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DESENVOLVIMENTO HUMANO E AS DESIGUALDADES DE
GÊNERO NO BRASIL, AMÉRICA LATINA E CARIBE: RUMOS PARA
A EQUIDADE
Daiane Aparecida Alves Gomes (UEL)
Resumo: O objetivo deste projeto está em debater e conhecer mais a respeito das
Desigualdades de Gênero e do Desenvolvimento Humano, analisando a desigualdade social,
tendo a correlação entre o Desenvolvimento Humano e a redução das Desigualdades de
Gênero, através do Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), desta forma ao cruzar as
informações e investigar as possíveis associações entre o nível de desenvolvimento humano e
o patamar da desigualdade de gênero, teremos condições de negar ou não nossa hipótese.
Evidenciamos a relevância deste projeto de pesquisa, de acordo com um problema social
pertinente na contemporaneidade. A desigualdade de gênero ainda é um fator determinante
para o alcance do desenvolvimento humano, não há país que trata as mulheres com igual
tratamento como os homens, e estas constatações são evidentes em nossa análise teórica. O
atual projeto de pesquisa entende que é de suma importância a pesquisa social tanto quanto a
documental, sendo visto que nestas questões abordadas analisaremos os Relatórios de
Desenvolvimento Humano (RDHs), visto que juntamente com nossa análise teórica perante
aos autores que retratam as desigualdades, são informações que contribuem para as políticas
públicas da sociedade como contemporânea.
Palavras-chave: Desigualdade de Gênero; Desenvolvimento Humano; Equidade.
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Introdução
Sob uma perspectiva das Ciências Sociais, a discriminação, a falta de autonomia,
falta de capacidade de decisão, e a violência, seja qual for a maneira como ela é praticada,
sofrida pelas mulheres podem ser estudadas como um exemplo conciso de desigualdade.
Todos os debates que permeiam as questões destas desigualdades estão relacionados a uma
questão de gênero1 .
Constantemente somos levados e levadas a crer, através de notícias, estudos,
pesquisas, dados e constatações sociológicas que inúmeras sociedades permanecem
patriarcais 2 e androcentricas
3.
Esta relação de desigualdade, pode ser analisada através de um olhar histórico.
Embora as mulheres tenham conquistado mais direitos, porém ainda ocupam lugares mais
desvantajosos na sociedade. Quando se analisa a história das mulheres no Brasil colônia por
exemplo, constatamos a influência da igreja católica para reafirmar o papel de submissão e
de superioridade masculina.
O homem era superior, e portanto cabia a ele exercer a autoridade. São Paulo, na Epístola
aos Efésios, não deixa dúvidas quanto a isso: “ As mulheres estejam sujeitas aos seus
maridos como ao Senhor, porque o homem é a cabeça da mulher como Cristo é a cabeça
da igreja”. De modo que o macho (marido, pai, irmão etc.) representava Cristo no lar.
(ARAÚJO, 1997, p. 46)
A forma pela qual as mulheres eram educadas, também torna-se evidência para as
reflexões de desigualdade de gênero e como estas fizeram parte de nossa construção social e
trazem reflexos para a sociedade contemporânea.
________________________________________________________
1 Através do olhar de SCOTT (1995), gênero pode ser definido por um elemento constitutivo das relações sociais
fundadas sobre as diferenças percebidas entre os sexos e também um modo primordial de dar significado às relações de poder.
2 Bell Hooks (2000), define patriarcado nos debates sociológicos, por um sistema social, que centralize a
heterossexualidade permanente, onde há a prática da violência masculina, e cujo modo de organização de trabalho da vida da mulher esteja dominada pelos homens: econômica, sexual e culturalmente.
3 Para (BOURDIEU), androcentrismo significa a visão do homem como o centro, o homem como parâmetro central, ou
seja, o masculino como norma, como centralidade de um sistema cuja cultura masculina esteja em detrimento da feminina. "O princípio masculino é tomado como medida de todas as coisas”.
