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DESAFIOS PEDAGÓGICOS CONTEMPORÂNEOS: Uma reflexão sobre o
desinteresse escolar nas escolas públicas
Autor: Rossana Matte Pimentel1
Orientadora: Lennita Oliveira Ruggi 2
RESUMO
A pergunta “estudar para que” nunca esteve tão forte na cabeça dos alunos
como agora. O presente artigo tem como objetivo refletir sobre os problemas
existentes no contexto escolar público atual, onde há um desencontro entre alunos e
professores no cotidiano de sala de aula que é justificado a partir da indisciplina dos
alunos, refletindo um desinteresse dos mesmos originando a desmotivação dos
profissionais. O diálogo e a compreensão estão muitas vezes ausentes e por isso a
qualidade do processo ensino aprendizagem se encontra baixa. Como resultado das
entrevistas e questionários aplicados no âmbito dessa pesquisa foi feito um
levantamento dos fatores que levam os alunos a estarem desmotivados na opinião
dos próprios alunos e dos professores, assim como sugestões por parte dos alunos
a respeito do que poderia ser melhorado no ambiente escolar. É importante ressaltar
que este artigo não tem a pretensão de esgotar a problemática. Espera-se que sirva
de suporte teórico para buscarmos soluções que nos permitam agirmos
coletivamente diante de todos os desafios do trabalho pedagógico.
Palavras chave: Indisciplina, Desinteresse Escolar, Mudança Educacional, Ensino-
aprendizagem, Relação Professor-aluno.
1 Graduada em Pedagogia na Universidade Tuiuti do Paraná, Especialista em: a) Metodologia de 1ª a 4ª séries
do Ensino Fundamental/UFPR, b) Educação Infantil e Séries Iniciais da Educação Básica com Habilitação ao Magistério Superior/ IBPEX, c) Magistério 1º e 2º graus – Concentração em formação de professores /IBPEX. Atua como Diretora da Escola Estadual Profª Maria Heloisa Casselli. 2 Graduada em Ciências Sociais/UFPR, Mestre em: Sociologia/UFPR e Pós-Colonialismo e Cidadania
Global/Universidade Coimbra. Atua como docente de Sociologia na UFPR.
Qualquer pessoa ligada às práticas escolares contemporâneas, seja
professor, aluno ou família, consegue ter uma razoável clareza sobre a “crise da
educação”. Na escola, de acordo com Vasconcellos (1997) “esta crise se manifesta
de muitas formas, mas com certeza uma das mais difíceis de enfrentar, é a absoluta
falta de sentido para o estudo por parte dos educandos”.
A pergunta “estudar para quê”, nunca esteve tão forte na cabeça dos alunos
como agora. A qualidade de ensino das escolas públicas em baixa e a incapacidade
dos sistemas educacionais de garantir a permanência do estudante na escola estão
evidenciadas nas taxas de repetência. São relevantes o desinteresse geral pelo
trabalho escolar, a desmotivação dos alunos e professores e os problemas de
indisciplina.
O jovem que não aprende o “gosto pela educação” passa a se questionar
sobre a real importância do estudo em sua vida, o que gera uma grande falta de
estimulo e de perspectiva. A família também não tem colaborado muito e se
distancia da escola. O perfil da família sofreu uma grande transformação. A cada dia
aumenta mais o número de pais separados, guarda dos filhos compartilhada, pais
mais atarefados, dentre outros, o que acabam desestabilizando a estrutura familiar.
A falta de estimulo, cada vez mais, vai se tornando visível nos professores.
Sua remuneração baixa, seu trabalho não reconhecido, falta de apoio da escola, dos
pais e, ele acaba também se acomodando. O professor até tenta manter o interesse
da turma, mas cai no descrédito por sequer ter material de apoio condizente ou
formação a contento. Sem autoridade para se impor dentro da sala de aula,
habitualmente se torna invisível para os alunos, que passam a ignorar sua presença.
Muitas vezes ele gostaria de tomar determinadas atitudes, mas sente-se acuado. De
um lado tem os pais que o recriminam, de outro lado, a direção da escola que
recomenda que não seja tomada nenhuma atitude autoritária.
O professor desestimulado tende a tornar as aulas repetitivas e não
construtivas o que têm como consequência uma maior desmotivação do aluno que
não é levado a pensar, a refletir, e a usar sua criatividade. O desinteresse manifesto
dos alunos faz com que o professor perca ainda mais a vontade de se reciclar, de
inovar, de pesquisar novos campos, novos métodos, gerando estagnação. A falta de
tempo e a baixa remuneração faz o educador buscar maior número de aulas, em
diversas escolas, o que, além do estresse do acúmulo de obrigações, o professor
não consegue sequer se organizar para dar seqüência aos seus compromissos,
quiçá poder se atualizar.
