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Desenvolvimento de curva de calibração do ensaio de esclerometria para o concreto utilizado por
uma construtora de Passo Fundo – RS dezembro/2015 1
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015
Desenvolvimento de curva de calibração do ensaio de esclerometria
para o concreto utilizado por uma construtora de Passo Fundo -
RS
Mariana Boschetti Zanardo – [email protected]
Projeto, Execução e Controle de Estruturas e Fundações
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Porto Alegre, RS, 23 de dezembro de 2014
Resumo
O objeto de estudo desta pesquisa são os ensaios não destrutivos para verificação da
resistência à compressão do concreto usinado utilizado por uma construtora de Passo Fundo
– RS. A baixa resistência à compressão ocasionalmente apresentada no controle de
qualidade empregado faz necessário um estudo in loco, após o concreto apresentar-se
endurecido. Este estudo pode ser feito através de ensaios não destrtuivos, para que se tenha
uma otimização do processo? A hipótese é que as resistências apresentadas pelo aparelho
são superiores às resistências reais. Busca-se então a confiabilidade da esclerometria,
através da calibração das curvas de correlação informadas no aparelho. Para o estudo, fez-
se uma pesquisa bibliográfica, seguida de um estudo experimental, baseado no método da
Agência Internacional de Energia Atômica. Realizou-se o ensaio esclerométrico e o ensaio de
resistência à compressão em seis moldes de concreto, montando um gráfico índice
esclerométrico versus resistência à compressão. Os resultados encontrados indicam que a
resistência obtida no ensaio esclerométrico, através das curvas indicadas pelo fabricante,
deve ser reduzida em aproximadamente 10% para que coincida com a resistência à
compressão dos moldes. Visto haver uma nítida relação entre os resultados encontrados nos
ensaios, conclui-se que se trata de um método confiável, desde que aplicadas as correções
pertinentes.
Palavras-chave: Concreto. Resistência à compressão. Esclerômetro de reflexão. Ensaios não
destrutivos. Curva de correlação.
1. Introdução
Em edificações de concreto armado, a resistência à compressão do concreto é um dos
parâmetros mais importantes para o dimensionamento das estruturas. Mehta e Monteiro
(2008:49) definem resistência de um material qualquer como sendo a capacidade deste de
resistir às tensões aplicadas, sem se romper. Em relação ao concreto, a resistência é a tensão
máxima que uma amostra do material pode suportar. A NBR 6118 (2014:18) estabelece as
classes de resistências mínimas do concreto de acordo com a classe de agressividade do
ambiente onde a estrutura será inserida. Para concreto armado, a resistência mínima, relativa à
classe de agressividade mais branda, é de 20 MPA, sendo este o princípio do cálculo
estrutural. “No projeto e controle de qualidade do concreto, a resistência é uma propriedade
normalmente especificada, porque, comparado aos ensaios envolvendo outras propriedades, o
ensaio de resistência é relativamente fácil” (MEHTA E MONTEIRO, 2008:50).
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Nas obras atuais, a resistência está sendo cada vez mais elevada, a fim de proporcionar
elementos mais esbeltos, que melhor se adaptem na arquitetura do edifício. Entretanto, quanto
maior a resistência à compressão exigida, mais sensível é o concreto a variações, necessitando
um controle cada vez mais rígido de qualidade para atendimento dos parâmetros de projeto.
Como descrito por Mehta e Monteiro (2008:55), em concretos de alta resistência, onde a
relação água cimento é muito baixa, principalmente quando abaixo de 0,3, reduções ou
acréscimos muito pequenos de água elevam ou reduzem a resistência à compressão
significativamente.
Sendo assim, mais frequentemente nos deparamos com desconformidades nas resistências
obtidas nos ensaios à compressão dos corpos-de-prova moldados in loco quando da
concretagem da estrutura, necessitando, portanto, de ensaios adicionais. Conforme o Instituto
Americano do Concreto (ACI 228.1R, 1988:447), os resultados obtidos no ensaio de corpos-
de-prova cilíndricos, embora recomendados pelas normas atuais, não refletem
necessariamente o estado do concreto na estrutura em si, seja por falhas na moldagem dos
corpos-de-prova, ou pela influência das várias etapas pertinentes ao processo construtivo, tais
como: dosagem, mistura, transporte até a obra, transporte interno à obra, lançamento,
adensamento e cura, que acabam não sendo as mesmas nos moldes e na estrutura. Sendo o
concreto um material não industrializado, ao contrário do aço, por exemplo, também é muito
suscetível a falhas, inclusive os concretos usinados.