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O programa de estudos destinado às meninas era bem diferente do dirigido aos
meninos, e mesmo nas matérias comuns, ministradas separadamente, o
aprendizado delas limitava-se ao mínimo, de forma ligeira, leve. Só as que mais
tarde seriam destinadas ao convento aprendiam latim e música; as demais
restringiam-se ao que interessava ao funcionamento do futuro lar: ler, escrever,
contar, coser e bordar. (ARAÚJO, 1997, p. 51)
Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH/2010) “as desvantagens
enfrentadas pelas mulheres e jovens do sexo feminino são uma fonte principal de
desigualdade. Com demasiada frequência, as mulheres e jovens do sexo feminino sofrem
discriminação na saúde, na educação e no mercado de trabalho”. (PNUD- RDH, 2010, p. 8).
Verificamos que cada RHD, contempla uma temática pertinente para dada época de redação
do relatório. Sobre o ano de 2011, o RDH contemplou caminhos que estivessem relacionados
à sustentabilidade. Também afirmou que as mulheres de países pobres sofrem mais com a
degradação ambiental e alterações climáticas do que os homens, “pois costumam ter menos
opções profissionais, menos mobilidade” (RDH/2011) e consequentemente encontram-se em
posições mais desvantajosas do que os homens, fazendo com que elas dependam das florestas
para sobrevivência.
Diante destas afirmações, relativas ao estudo de gênero e desigualdade, o objetivo
deste trabalho está em debater e conhecer mais a respeito das Desigualdades de Gênero e do
Desenvolvimento Humano, analisando a desigualdade social, tendo a correlação entre o
Desenvolvimento Humano e a redução das Desigualdades de Gênero, desta forma ao cruzar as
informações e investigar as possíveis associações entre o nível de desenvolvimento humano e
o patamar da desigualdade de gênero, faremos reflexões sociológicas a respeito de um tema
tão relevante para a atualidade, as discussões que permeiam a questão de gênero e o
desenvolvimento humano.
Evidenciamos a relevância deste trabalho, de acordo com um problema social
pertinente na contemporaneidade. A desigualdade de gênero ainda é um fator determinante
para o alcance do desenvolvimento humano, não há país que oferece às mulheres igual
tratamento como os homens, e estas constatações são evidentes em nossa análise teórica.
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Quando o assunto é evidenciado no Brasil, apontaremos recente pesquisa, que pode
comprovar a afirmação acima, visto que visualizaremos o real andamento das desigualdades
sociais de gênero.
Caso o ritmo recente de queda da desigualdade entre homens e mulheres no Brasil
se mantivesse, elas ganhariam o mesmo que eles em 2085. Ocupariam 51% - a
proporção pela qual respondem na população brasileira- dos cargos de diretoria
executiva em 2126. E essa parcela dos cargos de alta gestão em geral em 2213.
Atingiriam essa cota das vagas do Senado em 2083. Nas Câmaras Municipais, em
2160. E na Câmara dos Deputados, em 2254. Essas projeções, feitas pela
reportagem, não são uma previsão do futuro. Usam regressões lineares, equações
que estimam o valor esperado de um indicador com base no ritmo anterior”.
(FÁBIO, 2015, disponível em
http://www1.folha.uol.com.br/asmais/2015/09/1675183-no-ritmo-atual-fim-da-
desigualdade-entre-homens-e-mulheres-demoraria-240-anos.shtml).
A atual investigação entende que é de suma importância a pesquisa social, e a
pesquisa documental, sendo visto que os debates sociológicos que contemplem as questões
abordadas contribuirão para o aprimoramento de políticas públicas. Para tanto, analisaremos
os Relatórios de Desenvolvimento Humano (RDHs), visto que juntamente com nossa análise
teórica colaborativamente com os autores que retratam as desigualdades, estaremos munidos
de dados e reflexões que irão contribuir para a das políticas públicas voltadas para as questões
de gênero.
O presente trabalho terá como objeto de análise a desigualdade social e as relações
entre o desenvolvimento humano e a redução das desigualdades de gênero, medidos pelo
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Desigualdade de Gênero (IDG),
sobretudo na América Latina e Caribe (ALC), bem como, as (des)conexões entre
desenvolvimento humano e (des)igualdade de gênero.
Discussão
Com base nos estudos (SEM, 2008; NUSSBAUM, 2002; GÖRAN, 2010)
realizados para o trabalho de monografia (2015), sobre a temática desigualdade, gênero e
desenvolvimento. Para Amartya Sen, todos nós somos diferentes, tanto em
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nossas características pessoais, ou seja, características físicas, psicológicas, demonstramos
mais habilidades para determinadas tarefas, mais do que outras pessoas, como também somos
diferentes em nosso acesso à riqueza e somos ordenados em grupos diferentes, como “ (por
exemplo, entre mulheres e homens em aspectos específicos tais como a possibilidade de
gravidez e o cuidado neonatal dos bebês) ”,(SEN, 2008, p.59).