A cada ano que passa os professores encontram mais dificuldades para
trabalhar em sala de aula e a realidade vista hoje está muito distante do ideal, a
única verdade é uma escola caótica com excesso de alunos nas salas, onde faltam
condições de ensino, os conteúdos não são motivadores, os métodos são
antiquados e, principalmente, há falta de incentivo salarial aos docentes. Por outro
lado, os avanços tecnológicos fazem com que os jovens se utilizem cada vez mais
de ferramentas alternativas, deixando de lado o simples ato de escrever e ler, por
exemplo, pois estão acostumados com o mundo virtual. Há também uma clara
inversão de valores, o que fica evidenciado na violência cada vez maior dos games,
filmes com marcas profundas de preconceito, guerra e intolerância, a Internet com
suas redes sociais. Tudo isso faz com que eles passem a estar mais envolvidos com
a realidade virtual do que com a realidade do cotidiano o que se contrapõe com o
atraso apresentado em sala de aula representado pelo professor que continua se
utilizando do giz e do quadro negro.
A mídia também não colabora em nada, mantendo em sua programação
motivações e representações de violência. As notícias são elaboradas de forma
sensacionalista, e ao invés de tentar agregar valores positivos, ressaltando atitudes
de solidariedade e atos de coragem. Outra variável muito preocupante é a
impunidade. Os alunos crescem num mundo onde vivenciam todos os dias
exemplos altamente divulgados pela mídia: de corrupção, de crimes que são
cometidos ou de atos de violências e o pior, percebem cada vez mais que as
pessoas responsáveis por estes atos não são punidas devidamente. Essa ênfase
deturpa o conceito de exemplo para os jovens que ao serem massacrados com
todas essas reportagens torpes acabam considerando normais essas atitudes e
banalizam questões que deveriam gerar espanto e indignação. Isso cria no jovem a
impressão de que ele tudo pode e que ninguém é capaz de fazê-lo ser responsável
por seus atos, fator este que aumenta e muito as dificuldades do professor em sala
de aula. Vivemos em uma sociedade extremamente competitiva, e de valores
distorcidos. Então o jovem cresce percebendo que a dedicação ao estudo nem
sempre é garantia de sucesso e isso o desestimula mais ainda.
Neste cenário, temos o educador mal remunerado, cobrado pela família,
Estado e sociedade, sem possuir ferramentas que lhe possibilitem a autoridade em
sala de aula, convivendo com o medo da violência e com as incertezas inerentes a
todo esse contexto. Cria-se então um paradoxo: nunca se esperou tanto de um
professor e nunca se deu tão pouco a ele. Espera-se que ele seja o “redentor da
educação” e ao mesmo tempo a sua remuneração e as condições de trabalho são
insuficientes para satisfazer sua própria necessidade social. Por outro lado, algumas
análises apontam o professor como o grande responsável por tudo o que está
acontecendo, restando a ele sentimentos como rejeição e desprestigio, pois se
percebe como um ser extremamente injustiçado, fazendo com que passe a buscar
no outro a causa das dificuldades. Mas neste ponto Vasconcellos destaca bem esta
discussão:
Em função da crise toda que se está vivendo, há o perigo de se partir para a ”caça às bruxas”, qual seja começar a procurar algum culpado por tudo isto. Devemos estar atentos ao risco de cair no jogo do “empurra-empurra”: os professores dizem que os responsáveis pelos problemas do ensino em sala são os pais, que culpam os professores e a escola, que culpa o sistema, etc. Isto é desgastante e só provoca reações afetivas de ataque e defesa. (1996, p.86 e 87)
No dia a dia das escolas são vistas muitas discussões sobre de quem seria
a responsabilidade pela educação, quando se percebe que seria muito mais
produtivo questionar sobre a essência de nossa docência, que deveria ser voltada a
um conceito mais realista e científico dos alunos, bem como da superação dos
olhares negativos, morais e preconceituosos com que os vemos. Portanto é inócuo
ficar buscando o “culpado”, ou tentando justificar a inércia que paira na educação,
bem como continuar nos discursos crítico, derrotista e pessimista, que parecem
fazer parte do cotidiano de nossas escolas públicas. Vasconcellos (1996, p.88)
complementa: “Até como reação à sensação do ‘tudo eu’ corre-se o risco de se
entrar no ‘não é comigo’, numa verdadeira atitude de defesa psicológica diante de
uma responsabilidade ameaçadora.” Nesse momento os educadores se isentam de
suas responsabilidades justificando sua falta de iniciativa em modificar suas próprias
práticas pedagógicas. Isso leva a um comodismo, e logo, a um ciclo vicioso: ”está
ruim porque não muda, não muda porque está ruim”.
