardwood round timber - Qualitative classification - Part 2: Poplar.
⇒ EN 1316-3:1997 - Hardwood round timber - Qualitative classification - Part 3: Ash and maples.
⇒ EN 1438:1998 - Symbols for use in documentation of timber and wood based products.
⇒ prEN 1611-1: 1994 - Sawn timber - Appearance grading of softwood Visual - Part 1: European Spruces, Firs,
Pines and Douglas firs.
⇒ EN 1611-2:1995 - Wood - Softwood saw timber visual grading - Part 2: Quality grading.
⇒ EN 1611-3:1995 - Sawn softwood - Visual grading - Part 3: Quality grading for European pines.
⇒ prEN 1747-1: 1994 - Classification of standing timber - Part 1: Dimensional classification.
⇒ prEN 1747-2:1994 - Classification of standing timber - Part 2: Qualitative classification - Oaks, beech, poplar
and ash.
⇒ prEN 1927-1:1996 - Qualitative Classification of Softwood round timber. Part I: Spruces and firs.
⇒ prEN 1927-2:1996 - Qualitative Classification of Softwood round timber. Part2: Pines.
⇒ prEN 1927-3:1996 - Qualitative Classification of Softwood round timber. Part3: Larehes and Douglas fus.
⇒ prEN 12169:1997 - Criteria for acceptance of a batch of sawn timber.
⇒ prEN 13183-2: 1998 - ROlU1d and sawn timber - Method of measurement of moisture content - Part 2: Method
for estimating moisture content of a piece of sawn timber (Electrical method)
II.2 - MADEIRA - CARPINTARIA DE LIMPOS
⇒ EN 942:1996 - Timber joinery - Classification of timber quality.
⇒ prEN 1314: 1994 - Timber in joinery - Requirements for workmanship.
II.3 - MADEIRA - PAVIMENTOS; REVESTIMENTOS
⇒ prEN 1357:1993 - Wood flooring (including parquet) and wood panelling and cladding - General characteristics.
⇒ prEN 1358:1993 - Wood flooring (including parquet) and wood panelling and cladding - General acceptance -
Marking and delivery roles.
Aglomerados de Madeira
146
⇒ prEN 1368:1993 - Wood flooring (including parquet) and wood panelling and cladding – Appearance General
characteristics.
⇒ prEN 1533:1994 - Wood flooring (including parquet) and wood panelling - Typica1 test assembly to determine
bending properties.
⇒ prEN 1534:1994 - Wood flooring (including parquet) and wood panelling - Test method - Resistance to
indentation.
⇒ prEN 1535:1994 - Wood flooring (including parquet) and wood panelling and cladding - Guidelines for general
conditions of testing.
⇒ prEN 1910:1997 - Wood flooring (including parquet) and wood panelling and cladding - Method of test for
dimensional stability.
⇒ prEN 13226:1994 - Wood flooring (including parquet) product standard. Parquet strip with groove(s) and/or
tongue.
⇒ prEN 13227:1994 - Wood flooring (including parquet) - Solid lamparquet and solid large lamparquet.
⇒ prEN 13228: 1994 - Wood flooring (including parquet) - Solid parquet & other products without tongue and
groove inc. parquet blocks.
⇒ prEN 13442:1994 - Wood flooring (including parquet) and wood panelling and cladding. Determination of the
resistance to chemical agents (including water detergent).
⇒ prEN 13446: 1994 - Wood based panels. Determination of with areaway capacity of fasteners.
⇒ prEN 13488:1994- Wood flooring (including parquet) - Mosaic Parquet.
⇒ prEN 13489:1994 - Wood flooring (including parquet). Product standard. Multi-Layer parquet.
⇒ prEN 13354:1994 - Solid Wood Panels. Bonding quality. Test method.
⇒ prEN 13629: 1994 - Wood flooring. Solid hardwood flooring boards.
⇒ prEN 13647:1994 - Wood and parquet flooring, and wood panelling and cladding. Determination of geometrical
characteristic.
II.4 MADEIRAS: PALETES E EMBALAGENS
⇒ prEN 12246 - Determination of the quality of timber in industrial packaging.
⇒ prEN 12247 - Determination of the quality of sawn timber in pallets.
⇒ prEN 12248 - Sawn Timber used in pallets. Permitted deviations and guidelines for dimensions.
