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CENTRO TECNOLÓGICO DA MARINHA EM SÃO PAULO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC Processo 145547/2013-2 DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE GUIAS DE ONDA WR-90 Aluno: MARCUS VINICIUS RODRIGUES CATAN Orientador: Dr. CLÁUDIO COSTA MOTTA 2013

DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS DE … 1. Introdução Segundo GlobalSpec, em tradução livre, Juntas Rotativas de guias de onda (WRJ - Waveguide Rotary Joints) são componentes para

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CENTRO TECNOLÓGICO DA MARINHA EM SÃO PAULO

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC

Processo 145547/2013-2

DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS DE

FABRICAÇÃO DE GUIAS DE ONDA WR-90

Aluno:

MARCUS VINICIUS RODRIGUES CATAN

Orientador:

Dr. CLÁUDIO COSTA MOTTA

2013

I

Índice

Índice de Tabelas II

Índice de Imagens III

Lista de Símbolos IV

1. Introdução 1

2. Materiais 5

3. Descrição do Processo de Fabricação do flange da Junta

Rotativa WR-90 6

4. Processos Envolvidos na Fabricação da Junta Rotativa WR-90 10

4.1. Torneamento 10

4.2. Fresamento 11

4.3. Eletroerosão 13

5. Conclusão 17

6. Bibliografia 19

II

Índice de Tabelas

Tab. 1. Processo de Fabricação: Flange da Junta Rotativa WR-90

6

III

Índice de Figuras

Figura 1 Junta Rotativa WR-90 1

Figura 2 Flange para Junta Rotativa WR-90 2

Figura 3 Operação 10 - Torneamento. 7

Figura 4 Operação 20 - Torneamento. 7

Figura 5 Operação 30 - Fresamento. 8

Figura 6 Operação 40 - Fresamento. 8

Figura 7 Operação 50 - Fresamento. 8

Figura 8 Operação 60 - Fresamento. 9

Figura 9 Operação 70 - Erosão. 9

Figura 10 Operação 80 - Erosão. 10

Figura 11 Operação de Torneamento A. 11

Figura 12 Operação de Torneamento B. 11

Figura 13 Operação de Fresamento A. 12

Figura 14 Operação de Fresamento B. 12

Figura 15 Operação de Fresamento C. 13

Figura 16 Processo de Eletroerosão A. 14

Figura 17 Processo de Eletroerosão B. 15

Figura 18 Processo de Eletroerosão C. 15

Figura 19 Processo de Eletroerosão D. 15

Figura 20 Processo de Eletroerosão E. 16

Figura 21 Processo de Eletroerosão F. 16

Figura 22 Eixos X, Y, U e V. 16

Figura 23 Operação de Eletroerosão A. 17

Figura 24 Operação de Eletroerosão B. 17

IV

Lista de Símbolos

Os valores das grandezas são fornecidos nas unidades padronizadas pelo Sistema

Internacional de unidades (S.I.).

[mm]

[mm]

[Adimensional]

[m/min]

[m/min]

[rpm]

[Nm]

[W]

[V]

[A]

[ ] – Adimensional

[ ] – Adimensional

[mm]

[s]

[mm]

1

1. Introdução

Segundo GlobalSpec, em tradução livre, Juntas Rotativas de guias de onda (WRJ -

Waveguide Rotary Joints) são componentes para guias de onda utilizados para transmitir energia

em forma de micro-ondas de linhas estacionárias para linhas rotativas. São também conhecidos

como acopladores rotativos e Juntas Rotativas de Frequência de Radio. Juntas rotativas de guias

de onda são constituídas de dois guias de onda de transição coaxial conectados por uma linha

coaxial. O WRJ pode rotacionar devido ao fato de que esta linha coaxial é circular, sem afetar a

performance.

