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CENTRO TECNOLÓGICO DA MARINHA EM SÃO PAULO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC Processo 105531/2013-8 DESENVOLVIMENTO DE PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE GUIAS DE ONDA Aluno: MARCUS VINICIUS RODRIGUES CATAN Orientador: Dr. CLÁUDIO COSTA MOTTA 2013

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CENTRO TECNOLÓGICO DA MARINHA EM SÃO PAULO

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC

Processo 105531/2013-8

DESENVOLVIMENTO DE PROCESSO DE

FABRICAÇÃO DE GUIAS DE ONDA

Aluno:

MARCUS VINICIUS RODRIGUES CATAN

Orientador:

Dr. CLÁUDIO COSTA MOTTA

2013

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I

Índice

Índice de Tabelas II

Índice de Imagens III

Lista de Símbolos IV

1. Introdução 1

2. Materiais 8

3. Descrição do Processo de Fabricação dos Flanges 9

4. Trecho Reto do Guia de Onda 16

5. Horas por Operação 17

6. Descrição do Processo de Brasagem dos Flanges ao Trecho

Reto do Guia de Onda 18

7. Processo de Fabricação do Guia de Onda 20

8. Conclusão 22

9. Bibliografia

24

Apêndice A Memorial de Cálculo relativo aos dados expostos 26

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II

Índice de Tabelas

Tab. 1. Descrição do Processo de Fabricação dos Flanges 10

Tab. 2. Tempo de Corte 17

Tab. 3. Descrição do Processo de Brasagem 19

Tab. 4. Descrição do Processo de Usinagem do Guia de Onda 21

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III

Índice de Figuras

Figura 1 Guia de onda circular 2

Figura 2 Guia de onda retangular 2

Figura 3 Linha de fita 2

Figura 4 Microfita 2

Figura 5 Guia de onda dielétrico planar 3

Figura 6 Fibra óptica 3

Figura 7 Figura em perspectiva isométrica do guia de ondas WR-90 com

trecho reto de 100mm

6

Figura 8 Flange de latão pronto para a primeira operação de fresamento 13

Figura 9 Flanges após operação de fresamento 14

Figura 10 Flange sob processo de escareamento 14

Figura 11 Flanges após furação. 15

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IV

Lista de Símbolos

Os valores das grandezas são fornecidos nas unidades padronizadas pelo

Sistema Internacional de unidades (S.I.).

𝐷 = 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑒𝑟𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎 [mm]

𝐷 = 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑒𝑟𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎 [mm]

𝑍 = 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 [Adimensional]

𝑉𝑐 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 [m/min]

𝑉𝑓 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑣𝑎𝑛ç𝑜 [m/min]

𝑛 = 𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 [rpm]

𝑇 = 𝑡𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 [Nm]

𝑃 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 [W]

𝑈 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 [V]

𝐼 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 [A]

𝐹𝑧 = 𝐴𝑣𝑎𝑛ç𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝐷𝑒𝑛𝑡𝑒 [ ] – Adimensional

𝜋 = 3,14 [ ] – Adimensional

𝑙 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑢𝑠𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 [mm]

𝑇𝑐 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 [s]

ᴓ = 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 [mm]

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1

1. Introdução

Segundo Fontana (2013): “Guias de onda são estruturas guiantes, longitudinais,

utilizadas para o transporte de informação e energia”.

O processo de fabricação de guias de onda é um processo singular, onde é exigido um

alto controle sobre as dimensões e quantidade daquilo que se está manipulando. O

menor dos erros pode ocasionar grandes perdas em termos de transmissão de ondas.

O processo conta com inúmeras técnicas e detalhes para garantir este controle.

Segundo Pissolato Filho: “Os guias de onda são analisados por meio das equações

de Maxwell, estas equações devem ser escritas de acordo com a seção do guia. Deve-

se impor também a condição de contorno (fornecidas pelas paredes do guia de ondas).

