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Design para quem não é designer noções básicas de planejamento visual e resumo do livro homônimo de Robin Willians material elaborado para o projeto

Design Para Quem Nao e Designer

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material produzido para o gambiarra favela tech, parceria entre o observatorio de favelas e olabi (RJ) patrocinado pela fundação ford

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Design para quem não é designer

noções básicas de planejamento visuale resumo do livro homônimo de Robin Willians

material elaborado para o projeto

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O que é o design?

Design (se fala “dizaini”) é a idealização, criação, desenvolvimento, configuração, concepção, elaboração e especificação de artefatos, normalmente produzidos industrialmente ou por meio de sistema de produção seriada que demanda padronização dos componentes e desenho normalizado.

Essa é uma atividade estratégica, técnica e criativa, normalmente orientada por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema.

O termo deriva, originalmente do latim designare, sendo mais tarde adaptado para o inglês design.

fonte: pt.wikipedia.org

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Categorias de aplicação do design

Uma importante preocupação do design é unir a forma e a função de objetos, e o modo como ele se relaciona com o usuário. Daí, temos hoje uma gama enorme subdividindo e especializando o design. Veja algumas áreas:

Design estratégico, Design de comunicação, Design de som, Design visual, Design gráfico, Tipografia, Design editorial, Design institucional, Design digital, Design de hipermídia, Web design, Design de jogos, Design de produto, Design automobilístico, Design de embalagem, Design de mobiliário, Design de moda, Design de joias, Design de estampa, Design de ambientes, Design de interiores, Design de iluminação, Design de sinalização, design de móveis, Design de interação, Design de interfaces, Design de serviços, Hair designer, Cake designer e o Body Designer.

fonte: pt.wikipedia.org

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no contexto gambiológico...

Graças à combinação entre design e obsolescência programada, temos atualmente linhas infindáveis de produtos que realizam a mesma função com poucas diferenças entre seus pares, gerando um acúmulo impressionante de matérias-primas em locais de descarte.

"Um dos maiores problemas da atualidade são os resíduos sólidos e o lixo é o único recurso em crescimento no planeta" (Boufleur, 2006)

Dentro deste contexto de CRISE, temos com premissa de Gambiólogos, nos tornarmos DESIGNERS DE RECICLAGEM.

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Princípio da iúca

“Há muitos anos recebi um livro de identificação de árvores como presente de Natal. Estava na casa de meus pais e depois que todos os presentes haviam sido abertos decidi sair e identificar as árvores da vizinhança. Antes de sair, li uma parte do livro. A primeira árvore do livro era a iúca, pois, para identificá-la, só era necessário duas pistas. Ora, a iúca tem realmente uma aparência muito estranha. Olhei para a foto e pensei: “Mas este tipo de árvore não existe no norte da Califórnia. Ela é diferente. Eu saberia se já tivesse visto uma árvore assim e nunca vi uma antes.” Peguei meu livro e saí. Meus pais viviam em um condomínio fechado de seis casas. Dessas seis, quatro tinham iúcas em seus jardins. Vivi naquela casa durante 13 anos e nunca havia visto aquelas árvores. Caminhei pelo quarteirão e imaginei que na época em que os proprietários estavam fazendo os jardins de suas casas, deve ter havido alguma liquidação: pelo menos 80% das casas tinham iúcas. E eu nunca havia visto uma antes! Quando me conscientizei da existência da árvore, quando pude classificá-la, passei a vê-la em todos os lugares. Esse é o X da questão; é onde eu queria chegar: o fato de podermos dar nome a algo significa que estamos conscientes deste algo… “

Robin Willians

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Os príncipios básicos do design

Segundo Robin Willians, podemos potencializar nossos projetos visualmente, seguindo alguns princípios básicos:

Proximidade

Alinhamento

Repetição

Contraste

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fonte: Willians, Robin, Design para quem não é designer

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Quando vários itens estiverem próximos, eles formarão uma unidade visual, e não várias unidades individuais. Os ítens que têm relação entre si, devem ser agrupados.

Fique atento para onde seus olhos se dirigem. Qual é o caminho que eles percorrem? Onde termina a leitura? Após a leitura, para onde seus olhos vão?

O propósito básico da proximidade é organizar. Os outros príncipios que estudaremos também têm suas funções, mas agrupar elementos cria automaticamente uma organização.

Informações organizadas tornam uma obra mais fácil de ser lida. E como resultado, cria-se espaços “brancos”, ou áreas de silêncio, deixando o material criado muito mais atraente.

Proximidade

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Proximidade

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Proximidade

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Proximidade

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Proximidade

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Algumas dicas:

Pisque os olhos e conte o número de elementos visuais na página, a partir de onde seus olhos param: se houver mais de 3 a 5 ítens, revise o projeto para ver se mais algum elemento pode ser agrupado por proximidade, melhorando a unidade visual.

Evite muitos elementos separados numa página.

Não relacione elementos que não devem ser agrupados. Se eles não tiverem relacão entre si, separe-os.

Proximidade

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Alinhamento é o processo onde criamos relação entre as informações a partir de sua posição no espaço de trabalho.

Segundo o princípio do alinhamento, nada deve ser colocado arbitrariamente em uma página. Cada item deve ter uma conexão visual com algum outro item existente na página. Deste modo, o princípio do alinhamento, nos obriga a ter consciência de todo nosso espaço, pois simplesmente não no permite apenas “jogar” as informações nos locais onde ainda há espaço.