Este exemplo ilustra seu posicionamento teórico, quando ele associa os bens
primários, que são a condição de que as pessoas têm de suprir necessidades básicas para se
viver, onde renda também o faz parte, com a possibilidade individual de alcançarmos nossos
objetivos, as chamadas liberdades. Seguindo o exemplo da diferença entre homem e mulher,
ele comenta que uma mulher com um filho pequeno, ou uma gestante, mesmo com os
mesmos bens primários que um homem, jamais terá a mesma liberdade de buscar suas
realizações e atingir seus objetivos comparadas a um homem sem tal tarefa.
Esta exposição reforça a ideia de que o ser humano é diverso e que esta
diversidade gera privações e necessariamente devemos nos atentar às desigualdades
substanciais e estas devem ser combatidas de forma a gerar iguais oportunidades.
Sen e Nussbaum comungam do assunto capacidades humanas, para Nussbaum
(2002) capacidade está relacionada como o fato das pessoas conseguem atingir seus objetivos
estimados ao longo da vida. Com o enfoque nas capacidades humanas, estão “enfuerte
coincidencia acerca de la pobreza del relativismo cultural y de la necessidad de normas
universales en el campo de la política de desarrollo”. (NUSSBAUM, 2002, p.41).
Göran, ao propor três tipos de desigualdade, em sua obra “Os campos de
extermínio da desigualdade”, diferencia-os claramente através de formas básicas: a
desigualdade vital, aquela que pode ser verificada através do acesso ou não saúde de
qualidade e da longevidade humana, sendo mais acentuada nos países e classes pobres e em
menor medida nos países ricos e nas classes ricas. Em outro momento define desigualdade
existencial como “(...) a negação de (igual) reconhecimento e respeito, e é um forte gerador de
humilhações para os negros, (amer-) índios, mulheres em sociedades patriarcais, imigrantes
pobres, membros de castas inferiores e grupos étnicos estigmatizados. ” (GÖRAN, 2010
p.146), reafirmando então a discriminação de determinados grupos hierarquizando-os por
meio de
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status. E por fim, define desigualdade material, onde para ele, esta forma de desigualdade
constitui-se por dois momentos, sendo eles, a desigualdade de acesso, ou educação e a
desigualdade de renda, ou seja, nestas duas vertentes os indivíduos contam com recursos
distribuídos de forma desigual.
Göran, contribui para nossa análise, em razão de estarmos dialogando com os
RDHs, e eles apresentarem desigualdades significativas de gênero, quando analisamos o IDG
e seus desdobramentos. Alguns países como Guiana (280 mortes/100 000 mulheres vivas) e
Haiti (350 mortes/100 000 mulheres vivas), apresentam altos índices de taxa mortalidade
materna,quando comparados com o Chile, que apresenta taxa (25 mortes/100 000 mulheres
vivas) segundo (RDH/2013), o que colabora para entendermos a desigualdade vital na ALC.
Comparando os acentos no parlamento nacional, podemos considerar como
desigualdade existencial, àquela que pode ser vista nos dados do (RDH/2012), que remetem
aos dados comparados de 1995 a 2009, além das mulheres representarem um quinto dos
cargos de gabinete, “a falta de representação das mulheres se estende até o poder judiciário e
os sindicatos trabalhistas. Esses padrões não mudam muito quando os países ficam mais ricos.
A parcela de mulheres parlamentares aumentou apenas de 10% para 17%”. (RDH/2012).
Visto que, mesmo com mais anos de estudo, as mulheres ainda detêm menor
remuneração, vista pelo autor como desigualdade material, onde “os hiatos de gênero em
termos de ganhos e produtividade persistem em todas as formas da atividade econômica,
(...).Em quase todos os países, as mulheres no setor de fabricação ganham menos do que os
homens”. (RDH/2012).
