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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.fomiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal objetivo interferir nas mudanças com- portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien- tal, sustentabilidade e paz social, refloresta- mento, incentivo à agricultura orgânica, hor- tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta- gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul- gado através deste veículo de interação. Projetos integrados: Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti- vas comunidades. Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Este veículo. transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa Edição 42 Ano IV Maio 2011 Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê Espírito Santo (ES) Página 8 Goiás É o Estado mais populoso da região cen- tro-oeste (43% da população) e o mais cen- tral dos esta- dos brasileiros. Goiás faz parte do planalto Central, sendo constituído por terras planas cuja altitude varia entre 200 e 1200 metros. A vegetação predominante é o cerrado. Leia mais sobre >>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 8 Uma rádio diferente. Onde a Educação, a Cultura, as tradições populares e a cidadania são prioridade. 100% Brasil Acesse, Prestigie... www.formiguinhasdovale.org Desastres naturais Cruz Vermelha e Ministério da Inte- gração Nacional vão trocar experiências para melhorar ações de defesa civil Da Agência Brasil Brasília – Capacitar pessoas para o traba- lho de prevenção e apoio às operações de busca e salvamento durante os desastres naturais é o que prevê o convênio assinado entre o Ministério da Integração Nacional e a Cruz Vermelha brasileira. O convênio vai permitir que servidores do ministério e voluntários da Cruz Vermelha troquem experiências em atividades de defesa civil. “Com certeza a experiên- cia de mais de 100 anos da instituição [Cruz Vermelha] será de muita valia para nós”, disse o ministro Fernan- do Bezerra Coelho. O Ministério da Integração Nacional promoverá cur- sos de capacitação e reciclagem em defesa civil para voluntários da Cruz Vermelha, além de credenciar re- presentantes da instituição para o caso de trabalho conjunto em situações de desastres naturais. “A partir de agora trabalharemos juntos na discussão de várias questões de estrutura logística no Brasil. Te- mos muitos voluntários por todo o país, mas ainda não conseguimos alojar, sequer, doações feitas às vítimas de catástrofes”, afirmou o ministro. Você sabia ! Como evitar doenças amigas da sujeira Evitamos algumas doenças apenas com hábitos de higiene pessoal. Leia mais >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 07 Drogas Não vejo a questão da droga só sob o ponto de vista do controle e puni- ção, mas sim do ponto de vista edu- cativo. Leia mais >>>>>>>>>>>>>> Página 3 A nossa história suja... Foi minha filha Julie quem me deu o tema para esta coluna, logo depois do almoço, quando falávamos das mentiras da Tepco no Japão, das tantas mortes na Líbia e do futuro de Kadhafi. Ela ainda está traumati- zada por ter ouvido de um primo, numa re- união familiar na última viagem ao Brasil, que a ditadura militar tinha sido uma boa coisa para o País. Leia mais sobre >>>>>>>> Página 10 Saúde Bucal Equipes Estratégia Saúde da Família A inserção da equipe de saúde bucal na ESF veio contribuir para a reorganização na atenção primária na perspectiva da promoção da saúde, visto que está voltada para uma visão não mais limitada às práticas odontológicas ligadas à clinica. Lei mais >>>>>>>> Página 13 Se construímos a sociedade da forma como está, podemos também desconstruí-la e reconstruí-la, através de nossas ações individuais e coletivas.

Desastres naturais Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas ... · cia de mais de 100 anos da instituição [Cruz Vermelha] será de muita valia para nós”, disse o ministro Fernan-

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Page 1: Desastres naturais Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas ... · cia de mais de 100 anos da instituição [Cruz Vermelha] será de muita valia para nós”, disse o ministro Fernan-

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Cidadania e

Meio Ambiente

Formiguinhas do Vale www.fomiguinhasdovale.org

A Associação tem como princi-pal objetivo interferir nas mudanças com-portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien-tal, sustentabilidade e paz social, refloresta-mento, incentivo à agricultura orgânica, hor-tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta-gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul-gado através deste veículo de interação.

Projetos integrados: • Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti-vas comunidades.

• Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

• Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

• Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

# SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco

0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

Este veículo. transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins

lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

Edição 42 Ano IV Maio 2011 Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

Espírito Santo (ES)

Página 8

Goiás

É o Estado mais populoso da região cen-tro-oeste (43% da população) e o mais cen-tral dos esta-dos brasileiros. Goiás faz parte do planalto

Central, sendo constituído por terras planas cuja altitude varia entre 200 e 1200 metros. A vegetação predominante é o cerrado.

Leia mais sobre >>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 8

Uma rádio diferente. Onde a Educação, a Cultura, as tradições

populares e a cidadania são prioridade.

100% Brasil Acesse, Prestigie...

www.formiguinhasdovale.org

Desastres naturais Cruz Vermelha e Ministério da Inte-gração Nacional vão trocar experiências para melhorar ações de defesa civil Da Agência Brasil

Brasília – Capacitar pessoas para o traba-lho de prevenção e

apoio às operações de busca e salvamento durante os desastres naturais é o que prevê o convênio assinado entre o Ministério da Integração Nacional e a Cruz Vermelha brasileira. O convênio vai permitir que servidores do ministério e voluntários da Cruz Vermelha troquem experiências em atividades de defesa civil. “Com certeza a experiên-cia de mais de 100 anos da instituição [Cruz Vermelha] será de muita valia para nós”, disse o ministro Fernan-do Bezerra Coelho. O Ministério da Integração Nacional promoverá cur-sos de capacitação e reciclagem em defesa civil para voluntários da Cruz Vermelha, além de credenciar re-presentantes da instituição para o caso de trabalho conjunto em situações de desastres naturais. “A partir de agora trabalharemos juntos na discussão de várias questões de estrutura logística no Brasil. Te-mos muitos voluntários por todo o país, mas ainda não conseguimos alojar, sequer, doações feitas às vítimas de catástrofes”, afirmou o ministro.

Você sabia ! Como evitar

doenças amigas da

sujeira

Evitamos algumas doenças

apenas com hábitos de higiene

pessoal.

Leia mais >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 07

Drogas Não vejo a questão da droga só sob o ponto de vista do controle e puni-ção, mas sim do ponto de vista edu-cativo. Leia mais >>>>>>>>>>>>>> Página 3

A nossa história suja... Foi minha filha Julie quem me deu o tema para esta coluna, logo depois do almoço, quando falávamos das mentiras da Tepco no Japão, das tantas mortes na Líbia e do futuro de Kadhafi. Ela ainda está traumati-zada por ter ouvido de um primo, numa re-união familiar na última viagem ao Brasil, que a ditadura militar tinha sido uma boa coisa para o País. Leia mais sobre >>>>>>>> Página 10

Saúde Bucal Equipes

Estratégia Saúde da Família

A inserção da equipe de saúde bucal na ESF veio contribuir para

a reorganização na atenção primária na perspectiva da

promoção da saúde, visto que está voltada para uma visão não

mais limitada às práticas odontológicas ligadas à clinica.

Lei mais >>>>>>>> Página 13

Se construímos a sociedade da forma como está, podemos também desconstruí-la e reconstruí-la, através de nossas ações individuais e coletivas.

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Maio 2011 Gazeta Valeparaibana Página 02

Gazeta Valeparaibana é um jornal gratuito distribuído mensalmente em mais de 80 cidades, do

Cone Leste Paulista, que é composto pelas seguintes regiões:

Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê.

Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J

Diretora Administrativa: Rita de Cássia A. S. Lousada

Diretora Pedagógica dos Projetos: Elizabete Rúbio

Tiragem mensal: Distribuído por: “Formiguinhas do Vale”

Filiados à FENAI - Federação Nacional de Imprensa

Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

“Formiguinhas do Vale” e está presente

mensalmente em mais de 80 cidades do Cone

Leste Paulista, com distribuição gratuita em

cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de

Ensino Fundamental e Médio.

“Formiguinhas do Vale” Uma OSCIP - Sem fins lucrativos www.formiguinhasdovale.org

Crônica

Outono O Outono chegou! Engraçado… Vi e ouvi propagandas de Festival de Inverno, Festival de Verão, escolas festejando o Dia da Primavera, mas nenhuma comemoração para a chegada da estação das folhas secas, que se desprendem das árvores e caem na terra – o Outono. Por que será? Perguntei-me. E me dei conta que, perto de completar 86 anos, experimento o outono da vida. Entretanto, não é porque as folhas caem, que os velhos devem se permitir cair também, pois a filosofia yorubana nos ensina: “Ìbè.rè. àgba bi a ánànò ló ri”, que quer di-zer, “mesmo quando o velho curva o corpo, ainda continua de pé”. O religioso tem por obrigação prestar atenção à sucessão das estações, uma vez que elas marcam o ritmo da vida e as etapas do desenvolvimento humano. O Inverno, ligado ao ele-mento água, refere-se à infância; a Primavera, estação das flores, mostra a fluidez do ar e da juventude; o Verão, a intensidade do sol, símbolo do fogo, demonstra o auge do dinamismo e atuação na vida, características do adulto; o Outono – crepúsculo vespertino – que está liga-do ao elemento terra, é a luminosidade do sol e do velho que vai aos poucos se escondendo e se aproximando do horizonte. Há tempos atrás, não se constituía em problema usar as palavras velhice e velho, pois elas apenas se referiam a uma das etapas do desenvolvimento dos seres vivos. Atualmente, isso é “politicamente incorreto”. É como se fosse uma desvalorização dessa etapa de vida, che-gando ao ponto de se tornar um adjetivo pejorativo. Resolveram adotar a expressão “melhor idade”. Entretanto, será que existe alguma idade que seja melhor que a outra? Na infância, temos a alegria da criança, acompanhada, no entanto, de uma fragilidade, que deixa os adultos em constante atenção. Na adolescência, o caráter espontâneo não deixa de vir acompanhado de uma coragem in-consequente. Na maturidade, se é dono da própria vida e se carrega, no entanto, o peso da responsabilida-de. Na velhice, a tranqüilidade decorrente do acúmulo das experiências vividas é gratificante, e-nergia física, porém, não é mais a mesma – falta “pique”. Percebe-se, assim, que em todas as fases sempre existe uma lacuna. É como diz um dos ditados que os velhos gostam de usar, a fim de passar sua sabedoria para os mais novos: “Na mocidade temos vitalidade e tempo, mas não temos autonomia nem dinheiro; na fase adulta, temos vitalidade e autonomia, mas não temos tempo; na velhice, temos tempo e dinheiro, mas não temos vitalidade. O candomblé é considerado uma religião primitiva. Geralmente, isso é dito com um sentido de desvalorização. Contudo, uma religião é tida como primitiva por ser de origem primeira, origi-nal, vinda desde os primeiros tempos. Na referida religião, como em muitas outras de proce-dência oriental, e nas tribos indígenas, o velho é muito valorizado, ele é considerado um sá-bio, tendo uma condição de destaque e respeito. Na cultura yorubana, o velho é um herói, pois conseguiu vencer a morte, que nos procura e ronda todos os dias. Ele tem sempre a última palavra, a qual não deve ser contestada. Tanto que é comum em África, a pessoa que ainda não completou 42 anos se manter calada duran-te as assembléias comunitárias, a fim de exercitarem a importante arte de ouvir. No candom-blé, tentamos seguir a tradição que herdamos e ensinamos aos iniciantes essa difícil arte. Mesmo que o iniciante se ache com razão, ele tem o dever de ouvir o mais velho de cabeça baixa e pedir a benção, por respeito. Todavia, não lhe é negado o direito, de em momento outro, justificar-se. Não está fácil manter a tradição hierárquica de respeito ao mais velho: enquanto para o can-domblé “antiguidade é posto”, fora dos nossos muros, os mais novos, que vivem em uma so-ciedade imediatista, não querem ou não conseguem encontrar tempo para ouvir experiências que um dia terão que enfrentar. Até porque os pertencentes à classe da “melhor idade”, não se disponibilizam mais a assumir o papel de transmissores de conhecimento, pois esta carac-terística deixou de ser valorizada na sociedade atual. Não quero dizer com isso que o idoso deve recolher-se, deixando de aproveitar a vida, já que quando jovem aprendi com minha Iyalorixá que “a vida é boa e gozá-la convém”. Para o bem da sociedade, o povo yorubá diz: “ola baba ni imú yan gbendeke”, mostrando que “é a honra do pai que permite ao filho caminhar com orgulho”. E eu digo: Todo pai é um mestre e todo filho é um discípulo! Maria Stella de Azevedo Santos Via: 3º Setor

Rádio web CULTURAonline

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós. A Rádio web CULTURAonline, prioriza a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania e as temáticas: Educação, Escola, Professor e Família. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a Educação se discute num debate aberto e livre. Acessível nos links: www.gazetavaleparibana.com www.formiguinhasdovale.org

CULTURAonline

A nossos fiéis ouvintes da rádio

CULTURAonline

Quero conseguir encontrar Palavras para descrever Este trimestre difícil de entender de tão maravilhoso... De tão fundo que penetrou em mim. Sob este soberbo sol de Outono Ao som dos ventos norte e do cantar dos pássaros Quis que me viesse a inspiração Para descrever o que sinto. Ao descobrir-vos maravilhosos ouvintes Enamorei-me novamente, uma paixão diferente Através desta estrela que é nossa rádio Que me leva a longínquos cometas. A poesia invade minha mente e minha alma Como um vulcão em erupção Num rio de larva escaldante de prazer Que sulca forte meu coração e se faz sentir em minha voz. Fervilham, desejos, emoções e vontades mil Num turbilhão de sentimentos de gratidão Que aquecem a minha alma deixando-a de prontidão Em todo o meu ser transcendente de vontade de ajudar. Este ser abriu as asas e voou Para alem das estrelas, vibrou e vibra a cada programa Com a vossa maravilhosa aceitação, amigos O meu ser se transformou, num pássaro gigante!!! Quero continuar a sentir-vos na alma e a cada programa Respirar o oxigênio que emanam e que me dá forças Beber lentamente as vossas palavras de interação Mantê-los sempre juntos, mesmo que a duras penas Sinto a plenitude do meu ser se desdobrando Comprazido pela vossa presença e grato Agradeço a todos vocês, caros ouvintes Pela vossa deliciosa companhia. Filipe de Sousa

Conheçam nossa programação: www.gazetavaleparaibana.com/programacao.htm

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Maio 2011 Gazeta Valeparaibana Pagina 03

Utilidade pública - Idoso

LEI N.º 10.741 DE 1 DE OUTUBRO DE 2003 - Dispões sobre o Estatuto do Idoso LEI N.º 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994 - Dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. DECRETO N.º 1.948, DE 3 DE JULHO DE 1996 - Regulamenta a Lei n° 8.842, de 4 de janeiro de 1994, que dispõe so-bre a Política Nacional do Idoso, e dá outras providências. Princípios das Nações Unidas para o Idoso - Resolução 46/91. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Em < Nossa Biblioteca > mo site do projeto social Formiguinhas do Vale poderá o LEITOR conhecer algumas

dessas Leis disponibilizadas em PDF. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- O envelhecimento da população traz consigo não apenas demandas especiais de serviços públicos e de investimentos. Traz, sobretudo, profundas modificações nas representações da cultura, nas práti-cas sociais e nas formas e figuras de subjetivação. O Brasil, habituado a se ver sob o signo da jovialidade, começou a se defrontar com as crescentes imagens de idosos, espelhando seu próprio envelhecimento. De país que tinha os jovens como prota-gonistas principais, passa a ser protago-nizado também pelos mais velhos. O cenário social e as histórias que aí se desenrolam passam a contar com esses outros atores nos quais as marcas do tempo se aprofundam, antes completa-

mente destituídos de qualquer palco, visibilidade ou protagonismo social. O Estatuto do Idoso, Lei Federal brasilei-ra nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, dispõe sobre um título dedicado ao Aces-so à Justiça (arts. 69/71), no qual se des-tacam os dispositivos que prevêem a possibilidade de criação de varas especi-alizadas e exclusivas do idoso (art. 70), e assegura a prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execu-ção dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância (art. 71). A prioridade na tramitação dos proces-sos no âmbito do Poder Judiciário é uma conquista merecida e justa aos idosos. Infelizmente, nossa Justiça é muito criti-cada por sua morosidade, levando anos para solucionar um litígio. A pessoa que chegou à velhice não pode ficar esperando tanto tempo para ver o seu caso resolvido. A demora na solução, inclusive, traz sé-rios problemas de saúde: ansiedade, angústia, desânimo, depressão, etc. Mais do que justa é essa prioridade. Ima-ginem quantos idosos esperam, por e-xemplo, decisões judiciais acerca de re-visões de valores de aposentadorias? Minhas reflexões decorrem a partir da aprovação do Estatuto do Idoso (Lei Fe-deral nº 10.741/2003) e de suas implica-ções no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Ceará, Brasil, principalmente no que tange ao direito de prioridade pro-cessual conferido a esse segmento po-pulacional.