Ao contrário, o que se vislumbra é o compromisso de cada setor (família,
escola, professores, equipe pedagógica, governo), com a parcela que lhe cabe,
somente dentro de uma visão de totalidade, poderemos avançar para a superação.
Quando refletimos em como seria possível modificar a realidade da escola pública,
observa-se cada vez mais que o professor tem uma parcela importante como agente
de mudança de ensino, por estar em contato direto com os alunos. Fica claro que
um dos maiores desafios é o resgate do professor como sujeito de transformação:
acreditar que pode que tem um papel muito importante a desempenhar, embora
limitado. Cunha (2001, p.69), relaciona o bom desempenho do professor ao
reconhecimento deste com o seu papel e a sua realidade. Sabemos que os limites
são muitos, mas estes, não devem ser pontos de lamentações devem ser o ponto de
partida para a luta e superação.
A busca da dignidade do professor está relacionada à convicção profunda de
que o que ensina é significativo e relevante e em querer que o estudante realmente
aprenda. Não basta o aluno ter contato com a informação, é preciso ser auxiliado na
compreensão da realidade social contraditória em que vive, buscando alternativas
de avanço. Nesta perspectiva, consolida-se a absoluta necessidade do professor.
Segundo Vasconcellos (1996, p.52):
Entendemos que o que vai dar direção de superação para o professor é também o que vai dar sentido, horizonte para o aluno: a esperança de poder construir uma realidade diferente e de que a escola pode contribuir para a concretização desta sociedade mais humana. O mesmo movimento que recupera o sentido do trabalho do professor é o que dá sentido ao estudo para o aluno. Estamos no mesmo barco; daí a importância de ver o aluno
um aliado e não um inimigo.
É preciso uma humanização do olhar docente, estaríamos nos reeducando
através de uma visão mais ampla da atual realidade, pois se de um lado a
indiferença é esterilizante de outro a empatia para com os educandos poderá nos
levar a perspectivas de intervenções mais realistas e efetivas. Segundo Arroyo:
Quando o diálogo se baseia em um olhar mais compreensivo, consegue-se desnudar muitas das tramas da docência. Estamos emaranhados nesse universo de sermos mestres da infância e da adolescência reais e sem entendê-las não entenderemos a função social e cultural da escola e do magistério, pois só encontraremos contemporaneidade, sabendo com que infância, adolescência e juventude estamos lidando. (1996, p.130)
Percebemos que não haverá foco se não for levado em conta o aluno real
como referência. Torna-se cada vez mais urgente uma visão mais profissional e
modificada por parte dos profissionais da educação. Os alunos parecem querer
gritar através de suas condutas inadequadas, querendo que os enxerguemos de
outras formas, que tenhamos posturas diferentes. Deveria haver um maior consenso
quanto à postura aplicada em cada situação deparada no cotidiano escolar. Os
controles e castigos não funcionam mais como antigamente, pois o desenvolvimento
dos alunos não ocorrerá se eles forem ignorados, calados, controlados e reprimidos.
Arroyo faz diversos questionamentos que deveriam nos levar a aprofundar o tema:
As imagens dos educandos estão no cerne dos debates docentes porque nos obrigam a redefinir quem somos. Quanto mais conhecemos a totalidade de dimensões dos alunos reais com que convivemos, mais instigante fica a pergunta: qual nossa tarefa? O que é docência? Quem somos como profissionais? Esse foco no cerne de nossa docência poderá tornar a escola mais habitável e nosso fazer profissional mais definido. Mais enfocado. Aprenderemos a lidar com imagens de infância e adolescência, de juventudes reais. (2004, p.67)
Reeducando nossa sensibilidade humana, certamente mudaremos nossos
conceitos sobre os alunos. Ou descemos de nosso pedestal e de nosso
intelectualismo abstrato, ou nossa docência ficará sem alternativas permanecendo
na mesma rotina. O sucesso do ato pedagógico tem uma influência significativa na
relação professor-aluno, tomando indispensável que o professor tenha
consciência da maneira pela qual essa relação se desenvolve, salientando que a
aliança entre professores e alunos é que será determinante para que a relação
pedagógica seja eficaz. (CARITA e FERNANDES, 1997 apud OLIVEIRA, 2004, p.