Na cidade de Passo Fundo onde o problema de pesquisa está inserido, os principais agentes
que induzem ao erro – relativo ao concreto usinado, que é a realidade da maioria das
construtoras da cidade – são os seguintes: falha na pesagem dos materiais na usina; problemas
nos silos de armazenagem dos materiais, tais como umidade ou calor excessivo; problemas na
mistura do material dentro dos caminhões-betoneira; adição excessiva de água, tanto na usina
quanto in loco; falhas na execução do slump test, sugerindo a adição de um volume de água
maior do que o realmente necessário para a obtenção do abatimento desejado; concretos
muito resistentes e fluídos, levando à necessidade de mistura de aditivo em obra, pelos
motoristas; resistência quanto ao controle de qualidade por parte de algumas concreteiras;
dosagem do concreto para valores de resistência característicos e não de cálculo, entre outras.
O problema é que a resistência à compressão só pode ser comprovada na idade especificada,
que é geralmente aos 28 dias, quando ocorre então a decisão entre aceitação ou não aceitação
do concreto. Ou seja, o controle de recebimento, mesmo que bem executado, não garante o
atendimento ao principal parâmetro de aceitação, que é a resistência à compressão. “Avaliar
se o que está sendo produzido corresponde ao que foi adotado previamente por ocasião do
dimensionamento da estrutura faz parte da própria concepção do processo construtivo como
um todo” (ASSOCIAÇÃO LATINOAMERICANA DE CONTROLE DE
QUALIDADE, PATOLOGIA E RECUPERAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES – ALCONPAT
INTERNACIONAL, 2013:3).
No caso da ocorrência de uma não conformidade, ou seja, do corpo-de-prova moldado no
recebimento do concreto em obra apresentar resistência característica inferior ao que foi
adotado no dimensionamento da estrutura, deve-se tomar algumas medidas corretivas. A
versão mais antiga da NBR 6118 (2007:187) recomenda como primeira medida a revisão do
projeto estrutural, a fim de verificar se a estrutura aceita os valores de resistência obtidos nos
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ensaios dos moldes. Não aceitando, deve-se verificar se a resistência à compressão efetiva
(resistência do concreto da estrutura) também é deficiente.
Nesta etapa, dispõe-se de vários métodos para investigação do concreto in loco, destacando-se
a extração de testemunhos da estrutura para posterior rompimento à compressão em
laboratório. Como descrito por Silva et. al. (2013:103), este método é considerado como
destrutivo, e, consequentemente, danifica o elemento estrutural, comprometendo sua
estabilidade, além de apresentar-se trabalhosa e onerosa.
Entretanto, de acordo com ACI 228.1R (1988:447), antes de partir para ensaios destrutivos,
tem-se a opção da realização de outros ensaios, que não comprometem a estabilidade da
estrutura, são de fácil aplicabilidade e relativamente baratos, quando comparados aos ensaios
destrutivos. Por estas características, também apresentam a vantagem da obtenção de
amostras mais amplas, que permitem a investigação da estrutura como um todo. Dentre estes,
denominados ensaios não destrutivos, o mais conhecido e difundido é a avaliação da dureza
superficial pelo esclerômetro de reflexão, normatizado pela ABNT NBR 7584:2012.
A esclerometria faz uma correlação entre a dureza superficial do concreto com sua resistência
à compressão, através de um gráfico informado pelo fabricante do aparelho. “Ressalta-se que
as curvas constantes desse gráfico não correspondem ao concreto em avaliação e referem-se
geralmente a concretos preparados em outros países, com materiais e condições diferentes das
brasileiras, em idades que variam 14 dias a 56 dias” (NBR 7584, 2012:7). Estas curvas,
portanto não oferecem valores realísticos para utilização em qualquer tipo de concreto.
Conforme recomendação da Proceq (2011:14), para casos especiais deve-se preparar uma
curva de conversão própria, ao invés de utilizar as curvas informadas no aparelho e nos
manuais. O ideal é que, para cada concreto ou técnica construtiva utilizada, sejam elaboradas
curvas de correlação próprias, ou que se apliquem fatores de correção sobre as curvas
indicadas pelo fabricante.