Como outras promessas de prioridade processual, estamos diante de mais um

caso de “legislação simbólica”.

Enfim, o que o idoso mais precisa é de respeito e, respeito e educação não se

produzem através de Leis.

Fonte: www.fomiguinhasdovale.org

Lição de vida - Indecisões

Uma garotinha, um

pirulito, uma lágrima

Mais um sexta feira e Da. Rosa se-guiu seu trajeto habitual até ao mercado para fazer as habituais compras de frutas e verduras para semana.

Na rua do mercado existia um sa-lão de beleza em que não havia uma só vez que ela passasse em sua frente e que seus olhos não se perdessem a olhar uma menininha aparentando ter cerca de oito a-nos,sentadinha num cantinho brin-cando com uma boneca.

Da. Rosa olhava aquela figurinha e ficava intrigada. ”Como um ser tão pequeno, pode carregar um olhar tão tristonho? ; seguia sua rotina e aquela garotinha não lhe saia da mente.

Outra sexta feira e lá ia Da. Rosa. Ao sair de casa pensou, hoje vou comprar um doce e dar a garoti-nha, se é que a mãe vai permitir. Assim ela o fez, no mercado com-prou um lindo e colorido pirulito. Ao passar na porta do salão ela não teve coragem, suas pernas treme-ram e uma sensação de vazio, dela tomou conta.

Ao chegar a casa Da. Rosa chorou, ela não sabe de onde, mas uma tristeza enorme invadiu seus pen-

samentos e ela simplesmente de-sabou em prantos. O que havia de errado em dar um pirulito a uma criança? Onde ela teria errado ao pensar num gesto tão singelo e ser punida dessa maneira?

Em sua humildade guardou o doce. Sexta feira, Da. Rosa saiu de novo às compras. Agora ela se proibiu de olhar para o salão, dava uma volta enorme para não cruzar seus olhos com o da menina. Assim ela o fez por incontáveis sextas feiras.

Um dia, ela, ao amanhecer olhou o pirulito e decidiu que entregaria a criança.Tomou seu banho, passou seu suave perfume, pegou sua sa-cola, sua carteira e saiu para às compras.

Foi na rua do salão e mentalizava, hoje terei coragem, mas ao chegar perto de onde sempre avistava os olhinhos tristonhos viu que as por-tas estavam fechadas.

Não pensou duas vezes e foi per-guntar ao borracheiro ao lado do salão por que as portas não esta-vam abertas? Um senhor sujo de graxa deu um sorriso de canto de boca e disse: “a senhora já não passa aqui faz tempo heim dona?” Esse salão fechou já faz algumas semanas, as portas baixaram e nunca mais ninguém teve noticias da dona nem de sua filhinha.

Frustrada, Da. Rosa sentou-se na calçada, desembrulhou o pirulito, chupou e chorou. A partir daquele dia os olhos tristes da menininha passaram a ser os seus olhos. Flávia Rodrigues

EDUCAR - Uma janela para o mundo

Todos sabemos que programas sobre educação onde se abor-dem verdades e se discuta o assunto de forma imparcial, su-prapartidariamente e com ética são raros na mídia convencio-nal. São raros porque infelizmente não dão IBOPE e a mídia con-vencional busca imagem e IBO-

PE, pois somente assim conse-guirá patrocinadores e valoriza-rá seus espaços publicitários.

EDUCAR Uma janela para o mundo

Nosso programa no ar todos os Sábados, das

18;00 ás 20;00 horas e, o ouvinte poderá interagir

com suas sugestões, criticas ou

questionamentos.

RADIOCULTURAonline

CONHEÇA NOSSA PROGRAMAÇÃO

Acesse e ajude a Educação no Brasil

www.gazetavaleparaibana.com

Drogas e drogas Não vejo a questão da dro-ga só sob o ponto de vista do controle e punição, mas sim do ponto de vista educativo.

A droga é tabu nas escolas, ela é tratada como um assunto a ser evitado ou mistifi-cado e demonizado, como se os usuários de qualquer droga fossem pessoas bur-ras, erradas ou más.

A liberdade de se gastar tudo o que se ganha e até contrair crédito sem ter como pagar não é vista como doença, embora arruíne muitas vidas. Tal consumo com-pulsivo, no entanto, obedece a impulsos psiquiátricos semelhantes aos do consu-mo compulsivo de qualquer droga (carência, mecanismo de compensação, dependência psicológica, etc.). A depen-dência física só vem após anos de consu-mo de alguma substância, a psicológica é que alimenta o início do vício e sua conti-

nuidade ...

A educação desempenha, aí, um fato pre-ventivo importante: mostrar a realidade de vida dos que se drogam de maneira com-pulsiva, do comércio ilegal de drogas e de drogas legalizadas (álcool e fumo), as doenças paralelas, os lucros dos intermediários, a corrupção dos ór-gãos repressores, a droga como doença social ou indústria, etc .

Esse tem sido o direcionamento dado por nós, em palestras e atividades comunitá-rias. e procuro trabalhar muito isso com ele. Procurar dar bons exemplos.

Um outro fator que influencia muito são os mitos - músicos, escritores, artis-tas...todos com muitas histórias pra contar sobre experiências com drogas. Às vezes nos parece que só tendo experiências negativas com pessoas muito próximas é que perde-se o interesse e passa-se a baní-las.

Pessoas públicas têm que saber se pre-servar e mostrar-se como exemplos.

Filipe de Sousa

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Maio 2011 Gazeta Valeparaibana Pagina 04

Casamento Real e o dia do trabalho

Por: Teo Franco O contraste entre súditos e rea-leza é mais evidente aqui no Brasil do que na Inglaterra. Aqui também temos nobres e plebeus. A diferença do poder aquisitivo entre o trabalhador e a elite dominante na Terra de Vera Cruz continua sendo mui-tas vezes maior do que no pri-meiro mundo. Talvez seja por-que a Coroa inglesa tenha ex-plorado suas colônias por longo tempo, e no Brasil, os coronéis continuam fazendo isso até ho-je, porém, com o seu próprio povo. Enquanto na Inglaterra vigora o sistema “político da monarquia constitucional parlamentarista”, no Brasil temos a “oligarquia

constituída por coronéis da po-lítica”. Temos assim um tipo de monarquia tropical. Alguns incorporam tão bem es-se papel que até castelo manda-ram construir, e não é lá no Ve-lho Mundo não, é bem aqui, na Zona da Mata mineira a proprie-dade de estilo medieval do (agora ex) deputado federal Ed-mar Moreira. Outros lordes da nobreza recebem auxilio da “coroa”, na forma de pensão vitalícia para ex-donatários, di-go, ex-governadores. O “direito” à essa benesse al-cança quem sentou na cadeira “real” seja, apenas, por um dia somente. Um dos beneficiários é aquele senador que, dentro do Con-gresso Nacional, confiscou o gravador do jornalista Victor Boyadjian, quando foi indagado sobre o caso. O Congresso não é a Casa do Povo? Ora povo! Falando em Congresso, no apa-gar das luzes de 2010, os no-bres parlamentares aprovaram em tempo recorde o reajuste de 61% dos seus próprios salários. Para cumprirem sua jornada de 24 horas semanais das sessões

de terças a quintas-feiras tem direito a R$ 26,5 mil além de ou-tras verbas. Enquanto as Cen-trais dos trabalhadores não conseguem negociar a jornada de 40 horas semanais em troca do salário mínimo de R$ 545,00 recentemente majorado. Tanto lá como cá, são os vassa-los que sustentam a casta no-bre. Afinal, é sabido que realeza e trabalho não combinam muito bem. Segundo o site Transpa-rência Brasil, enquanto que nas terras de Caminha se gasta com a remuneração, de cada um, dos políticos na casa de R$ 1 milhão por ano, entre remunera-ção, auxílios diversos, salários de assessores de gabinete e verba indenizatória, na Câmara dos Comuns britânica, cada membro gasta pouco mais de R$ 400 mil (168 mil libras) por ano, também incluindo, todas as verbas, além do salário. O fato é que o deputado brasi-leiro consome mais do que o dobro de um parlamentar britâ-nico, sendo que este último vive num país em que a renda per capita e o custo de vida são muito superiores aos do Brasil. Por outro lado, existe também uma diferença de tratamento da-

do aos súditos de cada reinado, nas áreas de educação, saúde e segurança. Sendo que esta dife-rença conta a favor dos ingle-ses. Isto acontece também com a distribuição de renda no Rei-no de Elizabeth Regina II, a qual é bem diferente do império Tu-piniquim. No Brasil 1% da popu-lação mais rica fica com 13% da riqueza enquanto que 50% dos mais pobres ficam com 15% do bolo. Aqui a relação entre os de-tentores de 10% da maior renda com os de 10% de menor renda, é de 50 vezes. Essa relação em países desenvolvidos é de 8 ve-zes., Apesar de algum progresso re-cente, o Brasil permanece um dos mais desiguais do planeta, segundo relatório (Pnud*) da ONU sobre desenvolvimento humano em que aborda especi-ficamente a distribuição de ren-da. A única boa notícia é que, pelo menos, o mundo todo pode so-nhar um pouco com todo o gla-mour do casamento encantado da nova princesa, a bela e caris-mática Kate Middleton, a Prince-sa de Gales. Afinal, ninguém é de ferro. Da redação (via 3º.Setor)

Desafios brasileiros - Campanha TROQUE UM (1) PARLAMENTAR

POR 344

PROFESSORES

Sou professor de Física, de ensino médio de uma escola pública em uma cidade do interior da Bahia e gostaria de expor a você o meu salá-rio bruto mensal: R$650,00. Eu fico com vergonha até de dizer, mas meu salário é R$650,00. Isso mesmo! E olha que eu ganho mais que outros colegas de profissão que não possuem um curso superior como eu e recebem minguados R$440,00. Será que alguém acha que, com um salário assim, a rede de ensino poderá contar com professores competentes e dispostos a ensinar? Não querendo generalizar, pois ainda existem bons profes-sores lecionando, atualmen-

te a regra é essa: O profes-sor faz de conta que dá aula, o aluno faz de conta que a-prende, o Governo faz de conta que paga e a escola aprova o aluno mal prepara-do. Incrível, mas é a pura verdade! Sinceramente, eu leciono porque sou um idealista e atualmente vejo a profissão como um trabalho social. Mas nessa semana, o soco que tomei na boca do esto-mago do meu idealismo foi duro! Descobri que um parlamen-tar brasileiro custa para o país R$10,2 milhões por a-no... São os parlamentares mais caros do mundo. O mi-nuto trabalhado aqui custa ao contribuinte R$11.545. Na Itália, são gastos com parlamentares R$3,9 mi-lhões, na França, pouco mais de R$2,8 milhões, na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$850 mil e

na vizinha Argentina R$1,3 milhões.

Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo, 688 professores com curso superior ! Diante dos fatos, gostaria muito, amigo, que você di-vulgasse minha campanha, na qual o lema será:

“TROQUE UM PARLAMEN-TAR POR 344 PROFESSO-

RES'. Repassar esta informação é uma obrigação, é sinal de patriotismo, pois a vergonha que atualmente impera em nossa política está desmoti-vando o nosso povo e arrui-nando o nosso querido Bra-sil. É o mínimo que nós, patrio-tas, podemos fazer. PASSE ADIANTE Divulgue Filipe de Sousa

Comunicação Comunicar-se é sempre um

desafio!

Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcançar os resul-tados que buscamos e atingir o público alvo es-colhido de uma forma objetiva e, que ao mes-mo tempo, se apresente

perante o ouvinte ou o leitor como hones-ta e verdadeira, a informação ou a opini-ão.

Por quê?

Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade;

Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência;

Porque a serenidade que nunca se des-mancha não é serenidade: é indiferença;

Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade"

Porque a verdade tem que ser norma. Filipe de Sousa

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Maio 2011 Gazeta Valeparaibana Página 05

Educação - temos que repensar

Não será com baixos salários e ínfimos investimentos que tirare-mos a EDUCAÇÃO do caos em que se encontra, muito menos ti-rando a autoridade dos professo-res, nos excessos praticados pelos alunos que iremos conseguir esta-belecer limites e freios para esta juventude que aí está. Devemos mudar o atual modelo de forma que se possa oferecer à nossa ju-ventude uma educação de qualida-de e acenar para um futuro menos perverso.

A política educacional pública exis-tente no País, está a beira do abis-mo, haja vista ser executada por nossos dirigentes públicos de for-ma a oferecer o oposto da melhori-a da escola pública e tirar o Brasil do atraso educacional em que se encontra.

Medidas urgentes devem ser to-madas como meio de compensar o atraso a que estamos submetidos. E, dentre estas medidas, algumas podem ser utilizadas, as quais com certeza seriam suficientes para co-meçar a sinalizar para a melhora do nosso modelo educacional.

Assim é urgente remunerar bem o docente, de forma que lhes asse-gure um mínimo de dignidade, ga-rantindo-lhes um salário que devol-va à carreira do magistério sua va-lorização. Porém, não é só garantir um salário digno, mas, também, que seja dada condições de traba-lho e um Plano de Cargo e Salá-rios, discutidos com as bases, que lhe sirva de bússola. Ao devolver a dignidade, com certeza o professor se sentirá mais comprometido e dará à educação a prioridade que esta merece.

A Lei do Piso Salarial do Magisté-rio seria o caminho para a valoriza-ção do professor, desde que os nossos governantes decidissem priorizar a educação, e passassem a cumpri-la integralmente. Combater e denunciar aqueles diri-gentes políticos, infelizmente in-crustados em todos os partidos po-líticos, por terem mais se destaca-do no descaso que dão a educa-ção, que procuram transformar a categoria em seus reféns, que pa-ra compensar o arrocho salarial a que os submetem, instituindo boni-ficações e premiações por “mérito”, é uma obrigação.

Este modelo implantado por alguns Estados e Municípios, não traz a dignidade aos professores, muito pelo contrário, depõe contra a qua-lidade de ensino, pois para obter o prêmio, o docente terá que ser subserviente aos padrões estabe-lecido pelo governante de plantão. Além do mais, em razão da busca de melhores salários, o professor é submetido a jornadas semanais cada vez mais altas e a salas de aulas abarrotadas de alunos, de forma que, com esta submissão possa obter a premiação.

Outra medida que contribuiria para uma agenda positiva, seria a redu-ção da jornada de trabalho dos profissionais de educação, com ampliação do tempo previsto para o planejamento das aulas, avalia-ção e formação continuada do do-cente, conforme determina a Lei do Piso Nacional do Magistério, que prevê um terço da jornada do professor seja dedicado a estas atividades.

Ocorre que, infelizmente, este arti-go não pode entrar em vigor, por-que a insensibilidade e insensatez de alguns ex-governadores, entra-ram com ação de suspensão do referido artigo junto ao Supremo Tribunal Federal – STF.

Estabelecer um máximo de 25 alu-nos por turma seria outra medida que iria contribuir para a melhoria na qualidade do ensino, oferecen-do desta forma condição ao docen-te para que assim lhes possa dar uma maior atenção, diferentemen-te do que ocorrem em salas de au-la com 40 e 50 alunos.

Nas condições atuais, de salas de aulas superlotadas e sem o míni-mo de conforto e condições materi-ais de trabalho, é impossível um ensino de qualidade, por mais que o professor se encontre preparado.

Diante desta situação é comum vermos estudantes concluir o pri-meiro grau ainda analfabetos ou semi-alfabetizados, e muitos, já no segundo grau, sem dominar as quatro operações básicas da mate-mática ou mesmo conseguir ler e interpretar um texto corretamente, por mais simples que seja. Este é o resultado de salas de aulas su-perlotadas e este é o futuro que estamos oferecendo aos nossos jovens.