52)
A INDISCIPLINA E O DESINTERESSE ESCOLAR
A indisciplina representa nos dias atuais, juntamente com o insucesso
escolar, um dos problemas mais graves que as escolas de hoje enfrentam no
Brasil. O desinteresse e a indisciplina do aluno é um dos aspectos mais abordados
pelos professores quando falam dos problemas de sala de aula, segundo os
discursos recolhidos por Vasconcellos, que relatam uma série de empecilhos para
conseguir mobilizar o aluno:
“Como incentivar o aluno e despertar o desejo quando há forças tão fortes que fazem o movimento contrário?”; “Como despertar no aluno o desejo de aprender, de conhecer?” Lá fora tem mais atrativos...; “a total ausência de motivação por parte do aluno”; “O professor, por mais boa vontade que tenha, não consegue sensibilizar”. (VASCONCELLOS, 2003, p.134)
Os professores consideram que os alunos deveriam vir interessados para
a sala de aula; entendem ainda que esse desinteresse, em grande parte, é culpa
dos pais. Portanto, muitos não se incluem como possível fator de provocação de
interesse, manifestando que se consideram isentos de responsabilidade,
assumindo assim uma postura de impotência. Vasconcellos (2003, p.135), faz o
seguinte questionamento, “Será que é o aluno que não quer nada ou a escola que
não está conseguindo atingi-lo?”
Todos nós sabemos que o aluno, desmotivado dentro da escola, pode ter
muita motivação fora dela. A cultura do consumismo manipula seus hábitos e
valores de vida. Segundo Vasconcellos:
Muitos fatores podem contribuir para o aluno perder o interesse pela escola: o desmonte social, a falta de perspectiva de vida, a violência, a desestruturação familiar, etc. Mas, com certeza, a escola mesma também tem sua parcela de responsabilidade. Este é um campo difícil porque remete à nossa participação no problema; contudo, não podemos deixar de mencionar as contradições internas da instituição de ensino. Se o docente, p.ex., durante a aula, fica só reclamando, o aluno não terá vontade de ficar em classe ou de ir para escola; se o aluno encontra uma escola suja, mal cuidada, classes superlotadas, onde é apenas mais um número, como manterá viva a chama da curiosidade...? (VASCONCELLOS, 2003, p.135)
A indisciplina parece ser uma das respostas clara ao abandono ou
inabilidade das funções docentes, porque as atitudes do professor em sala de aula
reforçam as expectativas dos alunos. Afinal, os alunos espelham, pelo menos em
parte, um pouco do professor. Enfim, a indisciplina do aluno pode ser
compreendida como uma espécie de termômetro da própria relação do professor
com seu campo de trabalho, seu papel e suas funções. É sempre bom lembrar que
um mesmo aluno indisciplinado com um professor nem sempre é indisciplinado
com os outros. Sua indisciplina, portanto, parece ser algo que desponta e se
acentua dependendo das circunstâncias. (AMADO e FREIRE, 2002 apud
OLIVEIRA, 2004).
Diante disso, a indisciplina é um dos sintomas do desinteresse do aluno,
apresentando- se de diversas formas na vida estudantil, que expressam total falta
de respeito com os estudos. Podemos constar que a indisciplina é geradora de
efeitos negativos em relação à socialização e aproveitamento escolar dos alunos,
bem como produz efeitos negativos em relação aos docentes. Assim, sem encarar
o “aluno-problema” como um desafio pedagógico, muitos professores preferem se
preocupar com a sua sobrevivência enquanto educadores, com a visão estreita da
repressão, enquanto que o ideal seria mostrar os limites e as possibilidades, dando
chance ao amadurecimento e à criatividade.
No intuito de colaborar e aprofundar as discussões e dilemas a respeito das
dificuldades encontradas no cotidiano escolar de desinteresse e indisciplina do aluno
foi elaborada uma pesquisa em uma Escola Estadual do Paraná a partir da
oportunidade de participação no Programa de Desenvolvimento da Educação.
Foram feitos levantamentos acerca de diversas questões da realidade escolar
focada no desinteresse do aluno, através de questionários aplicados com 244 alunos
dos três anos do Ensino Médio juntamente com entrevistas feitas com 26
professores do corpo docente dessa escola.
A análise dos resultados dos questionários aplicados possibilitou diversas
reflexões, pois foram encontrados padrões nas respostas apresentadas pelos
alunos. O modelo aplicado foi misto: objetivo, em sua maioria, e com duas perguntas
abertas. Inclusive pôde-se observar semelhança de respostas entre os grupos
previamente separados de alunos aprovados e reprovados.