Considera-se um caso ideal, um guia construído de condutores perfeitos, então a

componente tangencial do vetor campo elétrico da onda anula-se nas superfícies. Para

cada diferente configuração espacial assumida pelo campo, satisfazendo as condições

de contorno, caracteriza um diferente modo de propagação possível no guia. Existem

apenas duas famílias de modos: Modo TE (ou tipo H): ocorre quando a única

componente longitudinal é a do campo magnético, estando todo o campo elétrico no

plano transversal à propagação. Admitindo a propagação na direção “z”, ter-se-á, neste

caso, Hz ≠ 0 e Ez = 0; e Modo TM (ou tipo E): neste caso, tem-se: , Hz = 0 e Ez ≠ 0”.

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2

A escolha da estrutura guiante dependerá primeiramente da aplicação.

“Em aplicações que exigem transporte de alta potência, são utilizadas estruturas

metálicas como o guia de onda retangular e o guia de onda circular” (Fontana, 2013).

A frequência das ondas que passarão pelo guia de ondas, no caso do guia de onda

retangular, é delimitada pelas dimensões, “a” e “b” da seção do guia (ilustradas na

figura 2). A FIG. 1 e a FIG. 2 ilustram os guias citados no trecho acima:

Figura 1: Guia de onda circular.

Fonte: Eletromagnetismo Parte II (Fontana)

Figura 2: Guia de onda retangular.

Fonte: Eletromagnetismo Parte II (Fontana)

“Em aplicações de mais baixa potência ou que exijam estruturas mais compactas

como em processadores ou em aplicações de satélite, são utilizadas linhas de fita ou

microfitas, (...)” (Fontana, 2013).

A FIG. 3 e a FIG. 4 ilustram, respectivamente, as estruturas acima mencionadas,

linha de fita e microfita.

Figura 3: Linha de fita.

Fonte: Eletromagnetismo Parte II (Fontana)

Figura 4: Microfita.

Fonte: Eletromagnetismo Parte II (Fontana)

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“Na região espectral de frequências ópticas, são utilizados guias de onda ou

fibras ópticas, totalmente dielétricos, feitos de vidro” (Fontana, 2013).

A FIG. 5 e a FIG. 6 ilustram o par de estruturas guiantes ópticas:

Figura 5: Guia de onda dielétrico planar.

Fonte: Eletromagnetismo Parte II (Fontana)

Figura 6: Fibra óptica.

Fonte: Eletromagnetismo Parte II (Fontana)

“Essas estruturas, tanto metálicas quanto dielétricas, não suportam modos TEM

como é o caso das estruturas de dois ou mais condutores de uma linha de

transmissão.” (Fontana, 2013).

Este relatório tem como objetivo estabelecer um método para este processo, a partir

de práticas experimentais, com a alta qualidade que é exigida por este. A fim de tornar

este método exequível, leva-se em consideração também o lado econômico, pois não

basta apenas um alto nível tecnológico é necessário que tenha um preço acessível para

que seja possível a realização de tal método.

Para fins de esclarecimento, abaixo seguem alguns conceitos intrinsecamente

ligados à área de usinagem, e que serão abordados mais adiante neste relatório:

Usinagem Mecânica: de acordo com a norma alemã DIN 8580: “Usinagem é um

termo que se aplica a todos os processos de fabricação onde ocorre a remoção

de material sob a forma de cavaco”.

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Onde cavaco é a porção de material da peça retirada pela ferramenta. O

processo de usinagem é a remoção de material para conferir a forma desejada a

uma determinada peça.

Velocidade de Corte: a velocidade de corte está relacionada com o

deslocamento da ferramenta enquanto mantém contato com a peça e irá

influenciar diretamente no acabamento superficial da peça. Em outras palavras,

calcula-se quanto de peça será usinado pela ferramenta num determinado

intervalo de tempo (“Velocidade de Corte”).

Operação de Fresamento: segundo Borges (2004, p. 3): “Consiste numa

operação de usinagem em que o metal é removido por uma ferramenta giratória

– denominada fresa – de múltiplos gumes cortantes. Cada gume remove uma

pequena quantidade de metal em cada revolução do eixo onde a ferramenta é

fixada. A máquina ferramenta que realiza a operação é denominada fresadora”.