Por fim, uma quarta medida, tão importante como as anteriores, é o aumento dos investimentos para o setor, que em nosso País ainda é muito pouco, para o muito que es-tamos devendo. Quando falamos em aumentar os investimentos, es-tes devem estar focados na melho-ria das condições de trabalho e na qualidade do ensino. Não como têm feito alguns gestores públicos,

investido em supérfluos, achando que assim está contribuindo, com uma melhor educação.

É preciso que os nossos dirigentes públicos deixem os discursos de palanque e cumpram efetivamente o prometido. E aí vai um recado para os nossos dirigentes: colo-quem na sua agenda como priori-dade nº1 a EDUCAÇÃO, e para que isto possa acontecer, é neces-sário fortes investimentos nesta área.

Devemos deixar de lado a priorida-de assumida de pagar os juros da dívida pública, utilizando os recur-sos do superávit primário para pri-oritariamente investir na educação, revertendo às péssimas condições do ensino público, equipando as escolas, qualificando os docentes, oferecendo salas de aula dignas e confortáveis, contratando através de concurso público funcionários e professores, em lugar dos famige-rados REDAS ou contratos tempo-rários; elevando os salários a um patamar de dignidade profissional e reduzir a jornada do docente de forma que lhes dê melhores condi-ções de salubridade.

Quando pedimos mudanças no modelo educacional colocado à disposição principalmente da clas-se mais pobre, o que se deseja é um modelo de ensino público foca-do na qualidade do conteúdo e na exigência tanto na formação como na verificação.

Sem querer ser saudosista, os nossos pedagogos ideólogos do modelo atual, deveriam se espe-lhar no exemplo de ensino público oferecido no passado, do qual, tal-vez, muitos deles foram usuários, e buscar adaptá-lo e aplicá-lo ao presente, retirando os seus exces-sos. “Invenções” e “teorias peda-gógicas modernoides” aplicadas atualmente já comprovaram a sua ineficácia, e o que se tem visto é a colocação no mercado de cente-nas de analfabetos funcionais for-mados pelas nossas escolas públi-cas.

Portanto, tenho plena convicção que não são com idéias ou proje-tos que retiram do professor a au-toridade de educar e disciplinar o aluno que estaremos contribuindo para a melhoria na educação públi-ca.

Projetos, como acabar com a re-provação de alunos nas séries ini-ciais, exatamente nestas séries onde lhes será dado o suporte pa-ra o acompanhamento das discipli-nas futuras, é que iremos resolver o problema. Alíás é precisamente este um dos pontos principais com que estamos contribuindo para a péssima formação de nossos jo-vens.

Argumentar, como querem os psi-cólogos de plantão, que esta pos-sível reprovação trará traumas fu-turos, então eu me pergunto: como ficaram muitos colegas meus da-quela época em que estudei e que foram reprovados?

Posso afirmar que todos ou quase todos, até por conhecimento de causa, aproveitaram desta experi-ência para dar a volta por cima, e se transformaram em profissionais da melhor estirpe nas profissões que escolheram. Portanto, diante do exemplo destes colegas e do meu, a teoria modernista dos nos-sos psicólogos cai por terra;

Assim, afirmar que a reprovação que porventura possa ocorrer irá traumatizar é desconhecer o pas-sado e não conhecer a história do ensino no Brasil. É querer aplicar teorias e experimentos, que irão levar a nossa juventude para um futuro ainda mais incerto.

É chegada a hora de deixarmos os “testes” e “experimentos” de lado e enfrentarmos o problema de frente. Sem querer menosprezar os nos-sos queridos psicólogos, acredito que eles deveriam está mais preo-cupados é com a segurança do docente em sala de aula e em bus-car soluções para os traumas in-fantis causados pela pobreza ex-trema e pelos problemas familia-res, advindas da exclusão social e do envolvimento com atividades ilícitas.

Deveriam estar envolvidos na pes-quisa em busca da melhoria da qualidade de ensino, na reeduca-ção de pais, na valorização da fa-mília, na valorização de nossas culturas e da ética e na formação desta juventude, que aí sim, estão os caminhos certos e certeiros, pa-ra um sociedade mais justa, solidá-ria e de paz, que fará deste País um País sério e desenvolvido.

Fora isto, é querer sentenciar es-tas crianças e a grande parcela de nossa sociedade a continuarem na miséria física e de conhecimento em que se encontram e, este País um País de poucos eleitos e de muitos excluídos.

Filipe de Sousa

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Maio 2011 Gazeta Valeparaibana Página 06

CANAL ABERTO

Quem tem coragem de abrir a discussão com a verda-de?

Tragédias como a ocorrida na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, sempre provocam grande comoção pública, indignação e, obviamente, tristeza pelas muitas crianças perdidas no atentado. Além desses sentimentos, tais fatos provo-cam também um grande tsunami de "especialistas", mobilizados em velo-cidade estonteante pela mídia, para dar laudos e explicações quase mate-máticas sobre as motivações do as-sassino. O atirador Wellington Mene-zes de Oliveira, segundo as informa-ções desses "cientistas da tragé-dia" (que variam de "criminólogos" a policiais militares), era tímido, solitá-rio, filho adotivo, "usuário" constante do computador (a "droga" dos tempos modernos segundo os "analistas"), ateu, islâmico, fanático, fundamenta-lista, portador do vírus da AIDS e, provavelmente, vítima de bullying na escola.

Certamente não há como contestar que todo ato humano, e por isso his-tórico, se explica a partir da análise de uma cadeia de relações comple-xas. Nada tem resposta simples e direta. Entretanto, o tipo de questão levantada para entender o terrível ato de Wellington Menezes de Oliveira diz muito mais sobre nós mesmos do que sobre ele. Todos os nossos pre-conceitos estão embutidos nessas respostas. De fato, não sabemos, e talvez nunca saibamos, por que exa-tamente ele atirou contra cada uma das crianças (em sua maioria meni-nas), assim como não sabemos sobre as reais motivações dos muitos aten-tados como esse, ocorridos em paí-ses como Estados Unidos e Dinamar-ca. Mesmo depois de tudo o que se discutiu, ainda é difícil, por exemplo, explicar Columbine (abril de 1999).

Uma das coisas que mais tem me chamado a atenção é a recorrência da explicação que elege o bullying escolar como um dos fatores que po-dem desencadear esse tipo de ato violento. A explicação não é nova, Columbine é prova disso. Há mais de dez anos atrás, dois meninos entram em uma escola, de capa preta (quase como em um filme hollywoodiano) e atiram em seus colegas.

"Especialistas", gringos agora, se a-pressam em dizer as razões: divórcio nas famílias, videogames, filmes vio-lentos, Marilyn Manson, porte de ar-mas facilitado e, como não poderia faltar, bullying na escola.

É inegável que o bullying é uma reali-dade. É indiscutível que ele é extre-mamente nocivo e doloroso aos alu-nos que sofrem com ele. É evidente que há urgência em iniciar um debate para saber como sanar o problema. Mas a pergunta que fica é: o que de fato é o bullying? Ele é um sinal (histórico) de quê? E ainda mais: ele é um problema restrito à escola? Por que os alunos são tão cruéis com seus colegas?

Michael Moore, cineasta norte-americano explosivo, tentou dar a sua interpretação para o atentado de Co-lumbine com o documentário Bowling for Columbine (2002). Moore, ao in-vés de repetir os clichês da mídia, foi implacável na destruição do senso comum das justificativas moralistas para o evento. Item por item, desde a desagregação da família, Manson, até a polêmica questão do porte de armas foram desconstruídos em sua narrativa.

O foco centrou-se em respostas mui-to mais interessantes, localizadas não nos dois jovens assassinos, mas na sociedade americana. O imperialismo militarista dos Estados Unidos, a a-ção violenta em outros países, a polí-tica do medo (incentivada pelo Esta-do e pela grande mídia), que reforça e superestima dados sobre a violên-cia urbana, sobre o fim de mundo, e, principalmente, a intolerância com todo tipo de diferença. Racismo, pre-conceito, homofobia, conflitos religio-sos e luta de classes são só alguns dos ingredientes do caldeirão de ó-dios em que se transformou a socie-dade americana.

Como crescer no Colorado, na "livre" América, e não ser conspurcado por esses valores? Como não idolatrar armas e achar que elas são um meio prático de solucionar problemas? Co-mo viver imune a uma sociedade indi-vidualista, capitalista, que divide os seus cidadãos o tempo todo em "winners" e "losers"? E mais ainda, como não se deixar levar por uma sociedade que até hoje não consegue lidar com a diferença entre brancos e negros? Uma sociedade que até os anos 1960 não oferecia direitos, opor-tunidades e tratamentos iguais a to-dos os seus cidadãos, tem o que para oferecer ao pensamento dos estudan-tes? Os americanos, ainda hoje, es-tão preparados para o respeito à dife-rença? A relação que eles mantêm com os muçulmanos diz muito. Defini-tivamente a liberdade e o respeito ainda não se transformaram em uma unanimidade por lá.

É claro que mesmo Moore não chega a dar respostas definitivas sobre a questão. E mais ainda: é evidente que ele considera a forma pela qual a instituição ESCOLA trata seus alunos (hierarquias e classificações hostis), ignorando muitas vezes o bullying, tem sua responsabilidade no massa-cre. Assim como é nítido que a venda facilitada de armas e munição são coadjuvantes importantes da história. Mas Moore foi corajoso ao lançar em cada um dos americanos a responsa-

bilidade da tragédia e discutir aquilo que ninguém teve coragem (ou má fé) de fazer. Nem a mídia, nem o go-verno, nem a sociedade. É preciso encarar os "monstros", com franque-za, e não apenas "satanizar" o ambi-ente escolar, para dar algum signifi-cado para esses eventos.

No Terra Magazine o antropólogo Ro-berto Albergaria afirmou que a mídia e a sociedade brasileira desejavam o impossível: explicações para um "desvario sem significado". Segundo ele, o que Wellington Menezes prati-cou foi o que os estudos franceses chamam de "violência pós-moderna", caracterizada por uma ruptura irracio-nal, sem explicação. De fato, talvez tenha sido um "ato irracional", fruto de um momento de insanidade. Mas acredito que esse tipo de resposta não nos ajuda a resolver coisas im-portantes sobre nós mesmos. A tra-gédia no Realengo, a meu ver, pode e deve ser início de um debate impor-tante sobre a nossa sociedade.

A tragédia na escola do Rio de Janei-ro acontece num contexto bastante relevante. Em outubro de 2009, Gey-se Arruda foi hostilizada por seus co-legas de faculdade porque, segundo eles, ela não sabia se vestir de modo "apropriado" para freqüentar as aulas. Em junho de 2010, Bruno, goleiro do Flamengo, é suspeito de matar a ex-namorada, Elisa Samudio, por não querer pagar pensão ao filho. Supos-ta garota de programa, Samudio foi hostilizada na opinião de muitos bra-sileiros. Após rompimento, Mizael Bispo, inconformado, mata sua ex-namorada Mércia Nakashima em maio de 2010. Em novembro de 2010, grupos de jovens agridem ho-mossexuais na Avenida Paulista, en-quanto Mayara Petruso incita o as-sassinato de nordestinos pelo Twitter.

E mais recentemente, em cadeia na-cional, Jair Bolsonaro faz discurso de ódio contra homossexuais e negros. Tudo isso instigado e complementado pelo discurso intolerante, preconceitu-oso, conservador e mentiroso do can-didato José Serra à presidência da República.

A mídia? Estava ao lado de Serra, corroborando em suas artimanhas, reforçando preconceitos contra Dilma, contra as mulheres e contra os tantos mais "adversários" do candidato tuca-no.

Wellington matou mais meninas na escola carioca. Se, por um lado, ja-mais saberemos as reais razões que o fizeram agir dessa forma, por outro sabemos o quanto a sociedade brasi-leira tem sido, no mínimo, indulgente com atos de intolerância, machismo, ódio e preconceito contra mulheres, negros e homossexuais.

Se não há uma ligação direta entre esses diversos acontecimentos, eles pelo menos nos fazem pensar o quanto vale a vida de alguém em um contexto de tantos ódios?

Quantas mulheres morrerão hoje víti-mas do machismo?

Quantos gays sofreram violência físi-ca?

Quantos negros sentirão declarada-mente o ódio racial que impregna o nosso país?

O que é o bullying se não o prolonga-mento para a escola desse tipo de mentalidade?

Quantas pessoas apoiaram as decla-rações de ódio de Bolsonaro via Fa-cebook?

Aquilo que acontece no ambiente es-colar nada mais é do que um micro-cosmo do que a sociedade elege co-mo valores primordiais. E o Brasil, que por tanto tempo negou a "pecha" de racista e preconceituoso, vê sua máscara cair.

Não adianta culpar o bullying, achan-do que ele é um problema de jovens, um problema das escolas. Não adian-te grades e detectores de metal nas entradas ou a proibição da venda de armas. Como professora, sei que o que os alunos reproduzem em sala nada mais é do que ouviram da boca de seus pais ou na mídia.

Não adianta pedir paz e tolerância no colégio enquanto a mídia e a socieda-de fazem outra coisa. Na escola, o problema do bullying é tratado como algo independente da realidade políti-ca, econômica e social do país.

Mas dá pra separar tudo isso?

Dá pra colocar a questão só em "valores" dos adolescentes, da influ-ência do malvado do computador ou dos videogames?

Ou é suficiente chamar o ato de Wel-lington de uma "violência pós-moderna" sem explicação?

Das muitas agressões cotidianas, a da escola do Realengo é apenas uma demonstração da potencialidade de nossos ódios.

A única coisa que me pergunto é: te-remos a coragem de fazer esse tipo de discussão?

Autora: Ana Flávia C. Ramos é pro-fessora, historiadora pela Unicamp

Se construímos a sociedade da forma como está, podemos também

desconstruí-la e reconstruí-la, através de nossas ações individuais e coletivas.

Filipe de Sousa

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Maio 2011 Gazeta Valeparaibana Página 07

Nossa saúde

Você sabia !

Como evitar doenças amigas da sujeira

Evitamos algumas doenças apenas com hábitos de higiene pessoal: - Tomar banho todos os dias; - Lavar os cabelos diariamente; - Lavar as mãos com sabão antes da re-feição; - Lavar o rosto várias vezes ao dia; - Escovar os dentes após as refeições ou ingerir algum alimento; - Manter a unhas limpas e cortadas.

Algumas destas doenças são bem co-nhecidas...

IMPETIGO (feridas na pele) Pegamos a doença: - Coçando a pele com as mãos ou unhas sujas; - Usando toalhas ou roupas de outras pessoas.

ESCABIOSE ou SARNA (Coceira em todo o corpo principalmente nas par-tes mais quentes – axilas, dobras e genitais, além nas mãos e nos pés de crianças pequenas. Pegamos a doença: - De pessoas, roupas ou assentos conta-minados.

MICOSE (doenças de pele por fungos) Podem apresentar-se como: - Lesões redondas em qualquer parte do corpo; - Lesões no couro cabeludo com falha nos cabelos (pegamos de pente ou má-quina de cortar cabelo);

- Lesões nos dedos dos pés; - Manchas brancas, escuras ou averme-lhadas no pescoço e nos ombros de adul-tos ou adolescentes; Pegamos a doença: - De outras pessoas, através do contato com roupas e de animais ou de contato com terra contaminada; ATENÇÃO: Manchas brancas no rosto de crianças não significam micose e “não são contagiosos”.

PEDICULOSE ou PIOLHO Causa coceira na cabeça e aparecimento de lêndeas (ovos). Pegamos: - De pentes, roupas, toalhas ou direta-mente de pessoa contaminada. ATENÇÃO: Devemos tratar sempre du-rante uma semana para matarmos todas as lêndeas, que vão nascendo. Lavar os cabelos diariamente para não pegar mais.

DIARRÉIAS E VERMINOSES Para evitar estas doenças, devemos: - Lavar as mãos antes de todas as refei-ções e depois de usar o banheiro; - Lavar bem as frutas e verduras; - Somente tomar água fervida e filtrada; - Manter alimentos e utensílios de cozinha protegidos de moscas, baratas; formigas; - Manter o lixo e o vaso sanitário tampa-dos.