Foram selecionados de forma randômica por amostragens alunos de
diversas turmas dessa escola tanto na parte da manhã quanto na parte da noite
divididos da seguinte forma: Alunos da manhã: 57 alunos reprovados, 80 alunos não
reprovados; alunos do noturno: 72 alunos reprovados, 35 alunos não reprovados.
Nos 1º anos: 32 alunos do sexo feminino e 66 do sexo masculino; nos 2º anos: 34
do sexo feminino e 32 do sexo masculino; nos 3º anos: 26 do sexo feminino e 34 do
sexo masculino.
O perfil de tempo de serviço dos professores foi dividido da seguinte forma:
Tempo de exercício do magistério 42% mais de 15 anos, 26% entre 5 e dez anos e
32% com menos de 5 anos.
Dentre as perguntas contidas no questionário aplicado com os alunos havia
questões sobre a relação do aluno com a escola e sua opinião sobre as dificuldades
enfrentadas, as motivações, sugestões e perspectivas futuras.
Um questionamento importante levantado foi o porquê estudar seria
importante para eles e 66,8% dos educandos responderam que era para conseguir
um bom emprego no futuro. Percebesse que não é o aprendizado em si que
interessa, e sim a inserção profissional possibilitada por uma maior escolaridade.
Em outro momento da pesquisa eles foram questionados sobre a
importância da escola em suas vidas e 75% dos estudantes afirmou que seria
apenas para ter um bom emprego. Categorizando a instituição como se nada mais
fosse que um local de passagem, um pré-requisito para o futuro que no presente
não acrescenta nada.
Outra informação relevante apresentado na pesquisa diz respeito ao que
lhes trazia mais prazer no momento em que estão na escola, 14,34% considera o
convívio com seus amigos e 34,42% classificam como mais prazeroso a aula de
alguns professores que acha muito interessante. Esses dados podem ser
interpretados de maneira otimista uma vez que a opção que obteve mais respostas
foi a de boas aulas de alguns professores, o que nos mostra que se todos os
professores tivessem a aprendizagem do aluno como foco de seu trabalho e se
preocupassem em ter uma didática diferenciada a fim de envolver o aluno, a relação
professor-aluno e escola-aluno poderia ser muito mais produtiva.
Já quando lhes foi perguntado acerca do significado da aprendizagem as
respostas foram: 43,85% acreditam que a aprendizagem é conseguir relacionar os
conteúdos passados em sala em outras disciplinas ou em situações de suas vidas,
enquanto 24,59% consideram que é apenas entender os conteúdos passados pelos
professores. Com isso podemos perceber a importância da interdisciplinaridade e da
contextualização dentro de sala de aula. É preciso valorizar essa articulação tanto
com a sociedade quanto com as outras disciplinas, pois atualmente há uma
demanda por cidadãos cada vez mais preparados com essa formação que se
fundamenta na escola.
Em relação ao que os discentes apreciam como um bom professor foram
apresentadas seis opções de respostas oferecidas para que elegessem em ordem
crescente as características mais importantes que o professor deve possuir. Como
resultado obteve-se 95% alegando que em primeiro lugar estaria um professor que
exige a atenção dos alunos, durante suas explicações, exige estudo e a realização
de tarefas dentro dos prazos combinados, o que se pode ser relacionado e
adicionado com o fato de 85% declararem em terceiro lugar que seria bom àquele
que possui condições básicas de conhecimentos acerca da matéria que leciona,
tendo habilidades para organizar as suas aulas.
Esses dados corroboram a perpetuação do modelo educacional reprodutivo
onde o aluno se insere no contexto educacional apenas como elemento passivo
aceitando o conhecimento como algo pronto que deva ser absorvido ou assimilado.
É preciso mudar esse conceito uma vez que o conhecimento deveria ser
interpretado como sendo algo em constante construção coletiva onde tanto o
professor como o aluno precisam ser elementos participativos de todo o processo.
Como segunda opção dessa mesma pergunta relatada acima, foram
encontradas em empate com 45% das menções duas alternativas afirmando que
são bons aqueles professores que: (1) mantêm relações afetivas com os alunos e
(2) que tornam as aulas mais atraentes, apresentando o conteúdo da disciplina de
diferentes formas, demonstrando capacidade de expressão, de forma que todos os
alunos entendam. Isso expressa uma valorização dos alunos para que haja
harmonia no ambiente escolar onde os professores os respeitem e os tratem com
carinho e educação. Assim como a diversificação de metodologias a partir das quais
o professor esteja disponível para inovar, atender e considerar as opiniões dos
alunos sendo flexível em sua didática.