Aglomerados de Madeira
147
⇒ prEN 12249 - Sawn Timber used in pallets. Permitted deviations and preferential sizes.
II.5 - MADEIRA PARA ESTRUTURAS; ESTRUTURAS DE MADEIRA
⇒ EN 301: 1992 - Adhesives, phenolic and aminoplastic for load-bearing timber structures: Classification and
performance requirements.
⇒ EN 336: 1995 - Structural timber - Coniferous and poplar - Sizes permissible deviations.
⇒ EN 338:1995 - Structural timber - Strength classes.
⇒ EN 380: 1993 - Timber structures - Test methods - General principles for static load testing.
⇒ EN 383:1993 - Timber structures - Test methods - Determination of embedding strength and foundation values
for dowel type fasteners.
⇒ EN 384:1995 - Structural timber - Determination of characteristics values of mechanical properties and density.
⇒ EN 385:1995 - Finger jointed structural timber - Performance requirements and minimum production
requirements.
⇒ EN 386: 1995 - Glued laminated timber - Performance requirements and minimum production requirements.
⇒ ENV 387:1999 - Glued laminated timber - Large finger joints - Performance requirements and minimum
production requirements.
⇒ EN 390: 1994 - Glued laminated timber - Sizes - Permissible deviations.
⇒ EN 391: 1995 - Glued laminated timber - Delimitation test of glue lines.
⇒ EN 392: 1995 - Glued laminated timber - Shear test of glue lines.
⇒ EN 408: 1995 - Timber structures - Structural timber and glued laminated timber - Determination of some
physical and mechanical properties.
⇒ EN 409:1993 - Timber structures - Test methods - Determination of the yield moment of dowel type fasteners -
Nails.
⇒ EN 518: 1995 - Structural timber - Grading - Requirements for visual strength grading standards.
⇒ EN 519:1995 - Structural timber - Grading - Requirements for machine strength. graded timber and grading
machines.
⇒ EN 594:1995 - Timber structures - Test methods- Racking strength and stiffness of timber frame wall panels.
⇒ EN 595:1995 - Timber structures - Test methods - Test of trusses for the determination of strength and
deformation behaviour.
Aglomerados de Madeira
148
⇒ EN 596:1995 - Timber structures - Test methods - Soft body impact test of timber framed walls.
⇒ EN 789:1995 - Timber structures - Test methods - Determination of mechanical properties of wood based
panels.
⇒ prEN 912:1992 - Timber fasteners - Specifications for connects for timber.
⇒ EN 1058: 1995 - Wood based panels - Determination of characteristic values of mechanical properties and
density.
⇒ prEN 1059: 1993 - Timber structures - Production requirements for fabricated trusses using punched metal plate
fasteners.
⇒ prEN 1075:1993 - Timber structures - Test methods - Joints made of punched metal plate fasteners.
⇒ EN 1193: 1997 - Timber structures - Structural timber and glued laminated timber - Determination of shear
strength and mechanical properties perpendicular to the grain.
⇒ EN 1194: 1998 -Glued laminated timber - Strength classes and determinations of characteristic properties.
⇒ EN 1195: 1997 - Timber structures - Test methods - Performance of structural floor decking.
⇒ prEN 1380: 1994 - Timber structures - Test methods - Load bearing nailed joints.
⇒ prEN 1381: 1994 - Timber structures - Test methods - Load bearing stapled joints.
⇒ prEN 1382:1994 - Timber structures - Test methods - Withdrawal capacity of timber fasteners.
⇒ prEN 1383:1994 - Timber structures - Test methods - Pull through testing of timber fasteners.
⇒ EN 1912: 1998 - Structural timber - Strength classes - Assignment of visual grades and species.
⇒ ENV 1995-1-1: 1995 - Eurocode 5 - Design of timber structures - Part l-I: General rules and rules for buildings.
⇒ ENV 1995-1-2: 1995 - Eurocode 5 - Design of timber structures - Part 1-2: General rules - Structural tire design.
⇒ ENV 1995-2:1995 - Eurocode 5 - Design of timber structures - Part 2: Bridges
⇒ EN 10147:1994 - Continuously hot-dip zinc coated structural steel sheet and strip - technica1 delivery
conditions.
⇒ prEN 13271: 1998 Timber fasteners characteristic load-carrying capacities and slip module.