...Outras doenças não tão conhecidas...

TRACOMA É uma infecção dos olhos, um tipo de conjuntivite crônica que, com o tempo, pode levar á cegueira.

Podemos evitar esta doença: - Lavando as mãos e rosto com frequên-cia; - Não usando travesseiros e toalhas de outras pessoas.

SINÉQUIA DE NINFAS É a aderência dos pequenos lábios genitais das meninas (ficam colados) Pode causar: - Dificuldade para urinar; - Infecção urinária; - Retenção urinária aguda (parar de uri-nar) Podemos evitar: - Fazendo a higiene adequada dos geni-tais das meninas (com algodão embebido

em óleo de amêndoas, óleo mineral e outros).

Saúde bucal para

gestantes e bebês

Tirando dúvidas sobre Saúde Bucal durante a gravidez!

Você sabia que... A gravidez não enfraquece os dentes da mãe, “roubando” minerais para a forma-ção do bebê como dizem! O que realmen-te acontece é que há a ingestão de ali-mentos mais vezes ao dia sem a devida higienização posterior...

A alimentação durante o período de ges-tação vai influenciar não somente na for-mação dos dentes de seu bebê, mas tam-bém na formação do paladar dele, fazen-do-o gostar mais ou menos de doces, conforme a quantidade de ingestão deste tipo de alimento, pela mãe...

A gengiva pode realmente ficar mais sen-sível, em função de alterações hormonais e mudanças na acidez bucal, mas, se houver um controle mais atento da higie-nização isso passará despercebido...

Infecções dentais não tratadas podem levar a um aborto ou prematuridade no parto...

Ao contrário do que dizem, a gestante, pode receber tratamento odontológico em qualquer idade gestacional, porém, sendo mais indicado no segundo trimestre da gravidez...

Existem anestésicos próprios para ges-tantes e que o seu Dentista juntamente com o seu obstetra podem escolher... O exame de raio-x, embora deva ser evi-tado ao máximo, principalmente no pri-meiro trimestre de gravidez, se for neces-sário, poderá ser realizado desde que a

mãe seja protegida com avental de chum-bo...

Existe o “Programa Odontobebê” nas Uni-dades de Saúde da Cidade de São José dos Campos, procure a mais próxima, no qual programa você deve se inscrever para receber instruções de como cuidar da Saúde Bucal da sua criança...

Agora que sua criança já está em seus braços!

Você sabia que... Você pode e deve levar sua criança o quanto antes para a Equipe de Atendi-mento do Programa Odontobebê, afim de iniciar o controle e ser examinado pelo Dentista?

Lá você aprenderá que cárie é uma doen-ça transmissível através da saliva, e que, portanto, não se deve nunca beijar a cri-ança na boca, assoprar sua comidinha ou coisa parecida...

Aprenderá também que a amamentação materna exclusiva, durante o primeiro ano de vida tem papel fundamental na forma-ção e desenvolvimento das estruturas faciais, o que propiciará o correto posicio-namento dos dentes, evitando problemas futuros de más oclusões (dentes tortos), de fala e até de respiração!

Saberá também que o uso indevido de chupetas, chucas e mamadeiras levarão a vários prejuízos à criança, nem sempre reversíveis!

Se ainda por cima se associarem ao uso destes apetrechos, mamadeiras com leite ou chás açucarados, xarope ou mel, da-dos principalmente á noite, sem a devida higienização posterior, haverá a formação da conhecida “cárie da mamadeira” ou cáries rampantes, que causarão imensa dor e desconforto ao bebê...

Para evitar tudo ISS, o Programa Odonto-bebê preparará Você; Mãe cuidadosa e responsável, para ter total domínio da técnica correta de higienização bucal e formação de bons hábitos alimentares, garantindo ao seu bebê uma vida saudá-vel e feliz!

Fonte: Secretaria da Saúde Prefeitura Municipal São José dos Campos (SP)

Os ouvidos da formiga

HHHHá anos tento recuperar o texto de um dos

mais assustadores contos de ciência ficção, que li ainda na adolescência. Ao que me indi-ca a frágil lembrança da narração, o autor era russo.

Em certo dia, os astrônomos localizam uma nuvem de gás letal que se aproxima da Terra e que a cobrirá, fatalmente.

Certos do fim da vida no planeta, os líderes políticos se reúnem às pressas com os cientis-tas e, no tempo ainda disponível, tomam pro-vidências para registrar tudo o que seria pos-sível guardar para uma civilização que viesse a surgir, em qualquer tempo depois, em nosso planeta. Um complexo sistema é estabelecido para chamar a atenção do futuro ser inteli-gente, quando, passado o efeito do envenena-mento atmosférico, fosse presumível a comu-nicação com esse desconhecido, descendente

de alguma forma de vida preservada durante o grande acidente cósmico.

Um dia, os grandes alto-falantes, espalhados pelo mundo, reproduzem o som estridente das sirenes e, em seguida, em todas as línguas imagináveis, as informações sobre os arquivos da vida humana, com as chaves de sua deco-dificação. Durante meses, enquanto duram as potentes baterias do sistema, os sons se repe-tem, sem que haja qualquer reação. Segundo o conto, os únicos seres sobreviventes haviam sido as formigas – e as formigas são surdas.

Nos arquivos subterrâneos, e para sempre, enquanto o sol brilhar e a Terra existir, jaze-rão, tão indiferentes como as rochas, as gra-vações da Quinta Sinfonia de Beethoven, com sua intrigante pausa inicial; das Quatro Esta-ções de Vivaldi, de toda a obra de Bach e Telleman, das Sinfonias de Mahler e das sur-preendentes composições de Gershwin; as mais belas esculturas; todos os livros do mun-do, juntamente com as pinturas, da reprodu-ção dos afrescos da Antiguidade a Miró e Pi-casso. Também guardados em recipientes de cristal selado, os grandes filmes até então produzidos.

Não estamos ouvindo os avisos da Natureza. Eles estão sendo mais insistentes em nosso século, que se inicia, do que nunca foram. Esses avisos podem ser confirmados pela ciência: o pólo magnético se desloca rapida-mente, em conseqüência das tempestades magnéticas se sucedem. Há o risco, já anunci-ado, de que haja tal subversão no campo magnético terrestre que todos os registros eletrônicos se apagarão em um instante – e para sempre.

O homem ainda não se deu conta de sua grandeza. A inteligência que o assiste é a maior expressão da vida no Cosmos. Fruto do acaso, ou de deliberada intenção superior, o Universo, com seus mistérios e sua imensidão só serve ao homem, porque só o homem tem a consciência de que o Universo existe.

Nos últimos 150 anos causamos mais danos à Natureza do que em todo o curso da vida na Terra. E não adianta esquivar-se da verdade, tão clara como o sol das manhãs de verão: toda essa violência se fez em nome do lucro, em nome do acelerado crescimento do capita-lismo, exacerbado a partir de sua aliança com a inteligência tecnológica.

Ou paramos para refletir sobre tudo isso, ou, realmente, não merecemos o Universo que recebemos ao nascer e que, mesmo o perden-do, cada um de nós, ao morrer, o legaremos aos que virão de nossa semente e de nossos sonhos.

Nós o legaremos com o melhor de nossa es-sência, na arte, essa sublime cumplicidade com a natureza, no pensamento filosófico, na fé na transcendência, no registro das histórias de amor.

Isso, se conseguirmos encontrar a razão da vida, que perdemos, inebriados pelo mito do progresso sem limites, do hedonismo sem limites, da insânia sem limites.

Uma coisa é certa: nosso sistema de vida, conduzido pela razão do capitalismo, é incom-patível com a preservação da espécie.

Temos que encontrar um novo caminho, em que o homem possa ser feliz e se realizar, enquanto o nosso planeta se mantiver giran-do, na órbita de uma estrela ainda viva.

Pensem nisso.

Edição: Filipe de Sousa (via 3º.Setor)

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RESUMO

É o mais populoso da região cen-tro-oeste (43% da população) e o mais central dos estados brasilei-ros. Goiás faz parte do planalto Central, sendo constituído por ter-ras planas cuja altitude varia entre 200 e 1200 metros. A vegetação predominante é o cerrado.

A economia de Goiás se baseia na indústria (de mineração, alimentí-cia, farmacêutica, de vestuário, mobiliária, metalúrgica, madeirei-ra), no comércio, na pecuária e na agricultura. É um dos maiores pro-dutores de soja e milho do país.

Por meio de incentivos fiscais e formação de clusters (aglomerado de empresas do mesmo setor vi-sando benefícios), o estado vem atraindo cada vez mais investi-mentos no setor industrial. Já está entre os maiores produtores de medicamentos genéricos do pais. A capital, Goiânia, concentra 1 mi-lhão de habitantes e as principais indústrias de transformação do estado.

Período colonial

Os colonizadores portugueses che-garam pela primeira vez à região ho-je conhecida como estado de Goiás quase um século após o descobri-mento do Brasil.

A ocupação do território goiano teve início com Catarina Silva e as expe-d i ç õ e s d e a v e n t u r e i r o s (bandeirantes) provenientes da Capi-tania de São Paulo. Dentre esses, destacou-se Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, que no final do século XVII percorreu o território goi-ano em busca de jazidas de metais preciosos. De acordo com a tradição, Bartolomeu Bueno da Silva - diante da recusa dos índios em lhe informar acerca da localização das jazidas

auríferas de onde retiravam material para as peças de ouro com as quais se enfeitavam - despejou aguardente num prato, ateando-lhe fogo , e ame-açando fazer o mesmo com as águas dos rios. Apavorados, os índios leva-ram-no imediatamente às jazidas, chamando-o "Anhanguera" (Diabo Velho ou Feiticeiro).

Essa é, obviamente, apenas uma lenda cujo conteúdo factual escapa à possibilidade de verificação. De qual-quer modo, após a bandeira coman-dada pelo "Anhangüera", diversas outras expedições partiram em dire-ção a Goiás, em busca de riquezas do subsolo da região. Em 1726, o f i lho de Bar to lomeu Bueno (Bartolomeu Bueno Filho) fundou o primeiro vilarejo goiano, o qual foi denominado Arraial da Barra. Subse-qüentemente, povoados passaram a multiplicar-se. A exploração do ouro atingiu o seu auge na segunda meta-de do século XVIII.

A colonização de Goiás deve–se também à migração de pecuaristas que partiram de São Paulo, no sécu-lo XVI, em busca de melhores terras de gado. Dessa origem ainda hoje deriva vocação do estado para a pe-cuária.

No período em que o Brasil foi colô-nia de Portugal, o estado de Goiás pertencia à capitania de São Paulo. Essa situação durou até 1744, quan-do foi criada a Capitania Geral de Goiás.

Império

A partir de 1860, a lavoura e a pecu-ária tornaram–se as atividades princi-pais da região, ao mesmo tempo em que a mineração do ouro entrou em decadência devido ao esgotamento das minas. A navegação a vapor e a abertura de estradas no final do sé-culo XIX, possibilitou o escoamento dos produtos cultivados no estado, permitindo o desenvolvimento da re-gião.

República

Em 1889, com a proclamação da re-pública, a província passou a ser o estado de Goiás. No século XX, a construção da nova capital, Goiânia, foi muito importante para a economia do estado, que deu sinais de um novo surto de desenvol-vimento com a criação de Brasília, a nova capital do Brasil, inaugurada em 1960.

Em 1988, o estado de Goiás foi divi-dido e sua porção norte passou a constituir o estado do Tocantins. O objetivo principal dessa divisão foi estimular o desenvolvimento da Re-gião Norte, onde estão concentradas as maiores carências sociais e tam-bém onde ocorreram com maior fre-

qüência disputas pela posse de ter-ras, provocadas pela concentração fundiária.

Geografia

Relevo O estado de Goiás está localizado no Planalto central brasileiro, en-tre chapadas, planaltos, depres-sões e vales.

Há bastante variação de relevo no território goiano, onde ocorrem terrenos cristalinos sedimentares antigos, áreas de planaltos bas-tante trabalhadas pela erosão, bem como chapadas, apresentan-do características físicas de con-trastes marcantes e beleza singu-lar.

As maiores altitudes localizam-se a leste e a norte, na Chapada dos Veadeiros (1.784 metros), na Ser-ra dos Cristais (1.250 metros) e na Serra dos Pireneus (1.395 me-tros). As altitudes mais baixas o-correm especialmente no oeste do estado.

Clima

O clima é tropical semi-úmido. Ba-sicamente, há duas estações bem definidas: a chuvosa, que vai de outubro a abril, e a seca, que vai de maio a setembro.

A média térmica é de 23 °C, e tende a subir nas regiões oeste e norte, e a diminuir nas regiões su-doeste, sul e leste. As temperatu-ras mais altas são registradas en-tre setembro e outubro, e as máxi-mas podem chegar a até 39 °C. As temperaturas mais baixas, por sua vez, são registradas do entre maio e julho, quando as mínimas,

dependendo da região , podem chegar a até 4 °C.

Vegetação

Com exceção da região do Mato Grosso Goiano, onde domina uma pequena área de floresta tropical onde existem árvores de grande porte, onde a indústria aproveita como o mogno, jequitibá e pero-ba, o território goiano apresenta a típica vegetação do Cerrado.

Arbustos altos e árvores de ga-lhos retorcidos de folha e casca grossas com raízes profundas for-mam boa parte da vegetação. Mu-nicípios como Goiânia, Anápolis, bem como diversos outros locali-zados no sul do estado possuem estreitas faixas de floresta Atlânti-ca, as quais, na maioria das ve-zes, cobre margens de rios e grandes serras.

Ao contrário das áreas de caatin-ga do Nordeste brasileiro, o sub-solo do cerrado apresenta água em abundância, embora o solo seja ácido, com alto teor de alumí-nio, e pouco fértil. Por esse moti-vo, na estação seca, parte das árvores perde as folhas para que suas raízes possam buscar a á-gua presente no subsolo.

Exemplos de árvores do cerra-do são: lobeira, mangabeira, pe-quizeiro, e de algumas plantas medicinais, como a caroba e a quineira.

Fauna

A fauna em Goiás é riquíssima, destacando-se animais de varia-das espécies, como capivaras e antas, as margens de rios e ria-chos. Nas matas: onças, taman-duás, macacos e animais típicos do cerrado, como a ema e a serie-ma. Pássaros de variadas espé-cies enriquecem a fauna goiana, além de peixes e anfíbios nos rios e lagos espalhados em todo o es-tado. Para proteger as florestas, a flora e a fauna, foram criados pelo Go-verno parques e reservas flores-tais, onde são proibidas a pesca, a derrubada das arvores e a caça.

No estado foram criados:

1 - Parque Nacional das Emas – em Mineiros no sul do estado. 2 - Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros – nos municípios de Alto Paraíso de Goiás e Caval-cante.

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Goiás (GO)

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Hidrografia Goiás é banhado por três bacias hidrográficas: a Bacia do rio Paraná, a Bacia do Tocantins e a Bacia do São Francisco. Os principais rios são: Paranaíba, Aporé, Araguaia, São Marcos, Corumbá, Claro, Paranã e Maranhão. Lista de rios de Goiás: Rio Areias Rio Aporé Rio Araguaia Rio Claro Rio Corrente Rio Corumbá Rio Crixá-Açu (ou Crixá Grande) Rio Crixá-Mirim (ou Crixá Pequeno) Rio das Almas Rio dos Bois Rio Jacaré Rio Manuel Alves Rio Maranhão Rio Meia-Ponte Rio Paranã Rio Paranaíba Rio dos Peixes Rio Preto Rio Santa Teresa Rio São Marcos Rio São Patrício Rio do Sono Rio Tocantins Rio Tocantinzinho Rio Vermelho

Lagos e lagoas

Lagoa Feia – Nas cachoeiras do Rio Preto, perto de Formosa.

Lagoa Formosa – No município de Planaltina, próximo de Brasília.

Lagoa Piratininga – As águas quen-tes, no município de Caldas Novas.

Lagoa dos Tigres – Suas águas vêm do Rio Água Limpa, desaguando no Rio Vermelho, no município de Britâ-nia.