Com os professores foi feita outra pergunta sobre qual a postura do
professor que mais influenciaria a aprendizagem dos alunos e os resultados mais
expressivos encontrados foram três respostas em primeiro lugar de uma maneira
relativamente equilibrada: 31% expuseram que o professor deve possuir condições
básicas de conhecimentos acerca da matéria que leciona, tendo habilidades para
organizar as suas aulas; e 27% igualaram suas respostas em duas alternativas: (1)
conduzir a crítica, a curiosidade, a pesquisa, e também buscar formas inovadoras de
desenvolver a aula, fazendo com que o aluno participe; (2) exigir a atenção dos
alunos, durante suas explicações, o estudo e a realização de tarefas dentro dos
prazos combinados.
Esses resultados podem ser interpretados como uma preocupação
metodológica com foco na prática pedagógica diferenciada, envolvendo o aluno com
a aula, almejando sua atenção e participação. Podemos observar também que é
considerado um quesito fundamental o controle de turma, que é um desafio para o
professor em sala de aula.
É pertinente também referenciar que 54% dos professores entrevistados
afirmaram como segunda opção de característica importante do professor: tornar as
aulas mais atraentes, apresentando o conteúdo da disciplina de diferentes formas
(explicações, filmes, livros, informática, jornal, documentos, aula de campo, etc.),
demonstrando capacidade de expressão, de forma que todos os alunos entendam.
Tal fato determina uma predisposição dos professores em se empenhar para
buscar materiais que possam entreter os alunos em suas aulas a fim de aproximar
os conteúdos à realidade dos mesmos. Portanto há uma esperança de mudança no
contexto escolar atual, uma vez que existe convergência entre o que os professores
e alunos almejam e objetivam dentro de sala de aula.
O ponto culminante da pesquisa foi o resultado da seguinte pergunta feita
para os professores e alunos: Você considera que nos dias de hoje, a maioria dos
alunos estão desinteressados e desmotivados pelo estudo? A maioria esmagadora
de ambas as categorias (professor e aluno), consideram que o alunos encontram-se
desinteressados e desmotivados, ratificando a hipótese da pesquisa feita, que
investiga a motivação dedicada ao ensino, suspeitando que a indisciplina estivesse
relacionada a esse contexto de desânimo coletivo.
Para os professores foi acrescentada mais uma pergunta: se os professores
também estão desinteressados e desmotivados para ensinar seus alunos. Foi
extremamente significativa à porcentagem do resultado com a entrevista dos
professores: 88% deles consideram que a maioria dos alunos está desinteressada e
desmotivada com o estudo e 61% alega que a maioria dos professores está
desinteressada e desmotivada. Os profissionais declaram que uma parcela desta
desmotivação está relacionada às péssimas condições de trabalho e salário, ao
próprio desinteresse do aluno e a indisciplina, e muitas vezes pela falta de vocação
do professor. 92% entre os alunos consideram que a maioria está desmotivada e
desinteressada. Com essas porcentagens podemos compreender como está a
situação do ambiente escolar.
Os alunos por sua vez também se sentem desprestigiados com uma rotina
maçante e repetitiva de aulas monótonas e desinteressantes não tendo estímulo de
se envolver e se entusiasmar com as atividades escolares. Assim como professor se
ressente com a postura do aluno e acaba ficando mais desmotivado, não
acreditando que possa fazer alguma diferença com sua prática profissional, optando
por não se esforçar para melhorar, enquanto, vislumbra uma ausência de sentido
profissional. Sendo assim justifica sempre que os problemas existentes ocorrem por
culpa de outros agentes envolvidos no contexto, como alunos, pais, a sociedade e o
sistema. Assim vai aflorando e alimentando o desinteresse e a desmotivação mútua
entre alunos e professores desqualificando o processo de ensino aprendizagem.