As fresadoras mais comuns realizam, com a fresa, movimentos ao longo

de três eixos. E além de contar com uma série de modelos diferentes para

processos específicos, essa pode contar com dispositivos auxiliares para

operações mais complexas que necessitem, por exemplo, que a ferramenta seja

inclinada num determinado ângulo, que a mesa seja rotacionada, etc.

(“Fresamento”).

Operação de Torneamento: segundo Carlos Rosa (1999, p. 2): “O processo

que se baseia no movimento da peça em torno de seu próprio eixo chama-se

torneamento. O torneamento é uma operação de usinagem que permite trabalhar

peças cilíndricas movidas por um movimento uniforme de rotação em torno de

um eixo fixo”.

O torneamento ocorre também através de uma ferramenta de corte.

Porém, no torno, a ferramenta permanece estática durante o processo. Esta é

devidamente posicionada antes da ativação da máquina. O torno faz, então, a

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peça girar em torno de seu próprio eixo e pode movimentá-la, na direção desse

mesmo eixo (nos dois sentidos) (“Torneamento”).

Operação de Eletro Erosão: segundo Stoeterau (2002, p. 3): “É um processo

térmico de fabricação caracterizado pela remoção de material consequente a

sucessões de descargas elétricas que ocorrem entre um eletrodo e uma peça,

através de um líquido dielétrico”.

Há dois tipos de máquinas de eletroerosão, a que gera descargas

elétricas por meio de penetração e a que gera descargas elétricas a fio. Entre

estas duas máquinas, o processo explorado neste relatório é o realizado pela

máquina de eletroerosão a fio. Onde a "ferramenta" da máquina é um fio

metálico, geralmente de cobre ou latão (eletrodo). Este fio metálico entrará em

contato com a peça, com o sistema imerso num líquido dielétrico, e as

sucessivas descargas elétricas formam ao redor do eletrodo uma ponte iônica

que faz com que as partículas metálicas da peça naquela pequena região se

desprendam da peça e juntem-se ao líquido dielétrico. É um processo que

permite trabalhar com tolerâncias estreitas e geometrias complexas, porém

possui um alto tempo de operação (“Eletroerosão”).

Operação de Brasagem: segundo Augusto de Oliveira (2013), a operação de

brasagem é um processo térmico cuja finalidade é proporcionar a junção ou o

revestimento de peças e/ou materiais por meio de um metal de adição em fusão.

Este metal de adição geralmente apresenta temperatura de fusão superior

a 450°C (não é o caso, por exemplo, do estanho – material usado como metal de

adição no processo de brasagem descrito mais adiante neste relatório), mas

inferior ao ponto de fusão do metal base (metal que sofrerá o processo)

(“Brasagem”).

Folha de Processo: a Folha de Processo é um documento contendo

especificações detalhadas sobre uma determinada operação, dispostos de forma

simples para que o entendimento seja fácil e não possa dar origem à uma peça

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diferente da planejada. O que se pode encontrar numa folha de processo varia

de uma folha para outra, os dados mais encontrados são: a descrição do método

ou, em outras palavras, como executar determinada tarefa; a máquina à ser

utilizada no processo; o nome de cada um dos processos realizados durante a

operação; os dispositivos auxiliares, ferramentas, instrumentos de medição, etc.

(“Folha de Processos”).

As descrições detalhadas sobre processos, em geral, foram elaboradas seguindo o

modelo padrão de uma Folha de Processos. Está descrito, neste modelo, o processo de

fabricação dos flanges do guia de onda, o processo de brasagem (que unirá os flanges

ao guia de onda), e o processo de usinagem realizado no guia de ondas após a

brasagem. Seguindo os processos especificados neste relatório, a peça a ser obtida

possui geometria conforme FIG. 7.

Figura 7 – Perspectiva isométrica do guia de ondas WR-90 com trecho reto de 100mm.