Lagoa Santa – No município de Itajá.

Lagoa Aporé – Suas águas são con-sideradas medicinais, com temperatu-ra elevada e de alto teor sulfúrico.

Lagoa Bonita – Ou Lagoa Mestre D’Armas, perto da cidade de Planalti-na.

Lago Azul – No município de Três Ranchos.

Lago do Acará – No município de Britânia (Goiás), deságua no Rio Ara-guaia.

Lago de Cachoeira Dourada – For-mado pelo represamento do Rio Para-naíba para a hidrelétrica Cachoeira Dourada. Lago do Iú – No município de Jussa-ra. Lago de Serra da Mesa - Nos muni-cípios de Niquelândia, Minaçu e Urua-çu, maior lago de Goiás e do Brasil em volume de água.

Lago de Cana Brava - Nos municí-pios de Minaçu e Cavalcante.

Lago das Brisas - Nos municípios de Itumbiara e Buriti Alegre, formado pe-lo represamento da 7ª maior usina hidrelétrica do Brasil, a usina de Itum-biara.

Meio ambiente

A expansão da agropecuária tem cau-sado graves prejuízos ao cerrado goi-ano. As matas ciliares estão sendo destruídas e as reservas permanen-tes sendo desmatadas, para ceder espaço para o gado bovino e as plan-tações.

Na região de nascentes do Rio Ara-guaia, a implantação de pastagens fez surgir inúmeros focos de erosão provocados pelo desmatamento, cau-sando as voçorocas (valetas profun-das causadas pela erosão), pratica-mente incontroláveis, que atingem o lençol freático. Algumas dessas valas chegam a medir 1,5 km de extensão, por 100 m de largura e 30 m de pro-fundidade.

Esse quadro desolador, aliado ao as-soreamento dos rios, tem feito com que Goiás enfrente sérios problemas de abastecimento de água, uma situa-ção que se torna grave nos períodos de estiagem prolongada. A vazão das nascentes de águas, em 1999, alcançou os mais baixos níveis desde 1989, de acordo com a Secre-taria do Meio Ambiente, fazendo com que o governo já pense na possibili-dade de adotar racionamento de água para as cidades mais populosas, co-mo é o caso de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Composição étnica

A população indígena em Goiás ultra-passa 10 mil habitantes. 39.781 hec-tares perfazem a soma das quatro áreas indígenas atualmente existen-tes no estado - três da quais se en-contram demarcadas pela Funai. Tais áreas localizam-se nos seguintes mu-nicípios: Aruanã, Cavalcante, Colinas do Sul, Minaçu, Nova América e Rubi-ataba, sendo que a maioria da popu-lação considerada parda, possui an-cestrais indígenas.

De acordo com estudo genético au-tossômico de 2008, a composição (ancestralidade) da população de Goi-ás como um todo encontra-se assim descrita: 83,70% Européia, 13,30% Africana e 3,0% Indígena. Cor/Raça (IBGE 2006) Parda 50,9% Branca 43,6% Preta 5,3% Amarela ou indígena 0,2% Educação

Com 3.512 estabelecimentos de ensi-no fundamental, 1.960 unidades pré-escolares, 866 escolas de nível médio e 29 instituições de nível superior, a

rede de ensino do estado é a mais extensa do Centro-Oeste do país. Ao total, são 1 317 028 matrículas e 66 902 docentes registrados.

O fator "educação" do IDH no estado atingiu em 2005 a marca de 0,891 – patamar consideravelmente médio, em conformidade aos padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico do IB-GE foi de 8,6%, superior às porcenta-gens verificadas em 11 estados brasi-leiros. A taxa de analfabetismo funcio-nal é de 19,7% da população.

Goiás possui várias instituições edu-cacionais, sendo que as mais reno-madas delas estão localizadas princi-palmente na Região Metropolitana de Goiânia e em Anápolis.

Na lista de estados brasileiros por ta-xa de alfabetismo, Goiás aparece em décimo quarto lugar, com 9,6% de sua população analfabeta e 21,4% analfabeta funcional.

Esses dados colocam Goiás logo aci-ma de Rondônia e atrás do Espírito Santo, exatamente na metade da lis-ta.

Instituições públicas de ensino superior

Universidade Federal de Goiás (UFG) Universidade Estadual de Goiás (UEG) Instituto Federal de Goiás (IFG) Instituto Federal Goiano (IFGO)

Instituições privadas de ensino superior

1 - Faculdade Cambury 2 - Faculdade Estácio de Sá de Goi-ás 3 - Pontifícia Universidade Católica de Goiás 4 - Universidade Salgado de Oliveira 5 - Universidade Paulista 6 - Faculdade Alves Faria 7 - Universidade Evangélica 8 - Faculdade do Instituto Brasil 9 - Universidade Anhanguera 10 - Faculdade Sete de Setembro 11 - Faculdade Padrão 12 - Centro de Ensino Superior de Catalão 13 - Centro de Ensino Superior de Jataí 14 - Fundação do Ensino Superior de Rio Verde 15 - Fundação Almeida Rodrigues 16 - Faculdade Quirinópolis 17 - Faculdade de Caldas Novas 18 - Faculdade de Tecnologia SENAI Robeto Mange (FATEC Anápolis) 19 - Faculdade de Goiânia 20 - Faculdade Montes Belos 21 - Faculdade de Iporá 22 - Fundação Educacional de Ciên-cias Humanas de Anicuns 23 - Faculdade Delta 24 - Faculdade Alfredo Nasser 25 - Faculdade Sul-Americana

Cultura

Artes Muitos são os nomes que se destaca-ram e ainda projetam nas artes em Goiás. Na escultura sacra: José Joaquim

da Veiga Vale além de escultor, exí-mio pintor, seu filho Henrique da Vei-ga Vale e Cincinato Da Mota Pedrei-ra, deixou trabalhos no Palácio do Conde dos Arcos.

Na escultura: Maria Guihermina, Ana Maria Pacheco, Dina Gogolli, Divino Jorge, Loures, Damiani, Elifas, Anto-nio Ponteiro,Asta Vivacqua Demachki. Na cerâmica: Divino Jorge, Antônio Poteiro, Sousa Neto, Elifas, José Ro-drigues e Loures.

Na pintura: Antônio da Costa Nasci-mento responsável pela magnífica pintura do teto da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário além de pintor, exímio escritor; Siron Franco, Isa Costa, Leonan Fleury, Tancredo Araújo, Reinaldo Barbalho, Amaury Meneses, D.J. Oliveira, Goiandira Mo-raes do Couto com trabalhos em arei-as coloridas em geral, Caramuru, Cle-ber Gouveia, Oto Marques, Wanda Pinheiro, Omar Souto, Antônio Potei-ro, Cléa Costa, Luci Beralda.

Nas letras: Muitos são os escritores goianos com projeção nacional e no exterior. Dentre ele estão Hugo de Carvalho Ramos; Aninha Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, conhecida como Cora Coralina; Érico Curado, Bernardo Elis, José Godoy Garcia, Gilberto Mendonça Teles, José J. Vei-ga, Waldomiro Bariani Ortên-cio,Modesto Gomes, Regina Lacerda, Afonso Felix de Sousa, Carmo Ber-nardes, Anatole Ramos, Eli Brasilien-se, Nely Alves de Almeida, Basilieu de Toledo França, Maria Helena Che-in, Miguel Jorge, Marieta Teles Ma-chado,Yêda Schmaltz, Rosarita Fleury, Emídio Brasileiro, Marislei Brasileiro, Salomão Sousa, Brasigóis Felício.

Na música: Léo Jaime, Bruno e Mar-rone, Zezé Di Camargo e Luciano, Wanessa Camargo, Leandro e Leo-nardo, Guilherme e Santiago , Chrys-tian e Ralf, Marcelo Barra, Amado Ba-tista e Jorge e Mateus.

FIM

Goiás (GO) continuação

ATENÇÂO

A Gazeta Valeparaibana, um veículo da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, so-mente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de au-las, tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental, além da transmis-são de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cida-dão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nes-sa multiplicação, no que tange a Cul-tura e Sustentabilidade, todos deve-mos nos unir, na busca de uma soci-edade mais justa, solidária e conhe-cedora de suas responsabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e ima-gens serão creditadas a seus edito-res, desde que adjudiquem seus no-mes nas matérias publicadas. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato.

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Sobre o autor deste artigo Rui Martins – Berna

Jornalista, escritor, ex-CBN e ex-Estadão, exilado durante a ditadura, é líder emigrante, ex-membro eleito no primeiro conselho de emigrantes junto ao Itamaraty. Criou os movi-mentos Brasileirinhos Apátridas e Es-tado dos Emigrantes, vive em Berna, na Suíça. Escreve para o Expresso, de Lisboa, Correio do Brasil e agên-cia BrPress.

Foi minha filha Julie quem me deu o tema para esta coluna, logo depois do almoço, quando falávamos das mentiras da Tepco no Japão, das tan-tas mortes na Líbia e do futuro de Kadhafi. Ela ainda está traumatizada por ter ouvido de um primo, numa reunião familiar na última viagem ao Brasil, que a ditadura militar tinha si-do uma boa coisa para o País.

Terminando o curso colegial, tem es-tudado a História recente e me sur-preendeu, pois, enquanto tomávamos o café preto sem açúcar, fez um sim-

ples mas profundo comentário: Veja só papai: na França, existem ruas, placas comemorativas com o nome de Jean Moulin, herói da resis-tência à ocupação nazista. Quando estive em Barcelona, vi que o povo espanhol não esquece dos que luta-ram contra o ditador Franco. Mas, no Brasil, ninguém fala nos anos da dita-dura, minhas primas nem sabem dis-so, é como se nunca tivesse aconte-cido. Mas foram vinte anos !

Coincidentemente, tinha lido ontem, uma entrevista da jovem e brilhante jornalista Ana Helena Tavares com um dos nossos heróis da resistência à ditadura militar, Carlos Eugênio Paz, na qual ele fala nessa falha his-tórica, pela qual nossos cinco ditado-res são chamados de presidentes e seus nomes são imortalizados em obras públicas.

É verdade, o Brasil está empurrando para debaixo do tapete sua suja His-tória, talvez por vergonha mas princi-palmente porque muitos de seus ato-res, que participaram do golpe e justi-ficaram a ditadura, estão vivos e têm força suficiente, até no STF, para ten-tar apagar da memória da jovem ge-ração nossas páginas vergonhosas.

E minha filha citou como exemplo a experiência suíça. Durante anos, os manuais escolares, os jornais, os po-líticos suíços esconderam o papel da

Suíça durante a Segunda Guerra, disfarçado sob o manto de uma pre-tensa neutralidade. Porém, pressio-nado pelo peso da verdade, o gover-no foi obrigado a criar uma Comissão histórica independente, composta também de historiadores estrangei-ros, presidida pelo suíço Jean Fran-çois Bergier, para se revelar os anos ocultos.

E muita coisa dolorosa se soube, desde os judeus entregues aos nazis-tas nas fronteiras, ficando seus bens retidos nos bancos suíços, à lavagem do ouro roubado dos bancos centrais dos países ocupados pelos nazistas. Com esse ouro lavado e trocado em dinheiro, os nazistas podiam importar tungstênio e matérias primas da Es-panha e Portugal para fabricar suas armas de guerra. E, enfim, foi o pró-prio presidente suíço quem fez sole-nemente sua mea culpa.

Argentinos e espanhóis desenterram suas vergonhas e estremecem diante das revelações de adoções por famí-lias de militares dos filhos das jovens opositoras mortas sob a tortura. O exercício da memória é a única ma-neira de se restabelecer a honra de um país.

O Chile teve também seu momento de penitência, ao se revelarem oficial-mente os crimes de Pinochet, velho decadente fingindo-se de gagá, com

seu passado de traição e assassina-tos.

É verdade minha filha, o Brasil nunca poderá ser um país de respeito en-quanto não lavar a sujeira dos seus vinte anos de ditadura, enquanto não soubermos os nomes dos torturado-res e assassinos, alguns dos quais sobreviveram ao retorno da democra-cia como políticos e parlamentares.

Enquanto os livros escolares não fa-larem de resistentes como Marighel-la, Lamarca e de tantos outros que tornaram possível a democracia de hoje. Será também preciso se retirar dos ditadores, desde Castelo Branco a Figueiredo, passando por Médici, Costa e Silva e Geisel, a citação e referência de terem sido nossos pre-sidentes.

É preciso se contar a verdade para as novas gerações estudiosas, que terão vergonha se o Brasil for o único país do mundo a acobertar a vergo-nha dos seus anos sujos de ditadura, de falta de liberdade, de torturas e assassinatos.

E nesse quadro, é muito normal sur-girem declarações abjetas como es-sas do deputado Bolsonaro, apoiadas pelo pessoal dos anos sujos. Decla-rações que nunca serão punidas. Fonte: Redação (via 3°.Setor)

O Programa

Cidade Educadora

foi criado com o

objetivo de despertar nas

pessoas a e nas

autoridades

a consciência de uma

cidadania

Ampla e ativa.

Conheça mais:

www.formiguinhasdovale.org cidadeseducadoras.pdf

www.gazetavaleparaibana.com

A nossa suja história

Refletindo

VIAGENS EXTERIORES E REENCONTROS INTERIORES

Partilhar culturas Desbravar lugares Reciclar olhares Intercambiar sorrisos Expulsar rotinas Despistar tédios Colecionar mistérios Sublimar adrenalinas Abrir horizontes Colorir cotidianos Conectar pontes Reinventar planos Diversificar procuras Aguçar sensibilidades Sistematizar novidades

Experimentar aventuras Brindar liberdades Espalhar ternuras Globalizar amizades Extravasar loucuras Romper muros Renovar sendas Derreter grades Desatar vendas Dissolver preconceitos Curar-se de frescuras Destravar estreitices Imunizar-se de tolices Relativizar verdades Atualizar perguntas Amadurecer respostas Iluminar significados

Reencontrar infâncias Prolongar juventudes Retardar velhices Maximizar existências - "De um certo ponto em diante não há mais retorno. Esse é o ponto que deve ser alcança-do" (Kafka) - “Devemos lutar pela igualdade sempre que a diferença nos inferi-oriza, mas devemos lutar pela di-ferença sempre que a igualdade nos descaracteriza”(Boaventura) - "O maior inimigo do sucesso não é a falta de planos; é o excesso de medo” Fonte: 3°.Setor

Vamos descontrair ? - o que é política pai?

O filho fala para o pai: - Pai, eu preciso fazer um trabalho para a escola, posso te fazer uma pergunta? - Claro meu filho. Qual é a pergunta? - O que é Política, pai? - Bem, vou usar a nossa casa como exemplo. Sou eu quem traz dinheiro para casa, então sou o "Capitalismo". Sua mãe administra (gasta!) o dinhei-ro, então ela é o "Governo". Como nós cuidamos das suas neces-sidades, então você é o "Povo".

A empregada é a "Classe trabalhado-ra", e seu irmão nenê é "O Futuro".

Entendeu, meu filho"? - Mais ou menos, pai. Vou pensar... - Naquela noite, acordado pelo choro do irmão nenê, o menino foi ver o que tinha de errado. Descobriu que o ne-nê tinha sujado a fralda e estava todo emporcalhado.

Foi ao quarto dos pais e a sua mãe estava num sono muito pesado. En-tão, foi ao quarto da empregada e viu, através da fechadura, o pai na cama com a empregada. Como os dois nem percebiam as bati-

das que o menino dava na porta, ele voltou pro quarto e dormiu. Na manhã seguinte, na hora do café, ele falou pro pai: - Pai, agora acho que entendi o que é Política! - Ótimo, filho! Então me explica nas suas palavras... - Bom, pai, enquanto o Capitalismo abusa com a Classe Trabalhadora, o Governo dorme profundamente. O povo é totalmente ignorado e o Futu-ro está todo cagado!