⇒ EN 26891: 1991 - Timber structures - Joints made with mechanical fasteners - General principles for the
determination of strength and deformation characteristics.
⇒ EN 28970:1991 - Timber structures - Testing of joints made with mechanical fasteners - Requirements for wood
density.
Aglomerados de Madeira
149
II.6 - PLACAS DE DERIVADOS DE MADEIRA
⇒ EN 120:1992 - Wood based panels - Determination of formaldehyde content - Extraction method called the
perforator method.
⇒ EN 300:1997 - Particleboards - Oriented strand boards (OSB).
⇒ EN 309: 1992 - Wood particleboards - Definition and classification.
⇒ EN 310: 1993 - Wood-based panels - Determination of modulus of elasticity in bending and of bending strength.
⇒ EN 311: 1992 - Particleboards - Surface soundness of particleboards - Test method.
⇒ EN 312-1: 1996 - Particleboards - Specifications - Part 1: General requirements for all board types.
⇒ EN 312-2:1996 - Particleboards - Specifications - Part 2: Requirement for general purpose boards for use in dry
conditions.
⇒ EN 312-3:1996 - Particleboards - Specifications - Part 3: Requirement for boards for interior fitments (including
furniture) for use in dry conditions.
⇒ EN 312-4:1996 - Particleboards - Specifications - Part 4: Requirement for load-bearing boards for use in dry
conditions.
⇒ EN 312-5:1997 - Particleboards - Specifications - Part 5: Requirements for load-bearing boards for use in humid
conditions.
⇒ EN 312-6: 1996 - Particleboards - Specifications - Part 6: Requirements for heavy duty load-bearing boards for
use in dry conditions.
⇒ EN 312-7: 1997 - Particleboards - Specifications - Part 7: Requirements for heavy duty load-bearing boards for
use in humid conditions.
⇒ EN 313-1: 1996 - Plywood - Classification and terminology - Part 1: Classification.
⇒ EN 313-2: 1995 - Plywood - Classification and terminology - Part 2: Terminology.
⇒ EN 314-1: 1993 - Plywood - Bonding quality - Part 1: Test methods.
⇒ EN 314-2:1993 - Plywood - Bonding quality - Part 2: Requirements.
⇒ EN 12369: 1993 - Wood Based Panels - Characteristic values for structural design.
⇒ prEN 12775 - Solid wood panels - Classification and terminology.
⇒ prEN 12869-2:1993 - Wood-based panels - Structural floor decking on joists - Part 2: Performance
requirements.
Aglomerados de Madeira
150
⇒ prEN 12870-1: 1993 - Wood-based panels - Structural wall sheathing on studs - Part 1: Performance
specifications.
⇒ prEN 12870-2:1993 - Wood-based panels - Structural wall Sheathing on studs - Part 2: Performance
requirements.
⇒ prEN 12871-1:1993 - Wood-based panels - Structural roof decking on joists - Part I: Performance specifications.
⇒ prEN 12871-2:1993 - Wood-based panels - Structural roof decking on joists - Part 2: Performance requirements.
⇒ prEN 12871-3:1993 - Wood-based panels - Structural roof decking on joists - Part 3: Performance test method.
⇒ prEN 12872-1: 1993 - Wood-based panels - Guidance for struck panel installation - Part 1: Flooring.
⇒ prEN 12872-2: 1993 - Wood-based panels - Guidance for structural panel installation - Part 2: Walls.
⇒ prEN 12872-3:1993 - Wood-based panels - Guidance for structural panel installation - Part 3: Roofing.
⇒ prEN 13017-1: 1997 - Solid wood Panels - Classification by surface appearance - Part 1: Softwood.
⇒ prEN 13017-'2:1997 - Solid wood Panels - Classification by surface appearance - Part 2: Hardwood.
⇒ prEN 13353-1:1993 - Solid wood Panels - Specifications - Part 1: Requirements for use in dry conditions.
⇒ prEN 13353-2:1993 - Solid wood Panels - Specifications - Part 1: Requirements for use in humid conditions.
⇒ prEN 13353-3:1993 - Solid wood Panels - Specifications - Part I: Requirements for use in exterior conditions.
II.7 - PRESERVAÇÃO DE MADEIRA
⇒ EN 20-1: 1992 - Wood preservatives - Determination of the protective effectiveness against Lyetus brunneus
(Stephens) - Part 1: Application by surface treatment - Laboratory method.