Sendo assim, buscou-se obter uma curva de correlação exclusiva para o concreto utilizado nas
obras de uma construtora de Passo Fundo - RS, o qual é provido sempre pela mesma usina de
concreto, com agregados, aditivos e cimento padrão. O objetivo é alcançar a confiabilidade
dos ensaios não destrutivos, mas principalmente eliminar a necessidade de extrair
testemunhos de todas as peças concretadas com material duvidoso, e sim somente daquelas
que apresentarem baixa resistência pelo método do esclerômetro.
Além de fornecer uma contraprova no caso de baixas resistências providas pelos corpos-de-
prova, a confiabilidade do método também permitirá a análise do ganho de resistência do
concreto em idades diferentes dos 28 dias, não extrapolando, contudo, o limite de maturidade
pertinente ao aparelho, que é no mínimo 14 e no máximo 56 dias.
2. Avaliação da resistência à compressão através de ensaios não destrutivos
Muitas vezes surge a necessidade de investigar os elementos de uma estrutura, após o
concreto desta já apresentar-se endurecido. Tal situação tem por finalidade, por exemplo,
determinar se a estrutura é adequada ao uso para o qual foi projetada. Segundo a Agência
Internacional de Energia Atômica (IAEA, 2002:1), o ideal, no entanto, seria que esta
investigação fosse realizada sem que houvesse danos nas peças analisadas. O mais próximo
desta realidade são os ensaios não destrutivos, que apenas danificam uma área superficial das
peças, sem necessidade de grandes reparos. Estes ensaios são utilizados para obtenção de
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informações das propriedades do concreto, tal qual ele se apresenta na estrutura. No caso em
questão, a propriedade de interesse é a resistência à compressão, utilizados então para
estimativa da resistência in loco.
A IAEA (2002:1) apresenta uma relação de situações típicas, onde a utilização de ensaios não
destrutivos pode ser útil. As situações são as seguintes:
- Controle de qualidade, tanto de estruturas pré-moldadas quanto moldadas in loco;
- Exclusão de incertezas a respeito do material fornecido, devido à aparente não conformidade
com as especificações;
- Monitoramento do ganho de resistência para retirada das formas ou escoras, suspensão do
processo de cura, protensão, liberação para aplicação de carga de uso, ou outros propósitos
semelhantes;
- Localização de fissuras, vazios, falhas de concretagem ou outros defeitos, e determinação de
sua extensão;
- Determinação da uniformidade do concreto, preliminarmente à execução de extração de
testemunhos, provas-de-carga ou outros testes destrutivos mais onerosos, visando a seleção de
amostras mais representativas da qualidade a ser avaliada;
- Determinação da posição, quantidade ou tipo de eventuais reforços;
- Aumento do nível de confiança de um número menor de ensaios destrutivos;
- Confirmação ou localização de suspeitas de deterioração do concreto, resultante de fatores
como sobrecarga, fadiga, ataque químico externo ou interno, ou mudança de parâmetros
químicos, fogo, explosões e efeitos ambientais;
- Avaliação da vida útil e da durabilidade do concreto;
- Monitoramento de mudanças de longo prazo nas propriedades do concreto;
- Fornecimento de informações para propostas de mudança nas condições de uso da estrutura,
seja para seguros ou mudança de proprietário.
Segundo a IAEA (2002:1), é uma vantagem a utilização de ensaios não destrutivos, pois,
segundo ela, se apenas testes destrutivos forem aplicados, através da extração de testemunhos
para ensaio à compressão, por exemplo, os custos para extração e rompimento provavelmente
permitirão que apenas alguns elementos sejam analisados, o que, em uma estrutura de grande
porte, pode não oferecer uma amostra representativa. Ensaios não destrutivos podem ser
utilizados nestas situações, como um estudo preliminar, indicando os locais mais suscetíveis,
para que a extração seja feita apenas nos elementos que apresentarem baixa resistência pelo
método da esclerometria.
A obtenção do valor da resistência do concreto através da utilização de ensaios não
destrutivos é feita a partir de curvas que correlacionam os valores obtidos nestes ensaios e a
resistência à compressão do concreto, determinada pelo ensaio de compressão. “Existe o
consenso de que a obtenção de resultados confiáveis depende da qualificação do realizador do
ensaio e da utilização de curvas de correlação adequadas, desenvolvidas para o tipo de
concreto em questão” Machado et. al. (2009:113).