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Com toda razão, a mídia, em seus dife-rentes campos de atuação, é considera-da o quarto poder. Os outros três são muito bem conhecidos, começando pelo executivo, passando pelo legislativo e terminando com o judiciário. Este quarto poder é o que investiga, divulga, pesqui-sa e atualiza constantemente o cidadão, dando destaque aos atos importantes dos três primeiros, além de prestar um sem-número de serviços públicos, desde informar as novas descobertas da ciên-cia, até as programações culturais, os assuntos sócio-políticos ou focando e agradando o público feminino com as tendências da moda, da culinária (e as inevitáveis fofocas), ou aumentando o estresse da platéia masculina com o oni-presente futebol e, um pouco distancia-dos, muitos outros esportes, individuais ou coletivos. Há milhares de cadernos, canais, estações de rádio e outros para quase todo tipo de ser humano.Com cer-teza, utilizando cada vez mais recursos moderníssimos, tecnologias de última geração, imagens de todos os ângulos, aquela câmera lenta que desvenda deta-lhes, outrora imperceptíveis num determi-nado lance, ou que coloca a cena da tela bem no nosso colo, como no caso da 3D; é assim possível entreter cada vez me-lhor o assinante, aquele indivíduo que deseja espairecer, relaxar, torcer, esque-cer um pouco a dura realidade do mundo em que vivemos.

No entanto, infelizmente, o aspecto es-sencial, o alimento, a informação de que realmente necessitamos em nossa cami-nhada, nos é negado rigorosa e pontual-mente. Poderá ser que este poder esteja dependendo por demais dos outros três... talvez encontre-se de rabo preso, per-dendo sua cristalinidade, sua transparên-cia, seu espírito de busca incessante pela

verdade. Parece mesmo que já está aco-modado, que as polpudas verbas de pu-blicidade-pública e privada, limitaram sua agilidade, acuidade, ética e, assim, o ser-viço ao público virou serviço ao poder público (e privado). Não entrarei aqui no mérito da qualidade dos programas exibidos na TV, na super-ficialidade, na inutilidade de certas revis-tas ou na violência servida a toda hora e lugar, ao medo que é espalhado no éter e que contamina quem lê jornais, assiste TV ou ouve rádio.

O que realmente incomoda, o que assus-ta mesmo é o silêncio, o descaso, a au-sência, a invisibilidade. Refiro-me aqui a uma infinidade de assuntos, de técnicas, de recursos disponíveis na Natureza para ajudar a Humanidade em sua caminhada, algo que teimosamente a maioria dos meios, inclusive os que assino regular-mente há décadas, insiste em ignorar. Histórias de superação, de altruísmo, de almas nobres, despertas, compassivas não fazem parte da pauta. Divulgar o su-cesso comprovado em estudos de caso de técnicas não invasivas, das terapias espirituais, das curas à distância, da efi-cácia do perdão ou da EFT, da terapia regressiva, das constelações familiares, das essências florais, da fitoterapia, e de um sem-número de outras aliadas, é pra-ticamente proibido. Assim, somos todos reféns -como o é o governo- dos laboratórios farmacêuticos, de multinacionais poderosas da indústria alimentícia, de bebidas, de fast-food, que despejam, em nossos corpos, remédios com efeitos colaterais letais, hormônios e fertilizantes; flúor, lítio, alimentos geneti-camente modificados, gorduras trans em quantidades absurdas e prejudiciais à saúde. E nós fazemos de conta que não é com a

gente, que somos poucos e fracos, que a coisa é grande demais... que nada pode-mos modificar... Até quando deixaremos que a fluoretação da água de torneira, abandonada no ocidente há décadas, continue agindo impunemente em nosso campo energético? Precisamos urgentemente começar a fazer nossa parte. Quando, finalmente, começaremos a nos alimentar de forma totalmente conscien-te, conhecendo e valorizando ali mentos naturais não industrializados, evitando quando possível a ingestão de carnes, que reduzem nosso nível vibracional, que exigem o sacrifício de um animal, quase sempre com elevado nível de consciên-cia? Precisamos ainda fazer e exigir mais, muito mais. Refiro-me ao descaso, ao desconheci-mento da Alma, da Mente, da Consciên-cia, daquele ponto de Luz que carrega-mos em nós, em nosso peito, enquanto encarnados aqui na Terra. Precisamos estudar, compreender e utili-zar com sabedoria e propriedade as leis que regem os sutis processos vitais hoje dormentes ou latentes, entrando com investimentos e estudos sérios sobre a essência da vida, sobre a bioética, che-gando a desvendar o aspecto talvez mais importante, a chave mestra: Amor - Vida. Para vivermos melhor, devemos desco-brir os mecanismos da intuição, da tele-patia, da canalização mediúnica, da per-cepção extra-sensorial, da premonição, o poder da oração. Sem esquecer as nuan-ces do processo de desencarne ou os milhares de casos de EQM (Experiências de quase morte) com preciosíssimos, coerentes e sólidos relatos que nos con-firmam a continuidade da caminhada, a imortalidade da Alma.

É obrigatório nos adentrarmos nas outras dimensões, sem medo, desvendando sua aparente complexidade, aprendendo a navegar com os corpos sutis por entre os planos, livres e despertos, "volitando" nas ondas da Luz, nós, seres eternos, divi-nos, unos e únicos surfando em uma sin-fonia de Amor infinito.

Precisamos cerrar fileiras, assumir nossa força inata, exigir o que é de nosso direi-to, lutar contra a mentira, a corrupção, a inércia, cobrar às mídias as informações indispensáveis, com pesquisas honestas, profundas, abrangentes e multidisciplina-res, em prol da evolução do ser humano. É urgente ainda deixarmos de adquirir produtos nocivos, supérfluos; somos nós que sustentamos essas empresas cujo objetivo declarado é o lucro máximo a qualquer custo, que nos consideram me-ras banalidades estatísticas, que levam em conta quantos celulares temos, quan-to e onde gastamos em cartões, ou qual é a marca, modelo e ano de nosso auto-móvel.

O Universo deseja nosso comparecimen-to. A mensagem que intuímos é muito forte e clara. Devemos passar de fase, aqui ou em outra dimensão, mas realizar com esmero nosso plano original, aquele que juramos cumprir ao encarnar, em mais uma transição importante, neste lindo planeta azul. Os sinais estão por toda parte. Não há mais como ignorá-los. Está mais do que na hora. Não podemos chegar a fazer como os músicos do Tita-nic, que ficaram tocando seus instrumen-tos, como se o navio não estivesse afun-dando.

É o nosso silêncio que assusta.

Edição: Filipe de Sousa (via 3°Setor)

O Silêncio que assusta

Cidadão brasileiro, Sociedade, Direitos e deveres.

Palavras simples, mas que abrigam sentidos tão complexos. Todos os indivíduos têm direitos e deveres. Devemos lutar para que os direitos se-jam respeitados, e ao mesmo tempo, ter consci-ência dos deveres e cumpri-los.

Na constituição brasileira os artigos referentes a esse assunto podem ser encontrados no Capítu-lo I, Artigo 5º que trata Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.

Cada um de nós tem o direito de viver, de ser livre, de ter sua casa, de ser respeitado como pessoa, de não ter medo, de não ser pisado por causa de seu sexo, de sua cor, de sua idade, de seu trabalho, da cidade de onde veio, da situa-ção em que está, ou por causa de qualquer outra

coisa. Qualquer ser humano é nosso companhei-ro porque tem os mesmos direitos que nós te-mos.

Esses direitos são sagrados e não podem ser tirados de nós; se forem desrespeitados, continu-amos a ser gente e podemos e devemos lutar para que eles sejam reconhecidos.

Às vezes cidadãos se vêem privados de usufruí-rem de seus direitos por que vivem cercados de preconceito e racismo; é incrível mas ainda nos dias de hoje encontramos pessoas que se sen-tem no direito de impedir os outros de viverem uma vida normal só porque não pertencem a mesma classe social, raça ou religião que a sua.

Nós cidadãos brasileiros temos direitos e deve-mos fazer valer o mesmo independente do que temos ou somos, ainda bem que a cada dia que passa muitas pessoas estão se conscientizando e acabando com o preconceito e aquelas que acabam sofrendo por isso estão correndo atrás de seus direitos.

Mas como cidadão brasileiro não temos apenas só direitos, mas deveres para com a nação, além de lutar pelos direitos iguais para todos, de de-fender a pátria, de preservar a natureza, de fazer cumprir as leis e muito mais. Ser cidadão é fazer valer seus direitos e deveres civis e políticos, é exercer a sua cidadania.

Com o não cumprimento do dever o cidadão bra-sileiro pode ser processado juridicamente pelo país e até mesmo privado de sua liberdade.

Por fim, se realmente queremos ser cidadãos plenos e conscientes de nossos deveres de cida-dania, temos que lutar para que seja cumprida todas as leis! Edição: Filipe de Sousa

Cidadania

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Maio 2011 Gazeta Valeparaibana Página 12

Novo Código Florestal a quem serve?

Novo Código Florestal beneficia 15 deputados e três

senadores ruralistas

Se for aprovado no Congresso com todas as alterações previstas, o novo Código Florestal Brasileiro beneficiará pelo menos 15 deputados federais e três senadores integrantes da banca-da ruralista, que faz forte lobby para que a proposta entre em votação no plenário da Câmara ainda neste se-mestre. Os 18 parlamentares foram multados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Natu-rais Renováveis (Ibama) em razão de algum crime ambiental. A maior parte dos autos de infração, cujos processos ainda estão em trâ-mite no Ibama, refere-se a desmata-mentos ilegais e desrespeito à delimi-tação de reservas legais e áreas de preservação permanente (APPs). Os

terrenos devastados ou que deixaram de ser restaurados por parlamentares somam 4.070 hectares, área suficien-te para abrigar 97 Parques da Cida-de. O novo Código Florestal altera exata-mente regras relacionadas a reservas legais e APPs. Os parlamentares multados também seriam diretamente beneficiados com a anistia a desma-tadores Fazenda do dep. Paulo César Quarti-ero, em Roraima: parlamentar é o recordista na Câmara em multas apli-cadas pelo Ibama autuados até julho de 2008, outro ponto previsto na nova legislação am-biental. O perdão de multas é um dos pontos mais controversos e vem atra-sando a costura de um acordo entre ruralistas e ambientalistas para que a proposta seja votada em plenário. Os líderes O levantamento feito pelo Correio no sistema de protocolo do Ibama levou em conta a bancada ruralista com-posta por 158 deputados e senadores nesta legislatura, definida conforme critérios adotados pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamen-tar (Diap). A quantidade de parlamen-tares multados, que ainda recorrem

contra os processos, equivale a 11,3% da bancada. Outros seis parla-mentares foram autuados, no entan-to, os autos de infração já estão no arquivo. Cinco integrantes da banca-da ruralista pediram ao Ibama autori-zação para desmatar vegetação nati-va ou para usar motosserras. A área total a ser desmatada é de quase 1,2 mil hectares, o equivalente a 120 es-tádios como o Morumbi. Fora da ban-cada ruralista, outros oito parlamenta-res aparecem no sistema do Ibama. O deputado federal que responde ao maior número de autos de infração é Paulo Cesar Justo Quartiero (DEM-RR). São cinco processos contra o parlamentar. Na Câmara, ele é porta-voz dos arrozeiros de Roraima derro-tados na Justiça no caso da decisão da demarcação da reserva indígena de Raposa Serra do Sol, em 2008. Um dos processos refere-se ao fato de o deputado “impedir a regenera-ção natural de 3,51 mil hectares de vegetação nativa”. Quartiero utilizou ainda dois hectares com “infringência das normas de proteção ambiental”, extraiu cascalho sem autorização do Ibama e não deu destinação adequa-da a embalagens de defensivos agrí-colas.

No Senado, o campeão de multas em curso é o senador Ivo Cassol (PP-

RO), ex-governador de Rondônia. Ivo desmatou 160 hectares em área de reserva legal numa fazenda, sem au-torização; “destruiu” 352 hectares de floresta nativa; infringiu “normas de proteção” de uma área de 13,5 hecta-res; e desmatou a “corte raso” 2,5 hectares de uma APP, também sem autorização.

O sistema do Ibama registra um man-dado de notificação e intimação e um auto de infração contra a porta-voz do agronegócio, a senadora Kátia Abreu (TO, recém-saída do DEM). Presiden-te da Confederação Nacional da Agri-cultura (CNA), Kátia Abreu é a princi-pal defensora da aprovação do novo Código Florestal. Outro senador autu-ado é Renan Calheiros (PMDB-AL). O auto de infração refere-se à instala-ção de uma “pavimentação” dentro da Estação Ecológica (Esec) de Murici, em Alagoas, cidade natal do senador. A estação existe desde 2001 e pre-serva fragmentos de Mata Atlântica. Entre os deputados federais, Augusto Coutinho (DEM-PE) foi multado pelo Ibama por “causar dano direto” à área de proteção ambiental (APA) Costa dos Corais. Segundo o órgão, ele também não recompôs uma APP na Praia de Mamucabinhas, em Pernam-buco.

Da redação

Rir para não chorar ...

A morte do senador

Um senador está andando tranqüilamente quan-do é atropelado e morre.

A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.

Bem vindo ao Paraíso! ; diz São Pedro Antes que você entre, há um probleminha Raramente ve-mos parlamentares por aqui, sabe, então não sa-bemos bem o que fazer com você.

Não vejo problema, é só me deixar entrar , diz o antigo senador.

Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superio-res. Vamos fazer o seguinte: Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade

Não precisa, já resolvi Quero ficar no Paraíso diz o senador.

Desculpe, mas temos as nossas regras

Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia tra-balhado Todos muito felizes em traje social Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a fa-lar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às

custas do povo jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar. Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora Todos se despe-dem dele com abraços e acenam enquanto o ele-vador sobe Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez São Pedro está esperando por ele Ago-ra é a vez de visitar o Paraíso.

Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nu-vem,tocando harpas e cantando. Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.

E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso Agora escolha a sua casa eterna Ele pensa um minuto e responde:

Olha, eu nunca pensei O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.

Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.

A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo Ele vê todos os ami-gos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.

Não estou entendendo , gagueja o senador On-tem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arra-sados!!!

O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:

__Ontem estávamos em campanha.

Agora, já conseguimos o seu voto.

Por isso que campanha política é coisa que só diabo entende !!!!

JUNTOS

Gazeta Valeparaibana &

CULTURAonline A Gazeta Valeparaibana, um veículo da OS-CIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente publica maté-rias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradi-ções, história, meio ambiente e sustentabili-dade, responsabilidade social e ambiental, além da transmissão de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias seleciona-das de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplica-dor do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sus-tentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidá-ria e conhecedora de suas responsabilida-des sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens se-rão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes nas matérias publi-cadas. Caso não queira fazer parte da cor-rente, favor entrar em contato.

[email protected]

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Maio 2011 Gazeta Valeparaibana Página 13

Saúde Bucal Equipes

Estratégia Saúde da Família

A inserção da equipe de saúde bucal na ESF veio contribuir para a reorganiza-ção na atenção primária na perspectiva da promoção da saúde, visto que está voltada para uma visão não mais limita-da às práticas odontológicas ligadas à clinica. A assistência odontológica vai além do âmbito curativista, objetiva a integralidade e intersetorialidade de su-as ações.

O trabalho da ESB, além das práticas ligadas à assistência odontológica de clínica, visa também ações educação em saúde, partindo da realidade social apresentada no intuito de criar cidadão com autonomia e possibilidade de viver com mais saúde. As atividades de res-ponsabilidade da ESB vão além das práticas restauradoras, não restringindo mais à clínica.

É necessário lembrar ainda que é ne-cessário haver envolvimento de toda equipe, é preciso que haja uma maior interação dos demais membros com a ESB para que se consiga estabelecer uma visão integrada do indivíduo, no sentido de se conseguir um atendimento mais humanizado.

A proposta da educação em saúde visa a promoção de cidadãos conscientes, dando o devido esclarecimento para es-te venha efetivar uma mudança de hábi-tos.

Proporcionar indivíduos que sejam ca-

pazes de assumir o controle da sua situ-ação de saúde geral, incluindo a saúde bucal. Indivíduos com mais conheci-mento, mais informados sobre a sua saúde e conseqüentemente mais ativos no sentido do reconhecimento dos pro-blemas de saúde, da prevenção dos mesmos, e importância do tratamento.

Com o apoio e interação da equipe tra-balhando juntos, é possível conseguir essa mudança de hábitos, a qual visa a conquista da autonomia e estímulo às práticas de auto cuidado pelos usuários, famílias e comunidade.