Este relatório está dividido em 8 seções, e estas estão organizadas da seguinte

forma: na seção 1, Introdução, são definidos conceitos, visando criar uma base teórica,

necessária para a compreensão do relatório, encontra-se nesta seção também um

breve resumo sobre o tema do relatório e história dos guias de onda; na seção 2,

Materiais, há um breve resumo sobre quais os materiais mais utilizados na fabricação

dos guias de ondas, e o motivo; na seção 3, Descrição do Processo de Fabricação dos

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7

Flanges, o detalhamento do processo de fabricação utilizado nos flanges para mais

tarde serem brasados ao trecho reto do guia de ondas; na seção 4, Trecho Reto do

Guia de Onda, as especificações e detalhes sobre o que é o trecho reto do guia de

ondas; na seção 5, Tempo de Operação, a especificação dos tempos de corte dos

processos realizados; na seção 6, Descrição do Processo de Brasagem dos Flanges ao

Trecho Reto do Guia de Onda, a descrição detalhada em forma de uma folha de

processos sobre o processo de brasagem realizado para unir o conjunto; a seção 7,

Processo de Fabricação do Guia de Onda, foi dividida em duas subseções: 7.1, Bucha

Sustentadora, onde é especificado o dispositivo auxiliar que será utilizado no processo.

7.2, Processo de Usinagem, subseção onde é descrito o processo de usinagem

realizado no conjunto, contando com a Bucha Sustentadora especificada na subseção

anterior; na seção 8, Bibliografia, são colocadas as referências dos livros e artigos

utilizados na elaboração deste relatório.

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2. Materiais

Os materiais usados na construção de guias de onda, são geralmente: bronze,

cobre, alumínio, prata ou qualquer metal que possua baixa resistividade. É possível

também produzir guias de onda a partir de materiais com alta resistividade, desde que,

estes sejam posteriormente chapeados, ou banhados por algum bom condutor. Em

algumas aplicações é necessário banhar o guia de onda com metais com a maior

condutância possível, ou seja, prata, ouro e etc.

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3. Descrição do Processo de Fabricação dos Flanges.

A fim de mostrar as etapas do processo de fabricação dos flanges a partir de uma

barra chata de Latão, cujas dimensões são 44,45 x 85,0 x 12,7 mm, de forma clara

construiu-se uma tabela. Essa tabela é baseada no modelo de uma Folha de Processo

de Usinagem. A tabela especifica a máquina, o processo e a ferramenta que serão

utilizados, o instrumento de medição e a descrição do processo.

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Tab. 1. Descrição do Processo de Fabricação dos Flanges

Máquina Processo Descrição do Processo / Ilustração do Processo Ferramenta Instrumento

de medição

Serra

Horizontal Serramento

-Fixar a barra chata na serra horizontal.

-Fechar o dispositivo da máquina e serrar nas

dimensões 44,45x45,5mm

-Repetir o processo uma vez.

Serra

1900x150x3m

m

Paquímetro

Ilustração do processo

Fresadora

Universal ou

Centro de

Usinagem

Fresamento

-Fixar a peça em dispositivo standard (morsa).

-Esquadrejar o bloco nas dimensões

41,35x41,35x12,7mm.

-Rotação: 600rpm

-Vc = 65m/min

-Avanço: 480mm/min

-Após esquadrejar, escariar arestas em 0,2mm.

-Fresa de

Topo – HSS /

2 Arestas

ᴓ20mm -

DIN327B

Escariador 45°

DIN 335C

Paquímetro

Ilustração do processo

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Fresadora

Universal ou

Centro de

Usinagem

Fresamento

-Prender a peça no dispositivo standard (morsa)

pela espessura de 12,7mm.

Com o goniômetro, posicionar a peça formando um

ângulo de 135° entre a face de 41,35x12,7mm e a

superfície superior da morsa.

Fresa de Topo

– HSS / 2

Arestas

ᴓ10mm -

DIN327B

-Escariador

45° DIN 335C.

Paquímetro

Goniômetro

Ilustração do processo

- Usinar chanfro de 1,5mm a partir do canto

superior.

-Rotacionar a peça em 90° e usinar chanfro no

outro canto.

-Repetir o processo para os outros 2 cantos.

-Rotação: 600rpm

-Vc = 65m/min

-Avanço: 480mm/min

-Escariar arestas em 0,2mm.

Ilustração do processo

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Furadeira de

Coordenada Furação

-Furar utilizando Broca de centro ᴓ 1,6 e 4mm.