Na visão de Palacios (2012), os ensaios não destrutivos mais utilizados e difundidos, são:
- Método de velocidade de onda ultrassônica: utilizado para detectar defeitos no concreto, tais
como fissuras internas e deterioração;
- Método da dureza superficial (esclerometria): mede a resistência à deformação que
determinado material apresenta. Este método será descrito com mais detalhes na sequencia
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deste artigo;
- Método de resistência à penetração (semi-destrutivo): determina a “profundidade de
penetração de um pino ou parafuso no concreto [...], fornecendo uma medida de dureza ou
resistência à penetração do material que pode ser relacionado com sua resistência à
compressão desde que existam curvas de correlação adequadas” (PALACIOS, 2012:63).
A IAEA (2002), além dos citados por Palacios (2012) também cita os seguintes métodos:
- Inspeção visual: estabelece possíveis causas que podem estar deteriorando a estrutura, e
determina qual dos ensaios não destrutivos é o mais indicado para investigação mais
criteriosa;
- Método de potencial de meia-célula: utilizado para detectar o potencial de corrosão das
barras de aço;
- Medição da profundidade de carbonatação: o ensaio pretende verificar a alcalinidade do
meio, e a que profundidade ela se encontra. Serve para distinguir e avaliar as zonas que ainda
se encontram protegidas das que já estão sujeitas à corrosão, considerando o cobrimento das
armaduras.
3. Determinação da resistência superficial através do esclerômetro de reflexão
O esclerômetro de reflexão é um ensaio do tipo não destrutivo, utilizado para estimar a
resistência do concreto através da dureza superficial deste.
O mais tradicional equipamento para ensaio de esclerometria é o Martelo de Teste de
Concreto de Schmidt, ou esclerômetro de Schmidt, o qual é detalhado na Figura 1.
O ensaio “consiste fundamentalmente de uma massa-martelo que, impulsionada por uma
mola, se choca, através de uma haste, com ponta em forma de calota esférica, com a área de
ensaio” (NBR 7584, 2012:1). A energia do impacto converte-se em duas parcelas, sendo uma
na deformação provocada no local onde se efetuou o disparo, e a outra, absorvida como
energia de atrito mecânico, no interior do aparelho. Esta última parcela é a que concede, ao
final de cada impacto, o retorno da haste do martelo. Esta distância de retorno da haste é
medida pelo equipamento, e chamada de índice esclerométrico. A Figura 2 ilustra o princípio
de funcionamento do equipamento utilizado no ensaio.
“Quanto mais dura for a superfície do concreto ensaiado, menor é a deformação provocada na
área de ensaio, aumentando a parcela da reflexão, oferecendo índices de reflexão maiores”
(ACI 228.1R 1988:448, tradução nossa).
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Figura 1 - Seção transversal do martelo para teste de concreto
Fonte: Proceq (2011)
Figura 2 - Ilustração esquemática da operação do martelo de reflexão
Fonte: Palacios (2012)
3.1 Fatores que afetam os resultados do ensaio de esclerometria
Existem alguns fatores que interferem nos resultados dos ensaios de esclerometria. De acordo
com o ACI 228.1R (1988:447), visto somente o concreto superficial influenciar no índice
esclerométrico, o teste fica suscetível ao ponto onde o disparo é efetuado, e não representa
necessariamente toda a massa de concreto. Segundo o instituto, apesar de ser um teste de
execução muito simples, há muitos fatores, além da resistência à compressão, que influenciam
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no resultado do ensaio. Se o êmbolo do equipamento for locado, por exemplo, sobre um
agregado, o aparelho retornará um índice esclerométrico mais alto do que o real. Se, por outro
lado, for locado sobre um vazio, o índice esclerométrico de retorno será menor.
Outro fator que influencia os resultados do teste é a profundidade de carbonatação. “A
presença de uma camada de carbonatação superficial pode resultar em leituras mais elevadas
do que se fossem feitas no interior do concreto” (ACI 228.1R 1988:448, tradução nossa). Da
mesma forma, superfícies secas oferecem valores de reflexão maiores do que superfícies
úmidas ou molhadas. O mesmo ocorre quando a superfície possui uma textura áspera, a qual
induz a resultados menores do que se fosse polida.
Ainda de acordo com o instituto, quando se utiliza fôrmas de madeira compensada, ocorre
uma absorção da umidade do concreto, produzindo uma camada superficial mais dura do que
se fossem utilizadas formas de aço, ou outros materiais semelhantes. Essa camada endurecida
fornece índices de reflexão maiores. “Do mesmo modo, as condições de cura afetam
significativamente a dureza do concreto, vários centímetros além da superfície” (ACI 228.1R
1988:448, tradução nossa).