⇒ EN 20-2:1993 - Wood preservatives - Determination of the protective effectiveness against Lyetus brunneus
(Stephens) - Part 2: Application by impregnation - Laboratory method.
⇒ EN 22:1974 - Wood preservatives - Determination of eradicate action against Hylotrupes bajulus (Linnaeus)
larvae - Laboratory method.
⇒ EN 49-1: 1992 - W ood preservatives - Determination of the protective effectiveness against Anobium
punetatum (De Geer) by egg-laying and larval survival - Part 1: Application by surface treatment Laboratory
method.
⇒ EN 1014-2:1995 - Wood preservation- Creosote and creosoted timber- Methods of sampling and analysis - Part
2: Procedure for obtaining a sample of creosote from creosoted timber for subsequent analysis.
Aglomerados de Madeira
151
⇒ prEN 1014-3:1997 - Wood preservatives - Creosote and creosoted timber - Methods of sampling and analysis -
Part 3: Determination of the benzopyrene content of creosote.
⇒ prEN 1014-4:1995 - Wood preservation - Creosote and creosoted timber - Methods of sampling and analysis -
Part 4: Determination of the water-extractable phenols content of creosote.
⇒ ENV 1250-1: 1994 - Wood preservatives - Methods for measuring losses of active ingredients from treated
timber - Part 1: Laboratory method for obtaining samples for analysis to measure losses by evaporation to air.
⇒ ENV 1250-2:1994 - Wood preservatives - Methods for measuring losses of active ingredients and other
preservative ingredients iron treated timber - Part 2: Laboratory method for obtaining samples for analysis to
measure losses by leaching into water or synthetic sea water.
⇒ ENV 1390: 1994 - Wood preservatives - Determination of the eradicate action against Hylotrupes bajulus
(Linnaeus) larvae - Laboratory method.
⇒ ENV 13038 - Durability of wood and wood-based products. Wood-based panels - Method of test for
determining the resistance against wood-destroying beside omits.
III. DOCUMENTOS DE TRABALHO (TC...) QUE PROVAVELMENTE DARÃO ORIGEM A NORMAS
EUROPEIAS RELEVANTES NO DOMINIO DA MADEIRA E SEUS DERIVADOS
III.l- MADEIRA - GERAL
III.2 - MADEIRA - CARPINTARIA DE LIMPOS
⇒ TC 175.32.03 - Timber in windows - General timber requirements.
⇒ TC 175.32.04 - Timber in doors - General timber requirements.
III.3 - MADEIRA - PAVIMENTOS; REVESTIMENTOS
⇒ TC 175.335.03 - Wood flooring (include parquet) - Laminated wood flooring.
⇒ TC 175.335.01 - Wood flooring - Flooring boards - Softwood.
⇒ TC 175.335.02 - Wood flooring - Flooring boards - Hardwoods.
⇒ TC 175.337.01 - Wood flooring - End grain blocks.
III.4 - MADEIRA - PALETES; EMBALAGENS
Aglomerados de Madeira
152
⇒ TC 175.343.01 - Guidelines for the dimension of sawn timber used in industrial packaging.
⇒ TC 175.344.01 - Guidelines for the dimension of sawn timber used in pallets.
III.5 - MADEIRA - POSTES
⇒ TC 124.209 - Timber poles for overhead lines - Methods softest.
⇒ TC 124.210 - Timber poles for overhead lines - Grading and strength classes.
⇒ TC 124.211 - Timber poles for overhead lines - Sizes.
⇒ TC 124.212 - Timber poles for overhead lines - Determination of characteristic values.
⇒ TC 124.213 - Timber poles for overhead lines - Durability requirements.
IIL6 - ESTRUTURAS DE MADEIRA
⇒ TC 124.402 - Timber fasteners - Characteristic load-carrying and slip-module.
IIL.7-PLACASDEDERNADOSDEMADEIRA
⇒ TC 112.406 - Wood-based panels - Characteristic values for established products.
⇒ TC 112.418-1 - Wood-based panels - Structural floor decking on joists - Part 1: Performance speciation.
⇒ TC 112.418-3 - Wood-based panels - Structural floor decking on joists - Part 3: Performance test method.
⇒ TC 112.419-3 - Wood-based panels - Structural wall sheathing studs - Part 3: Performance test method.
Aglomerados de Madeira
153