Quando alinhamos informações, cria-se uma unidade mais forte no conjunto. Mesmo que estejam distantes uns dos outros, o alinhamento acaba como que criando uma linha invisível entre os elementos, conectando-os, tanto em relação aos olhos, como na mente do leitor.

Mesmo posicionando elementos separadamente utilizando o princípio da proximidade, é o princípio do alinhamento que avisará ao leitor que, mesmo não estando próximos, alguns itens fazem parte de um mesmo material.

Alinhamento

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Alinhamento

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Alinhamento

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Alinhamento

para demonstração, este texto foidiagramadocom alinhamento à esquerda

para demonstração, este texto foidiagramado

com alinhamento centralizado

para demonstração, este texto foidiagramado

com alinhamento à direita

para demonstração, este texto foi diagramado com alinhamento justificado, que é um modo de alinhar textos mais longos, encaixando o alinhamento a partir das laterais esquerda e direita.

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Alinhamento

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Alinhamento

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Alinhamento

Algumas dicas:

A falta de alinhamento é a maior causa de materiais com aparência anti-estética. Nossos olhos gostam de ver tudo em ordem, para criar uma situacão de calma e segurança.

Faça um teste em revistas, jornais e outros materiais de comunicação: pegue uma régua e descubra as linhas que conectam as informacões a paartir de alinhamentos.

Desalinhamentos sutis passam a sensação de uma material feito por pessoas que não conhecem design, contribuindo para que a informação fique visualmente desorganizada.

Encontre uma linha guia, e utilize-a, mesmo que a origem seja uma foto ou um bloco de texto. Busque sempre o alinhamento entre laterais ou centros.

Existe uma regra para o descumprimento de regras: para quebrar a regra é preciso conhecê-la a fundo :)

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O príncipio de repetição diz que algum elemento do design deve se repetir em todo material. O elemento pode ser uma fonte em Negrito, um fio (linha), algum sinal de tópico, figura, ou uma relação espacial. Qualquer elemento que o leitor da obra possa reconhecer visualmente.

Quando você cria títulos com o mesmo tamanho de letra (tipo) por exemplo, isso é um exemplo de repetição. O que se deve fazer como iniciante é ir além, transformando o elemento de repetição imperceptível em um elemento chave que unifique visualmente seu material.

Usar a repetição, é tornar o seu material consistente: ao olhar para um jornalzinho de oito ou mais páginas, é justamente a repetição de alguns elementos (sua consistência) que faz cada página do jornal pertencer àquele jornal. Se na página 7 não tiver o elemento de repetição da página 6, todo o jornal perderá sua consistência.

A repetição é uma arma poderosa para a criação gráfica, pois demonstra um esforço consciente do designer, em unificar todo campo visual.

Repetição

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Repetição

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Repetição

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Repetição

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Repetição

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Repetição

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Algumas dicas:

O propósito básico da repetição é unificar e acrescentar interesse visual. Nunca subestime o interesse visual de uma obra: se ela for interessante, sua leitura será muito mais agradável.

Considere a repetição como seu elemento de consistência: transforme estes elementos em parte integrante do seu design.

Pense sempre na possibilidade de acrescentar elementos apenas para criar repetição. Elementos gráficos, tipo invertidos ou com estilos diferentes, rotações e tranformações do material existente são exemplos de possibilidades. Abuse destes elementos para aperfeiçoar seu design, mas cuidado para não perder a clareza das informações.

Cuidado para não tornar sua repetição muito enfadonha ou excessiva. Esteja sempre consciente do valor do contraste (estudaremos no próximo item) dentro do seu campo visual.

Repetição

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Contraste é uma das maneiras mais eficazes de acrescentar algum atrativo visual a uma página, criando uma hierarquia organizacional entre diferentes elementos. A “regra “ importante do contraste é que para o contraste ser realmente eficaz, ele deve ser forte. Então não seja tímido!

O contraste aparece quando dois elementos são diferentes. Se eles não são tão diferentes, o contraste não acontecerá e sim teremos um conflito. Se dois itens não forem exatamente o mesmo, diferencie-os completamente.

Podemos atingir o contraste de várias maneiras: uma letra grande pode ser contrastada com uma pequena; uma fonte com estilo antigo com uma fonte negrito sem serifa; um fio fino com um fio grosso; uma cor quente com outra cor quente; uma textura áspera com uma outra lisa, e assim por diante.

Não seja tímido, e ouse! Contraste de preto com marrom escuro não funciona, assim como um fio de meio ponto com um fio de um ponto não funcionará.

Constraste

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Constraste

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Constraste

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Constraste

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Constraste

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Constraste

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Constraste

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Algumas dicas:

O contraste em uma página faz com que seus olhos se virem para ela. Colocando dois elementos diferentes em uma página, eles nunca devem ser similares. Para o contraste cumprir sua função, os dois elementos devem ser muito diferentes.

Utilizar este princípio, é igual a fazer um retoque na pintura de uma parede: ou voce encontra a cor exata, ou terá de pintar toda a parede novamente.

Este princípio tem duas funções básicas: o primeiro é aumentar o interesse do observador para com a obra. O segundo é auxiliar na organização das idéias.

Se você for trabalhar com contraste, não seja tímido: execute esta ação com força. Evite fazer contrastes com elementos ou cores muito próximas, ou ele nunca funcionará.

Constraste

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referência bibliográfica

WILLIANS, Robin. Design para quem não é designer. Callis Editora, 1.995.