Superfícies endurecidas, como as produzidas quando ocorre acabamento com colheres de
pedreiro, também elevam os valores de rebote. O último fator citado pelo ACI 228.1R
(1988:448) é a orientação do instrumento no momento do ensaio, que também influencia o
índice de reflexão.
Proceq (2011:11) cita outros fatores, que segundo ele também afetam os resultados do ensaio,
que são o coeficiente do formato e coeficiente de tempo. O coeficiente do formato é relativo à
amostra, seu tamanho e dimensões. O coeficiente de tempo refere-se à idade do concreto na
data do ensaio, que também está relacionado à profundidade de carbonatação.
3. Materiais e métodos
A IAEA (2002) propõe um procedimento para desenvolver a curva de calibração para os
materiais e técnicas utilizadas no canteiro de obras. O procedimento sugere a moldagem de
corpos-de-prova cilíndricos de 150 x 300mm, utilizando o mesmo cimento e os mesmos
agregados do concreto que será utilizado na obra. A cura dos cilindros deve ser em condições
de temperatura e umidades padrão. O período de cura deve ser similar à idade de controle
especificada. Na idade desejada, regularizar a superfície dos cilindros, e posicioná-los na
máquina de ensaio à compressão axial, com uma carga inicial de aproximadamente 15% da
carga última de ruptura. Deve-se assegurar a condição de saturado com superfície seca.
Efetuar 15 disparos com o esclerômetro de reflexão, sendo 5 disparos em cada uma das três
linhas marcadas na face do cilindro, distando 120° uma da outra. Evitar testar o mesmo ponto
mais de uma vez. Fazer a média das leituras, obtendo o índice esclerométrico para cada
cilindro. Testar os cilindros ao ensaio de compressão axial e colocar os resultados em um
gráfico índice esclerométrico x resistência à compressão. Através dos resultados, traçar uma
curva ou uma reta pelo método dos mínimos quadrados.
A NBR 12655 (2006:17) recomenda que as amostras para o controle estatístico do concreto
por amostragem parcial, sejam de seis exemplares para os concretos do grupo I, que engloba
os concretos com resistências iguais ou inferiores a cinquenta megapascais (50 MPa).
A seguir serão descritos e ilustrados os procedimentos adotados até a obtenção da curva de
correlação, bem como descriminados os materiais utilizados no processo.
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Na ocorrência da concretagem de um dos pavimentos tipo de uma obra da construtora, foram
moldados seis corpos-de-prova, com dimensões de 150 x 300 mm, utilizando o mesmo
concreto empregado na estrutura. Os moldes foram devidamente lubrificados com óleo
mineral e vedados, para garantia da estanqueidade, anteriormente ao recebimento do concreto.
O recebimento seguiu as recomendações da NBR 12655 (2006).
O concreto recebido possui resistência característica esperada aos 28 dias de 35 Mpa. O
abatimento do tronco de cone solicitado é de 120 mm, com tolerância de 20 mm, tanto para
mais quanto para menos. O caminhão-betoneira do qual foi retirada a amostra possuía um
volume total de concreto igual a 8 m³. O concreto, por sua vez, segundo nota fiscal fornecida
pela usina, continha os seguintes materiais: 4.056 kg de cimento do tipo CPIV 32 RS; 3.080
kg de brita 0 (zero); 4.624 kg de brita 1 (um); 2.640 kg de areia fina; 1.736 kg de areia
industrial; 24,34 litros de aditivo tipo Tec Mult 828 LF; 1.744 litros de água.
No ato do recebimento, procedeu-se à determinação da consistência pelo abatimento do
tronco de cone, executada de acordo com a NBR NM 67 (1998), o qual apresentou um
abatimento de 120mm. Visando tornar o concreto mais trabalhável, foram adicionados mais
65 litros de água. O ensaio foi realizado novamente, chegando a um valor de abatimento de
140mm.
Após descarga de aproximadamente metade do volume recebido, retirou-se a amostra para
moldagem dos corpos-de-prova. A moldagem foi executada de acordo com a NBR 5738
(2003), por adensamento manual, e é ilustrada na Figura 3.