Em seu livro desigualdade reexaminada, publicado originalmente em
1992, Sen nos deixa claro a afirmação de que “a ética da igualdade tem de levar em conta
adequadamente nossas diversidades generalizadas, que afetam as relações entre os diferentes
espaços.” (SEN, 2008 p. 59). E que é importante pensar que renda não deve ser o foco
primário das discussões sobre desigualdade, visto que a desigualdade de oportunidades das
quais temos disponíveis para nos apropriarmos, não depende exclusivamente do quanto temos
de renda, “mas também da variedade de características físicas e sociais que afetam nossas
vidas e fazem de nós o que somos”. (SEN, 2008, p. 60).
Quando Nussbaum toma como referência o Informe sobre desarrollo humano,
(IDH/1997), emitido pelo PNUD, afirma que “según una compleja medición
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que incluye la expectativa de vida, la riqueza y la educación, no hay país alguno que trate a
supoblación femenina igual de bien que a la masculina”. (NUSSBAUM, 2002, p. 29). Uma
vez extraído do (IDH/1997), podemos constatar a real necessidade de aprimorar os índices de
medida do (RDH) para atendermos ao desenvolvimento humano. Fica claro então nosso foco
de análise e o período pelo qual estamos nos referindo.
Sobre a desigualdade de gênero e a perda pelo fato da distribuição do
índice de desenvolvimento humano, concordam com “que os países com uma distribuição
desigual do desenvolvimento humano apresentam também uma desigualdade elevada entre
mulheres e homens e que os países com uma desigualdade de género elevada possuem
também uma distribuição desigual do desenvolvimento humano”. RDH (2010, p. 98).
Podemos observar em tabela abaixo, extraída do próprio relatório.
Sobre desenvolvimento humano, o (RDH/2010), tem como foco a ampliação das
liberdades das pessoas, para que possam ter uma qualidade de vida, e que tenham motivos
para lutar por um mundo cujo ideal esteja relacionado a um caminho que leve para o
desenvolvimento de um planeta mais justo e partilhado, visto que individualmente ou em
grupo são as pessoas as responsáveis por
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impulsionar o desenvolvimento de uma nação. Este conceito também pode ter uma definição
mais precisa, quando pensado pelo RDH.
“Posto isto, o desenvolvimento humano tem três componentes:
• Bem-estar: expansão das liberdades das pessoas – para que as pessoas possam
prosperar.
• Capacitação e agência: habilitação das pessoas e dos grupos para que ajam –
para gerar resultados valiosos.
• Justiça: expansão da equidade, sustentação dos resultados ao longo do tempo e
respeito pelos direitos humanos e por outros objectivos da sociedade.”
(RDH/2010, p. 24 e 25).
Através das Ciências Sociais, encontramos esclarecimentos e caminhos para
solucionar ou explicar problemas sociais. Os RDHs apontam brechas e evidências para que a
sociedade possa acompanhar o desenvolvimento de seu país
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e de sua sociedade. Com base neste documento, analisamos as buscas para a igualdade e
propostas para que através de nossas pesquisas possamos colaborar para uma sociedade mais
igual e mais justa.
O relatório de 2011, com o título: Sustentabilidade e Equidade: Um Futuro
Melhor para todos. Embora o título do relatório não se utilize os dois pronomes indefinidos:
todos e todas, como forma de ressaltar a flexibilidade de gênero. É dedicado ao desafio de
manter mundialmente o progresso sustentável e a equidade. O desafio é ainda maior diante do
cenário apresentado no relatório que nos faz entender que a degradação ambiental traz piores
quadros de qualidade de vida para aquelas pessoas que já vivem em desfavorecidas. “ As
desigualdades são especialmente injustas quando grupos específicos, quer devido ao gênero,
raça ou local de nascimento, enfrentam sistematicamente situações de desfavorecimento”. (PNUD/ RDH 2011, p. 1). E estes grupos sofrerão mais drasticamente os resultados negativos
das nossas ações atuais diante da degradação do meio ambiente. Consideremos não somente
aquela destruição em nome do capitalismo desenfreado que vem sendo praticada dia após dia,
por diversas empresas e pessoas poderosas, mas pensaremos também no qual devastador para
a vida das pessoas que já encontram-se em estado de vulnerabilidade passar por eventos de
catástrofes por exemplo, onde mulheres, crianças e idosos são mais afetados
A busca da equidade é algo tão evidente, diante até mesmo dos antagonismos de
degradação nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos, visto que os países com o IDH mais
baixo foram os que menos tiveram suas contribuições para as alterações climáticas do planeta,
conquanto, uma pessoa que vive em um país de IDH muito elevado, “ é responsável, em
média, por mais do quádruplo das emissões de dióxido de carbono e cerca do dobro das
emissões de metano e óxido nitroso do que uma pessoa num país com um IDH baixo”.