Este relatório tem como objetivo geral explorar este componente auxiliar aos guias de

onda denominado Junta Rotativa, no caso, para guias de onda WR-90, ilustrado abaixo na FIG. 1

e os processos envolvidos na fabricação desta peça, em especial o de eletroerosão (EDM -

Electrical Discharge Machining). Mas primariamente, será exposta a fabricação de um

componente essencial desta peça, que é seu Flange, exposto abaixo na FIG. 2. Destina-se então à

estabelecer métodos de fabricação satisfatórios tanto tecnologicamente quanto economicamente,

a partir do estudo realizado.

Figura 1 - Junta Rotativa WR-90

2

Figura 2 - Flange para Junta Rotativa WR-90

O processo de eletroerosão é utilizado para a usinagem do perfil interno de determinados

componentes da Junta Rotativa WR-90. Não é viável usinar tal perfil, com as tolerâncias

desejadas, utilizando máquinas convencionais. Perfil este que é intrínseco à funcionalidade destes

componentes, suas dimensões caracterizarão a gama de frequência onde é possível trabalhar com

esta Junta Rotativa (no caso da Junta Rotativa WR-90, a gama de frequência é determinada entre

8,2 e 12,4GHz).

Para fins de esclarecimento, abaixo seguem alguns conceitos intrinsecamente ligados à área

de usinagem, e que serão abordados mais adiante neste relatório:

Usinagem Mecânica: de acordo com a norma alemã DIN 8580: “Usinagem é um termo

que se aplica a todos os processos de fabricação onde ocorre a remoção de material sob a

forma de cavaco”.

Onde cavaco é a porção de material da peça retirada pela ferramenta. O processo

de usinagem é a remoção de material para conferir a forma desejada a uma determinada

peça.

Velocidade de Corte: a velocidade de corte está relacionada com o deslocamento da

ferramenta enquanto mantém contato com a peça e irá influenciar diretamente no

3

acabamento superficial da peça. Em outras palavras, calcula-se quanto de peça será

usinado pela ferramenta num determinado intervalo de tempo (“Velocidade de Corte”).

Operação de Fresamento: segundo Borges (2004, p. 3): “Consiste numa opera ão de

usinagem em que o metal é removido por uma ferramenta giratória – denominada fresa –

de múltiplos gumes cortantes. Cada gume remove uma pequena quantidade de metal em

cada revolução do eixo onde a ferramenta é fixada. A máquina ferramenta que realiza a

opera ão é denominada fresadora”.

As fresadoras mais comuns realizam, com a fresa, movimentos ao longo de três

eixos. E além de contar com uma série de modelos diferentes para processos específicos,

essa pode contar com dispositivos auxiliares para operações mais complexas que

necessitem, por exemplo, que a ferramenta seja inclinada num determinado ângulo, que a

mesa seja rotacionada, etc. (“Fresamento”).

Operação de Torneamento: segundo Carlos Rosa (1999, p. 2): “O processo que se

baseia no movimento da peça em torno de seu próprio eixo chama-se torneamento. O

torneamento é uma operação de usinagem que permite trabalhar peças cilíndricas movidas

por um movimento uniforme de rotação em torno de um eixo fixo”.

O torneamento ocorre também através de uma ferramenta de corte. Porém, no

torno, a ferramenta permanece estática durante o processo. Esta é devidamente

posicionada antes da ativação da máquina. O torno faz, então, a peça girar em torno de

seu próprio eixo e pode movimentá-la, na direção desse mesmo eixo (nos dois sentidos)

(“Torneamento”).

Operação de Eletro Erosão: segundo Stoeterau (2002, p. 3): “É um processo térmico de

fabricação caracterizado pela remoção de material consequente a sucessões de descargas

elétricas que ocorrem entre um eletrodo e uma pe a, através de um líquido dielétrico”.