- Furar os 5 furos, utilizando a broca de centro.

- Furar 5 furos ᴓ 4,3mm (passante).

-Escariar todos os furos, incluindo o central. -Broca de

centro ᴓ 1,6 e

4mm DIN

333A

-Broca ᴓ

4,3mm DIN

338

- Escariador

45° 335C

Paquímetro

Ilustração do processo

Eletroerosão

a fio

Erosão

Passar o eletrodo no furo central da peça.

Comandos:

1) Cycle Call 0 enter

2) Tool Def 10 r 0,175 enter

3) Tool Call 01 enter

4) C.C. enter

5) X 0; Y 0 F2 M91

X -14,325; Y 0

X -14,325; Y +12,70

X +14,325; Y +12,70

X +14,325; Y -12,70

X -14,325; Y -12,70

X -14,325; Y 0

6) M01 M30

Eletrodo de

Latão Micrômetro

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O processo acima foi experimentalmente realizado, fabricando-se dois flanges de

latão. A FIG. 8 apresenta a peça após a operação de serramento. É importante

mencionar que a face superior do flange não possui rugosidade ou acabamento

adequados, isto é, porém, esperado de uma operação de serramento, e afeta uma

região cuja função é receber tal dano, chamada na indústria de região de sacrifício. Na

foto o flange está preso na morsa em uma mesa de uma máquina fresadora, ao lado de

um esquadro de luz (dispositivo utilizado para verificar a perpendicularidade de uma

face em relação à outra), pronta desta forma para a operação de fresamento.

Figura 8: Flange de latão pronto para a primeira operação de fresamento.

Abaixo, na FIG. 9, pode-se ver os dois flanges, após a operação de fresamento,

ambos esquadrejados (faces formam ângulos retos entre si). Na parte superior do

flange à direita pode-se ver um pouco de tinta para traçagem (utilizada para tornar os

traços feitos na peça mais nítidos. Facilitando, por exemplo, a visualização de uma linha

referencial).

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Figura 9: Flanges após operação de fresamento.

Depois de fresar os flanges, é importante escariar suas laterais (ângulos retos em

peças metálicas oferecem riscos, pois são afiados e podem causar ferimentos). Na FIG.

10, o flange é mostrado durante a segunda operação de fresamento, que utiliza o

escariador como ferramenta.

Figura 10: Flange sob processo de escareamento.

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Na operação de furação realizada nos flanges são feitos cinco furos, onde quatro

destes são próximos aos ângulos externos dos flanges e um furo central. Este furo

central é realizado apenas para possibilitar a próxima operação (operação de

eletroerosão a fio. E neste caso, na peça será necessária a realização de um furo

quadrado interno, portanto, é preciso um furo para a passagem do eletrodo). Abaixo, na

FIG. 11, são mostrados os dois flanges após a operação de furação.

Figura 11: Flanges após furação.

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4. Trecho Reto do Guia de Onda

Os flanges serão fabricados para serem posteriormente brasados às extremidades

do trecho reto do guia de ondas. É essencial que o trecho reto do guia de ondas possua

tolerâncias estreitas a partir de suas dimensões nominais, deve-se por tanto manejar

essa peça com cautela, e analisar a forma como este será processado. O trecho reto do

guia de onda possui as seguintes dimensões: 105,0 x 25,4 x 12,7 mm.

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5. Horas por Operação

Na tabela abaixo está disposto o tempo gasto em cada um dos processos,

construiu-se então uma tabela com o tempo de corte de cada processo. Esse tempo é,

porém, somente o tempo onde há contato entre a ferramenta e a peça em questão.

Despreza-se por tanto partes importantes que podem consumir uma quantidade

considerável do tempo total da operação.

Tab. 2. Tempo de Corte

Operação

Velocidade de

avanço

(mm/min)

L(mm) Tempo de

corte(s)

01 – fresamento 480 177,9 22

02 – fresamento 480 50,8 6,36

03 – furação 168 12,7 22,67

04 – fresamento 480 82,27 10,32

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6. Descrição do Processo de Brasagem dos Flanges ao Trecho

Reto do Guia de Onda.

