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DESFILE MILITAR NO EQUADOR 24/Maio/2005 Roberto Portella Bertazzo, Bacharel em História pela UFJF e Membro da Sociedade Latino Americana de Historiadores Aeronáuticos (LAAHS). [email protected] Para Comemorar a Batalha de Pichincha, no dia 24 de maio, as Forças Armadas do Equador fizeram um imponente desfile em Quito. Em 24 de maio de 1822, tropas Sul Americanas comandadas pelo Marechal Antonio José de Sucre, impuseram no vulcão Pichincha, em Quito, a definitiva derrota sobre a opressão dos colonizadores espanhóis, que há séculos exploravam a América do Sul. Na cidade de Quito, no centro da Praça Grande, em frente ao Palácio presidencial de Carondelet, um belo monumento, em que um condor imponente, expulsa o leão ferido, símbolo da monarquia espanhola, comemora a independência do Equador. A praça Grande, no centro o Monumento da Independência e no fundo da foto as montanhas que rodeiam ao vulcão Pichincha, cenário da batalha recordada em 24 de maio. (foto: seção de periódicos UFJF/Defesa)

DESFILE MILITAR NO EQUADOR - ecsbdefesa.com.brecsbdefesa.com.br/fts/DME.pdf · Com a derrota espanhola, sob a liderança de Simon Bolívar, se consolidou a Grã Colombia, país que

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DESFILE MILITAR NO EQUADOR 24/Maio/2005

Roberto Portella Bertazzo, Bacharel em História pela UFJF e Membro da Sociedade Latino Americana de Historiadores Aeronáuticos (LAAHS).

[email protected]

Para Comemorar a Batalha de Pichincha, no dia 24 de maio, as Forças Armadas do Equador fizeram um imponente desfile em Quito.

Em 24 de maio de 1822, tropas Sul Americanas comandadas pelo Marechal Antonio José de Sucre, impuseram no vulcão Pichincha, em Quito, a definitiva derrota sobre a opressão dos colonizadores espanhóis, que há séculos exploravam a América do Sul.

Na cidade de Quito, no centro da Praça Grande, em frente ao Palácio presidencial de

Carondelet, um belo monumento, em que um condor imponente, expulsa o leão ferido, símbolo da monarquia espanhola, comemora a independência do Equador.

A praça Grande, no centro o Monumento da Independência e no fundo da foto as montanhas que rodeiam ao vulcão Pichincha, cenário da batalha recordada em 24 de maio. (foto: seção de periódicos UFJF/Defesa)

Com a derrota espanhola, sob a liderança de Simon Bolívar, se consolidou a Grã Colombia, país que compreendia os territórios atuais do Equador, Colômbia, Panamá e Venezuela.

O Desfile de 24 de maio de 2005, foi aberto por soldados trajando uniformes

históricos, representando o exército de Atahualpa, antes da conquista espanhola, das tropas que lutaram pela independência, uniformes utilizados em 1941, na Guerra contra o Peru, no Conflito de Paquisha em 1981 e no Conflito de Cenepa, em 1985.

Soldados trajando as vestimentas dos guerreiros do exército de Atahualpa, o Inca de Quito e suas lhamas, que eram o principal animal de carga na América, até a chegada dos conquistadores espanhóis. (fotos autor)

Soldados trajando uniforme da época, ao lado Banda à cavalo, com uniforme da época da Batalha de um antigo canhão. (foto autor) de Pichincha. (foto autor)

Granadeiros de Pichincha. Até hoje, a Guarda Presidencial do Equador, utiliza estes uniformes no Palácio de Carondelet, à esquerda. À direita, no conflito de 1941, o Exército Equatoriano utilizava capacetes de modelo inglês e fuzis Mauser. (fotos: autor)

No conflito de Paquisha, em 1981, os soldados do Equador utilizavam o típico uniforme verde oliva, semelhante ao Norte Americano, comum em quase todos os exércitos da região, à esquerda. À direita, na Guerra do Cenepa, em 1995, os Boinas Rojas, tiveram destacada atuação. (fotos:autor)

Também desfilaram tropas com capacetes azuis, com presença feminina, que são as que atuam em favor de missões da ONU, bem como as tropas regulares do Exército.

Nos últimos anos, o Exército do Equador participou em vária missões da ONU, à esquerda. À direita, o atual Exército do Equador adotou o capacete de Kevlar semelhante ao utilizado pelos Norte Americanos. (fotos: autor)

O primeiro veículo a desfilar foi uma viatura Half Track, fabricação norte-americana, da Segunda Guerra Mundial e modernizada no Equador.

Half Track modificado no Equador e responsável pela abertura do desfile. (foto autor)

Logo depois foram apresentados os Hummer, adquiridos faz poucos anos, em

seguida, passaram viaturas Mercedes Unimog, porta morteiros e de reboque de artilharia.

Hummer recentemente adquirido pelo Exército Equatoriano, à esquerda. À direita, o Exército do Equador adaptou morteiros em seus antigos veículos Mercedes Unimog. (fotos autor)

Os Unimog mais modernos são utilizados para rebocar canhões de 105mm. (foto autor)

Depois foram os veículos blindados EE-3 Jararaca, EE-9Cascavel e EE-11 Urutu,

fabricados pela extinta Engesa no Brasil.

EE-3 Jararaca e EE-11 Urutu (fotos autor)

O Engesa EE-9 Cascavel tem um bom desempenho nas grandes altitudes dos Andes. (Foto autor)

Para finalizar, vieram os tanques da família AMX-13, Artilharia autopropulsada e

transporte de tropas.

AMX Transporte de tropas, capaz de levar oito soldados mais tripulação, à esquerda. À direita AMX Artilharia autopropulsada de 155mm. (fotos autor)

AMX-13, com canhão de 105mm é o carro de combate mais potente do Exército do Equador. (foto autor)

O desfile foi sobrevoado em várias ocasiões por aviões Dassault-Breguet Mirage

F1-JE e IAI Kfir CE da Força Aérea do Equador, e por helicópteros Aerospatiale AS-342L Gazelle, Eurocopter AS-332 Super Puma e Mil Mi-171 da Aviação do Exército.

Aerospaciale AS-342L Gazelle sobrevoa a Av de Los Chiris, durante o desfile, à esquerda. À direita, o Eurocopter AS-332 Super Puma da Av. do Exército. (fotos autor)

Helicóptero Russo Mil Mi-171 da Aviação do Exército do Equador. (foto autor)

O desfile foi uma amostra da pequena mais altamente operacional força militar do

Equador.