Há dois tipos de máquinas de eletroerosão, a que gera descargas elétricas por meio

de penetração e a que gera descargas elétricas a fio. Entre estas duas máquinas, o processo

explorado neste relatório é o realizado pela máquina de eletroerosão a fio. Onde a

"ferramenta" da máquina é um fio metálico, geralmente de cobre ou latão (eletrodo). Este

4

fio metálico entrará em contato com a peça, com o sistema imerso num líquido dielétrico,

e as sucessivas descargas elétricas formam ao redor do eletrodo uma ponte iônica que faz

com que as partículas metálicas da peça naquela pequena região se desprendam da peça e

juntem-se ao líquido dielétrico. É um processo que permite trabalhar com tolerâncias

estreitas e geometrias complexas, porém possui um alto tempo de operação

(“Eletroerosão”).

Operação de Brasagem: segundo Augusto de Oliveira (2013), a operação de brasagem é

um processo térmico cuja finalidade é proporcionar a junção ou o revestimento de peças

e/ou materiais por meio de um metal de adição em fusão.

Este metal de adição geralmente apresenta temperatura de fusão superior a 450°C

(não é o caso, por exemplo, do estanho – material usado como metal de adição no

processo de brasagem descrito mais adiante neste relatório), mas inferior ao ponto de

fusão do metal base (metal que sofrerá o processo) (“Brasagem”).

Folha de Processo: a Folha de Processo é um documento contendo especificações

detalhadas sobre uma determinada operação, dispostos de forma simples para que o

entendimento seja fácil e não possa dar origem à uma peça diferente da planejada. O que

se pode encontrar numa folha de processo varia de uma folha para outra, os dados mais

encontrados são: a descrição do método ou, em outras palavras, como executar

determinada tarefa; a máquina à ser utilizada no processo; o nome de cada um dos

processos realizados durante a operação; os dispositivos auxiliares, ferramentas,

instrumentos de medição, etc. (“Folha de Processos”).

Blank: refere-se à quantidade de material necessária para a fabricação de uma única peça.

O Blank de uma peça fundida pode ser a quantidade de metal, em litros, que será utilizada

para fundir a peça, no caso de usinagem convencional, Blanks são barras, ou blocos, de

metal que serão necessários para realizar a fabricação da peça. ("Blank").

5

Este relatório está dividido em 6 seções, e estas estão organizadas da seguinte forma: na seção

1, Introdução, são definidos conceitos, visando criar uma base teórica, necessária para a

compreensão do relatório, encontra-se nesta seção também um breve resumo sobre o tema do

relatório; na seção 2, Materiais, há um breve resumo sobre quais os materiais mais utilizados na

fabricação dos guias de ondas, e o motivo; na seção 3, Descrição do Processo de Fabricação do

Flange da Junta Rotativa WR-90, o detalhamento do processo de fabricação utilizado na

fabricação do flange; a seção 4, Processos Envolvidos na Fabricação da Junta Rotativa WR-90,

foi subdividida em três subseções: 4.1, Torneamento, que contém uma breve explicação sobre o

papel do processo no método de fabricação da Junta Rotativa e a ilustração relacionando de fato a

utilização do processo na fabricação. 4.2, Fresamento, subseção onde está contida também uma

breve explicação sobre o papel deste processo e ilustrações relacionando a utilização deste no

método de fabricação estabelecido para a Junta Rotativa WR-90. 4.3, Eletroerosão, subseção que

trata sobre o processo de eletroerosão, mostrando, por etapas, como ocorre este processo, e

relacionando-o com o método estabelecido para fabricação da Junta Rotativa WR-90; na seção 5,

Conclusão, uma breve releitura do relatório, considerações finais e, por fim, o que se pôde

concluir dos experimentos realizados; na seção 6, Bibliografia, são colocadas as referências dos

livros e artigos utilizados na elaboração deste relatório.

6

2. Materiais

Os materiais escolhidos para realizar a fabricação da Junta Rotativa são os mesmos

escolhidos para a fabricação dos guias de onda, devido ao fato de que estas funcionam,

essencialmente, como guias de onda.