Figura 3 - Moldagem dos Corpos-de-Prova de 15x30cm
Fonte: Imagens produzidas pela autora (2014)
Finalizado o procedimento, os CP’s moldados foram armazenados em local nivelado, e
cobertos por uma lona, visando não perderem umidade paro o meio. Os moldes em processo
de cura podem ser visualizados na Figura 4.
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Figura 4 - Cura dos Corpos-de-Prova de 15x30cm
Fonte: Imagens produzidas pela autora (2014)
Vinte e quatro horas após a moldagem, os corpos-de-prova foram retirados dos moldes e
encaminhados ao laboratório, onde permaneceram sob condições controladas de umidade e
temperatura até a data dos ensaios.
Vinte e oito dias após a moldagem – por ser a idade adota para a resistência característica
especificada em projeto – os corpos-de-prova foram medidos e pesados e então submetidos
aos ensaios de esclerometria e de resistência à compressão. As características de cada corpo-
de-prova são apresentadas na Tabela 1.
Tabela 1 - Dados dos corpos-de-prova
Fonte: Dados produzidos pela autora (2014)
Procedeu-se então ao ensaio de esclerometria. Para tal, foram marcadas três linhas horizontais
no cilindro, distantes 120° uma da outra. Os cilindros foram colocados na máquina de ensaio
à compressão, aplicando sobre eles uma carga inicial de aproximadamente 9 toneladas. Esta
carga foi estipulada de acordo com a recomendação da IAEA (2002), utilizando 15% da carga
estimada de ruptura. A carga estimada de ruptura, por sua vez, foi encontrada multiplicando-
se a resistência característica esperada para os 28 dias – que deverá ser igual ou superior a 35
Mpa – pela área do topo do cilindro.
Anteriormente ao ensaio de esclerometria, realizou-se a calibração do aparelho, segundo a
NBR 7584 (2012:2), através da aplicação de 10 impactos sobre a bigorna de teste, fazendo a
média dos valores obtidos. O esclerômetro apenas pode ser aplicado quando esta média não
for inferior a 75. Além disso, nenhum dos índices esclerométricos individuais pode diferir da
média em mais de 3 pontos. Os valores obtidos na verificação são apresentados abaixo, na
CPØ
(cm)
h
(cm)
Área
(cm²)
Volume
(cm³)
Peso
(kg)
Peso Esp.
(g/cm³)
1 15,10 29,70 179,08 5318,64 11950 2,25
2 15,10 29,70 179,08 5318,64 11970 2,25
3 15,00 29,60 176,71 5230,75 11940 2,28
4 15,07 29,60 178,37 5279,69 11980 2,27
5 15,10 29,60 179,08 5300,73 11960 2,26
6 15,00 29,60 176,71 5230,75 11920 2,28
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Tabela 2.
Tabela 2 - Verificação do esclerômetro
Fonte: Dados produzidos pela autora (2014)
O índice esclerométrico médio obtido foi de 78,10, e nenhum dos índices esclerométricos
individuais diferiu da média em mais de 3 pontos. Com estes valores e com o índice
esclerométrico nominal do aparelho na bigorna de aço (fornecido pelo fabricante, que neste
caso é 80) é possível obter o coeficiente de correção do índice esclerométrico. Este
coeficiente é calculado através de uma equação apresentada na NBR 7584 (2012:2),
chegando-se ao valor de 1,024.
Locou-se então cada cilindro na prensa, aplicando-se a carga estipulada. O martelo de teste,
ilustrado na Figura 5, foi posicionado perpendicularmente contra a superfície do ensaio, e
efetuaram-se 24 disparos com o esclerômetro de reflexão, sendo 8 disparos em cada linha
marcada anteriormente. Não foi testado nenhum ponto mais de uma vez. Na Figura 6 ilustra-
se este procedimento. Os índices esclerométricos individuais obtidos em cada disparo são
apresentados na Tabela 3 do item 4 – resultados.
Figura 5 - Martelo de teste de concreto
Fonte: Imagens produzidas pela autora (2014)
Disparo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
IE 78 78 78 78 78 78 78 80 78 77
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Figura 6 - Ensaio de esclerometria nos corpos-de-prova de 15x30cm
Fonte: Imagens produzidas pela autora (2014)
Conforme indicações da NBR 7584 (2012:5) deve-se calcular a média dos índices
esclerométricos obtidos em cada área ensaiada. Neste caso, calculou-se a média para cada
cilindro ensaiado, obtendo-se um índice esclerométrico médio para cada um. Quando algum
índice esclerométrico distanciou-se em mais de 10% do índice esclerométrico médio, este
valor foi desprezado. Calculou-se uma nova média aritmética, sem aqueles valores, e fez-se a
verificação novamente, até que todos os valores individuais atendessem a condição acima.