O dispositivo utilizado para separar os flanges assegurando perpendicularidade e

paralelismo consiste em quatro barras de alumínios com roscas internas M4x1,0 em

ambas as pontas e 4,3mm de diâmetro. Essas barras são alinhadas com os furos dos

flanges e então fixas por parafusos.

Com a intenção de expor de forma clara o processo de brasagem construiu-se uma

tabela também baseada no modelo de uma Folha de Processo de Usinagem.

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19

Tab. 3. Descrição do Processo de Brasagem

N° de

operação/Pr

ocesso

Descrição do processo/Ilustração do processo Instrumentos

necessários

Instrumento

s de

medição

01 – Fixação

-Parafusar as barras roscadas internamente nos flanges.

-Aplicar o fluxo para solda estanho nas faces do interior

do furo quadrado dos flanges.

-Encaixar os flanges no guia de ondas

-Parafusar utilizando os 8 parafusos de fenda M4x30. -Barras roscadas

internamente

(M4).

-Parafusos

M4x20.

Paquímetro Ilustração do processo

02 –

Brasagem

-Posicionar o conjunto verticalmente na chapa de

aquecimento e aquecer até 60°C.

-Brasar os flanges no trecho reto.

Utilizando: Solda por Aleação com Estanho.

Fluxo: Fluxo para Solda Estanho.

-Chapa de

aquecimento

-Estanho

-Maçarico

-Fluxo para Solda

Estanho

-

Ilustração do processo

03 –

Desmontagem

-Retirar o conjunto da chapa de aquecimento.

-Esperar o tempo de resfriamento do conjunto.

- Remover as barras e os parafusos.

- -

Ilustração do processo

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7. Processo de Fabricação do Guia de Onda

A espessura do trecho reto do guia de onda é de 1,27mm, há por tanto a chance de

que o trecho sofra deformação durante o processo de fresamento. Para evitar essa

possível deformação é necessário um dispositivo que permaneça no interior do trecho

reto durante o processo de fresamento.

O material da bucha é Alumínio, escolhido por sua dureza que evitará a

conformação do material, e dificilmente riscará ou conformará o material durante a

inserção ou remoção no trecho reto.

O dispositivo consiste de um bloco maciço cujas dimensões são próximas às do

interior do trecho reto do guia de onda.

Exposto numa tabela que segue o modelo de uma Folha de Processos, é explicado

neste tópico, o processo de fresamento utilizando este dispositivo para impedir

possíveis deformações. Esse processo de usinagem terá como resultado os flanges e

os limites do trecho reto do guia de onda coplanares.

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Tab. 4. Descrição do Processo de Usinagem do Guia de Onda

Máquina Processo Descrição do Processo Ferramentas Instrumento

de medição

- Localização

-Posicionar a bucha em frente ao furo

quadrado do tubo e em frente à bucha,

uma chapa de metal menor que a

própria bucha.

-Empurrar a chapa, inserindo a bucha no

interior do tubo. Dispositivo -

Ilustração do processo

Fresadora

Universal

ou Centro

de

Usinagem

Fresamento

-Fresar o flange reduzindo a espessura

para 11,10mm.

-Rotação: 600rpm

-Vc = 65m/min

-Avanço: 480mm/min

-Escariar Arestas.

Fresa de Topo

– HSS / 2

Cortes ᴓ10mm

-DIN327B

-Escariador

45° DIN 335C.

Paquímetro Ilustração do processo

- Desmontagem

-Martelar cautelosamente a parte central

da bucha, empurrando-a para fora.

-Repetir o processo para o outro lado do

conjunto.

-Martelo

-Talhadeira Paquímetro Ilustração do processo

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8. Conclusão

Neste relatório foi desenvolvido o processo de fabricação do conjunto de um guia de

onda WR-90, visando indicar detalhadamente cada um dos processos realizados ao

longo da fabricação.

A implicação da escolha do guia de ondas WR-90 é a possibilidade de trabalhar no

intervalo de frequências de 8,2 a 12,4 GHz, influenciando diretamente, é claro, no

campo de aplicação. Ressaltando que esta estrutura não suporta modos TEM.