Os profissionais devem estar atentos a alguns aspectos que envolvam a educa-ção em saúde tais como:

• Respeito à individualidade. • Contextualização nas diversas realida-des, incluindo as possibilidades de mu-dança. • Respeito à cultura local. • Respeito à linguagem popular para encaminhar uma construção conjunta da prática. • Ética. • Autopercepção • Reflexão sanitária: o processo de edu-cação em saúde deve capacitar os usu-ários para participar das decisões relati-vas à saúde. • Uso de metodologias adequadas a ca-da situação e a cada grupo etário.

Torna-se necessário a abordagem dos fatores de risco comuns a várias doen-ças, tais como tabagismo, alcoolismo, exposição ao sol sem proteção e dieta inadequada, entre outros, os quais de-vem ser abordados em conjunto no ní-vel da equipe de saúde, de forma multi-profissional.

Dessa forma, os conteúdos devem ser trabalhados na perspectiva da interseto-rialidade, visando sempre a causalidade dos agravos e prevenção, partindo da realidade social em que se encontra in-serida a população alvo.

Flávia Rodrigues Cirurgião Dentista

Saúde da Família

FNDE - Urgente, vamos cobrar !!! Prefeituras deixam de prestar

contas de gastos com educação

Cerca de 70% das prefeituras de todo o país podem parar de receber transferên-cias voluntárias do governo federal por-que não prestaram contas do dinheiro investido em educação em 2010. O pra-zo termina neste sábado e, até às 15h30 de hoje (27), apenas 1.646 dos mais de 5 mil municípios tinham enviado a prestação de contas. Os governos municipais devem acessar o Sistema de Informações sobre Orça-mentos Públicos em Educação (Siope), disponível no site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para inserir as informações. Pela lei, o município ou estado é obrigado a inves-tir, no mínimo, 25% da sua arrecadação em educação. O Siope calcula se esse patamar foi atingido a partir dos investi-mentos declarados pela prefeitura. Para as secretarias estaduais, o prazo se en-cerra somente em 31 de maio.

Se o governo estadual ou municipal não tiver aplicado o mínimo de 25% na área em 2010, o FNDE envia automatica-mente um comunicado aos tribunais de contas estaduais e ao Ministério Públi-co, informando o não cumprimento da lei. A prefeitura também fica impedida de receber recursos de convênios já fir-mados com a União ou de firmar novos convênios. O mesmo impedimento ocor-re com aqueles que não prestarem as informações. A única exceção são os recursos destinados a ações na área de educação, saúde e assistência social.

O Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso são os únicos estados onde mais de 40% dos municí-pios já enviaram as informações para o Siope até a tarde de hoje. Em Roraima, nenhuma prefeitura prestou contas. Per-nambuco e o Amazonas também estão com baixo percentual de participação: menos de 10% dos governos municipais enviaram os dados até o momento. Fonte: Redação

Algumas das dicas que Dayle Haddon oferece no seu livro, "Beleza sem idade: uma guia feminino para manter a beleza e o bem-estar por toda a vi-da" incluem:

1 - Limpe a pele duas ve-zes por dia com produ-tos sem detergente, sa-bão e perfume (esses produtos irritam a pele

seca), hidratando-a bem e realizando esfoliação uma ou duas vezes por semana.

2 - Não demore mais que 15 minutos no chuveiro ou na banheira, utilizando água morna (a água quente retira os óleos naturais e pro-teínas que protegem a pele).

3 - Para hidratar o cabelo, coloque algumas gotas de óleo de oliva ou de amêndoas e deixe durante algum tempo. Para as mãos e os pés, passe um creme emoliente e denso (encontrado nas farmácias, ou use algum gel derivado do petróleo), cobrindo-os com meias grossas e luvas de algodão durante algum tempo.

4 - Evite a exposição à radiação solar, mesmo durante o inverno.

5 - Beba de seis a oito copos de água por dia.

6 - Pare de fazer dietas e comece a comer refeições nutritivas que oferecem benefícios a longo prazo. Dê preferência a produtos orgâ-nicos frescos, coma regularmente, retire a gordura e escolha alimen-tos de todos os grupos alimentares.

7 - Corte a cafeína (encontrada em bebidas, chocolates e algumas medicações para dor e sinusite) após 3 horas da tarde.

8 - Pare de fumar.

9 - Encontre maneiras divertidas de praticar exercícios, realizando-os três vezes por semana. Comece a caminhar com os amigos, an-de de bicicleta, caiaque, ou faça qualquer coisa de que você goste e que a mantenha em movimento.

10 - Durma bem, regularmente.

11 - Tome um banho quente - fornecendo sangue do cérebro para a superfície da pele e relaxando os músculos. Além disso, é um mo-mento no qual você pode organizar as suas idéias e sensações do dia.

12 - Desligue a televisão e escute música.

13 - Participe de programas voluntários. Ajudar a comunidade dá uma sensação de integração e bem-estar.

14 - Medite, ore ou contemple.

15 - Crie um grupo de amigas que estimulem umas às outras.

16 - Continue aprendendo; entre no curso com o qual você sempre sonhou, volte à escola! Fonte: Associação Paulista de Medicina. A saúde do idoso brasileiro está cada vez mais frágil. Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), com mais de 600 pessoas na faixa dos 75 anos na capi-tal paulista, constatou que a saúde dos idosos vai mal no Brasil e que sin-tomas como perda de peso involuntária, fadiga, fraqueza, diminuição da velocidade de caminhada e baixa atividade física têm se tornado comuns. De acordo com a pesquisa, em 2006, a síndrome da fragilidade, como foi chamada pelos médicos, atingia 14,1% do grupo. Em 2008, apenas dois anos depois, a prevalência já era de mais de 45%.

Tais sintomas costumam atingir a população acima dos 60 anos e se agra-va ainda mais após os 75 anos, quando avança com extrema rapidez. Entre os idosos considerados frágeis, visitados em 2008, uma parcela de 46,9% sofreu quedas, contra 6% dos não-frágeis. Entre os idosos frágeis, que sofreram quedas, 53,5% foram hospitalizados.

Desses, 50% procuraram serviços de urgência. Entre o grupo de idosos frágeis, 30,6% mostraram necessidade de ter um cuidador, pois não con-seguiam realizar sozinhos tarefas como comer, tomar banho ou levantar-se de uma cadeira.

A conclusão é de que a ausência dessas características indica que a pes-soa não é frágil. A presença de uma ou duas delas caracteriza a condição de pré-fragilidade - e entende-se que esse é o momento para uma inter-venção.

Três ou mais sintomas indicam que a pessoa é frágil e precisa de ajuda.

Saúde e beleza do idoso

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Maio 2011 Gazeta Valeparaibana Página 14

Estresse do professor

O Projeto Social “Formiguinhas do Vale” mantém na rádio web através de seu veículo de comunicação CULTURAonline, dois programas de divulgação de seus projetos, a saber:

EDUCAR - Uma janela para o mundo: Neste programa são abordadas as questões sociais mais importantes, tais co-mo Educação, Sustentabilidade Social, Meio Ambiente, Culturas e as tradições populares como fator de preservação de costumes e história.

No ar todos os Sábados das 18;00 ás 20;00 horas > acesse: www.gazetavaleparaibana.com

RAÍZES & MATRIZES: Este programa é dedicado á Comunidade Lusófona Internacional e nele abordamos a Cultura, Turismo e História de cada país, além de servir como um prestador de serviços e de apoio a todo o cidadão das Comu-nidades Lusófonas em dificuldades, quer seja de Documentação ou outra dificuldade pontual.

Vai ao ar todas as Sextas-Feiras das 18;00 ás 20;00 horas. Acesse: www.gazetavaleparaibana.com NÂO PERCA TAMBÉM

PONTO FINAL e AMOR e AMIZADE - Consulte nossa programação /// www.gazetavaleparaibana.com/programacao.htm

Síndrome de Burnout é uma das causas do esgota-

mento profissional de docentes

Ao se aproximarem as férias é comum o sen-timento de cansaço e fadiga, ambos resulta-dos do esgotamento físico e psicológico do ser humano. Muito além deste tradicional ciclo, porém, cada vez mais pessoas têm sofrido com o estresse profissional, especialmente aquelas que se inter-relacionam com outras pessoas para o desempenho de sua função. Um bom exemplo disso é o professor, que tem sido apontado como uma das maiores vítimas do estresse profissional, mais conhe-cido como Síndrome de Burnout.

A Síndrome de Burnout é causada por cir-cunstâncias relativas às atividades profissio-nais, ocasionando sintomas físicos, comporta-mentais, afetivos e cognitivos. Inicialmente foi observada em trabalhadores da área da saúde que desempenham uma função assistencial, caracterizada por um estado de atenção intenso e prolongado com pessoas em situação de necessidade e de-pendência. Com o passar do tempo, pôde ser identificada em outras profissões, entre elas a de profes-sor.

De acordo com a pesquisadora do Laboratório de Psicologia do Trabalho da UnB (Universidade de Brasília), Iône Vasques-Menezes, no caso do professor, a razão para a incidência da síndrome está ligada, sobretu-do, à falta de reconhecimento. "A desvaloriza-ção do professor, seja ela por parte do siste-ma, dos alunos e da própria sociedade, é um dos maiores agentes para a ocorrência do Burnout", explica.

O Burnout em professores pode ser caracteri-zado por um estresse crônico produzido pelo contato com as demandas do ambiente aca-dêmico e suas problemáticas.

Para a pesquisadora, especialmente aquelas que não dependem apenas da ação dos do-centes para serem resolvidas. "Existem pro-blemas que estão muito além da ação direta dos professores, principalmente onde há uma situação de degradação do sistema. Nestes casos, a sensação de impotência é mais a-centuada", revela.

Além disso, o posicionamento dos alunos em sala de aula também contribui para um maior desgaste.

Em muitos casos, a indisciplina é a grande responsável por uma eventual sensação de frustração e até a desmotivação do profissio-nal. Segundo Iône, não são raros os professores que se queixam da falta de interesse dos alu-nos e assumem a culpa por este fato acredi-tando que deveriam dominar as mais diferen-tes técnicas para estimular o aprendizado.

Um exemplo disso é o depoimento, a seguir, do professor da UnisantïAnna,

Fernando Pachi, de São Paulo.

"Acredito que a situação de maior estresse para o professor continua sendo a indisciplina em sala de aula. Mediar a relação com os alunos fica dez vezes mais desgastante em situações em que você tem de chamar a aten-ção, interromper a aula, pensar sempre como motivar os alunos, erguer o tom de voz. Tudo isso contribui ao longo do tempo - podem ser em meses - para uma situação de estresse e desmotivação. Isso porque o foco é sempre motivar os alunos! Aí a cobrança interna fica também bem maior, e vem uma certa sensa-ção de fracasso quando os resultados espera-dos não são atingidos, ou seja, quando o cur-so não corre bem, por conta de uma "interação em sala de aula mal resolvida".

Importante destacar que os alunos também desempenham um papel de extrema impor-tância no aprendizado, sejam estes de ensino fundamental, médio ou superior. Neste último caso, embora ainda em menor escala do que no ambiente escolar, tem sido freqüente a incidência de casos do Burnout - ainda que os professores não possam ser considerados os únicos responsáveis pelo desempenho de uma turma ou de determinados alunos, seja ele bom ou ruim.

O peso do Burnout O fato mais curioso na síndrome de Burnout é que ela atinge trabalhadores motivados, que reagem a este desequilíbrio trabalhando ainda mais. "Farber, um dos pesquisadores do Bur-nout discute como tema central deste sofri-mento a discrepância entre o que o trabalha-dor investe no trabalho e aquilo que ele rece-be, ou seja, os resultados obtidos. Por isso, voltamos à questão do não reconhecimento e desvalorização do professor", lembra Iône.

O modelo de progressão do Burnout é com-posto pelas seguintes etapas: a fase de idea-lismo e entusiasmo, com expectativas exces-sivas a respeito do trabalho; fase de progres-sivo estancamento e queda a respeito das expectativas iniciais; decepção e frustração e, por fim, a fase de apatia, ou seja, atitudes negativas frente ao trabalho.

Segundo Iône, é importante estar atento a esta síndrome, porque além do esgotamento psicológico, despersonalização dos profissio-nais e disfunções no desempenho profissio-nal, o Burnout pode causar ainda complica-ções de saúde decorrentes do stress crônico e deterioração da qualidade de vida.

Com isso, a pesquisadora destaca a impor-tância de treinar habilidades de auto-controle, identificação de pensamentos negativos, con-trole do estresse, utilização de apoio social com a equipe, além de trabalhar a informação sobre os aspectos de sua carência como pro-fissional. "Estas seriam algumas das alternati-vas para combater o estresse profissional na busca pelo bem-estar e melhor qualidade de vida", encerra.

São vários os problemas enfrentados pela profissão docente, hoje em dia. Esses problemas passam desde a indis-ciplina na sala de aula até a falta de apoi-o por parte do Estado. Esses são os dois extremos, mas não fica por aí.

Há de se refletir também em tudo o que se passa entre estes dois extremos: vio-lência nas escolas, falta de condições de trabalho dos professores e por fim a des-valorização social da profissão. O conjun-to desses problemas faz com que a pro-fissão docente seja considerada uma pro-fissão de risco em relação ao stress visto serem os profissionais que mais recorrem à ajuda psiquiátrica e psicológica. O termo stress é difícil de definir, entre-tanto, pois apresenta conotações distin-tas: é sinônimo de distress (angústia, so-frimento), mas também significa: medo, necessidade de concentrar-se, ou grande êxito inesperado. O que dizer acerca das exigências e expectativas sociais em tor-no da profissão docente? Estas têm au-mentado consideravelmente. O Professor precisa ser: educador, orientador, um amigo e companheiro, que dê apoio ao desenvolvimento do aluno e seja pai, mãe e família e que contribua para a se-gurança física e psicológica do aluno. Sem contar com a exigência de estarem a par das mudanças sociais que lhes im-põem pressão para diversificarem o seu papel na área do ensino.

Essas mudanças sociais geram diferen-tes reações por parte dos profissionais, que podem ser agrupados em 4 grupos: 1) Os professores que aceitam as mu-danças do sistema de ensino como uma consequência inevitável e têm atitudes positivas, procurando adaptar-se à elas.

2) Professores que sentem grande ansie-dade face à mudança, gerando neles ini-bição. Estes acabam por continuar a e-xercer a sua prática como até então fazi-am.

3) Engloba os que têm sentimentos con-traditórios diante da mudança do sistema de ensino, e, na sua maioria, não se en-tusiasmam em melhorar suas aulas.

4)Por fim, o quarto grupo é o constituído pelos professores que têm medo da mu-dança. A ansiedade que sentem acaba por ser tão grande que, muitos deles che-gam a menosprezarem-se, o que leva, em alguns casos, a certas manifestações de depressão. Através desta caracteriza-ção pode-se concluir que eles não são afetados pelo stress da mesma maneira, nem possuem os mesmos mecanismos para lidarem com este fenômeno social. Vejamos então alguns fatores que contri-buem para o stress. Mas antes disso vale a pena salientar que a maioria dos pro-fessores entrevistados para este estudo revelaram insatisfação com sua profissão e consideram-na estressante. Os motivos apontados são vários: a co-meçar pela crescente desvalorização da

imagem do professor, os baixos níveis de remuneração. No decorrer das entrevis-tas vão surgindo outros fatores: quase inexistência de comunicação entre pais e professores e entre os próprios professo-res. Também as más condições de trabalho, a existência de um elevado número de alunos por turma, a indisciplina dos alu-nos. Falta de colaboração dos alunos nas atividades propostas, dificultando assim a avaliação e o cumprimento do programa. Dificuldade do professor em conciliar su-as tarefas profissionais com as familiares. No entanto, se tudo fosse tão negativo, provavelmente já não teríamos professo-res…Nem quem se candidatasse para tal profissão no futuro. Mais do que olhar para os fatores geradores de stress, im-porta encarar este problema pela positiva e descobrir os fatores que podem ajudar a ultrapassá-lo: há professores que gos-tam muito da sua profissão, que se sen-tem realizados ao exercê-la. E, se pudes-sem não queriam mudar de profissão. Como conseguem isto? O que os leva a encarar com esperança e entusiasmo a realidade descrita por outros como tão pesada, em algo mais saboroso e le-ve? Distinguiu-se três tipos de razões: gostar de ensinar, gostar de crianças e gostar da disciplina que leciona. Tendo estas três razões como base é possível estabelecer outros pontos de equilíbrio que irão ajudar a impedir e/ou aliviar o stress: o bom relacionamento com os alunos, ou seja, uma real aprendizagem por parte deles e em terceiro lugar adotar atitude e estratégias em situações difí-ceis: calma, paciência e diálogo com os alunos. Dentro deste contexto, considerar a im-portância do período de férias no qual poderão recuperar o se equilíbrio pessoal e interromperem a acumulação do stress. Relembrar que atualmente existe a possi-bilidade de requerer um ano sabático quando já completaram oito anos de do-cência. O que pode proporcionar tempos de descanso, leitura, reflexão e quem sabe, trabalhar em equipas de investiga-ção. Concluindo: o stress não é um problema específico dos professores, mas esta não deixa de ser a profissão mais afetada por ele. São necessários mais estudos que abordem esta temática e ajudem a saber lidar com um fenômeno que é caracterís-tico da sociedade atual. No entanto, é mais importante realçar que as sugestões apresentadas por pro-fessores que ao longo do tempo têm con-seguido ultrapassar o stress podem aju-dar os que têm chegado à beira de um ataque de nervos, para que não venham a tê-lo. A própria experiência de saber lidar com o stress pode ser transmitida aos próprios alunos, fazendo uso do pro-blema em si como instrumento para ultra-passá-lo.