Os materiais usados na construção de guias de onda, são geralmente: bronze, cobre,

alumínio, prata ou qualquer metal que possua baixa resistividade. É possível também produzir

guias de onda a partir de materiais com alta resistividade, desde que, estes sejam posteriormente

chapeados, ou banhados por algum bom condutor. Em algumas aplicações é necessário banhar o

guia de onda com metais com a maior condutância possível, ou seja, prata, ouro e etc.

7

3. Descrição do Processo de Fabricação do Flange da Junta Rotativa

WR-90

A fim de expor as etapas realizadas no processo de forma clara, e portanto, estabelecer o

método de fabricação da Junta Rotativa WR-90, construiu-se a TAB. 1. contendo a descrição do

processo e especificação do número da operação, máquina, ferramenta e dispositivo utilizados.

O processo é realizado a partir de um Blank de latão de Ø63mm x 12,7mm.

Tabela 1 - Processo de Fabricação: Flange da Junta Rotativa WR-90

Operação Processo Descrição

Máquina, ferramenta,

dispositivo e

instrumento de medição

10

Torneamento Aplique faceamento frontal de A até B,

até a altura de 10,6mm.

Torno, ferramenta para

desbaste e placa de três

castanhas.

Figura 3 - Operação 10 - Torneamento.

20

Torneamento Aplique torneamento cilíndrico de C a

D, formando um diâmetro de

Ø36,5mm com 6,7mm de altura.

Torno, ferramenta para

desbaste, placa de três

castanhas e paquímetro

Figura 4 - Operação 20 - Torneamento.

8

30

Fresamento Usine 5 furos de Ø4,3mm (4 nas

extremidades e 1 no centro).

Fresadora, broca HSS de

Ø4,3mm, dispositivo

standard - Morsa e

Paquímetro

Figura 5 - Operação 30 - Fresamento.

40

Fresamento Aplique fresamento facial de F a E e de

H a G para formar os canais laterais

maiores.

Fresadora, Fresa HSS 4

cortes, dispositivo

standard - Morsa e

Paquímetro

Figura 6 - Operação 40 - Fresamento.

50

Fresamento Aplique fresamento facial de I a J e de

K a L, para realizar os canais

longitudinais.

Fresadora, Fresa HSS

Ø2mm, dispositivo

standard - Morsa e

Paquímetro

Figura 7 - Operação 50 - Fresamento.

9

60

Fresamento Aplique fresamento facial de M a N e

O a P, para realizar os canais

transversais.

Fresadora, Fresa HSS

Ø2mm, dispositivo

standard - Morsa e

Paquímetro

Figura 8 - Operação 60 - Fresamento

70

Erosão Usine o quadrado externo de 41,5mm,

com os chanfros de 3,5mm (Destacado

em vermelho na FIG. 9, exposta

abaixo.

Eletroerosão a fio Agie

Charmilles Cut20p,

eletrodo de cobre, mesa

de trabalho e utensílios

auxiliares da máquina.

Figura 9 - Operação 70 - Erosão.

10

80

Erosão Usine o retângulo interno de 22,86mm

x 10,16mm (destacado em vermelho,

abaixo, na FIG. 10).

Eletroerosão a fio Agie

Charmilles Cut20p,

eletrodo de cobre, mesa

de trabalho e utensílios

auxiliares da máquina.

Figura 10 - Operação 80 - Erosão.

11

4. Processos Envolvidos na Fabricação da Junta Rotativa WR-90

Há três processos principais envolvidos na fabricação da Junta Rotativa WR-90. Este

tópico foi dividido para que fosse atribuído um tópico para cada processo, 4.1 - Torneamento, 4.2

- Fresamento e 4.3 - Eletroerosão.

4.1. Torneamento

O processo de Torneamento envolvido na fabricação da Junta Rotativa WR-90 é o

primeiro processo pelo qual o Blank deve passar. O processo de torneamento será utilizado para

atribuir ao Blank a espessura final, onde a espessura do Blank é de 12,7mm e a final de 10,6mm,

ilustrado abaixo na Fig. 11, e o diâmetro da parte do Blank onde serão, mais tarde, usinados os

canais, ilustrado abaixo na Fig. 12.