Para validação da área do ensaio, deve-se obter no mínimo 5 valores individuais válidos, caso
contrário, a área do ensaio deve ser desconsiderada.
Após o cálculo dos índices esclerométricos médios, multiplicou-se cada um pelo coeficiente
de correção de 1,024, encontrando-se o índice esclerométrico médio efetivo de cada cilindro.
Após o ensaio esclerométrico, os cilindros foram submetidos ao ensaio de compressão axial,
segundo a NBR 5739 (2007), conforme ilustra a Figura 7.
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Figura 7 - Ensaio de resistência à compressão dos corpos-de-prova de 15x30cm
Fonte: Imagens produzidas pela autora (2014)
4. Resultados
A Tabela 3 apresenta os índices esclerométricos individuais, ou seja, o valor de cada disparo
efetuado nas linhas marcadas nos cilindros.
Tabela 3 - Índices esclerométricos individuais
Fonte: Dados produzidos pela autora (2014)
Após tratamento dos dados, desprezando os valores diferentes da média em mais ou menos
10%, calculando-se a média e multiplicando-a pelo coeficiente de correção, chegou-se nos
índices esclerométricos médios efetivos de cada cilindro. Após conclusão da esclerometria, os
cilindros foram submetidos ao ensaio de resistência à compressão direta.
Os resultados obtidos nos ensaios de esclerometria e de resistência à compressão são
apresentados abaixo, na Tabela 4, e no gráfico da Figura 8.
CP Linha Disparo 1 Disparo 2 Disparo 3 Disparo 4 Disparo 5 Disparo 6 Disparo 7 Disparo 8
1 34 38 38 44 38 36 38 38
2 36 36 32 42 32 36 38 40
3 40 42 38 38 36 38 38 38
1 42 38 40 36 34 42 40 40
2 41 38 40 44 38 40 38 38
3 44 40 42 40 36 46 42 40
1 38 42 44 38 38 38 38 40
2 38 38 44 36 36 38 38 40
3 38 38 36 36 34 34 40 38
1 40 38 38 36 38 40 36 42
2 40 42 36 40 40 36 38 42
3 42 38 42 40 40 40 38 42
1 34 38 38 40 38 38 38 36
2 38 42 38 38 36 38 36 36
3 40 38 38 38 36 42 44 48
1 38 40 40 38 42 38 38 38
2 38 38 40 42 38 38 40 38
3 44 44 40 40 44 48 40 38
3
4
5
6
1
2
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Tabela 4 - Índice Esclerométrico Médio Efetivo e Resistência à Compressão Direta
Fonte: Dados produzidos pela autora (2014)
Figura 8 - Gráfico Índice Esclerométrico versus Resistência à Compressão
Fonte: Dados produzidos pela autora (2014)
Através dos resultados obtidos nos ensaios de esclerometria e de resistência à compressão
obteve-se o gráfico apresentado na Figura 9. A reta apresentada foi traçada através do método
dos mínimos quadrados, que serve para linearizar os resultados obtidos nos ensaios.
CP
Índice
Esclerométrico
Médio Efetivo
Carga de
Ruptura
(tn)
Resistência à
Compressão
(Mpa)
1 38,39 52,59 29,37
2 40,51 57,07 31,87
3 39,03 49,97 28,28
4 40,29 55,14 30,91
5 39,02 55,47 30,98
6 40,05 57,68 32,64
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Figura 9 - Índice Esclerométrico versus Resistência à Compressão pelo Método dos Mínimos Quadrados
Fonte: Dados produzidos pela autora (2014)
4. Análise dos resultados
Os resultados foram analisados através do método comparativo. Para isto, apresentam-se na
Figura 10 as curvas de correlação informadas pelo fabricante do aparelho utilizado no ensaio.
Estas curvas baseiam-se em resistências à compressão médias de cilindros testados entre 14 e
56 dias, em diferentes direções de impacto.
Figura 10 - Curvas de conversão indicadas no aparelho
Fonte: Proceq (2011)
A comparação foi feita através da correlação de índices esclerométricos médios efetivos com
a resistência à compressão da reta resultante deste estudo e das curvas indicadas no aparelho.