Da redação

Professores à beira de um ataque de nervos!...

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Maio 2011 Gazeta Valeparaibana Página 15

Nossas crianças - Educar

Eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy. Conselheiro do Insti-tuto Nacional de Capacitação e Edu-cação para o Trabalho "Via de Aces-so". Professor de cursos e work-shops no Brasil e no Exterior. Em pesquisa realizada em março de 2004, pelo IBOPE, entre os psicólo-gos do Conselho Federal de Psicolo-gia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração - o primeiro nacional.

• 1º- lugar: Sigmund Freud; • 2º- lugar: Gustav Jung; • 3°- lugar: Içami Tiba

VEJAMOS O QUE DIZ:

1. A educação não pode ser dele-gada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre. 2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, tv, etc... 3. Educar significa punir as con-dutas derivadas de um comporta-mento errôneo. Queimou índio pata-xó, a pena (condenação judicial) de-ve ser passar o dia todo em hospital de queimados. 4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se

falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas. 5. Informação é diferente de co-nhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de algu-ma coisa. Não são todos que conhe-cem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conheci-mento da prevenção que a camisinha proporciona. 6. A autoridade deve ser compar-tilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxi-ma refeição que a família fará. A cri-ança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente. 7. Em casa que tem comida, cri-ança não morre de fome . Se ela qui-ser comer, saberá a hora. E é o adul-to quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer. 8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estu-dou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender. 9. É preciso transmitir aos filhos a ideia de que temos de produzir o má-ximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não pode-mos tirar 7,0. 10. As drogas e a gravidez inde-sejada estão em alta porque os ado-lescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente. 11. A gravidez é um sucesso bio-

lógico e um fracasso sob o ponto de vista sexual. 12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe pa-ra poder sair de casa, para fazer uso da droga . A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadí-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pron-to. Deve 'abandoná-lo'. 13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita. 14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saí-das, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido cas-tigo. 15. Se o filho não aprendeu ga-nhando, tem que aprender perdendo. 16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xin-gar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é o-brigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade. 17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira algu-ma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca. 18. Muitas são desequilibradas ou mesmo loucas. Devem ser trata-das. (palavras dele). 19. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.

20. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencar-nar. Não dá para apostar tudo, aper-tar o botão e zerar a dívida. 21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão. 22. Pais e mães não pode se va-ler do filho por uma inabilidade que eles tenham. 'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'. Pais têm que saber u-sar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é in-concebível pagarem para falar com o filho que mora longe. 23. O erro mais frequente na edu-cação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que e-les. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo. 24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família. 25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final. 26. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o te-nham, precisam controlar e ensinar a gastar.

Da redação (via 3°.Setor)

Novos talentos UMA EXPERIÊNCIA

INESQUECÍVEL

As 10h00min da noite de ontem fi-quei sem palavras ao ver algo gigante no céu brilhante como um brinquedo.

Fiquei chocado com aquilo, pois não acreditava em um OVNI isso poderia ser uma pegadinha, mas não parecia de fato não ser.

Pensei; que coisa! Em plena noite u-ma coisa terrível tinha que aparecer? Justo pra me matar de susto como seri-am os tais aliens? Seriam bonitos ou feios como laranja murcha? eu não pen-sava jamais em ver um óvni!

Ao mostrar a minha mãe a luz desapa-receu no meio do nada e ela disse:

- Você está doido não tem nada ali! dai respondi:

-mamãe eu vi! Não estou brincando que coisa! Agora só faltam fantasmas apare-cer e me dar mais susto.

De repente a nave apareceu; de novo outro susto!!!!! Que droga !!!

Ao falar isso minha mãe brigou comigo por ter falado palavrão ai sussurrei:

-Que coisa! No outro dia era guerra! Peguei uma máquina de fotografia para ir atrás dos aliens e registrar esse fato. Ainda eram 03h00min da tarde, imagine quanto ain-da eu iria esperar pra chegar às 10h00min da noite?

O tédio bateu à porta do meu quarto, atendi sem muito prazer, mas ele tomou conta de mim eu tentei distrair, peguei um gibi e comecei a ler. Em seguida ou-tra visita inesperada; o sono; quando abri a porta; cai na cama e dormi.

Bocejando , acordei 10h00min da noi-te; Uau! Gritei é agora e corri para a rua, mas não vi nada.

Rapidamente uma luz me fez flutuar. gritei:

-Como!!!!!!!????? Ahhhhhhhhhhh!!!

Fui abduzido e cheguei onde estavam os aliens. Eles eram tão feios .Tinham a

boca suja de ketchup e pareciam ciclo-pes, ou seja tinham só um olho no meio da testa,chifres, garras e eram uma gos-ma. Uma coisa que chamou atenção é que não eram malvados. Disseram que tinham ketchups na boca porque tinham acabado de lanchar um sanduíche.

Explicaram-me seus hábitos de viver e essas coisas AS 14:00HS minha mãe me esperava na porta de casa chorando demais . Com o tom bravo disse: - Aonde você foi? Respondi: - Eu fui às estrelas com meus amigos por quê? Quer dizer meus novos amigos!Ela feliz,mas enfurecida falou: - Hahahahahahaha! Como pode ir ás estrelas? Com muita alegria pela experi-ência dei lhe um beijo e sussurrei em seus ouvidos: - Você não vai acreditar mamãe, tenho muita coisa pra contar! Assim ela com amor materno, me abra-çou e me pois em seu no colo e eu co-mecei a contar.

Autor: Tiago Valeriano Rodrigues Jonas 9 anos 5ª. Série Instituto Educacional Emmanuel da Irradiação Espírita Cristã Goiânia (GO)

ATENÇÂO

A Gazeta Valeparaibana, um veí-culo da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucra-tivos, somente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões den-tro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradições, his-tória, meio ambiente e sustentabi-lidade, responsabilidade social e ambiental, além da transmissão de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o ci-dadão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, to-dos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, so-lidária e conhecedora de suas responsabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes nas matérias publica-das. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em con-tato.

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Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável

Em um mundo no qual cada pessoa existe apenas para si mesma, só há lugar para a propriedade privada, a competição e o mercado.

O conceito de bem comum supõe u-ma sociedade organizada a partir do sentido de comunidade. Não há com-preensão sobre bem comum onde não há comunidade.

Em um mundo no qual cada pessoa existe apenas para si mesma, só há lugar para a propriedade privada, a competição e o mercado. Entretanto, já em 1854, um cacique dos índios Seattle escrevia ao presidente dos Estados Unidos : “Como se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra?

Essa ideia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível com-prá-los?

Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de a-reia das praias, a penumbra na flores-ta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho”.

Atualmente, no mundo inteiro, vários movimentos e organizações civis tra-balham para que o Ar, a Água, a Saú-de, o Conhecimento e a Energia reno-vável sejam considerados como bens comuns, patrimônio de todo ser vivo e dos quais a humanidade é guardiã e administradora, não para dilapidar, mas para partilhar com os outros se-res de modo harmonioso e justo.

Entretanto, esta compreensão tem encontrado barreiras nas legislações nacionais. A própria ONU tem encon-trado dificuldades para aprovar uma carta dos direitos da Terra, da Água, do Ar e de outros recursos dados pelo Criador para uso comum da humani-dade e de todo ser vivo. Se estes bens são necessários, indispensáveis e insubstituíveis para a vida de todas as pessoas, ninguém deveria ter o direito de se apropriar deles.

Uma empresa pública faz o tratamen-to da água potável e a transporta à nossa casa. É justo pagar por este serviço, mas não pela água. Se um norte-americano se sente com direito de usar, em média, 44 litros de água por dia, enquanto a maioria dos afri-canos não tem acesso nem a um úni-co litro, pode-se pedir que os maiores consumidores paguem pelo seu ex-cesso, para custear o acesso a quem

não pode ter nem o necessário. Mas, a quantidade mínima necessária às pessoas durante um dia seria garanti-da gratuitamente a todos. Do mesmo modo, a humanidade toda tem direito aos bens indispensáveis à vida. Uma Rede de organizações de solidariedade na Europa definiu: “Os bens comuns podem ser definidos como o conjunto de recursos, meios e práticas que permitem a um grupo se constituir como comunidade, capaz de assegurar a todos o direito a uma vida digna”

A partir deste critério, as organizações sociais podem lutar pela água como bem público, pela defesa da terra (biodiversidade, soberania alimentar), pela superação da dependência dos combustíveis fósseis, pelo livre aces-so à comunicação, ao saber e à saú-de. Esta compreensão e gestão dos bens comuns é incompatível com uma sociedade na qual o mercado é o ído-lo absoluto da vida e tudo é conside-rado mercadoria e objeto de lucro.

Todas as sociedades, mesmo as mais tradicionais, têm alguma forma de mercado, mas tudo não é mercadoria e, como diria Jesus, o mercado deve ser em função do ser humano e da sua vida e não tudo a serviço do mer-cado.

Apesar de que, no mundo inteiro, esta campanha por uma sociedade dos bens comuns tem crescido e se forta-lecido, ainda não tomou no Brasil ex-pressões muito visíveis. Ora, a Cam-panha da Fraternidade deste ano é justamente sobre o cuidado com a vida no planeta. Este trabalho em de-fesa da sustentabilidade supõe a compreensão de que formamos, co-mo diz a “Carta da Terra”, uma “comunidade da vida”.

O cacique Seattle que, no século XIX, escreveu ao presidente dos Estados Unidos, concluía sua carta, afirmando: “Ensinem as suas crianças o que en-sinamos as nossas que a terra é nos-sa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cus-pindo em si mesmos. A terra não per-tence ao homem.

O ser humano pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão liga-das como o sangue que une uma fa-mília. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo”.

Marcelo Bastos

Responsabilidade Social - Educar também pode ser via jornal.

Edição nº. 42 Ano IV - 2011

Cidades não estão prontas para as mudanças climáticas “Nas próximas décadas, as mudanças climáticas irão fazer com que centenas de milhões de pessoas, na sua maioria as mais po-bres e marginalizadas, fiquem cada vez mais vulneráveis a enchentes, deslizamentos de terra e outros desas-tres naturais. Esta é a previsão que fazemos baseados na melhor ciência que temos disponível”, alerta Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, no prefácio do relatório Cida-des e Mudanças Climáticas, produzido pelo UN-Habitat. Por: Fabiano Ávila Instituto Carbono Brasil

Se os cálculos das emissões de gases do efeito estufa das cidades englobarem proces-sos como o consumo e geração de energia, os transportes e a produção industrial, as áreas urbanas aparecerão como as grandes vilãs mundiais, ficando responsáveis por 70% das emissões sendo que ocupam apenas 2% do território do planeta.

É justamente como protagonistas das mu-danças climáticas que o relatório Cities and Climate Change: Global Report on Human Settlements 2011 (Cidades e Mudanças Cli-máticas: Relatório Global sobre as Ocupa-ções Humanas 2011) apresenta as cidades. Produzido pelo UN-Habitat, programa da O-NU direcionado para promover o desenvolvi-mento social e ambiental das cidades, o do-cumento afirma que o modelo atual de urba-nização está seguindo um rumo de alto risco devido às transformações no clima.

“Nas próximas décadas, as mudanças climá-ticas irão fazer com que centenas de milhões de pessoas, na sua maioria as mais pobres e marginalizadas, fiquem cada vez mais vulne-ráveis a enchentes, deslizamentos de terra e outros desastres naturais. Esta é a previsão que fazemos baseados na melhor ciência que temos disponível”, alerta Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, no pre-fácio do relatório.

O aumento populacional nas cidades e como consequência a ocupação de áreas de risco são fatores apontados pelo documento que tornarão cada vez maiores os números dos flagelados. Segundo dados da ONU, 59% da população mundial habitará áreas urbanas até 2030, sendo que a cada ano mais 67 mi-lhões de pessoas passam a viver em cida-des.

Baseado nessas estatísticas e nos fenôme-nos climáticos extremos que foram observa-dos nos últimos anos, o estudo do UN-HABITAT traça um panorama sombrio para o futuro das áreas urbanas: - Mais de 200 milhões de pessoas devem perder suas casas por causa das mudanças climáticas até 2050;

- Mesmo o mínimo aquecimento de 1°C ou 2°C na temperatura pode fazer com que de 6 a 25 milhões de pessoas fiquem sujeitas a i-nundações apenas no litoral do norte da Áfri-ca; - Atualmente 40 milhões de pessoas vivem em áreas onde podem ocorrer grandes en-chentes, em 2070 essa população será de 150 milhões, elevando os prejuízos para até US$ 38 trilhões; - Na América Latina, entre 12 a 81 milhões de pessoas podem sofrer com a escassez de água até 2020. Em 2050 esse número deve ser de 79 a 178 milhões.

Corrida contra o tempo Esse cenário pode ainda ser alterado, pois o lado positivo das cidades serem responsá-veis por 70% das emissões é que ações vigo-rosas bem direcionadas podem surtir um grande efeito.

“O nosso relatório procura disseminar o co-nhecimento e contribuir para que as cidades consigam mitigar o aquecimento global e se adaptar às mudanças climáticas. Além disso, identificamos medidas já existentes e que podem ser replicadas em mais locais”, expli-cou Joan Clos, diretor executivo do UN-Habitat. Entre essas políticas o relatório destaca, por exemplo, a cobrança de pedágio para a circu-lação de veículos privados nos centros das grandes metrópoles européias. Além de redu-zir as emissões e melhorar a mobilidade ur-bana, os recursos adquiridos podem ser des-tinados para ações sustentáveis.

Outra medida citada é a reforma de prédios públicos e a obrigatoriedade de adoção de padrões de eficiência energética para novas construções. A cidade de Londres apresenta neste sentido uma política exemplar pela qual o governo financia a troca de antigos aquece-dores residenciais por modelos mais moder-nos e eficientes. Com isso, as emissões dos domicílios londrinos podem ser reduzidas em 60%.

Com relação à adaptação às mudanças cli-máticas que já são irreversíveis, o UN-Habitat recomenda algumas normas simples princi-palmente para a construção de casas popula-res em países em desenvolvimento. Melho-res fundações, aterramento mais elevado e colocação de plataformas sob os móveis são medidas simples que podem evitar com que as pessoas percam tudo o que possuem em cada enchente. “Muitas cidades não conseguem colocar em prática medidas de adaptação ou mitigação simplesmente por falta de conhecimento ou de acesso aos recursos internacionais que tem esse fim. Nosso relatório pode ajudar neste sentido, divulgando as melhores práti-cas já existentes e facilitando o intercâmbio desinformações. É fundamental que as cidades percebam o quão importante é o papel delas para comba-ter as mudanças climáticas”, concluiu Joan Clos.