Na sequência da pergunta foi pedido aos alunos que justificassem sua
resposta a respeito do que avaliavam como motivos para que estivessem nesse
estado de desmotivação e desinteresse, e como resultado segue uma tabela com as
respostas mais recorrentes:
Justificativas do aluno do seu desinteresse
EM RELAÇÃO AOS
PAIS
EM RELAÇÃO AOS
PROFESSORES
EM RELAÇÃO AO
PRÓPRIO ALUNO
EM RELAÇÃO À
ESCOLA E OUTROS
MOTIVOS
Aluno vem para escola
por obrigação dos pais;
Falta de cobrança do
professor e maneira de
ensinar sem qualidade;
Desanima quando
reprova;
Colégio não dá suporte para
o aluno;
Pais querem que os filhos
trabalhem;
Conteúdo chato que não
prendem a atenção;
Só pensam em
namorar, jogar bola,
sexo, droga, beber;
Má influência externa e
interna na escola;
Não incentivam e não
exigem sucesso dos
filhos;
Aulas rotineiras,
monótonas, cansativas,
repetitivas;
Estudam pelo
certificado;
Estudo não compensa mais,
não vai trazer grandes
benefícios;
A família sustenta e o
aluno se acha no direito
de não estudar, não quer
saber de nada e os pais
não cobram;
Atividade que não são
interessantes e não atraem,
muitas vezes sem sentido;
Cansaço do trabalho; As necessidades fora da
escola são mais importantes
que o estudo;
Individualismo e
autoritarismo;
Falta de consciência
da importância e
compromisso com os
estudos;
Falta de conteúdos úteis para
o futuro;
Não estimulam o interesse
dos alunos, eles estão
sempre certos;
Só pensam em
navegar na internet;
A escola não atrai o aluno;
Falta de educação; A maioria dos jovens
não pensa no futuro;
Não é só o estudo que
garante o aluno ter um bom
emprego.
Falta de compromisso,
criatividade e desanimo.
Preguiça.
A partir da tabela com o levantamento das respostas mais relevantes
apresentadas pelos alunos podemos observar o ponto de vista deles, segundo o
qual existem quatro principais agentes identificados como responsáveis pelo
desânimo dos alunos: os pais, os professores, eles próprios ou a escola.
Diversas respostas são semelhantes e estão relacionadas, por exemplo, no
caso dos pais e dos professores à falta de respeito, abuso de poder, menosprezo e
autoritarismo. Essa forma de tratamento destrutiva é muito perigosa para a formação
dos jovens. A falta de incentivo e compreensão dificulta o desenvolvimento dos
jovens em diversos aspectos, sobretudo no âmbito escolar.
Em relação aos problemas referentes aos próprios alunos muitos estão
ligados às questões psicológicas enfrentadas nessa faixa etária da adolescência. As
relacionadas à escola e outros estão vinculadas ao perfil de formação profissional
exigido pelo mercado de trabalho e como o currículo escolar é conduzido com essa
finalidade de preparação.
Na tabela abaixo foram selecionadas respostas relevantes nas entrevistas
dos professores em relação à sua opinião sobre o desinteresse dos alunos no
ambiente escolar:
Justificativas do professor sobre o desinteresse do aluno
Falta de responsabilidade dos
alunos;
Mudança de valores;
Escola não atraente;
Não há cobrança;
Não veem perspectivas para o
futuro e utilidade entre o que
aprendem e o sucesso almejado;
A escola perdeu o sentido único que é
adquirir conhecimento científico para
um local de diversão e lazer;
O conhecimento hoje se dá em
vários lugares;
Fontes de informação mais
interessantes que a escola;
Alunos encontram tudo na
internet;
Falta de acompanhamento da
família;
Mudanças na sociedade de forma
muito rápida e a escola não
consegue acompanhar;
Falta de objetivo,
Falta de professores que motivem mais
as aulas;
Falta de comprometimento do
professor;
A escola esta defasada em relação à
realidade social,
Práticas arcaicas de professores;
Má formação do professor que
conflita com a realidade;
Falta de consciência da função
da escola e do aluno,
Alunos com dificuldade de se
concentrar,
Não veem a escola como
perspectiva de mudança,
É preciso resgatar o papel da escola
como local de aprendizagem.
Quanto ao que os professores determinam como motivo para o desinteresse
dos alunos é explicito um atraso da escola em relação ao desenvolvimento da
sociedade e avanço tecnológico, pois as metodologias e as ferramentas dentro do
ambiente escolar não conseguem competir e ser tão atraentes quanto aos recursos
virtuais e eletrônicos disponíveis.
A ausência de valores como os familiares e os de compromisso e
responsabilidade tanto por parte dos professores quanto por parte dos alunos
também fica evidenciado nas respostas dos professores. O que demonstra traços
negativos presentes na sociedade capitalista como o individualismo e a
competitividade.
Como questão final foi perguntada aos alunos: quais estratégias poderiam
ser aplicadas pelo professor ou pela escola para amenizar a indisciplina e motivar os
alunos para os estudos? Abaixo segue uma tabela com questões significativas
encontradas frequentemente nas respostas apresentadas pelos alunos para uma
reflexão:
Sair da rotina, aula mais
dinâmicas e interessantes,
novos métodos.
Menos abuso de
poder dos
professores e mais
comunicação com a
coordenação
Atrair o aluno para
escola
Tratar o aluno de
forma mais positiva,
motivadora,
aconselhando.