Figura 11 - Operação de Torneamento A.

Figura 12 - Operação de Torneamento B.

12

4.2. Fresamento

O processo fresamento é o segundo processo pelo qual a peça deve passar e é responsável

pela formação dos canais, ilustrado nas Fig. 13, Fig. 14 e Fig. 15, que servirão como um

dispositivo, para a operação posterior, de Brasagem. É responsável ainda pelas furações que por

si possuem duas funções. O furo central passante é necessário pois possibilita a próxima

operação, de Eletroerosão a fio, permitindo a passagem do fio, os furos localizados na região

periférica da peça são definidos em projeto, e são o ponto de conexão, onde um flange poderá ser

ligado a outro, com o auxilio de parafusos.

Figura 13 - Operação de Fresamento A.

Figura 14 - Operação de Fresamento B.

13

Figura 15 - Operação de Fresamento C.

14

4.3. Eletroerosão

Eletroerosão, ou EDM (Electric Discharge Machining), é um processo de usinagem que

consiste na remoção de material de um Blank utilizando descargas elétricas como meio de

usinagem. Esta técnica é caracterizada por sua habilidade de usinar todo tipo de material que

conduz eletricidade (metais, ligas, grafites, etc.) por mais duros que sejam. Porém, apesar de

usinar todo tipo de material que conduz eletricidade a máquina possui um pré-set que permite

apenas a usinagem de alguns metais e ligas.

Para usinar utilizando EDM é necessário um eletrodo, um Blank que conduza

eletricidade, líquido dielétrico (água da rede pública, ou óleo mineral, o propósito do dielétrico é

reduzir a temperatura na área da usinagem, remover partículas metálicas residuais e permitir a

criação de faíscas) e eletricidade.

O Blank e o eltrodo devem estar carregados eletricamente com polos opostos entre si,

faíscas são produzidas por um gerador de faíscas e então, em intervalos regulares, é criada uma

sucessão de crateras no Blank. Cada faísca produz temperatura entre 8000 e 12000°C. O tamanho

da cratera depende da energia transmitida pelo gerador de faíscas. O leque de faíscas varia de

poucos micra a 1mm.

O processo físico acontece da seguinte forma:

1° Etapa: O Eletrodo se aproxima do Blank.

Ambos energizados.

Figura 16 - Processo de

Eletroerosão A.

15

2° Etapa: Concentração do campo elétrico em

direção ao ponto onde o espaço o Blank e o

eletrodo é menor.

Figura 17 - Processo de

Eletroerosão B.

3° Etapa: Criação de um canal ionizado entre

Blank e eletrodo.

Figura 18 - Processo de

Eletroerosão C.

4° Etapa: Colapsamento da faísca. O material

do Blank derrete no local e é desintegrado. O

Eletrodo é levemente aquecido.

Figura 19 - Processo de

Eletroerosão D.

16

5° Etapa: A corrente é desligada, causando

uma implosão da faísca.

Figura 20 - Processo de

Eletroerosão E.

6° Etapa: Evacuação das partículas metálicas

pelo fluxo com o dielétrico.

Figura 21 - Processo de

Eletroerosão F.

Existem dois tipos de processos de eletroerosão, o processo de eletroerosão por

penetração e o processo de eletroerosão a fio. A máquina utilizada neste caso é uma máquina que

realiza o processo de eletroerosão a fio.

A eletroerosão a fio é utilizada para fazer furos e perfis complexos passantes. Os perfis

são obtidos por meio de um fio eletrodo com diâmetro pequeno (cerca de 0,4mm) que pode se

mover simultaneamente pelos eixos X, Y, U e V.

Figura 22 - Eixos X, Y, U e V.