(PNUD/2011, p. 3).
Para finalizar nosso debate, porém não com a intenção de encerrar nossa
discussão, apenas o objetivo de contribuir para as pesquisas sociais nesta área, consideremos
os avanços dos relatórios de desenvolvimento humano em dar atenção para a desigualdade
que as mulheres enfrentar, visto que a partir de 2010 os (RDHs) apresentaram medidas mais
amplas, para atender a proposta central do desenvolvimento humano: desvincular o progresso
da humanidade exclusivamente ao fator renda, ou seja, reafirmar que verdadeira riqueza de
um país são as pessoas, por meio agora de inovações estatísticas e metodológicas que
contemplam três
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novos índices, trata-se do Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), IDH Ajustado à
Desigualdade (IDHAD) e Índice de Desigualdade de Gênero (IDG). (PNUD. Disponível em:
<http://www.pnud.org.br/idh/IDH.aspx?indiceAccordion=0&li=li_IDH>. Acesso em: 15 abril
2015)
Este índice poderá colaborar para as investigações mais precisas sobre gênero e
também o fomento de debates sobre problemas sociais contemporâneos e que a tomaram
evidência a partir dos novos movimentos sociais e sobretudo com a nova configuração da
sociedade buscando direitos feministas em meados dos anos 60.
O RDH (2010, p. 89), ao apresentar novas matrizes para desenvolver um núcleo
importante do desenvolvimento humano.
Muito embora ainda estejamos caminhando para colhermos os devidos resultados
esperados para a equiparação dos gêneros, porém estamos problematizando o assunto.
Encontramos enfrentamentos e resistências muito amplas principalmente diante de um
Congresso Nacional tão conservador quanto o nosso, porém mundialmente conseguimos certa
evidência, pelo simples fato de conseguirmos um dado mais preciso que possa abarcar
diversos problemas sociais
_______________________________________________ 5 O Índice de desigualdade de gênero fora pensado pela primeira vez no (RDH/2010), documento da
Organização das Nações Unidas (ONU), para medir a desigualdade entre os gêneros dos países em análise. Esta desigualdade mede a taxa de mortalidade materna, a taxa de fertilidade adolescente, a quantidade de assentos parlamentares nacionais, taxas de educação, como a população com pelo menos o ensino secundário e a taxa de participação na força de trabalho.
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Referências
FABIO, André Cabette. Dois séculos separam mulheres e homens da igualdade no Brasil,
2015. Disponível em:< http://www1.folha.uol.com.br/asmais/2015/09/1675183-no-ritmo-
atual-fim-da-desigualdade-entre-homens-e-mulheres-demoraria-240 anos.shtml>. Acesso
em 02/11/2015.
HOOKS, Bell. Feminism is for Everybody: Passionate politics. Cambridge, MA: South End Press, 2000
NUSSBAUM, Martha. As mulheres e o desenvolvimento humano.Tradução de Roberto
Bernet. 2. Ed. Barcelona: Herder Editorial S.L, 2002. Tradução de: Lasmujeres y eldesarrollo humano.
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Disponível em:<http://www.pnud.org.br/odm.aspx>.Acesso em: 15 abril 2015).
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD).
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Disponível em:
<http://www.pnud.org.br/HDR/arquivos/RDHglobais/hdr2012_portuguese.pdf> Acesso em:
12 abril 2015.
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Relatório do Desenvolvimento Humano 2013 (RDH 2013).A Ascensão do Sul: Progresso
Humano num Mundo Diversificado. New York, PNUD, 2013. Disponível em:
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12 abril 2015.
SCOTT, Joan Wallach. “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. Educação & Realidade, vol. 20, nº 2, Porto Alegre, jul./dez. 1995, p. 71-99.
SEN, Amartya.Desigualdade Reexaminada. Tradução e apresentação de Ricardo Doninelli
Mendes. 2. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2008. Tradução de: Inequality Reexamined.