Atividades inovadoras com
temas ligados também com o
interesse do aluno
Professor explicar a
matéria na linguagem
dos alunos
Professor menos
rígido
Aulas mais práticas,
menos teoria e texto,
aulas temáticas.
Mais trabalhos em grupo
que envolva pesquisas
diversificadas com temas
relevantes
Professor menos
autoritário e mais
democrático
Conscientizar o aluno
para o estudo
Conteúdos
contextualizados
com a realidade
Uso dos recursos do colégio
como laboratório de química
e informática
Professores mais
capacitados,
educados e
comunicativos.
Professores mais
motivadores
Melhora da relação
professor aluno
Mais eventos (gincanas,
oficinas, festival de talentos),
projetos, cursos, palestras,
atividades extraclasse.
Professores que se
importem com a
aprendizagem do
aluno
Mais temas para
jovens, projetos.
Professor com mais
comprometimento e
motivado
Mais aula de campo Mais motivação para
os pais estarem na
escola
Competição
educativa entre
alunos
Tornar a aula menos
cansativa
Disciplina Buscar mais a
opinião dos alunos
Avaliações
diferenciadas
Professor ter mais
pulso firme
Professor usar menos o livro
didático, menos cópia.
Reciclar os
professores ruins
Menos falta de
professor
Nas sugestões dentro do levantamento feito na tabela acima podemos
observar a necessidade de uma mudança comportamental imediata para que haja
mais respeito, consideração, parceria por parte da escola e dos professores. Assim
como uma modernização e flexibilidade da escola e dos professores a fim de se
adequar às possibilidades existentes de recursos interativos e dinâmicos. Há uma
demanda por criatividade didática, os estudantes almejam participar de atividades
diferenciadas mais adaptadas aos interesses do cotidiano vivido por eles.
Diante da manifestação dos alunos como estratégia para amenizar o
desinteresse, fica evidente a importância da superação do professor, defendendo a
esperança de construir uma realidade diferente e um olhar mais humano para com
nossos alunos como citam Vasconcellos e Arroyo. Isso vem ao encontro da pergunta
feita aos professores na pesquisa sobre a postura a ser assumida pelo professor
diante de toda a problemática, a resposta foi unanime 100% responderam:
compreender que trabalham para transformar a realidade escolar. Refletindo sobre
esta resposta vemos um ponto de esperança e ao mesmo tempo um ponto de
interrogação dos professores na hora de buscar por esta mudança, fazendo com
que avancemos muito pouco no cotidiano escolar e deixando a alienação tomar
conta deste espaço.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todos almejam uma mudança pedagógica que abandone uma educação
baseada totalmente na transmissão da informação, em favor de ambientes de
aprendizagem nos quais o aluno poderá realizar atividades e construir o seu próprio
conhecimento. Segundo Valente (1999, p.29), “requer o repensar dos processos
educacionais, principalmente aqueles que estão diretamente relacionados com a
formação de profissionais e com os processos de aprendizagem”.
Tal mudança poderá repercutir em modificações nas instituições de ensino,
tanto na sua organização, como na sala de aula, no papel do professor e dos alunos,
assim como na relação com o conhecimento.
As aulas sem aprofundamento, sem renovação metodológica, sem
articulação interdisciplinar, sem clareza dos objetivos e sem conteúdos relacionados
com as necessidades do aluno podem ser o resultado da falta de convicção da
proposta do professor, gerando um acúmulo de dificuldades.
A sala de aula continua sendo um espaço com inúmeras possibilidades para
a renovação e transformação de nossas práticas pedagógicas, estimulando todos a
iluminar seu intelecto, para além das fronteiras do aceitável, criar novas
perspectivas, celebrando um aprendizado além das limitações. É preciso criar agora
novas estratégias de compartilhar o saber. O professor precisa refletir sobre a sua
prática. Pires (1999) defende a autocrítica, pois sem uma definição clara do seu
papel, o professor não estará em condições de educar, tendo em vista que o aluno
capta e explora essa fragilidade.
Entendemos que a mudança não se dá de uma só vez, é construída
gradualmente e abrange vários segmentos educacionais: sala de aula, escola,
comunidade, sistema de ensino, etc.. Diante disso há a necessidade de se estudar a
própria prática: ação-reflexão-ação. Não podemos continuar de braços cruzados,
assistindo a nossa educação tornar-se cada vez mais desvalorizada, é necessário
que saiamos da inércia para a prática, buscando atinar nos nossos alunos, não a
importância do conhecimento pelo conhecimento, mas a atuação deste na sua
prática cotidiana.
REFERÊNCIAS
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