17

Nota: As Figuras 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22 foram feitas com auxílio do software

CorelDRAW e baseadas nas imagens expostas no "Pequeno Manual do Usuário" referente

à máquina de eletroerosão da empresa AgieCharmilles modelo Cut20p.

Abaixo nas Fig. 23 e 24, estão expostas as operações 70 e 80 referente ao plano de

fabricação do flange, ilustrando também o caminho percorrido pelo fio (eletrodo) da máquina de

eletroerosão.

Figura 23 - Operação de Eletroerosão A.

Figura 24 - Operação de Eletroerosão B.

18

5. Conclusão

Neste relatório foi desenvolvido parte do processo de fabricação da Junta Rotativa WR-

90, visando explorar cada etapa e os processos envolvidos nestas.

A escolha do material foi baseada nos mesmos conceitos que a escolha para o material de

um guia de ondas comum. O material a ser escolhido, precisava, primeiramente, ser bom

condutor de eletricidade. Nos deixando uma grande gama de metais para escolher. A segunda

característica, é relacionada ao processo, o flange passará mais tarde por uma Operação de

Brasagem, e necessita por tanto de afinidade química com o metal que seria utilizado como Metal

de preenchimento. Em vista do aspecto econômico também, o material escolhido então foi o

latão.

Foram expostas as etapas do processo de fabricação da Junta Rotativa WR-90, de forma

similar à exposição que seria feita em uma Folha de Processo. Visando expor da maneira mais

clara, tudo que é necessário para realizar determinada operação: máquina, processo, descrição do

processo, ferramenta, dispositivo e instrumento de medição.

Mais adiante, este mesmo processo é exposto de forma que seja possível analisar não

somente a operação em questão, mas os processos envolvidos nestas.

É feita uma análise sobre o processo de Torneamento, que é o primeiro processo

envolvido no método estabelecido (não é necessário que seja o primeiro, mas por questões

econômicas e práticas, estabeleceu-se que é conveniente começar por este processo) utilizado

para atribuir ao Blank a espessura final.

Em seguida é analisado o processo de Fresamento que dará origem aos canais que servem

como dispositivo para realização da posterior Operação de Brasagem, também ao furo central,

que possibilita a operação de eletroerosão (que necessita de um furo passante para passagem do

fio e usinagem de um perfil interno) e pelos furos mais próximos à extremidade da peça, que são

necessários para que um flange possa ser conectado a outro (utilizando parafusos).

19

Por fim, analisa-se o processo de Eletroerosão, que é a chave deste procedimento. A

presença do processo de Eletroerosão no método de fabricação do flange da Junta Rotativa WR-

90 é o que difere o este método de outro método convencional. Este tão importante processo, que

garante tolerâncias estreitas em perfis externos e internos, é o que permite a fabricação da Junta

Rotativa WR-90 garantindo a funcionalidade da peça. São também expostas as etapas de como

funciona o processo em si.

Pôde-se, portanto, verificar que o método adotado, pelos processos estabelecidos leva a

um resultado viável, satisfatório econômica e tecnologicamente.

20

6. Bibliografia

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401, 586-600.

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Acessado em 15 de março de 2014 em:

http://www.microwaves101.com/encyclopedia/waveguideconstruction.cfm

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Superfícies Usinadas (Stoeterau, Rodrigo Lima) – “Eletroerosão”. Acessado em 15 de mar o de

2014 em: http://www.poli.br/~afcm/OPERATRIZES%202%AA%20unid%20MOTA/Aula-26-U-

2007-1-eletroerosao.pdf

21

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http://www.globalspec.com/learnmore/networking_communication_equipment/rf_microwave_wi

reless_components/rf_rotary_joints

Merlinhawk Engineering - Rotary Joints - "Rotary Joints, Pedestals, Slip Rings, Waveguide

Switches". Acessado em 10 de março de 2014 em:

http://merlinhawkengineering.com/microwaveKevlin&Sivers.html