As medidas tomadas como forma de providências econômicas para garantir que o

processo seja exequível foram, em suma, os próprios métodos adotados nos

processos. Foi levado em consideração o tempo de corte de cada processo e assim os

métodos foram desenvolvidos para que o processo seja feito da forma mais rápida

possível, economizando desgastes de ferramenta, horas-homem e horas-máquina, e

uma série de outras vantagens, como por exemplo, tornar o processo viável para

produção seriada.

Os processos foram desenvolvidos a partir de práticas experimentais com controle

satisfatório sobre as dimensões e quantidade do que foi trabalhado para evitar perdas

de transmissão de onda. Controle apenas satisfatório, ressaltando que um controle

desnecessariamente rígido resultaria na quebra de um dos objetivos do relatório, que é

a meta econômica.

Foram explorados ainda a Usinagem Mecânica, processos onde há a remoção de

material em forma de cavaco; a Velocidade de Corte, determina a velocidade da

remoção de material (influenciando diretamente no acabamento da peça); o

Fresamento, operação de usinagem utilizando a ferramenta fresa; o Torneamento,

operação de usinagem onde a peça é trabalhada enquanto a peça movimenta-se em

torno de seu próprio eixo; a Eletroerosão, operação de usinagem que remove pequenas

porções de material por meio de sucessivas descargas elétricas; a Brasagem, processo

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que utiliza um metal em fusão como liga para unir outras duas partes metálicas; e a

Folha de Processo, documento contendo um método de trabalho referente à um

processo de fabricação.

E, seguindo o modelo de uma Folha de Processo, foram elaborados quadros

contendo a descrição dos processos. Bem como o processo de fabricação dos flanges,

processo de brasagem dos flanges ao trecho reto do guia de onda, elaboração do

dispositivo auxiliar e o processo de fresamento do conjunto do guia de onda.

Desta forma, pôde ser verificado, portanto, que o método adotado pelos processos

aqui descritos leva a um resultado satisfatório que proporciona assim a fabricação

economicamente viável de um guia de onda adequado ao uso industrial a que se

destina.

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9. Bibliografia

A. L. CASILLAS; Máquinas: Formulário Técnico; 19a Edição, Ed MESTRE JOU, 1961.

P. 389-401, 586-600.

FERRARESI, DINO; Máquinas Operatrizes de Usinagem: Fundamentos da usinagem

dos metais; Ed EESC/SEM, 1965. P. 54-67, 72-86.

Construção de guias de onda, materiais - “waveguide construction, waveguide

materials”. Acessado em 28 de março de 2013 em:

http://www.microwaves101.com/encyclopedia/waveguideconstruction.cfm

Processo de Fabricação do trecho reto do guia de onda – “Waveguide”. Acessado em

29 de março de2013 em: http://www.navy-radio.com/manuals/0101-1xx/0101_110-

13.pdf

The Origin of Waveguides*: A Case of Multiple Rediscovery (KARLE S. PACKARD,

SENIOR MEMBER, IEEE) – “IEEE Global History Network”. Acessado em 15 de Julho

de 2013 em: http://www.ieeeghn.org/wiki/images/8/86/MTT_Waveguide_History.pdf

O Que é Brasagem (AUGUSTO DE OLIVEIRA, GUILHERME) – “Brasagem”. Acessado

em 17 de Julho de 2013 em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAr80AC/brasagem

Coleção de Tecnologia do Senai – “Infosolda, Livro Senai”. Acessado em 17 de Julho

de 2013 em: http://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/26-livros-senai.html

Fresamento (BORGES, MARCOS) – (Fresamento: “Conceito”). Acessado em 19 de

Julho de 2013 em: http://mmborges.com/processos/USINAGEM/FRESAMENTO.htm

Torno e o Processo de Torneamento (ROSA, LUIZ CARLOS) – (Oficina Mecânica Para

Automação). Acessado em 19 de Julho de 2013 em:

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http://www2.sorocaba.unesp.br/professor/luizrosa/index_arquivos/OMA%20P1%20Torn

eamento.pdf

Processos de Fabricação por Usinagem (JOÃO DE SOUZA, ANDRÉ) – “Fundamentos

da Usinagem dos Materiais”. Acessado em 19 de Julho de 2013 em:

http://www.chasqueweb.ufrgs.br/~ajsouza/ApostilaUsinagem_Parte1.pdf

Superfícies Usinadas (Stoeterau, Rodrigo Lima) – “Eletroerosão”. Acessado em 19 de

julho de 2013 em:

http://www.poli.br/~afcm/OPERATRIZES%202%AA%20unid%20MOTA/Aula-26-U-

2007-1-eletroerosao.pdf

Eletromagnetismo Parte II (FONTANA, EDUARDO) – “Guias de Onda”. Acessado em

28 de julho de 2013 em:

http://www.ufpe.br/fontana/Eletromagnetismo2/EletromagnetismoWebParte02/mag2cap

10.htm

Ondas Guiadas (PISSOLATO FILHO, JOSÉ) – “Guias de Onda”. Acessado em 29 de

julho de 2013 em:

http://www.dsce.fee.unicamp.br/~pisso/Apostila%20Ondas%20Guiadas.pdf

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Apêndice A: Memorial de Cálculo relativo aos dados expostos.

Nota: Vide Lista de Símbolos no início do relatório para melhor compreensão dos

cálculos realizados abaixo.

Cálculo da Rotação.

𝑉𝐶 =𝜋𝐷𝑛

1000[𝑚/𝑚𝑖𝑛]

𝑉𝐶 Foi consultado na tabela, para broca de aço rápido em desbaste de cobre. 65m/min

𝑉𝐶 = 65[𝑚/𝑚𝑖𝑛]

𝑛 =𝑉𝐶𝑥1000

𝜋𝐷[𝑟𝑝𝑚]

Diâmetro da Ferramenta: 5mm

𝑛 =65𝑥1000

𝜋5 𝑟𝑝𝑚 = 4138,02 [𝑟𝑝𝑚]

Por limitações técnicas relacionadas às máquinas do laboratório de usinagem da

Fatec-SP, a rotação foi reduzida Para 600RPM.

𝑛 = 600 𝑟𝑝𝑚

Cálculo do Avanço e Velocidade do avanço

𝑉𝑓 = 𝐹𝑧 𝑥 𝑍 𝑥 𝑛

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Avanço por dente, 𝐹𝑧 , retirado do livro: A. L. CASILLAS; MÁQUINAS:

FORMULÁRIO TÉCNICO; 3° Edição em português, 19881. Ed. Mestre Jou. Pag. 589.

Avanço em milímetros por dente para “fresa radial” e “Alumínio, magnésio e Latão

mole”.

𝐹𝑧 = 0,20𝑚𝑚

𝑍 = 4 𝐷𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠

𝑉𝑓 = 0,20 𝑥 4 𝑥 600 = 480𝑚𝑚/𝑚𝑖𝑛

Cálculo do Tempo de Corte

𝑇𝑐 =𝑙

𝑉𝑓

1. Operação “1”

𝑇𝑐1 =177.9

480[𝑚𝑖𝑛] = 0.37𝑥60[𝑠]

𝑇𝑐1 = 22.2[𝑠]

2. Operação “2”

𝑇𝑐2 =50.8

480[𝑚𝑖𝑛] = 0.106𝑥60[𝑠]

𝑇𝑐2 = 6.36[𝑠]

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3. Operação “3”

Tempo para cada furo:

𝑇𝐶𝑎𝑑𝑎 𝐹𝑢𝑟𝑜 =12,7

168 𝑚𝑖𝑛 = 0.07559𝑥60 𝑠

𝑇𝐶𝑎𝑑𝑎 𝐹𝑢𝑟𝑜 = 4,53 [𝑠]

Tempo para realizar os cinco furos:

𝑇𝑜3 = 22,67 [𝑠]

4. Operação “4”

𝑇𝑐4 =82.27

480 𝑚𝑖𝑛 = 0.172𝑥60[𝑠]

𝑇𝑐4 = 10.32[𝑠]