As correlações e respectivas comparações são apresentadas na Tabela 5.
Tabela 5 - Comparativo entre Resistências à Compressão
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Fonte: Dados produzidos pela autora (2014)
5. Conclusões
Verifica-se, analisando a Tabela 3, que os ensaios de esclerometria nos cilindros apresentaram
valores muito próximos, com pequenas variações. Observa-se ainda que os disparos efetuados
na terceira linha de cada cilindro, ou seja, na última linha, de cima para baixo, considerando o
sentido de moldagem, apresentam valores ligeiramente maiores de índices esclerométricos.
Avaliando a Tabela 5, constata-se que a curva informada pelo fabricante oferece valores de
resistência maiores do que aquelas alcançadas a partir da reta obtida neste estudo.
Quando compara-se a resistência à compressão obtida através da correlação com a curva do
fabricante com os resultados de resistência à compressão direta, chega-se à diferenças de até
15%, no caso do corpo de prova 3.
Conclui-se, portanto, que o ensaio de esclerometria fornece valores que se relacionam
diretamente com a resistência à compressão do concreto utilizado pela construtora, mas que
os resultados obtidos no ensaio devem ser minorados em, no mínimo, 10%, para que se
obtenham resistências compatíveis com a da estrutura.
Conclui-se ainda que o ensaio não deve ser usado indiscriminadamente, pois não oferece
valores característicos para qualquer concreto ou técnica empregada.
Além disso, verifica-se a necessidade de avaliar mais amostras, com idades e resistências
características diferentes, para que se obtenha uma curva mais ampla.
Referências
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7584: concreto
endurecido: avaliação da dureza superficial pelo esclerômetro de reflexão. Rio de Janeiro,
2012.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: concreto:
procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.
CP IE fc1 fc2
Relação
fc2/fc1
1,00 38,39 29,1 32,0 1,10
2,00 40,51 32,0 35,0 1,09
3,00 39,03 30,0 32,5 1,08
4,00 40,29 31,7 34,9 1,10
5,00 39,02 30,0 33,0 1,10
6,00 40,05 31,4 34,5 1,10
IE = Índices esclerométricos médios efetivos observados nos ensaios de esclerometria
fc1 = Resistência à compressão obtida através da correlação com a reta resultante deste estudo
fc2 = Resistência à compressão obtida através da correlação com curva informada pelo fabricante
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ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: concreto:
ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos: método de ensaio. Rio de Janeiro,
2007.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de
estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2007.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de
estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655: concreto de
cimento portland: preparo, controle e recebimento: procedimento. Rio de Janeiro, 2006.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 67: concreto:
determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone: método de ensaio. Rio de
Janeiro, 1998.
ALCONPAT INTERNACIONAL, ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE CONTROL
DE CALIDAD, PATOLOGÍA Y RECUPERACIÓN DE LA CONSTRUCCIÓN. Boletim
Técnico 09 – Controle da Resistência do Concreto, Jéssika Pacheco & Paulo Helene.
México, 2013.
AMERICAN CONCRETE INSTITUTE. ACI 228-1R-89: In Place Methods for
Determination of Strength of Concrete. Detroit. 1988.
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MACHADO, M. D.; SHEHATA, L. C. D.; SHEHATA, I. A. E. M. Curvas de Correlação
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Destrutivos. Revista IBRACON de estruturas e materiais. Volume 2, Junho 2009, páginas
100 a 123.
MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: microestrutura, propriedades e materiais. 3
ed. São Paulo: IBRACON, 2008.
PALACIOS, M.P.G. Emprego de Ensaios Não Destrutivos e de Extração de Testemunhos
na Avaliação da Resistência à Compressão do Concreto. Dissertação (Mestrado em
Estruturas e Construção Civil) - Departamento de Engenharia Civil e Ambiental,
Universidade de Brasília, Brasília, 2012.
PROCEQ SA. Martelo de Teste de Concreto: instruções operacionais. Schwerzenbach,
2011. Disponível em
Desenvolvimento de curva de calibração do ensaio de esclerometria para o concreto utilizado por
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http://www.proceq.com/fileadmin/documents/proceq/products/Concrete/Original_Schmidt/Po
rtuguese/OriginalSchmidt_OI_P_2012.24.01_low.pdf. Acesso em 02/12/2014.
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Uberlândia, 2013.